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Numero do processo: 11080.928325/2009-79
Turma: Terceira Turma Ordinária da Quarta Câmara da Terceira Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Thu Jul 25 00:00:00 UTC 2013
Data da publicação: Thu Aug 22 00:00:00 UTC 2013
Numero da decisão: 3403-000.484
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em converter o julgamento em diligência.
Antonio Carlos Atulim - Presidente.
Rosaldo Trevisan - Relator.
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Antonio Carlos Atulim (presidente da turma), Rosaldo Trevisan (relator), Alexandre Kern, Marcos Tranchesi Ortiz, Ivan Allegretti e Domingos de Sá Filho.
Nome do relator: ROSALDO TREVISAN
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Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em converter o julgamento em diligência. Antonio Carlos Atulim Presidente. Rosaldo Trevisan Relator. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Antonio Carlos Atulim (presidente da turma), Rosaldo Trevisan (relator), Alexandre Kern, Marcos Tranchesi Ortiz, Ivan Allegretti e Domingos de Sá Filho. Relatório Versa o presente sobre pedido de ressarcimento de contribuições (para o PIS/PASEP e COFINS processo no 11080.003212/200969), cumulado com solicitações de compensação (a solicitação de que trata especificamente o presente processo é a DCOMP de final 3344, relativa a crédito de Contribuição para o PIS/PASEP referente a abril de 2003, conforme documentos de fls. 406, e 409 a 4131), por recolhimento a maior em virtude de mudança no regime de tributação da forma cumulativa para a não cumulativa, tendo em vista o permissivo de aplicação do regime cumulativo a receitas de contratos firmados antes de 31/10/2003, com prazo superior a um ano, de construção por empreitada ou de fornecimento, a 1 Todos os números de folhas indicados nesta decisão são baseados na numeração eletrônica da versão digital do processo (eprocessos). RE SO LU ÇÃ O G ER A D A N O P G D -C A RF P RO CE SS O 1 10 80 .9 28 32 5/ 20 09 -7 9 Fl. 551DF CARF MF Impresso em 22/08/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 09/08/2013 por ROSALDO TREVISAN, Assinado digitalmente em 12/08/2013 por ANTONIO CARLOS ATULIM, Assinado digitalmente em 09/08/2013 por ROSALDO TREVISAN Processo nº 11080.928325/200979 Resolução nº 3403000.484 S3C4T3 Fl. 551 2 preço predeterminado, de bens ou serviços (Lei no 10.833/2003, art. 10, XI). Com o advento da Lei no 11.196/2005 e da Instrução Normativa RFB no 658/2006, e com base em orientação da ANEEL, a empresa retificou as DCTF, declarando pela forma cumulativa as referidas contribuições, gerando o crédito em discussão. Narrase na informação fiscal de fls. 395 a 398 que o interessado efetuou consulta (processo no 11080.006335/200951) sobre o tema, obtendo como resposta (Solução de Consulta no 228 SRRF10/Disit, de 14/12/2009) que a situação se enquadrava no disposto na Nota Técnica Cosit no 1, de 16/02/2007, e no Parecer PGFN/CAT no 1.610, de 01/08/2007, que manifestaram entendimento de que os contratos mantidos com as concessionárias de energia elétrica não possuem caráter predeterminado, em virtude de o reajuste de preços se dar com a utilização de IGPM. Em 10/02/2010 foi interposto recurso especial de divergência à Cosit, tendo em vista a existência de Solução de Consulta em sentido diverso. Como o recurso de divergência não possui efeito suspensivo, a empresa foi fiscalizada e autuada em relação ao anocalendário de 2006 (processo no 11080.722655/201096). Narrase ainda ter havido equívoco por parte do contribuinte em interpretar que a Lei no 11.196/2005 retroagiu a dezembro de 2002, quando o art. 93 de tal lei deixa claro que a retroatividade é a fevereiro de 2004. Assim, o despacho decisório de fls. 389 a 394, emitido em 05/11/2010, não reconhece o direito creditório apresentado no pedido de restituição, e não homologa as declarações de compensação efetuadas com base em tal direito creditório. Em sua manifestação de inconformidade (fls. 3 a 65), a empresa esclarece inicialmente que o despacho decisório analisou conjuntamente (nos autos do processo no 11080.003212/200969) diversos processos de compensação da empresa, entre os quais o presente. Preliminarmente, sustenta a nulidade do despacho decisório, por carência de motivação e análise detalhada das compensações solicitadas. No mérito, argumenta que se aplica à empresa o disposto no art. 10, XI da Lei no 10.833/2003, especificamente em relação a contratos de fornecimento de energia elétrica e prestação de serviços conexos, celebrados anteriormente a 31/10/2003, com prazo superior a um ano, e a preços predeterminados (há três contratos celebrados em 1997, com vigência de 15 anos, e com preço predeterminado que inclui reajuste automático pelo poder concedente, havendo cláusula alterada em 2001 para estabelecer que o reajuste seria calculado de acordo com o IGPM, não afetando o preço inicialmente acordado, mas tãosomente preservando o equilíbrio contratual). As cláusulas remuneratórias dos contratos são reproduzidas na peça de defesa, sendo que a ANEEL, autoridade competente sobre a matéria, atestou que o preço é predeterminado, e que o índice de reajuste (IGPM) reflete o reajuste dos preços em função do custo da produção. Não obstante devesse recolher pelo regime cumulativo, a empresa continuou a recolher as contribuições na sistemática da não cumulatividade de dezembro de 2002 a fevereiro de 2006. Com o advento da Instrução Normativa SRF no 468/2004 (posteriormente revogada pela Instrução Normativa RFB no 658/2006, sendo que ambas criam restrições não impostas pela Lei, destoando da aceitação de reajuste reconhecida pela Instrução Normativa SRF no 21/1979), da Lei no 11.196/2005, e com a edição da Nota Técnica ANEEL no 224/2006 (endossada pelo Ofício no 1.431/2006), reforçouse o entendimento de que as receitas decorrentes dos contratos deveriam ser tributadas pela sistemática cumulativa, o que justificou os pedidos de ressarcimento/compensação. Por fim, sustenta que o comando do art. 15, V (e por consequência, a exceção estabelecida no art.10, XI) da Lei no 10.833/2003 é aplicável à contribuição para o PIS/PASEP, seja pela redação de tais dispositivos, seja em homenagem à coerência do sistema, e que a afirmação pela inexistência de direito creditório para meses de janeiro e fevereiro de 2006 é prematura, tendo em vista que ainda não foi objeto de julgamento a autuação a que se refere o processo no 11080.722655/201096. Fl. 552DF CARF MF Impresso em 22/08/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 09/08/2013 por ROSALDO TREVISAN, Assinado digitalmente em 12/08/2013 por ANTONIO CARLOS ATULIM, Assinado digitalmente em 09/08/2013 por ROSALDO TREVISAN Processo nº 11080.928325/200979 Resolução nº 3403000.484 S3C4T3 Fl. 552 3 Em 05/07/2012 ocorre o julgamento de primeira instância (fls. 419 a 433), no qual se acorda unanimemente que o procedimento fiscal não é nulo, e que é improcedente a manifestação de inconformidade, por não ser o IGPM um índice que obedeça ao disposto no art. 109 da Lei no 11.196/2005 (o IGPM é um índice geral, e não um índice específico para determinada categoria de produtos), e por ser possível a manutenção da cumulatividade para a Contribuição para o PIS/PASEP a receitas oriundas de contratos a preço determinado, celebrados anteriormente a 31/10/2003, apenas a partir de 01/02/2004. Cientificada da decisão de piso em 20/07/2012 (AR à fl. 437), a empresa apresenta recurso voluntário em 20/08/2012 (fls. 439 a 491), no qual reitera a argumentação exposta na manifestação de inconformidade, e agrega que a definição do que seria o “preço predeterminado” a que se refere a lei não incumbe à RFB, tendo em conta o princípio da legalidade para instituição ou majoração de tributos, e que o comando do art. 92 da Lei no 10.833/2003 não autoriza que a norma infralegal altere o fato gerador da obrigação tributária, e se o fizesse seria inconstitucional. Afirma ainda que caso a RFB desejasse aplicar à lei um conceito de “preço predeterminado”, este já existia, dado pela Instrução Normativa SRF no 21/1979, no sentido de contemplar os reajustes. Sustenta derradeiramente que “preço predeterminado”, conforme interpretação sistemática do direito civil, é aquele em que “as partes contratantes têm conhecimento objetivo e real do preço acordado no exato instante em que celebrado o negócio jurídico, ainda que este preço esteja sujeito a eventuais ajustes futuros”, e, sendo o IGPM um índice de recomposição de preço, inclusive regulamentado pelo órgão regulador (ANEEL), não há descaracterização da predeterminação do preço, sendo nesse sentido a jurisprudência dominante. Pedese ainda que o julgamento do presente processo seja conjunto com o do processo no 11080.003212/200969, por serem os feitos intrinsecamente relacionados, tendo por base os mesmos fatos e as mesmas razões jurídicas. É o relatório. Voto O recurso preenche os requisitos formais de admissibilidade e, portanto, dele se toma conhecimento. Conforme narra a recorrente, o despacho decisório que dá origem à discussão aqui travada toma em consideração, conjuntamente, nos autos do processo no 11080.003212/200969 (processo principal), diversos processos de compensação da empresa, entre os quais o presente. Por isso o pedido ao final do recurso voluntário, para que o presente processo seja apreciado em conjunto com o de no 11080.003212/200969. Realmente, observandose o despacho decisório, percebese que foi emitido em relação ao processo indicado como principal (referente ao pedido de restituição de no 11080.003212/200969), informandose como processos apensados os relacionados na coluna “proc. no da planilha do Anexo 03”. Em tal Anexo constam , v.g., os processos no 11080.928325/200979 (que é o presente processo); no 11080.928321/200991, no 11080.928322/200935, no 11080.928323/200980, no 11080.928324/200924, no 11080.928326/200913, no Fl. 553DF CARF MF Impresso em 22/08/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 09/08/2013 por ROSALDO TREVISAN, Assinado digitalmente em 12/08/2013 por ANTONIO CARLOS ATULIM, Assinado digitalmente em 09/08/2013 por ROSALDO TREVISAN Processo nº 11080.928325/200979 Resolução nº 3403000.484 S3C4T3 Fl. 553 4 11080.928327/200968, no 11080.900179/201051 e no 11080.907305/201006 (todos estes a mim distribuídos em sorteio realizado durante sessão de março de 2013); e ainda outros processos já distribuídos a outros conselheiros (como os de no 11080.935242 a 247..., distribuídos ao Cons. Solon Sehn, da 2a TE da 2a Câmara desta 3a Seção2) ou não distribuídos. Acrescentese que o Auto de Infração referido na informação fiscal que ampara o despacho decisório, em relação ao anocalendário de 2006 (processo no 11080.722655/2010 96), encontrase distribuído ao Cons. Luís Marcelo Guerra de Castro, da 2a TO da 1a Câmara desta 3a Seção3. Contudo, inexiste vinculação entre tal processo e o presente, visto que não se trata aqui das compensações referentes aos meses de janeiro e fevereiro de 2006 (a discussão referente a tais períodos é travada somente nos processos no 11080.003212/200969, no 11080.928336/200959 e no 11080.934541/200953). A lista integral de processos abarcados pelo teor do despacho decisório encontrase no referido Anexo III, às fls. 405 a 407. Como todos estes processos derivam de uma mesma manifestação fiscal, em um mesmo processo principal, de no 11080.003212/200969, ainda pendente de distribuição no âmbito desta Terceira Seção4, voto pela baixa em diligência, aguardandose o julgamento do processo principal para apreciação dos recursos voluntários em relação aos demais processos, como o presente. Rosaldo Trevisan 2 Segundo consulta efetuada no "eprocesso" em 19.jul.2013. 3 Segundo consulta efetuada no "eprocesso" em 19.jul.2013. 4 Segundo consulta efetuada no "eprocesso" em 19.jul.2013. Fl. 554DF CARF MF Impresso em 22/08/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 09/08/2013 por ROSALDO TREVISAN, Assinado digitalmente em 12/08/2013 por ANTONIO CARLOS ATULIM, Assinado digitalmente em 09/08/2013 por ROSALDO TREVISAN
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Numero do processo: 10735.901054/2011-14
Turma: Terceira Turma Ordinária da Quarta Câmara da Terceira Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Tue Jul 23 00:00:00 UTC 2013
Data da publicação: Mon Aug 26 00:00:00 UTC 2013
Ementa: Assunto: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins
Data do fato gerador: 15/09/2006
COFINS. COMPENSAÇÃO. REQUISITO. COMPROVAÇÃO DA CERTEZA E DA LIQUIDEZ DO CRÉDITO.
A comprovação da certeza e da liquidez do crédito constitui requisito essencial à acolhida de pedidos de compensação.
Numero da decisão: 3403-002.358
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso. Os Conselheiros Marcos Tranchesi Ortiz e Ivan Allegretti votaram pelas conclusões. Ausente ocasionalmente o Conselheiro Antonio Carlos Atulim.
Marcos Tranchesi Ortiz Vice-Presidente.
Rosaldo Trevisan - Relator.
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Antonio Carlos Atulim (presidente da turma), Rosaldo Trevisan (relator), Alexandre Kern, Marcos Tranchesi Ortiz (Vice-presidente), Ivan Allegretti e Domingos de Sá Filho.
Nome do relator: ROSALDO TREVISAN
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ementa_s : Assunto: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins Data do fato gerador: 15/09/2006 COFINS. COMPENSAÇÃO. REQUISITO. COMPROVAÇÃO DA CERTEZA E DA LIQUIDEZ DO CRÉDITO. A comprovação da certeza e da liquidez do crédito constitui requisito essencial à acolhida de pedidos de compensação.
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COMPENSAÇÃO. REQUISITO. COMPROVAÇÃO DA CERTEZA E DA LIQUIDEZ DO CRÉDITO. A comprovação da certeza e da liquidez do crédito constitui requisito essencial à acolhida de pedidos de compensação. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso. Os Conselheiros Marcos Tranchesi Ortiz e Ivan Allegretti votaram pelas conclusões. Ausente ocasionalmente o Conselheiro Antonio Carlos Atulim. Marcos Tranchesi Ortiz – VicePresidente. Rosaldo Trevisan Relator. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Antonio Carlos Atulim (presidente da turma), Rosaldo Trevisan (relator), Alexandre Kern, Marcos Tranchesi Ortiz (Vicepresidente), Ivan Allegretti e Domingos de Sá Filho. Relatório AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 73 5. 90 10 54 /2 01 1- 14 Fl. 99DF CARF MF Impresso em 26/08/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 12/08/2013 por ROSALDO TREVISAN, Assinado digitalmente em 12/08/2013 por ROSALDO TREVISAN, Assinado digitalmente em 20/08/2013 por MARCOS TRANCHESI ORTIZ 2 Versa o presente sobre a DCOMP de fls. 18 a 221, transmitida em 31/08/2007, na qual se busca compensar valor recolhido a maior ou indevidamente (DARF no valor total de R$ 7.750,82, pago em 15/09/2006) a título da Cofins (valor original do crédito a ser utilizado de R$ 2.838,62) com débito de R$ 3.149,45 relativo a IRPJ (período de apuração julho/2007). No Despacho Decisório eletrônico de fl. 17 (emitido em 04/05/2011, com ciência em 16/05/2011, conforme AR de fl. 23), acusase que o pagamento (DARF de R$ 7.750,82) foi localizado, tendo sido integralmente utilizado para quitar débitos do contribuinte, não restando crédito disponível para a compensação. Em sua manifestação de inconformidade (fls. 2 a 4), alega a empresa que: (a) apurou em auditoria que havia recolhido a maior a contribuição, e procedeu à compensação sem, no entanto, retificar a DCTF e a DACON; e (b) com o despacho decisório eletrônico verificou que o DARF estava vinculado ao originalmente declarado na DCTF de agosto de 2006, pelo que passa a juntar na oportunidade DCTF retificadora para o período, confessando o real valor do débito, que é de R$ 4.912,20. Anexa a DCTF retificadora (fls. 13/14) e a DACON retificadora (fls. 15/16). Em 20/10/2011 ocorre o julgamento de primeira instância (fls. 25 a 27), no qual se acorda unanimemente pela improcedência da manifestação de inconformidade, por não haver comprovação do direito creditório. O julgador afirma que a simples retificação dos documentos “não afasta de nenhum modo o dever de comprovar a origem do crédito alegado na PER/DCOMP, respaldado pela (sic) Dacon/DCTF retificadoras, mas que nas declarações originais inexistia”. Cientificada da decisão de piso em 11/02/2012 (AR à fl. 34), a empresa apresenta recurso voluntário em 05/03/2012 (fls. 35 a 41), no qual reitera a argumentação exposta na manifestação de inconformidade, agregando que a retificação se deve a valores referentes a aluguéis, depreciações, energia elétrica e móveis/utensílios não imobilizados (vida útil inferior a um ano), que deixou de aproveitar. Os valores são detalhados à fl. 38, anexando se cópias do livro razão correspondente (fls. 89 a 95). O aproveitamento foi feito por rateio (conforme tabelas de fls. 39/40), tendo em vista que parte das receitas da empresa não está sob o regime nãocumulativo. Acrescentamse ainda Nota Fiscal referente a energia elétrica (fl. 86) e contrato de locação (fls. 87/88). É o relatório. 1 Todos os números de folhas indicados nesta decisão são baseados na numeração eletrônica da versão digital do processo (eprocessos). Voto Conselheiro Rosaldo Trevisan, relator O recurso preenche os requisitos formais de admissibilidade e, portanto, dele se toma conhecimento. Fl. 100DF CARF MF Impresso em 26/08/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 12/08/2013 por ROSALDO TREVISAN, Assinado digitalmente em 12/08/2013 por ROSALDO TREVISAN, Assinado digitalmente em 20/08/2013 por MARCOS TRANCHESI ORTIZ Processo nº 10735.901054/201114 Acórdão n.º 3403002.358 S3C4T3 Fl. 99 3 O contencioso em sede de recurso voluntário restringese à comprovação (ou sua falta) da existência e da liquidez do crédito utilizado na compensação pleiteada. A recorrente alega que o crédito se origina de valores referentes a aluguéis, depreciações, energia elétrica e móveis/utensílios não imobilizados (vida útil inferior a um ano), que deixou de aproveitar, e para os quais não corrigiu a DCTF e a DACON com anterioridade ao despacho decisório. O julgador de primeira instância não tem meios de analisar tais elementos, pois a ele são apresentadas tãosomente a DCTF e a DACON retificadoras, não permitindo sequer saber o que ocasionou a retificação efetuada. No presente processo, como em todos nos quais o despacho decisório é eletrônico, a fundamentação não tem como antecedente uma operação individualizada de análise por parte do Fisco, mas sim um tratamento massivo de informações. Esse tratamento massivo é efetivo quando as informações prestadas nas declarações do contribuinte são consistentes. Se há uma declaração do contribuinte (v.g. DCTF) indicando determinado valor, e ele efetivamente recolheu tal valor, o sistema certamente indicará que o pagamento foi localizado, tendo sido integralmente utilizado para quitar débitos do contribuinte. Houvesse o contribuinte retificado sua declaração anteriormente ao despacho decisório eletrônico, reduzindo o valor a recolher a título da contribuição, provavelmente não estaríamos diante de um contencioso gerado em tratamento massivo. A detecção da irregularidade na forma massiva, em processos como o presente, começa, assim, com a falha do contribuinte, ao não retificar a DCTF/DACON, corrigindo o valor a recolher, tornandoo diferente do (inferior ao) efetivamente pago. Esse erro (ausência de retificação da DCTF/DACON) provavelmente seria percebido se a análise inicial empreendida no despacho decisório fosse individualizada/manual (humana). Assim, diante dos despachos decisórios eletrônicos, é na manifestação de inconformidade que o contribuinte é chamado a detalhar a origem de seu crédito, reunindo a documentação necessária a provar a sua liquidez e certeza. Enquanto na solicitação eletrônica de compensação bastava um preenchimento de formulário DCOMP (e o sistema informatizado checaria eventuais inconsistências), na manifestação de inconformidade é preciso fazer efetiva prova documental da liquidez e da certeza do crédito. E isso muitas vezes não é assimilado pelo sujeito passivo, que acaba utilizando a manifestação de inconformidade tãosomente para indicar que cometeu um erro, sem especificar a origem de tal erro, em argumentação ao desamparo de documentos justificativos (ou com amparo documental deficiente). O julgador de primeira instância também tem um papel especial diante de despachos decisórios eletrônicos, porque efetuará a primeira análise humana do processo, devendo assegurar a prevalência da verdade material. Não pode o julgador (humano) atuar como a máquina, simplesmente cotejando o valor declarado em DCTF com o pago, pois tem o dever de verificar se houve realmente um recolhimento indevido/a maior, à margem da existência/ausência de retificação da DCTF. Nesse contexto, relevante passa a ser a questão probatória no julgamento da manifestação de inconformidade, pois incumbe ao postulante da compensação a prova da existência e da liquidez do crédito. Configurase, assim, uma das três situações a seguir: (a) efetuada a prova, cabível a compensação (mesmo diante da ausência de DCTF retificadora, como tem reiteradamente decidido este CARF); (b) não havendo na manifestação de Fl. 101DF CARF MF Impresso em 26/08/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 12/08/2013 por ROSALDO TREVISAN, Assinado digitalmente em 12/08/2013 por ROSALDO TREVISAN, Assinado digitalmente em 20/08/2013 por MARCOS TRANCHESI ORTIZ 4 inconformidade a apresentação de documentos que atestem um mínimo de liquidez e certeza no direito creditório, incabível acatarse o pleito; e, por fim, (c) havendo elementos que apontem para a procedência do alegado, mas que suscitem dúvida do julgador quanto a algum aspecto relativo à existência ou à liquidez do crédito, cabível seria a baixa em diligência para sanála (destacandose que não se presta a diligência a suprir deficiência probatória a cargo do postulante). Em sede de recurso voluntário, igualmente estreito é o leque de opções. E agregase um limitador adicional: a impossibilidade de inovação probatória, fora das hipóteses de que trata o art. 16, § 4o do Decreto no 70.235/1972. No presente processo, o julgador de primeira instância defrontase com a ausência de amparo documental para a compensação pleiteada, chegando à situação descrita acima como “b”. E, tendo em conta que o ônus probatório é do postulante do crédito, nega o direito à compensação. É de se endossar que a comprovação da certeza e da liquidez do crédito constitui requisito essencial à acolhida de pedidos de compensação. É o que reza o caput do art. 170 do CTN: “Art. 170. A lei pode, nas condições e sob as garantias que estipular, ou cuja estipulação em cada caso atribuir à autoridade administrativa, autorizar a compensação de créditos tributários com créditos líquidos e certos, vencidos ou vincendos, do sujeito passivo contra a Fazenda pública”. (grifo nosso) Em sede de recurso voluntário, agregamse documentos que não se fizeram presentes na manifestação de inconformidade, e não se vislumbra nenhuma das situações previstas no art. 16, § 4o do Decreto no 70.235/1972. A simples análise de tais documentos (seja para concluir pela procedência ou improcedência, total ou parcial, seja para conversão em diligência) constituiria negação a dito comando legal, ofendendo à Súmula CARF no 2, de observância obrigatória por este colegiado, além de se constituir em supressão de instância administrativa, analisandose matéria que sequer foi objeto de conhecimento do julgador de primeira instância. Da mesma forma que não se permite na autuação, em regra, a inclusão de provas posteriormente à manifestação do autuado, mesmo em sede de diligência (que não se presta a suprir ônus probatório do Fisco), não se pode, em um pedido de compensação, admitir que seja em sede de recurso voluntário suprida a deficiência probatória por parte do contribuinte/postulante. Assim, em face da ausência de comprovação da certeza e da liquidez do crédito informado na DCOMP, não há como prosperar o pleito de compensação da recorrente. Diante do exposto, voto no sentido de negar provimento ao recurso voluntário apresentado, mantendo a decisão de primeira instância. Rosaldo Trevisan Fl. 102DF CARF MF Impresso em 26/08/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 12/08/2013 por ROSALDO TREVISAN, Assinado digitalmente em 12/08/2013 por ROSALDO TREVISAN, Assinado digitalmente em 20/08/2013 por MARCOS TRANCHESI ORTIZ Processo nº 10735.901054/201114 Acórdão n.º 3403002.358 S3C4T3 Fl. 100 5 Fl. 103DF CARF MF Impresso em 26/08/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 12/08/2013 por ROSALDO TREVISAN, Assinado digitalmente em 12/08/2013 por ROSALDO TREVISAN, Assinado digitalmente em 20/08/2013 por MARCOS TRANCHESI ORTIZ
score : 1.0
Numero do processo: 11020.912246/2009-51
Turma: Terceira Turma Ordinária da Quarta Câmara da Terceira Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Thu Jul 25 00:00:00 UTC 2013
Data da publicação: Thu Aug 22 00:00:00 UTC 2013
Ementa: Assunto: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins
Período de apuração: 01/07/2003 a 31/07/2003
COFINS. COMPENSAÇÃO. REQUISITO. COMPROVAÇÃO DA CERTEZA E DA LIQUIDEZ DO CRÉDITO.
A comprovação da certeza e da liquidez do crédito constitui requisito essencial à acolhida de pedidos de compensação.
Numero da decisão: 3403-002.376
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso.
Antonio Carlos Atulim - Presidente.
Rosaldo Trevisan - Relator.
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Antonio Carlos Atulim (presidente da turma), Rosaldo Trevisan (relator), Alexandre Kern, Marcos Tranchesi Ortiz, Ivan Allegretti e Domingos de Sá Filho.
Nome do relator: ROSALDO TREVISAN
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COMPENSAÇÃO. REQUISITO. COMPROVAÇÃO DA CERTEZA E DA LIQUIDEZ DO CRÉDITO. A comprovação da certeza e da liquidez do crédito constitui requisito essencial à acolhida de pedidos de compensação. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso. Antonio Carlos Atulim Presidente. Rosaldo Trevisan Relator. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Antonio Carlos Atulim (presidente da turma), Rosaldo Trevisan (relator), Alexandre Kern, Marcos Tranchesi Ortiz, Ivan Allegretti e Domingos de Sá Filho. Relatório AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 11 02 0. 91 22 46 /2 00 9- 51 Fl. 60DF CARF MF Impresso em 22/08/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 09/08/2013 por ROSALDO TREVISAN, Assinado digitalmente em 12/08/2013 por ANTONIO CARLOS ATULIM, Assinado digitalmente em 09/08/2013 por ROSALDO TREVISAN 2 Versa o presente sobre a DCOMP de fls. 2 a 61, transmitida em 15/08/2006, na qual se busca compensar valor recolhido a maior ou indevidamente (DARF no valor total de R$ 3.586,06, pago em 15/08/2003) a título de Cofins (valor original do crédito a ser utilizado de R$ 2.101,97) com débito de R$ 692,46 relativo a Cofins nãocumulativa (período de apuração julho/2006) e com débito de R$ 3.551,00 a título de IPI (ref. julho/2006). No Despacho Decisório eletrônico de fl. 7 (emitido em 24/08/2009, com ciência em 15/09/2009, conforme documento de fls. 9), acusase que o pagamento (DARF de R$ 3.586,06) foi localizado, tendo sido integralmente utilizado para quitar débitos do contribuinte, não restando crédito disponível para a compensação. Em sua manifestação de inconformidade (fls. 12 a 21), alega a empresa que: (a) não implementou a exclusão prevista no inciso III do § 2o do art. 3o da Lei no 9.718/1998 (referente a valores transferidos a para outra pessoa jurídica, observadas as normas regulamentadoras editadas pelo Poder Executivo), tendo recolhido tributos a maior em função disso; (b) a referida norma é autoaplicável; e (c) aplicase ao caso o disposto no art. 66 da Lei no 8.383/1991, “visto que a empresa pretende compensar os valores vencidos com as próprias contribuições objeto do litígio”. Em 09/03/2012 ocorre o julgamento de primeira instância (fls. 36 a 39), no qual se acorda unanimemente pela improcedência da manifestação de inconformidade, por não haver qualquer documento comprobatório do direito creditório. O julgador afirma ainda que o inciso III do § 2o do art. 3o da Lei no 9.718/1998 não possuía força executória, por depender de norma regulamentadora, não editada até sua revogação pela MP no 1.991/00 (como endossa o Ato Declaratório SRF no 56/2000), e que o crédito pleiteado no presente processo se refere a período posterior inclusive a tal revogação. Cientificada da decisão de piso em 19/03/2012 (AR à fl. 42), a empresa apresenta recurso voluntário em 18/04/2012 (fls. 43 a 54), tratando de temas que sequer são objeto de questionamento no processo (como arrolamento de bens, habilitação para compensação, inconstitucionalidade dos Decretosleis no 2.445/1988 e no 2.449/1998, semestralidade da base de cálculo e exclusão da multa aplicada). No mérito, não discute a fundamentação adotada pela DRJ para o indeferimento, nem apresenta qualquer documento comprobatório do crédito que indica possuir. É o relatório. 1 Todos os números de folhas indicados nesta decisão são baseados na numeração eletrônica da versão digital do processo (eprocessos). Voto Conselheiro Rosaldo Trevisan, relator O recurso preenche os requisitos formais de admissibilidade e, portanto, dele se toma conhecimento. Fl. 61DF CARF MF Impresso em 22/08/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 09/08/2013 por ROSALDO TREVISAN, Assinado digitalmente em 12/08/2013 por ANTONIO CARLOS ATULIM, Assinado digitalmente em 09/08/2013 por ROSALDO TREVISAN Processo nº 11020.912246/200951 Acórdão n.º 3403002.376 S3C4T3 Fl. 60 3 O contencioso em sede de recurso voluntário restringese à comprovação (ou sua falta) da existência e da liquidez do crédito utilizado na compensação pleiteada. A recorrente alegava originalmente que o crédito decorria da não utilização da faculdade prevista no inciso III do § 2o do art. 3o da Lei no 9.718/1998, dispositivo por ela entendido como auto aplicável. Contudo, em sede de recurso voluntário parece tratar de tema diverso, afirmando, por exemplo, que (fl. 53): “Conforme restou amplamente demonstrado, a Impugnante (sic) tem direito líquido e certo de compensar o montante indevidamente recolhido a título de PIS (sic) decorrentes (sic) dos Decretos inconstitucional (sic) 2445 e 2449, com parcelas vincendas das mesmas contribuições”. Há pouca coisa a se analisar, visto que a argumentação expressa no recurso voluntário não guarda pertinência com o analisado pelo órgão julgador de primeira instância. Resta assim repisar a questão referente à ausência de comprovação do direito creditório expressa em primeira instância. Tendo em vista ter sido o despacho denegatório inicial exarado de forma eletrônica, teve o julgador de primeira instância a cautela de buscar, fundado na verdade material, o alcance da argumentação da então impugnante sobre a discussão jurídica em torno do comando do inciso III do § 2o do art. 3o da Lei no 9.718/1998, concluindo que ainda que houvesse documentação comprobatória do direito, não seria procedente o argumento da autoaplicabilidade do referido dispositivo legal. E ainda que fosse procedente tal argumento, os créditos em discussão no presente processo são referentes a período posterior à revogação do citado comando legal. Não tendo sido agregado pela recorrente elemento destinado a refutar o expresso pelo julgador a quo, nem qualquer prova ou mero indício do direito creditório, não há como acolher o pleito de compensação. É de se endossar que a comprovação da certeza e da liquidez do crédito constitui requisito essencial à acolhida de pedidos de compensação. É o que reza o caput do art. 170 do CTN: “Art. 170. A lei pode, nas condições e sob as garantias que estipular, ou cuja estipulação em cada caso atribuir à autoridade administrativa, autorizar a compensação de créditos tributários com créditos líquidos e certos, vencidos ou vincendos, do sujeito passivo contra a Fazenda pública”. (grifo nosso) Assim, em face da ausência de comprovação da certeza e da liquidez do crédito informado na DCOMP, não há como prosperar o pleito de compensação da recorrente. É de se destacar adicionalmente que esta Terceira Turma, em casos semelhantes, da mesma recorrente, decidiu recentemente de forma unânime pela não acolhida das compensações, em face da ausência de comprovação do direito creditório2. 2 Acórdãos n. 3403002.237, 3403002.238, 3403002.239, 3403002.240 e 3403002.241. Relator: Antonio Carlos Atulim. Unânimes. Sessão de 23/05/2003. Fl. 62DF CARF MF Impresso em 22/08/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 09/08/2013 por ROSALDO TREVISAN, Assinado digitalmente em 12/08/2013 por ANTONIO CARLOS ATULIM, Assinado digitalmente em 09/08/2013 por ROSALDO TREVISAN 4 Diante do exposto, voto no sentido de negar provimento ao recurso voluntário apresentado, mantendo a decisão de primeira instância. Rosaldo Trevisan Fl. 63DF CARF MF Impresso em 22/08/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 09/08/2013 por ROSALDO TREVISAN, Assinado digitalmente em 12/08/2013 por ANTONIO CARLOS ATULIM, Assinado digitalmente em 09/08/2013 por ROSALDO TREVISAN
score : 1.0
Numero do processo: 10855.002585/2003-56
Data da sessão: Wed Nov 28 00:00:00 UTC 2012
Data da publicação: Thu Mar 21 00:00:00 UTC 2013
Ementa: Assunto: Contribuição para o PIS/Pasep
Período de apuração: 01/09/1997 a 30/09/1997
COMPENSAÇÃO. INDEFERIMENTO. EXIGIBILIDADE DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO DECORRENTE. LEGITIMIDADE.
É legítima a exigência em auto de infração de crédito tributário decorrente de indeferimento administrativo definitivo de pedido de compensação.
PIS. DECADÊNCIA.
Aplica-se ao processo administrativo fiscal a Súmula Vinculante no 8 do STF, que estabeleceu a inconstitucionalidade dos arts. 45 e 46 da Lei no 8.212(1991.
Numero da decisão: 3403-001.837
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em dar provimento ao recurso.
Antonio Carlos Atulim - Presidente.
Rosaldo Trevisan - Relator.
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Antonio Carlos Atulim (presidente da turma), Rosaldo Trevisan (relator), Robson José Bayerl, Marcos Tranchesi Ortiz, Ivan Allegretti e Domingos de Sá Filho.
Nome do relator: ROSALDO TREVISAN
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ementa_s : Assunto: Contribuição para o PIS/Pasep Período de apuração: 01/09/1997 a 30/09/1997 COMPENSAÇÃO. INDEFERIMENTO. EXIGIBILIDADE DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO DECORRENTE. LEGITIMIDADE. É legítima a exigência em auto de infração de crédito tributário decorrente de indeferimento administrativo definitivo de pedido de compensação. PIS. DECADÊNCIA. Aplica-se ao processo administrativo fiscal a Súmula Vinculante no 8 do STF, que estabeleceu a inconstitucionalidade dos arts. 45 e 46 da Lei no 8.212(1991.
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decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em dar provimento ao recurso. Antonio Carlos Atulim - Presidente. Rosaldo Trevisan - Relator. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Antonio Carlos Atulim (presidente da turma), Rosaldo Trevisan (relator), Robson José Bayerl, Marcos Tranchesi Ortiz, Ivan Allegretti e Domingos de Sá Filho.
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conteudo_txt : Metadados => pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.4; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 5; dc:format: application/pdf; version=1.4; pdf:charsPerPage: 1687; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; access_permission:fill_in_form: true; pdf:encrypted: true; access_permission:can_modify: true; Content-Type: application/pdf | Conteúdo => S3C4T3 Fl. 950 1 949 S3C4T3 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS TERCEIRA SEÇÃO DE JULGAMENTO Processo nº 10855.002585/200356 Recurso nº Voluntário Acórdão nº 3403001.837 – 4ª Câmara / 3ª Turma Ordinária Sessão de 28 de novembro de 2012 Matéria PISAuto de Infração Recorrente IHARABRAS S.A. IND. QUÍMICAS Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS/PASEP Período de apuração: 01/09/1997 a 30/09/1997 COMPENSAÇÃO. INDEFERIMENTO. EXIGIBILIDADE DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO DECORRENTE. LEGITIMIDADE. É legítima a exigência em auto de infração de crédito tributário decorrente de indeferimento administrativo definitivo de pedido de compensação. PIS. DECADÊNCIA. Aplicase ao processo administrativo fiscal a Súmula Vinculante no 8 do STF, que estabeleceu a inconstitucionalidade dos arts. 45 e 46 da Lei no 8.212/1991. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em dar provimento ao recurso. Antonio Carlos Atulim Presidente. Rosaldo Trevisan Relator. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Antonio Carlos Atulim (presidente da turma), Rosaldo Trevisan (relator), Robson José Bayerl, Marcos Tranchesi Ortiz, Ivan Allegretti e Domingos de Sá Filho. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 85 5. 00 25 85 /2 00 3- 56 Fl. 950DF CARF MF Impresso em 26/03/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 26/12/2012 por ROSALDO TREVISAN, Assinado digitalmente em 26/12/2012 por ROSALDO TREVISAN, Assinado digitalmente em 25/01/2013 por ANTONIO CARLOS ATULIM 2 Relatório Versa o presente processo sobre auto de infração, para exigência da contribuição para o PIS/Pasep apurada em setembro de 1997, acrescida de multa de ofício e juros de mora, em virtude de irregularidades apuradas na quitação de débitos declarados em Declaração de Contribuições e Tributos Federais (DCTF). O Auto de Infração (fls. 22 a 281), lavrado em 16/6/2003, se refere a auditoria interna da DCTF de fls. 30 a 34, com base no art. 90 da MP no 2.15835/2001 e nas Instruções Normativas SRF no 45 e 77/98. Regularmente cientificada, a autuada ingressou com a impugnação de fls. 2, na qual solicita o arquivamento da autuação, argumentando que: (a) fez recolhimento de R$ 100,00, no código 8109, conforme DARF que anexa; e (b) o tributo exigido foi objeto de pedido de compensação no processo administrativo no 10855.002169/9701, referente à ação de repetição de indébito da contribuição para o PIS/Pasep de que trata o processo judicial no 92.00746624. A DRF/Sorocaba, ao analisar a impugnação (fls. 86 a 88), com vistas a evidenciar eventual motivação para revisão de ofício, informou que o citado pedido de compensação foi indeferido na DRF, na DRJ, e no Conselho de Contribuintes, encontrandose o processo na Câmara Superior de Recursos Fiscais para julgamento de recurso, sem efeito suspensivo (pois não houve conversão em declaração de compensação, por não se enquadrar o pedido no § 4o do art. 74 da Lei no 9.430/1996, com a redação dada pela Lei no 10.637/2002), e que o recolhimento de R$ 100,00 não se refere à parcela do débito vinculado em DCTF sob o tópico “compensação com DARF”. No julgamento de primeira instância (fls. 94 a 102), acolhese parcialmente a argumentação exposta na impugnação, excluindose a multa de ofício. O julgador a quo sustenta que: a) em trabalho de tratamento dos dados constantes em DCTF do ano de 1997, levado a efeito pela DRF/Sorocaba, contrapondo valores informados pela contribuinte a título de débitos tributários (dividas) e créditos a eles vinculados, à conta de pagamento, parcelamento, compensação ou suspensão de exigibilidade, fezse a exigência fiscal das diferenças quando os créditos resultaram indevidos ou não comprovados; b) o lançamento em pauta aponta, em especifico, a ineficácia da compensação (não comprovação da compensação com DARF, com processo judicial); c) a pendência de julgamento pela última instância do processo administrativo fiscal não impede a constituição do crédito tributário com a lavratura do auto de infração em análise; d) por força do art. 18 da Lei no 10.833/2003, com a redação alterada pela Lei no 11.051/2004, e do disposto no art. 106, II, “c” do CTN (retroatividade benigna), cabe apenas a exigência dos acréscimos moratórios ao débito, descartandose a multa de ofício; e 1 Toda numeração de folhas indicada nesta decisão se refere à paginação eletrônica no "eprocessos". Fl. 951DF CARF MF Impresso em 26/03/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 26/12/2012 por ROSALDO TREVISAN, Assinado digitalmente em 26/12/2012 por ROSALDO TREVISAN, Assinado digitalmente em 25/01/2013 por ANTONIO CARLOS ATULIM Processo nº 10855.002585/200356 Acórdão n.º 3403001.837 S3C4T3 Fl. 951 3 e) o pagamento de R$ 100,00 é matéria estranha ao processo, mas nada obsta seu abatimento da quantia eventualmente devida, se disponível, quando do adimplemento da obrigação. A empresa apresenta então o Recurso Voluntário de fls. 110 a 122, alegando que o pedido de compensação efetuado no processo no 10855.002169/9701 ainda pende de julgamento de agravo em recursos especial, de modo que se encontra suspensa a exigibilidade do crédito tributário (pois as determinações do § 11 do art. 74 da Lei no 9.430/1996, introduzidas pela Lei no 10.833/2003, aplicamse ao presente caso, por força do art. 106 do CTN). Em 20/10/2009, a 1ª Turma Ordinária da 4ª Câmara deste CARF converte o julgamento em diligência (Resolução 340100.014 fls. 316/317), para aguardarse o julgamento definitivo do processo no 10855.002169/9701, anexandose cópia integral deste aos presentes autos. Pelo expediente de fls. 826, informase o cumprimento da diligência (anexandose cópias do processo no 10855.002169/9701 às fls. 328 a 825), comunicandose o teor do Acórdão no 20174.169 da CSRF (fls. 810 a 812), no qual se rejeita o pedido de reexame do recurso especial interposto, facultandose a manifestação da recorrente. A recorrente manifestase às fls. 832 a 834, alegando que: a) em que pese a informação contida nos documentos juntados de que referido pedido de compensação foi negado, é certo que o valor do crédito do contribuinte está reconhecido e homologado pelo Poder Judiciário; b) apresenta em anexo documentos que comprovam o reconhecimento dos créditos (afora os documentos de identificação, figuram em anexo cópias do Acórdão CSRF no 0202.271 fls. 848 a 857; cópias de excertos de ação de execução no 98.00531149 fls. 858 a 938); e c) o Poder Judiciário já reconheceu reiteradas vezes, que o contribuinte, ora peticionário, possui crédito tributário relativo a contribuições ao PIS pagas a maior, valor esse já homologado judicialmente, e que culminou na nulidade de várias inscrições em divida ativa. Em 16/6/2010, a DRF/Sorocaba reenvia os autos a este CARF, apontando que todas as decisões no processo no 10855.002169/9701 foram pelo indeferimento, tendo sido negado o recurso especial e rejeitado o agravo pela CSRF, e que os valores constantes do referido processo foram encaminhados para lançamento de ofício por meio do processo no 10855.000504/200383 fls. 766 (e já se encontram inscritos em dívida ativa, cf. documentos de fls. 942 a 946). É o relatório. Voto Fl. 952DF CARF MF Impresso em 26/03/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 26/12/2012 por ROSALDO TREVISAN, Assinado digitalmente em 26/12/2012 por ROSALDO TREVISAN, Assinado digitalmente em 25/01/2013 por ANTONIO CARLOS ATULIM 4 Conselheiro Rosaldo Trevisan, relator O recurso preenche os requisitos formais de admissibilidade e, portanto, dele se toma conhecimento. A exigência fiscal resulta de incompatibilidade detectada em DCTF entregue em 19/5/1998 (não confirmação de crédito resultante de compensação com o proc. judicial no 92.00746624). No processo no 10855.002169/9701, a recorrente solicitou (em 13/10/1997) compensação de créditos decorrentes de decisão transitada em julgado (em 16/5/1996) no processo judicial no 92.00746624. Ocorre que a recorrente também solicitou na ação judicial a repetição do indébito, e pediu a execução do título do crédito, o que motivou o indeferimento da compensação. Em sua manifestação de inconformidade, a recorrente alega que desistiu da repetição de indébito na via judicial para que o acórdão transitado em julgado fosse cumprido na via administrativa, e que é inconstitucional a norma (art. 17 da IN SRF no 21/1997, com a redação dada pela IN SRF no 73/97) que exige cumulativamente à desistência a assunção de todas as custas do processo, inclusive os honorários advocatícios. Ante a ausência de comprovação da desistência, a DRJ mantém o indeferimento. A recorrente apresenta recurso voluntário ao CARF, mantendo a argumentação expendida na manifestação de inconformidade. O CARF, por sua vez, endossa o posicionamento da DRJ. O recurso especial interposto pela recorrente não foi admitido por ausência de analogia do acórdão recorrido com o paradigma apontado, mesma motivação que ensejou a rejeição do pedido de reexame, tornando definitivo administrativamente o indeferimento da compensação. Voltando ao presente processo, é de se concluir que a alegação externada no recurso voluntário de que não era definitiva a decisão administrativa no processo de compensação não mais procede. Devido, assim, seria o valor originário de R$ 70.318,62, com os correspondentes acréscimos legais. Na manifestação da recorrente em relação à diligência, esta afirma que os créditos estão assegurados judicialmente, juntando documentos que alega comprovarem tal situação. A afirmação não mais surte efeitos administrativos após a denegação da compensação. Não se discutiu nesse processo, ou naquele referente à compensação, se era legítimo o direito judicialmente reconhecido. Naquele o objeto foi tãosomente a possibilidade de compensação, que restou definitivamente indeferida. Neste, o objeto é a exigência de um valor que se alegava estar compensado com base naquele (o que já não mais se sustenta). É de se apontar, contudo, que a autuação de que trata o presente processo foi lavrada em 16/6/2003 (fl. 24), e que os créditos exigidos se referem ao mês de setembro de 1997 (fl. 28). Cabe, assim, preliminarmente, a verificação de eventual decadência no lançamento em foco. A Súmula Vinculante no 8 do STF estabeleceu que são inconstitucionais os arts. 45 e 46 da Lei no 8.212/1991, que tratam de prescrição e decadência do crédito tributário. O efeito da decisão é irradiado a este julgamento por expressa determinação do art. 62A do Anexo II do Regimento Interno deste CARF, aprovado pela Portaria MF no 256/2009 (com a redação dada pela Portaria MF no 586/2010). Aplicase, assim, no caso, a regra decadencial estabelecida no art. 150, § 4o, do Código Tributário Nacional: Fl. 953DF CARF MF Impresso em 26/03/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 26/12/2012 por ROSALDO TREVISAN, Assinado digitalmente em 26/12/2012 por ROSALDO TREVISAN, Assinado digitalmente em 25/01/2013 por ANTONIO CARLOS ATULIM Processo nº 10855.002585/200356 Acórdão n.º 3403001.837 S3C4T3 Fl. 952 5 “Art. 150. O lançamento por homologação, que ocorre quanto aos tributos cuja legislação atribua ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa, operase pelo ato em que a referida autoridade, tomando conhecimento da atividade assim exercida pelo obrigado, expressamente a homologa. (...) § 4º Se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de cinco anos, a contar da ocorrência do fato gerador; expirado esse prazo sem que a Fazenda Pública se tenha pronunciado, considerase homologado o lançamento e definitivamente extinto o crédito, salvo se comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação.” Tendo sido a própria autuação lavrada em 16/6/2003 (com impugnação recebida como tempestiva em 21/7/2003 fls. 2 e 86/96), incabível se torna a cobrança da Constribuição para o PIS/Pasep em relação ao período de referência 9/1997. Pelo exposto, voto no sentido de dar provimento ao recurso voluntário, por restar configurada a decadência do direito de a Fazenda exigir o crédito tributário em análise. Rosaldo Trevisan Fl. 954DF CARF MF Impresso em 26/03/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 26/12/2012 por ROSALDO TREVISAN, Assinado digitalmente em 26/12/2012 por ROSALDO TREVISAN, Assinado digitalmente em 25/01/2013 por ANTONIO CARLOS ATULIM
score : 1.0
Numero do processo: 10925.900031/2012-36
Turma: Primeira Turma Ordinária da Quarta Câmara da Terceira Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Tue Apr 25 00:00:00 UTC 2017
Data da publicação: Wed May 31 00:00:00 UTC 2017
Numero da decisão: 3401-001.146
Decisão: Resolvem os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, converter o julgamento em diligência, para que a unidade local da RFB: (a) verifique a procedência e a quantificação do direito creditório indicado pelo contribuinte, empregado sob forma de compensação; (b) informe se, de fato, o crédito foi utilizado para outra compensação, restituição ou forma diversa de extinção do crédito tributário, como registrado no despacho decisório; (c) informe se o crédito apurado é suficiente para liquidar a compensação realizada; e (d) elabore relatório circunstanciado e conclusivo a respeito dos procedimentos realizados e conclusões alcançadas.
(Assinado com certificado digital)
Rosaldo Trevisan Presidente e Relator
Participaram do presente julgamento os Conselheiros Robson José Bayerl, Rosaldo Trevisan, Augusto Fiel Jorge DOliveira, Eloy Eros da Silva Nogueira, André Henrique Lemos, Fenelon Moscoso de Almeida, Augusto Fiel Jorge DOliveira, Tiago Guerra Machado e Leonardo Ogassawara de Araújo Branco.
Nome do relator: ROSALDO TREVISAN
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decisao_txt : Resolvem os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, converter o julgamento em diligência, para que a unidade local da RFB: (a) verifique a procedência e a quantificação do direito creditório indicado pelo contribuinte, empregado sob forma de compensação; (b) informe se, de fato, o crédito foi utilizado para outra compensação, restituição ou forma diversa de extinção do crédito tributário, como registrado no despacho decisório; (c) informe se o crédito apurado é suficiente para liquidar a compensação realizada; e (d) elabore relatório circunstanciado e conclusivo a respeito dos procedimentos realizados e conclusões alcançadas. (Assinado com certificado digital) Rosaldo Trevisan Presidente e Relator Participaram do presente julgamento os Conselheiros Robson José Bayerl, Rosaldo Trevisan, Augusto Fiel Jorge DOliveira, Eloy Eros da Silva Nogueira, André Henrique Lemos, Fenelon Moscoso de Almeida, Augusto Fiel Jorge DOliveira, Tiago Guerra Machado e Leonardo Ogassawara de Araújo Branco.
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Recorrida FAZENDA NACIONAL Resolvem os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, converter o julgamento em diligência, para que a unidade local da RFB: (a) verifique a procedência e a quantificação do direito creditório indicado pelo contribuinte, empregado sob forma de compensação; (b) informe se, de fato, o crédito foi utilizado para outra compensação, restituição ou forma diversa de extinção do crédito tributário, como registrado no despacho decisório; (c) informe se o crédito apurado é suficiente para liquidar a compensação realizada; e (d) elabore relatório circunstanciado e conclusivo a respeito dos procedimentos realizados e conclusões alcançadas. (Assinado com certificado digital) Rosaldo Trevisan – Presidente e Relator Participaram do presente julgamento os Conselheiros Robson José Bayerl, Rosaldo Trevisan, Augusto Fiel Jorge D’Oliveira, Eloy Eros da Silva Nogueira, André Henrique Lemos, Fenelon Moscoso de Almeida, Augusto Fiel Jorge D’Oliveira, Tiago Guerra Machado e Leonardo Ogassawara de Araújo Branco. Relatório Cuidase, na espécie, de despacho decisório eletrônico de não homologação de compensação, atrelado a crédito de PIS/Pasep não cumulativo, cujo fundamento é a sua integral vinculação com outro(s) débito(s) de titularidade do contribuinte. RE SO LU ÇÃ O G ER A D A N O P G D -C A RF P RO CE SS O 1 09 25 .9 00 03 1/ 20 12 -3 6 Fl. 44DF CARF MF Processo nº 10925.900031/201236 Resolução nº 3401001.146 S3C4T1 Fl. 3 2 A manifestação de inconformidade defendeu a efetiva existência do crédito utilizado, por recolhimento a maior de PIS/Pasep, devido à tributação de produtos sujeitos à alíquota zero, nos termos do art. 28, III da Lei nº 10.865/2004 e art. 1º da Lei nº 10.925/04; que houve retificação da DACON demonstrando a origem do crédito; e, que seu crédito não poderia ser indeferido sem exame de sua procedência. Os documentados anexados aos autos foram o despacho decisório eletrônico e a folha de rosto da DACON. A DRJ Florianópolis/SC julgou o recurso improcedente ao argumento que não foi comprovada a liquidez e certeza do crédito, diante da ausência de retificação da DCTF correspondente antes da formalização do pedido de restituição. Em recurso voluntário o contribuinte justificou a falta de retificação da DCTF como forma de aclarar o indébito, explicando que, para demonstrar a apuração dos valores devidos a título de PIS/Pasep e Cofins e a improcedência do recolhimento, reajustou apenas a DACON e, mutatis mutandi, reiterou a argumentação deduzida na peça exordial. É o relatório. Voto Conselheiro Rosaldo Trevisan, Relator O julgamento deste processo segue a sistemática dos recursos repetitivos, regulamentada pelo art. 47, §§ 1º e 2º, do RICARF, aprovado pela Portaria MF 343, de 09 de junho de 2015. Portanto, ao presente litígio aplicase o decidido na Resolução nº 3401001.142, de 25 de abril de 2017, proferida no julgamento do processo 10925.900027/201278, paradigma ao qual o presente processo foi vinculado. Transcrevese, como solução deste litígio, nos termos regimentais, o entendimento que prevaleceu na Resolução 3401001.142: "O recurso protocolado preenche os requisitos de admissibilidade e deve ser conhecido. Com todas as vênias à decisão recorrida, entendo equivocado o raciocínio lá externado, consoante o qual a caracterização do indébito tributário decorre da retificação da Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais – DCTF pelo sujeito passivo. Nos termos do art. 165, caput do Código Tributário Nacional, o sujeito passivo tem direito, independentemente de prévio protesto, à restituição total ou parcial do tributo indevidamente recolhido, seja qual for a modalidade do seu pagamento. Exigir a preliminar retificação da DCTF como condição para processamento da repetição do indébito, equivale a estabelecer o prévio protesto para devolução do tributo indevidamente recolhido. Fl. 45DF CARF MF Processo nº 10925.900031/201236 Resolução nº 3401001.146 S3C4T1 Fl. 4 3 Não há na legislação de regência, seja lei, decreto ou mesmo instrução normativa, até onde se saiba, qualquer dispositivo que textualmente imponha a retificação da DCTF como condição sine qua non para a restituição de tributo. É lógico que a sistemática adotada pela RFB, a partir do controle eletrônico das restituições e compensações, pelos sistemas informatizados específicos, pressupõe a retificação das DCTF a fim de disponibilizar os valores vinculados aos DARFs respectivos para utilização nas compensações transmitidas através da Declarações de Compensação – DCOMP, todavia, não se deve confundir a mecânica dos controles informatizados com as premissas adotadas pelo direito, na regulação das relações jurídicas havidas na sociedade. A meu sentir, a caracterização do indébito tributário se consubstancia pela prova do direito alegado, não guardando qualquer relação com retificação de declarações, meras obrigações acessórias que são. Como dito, se não existe norma que imponha a retificação de DCTF como procedimento prévio à restituição de tributo pago indevidamente, padece de fundamentação adequada a decisão que indefere o pleito formulado sob tal argumento. Por outro lado, não se pode perder de vista que o despacho decisório reclamado – o efetivo objeto de contestação – não está inquinado de vício algum, haja vista que, de fato, por ocasião da compensação formulada, o crédito indicado estava vinculado a outro débito, tal como informado em DCTF. Portanto, válido a priori o despacho decisório, restando examinar a procedência do arrazoado do recorrente. Nesse passo, sustentou o recurso manobrado que a demonstração da correta apuração do PIS/Pasep e Cofins devidos no mês de outubro/2005, a justificar o recolhimento indevido, estaria concretizada na retificação da DACON, apresentada após a transmissão da DCOMP, mas antes do despacho decisório. Em exame do documento em questão (DACON) confirmase que sua transmissão se deu em 29/10/2007, antes da emissão do despacho decisório eletrônico, ocorrido em 01/02/2012, e que, de fato, não apontou a apuração de débito de Cofins ou PIS/Pasep a pagar no período de apuração de outubro/2005. Todavia, a simples juntada da DACON, ainda que integralmente, não é suficiente para fazer prova do direito alegado pelo recorrente, que para aferição da procedência de suas informações requer o confronto com os dados registrados na escrituração contábil e fiscal do contribuinte, entendimento sedimentado nesta turma julgadora. Isso porque, se a ausência de retificação da DCTF não é motivo suficiente para a denegação de crédito pleiteado, da mesma maneira, não é possível o seu reconhecimento exclusivamente a partir de uma retificação de DACON transmitida antes de qualquer procedimento de fiscalização. Fl. 46DF CARF MF Processo nº 10925.900031/201236 Resolução nº 3401001.146 S3C4T1 Fl. 5 4 Quanto a ser o DACON, pelo menos, um princípio de prova a justificar a conversão do julgamento em diligência, como remansosa jurisprudência deste sodalício, não se pode esquecer que a repetição do indébito in casu está fundada na indevida tributação de produtos sujeitos à alíquota zero, o que exige a verificação da apuração da base de cálculo como um todo, não sendo possível a identificação ou indicação de um documento único que possa refletir essa situação com a segurança necessária ao reconhecimento do direito creditório vindicado, senão o esquadrinhamento dos documentos e dos livros do período de apuração. Como não bastasse, distintamente dos demais casos aqui examinados, a causa para indeferimento do pleito, pela decisão de primeiro grau, não se assentou na ausência de prova da existência do crédito vindicado, mas a pura e simples falta de retificação da DCTF, o que, a meu sentir, exige o ajuste da jurisprudência fixada em situações envolvendo despacho eletrônico. Por todo o exposto, considerando que o processo não se encontra em condições de julgamento, proponho sua conversão em diligência para que seja informado e providenciado o seguinte: · Aferição da procedência e quantificação do direito creditório indicado pelo contribuinte, empregado sob forma de compensação; · Informação se, de fato, o crédito foi utilizado para outra compensação, restituição ou forma diversa de extinção do crédito tributário, como registrado no despacho decisório; · Informação se o crédito apurado é suficiente para liquidar a compensação realizada; e, · Elaboração de relatório circunstanciado e conclusivo a respeito dos procedimentos realizados e conclusões alcançadas. Em seguida, abrase vista ao recorrente pelo prazo de 30 (trinta) dias, para, querendo, manifestarse, findos os quais deverão os autos retornar a este Conselho Administrativo para prosseguimento." Registrese que os elementos que justificaram a conversão do julgamento em diligência no caso do paradigma, face a similitude entre ambos, também a justificam neste processo, no qual o contribuinte também juntou a DACON retificadora. Aplicandose a decisão do paradigma ao presente processo, em razão da sistemática prevista nos §§ 1º e 2º do art. 47 do RICARF, determino a conversão do julgamento em diligência para que seja informado e providenciado o seguinte: · Aferição da procedência e quantificação do direito creditório indicado pelo contribuinte, empregado sob forma de compensação; · Informação se, de fato, o crédito foi utilizado para outra compensação, restituição ou forma diversa de extinção do crédito tributário, como registrado no despacho decisório; Fl. 47DF CARF MF Processo nº 10925.900031/201236 Resolução nº 3401001.146 S3C4T1 Fl. 6 5 · Informação se o crédito apurado é suficiente para liquidar a compensação realizada; e, · Elaboração de relatório circunstanciado e conclusivo a respeito dos procedimentos realizados e conclusões alcançadas. Em seguida, abrase vista ao recorrente pelo prazo de 30 (trinta) dias, para, querendo, manifestarse, findos os quais deverão os autos retornar a este Conselho Administrativo para prosseguimento. (Assinado com certificado digital) Rosaldo Trevisan Fl. 48DF CARF MF
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Numero do processo: 10980.900728/2010-81
Turma: Primeira Turma Ordinária da Quarta Câmara da Terceira Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Tue Oct 24 00:00:00 UTC 2017
Data da publicação: Wed Apr 04 00:00:00 UTC 2018
Numero da decisão: 3401-001.210
Decisão: RESOLVEM os membros do colegiado, por maioria de votos, vencido o Conselheiro Tiago Guerra Machado, em converter o julgamento em diligência, para que a unidade local da RFB verifique se, à luz dos documentos apresentados, e superada a questão referente a ser apenas inter partes a declaração de inconstitucionalidade do dispositivo em análise, remanesce o direito de crédito, detalhando-o.
(assinado digitalmente)
Rosaldo Trevisan Presidente e Relator
Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros Rosaldo Trevisan (Presidente), Robson José Bayerl, Augusto Fiel Jorge DOliveira, Mara Cristina Sifuentes, André Henrique Lemos, Fenelon Moscoso de Almeida, Tiago Guerra Machado e Leonardo Ogassawara de Araújo Branco.
Nome do relator: ROSALDO TREVISAN
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(assinado digitalmente) Rosaldo Trevisan – Presidente e Relator Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros Rosaldo Trevisan (Presidente), Robson José Bayerl, Augusto Fiel Jorge D’Oliveira, Mara Cristina Sifuentes, André Henrique Lemos, Fenelon Moscoso de Almeida, Tiago Guerra Machado e Leonardo Ogassawara de Araújo Branco. RE SO LU ÇÃ O G ER A D A N O P G D -C A RF P RO CE SS O 1 09 80 .9 00 72 8/ 20 10 -8 1 Fl. 56DF CARF MF Processo nº 10980.900728/201081 Resolução nº 3401001.210 S3C4T1 Fl. 51 2 Relatório Cuidase de Recurso Voluntário contra decisão da DRJ/CTA, que considerou improcedente a Manifestação de Inconformidade apresentada contra Despacho Decisório que não homologou a compensação de débitos tributários referentes a contribuições cumulativas. Do Pedido de Compensação e do Despacho Decisório. O contribuinte informou como origem do suposto direito creditório DARF referente ao pagamento de contribuição cumulativa em razão de entender ter havido pagamento a maior decorrente da inclusão de receitas financeiras na base de cálculo das contribuições sociais sob égide da Lei Federal 9.718/198 e tal valor ser considerado indevido. A DRF Curitiba, não homologou a compensação requerida, pois o DARF discriminado na DCOMP não fora localizado. Da Manifestação de Inconformidade A Contribuinte tomou ciência do Despacho Decisório e interpôs, tempestivamente, Manifestação de Inconformidade, alegando, em síntese, o seguinte: Que o contribuinte apurou crédito tributário de PIS e COFINS em razão da declaração de inconstitucionalidade do art. 3°, parágrafo 1 0, da Lei n° 9.718/98, proferida pelo Supremo Tribunal Federal no RE 4575531, em Sessão Plenária de 09/11/05 e aproveitou parte do referido crédito para compensar débitos conforme lhe faculta o artigo 74 da Lei n° 9.430/96 Que o Auditor da Receita Federal do Brasil, em Despacho Decisório, não homologou a compensação efetuada pelo contribuinte, em razão de não ter encontrado o crédito informado; Que a razão de não ter sido encontrado o crédito do contribuinte, utilizado na presente compensação, está no fato de que este se encontrava vinculado a um débito indevido (em razão da inclusão de receitas financeiras na base de cálculo), não restando assim saldo credor disponível. Da Decisão de 1ª Instância Sobreveio Acórdão da DRJ/CTA, que considerou improcedente a manifestação de inconformidade, em síntese, por entender ser aplicável o disposto no §1º do art. 3º da Lei nº 9.718/98 até sua revogação pela Lei nº 11.941/09, uma vez que o julgamento do STF pela inconstitucionalidade da ampliação da base de cálculo contida naquele dispositivo não tem efeito erga omnes, somente atingindo as partes envolvidas. Do Recurso Voluntário Irresignada, a Contribuinte interpôs Recurso Voluntário tempestivo, que veio a repetir os argumentos apresentados na impugnação e apresentar, ainda, os seguintes. Preliminarmente, alega a nulidade do Acordão com base no artigo 59, inciso II, do Decreto Federal 70.235/72, pois alega que a DRJ, sob o fundamento de falta de competência para apreciar a constitucionalidade de lei, teria deixado de analisar todos os argumentos expostos na Manifestação de Inconformidade negando vigência, assim, à regulamentação do artigo, do citado Decreto, motivo pelo qual deve ser declarada sua nulidade. Fl. 57DF CARF MF Processo nº 10980.900728/201081 Resolução nº 3401001.210 S3C4T1 Fl. 52 3 Quanto ao mérito, afirma que: O STF, no julgamento do RE 585.235, sob a sistemática da repercussão geral, declarou a inconstitucionalidade do parágrafo 1º, do artigo 3º, da Lei Federal 9.718/1998, e que este entendimento deve ser seguido por este Colegiado em razão do disposto no art. 62A do RICARF. Quanto ao direito creditório em si, afirma ser devido, conforme os documentos que traz como provas. É o relatório. Voto Conselheiro Rosaldo Trevisan O julgamento deste processo segue a sistemática dos recursos repetitivos, regulamentada pelo art. 47, §§ 1º e 2º, do Anexo II do RICARF, aprovado pela Portaria MF 343, de 09 de junho de 2015. Portanto, ao presente litígio aplicase o decidido na Resolução nº 3401001.196, de 24 de outubro de 2017, proferida no julgamento do processo 10980.900714/201067, paradigma ao qual o presente processo foi vinculado. Transcrevese, como solução deste litígio, nos termos regimentais, o entendimento que prevaleceu na Resolução 3401001.1961: "O recurso apresentado preenche os requisitos formais de admissibilidade e, portanto, dele se toma conhecimento. Como visto do relatório, tratase de DCOMP, transmitida para a compensação de créditos tributários relativos às Contribuições para o PIS e a COFINS cumulativas, de que trata a Lei nº 9.718/98. A ora recorrente, manifestou inconformidade ao não reconhecimento do direito creditório, defendendo que efetuou recolhimentos a maior em DARF, por haver considerado nas bases de cálculo das contribuições sociais cumulativas, parcelas indevidas, em razão da inconstitucionalidade da ampliação da base de cálculo, do § 1º, do art. 3º, da Lei nº 9.718/98, declarada pelo STF. Diante desses argumentos, entendeu a decisão recorrida, improcedente a manifestação de inconformidade, quanto aos fatos, pelo simples fato de não existir a comprovação do direito creditório informado na Dcomp; e quanto ao direito, por entender aplicável a disposição do § 1º, do art. 3º, da Lei nº 9.718/98, até a sua revogação pela Lei n° 11.941/09, vez que a inconstitucionalidade da ampliação da base de cálculo declarada pelo STF teria efeito apenas inter partes. Pois bem, entendo verossimilhantes as alegações e plausível o direito vindicado, quanto à possíveis efeitos da inconstitucionalidade do § 1º, do art. 3º, da Lei nº 9.718/98, tendo em vista o julgamento do 1 Deixo de transcrever o voto vencido, que pode ser facilmente consultado na Resolução paradigma, mantendo apenas o entendimento predominante da Turma expresso no voto vencedor. Fl. 58DF CARF MF Processo nº 10980.900728/201081 Resolução nº 3401001.210 S3C4T1 Fl. 53 4 RE 585.235/MG, submetido a repercussão geral, do art. 543B, do CPC/1973, determinandose que a base de cálculo das contribuições sociais cumulativas seja o faturamento da empresa, assim considerado como a receita bruta das vendas de mercadorias, de mercadorias e serviços e de serviço de qualquer natureza, de reprodução obrigatória pelos Conselheiros no julgamento dos recursos no âmbito do CARF, nos termos do §2º, do art. 62, do RICARF/2015 (Portaria MF nº 343, de 09/06/15). Já quanto aos fatos, insurgese a recorrente contra o fundamento da decisão recorrida de não existir a comprovação do direito creditório informado na Domp; apresentando inícios de provas materiais, por meio de planilhas e cópias de razões analíticos. No Processo Administrativo Fiscal PAF, regido pelo Decreto n° 70.235/1972, art. 16, §4º “A prova documental será apresentada na impugnação, precluindo o direito de o impugnante fazêlo em outro momento processual, a menos que: [...] c) destinese a contrapor fatos ou razões posteriormente trazidas aos autos.” Notar que, inicialmente, o despacho decisório eletrônico de não homologação das compensações declaradas, deuse pelo fato de que o DARF discriminado na DCOMP estava integralmente utilizado. Na manifestação de inconformidade, passa o interessado a justificar que o crédito decorre da declaração de inconstitucionalidade proferida pelo STF relativamente ao §1º, do art. 3º, da Lei nº 9.718/98. Em resposta, concluiu o acórdão DRJ, não provado e inexistente o direito à repetição de indébito. Diante destas razões, posteriormente trazidas aos autos, via decisão recorrida, contrapõe a recorrente, por meio do recurso voluntário, provas documentais, em planilhas e cópias de razões analíticos. Do exposto, entendo presente a hipótese prevista na alínea "c", §4º, art. 16, do PAF, no caso em discussão, não havendo de se falar em preclusão de apresentação de prova documental nesse momento processual de recurso voluntário. Por outro lado, ainda que inícios de provas materiais, as planilhas e as cópias de razões analíticos, por si sós, não são suficientes à quantificação e comprovação do direito creditório pleiteado. Ressaltese, deve o contribuinte conservar seus livros comerciais e fiscais obrigatórios e respectivos comprovantes dos lançamentos enquanto durar as controvérsias sobre questões por esses documentos comprováveis, tendo em vista a obrigação de guarda até que ocorra a prescrição dos créditos tributários, nos termos do artigo 195, do CTN. Com essas considerações, entendo deva ser convertido o julgamento em diligência unidade jurisdicionante da Receita Federal, competente para decidir sobre o direito de créditos/compensação de débitos, promova a devida quantificação e reconhecimento do direito creditório, apontado nas planilhas e cópias de razões analíticos, manifestandose sobre a homologação da compensação declarada. Concluído os trabalhos da diligência, deverá ser elaborado Relatório conclusivo, do qual o sujeito passivo deverá ser cientificado, Fl. 59DF CARF MF Processo nº 10980.900728/201081 Resolução nº 3401001.210 S3C4T1 Fl. 54 5 sendo concedido prazo de 30 (trinta) dias para manifestação, nos termos do parágrafo único, do art. 35, do Decreto nº 7.574/11. Após os autos deverão retornar ao CARF para julgamento." Importante frisar que os documentos juntados pela contribuinte no processo paradigma, como prova do direito creditório, encontram correspondência nos autos ora em análise. Desta forma, os elementos que justificaram a conversão do julgamento em diligência no caso do paradigma também a justificam no presente caso. Aplicandose a decisão do paradigma ao presente processo, em razão da sistemática prevista nos §§ 1º e 2º do art. 47 do Anexo II do RICARF, o colegiado decidiu por converter o julgamento em diligência, para que unidade jurisdicionante da Receita Federal, competente para decidir sobre o direito de créditos/compensação de débitos, promova a devida quantificação e reconhecimento do direito creditório, apontado nas planilhas e cópias de razões analíticos, manifestandose sobre a homologação da compensação declarada. Concluído os trabalhos da diligência, deverá ser elaborado Relatório conclusivo, do qual o sujeito passivo deverá ser cientificado, sendo concedido prazo de 30 (trinta) dias para manifestação, nos termos do parágrafo único, do art. 35, do Decreto nº 7.574/11. Após os autos deverão retornar ao CARF para julgamento. (Assinado com certificado digital) Rosaldo Trevisan Fl. 60DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 10980.900716/2010-56
Turma: Primeira Turma Ordinária da Quarta Câmara da Terceira Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Tue Oct 24 00:00:00 UTC 2017
Data da publicação: Wed Apr 04 00:00:00 UTC 2018
Numero da decisão: 3401-001.198
Decisão: RESOLVEM os membros do colegiado, por maioria de votos, vencido o Conselheiro Tiago Guerra Machado, em converter o julgamento em diligência, para que a unidade local da RFB verifique se, à luz dos documentos apresentados, e superada a questão referente a ser apenas inter partes a declaração de inconstitucionalidade do dispositivo em análise, remanesce o direito de crédito, detalhando-o.
(assinado digitalmente)
Rosaldo Trevisan Presidente e Relator
Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros Rosaldo Trevisan (Presidente), Robson José Bayerl, Augusto Fiel Jorge DOliveira, Mara Cristina Sifuentes, André Henrique Lemos, Fenelon Moscoso de Almeida, Tiago Guerra Machado e Leonardo Ogassawara de Araújo Branco.
Nome do relator: ROSALDO TREVISAN
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O contribuinte informou como origem do suposto direito creditório DARF referente ao pagamento de contribuição cumulativa em razão de entender ter havido pagamento a maior decorrente da inclusão de receitas financeiras na base de cálculo das contribuições sociais sob égide da Lei Federal 9.718/198 e tal valor ser considerado indevido. A DRF Curitiba, não homologou a compensação requerida, pois o DARF discriminado na DCOMP não fora localizado. Da Manifestação de Inconformidade A Contribuinte tomou ciência do Despacho Decisório e interpôs, tempestivamente, Manifestação de Inconformidade, alegando, em síntese, o seguinte: Que o contribuinte apurou crédito tributário de PIS e COFINS em razão da declaração de inconstitucionalidade do art. 3°, parágrafo 1 0, da Lei n° 9.718/98, proferida pelo Supremo Tribunal Federal no RE 4575531, em Sessão Plenária de 09/11/05 e aproveitou parte do referido crédito para compensar débitos conforme lhe faculta o artigo 74 da Lei n° 9.430/96 Que o Auditor da Receita Federal do Brasil, em Despacho Decisório, não homologou a compensação efetuada pelo contribuinte, em razão de não ter encontrado o crédito informado; Que a razão de não ter sido encontrado o crédito do contribuinte, utilizado na presente compensação, está no fato de que este se encontrava vinculado a um débito indevido (em razão da inclusão de receitas financeiras na base de cálculo), não restando assim saldo credor disponível. Da Decisão de 1ª Instância Sobreveio Acórdão da DRJ/CTA, que considerou improcedente a manifestação de inconformidade, em síntese, por entender ser aplicável o disposto no §1º do art. 3º da Lei nº 9.718/98 até sua revogação pela Lei nº 11.941/09, uma vez que o julgamento do STF pela inconstitucionalidade da ampliação da base de cálculo contida naquele dispositivo não tem efeito erga omnes, somente atingindo as partes envolvidas. Do Recurso Voluntário Irresignada, a Contribuinte interpôs Recurso Voluntário tempestivo, que veio a repetir os argumentos apresentados na impugnação e apresentar, ainda, os seguintes. Preliminarmente, alega a nulidade do Acordão com base no artigo 59, inciso II, do Decreto Federal 70.235/72, pois alega que a DRJ, sob o fundamento de falta de competência para apreciar a constitucionalidade de lei, teria deixado de analisar todos os argumentos expostos na Manifestação de Inconformidade negando vigência, assim, à regulamentação do artigo, do citado Decreto, motivo pelo qual deve ser declarada sua nulidade. Fl. 52DF CARF MF Processo nº 10980.900716/201056 Resolução nº 3401001.198 S3C4T1 Fl. 52 3 Quanto ao mérito, afirma que: O STF, no julgamento do RE 585.235, sob a sistemática da repercussão geral, declarou a inconstitucionalidade do parágrafo 1º, do artigo 3º, da Lei Federal 9.718/1998, e que este entendimento deve ser seguido por este Colegiado em razão do disposto no art. 62A do RICARF. Quanto ao direito creditório em si, afirma ser devido, conforme os documentos que traz como provas. É o relatório. Voto Conselheiro Rosaldo Trevisan O julgamento deste processo segue a sistemática dos recursos repetitivos, regulamentada pelo art. 47, §§ 1º e 2º, do Anexo II do RICARF, aprovado pela Portaria MF 343, de 09 de junho de 2015. Portanto, ao presente litígio aplicase o decidido na Resolução nº 3401001.196, de 24 de outubro de 2017, proferida no julgamento do processo 10980.900714/201067, paradigma ao qual o presente processo foi vinculado. Transcrevese, como solução deste litígio, nos termos regimentais, o entendimento que prevaleceu na Resolução 3401001.1961: "O recurso apresentado preenche os requisitos formais de admissibilidade e, portanto, dele se toma conhecimento. Como visto do relatório, tratase de DCOMP, transmitida para a compensação de créditos tributários relativos às Contribuições para o PIS e a COFINS cumulativas, de que trata a Lei nº 9.718/98. A ora recorrente, manifestou inconformidade ao não reconhecimento do direito creditório, defendendo que efetuou recolhimentos a maior em DARF, por haver considerado nas bases de cálculo das contribuições sociais cumulativas, parcelas indevidas, em razão da inconstitucionalidade da ampliação da base de cálculo, do § 1º, do art. 3º, da Lei nº 9.718/98, declarada pelo STF. Diante desses argumentos, entendeu a decisão recorrida, improcedente a manifestação de inconformidade, quanto aos fatos, pelo simples fato de não existir a comprovação do direito creditório informado na Dcomp; e quanto ao direito, por entender aplicável a disposição do § 1º, do art. 3º, da Lei nº 9.718/98, até a sua revogação pela Lei n° 11.941/09, vez que a inconstitucionalidade da ampliação da base de cálculo declarada pelo STF teria efeito apenas inter partes. Pois bem, entendo verossimilhantes as alegações e plausível o direito vindicado, quanto à possíveis efeitos da inconstitucionalidade do § 1º, do art. 3º, da Lei nº 9.718/98, tendo em vista o julgamento do 1 Deixo de transcrever o voto vencido, que pode ser facilmente consultado na Resolução paradigma, mantendo apenas o entendimento predominante da Turma expresso no voto vencedor. Fl. 53DF CARF MF Processo nº 10980.900716/201056 Resolução nº 3401001.198 S3C4T1 Fl. 53 4 RE 585.235/MG, submetido a repercussão geral, do art. 543B, do CPC/1973, determinandose que a base de cálculo das contribuições sociais cumulativas seja o faturamento da empresa, assim considerado como a receita bruta das vendas de mercadorias, de mercadorias e serviços e de serviço de qualquer natureza, de reprodução obrigatória pelos Conselheiros no julgamento dos recursos no âmbito do CARF, nos termos do §2º, do art. 62, do RICARF/2015 (Portaria MF nº 343, de 09/06/15). Já quanto aos fatos, insurgese a recorrente contra o fundamento da decisão recorrida de não existir a comprovação do direito creditório informado na Domp; apresentando inícios de provas materiais, por meio de planilhas e cópias de razões analíticos. No Processo Administrativo Fiscal PAF, regido pelo Decreto n° 70.235/1972, art. 16, §4º “A prova documental será apresentada na impugnação, precluindo o direito de o impugnante fazêlo em outro momento processual, a menos que: [...] c) destinese a contrapor fatos ou razões posteriormente trazidas aos autos.” Notar que, inicialmente, o despacho decisório eletrônico de não homologação das compensações declaradas, deuse pelo fato de que o DARF discriminado na DCOMP estava integralmente utilizado. Na manifestação de inconformidade, passa o interessado a justificar que o crédito decorre da declaração de inconstitucionalidade proferida pelo STF relativamente ao §1º, do art. 3º, da Lei nº 9.718/98. Em resposta, concluiu o acórdão DRJ, não provado e inexistente o direito à repetição de indébito. Diante destas razões, posteriormente trazidas aos autos, via decisão recorrida, contrapõe a recorrente, por meio do recurso voluntário, provas documentais, em planilhas e cópias de razões analíticos. Do exposto, entendo presente a hipótese prevista na alínea "c", §4º, art. 16, do PAF, no caso em discussão, não havendo de se falar em preclusão de apresentação de prova documental nesse momento processual de recurso voluntário. Por outro lado, ainda que inícios de provas materiais, as planilhas e as cópias de razões analíticos, por si sós, não são suficientes à quantificação e comprovação do direito creditório pleiteado. Ressaltese, deve o contribuinte conservar seus livros comerciais e fiscais obrigatórios e respectivos comprovantes dos lançamentos enquanto durar as controvérsias sobre questões por esses documentos comprováveis, tendo em vista a obrigação de guarda até que ocorra a prescrição dos créditos tributários, nos termos do artigo 195, do CTN. Com essas considerações, entendo deva ser convertido o julgamento em diligência unidade jurisdicionante da Receita Federal, competente para decidir sobre o direito de créditos/compensação de débitos, promova a devida quantificação e reconhecimento do direito creditório, apontado nas planilhas e cópias de razões analíticos, manifestandose sobre a homologação da compensação declarada. Concluído os trabalhos da diligência, deverá ser elaborado Relatório conclusivo, do qual o sujeito passivo deverá ser cientificado, Fl. 54DF CARF MF Processo nº 10980.900716/201056 Resolução nº 3401001.198 S3C4T1 Fl. 54 5 sendo concedido prazo de 30 (trinta) dias para manifestação, nos termos do parágrafo único, do art. 35, do Decreto nº 7.574/11. Após os autos deverão retornar ao CARF para julgamento." Importante frisar que os documentos juntados pela contribuinte no processo paradigma, como prova do direito creditório, encontram correspondência nos autos ora em análise. Desta forma, os elementos que justificaram a conversão do julgamento em diligência no caso do paradigma também a justificam no presente caso. Aplicandose a decisão do paradigma ao presente processo, em razão da sistemática prevista nos §§ 1º e 2º do art. 47 do Anexo II do RICARF, o colegiado decidiu por converter o julgamento em diligência, para que unidade jurisdicionante da Receita Federal, competente para decidir sobre o direito de créditos/compensação de débitos, promova a devida quantificação e reconhecimento do direito creditório, apontado nas planilhas e cópias de razões analíticos, manifestandose sobre a homologação da compensação declarada. Concluído os trabalhos da diligência, deverá ser elaborado Relatório conclusivo, do qual o sujeito passivo deverá ser cientificado, sendo concedido prazo de 30 (trinta) dias para manifestação, nos termos do parágrafo único, do art. 35, do Decreto nº 7.574/11. Após os autos deverão retornar ao CARF para julgamento. (Assinado com certificado digital) Rosaldo Trevisan Fl. 55DF CARF MF
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Numero do processo: 10283.907613/2009-41
Turma: Primeira Turma Ordinária da Quarta Câmara da Terceira Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Tue Oct 24 00:00:00 UTC 2017
Data da publicação: Wed Jan 03 00:00:00 UTC 2018
Numero da decisão: 3401-001.320
Decisão: Resolvem os membros do colegiado, por maioria de votos, vencido o Conselheiro André Henrique Lemos, converter o julgamento em diligência, para que a unidade local da RFB verifique se, à luz dos documentos apresentados, e relevada a extemporaneidade da retificação de DCTF, remanesce o direito de crédito, detalhando-o.
(assinado digitalmente)
Rosaldo Trevisan - Presidente e Relator
Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros Rosaldo Trevisan, Robson José Bayerl, Augusto Fiel Jorge DOliveira, Mara Cristina Sifuentes, André Henrique Lemos, Fenelon Moscoso de Almeida, Tiago Guerra Machado e Leonardo Ogassawara de Araújo Branco.
Nome do relator: ROSALDO TREVISAN
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(assinado digitalmente) Rosaldo Trevisan Presidente e Relator Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros Rosaldo Trevisan, Robson José Bayerl, Augusto Fiel Jorge D’Oliveira, Mara Cristina Sifuentes, André Henrique Lemos, Fenelon Moscoso de Almeida, Tiago Guerra Machado e Leonardo Ogassawara de Araújo Branco. Relatório Versam os autos sobre recurso voluntário, oriundo de processo de Declaração de Compensação, no qual o sujeito passivo indicou suposto crédito de pagamento indevido ou a maior de CIDE. Por meio do Despacho Decisório Eletrônico, informouse que o pagamento indicado estava totalmente utilizado para a quitação do próprio débito da CIDE, não restando crédito a ser utilizado na compensação referida. A Recorrente, irresignada, apresentou manifestação de inconformidade defendendo que o direito ao crédito de recolhimento a maior da CIDE, teve como origem § 1° A, do art. 2° e 21, ambos da Lei 11.452/2007. RE SO LU ÇÃ O G ER A D A N O P G D -C A RF P RO CE SS O 1 02 83 .9 07 61 3/ 20 09 -4 1 Fl. 98DF CARF MF Processo nº 10283.907613/200941 Resolução nº 3401001.320 S3C4T1 Fl. 3 2 Disse que houve a retroatividade da Lei 11.452/2007, pelo art. 21 acima, e assim, levantou os valores pagos a título de CIDE sobre remuneração pela licença de uso de direitos de comercialização ou distribuição de programa de computador e constatou que havia realizado vários recolhimentos indevidos. Mencionou que após o Despacho Decisório é que retificou a DCTF, reduzindo o valor da CIDE para as quantias efetivamente devidas; requerendo o reconhecimento do direito creditório indicado na DCOMP, e por corolário, sua homologação. A DRJ, por unanimidade de votos, não reconheceu o direito creditório, bem como não homologou as compensações, sendo a ementa assim encartada: DCOMP. PAGAMENTO INDEVIDO OU A MAIOR. RETIFICAÇÃO DA DCTF APÓS O DESPACHO DECISÓRIO. ERRO NÃO COMPROVADO. Improcede a alegação de pagamento a maior, fundamentada em DCTF retificadora apresentada após o despacho decisório, quando o contribuinte deixa de apresentar elementos capazes de comprovar o alegado erro de fato que ensejou a retificação. Regularmente cientificado desta decisão, a recorrente interpôs, tempestivamente, o recurso voluntário ora em apreço, no qual essencialmente repisa os argumentos da manifestação de inconformidade. Acrescenta ainda que a Lei nº 11.452/07, em seu art. 20, § 1ºA, estipulou que a CIDE não era incidente sobre a remuneração pela licença de uso ou de direitos de comercialização ou distribuição de programa de computador, desde que não houvesse transferência da tecnologia. Anexou cópia do contrato de Licença do Sistema Operacional desenvolvido pela empresa MICROSOFT LICENSING. Menciona que o referido contrato, prevê o pagamento de royalties em favor da empresa Microsoft Licensing, em razão da Licença de Sistema Operacional, visto que o software é de patente da empresa Microsoft, sem transferência de tecnologia. Advoga que o crédito apontado na DCOMP está devidamente comprovado e que erros cometidos e que originaram a retificação da DCTF não afastam o direito à compensação do crédito, em homenagem ao princípio da verdade material. Também invocou em seu favor os princípios constitucionais do devido processo legal, da ampla defesa, do contraditório e da duração razoável do processo, da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da publicidade e da eficiência. Colacionou entendimento jurisprudencial deste Conselho de que o direito à repetição do indébito não está condicionado à prévia retificação de DCTF. É o relatório. Fl. 99DF CARF MF Processo nº 10283.907613/200941 Resolução nº 3401001.320 S3C4T1 Fl. 4 3 Voto Conselheiro Rosaldo Trevisan, Relator O julgamento deste processo segue a sistemática dos recursos repetitivos, regulamentada pelo art. 47, §§ 1º e 2º, do RICARF, aprovado pela Portaria MF 343, de 09 de junho de 2015. Portanto, ao presente litígio aplicase o decidido na Resolução 3401001.312, de 24 de outubro de 2017, proferido no julgamento do processo 10283.901880/201129, paradigma ao qual o presente processo foi vinculado. Transcrevemse, como solução deste litígio, nos termos regimentais, os entendimentos que prevaleceram naquela decisão (Resolução 3401001.312): "Com as vênias de praxe, dissinto do entendimento do eminente Relator, ao entender comprovado o recolhimento indevido alegado. 1 Como visto do relatório, tratase de DCOMP, transmitida para a compensação de crédito tributário relativo à Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico CIDE. A ora recorrente, manifestou inconformidade ao não reconhecimento do direito creditório, defendendo que, ainda que tenha retificado a DCTF somente após o Despacho Decisório, efetuou recolhimentos a maior em DARF, indevidamente, vez que sobreveio alteração de Lei que determinou a não incidência sobre a remuneração pela licença de uso ou de direito de comercialização ou distribuição de programa de computador, desde que não houvesse transferência de tecnologia, no caso, sendo o software em questão de patente da empresa Microsoft, não haveria transferência de tecnologia. Diante desses argumentos, entendeu a decisão recorrida, improcedente a manifestação de inconformidade, por não haver como atestar a comprovação do erro de fato, no preenchimento da DCTF original, não sendo possível aferir a certeza e liquidez do suposto crédito indicado na Declaração de Compensação. Pois bem, assim como a decisão recorrida, entendo verossimilhantes as alegações e plausível o direito vindicado, pois, se a Lei nº 11.452/2007 determinou, com efeitos retroativos à 1º de janeiro de 2006, que não incide a CIDE sobre a remuneração pela licença de uso ou de direitos de comercialização ou distribuição de programa de computador, salvo quando envolverem a transferência da correspondente tecnologia, há de se reconhecer que os pagamentos realizados a partir de 1º de janeiro de 2006 com esta finalidade são certamente indevidos. Já quanto aos fatos, insurgese a recorrente contra o fundamento da decisão recorrida de ser necessária, para a comprovação do erro de fato, a apresentação de documentos que evidenciem de forma inequívoca esta situação específica, inclusive, demonstrando a inocorrência de transferência de tecnologia; 1 Transcrevese aqui apenas o entendimento esposado no Voto Vencedor. O teor do Voto Vencido pode ser consultado na íntegra no processo paradigma. Fl. 100DF CARF MF Processo nº 10283.907613/200941 Resolução nº 3401001.320 S3C4T1 Fl. 5 4 apresentando inícios de provas materiais, por meio da juntada de cópias do Contrato de Licença que dera ensejo ao recolhimento da CIDE; e do Livro Razão. No Processo Administrativo Fiscal PAF, regido pelo Decreto n° 70.235/1972, art. 16, §4º “A prova documental será apresentada na impugnação, precluindo o direito de o impugnante fazêlo em outro momento processual, a menos que: [...] c) destinese a contrapor fatos ou razões posteriormente trazidas aos autos.” Notar que, inicialmente, o despacho decisório eletrônico de nãohomologação das compensações declaradas, deuse pelo fato de que o DARF discriminado na DCOMP estava integralmente utilizado. Na manifestação de inconformidade, passa o interessado a justificar que o crédito decorre da Lei nº 11.452/2007, ao determinar, com efeitos retroativos à 1º de janeiro de 2006, que não incide a CIDE sobre os pagamentos que teria efetuado. Em resposta, concluiu o acórdão DRJ, não provado e inexistente o direito à repetição de indébito. Diante destas razões, posteriormente trazidas aos autos, via decisão recorrida, contrapõe a recorrente, por meio do recurso voluntário, provas documentais, em cópias de contratos e de livros razões analíticos. Do exposto, entendo presente a hipótese prevista na alínea "c", §4º, art. 16, do PAF, no caso em discussão, não havendo de se falar em preclusão de apresentação de prova documental nesse momento processual de recurso voluntário. Por outro lado, ainda que inícios de provas materiais, simples cópias de Contrato de Licença e do Livro Razão, por si sós, não são suficientes à quantificação e comprovação do direito creditório pleiteado. Ressaltese, deve o contribuinte conservar seus livros comerciais e fiscais obrigatórios e respectivos comprovantes dos lançamentos enquanto durar as controvérsias sobre questões por esses documentos comprováveis, tendo em vista a obrigação de guarda até que ocorra a prescrição dos créditos tributários, nos termos do artigo 195, do CTN. Com essas considerações, entendo deva ser convertido o julgamento em diligência, para que a unidade jurisdicionante da Receita Federal, competente para decidir sobre o direito de créditos/compensação de débitos, promova a devida quantificação e reconhecimento do direito creditório, apontado nos documentos apresentados e em outros que entenda necessários, manifestandose sobre a homologação da compensação declarada. Concluído os trabalhos da diligência, deverá ser elaborado Relatório conclusivo, do qual o sujeito passivo deverá ser cientificado, sendo concedido prazo de 30 (trinta) dias para manifestação, nos termos do parágrafo único, do art. 35, do Decreto nº 7.574/11. Após os autos deverão retornar ao CARF para julgamento." Importante frisar que os documentos juntados pela contribuinte no processo paradigma, como prova do direito creditório, encontram correspondência nos autos ora em Fl. 101DF CARF MF Processo nº 10283.907613/200941 Resolução nº 3401001.320 S3C4T1 Fl. 6 5 análise. Desta forma, os elementos que justificaram a conversão do julgamento em diligência no caso do paradigma também a justificam no presente caso. Aplicandose a decisão do paradigma ao presente processo, em razão da sistemática prevista nos §§ 1º e 2º do art. 47 do RICARF, o colegiado decidiu por converter o julgamento em diligência, para que a unidade jurisdicionante da Receita Federal, competente para decidir sobre o direito de créditos/compensação de débitos, promova a devida quantificação e reconhecimento do direito creditório, apontado nos documentos apresentados e em outros que entenda necessários, manifestandose sobre a homologação da compensação declarada. Concluídos os trabalhos da diligência, deverá ser elaborado Relatório conclusivo, do qual o sujeito passivo deverá ser cientificado, sendo concedido prazo de 30 (trinta) dias para manifestação, nos termos do parágrafo único, do art. 35, do Decreto nº 7.574/11. Após, os autos deverão retornar ao CARF para julgamento. (assinado digitalmente) Rosaldo Trevisan Fl. 102DF CARF MF
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Numero do processo: 13888.910750/2012-47
Turma: Primeira Turma Ordinária da Quarta Câmara da Terceira Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Tue Oct 24 00:00:00 UTC 2017
Data da publicação: Thu Feb 22 00:00:00 UTC 2018
Numero da decisão: 3401-001.297
Decisão: Resolvem os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em converter o julgamento em diligência, para a unidade local da RFB: (a) aferir a procedência e a quantificação do direito creditório indicado pelo contribuinte, empregado sob forma de compensação; (b) informar se, de fato, o crédito foi utilizado para outra compensação, restituição ou forma diversa de extinção do crédito tributário, como registrado no despacho decisório; (c) informar se o crédito apurado é suficiente para liquidar a compensação realizada; e (d) elaborar relatório circunstanciado e conclusivo a respeito dos procedimentos realizados e conclusões alcançadas.
(assinado digitalmente)
Rosaldo Trevisan Presidente e Relator
Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros Rosaldo Trevisan, Robson José Bayerl, Augusto Fiel Jorge D'Oliveira, Mara Cristina Sifuentes, André Henrique Lemos, Fenelon Moscoso de Almeida, Tiago Guerra Machado e Leonardo Ogassawara de Araújo Branco.
Nome do relator: ROSALDO TREVISAN
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(assinado digitalmente) Rosaldo Trevisan Presidente e Relator Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros Rosaldo Trevisan, Robson José Bayerl, Augusto Fiel Jorge D'Oliveira, Mara Cristina Sifuentes, André Henrique Lemos, Fenelon Moscoso de Almeida, Tiago Guerra Machado e Leonardo Ogassawara de Araújo Branco. Relatório Cuidase, na espécie, de despacho decisório eletrônico de não homologação de compensação, cujo fundamento foi a integral vinculação do crédito indicado em outro(s) débito(s) de titularidade do contribuinte. Em manifestação de inconformidade o contribuinte aduziu ser fornecedor da pessoa jurídica CATERPILLAR BRASIL LTDA., detentora de Ato Declaratório Executivo – ADE homologatório do RECOF, o que lhe confere a suspensão do IPI, PIS/Pasep e Cofins sobre as compras nacionais, mas que, por equívoco, não excluíra as vendas correspondentes da apuração das contribuições em comento, o que ensejou indébito objeto de compensação. RE SO LU ÇÃ O G ER A D A N O P G D -C A RF P RO CE SS O 1 38 88 .9 10 75 0/ 20 12 -4 7 Fl. 195DF CARF MF Processo nº 13888.910750/201247 Resolução nº 3401001.297 S3C4T1 Fl. 3 2 Ocorre que, também por lapso, não providenciou a retificação prévia da DCTF e DACON, o que motivou a não homologação da compensação aviada. Na oportunidade, demonstrou a apuração do recolhimento a maior, defendeu o direito à repetição da quantia indevida, a impossibilidade de simples erro no cumprimento de obrigações acessórias obstaculizar o seu exercício, invocou a ausência de prejuízo ao erário, a prevalência da verdade material e a vedação ao enriquecimento ilícito. Foram juntados comprovantes de arrecadação, PERDCOMP, notas fiscais de saída e DCTF. A DRJ Ribeirão Preto/SP julgou o recurso improcedente ao argumento que não havia prova exaustiva da liquidez e certeza do crédito vindicado, pois não fora juntados os registros contábeis da operação, imputando ao recorrente o ônus da prova do direito requerido. O recurso voluntário sustentou a possibilidade de juntada de documentos nessa fase processual, em observância ao princípio da verdade material; pugnou pela devolução dos autos à unidade de origem para revisão do despacho eletrônico, por força do PN Cosit nº 02/2015; e, por fim, ratificou as alegações já deduzidas com reafirmação do direito pleiteado. Foram anexados a esta peça o ADE nº 53/06 (CARTEPILLAR BRASIL LTDA., admissão no RECOF), laudo técnico contábil e extrato do livro Registro de Saídas. É o relatório. Voto Conselheiro Rosaldo Trevisan, Relator O julgamento deste processo segue a sistemática dos recursos repetitivos, regulamentada pelo art. 47, §§ 1º e 2º, do RICARF, aprovado pela Portaria MF 343, de 09 de junho de 2015. Portanto, ao presente litígio aplicase o decidido na Resolução nº 3401001.275, de 24 de outubro de 2017, proferida no julgamento do processo 13888.910728/201205, paradigma ao qual o presente processo foi vinculado. Transcrevese, como solução deste litígio, nos termos regimentais, o entendimento que prevaleceu na Resolução 3401001.275: "O recurso protocolado é tempestivo e preenche os demais requisitos de admissibilidade. Registro, inicialmente, que a singela retificação de declaração, isoladamente considerada, da mesma forma que não ampara o direito à restituição de indébito, também não pode, por si só, ser obstáculo à sua devolução. Fixada a premissa, observo que o fundamento inicial da não homologação da compensação realizada se lastreou em uma suposta utilização do direito creditório para “quitação” de outros tributos, de forma tal que não haveria saldo disponível para a compensação realizada. Fl. 196DF CARF MF Processo nº 13888.910750/201247 Resolução nº 3401001.297 S3C4T1 Fl. 4 3 Na linha adotada pela decisão de primeira instância, o acolhimento da manifestação de inconformidade, em situações como estas, exigiria a demonstração cabal dos argumentos deduzidos, através de documentação hábil suficiente a amparálos. Todavia, entendo draconiano impor ao sujeito passivo a intuição de qual acervo probatório deveria dispor para atender suficientemente as expectativas do julgador administrativo. É inconteste que, tratandose de restituição de tributos, é do contribuinte o encargo de provar o direito vindicado, ex vi do art. 36 da Lei nº 9.784/99 e art. 373, I, do novo Código de Processo Civil, de tal sorte que deveria haver uma prova mínima das razões aventadas, não sendo suficiente a tal desiderato a mera juntada de declarações retificadoras, pois, como adrede exposto, não amparam direito à restituição de tributo pago indevidamente. No caso vertente, entretanto, constam dos elementos coligidos aos autos, ainda na manifestação de inconformidade, cópias das notas fiscais de venda à CATERPILLAR, empresa beneficiária do RECOF e, por conseqüência, com benefício da suspensão do PIS/Pasep e Cofins em suas aquisições no mercado interno, com discriminação dos documentos e a pretensa demonstração que essas faturas compuseram a base de cálculo daquelas exações. Como pontuado alhures, não é possível exigir que o sujeito passivo traga, de imediato, toda a documentação, que reputa o julgador necessária à demonstração do indébito, em um extremado exercício de predição. Nessa toada, à luz dos termos do despacho decisório eletrônico, parecialhe suficiente a justificativa da retificação, a demonstração dos cálculos e as notas fiscais respectivas, agregandose, após decisão de primeiro grau administrativo, o extrato do livro Registro de Saídas. Poderseia indagar acerca da preclusão temporal para coleção da prova documental complementar, à luz do art. 16 do Decreto nº 70.235/72, como fez a decisão recorrida, contudo, não se pode olvidar que o despacho decisório contestado é fruto de verificações automáticas de sistema, realizadas a partir de declarações prestadas pelo contribuinte, sem qualquer participação das autoridades administrativas, que sequer assinam o despacho decisório, pois validado por meio de chancela eletrônica. Não se deseja, aqui, ser refratário à modernidade ou às inovações tecnológicas, porém, não se pode perder de vista os princípios norteadores do processo administrativo fiscal, valendo registrar que esta Terceira Seção de Julgamento do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais tem orientado sua jurisprudência no sentido que, em situações como a deste processo, onde há um robusto princípio de prova, formado não apenas por declarações ou debates eminentemente retóricos, deve o julgamento ser convertido em diligência para análise da procedência do direito postulado. Fl. 197DF CARF MF Processo nº 13888.910750/201247 Resolução nº 3401001.297 S3C4T1 Fl. 5 4 Assim, considerando que o processo não se encontra em condições de julgamento, proponho sua conversão em diligência para que seja informado e providenciado o seguinte: · Aferição da procedência e quantificação do direito creditório indicado pelo contribuinte, empregado sob forma de compensação; · Informação se, de fato, o crédito foi utilizado para outra compensação, restituição ou forma diversa de extinção do crédito tributário, como registrado no despacho decisório; · Informação se o crédito apurado é suficiente para liquidar a compensação realizada; e, · Elaboração de relatório circunstanciado e conclusivo a respeito dos procedimentos realizados e conclusões alcançadas. Em seguida, abrase vista ao recorrente pelo prazo de 30 (trinta) dias, para, querendo, manifestarse, findos os quais deverão os autos retornar a este Conselho Administrativo para prosseguimento." Importante frisar que os documentos juntados pela contribuinte no processo paradigma, como prova do direito creditório, encontram correspondência nos autos ora em análise. Desta forma, os elementos que justificaram a conversão do julgamento em diligência no caso do paradigma também a justificam no presente caso. Aplicandose a decisão do paradigma ao presente processo, em razão da sistemática prevista nos §§ 1º e 2º do art. 47 do RICARF, o colegiado decidiu por converter o julgamento em diligência, para que seja informado e providenciado o seguinte: · Aferição da procedência e quantificação do direito creditório indicado pelo contribuinte, empregado sob forma de compensação; · Informação se, de fato, o crédito foi utilizado para outra compensação, restituição ou forma diversa de extinção do crédito tributário, como registrado no despacho decisório; · Informação se o crédito apurado é suficiente para liquidar a compensação realizada; e, · Elaboração de relatório circunstanciado e conclusivo a respeito dos procedimentos realizados e conclusões alcançadas. Após a manifestação fiscal, concedase vista ao contribuinte pelo prazo de 30 (trinta dias), para, querendo, manifestarse acerca das conclusões. Concluídas estas providências, retornemse os autos para julgamento. (assinado digitalmente) Rosaldo Trevisan Fl. 198DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 11070.901869/2011-27
Turma: Primeira Turma Ordinária da Quarta Câmara da Terceira Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Wed Jul 24 00:00:00 UTC 2019
Data da publicação: Thu Aug 22 00:00:00 UTC 2019
Ementa: Assunto: Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI
Período de apuração: 01/07/2009 a 30/09/2009
CLASSIFICAÇÃO DE MERCADORIAS. FUNDAMENTO. SISTEMA HARMONIZADO (SH). NOMENCLATURA COMUM DO MERCOSUL (NCM).
Qualquer discussão sobre classificação de mercadorias, seja em importações, ou em relação à legislação do IPI nacional, deve ser feita à luz da Convenção do SH (com suas Regras Gerais Interpretativas, Notas de Seção, de Capítulo e de Subposição), se referente aos primeiros seis dígitos, e com base no acordado no âmbito do MERCOSUL em relação à NCM (Regras Gerais Complementares e Notas Complementares), no que se refere ao sétimo e ao oitavo dígitos.
Numero da decisão: 3401-006.712
Decisão: Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso.
(documento assinado digitalmente)
Rosaldo Trevisan - Presidente e Relator.
Participaram do presente julgamento os conselheiros Rosaldo Trevisan (presidente), Mara Cristina Sifuentes, Lázaro Antônio Souza Soares, Oswaldo Gonçalves de Castro Neto, Carlos Henrique de Seixas Pantarolli, Fernanda Vieira Kotzias, Rodolfo Tsuboi (suplente convocado) e Leonardo Ogassawara de Araújo Branco (vice-presidente).
Nome do relator: ROSALDO TREVISAN
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FUNDAMENTO. SISTEMA HARMONIZADO (SH). NOMENCLATURA COMUM DO MERCOSUL (NCM). Qualquer discussão sobre classificação de mercadorias, seja em importações, ou em relação à legislação do IPI nacional, deve ser feita à luz da Convenção do SH (com suas Regras Gerais Interpretativas, Notas de Seção, de Capítulo e de Subposição), se referente aos primeiros seis dígitos, e com base no acordado no âmbito do MERCOSUL em relação à NCM (Regras Gerais Complementares e Notas Complementares), no que se refere ao sétimo e ao oitavo dígitos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso. (documento assinado digitalmente) Rosaldo Trevisan Presidente e Relator. Participaram do presente julgamento os conselheiros Rosaldo Trevisan (presidente), Mara Cristina Sifuentes, Lázaro Antônio Souza Soares, Oswaldo Gonçalves de Castro Neto, Carlos Henrique de Seixas Pantarolli, Fernanda Vieira Kotzias, Rodolfo Tsuboi (suplente convocado) e Leonardo Ogassawara de Araújo Branco (vicepresidente). AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 11 07 0. 90 18 69 /2 01 1- 27 Fl. 18541DF CARF MF Processo nº 11070.901869/201127 Acórdão n.º 3401006.712 S3C4T1 Fl. 3 2 Relatório Versa o presente sobre Pedidos de Ressarcimento/Restituição (PER) / e Declarações de Compensação (DCOMP) referentes a créditos de IPI. A decisão de primeira instância foi, unanimemente, pela improcedência da manifestação de inconformidade. Ciente da decisão de piso, a empresa interpôs Recurso Voluntário, basicamente reiterando as seguintes razões expressas na manifestação de inconformidade: (a) os reservatórios (caixas de água de fibra, com ou sem tampa), independentemente de suas capacidades de armazenamento (de 50 l. a 75.000 l.), devem ser incluídos na mesma posição da TIPI (3925), o que é compatível com o entendimento da própria fiscalização, que nada glosou para os reservatórios com mais de 300 l., mas a empresa errou ao utilizar a classificação 3925.90.90 (inexistente na TIPI do período fiscalizado), quando o correto seria 3925.90.00, o que não traz prejuízo, visto ser a mesma a alíquota de 5%, sendo a posição 3926 destinada a outras finalidades, que não as obras civis e construções (e, por isso, possuem alíquotas maiores, em função de seletividade e essencialidade); (b) às tampas de reservatórios de fibra aplicase o mesmo raciocínio, jamais se podendo classificar tais produtos na posição 3926; (c) em relação a filtros e fossas, a divergência se resume à capacidade, pois a classificação foi homologada para produtos com capacidade superior a 300 l., sendo que a ABNT, na NBR 7229, registra dados dos produtos, válidos para qualquer capacidade, e, se não existe previsão para determinada capacidade em desmembramento da posição 3925, a classificação deve ser direcionada para o código 3925.90.00 (admitindo incorreção no código 3925.90.90), e a capacidade se dá pelo volume total, e não pelo volume útil, pelo que os filtros Pol. 295L de cód. 12971 e 13021, com o acréscimo de cúpula superior e dos gomos externos, alcançam o volume de 338 l., citando ainda o site “Wikipedia” (também admitindo erro na classificação, que deveria ser 3925.10.10 ao invés de 3925.90.90, sem prejuízo tributário); (d) em relação a pipas, capas de ar condicionado, lixeiras e suportes para lixeira, reitera que a posição 3926 não guarda qualquer relação com tais bens, destinados a construção civil (próprios da posição 3925), também admitindo equívocos de classificação sem efeito tributário, e especificando que as lixeiras não são de plástico, mas de fibra de vidro, assim como os suportes, que são produzidos com cantoneiras de aço carbono; (e) o escorregador de piscina foi classificado incorretamente tanto pela empresa quanto pelo fisco, sendo o código correto o 9403.70.00, de mesma alíquota que o classificado pela recorrente; e (f) a empresa protesta por produção de provas por todos os meios em direito admissíveis. É o relatório. Voto Conselheiro Rosaldo Trevisan, Relator O julgamento deste processo segue a sistemática dos recursos repetitivos, regulamentada pelo art. 47, §§ 1º e 2º, do RICARF, aprovado pela Portaria MF 343, de 09 de junho de 2015. Portanto, ao presente litígio aplicase o decidido no Acórdão nº 3401006.697, de 24 de julho de 2019, proferido no julgamento do Processo nº 11070.721225/201157. Fl. 18542DF CARF MF Processo nº 11070.901869/201127 Acórdão n.º 3401006.712 S3C4T1 Fl. 4 3 Transcrevese, como solução deste litígio, nos termos regimentais, o entendimento que prevaleceu naquela decisão (Acórdão nº 3401006.697): "O contencioso versa sobre classificação das seguintes mercadorias: (a) reservatórios, filtros e fossas com capacidade igual ou inferior a 300 litros (o que inclui os filtros Pol. 295L de cód. 12971 e 13021); (b) pipas, capas de ar condicionado, lixeiras, suportes para lixeira e tampas para reservatório; e (c) escorregador de piscina. Afora isso, protesta a empresa apenas por produção de provas por todos os meios em direito admissíveis. Sobre esse último tema, poderia a empresa ter agregado provas ao contencioso administrativo, respeitando o disposto no Decreto no 70.235/1972. E, ao que se vê no processo, tal direito em momento algum lhe é negado. Aliás, não se insurge especificamente a empresa nem em relação à negativa de diligência na instância de piso, aqui endossada, visto que estão presentes no processo os elementos necessários à manifestação do julgador. Passase, assim, a analisar cada um dos itens discutidos, em relação à classificação, tecendose, antes, considerações gerais sobre classificação de mercadorias, úteis ao deslinde do contencioso. Da classificação de mercadorias A classificação de mercadorias se presta primordialmente à uniformização internacional. De nada adiantaria, por exemplo, pactuar alíquotas sobre o imposto de importação (ou restrições/proibições à importação) internacionalmente, se não fosse possível designar sobre quais produtos recai o acordo. A “Babel” de idiomas sempre foi um fator de dificuldade para o controle tributário e aduaneiro, e também para a elaboração de estatísticas de comércio internacional, e é agravada pelas diversas denominações que uma mercadoria pode ter mesmo dentro de um único idioma (v.g., no Brasil, a tangerina, também denominada de mexerica, bergamota ou mimosa, entre outros). Embora tenha havido iniciativas no século XIX, na Europa, de confecção de listas alfabéticas de mercadorias, é em 29/12/1913, em Bruxelas, na segunda Conferência Internacional sobre Estatísticas Comerciais, que 29 países chegam à primeira nomenclatura de real importância, dividindo o universo de mercadorias em 186 posições, agrupadas em cinco capítulos: animais vivos, alimentos e bebidas, matériaprima ou simplesmente preparada, produtos manufaturados, e ouro e prata. Depois de diversas iniciativas, como a Nomenclatura de Genebra, da década de 30 do século passado, e a Nomenclatura Aduaneira de Bruxelas, de 1950, com o nome alterado, em 1974, para Nomenclatura do Conselho de Cooperação Aduaneira – NCCA, chegase à Convenção do “Sistema Harmonizado de Designação e de Codificação de Mercadorias" (SH), aprovada Fl. 18543DF CARF MF Processo nº 11070.901869/201127 Acórdão n.º 3401006.712 S3C4T1 Fl. 5 4 em 1983, e que entrou em vigor internacional em 1o de janeiro de 1988.1 A Convenção do SH é hoje aplicada em âmbito mundial, não só entre os mais de 150 países signatários, mas em suas relações com terceiros. No Brasil, a referida convenção foi aprovada pelo Decreto Legislativo no 71, de 11/10/1988, e promulgada pelo Decreto no 97.409, de 23/12/1988, com depósito internacional do instrumento de ratificação em 08/11/1988. Desde 1o de janeiro de 1989, a convenção é plenamente aplicável no Brasil, tendo, segundo entendimento dominante em nossa suprema corte, status de paridade com a lei ordinária.2 O Sistema Harmonizado de Designação e de Codificação de Mercadorias (SH) é uma nomenclatura estruturada sistematicamente buscando assegurar a classificação uniforme de todas as mercadorias (existentes ou que ainda existirão) no comércio internacional, e compreende seis Regras Gerais Interpretativas (RGI), Notas de Seção, de Capítulo e de Subposição, e 21 seções, totalizando 96 capítulos, com 1.244 posições, várias destas divididas em subposições de 1 travessão (primeiro nível) ou dois (segundo nível), formando aproximadamente 5.000 grupos de mercadorias, identificados por um código de 6 dígitos, conhecido como Código SH.3 Desde que não contrariem o estabelecido no SH, os países ou blocos regionais podem estabelecer complementos aos seis dígitos internacionalmente acordados, e utilizar a codificação inclusive para temas e tributos internos. A Nomenclatura Comum do MERCOSUL (NCM), que serve de base à aplicação da Tarifa Externa Comum (TEC), acrescenta aos seis dígitos formadores do código do Sistema Harmonizado mais dois, um referente ao item (sétimo dígito) e outro ao subitem (oitavo dígito). A inclusão de um par de dígitos efetuada na NCM demandou ainda a edição de Regras Gerais Complementares (RGC) às seis Regras Gerais do SH (para 1 DALSTON, Cesar Olivier. Classificando Mercadorias: uma Abordagem Didática da Ciência da Classificação de Mercadorias. 2. ed. São Paulo: Aduaneiras, 2014, p. 182187; BIZELLI, João dos Santos. Classificação fiscal de mercadorias. São Paulo: Aduaneiras, 2003, p. 14; e TREVISAN, Rosaldo. A revisão aduaneira de classificação de mercadorias na importação e a segurança jurídica: uma análise sistemática. In: BRANCO, Paulo Gonet; MEIRA, Liziane Angelotti; CORREIA NETO, Celso de Barros (coords.). Tributação e Direitos Fundamentais conforme a jurisprudência do STF e do STJ. São Paulo: Saraiva, 2012, p. 358361. 2 Sobre a estatura de paridade dos tratados internacionais regularmente incorporados ao ordenamento jurídico brasileiro com as leis, vejase a ADIn n. 1.480DF. 3 Além do constante estabelecimento de atualizações na nomenclatura, decorrentes de descobertas e aperfeiçoamentos de novos produtos, há publicações complementares que auxiliam no processo de designação e classificação de mercadorias, como as Notas Explicativas do Sistema Harmonizado NESH (expressando o posicionamento oficial do CCAOMA), o índice alfabético do Sistema Harmonizado e das Notas Explicativas, publicado pelo CCAOMA, os pareceres de classificação emitidos pelo Comitê do Sistema Harmonizado, criado pela convenção, e os atos normativos emitidos por autoridades nacionais a respeito de classificação de mercadorias. Fl. 18544DF CARF MF Processo nº 11070.901869/201127 Acórdão n.º 3401006.712 S3C4T1 Fl. 6 5 disciplinar a interpretação no que se refere a itens e subitens) e de Notas Complementares.4 E, no Brasil, a NCM serve de base para a Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados (TIPI), desde a TIPI de 1996, veiculada pelo Decreto no 2.092, de 10/12/1996. Assim, se o Brasil, por exemplo, pactua internacionalmente as alíquotas máximas (no âmbito da Organização Mundial do Comércio OMC) ou a alíquota extrabloco (no âmbito do MERCOSUL) do imposto de importação para determinada classificação, tais pactos são aplicáveis ao que se entende internacionalmente abrangido por tal classificação. E, sendo a TIPI um mero reflexo do SH e da NCM, qualquer discussão sobre classificação de mercadorias para efeito de incidência do IPI deve ser feita à luz da Convenção do SH (com suas Regras Gerais Interpretativas, Notas de Seção, de Capítulo e de Subposição), se referente aos primeiros seis dígitos, e com base no acordado no âmbito do MERCOSUL em relação à NCM (Regras Gerais Complementares e Notas Complementares), no que se refere ao sétimo e ao oitavo dígitos. Feitas tais considerações, passase a analisar a discussão jurídica sobre classificação da mercadoria, presente nestes autos. Dos reservatórios, filtros e fossas com capacidade igual ou inferior a 300 litros Afirma a fiscalização que os reservatórios, filtros e fossas com capacidade igual ou inferior a 300 litros (o que inclui os filtros Pol. 295L de cód. 12971 e 13021) se classificam com fundamento em “Nota do Capítulo 39 da TIPI” (posição 3925), e em decisões em soluções de consulta sobre classificação, no código NCM 3926.90.90. Em sua defesa, afirma a empresa, como relatado, que os reservatórios (caixas de água de fibra, com ou sem tampa), independentemente de suas capacidades de armazenamento (de 50 l. a 75.000 l.), devem ser incluídos na mesma posição da TIPI (3925), o que seria compatível com o entendimento da própria fiscalização, que nada glosou para os reservatórios com mais de 300 l., mas a empresa errou ao utilizar a classificação 3925.90.90 (inexistente na TIPI do período fiscalizado), quando o correto seria 3925.90.00, o que traz prejuízo, visto ser a mesma a alíquota de 5%, sendo a posição 3926 destinada a outras finalidades, que não as obras civis e construções (e, por 4 Em 01/01/1995, tendo em vista o Tratado de Assunção, os entendimentos havidos no âmbito do Mercosul, e a publicação do Decreto n. 1.343, de 23/12/1994, a antiga Tarifa Aduaneira do Brasil (TAB), que utilizava dez dígitos (os seis do SH mais dois para itens e dois para subitens), deu lugar à Tarifa Externa Comum (TEC), uniformemente adotada por todos os membros do bloco. Tal evolução serviu de base à substituição, em 01/01/1997, após a publicação do Decreto n. 1.767, de 28/12/1995, da Nomenclatura Brasileira de Mercadorias (NBM) pela Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM). Fl. 18545DF CARF MF Processo nº 11070.901869/201127 Acórdão n.º 3401006.712 S3C4T1 Fl. 7 6 isso, possuem alíquotas maiores, em função de seletividade e essencialidade), e que, em relação a filtros e fossas, a divergência se resume à capacidade, pois a classificação foi homologada para produtos com capacidade superior a 300 l., sendo que a ABNT, na NBR 7229, registra dados dos produtos, válidos para qualquer capacidade, e, se não existe previsão para determinada capacidade em desmembramento da posição 3925, a classificação deve ser direcionada para o código 3925.90.00 (admitindo incorreção no código 3925.90.90), e a capacidade se dá pelo volume total, e não pelo volume útil, pelo que os filtros Pol. 295L de cód. 12971 e 13021, com o acréscimo de cúpula superior e dos gomos externos, alcançam o volume de 338 l., citando ainda o site “Wikipedia” (também admitindo erro na classificação, que deveria ser 3925.10.10 ao invés de 3925.90.90, sem prejuízo tributário). Não há controvérsia sobre a norma regulamentar aplicável, o Decreto no 4.542/2002, com suas alterações posteriores, expressamente mencionado na peça recursal. E, como a discussão reside no campo da posição (quatro primeiros dígitos do código NCM, de caráter nitidamente internacional), deve ser confrontada aquela alegada pelo fisco (3926) com a defendida pela postulante ao crédito (3925), sendo pouco relevante o que dispõem os dígitos seguintes, em obediência à Regra Geral Interpretativa (RGI) no 1 do Sistema Harmonizado. Os textos das posições 3925 e 3926 dispunham, à época: 3925. ARTEFATOS PARA APETRECHAMENTO DE CONSTRUÇÕES, DE PLÁSTICOS, NÃO ESPECIFICADOS NEM COMPREENDIDOS EM OUTRAS POSIÇÕES 3926. OUTRAS OBRAS DE PLÁSTICOS E OBRAS DE OUTRAS MATÉRIAS DAS POSIÇÕES 39.01 A 39.14 Para efeito de aplicação da RGI no 1 do Sistema Harmonizado é importante ainda conhecer o texto da nota 11 do Capítulo 39, referente à posição 3925 (também de caráter internacional), que afirma ali existir relação exaustiva de mercadorias: 11. A posição 39.25 aplicase exclusivamente aos seguintes artefatos, desde que não se incluam nas posições precedentes do Subcapítulo II: a) reservatórios, cisternas (incluídas as fossas sépticas), cubas e recipientes análogos, de capacidade superior a 300 litros; b) elementos estruturais utilizados, por exemplo, na construção de pavimentos, paredes, tabiques, tetos ou telhados; c) calhas e seus acessórios; d) portas, janelas, e seus caixilhos, alizares e soleiras; e) gradis, balaustradas, corrimões e artigos semelhantes; Fl. 18546DF CARF MF Processo nº 11070.901869/201127 Acórdão n.º 3401006.712 S3C4T1 Fl. 8 7 f) postigos, estores (incluídas as venezianas) e artefatos semelhantes, suas partes e acessórios; g) estantes de grandes dimensões destinadas a serem montadas e fixadas permanentemente, por exemplo, em lojas, oficinas, armazéns; h) motivos decorativos arquitetônicos, tais como caneluras, cúpulas, etc.; ij) acessórios e guarnições, destinados a serem fixados permanentemente em portas, janelas, escadas, paredes ou em outras partes de construções, tais como puxadores, maçanetas, aldrabas, suportes, toalheiros, espelhos de interruptores e outras placas de proteção. A simples leitura do texto da nota, que não pode ser ignorada pelo classificador, em função da citada RGI no1, já se presta a excluir da posição 3925 os reservatórios, filtros e fossas com capacidade igual ou inferior a 300 litros, comprovando estar incorreta a classificação pleiteada pelo postulante ao crédito. Vejase, nestes itens, que, ao passo que a fiscalização invoca aspectos técnicos de classificação do Sistema Harmonizado e entendimento sobre classificação revelado em solução de consulta da RFB, a argumentação da empresa é calcada em analogia, menção a norma técnica nacional (NBR 7229) e à “Wikipedia”. As considerações sobre volume, remetendo a norma nacional, ademais, são incompatíveis com o caráter internacional da classificação, não podendo o cálculo do volume variar entre os países signatários, sob pena de deturpar o próprio conteúdo acordado, e o recurso voluntário sequer enfrenta especificamente, com argumentos novos, o tema dos volumes, à luz das considerações expendidas pelo julgador de piso. Uma discussão sobre classificação de mercadorias deve ser travada tecnicamente, em obediência aos critérios internacionalmente estabelecidos para uniformizar a designação de mercadorias, adotados pela legislação do IPI, no Brasil, como exposto no tópico anterior, e não com fundamento em analogia ou essencialidade (a não ser que tais critérios figurem expressamente na nomenclatura), muito menos com a utilização de critérios nacionais ou da enciclopédia colaborativa da grande rede. Nesse item, assim, improcedente o pleito, por ser incorreta a classificação utilizada pelo demandante, o que se detecta já no âmbito da posição utilizada. Ademais, sendo correta a posição 3926, em obediência à RGI no 6, o quinto dígito é identificado por exclusão, entre as subposições de primeiro nível 1 (artigos de escritório e escolares), 2 (vestuários e seus acessórios), 3 (guarnições para móveis, carroçarias ou semelhantes), 4 (estatuetas e outros objetos de ornamentação) e 9 (outros). Na posição de segundo Fl. 18547DF CARF MF Processo nº 11070.901869/201127 Acórdão n.º 3401006.712 S3C4T1 Fl. 9 8 nível não há surpresa, sendo o dígito zero, pois a subposição de primeiro nível 9 é fechada. Por fim, no desmembramento regional, o sétimo dígito também é identificado por exclusão, entre os itens 1 (arruelas), 2 (correias), 3 (bolsas), 4 (artigos de laboratório/farmácia) e 9 (outros), sendo o oitavo dígito (subitem) zero, por não haver novo desdobramento regional do item. Das pipas, capas de ar condicionado, lixeiras, dos suportes para lixeira e das tampas para reservatório Afirma a fiscalização que as pipas, capas de ar condicionado, lixeiras, os suportes para lixeira e as tampas para reservatório são classificadas a partir da “Nota 11 do Capítulo 39”, e do Parecer Cosit (Dinom) 1.322/1992, no código NCM 3926.90.90. Sobre tais itens, sustenta a recorrente que às tampas de reservatórios de fibra aplicase o mesmo raciocínio dos reservatórios, jamais se podendo classificar tais produtos na posição 3926. Recordese que as tampas são de reservatórios com capacidade inferior ou igual a a 300 l, e, de fato, são classificadas com o reservatório, na forma exposta no tópico anterior. Novamente, parece a defesa ignorar o caráter exaustivo da posição 3925, descrito na Nota 11 do Capítulo 39, aqui já transcrita. Sobre a pipa, a própria recorrente reconhece tratarse de “tanque com capacidade de 300 litros”, o que dispensa, em vista do exposto, esforços adicionais para classificação. Com relação às capas para aparelho de ar condicionado, informa a recorrente que constituem “espécie de caixilho para aparelhos de refrigeração, servindo de proteção e segurança externa em prédio de alvenaria”. Novamente, não encontro tais itens na lista exaustiva constante na Nota 11 do Capítulo 39, sendo incorreta a classificação na posição 3925. Em uma espécie de “classificação por aproximação”, confunde a recorrente a posição 3926 com “elementos de decoração”, quando ali se encontra a alocação residual do que não deve ser classificado na posição 3925 ou em outras, para materiais plásticos. Quanto às lixeiras, afirma a defesa que não poderiam ser classificadas na posição 3926 por não serem obras de plástico, mas de fio picado de fibra de vidro e resina de poliéster, que resultam em 30 a 60% do peso, e, por isso, deveriam ser classificadas no código 7019.90.00. Por fim, no que se refere ao suporte para lixeiras, também passa a defender a recorrente que são produzidos com tubos e Fl. 18548DF CARF MF Processo nº 11070.901869/201127 Acórdão n.º 3401006.712 S3C4T1 Fl. 10 9 cantoneiras de aço carbono, o que deslocaria a classificação para o código 7326.90.00. Ao ler o Relatório Fiscal, percebo que tanto as lixeiras quanto aos suportes para lixeira foram classificados, pela empresa, no código 3925.10.00, que, nitidamente, não se refere a nenhum dos elementos referidos na lista exaustiva multicitada, sendo indiscutivelmente incorreta a classificação na posição 3925. O curso do contencioso administrativo não se presta a mudança da classificação adotada, nem pelo fisco, ao lançar, nem pela empresa, ao postular crédito. Caso o fisco adote classificação incorreta em lançamento, este é improcedente, ainda que a classificação correta se dê em outro código tributado à mesma alíquota. Do mesmo modo, caso a empresa pleiteie restituição com base em determinada classificação defendida como correta, e esta se revele incorreta (o que aqui é indiscutível e consensual, residindo eventual divergência apenas em qual seria efetivamente a correta), improcedente o pedido. Entendendo a empresa que correta seria outra classificação, não adotada, deveria ter alterado seu pedido, dentro do período temporal que dispunha para pedir a restituição, e observando os requisitos para a espécie, assim como o fisco, para alterar a classificação defendida como correta em seu lançamento, deveria observar os prazos e requisitos para o lançamento complementar. De qualquer sorte, ainda que admitida a alteração do pedido (o que se faz aqui apenas para a eventualidade de alguém, no colegiado, concordar com tal possibilidade, em detrimento de meu posicionamento expresso acima), a recorrente não traz elementos conclusivos que apontem para a nova classificação pleiteada para nenhuma dessas mercadorias, e o simples fato de ter material constitutivo distinto, sem especificação detalhada e individualizada, atenta contra a certeza e a liquidez do crédito postulado, cuja prova resta a cargo do demandante, não podendo ser suprida pelo julgador. Assim, improcedente também o pedido neste tópico. Do escorregador de piscina Afirma a fiscalização que o escorregador de piscina tratase de “artigo para divertimento, abrangido pelo Capítulo 95, e não de um móvel do Capítulo 94”, estando na posição 9506 artigos e equipamentos para esportes ou jogos ao ar livre, não especificados nem compreendidos em outras posições do capítulo, o que é endossado pelo Parecer CST 317/1991, sendo correta a classificação no código NCM 3926.90.90. A recorrente, por seu turno, sustenta que o escorregador de piscina foi classificado incorretamente tanto pela empresa quanto pelo fisco, sendo o código correto o 9403.70.00, de mesma alíquota que o classificado pela recorrente. Fl. 18549DF CARF MF Processo nº 11070.901869/201127 Acórdão n.º 3401006.712 S3C4T1 Fl. 11 10 Cabe aqui o mesmo raciocínio expendido no tópico anterior, no que se refere a mudança de entendimento de qual seria a classificação correta, por parte do postulante ao crédito, no curso do contencioso. Em adição, cabe destacar que além de a defesa não enfrentar especificamente os argumentos externados pela DRJ na decisão de piso sobre o tema, limitandose a reiterar sua manifestação e inconformidade, a classificação se dá por critérios técnicos, e não por simples escolha, motivada por alíquotas. Nesse aspecto, não é preciso muito esforço para saber que a nova posição postulada pela empresa (9403, referente a outros móveis e suas partes) não se presta a um escorregador de piscina, e que a adotada pela fiscalização (9506, que compreende piscinas, incluídas as infantis), em sua posição residual, abrange os escorregadores. Aliás, em relação às piscinas, já se manifestou o CECLAM, em seu compêndio de ementas (disponível em http://receita.economia.gov.br/orientacao/aduaneira/classificaca ofiscaldemercadorias/compendioceclamfev2019), que se classifica no código NCM 9506.99.00 a “Piscina de plástico reforçado com fibra de vidro, de diversas dimensões e formatos, própria para ser instalada em um buraco escavado na terra de residências, hotéis e clubes” (SC 122/2016 2ª Turma). Improcedente o pedido, assim, também neste tópico. Considerando o exposto nos tópicos anteriores, voto por negar provimento ao recurso." Importa registrar que nos autos ora em apreço, a situação fática e jurídica encontra correspondência com a verificada no paradigma, de tal sorte que o entendimento lá esposado pode ser perfeitamente aqui aplicado. Aplicandose a decisão do paradigma ao presente processo, em razão da sistemática prevista nos §§ 1º e 2º do art. 47 do RICARF, o colegiado decidiu por negar provimento ao Recurso Voluntário. (assinado digitalmente) Rosaldo Trevisan Fl. 18550DF CARF MF Processo nº 11070.901869/201127 Acórdão n.º 3401006.712 S3C4T1 Fl. 12 11 Fl. 18551DF CARF MF
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