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Numero do processo: 10166.723956/2011-13
Turma: Segunda Turma Ordinária da Quarta Câmara da Primeira Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Wed Oct 24 00:00:00 UTC 2012
Data da publicação: Mon Nov 04 00:00:00 UTC 2013
Ementa: Assunto: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins
Ano-calendário: 2007, 2008
Ementa:
AUTO DE INFRAÇÃO. PROCEDIMENTO DECORRENTE DE AUTO IRPJ/CSLL. COMPETÊNCIA. PRIMEIRA SEÇÃO.
Compete à Primeira Seção do CARF o julgamento de recurso voluntário relativo a procedimento decorrente de fatos cuja apuração tenha servido para configuração da prática de infração à legislação do IRPJ (art. 2o, IV do RICARF).
Numero da decisão: 3403-001.805
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em não tomar conhecimento do recurso, declinando-se da competência de julgamento à Primeira Seção do CARF.
Antonio Carlos Atulim - Presidente.
Rosaldo Trevisan - Relator.
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Antonio Carlos Atulim (presidente da turma), Rosaldo Trevisan (relator), Robson José Bayerl, Marcos Tranchesi Ortiz, Ivan Allegretti e Domingos de Sá Filho.
Nome do relator: ROSALDO TREVISAN
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PROCEDIMENTO DECORRENTE DE AUTO IRPJ/CSLL. COMPETÊNCIA. PRIMEIRA SEÇÃO. Compete à Primeira Seção do CARF o julgamento de recurso voluntário relativo a procedimento decorrente de fatos cuja apuração tenha servido para configuração da prática de infração à legislação do IRPJ (art. 2o, IV do RICARF). Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em não tomar conhecimento do recurso, declinandose da competência de julgamento à Primeira Seção do CARF. Antonio Carlos Atulim Presidente. Rosaldo Trevisan Relator. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Antonio Carlos Atulim (presidente da turma), Rosaldo Trevisan (relator), Robson José Bayerl, Marcos Tranchesi Ortiz, Ivan Allegretti e Domingos de Sá Filho. Relatório AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 16 6. 72 39 56 /2 01 1- 13 Fl. 190DF CARF MF Impresso em 04/11/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 07/11/2012 por ROSALDO TREVISAN, Assinado digitalmente em 13/11/2012 por ANTONIO CARLOS ATULIM, Assinado digitalmente em 07/11/2012 por ROSALDO TREVISAN 2 Versa o presente processo sobre Auto de Infração para exigência da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social Cofins, insuficientemente recolhida nos anoscalendário 2007 e 2008, acrescida de multa de ofício e juros de mora. O Auto de Infração (fls1. 2 a 14) foi lavrado em 12/07/2011 com base em Termo de Verificação Fiscal (fls. 17 a 19) no qual sustenta a autoridade administrativa que: a) o contribuinte apresentou declarações referentes aos anos calendário 2007 e 2008 optando indevidamente pelo lucro presumido, pois tendo auferido nos dois exercícios receita operacional bruta superior a R$ 48 milhões, estaria obrigado a apurar o imposto de renda pelo regime do lucro real (art. 46 da Lei no 10.637/2002); b) tendo em vista a apresentação pela empresa fiscalizada da escrituração contábil com observância das leis comerciais e fiscais nos anos em questão, a fiscalização efetuou o lançamento dos valores do IRPJ e CSLL pelo regime do lucro real, compensando os valores declarados em DCTF; e c) a fiscalização efetuou o lançamento da contribuição para o PIS e da Cofins (este sob análise nos presentes autos) com base nos respectivos registros contábeis, bem como nas planilhas elaboradas pelo contribuinte, tendo sido também tomados em conta os valores declarados em DCTF. Cientificada da autuação em 13/07/2011 (fls. 13), a recorrente apresenta impugnação (fls. 121 a 142) em 12/08/2011, solicitando, preliminarmente, que as impugnações aos autos de infração referentes ao IRPJ, à CSLL, à contribuição para o PIS e à Cofins sejam analisados conjuntamente, e argumentando que: a) é nulo o lançamento por se basear em dados bancários do contribuinte obtidos sem a devida autorização judicial; b) houve inobservância ao princípio contábil da competência, pois o fisco apurou o IRPJ e a CSLL devidos com base no lucro real considerando a receita operacional bruta, deduzindo apenas os valores informados em DCTF, sem o cômputo dos custos e despesas registrados nos livros e documentos apresentados durante a fiscalização, contrariando o disposto no art. 276 do RIR/99, o art. 142 do CTN e art. 24 da Lei no 9.249/95; c) no caso de o fisco desconsiderar a escrituração contábil do contribuinte, deveria proceder ao arbitramento do lucro para fins de apuração do IRPJ e da CSLL, conforme o disposto nos artigos 148 do CTN, e 530 e 532 do RIR/99; d) lavrada a autuação sem observância das corretas bases de cálculo, houve ofensa aos artigos 44, 97, I e IV e 142 do CTN, 1 Toda numeração de folhas indicada nesta decisão se refere à paginação eletrônica no "eprocessos". Fl. 191DF CARF MF Impresso em 04/11/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 07/11/2012 por ROSALDO TREVISAN, Assinado digitalmente em 13/11/2012 por ANTONIO CARLOS ATULIM, Assinado digitalmente em 07/11/2012 por ROSALDO TREVISAN Processo nº 10166.723956/201113 Acórdão n.º 3403001.805 S3C4T3 Fl. 191 3 e aos artigos 153, III, 195, I, “c” e 150, I da Constituição Federal; e) com relação à contribuição para o PIS e à Cofins, padecem de nulidade os lançamentos por erro na apuração da base de cálculo, mais precisamente na delimitação das receitas tributáveis; f) é submetida ao regime cumulativo de apuração das contribuições, cuja base de cálculo é o faturamento e que, atuando no ramo de supermercado, comercializa diversos produtos sujeitos à incidência monofásica das referidas contribuições (cujas alíquotas são zero nas vendas efetuadas pelos varejistas) e uma série de outros produtos que não sofrem a incidência das contribuições (seja por isenção, alíquota zero, substituição tributária ou suspensão da incidência), enumerando os produtos cuja venda não ensejaria o pagamento das contribuições; e g) em respeito ao princípio da verdade material e em atenção às especificidades desse segmento empresarial, deveria ter sido intimada a apresentar as informações contábeis com a devida segregação das receitas não tributáveis, e que não se pode argumentar que a autuação decorreu das informações prestadas pelo contribuinte, pois do fato de terem sido prestadas informações incorretas pela empresa não se impõe a exigibilidade das contribuições sobre receitas não tributadas. A decisão de primeira instância (fls. 160 a 168), proferida em 23/09/2011, julgou improcedente a impugnação e manteve a exigência do crédito tributário. Em síntese, acordouse que: a) as impugnações seriam apreciadas em conjunto, sendo os acórdãos e votos proferidos nos processos correspondentes a cada um dos tributos, no que passouse à análise dos argumentos referentes à Cofins (tributo objeto do presente processo); b) o auto de infração atende a todos os requisitos legais, não existindo violação ao princípio da legalidade ou a outros dispositivos enumerados pelo contribuinte, tendo sido oferecido à autuada o exercício do contraditório e da ampla defesa no momento processual propício; c) não houve quebra de sigilo bancário sem ordem judicial, uma vez que a autuação foi fundamentada na escrituração da empresa e não em informações bancárias, e que o agente fiscal sequer precisou recorrer às instituições financeiras para ter acesso à movimentação financeira da empresa, pois o próprio contribuinte lhe apresentou os extratos solicitados; Fl. 192DF CARF MF Impresso em 04/11/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 07/11/2012 por ROSALDO TREVISAN, Assinado digitalmente em 13/11/2012 por ANTONIO CARLOS ATULIM, Assinado digitalmente em 07/11/2012 por ROSALDO TREVISAN 4 d) contrariamente ao alegado pela contribuinte (de que está sujeita ao regime cumulativo de apuração), verificouse que a empresa, em 24/06/2011 apresentou, em atendimento à intimação fiscal, os Demonstrativos de Apuração das Contribuições Sociais DACON, relativos aos anoscalendário de 2007 e 2008, com informações referentes ao regime não cumulativo, bem como planilhas com bases de cálculo e apuração das contribuições consoante essa mesma sistemática; e) as contribuições não foram calculadas sobre a totalidade da receita bruta auferida, tendo sido considerados na autuação os demonstrativos e planilhas apresentados pela própria empresa, onde consta o montante passível de exclusão da base de cálculo, inclusive o relativo à comercialização de produtos sujeitos à incidência monofásica da Cofins e de produtos que não sofrem a incidência dessa contribuição (sob o título de “Vendas Isentas de PIS/Cofins”); e f) diante da alegação de erro nas apurações e informações fornecidas, tornase necessário que a contribuinte apresente provas do equívoco cometido, o que não ocorreu, tendo sido no curso da ação fiscal apresentadas provas de que houve falta de pagamento de tributos devidos, com base nas declarações transmitidas à RFB e na escrituração apresentada pela própria empresa. Cientificada da decisão em 17/11/2011 (AR às fls. 176), a recorrente apresenta, em 15/12/2011, Recurso Voluntário (fls. 177 a 186), no qual pede, preliminarmente, o reconhecimento da nulidade do lançamento efetuado com base em informações obtidas mediante a quebra de sigilo bancário sem autorização judicial (art. 5o, XII, da Constituição Federal), e, no mérito, a improcedência do lançamento, ao menos em parte, por vício material, ou a conversão do julgamento em diligência para se apurar as verdadeiras receitas tributáveis, reiterando as argumentações anteriormente externadas e adicionando que o lançamento é improcedente com relação ao anocalendário de 2007, pois o lançamento principal (referente ao IRPJ e à CSLL), alicerçado nos mesmos fundamentos fáticos do lançamento decorrente (omissão de receitas), foi julgado improcedente com relação ao citado período. É o relatório. Voto Conselheiro Rosaldo Trevisan, relator A matéria contenciosa restringese a: (a) preliminar de nulidade por possível quebra de sigilo bancário sem autorização legal; (b) possível afetação do presente processo pelo resultado do julgamento de processo de IRPJ/CSLL, que tem na origem a mesma base fática; e (c) possível erro na quantificação das receitas tributáveis. Fl. 193DF CARF MF Impresso em 04/11/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 07/11/2012 por ROSALDO TREVISAN, Assinado digitalmente em 13/11/2012 por ANTONIO CARLOS ATULIM, Assinado digitalmente em 07/11/2012 por ROSALDO TREVISAN Processo nº 10166.723956/201113 Acórdão n.º 3403001.805 S3C4T3 Fl. 192 5 Analisarseá aqui, inicialmente, o segundo tópico, pois nele paira discussão sobre a própria competência desta 3a Turma Ordinária da 4a Câmara da 3a Seção para o trato da matéria. A presente autuação, assim como as autuações tratadas no processo no 10166.723955/201161 (referente a PIS) 2, e no processo no 10166.723952/201127 (referente a IRPJ e CSLL) 3 decorrem de um mesmo procedimento de fiscalização, amparado pelo MPF no 0110100.2010.007684. Em decorrência, sustenta a recorrente que, por haver relação de causa e efeito entre os lançamentos, há que se decidir em relação ao lançamento em exame de forma idêntica ao decidido em relação ao que designa de “lançamento principal”, referente a IRPJ e CSLL. O lançamento de IRPJ e CSLL foi considerado em primeira instância parcialmente procedente. Em síntese, a discussão fundouse na interpretação dos arts 13, caput e 14, I da Lei no 9.718/1998, com a redação dada pelo art. 46 da Lei no 10.637/2002: “Art. 13. A pessoa jurídica cuja receita total, no anocalendário anterior, tenha sido igual ou inferior a R$ 48.000.000,00 (quarenta e oito milhões de reais), ou a R$ 4.000.000,00 (quatro milhões de reais) multiplicado pelo número de meses de atividade do anocalendário anterior, quando inferior a 12 (doze) meses, poderá optar pelo regime de tributação com base no lucro presumido. (...) Art. 14. Estão obrigadas à apuração do lucro real as pessoas jurídicas: I cuja receita total, no anocalendário anterior seja superior ao limite de R$ 48.000.000,00 (quarenta e oito milhões de reais), ou proporcional ao número de meses do período, quando inferior a 12 (doze) meses;” (grifo nosso) Conforme as DIPJ 2008 e 2009 apresentadas, a recorrente apurou o IRPJ e a CSLL segundo as regras do lucro presumido nos anoscalendário 2007 e 2008. A fiscalização indica que, de acordo com os registros contábeis e demonstrações apresentados pela recorrente, a receita operacional bruta nos anoscalendário de 2007 e 2008 atingiu, respectivamente, R$ 117.236.990,61 e 122.463.642,12, montantes que entendeu superiores aos limites estabelecidos em lei para apuração pelo lucro presumido. O julgador de primeira instância, no processo no 10166.723952/201127, afastou de plano a exigência referente ao anocalendário de 2007, pela ausência de indicação na autuação do valor da receita bruta referente ao anocalendário de 2006 (o que impediu a verificação do enquadramento nos limites legalmente estabelecidos para a opção): “No caso em tela, verificase que, em relação a 2008, o agente fiscal procedeu corretamente, uma vez que, segundo a 2 Quando da elaboração deste voto, o processo se econtrava distribuído à DIDAUDívidaPRFN1, não tendo sido o Acórdão da DRJ objeto de recurso voluntário. 3 Quando da elaboração deste voto, o processo se encontrava distribuído a conselheiro relator da 1a Turma Ordinária da 4a Câmara da 1a Seção do CARF, desde 12 de abril de 2012. Fl. 194DF CARF MF Impresso em 04/11/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 07/11/2012 por ROSALDO TREVISAN, Assinado digitalmente em 13/11/2012 por ANTONIO CARLOS ATULIM, Assinado digitalmente em 07/11/2012 por ROSALDO TREVISAN 6 demonstração de resultado apresentada pelo próprio contribuinte, a receita bruta total de 2007 foi superior ao limite de R$ 48.000.000,00, o que resultou na obrigatoriedade de apuração do tributo devido com base do lucro real no anocalendário seguinte. Entretanto, quanto aos fatos geradores relativos ao ano calendário de 2007, não consta dos autos qualquer informação relativa ao valor da receita bruta total do anocalendário de 2006, motivo pelo qual não há como prevalecer a consideração do fisco quanto à incorreção da opção pelo lucro presumido na DIPJ/2008. (...) Destarte, tendo em vista a fundamentação incorreta para a exigência do IRPJ e CSLL pelo lucro real no anocalendário de 2007, não há como prevalecer o lançamento relativamente a esse período.” (grifo nosso) No mesmo Acórdão, dispôs ainda o julgador administrativo em relação àquele processo (referente a IRPJ e CSLL): “... verificase que a base de cálculo utilizada no lançamento não foi a receita operacional e sim, o lucro apurado pelo contribuinte em sua demonstração trimestral de resultado. Percebese, da análise de tal documento, que, em sua escrituração contábil e comercial, o contribuinte efetuou a apuração do lucro real conforme preconizado pela legislação, mas, na DIPJ, efetuou a opção pelo lucro presumido de forma indevida, o que resultou na apuração incorreta do IRPJ e da CSLL. (...) A base de cálculo utilizada pelo fisco foi, portanto, exatamente aquela requerida pela impugnante em sua peça de defesa, ou seja, o lucro efetivamente auferido no período e apurado mediante o confronto entre as receitas e os custos e despesas, tendo sido respeitada, inclusive, a sua própria escrituração.” (grifo nosso) Em síntese, naquele processo o retoque efetuado pelo julgador a quo restringiuse ao anocalendário de 2007, e exclusivamente em relação ao IRPJ e à CSLL, tendo como fundamento as opções efetuadas em DIPJ. A discussão sobre a aplicabilidade dos arts 13, caput e 14, I da Lei no 9.718/1998, com a redação dada pelo art. 46 da Lei no 10.637/2002, foi o cerne da questão, e a motivação para a procedência parcial. Já no julgamento de primeira instância do processo que agora se analisa (referente a COFINS), entendeu o julgador a quo que: “Equivocouse, portanto, a interessada ao dizer que a autuação decorreu de apuração de omissão de receitas relativas a vendas de mercadorias, obtidas com base em informações bancárias, bem como ao afirmar que o fisco teria utilizado como base de cálculo, para apuração do IRPJ e da CSLL, a receita operacional do período, sem considerar os custos e despesas incorridas (sic). Fl. 195DF CARF MF Impresso em 04/11/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 07/11/2012 por ROSALDO TREVISAN, Assinado digitalmente em 13/11/2012 por ANTONIO CARLOS ATULIM, Assinado digitalmente em 07/11/2012 por ROSALDO TREVISAN Processo nº 10166.723956/201113 Acórdão n.º 3403001.805 S3C4T3 Fl. 193 7 Da mesma forma, equivocouse a impugnante ao sustentar que a autuação relativa à contribuição para o PIS e à Cofins foi efetuada com mesmo embasamento fático do lançamento referente a IRPJ e à CSLL. Primeiramente, cumpre mencionar que, em contraposição ao sustentado pela impugnante em sua peça de defesa (que estaria submetida ao regime cumulativo de apuração), a empresa, em 24/06/2011 apresentou, em atendimento à intimação fiscal, os Demonstrativos de Apuração das Contribuições Sociais – DACON, relativos aos anoscalendário de 2007 e 2008, com informações referentes ao regime nãocumulativo, bem como planilhas com bases de cálculo e apuração das contribuições consoante essa mesma sistemática. Compulsandose os autos, especialmente as planilhas de fls. 15 e 16, verificase que o agente fiscal, para a apuração do tributo devido nos referidos anos, adicionou, ao montante do tributo declarado em DACON como devido, o tributo devido sobre a diferença entre o valor da receita bruta constante de sua demonstração de resultado do período e o valor da soma das bases de cálculo constantes das planilhas apresentadas (fls. 72 e seguintes). Do valor obtido, foi ainda deduzido o valor do débito declarado na DCTF correspondente.” (grifo nosso) É de se esclarecer que além dos tributos que incidem sobre faturamento (entre os quais podese citar a Contribuição para o PIS/PASEP e a Cofins) há impostos e contribuições incidentes sobre o lucro (como o IRPJ e a CSLL). Para estes, as empresas podem, dentro das regras legalmente estabelecidas, optar entre lucro presumido e lucro real. A um primeiro olhar, uma ou outra opção não teria relevância sobre a Cofins. Contudo, é de se atentar para o disposto no art. 8o da Lei no 10.637/2002, e no art. 10 da Lei no 10.833/2003, que vedam a cobrança nãocumulativa da Cofins (e da contribuição para o PIS/PASEP) a empresas tributadas pelo imposto de renda com base no lucro presumido (ou arbitrado). Assim, a opção pelo regime de apuração do lucro presumido (IRPJ e CSLL) é incompatível com a cobrança nãocumulativa da COFINS. Nem o contribuinte pode fazêlo, nem o fisco aceitálo. O contribuinte, embora tenha apresentado DIPJ optando pelo lucro presumido, efetuou os registros contábeis pela sistemática do lucro real, e, embora tenha apresentado DACON considerando a nãocumulatividade, afirma que a tributação a que está sujeito é a cumulativa. Ou seja, o que propugna o contribuinte é diametralmente oposto ao que ele contabiliza e documenta. A decisão da DRJ no processo no 10166.723952/201127 afastou a exigência de IRPJ e CSLL referente ao anocalendário de 2007 (ao argumento de que apenas foi comprovada a hipótese de vedação à opção pelo lucro presumido no anocalendário de 2008). Por consequência, correta estaria a cobrança não cumulativa de Cofins no período. A contrario sensu, ao admitir que não foi comprovada hipótese de vedação à opção feita pela empresa à tributação pelo lucro presumido no anocalendário de 2007, o julgador entendeu possível a Fl. 196DF CARF MF Impresso em 04/11/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 07/11/2012 por ROSALDO TREVISAN, Assinado digitalmente em 13/11/2012 por ANTONIO CARLOS ATULIM, Assinado digitalmente em 07/11/2012 por ROSALDO TREVISAN 8 opção em tal período, e, portanto, a incompatibilidade com a cobrança nãocumulativa de Cofins. A confirmação ou não do julgamento de primeira instância no processo no 10166.723952/201127, assim, afeta o presente processo, pelo que se declina da competência para julgamento em favor da Primeira Seção deste CARF, na forma do art. 2o, IV do Anexo II do Regimento Interno deste CARF, aprovado pela Portaria MF no 256/2009. Assim, voto pelo não conhecimento do recurso voluntário, com o encaminhamento do presente à Primeira Seção deste CARF, para julgamento no contexto do processo referente a IRPJ/CSLL. Rosaldo Trevisan Fl. 197DF CARF MF Impresso em 04/11/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 07/11/2012 por ROSALDO TREVISAN, Assinado digitalmente em 13/11/2012 por ANTONIO CARLOS ATULIM, Assinado digitalmente em 07/11/2012 por ROSALDO TREVISAN
score : 1.0
Numero do processo: 11080.102816/2003-00
Turma: Segunda Turma Ordinária da Quarta Câmara da Primeira Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Tue Jun 19 00:00:00 UTC 2018
Data da publicação: Thu Jan 14 00:00:00 UTC 2021
Numero da decisão: 3401-001.388
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Resolvem os membros do colegiado, por unanimidade de votos, por declinar da competência de julgamento em favor da Primeira Seção de Julgamento deste CARF, na forma regimentalmente estabelecida.
(assinado digitalmente)
Rosaldo Trevisan Presidente e Relator.
Participaram do presente julgamento os Conselheiros: Rosaldo Trevisan (presidente), Marcos Roberto da Silva (suplente convocado), André Henrique Lemos, Mara Cristina Sifuentes, Tiago Guerra Machado, Lazaro Antonio Souza Soares, Cássio Schappo e Leonardo Ogassawara de Araújo Branco (vice-presidente).
Nome do relator: ROSALDO TREVISAN
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decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Resolvem os membros do colegiado, por unanimidade de votos, por declinar da competência de julgamento em favor da Primeira Seção de Julgamento deste CARF, na forma regimentalmente estabelecida. (assinado digitalmente) Rosaldo Trevisan Presidente e Relator. Participaram do presente julgamento os Conselheiros: Rosaldo Trevisan (presidente), Marcos Roberto da Silva (suplente convocado), André Henrique Lemos, Mara Cristina Sifuentes, Tiago Guerra Machado, Lazaro Antonio Souza Soares, Cássio Schappo e Leonardo Ogassawara de Araújo Branco (vice-presidente).
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Resolvem os membros do colegiado, por unanimidade de votos, por declinar da competência de julgamento em favor da Primeira Seção de Julgamento deste CARF, na forma regimentalmente estabelecida. (assinado digitalmente) Rosaldo Trevisan – Presidente e Relator. Participaram do presente julgamento os Conselheiros: Rosaldo Trevisan (presidente), Marcos Roberto da Silva (suplente convocado), André Henrique Lemos, Mara Cristina Sifuentes, Tiago Guerra Machado, Lazaro Antonio Souza Soares, Cássio Schappo e Leonardo Ogassawara de Araújo Branco (vicepresidente). Relatório Versa o presente sobre auto de infração, lavrado em 26/12/2003 (fls. 6 a 16, com ciência em 13/01/2004 fl. 6)1 para exigência de COFINS, de janeiro de 2001 a novembro de 2002, e de janeiro a maio de 2003, acrescida de juros de mora e multa de 75%, perfazendo total de R$ 230.502,13, decorrente de diferenças apuradas, conforme Relatório Fiscal. No Relatório Fiscal de fls. 82 a 105, narrase que; (a) a fiscalização foi iniciada a partir do cumprimento de mandados de busca e apreensão judiciais (cópias de peças às fls. 106 a 119); (b) nos anoscalendário 2001 a 2002, a empresa optou por tributar seus 1 Todos os números de folhas indicados nesta decisão são baseados na numeração eletrônica da versão digital do processo (eprocessos). RE SO LU ÇÃ O G ER A D A N O P G D -C A RF P RO CE SS O 1 10 80 .1 02 81 6/ 20 03 -0 0 Fl. 654DF CARF MF Documento nato-digital Processo nº 11080.102816/200300 Resolução nº 3401001.388 S3C4T1 Fl. 655 2 rendimentos pela sistemática do lucro presumido, e, no anocalendário 2000, a opção foi pelo lucro real trimestral; e (c) a partir dos documentos apreendidos, e da legislação que rege a incorporação de imóveis, foram apuradas as seguintes irregularidades: (c1) falta de recolhimento e/ou declaração de valores de COFINS apurados a partir de receitas regularmente escrituradas na contabilidade da empresa (omissão de receitas computadas em autos de infração no processo no 11080.102853/200318); e (c2) falta de recolhimento e/ou declaração de valores de COFINS apurados a partir de receitas com venda de imóveis (44 operações imobiliárias detalhadas às fls. 88 a 104) e receitas financeiras, relativas ao primeiro semestre de 2003. A empresa apresentou impugnação à autuação em 10/02/2004 (fls. 484 a 497), em conjunto com a impugnação às autuações de IRPJ, CSLL e PISFaturamento, alegando que: (a) a impugnação é parcial, para 2001 e 2002, pois, antes da lavratura da autuação, em 29/07/2003, aderiu a parcelamento especial previsto na Lei no 10.684/2003, cabendo seguir a discussão administrativa apenas sobre o cabimento de juros à Taxa SELIC; (b) todas as empresas que optam pelo regime de tributação com base no lucro presumido, tem a faculdade de apurálo mediante o regime “de caixa”, adotado pela própria fiscalização em alguns contratos; e (c) é incoerente o entendimento fiscal de que o regime “de caixa” não prevalece nas hipóteses de venda ou permuta com outros imóveis, circunstância que ensejaria a tributação do valor integral da operação, bem como, a exigência imediata do recolhimento dos tributos (exemplos às fls. 490 a 496). Apartados os débitos inseridos em parcelamento (fl. 579), o processo foi encaminhado à DRJ, que proferiu decisão de primeira instância administrativa em 25/09/2008 (fls. 584 a 591), no sentido de manter o lançamento, exceto em relação à taxa de juros para os tributos confessados em programa especial e parcelamento (fatos geradores de 2001 e 2002). Ciente da decisão de piso em 21/10/2008 (AR à fl. 595), a empresa apresenta recurso voluntário em 14/11/2008 (fls. 596 a 623), defendendo que: (a) a DRJ ignora dispositivos normativos que permitiriam à empresa adotar o regime de caixa, como o art. 227 do RIR/99; (b) tanto no regime do lucro real, como no regime do lucro arbitrado, está preservada a dedução do custo do imóvel, construído ou adquirido mediante permuta ou qualquer outra forma, além de resguardar também o regime “de caixa” para a receita; (c) o regime praticado pelo Fisco, com incidências múltiplas, sem dedução do custo (admitido até mesmo no regime de arbitramento) e sem limitar a receita ao valor efetivamente recebido (também admitido no regime de arbitramento) transformao em regime “SEM NOME”, não previsto em lei ou em qualquer outro ato normativo (exemplos às fls. 604 a 607); e (d) a adoção do regime “de caixa” decorre de atos expedidos pela própria RFB e de Soluções de Consulta do órgão, e foi afrontada nos casos submetidos à ação fiscal (exemplos às fls. 615 a 622). Atestada a tempestividade da peça recursal, o processo foi enviado ao CARF em 20/11/2008 (fl. 650), e foi distribuído a este relator, por sorteio, em 30/11/2017. É o relatório. Voto Fl. 655DF CARF MF Documento nato-digital Processo nº 11080.102816/200300 Resolução nº 3401001.388 S3C4T1 Fl. 656 3 Conselheiro Rosaldo Trevisan, Relator O recurso voluntário é tempestivo. Resta analisar se o colegiado detém competência para a análise da matéria. Como exposto no próprio relatório fiscal, a autuação resulta do mesmo procedimento fiscal referente ao IRPJ e à CSLL. O próprio mandado de procedimento fiscal, inicialmente restrito a IRPJ, e aos anos de 2000 a 2002 (fl. 2, em março de 2003), foi ampliado para o primeiro semestre de 2003 (fl. 3, em dezembro de 2003) e a outros três tributos (fl. 4 CSLL, PIS e COFINS, também em dezembro de 2003): Às fls. 78, 79, 80 e 81 se encontram, respectivamente, demonstrativos de apuração de receitas de imóveis no primeiro semestre de 2003 e de COFINS, PIS, IRPJ e CSLL. E, no relatório fiscal (fl. 82), endossase a origem comum da fiscalização: Razões para a autuação em relação aos quatro tributos são, igualmente, coincidentes, como se percebe no relatório fiscal (fls. 85/86): Fl. 656DF CARF MF Documento nato-digital Processo nº 11080.102816/200300 Resolução nº 3401001.388 S3C4T1 Fl. 657 4 E razões de defesa, da mesma forma, são conjuntas para os quatro tributos, como se percebe da própria impugnação (fl. 485): Em relação ao parcelamento especial, esgotada a discussão sobre juros, após a decisão de piso, nada mais resta a discutir para os anos de 2001 e 2002, persistindo o contencioso apenas em relação ao primeiro semestre de 2003, em quatro processos administrativos: o presente e os de n. 11080.102817/200346 (IRPJ), 11080.000007/200437 (CSLL) e 11080.000008/200481 (PIS). O processo n. 11080.102817/200346, que se refere a IRPJ para os mesmos períodos, e com a mesma observação em relação ao parcelamento (exclusivo para 2001/2002 e juros), foi julgado pela Primeira Seção do CARF em 25/01/2011, por meio do Acórdão n. 180200.769, negandose provimento ao recurso voluntário, sendo rejeitados os embargos de declaração apresentados, por meio do Acórdão n. 1802001.166, de 10/04/2012, ainda pendendo de análise, o recurso especial interposto pelo contribuinte (atualmente na unidade SEDISCEGAPCSRFCARFCS20IRPJ E CSLL). O processo n. 11080.000007/200437, que se refere a CSLL para os mesmos períodos, e com a mesma observação em relação ao parcelamento (exclusivo para 2001/2002 e juros), foi julgado pela Primeira Seção do CARF em 25/01/2011, por meio do Acórdão n. 180200.770, negandose provimento ao recurso voluntário, pelas mesmas razões, sendo rejeitados os embargos de declaração apresentados, por meio do Acórdão n. 1802001.167, de 10/04/2012, ainda pendendo de análise, o recurso especial interposto pelo contribuinte (atualmente na mesma unidade SEDISCEGAPCSRFCARFCS20IRPJ E CSLL). Aliás, neste segundo processo, referente a CSLL, o julgamento consiste em simples reprodução do primeiro, agregandose ao final a seguinte mensagem: “TRIBUTAÇÃO REFLEXA: CSLL — Decorrendo a exigência da CSLL da mesma imputação que fundamentou o lançamento do IRPJ, deve ser adotada, no mérito, a mesma decisão proferida para o IRPJ desde que não presentes nos autos arguições especificas ou elementos de prova novos a ensejar conclusão diversa. Assim, aplicase ao lançamento da CSLL o mesmo tratamento dispensado ao IRPJ no processo n° 11080.102817/200346, em razão Fl. 657DF CARF MF Documento nato-digital Processo nº 11080.102816/200300 Resolução nº 3401001.388 S3C4T1 Fl. 658 5 da intima relação de causa e efeito que os vincula, e, desse modo, voto para NEGAR provimento ao recurso.” Por fim, o terceiro processo, de n. 11080.000008/200481, referente ao PIS, acabou distribuído a Turma Especial da Terceira Seção de Julgamento, que o analisou por meio do Acórdão n. 3803002.182, de 07/11/2011, dando provimento ao recurso, por unanimidade. Apesar de o presente processo versar sobre COFINS de forma congênere ao de n. 11080.000008/200481, referente ao PIS, julgado, temos resistência ao conhecimento da matéria, sem ingressar no mérito, revelado naquele processo. Não se trata exatamente de uma divergência, visto que aquela Turma Especial da Terceira Seção de Julgamento sequer ingressou na análise da competência para o tratamento do tema, ou mencionou ser a autuação reflexa, como se vê na transcrição inicial do relatório (obtida no sítio web do CARF): “Relatório Trata o presente de recurso voluntário contra o Acórdão de no 10 17.211, da DRJ/Porto Alegre, de 25 de setembro de 2008, fls. 528 a 531, que decidiu pela procedência do lançamento. O processo é constituído pelo auto de infração em que é exigida a Contribuição para o PIS, fls. 4/16, recolhido a menor sobre receitas contabilizadas, fls. 17/21, nos anoscalendário 2001/2002, e no primeiro semestre de 2003, por ter a contribuinte deixado de recolher ou declarar PIS sobre receitas de vendas de imóveis e financeiras, fls. 24/76 e 78.” Lendo o restante do relatório e o voto, no julgamento do processo de n. 11080.000008/200481, referente ao PIS, chegase à conclusão de que as matérias tratadas são idênticas às presentes tanto nos processos referentes a IRPJ e CSLL quanto no presente processo. No Regimento Interno deste CARF, Anexo II da Portaria MF no 343/2015 (e alterações posteriores), estabelecese, nos arts. 2o e 4o, que: “Art. 2º À 1ª (primeira) Seção cabe processar e julgar recursos de ofício e voluntário de decisão de 1ª (primeira) instância que versem sobre aplicação da legislação relativa a: I Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ); II Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL); (...) IV CSLL, IRRF, Contribuição para o PIS/Pasep ou Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta (CPRB), quando reflexos do IRPJ, formalizados com base nos mesmos elementos de prova; (Redação dada pela Portaria MF nº 152, de 2016) (...) Fl. 658DF CARF MF Documento nato-digital Processo nº 11080.102816/200300 Resolução nº 3401001.388 S3C4T1 Fl. 659 6 Art. 4º À 3ª (terceira) Seção cabe processar e julgar recursos de ofício e voluntário de decisão de 1ª (primeira) instância que versem sobre aplicação da legislação referente a: I Contribuição para o PIS/Pasep e Cofins, inclusive quando incidentes na importação de bens e serviços;” Logo, cabe verificar, para aferimento da competência de julgamento, se a tributação, no caso, é reflexa do IRPJ, visto que, inegavelmente, a autuação é formalizada com base nos mesmos elementos de prova. O art. 6o do mesmo regimento interno auxilia na tarefa: “Art. 6º Os processos vinculados poderão ser distribuídos e julgados observandose a seguinte disciplina: §1º Os processos podem ser vinculados por: I conexão, constatada entre processos que tratam de exigência de crédito tributário ou pedido do contribuinte fundamentados em fato idêntico, incluindo aqueles formalizados em face de diferentes sujeitos passivos; II decorrência, constatada a partir de processos formalizados em razão de procedimento fiscal anterior ou de atos do sujeito passivo acerca de direito creditório ou de benefício fiscal, ainda que veiculem outras matérias autônomas; e III reflexo, constatado entre processos formalizados em um mesmo procedimento fiscal, com base nos mesmos elementos de prova, mas referentes a tributos distintos.” Assim, não resta sombra de dúvida de que o presente processo, além de ter por base os mesmos elementos de prova que os demais, referentes a IRPJ, CSLL e PIS, deriva de um mesmo procedimento fiscal, sendo competente para análise da matéria a Primeira Seção de Julgamento deste CARF, na forma regimentalmente estabelecida, ainda que já tenha havido julgamento autônomo do PIS (a nosso ver, incorreto) nesta Terceira Seção. Pelo exposto, voto por declinar da competência de julgamento em favor da Primeira Seção de Julgamento deste CARF, na forma regimentalmente estabelecida. (assinado digitalmente) Rosaldo Trevisan Fl. 659DF CARF MF Documento nato-digital
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