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Turma Camara- Terceira Câmara (5)
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Numero do processo: 11080.009178/2002-60
Turma: Primeira Turma Ordinária da Terceira Câmara da Terceira Seção
Câmara: Terceira Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Thu Jun 05 00:00:00 UTC 2008
Data da publicação: Thu Jun 05 00:00:00 UTC 2008
Numero da decisão: 202-19102
Matéria: DCTF_PIS - Auto eletronico (AE) lancamento de tributos e multa isolada (PIS)
Nome do relator: Antônio Lisboa Cardoso
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Brasília i a C_Q3-1-2-É--- ivana Cláudia Silva Castro 1---Recorrida DRJ em Porto Alegre - RS Sia e 92135 ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS/PASEP Período de apuração: 01/11/1997 a 31/12/1997 PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL. NULIDADE. AUTO DE INFRAÇÃO. AUDITORIA EM DCTF. Nulo é o processo que não atende às formalidades prescritas em lei. . Processo anulado ab initio. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. ACORDAM os membros da segunda câmara do segundo conselho de contribuintes, por unanimidade • U votos, em anular o processo ab initio. ANTeNIO CARLOS A L1M Presidente 1 • .14I 4-LO 10 LISBOA • -'1" §SO Relator Participaram, ainda, do presente julgamento, os Conselheiros Maria Cristina . Roza da Costa, Gustavo Kelly Alencar, Nadja Rodrigues Romero, Antonio Zomer, Domingos de Sá Filho e Maria Teresa Martínez Lopez. . _ . _ . — . • Processo n° 1 1080.009178/2002 -60 CCO2/CO2 Acórdão n.° 202-19.102 Fls. 165 MF - SEGUNDO CON5FIll0 De COni rabi I CONFEil't COM O ORsG,NP1 erasina, -92 - Ivana Cláudia Siiva Castro r,, Relatório 1 Met. Sitn e 82136 —Em- raião d-aIZI Objetiv-idade adoto o relatório da DRJ em Porto Alegre - RS, nos seguintes termos: "Trata o presente do lançamento de oficio (fls. 44/50) de valores referentes ao PIS dos períodos de apuração de novembro e dezembro de 1997, originado de Auditoria Interna na DCTF do quarto trimestre - Declaração Complementar, entregue pela contribuinte, na qual consta que os valores estariam compensados com créditos decorrentes de processo judicia1 A justificativa para o lançamento é a de que não ficou comprovada a situação alegado pela interessada. 2. Tempestivamente a contribuinte impugna o lançamento (fls. 01/06), alegando que a compensação, por tratar-se de créditos de PIS com débitos do próprio PIS decorre de lei e independe de autorização judicial, sendo os créditos decorrentes de declaração do Supremo Tribunal Federal da inconstitucionalidade dos Decretos-leis n's 2.445 e 2.449, ambos de 1988, sendo que o PIS deveria ter sido cobrado de acordo com o disposto nas Leis Complementares 07, de 1970, e 17, de 1973. Tal argumentação encontraria respaldo na Instrução Normativa SRF n" 31, de 08/04/1997. Também cita a Resolução do Senado Federal, que tomou o n° 49, de 1995, e a Instrução Normativa SRF n° 21, de 1997, como respaldadoras do seu procedimento. Assim, alega que o direito â compensação estava e está reconhecido, sendo objeto de ação judicial apenas no que tange ao que não teria sido reconhecido pelo fisco, ao qual cabe o lançamento de eventuais diferenças, 3. Requer, por estes argumentos apresentados, seja desconstituido o lançamento, ou, em caso de entendimento diverso, seja reduzida a multa para 20%, tendo em vista que a compensação foi declarada em DCTF. 4. Junta os seguintes elementos: Cópias das DCTF's apresentadas no quarto trimestre (retificadora e complementar) -fls. 07/36, Instrumento Particular de Contrato Social da empresa -fls. 37/41, e Alteração do Contrato Social -fls. 42/43." A DRJ manteve o lançamento procedente, em parte, nos termos da ementa do Acórdão n2 6.262, de 15/08/2005, a seguir transcrita: "Assunto: Contribuição para o PIS/Pasep Período de apuração: 01/11/1997 a 31/12/1997 Ementa: LANÇAMENTO - Não logrando a contribuinte comprovar que o processo judicial oferecia condições para o implemento da compensação declarada, é de ser mantido o lançamento. • 2 '11111111%%- _ • - SEG UNC Ct CONSELHO DE CONTE:e:MUS• CCIkFERE CC.,:h O ORIOMPS. • Processo n° 11080.009178/2002 -60 CCOVCO2ti• Bras 111J:4 _a_a_f O'd Acórdão n.° 202-19.102 Fls. 166 Nana Cláudia Silva Castro -1-* • fati. Siape 92136 MULTA DE OFICIO — RETROAÇÃO BENIGNA — MULTA DE MORA — Multa de oficio transformada em multa de mora pelo advento de norma tributária com aplicação retroativa, nos termos do art.106, inciso II, alínea 'c' do CT/V. Lançamento Procedente em Parte". Cientificada da decisão em 14/10/2005 (AR — fl. 59), a recorrente apresenta o recurso de fls. 61173, em 08/11/2005, onde reitera os argumentos apresentados na impugnação. É o Relatório. 3 • Processo n°11080.009178/2002-60 CCO21CO2 Acórdão n.° 202-19.102 Fls. 167 - SEGliNcoVECROIN C=00 00%Ct5011.72 :1313INTS2 Brasilia, ii. ivana Cláudia Silva Castra 1".n Mut. Sia á 1 Voto Conselheiro ANTÔNIO LISBOA CARDOSO, Relator O recurso é tempestivo e atende aos demais requisitos para sua admissibilidade, razão pela qual, dele tomo conhecimento. Em análise ao precitado auto de infração eletrônico, juntado pela própria contribuinte, verifica-se ser o mesmo decorrente de auditoria em DCTF exigindo crédito tributário de 01/11/1997 a 31/12/1997. Consta da descrição dos fatos e enquadramento legal, à fl. 45, o seguinte: "O presente Auto de Infração originou-se da realização de Auditoria Interna na(s) DCTF discruninada(s) no quatro 3 (três), conforme IN- SRF n° 045 e 077/98. Foi(ram) constada(s) irregularidade(s) no(s) crédito(s) vinculado(s) informado(s) na(s) DCTF, conforme indicada(s) no Demonstrativo de Créditos Vinculados não Confirmados (Anexo I), e/ou no 'Relatório de Auditoria Interna de Pagamentos Informados na(s) DCTF (Anexos I" ou lb) e/ou 'Demonstrativo de Pagamentos Efetuados Após o Vencimento' (Anexos lia ou 11b), e/ou no 'Demonstrativo do Crédito Tributário a Pagar' (Anexo III) e/ou no 'Demonstrativo de Multa e/ou Juros a Pagar — Não pagos ou Pagos a Menor' (Anexo IV). Para efetuar o pagamento da(s) diferença(s) apurada(s) em Auditoria Interna, objeto deste Auto de Infração, o contribuinte deve conultar as "Instruções para Pagamento (Anexo V)." No Anexo 1 — Demonstrativo dos Créditos Vinculados Não Confirmados—, consta a ocorrência: 'Frac jud não comprovad' (fl. 46). Constou ainda do v. voto condutor do acórdão recorrido a informação quanto ao motivo do lançamento (fl. 55), verbis: "6. Sendo a motivação para o lançamento 'Processo Judicial não comprovado tendo em vista que a DCTF apresentada pela contribuinte declarava que os valores devidos a título de PIS de novembro e dezembro estariam extintos em face à compensação com créditos decorrentes de processo judicial, caberia à interessada a juntada de elementos que comprovassem a existência do processo judicial, bem como que tal processo garantiria a compensação declarada." Na impugnação, a recorrente confirma que parte do débito (competências de 11/97 e 12/97) foi compensada com indébitos de PIS, reconhecidos por decisão judicial nos autos do Processo n2 97.00.27044 O (ST.1 REsp n2 263.929), considerados indevidos, referentes aos meses de julhos e agosto de 1994. 4 • - - - - — - - ' • 1:1F - SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBuWa1 Processo n°11080.009178/2002 -60 CONP2RE COr.5 O GRUM CCO2/CO2 Acórdão n.° 202-19.102 , O i_j_01( Fls. 168 lvana Cláudia Silva Castro s../ Mr.t. Si2.-e e2139 Após consulta ao endereço eletrônico do Eg. TRF/4 2 Região, constatei as seguintes informações referentes ao processo de primeira instância informado pela recorrente (MS n2 97.0027044-0/RS): "MANDADO DE SEGURANÇA N° 97.00.27044-0 (RS)Data de autuação: 09/12/1997 Observação: DIREITO DE RECOLHER O PIS NOS MOLDES DA LC 7/70 NO QUE DIZ RESPEITO A ALIQUOTANúmero da Caixa: 0817C12001Juiz: Maria Helena Marques de Castro Órgão Julgador: JUIZO SUBS. DA 01A VF DE PORTO ALEGREOrgão Atual: ARQUIVO - PORTO ALEGRELocalizador: RSPOAARQSituação: FINDO-BAIXADO Valor da causa: R$ 1.100,00Assuntos: I. Direito Civil e outras matérias do Direito Privado 1.Direito Civil e outras matérias do Direito Privado 2. IMPETRANTE: FRIGORIFICO MEGA LTDA/ Advogado • EDGAR MORAES OTERO 3. IMPETRADO: DELEGADO DA RECEITA FEDERAL DE PORTO ALEGRE - RS 07/08/1998 18:17 BOLETIM PUBLICADO NO DJ PG/30 30/04/1998 15:57 REC DO JUIZ: SENT CONC A SEGURANCA". A União Federal apelou para o TRF/4 a Região, conforme andamento da Apelação em Mandado de Segurança n2 1999.04.01.001266-3, cujo andamento é o a seguir transcrito: "APELAÇÃO EM MANDADO DE SEGURANÇA N° 1999.04.01.001266-3 (TRF)Originário: N° 97.00.27044-0 (RS)Data de autuação: 14/01/1999 Relator: Des. Federal JOSE LUIZ B. GERMANO DA SILVA - I" TURMA Órgão Julgador: 1" TURMA Órgão Atual: O 1 a VF DE PORTO ALEGRELocalizador: GRSituação: BAIXADOAssuntos: 1. PIS2. Compensação APELANTE: UNIÃO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL) Advogado: Simone Anacleto Lopes APELADO: FRIGORIFICO MEGA LTDA/ Advogado- Deluci de Fatima de Souza San Martin e outroREMETENTE: JUIZO FEDERAL DA 01A VF DE PORTO ALEGRE N° 97.00.27044-0 (RS) 13/10/1999 19:00 APREGOADO O PROCESSO, FOI JULGADO A TURMA, POR UNANIMIDADE, DEU PARCIAL PROVIMENTO À APELAÇÃO E À REMESSA OFICIAL." Por fim, de acordo com a ementa do Agravo Regimental no Recurso Especial n2 263.929/RS, consta o seguinte: "PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL CONTRA DECISÃO QUE NEGOU SEGUIMENTO A RECURSO ESPECIAL. PIS. BASE DE CÁLCULO. LC N° 7/70, ART. 6°, PARÁGRAFO ÚNICO. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. 5 \.) . _ Processo n° 11080.009178/2002-60 411' SEGUCt405-iittilFCEROESCEOLMHOOLOER,Zti411 CCO2/CO2 Acórdão n.° 202-19.102 Brasília. ..2 2. ._£2.É Pis. 169 Ivana Cláudia Silva Castro Sia '3 22138 I. Agravo Regimental interposto contra decisão que, com base no art. 38, da Lei n°8.038/90, c/c os arts. 557, do CPC, e 255, e ,fiç , do RISTJ, e na Súmula n° 13/STJ, entendeu não emprestar caminhada ao recurso especial, negando-lhe, assim, seguimento. 2. Acórdão a quo que autorizou a compensação dos valores recolhidos indevidamente a titulo do Programa de Integração Social — PIS — com parcelas vencidas e vincendas do próprio PIS, sem contudo, conceder a compensação com a COFINS e a inclusão na correção monetária dos expurgos inflacionários do Plano Real, referentes aos meses de julho e agosto de 1994, no patamar de 36,3115% 3. Tanto no voto-condutor do acórdão a quo, como no voto dos embargos de declaração, a questão agora suscitada, relativa ao art. 6°, parágrafo único, da LC n" 7/70, referente ao prazo de pagamento ou base de cálculo, não foi debatida, a ensejar a abertura da matéria jurídica para fins de apreciação por esta Corte Superior. 4. Ausência do necessário prequestionamento, visto que o dispositivo legal indicado como afrontado não foi abordado, como suporte da decisão, em nenhum momento, no âmbito do Tribunal a quo. 5. Agrafo Regimental improvido." (AgReg no REsp n° 263929/RS — STJ, publicado no DJ de 11/12/2000) Nesse sentido, a contribuinte apresentou impugnação com argumentos robustos, inclusive confirmando que o direito à compensação estava albergado em mandado de segurança, bem como pela jurisprudência do Eg. STF, que decidiu e pacificou o assunto, inclusive tendo o Senado Federal aprovado a Resolução n 2 49, de 10/10/95, restando reconhecido o direito de a contribuinte realizar a compensação do valor referente à diferença entre o pagamento realizado com base nos inconstitucionais Decretos-Leis n 2s 2.445/88 e 2.449/88 e aquele devido, em razão da LC n2 7/70, com o próprio PIS. Em nenhum momento anterior ao auto de infração houve notificação à contribuinte sobre as divergências inicialmente apuradas O art. 142 do Código Tributário Nacional contém uma definição de lançamento, estabelecendo que: "Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário pelo lançamento, assim entendido o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo o caso, propor a aplicação da penalidade cabível", acrescentando o seu parágrafo único que "A atividade administrativa de lançamento é vinculada e obrigatória, sob pena de responsabilidade funcional". A ausência desses elementos ou de algum deles, inquestionavelmente, dá causa à nulidade do lançamento por defeito de estrutura e não apenas por vício formal, caracterizado pela inobservância de uma formalidade exterior ou extrínseca necessária para a correta configuração desse ato jurídico. É licito concluir que as investigações, intentadas no sentido de determinar, aferir e precisar o fato que se pretendeu tributar anteriormente, revelam-se incompatíveis com os estreitos limites dos procedimentos reservados ao saneamento do vício formal Sob o pretexto 6 _ ._ _ fàF -8E6040 CONSELHO PE CONTRIBUINTES Processo n° 11080.009178/2002-60 CONFERE CON1 O ORiEON/d. CCO2/CO2 Acórdão n°202-19.102 , _9 Qi_j Fls. 170 Ivana Cláudia Silva Castro — Mat. Sia c• 92133 de corrigir o vício detectado no auto de infração, não pode o Fisco intimar o contribuinte para apresentar informações, esclarecimentos, documentos etc. tenden es a apurar a matéria tributável. Se tais providências forem necessárias, significa que a obrigação tributária não _estava_defi nida_e_o_vi cio apurado _não seria _apenas de -forma,--mascsim,-de -estrutura-ou-da- ----- essência do ato praticado. Destarte, é por meio da descrição dos fatos que se revelam os motivos que levaram à autuação. Não é necessário que a descrição seja extensa, bastando que se articule de modo preciso os elementos de fato e de direito que levaram o auditor ao convencimento de que a infração deve ser imputada à contribuinte. A descrição dos fatos de fl. 45 é totalmente deficiente por não dizer qual é a natureza da inexatidão, estando repleta de "e/ou", e por remeter o leitor para diversos demonstrativos que também nada dizem a respeito. A fiscalização deveria ter complementado a informação básica do sistema com as peculiaridades do caso concreto. E assim não procedeu. Não nos esqueçamos de que formalidade é, pois, todo o ato ou fato, ainda que meramente ritual, exigido por lei para segurança da formação ou da expressão da vontade de um órgão A informalidade está, dependendo das condições, para o administrado, não para o administrador, que deve preservar as condições estabelecidas na norma. No mais, o procedimento fiscalizatório tem a sua etapa prévia ao "processo" administrativo. Erros ocorridos durante o procedimento de fiscalização não devem ser supridos por quem não detém a competência para o feito. Não há como suprir a etapa inicial, por quem não possui a competência para tanto, na forma prevista nas normas de direito processual administrativo, sob pena de resultar em preterição do direito de defesa da contribuinte. Nesse sentido, à fiscalização compete apurar, determinar a base de cálculo, e, sobretudo, descrever a forma pela qual procedeu aos cálculos (motivação). Já à autoridade julgadora cabe a apreciação e a análise dos fatos e fundamentos legais, já inseridas no feito legal. Vale dizer, em linguagem mais simples, que o Fisco não pode, durante o procedimento, atirar no que vê e, então, a autoridade julgadora, já no âmbito do processo, faze- lo acertar no que não viu, subtraindo ao impugnante o direito de opor contra-razões, quaisquer que sejam, sem que isto, pelo menos a meu juízo, resulte na preterição do direito de defesa do contribuinte autuado. A realização de diligências após o lançamento, em primeiro lugar, deveria estar consubstanciada em determinação da autoridade superior, o que não se encontra nos autos. Outrossim, uma vez pronto e impugnado o auto de infração, a autoridade lançadora não tem mais competência para alterá-lo, como tentou fazer, ainda que em decorrência das razões trazidas pela impugnante que, para se defender daquilo que não tinha conhecimento, obrigou-se a apresentar argumentos genéricos e não correspondentes à fundamentação legal e descrição contidas no auto de infração. Contudo, há que se lembrar que é vedada por lei a alteração do lançamento anterior, a titulo de "revisão", só para mudar o critério jurídico adotado no lançamento primitivo. O que vejo na decisão proferida pela DRJ é que ao invés de anular o auto de infração a partir do momento que ficou comprovada a existência da ação indiciai indicada pela contribuinte em sua DCTF, para, então, proceder ao lançamento pelos fundamentos jurídicos Marcelo Caetano, Manual de Direito Administrativo, 10 E ed., Tomo!, 1973, Lisboa. 7 -s _. __ _ _— . tviF - SEGUNDO CONSELI10 CONTR n SütWiEll OINALM OR;• Processo n° 11080.009178/2002-60 CONFERE CO O CCO2/CO2 Acórdão n.° 202-19.102 Brasília _adf_et_f_sti_ Fls. 171 ivana Cláudia Silva Castra Ata. Siw.e 92135 corretos, na tentativa de "validar" o auto de infração, simplesmente modificou-se o critério jurídico. Relativamente à mudança de critério jurídico, peço vênia partintroduzir_parte-- - ----do-voto proferido pelo- I. -Co—nièlfréifo-Neic-yr—cre Almeida, (Ac. 103-20.441) que assim dispõe: "Ainda sobre a temática, importa trazer à lume as lições sempre atuais do ínclito tributarista Rubens Gomes de Souza, na percepção aguda do ilustrado mestre Souto Maior Borges, in Lei Complementar Tributária, São Paulo, Ed. Rev. dos Tribs., 1975, acerca da melhor exegese do artigo 146 do C.T.N.: Antecipando-se à vigência do CTN, Rubens Gomes de Souza ensinou que se o fisco, mesmo sem erro, tiver adotado uma conceituação jurídica e depois pretender substitui-la por outra, não mais poderá faze- i°. E não o poderá porque, se fosse admissivel que o fisco pudesse variar de critério em seu favor, para cobrar diferença de tributo, ou seja, se à Fazenda Pública fosse licito variar de critério jurídico na valorização do 'fato gerador', por simples oportunidade, estar-se-ia convertendo a atividade do lançamento em discricionária, e não vinculada. Outrossim, somente para complementar o raciocínio, ao modificar o critério jurídico estaria a DRJ a constituir um novo auto de infração com outra motivação. O fato de a contribuinte não ter, à época dos fatos, sentença transitada em julgado, não lhe retira o direito à compensação, se de fato era possuidora de créditos. Não se olvide que à luz da legislação vigente à época dos fatos (Lei n 9. 9.430/96), independente de pedido administrativo, poderia a contribuinte ter sim efetuado compensações de PIS com PIS, tendo em vista que se trata de contribuições da mesma espécie. Em face do exposto, e diante da manifesta omissão quanto às formalidades legais ou pela mudança de critério jurídico, voto no sentido de declarar a NULIDADE do processo ah initio. Sala das Sessões, em 05 de junho de 2008. cko N'"\1 111 , Á N'k (5 • O LISBOA. C • WffeS _ Page 1 _0004500.PDF Page 1 _0004600.PDF Page 1 _0004700.PDF Page 1 _0004800.PDF Page 1 _0004900.PDF Page 1 _0005000.PDF Page 1 _0005100.PDF Page 1
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Numero do processo: 10384.000219/2002-75
Turma: Primeira Turma Ordinária da Terceira Câmara da Terceira Seção
Câmara: Terceira Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Tue Sep 24 00:00:00 UTC 2013
Ementa: CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS/PASEP
Período de apuração: 01/01/1997 a 31/12/1997 DCTF. PAGAMENTOS/COMPENSAÇÃO. AUDITORIA INTERNA. FALTA DE COMPROVAÇÃO. LANÇAMENTO. PROVAS.
Mantém-se a parte do lançamento das parcelas dos débitos tributários informados em Declaração de Contribuições e Tributos Federais (DCTF), decorrentes de auditoria interna, cujos pagamentos não foram comprovados, mediante a apresentação de documentos contábeis e fiscais.
Recurso Voluntário Negado
Numero da decisão: 3301-002.047
Decisão: Acordam os membros do Colegiado, por maioria de votos, em negar provimento ao recurso voluntário, nos termos do voto do Relator. Vencida a Conselheira Maria Teresa Martínez López que votou pela nulidade do lançamento.
Matéria: DCTF_PIS - Auto eletronico (AE) lancamento de tributos e multa isolada (PIS)
Nome do relator: JOSE ADAO VITORINO DE MORAIS
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Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS/PASEP Período de apuração: 01/01/1997 a 31/12/1997 DCTF. PAGAMENTOS/COMPENSAÇÃO. AUDITORIA INTERNA. FALTA DE COMPROVAÇÃO. LANÇAMENTO. PROVAS. Mantémse a parte do lançamento das parcelas dos débitos tributários informados em Declaração de Contribuições e Tributos Federais (DCTF), decorrentes de auditoria interna, cujos pagamentos não foram comprovados, mediante a apresentação de documentos contábeis e fiscais. Recurso Voluntário Negado Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado, por maioria de votos, em negar provimento ao recurso voluntário, nos termos do voto do Relator. Vencida a Conselheira Maria Teresa Martínez López que votou pela nulidade do lançamento. (assinado digitalmente) Rodrigo da Costa Pôssas Presidente (assinado digitalmente) José Adão Vitorino de Morais Relator Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Rodrigo da Costa Possas, Maria Teresa Martínez López, José Adão Vitorino de Morais, Antônio Lisboa Cardoso, Andrada Márcio Canuto Natal e Bernardo Motta Moreira. Relatório AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 38 4. 00 02 19 /2 00 2- 75 Fl. 255DF CARF MF Excluído - Documento nato-digital Documento de 2 página(s) assinado digitalmente. Pode ser consultado no endereço https://cav.receita.fazenda.gov.br/eCAC/publico/login.aspx pelo código de localização EP23.0522.09540.DPOM. Consulte a página de autenticação no final deste documento. 2 Tratase de recurso voluntário interposto contra decisão da DRJ em Fortaleza que julgou procedente, em parte, a impugnação interposta contra o lançamento da contribuição para o Programa de Integração Social (PIS), referentes aos fatos geradores ocorridos nos períodos de competência de janeiro a novembro de 1997. O lançamento decorreu da não localização dos pagamentos informados nas respectivas DCTF, detectada, mediante a realização de auditoria interna realizada. Intimada do lançamento, a recorrente impugnouo, alegando razões assim resumidas por aquela DRJ: “4.1 Em primeiro lugar, observese que, no caso corrente, não é aplicável exigirse a multa por lançamento de oficio, uma vez que todo o débito levantado consta de DCTFs apresentadas tempestivamente pelo Contribuinte e foi apurado pela própria Autoridade Fiscal através das informações constantes das DCTFs, como consta expressamente indicado no item 3 (três) do Auto de Infração. Então, estando declarado regularmente o valor do tributo devido pelo Sujeito Passivo, o caso não é de lançamento de ofício e sim de mera providência de homologação do lançamento anteriormente feito pelo Contribuinte. 4.2 Sabendose que na hipótese não ocorre lançamento de oficio, inaplicável a multa no percentual constante do Auto de Infração, visto que, mesmo no caso de o Contribuinte estar em atraso com qualquer dos pagamentos o que se vai discutir adiante , a multa incidente sobre tais valores seria apenas aquela aplicável aos casos de mora simples, tendo em vista que os valores estão informados na Declaração de Imposto de Renda Pessoa Jurídica, que naquele anocalendário era instrumento válido para apuração do crédito tributário. 4.3 Além da questão acima, é de registrarse que todo o imposto devido relativamente ao período considerado no Auto de Infração está integralmente quitado pelo Contribuinte, seja através dos pagamentos que fez, seja por compensação com saldos decorrentes de pagamentos feitos a maior em outros períodos, seja pela compensação com imposto retido na fonte por órgãos Públicos a quem o Contribuinte prestou serviços no exercício considerado, como se vê resumido na TABELA anexa, fls. 05, pelo que não há débito de responsabilidade do Contribuinte que esteja em aberto ou pendente de pagamento.” Analisada a impugnação, aquela DRJ julgoua procedente, em parte, conforme acórdão nº 0810.992, datado de 22/06/2007, às fls. 81/85, sob as seguintes ementas: “VERIFICAÇÃO DE RECOLHIMENTO DE CONTRIBUIÇÃO. Constatado que o Sujeito Passivo efetuou em parte o pagamento ou recolhimento da contribuição devida, cabível o Lançamento de Oficio relativamente às parcelas que não foram pagas ou recolhidas. MULTA DE LANÇAMENTO OFÍCIO, ART. 90 DA Mp 2.1!,8 35/2001. Nos autos de infração lavrados com fulcro no art. 90 da MP n° 2.15835, de 2001, cujo tributo devido foi regularmente informado, embora não tenha sido pago, e não estando presentes as circunstâncias versadas no art. 18 da Lei n° 10.833, de 2003, descabe a exigência da multa de oficio não isolada.” Fl. 256DF CARF MF Excluído - Documento nato-digital Documento de 2 página(s) assinado digitalmente. Pode ser consultado no endereço https://cav.receita.fazenda.gov.br/eCAC/publico/login.aspx pelo código de localização EP23.0522.09540.DPOM. Consulte a página de autenticação no final deste documento. Processo nº 10384.000219/200275 Acórdão n.º 3301002.047 S3C3T1 Fl. 256 3 Inconformada com essa decisão, a recorrente interpôs recurso voluntário (fls. 97/106), requerendo a sua a reforma a fim de que se julgue improcedente o lançamento, alegando, em síntese, as mesmas razões expendida na impugnação, ou seja, que todas as parcelas lançadas foram pagas e/ ou compensadas com retenções efetuadas por órgãos públicos, conforme provas acostadas aos autos. É o relatório. Voto Conselheiro José Adão Vitorino de Morais O recurso apresentado atende aos requisitos de admissibilidade previstos no Decreto nº 70.235, de 6 de março de 1972. Assim dele conheço. A autoridade julgadora de primeira instância julgou o lançamento procedente, em parte, determinando a exclusão da multa de ofício e da parte do crédito tributário cujas parcelas a recorrente comprovou o pagamento e/ ou compensações com retenções de valores da própria contribuição, por órgãos púbicos, mantendo apenas os valores cujos pagamentos e/ ou compensações não foram comprovados. Nesta fase recursal, a recorrente insiste na alegação de que todos os valores foram pagos e/ ou compensados com retenções de órgãos públicos. Contudo, não apresentou novos documentos se limitando a alegação genérica de que as retenções e pagamentos estão devidamente comprovados nos autos, apresentando como provas os documentos às fls. 107//114. Ora, aqueles documentos já foram considerados pela DRJ que aceitou os valores das retenções referentes neles estampadas e os excluiu do lançamento, em discussão, mantendo apenas os saldos das parcelas cujos pagamentos e/ ou compensações com retenções não foram comprovados. Dessa forma, não tendo a recorrente apresentado, nesta fase recursal, novos documentos comprovando retenções e/ ou pagamentos não considerados pela autoridade julgadora de primeira instância, a decisão recorrida deve ser mantida. Em face do exposto, nego provimento ao recurso voluntário. (assinado digitalmente) José Adão Vitorino de Morais Relator Fl. 257DF CARF MF Excluído - Documento nato-digital Documento de 2 página(s) assinado digitalmente. Pode ser consultado no endereço https://cav.receita.fazenda.gov.br/eCAC/publico/login.aspx pelo código de localização EP23.0522.09540.DPOM. Consulte a página de autenticação no final deste documento. 4 Fl. 258DF CARF MF Excluído - Documento nato-digital Documento de 2 página(s) assinado digitalmente. Pode ser consultado no endereço https://cav.receita.fazenda.gov.br/eCAC/publico/login.aspx pelo código de localização EP23.0522.09540.DPOM. Consulte a página de autenticação no final deste documento. PÁGINA DE AUTENTICAÇÃO O Ministério da Fazenda garante a integridade e a autenticidade deste documento nos termos do Art. 10, § 1º, da Medida Provisória nº 2.200-2, de 24 de agosto de 2001 e da Lei nº 12.682, de 09 de julho de 2012. Documento produzido eletronicamente com garantia da origem e de seu(s) signatário(s), considerado original para todos efeitos legais. Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001. Histórico de ações sobre o documento: Documento juntado por JOSE ADAO VITORINO DE MORAIS em 02/10/2013 12:17:07. Documento autenticado digitalmente por JOSE ADAO VITORINO DE MORAIS em 02/10/2013. Documento assinado digitalmente por: RODRIGO DA COSTA POSSAS em 15/10/2013 e JOSE ADAO VITORINO DE MORAIS em 02/10/2013. Esta cópia / impressão foi realizada por MARIA MADALENA SILVA em 23/05/2022. Instrução para localizar e conferir eletronicamente este documento na Internet: EP23.0522.09540.DPOM Código hash do documento, recebido pelo sistema e-Processo, obtido através do algoritmo sha1: 994168AACB095614EA64506F0530C48626E3C801 Ministério da Fazenda 1) Acesse o endereço: https://cav.receita.fazenda.gov.br/eCAC/publico/login.aspx 2) Entre no menu "Legislação e Processo". 3) Selecione a opção "e-AssinaRFB - Validar e Assinar Documentos Digitais". 4) Digite o código abaixo: 5) O sistema apresentará a cópia do documento eletrônico armazenado nos servidores da Receita Federal do Brasil. página 1 de 1 Página inserida pelo Sistema e-Processo apenas para controle de validação e autenticação do documento do processo nº 10384.000219/2002-75. Por ser página de controle, possui uma numeração independente da numeração constante no processo.
score : 1.0
Numero do processo: 10940.001031/2002-91
Turma: Primeira Turma Ordinária da Terceira Câmara da Terceira Seção
Câmara: Terceira Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Mon May 04 00:00:00 UTC 2009
Numero da decisão: 2802-000.001
Decisão: ACORDAM os membros da 2ª Turma Especial da Segunda Seção de
Julgamento, por unanimidade de votos, converter o julgamento do recurso em diligência.
Matéria: DCTF_PIS - Auto eletronico (AE) lancamento de tributos e multa isolada (PIS)
Nome do relator: EVANDRO FRANCISCO SILVA ARAUJO
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Recorrida DRJ-CURITIBA/PR Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. ACORDAM os membros da 2 Turma Especial da Segunda Seção de Julgamento, por unanimidade de votos, col verter o julgamento do recurso em diligência.. C - 10 MARCOS CA SIDO Presidente 4NDRO FRAvA ARAÚJO Relator Participou, ainda, do presente julgamento, o Conselheiros Ivan Allegretti. Ausente sem justificação o Conselheiro Adélcio Salvalágio. RELATÓRIO Por bem descrever os fatos transcrevo o relatório da decisão recorrida: "Trata o presente processo do Auto de Infração n" 0000722 às fls. 43/47 decorrente de auditoria interna na DCTF do terceiro trimestre de 1997, em que, consoante descrição dos fatos, à fl. 44 e anexos, de fls. 45/47 são exigidos: para os períodos de apuração de 07/1997 e 09/1997, por "FALTA DE RECOLHIMENTO OU PAGAMENTO DO PRINCIPAL, o Processo n° 10940.001031/2002-91 82-TE02 Resolução n.° 2802-00.001 Fl. 130 DECLARAÇÃO INEXATA", R$ 20.765,71 de Contribuição para o Programa de Integração Social - PIS, com enquadramento legal nos art. 1" e 3", "b ", da Lei Complementar n" 07, de 07 de setembro de 1970, art. 83, III, da Lei n." 8.981, de 20 de janeiro de 1995, art. 1' da Lei n°9.249, de 26 de dezembro de 1995, art. 2", I e parágrafo único, 3", 5", 6" e 8", L da Medida Provisória n" 1.495/96-11 e reedições, art. 2", I e § 1", 3", 5", 6" e 8", I, da Medida Provisória n" 1.546/96 e reedições; e RS 15.574,28 de multa de oficio de 75%, com fundamento no art. 160 da Lei n." 5.172, de 25 de outubro de 1966 (Código Tributário Nacional — CTN), art. 1' da Lei n°9.249, de 1995, e art. 44, I e § I', I, da Lei n.°9.430, de 1996; além dos acréscimos legais. À fl. 45, no "DEMONSTRATIVO DOS CRÉDITOS VINCULADOS NÃO CONFIRMADOS", constam valores informados na DCTF, a título de "VALOR DO DÉBITO APURADO DECLARADO ", cujos créditos vinculados, informados como "Comp c/DARF s/Processo", não foram confirmados, tendo em vista que os correspondentes DARF informados não foram localizados (fl. 46), e à fl. 47, "DEMONSTRATIVO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO A PAGAR". Cientificada da exigência fiscal, a interessada, por intermédio do procurador habilitado (/1. 22), apresentou, conforme considerado pela autoridade preparadora (fl. 70), tempestiva impugnação (fls. 01/15) em 08/05/2002, cujo teor será a seguir sintetizado: Relativamente ao mérito, alega que compensou, diretamente em sua escrita fiscal, os valores que recolheu indevidamente a titulo de PIS, nos períodos de 10/1993 a 04/1994 (com base nos Decretos-leis 2.445/1988 e 2.449/1988, declarados inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal, o que foi confirmado pelo Senado Federal mediante a Resolução n" 49/1995), com os débitos do PIS de agosto a outubro de 1997, conforme planilhas e documentos em anexo, considerando que o recolhimento correto deveria ter levado em consideração a aliquota de 0,75% sobre o faturamento do 6" mês anterior, de acordo com a Lei Complementar n°07/70. Uma vez demonstrada a suposta existência de créditos, diz que lhe cabia o direito à compensação direta, prevista no artigo 66 da Lei n° 8.383/1991, sendo, portanto, desnecessário requerer autorização da Receita Federal para proceder à conzpensação, pois os créditos e débitos compensados são da mesma espécie. Este é o entendimento, também, manifestado na Instrução Normativa da SRF n" 21/97. Amparada pela jurisprudência reiterada e uniforme dos tribunais, afirma que fez incidir, nos valores indevidamente recolhidos, correção monetária plena, sem qualquer expurgo decorrente de planos de estabilização da economia. Sustenta que a imposição de multa de oficio no percentual de 75% conflita com o principio constitucional tributário que veda o confisco, expresso no artigo 150, IV, da Constituição Federal, assim como o principio da proporcionalidade da sanção à infração cometida. Requer a produção de prova pericial, a fim de poder demonstrar o correto procedimento efetuado, relacionando quesitos (fls. 14/15) que 2 Processo n° 10940.001031/2002-91 S2-TE02 Resolução n°2802-00.001 Fl. 131 deseja sejam respondidos, protestando, ainda, pela apresentação de quesitos complementares." A DRJ em Curitiba, PR, julgou procedente o lançamento pelo acórdão assim ementado: "AUDITORIA INTERNA DE DCTF. DECLARAÇÃO INEXATA E FALTA DE RECOLHIMENTO. Presente a falta de recolhimento e a declaração inexata, apuradas em auditoria interna de DCTF, autorizada está a formalização de oficio do crédito tributário correspondente. MULTA DE OFICIO. LEGALIDADE. Presentes os pressupostos de exigência, cobra-se multa de oficio pelo percentual legalmente determinado. PEDIDO DE PERÍCIA. REQUISITOS LEGAIS. Considera-se não-formulado o pedido de perícia que não atenda aos requisitos legais." Inconformada, a contribuinte recorre a este Conselho, alegando em apertada síntese, preliminarmente, o cerceamento do direito de defesa por indeferimento do pedido de perícia e, no mérito, que: os créditos, compensados com os débitos objeto do lançamento decorrem de pagamentos indevidos do PIS sob a sistemática dos Decretos-lei n°s. 2.445 e 2.449, de 1988, declarados inconstitucionais, realizados no período de outubro de 1993 a abril de 1994; o direito à compensação entre tributos e contribuições de mesma espécie e destinação constitucional decorre da legislação não requerendo autorização prévia da Receita Federal; a correção monetária plena dos valores indevidamente recolhidos está amparada na jurisprudência dos tribunais; a multa aplicada no percentual de 75% tem natureza confiscatória devendo ser afastada. É o Relatório. VOTO Conselheiro EVANDRO FRANCISCO SILVA ARAÚJO, Relator O recurso atende os requisitos formais de admissibilidade e dele conheço. A contenda envolve a compensação da contribuição para o PIS, recolhida a maior sob a égide do Decretos-Leis n's 2.445 e 2.449, ambos de 1888, por terem sido os indigitados diplomas declarados inconstitucionais. Uma vez afastada a aplicação dos dispositivos antes referenciados, a base de cálculo do PIS para o período que abrange os créditos pleiteados era o faturamento do sexto mês anterior nos termos da legislação então vigente, conforme a súmula n° 11, pronunciada em sessão plenária do então 2° Conselho de Contribuintes, de 18 de setembro de 2007. No entanto, os elementos acostados aos autos pela recorrente não são suficientes para reconhecer-lhe o direito creditório e a respectiva compensação com débitos supervenientes. 3 Processo n° 10940.001031/2002-91 S2-TE02 Resolução n.° 2802-00.001 Fl. 132 Assim voto no sentido de converter o presente julgamento em diligência para que a unidade da Secretaria da Receita Federal do Brasil da jurisdição da recorrente verifique a correção dos créditos alegados pelo exame de sua escrituração contábil e documentação fiscal, cientificando-a do respectivo relatório e abrindo-lhe prazo para que sobre ele se manifeste, se assim o desejar. É como voto. Sala das Sessões, em 04 de maio de 2009. 04 de maio de 2009 6.-Z-7\1137---"4"'W FRA ISCO SIL ARAÚJO 4
score : 1.0
Numero do processo: 13502.000433/2007-31
Turma: Primeira Turma Ordinária da Terceira Câmara da Terceira Seção
Câmara: Terceira Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Wed Jan 25 00:00:00 UTC 2012
Data da publicação: Wed Jan 25 00:00:00 UTC 2012
Ementa: NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO
Ano-calendário: 2004
PAGAMENTO ANTERIOR OU CONCOMITANTE À RETIFICAÇÃO DE DCTF. DENÚNCIA ESPONTÂNEA CONFIGURADA. MULTA DE MORA AFASTADA. ARTIGO 62A DO REGIMENTO INTERNO DO CARF. REPRODUÇÃO DE DECISÃO DO STJ EM RECURSO REPETITIVO.
Consoante o disposto no artigo 62A do Regimento Interno do CARF, devem ser reproduzidas nos julgamentos administrativos realizados por este Conselho as decisões proferidas pelo Superior Tribunal de Justiça, em sede de recurso repetitivo (art. 543C do CPC).
De acordo com a decisão do STJ REsp 1149022, a denúncia espontânea resta configurada na hipótese em que o contribuinte, após efetuar a declaração parcial do débito tributário (sujeito a lançamento por homologação) acompanhado do respectivo pagamento integral, retifica-a (antes de qualquer procedimento da Administração Tributária), noticiando existência de diferença a maior, cuja quitação se dá antes ou concomitantemente.
Hipótese em que se afasta a incidência da multa moratória. Recurso voluntário provido.
Numero da decisão: 3301-001.267
Decisão: ACORDAM os membros da 3ª Câmara / 1ª Turma Ordinária da Terceira
Seção de Julgamento, por unanimidade de votos, em dar provimento ao recurso, nos termos do voto do Relator.
Matéria: DCTF_PIS - Auto eletronico (AE) lancamento de tributos e multa isolada (PIS)
Nome do relator: FABIO LUIZ NOGUEIRA
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ementa_s : NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO Ano-calendário: 2004 PAGAMENTO ANTERIOR OU CONCOMITANTE À RETIFICAÇÃO DE DCTF. DENÚNCIA ESPONTÂNEA CONFIGURADA. MULTA DE MORA AFASTADA. ARTIGO 62A DO REGIMENTO INTERNO DO CARF. REPRODUÇÃO DE DECISÃO DO STJ EM RECURSO REPETITIVO. Consoante o disposto no artigo 62A do Regimento Interno do CARF, devem ser reproduzidas nos julgamentos administrativos realizados por este Conselho as decisões proferidas pelo Superior Tribunal de Justiça, em sede de recurso repetitivo (art. 543C do CPC). De acordo com a decisão do STJ REsp 1149022, a denúncia espontânea resta configurada na hipótese em que o contribuinte, após efetuar a declaração parcial do débito tributário (sujeito a lançamento por homologação) acompanhado do respectivo pagamento integral, retifica-a (antes de qualquer procedimento da Administração Tributária), noticiando existência de diferença a maior, cuja quitação se dá antes ou concomitantemente. Hipótese em que se afasta a incidência da multa moratória. Recurso voluntário provido.
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Recorrente BMD TÊXTEIS LTDA Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO Anocalendário: 2004 PAGAMENTO ANTERIOR OU CONCOMITANTE À RETIFICAÇÃO DE DCTF. DENÚNCIA ESPONTÂNEA CONFIGURADA. MULTA DE MORA AFASTADA. ARTIGO 62A DO REGIMENTO INTERNO DO CARF. REPRODUÇÃO DE DECISÃO DO STJ EM RECURSO REPETITIVO. Consoante o disposto no artigo 62A do Regimento Interno do CARF, devem ser reproduzidas nos julgamentos administrativos realizados por este Conselho as decisões proferidas pelo Superior Tribunal de Justiça, em sede de recurso repetitivo (art. 543C do CPC). De acordo com a decisão do STJ REsp 1149022, a denúncia espontânea resta configurada na hipótese em que o contribuinte, após efetuar a declaração parcial do débito tributário (sujeito a lançamento por homologação) acompanhado do respectivo pagamento integral, retificaa (antes de qualquer procedimento da Administração Tributária), noticiando a existência de diferença a maior, cuja quitação se dá antes ou concomitantemente. Hipótese em que se afasta a incidência da multa moratória. Recurso voluntário provido. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. ACORDAM os membros da 3ª Câmara / 1ª Turma Ordinária da Terceira Seção de Julgamento, por unanimidade de votos, em dar provimento ao recurso, nos termos do voto do Relator. Fl. 108DF CARF MF Impresso em 10/02/2012 por LEVI ANTONIO DA SILVA - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 07/02/2012 por FABIO LUIZ NOGUEIRA, Assinado digitalmente em 07/02/2012 por FABIO LUIZ NOGUEIRA, Assinado digitalmente em 09/02/2012 por RODRIGO DA COSTA POSSAS 2 (ASSINADO DIGITALMENTE) RODRIGO DA COSTA PÔSSAS Presidente (ASSINADO DIGITALMENTE) FÁBIO LUIZ NOGUEIRA Relator Participaram do presente julgamento os Conselheiros José Adão Vitorino de Morais, Antônio Lisboa Cardoso, Mauricio Taveira e Silva, Fábio Luiz Nogueira, Maria Teresa Martínez López e Rodrigo da Costa Pôssas. Relatório BMD TÊXTEIS LTDA, já qualificada nos autos, recorre a este Conselho (Recurso Voluntário de fls. 76 e seguintes) contra o acórdão nº 1521.339, de 14 de outubro de 2009, da Delegacia da Receita Federal de Julgamento em Salvador/BA (fls. 69 e seguintes), que julgou improcedente a impugnação apresentada contra o auto de infração, em virtude de não pagamento de multa de mora em recolhimento em atraso de PIS, sob a alegação de que não cabe a exclusão da multa em denúncia espontânea, conforme relatado pela instância a quo, nos seguintes termos: Tratase o presente processo de Auto de Infração eletrônico N° 0001520 (fls. 16/27), com a exigência fiscal no valor de R$ ..., referente à multa de mora (códigos 6324), pelo pagamento efetuado da contribuição para o Programa de Integração Social — PIS, dos meses 01/02/03/04/05/07/11/2004, após o seu prazo de vencimento. Como enquadramento legal foi apontado o art. 160 da Lei n.° 5.172, de 25 de outubro de 1966 (Código Tributário Nacional — CTN); arts. 43 e 61 e §§ 1° e 2o da Lei n° 9.430, de 27 de dezembro de 1996 e art. 9° e parágrafo único, da Lei n° 10.426, de 24 de abril de 2002. O Auto de Infração originouse da realização de Auditoria Interna na DCTF dos 1o, 2o, 3o e 4° trimestres de 2004, onde foi constatada a falta de pagamento de multa de mora, conforme Anexo IV — Demonstrativo de Multa e/ou Juros a Pagar — Não Pagos ou Pagos a Menor (fl. 25). Cientificada do lançamento fiscal (fl. 63), a contribuinte apresentou a impugnação de fls. 01/13, cujo teor é sintetizado a seguir. • diz, após se referir à autuação, que ao proceder em 2005, uma revisão nas bases de cálculo de seus tributos e contribuições, constatou a existência de diferenças, relativamente ao exercício de 2004 (fl. 45), as quais embora não estivessem sendo objeto de cobrança por parte deste órgão Fazendário, conforme comprova a Certidão Positiva de Débitos com Efeitos Negativos, obtida em 11/01/2005 (cópia, fl. 46), foram pagas por ela integralmente e espontaneamente, conforme Darf (cópia, fls. 47/62); • informa, ainda, que para finalizar os procedimentos de regularização de sua situação fiscal apresentou, em data Fl. 109DF CARF MF Impresso em 10/02/2012 por LEVI ANTONIO DA SILVA - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 07/02/2012 por FABIO LUIZ NOGUEIRA, Assinado digitalmente em 07/02/2012 por FABIO LUIZ NOGUEIRA, Assinado digitalmente em 09/02/2012 por RODRIGO DA COSTA POSSAS Processo nº 13502.000433/200731 Acórdão n.º 330101.267 S3C3T1 Fl. 104 3 posterior aos recolhimentos realizados, DCTF retificadoras relativas ao período em comento, informando ao Fisco os novos valores apurados; que, como se vê, este Órgão Fazendário somente tomou conhecimentos das diferenças apuradas em virtude de sua livre e espontânea iniciativa; • na seqüência, passa a discorrer, em extenso arrazoado, sobre a denúncia espontânea prevista no art. 138 do CTN, e sustenta que esta exclui qualquer exigência de multa, seja ela moratória, ou punitiva, sobre o débito pago espontaneamente, antes de iniciado qualquer procedimento administrativo sendo, portanto, no caso sob exame, indevida a exigência da referida multa de mora, passando a transcrever, nesse sentido, vários excertos doutrinários e jurisprudenciais que entende favoráveis à sua tese. • requer, ao final, o provimento de sua impugnação, a fim de que seja cancelado o auto de infração em questão, nos termos do art. 138 do CTN. A DRJ considerou improcedente a impugnação e manteve o crédito tributário, consoante a seguinte Ementa: ASSUNTO: NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO Anocalendário: 2004 MULTA DE MORA. DENÚNCIA ESPONTÂNEA. A multa de mora não tem natureza jurídica de sanção ou penalidade, mas sim de indenização por atraso no pagamento, de modo que não cabe sua exclusão em casos de denúncia espontânea. Impugnação Improcedente Crédito Tributário Mantido Extraise do v. Acórdão ainda o seguinte trecho por bem esclarecer a controvérsia: Em sua impugnação a contribuinte requer o cancelamento do auto de infração em questão, sob a alegação de que a regra prevista no art. 138 do CTN exclui qualquer exigência de multa, seja ela moratória, ou punitiva, sobre o débito pago espontaneamente, antes de iniciado qualquer procedimento administrativo. Quanto a alegada denúncia espontânea, cabe aqui salientar que a mora surge, conforme disposto no Código Civil, com o inadimplemento da obrigação no prazo fixado para o seu vencimento. Inexistindo pagamento na data determinada, configurase a mora e as imposições legais dela decorrentes. Portanto, não encontra amparo jurídico a tese sustentada pela impugnante de que a denúncia espontânea da infração fiscal, com o recolhimento do tributo devido, desobriga o contribuinte Fl. 110DF CARF MF Impresso em 10/02/2012 por LEVI ANTONIO DA SILVA - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 07/02/2012 por FABIO LUIZ NOGUEIRA, Assinado digitalmente em 07/02/2012 por FABIO LUIZ NOGUEIRA, Assinado digitalmente em 09/02/2012 por RODRIGO DA COSTA POSSAS 4 do pagamento da multa de mora. Na verdade, está a contribuinte dando interpretação equivocada ao disposto no artigo 138 do CTN, não podendo, pois, prosperar suas razões de defesa. Com efeito, a todo contribuinte que denunciar, de forma voluntária e antes do início do procedimento fiscal, uma infração à legislação tributária, é dado ver excluída sua responsabilidade tributária pela infração praticada, com o que terá afastado a aplicação das sanções acaso cabíveis, nos precisos termos do art. 138 do Código Tributário Nacional. Isso, contudo, não autoriza a interpretação de que é indevido o pagamento da multa moratória exigida pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, pois a multa de mora não tem natureza de penalidade por infração à legislação tributária, não se confundindo, pois, com a multa de ofício, esta sim revestida de caráter punitivo. O entendimento da Administração acerca da matéria, fundado nos argumentos acima tecidos, foi esposado no Parecer Normativo CST n° 61, de 26/10/1979, nos seguintes termos: (...) Os fundamentos acima aduzidos têm colhido forte repercussão no âmbito dos julgados administrativos, senão vejase: (...) transcreve acórdão do Conselho de Contribuintes Deste modo, não assiste razão à impugnante quando, invocando o art. 138 do CTN, pretende eximirse do acréscimo da multa moratória, legalmente definida, incidente sobre tributos pagos em atraso. O instituto da denúncia espontânea exclui tão somente a responsabilidade por infrações, o que significa afastar as penalidades aplicáveis ao contribuinte infrator que agiu espontaneamente. Contudo, como a multa de mora não tem natureza jurídica de sanção ou penalidade, e sim de indenização pelo atraso no pagamento, não cabe a exclusão de sua exigência nos casos de denúncia espontânea. Convém salientar, ainda, que a jurisprudência citada pela impugnante, prolatada pelo Superior Tribunal de Justiça, bem como pelos Tribunas Regionais e Conselho de Recursos Fiscais, não têm efeito vinculante em relação às decisões proferidas pelas Delegacias de Julgamento da Receita Federal do Brasil, tendo validade somente inter partes. Cabe ainda observar, por oportuno, que a multa de mora ora impugnada, foi lançada com base nos arts. 43, parágrafo único, e 61, §§ 1o, 2° e 3o, da Lei do Ajuste Tributário n° 9.430, de 27 de dezembro de 1996, que assim determina: "Ari; 43. Poderá ser formalizada exigência de crédito tributário correspondente exclusivamente a multa ou a juros de mora, isolada ou conjuntamente. Parágrafo único. Sobre o crédito constituído na forma deste artigo, não pago no respectivo vencimento, incidirão juros de mora, calculados à taxa a que se refere o § 3° do art. 5° a partir do primeiro dia do mês subseqüente ao vencimento do prazo até Fl. 111DF CARF MF Impresso em 10/02/2012 por LEVI ANTONIO DA SILVA - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 07/02/2012 por FABIO LUIZ NOGUEIRA, Assinado digitalmente em 07/02/2012 por FABIO LUIZ NOGUEIRA, Assinado digitalmente em 09/02/2012 por RODRIGO DA COSTA POSSAS Processo nº 13502.000433/200731 Acórdão n.º 330101.267 S3C3T1 Fl. 105 5 o mês anterior ao do pagamento e de um por cento no mês de pagamento. Art 61. Os débitos para com a União, decorrentes de tributos e contribuições administrados pela Secretaria da Receita Federal, cujos fatos geradores ocorrerem a partir de 1o de janeiro de 1997, não pagos nos prazos previstos na legislação específica, serão acrescidos de multa de mora, calculada à taxa de trinta e três centésimos por cento, por dia de atraso. § 1' A multa de que trata este artigo será calculada a partir do primeiro dia subseqüente ao do vencimento do prazo previsto para o pagamento do tributo ou da contribuição até o dia em que ocorrer o seu pagamento. § 2° O percentual de multa a ser aplicado fica limitado a vinte por cento. § 3° Sobre os débitos a que se refere este artigo incidirão juros de mora calculados à taxa a que se refere o § 3° do art. 5°, a partir do primeiro dia do mês subseqüente ao vencimento do prazo até o mês anterior ao do pagamento e de um por cento no mês de pagamento. Assim, não há como exonerar a contribuinte do pagamento da multa mora pelo recolhimento da contribuição para o PIS, fora do seu prazo de vencimento. Isso posto, voto por considerar improcedente a impugnação, mantendo o crédito tributário exigido. Não se conformando com a decisão, o contribuinte protocolizou recurso voluntário, insurgindose contra a exigência da multa de mora, que alega não ser devida no caso, por se tratar de denúncia espontânea, conforme transcrição a seguir (destaques acrescidos): Com efeito, no intuito de avaliar a correção dos procedimentos fiscais adotados desde o início de suas atividades, a Recorrente procedeu, no ano de 2005, a uma revisão nas bases de cálculo de todos os tributos federais de que é sujeito passivo; a partir da qual constatou a existência de diferenças, relativamente ao exercício de 2004 (doc. 04 da Impugnação), que, embora não estivessem sendo objeto de cobrança por parte desse d. órgão fazendário conforme comprova a Certidão Positiva de Débitos com efeitos de Negativa obtida em 11 de janeiro daquele ano (doc. O5 da Impugnação) deveriam, de fato, ter sido recolhidas. Assim, imbuída do espírito de manter a regularidade no cumprimento das suas obrigações tributárias, a Recorrente pagou, integral e espontaneamente, todos os valores efetivamente devidos, constantes dos Documentos de Arrecadação — DARF's juntados à Impugnação (doc. 06). 1.6. Para finalizar os procedimentos de regularização de sua situação fiscal, procedeu, em data posterior aos recolhimentos Fl. 112DF CARF MF Impresso em 10/02/2012 por LEVI ANTONIO DA SILVA - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 07/02/2012 por FABIO LUIZ NOGUEIRA, Assinado digitalmente em 07/02/2012 por FABIO LUIZ NOGUEIRA, Assinado digitalmente em 09/02/2012 por RODRIGO DA COSTA POSSAS 6 realizados, à retificação das Declarações de Tributos e Contribuições Federais — DCTF's, relativas ao período em comento, informando ao Fisco Federal os novos valores apurados. 1.7. Como se vê, esse d. órgão fazendário somente tomou conhecimento das diferenças apuradas pela Recorrente em virtude de sua livre e espontânea iniciativa. Não fosse sua boa fé em retificar as DCTF's logo após o recolhimento das diferenças que apurou, tais débitos somente teriam chegariam ao conhecimento da administração fazendária na hipótese de instauração de procedimento de fiscalização. ... uma vez configurada a denúncia espontânea do descumprimento da obrigação tributária principal, acompanhada do pagamento integral do tributo devido, resta afastada a responsabilidade decorrente do ilícito e, conseqüentemente, a exigibilidade da cobrança de multa de mora, conforme prescreve o art. 138 do Código Tributário Nacional CTN: (,,,) 2.5. Consoante se depreende da análise do dispositivo legal em destaque, para que seja deflagrada autêntica denúncia espontânea, o sujeito passivo da obrigação tributária deve atender, cumulativamente, aos seguintes requisitos: confessar o débito antes do início de qualquer procedimento administrativo ou medida de fiscalização específica relacionada com a infração; e b) se for o caso, pagar integralmente o tributo devido, acompanhado dos juros de mora. Voto Conselheiro Fábio Luiz Nogueira O recurso é tempestivo, atende aos requisitos de admissibilidade previstos na lei e deve ser conhecido. Em relação à matéria dos autos, deve ser verificado se o recolhimento feito em atraso foi anterior ou concomitante à eventual retificação de DCTF, que deu ensejo à autuação, ou, caso não tenha ocorrido retificação, se os débitos recolhidos em atraso constavam ou não da DCTF, para que se constate a real ocorrência de denúncia espontânea; Faço essas considerações diante do disposto no artigo art. 62A do Regimento Interno do CARF, que determina sejam seguidas pelo CARF as decisões proferidas pelo STJ submetidas à sistemática dos recursos repetitivos. E Já existem decisões do C. STJ sobre a matéria, em sede de recurso repetitivo, a exemplo do RESP 149022, onde reconheceuse que a denúncia espontânea resta configurada na hipótese em que o contribuinte, após efetuar a declaração parcial do débito Fl. 113DF CARF MF Impresso em 10/02/2012 por LEVI ANTONIO DA SILVA - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 07/02/2012 por FABIO LUIZ NOGUEIRA, Assinado digitalmente em 07/02/2012 por FABIO LUIZ NOGUEIRA, Assinado digitalmente em 09/02/2012 por RODRIGO DA COSTA POSSAS Processo nº 13502.000433/200731 Acórdão n.º 330101.267 S3C3T1 Fl. 106 7 tributário (sujeito a lançamento por homologação) acompanhado do respectivo pagamento integral, retificaa (antes de qualquer procedimento da Administração Tributária), noticiando a existência de diferença a maior, cuja quitação se dá antes ou concomitantemente.. No caso, os DARF´s comprovando o recolhimento em abril de 2005, do principal, acompanhado dos juros de mora, encontramse à fl. 47 e seguintes. E os débitos foram cobrados a partir de DCTF´s retificadoras, apresentadas em maio de 2005 e maio de 2006 (auto de infração – fls. 16 e seguintes), posteriormente aos recolhimentos. Portanto, os pagamentos ocorreram em data anterior à apresentação das DCTF´s retificadoras. Entendo que restou caracterizada a denúncia espontânea, pois o débito não constou na DCTF original, só sendo incluído na declaração retificadora, após a ocorrência dos pagamentos. Feitas essas considerações, voto no sentido de dar provimento ao recurso voluntário, para afastar a multa de mora cobrada. Fábio Luiz Nogueira Relator Fl. 114DF CARF MF Impresso em 10/02/2012 por LEVI ANTONIO DA SILVA - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 07/02/2012 por FABIO LUIZ NOGUEIRA, Assinado digitalmente em 07/02/2012 por FABIO LUIZ NOGUEIRA, Assinado digitalmente em 09/02/2012 por RODRIGO DA COSTA POSSAS
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Numero do processo: 10825.002870/2005-96
Turma: Primeira Turma Ordinária da Terceira Câmara da Terceira Seção
Câmara: Terceira Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Wed Jan 25 00:00:00 UTC 2012
Data da publicação: Wed Jan 25 00:00:00 UTC 2012
Ementa: NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO
Período de apuração: 01/02/2000 a 30/09/2000
PAGAMENTO ANTERIOR OU CONCOMITANTE À RETIFICAÇÃO DE
DCTF. DENÚNCIA ESPONTÂNEA CONFIGURADA. MULTA DE
MORA AFASTADA. ARTIGO 62A DO REGIMENTO INTERNO DO CARF. REPRODUÇÃO DE DECISÃO DO STJ EM RECURSO REPETITIVO.
Consoante o disposto no artigo 62A do Regimento Interno do CARF, devem ser reproduzidas nos julgamentos administrativos realizados por este Conselho as decisões proferidas pelo Superior Tribunal de Justiça, em sede de recurso repetitivo (art. 543C do CPC).
De acordo com a decisão do STJ REsp 1149022, a denúncia espontânea resta configurada na hipótese em que o contribuinte, após efetuar a declaração parcial do débito tributário (sujeito a lançamento por homologação) acompanhado do respectivo pagamento integral, retifica-a (antes de qualquer procedimento da Administração Tributária), noticiando a existência de diferença a maior, cuja quitação se dá antes ou concomitantemente.
Hipótese em que se afasta a incidência da multa moratória.
Recurso voluntário provido.
Numero da decisão: 3301-001.263
Decisão: ACORDAM os membros da 3ª Câmara / 1ª Turma Ordinária da Terceira
Seção de Julgamento, por unanimidade de votos, em dar provimento ao recurso, nos termos do voto do Relator.
Matéria: DCTF_PIS - Auto eletronico (AE) lancamento de tributos e multa isolada (PIS)
Nome do relator: FABIO LUIZ NOGUEIRA
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Recorrente PLAJAX INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE PLÁSTICOS LTDA.. Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO Período de apuração: 01/02/2000 a 30/09/2000 PAGAMENTO ANTERIOR OU CONCOMITANTE À RETIFICAÇÃO DE DCTF. DENÚNCIA ESPONTÂNEA CONFIGURADA. MULTA DE MORA AFASTADA. ARTIGO 62A DO REGIMENTO INTERNO DO CARF. REPRODUÇÃO DE DECISÃO DO STJ EM RECURSO REPETITIVO. Consoante o disposto no artigo 62A do Regimento Interno do CARF, devem ser reproduzidas nos julgamentos administrativos realizados por este Conselho as decisões proferidas pelo Superior Tribunal de Justiça, em sede de recurso repetitivo (art. 543C do CPC). De acordo com a decisão do STJ REsp 1149022, a denúncia espontânea resta configurada na hipótese em que o contribuinte, após efetuar a declaração parcial do débito tributário (sujeito a lançamento por homologação) acompanhado do respectivo pagamento integral, retificaa (antes de qualquer procedimento da Administração Tributária), noticiando a existência de diferença a maior, cuja quitação se dá antes ou concomitantemente. Hipótese em que se afasta a incidência da multa moratória. Recurso voluntário provido. ACORDAM os membros da 3ª Câmara / 1ª Turma Ordinária da Terceira Seção de Julgamento, por unanimidade de votos, em dar provimento ao recurso, nos termos do voto do Relator. (ASSINADO DIGITALMENTE) Fl. 94DF CARF MF Impresso em 10/02/2012 por LEVI ANTONIO DA SILVA - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 07/02/2012 por FABIO LUIZ NOGUEIRA, Assinado digitalmente em 07/02/2012 por FABIO LUIZ NOGUEIRA, Assinado digitalmente em 09/02/2012 por RODRIGO DA COSTA POSSAS 2 RODRIGO DA COSTA PÔSSAS Presidente (ASSINADO DIGITALMENTE) FÁBIO LUIZ NOGUEIRA Relator Participaram do presente julgamento os Conselheiros José Adão Vitorino de Morais, Antônio Lisboa Cardoso, Mauricio Taveira e Silva, Fábio Luiz Nogueira, Maria Teresa Martínez López e Rodrigo da Costa Pôssas. Relatório PLAJAX INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE PLÁSTICOS LTDA.., já qualificada nos autos, recorre a este Conselho (Recurso Voluntário de fls. 64 .e seguintes) contra o acórdão nº 1418.468, de 15 de fevereiro de 2008, da Delegacia da Receita Federal de Julgamento em Ribeirão Preto/SP (fls. 54 e seguintes), que julgou parcialmente procedente o lançamento, afastando a multa de ofício em razão da retroatividade benigna e mantendo o restante do auto de infração, em virtude de não pagamento de multa de mora em recolhimento em atraso de PIS, sob a alegação de que não cabe a exclusão da multa de mora em denúncia espontânea, conforme relatado pela instância a quo, nos seguintes termos: Tratase de lançamento consubstanciado em auto de infração, lavrado em 13/09/2005, em virtude de apuração de irregularidades quanto a quitação de débitos declarados em Declaração de Contribuições e Tributos federais (DCTF), para exigir da autuada o recolhimento da multa de oficio de 75% (setenta e cinco por cento), na importância de R$ ..., em face de recolhimentos a destempo da Contribuição para o Programa de Integração Social (PIS), código de receita n° 8109, apurada nos meses de fevereiro a setembro de 2000, sem o pagamento do acréscimo moratório devido, no caso a multa de mora. Regularmente cientificada a autuada ingressou com a impugnação de fls. 01/09, acompanhada dos documentos de fls. 10/39, por meio da qual fustiga a exigência argumentando, em síntese, que o pagamento espontâneo do tributo antes de qualquer procedimento fiscal afasta a imposição da penalidade, ai incluída a multa de mora, conforme estatuído no artigo 138 do Código Tributário Nacional e segundo entendimentos doutrinários e jurisprudenciais. Ao final, requereu a improcedência da exigência.. A DRJ manteve parcialmente o crédito tributário, consoante a seguinte Ementa: ASSUNTO: NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO Período de apuração: 01/02/2000 a 30/09/2000 AUDITORIA INTERNA NA DCTF. PIS. MULTA DE MORA. APLICAÇÃO DA LEGISLAÇÃO TRIBUTARIA. DENÚNCIA ESPONTÂNEA. Fl. 95DF CARF MF Impresso em 10/02/2012 por LEVI ANTONIO DA SILVA - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 07/02/2012 por FABIO LUIZ NOGUEIRA, Assinado digitalmente em 07/02/2012 por FABIO LUIZ NOGUEIRA, Assinado digitalmente em 09/02/2012 por RODRIGO DA COSTA POSSAS Processo nº 10825.002870/200596 Acórdão n.º 330101.263 S3C3T1 Fl. 90 3 EXCLUSÃO DA MULTA DE MORA. INAPLICABILIDADE. 0 recolhimento de tributo a destempo deve se fazer acompanhado do acréscimo de multa de mora, segundo ordenamento jurídico vigente. 0 instituto da denúncia espontânea não exclui a multa de mora quando o fato gerador do tributo encontrase regularmente consignado nos livros comerciais e fiscais da contribuinte, ou então, quando a hipótese de incidência do tributo esteja retratada em documentos fiscais ou de compra e venda no caso de se tratar de microempresas e empresas de pequeno porte dispensadas de escrituração, sendo irrelevante à questão a distinção doutrinária entre caráter indenizatório ou punitivo da sua exigência. APLICAÇÃO DA LEGISLAÇÃO TRIBUTARIA. RETROATIVIDADE BENIGNA. Tratandose de ato não definitivamente julgado aplicase retroativamente a lei nova quando lhe comine penalidade menos severa que a prevista na lei vigente ao tempo do lançamento (CTN, art. 106, II, “c”)). Lançamento Procedente em Parte Crédito Tributário Mantido Extraise do v. Acórdão ainda o seguinte trecho: Em foco trabalho de tratamento dos dados constantes em Declaração de Contribuições e Tributos Federais (DCTF), levado a efeito pela Delegacia da Receita Federal em BauruSP, cuja sistemática consiste em contraporse os valores informados pela contribuinte a titulo de débitos tributários (dividas) e os créditos vinculados, à conta de pagamento, parcelamento, compensação ou suspensão de exigibilidade, fazendose a exigência fiscal das diferenças quando estes créditos resultarem indevidos ou não comprovados, como também, das diferenças de acréscimos morat6rios (multa de mora e juros de mora) quando restar concluído a insuficiência ou inexistência destes por ocasião do recolhimento de tributos depois do prazo legal de vencimento. Nada obstante os precedentes jurisprudenciais colacionados tenho por inaplicável a tese do afastamento da multa de mora em face da denúncia espontânea versada no artigo 138 do Código Tributário Nacional (CTN) ao presente caso. 0 invocado preceito possui a seguinte dicção: "Art. 138. A responsabilidade é excluída pela denúncia espontânea da infração, acompanhada, se for o caso, do Fl. 96DF CARF MF Impresso em 10/02/2012 por LEVI ANTONIO DA SILVA - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 07/02/2012 por FABIO LUIZ NOGUEIRA, Assinado digitalmente em 07/02/2012 por FABIO LUIZ NOGUEIRA, Assinado digitalmente em 09/02/2012 por RODRIGO DA COSTA POSSAS 4 pagamento do tributo devido e dos juros de mora, ou do depósito da importância arbitrada pela autoridade administrativa, quando o montante do tributo dependa de apuração. Parágrafo único. Não se considera espontânea a denúncia apresentada após o inicio de qualquer procedimento administrativo ou medida de fiscalização, relacionados com a infração." Noutro prisma, a exigência para que o pagamento ou o recolhimento de tributo se faça acompanhado de multa de mora em face da realização após o vencimento legal da obrigação deriva de lei, a ver: Lei n° 9.430, de 27 de dezembro de 1996 Art. 61. Os débitos para com a União, decorrentes de tributos e contribuições administrados pela Secretaria da Receita Federal, cujos fatos geradores ocorrerem a partir de 1° de janeiro de 1997, não pagos nos prazos previstos na legislação especifica, serão acrescidos de multa de mora, calculada à taxa de trinta e três centésimos por cento, por dia de atraso. §1° A multa de que trata este artigo será calculada a partir do primeiro dia subseqüente ao do vencimento do prazo previsto para o pagamento do tributo ou da contribuição até o dia em que ocorrer o seu pagamento. §2° 0 percentual de multa a ser aplicado fica limitado a vinte por cento. Neste contexto, não sendo razoável admitirse que o legislador ordinário estaria confrontando o CTN, tenho que o afastamento do acréscimo não se aplica ao pagamento trazido pela Recorrente, já que não ficou provado tenha ele origem em obrigação tributária margem da escrituração completa ou simplificada. Com efeito, não há falar na aplicação da excludente no caso em que o fato gerador do tributo encontrase regularmente consignado nos livros comercias e fiscais da contribuinte, ou então, quando a hipótese de incidência do tributo esteja retratada em documentos fiscais ou de compra e venda no caso de se tratar de microempresas e empresas de pequeno porte dispensadas de escrituração, independentemente dessas ocorrências serem ou não trazidas ao conhecimento do Fisco mediante as declarações de cunho obrigatório (DCTF, DIRPJ, SIMPLES, etc). Significa dizer, pois, que ainda inexistentes as declarações, o simples fato da operação econômica praticada pela contribuinte constar em sua escrituração ou em documentos por ela emitidos, suficientes, portanto, para caracterizar o fato gerador do tributo, já se encontra nascida a obrigação tributária, embora pendente de corporificação em forma de crédito público que se deu, na hipótese, com o voluntário pagamento, dai aflorando, inclusive, o primeiro ato tendente ao lançamento por homologação a que alude o artigo 150 do CTN. Fl. 97DF CARF MF Impresso em 10/02/2012 por LEVI ANTONIO DA SILVA - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 07/02/2012 por FABIO LUIZ NOGUEIRA, Assinado digitalmente em 07/02/2012 por FABIO LUIZ NOGUEIRA, Assinado digitalmente em 09/02/2012 por RODRIGO DA COSTA POSSAS Processo nº 10825.002870/200596 Acórdão n.º 330101.263 S3C3T1 Fl. 91 5 Portanto, a espontaneidade de que fala o artigo 138 do codex não se aplica, evidentemente, a estas ocorrências, pois seria restringir o conceito de espontaneidade ao ato de levarse ou não ao conhecimento fiscal o tributo retratado na própria escrita contábil ou elementos de cunho fiscal que o valha, quando em realidade a norma instiga o contribuinte a denunciar aquilo que dela foi omitido, a revelar a conduta ilícita ou culposa, beneficiandolhe em forma de exoneração do encargo moratório. Em decorrência, entendo infrutífera a discussão quanto ao caráter compensatório/indenizatório ou punitivo do encargo legal denominado multa de mora, data venia, pois seria cerrar o debate no efeito em menosprezo à causa. Observo, a seu turno, que o lançamento embasouse na legislação de regência ao tempo em que efetuado, cujo comando assim se expressava: "Lei n°9.430, de 27 de dezembro de 1996: Art. 43. Poderá ser formalizada exigência de crédito tributário correspondente exclusivamente a multa ou a juros de mora, isolada ou conjuntamente. Art. 44. Nos casos de lançamento de oficio, serão aplicadas as seguintes multas, calculadas sobre a totalidade ou diferença de tributo ou contribuição: I de setenta e cinco por cento, nos casos de falta de pagamento ou recolhimento, pagamento ou recolhimento após o vencimento do prazo, sem o acréscimo de multa moratória, de falta de declaração e nos de declaração inexata, excetuada a hipótese do inciso seguinte PP (ênfase acrescida). Contudo, adveio o artigo 14 da Lei n° 11.488, de 15 de junho de 2007, dando nova redação ao artigo 44, inciso I, da Lei n° 9.430, de 1996, o qual passou a vigorar nos seguintes termos: "Art. 44. Nos casos de lançamento de oficio, serão aplicadas as seguintes multas: I de 75% (setenta e cinco por cento), sobre a totalidade ou diferença de imposto ou contribuição, nos casos de falta de pagamento ou recolhimento, de falta de declaração e nos de declaração inexata; Como visto, a partir deste novo diploma legal não mais é de ser aplicada multa de oficio em razão do pagamento ou recolhimento do tributo após o vencimento do prazo sem o acréscimo da multa de mora, bastando esta. Assim, tenho que no julgamento dos processos pendentes cabe a mitigação da penalidade em face da retroatividade benigna a que alude o artigo 106, inciso II, alínea "c", do Código Tributário Nacional (CTN), que versa: Fl. 98DF CARF MF Impresso em 10/02/2012 por LEVI ANTONIO DA SILVA - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 07/02/2012 por FABIO LUIZ NOGUEIRA, Assinado digitalmente em 07/02/2012 por FABIO LUIZ NOGUEIRA, Assinado digitalmente em 09/02/2012 por RODRIGO DA COSTA POSSAS 6 Com tais razões VOTO no sentido da procedência parcial do lançamento para mitigar a multa aplicada ... Não se conformando com a decisão, o contribuinte protocolizou recurso voluntário, insurgindose contra a exigência da multa de mora, que alega não ser devida no caso, por se tratar de denúncia espontânea, pois recolheu intempestivamente a contribuição para o PIS, porém antes de qualquer procedimento administrativo que viesse a exigila. Cita o artigo 138, do CTN, que exigiria nesses casos apenas o recolhimento do tributo acompanhado dos juros de mora, além de precedentes do STJ e da Câmara Superior de Recursos Fiscais. É o relatório. Voto O recurso é tempestivo, atende aos requisitos de admissibilidade previstos na lei e deve ser conhecido. Em relação à matéria dos autos, deve ser verificado se o recolhimento feito em atraso foi anterior ou concomitante à eventual retificação de DCTF, que deu ensejo à autuação, ou, caso não tenha ocorrido retificação, se os débitos recolhidos em atraso constavam ou não da DCTF, para que se constate a real ocorrência de denúncia espontânea; Faço essas considerações diante do disposto no artigo art. 62A do Regimento Interno do CARF, que determina sejam seguidas pelo CARF as decisões proferidas pelo STJ submetidas à sistemática dos recursos repetitivos. E Já existem decisões do C. STJ sobre a matéria, em sede de recurso repetitivo, a exemplo do RESP 149022, onde reconheceuse que a denúncia espontânea resta configurada na hipótese em que o contribuinte, após efetuar a declaração parcial do débito tributário (sujeito a lançamento por homologação) acompanhado do respectivo pagamento integral, retificaa (antes de qualquer procedimento da Administração Tributária), noticiando a existência de diferença a maior, cuja quitação se dá antes ou concomitantemente.. No caso, compulsando os autos, verificase que os débitos foram cobrados a partir de DCTF´s retificadoras, apresentadas em janeiro de 2004 e julho de 2004 (auto de infração – fls. 25 e seguintes), anteriormente aos recolhimentos que ocorreram em 2001 e 2002, conforme Demonstrativo de Pagamentos Efetuados, que acompanhou o auto de infração fls. 27 e seguintes. Portanto, os pagamentos ocorreram em data anterior à apresentação das DCTF´s retificadoras. Entendo que restou caracterizada a denúncia espontânea, pois o débito não constou na DCTF original, só sendo incluído na declaração retificadora, após a ocorrência dos pagamentos. Feitas essas considerações, voto no sentido de dar provimento ao recurso voluntário, para afastar a multa de mora cobrada. . Fl. 99DF CARF MF Impresso em 10/02/2012 por LEVI ANTONIO DA SILVA - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 07/02/2012 por FABIO LUIZ NOGUEIRA, Assinado digitalmente em 07/02/2012 por FABIO LUIZ NOGUEIRA, Assinado digitalmente em 09/02/2012 por RODRIGO DA COSTA POSSAS Processo nº 10825.002870/200596 Acórdão n.º 330101.263 S3C3T1 Fl. 92 7 (ASSINADO DIGITALMENTE) FÁBIO LUIZ NOGUEIRA Fl. 100DF CARF MF Impresso em 10/02/2012 por LEVI ANTONIO DA SILVA - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 07/02/2012 por FABIO LUIZ NOGUEIRA, Assinado digitalmente em 07/02/2012 por FABIO LUIZ NOGUEIRA, Assinado digitalmente em 09/02/2012 por RODRIGO DA COSTA POSSAS
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