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Numero do processo: 10380.005656/2007-20
Turma: Segunda Turma Ordinária da Quarta Câmara da Segunda Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Wed May 11 00:00:00 UTC 2011
Data da publicação: Wed May 11 00:00:00 UTC 2011
Ementa: CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PREVIDENCIÁRIAS
Período de Apuração: 13/2000, 13/2002, 13/2004, 01/01/2005 a 30/03/2006.
DIFERENÇAS DE CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS APURADAS EM FOLHA DE PAGAMENTO. DOCUMENTOS PREPARADOS E FORNECIDOS PELO CONTRIBUINTE. Verificadas diferenças quanto ao recolhimento de contribuições previdenciárias incidentes sobre a remuneração de segurados empregados obtidas em face das informações de folha de pagamento prestadas pelo contribuinte em comparação aos registros contábeis dos pagamentos efetuados, é de ser mantido o lançamento efetuado.
FOLHA DE PAGAMENTO. EQUÍVOCOS NA ESCRITURAÇÃO. ÔNUS
DA PROVA. É do recorrente o ônus da prova em demonstrar que havia erros de escrituração nos documentos que foram por si apresentados à fiscalização.
Recurso Voluntário Negado
Numero da decisão: 2402-001.707
Decisão: Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar
provimento ao recurso.
Matéria: Pasep- ação fiscal (todas)
Nome do relator: IGOR ARAUJO SOARES
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DIFERENÇAS DE CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS APURADAS EM FOLHA DE PAGAMENTO. DOCUMENTOS PREPARADOS E FORNECIDOS PELO CONTRIBUINTE. Verificadas diferenças quanto ao recolhimento de contribuições previdenciárias incidentes sobre a remuneração de segurados empregados obtidas em face das informações de folha de pagamento prestadas pelo contribuinte em comparação aos registros contábeis dos pagamentos efetuados, é de ser mantido o lançamento efetuado. FOLHA DE PAGAMENTO. EQUÍVOCOS NA ESCRITURAÇÃO. ÔNUS DA PROVA. É do recorrente o ônus da prova em demonstrar que havia erros de escrituração nos documentos que foram por si apresentados à fiscalização. Recurso Voluntário Negado Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso. Ana Maria Bandeira – Presidente Substituta Igor Araújo Soares Relator. Fl. 110DF CARF MF Emitido em 23/05/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 18/05/2011 por IGOR ARAUJO SOARES Assinado digitalmente em 18/05/2011 por IGOR ARAUJO SOARES, 18/05/2011 por ANA MARIA BANDEIRA 2 Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Ana Maria Bandeira, Ronaldo de Lima Macedo, Lourenço Ferreira do Prado, Leôncio Nobre Medeiros, Igor Araújo Soares e Nereu Miguel Ribeiro Domingues. Ausente o Conselheiro Júlio César Vieira Gomes. Fl. 111DF CARF MF Emitido em 23/05/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 18/05/2011 por IGOR ARAUJO SOARES Assinado digitalmente em 18/05/2011 por IGOR ARAUJO SOARES, 18/05/2011 por ANA MARIA BANDEIRA Processo nº 10380.005656/200720 Acórdão n.º 2402001.707 S2C4T2 Fl. 110 3 Relatório Tratase de recurso de voluntário interposto pela B & Q ELETRIFICAÇÃO LTDA, em face do v. acórdão de fls. 88/93, que manteve parcialmente a NFLD 35.863.6787, por meio do qual foram lançadas contribuições previdenciárias não descontadas dos segurados, a seguir indicadas: a) "FOL — FOLHA DE PAGAMENTOS", relativo a contribuições previstas no art. 20 da Lei 8.212, de 24/07/1991, incidentes sobre remunerações de empregados da matriz das competências de 13/2000, 13/2002, 13/2004 e 13/2005, e a remunerações de empregados da filial 000258 das competências de 13/2004 e 13/2005; b) "PND — PRO LABORE FORA DE GFIP", relativo às competências de 01/2005 a 03/2006 e a contribuições incidentes sobre o pagamento de prólabore; c) "ACC — AFERICAO CONST CIVIL ARO", relativo à competência de 03/2006 e a contribuições previstas no art. 20 da Lei 8.212/91 e apuradas mediante aferição indireta e incidentes sobre remunerações de empregados da obra matriculada no Cadastro Específico do INSS (CEI) sob o número 41.750.00087/72. O lançamento compreende as competências de 05/2004 a 03/2006, com a ciência do contribuinte acerca do lançamento efetivada em 23/08/2006 (fls. 01). Consta do relatório fiscal (fls. 63) que para efeito de apuração de débitos foram consideradas as bases de cálculo indicadas pela empresa nas folhas de pagamento de todo o período, em arquivos físicos e digitais apresentados pela recorrente. Além disso, recebidos os arquivos, a fiscalização concedeu, ainda, o prazo de mais um mês para que a recorrente corrigisse eventuais erros nas folhas de pagamento digitais apresentadas no primeiro CD, o que ocasionou o recebimento formal da folha de pagamentos da matriz pela segunda vez, já que no segundo CD apresentado não constaram informações das filiais, motivo pelo qual foram considerados para o lançamento os arquivos contidos no primeiro CD. Cumpre asseverar que o v. acórdão de primeira instância ao analisar a impugnação ofertada, decidiu por anular o lançamento relativamente a rubrica PND, pois o fiscal lançou contribuições de contribuintes individuais (sóciosgerente) como se de segurados fossem, vício considerado pela DRJ como insanável, mantendo no mais, as demais rubricas constantes da NFLD. Em seu recurso sustenta o contribuinte que em relação aos valores das supostas diferenças verificadas entre a contabilidade e folha de pagamentos, estes, em verdade, não ocorreram, pois a divergência foi verificada apenas em razão de que o CD apresentado à fiscalização continha erros, que não puderam ser corrigidos pela recorrente. Acrescenta que no CD analisado pela fiscalização constavam apenas os dados das folhas de pagamento da matriz, CNPJ terminado em 0001. Todavia o Sr. Auditor analisou Fl. 112DF CARF MF Emitido em 23/05/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 18/05/2011 por IGOR ARAUJO SOARES Assinado digitalmente em 18/05/2011 por IGOR ARAUJO SOARES, 18/05/2011 por ANA MARIA BANDEIRA 4 esses dados comparandoos com os lançamentos da contabilidade onde constam as informações da matriz e das filiais, (a partir de quando estas passaram a existir) surgindo, portanto, uma inevitável diferença, que de fato nunca ocorreu. Por fim, quanto a rubrica prólabore reitera os argumentos constantes na impugnação no sentido de que o funcionário responsável pela elaboração das GFIP´s sabia o número de inscrição de apenas dois dos sócios, motivo pelo qual optou por somar aos rendimentos dos sócios cuja inscrição era conhecida os rendimentos dos sócios cuja inscrição era desconhecida, de forma a que a base de cálculo informada fosse a correta. Sem contrarrazões da Procuradoria da Fazenda Nacional, vieram os autos a este Eg. Conselho. É o relatório. Fl. 113DF CARF MF Emitido em 23/05/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 18/05/2011 por IGOR ARAUJO SOARES Assinado digitalmente em 18/05/2011 por IGOR ARAUJO SOARES, 18/05/2011 por ANA MARIA BANDEIRA Processo nº 10380.005656/200720 Acórdão n.º 2402001.707 S2C4T2 Fl. 111 5 Voto Conselheiro Igor Araújo Soares, CONHECIMENTO Tempestivo o recurso e presentes os demais requisitos de admissibilidade, dele conheço. Sem preliminares, passo ao mérito. MÉRITO Inicialmente deve ser apontado que em virtude da não interposição de recurso de ofício, não há que ser analisado no presente julgamento a nulidade reconhecida pelo acórdão quanto a rubrica PND, prólabore de sócios, motivo pelo qual deixo de conhecer de tais alegações constantes no recurso voluntário. Ademais, quanto às demais rubricas objeto do lançamento na NFLD, tenho que merecem ser mantidas. Vale ressaltar que conforme já apontado, a fiscalização considerou para efeitos do lançamento a contabilidade apresentada pela contribuinte, que, repitase, teve, ainda a oportunidade de demonstrar os erros que sustenta terem ocorrido na análise dos dados constantes do primeiro CD apresentado, quando lhe fora concedido prazo de um mês para que, especificadamente corrigisse tal situação. Em momento algum sua contabilidade veio a ser desconsiderada, ao contrário, apenas foram utilizadas nos lançamentos as informações que pela própria recorrente foram prestadas. As folhas de pagamento foram consideradas da forma em que apresentadas mesmo depois da correção efetuada pelo contribuinte. Desse modo, caso nas mesmas houvessem novos erros ou equívocos, estes deveriam ter sido demonstrados de forma cabal e com documentação hábil para tanto. Em não o fazendo a recorrente, nenhum vício há de ser reconhecido, como bem decidiu o v. acórdão de primeira instância, que sobre o assunto assim ponderou: Alega a Notificada que diferenças apontadas pela Fiscalização seriam referentes a erros nos lançamentos contábeis. Ocorre que a NFLD (à exceção do levantamento PND, tratado acima, e do levantamento ARO, efetivamente pago) foi lavrada com base nas folhas de pagamento. As folhas foram apresentadas em meio papel (até 2001) e em meio eletrônico (a partir de 2002), como esclarecido no Relatório Fiscal. As divergências apontadas pela Fiscalização referentes a valores da contabilidade que excedem os que constam de folhas de pagamento são relacionadas apenas a bases de cálculo das contribuições da própria empresa, e não a contribuições descontadas dos segurados, tendo sido as contribuições Fl. 114DF CARF MF Emitido em 23/05/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 18/05/2011 por IGOR ARAUJO SOARES Assinado digitalmente em 18/05/2011 por IGOR ARAUJO SOARES, 18/05/2011 por ANA MARIA BANDEIRA 6 referentes a tais diferenças de bases de cálculo lançadas em outras NFLD (35.944.2935 e 35.863.6833). [...]Como consta do item 6, "c", do Relatório Fiscal, foi dado prazo de mais de um mês para que fossem corrigidas eventuais falhas nos arquivos digitais: o recibo emitido em 24/07, portanto, é o relativo a uma segunda entrega dos arquivos. A Fiscalização esclareceu em tal relatório que neste segundo CD entregue não constavam dados das filiais, daí que para tais estabelecimentos foram utilizados os dados fornecidos no primeiro CD, devidamente divididos por dois, pois no primeiro CD os dados das filiais estavam em duplicidade. Para a matriz foram utilizados os dados deste segundo CD. Vêse que de qualquer forma foram utilizados os dados entregues pela própria Notificada, e que a Fiscalização teve o cuidado de dar tempo para que a Notificada fizesse os ajustes que considerasse necessários nos arquivos digitais entregues, mas isso não altera o fato de que a obrigação de conferir o conteúdo do CD de forma a que o mesmo espelhe a real movimentação da empresa é de quem o prepara, ou seja, é da própria empresa, e não da Fiscalização, como quer fazer crer a Notificada. Não obstante, o conteúdo do CD apresentado na impugnação fora igualmente analisado quando do julgamento de primeira instância, e restou demonstrado que os novos valores informados eram iguais ou mesmo superiores aos lançados na NFLD, sendo que, os demais que foram informados, em valores inferiores, em pouco diferiam dos que haviam sido lançados e vieram desacompanhados de outros documentos hábeis a demonstrar o alegado equívoco sustentado pela recorrente. Ante todo o exposto, voto no sentido de NEGAR PROVIMENTO ao recurso. É como voto. Igor Araújo Soares Fl. 115DF CARF MF Emitido em 23/05/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 18/05/2011 por IGOR ARAUJO SOARES Assinado digitalmente em 18/05/2011 por IGOR ARAUJO SOARES, 18/05/2011 por ANA MARIA BANDEIRA
score : 1.0
Numero do processo: 10380.006858/2007-99
Turma: Segunda Turma Ordinária da Quarta Câmara da Segunda Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Wed Feb 09 00:00:00 UTC 2011
Ementa: Contribuições Sociais Previdenciárias
Período de apuração: 01/01/2000 a 31/12/2002
Ementa: CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA ALIMENTAÇÃO FORNECIDA DE ACORDO COM A LEI – NÃO INCIDÊNCIA
Não incide contribuição previdenciária sobre a alimentação fornecida aos empregados se a empresa comprova adesão aos programas de alimentação aprovados pelo Ministério do Trabalho e o fornecimento se dá de acordo com os referidos programas
Numero da decisão: 2402-001.473
Decisão: Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em dar
provimento ao recurso. Declarou-se impedido o conselheiro Nereu Miguel Ribeiro Domingues
Matéria: Pasep- ação fiscal (todas)
Nome do relator: ANA MARIA BANDEIRA
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ementa_s : Contribuições Sociais Previdenciárias Período de apuração: 01/01/2000 a 31/12/2002 Ementa: CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA ALIMENTAÇÃO FORNECIDA DE ACORDO COM A LEI – NÃO INCIDÊNCIA Não incide contribuição previdenciária sobre a alimentação fornecida aos empregados se a empresa comprova adesão aos programas de alimentação aprovados pelo Ministério do Trabalho e o fornecimento se dá de acordo com os referidos programas
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Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em dar provimento ao recurso. Declarouse impedido o conselheiro Nereu Miguel Ribeiro Domingues Júlio César Vieira Gomes Presidente. Ana Maria Bandeira Relatora. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Júlio César Vieira Gomes (Presidente), Ana Maria Bandeira, Lourenço Ferreira do Prado, Ronaldo de Lima Macedo, Nereu Miguel Ribeiro Domingues e Igor Soares. Fl. 235DF CARF MF Emitido em 11/03/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 28/02/2011 por ANA MARIA BANDEIRA Assinado digitalmente em 28/02/2011 por ANA MARIA BANDEIRA, 04/03/2011 por JULIO CESAR VIEIRA GOMES Processo nº 10380.006858/200799 Acórdão n.º 2402.001.473 S2C4T2 Fl. 215 2 Relatório Tratase de lançamento de contribuições devidas à Seguridade Social, correspondentes à contribuição dos segurados, da empresa, à destinada ao financiamento dos benefícios concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade laborativa decorrentes dos riscos ambientais do trabalho, as destinadas a terceiros (SalárioEducação, DPC e INCRA). Segundo o Relatório Fiscal (fls. 43/49), constituem fatos geradores das contribuições lançadas os valores referentes aos saláriosutilidade na forma de despesas com alimentação — ticket alimentação, auxílio concedido aos segurados empregados, aferidos indiretamente. No Levantamento AFA — "Aferição Alimentação DIPJ" estão lançados os valores subsidiados pela empresa, que foram apurados com base nas DIPJ dos anosbase de 2000 e 2002 e com base no Balanço Patrimonial para o ano de 2001. A empresa foi intimada a apresentar os documentos relativos aos pagamentos dos tickets alimentação, por meio dos Termos de Intimação para Apresentação de Documentos — TIAD datados de 29/05/2006, 15/09/2006 e 26/10/200. Os valores pagos sob a forma de ticket alimentação, foram caracterizados pela fiscalização como remunerações pagas, uma vez que a empresa não está inscrita no Programa de Alimentação do Trabalhador — PAT, aprovado e gerido pelo Ministério do Trabalho e Emprego, no termos da Lei n° 6.321, de 1976, de 14 de abril de 1976, no período referente ao lançamento dos créditos previdenciários. A autuada apresentou defesa (fls. 65/66), onde alega que aderiu ao PAT desde 1976 e manteve sua adesão, assim, entende que o lançamento deve ser considerado improcedente. Pelo Acórdão nº 1515.728 )fls. 125/130), a 5ª Turma da DRJ/Salvador (BA) considerou o lançamento procedente em parte, para retirar as contribuições relativas ao período de 01 a 12/2000, pelos fundamentos abaixo colacionados: A inscrição no PAT era feita anualmente até que saiu a Portaria Interministerial n° 5, de 30.11.99 que não trouxe mais a disposição quanto a necessidade de as empresas encaminharem anualmente ao PAT seus formulários de inscrição. A partir da Portaria Interministerial n° 05, de 30/11/99, a inscrição passou a produzir efeitos por prazo indeterminado, dispensandose a renovação anual; Excepcionalmente, para as empresas já inscritas no ano de 1999 foi necessária a renovação no ano de 2000, considerandose que quando realizada no período de 10 de janeiro a 31 de março produziria efeitos de janeiro a dezembro. Se efetuada a partir de 31 de março, sua validade contaria somente a partir da apresentação até o mês de dezembro. Portanto, os valores gastos nos meses fornecidos sem a devida adesão integrariam o salário decontribuição. Fl. 236DF CARF MF Emitido em 11/03/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 28/02/2011 por ANA MARIA BANDEIRA Assinado digitalmente em 28/02/2011 por ANA MARIA BANDEIRA, 04/03/2011 por JULIO CESAR VIEIRA GOMES Processo nº 10380.006858/200799 Acórdão n.º 2402.001.473 S2C4T2 Fl. 216 3 De acordo com a referida Portaria, feita a inscrição esta seria por prazo indeterminado, entretanto, as empresas teriam que informar no campo 3 da Relação Anual de Informações Sociais — RAIS se participa ou não do PAT. Em 22/12/2003 saiu a Portaria n° 66, de 22/12/2003 que determinava o recadastramento no PAT por meio eletrônico no período de 01 de março a 31 de maio de 2004 de todas as empresas beneficiárias, aquelas que participam do PAT permitindo acesso de seus funcionários ao benefício de refeição e alimentação. Determinava também a obrigatoriedade de recadastramento de todas as empresas fornecedoras e prestadoras de serviço de alimentação coletiva. O não cadastramento no Programa de Alimentação do Trabalhador no prazo estipulado implicaria no cancelamento automático de alimentação coletiva. A empresa apresentou o comprovante de adesão relativo ao exercício 2000. Considerando que a empresa apresentou os comprovantes de adesão referente aos exercícios 1999, 2000 e 2004, o débito nas competências 01/2000 a 12/2000 deverá ser excluído. A empresa não apresentou o comprovante de adesão ao PAT juntando cópia da RAIS dos exercícios 2001 e 2002 para comprovar sua adesão. Através do Sistema CNIS não é possível verificar o campo 3 para saber se a empresa informou ou não a sua opção ao PAT. Considerando que não existe elemento nos autos comprovando que a empresa tinha feito sua adesão ao PAT relativa aos exercícios 2001 e 2002 o débito deve ser mantido nas competências 01 a 12/2001 e 01 a 12/2002 uma vez que os valores gastos com alimentação fornecidos sem a devida adesão integram o saláriodecontribuição. Como se vê, parte do débito foi mantido em razão de a empresa não haver apresentado a RAIS para verificação no campo correspondente da adesão ao PAT. A notificada apresentou recurso tempestivo (fls. 139/142) onde mantém o argumento de que é inscrita no PAT e junta documentação para provar a alegação. É o relatório. Fl. 237DF CARF MF Emitido em 11/03/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 28/02/2011 por ANA MARIA BANDEIRA Assinado digitalmente em 28/02/2011 por ANA MARIA BANDEIRA, 04/03/2011 por JULIO CESAR VIEIRA GOMES Processo nº 10380.006858/200799 Acórdão n.º 2402.001.473 S2C4T2 Fl. 217 4 Voto Conselheira Ana Maria Bandeira O recurso é tempestivo e não há óbice aos seu conhecimento. O lançamento em questão referese às contribuições incidentes sobre os valores fornecidos a título de alimentação. Para afastar a incidência de contribuição previdenciária sobre os valores pagos é necessário que tal benefício tenha sido concedido no exato termo da lei. Pelo Princípio da Legalidade, a autoridade administrativa deve exercer suas funções, dentre as quais o ato que resulta no lançamento tributário, na estrita conformidade com a lei. Com o objetivo de evitar toda sorte de interpretações, por parte da administração e dos administrados, a respeito da incidência ou não da contribuição previdenciária sobre determinada verba paga, a lei veio definir expressamente quais os pagamentos não integrariam o salário de contribuição. Tal definição encontrase disposta no § 9º do art. 28 da Lei nº 8.212/91. O cuidado do legislador se fez necessário pois seria temerário submeter à análise discricionária da autoridade administrativa e dos administrados a possibilidade de afastar ou não a incidência da contribuição previdenciária. A fim de reforçar o entendimento de que o propósito do legislador foi de restringir à lei todas as hipóteses de não incidência de contribuição, a Medida Provisória nº 1.59614, de 10/11/97, posteriormente convertida na Lei nº 9.528/97, introduziu o termo “exclusivamente” ao § 9º da Lei nº 8.212/91, que elenca as verbas que não integram o salário decontribuição. Relativamente ao fornecimento de alimentação, estabeleceu a alínea “c”, do § 9º, do art. 28, da Lei nº 8.212/1991, o seguinte: c) a parcela "in natura" recebida de acordo com os programas de alimentação aprovados pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social, nos termos da Lei nº 6.321, de 14 de abril de 1976 O cerne da questão no presente caso está na comprovação de que a recorrente teria ou não aderido ao PAT no período remanescente do lançamento. Segundo a decisão recorrida, a legislação atual sobre a matéria permite que a inscrição no programa se dê uma única vez, devendo as empresas fazer constar tal opção quando da elaboração da RAIS. Fl. 238DF CARF MF Emitido em 11/03/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 28/02/2011 por ANA MARIA BANDEIRA Assinado digitalmente em 28/02/2011 por ANA MARIA BANDEIRA, 04/03/2011 por JULIO CESAR VIEIRA GOMES Processo nº 10380.006858/200799 Acórdão n.º 2402.001.473 S2C4T2 Fl. 218 5 A decisão recorrida manteve parte do lançamento em razão da recorrente não haver juntado aos autos cópia das RAIS dos exercícios 2001 e 2002 para comprovar sua adesão e que através do Sistema CNIS não foi possível verificar o campo 3 para saber se a empresa informou ou não a sua opção ao PAT. Diante de tais argumentações, a recorrente apresenta seu recurso acompanhado da cópia da RAIS de 2001 e 2002, contendo a informação de que esta teria aderido ao PAT (fls. 145 e 164). Demonstrado que a recorrente cumpriu a determinação legal para afastar a incidência de contribuição previdenciária sobre os valores pagos a título de alimentação para os exercícios de 2001 e 2002, o lançamento não pode subsistir. Diante do exposto e de tudo o mais que dos autos consta. Voto no sentido de CONHECER do recurso e DARLHE PROVIMENTO. É como voto. Ana Maria Bandeira Relatora Fl. 239DF CARF MF Emitido em 11/03/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 28/02/2011 por ANA MARIA BANDEIRA Assinado digitalmente em 28/02/2011 por ANA MARIA BANDEIRA, 04/03/2011 por JULIO CESAR VIEIRA GOMES
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Numero do processo: 11176.000028/2007-36
Turma: Segunda Turma Ordinária da Quarta Câmara da Segunda Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Tue Mar 23 00:00:00 UTC 2010
Data da publicação: Tue Mar 23 00:00:00 UTC 2010
Ementa: CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PREVIDENCIÁRIAS
Período de apuração: 01/03/1997 a 31/12/1998
CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA - DECADÊNCIA. -É de 05 (cinco)
anos o prazo decadencial para o lançamento das contribuições previdenciárias RECURSO VOLUNTÁRIO PROVIDO.
Numero da decisão: 2402-000.721
Decisão: ACORDAM os membros da 4ª Câmara / 2ª Turma Ordinária da Segunda
Seção de Julgamento, por unanimidade de votos, reconheceu-se a decadência do direito de exigência da totalidade das contribuições apuradas, na forma do voto do Relator.
Matéria: Pasep- ação fiscal (todas)
Nome do relator: LOURENÇO FERREIRA DO PRADO
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CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS11',,..‘„, .-:ll. '' :ri .2' • SEGUNDA SEÇÃO DE JULGAMENTO Processo n° 11176.000028/2007-36 Recurso n° 145.859 Voluntário Acórdão nó 2402-00.721 — 4' Câmara /28 Turma Ordinária Sessão de 23 de março de 2010 Matéria CONTRIBUIÇÕES PREV1DENCIÁRIAS Recorrente COPACOL COOPERATIVA AGROINDUSTRIAL CONSOLATA Recorrida DRJ-CURITIBA/PR ASSUNTO: CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PREVIDENCIÁRIAS Período de apuração: 01/03/1997 a 31/12/1998 CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA - DECADÊNCIA. -É de 05 (cinco) anos o prazo decadencial para o lançamento das contribuições previdenciárias RECURSO VOLUNTÁRIO PROVIDO. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. ACORDAM os membros da cla Câmara / 2 Turma Ordinária da Segunda Seção de Julgamento, por unanimidade de votos, em reconhecer a decadência do direito de exigência da totalidade das contrib . 6e-8—apuradas na forma do voto do relator. ---)2 f ,- Á • is- O o I Y IRA - Presidente ../ ./7 d/ LOURENÇO FERREIRA DO PRADO - Relator Participaram, do presente julgamento, os Conselheiros: Marcelo Oliveira, Ana Maria Bandeira, Rogério de Lellis Pinto, Lourenço Ferreira do Prado, Ronaldo de Lima Macedo e Maria da Glória Faria (Suplentc) : Relatório Trata-se de NFLD referente às contribuições sociais patronais incidentes incidentes sobre as remunerações pagas aos segurados empregados e destinadas a terceiros (INCRA E SENAR). As diferenças apuradas referem-se ao período entre 03/1997 a 12/1998 e o sujeito passivo foi cientificado em 29/12/2006 (f1.01) E ofertou impugnação às fls 470/480 alegando que deve ser aplicado o prazo decadencial previsto no C'TN e que a contribuição ao INCRA deve ser extinta. A Decisão de Notificação de fls. 507/521 considerou procedente o lançamento e manteve o crédito tributário. Recorre a empresa ás fls. 527/535 alegando que o crédito tributário foi alcançado pela decadência. Os autos vieram a este Conselho. É o relatório,----- 2 • • , Processo /I° 11176.000028 ./2007-36 S2-C4T2 Acórdão n.° 2402-00.721 . Fl. 538 Voto . Conselheiro Lourenço Ferreira do Prado, Relator O recurso é tempestivo e atende aos demais pressupostos de admissibilidade, portanto deles conheço. O lançamento em questão foi efetuado com amparo no art. 45 da Lei n° 8.212/1991. Entretanto, o Supremo Tribunal Federal, ao julgar os Recursos Extraordinários n° 556664, 559882, 559943 e 560626, negou provimento aos mesmos por unanimidade, em decisão plenária que declarou a inconstitueionalidade dos artigos 45 e 46, da Lei n. 8212/91. Na oportunidade, os ministros ainda editaram a Súmula Vinculante n° 08 a respeito do tema, a qual transcrevo abaixo: Súmula Vinculante 8 "São inconstitucionais os parágrafo único do artigo 5 0 do Decreto-lei 1569/77 e os artigos 45 e 46 da Lei 8.212/91, que tratam de prescrição e decadência de crédito tributário" É necessário observar os efeitos da súmula vinculante, conforme se depreende do art. 103-A, caput, da Constituição Federal que foi inserido pela Emenda Constitucional n°45/2004. in verbis: "An. 103-A, O Supremo Tribunal Federal poderá, de oficio ou por provocação, mediante decisão de dois terços dos seus I\ membros, após reiteradas decisões sobre matéria constitucional, aprovar súmula que, a partir de sua publicação na imprensa \oficial, terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, i nas esferas federal, estadual e municipal, bem como proceder à sua revisão ou cancelamento, na forma estabelecido em lei. ‘ji\ --el (gn) , I l Da leitura do dispositivo constitucional, pode-se concluir que, a vinculaçãjl súmula alcança a administração pública e, por conseqüência, os julgadores no âmbito d , contencioso administrativo fiscal. O Código Tributário Nacional trata da decadência no artigo 173, abaixo transcrito: "Art.173 - O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-se após 5 (cinco) anos, contados: 1 - do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia tocsid . nado; 3 II - da data em que se tornar definitiva à decisão que houver anulado, por vicio formal, o lançamento anteriormente efetuado. Parágrafb Único - O direito a que se refere este artigo extingue- se definitivamente com o decurso do prazo nele previsto, contado da data em que tenha sido iniciada a constituição do crédito tributário pela notificação, ao sujeito passivo, de qualquer medida preparatória indispensável ao lançamento." Por outro lado, ao tratar do lançamento por homologação, o Códex Tributário definiu no art. 150, § 4°o seguinte: "Art.150 - O lançamento por homologação, que ocorre quanto • aos tributos cuja legislação atribua ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade • administrativa, opera-se pelo ato em que a referida autoridade, tomando conhecimento da atividade assim exercida pelo obrigado, expressamente a homologa. § 4' - Se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de cinco anos a contar da ocorrência do Jato gerador,- expirado esse prazo sem que a Fazenda Pública se tenha pronunciado, considera-se homologado o lançamento e definitivamente extinto a crédito, salvo se comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação." Entretanto, tem sido entendimento constante em julgados do Superior Tribunal de Justiça, que nos casos de lançamento em que o sujeito passivo antecipa parte do pagamento da contribuição, aplica-se o prazo previsto no § 4° do art. 150 do CTN, ou seja, o prazo de cinco anos passa a contar da ocorrência do fato gerador, uma vez que resta caracterizado o lançamento por homologação. Se, no entanto, o sujeito passivo não efetuar pagamento algum, nada há a ser homologado e, por conseqüência, aplica-se o disposto no art. 173 do CTN, em que o prazo de cinco anos passa a ser contado do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado. Para corroborar o entendimento acima, colaciono alguns julgados no mesmo n sentido: "TRIBUTA' RIO. EXECUÇÃO FISCAL. TRIBUTO SUJEITO A LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO. PRAZO DECADENCIAL DE CONSTITUIÇÃO DO CRÉDITO. TERMO i INICIAL. INTELIGÊNCIA DOS ARTS. 173, I, E 150, § 4°, DO 1 CTN. 1 1 1. O prazo clecadencial para efetuar o lançamento do tributo é, em regra, o do art. 173, I, do CTN, segundo o qual 'o direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-se após 5 (cinco) anos, contados: I - do primeiro dia do exercício , seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado'. 2. Todavia, para os tributos sujeitos a lançamento por homologação —que, segundo o art. 150 do C77!, 'ocorre quanto aos tributos cuja legislação atribua ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa' e 'opera-se pelo to em que a referida 4 Processo n° 11176.000028/2007-36 S2-C4I2 Acórdão a° 2402-00.721 Fl. 539 autoridade, tomando conhecimento da atividade assim exercida pelo obrigado, expressamente a homologa —,há regra . especifica. Relativamente a eles, ocorrendo o pagamento antecipado por parte do contribuinte, o prazo decadencial para o lançamento de eventuais diferenças é de cinco anos a contar do fato gerador, conforme estabelece o § 4' do art. 150 do CTN. Precedentes jurisprudencia is. 3. No caso concreto, o débito é referente à contribuição previdenciária, tributo sujeito a lançamento por homologação, e não houve qualquer antecipação de pagamento. É aplicável, portanto, conforme a orientação acima indicada, a regra do art. 173, 1, do CTN. 4. Agravo regimental a que se dá parcial provimento." (AgRg nos EREsp 216.758/SP, ("Seção, Rel. MM. Teori Albino Zavascki, DJ de 10.4.2006) "TRIBUTÁRIO. EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA. LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO. DECADÊNCIA, PRAZO QÜINQÜENAL. MANDADO DE SEGURANÇA MEDIDA LIMINAR. SUSPENSÃO DO PRAZO. IMPOSSIBILIDADE. I. Nas exaçães cujo lançamento se faz por homologação, havendo pagamento antecipado, conta-se o prazo decarlencial a partir da ocorrência do fato gerador ('art. 150, § 4°, do CTN), que é de cinco anos. 2. Somente quando não há pagamento antecipado, ou há prova de fraude, dolo ou simulação é que se aplica o disposto no art. 173, I, do CTN. Onzissis. 4. Embargos de divergência providos." (EREsp 572.603/PR, I" Seção, Rel. Min. Castro Melro, Dj de 5.9.2005) \ No caso em tela, por qualquer uma das teses acima tratadas, o lançamençO encontra-se decadente. I Julgo prejudicado o outro tópico da insurgência recursal. h I ChjDiante o exposto e de tudo o mais que dos autos consta. Voto no sentido de CONHECER do recurso e DAR PROVIMENT declarando que todas as competências foram alcançadas pela decadência. Sala das Sessões, em 23 de março de 2010 _ LOlet ENÇ- O FERREIRA DO PRADO - Relator 5 MINISTÉRIO DA FAZENDA M;i4VI CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS v.;" trÉi7; QUARTA CÂMARA - SEGUNDA SEÇÃO -Processo n°: 11176.00002812007-36 Recurso n°: 145.859 TERMO DE INTIMAÇÃO Em cumprimento ao disposto no parágrafo 3° do artigo 81 do Regimento Interno do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, aprovado pela Portaria Ministerial n° 256, de 22 de junho de 2009, intime-se o(a) Senhor(a) Procurador(a) Representante da Fazenda Nacional, credenciado junto à Quarta Câmara da Segunda Seção, a tomar ciência do Acórdão n° 412-00.721. Br. ilia, 2 de maio de 2010 •P• S i•O‘ O FREIRE Presidente da Quarta Câmara Ciente, com a observação abaixo: [1 Apenas com Ciência [ Com Recurso Especial [ Com Embargos de Declaração Data da ciência: / / Procurador (a) da Fazenda Nacional
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Numero do processo: 18186.000101/2007-08
Turma: Segunda Turma Ordinária da Quarta Câmara da Segunda Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Wed Mar 16 00:00:00 UTC 2011
Data da publicação: Wed Mar 16 00:00:00 UTC 2011
Ementa: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL
Período de apuração: 01/01/1999 a 31/10/1999
RECURSO INTEMPESTIVO
É definitiva a decisão de primeira instância quando não interposto recurso voluntário no prazo legal. Não se toma conhecimento de recurso intempestivo
Recurso Voluntário Não Conhecido.
Numero da decisão: 2402-001.565
Decisão: Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em não
conhecer do recurso por intempestividade.
Matéria: Pasep- ação fiscal (todas)
Nome do relator: ANA MARIA BANDEIRA
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ementa_s : PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL Período de apuração: 01/01/1999 a 31/10/1999 RECURSO INTEMPESTIVO É definitiva a decisão de primeira instância quando não interposto recurso voluntário no prazo legal. Não se toma conhecimento de recurso intempestivo Recurso Voluntário Não Conhecido.
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conteudo_txt : Metadados => pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.4; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 3; dc:format: application/pdf; version=1.4; pdf:charsPerPage: 1420; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; access_permission:fill_in_form: true; pdf:encrypted: true; access_permission:can_modify: true; Content-Type: application/pdf | Conteúdo => S2C4T2 Fl. 108 1 107 S2C4T2 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS SEGUNDA SEÇÃO DE JULGAMENTO Processo nº 18186.000101/200708 Recurso nº 260.580 Voluntário Acórdão nº 240201.565 – 4ª Câmara / 2ª Turma Ordinária Sessão de 16 de março de 2011 Matéria TERCEIROS Recorrente VIAÇÃO AÉREA SÃO PAULO S/A Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL Período de apuração: 01/01/1999 a 31/10/1999 RECURSO INTEMPESTIVO É definitiva a decisão de primeira instância quando não interposto recurso voluntário no prazo legal. Não se toma conhecimento de recurso intempestivo Recurso Voluntário Não Conhecido Crédito Tributário Mantido Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em não conhecer do recurso por intempestividade Júlio César Vieira Gomes Presidente. Ana Maria Bandeira Relatora. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Júlio César Vieira Gomes (Presidente), Ana Maria Bandeira, Wilson Antônio de Souza Correa, Ronaldo de Lima Macedo, Nereu Miguel Ribeiro Domingues e Igor Araújo Soares. Ausente o Conselheiro Lourenço Ferreira do Prado. Fl. 111DF CARF MF Emitido em 31/03/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 23/03/2011 por ANA MARIA BANDEIRA Assinado digitalmente em 23/03/2011 por ANA MARIA BANDEIRA, 25/03/2011 por JULIO CESAR VIEIRA GOMES Processo nº 18186.000101/200708 Acórdão n.º 240201.565 S2C4T2 Fl. 109 2 Relatório Tratase de Auto de Infração lavrado com fundamento na inobservância da obrigação tributária acessória prevista na Lei nº 8.212/1991, no art. 32, inciso IV e § 5º, acrescentados pela Lei nº 9.528/1997 c/c o art. 225, inciso IV e § 4º do Decreto nº 3.048/1999, que consiste em a empresa apresentar a GFIP – Guia de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social com dados não correspondentes aos fatos geradores de todas as contribuições previdenciárias. Segundo o Relatório Fiscal da Infração (fls. 4), no período de 01 a 10/1999, a empresa efetuou pagamentos por fora a empregado, conforme sentença proferida em reclamatória trabalhista. A autuada não teria recolhido as contribuições em questão e nem informado em GFIP – Guia de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social tais valores. O lançamento ocorreu em 27/04/2007, data da intimação do sujeito passivo. A autuada apresentou defesa (fls. 26/32) onde alega tão somente que ocorreu a decadência do direito de imputação de multa. Pelo Acórdão nº 1616.648 (fls. 57/63) a 12º Turma da DRJ/São Paulo I (SP) considerou o lançamento procedente. Contra tal decisão, a autuada apresentou recurso intempestivo (fls. 69/75) no qual efetua a repetição da argumentação de defesa. É o relatório. Fl. 112DF CARF MF Emitido em 31/03/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 23/03/2011 por ANA MARIA BANDEIRA Assinado digitalmente em 23/03/2011 por ANA MARIA BANDEIRA, 25/03/2011 por JULIO CESAR VIEIRA GOMES Processo nº 18186.000101/200708 Acórdão n.º 240201.565 S2C4T2 Fl. 110 3 Voto Conselheira Ana Maria Bandeira, Relatora Quanto à tempestividade do recurso apresentado, verificase que não houve cumprimento de tal requisito de admissibilidade. A autuada foi intimada da decisão de primeira instância em 26/05/2008, conforme comprova documento dos Correios juntado à folha nº 67. Assim, o prazo para interposição de recurso encerrouse em 25/06/2008, no entanto, a autuada apresentou recurso em 26/06/2008, após o final do prazo para tal. Nesse sentido, resta claro que a autuada não verificou o prazo para apresentação do recurso, só vindo a apresentálo após o vencimento. Diante do exposto e de tudo o mais que dos autos consta. Voto no sentido de NÃO CONHECER do recurso interposto em razão da sua intempestividade. É como voto. Ana Maria Bandeira Fl. 113DF CARF MF Emitido em 31/03/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 23/03/2011 por ANA MARIA BANDEIRA Assinado digitalmente em 23/03/2011 por ANA MARIA BANDEIRA, 25/03/2011 por JULIO CESAR VIEIRA GOMES
score : 1.0
Numero do processo: 10675.001200/2007-85
Turma: Segunda Turma Ordinária da Quarta Câmara da Segunda Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Mon Feb 22 00:00:00 UTC 2010
Data da publicação: Mon Feb 22 00:00:00 UTC 2010
Ementa: NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO
Período de apuração: 01/01/1997 a 31/01/2003
DECADÊNCIA - ARTS 45 E 46 LEI N° 8.212/1991 -
INCONSTITUCIONALIDADE - STF - SÚMULA VINCULANTE - DOLO - REGRA GERAL - INCISO I ART. 173
De acordo com a Súmula Vinculante n° 08, do STF, os artigos 45 e 46 da Lei n° 8.212/1991 são inconstitucionais, devendo prevalecer, no que tange à decadência e prescrição, as disposições do Código Tributário Nacional.
Nos termos do art. 103-A da Constituição Federal, as Súmulas Vinculantes aprovadas pelo Supremo Tribunal Federal, a partir de sua publicação na imprensa oficial, terão efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal No caso de lançamento por homologação, restando caracterizada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação, deixa de ser aplicado o § 4° do art. 150, para a aplicação da regra geral contida no art. 173, inciso I do CTN.
PARCELAMENTO ESPECIAL - CONTRIBUIÇÃO PATRONAL
As contribuições descontadas dos segurados não puderam ser objeto e parcelamento especial instituído pela Lei n° 10.684/2003, mas somente as contribuições a cargo da empresa.
RECURSO VOLUNTÁRIO PROVIDO EM PARTE.
Numero da decisão: 2402-000.533
Decisão: ACORDAM os membros da 4ª Câmara / 2ª Turma Ordinária da Segunda
Seção de Julgamento, I) Por maioria de votos: a) nas preliminares, em dar provimento parcial ao recurso, para excluir do lançamento as contribuições apuradas até a competência 11/2001, anteriores a 12/2001, com fundamento no artigo 173, I do CTN, nos termos do voto da Relator. Vencido o Conselheiro Rogério de Lellis Pinto, que vota em aplicar o §4°, Art. 150 do CTN. II) Por unanimidade de votos: a) no mérito, em negar provimento ao recurso, nos termos do voto da relatora.
Matéria: Pasep- ação fiscal (todas)
Nome do relator: ANA MARIA BANDEIRA
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Nos termos do art. 103-A da Constituição Federal, as Súmulas Vinculantes aprovadas pelo Supremo Tribunal Federal, a partir de sua publicação na i imprensa oficial, terão efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas i federal, estadual e municipal No caso de lançamento por homologação, restando caracterizada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação, deixa de ser aplicado o § 4° do art. 150, para a ti aplicação da regra geral contida no art. 173, inciso I do CTN. PARCELAMENTO ESPECIAL - CONTRIBUIÇÃO PATRONAL As contribuições descontadas dos segurados não puderam ser objeto e parcelamento especial instituído pela Lei n° 10.684/2003, mas soment as contribuições a cargo da empresa. ./- RECURSO VOLUNTÁRIO PROVIDO EM PARTE. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. ACORDAM os membros da 4' Câmara / r Turma Ordinária da Segunda Seção de Julgamento, I) Por maioria de votos: a) nas preliminares, em dar provimento parei "I\ ao recurso, para excluir do lançamento as contribuições apuradas até a competência 11/200 it '')J 1 anteriores a 12/2001, com fundamento no artigo 173, I do CTN, nos termos do voto da Relatora. Vencido o Conselheiro Rogério de Lellis Pinto, que vota em aplicar o §4°, Art. 150 do CTN. II) Por unanimidade de votos: a) no mérito, em negar provimento ao recurso, nos termos do voto da relatora. letL0 OLIVEIRA - Presidente • ated110-) N RIA B A9E• •Â • IRA—Relatora Participaram do presente julgamento, os Conselheiros: Marcelo Oliveira, Ana Maria Bandeira, Rogério de Lellis Pinto, Lourenço Ferreira do Prado Rycardo Henrique Magalhães de Oliveira (Convocado) e Naja Moreira Danos Mazza (Suplente). \ 2 • Processo n° 10675.001200/2007-85 52-C4T2 Acórdão n.° 2402-00.533 Fl. 270 Relatório Trata-se de lançamento de contribuições devidas à Seguridade Social, correspondentes à contribuição dos segurados arrecadadas e não recolhidas em época própria. Os fatos geradores das contribuições lançadas são as remunerações pagas aos empregados e foram apuradas em folhas de pagamento e em GFIP — Guia de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social. A notificada apresentou defesa (fls. 88/98) onde alega que ocorreu a decadência parcial do crédito lançado e informa que no período de 05/2002 até 01/2003, a exigência deve ser afastada em razão de parcelamento efetuado com base na Lei n° 10.684/2003 (PAES). Considera impróprio o encaminhamento da Representação Fiscal para Fins Penais, porque os valores encontram-se declarados e parcelados pela Lei n° 10.684/2003 e que tal parcelamento está sendo quitado rigorosamente. Pelo Acórdão n° 02-16.284 (fls. 125/128), a r Turma da DRJ/BHE considerou o lançamento procedente. r\\ Inconformada, a notificada apresentou recurso tempestivo (fls. 141/148) o V. mantém a alegação de que teria ocorrido a decadência, bem como as demais alegações. É o relatório. 3 Voto Conselheiro ANA MARIA BANDEIRA O recurso é tempestivo e deve se conhecido. A recorrente apresenta preliminar de decadência que deve ser acolhida. O lançamento em questão foi efetuado com amparo no art. 45 da Lei n° 8.212/1991. Entretanto, o Supremo Tribunal Federal, ao julgar os Recursos Extraordinários n° 556664, 559882, 559943 e 560626, negou provimento aos mesmos por unanimidade, em decisão plenária que declarou a inconstitucionalidade dos artigos 45 e 46, da Lei n. 8212/91. Na oportunidade, os ministros ainda editaram a Súmula Vinculante n° 08 a respeito do tema, a qual transcrevo abaixo: Súmula Vinculante ti "São inconstitucionais os parágrafo único do artigo 5 0 do Decreto-lei 1569/77 e os artigos 45 e 46 da Lei 8.212/91, que tratam de prescrição e decadência de crédito tributário" É necessário observar os efeitos da súmula vinculante, conforme se depreende do art. 103-A, caput, da Constituição Federal que foi inserido pela Emenda Constitucional n° 45/2004. in verbis: "Art. 103-A. O Supremo Tribunal Federal poderá, de oficio ou por provocação, mediante decisão de dois terços dos seus membros, após reiteradas decisões sobre matéria constitucional, aprovar súmula que, a partir de sua publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, bem como proceder á sua revisão ou cancelamento, na forma estabelecida em lei. (g.n) 111 Da leitura do dispositivo constitucional, pode-se concluir que, a vincula* à súmula alcança a administração pública e, por conseqüência, os julgadores no âmbito do contencioso administrativo fiscal. Da análise do caso concreto, verifica-se que o lançamento em tela refere-se a período compreendido entre 01/1997 a 01/2003 e foi efetuado em 27/04/20076, data da intimação do sujeito passivo. O Código Tributário Nacional trata da decadência no artigo 173, ab transcrito: "Art.I73 - O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-se após 5 (cinco) anos, contados: 4 Processo n° 10675.001200/2007-85 S2-C4T2 Acórdão n.° 2402-00333 Fl. 171 1 - do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado; II - da data em que se tornar definitiva à decisão que houver anulado, por vício formal, o lançamento anteriormente efetuado. Parágrafo Único - O direito a que se refere este artigo extingue- se definitivamente com o decurso do prazo nele previsto, contado da data em que tenha sido iniciada a constituição do crédito tributário pela notificação, ao sujeito passivo, de qualquer medida preparatória indispensável ao lançamento." Por outro lado, ao tratar do lançamento por homologação, o Códex Tributário definiu no art. 150, § 4 0 0 seguinte: "Art.150 - O lançamento por homologação, que ocorre quanto aos tributos cuja legislação atribua ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa, opera-se pelo ato em que a referida autoridade, tomando conhecimento da atividade assim exercida pelo obrigado, expressamente a homologa. § 4°- Se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de cinco anos a contar da ocorrência do fato gerador; expirado esse prazo sem que a Fazenda Pública se tenha pronunciado, considera-se homologado o lançamento e definitivamente extinto o crédito, salvo se comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação." Entretanto, tem sido entendimento constante em julgados do Superior Tribunal de Justiça, que nos casos de lançamento em que o sujeito passivo antecipa parte do pagamento da contribuição, aplica-se o prazo previsto no § 4° do art. 150 do CTN, ou seja, o prazo de cinco anos passa a contar da ocorrência do fato gerador uma vez que resta caracterizado o lançamento por homologação. Se, no entanto, o sujeito passivo não efetuar pagamento algum, nada há a ser homologado e, por conseqüência, aplica-se o disposto no art. 173 do CTN, em que o prazo de cinco anos passa a ser contado do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que lançamento poderia ter sido efetuado. i Para corroborar o entendimento acima, colaciono alguns julgados no mes o sentido: "TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL. TRIBUTO SUJEITO A LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO. PRAZO DECADENCIAL DE CONSTITUIÇÃO DO CRÉDITO. TERMO INICIAL. INTELIGÊNCIA DOS ARTS. 173, 1, E 150, § 4°, DO Cm . 1. O prazo decadencial para efetuar o lançamento do tributo É; em regra, o do art. 173, L do CTN, segundo o qual 'o direito de ‘ Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-se apó‘ I 5 5 (cinco) anos, contados: I - do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado 2. Todavia, para os tributos sujeitos a lançamento por homologação —que, segundo o art. 150 do CTN, 'ocorre quanto aos tributos cuja legislação atribua ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa e 'opera-se pelo ato em que a referida autoridade, tomando conhecimento da atividade assim exercida pelo obrigado, expressamente a homologa' —,há regra especifica. Relativamente a eles, ocorrendo o pagamento antecipado por parte do contribuinte, o prazo decadencial para o lançamento de eventuais difèrenças é de cinco anos a contar do fato gerador, conforme estabelece o § 4° do art. 150 do CTN. Precedentes jurisprudenciais. 3. No caso concreto, o débito é referente à contribuição previdenciá ria, tributo sujeito a lançamento por homologação, e não houve qualquer antecipação de pagamento. É aplicável, portanto, conforme a orientação acima indicada, a regra do art. 173, I, do CTN. 4. Agravo regimental a que se dá parcial provimento." (AgRg nos EREsp 216. 75815P, I" Seção, Rel. MM. Teori Albino Zavascki, DJ de 10.4.2006) "TRIBUTÁRIO. EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA. LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO. DECADÊNCIA. PRAZO QÜINQÜENAL. MANDADO DE SEGURANÇA. MEDIDA LIMINAR. SUSPENSÃO DO PRAZO. IMPOSSIBILIDADE. 1. Nas exações cujo lançamento se faz por homologação, havendo pagamento antecipado, conta-se o prazo decadencial a partir da ocorrência do fato gerador (art. 150, § 4°, do aN), que é de cinco anos. 2. Somente quando não há pagamento antecipado, ou há prova defraude, dolo ou simulação é que se aplica o disposto no art. 173, I, do CTN. Omissis. 4. Embargos de divergência providos." (EREsp 572.603/PR, I' Seção, Rel. MM. Castro Meira, DJ de 5.9.2005) No caso em tela, ainda que existam recolhimels, trata-se de situação em que se caracteriza a conduta dolosa da notificada que, embora legalmente responsável, arrecadou e deixou de recolher contribuição de terceiros. Assevere-se que o Egrégio Supremo Tribunal Federal tem decidido que, aaN contrário do crime de apropriação indébita comum, o delito de apropriação indébit previdenciária não exige, para sua configuração o animus rem sibi habendi. .(NY Processo n° 10675.001200/2007-85 52-C4T2 Acórdtto o.° 2402-00.533 Fl. 172 Nesse sentido, trata-se de dolo genérico que se caracteriza pela mera vontade livre e consciente da prática da conduta de não recolher aos cofres públicos das contribuições previdenciárias descontadas dos segurados, independentemente de qualquer outra intenção do agente. A fim de corroborar o entendimento acima, transcrevo a seguinte ementa: HC86478 / AC- ACRE RABIAS CORAIS Relator(a): Min. CÁRMEN LÚCIA Julgamento: 21/11/2006 Órgão Julgador: Primeira Turma EMENTA • HABEAS CORPUS. PENAL. TRANCAMENTO DA AÇÃO PENAL. CRIME DE APROPRIAÇÃO INDÉBITA PREVIDENCIARLA ART. 168-A DO CÓDIGO PENAL. ALEGAÇÃO DE AUSÊNCIA DE DOLO ESPECIFICO (ANIMUS REM SIM "'ADENDO. IMPROCEDÊNCIA DAS ALEGAÇÕES AÇÃO PENAL COM TRÁN SITO EM JULGADO. PREJUÍZO. ./. A discussão sobre ausência de dolo não pode ser revista na via acanhada do habeas carpas, eis que envolve reexame de matéria fática controvertida. Precedentes. 2. Relativamente à dpificação, o Supremo Tribunal Federal decidiu que "o artigo 3° da Lei n. 9.983/2000 apenas transmudou a base legal da imputação do crime da alínea 'd' do artigo 95 da Lei n. 8.212/1991 para o artigo I68-A do Código Penal, sem alterar o elemento subjetivo do tipo, que é o dolo genérico. Dai a improcedência da alegação de abolido criminis ao argumento de que a lei mencionada teria alterado o elemento subjetivo, passando a exigir o animus rem sibi i habendi". Precedentes. 3. O objeto da ação era o truncamento da ação penal, cuja decisão transitou em julgado. 4. Habeas corpus prejudicado(gn)" No mesmo sentido são as decisões exaradas nos processos RHC88144/SP, RHC 86072/PR e HC 76978/RS. Portanto, resta afastada a aplicação do § 4° do art. 150 para a aplicação do . 173 inciso I, ambos do CTN. . riAssim, considera-se que ocorreu a decadência até a competência 111*15/, inclusive relativamente às contribuições incidentes sobre 13 0 salário de 2001. cl Quanto à alegação de que no período de 05/2002 a 01/2003, a recorrente t 'a aderido ao parcelamento especial PAES, cumpre dizer que só poderiam ser consideradas no referido parcelamento as contribuições de responsabilidade da empresa. A contribuição fd segurados não poderia ser objeto de parcelamento, conforme se depreende da leitura do art, da Lei n° 10.684/2003, abaixo transcrito. Art. 5 Os débitos junto ao Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, oriundos de contribuições patronais, com vencimento até 7 28 de fevereiro de 2003, serão objeto de acordo para pagamento parcelado em até cento e oitenta prestações mensais, observadas as condições fixadas neste artigo, desde que requerido até o último dia útil do segundo mês subseqüente ao da publicação desta Lei (g.n) A recorrente alega, ainda, impropriedade por parte da auditoria fiscal em ter encaminhado a Representação Fiscal para Fins Penais. Conforme já argüido, a alegação de que a recorrente teria parcelado débitos com base na Lei n° 10.684/2003 não pode favorecê-la visto que o parcelamento em questão não englobou a contribuição dos segurados. Ademais, não cabe a esta instância administrativa de julgamento manifestar- se a respeito da elaboração RFFP, diante da constatação, pela auditoria fiscal, da ocorrência de crime, em tese. Diante do exposto e de tudo o mais que dos autos consta. Voto no sentido de CONHECER do recurso e DAR-LHE PROVIMENTO PARCIAL, para reconhecer que ocorreu a decadência até a competência 11/2001, inclusive o décimo terceiro. É como voto. Sala das Sessões, em 22 de fevereiro de 2010 did! • IA1 SAND RA - Relatora :. 4n ci., MINISTÉRIO DA FAZENDA .,,..:M.,?i, CONSELFIO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS ,...4515;;;:se QUARTA CÂMARA - SEGUNDA SEÇÃO -Processo n°: 10675.001200/2007-85 Recurso n°: 159.846 TERMO DE INTIMAÇÃO Em cumprimento ao disposto no parágrafo 3 0 do artigo 81 do Regimento Interno do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, aprovado pela Portaria Ministerial n° 256, de 22 de junho de 2009, intime-se o(a) Senhor(a) Procurador(a) Representante da Fazenda Nacional, credenciado junto à Quarta Câmara da Segunda Seção, a tomar ciência do Acórdão n° 2402-00.533 Brasili. 4 ! de abril de 2010 ELIAS S • :In' AIO FREIRE Presidente da Quarta Câmara Ciente, com a observação abaixo: [ ] Apenas com Ciência [ ] Com Recurso Especial [ ] Com Embargos de Declaração Data da ciência: / / Procurador (a) da Fazenda Nacional
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