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Numero do processo: 19515.002753/2003-39
Turma: Segunda Turma Ordinária da Quarta Câmara da Terceira Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Wed Sep 25 00:00:00 UTC 2013
Data da publicação: Fri Nov 01 00:00:00 UTC 2013
Ementa: Assunto: Normas de Administração Tributária
Período de apuração: 01/07/1999 a 31/12/2000
Ementa:
PROCESSOS ADMINISTRATIVO. PARCELAMENTO. DESISTÊNCIA TÁCITA. FATO IMPEDITIVO.
A desistência do recurso caracteriza-se como fato impeditivo do direito de recorrer, o que leva ao não conhecimento do recurso.
PROVAS - A prova dos fatos deverá ser colhida pelos meios admitidos em direito, no processo, e pela forma estabelecida em lei. Será na prova assim produzida que irá o julgador formar sua convicção sobre os fatos, sendo-lhe vedado fundamentá-la em elementos desprovidos da segurança jurídica que os princípios e normas processuais acautelam.
De acordo com a legislação, a manifestação de inconformidade mencionará, dentre outros, os motivos de fato e de direito em que se fundamenta, os pontos de discordância e as razões e provas que possuir. A mera alegação sem a devida produção de provas não é suficiente para conferir o direito creditório ao sujeito passivo.
Numero da decisão: 3402-002.188
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
ACORDAM os membros da 4ª câmara / 2ª turma ordinária da terceira seção de julgamento, por unanimidade de votos, em não conhecer de parte do recurso, em face da opção pelo PAEX. Na parte conhecida, por unanimidade de votos, em negar provimento. Votou pelas conclusões o conselheiro João Carlos Cassuli Junior.
(assinado digitalmente)
GILSON MACEDO ROSENBURG FILHO Relator e Presidente Substituto.
Participaram, ainda, do presente julgamento, os Conselheiros João Carlos Cassuli Junior, Silvia de Brito Oliveira, Francisco Maurício Rabelo de Albuquerque Silva, Fernando Luiz da Gama Lobo D Eca e Winderley Morais Pereira.
Matéria: CPMF - ação fiscal- (insuf. na puração e recolhimento)
Nome do relator: GILSON MACEDO ROSENBURG FILHO
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PARCELAMENTO. DESISTÊNCIA TÁCITA. FATO IMPEDITIVO. A desistência do recurso caracterizase como fato impeditivo do direito de recorrer, o que leva ao não conhecimento do recurso. PROVAS A prova dos fatos deverá ser colhida pelos meios admitidos em direito, no processo, e pela forma estabelecida em lei. Será na prova assim produzida que irá o julgador formar sua convicção sobre os fatos, sendolhe vedado fundamentála em elementos desprovidos da segurança jurídica que os princípios e normas processuais acautelam. De acordo com a legislação, a manifestação de inconformidade mencionará, dentre outros, os motivos de fato e de direito em que se fundamenta, os pontos de discordância e as razões e provas que possuir. A mera alegação sem a devida produção de provas não é suficiente para conferir o direito creditório ao sujeito passivo. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. ACORDAM os membros da 4ª câmara / 2ª turma ordinária da terceira SSEEÇÇÃÃOO DDEE JJUULLGGAAMMEENNTTOO, por unanimidade de votos, em não conhecer de parte do recurso, em face da opção pelo PAEX. Na parte conhecida, por unanimidade de votos, em negar provimento. Votou pelas conclusões o conselheiro João Carlos Cassuli Junior. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 19 51 5. 00 27 53 /2 00 3- 39 Fl. 326DF CARF MF Impresso em 19/11/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA EX CL UÍ DO Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 15/10/2013 por GILSON MACEDO ROSENBURG FILHO, Assinado digitalmente em 1 5/10/2013 por GILSON MACEDO ROSENBURG FILHO 2 (assinado digitalmente) GILSON MACEDO ROSENBURG FILHO – Relator e Presidente Substituto. Participaram, ainda, do presente julgamento, os Conselheiros João Carlos Cassuli Junior, Silvia de Brito Oliveira, Francisco Maurício Rabelo de Albuquerque Silva, Fernando Luiz da Gama Lobo D Eca e Winderley Morais Pereira. Relatório Como forma de elucidar os fatos contidos nos autos, reproduzo o relatório da decisão combatida, verbis: Tratase de impugnação a exigência fiscal relativa à Contribuição Provisória sobre Movimentação ou Transmissão de Valores e Créditos e Direitos de Natureza Financeira CPMF, formalizada no auto de infração de fls. 101/104. O feito, relativo a fatos geradores ocorridos nos meses de julho de 1999 a dezembro de 2000, constituiu crédito tributário no montante de R$ 70.727,88, incluídos principal, multa de ofício no percentual de 75% e juros de mora calculados até o mês anterior ao da lavratura. 2. Conforme o TERMO DE VERIFICAÇÃO E CONSTATAÇÃO FISCAL (fls. 81/82), a autuação referese à CPMF não retida e não recolhida por força de medida judicial posteriormente revogada. 3. Cientificada da exigência em 22/07/2003, em 21/08/2003, a contribuinte apresentou a impugnação de fls. 107/121, na qual alega, em síntese e fundamentalmente que: 3.1. entendendo inconstitucional a Emenda Constitucional n° 21, de 1999, ajuizou Mandado de Segurança com vistas a obter o afastamento da exigência da CPMF com base na referida emenda; a liminar pleiteada foi indeferida; no entanto, em 16/06/1999, obteve a suspensão da exigibilidade da contribuição, em despacho monocrático proferido em sede de agravo de instrumento; a suspensão da exigibilidade perdurou até 14/12/1999, data em que, em face do entendimento manifestado pelo STF nos autos da ADI n° 2.031DF, foi publicado despacho negando seguimento ao agravo de instrumento; 3.2. configurada tal situação, decidiu ingressar no Programa de Recuperação Fiscal Refis, posteriormente desistindo do mandado de segurança outrora impetrado; tendo em vista a vedação de parcelamento da CPMF, nos termos do art. 15 da Lei n° 9.311, de 1996, e considerando que caberia à optante pelo Fl. 327DF CARF MF Impresso em 19/11/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA EX CL UÍ DO Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 15/10/2013 por GILSON MACEDO ROSENBURG FILHO, Assinado digitalmente em 1 5/10/2013 por GILSON MACEDO ROSENBURG FILHO Processo nº 19515.002753/200339 Acórdão n.º 3402002.188 S3C4T2 Fl. 101 3 Refis unicamente a entrega do “Termo de Opção”, ficando a consolidação dos débitos em aberto a cargo do Comitê Gestor do Programa, a impugnante protocolou consulta à Secretaria da Receita Federal requerendo fosse esclarecido se aqueles débitos estariam abrangidos pelo parcelamento, sendo a resposta daquele órgão positiva. 3.3. tendo aderido ao Refis, seus débitos de CPMF vencidos até 29/02/2000 teriam sido automaticamente incluídos no referido programa: Diante da cristalina redação dos dispositivos legais acima citados [artigos 1º e 2° da Lei n° 9.964, de 2000], notadamente o § 3º do artigo 2° concluise que, uma vez feita a opção pelo REFIS, todos os débitos da pessoa jurídica optante para com a União seriam consolidados e parcelados nos termos daquela lei, inclusive os débitos de CPMF. (destaques no original) 3.4. em face disso e da vedação de parcelamento de CPMF veiculada pelo art. 15 da Lei n° 9.311, de 1996, o objeto da consulta formalizada pela autuada era unicamente saber se seus débitos de CPMF já estavam efetivamente incluídos no Refis: (...) tendo em vista que no momento do protocolo da consulta a ora Impugnante já optara pelo REFIS, bem como que, de acordo com a Lei n° 9.964, a consolidação dos débitos ficava por conta do Comitê Gestor do Refis, concluise que a então consulente pretendia unicamente esclarecer se seus débitos de CPMF em aberto restavam incluídos no referido parcelamento especial, (destaques no original) 3.5. assim, os débitos de CPMF vencidos até 29/02/2000 não poderiam ter sido lançados, pois, de acordo com a Solução de Consulta SRRF/8ªRF/DISIT n° 147/01, tais débitos já estariam incluídos no Refis: “Com efeito, tendo a impugnante cumprido todas as "normas, prazos e condições da legislação específica", certo é que seus débitos de CPMF com vencimento até 29/02/2000 estão incluídos no REFIS. De fato, o simples fato de a impugnante ter sido admitida no Programa e vir recolhendo pontualmente as parcelas já é bastante para comprovar a observância das disposições normativas específicas do REFIS, assim como ressalvado na Solução de Consulta em tela. Qualquer alegação em sentido contrário colidiria frontalmente com o artigo 5º da Lei nº 9.964, que(...)” 3.6. a desistência do mandado de segurança por meio do qual buscava o afastamento da exigência da CPMF com base na Emenda Constitucional n° 21, de 1999, ocorreu apenas com vistas à inclusão no Refis dos débitos com vencimento até 29/02/1999, e não implica em desistência de discutir a constitucionalidade da referida emenda; além disso, o fato de o STF ter negado provimento à ADIN n° 2.031DF na parte em que analisou a EC n° 21/99, não implica ter sido reconhecida a constitucionalidade daquela emenda, o que somente se Fl. 328DF CARF MF Impresso em 19/11/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA EX CL UÍ DO Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 15/10/2013 por GILSON MACEDO ROSENBURG FILHO, Assinado digitalmente em 1 5/10/2013 por GILSON MACEDO ROSENBURG FILHO 4 verificaria na hipótese de concessão de provimento em Ação Declaratória de Constitucionalidade; ademais, somente caso fosse decretada a inconstitucionalidade da EC nº 21/99 é que poderseia falar em eficácia erga omnes e vinculante, de modo que é perfeitamente possível a discussão da constitucionalidade da emenda em tela; a jurisprudência dos Conselhos de Contribuintes é no sentido de que a autoridade administrativa pode e deve apreciar alegações de inconstitucionalidade da lei; 3.7. assim, no que diz respeito à contribuição relativa a fatos geradores cujos vencimentos são posteriores a 29/02/2000, o lançamento seria indevido, pois a CPMF não poderia ser exigida com base na Emenda Constitucional n° 21, de 1999, uma vez que referida emenda seria inconstitucional, por afronta à garantia disposta no inciso I, do artigo 150, combinada com a expressa exigência contida nos artigos 195, § 4º, e 154, I, da Carta Magna; A 9ª Turma da DRJ/SP(I) julgou improcedente a impugnação, nos termos do Acórdão nº 02.989, de 24 de março de 2003, cuja ementa abaixo reproduzo: Assunto: Contribuição Provisória sobre Movimentação ou Transmissão de Valores e de Créditos e Direitos de Natureza Financeira CPMF Período de apuração: 01/07/1999 a 31/12/2000 Ementa: REFIS. DÉBITO NÃO DECLARADO. INCLUSÃO. Somente por meio da Declaração Refis podiam ser incluídos no referido programa os débitos não previamente confessados/declarados. LANÇAMENTO DE OFÍCIO. CONTESTAÇÃO. ÔNUS DA PROVA. Cabe à autoridade lançadora provar a ocorrência do fato constitutivo do direito de lançar do fisco. Comprovado o direito de lançar, cabe ao sujeito passivo alegar fatos impeditivos, modificativos ou extintivos e, além de alegálos, comproválos efetivamente, nos termos do Código de Processo Civil, que estabelece as regras de distribuição do ônus da prova aplicáveis ao PAF, subsidiariamente. CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE. O controle de constitucionalidade da legislação que fundamenta o lançamento é de competência exclusiva do Poder Judiciário e, no sistema difuso, centrado em última instância revisional no STF. Inconformado com a decisão proferida pela primeira instância administrativa, o sujeito passivo apresentou recurso voluntário, no qual alega em brevíssima síntese que: a) Os débitos cujos vencimentos se deram até 29/02/2000 já estão sendo pagos pela recorrente, eis que incluídos no Programa de Recuperação Fiscal – REFIS; b) A Lei nº 9.964/2000 que instituiu o REFIS prevê a inclusão de todos os débitos da pessoa jurídica optante, constituídos ou não, não condicionando tal consolidação à confissão dos mesmos; e Fl. 329DF CARF MF Impresso em 19/11/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA EX CL UÍ DO Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 15/10/2013 por GILSON MACEDO ROSENBURG FILHO, Assinado digitalmente em 1 5/10/2013 por GILSON MACEDO ROSENBURG FILHO Processo nº 19515.002753/200339 Acórdão n.º 3402002.188 S3C4T2 Fl. 102 5 c) Os débitos referentes ao período de apuração compreendido entre 03/2000 e 12/2000 foram incluídos no PAEX. Termina sua petição recursal requerendo a reforma da decisão bombardeada para fins de cancelar o auto de infração. É o relatório. Voto Conselheiro Gilson Macedo Rosenburg Filho. O recurso foi apresentado com observância do prazo previsto. Quanto aos demais requisitos de admissibilidade passo a análise. Fatos Geradores: 02/2000 a 12/2000. Em 31 de agosto de 2006 o recorrente protocolou petição requerendo a desistência parcial do recurso, em relação aos períodos de apuração 02/2000 a 12/2000, em virtude de sua opção ao parcelamento excepcional previsto na MP nº 303/2006. Consoante noção cediça, a adesão a qualquer parcelamento importa na renúncia ao direito sobre o qual se funda o recurso interposto, nos termos do art. 78 do Regimento Interno do CARF. Art. 78. Em qualquer fase processual o recorrente poderá desistir do recurso em tramitação. § 1° A desistência será manifestada em petição ou a termo nos autos do processo. § 2° O pedido de parcelamento, a confissão irretratável de dívida, a extinção sem ressalva do débito, por qualquer de suas modalidades, ou a propositura pelo contribuinte, contra a Fazenda Nacional, de ação judicial com o mesmo objeto, importa a desistência do recurso. § 3º No caso de desistência, pedido de parcelamento, confissão irretratável de dívida e de extinção sem ressalva de débito, estará configurada renúncia ao direito sobre o qual se funda o recurso interposto pelo sujeito passivo, inclusive na hipótese de já ter ocorrido decisão favorável ao recorrente, descabendo recurso da Procuradoria da Fazenda Nacional por falta de interesse. O direito a recorrer está sujeito à observância de requisitos mínimos impostos por lei, cuja ausência implica a pronta inadmissão da peça recursal, sem que se investigue ser procedente ou improcedente a própria irresignação veiculada no recurso. As atividades do julgador direcionadas para aferição da presença desses pressupostos recebem o nome de juízo de admissibilidade. Esse juízo antecede lógica e cronologicamente um outro subseqüente juízo, qual seja o juízo de mérito, no qual é analisada a pretensão recursal. Fl. 330DF CARF MF Impresso em 19/11/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA EX CL UÍ DO Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 15/10/2013 por GILSON MACEDO ROSENBURG FILHO, Assinado digitalmente em 1 5/10/2013 por GILSON MACEDO ROSENBURG FILHO 6 O professor Barbosa Moreira observa que a questão relativa à admissibilidade é, sempre e necessariamente, preliminar à questão de mérito. A apreciação desta fica excluída se àquela se responde em sentido negativo. Os requisitos viabilizadores do exame do mérito recursal são divididos pelo professor Barbosa Moreira em duas categorias: “requisitos intrínsecos (concernentes à própria existência do poder de recorrer) e requisitos extrínsecos (relativos ao modo de exercêlo)”. Alinhamse no primeiro grupo o cabimento, a legitimidade para recorrer, o interesse recursal e a inexistência de fato impeditivo ou extintivo do poder de recorrer. O segundo grupo é composto pela tempestividade, a regularidade formal e o preparo. Temos a consciência de que nem todos os requisitos de admissibilidade devem ser observados no âmbito do processo administrativo. Contudo, ao examinar a possibilidade de seguimento do recurso, o julgador administrativo deve estar atento para alguns dos requisitos, a saber: o interesse recursal, a legitimidade, a inexistência de fato impeditivo ou extintivo do poder de recorrer, a regularidade formal e a tempestividade. Atendidos todos eles, fica permitida a análise do meritum causae. Portanto ao protocolar a declaração REFIS, incluindo débitos referentes aos períodos de apuração de janeiro a dezembro de 2005, o sujeito passivo desistiu tacitamente do recurso voluntário ora analisado. Como a desistência é um fato impeditivo do direito de recorrer, uma vez que a interposição do recurso seria um ato incompatível com o anteriormente realizado, deixo de conhecer dessa parte do recurso voluntário impetrado pelo sujeito passivo. Fatos Geradores: 07/1999 a 31/01/2000. Quanto aos períodos de apuração compreendidos entre 07/1999 e 01/2000, identifico os demais requisitos de admissibilidade e passo a análise de mérito. Segundo os autos, o auto de infração objeto dessa lide visou constituir os créditos tributários da CPMF referentes aos períodos de apuração de 07/1999 a 12/2000. Como o recorrente desistiu do recurso quanto aos períodos de apuração 02/2000 a 12/2000, restou, então, como objeto de discussão neste processo os períodos de apuração 07/1999 a 01/2000. O contribuinte alega que esses débitos estão incluídos no REFIS, fato que inviabilizaria a feitura do auto de infração. Por sua vez, a Instância a quo entendeu que o sujeito passivo deveria ter indicado os débitos ora em discussão na DCTF ou na declaração REFIS para que estes fizessem parte da consolidação do programa. Compulsando os autos, observase que: a) O recorrente efetuou a opção pelo Parcelamento REFIS em 25/04/2000, tendo recebido, posteriormente, a confirmação de sua inclusão no programa; b) Na Declaração REFIS apresentada pelo recorrente não foram declarados os créditos tributários referentes à CPMF dos períodos de apuração compreendidos entre 07/1999 e 01/2000; Fl. 331DF CARF MF Impresso em 19/11/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA EX CL UÍ DO Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 15/10/2013 por GILSON MACEDO ROSENBURG FILHO, Assinado digitalmente em 1 5/10/2013 por GILSON MACEDO ROSENBURG FILHO Processo nº 19515.002753/200339 Acórdão n.º 3402002.188 S3C4T2 Fl. 103 7 c) Não houve recolhimentos dos valores devidos a título de CPMF, referentes ao período em discussão, tampouco, informação em DCTF. O sujeito passivo não nega a existência do fato gerador que originou o lançamento tributário. Afirma que há um fato impeditivo para a constituição do crédito tributário. Ressalto que não houve produção de provas por parte da recorrente que sustentasse sua antítese. Sabemos que o momento apropriado para apresentação das provas que comprovem suas alegações é na propositura da impugnação. Temos conhecimento, também, que a regra fundamental do sistema processual adotado pelo Legislador Nacional, quanto ao ônus da prova, encontrase cravada no art. 333 do Código de Processo Civil, in verbis: Art. 333. O ônus da prova incumbe: I – ao autor, quanto ao fato constitutivo do seu direito; II – ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor. Tal dispositivo é a tradução do princípio de que o ônus da prova cabe a quem dela se aproveita. E esta formulação também foi, com as devidas adaptações, trazida para o processo administrativo fiscal, posto que a obrigação de provar foi expressamente atribuída para a autoridade Fiscal quando realiza o lançamento tributário e para o sujeito passivo, quando o processo tratar de pedido de repetição de indébito. Nada obstante, o ônus da prova é invertido no caso de alegação da existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito. Na lide em epígrafe, o recorrente não se insurgiu contra a ocorrência do fato gerador da CPMF no período em lide, afirmou, apenas, que optou pelo REFIS em data anterior a ocorrência das hipóteses de incidência da exação. Essa afirmação, sem contestar a ocorrência do fato gerador, inverteu o ônus da prova. Em virtude dessas considerações, é importante relembrar alguns preceitos que norteiam a busca da verdade real por meio de provas materiais. A finalidade da prova é a formação da convicção do julgador quanto à existência dos fatos. Em outras linhas, um dos principais objetivos do direito é fazer prevalecer a justiça. Para que uma decisão seja justa, é relevante que os fatos estejam provados a fim de que o julgador possa estar convencido da sua ocorrência. Segundo Francesco Carnelutti: (...) as provas são fatos presentes sobre os quais se constrói a probabilidade da existência ou inexistência de um fato passado. A certeza resolvese, a rigor, em uma máxima probabilidade. A certeza vai se formando através dos elementos da ocorrência do fato que são colocados pelas partes interessadas na solução da lide. Mas não basta ter certeza, o julgador tem que estar convencido para que sua visão do fato esteja a mais próxima possível da verdade. Nas linhas de Moacir Amaral Santos: Fl. 332DF CARF MF Impresso em 19/11/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA EX CL UÍ DO Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 15/10/2013 por GILSON MACEDO ROSENBURG FILHO, Assinado digitalmente em 1 5/10/2013 por GILSON MACEDO ROSENBURG FILHO 8 A prova dos fatos fazse por meios adequados a fixálos em juízo. Por esses meios, ou instrumentos, os fatos deverão ser transportados para o processo, seja pela sua reconstrução histórica, ou sua representação. Francesco Carnelutti compara a atividade de julgar com a atividade de um historiador: (...) o historiador indaga no passado para saber como as coisas ocorreram. O juízo que pronuncia é reflexo da realidade ou mais exatamente juízo de existência. Já o julgador encontrase ante uma hipótese e quando decide converte a hipótese em tese, adquirindo a certeza de que tenha ocorrido ou não o fato. Estar certo de um fato quer dizer conhecêlo como se houvesse visto. Moacir Amaral Santos conceitua prova: No sentido objetivo, como os meios destinados a fornecer ao julgador o conhecimento da verdade dos fatos. Mas a prova no sentido subjetivo é aquela que se forma no espírito do julgador, seu principal destinatário, quanto à verdade desse fatos. A prova, então, consiste na convicção que as provas produzidas no processo geram no espírito do julgador quanto à existência ou inexistência dos fatos. Compreendida como um todo, reunindo seus dois caracteres, objetivo e subjetivo, que se completam e não podem ser tomados separadamente, apreciada como fato e como indução lógica, ou como meio com que se estabelece a existência positiva ou negativa do fato probando e com a própria certeza dessa existência. Como o julgador sempre tem que decidir, ele deve ter bom senso na busca pela verdade, evitando a obsessão que pode prejudicar a justiça célere. Mas a impossibilidade de conhecer a verdade absoluta não significa que ela deixe de ser perseguida como um relevante objetivo da atividade probatória. A verdade encontrase ligada à prova, pois é por meio desta que se torna possível afirmar idéias verdadeiras, adquirir a evidência da verdade, ou certificarse de sua exatidão jurídica. Ao direito somente é possível conhecer a verdade por meio das provas. Posto isto, concluímos que a finalidade imediata da prova é reconstruir os fatos relevantes para o processo e a mediata é formar a convicção do julgador. Os fatos não vêm simplesmente prontos, tendo que ser construídos no processo, pelas partes e pelo julgador. Após a montagem desse quebracabeça, a decisão se dará com base na valoração das provas que permitirá o convencimento da autoridade julgadora. Assim, a importância da prova para uma decisão justa vem do fato dela dar verossimilhança às circunstâncias a ponto de formar a convicção do julgador. Regressando aos autos, como já mencionado, o recorrente não apresentou indícios mínimos de seu direito, de sorte que me sinto na obrigação de julgar com os dados constantes nos autos. Neste contexto, não vislumbro razões para reformar a decisão de primeira instância uma vez que sua decisão foi baseada nos fundamentos jurídicos constantes dos autos e a consequente subsunção aos fundamentos legais que regiam a matéria à época dos fatos geradores. Fl. 333DF CARF MF Impresso em 19/11/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA EX CL UÍ DO Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 15/10/2013 por GILSON MACEDO ROSENBURG FILHO, Assinado digitalmente em 1 5/10/2013 por GILSON MACEDO ROSENBURG FILHO Processo nº 19515.002753/200339 Acórdão n.º 3402002.188 S3C4T2 Fl. 104 9 Diante desse quadro, não vejo motivos para reformar a decisão da DRJ, que merece ser mantida pelos próprios fundamentos, verbis: A Lei nº 9.964, de 10 de abril de 2000 institui o Programa de Recuperação Fiscal – REFIS, nos seguintes termos: “Art. 1º É instituído o Programa de Recuperação Fiscal Refis, destinado a promover a regularização de créditos da União, decorrentes de débitos de pessoas jurídicas, relativos a tributos e contribuições, administrados pela Secretaria da Receita Federal e pelo Instituto Nacional do Seguro Social INSS, com vencimento até 29 de fevereiro de 2000, constituídos ou não, inscritos ou não em divida ativa, ajuizados ou a ajuizar, com exigibilidade suspensa ou não, inclusive os decorrentes de falta de recolhimento de valores retidos. (...) Art. 2º O ingresso no Refis darseá por opção da pessoa jurídica, que fará jus a regime especial de consolidação e parcelamento dos débitos fiscais a que se refere o art. 1º. § 1º A opção poderá ser formalizada até o último dia útil do mês de abril de 2000. § 2º Os débitos existentes em nome da optante serão consolidados tendo por base a data da formalização do pedido de ingresso no Refis. § 3º A consolidação abrangerá todos os débitos existentes em nome da pessoa jurídica, na condição de contribuinte ou responsável, constituídos ou não, inclusive os acréscimos legais relativos a multa, de mora ou de oficio, a juros moratórios e demais encargos, determinados nos termos da legislação vigente à época da ocorrência dos respectivos fatos geradores”. Diversamente do afirmado pela impugnante, a consolidação dos débitos existentes em nome da optante determinada pela lei abrange tão somente os débitos já declarados. No entanto, era possível ao contribuinte confessar débitos já existentes e ainda não declarados. Tal possibilidade foi regulamentada pela Instrução Normativa SRF n° 043 de 25 de abril de 2000, que assim dispõe: “Art. 2º A Declaração Refis será apresentada, até 30 de junho de 2000, pelo estabelecimento matriz da pessoa jurídica ou a ela equiparada, na forma da legislação pertinente, que efetuou a opção, com a finalidade de: I confessar débitos com vencimento até 29 de fevereiro de 2000, não declarados ou não confessados à Secretaria da Receita Federal SRF, total ou parcialmente; II prestar informações relativas a: (...) Fl. 334DF CARF MF Impresso em 19/11/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA EX CL UÍ DO Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 15/10/2013 por GILSON MACEDO ROSENBURG FILHO, Assinado digitalmente em 1 5/10/2013 por GILSON MACEDO ROSENBURG FILHO 10 § 2° Os valores relativos a débitos de impostos e contribuições já declarados ou confessados anteriormente à SRF, inclusive mediante pedido de parcelamento já concedido ou de parcelamento ou compensação ainda pendente de decisão, não deverão ser informados na Declaração Refis. § 3º Na hipótese de débitos declarados ou confessados anteriormente a menor, somente serão incluídos na Declaração Refis os valores correspondentes às diferenças não declaradas ou confessadas. § 4º Os débitos relativos às contribuições para o PIS/Pasep e Cofins, não declarados em DCTF Declaração de Contribuições e Tributos Federais ou Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais, deverão ser confessados por meio da Declaração Refis, ainda que as bases de cálculo ou os valores da contribuição já tenham sido informados na Declaração de Imposto de Renda da Pessoa Jurídica DIRPJ, não se aplicando, neste caso, o disposto nos parágrafos anteriores”. 8. O texto da instrução normativa não deixa dúvidas. Se a contribuinte tinha débitos de tributos federais abrangidos pelo Refis e ainda não declarados, poderia incluir tais débitos no referido programa. No entanto, tal inclusão somente seria possível por meio da Declaração Refis, que tinha natureza de confissão de dívida. 9. Oportuno observar que, no caso em exame, não era possível a consolidação e inclusão dos débitos pelo Comitê Gestor do Refis, pois a SRF nem ao menos conhecia tais débitos. Ademais, mesmo nos casos em que os débitos de CPMF fossem de conhecimento da SRF em virtude de declarações apresentadas ; pelas instituições financeiras, a inclusão automática também não poderia ser feita, uma vez que tais declarações, fornecidas pelos responsáveis tributários, sendo informações prestadas por terceiros, não têm a natureza de confissão de dívida do contribuinte devedor, como têm a DCTF e os débitos incluídos em pedidos de parcelamento. (...) Como já acima observado, tratandose de débitos não declarados em DCTF, sua inclusão no Refis somente seria possível se estes fossem informados na Declaração Refis. No entanto, a cópia da Declaração Refis juntada à impugnação evidencia que a contribuinte não informou à SRF, por meio da mencionada declaração, nenhum débito, de nenhum tributo. Assim, ao não informálos na referida declaração, a contribuinte não cumpriu as normas, prazos, e condições da legislação específica indispensáveis, conforme a Solução de Consulta, para que os débitos pudessem ser objeto do Programa de Recuperação Fiscal Refis. 13. Se a contribuinte não confessou os débitos em questão por meio da Declaração Refis e não o fez, conforme demonstra a cópia da referida declaração , a inclusão desses débitos em tal programa, somente seria possível se os débitos já tivessem sido previamente declarados em DCTF. Assim, ao alegar que o lançamento não poderia ter sido efetuado por estarem referidos Fl. 335DF CARF MF Impresso em 19/11/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA EX CL UÍ DO Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 15/10/2013 por GILSON MACEDO ROSENBURG FILHO, Assinado digitalmente em 1 5/10/2013 por GILSON MACEDO ROSENBURG FILHO Processo nº 19515.002753/200339 Acórdão n.º 3402002.188 S3C4T2 Fl. 105 11 débitos incluídos no Programa de Recuperação Fiscal, a autuada deveria comprovar sua alegação, apresentando cópias das DCTFs relativas aos respectivos períodos de apuração, entregues antes da Declaração Refis, nas quais os valores da CPMF tivessem sido declarados como devidos. No entanto, á impugnante não juntou tais documentos, não logrando comprovar sua alegação, embora lhe coubesse tal responsabilidade, conforme preceitua o art. 16, III, do Decreto n° 70.235, de 1972. Agora digo eu. A falta de comprovação de que os créditos tributários objeto desta lide foram declarados em DCTF ou na Declaração REFIS tornou inviável a apuração da probabilidade de suas alegações. Isto posto, não conheço de parte do recurso referente aos períodos de apuração compreendidos entre 02/2000 e 12/2000 em face da desistência do recurso. Na parte conhecida, nego provimento. É como voto. Sala de sessões, 25/09/2013 Gilson Macedo Rosenburg Filho Fl. 336DF CARF MF Impresso em 19/11/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA EX CL UÍ DO Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 15/10/2013 por GILSON MACEDO ROSENBURG FILHO, Assinado digitalmente em 1 5/10/2013 por GILSON MACEDO ROSENBURG FILHO
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Numero do processo: 13839.001259/2004-07
Turma: Segunda Turma Ordinária da Quarta Câmara da Terceira Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Thu Apr 07 00:00:00 UTC 2011
Numero da decisão: 3402-000.202
Decisão: Resolvem os membros da 4ª câmara / 2ª turma ordinária da terceira SEÇÃO DE JULGAMENTO, por unanimidade de votos, converter o julgamento do recurso em diligência.
Matéria: CPMF - ação fiscal- (insuf. na puração e recolhimento)
Nome do relator: SILVIA DE BRITO OLIVEIRA
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Resolvem os membros da 4ª câmara / 2ª turma ordinária da terceira SSEEÇÇÃÃOO DDEE JJUULLGGAAMMEENNTTOO, por unanimidade de votos, converter o julgamento do recurso em diligência. Nayra Bastos Manatta Presidente Sílvia de Brito Oliveira Relatora Participaram, ainda, do presente julgamento, os Conselheiros Júlio César Alves Ramos, Angela Sartori, Sílvia de Brito Oliveira, Fernando Luiz da Gama Lobo D'Eça e Nayra Bastos Manatta. Fl. 444DF CARF MF Emitido em 13/05/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 25/04/2011 por SILVIA DE BRITO OLIVEIRA Assinado digitalmente em 25/04/2011 por SILVIA DE BRITO OLIVEIRA, 04/05/2011 por NAYRA BASTOS MANATT A Processo nº 13839.001259/200407 Resolução n.º 3402000.202 S3C4T2 Fl. 632 2 RELATÓRIO Tratase de auto de infração lavrado para formalizar a exigência de Contribuição Provisória sobre Movimentação ou Transmissão de Valores e de Créditos e Direitos de Natureza Financeira (CPMF) decorrente de fatos geradores ocorridos no período de 15 de agosto de 1999 a 23 de novembro de 2003. A autuação decorreu de procedimento de verificação da suficiência dos depósitos judiciais efetuados em virtude do Mandado de Segurança n° 1999.61.05.0090637, da 2ª Vara Federal de CampinasSP, com sentença transitada em julgado desfavorável à contribuinte. Nesse procedimento, com base na Declaração n° 0800085 prestada pelo Banco Itaú S/A, verificouse que, em 22 de novembro de 2000 ocorreu movimentação financeira sujeita à incidência da CPMF no valor de R$ 20.468.037,48 (vinte milhões quatrocentos e sessenta e oito mil trinta e sete reais e quarenta e oito centavos) sem que houvesse o depósito judicial correspondente à CPMF. Na impugnação da exigência tributária, a contribuinte reconheceu a procedência de parte do auto de infração e alegou que os débitos constantes da Declaração n° 0800085 foram totalmente extintos. A Delegacia da Receita Federal do Brasil de Julgamento em CampinasSP (DRJ/CPS) julgou o lançamento procedente, ensejando a interposição de recurso voluntário para alegar, em síntese, que a Declaração n° 0800085 possui erro material, pois sua movimentação bancária no mês de novembro de 2000 não possui nenhum débito sujeito a incidência da CPMF no valor de R$ 20.468.037,48 (vinte milhões quatrocentos e sessenta e oito mil trinta e sete reais e quarenta e oito centavos). Para comprovar sua alegação, a recorrente trouxe aos autos, às fls. 604 a 627, extrato de sua movimentação no Banco Itaú S/A relativo ao mês de novembro de 2000 e, ao final, solicitou a juntada de extratos bancários e a produção de prova pericial e a reforma da decisão recorrida para cancelar integralmente o auto de infração. É o relatório. VOTO Conselheira Sílvia de Brito Oliveira, Relatora O litígio encontrase restrito à exigência tributária decorrente da aplicação da alíquota vigente da CPMF sobre a base de cálculo de valor igual a R$ 20.468.037,48, cujo fato gerador ocorreu em 22 de novembro de 2000. Essa exigência possui como suporte fático a Declaração do Banco Itaú S/A da fl. 425 à qual a recorrente opôs extrato de sua movimentação naquele banco no referido mês. Em face disso, devem estes autos retornar à unidade preparadora para que a fiscalização intime a contribuinte a apresentar os extratos bancários de todas as movimentações financeiras sujeitas à incidência da CPMF realizadas no Banco Itaú S/A no mês de novembro de 2000 e oficie essa instituição financeira a ratificar ou não a Declaração n° 0800085, Fl. 445DF CARF MF Emitido em 13/05/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 25/04/2011 por SILVIA DE BRITO OLIVEIRA Assinado digitalmente em 25/04/2011 por SILVIA DE BRITO OLIVEIRA, 04/05/2011 por NAYRA BASTOS MANATT A Processo nº 13839.001259/200407 Resolução n.º 3402000.202 S3C4T2 Fl. 633 3 juntando os extratos comprobatórios da movimentação financeira que deu origem à exigência da CPMF sobre o valor de R$ 20.468.037,48 (vinte milhões quatrocentos e sessenta e oito mil trinta e sete reais e quarenta e oito centavos). Diante dessas considerações, voto por converter o julgamento do recurso voluntário em diligência. Sala das Sessões, em 07 de abril de 2011 Relatora Sílvia de Brito Oliveira Fl. 446DF CARF MF Emitido em 13/05/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 25/04/2011 por SILVIA DE BRITO OLIVEIRA Assinado digitalmente em 25/04/2011 por SILVIA DE BRITO OLIVEIRA, 04/05/2011 por NAYRA BASTOS MANATT A
score : 1.0
Numero do processo: 16327.000750/2002-17
Turma: Segunda Turma Ordinária da Quarta Câmara da Terceira Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Wed Aug 10 00:00:00 UTC 2005
Data da publicação: Wed Aug 10 00:00:00 UTC 2005
Ementa: NORMAS PROCESSUAIS. CERCEAMENTO DO DIREITO DE DEFESA. NÃO APRECIAÇÃO DE ARGUMENTO ADUZIDO NA IMPUGNAÇÃO. Configura cerceamento do direito de defesa do contribuinte e implica nulidade da decisão proferida a ausência de exame da matéria central aduzida pela impugnante. Processo anulado.
Numero da decisão: 204-00478
Decisão: Por maioria de votos, anulou-se o processo a partir da decisão recorrida, inclusive. Vencidos os Conselheiros Flávio de Sá Munhoz e Sandra Barbon Lewis. Fez sustentação oral pela recorrente, o Dr. Luiz Eduardo de C. Girotto.
Matéria: CPMF - ação fiscal- (insuf. na puração e recolhimento)
Nome do relator: Júlio César Alves Ramos
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Publicado no Diário Oficial da União Processo nQ : 16327.000750/2002-17 De I / E? Recurso n2 : 127.458 40. Acórdão n 204-00.478 ISTO Recorrente : PACTUAL CORRETORA DE VALORES MOBILIÁRIOS (ATUAL DENOMINAÇÃO DE BANCO SISTEMA S/A) • Recorrida : DRJ em São Paulo -SP • NORMAS PROCESSUAIS. CERCEAMENTO DO DIREITO NoN. FAzErnN CC DE DEFESA. NÃO APRECIAÇÃO DE ARGUMENTO CO"' O ORlGIIIAL ADUZIDO NA IMPUGNAÇÃO. Configura cerceamento do RR' e2 3 ..... direito de defesa do contribuinte e implica nulidade da decisão proferida a ausência de exame da matéria central aduzida pela impugnante. Processo anulado. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos de recurso interposto por PACTUAL CORRETORA DE VALORES MOBILIÁRIOS (ATUAL DENOMINAÇÃO . DE BANCO SISTEMA S/A). ACORDAM os Membros da Quarta Câmara do Segundo Conselho de Contribuintes, por maioria de votos, em anular o processo a partir da decisão recorrida, inclusive. Vencidos os Conselheiros Flávio de Sá Munhoz e Sandra Barbon Lewis. Fez sustentação oral pela recorrente, o Dr. Luiz Eduardo de C. Girotto. Sala das Sessões, em 10 de agosto de 2005. enritret"deiro'eVrreg;:'-e" Presidente r J o César4Álves os ator Participaram, ainda, do presente julgamento os Conselheiros Jorge Freire, Flávio de Sá Munhoz, Nayra Bastos Manatta, Rodrigo Bernardes de Carvalho, Sandra Barbon Lewis e Adriene Maria de Miranda. 1 212 CC-MF Ministério da Fazenda COM O g,4 Fl.tP:A.-;:n - Segundo Conselho de Contribuintes BR 13.1 ...... ..... "" Processo n9 : 16327.000750/2002-17 VISTO Recurso n2 : 127.458 Acórdão n : 204-00.478 Recorrente : PACTUAL CORRETORA DE VALORES MOBILIÁRIOS (ATUAL DENOMINAÇÃO DE BANCO SISTEMA S/A) RELATÓRIO Por bem descrever os fatos de que trata o processo, adoto o Relatório a decisão recorrida que passo a tÉanscrever. Em 28/11/2001 o contribuinte tomou ciência cio Termo de Intimação Fiscal (ll. 10), solicitando-lhe a comprovar a entrega, justificar a não entrega ou a apresentar as Declarações da Contribuição Provisória sobre Movimentação ou Transmissão de Valores e de créditos e direitos de Natureza Financeira — Declaração da CPMF, conforme segue: Declaração Trimestral - ano-calendário de 1999: 1° trimestre - ano-calendário de 2000: 4° trimestre Declaração Mensal - ano-calendário 2000 janeiro a dezembro Declaração Anual de Não Incidência -,ano-calendário de 1999 Declaraçã o Mensal — Medidas Judiciais: - ano-calendário de 2000: agosto, novembro e dezembro 2. Apresentou as cópias dos recibos das declarações solicitadas (fls. 12 a 25), com datas de recepção entre 18 e 20 de dezembro de 2001. 3. Como conseqüência da revisão interna, em 04/03/2002, foi emitido o Auto de Infração (fls. 02 a 05), conforme: Multa regulamentar por atraso na entrega de declaração CPMF Crédito tributário apurado: Enquadramento legal: art. 11, § 3°, do Decreto-lei n°1.968/82, com redação dada pelo Decreto-lei 2.065/83, por força do previsto no Decreto-lei 2.124/84 MP 2.037-21, de 25/08/2000 e reedições, convalidadas pelas MP 2.113-26 e MP 2.158- 33 e alterações posteriores 4. Tendo tomado ciência do Auto de Infração em 13/03/2002 (fl. 27), o contribuinte apresentou impugnação em 12/04/2002 (fls. 28 a 55) e documentos anexos (fls. 56 a 105). 5. O impugnante inicia sua argumentação afirmando que, no seu entender, é totalmente ilegal a exigência feita. 6. A seguir, argúi a nulidade do Auto de Infração, alegando ter sido infringido o artigo 142 do Código Tributário Nacional (CTN), Lei 5.172, de 25 de outubro de 1966, pois a multa teria sido lançada com valor acima do correto. Para justificar, argumenta que o 2 • MIN. 0A MENU - 20 CC COEirf: COM O (VAGINAL 22 CC-MF Ministério da Fazenda a2 col Segundo Conselho de Contribuintes Fl. , • -, VISTO Processo n2 : 16327.000750/2002-17 Recurso n2 : 127.458 Acórdão n2 : 204-00.478 Auditor Fiscal imputou à declaração do 1 0 trimestre de 1999 a data de entrega em fevereiro, quando, segundo o impugnante, a data correta deveria ser abril de 1999. 6.1. Aduz que, na doutrina e na jurisprudência, o lançamento só é considerado válido se • observar todos os requisitos legais previstos no artigo 142 do CTN. 7.Passa a argumentar que é ilegal a exigência das declarações mensais. 7.1. Sustenta que não há respaldo legal para a aplicação de multa concernente às declarações mensais. Inicia transcrevendo os artigos 11 e 19 da lei 9.311/96 e o artigo 1° da Portaria MF 106/97, para concluir que as declarações mensais exigidas extrapolam os limites traçados pela lei citada, violando o artigo 97 do CTN. Sua alegação é que a lei restringe a solicitação de informações às "necessárias à identificação dos contribuintes e os valores globais das respectivas operações ". E as Instruções Normativas da SRF que regulam e definem as declarações mensais a serem apresentadas solicitam informações sobre dados contábeis e técnicos, muito além daquelas legalmente previstas. 7.2. Citando mais uma vez o artigo 97 do Código Tributário Nacional (CTIV), conclui que o impugnante não pode ser compelido ao pagamento de uma multa, cuja obrigação não se encontra prevista em lei. 8. Cita que o Auto de Infração não dispõe de verdadeiro motivo, qual seja, a ocorrência de um lançamento de oficio de multa, cuja situação factual não está consentânea ao texto legal. Apresenta diversas citações e acórdãos, pretendendo corroboração a seus argumentos de que este auto &flagrantemente inválido e ilegal. 9. Transcrevo. "Em vista do exposto, é evidente que falta ao Auto de Infração ora impugnado um dos seus pressupostos viscerais de validade, qual seja, seu verdadeiro motivo, isto é, a ocorrência de um lançamento de oficio de uma multa, cuja situação factual não está legalmente prevista." 10. Diz que houve duplicidade na cobrança da multa relativamente aos meses de outubro, novembro e dezembro de 2.000, na medida em que o impugnante está sendo cobrado pela entrega tardia da declaração do 4° trimestre de 2.000. 11. Num tópico por ele nomeado de "Do Mérito", o reclamante discorre sobre o excesso da multa, dizendo que a imposição irrazoável e desproporcional acabou por contrariar o princípio da moralidade administrativa. Nessa linha, afirma que o abuso no valor da multa, desproporcional e in-azoável, ofende, sobremaneira, o princípio do devido processo legal, no seu aspecto material. Alega, ainda, ter o Auto de Infração contrariado os princípios da proporcionalidade e da razoabilidade. Isso porque, segundo ele, o valor cobrado da multa é muito superior ao da própria CPMF. 12. Encerrando seus argumentos, menciona ter havido violação ao Princípio da Anterioridade Nonagesimal, previsto no artigo 195, § 6° da Constituição Federal, dizendo que a aplicação da multa prevista na MP 2.037-21/2000 jamais poderia incidir a partir do mês de agosto de 2000 e, sim, só a partir de dezembro de 2000, respeitados os 90 (noventa) dias de sua publicação. 13. Finaliza seu arrazoado solicitando seja reconhecida a nulidade do lançamento. Julgado pela DRJ em São Paulo — SP, em 25 de maio, foi o lançamento considerado procedente nos termos da ementa que se transcreve: Assunto: Obrigações Acessórias ("2/\, 3 MIN. !DA FAZENOA - 2 0 CC 22 CC-MF Ministério da Fazenda C! COM O CRICINA' Fl. Segundo Conselho de Contribuintes ER' _ Processo n2 : 16327.000750/2002-17 ... VISTO Recurso n2 : 127.458 Acórdão n2 : 204-00.478 Exercício: 1999, 2000 Ementa: CPMF. MULTA POR ATRASO NA ENTREGA DE DECLARAÇÃO. Cumprimento de obrigação acessória a destempo sujeita o contribuinte à penalidade pecuniária prevista na legislação de regência. Não compete à instância administrativa apreciar inconstitucionalidade de norma tributária. Lançamento Procedente Inconformada com esta decisão, apresenta a empresa o seu recurso em que aduz: Preliminarmente: 1.nulidade da decisão por não ter apreciado o argumento da desproporcionalidade e irrazoabilidade da multa, que configuraria sua inconstitucionalidade; 2. nulidade do auto de infração porque computou erradamente o vencimento da multa relativa ao primeiro trimestre de 99; e 3. nulidade do auto de infração em virtude de as exigências de declarações mensais, baseadas apenas em IINN, serem ilegais. No mérito: 1 inconstitucionalidade da exigência face ao seu caráter desproporcional e irrazoável; e 2. inconstitucionalidade da exigência da declaração referente ao mês de agosto de 2000 por desrespeito ao princípio da anterioridade nonagesimal. É o relatório. 1:2/A 4 1 22 CC-MF Ministério da Fazenda wuN. ntk FAZEr A - 29. CC. Itt "":1,:;:i.,:"n:;.`f Segundo Conselho de Contribuintes C. CO:,1 O GRIGt;,,CAL Fl. .......... Processo n2 : 16327.000750/2002-17 ..... ------------ --- Recurso n2 : 127.458 VLSI° Acórdão n2 : 204-00.478 VOTO DO CONSELHEIRO-RELATOR JÚLIO CÉSAR ALVES RAMOS O recurso, sendo tempestivo e estando revestido das exigências legais, deve ser tomado em conhecimento. - Como se observa, exceto um, todos os argumentos expendidos pelo contribuinte dizem respeito a ilegalidades dos atos normativos expedidos ou inconstitucionalidade das leis em que se baseiam aqueles atos normativos. Ocorre que o argumento, em preliminar, da não apreciação pela autoridade julgadora de primeira instância da matéria central da defesa da recorrente, então impugnante, qual seja quanto à desproporcionalidade e irrazoabilidade da multa, merece acolhimento. De fato, ainda que fosse de forma bastante sucinta, deveria merecer alguma apreciação da autoridade julgadora para que não se configure supressão de instância. Infelizmente, o exame da decisão deixa claro que nenhuma apreciação mereceu o argumento do contribuinte. Cerceado, neste modo, o seu direito de defesa é de se anular a decisão de primeira instância, determinando que se produza uma nova com expresso exame da matéria. É assim que voto. Sala das Sessões, em 10 de agosto de 2005. ' , JÚLIO CÉSAR ALVES S 5
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Numero do processo: 10650.001763/2002-47
Turma: Segunda Turma Ordinária da Quarta Câmara da Terceira Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Thu Feb 04 00:00:00 UTC 2010
Numero da decisão: 3402-000.058
Decisão: RESOLVEM os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, converter o julgamento do recurso em diligência nos termos do voto relator
Matéria: CPMF - ação fiscal- (insuf. na puração e recolhimento)
Nome do relator: JULIO CESAR ALVES RAMOS
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Numero do processo: 10480.014484/2002-42
Turma: Segunda Turma Ordinária da Quarta Câmara da Terceira Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Wed Jun 01 00:00:00 UTC 2011
Data da publicação: Thu Jun 02 00:00:00 UTC 2011
Ementa: Assunto: Contribuição Provisória sobre Movimentação ou Transmissão de
Valores e de Créditos e Direitos de Natureza Financeira CPMF
Período de apuração: 01/01/1997 a 31/01/1998
Ementa: EMBARGOS DECLARATÒRIOS.
Existente a contradição argüida os embargos declaratórios hão de ser
acolhidos.
Embargos acolhidos com efeitos infringentes
CPMF
IMUNIDADE. INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO.
Não se aplica à CPMF a imunidade prevista no art. 150, inciso VI da
Constituição Federal, por se restringir, esta, apenas aos impostos, não
albergando as contribuições sociais.
FALTA DE RECOLHIMENTO.
É legitima a exigência decorrente da falta de recolhimento da contribuição,
quando a contribuinte deixou de comprovar que se trata de entidade
beneficente de assistência social, inclusive não apresentando declaração
exigida pela SRF com tal finalidade.
ONUS DA PROVA.
Não tendo apresentado declaração na qual informa tratarse
de entidade de
assistência social não sujeita ao recolhimento da CPMF, caberia à
contribuinte comprovar que assim se enquadra, cumprindo os requisitos da
lei.
Recurso Negado.
Numero da decisão: 3402-001.214
Decisão: Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos em acolher os
Embargos de declaração sem efeitos infringentes para sanar o lapso manifesto no acórdão, que
passa a ter a parte dispositiva com a seguinte redação: “Acordam os membros do Colegiado
por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso voluntario interposto”, nos termos
do voto.
Matéria: CPMF - ação fiscal- (insuf. na puração e recolhimento)
Nome do relator: NAYRA BASTOS MANATTA
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Existente a contradição argüida os embargos declaratórios hão de ser acolhidos. Embargos acolhidos com efeitos infringentes CPMF IMUNIDADE. INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO. Não se aplica à CPMF a imunidade prevista no art. 150, inciso VI da Constituição Federal, por se restringir, esta, apenas aos impostos, não albergando as contribuições sociais. FALTA DE RECOLHIMENTO. É legitima a exigência decorrente da falta de recolhimento da contribuição, quando a contribuinte deixou de comprovar que se trata de entidade beneficente de assistência social, inclusive não apresentando declaração exigida pela SRF com tal finalidade. ONUS DA PROVA. Não tendo apresentado declaração na qual informa tratarse de entidade de assistência social não sujeita ao recolhimento da CPMF, caberia à contribuinte comprovar que assim se enquadra, cumprindo os requisitos da lei. Recurso Negado Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Fl. 1DF CARF MF Emitido em 08/08/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 04/08/2011 por NAYRA BASTOS MANATTA Assinado digitalmente em 04/08/2011 por NAYRA BASTOS MANATTA 2 Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos em acolher os Embargos de declaração sem efeitos infringentes para sanar o lapso manifesto no acórdão, que passa a ter a parte dispositiva com a seguinte redação: “Acordam os membros do Colegiado por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso voluntario interposto”, nos termos do voto Nayra Bastos Manatta – Presidente e Relatora. EDITADO EM: 04/08/2011 Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: JOAO CARLOS CASSULI JUNIOR, JULIO CESAR ALVES RAMOS, SILVIA DE BRITO OLIVEIRA, FERNANDO LUIZ DA GAMA LOBO D ECA, GUSTAVO JUNQUEIRA CARNEIRO LEAO Relatório Tratase de embargos declaratórios interposto pela DRF em Recife/PE sob o argumento de que houve contradição no acórdão 20400.664 já que na parte dispositiva do acórdão consta que a Câmara, por unanimidade de votos converteu o julgamento do processo em diligencia e no voto consta que foi negado provimento ao recurso voluntário interposto. É o relatório. Voto Conselheiro Nayra Bastos Manatta Realmente verificase que houve uma contradição no acórdão embargado pois da sua parte dispositiva consta que o julgamento do recurso foi convertido em diligencia e no voto consta que foi negado provimento ao recurso interposto. Desta forma é de se acolher os embargos declaratórios para sanar a contradição, levandose, novamente a matéria para discussão do Colegiado. O presente processo trata de auto de infração objetivando a exigência da CPMF relativa aos períodos de janeiro/97 a janeiro/98 em virtude de falta de recolhimento da contribuição, apurado através das informações apresentadas pelas instituições responsáveis Fl. 2DF CARF MF Emitido em 08/08/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 04/08/2011 por NAYRA BASTOS MANATTA Assinado digitalmente em 04/08/2011 por NAYRA BASTOS MANATTA Processo nº 10480.014484/200242 Acórdão n.º 3402001.214 S3C4T2 Fl. 2 3 pela retenção da contribuição. Segundo consta da descrição dos fatos estas instituições financeiras não efetuaram a retenção/recolhimento da CPMF em cumprimento à liminar em MS ou em Ação Cautelar, de tutela antecipada em ações de outra natureza ou de decisão de mérito concedidas desde o inicio da cobrança da contribuição e que, posteriormente foram revogadas. A contribuinte defendese com os seguintes argumentos: 1. A Impugnante é entidade educacional sem fins lucrativos, pelo que desfruta da imunidade do art. 150, VI, "c", da Carta Constitucional., atendendo a todos os requisitos do art. 14 do CTN; 2. É instituição de Assistência Social, pois conforme comprova seus estatutos tem por finalidade interesses públicos e sociais. A DRJ em Recife julgou procedente o lançamento sob o argumento de que a imunidade prevista no art. 150, inciso IV, alínea “c” da CF atinge apenas os impostos; e que a contribuinte não cumpriu o disposto na IN SRF 06/97 ficando desta forma sujeita à cobrança da CPMF. Cientificada a contribuinte apresentou recurso voluntário, tempestivo alegando como razões de defesa as mesmas da inicial. Partindose para a analise do mérito. No que diz respeito ao mérito em si é preciso, primeiramente, definirse a natureza jurídica da CPMF: se imposto ou contribuição. Embora o art. 145 da CF/88 mencione apenas os impostos, contribuições de melhoria e taxas, o art. 149, caput, da mesma Constituição Federal/88 estabelece que a União poderá instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse de categorias profissionais ou econômicas, e o parágrafo 1º deste artigo estabelece que os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir contribuição, a ser cobrada dos seus servidores, para o custeio de sistemas de previdência e assistência social. Depreendese daí que o legislador constituinte permitiu à União a instituição de contribuições sociais, não delimitando, inclusive, quantitativamente o numero destas contribuições pelo fato de serem elas voltadas para ações estatais específicas, como instrumento de atuação do Estado, tanto que o produto da arrecadação é, necessariamente, vinculado aos objetivos da ação estatal. Ou seja, a contribuição se individualiza e se identifica não apenas pela natureza do fato gerador, mas pela vinculação entre a exação e o atendimento a um específico encargo estatal. É de se observar, ainda, que embora a finalidade seja um traço fundamental das contribuições não significa que a simples existência de previsão de uma finalidade seja suficiente para que se possa instituir novas contribuições. As contribuições somente podem ser criadas em relação a finalidades previstas constitucionalmente e relativamente às quais a Constituição tenha autorizado a criação de contribuições, quais sejam, contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico, e de interesse de categorias profissionais ou econômicas. Fl. 3DF CARF MF Emitido em 08/08/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 04/08/2011 por NAYRA BASTOS MANATTA Assinado digitalmente em 04/08/2011 por NAYRA BASTOS MANATTA 4 O art. 195 da Lei Magna expressamente autorizou a instituição de novas contribuições destinadas a garantir ou expandir a seguridade social. Com fulcro neste mandamento constitucional é que foi instituída, em 1996, a CPMF, pela Lei nº 9311/96. Assim sendo é de se concluir que no sistema tributário brasileiro não existem apenas impostos, taxas e contribuições de melhoria como alegou a recorrentes, mas, também, as contribuições sociais, as de intervenção no domínio econômico e as de interesse de categorias profissionais ou econômicas. O imposto, segundo definição do CTN, é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica relativa ao contribuinte. O fato imponível não se refere a um comportamento das pessoas jurídicas de direito publico interno, mas prendemse a um fato, ato, situação, inerente a um particular, indicativos de sua capacidade contributiva. Segundo Roque Carrazza in Curso de Direito Constitucional Tributário, “é a capacidade contributiva que, em matéria de impostos, atende às exigências do principio da igualdade, realizando o ideal republicano de afastar, também na tributação, privilégios sem causa de pessoas ou categorias de pessoas”. O Estado não oferece qualquer utilidade, comodidade ou serviço fruível, não havendo vinculação alguma entre o pressuposto de fato previsto na norma instituidora do imposto e a atuação estatal. Carrazza ensina que : (. . .) a Constituição, implicitamente, determina que a lei coloque na hipótese de incidência dos impostos fatos regidos pelo direito privado, isto é, da esfera pessoal dos contribuintes, e, portanto, desvinculados da ação do Estado (esta sim regida pelo Direito Publico). Realmente, o Texto Magno, nos mencionados arts. 153, 155 e 156, autoriza o legislador ordinário a adotar, como hipótese de incidência de impostos o fato de alguém (a) importar produtos; (b) exportar produtos; (c) auferir rendimentos; (d) praticar operações de credito; (e) ser proprietário de imóvel rural; (f) praticar operação mercantil; (g) ser proprietário de veiculo automotor; (h) ser proprietário de imóvel urbano; (i) prestar, em caráter negocial, serviços de qualquer natureza. Acresce, ainda, o autor, que todos estes fatos tem a propriedade de revelar ou fazer presumir, em si mesmo, a capacidade econômica dos que os realizam, ou seja, são signos presuntivos de riqueza. É de se verificar, portanto, que os impostos são tributos que gravam atos, fatos ou situações denotativas de riqueza do contribuinte, não sendo exigida qualquer participação do Estado nestes atos, fatos ou situações. As contribuições, por sua vez, se caracterizam por estarem relacionadas com uma despesa ou vantagem especial referidas aos sujeitos passivos respectivos, diferindo, portanto dos impostos. Outra característica marcante das contribuições sociais é o fato sua receita estar previa, expressa e inequivocamente destinada ao fim para o qual foi instituída. No caso especifico da CPMF esta destinação está contida no art. 18 da norma instituidora, qual seja, o Fundo Nacional de Saude: Fl. 4DF CARF MF Emitido em 08/08/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 04/08/2011 por NAYRA BASTOS MANATTA Assinado digitalmente em 04/08/2011 por NAYRA BASTOS MANATTA Processo nº 10480.014484/200242 Acórdão n.º 3402001.214 S3C4T2 Fl. 3 5 Art. 18. O produto da arrecadação da contribuição de que trata esta Lei será destinado integralmente ao Fundo Nacional de Saúde, para financiamento das ações e serviços de saúde, sendo que sua entrega obedecerá aos prazos e condições estabelecidos para as transferências de que trata o art. 159 da Constituição Federal. Parágrafo único. É vedada a utilização dos recursos arrecadados com a aplicação desta Lei em pagamento de serviços prestados pelas instituições hospitalares com finalidade lucrativa. Nas contribuições sociais, diferentemente dos demais tributos, é relevante para caracterizar a exação não só sua finalidade para a qual foi instituída, mas, também, a afetação de sua receita ao custeio da atividade estatal que é pressuposto de sua criação. Segundo José Eduardo Soares de Melo in “Contribuições Sociais no Sistema Tributário” “as linhas básicas das contribuições (no caso, as de natureza social, do art. 195) repousam na sua vinculação com a Seguridade Social, sendo desnecessário argumentarse com a existência de elementos e situações financeiras”. Embora a destinação, regra geral, não integre a definição do regime jurídico do tributo, quando valorizada pela norma constitucional como nota integrante do desenho de certa figura tributária, passa a representar critério hábil para distinguir essa figura de outras cujo perfil não apresente semelhante especificidade. Assim sendo, a destinação específica das contribuições sociais e a destinação do seu produto não constituem, segundo a doutrina, regra orçamentáriafinanceira, como alega a recorrente, mas representa requisito imprescindível para a sua configuração. Esposando este entendimento Hugo de Brito Machado afirma que: Nada impede que o legislador colha elementos da Ciência das Finanças para melhor delinear o perfil das espécies de tributos. Assim, parecenos que na verdade a Constituição Federal de 1988 consagra as contribuições sociais como tributo com natureza específica, determinada pelos dois elementos conceituais acima indicados. São instituídas para atingir apenas aquelas pessoas ligadas por interesses profissionais ou econômicos, e a respectiva receita tem fim específico. (. . .) Tais contribuições caracterizamse, portanto, simplesmente pelo fato de ingressarem diretamente naquele orçamento a que se refere o art. 165, § 5º, item III, da CF. Ou seja, nas contribuições especiais a própria competência legislativa tributaria já nasce diretamente vinculada a um fim, eleito pela Constituição, e ao transformar a vinculação do produto da arrecadação em elemento distintivo da espécie tributaria, temse nova dimensão do fenômeno imposto pela norma autorizadora (Carta Magna). Fl. 5DF CARF MF Emitido em 08/08/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 04/08/2011 por NAYRA BASTOS MANATTA Assinado digitalmente em 04/08/2011 por NAYRA BASTOS MANATTA 6 As contribuições sociais constituem, pois, tributos de características específicas, vinculados a despesa especial ou vantagem referida aos contribuintes e que podem implicar, ou não, atuação estatal. Assim sendo, é de se concluir que a natureza jurídica da CPMF é a de contribuição social, diferindo dos impostos, previstos no art. 145 da CF/88. Entendimento este já externado pelo STF quando do julgamento do ADC nº 0101/DF, de 01/12/93, no qual o Ministro Relator Moreira Alves expressamente se manifestou no sentido de considerar que “as contribuições sociais destinadas ao financiamento da seguridade social tem natureza tributaria, embora não se enquadrem entre os impostos”.(grifo nosso). Existe ainda uma segunda questão acerca do fato de as contribuições sociais serem tributos ou não. Segundo Geraldo Ataliba in Hipótese de Incidência Tributaria, as contribuições são,conceitualmente, “tributo vinculado cuja hipótese de incidência consiste numa atuação estatal indireta e mediante (mediante uma circunstancia intermediaria) referida ao obrigado”. Ainda segundo aquele autor, a CF/88 caracteriza as contribuições como tributos, em razão da sua natureza (receitas derivadas, compulsórias) e por consubstanciarem princípios peculiares no regime jurídico dos tributos. De acordo com diversos doutrinadores como Sacha Calmon, Roque Carrazza e Paulo de Barros Carvalho, as contribuições possuem natureza jurídica de tributo, devendo a eles ser aplicada o princípio da anterioridade e da irretroatividade, dentre outros que regem o sistema tributário brasileiro. Entretanto, outra corrente doutrinaria, encabeçada por Ruy Barbosa Nogueira, admite que as contribuições são tributos, salvo as destinadas ao custeio da Assistência Social, dentre as quais encontrase a Cofins. Luiz Melega explicita que “inúmeras outras restrições ou limitações que gravam os tributos não se aplicam às contribuições no regime instituído pela Carta Política de 1988, ainda que seja devido às peculiaridades características, que lhes impedem de produzir determinados efeitos, específicos dos tributos. Não se aplicariam às contribuições, nesta linha de raciocínio, as limitações do poder de tributar referidas nos incisos IV e V do art. 150 do Estatuto Político. E a do inciso IV, por ser específica dos impostos.” (grifo nosso) Conclui, ainda o autor: Não nos parece, por tudo quanto foi exposto, que se possa dar como certa a natureza tributaria das contribuições na Carta Política de 5.10.1988. O tãosó fato de o legislador constituinte têlas subordinado a certos princípios tradicionais, que devem ser rigorosamente observados na instituição e cobrança dos tributos, não é suficiente para transformalas em tributo. Esse fato é até uma indicação de que se quis negarlhes a natureza tributaria. Também não parece decisiva a circunstancia de que algumas delas situaremse no capitulo reservado ao “Sistema Tributário Nacional”. Não haveria mesmo campo mais apropriado para inserilas, já que se assemelhavam aos tributos no que respeita a certas exigências. Segundo Hamilton Dias de Souza: Fl. 6DF CARF MF Emitido em 08/08/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 04/08/2011 por NAYRA BASTOS MANATTA Assinado digitalmente em 04/08/2011 por NAYRA BASTOS MANATTA Processo nº 10480.014484/200242 Acórdão n.º 3402001.214 S3C4T2 Fl. 4 7 A contribuição não se caracteriza somente pelo seu fato gerador mas, sobretudo por sua finalidade, exteriorizada pela atividade estatal desenvolvida e que se conecta indiretamente com o sujeito passivo. Alem disso, e exatamente por se tratar de exação causal, é traço característico das contribuições que o produto de sua arrecadação seja destinado à atividade estatal que é o seu pressuposto. Por esta razão, aliadas à redação do art. 149 da CF, que manda aplicar às contribuições apenas o disposto nos seus arts. 146, III e 150, I e III, assim indicando que as demais regras constitucionais a elas não se aplicam, pareceme que entre nós elas não foram tratadas como tributos. Desta forma, considerandose que a CPMF não possui natureza tributaria a ela não poderiam ser aplicadas as regras contidas no art. 150, inciso VI da CF/88 – imunidade, já que o texto constitucional manda aplicar às contribuições apenas o disposto nos seus arts. 146, inciso III e 150, incisos I e III. As demais regras constitucionais, por conseguinte a ela não se aplicam. Se, por outro lado, considerarse a CPMF como tendo natureza tributaria, ela seria caracterizada como contribuição e não imposto, conforme já explicitado anteriormente, e, portanto, também não lhe seria aplicada a imunidade prevista no art. 150, inciso VI da CF/88, por se tratar de vedação especifica de imposto. Qualquer que seja, pois, o posicionamento acerca da natureza da CPMF, a conclusão é que a ela não se aplica a imunidade contida no dispositivo normativo do art. 150, inciso VI da CF/88. Por sua vez, caso a contribuinte se considerasse fora da incidência da contribuição, nos termos do art. 3º, inciso V da Lei nº 9311/96 que determinou que a CPMF não seria exigida das entidades beneficentes de assistência social nos termos do art. 195, §7º da CF deveria ter informado às instituições financeiras através de declaração prevista na IN SRF 06/97 que era entidade beneficente e, por isso, não se sujeitava à incidência da contribuição. Entretanto, assim não o fez. Vejamos o texto legal: Art. 3° A contribuição não incide: V sobre a movimentação financeira ou transmissão de valores e de créditos e direitos de natureza financeira das entidades beneficentes de assistência social, nos termos do § 7° do art. 195 da Constituição Federal. O art. 19 do mesmo dispositivo legal outorgou competência à SRF e ao BC, no âmbito de suas competências, a baixarem as normas necessárias à execução da referida lei: Art. 19. A Secretaria da Receita Federal e o Banco Central do Brasil, no âmbito das respectivas competências, baixarão as normas necessárias à execução desta Lei. Neste esteio a SRF baixou a IN SRF 06/97, que, por sua vez, determinou que para efeito do disposto no inciso V do art. 3º da Lei nº 9311/96, a entidade de assistência social deveria apresentar à instituição responsável pela retenção da CPMF, declaração, na forma de Fl. 7DF CARF MF Emitido em 08/08/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 04/08/2011 por NAYRA BASTOS MANATTA Assinado digitalmente em 04/08/2011 por NAYRA BASTOS MANATTA 8 seu anexo único, assinada pelo seu representante legal. O descumprimento desta obrigação implicaria na cobrança da contribuição sobre os fatos geradores ocorridos até a data da entrega da declaração. Restou ainda consignado que a instituição deveria encaminhar até abril de 1997 à SRF relação contendo o nome ou razão social e o nº CNPJ das entidades beneficentes de assistência social não obrigadas ao recolhimento da contribuição. Observese que tal declaração visava eximir a instituição financeira da retenção da CPMF devida por estas entidades. Deixando de prestar tal informação caberia a retenção da CPMF pelas instituições financeiras. Entretanto, no caso especifico dos autos, a retenção não foi efetuada em cumprimento à liminar em MS ou em Ação Cautelar, de tutela antecipada em ações de outra natureza ou de decisão de mérito concedidas desde o inicio da cobrança da contribuição. Entretanto, embora tais medidas judiciais tenham sido posteriormente revogadas, não foram informadas pela contribuinte à instituição financeira, nem foi apresentada a declaração prevista na IN SRF 06/97. Desta forma, é de se entender que a própria contribuinte não se considerava entidade beneficente de assistência social, sujeitandose, desta forma, à cobrança da CPMF. Aqui vale esclarecer que a fiscalização não descaracterizou a contribuinte como entidade beneficente de assistência social, mas apenas acatou o próprio entendimento da recorrente, considerando que esta não apresentou a devida declaração. Desta forma, caberia à contribuinte comprovar que se trata de entidade beneficente de assistência social, cumprindo os requisitos da lei, e portanto, não se sujeita à incidência do CPMF. Mas assim não o fez. Desta forma, entendo ser devido o lançamento. Diante do exposto,voto por acolher os Embargos de declaração sem efeitos infringentes para sanar o lapso manifesto no acórdão, que passa a ter a parte dispositiva com a seguinte redação: “Acordam os membros do Colegiado por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso voluntario interposto”, nos termos do voto . Nayra Bastos Manatta Relator Fl. 8DF CARF MF Emitido em 08/08/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 04/08/2011 por NAYRA BASTOS MANATTA Assinado digitalmente em 04/08/2011 por NAYRA BASTOS MANATTA
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