Busca Facetada
Turma Camara- Terceira Câmara (1)
- 2011 (1)
- 2011 (1)
1
resultados encontrados em
5 ms.
Página 1
de 1
Numero do processo: 10980.900616/2006-43
Turma: Segunda Turma Ordinária da Terceira Câmara da Terceira Seção
Câmara: Terceira Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Thu Apr 07 00:00:00 UTC 2011
Data da publicação: Wed Apr 06 00:00:00 UTC 2011
Ementa: Assunto: Normas Gerais de Direito Tributário
Período de apuração: 01/03/2003 a 02/03/2003
IOF. COMPENSAÇÃO. DCTF. RETIFICAÇÃO.
A retificação de DCTF, segundo a qual não haveria crédito, não é condição
essencial para o reconhecimento do direito à restituição dos pagamentos
vinculados a débitos na declaração original, que deve ser aferido a partir da
escrituração do contribuinte.
Recurso Voluntário Provido em Parte.
Numero da decisão: 3302-000.895
Decisão: Acordam os membros do Colegiado, por maioria de votos, em dar
provimento parcial ao recurso voluntário, nos termos do voto do redator designado. Vencido o
Conselheiro Alan Fialho Gandra (relator). Designado para redigir o voto vencedor o
Conselheiro José Antonio Francisco.
Matéria: IOF - ação fiscal- (insuf. na puração e recolhimento)
Nome do relator: ALAN FIALHO GANDRA
1.0 = *:*toggle all fields
materia_s : IOF - ação fiscal- (insuf. na puração e recolhimento)
dt_index_tdt : Fri Oct 08 01:09:55 UTC 2021
anomes_sessao_s : 201104
camara_s : Terceira Câmara
ementa_s : Assunto: Normas Gerais de Direito Tributário Período de apuração: 01/03/2003 a 02/03/2003 IOF. COMPENSAÇÃO. DCTF. RETIFICAÇÃO. A retificação de DCTF, segundo a qual não haveria crédito, não é condição essencial para o reconhecimento do direito à restituição dos pagamentos vinculados a débitos na declaração original, que deve ser aferido a partir da escrituração do contribuinte. Recurso Voluntário Provido em Parte.
turma_s : Segunda Turma Ordinária da Terceira Câmara da Terceira Seção
dt_publicacao_tdt : Wed Apr 06 00:00:00 UTC 2011
numero_processo_s : 10980.900616/2006-43
anomes_publicacao_s : 201104
conteudo_id_s : 4937881
dt_registro_atualizacao_tdt : Sun May 05 00:00:00 UTC 2013
numero_decisao_s : 3302-000.895
nome_arquivo_s : 330200895_10980900616200643_201104.pdf
ano_publicacao_s : 2011
nome_relator_s : ALAN FIALHO GANDRA
nome_arquivo_pdf_s : 10980900616200643_4937881.pdf
secao_s : Terceira Seção De Julgamento
arquivo_indexado_s : S
decisao_txt : Acordam os membros do Colegiado, por maioria de votos, em dar provimento parcial ao recurso voluntário, nos termos do voto do redator designado. Vencido o Conselheiro Alan Fialho Gandra (relator). Designado para redigir o voto vencedor o Conselheiro José Antonio Francisco.
dt_sessao_tdt : Thu Apr 07 00:00:00 UTC 2011
id : 4743311
ano_sessao_s : 2011
atualizado_anexos_dt : Fri Oct 08 09:41:24 UTC 2021
sem_conteudo_s : N
_version_ : 1713044040668151808
conteudo_txt : Metadados => pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.4; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 5; dc:format: application/pdf; version=1.4; pdf:charsPerPage: 1535; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; access_permission:fill_in_form: true; pdf:encrypted: true; access_permission:can_modify: true; Content-Type: application/pdf | Conteúdo => S3C3T2 Fl. 1 1 S3C3T2 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS TERCEIRA SEÇÃO DE JULGAMENTO Processo nº 10980.900616/200643 Recurso nº 505.442 Voluntário Acórdão nº 330200.895 – 3ª Câmara / 2ª Turma Ordinária Sessão de 06 de abril de 2011 Matéria IOF Recorrente HSBC BANK BRASIL S.A. BANCO MÚLTIPLO Recorrida FAZENDA NACIONAL Assunto: Normas Gerais de Direito Tributário Período de apuração: 01/03/2003 a 02/03/2003 IOF. COMPENSAÇÃO. DCTF. RETIFICAÇÃO. A retificação de DCTF, segundo a qual não haveria crédito, não é condição essencial para o reconhecimento do direito à restituição dos pagamentos vinculados a débitos na declaração original, que deve ser aferido a partir da escrituração do contribuinte. Recurso Voluntário Provido em Parte. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos, Acordam os membros do Colegiado, por maioria de votos, em dar provimento parcial ao recurso voluntário, nos termos do voto do redator designado. Vencido o Conselheiro Alan Fialho Gandra (relator). Designado para redigir o voto vencedor o Conselheiro José Antonio Francisco. Ausente o conselheiro Alexandre Gomes. (ASSINADO DIGITALMENTE) Walber José da Silva Presidente (ASSINADO DIGITALMENTE) Alan Fialho Gandra Relator Fl. 1DF CARF MF Emitido em 20/06/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 09/05/2011 por JOSE ANTONIO FRANCISCO Assinado digitalmente em 01/06/2011 por ALAN FIALHO GANDRA, 01/06/2011 por WALBER JOSE DA SILVA, 09/ 05/2011 por JOSE ANTONIO FRANCISCO Processo nº 10980.900616/200643 Acórdão n.º 330200.895 S3C3T2 Fl. 2 2 (ASSINADO DIGITALMENTE) José Antonio Francisco Redator Designado Participaram do presente julgamento os Conselheiros Walber José da Silva, José Antonio Francisco, Fabiola Cassiano Keramidas, Alan Fialho Gandra e Gileno Gurjão Barreto. Relatório Cuidase de recurso voluntário interposto contra o acórdão nº 0622.305, da DRJ/Curitiba, o qual, por unanimidade de votos, julgou improcedente a manifestação de inconformidade apresentada pela interessada. Usando do princípio da economia processual e no intuito de ilustrar aos pares a matéria, adoto e ratifico excertos do relatório objeto da decisão recorrida, que bem descrevem os fatos até aquela fase dos autos, ipsis verbis: “Trata o presente processo da declaração de compensação n° 00172.70572.090703.1.7.040989 (fls. 0509), relativa à compensação do débito de IOF Operações de crédito/Pessoa Jurídica (código de receita 1150) da 2a semana de junho/2003, no valor de R$ 3.229,10, com utilização de direito creditório oriundo de pagamento efetuado a maior em 07/03/2003 do IOF com código de receita 1150 da 1a semana de março/2003 (DARF no valor de R$ 331.176,16). 2. A DRF/CuritibaPR, por meio do Despacho Decisório proferido em 25/05/2008, n° de rastreamento 763940715 (fl. 01), não homologou compensação declarada em face da inexistência do direito credito indicado, cujo valor foi integralmente utilizado na quitação do débito de IOF no valor de R$ 331.176,16 da 1ª semana de março/2003. 3. Regularmente cientificada desse Despacho Decisório via postal (AR recebido em 02/06/2008, à Il. 04), a reclamante apresentou, tempestivamente, em 02/07/2008, a manifestação de inconformidade de fls. 1013, na qual alega que o resultado do despacho decisório está equivocado em face de ter se baseado em informações por ela erroneamente prestadas nas DCTF dos 1º e 2º trimestres/2003, as quais foram retificadas para demonstrar tanto a real existência do direito creditório como a compensação efetuada; reconhece os equívocos cometidos no momento do preenchimento dessas DCTF originais, e acrescenta que esses erros materiais não devem ser considerados prerrogativas para não consideração da existência do direito creditório”. A DRJ não acolheu as alegações do contribuinte e manteve a glosa do crédito pretendido, em acórdão resumido na seguinte ementa: Fl. 2DF CARF MF Emitido em 20/06/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 09/05/2011 por JOSE ANTONIO FRANCISCO Assinado digitalmente em 01/06/2011 por ALAN FIALHO GANDRA, 01/06/2011 por WALBER JOSE DA SILVA, 09/ 05/2011 por JOSE ANTONIO FRANCISCO Processo nº 10980.900616/200643 Acórdão n.º 330200.895 S3C3T2 Fl. 3 3 “COMPENSAÇÃO INDEVIDA. INEXISTÊNCIA DO DIREITO CREDITORIO. Constatada a inexistência do direito creditório indicado na declaração de compensação, é de não se homologar a compensação declarada. PRAZO PARA RETIFICAÇÃO DE DCTF. DECADÊNCIA. Tratandose de lançamento por homologação, eis que a lei exige a apuração e o eventual pagamento do imposto antes de qualquer exame por parte da Fazenda Pública, e estando decaído o direito de a Fazenda Nacional proceder ao lançamento para exigir eventual diferença de IOF, da mesma forma é vedado à reclamante reduzir o valor do débito, anteriormente declarado na DCTF original, após o transcurso do prazo de cinco anos contados da ocorrência do fato gerador, mediante apresentação de DCTF retificadora”. Cientificada do acórdão, a interessada insurgese contra seus termos, interpondo recurso voluntário a este Eg. Conselho, repisando os mesmos argumentos aduzidos anteriormente, bem como aponta o princípio da verdade material, colacionando jurisprudência. Na forma regimental o processo foi distribuído a este Relator. É o relatório. Voto Vencido Conselheiro Alan Fialho Gandra, Relator O recurso voluntário merece ser conhecido, pois é tempestivo e preenche os demais requisitos exigidos para sua admissibilidade. Conforme já assinalado no relatório acima, o direito creditório da compensação pretendida referese a IOF recolhido em 07/03/2003. O pleito foi indeferido em virtude dos números apresentados na DCTF original indicarem a inexistência de direito creditório e, também, em decorrência da decadência do direito de apresentar a DCTF retificadora. A entrega de DCTF é uma obrigação acessória, a qual está submetida a prazo para sua exigência. Por óbvio e por aplicação do princípio jurídico “o acessório acompanha o principal”, esse prazo coincide com o de constituição da obrigação principal. No presente caso o crédito é de IOF, tributo por homologação, cuja decadência operase nos termos do art. 150, § 4º, do Código Tributário Nacional, ou seja, cinco anos após o respectivo fato gerador. Nesse sentido, mutatis mutandis, temos o Parecer Cosit nº 48, de 07/07/1999, verbis: Fl. 3DF CARF MF Emitido em 20/06/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 09/05/2011 por JOSE ANTONIO FRANCISCO Assinado digitalmente em 01/06/2011 por ALAN FIALHO GANDRA, 01/06/2011 por WALBER JOSE DA SILVA, 09/ 05/2011 por JOSE ANTONIO FRANCISCO Processo nº 10980.900616/200643 Acórdão n.º 330200.895 S3C3T2 Fl. 4 4 “Extinguese em cinco anos o direito do contribuinte pleitear a retificação da declaração de rendimentos, inclusive quanto ao valor dos bens e direitos declarados”. Destarte, correta a decisão de primeiro grau vez que operouse a decadência do direito de retificar a DCTF, pois o direito creditório é de 07/03/2003 e a DCTF retificadora do 1º trimestre/2003 (fls. 1822) somente foi apresentada em 17/06/2008. Com essas considerações, voto por negar provimento ao recurso voluntário. (Assinado digitalmente) Alan Fialho Gandra Voto Vencedor Conselheiro José Antonio Francisco, redatordesignado O direito creditório não existiria, segundo o acórdão de primeira instância e o despacho decisório inicial, porque os pagamentos constantes do pedido estariam todos vinculados a débitos em DCTF. Ademais, a Interessada teria perdido o prazo para retificar as DCTF, de forma que não poderia mais contestar os argumentos constantes das decisões. Entretanto, tais conclusões são equivocadas. Basta que se considere que, se a Interessada houvesse retificado no prazo as DCTF, só por isso o direito de crédito não estaria comprovado. Obviamente, por via oblíqua, os fundamentos das decisões anteriores pretenderam tornar a vinculação dos pagamentos em DCTF como um obstáculo material ao reconhecimento do direito de crédito, que somente poderia ser afastado pela retificação. Entretanto, em princípio, nada impede que se verifique a existência do direito de crédito a partir da documentação fiscal e contábil do contribuinte. Não se verifica, ademais, que exista algum dispositivo legal que exija a coerência das obrigações acessórias para o reconhecimento do direito de crédito, mormente se se considere esgotado o prazo para retificação da DCTF quando o direito de repetição de indébito tenha sido apresentado no prazo. Dispõe o art. 165 do Código Tributário Nacional: Art. 165. O sujeito passivo tem direito, independentemente de prévio protesto, à restituição total ou parcial do tributo, seja qual for a modalidade do seu pagamento, ressalvado o disposto no § 4º do artigo 162, nos seguintes casos: Fl. 4DF CARF MF Emitido em 20/06/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 09/05/2011 por JOSE ANTONIO FRANCISCO Assinado digitalmente em 01/06/2011 por ALAN FIALHO GANDRA, 01/06/2011 por WALBER JOSE DA SILVA, 09/ 05/2011 por JOSE ANTONIO FRANCISCO Processo nº 10980.900616/200643 Acórdão n.º 330200.895 S3C3T2 Fl. 5 5 I cobrança ou pagamento espontâneo de tributo indevido ou maior que o devido em face da legislação tributária aplicável, ou da natureza ou circunstâncias materiais do fato gerador efetivamente ocorrido; II erro na edificação do sujeito passivo, na determinação da alíquota aplicável, no cálculo do montante do débito ou na elaboração ou conferência de qualquer documento relativo ao pagamento; III reforma, anulação, revogação ou rescisão de decisão condenatória. O que se verifica da disposição citada é que o direito de restituição é amplo, não comportando a interpretação contida nas decisões anteriores. Por outro lado, é imprescindível que o direito de crédito seja demonstrado pelo contribuinte, razão pela qual não pode ser reconhecido no âmbito do presente recurso voluntário. À vista do exposto, voto por dar provimento parcial ao recurso para afastar a retificação de DCTF como condição essencial ao reconhecimento do direito de crédito, que, entretanto, deverá ser demonstrado pelo contribuinte nos termos eventualmente exigidos pela autoridade fiscal. Assim, o processo deverá retornar à unidade de origem para análise do direito de crédito. (Assinado digitalmente) José Antonio Francisco Fl. 5DF CARF MF Emitido em 20/06/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 09/05/2011 por JOSE ANTONIO FRANCISCO Assinado digitalmente em 01/06/2011 por ALAN FIALHO GANDRA, 01/06/2011 por WALBER JOSE DA SILVA, 09/ 05/2011 por JOSE ANTONIO FRANCISCO
score : 1.0
1
resultados encontrados.
Página 1
de 1