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Numero do processo: 10630.000421/2004-18
Turma: Primeira Turma Ordinária da Primeira Câmara da Segunda Seção
Câmara: Primeira Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Thu Mar 05 00:00:00 UTC 2009
Ementa: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA FÍSICA- IRPF
Exercício: 2002, 2003
RENDIMENTOS TRIBUTÁVEIS. DESPESAS MÉDICAS GLOSADAS.
As informações do próprio acusado foram valiosas, precisas e verdadeiras em relação à falsidade das despesas médicas que reduziram o montante tributável apurado em sua Declaração de Ajuste Anual.
MULTA DE OFÍCIO QUALIFICADA. AUSÊNCIA DE DOLO.
Deve ser desqualificada a multa de oficio quando comprovado, pelos elementos de prova utilizados pela própria acusação fiscal, que o sujeito passivo não agiu com dolo.
Recurso parcialmente provido.
Numero da decisão: 3301-000.036
Decisão: ACORDAM os Membros da Primeira Turma Ordinária da Terceira Câmara
da Terceira Seção de Julgamento, por unanimidade de votos, DAR parcial provimento ao recurso, para desqualificar a multa, nos termos do voto do Relator.
Matéria: IRPF- ação fiscal - outros assuntos (ex.: glosas diversas)
Nome do relator: José Raimundo Tosta Santos
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MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS TERCEIRA SEÇÃO DE JULGAMENTO 10630.000421/2004-18 143.376 Voluntário 3301-00036 - 3a Câmara / fS Turma Ordinária 05 de março de 2009 IRP.F OCTA VIO DE ALMEIDA NEVES 1a TURMA/DRJ JUIZ DE FORA/MG ASSUNTO:IMPOSTOSOBREARENDADEPESSOAFÍSICA- IRPF ExerCÍcio: 2002, 2003 RENDIMENTOS TRIBUTÁVEIS. DESPESAS MÉDICAS GLOSADAS. As informações do próprio acusado foram valiosas, precisas e verdadeiras em .relação à falsidade das despesas médicas que reduziram o montante tributável apurado em sua Declaração de Ajuste Anual. MULTA DE OFÍCIO QUALIFICADA. AUSÊNCIA DE DOLO. Deve ser desqualificada a multa de oficio quando comprovado, pelos elementos de prova utilizados pela própria acusação fiscal, que o sujeito passivo não agiu com dolo. Recurso parcialmente provido. ACORDAM os Membros da Primeira Turma Ordinária da Terceira Câmara da Terceira Seção de Julgamento, por unanimidade de votos, DAR parcial provimento ao recurso, para desqualifi áF a multa, nos termos do voto do Relator. fi i JtJ PESSOA MONTEIRO - Presidente I ..•. STA SANTOS - Relator Participaram, ainda, do presente julgamento, os Conselheiros Silvana Mancini Karan, Alexandre Naoki Nishioka, Eduardo Tadeu Farah, Vanessa Pereira Rodrigues Domene, Núbia Matos Moura e Moisés Giacomelli Nunes da Silva. Relatório o recurso voluntário em exame pretende a reforma do Acórdão DRJ/JF A nO 7.714, de 13/06/2004 (fls. 178/187), que, por unanimidade de votos, julgou procedente o Auto de Infração às fls. 02/11. Por bem circunstanciar os fatos, transcrevo a seguir o relatório da Decisão a quo: Para aCT ÁVIa DE ALMEIDA NEVES, já qualificado nos autos, foi lavrado, em 11/5/2004, o Auto de Infração de fls. 2/11, que lhe exige o recolhimento do crédito tributário no valor total de R$S4.217,72 (cinqüenta e quatro mil, duzentos e dezessete reais e setenta e dois centavos), sendo R$19.075,76 de imposto sobre a renda de pessoa fisica, R$6.720,70 de juros de mora, calculados até abri1l2004,e R$28.42l,26 de multa proporcional, passível de redução. Decorreu o citado lançamento de fiscalização levada a efeito junto ao contribuinte, quando foram glosadas deduções de despesas médicas que discrimina, referentes ao EF 2002 e 2003, AC 2001 e 2002, e deduções de despesas com instrução que discrimina, referentes ao mesmo período. Tudo conforme Descrição dos Fatos e Enquadramento Legal, a fl 4, e Relatório Fiscal, a fls. 12/17. Do precitado Relatório Fiscal, oportuno transcrever o que se segue: "4. A restituição de imposto de renda apurada no ano-calendário de 2001, R$11. 714, 74, foi resgatada pelo contribuinte em 15/8/2002, na agência 0166 do Banco do Brasil, que acrescida da correção Selic, resultou em R$12.333,27, conforme documento defls. 105. Já o valor a restituir apurado no ano de 2002 não foi pago porque sua declaração ficou retida em malha para comprovação de despesas médicas. 6.... 0 investigado, conforme Termo de Esclarecimentos, reconhece como não verdadeiros os documentos, bem como desconhece a existência de pagamento aos supostos beneficiários, relacionados nos quadros seguintes, os quais foram utilizados para reduzir a base de cálculo do imposto de renda e,por conseguinte, diminuir o imposto a pagar ou aumentar o valor de sua restituição, nos anos-calendário de 2001 e 2002. A seguir, a autoridade autuante relaciona os valores das despesas médicas glosadas, e os beneficiários que teriam recebido ospagamentos, informados nas respectivas DIRPFs. (acrescentei) 7. Ainda segundo o investigado, suas declarações de imposto de renda relativas ao período de 2001 e 2002 foram confeccionadas e transmitidas pela internet pelo Sr. MUdo Dias e que nunca soube que aqueles documentos, os quais reconhece como não verdadeiros, constavam lançados em suas DIRPF, do que só veio tomar conhecimento depois de iniciado oprocedimento fiscal. 9. Em 22 de março, ofiscalizado, em atendimento ao Termo de Início de Ação Fiscal, apresentou os documentos de fls. 25/26, entre os quais, no entanto, não estavam os relativos aos valores .relacionados nos quadro do item 6 acima, reconhecidos pelo investigado como não verdadeiros. " . . . 2 , .. . Processo nO i0630.000421/2004-1 8 Acórdão n.o 3301-00036 S3-C3T1 FI. 2 11. Em 23 de março de 2002, o Sr. Mildo Dias, a'quem ofiscalizado imputa a responsabilidade por ter providenciado os documentos tidos como não verdadeiros e os lançado em suas declarações de imposto de renda, além de afirmar que nunca disse ao fiscalizado que havia utilizado recibos e despesas fictícias nas suas decla.rações, revela no Termo de Esclarecimentos dejls. 22/24 ter comprado R$46.000,00 em recibos falsos (cópias asjls. 57/59 e 61/63), pelos quais disse ter pago R$l. 640, 00, correspondente a um percentual entre 3% e 5% do valor dos r.ecibos comprados e utilizados na DIRPF/2003. Também disse ter conseguido, graciosamente junto a Fabiano Nu:nes Rocha e Stella Nunes Rocha mais R$9. 000, 00 em recibos (fls. 58 e 60), também utilizados na DIRPF/2003. Com relação ao ano-calendário 2001, afirmou ter comprado de Clóves de Souza Drumond recibos no valor de R$l 0.000, 00, pelos quais pagou 3% do valor, e disse que R$43.170,00, conforme consta do Termo de Esclarecimentos (Complemento), dejls. 24, foram inventados por uma ex-funcionária do seu escritório. 12. Não cabe à fiscalização fa~er juízo de valor de quem quer que seja, mas no caso dos esclarecimentos do Sr. Mildo há um jlagrante descompasso de razoabilidade. Ora, se ele, Mildo, conforme Termo de Esclarecimentos de jls. 22/24, disse ter cobrado do fiscalizado R$200,00 por declaração, como aceitar por razoável que ele tenha pago, inclusive em prestações, R$1.640, 00 na compra de recibos utilizados na DIRPF/2003? 20. As infrações tributárias, via de regra, são penalizadas com a multa de oficio básica de 75%, exceto se verificada a situação descrita no item II do art. 44 da Lei nO 9.430/96, matriz legal do art. 957 do RIR/99 (Decreto n° 3.000, de 26 de março de 1999), ou seja, evidente intuito de fraude, definido nos arts. 71, 72 e 73 da Lei n° 4.502 de 1964 que qualifica a multa aplicável para 150%. 23. Dada a ocorrênc\ ia de infrações que, em tese, configuram crime contra a ordem tributária, definido na Lei 8.137/90, cumprindo determinação legal, através do processo administrativo n° 10630.000422/2004-54, formalizei a competente Representação Fiscal para Fins Penais. Os autos do precitado Processo Administrativo de nO 10630.000422/2004-54 estão apensados ao presente, e como se vê, a fl. 04, daquele, foram incluídos como responsáveis todos os envolvidos: o autuado, o contador e os profissionais que forneceram os recibos. O contribuinte apresenta a impugnação de fls. 112/161, instruída com os elementos de fls. 162/175, na qual afirma, em síntese e entre outros aspectos, que: - suas Declarações de IRPF, a partir de 2002, foram feitas pelo contabilista Milton Dias, pessoa de sua confiança, e assim "louvava-se em confiança, nas informações verbais que lhe eram passadas pelo contador sobre imposto a pagar ou a receber ..."; -em razão de significativos valores de seus rendimentos e valores retidos na fonte, não suspeitou que nas DIRPF, objetos do presente AI, fossem descabidas restituições de pouco mais de onze mil reais; • por negligência involuntária motivada pela confiança, viu-se envolvido em ação fiscal, instado' a justificar gastos inclusive com cirurgia, cardíaca" atendimentos ôdotÍtológicos e 'iisioterapêutico's que' nunca fez; - afirma, ainda, que nunca tomou conhecimento que tais despesas foram lançadas em seu favor pelo contador, nunca ouviu falar das pessoas emitentes dos recibos, nunca 4-- 3 autorizou fossem adotados quaisquer expedientes para maquiar a verdade de suas declarações de ajustes anuais de Imposto de Renda, nunca quis deixar de pagar os impostos que deve, nunca quis submeter-se ao vexame de ver-se sob suspeita de sonegação e de fraude e nunca deixou de ser honesto e honrado; acatou como corretos os valores de restituições que lhe foram informados em razão da confiança na pessoa de seu contador, tido como probo; sempre pagou ao contador o preço equivalente a cinco salários mínimos pelas respectivas declarações; - pede a. interpretação justa dos fatos, sob ótica ampla e justa, que é indispensável para fazer ~erta a não incidência de multa sobre os tributos que forem devidos e que quer pagar quando devidamente apurados; - não praticou fraude e nem usou de artificio ou quis reduzir o montante do imposto de renda devido, e isto está patenteado em todas as declarações colhidas no procedimento fiscal; . - a multa de 150% é inconstitucional, por configurar confisco, referindo-se à ADIN 551, DOU 14/2/2003, na qual o srF julgou procedente ação contra a Assembléia Legislativa/RJ ; -não pode prosperar o Auto de Infração, posto que ausente oportunidade de defesa na apuração, fazendo com que não pudesse trazer à colação fatos e direitos seus que por certo teriam sido levados em consideração pelos senhores Auditores Fiscais: teve valores retidos na fonte a título de imposto de renda, desde janeiro de 1998 até maio de 2002 sobre verbas e ganhos não tributáveis, conforme os argumentos que expõe, razão pela qual solicita que tais valores sejam levados em consideração, a qualquer título, inclusive de compensação imediata ou futura. Ao fim, transcreve matéria do Júris Millenium nO31 acerca de Ética e Direito Tributário. o Órgão julgador de primeiro grau, ao analisar as questões suscitadas pelo impugnante, manteve integralmente a exigência tributária em exame, .resumindo seu entendimento na seguinte ementa: Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física - IRPF MULTA DE OFÍCIO. INTUITO DE FRAUDE. Será aplicada a multa de cento e cinqüenta por cento, nos casos de evidente intuito defraude, definido nos arts. 71, 72 e 73 da Lei nO4.502, de 30 de novembro de 1964, independentemente de outras penalidades administrativas ou criminais cabíveis, calculadas sobre a totalidade ou diferença de tributo ou contribuição. Lançamento Procedente 4 Processo nO 10630.000421/2004-18 Acórdão n.o 3301-00036 S3-C3T1 F1.3 Em sua peça recursal, o recorrente repisa as mesmas questões suscitadas perante o Órgão julgador de piso: • falta de oportunidade de defesa; • ausência de apuração de créditos em seu favor, por ter tido retenção na fonte e inclusão como rendimentos tributáveis valores correspondentes às verbas de ajuda de custo, de equivalência salarial e de representação, que não deveriam ser tributadas por força da Resolução 245/2002 do STF; • descabimento de multa: seja pela inexistência de imposto a pagar, quando considerados os seus créditos de verbas que indevidamente sofreram retenção na fonte; nulidade do lançamento por falta de justa causa - a inexistência de crédito em favor do fisco; ou ainda por não ter cabimento a aplicação da multa de 150%, por ser confiscatória e em razão da ausência de prova da fraude ou do dolo do contribuinte . • por fim, o recorrente requer seja acolhida a revisão nas declarações de ajuste anual do IRPF de 2001 e 2002, para apuração de imposto a pagar ou a restituir em razão das retenções na fonte indevidas; requer a suspensão da exigibilidade à ação fiscal em tela; requer sejam os documentos relativos às parcelas não incidentes sejam requisitadas ao órgão pagador e que a matéria transcrita do Júris Síntese Millennium nO31 seja parte integrante da petição de recurso. Nos termos da Resolução de nO102-02.254 (fls. 291/298), o julgamento foi convertido em diligência, sendo juntado aos autos os documentos às fls. 301/318. O Relatório de Diligência (fls. 320 e verso) foi cientificado ao sujeito passivo, que se manifestou às fls. 327/332, e juntou os documentos às fls. 333/346. Arrolamento de bens às fls. 204/205. Processo de Representação Fiscal para Fins Penais de nO10630.000422/2004- 54 em anexo. É o Relatório. Voto Conselheiro JOSÉ RAIMUNDO TOSTA SANTOS, Relator O recurso é tempestivo e preenche os requisitos de admissibilidade. O contencioso administrativo se repórta à infração fiscal imputada ao sujeito passivo e às provas que lhe dão suporte. A fiscalização tributária tem por objetivo verificar o cumprimento da legislação fiscal, inclusive com a intimação de terceiros para prestar informações sobre os fatos que pretende esclarecer, o que se reflete no teor dos dispositivos legais que conferem tal poder aos órgãos do Fisco, consolidados nos artigos 927 e 928 do Decreto nO3000, de 1999 - RIR/1999. , ' . , . Na fase investigatória, a fiscalização deve buscar os esclarecimentos que entender serem necessários à condução do seu trabalho, juntando aos autos os elementos de ~5 prova necessários à formulação da acusação fiscal. Se estes são insuficientes para comprovar o .fato jurídico tributário indicado no lançamento, caberá ao Órgão julgador se manifestar nesse sentido, e não declarar a nulidade do lançamento, por desobediência aos princípios constitucionais do contraditório e da ampla defesa, inexistente na fase investigativa. Sem auto de infração não há que se falar em processo administrativo, pois o lançamento tributário é o ato administrativo que concretiza a aplicação da norma geral e abstrata, impondo ao sujeito passivo uma relação jurídica inexistente até aquele momento. Não é outro o entendimento de James Marins, in Direito Processual Tributário Brasileiro (Administrativo e Judicial), São Paulo, Dialética, 2001, p. 180, que, ao dissertar sobre os princípios informativos do procedimento fiscal, reporta-se ao princípio da inquisitoriedade e diz do caráter inquisitório do procedimento administrativo que decorre da relativa liberdade que concedida à autoridade tributária em sua tarefa de fiscalização e apuração dos eventos de interesse tributário, e demarca a diferença entre o procedimento administrativo de lançamento e o processo administrativo tributário, dizendo ser o primeiro procedimento preparatório que pode vir a se tomar um processo, e releva a inquisitoriedade que preside o procedimento de lançamento, nos segUintestermos: Enquanto que a inquisitoriedade que preside o procedimento permite - dentro da lei - uma atuação mais célere e eficaz por parte da Administração, as garantias do processo enfeixam o atuar administrativo, criando para o contribuinte poderes de participação no iter dojulgamento (contraditório, ampla defesa, recursos...). Então, o procedimento fiscal é informado pelo princípio da inquisitoriedade no sentido de que os poderes legais investigatórios (princípio do dever de investigação) da autoridade administrativa devem ser suportados pelos particulares (princípio do dever de colaboração) que não atuam como parte, já que na etapa averiguatória sequer existe, tecnicamente, pretensão fiscal. As garantias constitucionais do contraditório e da ampla defesa estão preservadas quando o contribuinte é notificado do lançamento, e lhe é garantido o prazo de trinta dias para impugnar o feito (Decreto nO70.235, de1972, artigo 15), ocasião em que pode alegar as razões de fato e direito a seu favor e produzir provas do alegado, requerendo inclusive diligências e perícias. o recorrente não se insurge contra as glosas, mas afirma que incluiu em sua Declaração de Ajuste Anual as verbas de ajuda de custo, de equivalência salarial e de representação, que não deveriam ser tributadas por força da Resolução 245/2002 do STF. Como o procedimento de fiscalização parte das informações contidas nas Declarações de Ajuste Anual, apresentadas pelo contribuinte, as alterações efetuadas no lançamento repOrtam- se, tão-somente, à glosa de despesas médicas. Inexistindo norma l~gal atribuindo' isenção sobre as parcelas que o recorrente quer excluir da base tributável, conforme dispõe o artigo 97, inciso VI, do CTN, não há razão para a autoridade fiscal reclassificar rendimentos regularmente tributados, sobre os quais, inclusive, incidiu imposto de renda na fonte. Ressalte-se, por oportuno, que tal questão somente foi argüida pelo contribuinte após a ciência do lançamento, em sede de impugnação. Neste aspecto, diferentemente do que aduz o recorrente, foi afastada a aplicação da Resolução nO245/2002 do STF, no âmbito da magistratura do Estado de Minas Gerais, conforme Oficio DEARHU n° 741/2008 e documento às fls. 303/304, juntado aos autos 6 Processo nO 10630.000421/2004-18 Acórdão n.o 3301-00036 S3-C3T1 , FI. 4 em diligência requisitada por este Colegiado, nos termos da Resolução de nO102-02.254 (fls. 291/298). Os extratos da DIRF dos anos-calendário de 2001 e 2002, também fornecidos pelo Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, inclusive das declarações retificadoras (fls. 307/319), indicam que os valores referentes a Octávio de Almeida Neves não foramobjeto da declaração retificadora, e são precisamente os mesmos valores informados pelo contribuinte em suas DIPF dos referidos anos (fls. 103 e 107), razão pela qual entendo que nenhuma alteração deve ser procedida nos rendimentos tributáveis declarados, considerados no lançamento em exame. Diante das informações fornecidas pelo TJ do Esta de Minas Gerais, claras e precisas, desnecessário saber, qual a razão da declaração retificadora, que podem se referir a qualquer pagamento que tenha havido retenção de fonte, mas que não se relacionam com informações do interesse deste processo. Também desnecessário questionar o referido Tribunal, mediante nova diligência, se existiu outro Processo de Comissão Administrativa, sobre o tema (o desfecho da matéria consta do Oficio assinado pelo Desembargador Presidente do Tribunal de Justiça, datado de 03/07/2008 - fls. 303/304 - e não há fundamento para se pensar que alguma deliberação nova alterou pagamentos realizados há mais de cinco anos, sobre os quais repousa a decadência), ou a respeito dos valores mensais das parcelas que o recorrente pretende excluir dos rendimentos tributáveis, já que estes integraram a DIRF original e retificadora. Sobre a multa de oficio, entendo que os elementos de prova nos autos são .. amplamente favoráveis ao apelo do recorrente, no que tange à sua desqualificação. Com efeito, o Relatório de Procedimento Fiscal às fls. 13, quando trata dos fatos apurados, indica expressamente que o contribuinte, antes de decorrido o prazo estabelecido pelo Termo de Início de Fiscalização de fls. 18/19, compareceu à repartição fiscal e reconheceu como não-verdadeiras as despesas médicas indicadas no Termo de Esclarecimento às fls. 20/21, deduzidas nas DIPF dos anos-calendário de 2001 e 2002. Mais: afirmou desconhecer a inexistência desses pagamentos e dos supostos beneficiários, atribuindo ao Sr. Mildo Dias, técnico em contabilidade, a quem confiava a elaboração e transmissão via internet das declarações, a responsabilidade pela inclusão dos recibos inverídicos. Os acontecimentos seguintes encarregaram-se de confirmar as alegações do autuado. Vejamos. Conforme relatado pelo próprio fiscal, às fls. 22/24, çinco dias após as declarações do autuado, o Sr. Mildo Dias, compareceu à repartição para resolver assuntos de outros contribuintes, quando foi abordado pela autoridade fiscal para prestar esclarecimentos. No item 4 do Termo de Esclarecimento, o Sr. Mildo expressamente reconhece que os recibos falsos não lhes foram entregues pelo Sr. Octavio de Almeida Neves, e que este desconhecia 'que recibos falsos e despesas fictícias eram lançadas em sua DIPF, fornecendo todos os dados relevantes sobre a forma como operacionalizava a fraude. Da mesma forma,' a profissional de fisioterapia Stela Nunes Rocha, às fls. 100/101, confirmou não conhecer o autuado, nem ter tratado com este a respeito dos recibos médicos, relacionando a fraude à pessoa do Sr. Mildo Dias. Por oportuno, constata-se"que as despesas médicÇls,glosadas;no lançamento em tela (fl. 04), foram exatamente àquelas relacionadas pelo autuado às fls. 20/21, em face do seu comparecimento espontâneo à Seção de Fiscalização da DRF Governador Valadares/MG, o que evidencia, de fato, um comportamento probo. Se todos os contribuintes que estivessem ~7 L nesta situação agissem da mesma forma, a Administração Tributária (arrecadação e fiscalização) e a sociedade viveriam dias melhores. Nenhum documento ou recibo falso foi apresentado pelo autuado ao fisco, com o propósito de tentar comprovar as despesas indevidas, comportamento usual entre os contribuintes que fazem uso desta fraude. Não é preciso muito esforço para se perceber que as informações do próprio acusado foram valiosas, precisas e verdadeiras em relação à falsidade das despesas médicas deduzidas e seu respectivo montante, razão pela qual entendo que tal conduta afasta o elemento subjetivo do tipo, ou seja, a intenção de fraudar o fisco, sendo este mesmo vítima da sua negligência no cumprimento do dever de calcular o montante do tributo devido. A responsabilidade pelos dados das Declarações de Ajuste Anual entregues à Receita Federal é do declarante e nunca poderia ser diferente. Dispõe o artigo 136 do CTN que, salvo disposição de lei em contrário, a responsabilidade por infrações da legislação tributária independe da intenção do agente ou do responsável e da efetividade, natureza e extensão dos efeitos do ato. Neste diapasão, entendo que cabe à aplicação da multa de oficio ao caso em exame, mas não em seu percentual majorado, que requer a comprovação do evidente intuito de fraude, situação que, conforme já analisado, não se confirmou. Confira-se o que dispõe o enquadramento legal indicado no Auto de Infração (artigo 44 da Lei n° 9.430, de 27 de dezembro de 1996), verbis: Art. 44. Nos casos de lançamento de oficio, serão aplicadas as seguintes multas, calculadas sobre a totalidade ou diferença de tributo ou contribuição: I - de setenta e cinco por cento, nos casos de falta de pagamento ou recolhimento, pagamento ou recolhimento após o vencimento do prazo, sem o acréscimo de multa moratória, de falta de declaração e nos de declaração inexata, excetuada a hipótese do inciso seguinte; II - cento e cinqüenta por cento, nos casos de evidente intuito de fraude, definido nos arts. 71, 72, e 73 da Lei n° 4.502, de 30 de novembro de 1964, independentemente de outras penalidades administrativas ou criminais cabíveis. (grifei) Pela letra da lei, sempre que o lançamento do crédito tributário for realizado pelos Agentes do Fisco, há que ser exigida a multa de oficio no percentual de 75%, nos casos de falta de pagamento, falta de declaração, declaração inexata, ou de 150%, nos casos de evidente intuito de fraude, definido nos artigos 71, 72 e 73 da Lei n° 4.502, de 1964. Não é o caso, entretanto, de declarar-se a nulidade do lançamento, como requer o contribuinte, tendo em vista que a penalidade aplicada (acusação acessória) possui regramento específico, diverso da norma aplicada ao tributo relacionada à omissão de rendimento (acusação principal). Assim, pacífica a jurisprudência deste Conselho no sentido de que, verificado no caso concreto a inexistência de fundamento para a aplicação da multa de 150%, impõe-se a sua redução ao percentual básico de 75%, prevista no inciso I do mesmo artigo. Sobre possível violação da ordem constitucional, vale ressaltar que o lançamento é ato administrativo de aplicação da norma tributária ao caso concreto. Não ' caberia, portanto, à fiscalização se posicionar acerca da inconstitUcionalidade da lei que dispõe .sobre o percentual da multa de oficio (atitude que também é vedada ao Conselho Administrativo de Recursos Fiscais). Presume-se, inclusive, que os princípios constitucionais ~8 . -. Processo nO 10630.00042112004-18 Acórdão n.o 3301-00036 S3-C3T1 FI. 5 tributários e também os garantidores de direitos fundamentais encontrem na lei sua aplicação imediata. Antes de ser aprovada pelo Congresso Nacional o projeto de lei tramita por várias comissões que aquilatam sua constitucionalidade. Após essa fase, o presidente da República a sanciona. Ao poder _Judiciário, cumpre velar pela constitucionalidade das leis, através do controle a posteriori. Os Órgãos da administração não, podem deixar de aplicar as leis o-- aprovadas pelo Congresso Nacional e sancionadas pelo Presidente da República, ao qual estão 0_ vinculados pelo poder hierárquico. Desta forma, vedada à própria administração declarar a inconstitucionalidade de norma legal, conforme dispõe a Súmula nO02 do Primeiro Conselho de Contribuintes: Súmula ree n° 2: O Primeiro Conselho de Contribuintes não é competente para se pronunciar sobre a inconstitucionalidade de lei tributária. Não é outro o balizado pronunciamento do professor Hugo de Brito Machado (Temas de Direito Tributário, VoI. I, Editora Revista dos Tribunais: São Paulo, 1994, p. 134) sobre a matéria: (..) Não pode a autoridade administrativa deixar de aplicar uma lei ante o argumento de ser ela inconstitucional. Se não cumpri-la sujeita-se à pena de responsabilidade, artigo 142, parágrafo único, do CTN. Há o inconformado de provocar o Judiciário, ou pedir a repetição do indébito, tratando-se de inconstitucionalidadejá declarada. Ressalte-se, por fim, que as intimações, no processo administrativo fiscal, devem ser feitas em nome do sujeito passivo e dirigidas ao domicílio eleito por este, consoante dispõe o artigo 23 do Decreto nO70.235, de 1972. Em face ao exposto, rejeito as preliminares argüidas, e, no mérito, dou provimento parcial ao recurso, para excluir da base de cálculo dos anos calendários de 2001 e 2002. TA SANTOS 9 00000001 00000002 00000003 00000004 00000005 00000006 00000007 00000008 00000009
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Numero do processo: 10120.000801/2003-13
Turma: Primeira Turma Ordinária da Primeira Câmara da Primeira Seção
Câmara: Primeira Câmara
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Mon Jun 27 00:00:00 UTC 2011
Ementa: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO Embargos de Declaração acolhidos para
sanar contradição entre o voto e o resultado de julgamento, mantendo-se o decidido pela Turma no sentido de dar parcial provimento ao recurso, para afastar a decadência quanto ao ano-calendário de 1998, determinando o retorno dos autos à câmara de origem para apreciação do mérito.
Numero da decisão: 9101-001.038
Decisão: ACORDAM os membros da 1ª TURMA DA CÂMARA SUPERIOR DE RECURSOS FISCAIS, por unanimidade de votos, conhecer dos Embargos de Declaração, para rerratificar o Acórdão nº 101-94.952, e consignar que prevalece o resultado de julgamento, no sentido de dar provimento parcial ao recurso, para afastar a decadência quanto ao ano-calendário de 1998, determinando o retorno dos autos à Câmara de origem para apreciação do mérito.
Matéria: CSL- glosa compens. bases negativas de períodos anteriores
Nome do relator: Karem Jureidini Dias
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CÂMARA E IRMÃOS S.A./ FAZENDA NACIONAL EMBARGOS DE DECLARAÇÃO Embargos de Declaração acolhidos para sanar contradição entre o voto e o resultado de julgamento, mantendose o decidido pela Turma no sentido de dar parcial provimento ao recurso, para afastar a decadência quanto ao anocalendário de 1998, determinando o retorno dos autos à câmara de origem para apreciação do mérito. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. ACORDAM os membros da 11ªª TTUURRMMAA DDAA CCÂÂMMAARRAA SSUUPPEERRIIOORR DDEE RREECCUURRSSOOSS FFIISSCCAAIISS, por unanimidade de votos, conhecer dos Embargos de Declaração, para rerratificar o Acórdão nº 10194.952, e consignar que prevalece o resultado de julgamento, no sentido de dar provimento parcial ao recurso, para afastar a decadência quanto ao anocalendário de 1998, determinando o retorno dos autos à Câmara de origem para apreciação do mérito. (assinado digitalmente) Otacílio Dantas Cartaxo – Presidente. (assinado digitalmente) Karem Jureidini Dias – Relatora Participaram do presente julgamento os Conselheiros: Otacílio Dantas Cartaxo, Orlando José Gonçalves Bueno, Claudemir Rodrigues Malaquias, Valmir Sandri, Alberto Pinto Souza Júnior, Viviane Vidal Wagner, Susy Gomes Hoffmann, Karem Jureidini Dias, João Carlos de Lima Júnior, Antonio Carlos Guidoni Filho e Francisco de Sales Ribeiro de Queiroz. Fl. 283DF CARF MF Documento de 5 página(s) assinado digitalmente. Pode ser consultado no endereço https://cav.receita.fazenda.gov.br/eCAC/publico/login.aspx pelo código de localização EP26.0718.13243.AEQG. Consulte a página de autenticação no final deste documento. Processo nº 10120.000801/200313 Acórdão n.º 910101.038 CSRFT1 Fl. 2 2 Relatório Tratase de Recurso Especial apresentado pela Fazenda Nacional, em face do Acórdão nº 10194.952, da então Primeira Câmara do Primeiro Conselho de Contribuintes. O processo trata de auto de infração relativo à CSLL, decorrente de compensação indevida de base de cálculo negativa da CSLL, nos anoscalendário de 1997 e 1998, cuja ciência foi dada ao contribuinte em 20/02/2003. Após apresentação de impugnação pelo contribuinte, a Delegacia da Receita Federal de Julgamento, julgou procedente o lançamento. Sobrevieram, então, Recurso Voluntário e o Acórdão nº 10194.952, o qual, por maioria de votos, acolheu a preliminar de decadência suscitada. A decisão restou assim ementada: CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO LÍQUIDO — AC 1998 e 1999 (sic). PRELIMINAR DE DECADÊNCIA — CSLL — INAPLICABILIDADE DO ART. 45 DA LEI N. 8.212/91 FRENTE ÀS NORMAS DISPOSTAS NO ART. 150, § 4°. Do CTN — A partir da Constituição Federal de 1988, as contribuições sociais voltaram a ter natureza jurídicotributária, aplicandoselhes todos aos princípios tributários previstos na Constituição (art. 146, III, "b"), e no Código Tributário Nacional (arts. 150, § 4°. e 173). O referido acórdão acolheu a decadência referente à compensação indevida de base de cálculo negativa de CSLL nos anos de 1997 e 1998 em função de supostos ajustes promovidos pela fiscalização no saldo apurado pela contribuinte em 31/12/1993. Sustentou o Conselheirorelator que a decadência no imposto sujeitos ao regime de lançamento por homologação regese pelo artigo 150, § 4º do Código Tributário Nacional e não é possível a revisão do saldo de base de cálculo negativa apurado em 31/12/1993. A Fazenda Nacional interpôs Recurso Especial (fls. 202/215), requerendo a aplicação do artigo 45 da Lei nº 8.212/91. O despacho de fls. 216 deu seguimento ao Recurso Especial da Fazenda Nacional. O contribuinte apresentou suas contrarrazões às fls. 224/240. Em sessão de 25/06/2008, a Primeira Turma da Câmara Superior de Recursos Fiscais, aplicando o prazo previsto no artigo 150, § 4º do Código Tributário Nacional, deu parcial provimento ao Recurso Especial da Fazenda Nacional. Constou no resultado de julgamento e no corpo do voto que não estava decaído o anocalendário de 1998, ao passo que, por equívoco, no dispositivo do voto, constou que a decadência era acolhida apenas para o ano calendário de 1998. Por esta razão, a Delegacia da Receita Federal em Goiânia, entretanto, opôs Embargos de Declaração (fls. 262), alegando contradição e assim dispondo: No resultado de julgamento (fl. 253), consta o seguinte: Fl. 284DF CARF MF Documento de 5 página(s) assinado digitalmente. Pode ser consultado no endereço https://cav.receita.fazenda.gov.br/eCAC/publico/login.aspx pelo código de localização EP26.0718.13243.AEQG. Consulte a página de autenticação no final deste documento. Processo nº 10120.000801/200313 Acórdão n.º 910101.038 CSRFT1 Fl. 3 3 "Dar provimento parcial ao recurso, para afastar a decadência quanto ao ano calendário de 1998, determinando o retorno dos autos à câmara de origem para apreciação do mérito..". De outro lado, no último parágrafo da fl. 257, o Conselheiro julgador, em seu voto, pronunciouse no seguinte sentido: ..."dou provimento parcial ao recurso especial da Fazenda Nacional para acolher a decadência dó lançamento apenas em relação ao ano de 1998, exercício de 1999, determinando o retorno dos autos à câmara de origem para apreciação do mérito”. O então Presidente da CSRF, analisando a admissibilidade dos Embargos, determinou a inclusão do processo em pauta para julgamento. É o relatório. Fl. 285DF CARF MF Documento de 5 página(s) assinado digitalmente. Pode ser consultado no endereço https://cav.receita.fazenda.gov.br/eCAC/publico/login.aspx pelo código de localização EP26.0718.13243.AEQG. Consulte a página de autenticação no final deste documento. Processo nº 10120.000801/200313 Acórdão n.º 910101.038 CSRFT1 Fl. 4 4 Voto Conselheira Karem Jureidini Dias, Relatora Os Embargos de Declaração opostos pela Delegacia da Receita Federal em Goiânia questiona contradição existente entre o resultado de julgamento e o dispositivo do voto condutor do acórdão, proferido na Câmara Superior de Recursos Fiscais. Isto porque, enquanto que no resultado de julgamento (fl. 253), a decisão é no sentido de ser dado provimento parcial ao recurso, para afastar a decadência quanto ao ano calendário de 1998, no dispositivo (último parágrafo da fl. 257), a decisão é para dar provimento parcial ao recurso especial da Fazenda Nacional para acolher a decadência do lançamento apenas em relação ao mesmo ano de 1998. Vejase que tem razão a Embargante, devendo ser acolhidos os Embargos de Declaração, para sanar a contradição. Pelo que se depreende do relatório e da argumentação do Conselheiro Relator Marcos Vinícius Neder de Lima, a decisão caminhou no seguinte sentido: (i) a compensação questionada referese aos anos de 1997 e 1998; (ii) não se trata de qualquer juízo de valor no tocante à formação do saldo de base de cálculo negativo de CSLL de 1992, utilizado como crédito para compensação; (iii) tratouse tão somente de acompanhamento pelo SAPLI do saldo utilizado/disponível para compensação; (iv) não haveria então que se contar a decadência a partir da formação da base de cálculo negativa (1992), já que a sua formação inicial do saldo não foi afetada, mas da decadência a partir da data da compensação, com o saldo então disponível (nos anos de 1997 e 1998); (v) o prazo a se aplicar é do artigo 150, § 4º do Código Tributário Nacional; a ciência se deu em 20/02/2003. Assim, conforme constou no corpo do voto (fls. 255) e no resultado de julgamento, apenas os fatos relativos ao ano de 1998 estão fora do lustro previsto pela legislação que rege os prazos de decadência. Ou seja, a decadência foi acolhida para o ano de 1997 e, por outro lado, foi dado provimento parcial ao Recurso da Fazenda Nacional, para afastar a decadência do ano calendário de 1998, determinando o retorno dos autos a origem para apreciação do mérito. Pelo exposto, voto por ACOLHER os Embargos de Declaração, para sanar a contradição apontada pelo Embargante, a fim de que prevaleça o resultado de julgamento, no sentido de “DAR PROVIMENTO PARCIAL ao recurso, para afastar a decadência quanto ao ano calendário de 1998, determinando o retorno dos autos à câmara de origem para apreciação do mérito.". (assinado digitalmente) Karem Jureidini Dias – Relatora. Fl. 286DF CARF MF Documento de 5 página(s) assinado digitalmente. Pode ser consultado no endereço https://cav.receita.fazenda.gov.br/eCAC/publico/login.aspx pelo código de localização EP26.0718.13243.AEQG. Consulte a página de autenticação no final deste documento. Processo nº 10120.000801/200313 Acórdão n.º 910101.038 CSRFT1 Fl. 5 5 Fl. 287DF CARF MF Documento de 5 página(s) assinado digitalmente. Pode ser consultado no endereço https://cav.receita.fazenda.gov.br/eCAC/publico/login.aspx pelo código de localização EP26.0718.13243.AEQG. Consulte a página de autenticação no final deste documento. PÁGINA DE AUTENTICAÇÃO O Ministério da Fazenda garante a integridade e a autenticidade deste documento nos termos do Art. 10, § 1º, da Medida Provisória nº 2.200-2, de 24 de agosto de 2001 e da Lei nº 12.682, de 09 de julho de 2012. Documento produzido eletronicamente com garantia da origem e de seu(s) signatário(s), considerado original para todos efeitos legais. Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001. Histórico de ações sobre o documento: Documento juntado por KAREM JUREIDINI DIAS em 22/07/2011 11:10:03. Documento autenticado digitalmente por KAREM JUREIDINI DIAS em 22/07/2011. Documento assinado digitalmente por: OTACILIO DANTAS CARTAXO em 09/08/2011 e KAREM JUREIDINI DIAS em 22/07/2011. Esta cópia / impressão foi realizada por MARIA MADALENA SILVA em 26/07/2018. Instrução para localizar e conferir eletronicamente este documento na Internet: EP26.0718.13243.AEQG Código hash do documento, recebido pelo sistema e-Processo, obtido através do algoritmo sha1: 2B15D500ABF11F0B76EDA3ABBDBB61B045732594 Ministério da Fazenda 1) Acesse o endereço: https://cav.receita.fazenda.gov.br/eCAC/publico/login.aspx 2) Entre no menu "Legislação e Processo". 3) Selecione a opção "e-AssinaRFB - Validar e Assinar Documentos Digitais". 4) Digite o código abaixo: 5) O sistema apresentará a cópia do documento eletrônico armazenado nos servidores da Receita Federal do Brasil. página 1 de 1 Página inserida pelo Sistema e-Processo apenas para controle de validação e autenticação do documento do processo nº 10120.000801/2003-13. Por ser página de controle, possui uma numeração independente da numeração constante no processo.
score : 1.0
Numero do processo: 13609.900875/2010-96
Turma: Terceira Turma Ordinária da Primeira Câmara da Primeira Seção
Câmara: Primeira Câmara
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Tue Sep 11 00:00:00 UTC 2012
Ementa: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL
Exercício: 2003
COMPENSAÇÃO SALDO NEGATIVO.
Constitui crédito passível de compensação somente o valor efetivamente comprovado do saldo negativo decorrente do ajuste anual.
Numero da decisão: 1103-000.745
Decisão: ACORDAM os membros do colegiado, negar provimento por unanimidade.
Nome do relator: Mário Sérgio Fernandes Barroso
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ementa_s : PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL Exercício: 2003 COMPENSAÇÃO SALDO NEGATIVO. Constitui crédito passível de compensação somente o valor efetivamente comprovado do saldo negativo decorrente do ajuste anual.
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Constitui crédito passível de compensação somente o valor efetivamente comprovado do saldo negativo decorrente do ajuste anual. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. ACORDAM os membros do colegiado, negar provimento por unanimidade. (assinado digitalmente) Aloysio José Percínio da Silva Presidente (assinado digitalmente) Mário Sérgio Fernandes Barroso Relator Participaram do presente julgamento os Conselheiros Mário Sérgio Fernandes Barroso, Marcos Shigueo Takata, Eduardo Martins Neiva Monteiro, Cristiane Silva Costa, Manoel Mota Fonseca e Aloysio José Percínio da Silva. Relatório Processo nº 13609.900875/201096 Acórdão n.º 1103000.745 S1C1T3 Fl. 2 2 Tratase de recurso voluntário. Primeiramente, adoto o detalhado relatório do acórdão n.º 0232.554, da Douta 3ª Turma da DRJ de Belo Horizonte – MG. “Contra o interessado acima identificado foi emitido o despacho decisório de fl. 93, por meio do qual foi parcialmente homologada a compensação de que trata o PER/DCOMP n.º 06812.90325.280307.1.7.022701 e não homologada a efetuada no PER/DCOMP n.º 28289.93292.280906.1.7.023695. A homologação parcial e a não homologação foram motivadas pela insuficiência do crédito utilizado para compensar os débitos informados. Tal crédito decorreria da apuração de saldo negativo de IRPJ referente ao exercício de 2003, anocalendário de 2002. Conforme PER/DCOMP e DIPJ, o valor desse saldo negativo seria igual a R$ 182.032,37. As parcelas de composição do crédito informadas no PER/DCOMP são constituídas exclusivamente de pagamentos, no total de R$ 182.032,37, que foram confirmadas no despacho decisório. Considerandose que, conforme DIPJ, o IRPJ anual devido é igual R$ 24.354,69, foi reconhecido saldo negativo disponível no valor de R$ 157.677,68. Os débitos indevidamente compensados somam R$ 23.037,43 (principal). Como enquadramento legal são citados os seguintes dispositivos: § 1º do art. 6º, art. 28 e art. 74 da Lei n.º 9.430, 27 de dezembro de 1996; art. 5º da IN SRF n.º 600, de 2005. A ciência do despacho se deu em 12/08/2010 (fl. 97). Em 09/09/2010 (fl. 92), foi postada a manifestação de inconformidade de fl. 01 a 04. Nela constam os seguintes argumentos: conforme ficha 12 A da DIPJ, o saldo negativo de IRPJ é igual a R$ 182.032,37; no PER/DCOMP n.º 41853.10054.300903.1.3.023010, foram compensados débitos de IRPJ dos meses de janeiro, fevereiro e maio de 2003, nos valores de R$ 11.895,14, R$ 13.175,91 e R$ 39.394,77; o PER/DCOMP n.º 41853.10054.300903.1.3.023010 foi retificado pelo de n.º 10113.30677.270906.1.7.026973 e, posteriormente, pelo de n.º 22356.82570.270906.1.7.025409; para essa operação fora gerado despacho decisório, sendo apresentada manifestação de inconformidade em 03/08/2010, estando sob apreciação da autoridade administrativa; no PER/DCOMP n.º 26514.24006.300903.1.3.023092, foram compensados débitos de IRPJ de maio e junho de 2003, nos valores de R$ 5.534,79 e R$ 40.496,70; Processo nº 13609.900875/201096 Acórdão n.º 1103000.745 S1C1T3 Fl. 3 3 o PER/DCOMP n.º 26514.24006.300903.1.3.023092 foi retificado pelo de n.º 22356.82570.270906.1.7.025409; no PER/DCOMP n.º 40418.800080.300903.1.3.026755, foi compensado débito de IRPJ de junho de 2003, no valor de R$ 32.826,54; a Receita Federal não considerou parcela de composição do crédito no valor de R$ 12.457,64, referente a imposto de renda retido por órgão público deduzido na linha 14 da Ficha 12 A da DIPJ; referida parcela foi informada no PER/DCOMP n.º 38137.85952.280907.1.7.020379, por meio do qual se pretendeu retificar o PER/DCOMP n.º 41853.10054.300903.1.3.023010; referido PER/DCOMP retificador foi preenchido com erro; o número do PER/DCOMP retificado informado no PER/DCOMP retificador está errado; foi indicado o n.º 26514.24006.300903.1.3.023092, sendo que deveria ter sido indicado o n.º 41853.10054.300903.1.3.023010; em virtude disso, a Receita Federal informou que houve inclusão de novo débito, mas o que houve foi erro na indicação do PER/DCOMP; como a DIPJ é de 2003, a empresa requerente não consegue retificar o PER/DCOMP indicando a retificadora correta; pedese que se realize a retificação para constar o número correto do PER/DCOMP retificado, que a compensação seja homologada e que o crédito tributário seja anulado.” A 3ª Turma da DRJ em belo Horizonte decidiu (Ementa): “COMPENSAÇÃO SALDO NEGATIVO. Constitui crédito passível de compensação o valor efetivamente comprovado do saldo negativo decorrente do ajuste anual.” A contribuinte recorreu (resumo): Conforme ficha 12 A da DIPJ, o saldo negativo de IRPJ é igual a R$ 182.032,37; No PER/DCOMP n.º 41853.10054.300903.1.3.023010, foram compensados débitos de IRPJ dos meses de janeiro, fevereiro e maio de 2003, nos valores de R$ 11.895,14, R$ 13.175,91 e R$ 39.394,77; Processo nº 13609.900875/201096 Acórdão n.º 1103000.745 S1C1T3 Fl. 4 4 Ocorre que por erro de preenchimento o PER/DCOMP n.º 41853.10054.300903.1.3.023010 foi retificado pelo de n.º 10113.30677.270906.1.7.026973 e, posteriormente, pelo de n.º 22356.82570.270906.1.7.025409; Para essa operação fora gerado despacho decisório, sendo apresentada manifestação de inconformidade em 03/08/2010, estando sob apreciação da autoridade administrativa; No PER/DCOMP n.º 26514.24006.300903.1.3.023092, foram compensados débitos de IRPJ de maio e junho de 2003, nos valores de R$ 5.534,79 e R$ 40.496,70; A Receita Federal não considerou parcela de composição do crédito no valor de R$12.457,64, referente a imposto de renda retido por órgão público deduzido na linha 14 da Ficha 12 A da DIPJ; A referida parcela foi informada no PER/DCOMP n.º 38137.85952.280907.1.7.020379, por meio do qual se pretendeu retificar o PER/DCOMP n.º 41853.10054.300903.1.3.023010, mas por erro formal se indicou a PER/DCOMP n.º26514.24006.300903.13023092. Em virtude disso, a Receita Federal informou que houve inclusão de novo débito, mas o que houve foi erro na indicação do PER/DCOMP; Como a DIPJ é de 2003, a empresa requerente não consegue retificar o PER/DCOMP indicando a retificadora correta; Voto Conselheiro Mário Sérgio Fernandes Barroso, Relator O recurso preenche o requisito de admissibilidade, motivo pelo qual dele tomo conhecimento. No recurso ora postado nenhum novo argumento foi trazido pelo contribuinte. A tal propalada retificação não foi feita, de acordo com os autos, a recorrente não logrou êxito em provar o motivo, e a manifestação de inconformidade alegada pela contribuinte não se materializa haja vista não só a falta destes documentos nos autos como a pesquisa realizada nos sistemas da RFB conforme transcrição abaixo: “Ao se referir ao PER/DCOMP retificador não admitido de n.º 22356.82570.270906.1.7.025409, o manifestante alega que a operação gerou despacho decisório, contra o qual teria apresentado manifestação de inconformidade em 03/08/2010, em apreciação (fl. 03). A alegação não se confirma e o manifestante não prova o alegado. Processo nº 13609.900875/201096 Acórdão n.º 1103000.745 S1C1T3 Fl. 5 5 O único despacho referente ao PER/DCOMP n.º 22356.82570.270906.1.7.025409 se encontra na fl. 109 e trata da sua não admissão. A ciência desse despacho se deu em 09/03/2007 (AR, fl. 110). A alegada data de apresentação da suposta manifestação de inconformidade, 03/08/2010, é incompatível com a ciência do único despacho correlato. Consta dos registros eletrônicos do fisco, fl. 112, que nenhum número de processo foi atribuído a esse PER/DCOMP. Finalmente, a consulta de fl. 113 prova que nenhum processo foi protocolado com o CNPJ do manifestante, no período de 01/08/2010 a 30/11/2010. Cabe registrar que, diferente do alegado (fl. 03), o PER/DCOMP n.º 22356.82570.270906.1.7.025409 não retifica o PER/DCOMP n.º 41853.10054.300903.1.3.023010, mas o PER/DCOMP n.º 26514.24006.300903.1.3.023092.” Conforme fl. 111, nenhum número de processo foi atribuído ao PER/DCOMP n.º 41853.10054.300903.1.3.023010. Finalmente, a consulta de fl. 114 prova que nenhum processo foi protocolado com o CNPJ do manifestante, no período de 10/06/2010 a 12/07/2010. Assim, da mesma forma que o voto atacado, concluo que não há esta retificação propalada. Observo, ainda, que a fl. 96 mostra a homologação das Per/Dcomp indicadas pela recorrente. De qualquer maneira, mesmo se houvesse a retificação, a parcial homologação não se deu pela falta da retificadora ou coisa parecida, a negativa foi pelo fato de não se encontrar nas DIRFs os valores indicados pela recorrente conforme a linha 14, onde a dedução de retenção por órgão público consta a informação do valor de R$ 12.457,64. Contudo, as retenções de Imposto de Renda confirmadas pelas DIRFs fls. 126 a 146, apresentadas pelas fontes pagadoras confirmam que os valores de retenção por órgãos públicos somam R$ 5.354,49. Como visto, os valores de Imposto de Renda retido por órgãos públicos somam R$5.354,49. Os valores que foram deduzidos do IRPJ mensal somam R$1.229,88. Assim sendo, o excedente não utilizado na apuração do imposto de renda mensal é igual a R$4.124,61 (5.354,49 – 1.229,88). Este é o valor dedutível na linha 14 da ficha 12 A. Considerando os dados comentados, o valor confirmado para o saldo negativo de IRPJ é igual a R$ 173.699,34, conforme abaixo demonstrado, e de acordo com o voto da DRJ: Ficha 12 A Cálculo do IRPJ sobre lucro real apuração anual Linha n.º Descrição DIPJ DRJ IMPOSTO SOBRE O LUCRO REAL Processo nº 13609.900875/201096 Acórdão n.º 1103000.745 S1C1T3 Fl. 6 6 1 Alíquota de 15% 25.369,47 25.369,47 2 Alíquota de 6% 3 Adicional DEDUÇÕES 5 Programa de alimentação do trab. 1.014,78 1.014,78 14 Retenção por órgão público 12.457,64 4.124,61 16 IR mensal pago por estimativa 193.929,42 193.929,42 18 Imposto de Renda a Pagar (182.032,37) (173.699,34) Este foi o valor reconhecido pelo acórdão atacado, e que não tenho como alterar. Em face do exposto voto por negar provimento ao recurso. Sala das Sessões, em 11 de setembro de 2012 Mário Sérgio Fernandes Barroso
score : 1.0
Numero do processo: 10469.900259/2008-74
Turma: Terceira Turma Ordinária da Primeira Câmara da Primeira Seção
Câmara: Primeira Câmara
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Thu Oct 20 00:00:00 UTC 2011
Ementa: NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO
Período de apuração: 01/04/2002 a 30/06/2002
DIREITO CREDITÓRIO.
Incumbe ao sujeito passivo a demonstração, acompanhada das provas hábeis, da certeza e liquidez quanto ao crédito que pretende seja reconhecido junto à Fazenda Pública.
Numero da decisão: 1103-000.564
Decisão: Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em NEGAR provimento ao recurso.
Nome do relator: JOSÉ SÉRGIO GOMES
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Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO Período de apuração: 01/04/2002 a 30/06/2002 DIREITO CREDITÓRIO. Incumbe ao sujeito passivo a demonstração, acompanhada das provas hábeis, da certeza e liquidez quanto ao crédito que pretende seja reconhecido junto à Fazenda Pública. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em NEGAR provimento ao recurso. documento assinado digitalmente ALOYSIO JOSÉ PERCÍNIO DA SILVA Presidente. documento assinado digitalmente JOSÉ SÉRGIO GOMES Relator. Participaram da Sessão de julgamento os Conselheiros Aloysio José Percínio da Silva, Hugo Correia Sotero, José Sérgio Gomes, Cristiane Silva Costa, Mário Sérgio Fernandes Barroso e Marcos Shigueo Takata. Relatório Fl. 52DF CARF MF Impresso em 18/10/2012 por LUIZ TREZZI NETO - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 08/11/2011 por JOSE SERGIO GOMES, Assinado digitalmente em 08/11/2011 po r JOSE SERGIO GOMES, Assinado digitalmente em 06/12/2011 por ALOYSIO JOSE PERCINIO DA SILVA Processo nº 10469.900259/200874 Acórdão n.º 110300.564 S1C1T3 Fl. 2 2 Em foco recurso voluntário contra decisão da 3ª Turma de Julgamento da DRJ em RecifePE que não acolheu a solicitação de reforma do despacho decisório da Delegacia da Receita Federal do Brasil em NatalRN, o qual não reconheceu o direito creditório contra a Fazenda Nacional por conta de apontado indébito no recolhimento efetuado em 20/08/2002 a título de Imposto sobre a Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ) apurado sob o regime do lucro presumido no segundo trimestre civil do ano de 2002 e, consequentemente, deixou de homologar a compensação inserta na declaração de compensação (Dcomp) transmitida pela internet à central de dados da Receita Federal do Brasil em data de 30 de abril de 2004 visando extinguir débito de Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS) apurada em novembro de 2003. Analisando a declaração de compensação concluiu a Delegacia da Receita Federal do Brasil em NatalRN que seria improcedente o apontado indébito fiscal em razão do pagamento, presumidamente realizado de forma indevida ou a maior que o devido, ter sido integralmente utilizado na quitação de débitos da contribuinte, nada restando para a compensação pretendida. Inconformada, a contribuinte ingressou com manifestação de inconformidade prevista no artigo 74, § 7º, da Lei nº 9.430, de 27 de dezembro de 1996, argumentando que incidiu em erro material ao não retificar sua Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF) para adequar as informações às constantes em sua Declaração de Informações EconômicoFiscais (DIPJ). Aduziu, também, que vinha aplicando sobre o faturamento mensal o percentual de presunção de 32% (trinta e dois por cento) quando deveria ter utilizado o percentual de 8% (oito por cento) previsto no art. 15, § 1º, III, “a”, da Lei nº 9.249/95 em razão de sua condição de prestadora de serviço hospitalar, surgindo, por conseguinte, crédito oriundo de recolhimento a maior. Juntou aos autos, como comprovantes da existência do crédito pretendido, cópia da declaração de compensação, incluindo recibo, e de seu contrato social. Por fim, requereu a procedência da manifestação de inconformidade e conseqüente homologação da compensação. Aquela 3ª Turma de Julgamento admitiu o inconformismo e concluiu pelo acerto do decisório da autoridade fiscal em vista da contribuinte ter retificado sua DCTF apenas em 11 de junho de 2008, após a ciência daquela decisão. Registrou, mais, que a contribuinte pretendeu o indébito fiscal tão somente com os dados declarados em DCTF e que não trouxe a prova do alegado pagamento indevido ou a maior que o devido, desatendendo ao disposto no artigo 16, III, do Decreto nº 70.235/72. Ciente do decisório em 30 de março de 2011, a contribuinte apresentou recurso voluntário em 29 do mês seguinte no qual aduz que não é o erro material no preenchimento da DCTF, ou tampouco o retardo na correção do vício, que faz sucumbir o direito ao crédito e sua respectiva utilização mediante compensação e assim assevera: as meras informações prestadas pelo particular em DCTF não têm o condão de fundamentar o indeferimento do pleito deduzido pelo contribuinte, porquanto o direito à compensação não se encontra, não se materializa a partir das declarações efetuadas no corpo de DCTF, mas sim no mundo dos fatos, com o efetivo recolhimento a maior de tributo. Fl. 53DF CARF MF Impresso em 18/10/2012 por LUIZ TREZZI NETO - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 08/11/2011 por JOSE SERGIO GOMES, Assinado digitalmente em 08/11/2011 po r JOSE SERGIO GOMES, Assinado digitalmente em 06/12/2011 por ALOYSIO JOSE PERCINIO DA SILVA Processo nº 10469.900259/200874 Acórdão n.º 110300.564 S1C1T3 Fl. 3 3 Ao final, requer o provimento do recurso a homologação da compensação. É o relatório, em apertada síntese. Voto Conselheiro José Sérgio Gomes, Relator Observo a legitimidade processual e o aviamento do recurso no trintídio legal. Assim sendo, dele tomo conhecimento. Cediço que o reconhecimento de direito creditório contra a Fazenda Nacional exige a averiguação da liquidez e certeza do suposto pagamento indevido ou a maior de tributo, fazendose necessário verificar a exatidão das informações a ele referentes, confrontandoas com os registros contábeis e fiscais efetuados com base na documentação pertinente, com análise da situação fática em todos os seus limites, de modo a se conhecer qual seria o tributo devido e comparálo ao pagamento efetuado. Em resumo: a verificação da liquidez e certeza do crédito é operação que exige provas e contas, mesmo porque o pagamento foi efetuado na sistemática do lançamento conhecido por homologação, definido no artigo 150 do Código Tributário Nacional como sendo aquele em que o próprio contribuinte exerce a atividade de apuração do montante realmente devido, de sorte tal que, até prova em contrário, goza da presunção de acerto. Nesse diapasão, a certeza e liquidez de direito creditório a favor do sujeito passivo, por conta de recolhimento a maior que o devido de IRPJ pago sob o regime de apuração do lucro presumido, não se apura em razão do quantum do lucro ou do tributo declarado no ano calendário pelo instrumento da DIPJ, ou do tributo confessado em DCTF, mas sim em relação ao quantum mostrado pela contabilidade e outros documentos fiscais, conjuntamente, sendo a declaração de rendimentos e a DCTF meros elementos da composição. Noutras palavras: por si só não exprimem a figura do indébito fiscal, pois, atos unilaterais, não têm o condão de formatar crédito contra a Fazenda Nacional. A declaração encontrase provada, sem dúvida, não assim os fatos nela consignados. Daí porque é necessário que aos autos viessem provas contábeis, é dizer, os lançamentos constantes nos livros exigidos pela legislação do tributo. Como exemplo, a contabilização das receitas que ensejaram a aplicação do percentual de presunção do lucro e/ou os documentos (notas fiscais ou recibos) que lastrearam ditos registros, de sorte a se apurar a natureza jurídica desses ingressos, é dizer, se derivam, total ou parcialmente, de efetivo atendimento hospitalar, ponto de partida para a discussão quanto ao direito de utilização de percentual reduzido de presunção de lucro. No caso dos autos a contribuinte busca reconhecimento de direito creditório contra a Fazenda Nacional calcada em mera alegação de erro no dimensionamento da quantia devida, nada ofertando quando do inconformismo à autoridade julgadora de primeira instância, oportunidade em que se instaurou o litígio e na qual, por aplicação dos artigos 15 e 16 do Decreto nº 70.235, de 6 de março de 1972 c/c artigo 74, § 11, da Lei nº 9.430 de 27 de dezembro de 1996, lhe foi aberta a apresentação do arcabouço probatório. Com o recurso voluntário endereçado a esta Corte continuou invocando seu direito alicerçado na premissa de que a simples comparação entre o valor recolhido (DARF) e Fl. 54DF CARF MF Impresso em 18/10/2012 por LUIZ TREZZI NETO - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 08/11/2011 por JOSE SERGIO GOMES, Assinado digitalmente em 08/11/2011 po r JOSE SERGIO GOMES, Assinado digitalmente em 06/12/2011 por ALOYSIO JOSE PERCINIO DA SILVA Processo nº 10469.900259/200874 Acórdão n.º 110300.564 S1C1T3 Fl. 4 4 aquele indicado na DIPJ ou DCTF seria suficiente para exteriorizar pagamento a maior que o devido. Rogando venia e levandose em conta a regra basilar extraída do artigo 333, inciso I, do estatuto processual civil pátrio, tenho que a certeza e liquidez de um crédito não se realizam num universo dessa simplicidade. É certo que a Administração deve se pautar pelos princípios do não enriquecimento sem causa, razoabilidade e verdade material, implicando no dever de reconhecer erros praticados pelos Administrados, porém, o erro há de ser demonstrado e o indébito deve se materializar verdadeiro. Com tais razões, VOTO pelo improvimento do recurso. documento assinado digitalmente José Sérgio Gomes Fl. 55DF CARF MF Impresso em 18/10/2012 por LUIZ TREZZI NETO - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 08/11/2011 por JOSE SERGIO GOMES, Assinado digitalmente em 08/11/2011 po r JOSE SERGIO GOMES, Assinado digitalmente em 06/12/2011 por ALOYSIO JOSE PERCINIO DA SILVA
score : 1.0
Numero do processo: 16151.000288/2006-22
Turma: Terceira Turma Ordinária da Primeira Câmara da Primeira Seção
Câmara: Primeira Câmara
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Wed Aug 07 00:00:00 UTC 2013
Ementa: SISTEMA INTEGRADO DE PAGAMENTO DE IMPOSTOS E CONTRIBUIÇÕES DAS MICROEMPRESAS E DAS EMPRESAS DE PEQUENO PORTE SIMPLES
Data do fato gerador: 01/05/2003
PRODUÇÃO DE FILMES E FITAS DE VÍDEO. EXCLUSÃO DO SIMPLES. ATIVIDADE VEDADA.
A produção de filmes não apenas se assemelha à produção de espetáculo,
como constitui-se em uma de suas espécies, a exemplo da produção de peças
teatrais e circenses. A vedação de opção pelo Simples federal encontra
guarida no art.9º, XIII, da Lei nº 9.317/96, ao prever que não poderá optar a
pessoa que preste serviços profissionais assemelhados aos ali descritos.
LEI COMPLEMENTAR Nº 123/2006. RETROATIVIDADE BENIGNA. IMPOSSIBILIDADE.
O direito à opção pelo SIMPLES com fundamento na Lei Complementar nº
123/2006 somente pode ser exercido a partir de sua vigência, vez que seus
dispositivos não tem o condão de afastar restrição contemplada no regime
jurídico da Lei nº 9.317/96. Aplicação da Súmula CARF nº 81 (“É vedada a
aplicação retroativa de lei que admite atividade anteriormente impeditiva ao
ingresso na sistemática do Simples”).
Numero da decisão: 1103-000.917
Decisão: Acordam os membros do Colegiado, por maioria de votos, em negar provimento ao recurso, vencido o Conselheiro Marcelo Baeta Ippolito.
Nome do relator: ALOYSIO JOSÉ PERCÍNIO DA SILVA
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EXCLUSÃO DO SIMPLES. ATIVIDADE VEDADA. A produção de filmes não apenas se assemelha à produção de espetáculo, como constituise em uma de suas espécies, a exemplo da produção de peças teatrais e circenses. A vedação de opção pelo Simples federal encontra guarida no art.9º, XIII, da Lei nº 9.317/96, ao prever que não poderá optar a pessoa que preste serviços profissionais assemelhados aos ali descritos. LEI COMPLEMENTAR Nº 123/2006. RETROATIVIDADE BENIGNA. IMPOSSIBILIDADE. O direito à opção pelo SIMPLES com fundamento na Lei Complementar nº 123/2006 somente pode ser exercido a partir de sua vigência, vez que seus dispositivos não tem o condão de afastar restrição contemplada no regime jurídico da Lei nº 9.317/96. Aplicação da Súmula CARF nº 81 (“É vedada a aplicação retroativa de lei que admite atividade anteriormente impeditiva ao ingresso na sistemática do Simples”). Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado, por maioria de votos, em negar provimento ao recurso, vencido o Conselheiro Marcelo Baeta Ippolito. (assinado digitalmente) Eduardo Martins Neiva Monteiro – Relator AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 16 15 1. 00 02 88 /2 00 6- 22 Fl. 1DF CARF MF Impresso em 28/08/2013 por JOSE ANTONIO DA SILVA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 17/08/2013 por EDUARDO MARTINS NEIVA MONTEIRO, Assinado digitalmente em 17/08/2013 por EDUARDO MARTINS NEIVA MONTEIRO, Assinado digitalmente em 22/08/2013 por ALOYSIO JOSE PERCINIO DA SILVA Processo nº 16151.000288/200622 Acórdão n.º 1103000.917 S1C1T3 Fl. 85 2 (assinado digitalmente) Aloysio José Percínio da Silva Presidente Participaram do presente julgamento os Conselheiros Eduardo Martins Neiva Monteiro, Marcos Shigueo Takata, André Mendes de Moura, Fábio Nieves Barreira, Marcelo Baeta Ippolito e Aloysio José Percínio da Silva. Relatório O processo trata de exclusão do SIMPLES, com efeitos a partir de 01/05/03, decorrente do exercício, em tese, de atividade vedada disposta no art.9º, XIII, da Lei nº 9.317/96 (“atividades de produção de filmes e fitas de vídeo, exceto estúdios cinematográficos”), conforme Ato Declaratório Executivo Derat/SPO nº 486.424, de 07/08/03 (fl.02). Tal decisão foi mantida pela Primeira Turma da DRJ – São Paulo I (SP), conforme acórdão nº 1621.956, de 26/06/09, que recebeu a seguinte ementa: CONSTITUCIONALIDADE. O controle de constitucionalidade dos atos legais é matéria afeta ao Poder Judiciário. Descabe às autoridades administrativas de qualquer instância examinar a constitucionalidade das normas inseridas no ordenamento jurídico nacional. PRODUTOR CINEMATOGRÁFICO.. VEDAÇÃO Está impedida de usufruir a sistemática do Simples a pessoa jurídica que presta serviços profissionais de produção de filmes, por vedação na Lei criadora do regime simplificado. PRINCÍPIO DA ISONOMIA. APLICABILIDADE. O princípio da isonomia tributária tem como finalidade assegurar a igualdade entre os sujeitos passivos da obrigação tributária que se encontrem em situações equivalentes, vedando distinção de qualquer natureza. Não há que se exigir a sua aplicação para empresas que se encontram em situação distinta. Devidamente cientificado do acórdão em 28/01/10 (fl.71), o contribuinte interpôs tempestivamente recurso voluntário em 24/02/10 (fls.72/81), em que sustenta, em síntese: tal decisão não teria observado os princípios constitucionais que regem o Sistema Tributário Nacional: finalidade, pelo qual a Lei Complementar 123/2006 teria o objetivo de beneficiar a micro e pequena empresa, de maneira que a realização de trabalho diverso do objeto social não resultaria na exclusão do Simples; motivação, ao se pautar apenas na natureza dos filmes produzidos, ressentiria de fundamentação; razoabilidade, por ter se limitado a aspectos formais, divagando sobre a impossibilidade de se fazer filmagens sem a contratação de profissionais especializados; legalidade, pois de acordo com art.108, §1º, do CTN, não poderia a exclusão ter sido fundamentada sob o enfoque de “assemelhado” às atividades não autorizadas; interesse Fl. 2DF CARF MF Impresso em 28/08/2013 por JOSE ANTONIO DA SILVA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 17/08/2013 por EDUARDO MARTINS NEIVA MONTEIRO, Assinado digitalmente em 17/08/2013 por EDUARDO MARTINS NEIVA MONTEIRO, Assinado digitalmente em 22/08/2013 por ALOYSIO JOSE PERCINIO DA SILVA Processo nº 16151.000288/200622 Acórdão n.º 1103000.917 S1C1T3 Fl. 86 3 público, pois não teria realizado justiça, no sentido de se construir uma sociedade livre, justa e solidária; e ampla defesa, pois na data do julgamento estaria em vigor o art.17, XI, da Lei Complementar nº 123/06, que daria mais chance de defesa ao contribuinte; o vocábulo “espetáculo” não poderia ser tratado como “assemelhado”; se o legislador tivesse a intenção de incluir a atividade de produção de vídeos no rol de atividades vedadas, fáloia de forma clara e explícita; a analogia não poderia ser empregada para impor regime mais oneroso ao contribuinte; conforme alterações na Lei Complementar nº 123/06, “...empresas de produção cinematográfica, seja de filmes meramente institucionais ou produções comerciais estão expressamente autorizadas a aderir ao Simples Nacional”, devendo ser aplicadas retroativamente, nos termos do art.106, II, do CTN, e decisões do extinto Terceiro Conselho de Contribuintes (acórdãos nº 30134.745 e 39300.020); pois cessado o impedimento a Lei do Simples Nacional teria atendido aos anseios do art.170 da Constituição Federal, ao beneficiar as micro e pequenas empresas; negar o direito de adesão ao Simples seria violar o princípio da isonomia. É o relatório. Voto Conselheiro Eduardo Martins Neiva Monteiro, Relator. Preenchidos os requisitos de admissibilidade do recurso voluntário, dele se toma conhecimento. De início, afastase a pretensão do Recorrente quanto à aplicação retroativa da Lei Complementar nª 123/2006, que instituiu o Simples Nacional, infirmandose por conseguinte todos os argumentos de defesa relacionados à incidência daquela lei na hipótese. Tal controvérsia já restou pacificada no âmbito do CARF, conforme o seguinte enunciado de sua súmula de jurisprudência, de aplicação cogente por seus membros1: Súmula CARF nº 81: É vedada a aplicação retroativa de lei que admite atividade anteriormente impeditiva ao ingresso na sistemática do Simples. Os regimes jurídicos do Simples Federal (Lei nº 9.317/96) e do Simples Nacional (Lei Complementar nº 123/06) eram distintos, de maneira que só se poderia falar em isonomia quando em contraste contribuintes que realizassem a mesma atividade, sob idêntico regime jurídico A vedação, pelo legislador, de inclusão ou permanência no Simples federal, com regras específicas, não implicou necessariamente na impossibilidade de opção pelo Simples Nacional. Em outros termos, a permissão de inclusão no Simples Nacional, à luz de regras próprias, não poderia implicar em autorização de enquadramento no regime simplificado anterior, retroativamente. Andou bem este E. Conselho ao vedar o hibridismo normativo, ou 1 Conforme art.72 do Anexo II do Regimento Interno do CARF, "As decisões reiteradas e uniformes do CARF serão consubstanciadas em súmula de observância obrigatória pelos membros do CARF". Fl. 3DF CARF MF Impresso em 28/08/2013 por JOSE ANTONIO DA SILVA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 17/08/2013 por EDUARDO MARTINS NEIVA MONTEIRO, Assinado digitalmente em 17/08/2013 por EDUARDO MARTINS NEIVA MONTEIRO, Assinado digitalmente em 22/08/2013 por ALOYSIO JOSE PERCINIO DA SILVA Processo nº 16151.000288/200622 Acórdão n.º 1103000.917 S1C1T3 Fl. 87 4 seja, ao proibir a extração, como sustentam os contribuintes, apenas de normas que lhes fossem favoráveis em cada um dos sistemas, pois assim estaria agindo como legislador positivo na criação de um terceiro regramento reservado a situações particularizadas. Ao decidir pela exclusão do Simples, a fiscalização não se valeu de analogia. Ao revés, prestigiou o art.9º, XIII, da Lei nº 9.317/96, tendo em conta que o contribuinte teria exercido “atividades de produção de filmes e fitas de vídeo, exceto estúdios cinematográficos”: Art. 9° Não poderá optar pelo SIMPLES, a pessoa jurídica: ... XIII que preste serviços profissionais de corretor, representante comercial, despachante, ator, empresário, diretor ou produtor de espetáculos, cantor, músico, dançarino, médico, dentista, enfermeiro, veterinário, engenheiro, arquiteto, físico, químico, economista, contador, auditor, consultor, estatístico, administrador, programador, analista de sistema, advogado, psicólogo, professor, jornalista, publicitário, fisicultor, ou assemelhados, e de qualquer outra profissão cujo exercício dependa de habilitação profissional legalmente exigida. Tal dispositivo legal autoriza a vedação de opção pelas pessoas jurídicas que prestem serviços profissionais assemelhados aos ali relacionados, a exemplo dos assemelhados aos de produtor de espetáculos. Quanto ao acórdão da DRJ, vêse que foi motivado, não tendo sido, como defende o Recorrente, lastreado apenas na natureza dos filmes produzidos, tampouco se limitado a aspectos formais. O cerne da questão sob enfoque é saber se o exercício das “atividades de produção de filmes e fitas de vídeo” implicaria na exclusão do Simples federal. A fiscalização identificou tais atividades a partir do Código e Descrição da Atividade Econômica Principal, constante do seu CNPJ (“92.11802 – Ativ prod filmes, fitas vid – exc estud fot”), constando do contrato social o seguinte objeto: “exploração da prestação de serviços em vídeo e filmes em geral”, com possibilidade de “contratar pessoal necessário, inclusive profissionais vinculados a cooperativas e instituições especializadas” (fl.26). Na impugnação, o contribuinte acostou notas fiscais que, no seu entender, demonstrariam a “...prestação de serviços a empresas, com foco em divulgar novas técnicas de produção, novos produtos, nova sistemática etc, para ciência de seus funcionários, através de vídeos coorporativos, sendo um informativo que atinge o grupo, a massa interna, por meio de fitas e vídeos. A atividade, assim, muito embora seja por meio de vídeos, é vem diferente da vedada pela lei, aproximandose mais de uma assessoria de comunicação interna das empresas (v.g. CNAE nº 74160/02), diferindo largamente da produção de vídeos e filmes a qual pretende a lei afastar dos benefícios do SIMPLES”. Das notas fiscais de prestação de serviços apresentadas constam as seguintes descrições: “reproduções em DVD”, “Legendagem vídeo Prêmio Embraco de Ecologia”; “Legendagem/dublagem vídeos 50 anos” e “Transcrição fita K7” (fls.31/35). Fl. 4DF CARF MF Impresso em 28/08/2013 por JOSE ANTONIO DA SILVA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 17/08/2013 por EDUARDO MARTINS NEIVA MONTEIRO, Assinado digitalmente em 17/08/2013 por EDUARDO MARTINS NEIVA MONTEIRO, Assinado digitalmente em 22/08/2013 por ALOYSIO JOSE PERCINIO DA SILVA Processo nº 16151.000288/200622 Acórdão n.º 1103000.917 S1C1T3 Fl. 88 5 A DRJ entendeu que o Recorrente dedicarseia à produção cinematográfica, atividade que necessariamente demandaria a participação de profissionais especializados. In verbis: “[...] não há como imaginar que a recorrente não agregue profissionais especializados, que coordenam as diversas etapas de um roteiro previamente preparado, com sincronização de sons e imagens, e que conferem, ao produto final, uma característica própria de um filme, direcionado, como ela própria reconhece, à divulgação de novas técnicas de produção, novos produtos, nova sistemática, etc. 11. Efetuada consulta ao sítio da interessada na internet (www.canvas24p.com.br), no quesito Perfil, observase a seguinte mensagem (fl. 54): “A Canvas 24p é uma produtora de filmes publicitários e conteúdo, baseada em São Paulo e Los Angeles. Seu casting de diretores se diferencia pela experiência em diversos formatos audiovisuais e novas tecnologias.” 12. Constam, ainda, referências acerca dos diretores da empresa (fl.56), atividades no segmento de Cinema, Tv, Corporativo e Web (fl.58), e Comerciais produzidos (fl.57). 13. Constatouse, ainda, em pesquisa efetuada no sítio da internet http://www.portaldapropaganda.com/comunicacao/2004/12/0009, notícia acerca de filme publicitário produzido pela requerente, com referência explícita ao sócio e representante legal da recorrente (Sr. Wiland Pinsdorf Junior fl. 49), nos seguintes e exatos termos (fl. 59): ‘10/1212004 10:23 Captação dos sonhos Estefânia Basso Provocar inquietação nos telespectadores. Foi com este intuito que a Canvas 24p Filmes produziu um comercial para a Diesel, exibido no Resfest — Festival de Cinema Digital, em novembro. O vídeo está sendo utilizado para divulgar o projeto ‘Diesel Dreams’, em que 30 diretores de todas as partes do mundo foram convidados a criar filmes curtos dentro do conceito ‘Dreams’. Com criação livre, em filme, vídeo digital, animação 2D e 3D, o projeto visou a ‘penetrar e explorar as camadas mais profundas do subconsciente’; Para comunicar o trabalho, a Canvas 24p Filmes realizou uma edição desses materiais e elaborou um comercial, que segue a mesma linha ‘Dreams’. ‘Criamos uma abertura e encerramento em computação gráfica e fizemos uma edição com as imagens mais 'perturbadoras’. O objetivo é realmente incomodar, chamar a atenção das pessoas, gerar uma curiosidade em cima do projeto, fugindo Fl. 5DF CARF MF Impresso em 28/08/2013 por JOSE ANTONIO DA SILVA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 17/08/2013 por EDUARDO MARTINS NEIVA MONTEIRO, Assinado digitalmente em 17/08/2013 por EDUARDO MARTINS NEIVA MONTEIRO, Assinado digitalmente em 22/08/2013 por ALOYSIO JOSE PERCINIO DA SILVA Processo nº 16151.000288/200622 Acórdão n.º 1103000.917 S1C1T3 Fl. 89 6 completamente do 'realismo’ e 'mimetismo’ a que estamos tão acostumados’, revela Wiland Pinsdorf diretor da Canvas. A partir de janeiro de 2005, um DVD com todos os filmes será distribuído para os clientes da Diesel no Brasil. No País, o comercial já está sendo veiculado e pode ser visto no endereço: (...). A produção é da Canvas 24p Filmes, com direção e montagem de Wiland Pinsdorf, produçãoexecutiva de Simone Esser Pinsdorf, finalização de Gustavo Gonçalves e som de Felipe Vassão.’(grifos acrescidos) 14. Inegável, portanto, que a recorrente se dedica à produção cinematográfica.” Quanto à interpretação do inciso XIII do art.9º da Lei nº 9.317/96, o voto condutor do acórdão recorrido dispôs que encerraria expressa vedação à opção pelo Simples a prestação de serviços de diretor ou produtor de espetáculos: “17. Cabe esclarecer que o óbice inserto no supracitado dispositivo legal não está endereçado unicamente a profissões cujo exercício dependa de habilitação legalmente exigida, conforme comumente se quer entender. Primeiramente o dispositivo prevê uma lista específica de ocupações que impedem a opção pelo Simples. A seguir estabelece que os serviços assemelhados aos dessa lista específica igualmente vedam á opção. Por último, dispõe genericamente que a prestação de serviços inerentes a qualquer outra profissão cujo exercício dependa de habilitação legalmente exigida também implica a vedação à opção. 18. Dessa maneira, no caso dos serviços constantes da lista específica e daqueles assemelhados, sempre haverá restrição ao enquadramento no Sistema, quer o exercício profissional dependa ou não de habilitação legalmente exigida. Já no caso da prestação de serviços vinculados a outras profissões, somente ficará inviabilizada a opção se o exercício profissional depender de habilitação legalmente exigida. 19. Trazendo a questão ao ponto, é indiscutível que a prestação de serviços de diretor ou produtor de espetáculos impede a opção pelo Simples, haja vista estar textualmente listado na Lei criadora do regime simplificado. 20. Nesta linha de raciocínio, vejase o que registra o dicionário Michaeles acerca do vocábulo ‘espetáculo’: ‘espetáculo s. m. 1. Tudo o que atrai a vista ou prende a atenção. 2. Vista grandiosa ou notável. 3. Qualquer representação pública que impressiona ou é destinada a impressionar. 4. Representação teatral, cinematográfica, circense etc. 5. Exibição de trabalhos artísticos. 6. Objeto de escândalo ou desdém.’(grifos acrescido) Fl. 6DF CARF MF Impresso em 28/08/2013 por JOSE ANTONIO DA SILVA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 17/08/2013 por EDUARDO MARTINS NEIVA MONTEIRO, Assinado digitalmente em 17/08/2013 por EDUARDO MARTINS NEIVA MONTEIRO, Assinado digitalmente em 22/08/2013 por ALOYSIO JOSE PERCINIO DA SILVA Processo nº 16151.000288/200622 Acórdão n.º 1103000.917 S1C1T3 Fl. 90 7 21. Corroborando este entendimento, transcrevese a descrição das atividades dos Diretores de Espetáculos e Afins e dos Produtores de Espetáculos, constantes da Classificação Brasileira de Ocupações elaborada pelo Ministério do Trabalho e Emprego: ‘Diretores de Espetáculos e Afins Os diretores de cinema, teatro, televisão e rádio dirigem, criando, coordenando, supervisionando e avaliando aspectos artísticos, técnicos e financeiros referentes a realização de filmes, peças de teatro, espetáculos de dança, ópera e musicais, programas de televisão e rádio, vídeos, multimídia e peças publicitárias. Produtores de Espetáculos Planejam, coordenam e geram recursos humanos, materiais, técnicos e financeiros para assegurar a realização de espetáculos cênicos (teatro, dança, ópera e outros) e audiovisuais (cinema, vídeo, televisão e rádio).’(g.a) 22. Assim, há óbice à sua permanência na sistemática simplificada, nos temos do art. 9°, inciso XIII, da Lei n° 9.317/1996. 23. Neste sentido, assinalese o que expressa o Acórdão n° 301 32.532, prolatado pela Primeira Câmara do Terceiro Conselho de Contribuintes, em 23/02/2006: ‘SIMPLES. EXCLUSÃO. VEDAÇÃO À OPÇÃO. PRODUÇÃO DE FILMES. A pessoa jurídica que se dedica à atividade de produção cinematográfica ou videofonográfica está impedida de optar pelo Simples, por se enquadrar na vedação de prestação de serviços de produção de espetáculos ou assemelhados. RECURSO VOLUNTÁRIO NEGADO’ 24. Esclareçase que as cópias das Notas Fiscais juntadas aos autos, de n°s 001 (20/05/2003 fl.32), 292 (19/09/2005 fl.34), 300 (27/09/2005 fl.35) e 358 (23/03/2006 fl.31), ainda que revelem simples prestação de serviços de reproduções em DVD e legendagem, não constituem conjunto probatório suficiente para desconstituir o registrado nos autos, porquanto não abarcam período amplo de faturamento, na seqüência correta de numeração.” Poderseia até pensar em conversão do julgamento em diligência para oportunizar ao contribuinte anexar as demais notas fiscais de prestação de serviço, porém, mesmo após a decisão de primeira instância, em que se alertou que a amostragem não seria suficiente, com o recurso voluntário nenhuma outra foi acostada. De fato, o exercício de “atividades de produção de filmes e fitas”, constante do ADE Derat/SPO nº 486.424/03 e do objeto social do contribuinte, não foi mencionado expressamente no art.9º, XIII, da Lei nº 9.317/96. Porém, a parte final do dispositivo, ao se Fl. 7DF CARF MF Impresso em 28/08/2013 por JOSE ANTONIO DA SILVA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 17/08/2013 por EDUARDO MARTINS NEIVA MONTEIRO, Assinado digitalmente em 17/08/2013 por EDUARDO MARTINS NEIVA MONTEIRO, Assinado digitalmente em 22/08/2013 por ALOYSIO JOSE PERCINIO DA SILVA Processo nº 16151.000288/200622 Acórdão n.º 1103000.917 S1C1T3 Fl. 91 8 referir a “assemelhados”, após uma relação de profissões e antes da expressão “e de qualquer outra profissão cujo exercício dependa de habilitação profissional legalmente exigida”, permitia o enquadramento de outras profissões na norma proibitiva, ainda que não dependessem de habilitação legal. A produção de filme não apenas se assemelha à produção de espetáculo, mas se constitui em uma de suas espécies, a exemplo da produção de peças teatrais e circenses, como bem posto pela decisão recorrida. Ao concluir pela vedação, o Fisco levou em conta exatamente, à luz do dispositivo legal, tal interpretação. Dado o vasto leque de atividades exercidas na sociedade, não se vislumbra qualquer impropriedade em o legislador valerse da expressão “assemelhados” para ampliar, além daquelas expressamente relacionadas, o rol de pessoas jurídicas impedidas de optar pelo Simples, desde que os serviços prestados tenham pertinência com os constantes do dispositivo legal, o que ocorre no caso concreto. Sendo assim, considerando o disposto no contrato social e a ausência de apresentação das demais notas fiscais ou de contratos de prestação de serviços, que poderiam indicar o exercício apenas de atividades de reproduções em DVD, legendagem, transcrições de fitas cassetes, ou outras similares, como indicam as 5 (cinco) notas fiscais apresentadas em sede de impugnação, não resta outra alternativa, à luz dos autos, senão considerar que o contribuinte, de fato, exerceu atividade que impedia a sua permanência no Simples federal. Por fim, sobre a necessária observância do interesse público, precisamente com a finalidade de se construir uma sociedade livre, justa e solidária, como sustenta o Recorrente, tal valoração já foi realizada pelo legislador ao estipular as hipóteses de vedação. Ainda que se vislumbrasse inconstitucionalidade do art.9º, XIII, da Lei nº 9.317/96, não poderia no âmbito administrativo ser declarada, conforme enunciado nº 2 da súmula do CARF: “O CARF não é competente para se pronunciar sobre a inconstitucionalidade de lei tributária”. Pelo exposto, voto no sentido de NEGAR provimento ao recurso. (assinado digitalmente) Eduardo Martins Neiva Monteiro Fl. 8DF CARF MF Impresso em 28/08/2013 por JOSE ANTONIO DA SILVA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 17/08/2013 por EDUARDO MARTINS NEIVA MONTEIRO, Assinado digitalmente em 17/08/2013 por EDUARDO MARTINS NEIVA MONTEIRO, Assinado digitalmente em 22/08/2013 por ALOYSIO JOSE PERCINIO DA SILVA
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Numero do processo: 10880.909357/2006-44
Turma: Segunda Turma Ordinária da Primeira Câmara da Terceira Seção
Câmara: Primeira Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Tue May 22 00:00:00 UTC 2012
Numero da decisão: 3102-000.208
Decisão: Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em converter o julgamento do recurso em diligência, nos termos do voto do relator.
Matéria: IPI- processos NT - ressarc/restituição/bnf_fiscal(ex.:taxi)
Nome do relator: Luis Marcelo Guerra Castro
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Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em converter o julgamento do recurso em diligência, nos termos do voto do relator. (assinado digitalmente) Luis Marcelo Guerra de Castro Presidente e Relator. Participaram do presente julgamento os Conselheiros Ricardo Rosa, Álvaro Arthur Lopes de Almeida Filho, Winderley Morais Pereira, Nanci Gama e Luis Marcelo Guerra de Castro. O Conselheiro Leonardo Mussi declarouse impedido. Fez sustentação oral a advogada a Ana Paula Schincariol Lui Barreto, OAB/SP 157.658. RELATÓRIO Por bem descrever a matéria litigiosa, adoto relatório que embasou o acórdão recorrido, que passo a transcrever: Tratase de Declaração de Compensação no valor de R$ 8.791.664,83, cujo suposto crédito é oriundo de ressarcimento de IPI, relativo ao 4º trimestre de 2002. A autoridade da Delegacia da Receita Federal da Administração Tributária em São Paulo prolatou o Despacho Decisório de fls. 19/20, no qual não homologa as compensações declaradas por falta de direito creditório. O alegado crédito, conforme a cópia do Anexo nº 06 do Termo de Verificação Fiscal e de Ciência de Sujeição Passiva Solidária nº 592/2006 (fls. 17/18) relacionado ao processo nº 16408.001063/2006 34, teve origem em exportação fictícia, não podendo ser reconhecido. Fl. 388DF CARF MF Impresso em 05/12/2012 por EUNICE AUGUSTO MARIANO - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 04/09/2012 por LUIS MARCELO GUERRA DE CASTRO, Assinado digitalmente em 0 4/09/2012 por LUIS MARCELO GUERRA DE CASTRO Processo nº 10880.909357/200644 Resolução n.º 3102000.208 S3C1T2 Fl. 2 2 Regularmente cientificada, a postulante apresentou a manifestação de inconformidade de fls. 53/77, alegando, em resumo, o seguinte: 1. A não homologação da compensação carece de motivação, pois foi fundamentada em meras notícias da internet, e em simples relato constante de processo administrativo formalizado em face de outro contribuinte; 2. A prática fraudulenta atribuída à empresa CANORP é mera suposição, tendo em vista que ainda não há decisão administrativa definitiva; 3. Não existe nos autos qualquer prova da inexistência das operações que geraram o crédito de IPI, sendo que o Despacho Decisório combatido foi proferido com base em simples presunções; 4. Para que as notas fiscais, que deram origem aos créditos, fossem declaradas falsas (clones de notas fiscais, como precipitadamente o foram pela DIORT), deveria ter sido formalizado, necessariamente, processo administrativo prévio e específico; 5. As operações praticadas pela requerente são regulares e legais, de modo que as exportações efetivamente existiram; 6. A requerente agiu com boafé em todas as operações por ela praticadas Por fim, requer a reforma do Despacho Decisório, com o reconhecimento integral do crédito presumido de IPI, apurado pela requerente no 4º trimestre de 2002, e a conseqüente homologação da Declaração de Compensação objeto do presente processo. Ponderando as razões aduzidas pela recorrente, juntamente com o consignado no voto condutor, decidiu o órgão de piso pelo indeferimento do pedido de compensação, conforme se observa na ementa abaixo transcrita: Assunto: Imposto sobre Produtos Industrializados IPI Período de apuração: 01/10/2002 a 31/12/2002 DCOMP. NÃO HOMOLOGAÇÃO. Não são passíveis de homologação as declarações de compensação amparadas em suposto direito creditório que já foi indeferido em processo administrativo específico de pedido de ressarcimento do crédito. CRÉDITO PRESUMIDO DE IPI. VENDAS PARA EXPORTAÇÃO. REQUISITOS. Não demonstrado pela contribuinte haver remetido as mercadorias, diretamente para embarque de exportação, ou efetuado o depósito em entreposto, sob regime aduaneiro de exportação, há que se desconsiderar o crédito presumido correspondente. Fl. 389DF CARF MF Impresso em 05/12/2012 por EUNICE AUGUSTO MARIANO - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 04/09/2012 por LUIS MARCELO GUERRA DE CASTRO, Assinado digitalmente em 0 4/09/2012 por LUIS MARCELO GUERRA DE CASTRO Processo nº 10880.909357/200644 Resolução n.º 3102000.208 S3C1T2 Fl. 3 3 COMPENSAÇÃO. NÃO HOMOLOGAÇÃO Inexistente o crédito que lastreia a compensação, deixase de homologar a compensação declarada. Devidamente intimado, comparece a pessoa jurídica mais uma vez ao processo para, por meio da petição juntada à fl. 163 (fl. 380, se considerada a numeração automática do sistema eprocesso), essencialmente, reiterar as alegações consignadas na manifestação de inconformidade. Acrescenta, em sede de recurso, pleito no sentido de que o presente processo seja julgado em conjunto com o de nº 19515.000982/200661, pendente de julgamento ou, alternativamente, sobrestamento deste recurso até o encerramento daquele. Segundo argumenta o processo em questão encerraria toda a discussão acerca da legalidade e da efetividade da operação que deu origem ao crédito de IPI alvo das compensações que se discute no presente litígio. Portanto, deveriam ser evitadas decisões conflitantes. Cita doutrina. Defende, ademais, que o órgão a quo incorrera em equívoco quando relatara que o crédito presumido de IPI relativo ao 4º trimestre de 2002 fora objeto de pedido de ressarcimento no processo nº 11610.000398/200373 e totalmente indeferido, nos termos do Acórdão nº 1414.597, de 12/01/2007. Ao contrário do informado, a discussão acerca da existência ou não do crédito do IPI ainda não teria sido alvo de decisão definitiva, uma vez que, em 28/08/2008, ajuizara embargos à execução em que se busca desconstituir o crédito tributário inscrito em dívida ativa originária daquele processo. Anexa documentos que comprovariam tais alegações. É o Relatório VOTO Conselheiro Luis Marcelo Guerra de Castro, Relator Tomo conhecimento do presente recurso, que foi tempestivamente apresentado e trata de matéria afeta à competência desta Terceira Seção. Em nome da clareza, analiso separadamente cada um dos pontos sobre os quais deve este Colegiado de manifestar. 1 Nulidade por Vício de Motivação Antes de adentrar na análise dos demais aspectos inerentes ao presente litígio, há que se enfrentar questão preliminar que, se acatada, prejudicaria as demais questões suscitadas: a nulidade do procedimento. Pois bem. Com a devida vênia, entendo que não há fundamento para anular o despacho decisório que indeferiu a compensação, nem, consequentemente, os atos que lhe Fl. 390DF CARF MF Impresso em 05/12/2012 por EUNICE AUGUSTO MARIANO - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 04/09/2012 por LUIS MARCELO GUERRA DE CASTRO, Assinado digitalmente em 0 4/09/2012 por LUIS MARCELO GUERRA DE CASTRO Processo nº 10880.909357/200644 Resolução n.º 3102000.208 S3C1T2 Fl. 4 4 sucedem. A meu ver, a decisão encontrase suficientemente fundamentada. Confirase trecho em que se expõem os motivos que a respaldariam1: 6.Tendo o alegado crédito origem em exportação fictícia, conforme relato feito no Anexo nº 06 do Termo de Verificação Fiscal e de Ciência de Sujeição Passiva Solidária n° 592/2006 (cópia as fls. 17/18), relacionado ao MPF 010400.2004.00114 (Processo 16408.001063/200634). a compensação não pode ser homologada. O termo de verificação fiscal, por sua vez, descreve os elementos que, na opinião daquela autoridade fiscal, maculariam as operações de exportação declaradas pela recorrente, alegadamente apuradas no bojo de operação desenvolvida para investigar irregularidades apelidadas de “Soja Papel”. Podese extrair das alegações da recorrente que há um questionamento direto acerca do poder probante desses elementos, mas isso, com a devida vênia, diz respeito à analise do mérito e determinará, conforme o caso, improvimento ou o provimento do recurso. 2 Sobrestamento ou Reunião dos Processos Superada a preliminar de nulidade, penso que, no que se refere ao pedido de julgamento conjunto do presente recurso e do que tramita nos autos do processo 19515.000982/200661, parcial razão assiste ao sujeito passivo: seria temerário, tanto para o Fisco quanto para a recorrente, que o presente processo fosse julgado sem que se levasse em consideração o resultado daquele outro. Com efeito, conforme mencionado, a autoridade preparadora, em um primeiro momento, julgou que os débitos estariam confessados. Consequentemente, não haveria motivo para a lavratura de auto de infração com vistas à cobrança de tributos que alega indevidamente compensados. Em um segundo momento, julgouse que a DCTF apresentada consignava a ausência de débitos e que, na data da transmissão da Dcomp analisada no presente processo, (12/06/2003), esta declaração não representaria confissão de dívida, motivo pelo qual caberia promover o lançamento de ofício, levado a efeito nos autos do processo nº 19515.000982/200661. Estas afirmações, esclareçase, foram referendadas pela 6ª Turma da DRJ São Paulo I, por meio do Acórdão 1622.780, de 10 de setembro de 2009, por meio do qual foi julgada impugnação à exigência fiscal formulada nos autos do processo nº 19515.000982/200661. Confirase excerto do seu voto condutor (original não destacado): 19.1 Neste sentido, a fiscalização desconsiderou todos os créditos presumidos do IPI utilizados pelo interessado o que resultou na constatação da ocorrência de compensações indevidas, de débitos de COFINS com crédito presumido do IPI, nos seguintes valores: 1 Trecho à fl. 20. Fl. 391DF CARF MF Impresso em 05/12/2012 por EUNICE AUGUSTO MARIANO - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 04/09/2012 por LUIS MARCELO GUERRA DE CASTRO, Assinado digitalmente em 0 4/09/2012 por LUIS MARCELO GUERRA DE CASTRO Processo nº 10880.909357/200644 Resolução n.º 3102000.208 S3C1T2 Fl. 5 5 Nº do recibo da DCP/Processo nº Crédito IPI, em R$ Débito COFINS, mês Débito COFINS, em R$ 34.32.98.35.20 20.879.384,29 05/03 8.791.664,83 12/03 5.981.142,06 11610.000398/200373 12/03 6.106.577,40 25.44.02.11.17 10.352.866,71 09/03 7.301.201,04 10/03 3.051.665,67 04.92.43.40.49 19.107.979,67 12/03 310.000,00 12/03 16.628.857,94 (...) 19.3Compulsando as DCTF apresentadas (fls. 2541/2.599, 2.602/2.692) observase que os saldos a pagar da COFINS, Períodos de apuração (05/03 (fl. 2.616), 09/03 (fl. 2.653v), 10/03 (fl. 2.687) e 12/03 (fl. 2.692) indicam saldo zero, o que impossibilita eventual cobrança, por intermédio das DCTF. (...) 19..7A Declaração de Compensação passou a ser considerada instrumento hábil e suficiente para a exigência dos débitos indevidamente compensados, a partir de 31/10/03 com a publicação da MP nº 135/03 que acresceu o § 6º ao artigo 74 da Lei nº 9.430/96. Ora, se o presente processo vier a ser julgado sem levar em consideração o julgamento daquele que o antecedeu, correse o risco de, por exemplo, considerarse, aqui, que a confissão de débito está perfeitamente caracterizada e lá, que o auto de infração estaria formalmente perfeito, o que geraria, de fato, uma cobrança em duplicidade. De outra banda, poderseia decidir que a presente análise estaria prejudicada pela lavratura de auto de infração e o órgão julgador responsável pelo julgamento do processo nº 19515.000982/200661, a seu turno, decidir que o auto de infração estaria prejudicado pela confissão, o que conduziria ao afastamento integral do crédito. Ora, ou o crédito objeto do presente processo deve ser lançado, ou a informação prestada na declaração representa confissão, não haveria como, imagino, se chegar a decisões contraditórias, salvo, como se viu, se os julgamentos ocorressem em descompasso. Ademais, não há como ignorar que, afora as questões formais, há evidente relação de prejudicialidade com o mérito do recurso nº 19515.000982/200661, onde se discute a efetividade das operações que teriam gerado os créditos glosados pela autoridade de jurisdição. Fl. 392DF CARF MF Impresso em 05/12/2012 por EUNICE AUGUSTO MARIANO - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 04/09/2012 por LUIS MARCELO GUERRA DE CASTRO, Assinado digitalmente em 0 4/09/2012 por LUIS MARCELO GUERRA DE CASTRO Processo nº 10880.909357/200644 Resolução n.º 3102000.208 S3C1T2 Fl. 6 6 Outrossim, esclareço que, na medida em que há particularidades inerentes aos objetos dos dois litígios que afastam a aplicação do conceito de conexão extraído do art. 103 do Código de Processo Civil2 (lá discutese lançamento e aqui, compensação), não vejo como aplicar o § 7º do art. 49 do Regimento do CARF3 e redistribuir o presente processo ao relator do processo nº 19515.000982/200661. 3 Conclusão Ante ao exposto, proponho a conversão do julgamento do recurso em diligência, a fim de que o processo seja encaminhado à unidade da Secretaria da Receita Federal do Brasil de Jurisdição e que lá permaneça até o julgamento do recurso relativo ao processo nº 19515.000982/200661. Após tal julgamento, deverá ser extraída cópia do acórdão correspondente, quantificado o crédito eventualmente a acatado e, a seguir, providenciada juntada do decisum ao presente processo. O resultado de tal apuração deve ser cientificado ao Sujeito Passivo, sendolhe conferido o prazo de 30 dias para manifestação. Em seguida, devem os autos retornar a este Colegiado. Sala das Sessões, em 22 de maio de 2012 Luis Marcelo Guerra de Castro 2 Art. 103. Reputamse conexas duas ou mais ações, quando Ihes for comum o objeto ou a causa de pedir. 3 § 7º Os processos que retornarem de diligência, os com embargos de declaração opostos e os conexos, decorrentes ou reflexos serão distribuídos ao mesmo relator, independentemente de sorteio, ressalvados os embargos de declaração opostos, em que o relator não mais pertença ao colegiado, que serão apreciados pela turma de origem, com designação de relator ad hoc. Fl. 393DF CARF MF Impresso em 05/12/2012 por EUNICE AUGUSTO MARIANO - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 04/09/2012 por LUIS MARCELO GUERRA DE CASTRO, Assinado digitalmente em 0 4/09/2012 por LUIS MARCELO GUERRA DE CASTRO
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Numero do processo: 19740.000357/2005-75
Turma: Terceira Turma Ordinária da Primeira Câmara da Primeira Seção
Câmara: Primeira Câmara
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Tue Jan 31 00:00:00 UTC 2012
Ementa: ENTIDADE FECHADA DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR IMUNIDADE. COISA JULGADA.
Reconhecida a imunidade tributária de entidade de previdência privada complementar fechada, por meio de ação judicial transitada em julgado, não há que se falar de incidência do Imposto de Renda na Fonte.
Numero da decisão: 1103-000.621
Decisão: ACORDAM os membros da 1ª câmara / 3ª turma ordinária da primeira SEÇÃO DE JULGAMENTO, por unanimidade de votos, NEGAR provimento ao recurso de ofício.
Nome do relator: Eric Castro e Silva
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Numero do processo: 10821.000156/2008-46
Turma: Terceira Turma Ordinária da Primeira Câmara da Primeira Seção
Câmara: Primeira Câmara
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Mon Jan 16 00:00:00 UTC 2012
Ementa: "Súmula CARF n° 6: É legitima a lavratura de auto de infração no local em que foi constatada a infração, ainda que fora do estabelecimento do contribuinte.
Súmula CARF n° 8: O Auditor Fiscal da Receita Federal é competente para proceder ao exame da escrita fiscal da pessoa jurídica, não lhe sendo exigida a habilitação profissional de contador ".
"Súmula CARF nº 2: O CARF não é competente para se pronunciar sobre a inconstitucionalidade de lei tributária.
Súmula CARF n° 4: A partir de 1º de abril de 1995, os juros moratórios incidentes sobre débitos tributários administrados pela Secretaria da Receita Federal são devidos, no período de inadimplência, à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e Custódia - SELIC para títulos federais ".
Súmula CARF n° 11: "Não se aplica a prescrição intercorrente no processo administrativo fiscal ".
MANDADO DE PROCEDIMENTO FISCAL. PRORROGAÇÃOES.
Se as prorrogações dos mandados de procedimento fiscal é feita dentro dos prazos previstos nas normas tributárias, não há que se falar em nulidade.
ARBITRAMENTO DO LUCRO. Demonstrada a imprestabilidade da
escrituração apresentada, justificado está o arbitramento.
MULTA QUALIFICADA
Comprovado o intuito fraudulento do contribuinte, correta a aplicação da multa agravada.
DECADÊNCIA. FRAUDE.
Comprovada o intuito fraude, o termo inicial para a contagem do
prazo decadencial é o primeiro dia do exercício seguinte ao qual
poderia ter sido feito o lançamento, nos termos do art. 173 do CTN cumulado com o art. 150, § 4º do mesmo diploma legal.
Numero da decisão: 1103-000.600
Decisão: ACORDAM os membros da 1ª câmara / 3ª turma ordinária da primeira
SEÇÃO DE JULGAMENTO, por unanimidade de votos, NEGAR provimento ao recurso.
Matéria: IRPJ - AF- omissão receitas- presunção legal Dep. Bancarios
Nome do relator: Eric Castro e Silva
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Súmula CARF n° 8: OAuditor Fiscal da Receita Federal é competente para proceder ao exame da esqrita fiscal da pessoa jurídica, não lhe sendo exigida a habilitação profissional de contador ". "Súmula CARF nO2: O CARF não é competente para se pronunciar sobre a inconstitucionalidade de lei tributária. Súmula CARF n° 4: A partir de I ° de abril de 1995, os juros moratórios incidentes sobre débitos tributários administrados pela Secretaria da Receita Federal são devidos, no período de inadimplência, à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e Custódia - SELIC para títulos federais ". Súmula CARF n° 11: "Não se aplica a prescrição intercorrente no processo administrativo fiscal ". MANDADO DE PROCEDIMENTO FISCAL. PRORROGAÇÃOES. Se as prorrogações dos mandados de procedimento fiscal é feita dentro dos prazos previstos nas normas tributárias, não há que sefalar em nulidade. ARBITRAMENTO DO LUCRO. Demonstrada a imprestabilidade da escrituração apresentada, justificado está o arbitramento. MULTA QUALIFICADA Comprovado o intuito fraudulento do contribuinte, correta a aplicação da multa agravada. . DECADÊNCIA. FRAUDE. I Comprovada o intuito fraude, o termo inicial para a contagem do prazo decadencial é o primeiro dia do exercício seguinte ao qual pe~o de 165 páçdnn(s) confirrnado {ie !ooallz"çiío EH)9.07'I9. Pode ser ~-I F1.226~ poderia ter sido feito o lançamento, nos termos do art. 173 do CTN cumulado com o art. 150, J 40 do mesmo diploma legal. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. ACORDAM os membros da 18 câmara / 38 turma ordinária da primeira. SEÇÃO DE JULGAMENTO, por unanimidade de votos, NEGAR provimento ao recurso. A SILVA - Presidente • ERIC CASTRO E SILVA - Relator Participaram do presente julgamento, os Conselheiros Aloysio Jose Percínio da Silva. José Sérgio Gomes, Mario Sérgio Fernandes Barroso, Hugo Correia Sotero e Marcos Shigueo Takata . • Docurnento 165 Pçlo {;r><iigo de Pede ;;0' GGcsuitado TVP\!. Cunsultc a páGina (iç 2&/ ,SP SAO SEBAST'IAO IRF Processo n° 10821,000156/2008-46 Acórdão n,o 1103-00.600 Relatório Fl. 2267 SJ-CIT3 FI. :i9;}o -~ I; I Trata-se de Recurso Voluntário contra a decisão da DRJ-Campinas que julgou procedente o Auto de Infração cientificado ao contribuinte em 13/03/2008 para a cobrança de Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ), Contribuição para o Programa de Integração Social (PIS), Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), relativos ao ano calendário de 2003, em razão da apuração de infrações sumarizadas no Auto de IRPJ como omissão de receitas de prestação de serviços, depósitos bancários de origem não comprovada e receitas apuradas em decorrência da escrituração em livro Diário da empresa (fls. :1.797/1. 798). o cerne do lançamento originário decorre da confrontação entre os extratos bancários • apresentados pela contribuinte e as informações de pagamentos obtidas junto aos clientes da Recorrente, em sua maioria prefeituras municipais. De tal confrontação resultou a imputação de subfaturamento das receitas da Recorrente, nos termos a seguir transcritos do Relatório de fiscalização, constante na decisão aqui recorrida, verbis: "13. Cotejando os livros fiscais da empresa (Diário e Registro de Notas Fiscais de Serviços Prestados) e os talonários de notas fiscais apresentados pelo contribuinte à fiscalização, com as informações apresentadas pelas prefeituras e os extratos bancários das contas de titularidade da empresa, verificou que a empresa subfaturou sua receita conforme detalhado abaixo: • A) O primeiro passo para apurar a existência de nota fiscal "calçada"foi verificar os lançamentos contábeis com os valores constantes no talonário de notas fiscais (Anexo 1)7s.1.769/1.773); B) O segundo passo foi apurar os valores constantes das notas fiscais em poder das prefeituras e ou informações prestadas pelo contribuinte afiscalização em 13/09/1007 quando da entrega do Livro Diário, refeito, e Justificativa dos depósitos bancários e apurar a diferença de receita não constante nos documentos fiscais e livros fiscais apresentados anteriormente (Anexo Il)7s. 1.774/1. 783); c:') O terceiro passo consistiu em verificar os valores líquidos pagos pelas prefeituras com os depósitos existentes nos' extratos bancários das contas correntes de titularidade da empresa Este procedimento possibilitou confirmar o efetivo pagamento dos valores constantes das notas fiscais em poder do destinatário (Anexo JI1)7s. 1.784/1. 793). cf:3/3 D) Da análise constante nos itens A, B e C foi constatada a existência das notas fiscais calçadas, que consiste no fato do valor na via do destinatário e da via fixa (ã di5posição do Fisco) no talão não serem os mesmos. Em função deste fato, a pessoa jurídica objeto de fiscalização emitiu de janeiro a dezembro de 2003 notas fiscais em que as primeiras vias destinadas ao adquirente dos serviços prestados apresentavam escrituração diferente das vias utilizadas para registro das operações em sua escrita fiscal e contábil Esse procedimento, conhecido como "nota fiscal calçada", gerou omissão de receita no montante de RS 5.995.352,41" (fls. 1860) Docvrnel'i.o d" ; "5 pá'("'~{"\ "'''',1''''''13'1'' ser 1;onsuiW(k)) I1~1(1;~):;~;~:I~'~~,;~ pelo ~ódi~~od~;1~)~8r~~Çfi~}'E{P()9.071.S~ v a pé]~nn de at PC . Sp sAó SEBASTIAO [RI' I: i . : Confrontado com o valor da omissão de receita acima transcrito, o Contribuinte apresentou Livro Diário refeito do ano-calendário de 2003, nele contendo a justificativa da origem dos valores creditados/depositados em suas contas correntes mencionadas acima (ano-calendário 2003) e Relação de Notas Fiscais do ano de 200. No Diário refeito e apresentado à fiscalização (fls. 1.610 a 1.664), o contribuinte apresentou o seguinte resultado contábil na Demonstração do Resultado do Exercício de 2003 (fls. 1.661): Receita Bruta Operacional R$ 6.258.021,89 Lucro Bruto Operacional R$ 6243.128,68 Despesas/Receitas Operacionais R$ 1.415.277,72 • Resultado do período antes de IR R$ 4.827.850,96Diante desses novos números, a Fiscalização mais uma vez intimou o contribuintepara apresentar elementos probatórios para comprovar o lucro real apresentado para o ano-calendário de 2003, no valor de R$ 4.827.850,96, já que tal quantia correspondia a 77,14% da sua Receita Bruta Operacional, margem não compatível com a realidade de mercado da construção civil. Em resposta, o Contribuinte expressou que: • "a) Não possuímos toda documentação necessária para embasar os lançamentos escriturados, portando nelo tendo como apresentá-la ao fisco e, ainda, existem anotações de outras despesas, também sem comprovação, que certamente reduziria o lucro apu~ado de R$ 4.827.850,96 que'é totalmente irreal. b) Os lançamentos não foram feitos adequadamente por deficiência administrativa na reorganização dos documentos. c) Como mencionado no item (aJ, os saldos apurados não retratam a realidade como pode ser constatado nos extratos bancários das contas correntes (cheques devolvidos, duplicatas protestadas, etc.). " (fls. 1861) Por tais razões a Fiscalização resolveu por arbitrar o lucro do contribuinte, tendo por fundamento a "omissão de receita" no valor de R$ 5.995.352,41, sob as quais incidiu multa qualificada de 150%, e "depósitos bancários não escriturados" nq valor de R$ 41.664,39. Foi, ainda, expedida Representação Fiscal para fins penais. .- Na sua impugnação ao lançamento de fls. 1818/1849, o contribuinte, em apertada suma, alegou preliminarmente: a) nulidade do 1ançameritoem face da expiração do prazo dos mandados de fiscalização; b) "Prescrição tributária" em face do vencimento do MPF; c) nulidade em face do Auto de Infração não ter sido lavrado no estabelecimento fiscalizado; d) nulidade por não ser o Auditor que lavrou o Auto contador habilitado no Conselho de Contabilidade. No mérito, insurgiu-se contra o arbitramento, alegando ,que não houve circularização econômica a fundamentar as hipóteses para o lucro arbitrado, não cabendo a fixação do fato gerador dos tributos por mera presunção. Por fim, discorda da exigência de juros de mora, por alegar não estar em atraso com o Fisco e da exigência de multa qualificada, que seria confiscatória. pelo 4 .8P SAO SE:BAS'T'IAO IRF Processo nO 10821.000156/2008-46 Acórdão n.o 1103-00.600 FI. 2269 SI-CIT3 ti), FI. 3 19~ -'5> • • A decisão recorrida analisou cada um dos pontos e foi assim ementada: "ASSUNTO: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL Ano-calendário: 2003 NULIDADE. Não se configurando violação das regras do artigo 142 do MI nem dos artigos lO e 59 do Decreto 70.235/1972, não há que se cogitar de nulidade do lançamento. MANDADO DE PROCEDIMENTO FISCAL. INSTRUMENTO DE CONTROLE ADMINISTRATIVO. O Mandado de Procedimento Fiscal é mero instrumento de controle administrativo. Eventual irregularidade em sua emissão não acarreta nulidade de lançamento. PRORROGAÇÃO. A prorrogação do MPF poderá ser feita por intermédio de registro eletrônico efetuado pela autoridade outorgante, cuja informação está disponível na Internet .. LOCAL DE LAVRA TURA. É determinação legal que a lavratura do auto de infração se faça no local da verificação da falta, o que não significa no local em que foi praticada a infração e, sim, onde esta foi constatada, não havendo qualquer impedimento de que isto ocorra dentro da própria repartição, se presentes os elemenJos necessários para fundame,ntar a autuação, com regular notificação do sujeito passivo. COMPETÊNCIA DO AUDITOR FISCAL. A competência do auditor fiscal para proceder ao exame da escrita da pessoa jurídica é atribuída por lei, não lhe sendo exigida a habilitação profissional do contador. ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA JURÍDICA - IRPJ Ano-calendário: 2003 FORMA DE TRIBUTAÇÃO. ARBITRAMENTO. Demonstrada a imprestabilidade da escrituração apresentada, justifica-se o arbitramento. RECEITA BRUTA CONHECIDA. PROVA DIRETA. Constituem prova direta da receita bruta as notas fiscais emitidas pelo contribuinte e obtidas de seus clientes juntamente com a confirmação dos pagamentos constantes de sua movimentação bancária. DEPÓSITOS BANCÁRIOS DE ORIGEM NÃO COMPROVADA. A Lei 9.430, de 1996, em seu art. 42, autoriza a presunção de omissão de rendimentos com base nos valores depositados em conta bancária parà os quais o contribuinte titular, regularmente intimado, não comprove, mediante documentação hábil e idónea, a origem dos recursos utilizados nessas operações. ASSUNTO: NORMAS GERAIS DE DiREITO TRIBUTÁRIO, Ano-calendário: 2003 Gonfrcadu . SP SAO ST::BASl'IAO !RF • PRESCRIÇÃO. Não se cogita de prescnçao antes da constituição do crédito tributário, o que, no caso, só ocorreu com o lançamento cientificado ao contribuinte. OFENSA A PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS. CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE. O controle de constitucionalidade da legislação que fundamenta o lançamento é de competência exclusiva do Poder Judiciário e, no sistema difuso, centrado em última instância revisional no STF. MULTA DE OFÍCIO. INSUFICIÊNCIA DE RECOLHIMENTO. RECEITAS CONSIDERADAS OMITIDAS POR PRESUNÇÃO LEGAL. Identificado débito tributário em procedimento de oficio e não estando presentes as hipóteses do art. 63 da Lei 9.430, de 1996, é devida a multa de oficio no percentual lançado de 75%. OMISSÃO DE RECEITAS. NOTAS FISCAIS CALÇADAS. Evidenciadas pela fiscalização circunstâncias que denotam intuito de fraude, mantém-se a multa no percentual de 150%. JUROS DE MORA. O crédito não integralmente pago no vencimento é acrescido de juros de mora, seja qual for o motivo determinante de suafalta. Lançamento Procedente" (fls. 1858/1859) Inconformado, vem o contribuinte n<;>seu Reéurso yoluntário de fls. 1884/1915, reiterar todas as preliminares postas na sua Impugnação, além de alegar ter havido decadência em relação aos meses de janeiro, fevereiro e março de 2003,já que o lançamento ocorreu em 13/03/2008. No mérito também repisa as mesmas"teses postas na Impugnção, quais sejam, a) que "arbitramento fiscal não prova ganhos"; b) que não pode haver a cobrança do IRPJ sem a comprovação do respectivo fato gerado; c) que o auto de infração não tem motivação idônea e d) não são devidos juros de mora e que a multa seria confiscatória. É o relató~io. • ,:~' ~6 . S'P S,:\O SL:ljASrLAC) 1RF Processo nO 10821.000156/2008-46 Acórdão n,o 1103-00.600 Voto Conselheiro ERIC CASTRO E SILVA, Relator Fl2271 O recurso satisfaz os seus requisitos de admissibilidade, razão pela qual dele conheço. Preliminares: Súmulas do CARF • Quanto às preliminares de nulidade do lançamento em face do local da lavratura do auto de infração e por não ser o auditor inscrito no Conselho de Contabilidade, aplico as súmulas 06 e 08 do CARF, abaixo transcritas: "Súmula CARF n° 6: É legítima a lavratura de auto de infração no local em que foi constatada a infração, ainda que fora do estabelecimento do contribuinte. Súmula CARF n° 8: O Auditor Fiscal da Receita Federal é competente para proceder ao exame da escrita fiscal da pessoa jurídica, não lhe sendo exigida a habilitação profissional de contador". Igual sorte é destinada aos argumentos de caráter confiscatório da multa de ofício, cuja apreciação de inconstitucionalidade é vedada a este Tribunal Administrativo, e pela aplicação da Taxa Selic como Juros de Mora aos créditos tributários federais, verbis: "SÚmula CARF n° 2: O CARF não é competente para se pronunciar sobre a inconstitucionalidade de lei tributária.' • Súmula CARFno 4: A partir de ]O de abril de 1995, os juros moratórios incidentes sobre débitos tributários administrados pela Secretaria da Receita Federal são devidos, no período de inadimplência, à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidaçqo e Custódia - SELIC para títulos federais". Como também muito bem exposto na decisão recorrida, não há que se falar de prescrição intercorrente antes da constituição definitiva do crédito tributário que, no caso, encontra-se suspenso até o julgamento final do presente processo administrativo. Por tais razões aplica-se a Súmula 11 do CARF, vazada nos seguintes termos: "Não se aplica a prescriçc70 intercorrente no processo administrativo fiscal". Preliminar: Vencimento do Mandado de Procedimento Fiscal (MPF) Neste tópico do seu Recurso Voluntário, o contribuinte alega que o MPF "teve sua prorrogaçt7o averbada na internet 143 (cento e quarenta e três) dias após sua emissão originária, e não dentro do prazo legal de 120 dias previsto na legislação" (fls 1889). Contudo, como bem posto na decisão recorrida, no caso dos autos todas as prorrogações do MPF e respectivas intimações se deram dentro do prazo formal estabelecido para tanto, DOGl.Irnentc 1Gb pelo c6digo de . SP S!\O Sf::li/>Sr!:\O lRF confonne se extrai da fundamentação abaixo da decisão recorrida, que não foi impugnada pelo recorrente, verbis: "No caso vertente, o procedimento fiscal em questão, conforme fls. 03 e 61, foi iniciado sob ajurisdição da DRF de São Sebastião, com lavratura do Termo de Início em 26/01/2007 e com amparo no MPF 08.1.27.00-2007-00020-6 emitido em 25/01/2007, cientificado em 26/01/2007 e com validade inicial até 25/05/2007 (120 dias como previsto no art. 12, 1, da citada Portaria 6.087/2005). Tal validade, conforme Demonstrativo de Emissão e Prorrogação de MPF de fls. 1.411, foi prorrogada até 29/06/2007 - fato cientificado ao contribuinte por via postal em 25/0512007 (fls. 1.412) por meio do Termo de Ciência e de Continuação de Procedimento Fiscal datado de 17/05/2007 (fls. 1.410). E, em 18/06/2007, dentro do prazo de validade do MPF inicial, foi emitido, sob ajurisdição da DRF São José dos Campos, o MPF 08.1.20.00-2007-00258-5, com validade inicial até 16/10/2007 (fls. 01), regularmente prorrogada até 12/06/2008, conforme demonstrativo defls. 04. • Assim, diversamente do afirmado, todas as prorrogações ocorreram antes de expirado o prazo de validade anterior do MPF e o lançamento de oficio, cientificado em 13/03/2008 (fls. 1.816 e 1.817), deu-se dentro do prazo de validade da última prorrogação, 12/06/2008 (fls. 04)" (fls. 1865). Pelo exposto, voto por rejeitar a preliminar de nulidade por não observância dos requisitos fOffilais do Mandado de Procedimento Fiscal. ., Mérito: Arbitramento do Lucro. No mérito vem o contribuinte alegar genericamente que "o que se observa no presente caso, é o arbitramento desordenado, sem nada ser provado, nenhum levantamento especifico de ganho real junto a autuada foi efetuado, em contraditório pleno, até mesmo porque o sistema contábil lhe foi apresentado e desconsiderado" (fls. 1905). • Tal assertiva, contudo, não condiz éom os faios apurados pela fiscalização, como claramente expôs a decisão recorrida, em fundamento não impugnado pelo presente Recurso e que, também por isso, merece aqui ser integralmente prestigi~do, verbis: "No presente caso, de acordo com a descrição da fiscalização contida em seu Termo de Verificação, a receita de R$ 6.400.350,47, com base na qual foi apurado o lucro, decorreu, em quase sua totalidade (R$ 6.358.686,08) dos valores das notas fiscais emitidas pelo contribuinte e obtidas junto a seus clientes e que superavam os valores pelos quaisforam contabilizadas as operações, de modo que não há que se cogitar de presunção de receita, mas de receita efttivamente conhecida e apurada por meio de prova direta. Quanto à parcela de RS 41.664,39, decorrente de depósitos em relação aos quais, embora intimado, o contribuinte não comprovou a origem, corresponde a receita por presunção legal contida no art. 42 da Lei 9.430/96, que dispõe: Docunlsnto de: pelo código de "Art. 42 Caracterizam-se também omissão de receita ou de rendimento os valores creditados. em conta de depósito ou de investimento mantida junto a instituição financeira, em relação aos quais o (itular, pessoa fisica ou jurídica, regularmente ~.8 Processo nO 10821.000156/2008-46 Acórdào n.o 1103-00.600 T;L 2273 SI-CIT3'!1 df, Fl.'~ • intimado, não comprove, mediante documentação hábil e idônea, a origem dos recursos utilizados nessas operações. g l° O valor das receitas ou dos rendimentos omitido será considerado auferido ou recebido no mês do crédito efetuado pela instituição. Por outro lado, a sistemática de apuração pelo lucro arbitrado, utilizado pela fiscalização, prevê a aplicação de percentuais sobre' a receita bruta para a determinação da base de cálculo,. evitando que a tributação incida sobre o patrimônio. No caso, em vista do ar!. 27 da Lei 9.430/96 combinado com o art. 16 e 24 da Lei no 9.249/95, base legal dos arts. 532 e 537 do RIR/99, foi aplicado o percentual de 9,6% sobre a receita bruta, representada pelos valores das notas fiscais emitidas pelo contribuinte e obtidas junto a seus clientes (valores estes dos quais pequena parcela foi escriturada), bem como pelos créditos em contas bancárias, sem a devida comprovação . Assim, não estão sendo tributados os depósitos em si nem a totalidade dos valores das operações realizadas, mas a renda que eles representam. Neste contexto, insustentáveis se mostram todas as objeções à forma de tributação pelo arbitramento, à motivação da autuação, à ocorrência dofato gerador e à receita utilizada PWa determinação do resultqdo tributável" (fls. 1870/1871). De fato, no caso dos autos outra alternativa não restou à. Fiscalização a não ser o arbitramento do lucro, já que as informações fornecidas pelo contribuinte se.mostraram absolutamente sem substrato econômico quando confrontadas com .as informações colhidas pelo Fisco junto aos clientes da Recorrente e do seus banco. Pelo exposto, voto por, no mérito, manter o lançamento . • MuIta Qualificada. A multa de otlcio agravada de 75% para] 50% tem cabimento quando o contribuinte age com evidente intuito de fraude, nos termos do art. 44, II da Lei nO9.430/96. No caso dos autos o intuito de fraude'foi comprovado pela recorrente emissão de notas fiscais "calçadas", pelas quais o valor emitido pelo contribuinte não condizia com o efetivo valor pago pelos seus clientes, difereriça que ficou clara com a circulação praticada pela Fiscalização junto às prefeituras municipais que contrataram a Recorrente. Neste sentido mais uma vez a decisão recorrida analisou com profundidade a matéria, restando o contribuinte silente quanto aos fundamentos a seguir transcritos e aqui adotados: "Quanto ao agravamento da penalidade de 75% para 150% foi justificado na autuação em decorrência da constatação de notas fiscais calçadas, atingindo apenas o crédito decorrente desta infração (fls. 1.741), assim descrita pela fiscalização em seu Termo (fls. 1.739): Documento de 165 pelo cDdiso de Pode ser Gonsul1e.dc a p:)~lnade . S'p 'S,:\Ó 5E,B/\ST'I/\0 IRF FI. 2{f:11~~+ ~ loi constatada a existência das notas fiscais calçadas, que consiste no fato do valor na via do destinatário e da via fixa (à disposição doFisco) no talão não serem os mesmos. Em função deste fato, a pessoa jurídica objeto de fiscalização emitiu de janeiro a dezembro de 2003 notas fiscais em que as primeiras vias destinadas ao adquirente dos serviços prestados apresentavam escrituração diferente das vias utilizadas para registro das operações em sua escrita fiscal e contábil. Esse procedimento, conhecido' como "nota fiscal calçada'~ gerou omissão de receita no montante de R$ 5.995.352,91. Acerca de tais constatações, nada opôs ou esclareceu o impugnante. Portanto, nessas circunstâncias, a conduta descrita pela fiscalização - de emitir notas fiscais com valores diferentes nas suas vias, escriturando os valores menores - configura ocorrência hábil a justificar a multa no percentual de 150%, na medida em que denota o objetivo de obstar o conhecimento pela Administração Tributária do efetivo faturamento e do lucro tributável" (fls. 1871/1872). • Assim, em razão da comprovada conduta fraudulenta do contribuinte acima descrita, \'oto por manter o agravamento da multa. Decadência: Por fim, em face da conduta fraudulenta acima descrita, o termo inicial da decadência necessariamente se desloca da data da ocorrência do fato gerador para o primeiro dia do exerCÍcio seguinte aquele em que poderia ter sido efetuado o lançamento, nos' termos do art. 173 do CTN, matéria também muito bem abordada na decisão recorrida, verbis: • "Ainda, se a pretensão do impugnante era argüir a ocorrência de decadência, pelodecurso do prazo para a Fazenda Pública. promover a Idrmalização dos autos deinfração, para constituição do crédito 'tributário, também não lhe assistiria razão. Isto porque, tendo a fiscalização detectado, como relatado, a ausência de apuração regular e, ainda, de boa-fé, a contagem do prazo decadencial se faz pelo disposto no ar/. 173 do Código Tributário Nacional (CTN), que fixa seu inicio no primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado, qual seja, para o periodo mais remoto abrangido pela autuação, em Ol/0l/2 004, findando somente em 31/12/2008". Por todo o exposto, voto por negar provimento ao presente Recurso Voluntário, mantendo a decisão recorrida pelos seus exatos termos. É como voto. Sala de Sessões, 16 de janeiro de 2012: deste dccUtT(;nto ti} 10 . S'!) .S' ;\'/)' .S"'!:::!) / S'J"l,\, ') 'Jn, 'C~" .,', \. '.. ,.. .:>,\ '.. I. \. I'\. 1 Processo nO 10821.000156/2008-46 Aoo",'o o." 1I1lJ-OO.600 ~ ERrc CASTRO E srLV A RELATOR. .' ", ... • FI. 2275 SI-CIn FI. dô~ -~ Docurnento de 16b pdo cócJigo de F)càe ser COY'l{Ht!taâo no endereco TVP\!, Consulte a paç1inB de 2utenllcacAo no I1 00000001 00000002 00000003 00000004 00000005 00000006 00000007 00000008 00000009 00000010 00000011
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Numero do processo: 13855.001426/2005-94
Turma: Primeira Turma Ordinária da Primeira Câmara da Segunda Seção
Câmara: Primeira Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Thu Jul 29 00:00:00 UTC 2010
Ementa: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA FÍSICA - IRPF
Exercício: 2003
DEDUÇÃO DESPESAS MÉDICAS.
Mantém-se a glosa das despesas médicas por falta de comprovação hábil e idônea da prestação dos serviços do efetivo pagamento ao profissional habilitado.
Recurso Voluntário Negado.
Numero da decisão: 2101-000.628
Decisão: Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em negar
provimento ao recurso, nos termos do voto do Relator.
Matéria: IRPF- auto de infração eletronico (exceto multa DIRPF)
Nome do relator: Odmir Fernandes
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Numero do processo: 10670.720048/2004-31
Turma: Primeira Turma Ordinária da Primeira Câmara da Segunda Seção
Câmara: Primeira Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Tue Mar 15 00:00:00 UTC 2011
Ementa: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA FÍSICA - IRPF
Exercício: 2002
IRPF. DECLARAÇÃO DE AJUSTE ANUAL. RETIFICAÇÃO. TROCA DE FORMULÁRIO. IMPOSSIBILIDADE.
Não é admitida a retificação de declaração de ajuste anual que tenha apenas o objetivo de alterar o modelo de tributação.
Recurso negado.
Numero da decisão: 2101-001.006
Decisão: ACORDAM os Membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso, nos termos do voto do Relator
Matéria: IRPF- processos que não versem s/exigência cred.tribut.(NT)
Nome do relator: ALEXANDRE NAOKI NISHIOKA
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conteudo_txt : Metadados => date: 2012-04-11T14:33:02Z; pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 7; pdf:PDFVersion: 1.6; pdf:docinfo:title: ; xmp:CreatorTool: CNC PRODUÇÃO; Keywords: ; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; subject: ; dc:creator: CNC Solutions; dcterms:created: 2012-04-11T14:33:02Z; Last-Modified: 2012-04-11T14:33:02Z; dcterms:modified: 2012-04-11T14:33:02Z; dc:format: application/pdf; version=1.6; xmpMM:DocumentID: uuid:adbaf39e-007c-49ed-8c32-289333b6bfac; Last-Save-Date: 2012-04-11T14:33:02Z; pdf:docinfo:creator_tool: CNC PRODUÇÃO; access_permission:fill_in_form: true; pdf:docinfo:keywords: ; pdf:docinfo:modified: 2012-04-11T14:33:02Z; meta:save-date: 2012-04-11T14:33:02Z; pdf:encrypted: false; modified: 2012-04-11T14:33:02Z; cp:subject: ; pdf:docinfo:subject: ; Content-Type: application/pdf; pdf:docinfo:creator: CNC Solutions; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; creator: CNC Solutions; meta:author: CNC Solutions; dc:subject: ; meta:creation-date: 2012-04-11T14:33:02Z; created: 2012-04-11T14:33:02Z; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 4; Creation-Date: 2012-04-11T14:33:02Z; pdf:charsPerPage: 901; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; meta:keyword: ; Author: CNC Solutions; producer: CNC Solutions; access_permission:can_modify: true; pdf:docinfo:producer: CNC Solutions; pdf:docinfo:created: 2012-04-11T14:33:02Z | Conteúdo => MARCOS CÂNDIDO CAI S2-CIT1 Fl. 85 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS SEGUNDA SEÇÃO DE JULGAMENTO Processo n° 10670.720048/2004-31 Recurso n° Voluntário Acórdão n° 2101-01.006 — V Câmara / P Turma Ordinária Sessão de 15 de março de 2011 Matéria IRPF Recorrente EUCI VIEIRA DA PAIXÃO FERNANDES Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA FiSICA - IRPF Exercício: 2002 IRPF. DECLARAÇÃO DE AJUSTE ANUAL. RETIFICAÇÃO. TROCA DE FORMULÁRIO. IMPOSSIBILIDADE. Não é admitida a retificação de declaração de ajuste anual que tenha apenas o objetivo de alterar o modelo de tributação. Recurso negado. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. ACORDAM os Membros do Col a tk, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso, nos termos do voto do fator. Presidente C/QL: ALEXANDRE NAOKI Relator ISHIOKA EDITADO EM: 16.02.2012 Processo n° 10670.720048/2004-31 S2-C1T1 AcórdAo n.° 2101-01.006 Fl. 86 Participaram do julgamento os Conselheiros Caio Marcos Cândido (Presidente), Alexandre Naoki Nishioka (Relator), Ana Neyle Olímpio Holanda, José Raimundo Tosta Santos, Odmir Fernandes e Gonçalo Bonet Allage. Relatório Trata-se de recurso voluntário (fls. 56/57) interposto em 20 de março de 2009 contra acórdão proferido pela Delegacia da Receita Federal do Brasil de Julgamento em Juiz de Fora (MG) (fls. 47/49), do qual a Recorrente teve ciência em 09 de março de 2009 (fl. 54), que, por unanimidade de votos, indeferiu a manifestação de inconformidade apresentada, mantendo a não homologação da compensação originária da DCOMP Eletrônica n° 23022.22459.170804.2.3.04-4600, posteriormente retificada pela DCOMP Eletrônica Retificadora n° 26507.77711.251004.2.7.04-5023 (fls. 02/07), visando a compensar os débitos nelas declarados, de IRPF relativo ao ano-calendário de 31/12/2003, com vencimentos em 30/07/2004, 31/08/2004 e 30/09/2004, código 0211, com alegado pagamento indevido de IRPF relativo ao ano-calendário de 2001, recolhido por meio de DARF em 30/04/2002, código 0211. O acórdão recorrido teve a seguinte ementa: "ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA FÍSICA - IRPF Exercício: 2002 DIRPF. TROCA DE FORMULÁRIO. Em se tratando da declaração de rendimentos da pessoa física, após o prazo previsto para sua entrega, incabível a retificação que tenha por objetivo a troca de formulário. COMPENSAÇÃO 0 crédito usado em compensação tem que estar disponível na data da transmissão da PERDCOMP. Solicitação Indeferida" (fl. 47). Não se conformando, a Recorrente interpôs recurso voluntário (fls. 56/57), basicamente repisando os argumentos ventilados em sua impugnação, no sentido de que, com a apresentação de nova declaração retificadora, é possível constatar que foi pago valor maior do que o devido, razão pela qual haveria saldo remanescente a autorizar a compensação. o relatório. Voto Conselheiro Alexandre Naoki Nishioka, Relator 0 recurso preenche os requisitos de admissibilidade, motivo pelo qual dele conheço. 2 Processo n° 10670.720048/2004-31 S2-CIT1 Acórdão n.° 2101-01.006 Fl. 87 A Recorrente sustenta, em seu recurso voluntário, que, por se tratar do primeiro ano em que teria entregue a declaração de imposto de renda como pensionista, e diante do desconhecimento da possibilidade de declaração do imposto de renda dos seus filhos separadamente, apresentou, em 16/04/2002, Declaração de Ajuste Anual relativa ao exercicio de 2002, no modelo completo (fl. 41), na qual informou, além da pensão da qual era beneficiária, a parcela relativa à renda continuada por morte da qual são beneficiários os seus filhos, Rodrigo Vieira Alane Fernandes e Matheus Vieira Alane Fernandes, totalizando, como rendimentos tributáveis, o valor de R$ 62.520,39. Em 16/08/2004, um dia antes da entrega da DCOMP, apresentou uma Declaração de Ajuste Anual retificadora, no modelo simplificado (fl. 42), na qual declara como total de rendimentos tributáveis o montante de R$ 29.752,64, o que gerou uma redução da parcela do imposto de renda a pagar, tomando disponível, consequentemente, os pagamentos que havia efetuado mediante DARFs, objetos do pedido de compensação. Na data da ciência do despacho decisório que não homologou a compensação, em 06/06/2005, a Recorrente apresentou nova Declaração de Ajuste Anual retificadora (fls. 43 e 75), agora no modelo completo, reiterando a informação apresentada na declaração retificadora anterior acerca do total dos rendimentos tributáveis, no valor de R$ 29.752,64. Diante desse quadro, requer a Recorrente, em seu recurso, o reconhecimento do crédito objeto da compensação realizada, uma vez que os pagamentos efetuados por meio dos DARFs referem-se ao imposto indevidamente informado a maior na Declaração de Ajuste anual originária, a qual foi objeto de retificação. 0 exame dos elementos constantes nos autos permite inferir que, de fato, os valores constantes na declaração originária englobavam os montantes relativos as rendas continuadas por morte percebidos pela Recorrente e seus dois filhos, os Srs. Rodrigo e Matheus. A primeira Declaração de Ajuste Anual retificadora foi apresentada pela Recorrente em 17/08/2004, anteriormente, portanto, à entrega da DCOMP. Ao apreciar a manifestação de inconformidade apresentada pela ora Recorrente, a 1a Turma de Julgamento da Delegacia da Receita Federal do Brasil de Julgamento em Juiz de Fora (MG), com acerto, houve por bem indeferi-la, sob o fundamento de ser incabível a retificação que tenha por objeto a troca de formulário e, bem assim, que o crédito usado na compensação tem de estar disponível na data da transmissão do PER/DCOMP. Isto porque a IN SRF n.° 15, de 06 de fevereiro de 2001, determina, em se art. 57, que, após o prazo previsto para a entrega da declaração, não sera admitida a entrega de declaração retificadora que tenha por objetivo a troca de modelo. Veja-se: "Art. 57. Após o prazo previsto para a entrega da declaração, não será admitida retificação que tenha por objetivo a troca de modelo. Parágrafo Calico. Relativamente As declarações apresentadas até o exercício de 1998, inclusive, sera permitida a sua reti ficação se o contribuinte, obrigado a utilizar o modelo completo, optou pelo modelo simplificado." 3 Processo n° 10670.720048/2004-31 S2-C1T1 Acórdão n.° 2101-01.006 Fl. 88 No presente caso, o que houve foi uma retificação da declaração de ajuste anual para alterar opções realizadas pela Recorrente. Na realidade, não houve propriamente erro de fato que justificasse a aceitação da segunda retificação, pois, na verdade, a contribuinte não alterou os valores informados a titulo de pensão, mas apenas mudou a forma de declará- los, o que é expressamente vedado pela legislação. recurso. Eis os motivos pelos quais voto no ntido de NEGAR provimento ao Q}.0L ALE A DRE NAOKI NISHIOKA Relator 4
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