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Numero do processo: 10670.000247/2003-48
Turma: Segunda Turma Especial da Primeira Seção
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Thu Mar 11 00:00:00 UTC 2010
Ementa: Normas de Administração Tributária
Ano calendário: 2000
Ementa: PEDIDO DE RESTITUIÇÃO — NOVA DECLARAÇÃO DE
COMPENSAÇÃO - Trata-se como novo pedido de restituição/compensação
quando no decurso do processo fora apresentada nova declaração de
compensação em que o interessado declara outro crédito tributário diverso do pleito inicial e requer a substituição da outra declaração de compensação.
Numero da decisão: 1802-000.389
Decisão: Acordam os membros do colegiado por unanimidade de votos, dar provimento parcial ao recurso, nos termos do voto da Relatora.
Matéria: IRPJ - restituição e compensação
Nome do relator: Ester Marques Lins de Sousa
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ementa_s : Normas de Administração Tributária Ano calendário: 2000 Ementa: PEDIDO DE RESTITUIÇÃO — NOVA DECLARAÇÃO DE COMPENSAÇÃO - Trata-se como novo pedido de restituição/compensação quando no decurso do processo fora apresentada nova declaração de compensação em que o interessado declara outro crédito tributário diverso do pleito inicial e requer a substituição da outra declaração de compensação.
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I MINISTÉRIO DA FAZENDA f" CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS PRIMEIRA SEÇÃO DE JULGAMENTO Processo n° 10670.000247/2003-48 Recurso n° 165.394 Voluntário Acórdão n° 1802-00.389 — r Turma Especial Sessão de 11 de março de 2010 Matéria IRPJ Recorrente BSB EMPREENDIMENTOS E PARTICIPAÇÕES LTDA Recorrida 2a.Turma/DRJ/Juiz de Fora/MG Assunto: Normas de Administração Tributária Ano calendário: 2000 Ementa: PEDIDO DE RESTITUIÇÃO — NOVA DECLARAÇÃO DE COMPENSAÇÃO - Trata-se como novo pedido de restituição/compensação quando no decurso do processo fora apresentada nova declaração de compensação em que o interessado declara outro crédito tributário diverso do pleito inicial e requer a substituição da outra declaração de compensação. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado por unanimidade de votos, dar provimento parcial ao recurso, nos termos do voto da Relatora. __- ESTER MARQUES LlhIS DE SOUSA — Presidente e Relato EDITADO EM: ' O 8 ABR 2010 . Participaram da sessão4 julgamento os conselheiros: Ester Marques Lins de Sousa (Presidente de Turma), José de Oliveira Ferraz Corrêa, Nelso Kichel, Sérgio Luiz Bezerra Presta (Suplente Convocado), Edwal Casoni de Paula Fernandes Júnior, João Francisco Bianco (Vice Presidente de Turma). Processo n° 10670.00024712003-48 81-TE02 Acórdão me 1802-00389 Il. 2 Relatório Por economia processual e bem resumir a lide adoto o Relatório da decisão recorrida que transcrevo a seguir: A contribuinte acima identificada apresentou a declaração de compensação de fl. 01, utilizando crédito Do IRPJ e da CSLL, ambos do ano-calendário de 2000, demonstrativo de fl. - OZ anexando a cópia da DIPJ/2001 03/39). Em 26/07/2004, conforme consta da manifestação de inconformidade, apresentou declaração retificadora, informando novo crédito e débitos diferentes dos originais. No Despacho Decisório DRF/MCR n o 216, de fls. 88/95, não foi homologada a declaração de compensação de fl 01 face à inexistência do direito creditório pleiteado pela empresa, uma vez que a empresa não apurou em sua Declaração de Informações Económico-Fiscais do exercício de 2001 - DIPJ/2001, ano-calendário de 2000, qualquer valor a título de saldo negativo de IRPJ e C,S7 T. A interessada manifestou sua inconformidade, às fls. 97/99, quando argumenta, em resumo, que: O crédito que realmente pretendia compensar era o informado na retificadora e parece claro que substituir os códigos de tributos preenchidos equivocadamente não deixa de ser corrigir uma inexatidão material; Foi prejudicada pela desconsideração da retificadora, uma vez que a auditora fiscal concluiu que os créditos não existem; A alegado decadência para a compensação do crédito da retificadora não procede, pois no caso dos tributos sujeitos a lançamento por homologação, como os do presente processo, tem-se o prazo prescricional de 05 anos contados a partir do decurso do prazo decadencial de 05 anos para homologação do lançamento, contando a requerente com 10 anos desde a ocorrência do fato gerador para reaver o indébito. Por fim, requer a reforma do despacho decisório, para homologação da compensação e extinção do débito compensado. A Delegacia da Receita Federal de Julgamento (DRJ/SãoPaulo/SPI) negou a solicitação do pleito em decisão assim ementada: Assunto: Normas Gerais de Direito Tributário Ano-calendário: 2000 2 Processo n° 10670.000247/2003-48 81-TE02 Acórdão n.° 1802-00389 Fl. 3 COMPENSAÇÃO Não é permitida a retificação da declaração originalmente apresentada quando da mencionada retificação resultar nova declaração de compensação. A empresa foi cientificada da decisão prolatada mediante o Acórdão n° 09- 17.933 de 10/12/2007, fls.101/105, conforme o Aviso de Recebimento (AR), fl.106-v, em 128/12/2007, e, interpôs recurso ao Conselho de Contribuintes em 23/01/2008 (fls.112/115). A Recorrente alega, em síntese, que de fato, o crédito cuja compensação pretende é o informado na declaração retificadora referente ao ano calendário de 1998. Afirma que uma eventual irregularidade formal não afeta o direito material da recorrente aos créditos informados na retificadora que deveria ter sido tratada pela DRF de Montes Claros, como nova declaração. Finalmente insurge-se contra o prazo prescricional previsto no inciso I, do artigo 168 do CTN e, requer seja reformada a decisão proferida pela DRMFA. É o relatório. 3 Processo n°10670000247/2003.48 81-TE02 Acórdão n.° 1802-00389 Fl. 4 V080 Conselheira ESTER MARQUES LINS DE SOUSA, kelatora O Recurso Voluntário é tempestivo e reúne os demais requisitos de admissibilidade constantes no Decreto n°70.235/1972. Dele conheço. A empresa interessada requer a refOrnia tia decisão recorrida que indeferiu o direito creditório relativo ao ano calendário de 2000 e, por conseqüência não homologara a declaração de compensação (f1.01102). Entende a recorrente que, havendo apresentado a declaração de compensação fl.57/58, o direito creditório a ser analisado deveria ser o relativo ao ano calendário de 1998, objeto da referida declaração de compensação, intitulada de retificadora. Eis a questão. O artigo 74 da Lei n° 9.430/96 que dispõe sobre a restituição e compensação de tributos e contribuições administrados pela Receita Federal, prescreve no § 14 que compete à Secretaria da Receita Federal disciplinar o disposto neste artigo, de modo que, ao dispor sobre os formulários mediante os quais o interessado formulará o seu pleito, cabe ao mesmo utilizá-los como estabelecido nos atos normativos expedidos pela Receita Federal. A Delegacia da Receita Federal em Montes Claros/MG, órgão competente para se manifestar sobre o pleito, analisou a declaração de compensação (1.01102) à luz das informações efetuadas pelo interessado, relativas ao ano calendário de 2000, concluindo pelo não reconhecimento de direito creditório diante da inexistência de saldo negativo a restituir e por conseqüência não homologara a declaração de compensação (11.01/02). A Delegacia da Receita Federal de Julgamento (DRJ/SãoPaulo/SPI) manteve a não homologação da compensação em Acórdão assim ementado (f1.101): Assunto: Normas Gerais de Direito Tributário Ano-calendário: 2000 COMPENSAÇÃO Não é permitida a retificação da declaração originalmente apresentada quando da mencionada retificação resultar nova declaração de compensação. É indubitável que a declaração de compensação (fl.01/02) foi substancialmente alterada pela declaração de compensação f1.57/58. Enquanto na primeira, foi declarado um crédito a compensar relativo a saldo negativo de IRPJ e CSLL, do ano calendário de 2000, a segunda, a título de "retificadora", apresentada anexa ao documento (fl.52), datado de 22/07/2004, diz respeito a declaração de compensação vinculada a crédito tributário relativo a suposto pagamento maior que o devido em 31/07/1998 (código — 2089, IFLPFlucro presumido). Não há dúvida de que esta última trata de nova declaração de compensação. 4 Processo n° 10670.000247/200348 51-TE02 Acórdão n.° 1802-00389 Fl. 5 COM efeito, a declaração de compensação (f1.57/58) não deve ser tratada como retificadora da declaração de compensação (f1.01102), e, sim como novo pedido, por se tratar de nova declaração de compensação, pelos fatos expressos acima. Entendo que, o contribuinte ao apresentar a nova declaração de compensação em que pede a substituição da declaração anteriormente apresentada, mediante o requerimento datado de 22/07/2004 e seus anexos, está implícito o pedido do cancelamento da substituída, nos termos do artigo 9° da Instrução Normativa n° 432, de 22/07/2004, permitindo a análise do novo pedido apresentado antes da decisão administrativa proferida pela Delegacia da Receita Federal em Montes Claros. Assim, e, para que não se alegue cerceamento ao direito de defesa , a autoridade competente deverá analisar a nova Declaração de Compensação (fis.57/58), apresentada em 22/07/2004, à luz da documentação juntada aos autos, podendo se for o caso intimar a interessada a apresentar os documentos fiscais/contábeis que entender necessários. Diante do exposto, e por entender desnecessária a formalização de novo processo administrativo haja vista que os documentos apresentados nos autos evidenciam o pleito do interessado, voto no sentido de DAR provimento PARCIAL ao recurso voluntário, para que a Declaração de Compensação (fis.57/58) apresentada com o requerimento datado de 22/07/2004 (fi.52) seja apreciada pela Delegacia da Receita Federal de Montes Claros - MG, em respeito à competência originaria, conforme disposto no § r do art.74 da Lei n° 9430/96. 11 de março de 2010 ,— ster a ques "ás de MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS Processo : 10670.000247/200348 Recurso : 165394 Acórdão : 1802-00.389 TERMO DE INTIMAÇÃO Em cumprimento ao disposto no § 3° do artigo 81 do Anexo II do Regimento Interno do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Portaria MF n° 259/2009), intime-se o(a) Senhor(a) Procurador(a) Representante da Fazenda Nacional, credenciado junto à Segunda Câmara da Primeira Seção do CARF, a tomar ciência do inteiro ter do Acórdão no 1802-00.389. Brasília - DF, em 14 de abril de 2010 ee.L2 ose Roberto França Secretá5j6 da r Câmara da Primeira Seção CARF Ciente, com a observação abaixo: [ ] Apenas com Ciência [ ] Com Recurso Especial [ ] Com Embargos de Declaração Data da ciência: Procurador(a) da Fazenda Nacional 1
score : 1.0
Numero do processo: 10805.900749/2006-41
Turma: Segunda Turma Ordinária da Quarta Câmara da Primeira Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Fri Jul 01 00:00:00 UTC 2011
Ementa: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA JURÍDICA IRPJ
Período de apuração: 01/07/2000 a 30/09/2000
DECLARAÇÃO DE COMPENSAÇÃO. IMPOSTO DE RENDA RETIDO NA FONTE. RECONHECIMENTO DE DIREITO CREDITÓRIO.
Não demonstradas as retenções do Imposto de Renda Retido na Fonte IRRF, com a exibição dos competentes comprovantes de pagamento de
rendimentos, de guarda obrigatória, torna-se impossível o reconhecimento de direito creditório além daquele apurado pelo confronto entre os valores retidos, constantes em DIRF das fontes pagadoras, e aquele relativo ao imposto a pagar, do período de apuração respectivo, registrado em declaração regularmente apresentada.
DECLARAÇÃO DE COMPENSAÇÃO. SALDO NEGATIVO DE IRPJ.
Em se tratando de pedido de restituição do Imposto de Renda Retido na Fonte IRRF o valor passível de restituição é o montante do “saldo negativo” de IRPJ a pagar verificado ao final do período de apuração e não o IRRF recolhido durante o período, que, na hipótese de ser dedutível na apuração anual, nada mais é que mera antecipação do imposto devido.
Numero da decisão: 1402-000.621
Decisão: Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso, nos termos do relatório e voto que integram o presente julgado. Ausente momentaneamente o Conselheiro Leonardo Henrique Magalhães de Oliveira.
Matéria: IRPJ - restituição e compensação
Nome do relator: Frederico Augusto Gomes de Alencar
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ementa_s : IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA JURÍDICA IRPJ Período de apuração: 01/07/2000 a 30/09/2000 DECLARAÇÃO DE COMPENSAÇÃO. IMPOSTO DE RENDA RETIDO NA FONTE. RECONHECIMENTO DE DIREITO CREDITÓRIO. Não demonstradas as retenções do Imposto de Renda Retido na Fonte IRRF, com a exibição dos competentes comprovantes de pagamento de rendimentos, de guarda obrigatória, torna-se impossível o reconhecimento de direito creditório além daquele apurado pelo confronto entre os valores retidos, constantes em DIRF das fontes pagadoras, e aquele relativo ao imposto a pagar, do período de apuração respectivo, registrado em declaração regularmente apresentada. DECLARAÇÃO DE COMPENSAÇÃO. SALDO NEGATIVO DE IRPJ. Em se tratando de pedido de restituição do Imposto de Renda Retido na Fonte IRRF o valor passível de restituição é o montante do “saldo negativo” de IRPJ a pagar verificado ao final do período de apuração e não o IRRF recolhido durante o período, que, na hipótese de ser dedutível na apuração anual, nada mais é que mera antecipação do imposto devido.
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Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA JURÍDICA IRPJ Período de apuração: 01/07/2000 a 30/09/2000 DECLARAÇÃO DE COMPENSAÇÃO. IMPOSTO DE RENDA RETIDO NA FONTE. RECONHECIMENTO DE DIREITO CREDITÓRIO. Não demonstradas as retenções do Imposto de Renda Retido na Fonte IRRF, com a exibição dos competentes comprovantes de pagamento de rendimentos, de guarda obrigatória, tornase impossível o reconhecimento de direito creditório além daquele apurado pelo confronto entre os valores retidos, constantes em DIRF das fontes pagadoras, e aquele relativo ao imposto a pagar, do período de apuração respectivo, registrado em declaração regularmente apresentada. DECLARAÇÃO DE COMPENSAÇÃO. SALDO NEGATIVO DE IRPJ. Em se tratando de pedido de restituição do Imposto de Renda Retido na Fonte IRRF o valor passível de restituição é o montante do “saldo negativo” de IRPJ a pagar verificado ao final do período de apuração e não o IRRF recolhido durante o período, que, na hipótese de ser dedutível na apuração anual, nada mais é que mera antecipação do imposto devido. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso, nos termos do relatório e voto que integram o presente julgado. Ausente momentaneamente o Conselheiro Leonardo Henrique Magalhães de Oliveira. (assinado digitalmente) Albertina Silva Santos de Lima Presidente. Fl. 300DF CARF MF Emitido em 28/07/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 22/07/2011 por FREDERICO AUGUSTO GOMES DE ALENC Assinado digitalmente em 22/07/2011 por FREDERICO AUGUSTO GOMES DE ALENC, 28/07/2011 por ALBERTINA S ILVA SANTOS DE LIMA Processo nº 10805.900749/200641 Acórdão n.º 140200.621 S1C4T2 Fl. 286 2 (assinado digitalmente) Frederico Augusto Gomes de Alencar Relator. Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros: Antônio José Praga de Souza, Ana Clarissa Masuko dos Santos Araújo, Frederico Augusto Gomes de Alencar, Moises Giacomelli Nunes da Silva, Leonardo Henrique Magalhães de Oliveira e Albertina Silva Santos de Lima. Relatório Laboratório de Patologia Clínica Dr. Hélio Lima S/C Ltda recorre a este Conselho contra decisão de primeira instância proferida pela 4ª Turma da DRJ Campinas/SP, pleiteando sua reforma, com fulcro no artigo 33 do Decreto nº 70.235 de 1972 (PAF). Por pertinente, transcrevo o relatório da decisão recorrida (verbis): “Trata o presente processo de declarações de compensação eletrônicas, transmitidas pelo programa PER/DCOMP e que tomaram os nº 04197.31996.301003.1.3.020995 e 07616.88803.270104.1.3.023400, pelas quais pleiteia a contribuinte em epígrafe o reconhecimento do direito creditório relativo a imposto de renda pessoa jurídica, do 3º trimestre do anocalendário de 2000, para utilização em compensação de débitos de períodos de apuração posteriores. Ao apreciar o pleito formulado, a DRF/Santo André, por seu Serviço de Orientação e Análise Tributária – SEORT, proferiu o despacho decisório de fls. 47/48, reconhecendo parcialmente o direito creditório, relativo a imposto de renda pessoa jurídica, do anocalendário de 2000, 3º trimestre, no importe de R$12.711,69, promovendose as compensações até o limite do valor deferido. Cientificada em 26/06/2008, conforme AR de fls. 58verso, da decisão dada às declarações de compensação, a contribuinte, por sua procuradora legalmente habilitada, interpôs, em 08/07/2008, a manifestação de inconformidade de fls. 61/62, expondo em sua defesa as razões de fato e de direito a seguir sintetizadas: 3.1 – faz uma breve explanação de seu ramo de atividades e afirma que a quase totalidade de seu faturamento é para pessoas jurídicas, razão pela qual os pagamentos estão sujeitos à retenção de imposto de renda na fonte, à alíquota de 1,5%; 3.2 – informa, a seguir, que forneceu a relação das retenções na fonte, ocorridas nos anos de 1998 e 1999, indicando as fontes pagadoras e os respectivos CNPJ; 3.3 – prossegue, dizendo que “Considerando que valores expressivos não foram aceitos como crédito e a convicção que temos de que os impostos informados foram efetivamente retidos e recolhidos, manifestamos nossa inconformidade com o critério adotado pelo SEORT na apuração do IRRF objeto do pedido de compensação.”; 3.4 – esclarece que está anexando novamente a relação já referida e solicita a reconsideração da decisão, baseandose no fato de que a Receita Federal do Brasil tem condições de confirmar a efetiva retenção de imposto de renda, Fl. 301DF CARF MF Emitido em 28/07/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 22/07/2011 por FREDERICO AUGUSTO GOMES DE ALENC Assinado digitalmente em 22/07/2011 por FREDERICO AUGUSTO GOMES DE ALENC, 28/07/2011 por ALBERTINA S ILVA SANTOS DE LIMA Processo nº 10805.900749/200641 Acórdão n.º 140200.621 S1C4T2 Fl. 287 3 independentemente do fornecimento, pela contribuinte, das declarações emitidas pelas fontes pagadoras; 3.5 – considerando que as informações solicitadas se referem a 1999 e 2000, há mais de oito anos, portanto, solicita prazo mais dilatado para comprovar as retenções de imposto efetuadas. Em 10/07/2008, a contribuinte endereçou ao Fisco o expediente de fls. 74, encaminhando cópias de Darf da fonte pagadora Unimed ABC Cooperativa de Trabalho Médico, recolhidos no anocalendário 2000, com a composição dos valores retidos dos prestadores de serviço. Junto à correspondência citada foi trazida também uma relação de pagamentos efetuados pela Unimed ABC Cooperativa de Trabalho Médico, à contribuinte, no anocalendário 2000.” A decisão de primeira instância, representada no Acórdão da DRJ nº 05 24.338 (fls. 148151v) de 04/12/2008, por unanimidade de votos, indeferiu a solicitação da contribuinte. A decisão foi assim ementada. “Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Jurídica IRPJ Período de apuração: 01/07/2000 a 30/09/2000 DECLARAÇÃO DE COMPENSAÇÃO. SALDO NEGATIVO DE IRPJ. A falta de apresentação dos informes de rendimentos, confirmando retenções de imposto na fonte, impossibilita o reconhecimento de direito creditório além daquele apurado pelo confronto entre os valores retidos, constantes em DIRF das fontes pagadoras, e aquele relativo ao imposto a pagar, do período de apuração respectivo, registrado em declaração regularmente apresentada.” Contra a aludida decisão, da qual foi cientificada em 12/03/2009 (A.R. de fl. 152v), a interessada interpôs recurso voluntário em 13/04/2009 (fls. 153157) onde repisa os argumentos trazidos na impugnação. É o relatório. Voto Conselheiro Frederico Augusto Gomes de Alencar. O recurso voluntário reúne os pressupostos de admissibilidade previstos na legislação que rege o processo administrativo fiscal. Dele, portanto, tomo conhecimento. Conforme relatado, as declarações de compensação apresentadas pela contribuinte foram homologadas apenas parcialmente, até o limite do direito creditório reconhecido pela autoridade fiscal, no importe de R$12.711,69. Fl. 302DF CARF MF Emitido em 28/07/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 22/07/2011 por FREDERICO AUGUSTO GOMES DE ALENC Assinado digitalmente em 22/07/2011 por FREDERICO AUGUSTO GOMES DE ALENC, 28/07/2011 por ALBERTINA S ILVA SANTOS DE LIMA Processo nº 10805.900749/200641 Acórdão n.º 140200.621 S1C4T2 Fl. 288 4 Por concordar com seu teor, adoto como razões de decidir os argumentos apresentados na decisão de primeira instância, os quais peço vencia ao autor para reproduzilos conforme abaixo. Na manifestação de inconformidade interposta, afirma a requerente, de maneira genérica, que alguns valores expressivos não teriam sido considerados pela fiscalização, que poderia comprovar as quantias, independentemente de documentos comprobatórios, que teriam de ser exibidos pela contribuinte. Não tem razão a interessada. A análise procedida pela autoridade administrativa, que examinou a declaração de compensação, foi correta, com base nos valores inscritos em declaração de imposto de renda pessoa jurídica (DIPJ), entregue pela contribuinte, além dos valores apurados em DIRF apresentadas pelas fontes pagadoras dos rendimentos. Vejase o que diz a autoridade fiscal, no despacho de fls. 47/48: “Analisando a linha 18 da Ficha 12 A da DIPJ do 3º trimestre do ano calendário de 2000, verificase que o interessado apurou um saldo negativo de IRPJ no montante de R$38.176,42, que resultou do fato de os valores de IRRF serem maiores que o imposto apurado no trimestre em questão. Analisando a Dcomp em estudo, verificase que o interessado informou como valor do saldo negativo de IRPJ do 3º trimestre de 2000, o valor relativo ao Imposto sobre a Renda Retido na Fonte na importância de R$43.723,00,(linha 13 da ficha 12 A da DIPJ do 3º trimestre do ano calendário de 2000). É sabido que as retenções na fonte caracterizamse tão somente antecipações do imposto devido sobre a totalidade das receitas auferidas pela empresa no período. Em conseqüência, passível de restituição é o saldo negativo de IRPJ apurado no trimestre em questão que no caso em análise é o montante de R$38.176,42. Entretanto, o interessado intimado a apresentar as cópias de Informes de Rendimentos relativas aos 4 (quatro) trimestres do anocalendário de 2000, alegou não mais ter posse de tais documentos e limitouse a juntar a relação de notas fiscais emitidas durante o anocalendário de 1998 (fls. 38/46) com o valor da retenção na fonte. Para minimizar a situação descrita, os documentos de fls. 15/36 emitidos pelos sistemas eletrônicos da Secretaria da Receita Federal do Brasil serão considerados na análise do presente processo com relação aos valores das retenções na fonte informadas tendo em vista que os mesmos espelham os dados informados em DIRF pelas fontes pagadoras. Os citados documentos confirmam em parte o valor do IRRF informado pelo interessado na linha 13 da Ficha 12 A da DIPJ do 3º trimestre anocalendário de 2000. O interessado informou o valor de R$43.723,00, e os documentos da RFB informam R$18.258,27 (fls. 15/36).” Cabe ainda esclarecer à contribuinte que, em se tratando de pedido de restituição do Imposto de Renda Retido na Fonte IRRF quando, ao final do período, se apura saldo negativo de IRPJ, o indébito resultante não se origina isoladamente dessas retenções, as quais poderão ser deduzidas no cálculo do imposto devido, respeitadas as hipóteses e limites legais. Em verdade, o valor passível de restituição é o montante do “saldo negativo” de IRPJ a pagar verificado ao final do período de apuração e não o Imposto de Fl. 303DF CARF MF Emitido em 28/07/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 22/07/2011 por FREDERICO AUGUSTO GOMES DE ALENC Assinado digitalmente em 22/07/2011 por FREDERICO AUGUSTO GOMES DE ALENC, 28/07/2011 por ALBERTINA S ILVA SANTOS DE LIMA Processo nº 10805.900749/200641 Acórdão n.º 140200.621 S1C4T2 Fl. 289 5 Renda Retido na Fonte recolhido durante o período, que, na hipótese de ser dedutível na apuração anual, nada mais é que mera antecipação do imposto devido. É o que dispõe a legislação de regência ora reproduzida: Lei nº 8.981, de 20 de janeiro de 1995 “Art. 40. O saldo do imposto apurado em 31 de dezembro será: I – pago em quota única até o último dia do mês de janeiro do ano subseqüente, se positivo; II – compensado com o imposto a ser pago a partir do mês de fevereiro do ano subseqüente, se negativo, assegurada a alternativa de requerer, após a entrega da declaração de rendimentos, a restituição do montante pago a maior”. Posteriormente a Lei nº 9.065, de 20 de junho de 1995, deu nova redação ao artigo acima, mantendo, porém, o entendimento de que o saldo negativo somente pode ser utilizado em exercícios posteriores à sua apuração: “Art. 40. O saldo do imposto apurado em 31 de dezembro será: I ... II – compensado com o imposto a ser pago a partir do mês de abril do ano subseqüente, se negativo, assegurada a alternativa de requerer, após a entrega da declaração de rendimentos, a restituição do montante pago a maior. No mesmo sentido, dispôs a Lei nº 9.430, de 27 de dezembro de 1996: Art. 7º Alternativamente ao disposto no art. 40, da Lei nº 8.981, de 20 de janeiro de 1995, com as alterações da Lei nº 9.065, de 20 de junho de 1995, a pessoa jurídica tributada com base no lucro real ou presumido poderá efetuar o pagamento do saldo do imposto devido, apurado em 31 de dezembro de 1996, em até quatro quotas mensais, iguais e sucessivas, devendo a primeira ser paga até o último dia útil do mês de março de 1997 e as demais no último dia útil dos meses subseqüentes. § 3º Havendo saldo de imposto pago a maior, a pessoa jurídica poderá compensálo com o imposto devido, correspondente aos períodos de apuração subseqüentes, facultado o pedido de restituição. O tema também foi objeto de normatização, no âmbito da administração tributária, conforme se verifica do conteúdo do Ato Declaratório Normativo SRF nº 003, de 7 de janeiro de 2000: O SECRETÁRIO DA RECEITA FEDERAL, no uso de suas atribuições e tendo em vista o disposto no § 4º do art. 39 da Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995, nos arts. 1º e 6º da Lei nº 9.430, de 27 de dezembro de 1996, e no art. 73 da Lei nº 9.532, de 10 de dezembro de 1997, declara que os saldos negativos do Imposto sobre a Renda de Pessoa Jurídica e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, apurados anualmente, poderão ser restituídos ou compensados com o imposto de renda ou a contribuição social sobre o lucro líquido devidos a partir do mês de janeiro do anocalendário subseqüente ao do encerramento do período de apuração, acrescidos de juros equivalentes à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e Custódia Selic para títulos federais, acumulada mensalmente, calculados a partir do mês subseqüente ao do encerramento do período de Fl. 304DF CARF MF Emitido em 28/07/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 22/07/2011 por FREDERICO AUGUSTO GOMES DE ALENC Assinado digitalmente em 22/07/2011 por FREDERICO AUGUSTO GOMES DE ALENC, 28/07/2011 por ALBERTINA S ILVA SANTOS DE LIMA Processo nº 10805.900749/200641 Acórdão n.º 140200.621 S1C4T2 Fl. 290 6 apuração até o mês anterior ao da restituição ou compensação e de um por cento relativamente ao mês em que estiver sendo efetuada. Verificase assim que, ao menos desde 1995, a lei determina que somente é passível de restituição ou compensação, o saldo negativo de IRPJ ou de CSLL registrado no final de cada período de apuração (ano–calendário ou trimestre civil). Portanto, caso existam recolhimentos a título de antecipação, dentre eles as estimativas mensais e o imposto retido na fonte, o efeito do indébito somente se verifica ao final do período de apuração, em uma destas duas situações: a) contribuintes que obtiveram como resultado final prejuízo fiscal, não apurando IRPJ ou CSLL devidos no exercício e b) embora tenham apurado lucro real e débitos de IRPJ e/ou CSLL, o valor devido desses tributos ao final do período é inferior à somatória dos recolhimentos por estimativa e/ou outras antecipações efetuadas durante o anocalendário. A dirimir possíveis dúvidas transcrevese, abaixo, o teor do artigo 10 da Instrução Normativa SRF nº 460, de 18 de outubro de 2004, que dispõe: Art. 10. A pessoa jurídica tributada pelo lucro real, presumido ou arbitrado que sofrer retenção indevida ou a maior de imposto de renda ou de CSLL sobre rendimentos que integram a base de cálculo do imposto ou da contribuição, bem assim a pessoa jurídica tributada pelo lucro real anual que efetuar pagamento indevido ou a maior de imposto de renda ou de CSLL a título de estimativa mensal, somente poderá utilizar o valor pago ou retido na dedução do IRPJ ou da CSLL devida ao final do período de apuração em que houve a retenção ou pagamento indevido ou para compor o saldo negativo de IRPJ ou de CSLL do período. (destaques acrescidos) A Instrução Normativa SRF nº 600, de 28 de dezembro de 2005, substituiu a IN SRF nº 460, de 2004, mas manteve em seu art. 10 a mesma redação da norma revogada, acima transcrita. Decorre das expressas disposições legais acima reproduzidas, que o indébito tributário oriundo das antecipações apenas se configura: (i) se os rendimentos correspondentes integrarem a base de cálculo do imposto (lucro real ou presumido); e (ii) se as retenções forem superiores ao imposto apurado como devido. Com base na legislação citada, o pedido de restituição da contribuinte, integrante da declaração de compensação, foi deferido apenas parcialmente, optando a autoridade fiscal por admitir se tratar de solicitação de indébito sob a forma de saldo negativo do IRPJ. Como já esclarecido pela fiscalização, a contribuinte anotou, nas declarações de compensação, os valores de R$979,04 e R$42.743,96, totalizando R$43.723,00, como saldo negativo de IRPJ (fls. 09 e 13), embasando seu pedido com a relação dos valores retidos pelas fontes pagadoras, discriminadas nos relatórios de fls. 03/07, integrantes da declaração de compensação. Na declaração de imposto de renda pessoa jurídica (DIPJ), de fls. 14, na ficha 12 A, que promove o cálculo do imposto, foram anotados os seguintes valores: “IMPOSTO SOBRE O LUCRO REAL À alíquota de 15% ..................................................R$ 5.546,58 Fl. 305DF CARF MF Emitido em 28/07/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 22/07/2011 por FREDERICO AUGUSTO GOMES DE ALENC Assinado digitalmente em 22/07/2011 por FREDERICO AUGUSTO GOMES DE ALENC, 28/07/2011 por ALBERTINA S ILVA SANTOS DE LIMA Processo nº 10805.900749/200641 Acórdão n.º 140200.621 S1C4T2 Fl. 291 7 13. Imposto de Renda Retido na Fonte....................R$43.723,00 18. Imposto de Renda a Pagar............................ – R$38.176,42” Como se percebe, o valor de R$43.723,00 (totalização das duas DCOMP), inserido nas declarações de compensação foi, de fato, indevido, por corresponder ao imposto retido na fonte e não ao saldo negativo do imposto de renda pessoa jurídica, representado na linha 18, no importe de R$38.176,42. Como informa a autoridade administrativa, que examinou a declaração de compensação, a contribuinte foi intimada a comprovar os valores retidos na fonte, no importe de R$43.723,00, com a exibição dos competentes informes de rendimentos. No entanto, a interessada limitouse a apresentar uma relação de notas fiscais emitidas, com a respectiva retenção na fonte, que não produziram qualquer efeito, pois, além de notas fiscais não servirem de comprovantes da provável retenção na fonte, pois de emissão da própria contribuinte, ainda os documentos se referem ao anocalendário de 1998, enquanto que a pendência se relaciona ao 3º trimestre de 2000. Os relatórios de fls. 15/36 confirmam a retenção na fonte no importe de R$18.258,27, em contraposição ao valor declarado de R$43.723,00, total constante do anexo à declaração de compensação de fls. 03/07. Do confronto dos dois conjuntos de relatórios, podese constatar que diversas fontes pagadoras não constam como empresas que tivessem efetuado retenção de imposto na fonte, sendo necessária, portanto, a exibição dos competentes informes de rendimentos, para comprovação dos valores retidos, o que não foi feito pela contribuinte. Vejase o que prevê o RIR/99, Decreto nº 3.000, de 26 de março de 1999, a respeito do assunto: “Art. 942 – As pessoas jurídicas de direito público ou privado que efetuarem pagamento ou crédito de rendimentos relativos a serviços prestados por outras pessoas jurídicas e sujeitos à retenção do imposto na fonte deverão fornecer, em duas vias, à pessoa jurídica beneficiária Comprovante Anual de Rendimentos Pagos ou Creditados e de Retenção de Imposto de Renda na Fonte, em modelo aprovado pela Secretaria da Receita Federal (Lei Nº 4.154, de 1962, art. 13, § 2º, e Lei nº 6.623, de 23 de março de 1979, art. 1º). Parágrafo único – O comprovante de que trata este artigo deverá ser fornecido ao beneficiário até o dia 31 de janeiro do anocalendário subseqüente ao do pagamento (Lei nº 8.981, de 1995, art. 86).” Como se vê, é obrigação da fonte pagadora o fornecimento do documento anual comprobatório da retenção do imposto de renda na fonte, competindo aos beneficiários a sua guarda e contabilização. Quanto aos documentos da Unimed ABC, juntados pela contribuinte, em aditamento à manifestação de inconformidade, não estão eles devidamente chancelados, nem assinados, o que lhes tira qualquer eficácia. As cópias dos Darf recolhidos podem ser comprovadas nos sistemas de controle da arrecadação da Receita Federal do Brasil, mas as relações que as Fl. 306DF CARF MF Emitido em 28/07/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 22/07/2011 por FREDERICO AUGUSTO GOMES DE ALENC Assinado digitalmente em 22/07/2011 por FREDERICO AUGUSTO GOMES DE ALENC, 28/07/2011 por ALBERTINA S ILVA SANTOS DE LIMA Processo nº 10805.900749/200641 Acórdão n.º 140200.621 S1C4T2 Fl. 292 8 acompanham não se mostram confiáveis, posto que não contam com assinatura da Unimed ABC. Devese destacar, também, que se a contribuinte obteve tais documentos junto à fonte pagadora, deveria ter conseguido, também, o comprovante de rendimentos e retenção na fonte, correspondente aos valores recolhidos e respectivas relações de empresas beneficiadas. Por último, as relações de empresas, que acompanham os Darf recolhidos, informam um total de R$40.077,79 como retidos da contribuinte, enquanto que o relatório de fls. 15 denota a retenção da quantia de apenas R$74,23, com um diferença discrepante. Ressaltese que no relatório de fls. 04 a contribuinte aponta para uma retenção do valor de R$38.591,17, que teria sido feita pela Unimed ABC Cooperativa de Trabalho Médico, quantia divergente da constante em DIRF entregue por esta última empresa, como também dos documentos acostados aos autos pela interessada. Não comprovadas, portanto, as retenções do imposto de renda na fonte, com a exibição dos competentes comprovantes de pagamento de rendimentos, de guarda obrigatória, não há como se atender o pleito da contribuinte. Em face do exposto, VOTO no sentido de negar provimento ao recurso voluntário apresentado. Sala das Sessões, em 1 de julho de 2011 (assinado digitalmente) Frederico Augusto Gomes de Alencar Relator. Fl. 307DF CARF MF Emitido em 28/07/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 22/07/2011 por FREDERICO AUGUSTO GOMES DE ALENC Assinado digitalmente em 22/07/2011 por FREDERICO AUGUSTO GOMES DE ALENC, 28/07/2011 por ALBERTINA S ILVA SANTOS DE LIMA
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Numero do processo: 13887.000150/2003-98
Turma: Segunda Turma Ordinária da Quarta Câmara da Primeira Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Fri Jul 01 00:00:00 UTC 2011
Ementa: NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO
PERÍODO DE APURAÇÃO: 01/09/2003 a 10/09/2003
DECLARAÇÃO DE COMPENSAÇÃO.
O não reconhecimento do direito creditório impede a homologação da
compensação declarada.
Numero da decisão: 1402-000.627
Decisão: Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso, nos termos do relatório e voto que integram o presente julgado.
Matéria: IRPJ - restituição e compensação
Nome do relator: Frederico Augusto Gomes de Alencar
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O não reconhecimento do direito creditório impede a homologação da compensação declarada. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso, nos termos do relatório e voto que integram o presente julgado. (assinado digitalmente) Albertina Silva Santos de Lima Presidente. (assinado digitalmente) Frederico Augusto Gomes de Alencar Relator. Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros: Antônio José Praga de Souza, Ana Clarissa Masuko dos Santos Araújo, Frederico Augusto Gomes de Alencar, Moises Giacomelli Nunes da Silva, Leonardo Henrique Magalhães de Oliveira e Albertina Silva Santos de Lima. Relatório Fl. 1DF CARF MF Emitido em 28/07/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 22/07/2011 por FREDERICO AUGUSTO GOMES DE ALENC Assinado digitalmente em 22/07/2011 por FREDERICO AUGUSTO GOMES DE ALENC, 28/07/2011 por ALBERTINA S ILVA SANTOS DE LIMA Processo nº 13887.000150/200398 Acórdão n.º 140200.627 S1C4T2 Fl. 402 2 Mecânica Bonfanti S.A. recorre a este Conselho contra decisão de primeira instância proferida pela 5ª Turma da DRJ Ribeirão Preto/SP, pleiteando sua reforma, com fulcro no artigo 33 do Decreto nº 70.235 de 1972 (PAF). Por pertinente, transcrevo o relatório da decisão recorrida (verbis): “Tratase de Manifestação de Inconformidade interposta em face do Despacho Decisório, em que foram apreciadas as Declarações de Compensação, por intermédio da qual pretendia compensar débitos próprios com crédito decorrente de pagamento a maior ou indevido efetuado no decorrer do anocalendário de 1998. Posteriormente, a contribuinte informou não se tratar o seu crédito de pagamento a maior ou indevido, mas sim de Saldo Negativo do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica, no valor de R$ 6.364,47, relativo ao anocalendário de 2000 (fls. 259/261). Por intermédio do despacho decisório de fls. 277/278, o direito creditório não foi reconhecido e, por conseguinte, nãohomologada a compensação declarada no presente processo, ao fundamento de que o indébito, relativo ao saldo negativo de IRPJ do anocalendário de 2000, já foi reconhecido e utilizado em sua totalidade para compensação nos processos administrativos de nº 13887.000030/200391, 13887.000046/200301, 13887.000064/200385, 13887.000076/200318, 13887.000097/200325, 13887.000107/200332, 13887.000133/200351 e 13887.000142/200341. Irresignada, interpôs a contribuinte manifestação de inconformidade de fls. 285/292, acompanhada dos documentos de fls. 293/351, na qual alega, em síntese, que: a) os valores considerados para fins de apuração do indébito não pode prosperar, tendo em vista que os valores considerados para fins de apuração são inferiores àqueles declarados pela contribuinte; b) as compensações realizadas por essa contribuinte se iniciaram com a protocolização do processo administrativo nº 13887.000030/200391, seguindose dos seguintes processos: 13887.000046/2003 01, 13887.000064/200385, 13887.000076/200318, 13887.000097/200325, 13887.000107/200322, 13887.000133/200351 e 13887.000142/200341; c) da decisão proferida no processo nº 13887.000030/200391 verificase que foram homologadas as compensações realizadas a partir dele até parte do processo nº 13887.000107/200332, restando débitos não homologados neste, bem como nos processo 13887.000133/200351 e 13887.000142/200341; d) dessa decisão foi interposta manifestação de inconformidade, protocolada em 22/02/2008, até a presente data não apreciada; e) a autoridade fiscal reconheceu o direito creditório no valor de R$ 100.449,57, a título de imposto de renda retido na fonte sobre aplicações financeiras, relativas ao anocalendário de 1998, exercício 1999, ao invés de considerar o valor efetivamente retido no período no montante de R$ 132.599,43; f) para o anocalendário de 2000, a fiscalização reconheceu a cifra de R$ 71.726,77 ao invés de R$ 83.421,00; g) apresenta, para cada anocalendário, os valores de IRRF por instituição financeira; h) para o anocalendário de 1998, a fiscalização considerou uma alíquota fixa de 15% sobre o montante de R$ 669.632,82, que engloba o resultado da contabilização das receitas das aplicações no período, declarado na DIPJ/99; i) no entanto, essa receita não pode ser utilizada como base, pois o resultado da contabilização das receitas das aplicações financeiras do período, observa o regime de competência; j) como se verifica no anexo 15 – resumo das aplicações financeiras de 1998, todos os percentuais de retenção ultrapassaram os 15%, não cabendo o critério utilizado pela fiscalização em aplicar 15% sobre os rendimentos do período; k) no caso do anocalendário 2000, os comprovantes de Fl. 2DF CARF MF Emitido em 28/07/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 22/07/2011 por FREDERICO AUGUSTO GOMES DE ALENC Assinado digitalmente em 22/07/2011 por FREDERICO AUGUSTO GOMES DE ALENC, 28/07/2011 por ALBERTINA S ILVA SANTOS DE LIMA Processo nº 13887.000150/200398 Acórdão n.º 140200.627 S1C4T2 Fl. 403 3 retenção (anexos 7 a 14) compõem exatamente o valor retido utilizado pela requerente; l) considerando o direito creditório da requerente, no valor de R$ 43.844,09, mais suas atualizações monetárias, fica definitivamente demonstrada a improcedência dos débitos apresentados à requerente para pagamento. Ao final, requer que seja reformada a decisão proferida pela Delegacia da Receita Federal, para homologação integral das compensações declaradas pela requerente. É o relatório.” A decisão de primeira instância, representada no Acórdão da DRJ nº 14 19.973 (fls. 354361) de 08/08/2008, por unanimidade de votos, indeferiu a solicitação apresentada pela contribuinte. A decisão foi assim ementada. “ASSUNTO: NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO PERÍODO DE APURAÇÃO: 01/09/2003 a 10/09/2003 DECLARAÇÃO DE COMPENSAÇÃO. O não reconhecimento do direito creditório impede a homologação da compensação declarada.” Contra a aludida decisão, da qual foi cientificada em 28/10/2008 (A.R. de fl. 364), a interessada interpôs recurso voluntário em 27/11/2008 (fls. 365399) onde repisa os argumentos trazidos na impugnação. É o relatório. Voto Conselheiro Frederico Augusto Gomes de Alencar. O recurso voluntário reúne os pressupostos de admissibilidade previstos na legislação que rege o processo administrativo fiscal. Dele, portanto, tomo conhecimento. Depreendese dos autos que a declaração de compensação objeto do presente processo não foi homologada porquanto o crédito tributário a que ela estaria vinculada já teria sido objeto de análise e utilização no processo nº 13887.000030/200391, não restando, após aludida análise, saldo de crédito que pudesse ser utilizado na compensação ora em apreciação (fl. 277). Irresignada, a interessada apresentou recurso voluntário onde repisa os argumentos trazidos em sede de impugnação, que, por sua vez, são os mesmos que foram rechaçados quando da análise dos autos de nº 13887.000030/200391. Por sua pertinência, peço vênia ao autor para adotar seus fundamentos, abaixo transcritos, como razão de decidir no presente caso. “O valor do indébito com o qual a contribuinte declarou as compensações objeto deste processo e dos processos de nº 13887.000076/200318, 13887.000064/200385, 13887.000046/200301, 13887.000097/200325, 13887.000142/200341 e 13887.000133/200351 seria originário da dedução do Imposto de Renda Retido na Fonte – IRRF incidente sobre rendimentos de aplicações financeiras que integraram o lucro real com o imposto de renda devido no Fl. 3DF CARF MF Emitido em 28/07/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 22/07/2011 por FREDERICO AUGUSTO GOMES DE ALENC Assinado digitalmente em 22/07/2011 por FREDERICO AUGUSTO GOMES DE ALENC, 28/07/2011 por ALBERTINA S ILVA SANTOS DE LIMA Processo nº 13887.000150/200398 Acórdão n.º 140200.627 S1C4T2 Fl. 404 4 encerramento do anocalendário de 2000, informado na Declaração de Informações Econômico Fiscais da Pessoa Jurídica – DIPJ/2001. Observese que esta sistemática de tributação nas hipóteses dos ganhos auferidos com aplicações financeiras de renda fixa e variável passou a viger a partir de 1º de janeiro de 1995, por força da Lei nº 8.981/95, art. 76, com a redação dada pelo art. 1º da Lei nº 9.065/95: “Art. 76. O imposto de renda retido na fonte sobre os rendimentos de aplicações financeiras de renda fixa e de renda variável, ou pago sobre os ganhos líquidos mensais, será: I deduzido do apurado no encerramento do período ou na data da extinção, no caso de pessoa jurídica submetida ao regime de tributação com base no lucro real; (....) § 2º Os rendimentos de aplicações financeiras de renda fixa e de renda variável e os ganhos líquidos produzidos a partir de 1º de janeiro de 1995 integrarão o lucro real.” Assim, neste caso, o objeto da restituição não é o IRRF, mas o saldo negativo do IRPJ verificado ao final do período de apuração. Tendo em vista que o IRRF incidente sobre as aplicações financeiras foi aproveitado pela contribuinte para deduzir o IRPJ devido no anocalendário de 2000 e, assim, contribuiu para a formação do saldo negativo de IRPJ, há de se verificar se aquele foi corretamente apurado. A legislação impõe duas condições para que o IRRF possa ser utilizado para a dedução do IR a pagar: a) atender ao previsto no artigo 55 da Lei nº 7.450, de 23 de dezembro de 1985, que disciplina a compensação do IRRF incidente sobre rendimentos computados na declaração, condicionandose o procedimento à apresentação dos respectivos comprovantes de retenção: “Art. 55. O imposto de renda retido na fonte sobre quaisquer rendimentos somente poderá ser compensado na declaração de pessoa física ou jurídica, se o contribuinte possuir comprovante de retenção emitido em seu nome pela fonte pagadora dos rendimentos”. b) atender ao disposto no § 2º do artigo 76 da Lei nº 8.981/95, o qual estabelece que a dedução do IR com o IRRF será permitida caso as receitas correlatas tenham sido oferecidos à tributação na forma de composição da base de cálculo do imposto. Portanto, a dedutibilidade do IRRF do imposto de renda devido, bem como a sua legítima composição em eventual saldo negativo apurado na declaração de rendimentos está condicionada ao atendimento das condições acima apontadas. Expostos tais contornos, passo à análise dos autos. A interessada insurgese contra a decisão que não reconheceu em sua integralidade o saldo negativo de IRPJ, demonstrado na Declaração de Informações Fl. 4DF CARF MF Emitido em 28/07/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 22/07/2011 por FREDERICO AUGUSTO GOMES DE ALENC Assinado digitalmente em 22/07/2011 por FREDERICO AUGUSTO GOMES DE ALENC, 28/07/2011 por ALBERTINA S ILVA SANTOS DE LIMA Processo nº 13887.000150/200398 Acórdão n.º 140200.627 S1C4T2 Fl. 405 5 EconômicoFiscais da Pessoa Jurídica (DIPJ/2001), cuja cópia está acostada à fl. 268. Conforme consta de referida DIPJ, a interessada efetuou o recolhimento mensal do imposto com base em balanço ou balancete de redução e suspensão, apurandose ao final do ano o lucro real. O saldo negativo demonstrado pela contribuinte, Ficha 12A da DIPJ/2001, é de R$ 83.421,00 e seria originário do resultado da dedução do imposto de renda retido na fonte (R$ 83.421,00) e do pagamento por estimativa (R$ 83.922,02) sobre o imposto calculado sobre o lucro real (R$ 83.922,02). Por sua vez, a autoridade a quo deferiu parcialmente o pleito porque a contribuinte deduziu e compensou do IR devido (Ficha 12, linha 13) valores superiores aos permitidos pela legislação de regência, fazendo com que o IRRF deduzido, no valor de R$ 83.421,00, fosse diminuído para R$ 71.726,77. Para uma melhor visualização do quanto afirmado, segue planilha que reproduz os dados indicados pela empresa e os dados alterados: Descrição Valores Informados pelo Contribuinte Valores Considerados IR anual devido R$ 83.922,02 R$ 83.922,02 IR pago por estimativa R$ 83.922,02 R$ 83.922,02 IRRF R$ 83.421,00 R$ 71.726,77 Saldo Negativo de IRPJ R$ 83.421,00 R$ 71.726,77 Dessa forma, a análise do presente indébito implica, entre outros procedimentos, verificar se está correta a compensação de IRRF efetuada pela interessada. Conforme disposição do art. 815 do RIR/1999, fundamentado no art. 13, § 3º, da Lei nº 4.154, de 1962, e art. 64 da Lei nº 9.430, de 1996, a pessoa jurídica que, em sua declaração de rendimentos, efetuar compensação de imposto de renda retido na fonte, deverá comprovar a retenção correspondente com uma das vias do documento fornecido pela fonte pagadora. Igualmente, verificase que o parágrafo 2º do artigo 943, § 2º, do RIR/1999, determina que o imposto retido na fonte sobre quaisquer rendimentos ou ganhos de capital somente poderá ser compensado na declaração de rendimentos, se a contribuinte possuir comprovante de retenção emitido em seu nome pela fonte pagadora. Como se verifica, por expressa determinação da Lei, um dos requisitos para o IRRF ser compensado e assim gerar o direito à restituição é a contribuinte possuir comprovante de retenção emitido em seu nome pela fonte pagadora. E tal comprovante, tratandose de IRRF decorrente de aplicações financeiras, é o Informe de Rendimentos Financeiros, cujas normas para emissão encontramse estabelecidas na Instrução Normativa SRF nº 79, de 01 de agosto de 2000. Como visto a diferença de IRRF reconhecida a menor pela autoridade fiscal no despacho decisório de fls. 342/347 corresponde à cifra de R$ 11.694,23, ou seja, com base na DIRF (Declaração do Imposto de Renda Retido na Fonte), a DRF Limeira reconheceu como IRRF, do anocalendário de 2000, o montante de R$ 71.726,77, enquanto que a contribuinte, por sua vez, compensouse do montante de R$ 83.421,00. Fl. 5DF CARF MF Emitido em 28/07/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 22/07/2011 por FREDERICO AUGUSTO GOMES DE ALENC Assinado digitalmente em 22/07/2011 por FREDERICO AUGUSTO GOMES DE ALENC, 28/07/2011 por ALBERTINA S ILVA SANTOS DE LIMA Processo nº 13887.000150/200398 Acórdão n.º 140200.627 S1C4T2 Fl. 406 6 Essa diferença se deu em razão do não reconhecimento do IRRF, no montante de R$ 14.249,83, decorrente de aplicações financeiras na Caixa Econômica Federal, em razão de sua não declaração em DIRF, bem como do não reconhecimento do IRRF decorrente de juros sobre o capital próprio e de aplicações financeiras de renda variável, no valor total de R$ 242,80, uma vez que os rendimentos correspondentes a estas fontes não foram oferecidos à tributação, e, finalmente, do reconhecimento pela autoridade fiscal do IRRF declarado em DIRF, na cifra de R$ 3.109,15, decorrente de aplicações financeiras do Banco Banespa, não compensado pela interessada em sua DIPJ/2001. Quanto ao IRRF decorrente de juros sobre capital próprio e de aplicações financeiras de renda variável, no montante de R$ 242,80, observase que não houve, na peça impugnatória, qualquer questionamento quanto a este indeferimento. Em relação a este procedimento, efetuado pela autoridade fiscal na revisão da apuração do direito creditório, reputase matéria incontroversa. A postulante não contestou expressamente a correção, reconhecendo tacitamente a licitude do feito. Assim dispõe o Decreto nº 70.235 (PAF), de 1972, art. 17: “Considerarseá não impugnada a matéria que não tenha sido expressamente contestada pelo impugnante”. Sendo assim, a questão não pode ser mais abordada em momento processual posterior. Portanto, a questão do presente processo resumese à aceitação ou não da comprovação de retenção de imposto de renda pela fonte pagadora, correspondente a aplicações em operações financeiras da interessada durante o anocalendário de 2000, mais especificamente no Banco Caixa Econômica Federal. Pois bem, em sua manifestação de inconformidade, a interessada juntou os informes de rendimento de fls. 402/424, fornecido pela fonte pagadora que atesta ter havido retenção do imposto de renda, no montante de R$ 14.249,83, correspondente a aplicações em operações financeiras da interessada no Banco Caixa Econômica Federal. Nesse sentido, por reiteradas vezes, esta Turma de Julgamento tem entendido que a compensação do IRRF incidente sobre rendimentos computados na declaração tem como uma das condicionantes a apresentação dos respectivos comprovantes de retenção emitido em nome da beneficiária pela fonte pagadora dos rendimentos Contudo, em que pese a observação acima, o enfoque que devemos dar aos autos, como já visto, é de determinação do saldo negativo de IRPJ apurado no final de cada período, uma vez que toda retenção na fonte (IRRF) é considerada, em realidade, antecipação do imposto devido (IRPJ). Em tema de restituição e compensação de saldo negativo de IRPJ com outros tributos, ou com o próprio, incumbe o atendimento de quatro premissas: 1ª) a constatação dos pagamentos ou das retenções; 2ª) a oferta à tributação das receitas que ensejaram as retenções, em face do artigo 37, § 3º, “c” da Lei nº 8.981, de 20/01/1995; 3ª) a apuração do indébito, fruto do confronto acima delineado e, 4ª) a observância do eventual indébito não ter sido liquidado em autocompensações. Dessa forma, no pedido de restituição/compensação, não basta ao interessado somente comprovar a retenção do imposto de renda na fonte, mas também deve comprovar a efetiva apuração de saldo negativo de IRPJ ao final de cada período e, Fl. 6DF CARF MF Emitido em 28/07/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 22/07/2011 por FREDERICO AUGUSTO GOMES DE ALENC Assinado digitalmente em 22/07/2011 por FREDERICO AUGUSTO GOMES DE ALENC, 28/07/2011 por ALBERTINA S ILVA SANTOS DE LIMA Processo nº 13887.000150/200398 Acórdão n.º 140200.627 S1C4T2 Fl. 407 7 para tanto, deve demonstrar que as receitas sobre as quais incidiram as retenções foram acrescidas à base de cálculo do imposto de renda, condição sine qua non para que o IRRF possa ser aproveitado na compensação do imposto de renda apurado no final do período, originando, se for o caso, o saldo negativo de IRPJ. Impende observar que tal demonstração não ocorreu por parte da interessada. Neste passo, tenhase presente que o reconhecimento de direito creditório contra a Fazenda Nacional exige a averiguação da liquidez e certeza do suposto pagamento a maior de tributo, fazendose necessário verificar a exatidão das informações a ele referentes, confrontandoo com os registros contábeis e fiscais efetuados com base na documentação pertinente e análise da situação fática, de modo a se conhecer qual seria o montante de tributo devido e comparálo ao pagamento efetuado. Tenho que a certeza e liquidez de crédito a título de saldo negativo de IRPJ, para fins de repetição tributária, não se apura em razão do quantum do tributo declarado como devido no ano calendário, mas sim em relação ao quantum mostrado pela contabilidade e outros documentos fiscais, conjuntamente, sendo a declaração de rendimentos e os eventuais pagamentos por estimativa e ainda os informes de retenções apenas elementos da composição. Noutras palavras: por si só, não exprimem a figura do indébito fiscal. Daí porque é imprescindível que venham aos autos as provas, notadamente contábeis, mesmo porque a contribuinte é pessoa jurídica sujeita ao regime do Lucro Real, para a qual a lei exige contabilidade regular. Dentre outras provas, destacamse: os registros contábeis de conta no ativo do Imposto de Renda a recuperar, a expressão deste direito em Balanços ou Balancetes, a Demonstração do Resultado do Exercício, a contabilização (oferecimento à tributação) das receitas que ensejaram as retenções, os Livros Diário e Razão, etc., e ainda os registros no Livro de Apuração do Lucro Real (LALUR), tudo a dar sustentação à veracidade do saldo negativo de IRPJ declarado. Ademais, no que concerne ao reconhecimento do direito creditório, no caso específico de saldo negativo de IRPJ, este podia, até 01/10/2002, à opção da contribuinte, ser compensado com resultados positivos de IRPJ de períodos subseqüentes, independentemente de autorização da Administração Tributária, desde que utilizados para quitação de tributos da mesma espécie e destinação constitucional, e atendidas as formalidades legais pertinentes ao ato. Destarte, no que tange ao exercício da livre escolha de como aproveitar o saldo disponível de IRPJ apurado no anocalendário de 2000, é primordial que o valor apropriado em conta de ativo, a título de imposto de renda a recuperar e objeto do pedido de restituição em exame, não tenha sido utilizado em períodos subseqüentes. A par disso, cumpre observar que dos documentos juntados aos autos não se pode identificar a disponibilidade na escrituração contábil da peticionária do valor do saldo negativo de IRPJ, relativo ao anocalendário de 2000, porventura existente no momento do pedido de restituição. Segundo o despacho decisório, a contribuinte apresentou compensações de IRPJ, sem processo, durante o anocalendário de 2001, utilizandose para tanto de saldo negativo do anocalendário de 2000, fato este nem contestado pela recorrente. E na época a contribuinte realmente poderia proceder à autocompensação (sem Fl. 7DF CARF MF Emitido em 28/07/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 22/07/2011 por FREDERICO AUGUSTO GOMES DE ALENC Assinado digitalmente em 22/07/2011 por FREDERICO AUGUSTO GOMES DE ALENC, 28/07/2011 por ALBERTINA S ILVA SANTOS DE LIMA Processo nº 13887.000150/200398 Acórdão n.º 140200.627 S1C4T2 Fl. 408 8 requerimento à autoridade fiscal), desde que envolvidos tributos da mesma espécie e os débitos fossem posteriores aos indébitos, daí, portanto, a necessidade de que aos autos venham as provas, notadamente, contábeis. Registrese que nos autos não constam os registros contábeis relativos às compensações do IRPJ devido nos períodos subseqüentes à apuração do saldo negativo de IRPJ sob exame (a partir de janeiro de 2001). Destarte, a juntada de documentos que demonstrem a efetividade e liquidez do crédito que a interessada aduz possuir e a comprovação de que referido crédito foi apurado e não tenha sido já utilizado em períodos subseqüentes, de acordo com as normas legais, é obrigação da recorrente. Para finalizar, embora a interessada alegue que os rendimentos pagos a ela tivessem sido apropriados pelo regime de competência e, assim, já reconhecidos, não se verifica nos autos elementos materiais que possam corroborar sua afirmação, inclusive, se tais rendimentos foram integrados no lucro real do anocalendário de 1999 ou do anocalendário de 2000. É máxima do Direito que o ônus probante incumbe àquele que alega determinado fato e tal regra encontrase insculpida no inciso I do art. 333 do Código de Processo Civil: A par disso, assim dispõe o Código de Processo Civil, art. 333: “Art. 333. O ônus da prova incumbe: I ao autor, quanto ao fato constitutivo do seu direito; (....)””. Por todo o exposto, não havendo a comprovação efetiva da liquidez e certeza do crédito, VOTO por negar provimento ao recurso voluntário apresentado. Sala das Sessões, em 1 de julho de 2011 (assinado digitalmente) Frederico Augusto Gomes de Alencar Relator. Fl. 8DF CARF MF Emitido em 28/07/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 22/07/2011 por FREDERICO AUGUSTO GOMES DE ALENC Assinado digitalmente em 22/07/2011 por FREDERICO AUGUSTO GOMES DE ALENC, 28/07/2011 por ALBERTINA S ILVA SANTOS DE LIMA
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Numero do processo: 10930.900933/2006-55
Turma: Primeira Turma Ordinária da Primeira Câmara da Primeira Seção
Câmara: Primeira Câmara
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Thu Sep 13 00:00:00 UTC 2012
Ementa: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA JURÍDICA - IRPJ
Ano-calendário: 1999
COMPENSAÇÃO. DCTF RETIFICADORA. DIPJ E LIVRO DIÁRIO. ONUS DA PROVA.
Logrando o contribuinte comprovar que o pagamento por ele efetuado, via DARF, a titulo de estimativa mensal de IRPJ, não foi imputado a débito dessa espécie, antes da compensação ora debatida, impende ser admitido o encontro de contas formulado por meio de DCOMP. 0 expurgo do passivo equivocadamente confessado em DCTF, atrelado A. quitação a maior, mediante transmissão de ulterior DCTF Retificadora, deve ser reconhecido, sempre que respaldado em lançamentos feitos na DIPJ e na escrituração
contábil-fiscal do período.
Numero da decisão: 1101-000.802
Decisão: Acordam os membros da Primeira Turma Ordinária da Primeira Camara da Primeira Seção de Julgamento, por unanimidade, dar provimento ao Recurso Voluntário interposto.
Matéria: IRPJ - restituição e compensação
Nome do relator: BENEDICTO CELSO BENÍCIO JÚNIOR
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ementa_s : IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA JURÍDICA - IRPJ Ano-calendário: 1999 COMPENSAÇÃO. DCTF RETIFICADORA. DIPJ E LIVRO DIÁRIO. ONUS DA PROVA. Logrando o contribuinte comprovar que o pagamento por ele efetuado, via DARF, a titulo de estimativa mensal de IRPJ, não foi imputado a débito dessa espécie, antes da compensação ora debatida, impende ser admitido o encontro de contas formulado por meio de DCOMP. 0 expurgo do passivo equivocadamente confessado em DCTF, atrelado A. quitação a maior, mediante transmissão de ulterior DCTF Retificadora, deve ser reconhecido, sempre que respaldado em lançamentos feitos na DIPJ e na escrituração contábil-fiscal do período.
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conteudo_txt : Metadados => date: 2013-06-14T20:05:45Z; pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 3; pdf:PDFVersion: 1.6; pdf:docinfo:title: ; xmp:CreatorTool: CNC PRODUÇÃO; Keywords: ; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; subject: ; dc:creator: CNC Solutions; dcterms:created: 2013-06-14T20:05:45Z; Last-Modified: 2013-06-14T20:05:45Z; dcterms:modified: 2013-06-14T20:05:45Z; dc:format: application/pdf; version=1.6; xmpMM:DocumentID: uuid:4a63d46e-c014-46bb-b329-7f77c40ab156; Last-Save-Date: 2013-06-14T20:05:45Z; pdf:docinfo:creator_tool: CNC PRODUÇÃO; access_permission:fill_in_form: true; pdf:docinfo:keywords: ; pdf:docinfo:modified: 2013-06-14T20:05:45Z; meta:save-date: 2013-06-14T20:05:45Z; pdf:encrypted: false; modified: 2013-06-14T20:05:45Z; cp:subject: ; pdf:docinfo:subject: ; Content-Type: application/pdf; pdf:docinfo:creator: CNC Solutions; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; creator: CNC Solutions; meta:author: CNC Solutions; dc:subject: ; meta:creation-date: 2013-06-14T20:05:45Z; created: 2013-06-14T20:05:45Z; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 4; Creation-Date: 2013-06-14T20:05:45Z; pdf:charsPerPage: 1490; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; meta:keyword: ; Author: CNC Solutions; producer: CNC Solutions; access_permission:can_modify: true; pdf:docinfo:producer: CNC Solutions; pdf:docinfo:created: 2013-06-14T20:05:45Z | Conteúdo => ‘›, eli Pereira Bessa - Presidente em exercício SI-CITI Fl. 2 Processo n° Recurso n° Acórdão n° Sessão de Matéria Recorrente Recorrida MINISTÉRIO DA FAZENDA \ d CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS PRIMEIRA SEÇÃO DE JULGAMENTO CAQ. 10930.900933/2006-55 Voluntário (4' 1101-000.802 — la Cimararla Turma Ordinária 13 de setembro de 2012 IRPJ UROCLiNICA-S/S LTDA. r.N) FAZEVA NACIONAL ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA JURÍDICA - IRPJ Ano-calendário: 1999 COMPENSAÇÃO. DCTF RETIFICADORA. DIPJ E LIVRO DIÁRIO. ONUS DA PROVA. Logrando o contribuinte comprovar que o pagamento por ele efetuado, via DARF, a titulo de estimativa mensal de IRPJ, não foi imputado a débito dessa espécie, antes da compensação ora debatida, impende ser admitido o encontro de contas formulado por meio de DCOMP. 0 expurgo do passivo equivocadamente confessado em DCTF, atrelado A. quitação a maior, mediante transmissão de ulterior DCTF Retificadora, deve ser reconhecido, sempre que respaldado em lançamentos feitos na DIPJ e na escrituração contábil-fiscal do período. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros da Primeira Turma Ordinária da Primeira Camara da Primeira Seção de Julgamento, por unanimidade, dar provimento ao Recurso Voluntário interposto. Benedicto Celso B -nic4 Juniar - Relator Participaram da scssa" de julgamento os conselheiros Benedicto Celso Benicio Júnior, Edeli Pereira Bessa, Carlos Eduardo de Almeida Guerreiro, José Ricardo da Processo no 10930.900933/2006-55 SI-CIT1 AcOrclao n.° 1101-000.802 Fl. 3 Silva, Nara Cristina Takeda Taga e Plinio Rodrigues Lima. Ausente justificadamente o Conselheiro Valmar Fonseca de Menezes. Relatório Versa a corrente lide sobre a Declaração de Compensação — DCOMP de fls. 01/05, encampadora de encontro de contas não homologado pelo Delegado da Receita Federal do Brasil em Londrina/PR, nos termos do despacho decisório de fl. 06. A decisão acima noticiada foi motivada pelo suposto fato de o pagamento apontado como indevido (estimativa de IRPJ, código 5993, P.A. jan/2000, de R$ 93,83) ter sido alocado na quitação do débito correspondente. Logo, a compensação do passivo apontado na DCOMP, correspondente a R$ 323,69 (parcela da estimativa de IRPJ de abr/2003) não pôde ser confirmada, remanescendo em aberto o competente adimplemento. Em 31.07.2008, o interessado foi cientificado daquela decisão (fl. 07) e, em 20.08.2008, apresentou a manifestação de inconformidade de fl. 08, pela qual afirmou que, conforme DCTF Retificadora do 10 trim/2000, transmitida em 20.08.2008, não mais existia o débito de estimativa de IRPJ de jan/2000. Assim, o pagamento correspondente encontrar-se-ia passível de aproveitamento. A la Turma da Delegacia da Receita Federal do Brasil de Julgamento em Curitiba/PR, ao analisar a manifestação de inconformidade protocolizada, houve por bem indeferi-la, não homologando a compensação, forte em considerações assim ementadas: "ASSUNTO: NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO Ano-calendário: 1999 COMPENSAÇÃO. EXISTÊNCIA DE DIREITO CREDITORIO. ONUS DA PROVA. Considera-se sem efeito as alegações contestando os argumentos do Fisco, se desacompanhadas de prova, eis que o ônus da prova compete ou cabe a quem alega o fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito. Rest/Ress. Indeferido - Comp. não homologada." Não conformado, o contribuinte interpôs o Recurso Voluntário de fl. 49, voltaNdo a aduzir que a aludida retificação da DCTF poderia ser confrontada com a DIPJ do período, na qual não constou o débito de estimativa mensal pretensamente alocado à DART, relativo ao mês de jan/2000, e com o correlato Livro Diário, que denotava a existência de montante de imposto a recuperar. o relatório. 2 Processo n° 10930.900933/2006-55 SI-CI TI Acórdão n.° 1101-000.802 Fl. 4 Voto Conselheiro Benedicto Celso Benicio Junior - Relator: 0 recurso é tempestivo e atende aos pressupostos legais de admissibilidade. Dele conheço. Consoante a DCOMP de fls. 01/05, tratam esses autos de compensação entre crédito correspondente a pagamento a maior, operado via DARF, atrelado à estimativa mensal de IRPJ de jan/2000, de um lado, e débito de estimativa mensal de IRPJ atinente ao mês de abr/2003, de outro lado. O pleito foi indeferido, inicialmente, em virtude de o pagamento realizado guardar integral correspondência com débito estimado de IRPJ apurado para o próprio mês de jan/2000, conforme consignado na DCTF original. Muito embora o contribuinte tenha procedido à ulterior retificação da DCTF, em 20.08.2008 (fl. 24), a autoridade ora recorrida não entendeu como agasalhável o ajuste de contas intuído, eis não ter sido apresentada justificativa para a exclusão, pura e simples, depois de exarado despacho denegatório, do passivo vinculado ao pagamento reputado como indevido. Em sede se Recurso Voluntário, o contribuinte buscou, então, mostrar que a retificação da DCTF era escorreita. Para tanto, juntou a DIPJ/2001 original (Ficha 11, fl. 78) e o Livro Diário do período, com aventado destaque da rubrica contábil "Impostos a Recuperar" (fl. 69). Pois bem. O aresto recorrido andou bem, a meu ver, ao questionar a legitimidade da retificação de DCTF engendrada pelo recorrente. Inexistia, nos autos, afinal, motivo a ensejar o expurgo do débito confessado inicialmente, atrelado ao DARF citado como fonte do crédito compensavel. Nessa instância, contudo, a interessada logrou demonstrar a realidade do pagamento indevido. A juntada do Livro Diário, de um lado, e da Ficha 11 da DIPJ/2001, de outro, denotam, de fato, que o recolhimento feito via DARF não deveria ter sido imputado a passivo de estimativa de IRPJ ligado ao mês de janeiro de 2000. A despeito da inicial menção desse débito na DCTF Original, o valor não constou da DIPJ respectiva, da mesma forma que não foi considerada na escrituração contábil-fiscal da empresa. Na apuração do credito disponível, deve, pois, ser considerada a DCTF Retificadora, transmitida em meados do ano-calendário de 2008. 0 pagamento a maior, operacionalizado em DARF, não pode deixar de ser reconhecido com esteio na consideração exclusiva da confissão concretizada na DCTF Original. 3 Processo n° 10930.900933/2006-55 SI-CITI Acórdão n.° 1101-000.802 Fl. 5 Isto posto, DOU PROVIMENTO ao recurso voluntário interposto, para homologar a compensação pleiteada, até o li ite disponível do crédito alegado. Benedicto Cels cio Junior ( 4
score : 1.0
Numero do processo: 13804.003683/2003-02
Turma: Primeira Turma Especial da Primeira Seção
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Mon Jan 16 00:00:00 UTC 2012
Ementa: NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO
Anocalendário:
1994
PEDIDO DE RESTITUIÇÃO PRESCRIÇÃO.INOCORRÊNCIA
ORIENTAÇÃO FIRMADA PELO EG SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL.
TESE DOS CINCO MAIS CINCO. PEDIDO PROTOCOLADO ANTES DA
VIGÊNCIA DA LC 118/05.
Em se tratando de tributo lançado por homologação, o prazo prescricional para que venha o contribuinte pleitear a sua restituição ou mesmo a compensação será de cinco anos contados da data do fato gerador, acrescidos de mais cinco anos da homologação tácita do lançamento, desde que o pedido
formulado o tenha sido formalizado antes do decurso da vacatio legis de 120 dias, da Lei Complementar n. 118/05, ou seja, antes de 9 de junho de 2005.
Precedente do Eg. Supremo Tribunal Federal.
Recurso Voluntário Provido em Parte.
Numero da decisão: 1801-000.824
Decisão: Acordam os membros do colegiado, por maioria de votos, dar provimento parcial ao recurso, afastando a preliminar de prescrição do pedido de compensação e determinando o retorno dos autos à unidade de jurisdição para a análise do mérito. Vencidos os conselheiros Magda Azario Kanaan Polanczyk e Jaci de Assis Junior que, em prejudicial, votaram pelo sobrestamento do julgamento até a declaração de trânsito em julgado da decisão do STF (LC 118/05)
Matéria: IRPJ - restituição e compensação
Nome do relator: Edgar Silva Vidal
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Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO Anocalendário: 1994 PEDIDO DE RESTITUIÇÃO PRESCRIÇÃO.INOCORRÊNCIA ORIENTAÇÃO FIRMADA PELO EG SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. TESE DOS CINCO MAIS CINCO. PEDIDO PROTOCOLADO ANTES DA VIGÊNCIA DA LC 118/05. Em se tratando de tributo lançado por homologação, o prazo prescricional para que venha o contribuinte pleitear a sua restituição ou mesmo a compensação será de cinco anos contados da data do fato gerador, acrescidos de mais cinco anos da homologação tácita do lançamento, desde que o pedido formulado o tenha sido formalizado antes do decurso da vacatio legis de 120 dias, da Lei Complementar n. 118/05, ou seja, antes de 9 de junho de 2005. Precedente do Eg. Supremo Tribunal Federal. Recurso Voluntário Provido em Parte. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por maioria de votos, dar provimento parcial ao recurso, afastando a preliminar de prescrição do pedido de compensação e determinando o retorno dos autos à unidade de jurisdição para a análise do mérito. Vencidos os conselheiros Magda Azario Kanaan Polanczyk e Jaci de Assis Junior que, em prejudicial, votaram pelo sobrestamento do julgamento até a declaração de trânsito em julgado da decisão do STF (LC 118/05) . (Documento assinado digitalmente) Ana de Barros Fernandes Presidente. (Documento assinado digitalmente) Fl. 423DF CARF MF Impresso em 06/03/2012 por ANA DE BARROS FERNANDES - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 06/03/2012 por EDGAR SILVA VIDAL, Assinado digitalmente em 06/03/2012 po r EDGAR SILVA VIDAL, Assinado digitalmente em 06/03/2012 por ANA DE BARROS FERNANDES 2 Edgar Silva Vidal Relator Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: : Luiz Tadeu Matosinho Machado, Magda Azario Kanaan Polanczyk, Jaci de Assis Junior, Edgar Silva Vidal, Marcos Vinícius Barros Ottoni e Ana de Barros Fernandes. Fl. 424DF CARF MF Impresso em 06/03/2012 por ANA DE BARROS FERNANDES - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 06/03/2012 por EDGAR SILVA VIDAL, Assinado digitalmente em 06/03/2012 po r EDGAR SILVA VIDAL, Assinado digitalmente em 06/03/2012 por ANA DE BARROS FERNANDES Processo nº 13804.003683/200302 Acórdão n.º 1801000.824 S1TE01 Fl. 365 3 Relatório A Recorrente apresentou Pedido de Restituição em •02/07/2003 (fls. 01) pleiteando o reconhecimento do direito creditório no valor de R$ 333.436,26, conforme planilhas anexadas (fls. 243/279), decorrente do recolhimento indevido de atualização monetária acrescida aos tributos e contribuições federais , no período de julho a setembro de 1994. O valor reclamado referese a atualização monetária sobre os tributos recolhidos naquele período e que, segundo a Recorrente, contraria as disposições do artigo 34 da Medida Provisória nº 542, de 30 de junho de 1994, que determinou a interrupção da incidência diária da Unidade de Atualização Monetária – UFIR, pelo prazo de 180 (cento e oitenta) dias, desde que os respectivo créditos tributários fossem pagos nos prazos originais previstos na legislação tributária. O Pedido de Restituição foi apresentado em formulário, de acordo com disposto no artigo 3º da IN/SRF nº 323, de abril de 2003, dada a impossibilidade de sua elaboração via PER/DCOMP, pois este não aceita cadastramento com pagamentos efetuados há mais de cinco anos, gerando a seguinte mensagem: Darf apresenta data de arrecadação com mais de cindo anos com relação à data de criação (Artigo 168 do CTN') Em Despacho Decisório de 09/2/2007 (fls. 282/285) a DRF em Osasco – SP, indeferiu o pedido de restituição, que restou assim ementado: Assunto: PEDIDO DE RESTITUIÇÃO Ementa: Pagamento Indevido ou Maior Não deve ser reconhecido o pagamento indevido e/ou a maior quando não se submete aos ditames legais. Prescrição do pleito.Dispositivos Legais: Lei n° 5.172, de 25 de outubro de 1966(CTN); IN SRF n° 600, de 2005; Ato Declaratório SRF n° 96, de 26 de novembro de 1992, Lei Complementar n° 118, 9 de fevereiro de 2005.". Cientificada do Despacho em 05/03/2007 (fls. 288), apresentou Manifestação de Inconformidade em 09/3/2007 (fls. 289/317), onde alega: I deixou de observar o disposto da MP542/94, recolhendo indevidamente atualização monetária com base na variação diária da UFIR sobre débitos tributários, após julho de 1994 e, por isso, tem direito à restituição dos valores indevidamente recolhidos; II é absurda a determinação contida na Intimação da DRF em Osasco – SP para que a Recorrente efetue o recolhimento dos débitos não compensados, pois não houve pedido de compensação; III – a prescrição/decadência contida no Despacho Decisório não ocorreu, pois em se tratando de tributos lançados por homologação, o prazo para restituição é de 10 (dez) anos, na sistemática dos cinco mais cinco; de acordo Fl. 425DF CARF MF Impresso em 06/03/2012 por ANA DE BARROS FERNANDES - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 06/03/2012 por EDGAR SILVA VIDAL, Assinado digitalmente em 06/03/2012 po r EDGAR SILVA VIDAL, Assinado digitalmente em 06/03/2012 por ANA DE BARROS FERNANDES 4 com entendimentos do STJ e do Conselho de Contribuintes; transcrevendo jurisprudências; IV – rejeita a aplicação do disposto no art. 3º da LC 118/2205, pois o STJ firmou entendimento de que sua aplicação só será válida para questões que venham a ocorrer a partir de sua vigência, ou seja, a partir de 10 de junho de 2005. Em sessão de 22 de novembro de 2007, a 2ª Turma da DRJ em Campinas SP, com o Acórdão nº 0520.219, indeferiu a solicitação da Recorrente. Intimada do Acórdão em 29/05/2008 (fls. 324), interpôs Recurso Voluntário em 05/06/2008 (fls. 326/351), onde reprisa as alegações contidas na Manifestação de Inconformidade , pede a reforma do Acórdão recorrido e o provimento do Recurso Voluntário. É o relatório. Fl. 426DF CARF MF Impresso em 06/03/2012 por ANA DE BARROS FERNANDES - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 06/03/2012 por EDGAR SILVA VIDAL, Assinado digitalmente em 06/03/2012 po r EDGAR SILVA VIDAL, Assinado digitalmente em 06/03/2012 por ANA DE BARROS FERNANDES Processo nº 13804.003683/200302 Acórdão n.º 1801000.824 S1TE01 Fl. 366 5 Voto Conselheiro Edgar Silva Vidal, Relator O Recurso Voluntário é tempestivo e dele conheço. A DRJ em Campinas embasou sua decisão nos artigos 156, 165 e 168, todos do CTN e considerou prescritos os valores recolhidos há mais de cinco anos da propositura da ação. Entendeu ainda a DRJ em Campinas SP que a Lei Complementar n° 118, de 9 de fevereiro de 2005, em seu artigo 3º , afastou definitivamente a controvérsia ainda existente em relação à contagem do prazo para repetição de indébito. Art. 3a Para efeito de interpretação do inciso I do art. 168 da Lei no 5.172, de 25 de outubro de 1966 —Código Tributário Nacional, a extinção do crédito tributário ocorre, no caso de tributo sujeito a lançamento por homologação, no momento do pagamento antecipado de que trata o § 1º o do art. 150 da referida Lei. Art. 4— Esta Lei entra em vigor 120 (cento e vinte) dias após sua publicação, observado, quanto ao art. 3º'1, o disposto no art. 106, inciso I, da Lei n" 5.172, de 25 de outubro de 1966 Código Tributário Nacional. A Recorrente busca no presente Recurso voluntário ter reconhecido direito à restituição de valores pagos indevidamente. Os valores solicitados foram pagos no período de julho de 1994 a setembro de 1994 cujos períodos de apuração se deram nos meses de junho, julho e agosto de 1994. O Pedido de Restituição foi protocolado em 02/7/2003, ou seja 9 (nove) anos e um mês após os fatos geradores das obrigações.que motivaram os pagamentos indevidos. A matéria em discussão no presente caso – tese dos cinco mis cinco –foi definida com a recente manifestação do Supremo Tribunal Federal, quando analisou as modificações trazidas a lume pela Lei Complementar n. 118/05, nos autos do RE 566.621/RS, julgado sobre o rito do art. 543B do CPC, vejamos: DIREITO TRIBUTÁRIO. LEI INTERPRETATIVA – APLICAÇÃO RETROATIVA DA LEI COMPLEMENTAR Nº 118/2005. DESCABIMENTO .VIOLAÇÃO À SEGURANÇA JURÍDICA . NECESSIDADE DE OBSERVÂNCIA DA VACACIO LEGIS. APLICAÇÃO DO PRAZO REDUZIDO PARA REPETIÇÃO OU COMPENSAÇÃO DE INDÉBITOS AOS PROCESSOS AJUIZADOS A PARTIR DE 9 DE JUNHO DE 2005 Quando do advento da LC 118/05, estava consolidada a orientação da Primeira Seção do STJ no sentido de que, para os tributos sujeitos a lançamento por homologação, o prazo para Fl. 427DF CARF MF Impresso em 06/03/2012 por ANA DE BARROS FERNANDES - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 06/03/2012 por EDGAR SILVA VIDAL, Assinado digitalmente em 06/03/2012 po r EDGAR SILVA VIDAL, Assinado digitalmente em 06/03/2012 por ANA DE BARROS FERNANDES 6 repetição ou compensação de indébito era de 10 anos contados do seu fato gerador, tendo em conta a aplicação combinada dos arts. 150, § 4º, 156, VII, e 168, I, do CTN. A LC 118/05, embora tenha se autoproclamado interpretativa, implicou inovação normativa, tendo reduzido o prazo de 10 anos contados do fato gerador para 5 anos contados do pagamento indevido. Lei supostamente interpretativa que, em verdade, inova no mundo jurídico deve ser considerada como lei nova Inocorrência de violação à autonomia e independência dos Poderes, porquanto a lei expressamente interpretativa também se submete, como qualquer outra, ao controle judicial quanto à sua natureza, validade e aplicação. A aplicação retroativa de novo e reduzido prazo para a repetição ou compensação de indébito tributário estipulado por lei nova, fulminando, de imediato, pretensões deduzidas tempestivamente à luz do prazo então aplicável, bem como a aplicação imediata às pretensões pendentes de ajuizamento quando da publicação da lei, sem resguardo de nenhuma regra de transição, implicam ofensa ao princípio da segurança jurídica em seus conteúdos de proteção da confiança e de garantia do acesso à Justiça. Afastandose as aplicações inconstitucionais e resguardandose, no mais, a eficácia da norma, permitese a aplicação do prazo reduzido relativamente às ações ajuizadas após a vacatio legis, conforme entendimento consolidado por esta Corte no enunciado 445 da Súmula do Tribunal. O prazo de vacatio legis de 120 dias permitiu aos contribuintes não apenas que tomassem ciência do novo prazo, mas também que ajuizassem as ações necessárias à tutela dos seus direitos. Inaplicabilidade do art. 2.028 do Código Civil, pois, não havendo lacuna na LC 118/08, que pretendeu a aplicação do novo prazo na maior extensão possível, descabida sua aplicação por analogia. Além disso, não se trata de lei geral, tampouco impede iniciativa legislativa em contrário. Reconhecida a inconstitucionalidade art. 4º, segunda parte, da LC 118/05, considerandose válida a aplicação do novo prazo de 5 anos tãosomente às ações ajuizadas após o decurso da vacatio legis de 120 dias, ou seja, a partir de 9 de junho de 2005.. Aplicação do art. 543B, § 3º, do CPC aos recursos sobrestados. Recurso extraordinário desprovido. Fixada a tese a ser seguida na análise da prescrição, considerandose que os fatos geradores ocorreram em 06, 07 e 08/1994 e o Pedido de Restituição da Recorrente foi protocolado em 07/2003, entendo que o prazo observado, por ser inferior a 10 (dez) anos, enquadrase na sistemática dos cinco mais cinco. Fl. 428DF CARF MF Impresso em 06/03/2012 por ANA DE BARROS FERNANDES - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 06/03/2012 por EDGAR SILVA VIDAL, Assinado digitalmente em 06/03/2012 po r EDGAR SILVA VIDAL, Assinado digitalmente em 06/03/2012 por ANA DE BARROS FERNANDES Processo nº 13804.003683/200302 Acórdão n.º 1801000.824 S1TE01 Fl. 367 7 Diante do exposto voto para dar provimento parcial Recurso Voluntário, afastando a preliminar da prescrição e determino que os autos voltem a unidade de jurisdição da contribuinte para apreciar o mérito da questão. (Documento assinado digitalmente) Edgar Silva Vidal – Relator . Fl. 429DF CARF MF Impresso em 06/03/2012 por ANA DE BARROS FERNANDES - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 06/03/2012 por EDGAR SILVA VIDAL, Assinado digitalmente em 06/03/2012 po r EDGAR SILVA VIDAL, Assinado digitalmente em 06/03/2012 por ANA DE BARROS FERNANDES
score : 1.0
Numero do processo: 10725.720082/2005-11
Turma: Segunda Turma Especial da Primeira Seção
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Wed Aug 08 00:00:00 UTC 2012
Ementa: Imposto sobre a Renda de Pessoa Jurídica - IRPJ
Ano calendário: 2002
Ementa: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. NORMAS PROCESSUAIS - EMBARGOS DE DECLARAÇÃO – OMISSÃO – SANEAMENTO
Constatado o vício de omissão apontado pela Embargante, impõe-se sejam acolhidos os embargos para que sejam prestados os devidos esclarecimentos e o vício saneado ainda que mantida a parte dispositiva do acórdão embargado.
Numero da decisão: 1802-001.325
Decisão: Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em acolher parcialmente os embargos para sanar o vício da omissão contida no Acórdão nº 1802-001.180 de 11/04/2012, mantendo-se, contudo, a parte dispositiva do acórdão embargado, nos termos do relatório e voto que integram o presente julgado.
Matéria: IRPJ - restituição e compensação
Nome do relator: Ester Marques Lins de Sousa
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NORMAS PROCESSUAIS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO – OMISSÃO – SANEAMENTO Constatado o vício de omissão apontado pela Embargante, impõese sejam acolhidos os embargos para que sejam prestados os devidos esclarecimentos e o vício saneado ainda que mantida a parte dispositiva do acórdão embargado. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em acolher parcialmente os embargos para sanar o vício da omissão contida no Acórdão nº 1802001.180 de 11/04/2012, mantendose, contudo, a parte dispositiva do acórdão embargado, nos termos do relatório e voto que integram o presente julgado. (documento assinado digitalmente) Ester Marques Lins de Sousa Presidente e Relatora. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Ester Marques Lins de Sousa, José de Oliveira Ferraz Corrêa, Marco Antonio Nunes Castilho, Nelso Kichel, Gustavo Junqueira Carneiro Leão e Marciel Eder Costa. Fl. 160DF CARF MF Impresso em 28/08/2012 por ANDREA FERNANDES GARCIA - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 24/08/2012 por ESTER MARQUES LINS DE SOUSA, Assinado digitalmente em 24/ 08/2012 por ESTER MARQUES LINS DE SOUSA 2 Relatório Tratase de Embargos de Declaração opostos pela Fazenda Nacional com base no artigo 65 do Regimento Interno do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (aprovado pela Portaria MF n. 256, de 22/06/2009 e alterações posteriores), sob alegação de “omissão/contradição” no acórdão nº 1802001.180 proferido pelo colegiado dessa Segunda Turma Especial da Primeira Seção de Julgamento do CARF, no processo em epígrafe, em sessão realizada no dia 11/04/2012. O acórdão foi recepcionado na Procuradoria da Fazenda Nacional, em 15/05/2012, e, os embargos foram apresentados em 20/06/2012. Os fundamentos dos embargos são os seguintes que transcrevo, ipsis litteris: O objeto do presente julgado cingese à conclusão do colegiado no sentido de que o pedido de compensação objeto dos autos deve ser analisado conjuntamente a outra PERDCOMP apresentada pela contribuinte, uma vez que tal procedimento demonstra a integral quitação do debito, não restando saldo devedor. Eis a ementa do acórdão: Assunto: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA JURÍDICA IRPJ Ano calendário: 2002 Ementa: COMPENSAÇÃO. Cabível a análise de PERDCOMP não apreciado em conjunto com os demais que possuem nexo de causa e efeito, na medida em que dá ao contribuinte o direito de contestar o saldo devedor apurado pela autoridade administrativa na realização do encontro de contas de crédito e débitos tributários. A irresignação da empresa com a decisão acima mencionada, perpetrada mediante apresentação de manifestação de inconformidade dirigida á DRJ, contudo, não se insere na alçada de competência das Delegacias da Receita Federal de Julgamento, conforme acórdão 1218.140 da 4ª Turma da DRJ/RJOI (fls.77/83). Destaca o julgado que "a estas [compensação de oficio], a propósito, existe previsão de rito especifico, detalhado nos art. 34 a 38 da Instrução Normativa SRF n`2 600, de 28/12/2005 , que afasta, a meu ver, a aplicação das regras do Decreto nº 70.235, de 06/03/1972". O CARF, em apreciação ao Recurso Voluntário interposto em face da decisão de primeira instancia, contudo, omitiuse na apreciação da mencionada impropriedade processual, adentrando no mérito da demanda sem qualquer análise acerca de sua eventual (in)competência para tanto. Fl. 161DF CARF MF Impresso em 28/08/2012 por ANDREA FERNANDES GARCIA - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 24/08/2012 por ESTER MARQUES LINS DE SOUSA, Assinado digitalmente em 24/ 08/2012 por ESTER MARQUES LINS DE SOUSA Processo nº 10725.720082/200511 Acórdão n.º 1802001.325 S1TE02 Fl. 161 3 Ultrapassada a preliminar acima disposta, cumpre apreciar o mérito e a conclusão do julgado proferido pela Segunda Turma Especial da Primeira Seção do CARF. Na hipótese, a ilustre Conselheira Relatora entende que deve ser homologada a compensação objeto dos autos, tendo em vista que "as autoridades fiscais desconsideraram em seus cálculos que as multas de mora devidas em razão do atraso no pagamento do IRPJ apurado nos meses de fevereiro, março, junho, julho e novembro de 2002 já haviam sido compensadas através da declaração de compensação n9 09409.28205.151204.1.3.04 2661, apresentada pela Recorrente em 15 de dezembro de 2004". Ocorre, todavia, que não há nos autos qualquer documento que comprove tal procedimento, em total descompasso com a afirmação disposta no voto condutor nestes termos: "Conforme relatado, por último, foi anexado ao presente processo cópia do Despacho n`2 675/2009, fls. 114/115, proferido pela Delegacia da Receita Federal do Brasil em Campos do Goitacazes/RJ, exarado no processo nº 10725.720057/200520, no qual tratouse de Declaração de Compensação n9 09409.28205.151204.1.3.042661 em que restou consignada a homologação da compensação no montante de R$ 34.540,99, referente a parte do debito de IRPJ apurado no mês de novembro de 2002." Observando o documento mencionado, juntado às fls. 114/115, podese observar que se trata tãosomente de extrato do referido pedido de compensação, ilegível, em que não se podem extrair as informações acerca de suposta compensação no montante mencionado. Inexiste nos autos o imprescindível Despacho nº 675/2009 que comprova a afirmação da contribuinte neste sentido. Com efeito, mostrase contraditória a determinação contida no voto condutor, respaldada em documento inexistente nos autos, razão pela qual não há esteio para o provimento do Recurso Voluntário. Na remota hipótese de manutenção do provimento do recurso, requer que o colegiado aponte as razões para tanto, sob pena de ensejar cerceamento do direito de defesa. Diante disso, a União (Fazenda Nacional) requer sejam conhecidos e providos os presentes Embargos de Declaração, a fim de sanar a omissões/contradições apontadas. É o relatório. Fl. 162DF CARF MF Impresso em 28/08/2012 por ANDREA FERNANDES GARCIA - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 24/08/2012 por ESTER MARQUES LINS DE SOUSA, Assinado digitalmente em 24/ 08/2012 por ESTER MARQUES LINS DE SOUSA 4 Voto Conselheira Relatora Ester Marques Lins de Sousa Conforme relatado o acórdão embargado foi recepcionado pela Procuradoria da Fazenda Nacional, em 15/05/2012, conforme Relação de Movimentação RM, fl.155, considerandose intimada 30 (trinta) dias após (§§ 7º ao 9º, do art.23, do Decreto nº 70.235/72, com a redação dada pela Lei nº 11.547, de 16/03/2007, D.O.U de 19/03/2007). Os embargos foram apresentados em 19/06/2011, portanto, tempestivos, deles conheço. Preliminarmente, a Embargante argüi que a irresignação da empresa com a decisão de primeira instância, perpetrada mediante apresentação de manifestação de inconformidade dirigida à DRJ, não se insere na alçada de competência das Delegacias da Receita Federal de Julgamento, conforme acórdão 1218.140 da 4ª Turma da DRJ/RJOI (fls.77/83). Contudo, o CARF, em apreciação ao Recurso Voluntário interposto em face da decisão de primeira instancia, omitiuse na apreciação da mencionada impropriedade processual, adentrando no mérito da demanda sem qualquer análise acerca de sua eventual (in)competência para tanto. Conforme relatado no acórdão embargado, fl.153, a 4ª Turma da Delegacia da Receita Federal de Julgamento (DRJI/Rio de Janeiro/RJ) sob o fundamento de que a Interessada não contesta as razões que levaram a autoridade fiscal a negar homologação às compensações informadas nas DCOMP's de fls. 01/07 e 08/12, e que, sua discordância limitase aos procedimentos adotados na compensação de oficio, determinada pela autoridade fiscal, decidiu por NÃO CONHECER da manifestação de inconformidade apresentada pela Interessada, conforme o venerando Acórdão nº 1218.140, de 14 de fevereiro de 2008 (fls.77/83), cientificado à interessada em 20/03/2008, fl.90. Consta dessa decisão de 1ª instância que, a legislação que disciplina os processos de restituição, ressarcimento e compensação, no âmbito da Receita Federal, só prevê a aplicação do rito processual do Decreto n° 70.235, de 06/03/1972, para as manifestações de inconformidade contra nãoreconhecimento de direito creditório ou nãohomologação de compensação efetuada pelo sujeito passivo (art. 74, §§ 9° e a 11, da Lei n° 9.430, de 27/12/1996, com redação dada pela Lei no 10.833, de 29/12/2003; art. 48, e §§, da Instrução Normativa SRF n° 600, de 28/12/2005). Diante de tal restrição, entende que as Delegacias da Receita Federal do Brasil de Julgamento não são competentes para apreciar manifestações de inconformidade contra compensações realizadas de ofício. Na verdade, o acórdão embargado não afirmou de forma expressa que a DRJ ao declarar sua incompetência e “NÃO CONHECER” da manifestação de inconformidade do interessado incorreu em equívoco processual, na medida em que, o litígio decorre de pedido de restituição para compensação de débitos declarados (PERDCOMP) e, a fase contenciosa do processo segue, em linhas gerais, o rito do Decreto nº 70.235/1972. Com efeito, no processo de PERDCOMP, a fase inicial se dá com o pleito do contribuinte e fica concluída com o Despacho Decisório no qual o chefe da unidade que jurisdiciona o domicílio do sujeito passivo, se manifesta quanto à procedência ou não do pleito. Assim, o ato administrativo que contestado, dá margem à inauguração da fase contenciosa, no presente caso, é o Despacho Decisório da Delegacia da Receita Federal em Campos dos Goytacazes — RJ, não importando os procedimentos adotados para a extinção parcial dos débitos pela via da compensação na forma como efetuada pelo sujeito passivo ou alternativamente pela Fl. 163DF CARF MF Impresso em 28/08/2012 por ANDREA FERNANDES GARCIA - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 24/08/2012 por ESTER MARQUES LINS DE SOUSA, Assinado digitalmente em 24/ 08/2012 por ESTER MARQUES LINS DE SOUSA Processo nº 10725.720082/200511 Acórdão n.º 1802001.325 S1TE02 Fl. 162 5 “compensação de ofício”, como a melhor forma encontrada pelo Fisco, a teor do mencionado Despacho Decisório (fl.37) a seguir, notadamente o item “b”: DESPACHO DECISÓRIO O Delegado da Receita Federal do Brasil em Campos dos Goytacazes, no uso das atribuições que lhe confere o artigo 250 do Regimento Interno da Receita Federal do Brasil, aprovado pela Portaria MF n.° 30, de 25 de fevereiro de 2005, tendo em vista as conclusões e os fundamentos legais reproduzidos no PARECER MACO/DRF/CGZ/RJ n° 056/2005, fls. 33 a 36, e considerando o disposto nos artigos 10, 28, 29, 30, 34 e 48 da Instrução Normativa SRF n.° 460, de 18 de outubro de 2004, DECIDE: a) NÃO HOMOLOGAR as compensações efetuadas nas DCOMP n° 24521.13798.291004.1.3.044979 e 30838.51314.291004.1.3.04 3731, por inexistência de direito creditório na forma como pleiteada; b) COMPENSAR DE OFÍCIO os recolhimentos efetuados a título de IRPJ —estimava mensal para o PA 1212002 com os débitos da mesma natureza apurados no decorrer do anocalendário de 2002; c) DETERMINAR a cobrança do valor de R$ 34.540,99, relativo a parte do débito de IRPJ estimativa mensal, código 2362, apurado no mês de novembro de 2002, com vencimento em 31/12/2002, por ter remanescido à compensação de oficio citada no item precedente; (...) Vale consignar que a própria autoridade administrativa da DRF/ em Campos dos Goytacazes — RJ, para justificar a extinção dos débitos pela compensação com os créditos apurados, assim se manifestou no aludido PARECER MACO/DRF/CGZ/RJ n° 056/2005: ... 12. Considerando que, ainda que indevido o recolhimento por estimativa, tal crédito somente estaria disponível para dedução do IRPJ devido ao final do período de apuração ou para compor o saldo negativo da IRPJ do período, a rigor, à luz do que preceitua a legislação em vigor, a compensação efetuada deveria não ser homologada e a contribuinte deveria ser intimada a recolher os débitos indevidamente compensados e a retificar sua declaração para inclusão dos valores recolhidos indevidamente para, então, apurar saldo negativo de IR e utilizálo, posteriormente, para novas compensações. Ou seja, a contribuinte deveria efetuar recolhimentos para ficar com crédito junto à Fazenda nacional, o que não se afigura compatível com o principio da razoabilidade, que é uma diretriz de bomsenso, aplicada ao Direito. Esse bomsenso jurídico se faz necessário à medida que as exigências formais que decorrem do princípio da legalidade tendem a reforçar mais o texto das normas que o seu espírito. 13. Ora, a legislação, ao permitir que a própria contribuinte, ao apurar crédito relativo a tributo ou contribuição administrado pela Receita Federal do Brasil RFB, possa utilizálo na compensação de débitos e que tal compensação extingue o débito sob condição resolutória de ulterior homologação do procedimento, claramente Fl. 164DF CARF MF Impresso em 28/08/2012 por ANDREA FERNANDES GARCIA - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 24/08/2012 por ESTER MARQUES LINS DE SOUSA, Assinado digitalmente em 24/ 08/2012 por ESTER MARQUES LINS DE SOUSA 6 busca simplificar o cumprimento das obrigações. No caso em comento, ao invés de efetuar os recolhimentos em atraso, informando todos para o PA 12/2002, a contribuinte poderia ter utilizado darf segregados para os meses em que apurou débito de estimativa mensal e, neste caso, estaria efetuando mero recolhimento em atraso, os quais deveriam estar acompanhados dos respectivos acréscimos legais. 14. Portanto, inferese que a forma mais adequada ao tratamento do caso seria não homologar a compensação efetuada e proceder, de oficio, à compensação dos débitos relacionados nas DCOMP com os recolhimentos efetuados. Quanto ao preceito do § 2° do art 34, da IN SRF 460/2004, o qual determina que, previamente à compensação de oficio, deverá ser solicitado ao sujeito passivo que se manifeste quanto ao procedimento no prazo de quinze dias, presumese que o interesse da contribuinte em compensar os débitos, manifestado nas DCOMP apresentadas, suprem a necessidade da comunicação formal enviada pela RFB. 15. Desta forma, foi procedida à alocação dos recolhimentos efetuados aos débitos apurados de estimativa mensal no ano calendário de 2002 fls.27 a 29). Em razão da falta de recolhimento do valor relativo à multa de mora e ao fato de que a utilização da alocação linear dos créditos aos débitos resultaria em débito de tributo e crédito de juros, foram considerados os recolhimentos pelos seus valores totais (fl. 26). Os débitos foram, também, considerados pelos seus valores totais, sem considerar as vinculações a compensação e a pagamento informadas em DCTF pela contribuinte (fl. 25). (...) Grifei Como se vê no próprio Parecer MACO/DRF/CGZ n° 056/2005, às fls. 33/36 que deu fundamento ao despacho decisório já afasta o entrave processual, ao possível entendimento da compensação efetuada como se fosse de ofício, visto que presumiu o interesse da contribuinte, em compensar os débitos, manifestado nas DCOMP apresentadas. Com efeito, o rito processual do PERDCOMP não depende da forma como decidida no Despacho Decisório. Entender à contrário senso conduziria o resultado em cerceamento ao direito de defesa, pois, a alternativa razoável adotada pelo Fisco e intitulada de “compensação de ofício” resultaria em decisão definitiva, sem oportunidade ao contribuinte para contestar o despacho decisório. Ademais a alternativa dada pelo Fisco em proceder a compensação ocorreu pelo aproveitamento dos créditos, como estampado e transcrito acima. A DRF nãohomologou as compensações por inexistência de direito creditório “na forma como pleiteada”, mas procedeu a compensação dos recolhimentos efetuados a título de IRPJ — estimava mensal para o PA 12/2002 com os débitos da mesma natureza apurados no decorrer do anocalendário de 2002, o que denominou de “compensação de ofício”, adotando o princípio da razoabilidade, eficiência e eficácia. A decisão da DRJ é incompatível com o bomsenso desenvolvido no despacho decisório da autoridade administrativa da DRF/ em Campos dos Goytacazes — RJ que, embora com ressalvas ao procedimento adotado mas por atender ao princípio da razoabilidade, e, sem ofensa à legalidade, procedeu à compensação dos débitos relacionados nas DCOMP com os recolhimentos efetuados. Desse modo, dúvida não há que o saldo devedor resultante do encontro de contas relativas aos débitos declarados nas DCOMP discutidas é a matéria controvertida a ser dirimida nos Fl. 165DF CARF MF Impresso em 28/08/2012 por ANDREA FERNANDES GARCIA - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 24/08/2012 por ESTER MARQUES LINS DE SOUSA, Assinado digitalmente em 24/ 08/2012 por ESTER MARQUES LINS DE SOUSA Processo nº 10725.720082/200511 Acórdão n.º 1802001.325 S1TE02 Fl. 163 7 presentes autos, para a qual a pessoa jurídica apresentou a manifestação de inconformidade, não conhecida pela Delegacia de Julgamento, em virtude da equivocada incompetência declarada. Sobre a competência do julgamento em primeira instância, em processos administrativos relativos a compensação, transcrevo o artigo 61 do Decreto nº 7.574, de 29/09/2011, verbis: Art.61.O julgamento de processos sobre a aplicação da legislação referente a tributos administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, e os relativos à exigência de direitos antidumping e direitos compensatórios, compete em primeira instância, às Delegacias da Receita Federal do Brasil de Julgamento, órgãos de deliberação interna e natureza colegiada da Secretaria da Receita Federal do Brasil (Decreto no 70.235, de 1972, art. 25, inciso I; Lei no 9.019, de 30 de março de 1995, art. 7o, § 5o). Parágrafo único.A competência de que trata o caput inclui, dentre outros, o julgamento de: ... II manifestação de inconformidade do sujeito passivo em processos administrativos relativos a compensação, restituição e ressarcimento de tributos, inclusive créditos de Imposto sobre Produtos Industrializados IPI (Lei no 8.748, de 1993, art. 3o, inciso II; Lei no 9.019, de 1995, art. 7o, §1o e §5o); e ... O contribuinte fora cientificado do despacho decisório em 28/08/2006 (fl.40) para apresentar sua manifestação de inconformidade. A inconformidade da recorrente residia em que o saldo devedor remanescente à compensação já havia sido compensado via Declaração de Compensação nº 09409.28205.151204.1.3.042661, apresentada pela Recorrente em 15 de dezembro de 2004. Do exposto, resta demonstrado o equívoco da DRJ em não conhecer da manifestação de inconformidade do contribuinte sob o fundamento de que não se insere na alçada de competência das Delegacias da Receita Federal de Julgamento, conforme acórdão 1218.140 da 4ª Turma da DRJ/RJOI (fls.77/83), pois, da mencionada inconformidade demandaria a análise e decisão fundamentada sob pena de sua nulidade por cerceamento ao direito de defesa. A Embargante aduz que no acórdão embargado se adentrou no mérito da demanda sem qualquer análise acerca de sua eventual (in)competência para tanto. Reconhecese, pois, a omissão apontada pela Embargante. Com efeito, afastada a preliminar da incompetência suscitada pela DRJ, poderiam os autos ter sido devolvidos àquele órgão, para a análise da manifestação da inconformidade. No entanto, em sede de segunda instância, o acórdão embargado decidindo em favor do sujeito passivo, prescindiu da declaração de nulidade, nos termos do § 3º do artigo 12 do mesmo Decreto nº 7.574/2011, verbis: Art. 12. São nulos (Decreto nº 70.235, de 1972, art. 59): I os atos e os termos lavrados por pessoa incompetente; e Fl. 166DF CARF MF Impresso em 28/08/2012 por ANDREA FERNANDES GARCIA - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 24/08/2012 por ESTER MARQUES LINS DE SOUSA, Assinado digitalmente em 24/ 08/2012 por ESTER MARQUES LINS DE SOUSA 8 II os despachos e decisões proferidos por autoridade incompetente ou com preterição do direito de defesa. §1oA nulidade de qualquer ato só prejudica os atos posteriores que dele diretamente dependam ou sejam consequência. §2oNa declaração de nulidade, a autoridade dirá os atos alcançados e determinará as providências necessárias ao prosseguimento ou solução do processo. §3oQuando puder decidir o mérito em favor do sujeito passivo a quem aproveitaria a declaração de nulidade, a autoridade julgadora não a pronunciará, nem mandará repetir o ato, ou suprirlhe a falta. Como visto, não houve incompetência ou impedimento por parte desse colegiado em analisar o mérito do Recurso Voluntário apresentado pela interessada com os mesmos fundamentos expendidos na impugnação ao qual foi dado provimento. Sobre o mérito, alega a Embargante que no voto condutor do acórdão embargado a Relatora entende que deve ser homologada a compensação objeto dos autos, tendo em vista que "as autoridades fiscais desconsideraram em seus cálculos que as multas de mora devidas em razão do atraso no pagamento do IRPJ apurado nos meses de fevereiro, março, junho, julho e novembro de 2002 já haviam sido compensadas através da declaração de compensação n9 09409.28205.151204.1.3.042661, apresentada pela Recorrente em 15 de dezembro de 2004". O mencionado texto contido nos embargos merece correção por não ser a expressão real contida no acórdão embargado, que assim se pronunciou, citando a defesa da Recorrente verbis: A Recorrente destaca que, as autoridades fiscais desconsideraram em seus cálculos que as multas de mora devidas em razão do atraso no pagamento do IRPJ apurado nos meses de fevereiro, março, junho, julho e novembro de 2002 já haviam sido compensadas através da declaração de compensação n° 09409.28205.151204.1.3.042661, apresentada pela Recorrente em 15 de dezembro de 2004. (Grifei) Nesse contexto, é que se deu a motivação no voto condutor do acórdão embargado, para a análise do recurso voluntário apresentado, por este colegiado, vejamos: Ora, não poder o contribuinte se insurgir contra o saldo devedor apurado pela autoridade administrativa na análise conjunta dos PERDCOMPs, seria o mesmo que limitar a produção da defesa a ser superada de forma sintetizadora pela DRF de origem, a exemplo do Parecer MACO/DRF/CGZ n° 056/2005, às fls. 33/36. Assim, cabível a análise de PERDCOMP não apreciado em conjunto com os demais que possuem nexo de causa e efeito, na medida em que dá ao contribuinte o direito de contestar o saldo devedor apurado pela autoridade administrativa na realização do encontro de contas de crédito e débitos tributários. Argumenta a Embargante, que não há nos autos qualquer documento que comprove tal procedimento, em total descompasso com a afirmação disposta no voto condutor nestes termos: "Conforme relatado, por último, foi anexado ao presente processo cópia do Despacho nº 675/2009, fls. 114/115, proferido pela Delegacia da Receita Federal do Brasil em Campos do Goitacazes/RJ, exarado no processo nº 10725.720057/200520, no Fl. 167DF CARF MF Impresso em 28/08/2012 por ANDREA FERNANDES GARCIA - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 24/08/2012 por ESTER MARQUES LINS DE SOUSA, Assinado digitalmente em 24/ 08/2012 por ESTER MARQUES LINS DE SOUSA Processo nº 10725.720082/200511 Acórdão n.º 1802001.325 S1TE02 Fl. 164 9 qual tratouse de Declaração de Compensação n9 09409.28205.151204.1.3.042661 em que restou consignada a homologação da compensação no montante de R$ 34.540,99, referente a parte do debito de IRPJ apurado no mês de novembro de 2002." Aduz que: Observando, o documento mencionado, juntado às fls. 114/115, podese observar que se trata tãosomente de extrato do referido pedido de compensação, ilegível, em que não se podem extrair as informações acerca de suposta compensação no montante mencionado. Inexiste nos autos o imprescindível Despacho nº 675/2009 que comprova a afirmação da contribuinte neste sentido. Com efeito, mostrase contraditória a determinação contida no voto condutor, respaldada em documento inexistente nos autos, razão pela qual não há esteio para o provimento do Recurso Voluntário. A afirmação feita pela Embargada está equivocada pois se reporta aos extratos fls.114/115, do presente processo, e não, ao Despacho nº 675/2009, fls. 114/115, proferido pela Delegacia da Receita Federal do Brasil em Campos do Goitacazes/RJ, exarado no processo nº 10725.720057/200520, acostado aos presentes autos, ou seja: cópia do Despacho nº 675/2009, fls. 114/115, proferido pela Delegacia da Receita Federal do Brasil em Campos do Goitacazes/RJ, exarado no processo nº 10725.720057/200520, no qual tratouse de Declaração de Compensação nº 09409.28205.151204.1.3.042661 em que restou consignada a homologação da compensação no montante de R$ 34.540,99, referente a parte do debito de IRPJ apurado no mês de novembro de 2002. Tal documento encontrase comprovado com arquivo eletrônico nos presentes autos, como pode ser constatado pela Embargante no “eprocesso”. Como se vê, resta patente e infundada a contradição apontada pela Embargante, pois, fundada em documento a que não se reportou o voto condutor do acórdão embargado. Assim, não há qualquer fundamento para que sejam acolhidos os Embargos apresentados sob o pretexto de que o julgado embargado foi viciado por contradição. A rigor, acolho os presentes embargos, apenas para deixar claro sobre a suposta omissão quanto à incompetência arguida pela Delegacia de Julgamento para não conhecer da manifestação de inconformidade apresentada pela pessoa jurídica. Contudo, reconhecida a competência da DRJ, foi suprida a falta da análise do mérito pelo acórdão embargado a favor do sujeito passivo, conforme acima evidenciado. Diante das considerações acima, voto no sentido de que sejam acolhidos parcialmente os embargos de declaração, apenas, quanto à omissão apontada pela Embargante, ratificandose os demais termos do acórdão embargado. (documento assinado digitalmente) Ester Marques Lins de Sousa. Fl. 168DF CARF MF Impresso em 28/08/2012 por ANDREA FERNANDES GARCIA - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 24/08/2012 por ESTER MARQUES LINS DE SOUSA, Assinado digitalmente em 24/ 08/2012 por ESTER MARQUES LINS DE SOUSA 10 Fl. 169DF CARF MF Impresso em 28/08/2012 por ANDREA FERNANDES GARCIA - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 24/08/2012 por ESTER MARQUES LINS DE SOUSA, Assinado digitalmente em 24/ 08/2012 por ESTER MARQUES LINS DE SOUSA
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Numero do processo: 10283.002017/2007-19
Turma: Primeira Turma Ordinária da Quarta Câmara da Primeira Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Wed Feb 23 00:00:00 UTC 2011
Ementa: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA JURÍDICA IRPJ
Ano calendário:2003
IRRF COMPROVANTE DE RETENÇÃO
Não é aceita como prova de retenção de imposto de renda na fonte a simples juntada de notas fiscais. O reconhecimento de tal retenção se faz através do valor registrado a titulo de IR FONTE
no documento fornecido pela fonte pagadora, denominado de "Comprovante de Retenção de Imposto de Renda na Fonte”.
Numero da decisão: 1401-000.461
Decisão: Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, dar provimento parcial ao recurso voluntário, para reduzir em R$ 6.972,28 o valor do saldo negativo de IRPJ – ano calendário de 2003, conforme expresamente solicitado pela Recorrente, nos termos do relatório e voto que passam a integrar o presente julgado. Vencidas a conselheira Viviani Aparecida Bacchmi, que não conhecia o pedido de redução do valor do saldo negativo de IRPJ e, quanto as retenções não consideradas pelo Relator, determinava diligência para verificar se o IRRF foi retido e a receita foi tributada, e a conselheira Karem Jureidini Dias, que não conhecia o pedido de redução do valor do saldo negativo de IRPJ; e quanto as retenções não consideradas pelo Relator, determinava diligência para verificar a retenção na fonte apenas em relação às empresas não relacionadas.
Matéria: IRPJ - restituição e compensação
Nome do relator: FERNANDO LUIZ GOMES DE MATTOS
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Recorrida Fazenda Nacional ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA JURÍDICA IRPJ Anocalendário: 2003 IRRF COMPROVANTE DE RETENÇÃO Não é aceita como prova de retenção de imposto de renda na fonte a simples juntada de notas fiscais. O reconhecimento de tal retenção se faz através do valor registrado a titulo de IR FONTE no documento fornecido pela fonte pagadora, denominado de "Comprovante de Retenção de Imposto de Renda na Fonte”. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, dar provimento parcial ao recurso voluntário, para reduzir em R$ 6.972,28 o valor do saldo negativo de IRPJ – ano calendário de 2003, conforme expresamente solicitado pela Recorrente, nos termos do relatório e voto que passam a integrar o presente julgado. Vencidas a conselheira Viviani Aparecida Bacchmi, que não conhecia o pedido de redução do valor do saldo negativo de IRPJ e, quanto as retenções não consideradas pelo Relator, determinava diligência para verificar se o IRRF foi retido e a receita foi tributada, e a conselheira Karem Jureidini Dias, que não conhecia o pedido de redução do valor do saldo negativo de IRPJ; e quanto as retenções não consideradas pelo Relator, determinava diligência para verificar a retenção na fonte apenas em relação às empresas não relacionadas. (assinado digitalmente) VIVIANE VIDAL WAGNER Presidente. (assinado digitalmente) FERNANDO LUIZ GOMES DE MATTOS Relator. Fl. 1177DF CARF MF Emitido em 24/08/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 04/04/2011 por FERNANDO LUIZ GOMES DE MATTOS Assinado digitalmente em 04/04/2011 por FERNANDO LUIZ GOMES DE MATTOS, 26/04/2011 por VIVIANE VIDAL WAGNER 2 EDITADO EM: 04/04/2011 Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Viviane Vidal Wagner, Fernando Luiz Gomes de Mattos, Antonio Bezerra Neto, Maurício Pereira Faro, Viviani Aparecida Bacchmi e Karem Jureidini Dias. Relatório Por bem descrever os fatos, adoto parcialmente o relatório que integra o Acórdão recorrido (fls. 980, verso): Versa o presente litígio sobre manifestação de inconformidade em face do despacho decisório de fls. 860 a 864. Nesta decisão não foi homologada a compensação pleiteada pelo contribuinte tendo em vista que na reconstituição da apuração anual do IRPJ do anocalendário 2003 foi encontrado um saldo a pagar de IRPJ no valor de R$ 594.169,20 sendo, portanto improcedente o pedido de reconhecimento de direito creditório no valor de R$ 416.708,85. Cientificada em 20/12/2007 (fl. 864) do despacho decisório de fls. 860 a 864, a empresa, inconformada, apresentou em 18/01/2008, a manifestação de inconformidade de fls. 876 a 881, na qual alega em síntese que: 1. o montante correto para constar no item IRRF fonte na tabela de fl. 863 seria o valor de R$ 9.976.073,31 e não R$ 8.965.195,27 como foi utilizado pelo Auditor Fiscal que analisou o pleito em debate; 2. o valor de R$ 9.849.8962,34, conforme tabela na fl. 908, se refere às retenções efetuadas pelos agentes financeiros em operações realizadas pela requerente; 3. o valor de R$ 82.426,64, conforme tabela de fl. 937, se refere aos serviços realizados pela requerente e que sofreram a retenção na fonte pelos tomadores; 4. o valor de R$ 43.684,33, conforme darf de fl. 944, é relativo à diferença apurada no mês de dezembro de 2003. Requer, por fim, o acolhimento, na íntegra, de suas razões de manifestação de Inconformidade, com o deferimento do seu pedido e, conseqüentemente, a homologação das compensações além do não lançamento do montante de R$ 594.169,20, considerando as razões expostas pela requerente no caso em tela. A 1ª Turma da DRJ Belém, por unanimidade, deferiu em parte a solicitação da contribuinte, por meio do Acórdão DRJ nº 0111.424, de 03/07/2008, assim ementado (v. fls 980): ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA JURÍDICA IRPJ Fl. 1178DF CARF MF Emitido em 24/08/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 04/04/2011 por FERNANDO LUIZ GOMES DE MATTOS Assinado digitalmente em 04/04/2011 por FERNANDO LUIZ GOMES DE MATTOS, 26/04/2011 por VIVIANE VIDAL WAGNER Processo nº 10283.002017/200719 Acórdão n.º 140100.461 S1C4T1 Fl. 1.148 3 Anocalendário: 2003 SALDO NEGATIVO DE IRPJ. IRRF. Devem ser considerados para o cálculo do saldo negativo do IRPJ os valores confirmados em DIRF referentes ao IRRF. Solicitação Deferida em Parte Cientificada do Acórdão em 31/07/2008 (fls. 982), a contribuinte interpôs em 29/08/2008 o recurso voluntário de fls. 10141024, com base nos seguintes argumentos: a) o Acórdão recorrido considerou como créditos compensáveis valores alienígenas à compensação pleiteada. Às fls. 1017, apresentou uma relação de 13 retenções na fonte, no valor de R$ 6.972,28, valor este considerado pelo Fisco porém não solicitado pela contribuinte. No entender da Recorrente, “os valores acima ordenados NÃO fazem parte da prentensão da Recorrente. Logo, em prejuízo ao acórdão guerreado, devem ser extirpados, sob pena da não verificação da regular compensação realizada pela Recorrente (fls. 1017, grifado no original); b) o Acórdão recorrido errou ao afirmar que apenas os valores retidos confirmados em DIRF são passíveis de compensação. Segundo a Recorrente, “a eventual não informação dos valores retidos em DIRF pode ser superada pela apresentação/juntada das respectivas notas fiscais“ (fls. 1019, grifado no original). Neste sentido, mencionou precedentes do extinto Primeiro Conselho de Contribuintes. Juntou aos autos todas as notas fiscais que, no seu entendimento, comprovam a retenção do imposto nos casos não considerados pelo Acórdão recorrido (fls. 10281145); c) o Acórdão recorrido também errou ao afirmar que o valor de R$ 43.684,33, fl. 944, foi considerado pela unidade de origem em sua decisão. Segundo a Recorrente, “com efeio, a partir de qualquer exercício matemátivo que se faça, verificamos que em nenhum momento a Administração considerou lo valor vertente”(fls. 1022, grifado no original). Neste termos, requereu o provimento do seu recurso voluntário. É o relatório. Voto Conselheiro Fernando Luiz Gomes de Mattos O recurso atende aos requisitos legais, razão pela qual deve ser conhecido. Passo a analisar individualmente cada uma das alegações da Recorrente. Fl. 1179DF CARF MF Emitido em 24/08/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 04/04/2011 por FERNANDO LUIZ GOMES DE MATTOS Assinado digitalmente em 04/04/2011 por FERNANDO LUIZ GOMES DE MATTOS, 26/04/2011 por VIVIANE VIDAL WAGNER 4 Solicitação de exclusão de valores não pleiteados pela contribuinte A Recorrente afirma que o Acórdão recorrido considerou como créditos compensáveis valores não pleiteados pela contribuinte. Estes valores, que alcançam o montante de R$ 6.972,28, encontramse discriminados em tabela específica, fls. 1017. Sobre o tema, afirma a Recorrente, às fls. 1017 (grifos do original): Insistase, os valores acima ordenados NÃO fazem parte da prentensão da Recorrente. Logo, em prejuízo ao acórdão guerreado, devem ser extirpados, sob pena da não verificação da regular compensação realizada pela Recorrente. Assiste razão à Recorrente. O Fisco deve se ater ao pedido formulado, não devendo incluir, de ofício, outros créditos no pedido de compensação apresentado pela contribuinte. Assim sendo, em estrito atendimento ao pedido da Recorrente, considero que deve ser excluído o valor de R$ 6.972,28 do montante do direito creditório reconhecido, relativo ao saldo negativo de IRPJ referente ao anocalendário de 2003. Admissibilidade das notas fiscais emitidas pelo interessado como elemento de prova suficiente para reconhecimento do IRRF A Recorrente considera que a ausência de informação dos valores retidos em DIRF pode ser superada pela apresentação/juntada das respectivas notas fiscais. Por esta razão, juntou aos autos todas as notas fiscais que, no seu entendimento, comprovam a retenção do imposto nos casos não considerados pelo Acórdão recorrido (fls. 10281145); Não assiste razão à Recorrente. Por óbvio, a escrituração contábil e os documentos produzidos pela própria pessoa contra ela fazem prova. No entanto, a recíproca não é verdadeira. Para o interessado constituir prova a seu favor, não basta carrear aos autos elementos por ele mesmo produzidos; deverá ratificálos por outros meios probatórios, cuja formação não tenha dependido exclusivamente da sua vontade. No caso específico do imposto de renda retido na fonte, esse entendimento está estampado expressamente na própria lei (art. 55, Lei n° 7.450/85), que exige para o reconhecimento do direito creditório a apresentação do comprovante da retenção emitido pela fonte pagadora. Vejamos a redação do dispositivo legal: Art 55 O imposto de renda retido na fonte sobre quaisquer rendimentos somente poderá ser compensado na declaração de pessoa física ou jurídica, se o contribuinte possuir comprovante de retenção emitido em seu nome pela fonte pagadora dos rendimentos. Dessarte, a apresentação de meras notas fiscais, que são documentos elaborados pelo próprio interessado, não é suficiente para comprovar o alegado direito. Esse tem sido também o entendimento de outras Câmaras desse Conselho, conforme acórdão que abaixo transcrevo: Fl. 1180DF CARF MF Emitido em 24/08/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 04/04/2011 por FERNANDO LUIZ GOMES DE MATTOS Assinado digitalmente em 04/04/2011 por FERNANDO LUIZ GOMES DE MATTOS, 26/04/2011 por VIVIANE VIDAL WAGNER Processo nº 10283.002017/200719 Acórdão n.º 140100.461 S1C4T1 Fl. 1.149 5 Nesse sentido tem sido a jurisprudência dominante no âmbito desse Conselho, conforme demonstram os seguintes julgados: Acórdão 10514858, de 01/12/2004, unânime. IRRF COMPROVANTE DE RETENÇÃO Não é admitida como prova de retenção de imposto de renda na fonte a juntada de notas fiscais. O reconhecimento de tal retenção se faz através do valor registrado a titulo de IR FONTE no documento fornecido pela fonte pagadora denominado de "Comprovante de Retenção de Imposto de Renda na Fonte”. Acórdão 10809.757, de 12 de novembro de 2008, unânime IMPOSTO DE RENDA NA FONTE O aproveitamento do imposto de renda retido na fonte sujeitase à comprovação de que as receitas sobre as quais incidiu o referido imposto integraram a base de cálculo para a determinação do lucro apurado e à apresentação dos correspondentes comprovantes de retenção emitidos pela fonte pagadora. Recurso voluntário negado. Acórdão 10323.022, de 23 de maio de 2006, por maioria IRRF COMPROVANTE DE RETENÇÃO Não é admitida como prova de retenção de imposto de renda na fonte a juntada de notas fiscais. O reconhecimento de tal retenção se faz através do valor registrado a titulo de IR FONTE no documento fornecido pela fonte pagadora denominado de "Comprovante de Retenção de Imposto de Renda na Fonte" DARF de fls. 944, no valor de R$ 43.684,33 Sobre este assunto, assim se manifestou o Acórdão recorrido, fls. 980981 (grifado): O contribuinte alega que o valor de R$ 43.684,33, conforme darf de fl. 944, é relativo à diferença apurada no mês de dezembro de 2003 e que não foi considerado no despacho decisório. Ocorre que este valor foi considerado pela unidade de origem na sua decisão (fl. 863) conforme documento de fl. 828 (SINAL 02). Contrapondose a esta afirmação, a Recorrente alega que o aludido valor de R$ 43.684,33 não foi considerado pela unidade de origem em sua decisão. Não assiste razão à Recorrente. Analisandose o Parecer DRFB/MNS/AM/SEORT de fls. 860863, constata se que foram considerados os valores de todos os DARFs recolhidos com o código de receita Fl. 1181DF CARF MF Emitido em 24/08/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 04/04/2011 por FERNANDO LUIZ GOMES DE MATTOS Assinado digitalmente em 04/04/2011 por FERNANDO LUIZ GOMES DE MATTOS, 26/04/2011 por VIVIANE VIDAL WAGNER 6 2362, constantes do sistema Sinal02, referentes ao anocalendário de 2003. A impressão da tela do aludido sistema encontrase às fls. 828, documento corretamente mencionado pelo Acórdão recorrido, conforme trecho acima transcrito. Analisandose o documento de fls. 828, constatase que os recolhimentos constantes do sistema Sinal02, referentes ao anocalendário 2003, devidamente considerados pelo Fisco, abrangem o recolhimento no valor originário de R$ 43.684,33, reivindicado pela Recorrente. Vale dizer que o somatório dos valores recolhidos a título de estimativa no anocalendário de 2003 (incluindo o DARF em litígio) importou em R$ 15.476.744,15, conforme consta da tabela apresentada pela unidade de origem às fls. 863. Este documento também foi corretamente mencionado pelo Acórdão recorrido. Diante do exposto, concluo que o Acórdão recorrido não merece quaisquer reparos. Dispositivo Diante de todo o exposto, voto no sentido de dar provimento parcial ao recurso voluntário, apenas para reduzir em R$ 6.972,28 o valor do saldo negativo de IRPJ – ano calendário de 2003, conforme expresamente solicitado pela Recorrente. Desta forma, resulta reconhecido o valor de o direito creditório relativo ao saldo negativo de IRPJ (anocalendário de 2003) no valor de R$ 296.830,18. Cópia desta decisão deve ser anexada ao processo de representação fiscal especificado no despacho decisório de fl. 864 para uma possível revisão de oficio do lançamento, caso já tenha sido efetuado. (assinado digitalmente) Fernando Luiz Gomes de Mattos Relator Fl. 1182DF CARF MF Emitido em 24/08/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 04/04/2011 por FERNANDO LUIZ GOMES DE MATTOS Assinado digitalmente em 04/04/2011 por FERNANDO LUIZ GOMES DE MATTOS, 26/04/2011 por VIVIANE VIDAL WAGNER
score : 1.0
Numero do processo: 11610.006870/2003-81
Turma: Primeira Turma Ordinária da Quarta Câmara da Primeira Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Tue Jul 09 00:00:00 UTC 2013
Ementa: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA JURÍDICA IRPJ
Ano-calendário: 2000, 2001, 2002
DECLARAÇÃO DE COMPENSAÇÃO DCOMP/ PER/DCOMP COMPENSAÇÃO
DE SALDO NEGATIVO DE IRPJ
Não se homologa DCOMP e PER/DCOMP que declaram como crédito
saldos negativos de IRPJ que já haviam sido utilizados em sua totalidade em compensações sem processo, declaradas em DCTF.
DECADÊNCIA DO PROCESSO ADMINISTRATIVO NÃO OCORRÊNCIA
Não há decadência do processo administrativo fiscal que segue os trâmites previstos no Decreto nº 70.235/72, sendo encerrado somente após decisão final da Autoridade Fiscal.
Numero da decisão: 1401-000.999
Decisão: Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, negar
provimento ao recurso voluntário, nos termos do voto do Relator.
Matéria: IRPJ - restituição e compensação
Nome do relator: Maurício Pereira Faro
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DECADÊNCIA DO PROCESSO ADMINISTRATIVO NÃO OCORRÊNCIA Não há decadência do processo administrativo fiscal que segue os trâmites previstos no Decreto nº 70.235/72, sendo encerrado somente após decisão final da Autoridade Fiscal. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, negar provimento ao recurso voluntário, nos termos do voto do Relator. (assinado digitalmente) Jorge Celso Freire da Silva – Presidente. (assinado digitalmente) Maurício Pereira Faro Relator. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Jorge Celso Freire da Silva, Antonio Bezerra Neto, Fernando Luiz Gomes de Mattos, Alexandre Antonio Alkmin Teixeira, Mauricio Pereira Faro e Sérgio Luiz Bezerra Presta. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 11 61 0. 00 68 70 /2 00 3- 81 Fl. 392DF CARF MF Documento de 9 página(s) assinado digitalmente. Pode ser consultado no endereço https://cav.receita.fazenda.gov.br/eCAC/publico/login.aspx pelo código de localização EP09.0218.10372.G2QL. Consulte a página de autenticação no final deste documento. Processo nº 11610.006870/200381 Acórdão n.º 1401000.999 S1C4T1 Fl. 3 2 Relatório Tratase de recurso voluntário interposto pelo Contribuinte, por bem resumir a questao, adoto o relatorio da decisao a quo: CNEC ENGENHARIA S/A manifesta inconformidade com Despacho Decisório, proferido pela Divisão de Orientação e Análise Tributária/EQPIR, da Delegacia de Administração Tributária em São Paulo – DERAT (fls. 272 a 291) que reconheceu parcialmente o direito creditório da contribuinte e homologou também parcialmente as DCOMP apresentadas, todas relativas ao saldo credor de IRPJ dos anoscalendário de 2000, 2001 e 2002. Ao analisar o crédito, o auditor fiscal verificou que a empresa embora tenha apresentado DCOMP em 13/05/2003 (fls. 01), declarando compensação de um débito próprio com crédito de seu saldo negativo de IRPJ apurado na DIPJ de 2003, anobase 2002, o valor declarado como o do saldo negativo (R$ 199.908,72), diverge do encontrado à linha 18 da ficha 12 A da DIPJ/2003 (fls. 230), onde consta o valor de R$ 532.787,13. Outras DCOMP transmitidas apresentaram valor idêntico ao encontrado na DIPJ/2003. Considerando essas informações o auditor fiscal analisou o valor do saldo negativo alegado como sendo de R$ 532.787,13, relativo ao anocalendário de 2003. Esse saldo negativo foi formado por compensações sem processo de estimativas com saldos negativos de períodos anteriores e, por esse motivo, o auditor fiscal analisou os alegados saldos negativos de IRPJ apurados nos anoscalendário de 1999 a 2002, uma vez que tais compensações eram permitidas à época. AnoCalendário de 1999 Relativamente ao anocalendário de 1999, a própria empresa havia declarado na DIPJ/2000, não haver qualquer saldo negativo, conforme os valores constantes à ficha 13 A, linha 18 (fls. 18). Ano Calendário de 2000 Nesse anocalendário, a empresa alega possuir saldo negativo passível de compensação no valor R$ 756.885,31 (fls. 28) formado por IRRF retido, inclusive por órgãos públicos e de pagamentos de antecipações de IRPJ, por estimativa. Do IRF retido, a empresa utilizou R$ 335.193,43 para abater o valor das estimativas mensais recolhidas e outros R$ 94.009,45 foram declarados à linha 13 da ficha 12 A (fls.28), totalizando R$ 429.202,88. Confrontando esse valor com o constante na pesquisa SIEF/DIRF (R$ 421.317,93), o auditor fiscal efetuou um pequeno ajuste no valor declarado à linha 13, pois a Fl. 393DF CARF MF Documento de 9 página(s) assinado digitalmente. Pode ser consultado no endereço https://cav.receita.fazenda.gov.br/eCAC/publico/login.aspx pelo código de localização EP09.0218.10372.G2QL. Consulte a página de autenticação no final deste documento. Processo nº 11610.006870/200381 Acórdão n.º 1401000.999 S1C4T1 Fl. 4 3 contribuinte utilizou valor de IRRF superior ao constante na DIRF onde ele aparece como beneficiária. Quanto ao IRF retido por órgãos públicos, embora a contribuinte tenha declarado o valor de R$ 93.368,70, deduzido nas estimativas mensais e R$ 43.122,07 declarados à linha 14 da ficha 12 A (fls. 28), totalizando R$ 136.490,77, somente foi confirmado no sistema SIEF/DIRF, o valor de R$ 86.558,35, e o auditor fiscal corrigiu o valor reconhecido. O auditor fiscal apurou, entretanto que a contribuinte ofereceu rendimentos em montante compatível à retenção de IRRF, conforme tabela de fls. 275. Quanto às estimativas de IRPJ, essas foram vinculadas em DCTF a um pagamento e á compensações (fls. 57 e 58), sendo que o pagamento foi confirmado no sistema Sinal 08. Quanto às compensações, em três delas o crédito alegado tem origem em saldos negativos de IRPJ, mas em duas delas (janeiro e março) estão indicados dois processos administrativos de restituição enquanto que na outra o compensação teria se dado sem processo, com saldo negativo de período anterior ou seja do AC 1999 (fls. 60 a 62). As compensações dos processos administrativos foram consideradas confirmadas, mas não a compensação sem processo, pois não havia saldo negativo de IRPJ, relativo ao anocalendário de 1999. Desse modo, para o anocalendário de 2000, o saldo negativo de IRPJ, passível de ser utilizado, foi apurado pelo auditor fiscal como sendo de R$ 661.296,51. Entretanto, o auditor fiscal apurou que a contribuinte efetuou em DCTF, setenta compensações utilizando esse saldo negativo de 2000 (fls.69 a 138) e com ajuda do sistema de cálculo NeoSapo foi possível verificar que esse saldo negativo quita apenas parte dos débitos ( fls.139 a 152), sendo consideradas convalidadas apenas compensações que possuem indicação de saldo zero (fls. 140 a 142), estando convalidadas entre elas as compensações de fevereiro e março de 2001, e apenas parcialmente convalidado o débito da 1ª semana de agosto de 2001, não restando mais qualquer saldo negativo relativo ao anocalendário de 2000 passível de ser utilizado (fls. 139). AnoCalendário de 2001 Nesse anocalendário, a empresa alega possuir saldo negativo passível de compensação no valor R$ 1.064.800,05 (fls. 161) formado por IRRF retido, inclusive por órgãos públicos e de pagamentos de antecipações de IRPJ, por estimativa. Do IRF retido, a empresa utilizou R$ 660.302,60 para abater o valor das estimativas mensais recolhidas e outros R$ 147.793,31 foram declarados à linha 13 da ficha 12 A da DIPJ/2002 (fls.161), totalizando R$ 808.095,91. Confrontando esse valor Fl. 394DF CARF MF Documento de 9 página(s) assinado digitalmente. Pode ser consultado no endereço https://cav.receita.fazenda.gov.br/eCAC/publico/login.aspx pelo código de localização EP09.0218.10372.G2QL. Consulte a página de autenticação no final deste documento. Processo nº 11610.006870/200381 Acórdão n.º 1401000.999 S1C4T1 Fl. 5 4 com o constante na pesquisa SIEF/DIRF (R$ 787.385,05), o auditor fiscal efetuou um pequeno ajuste no valor declarado à linha 13 pois a contribuinte utilizou valor de IRRF superior ao constante na DIRF onde ele aparece como beneficiária. Quanto ao IRF retido por órgãos públicos, embora a contribuinte declarou o valor de R$ 188.190,57 deduzido nas estimativas mensais e R$ 14.378,92 declarados à linha 14 da ficha 12 A (fls. 161), totalizando R$ 202.569,49, foi confirmado no sistema SIEF/DIRF, o valor de R$ 203.157,42. O auditor fiscal apurou, entretanto, que a contribuinte ofereceu rendimentos em montante compatível à retenção de IRRF, conforme tabela de fls. 285. De acordo com o declarado à ficha 11 da DIPJ /2002 ( fls. 157 a 160), somente há estimativa a pagar em 2001 nos meses de fevereiro e março. Corretamente transcritos a DCTF, esses débitos foram vinculados à compensações sem processo utilizando o saldo negativo do anocalendário anterior, 2000 (fls. 166 e 197), compensações essas que foram convalidadas conforme já visto. Desse modo, o auditor fiscal reconheceu o valor de R$ 1.024.089,20 como saldo negativo passível de ser utilizado. Entretanto, o auditor fiscal apurou que a contribuinte efetuou em DCTF, dezessete compensações utilizando esse saldo negativo de 2001 (fls.200 a 216) e com ajuda do sistema de cálculo NeoSapo foi possível verificar que esse saldo negativo é suficiente para dezesseis dessas compensações (fls.217 a 221), sendo a décima sétima, de vencimento mais tardio, convalidada apenas parcialmente (débito relativo a 1ª semana de setembro de 2002), estando convalidadas as compensações de janeiro a abril e junho de 2002, não restando mais qualquer saldo negativo relativo ao anocalendário de 2000 passível de ser utilizado (fls. 218). AnoCalendário de 2002 Nesse anocalendário, a empresa alega possuir saldo negativo passível de compensação no valor R$ 532.787,13 (fls. 230) formado por IRRF retido , inclusive por órgãos públicos e de pagamentos de antecipações de IRPJ, por estimativa. Do IRF retido, a empresa utilizou R$ 961.810,57, para abater o valor das estimativas mensais recolhidas e outros R$ 174.207,18 foram declarados à linha 13 da ficha 12 A da DIPJ/2002 (fls.230), totalizando R$ 1.136.017,75. Confrontando esse valor com o constante na pesquisa SIEF/DIRF (R$ 1.127.520,53), o auditor fiscal efetuou um pequeno ajuste no valor declarado à linha 13 pois a contribuinte utilizou valor de IRRF superior ao constante na DIRF onde ele aparece como beneficiária. Quanto ao IRF retido por órgãos públicos, embora a contribuinte declarou valor de R$ 223.967,63 deduzido nas Fl. 395DF CARF MF Documento de 9 página(s) assinado digitalmente. Pode ser consultado no endereço https://cav.receita.fazenda.gov.br/eCAC/publico/login.aspx pelo código de localização EP09.0218.10372.G2QL. Consulte a página de autenticação no final deste documento. Processo nº 11610.006870/200381 Acórdão n.º 1401000.999 S1C4T1 Fl. 6 5 estimativas mensais e R$ 22.714,67, declarados à linha 14 da ficha 12 A (fls. 230), totalizando R$ 246.682,30, foi confirmado no sistema SIEF/DIRF, o valor de R$ 207.357,29 e o auditor efetuou ajuste da diferença na linha 14 da ficha 12A. O auditor fiscal apurou, entretanto, que a contribuinte ofereceu rendimentos em montante compatível à retenção de IRRF, conforme tabela de fls. 289. Quanto às estimativas de IRPJ, essas foram vinculadas em DCTF a um pagamento e as compensações (fls. 263 e 264), sendo que o pagamento foi confirmado no sistema Sinal 08 e os outros débitos foram vinculados à compensações sem processo utilizando como crédito o saldo negativo de IRPJ do ano calendário anterior, 2001 que, como já visto, foram convalidadas as compensações dos meses de janeiro a abril e junho de 2002. Assim, o auditor fiscal reconheceu o valor de R$ 484.964,90 como saldo negativo passível de ser utilizado, que não foi utilizado posteriormente para efetuar compensações sem processo, restando, portanto, passível de ser utilizado. Desse modo, o auditor fiscal não reconheceu qualquer crédito passível de ser compensado em DCOMP relativo aos anos calendário de 2000 e 2001, não homologando nenhuma compensação vinculada aos saldos negativos desses anos calendário, homologando apenas as DCOMP vinculadas ao saldo negativo de 2002, até o limite do valor reconhecido, corrigido pela taxa Selic. Cientificada do Despacho Decisório em 17/11/2008, conforme extrato dos Correios – Histórico do Objeto de fls. 304, a contribuinte apresentou, em 17/12/2008, Manifestação de Inconformidade de fls.306 a 329, apresentando suas razoes, em síntese, a seguir. Alega que assiste razão a manifestante em apresentar defesa contra o Despacho Decisório, protestando contra o que consta à fls. 22 desse ato, onde não caberia manifestação de inconformidade contra a convalidação /não convalidação das compensações feitas sem processo, citando os atos legais que regem a compensação. Alega que a decisão administrativa não tem como prosperar, pois o processo administrativo em questão que data de 13/05/2003, além de ter sido atingido pela decadência, não tem como objeto o reconhecimento ou não de créditos líquidos e certos da manifestante e sim a compensação desses créditos, que são imutáveis no seu entender, com débitos líquidos e certos. Alega achar incrível que a autoridade administrativa se imiscua em créditos da manifestante, que entende ser líquidos e certos, datados de 1999, 2000, 2001 e 2002, créditos que pensa estarem protegidos pela decadência, para recalcular esses créditos e apenas em 18/11/2009 (sic) intimar a contribuinte a respeito do Fl. 396DF CARF MF Documento de 9 página(s) assinado digitalmente. Pode ser consultado no endereço https://cav.receita.fazenda.gov.br/eCAC/publico/login.aspx pelo código de localização EP09.0218.10372.G2QL. Consulte a página de autenticação no final deste documento. Processo nº 11610.006870/200381 Acórdão n.º 1401000.999 S1C4T1 Fl. 7 6 não reconhecimento de créditos dos anoscalendário de 2000 e 2001 e da não homologação das PER/DCOMP de nºs 12.745.72900.101204.1.3.029047 e 08088.11696.121104.1.3.022604. Alega que de forma contraditória a autoridade reconhece o crédito da manifestante, relativo ao anocalendário de 2002, em montante inferior ao que entende ser seu direito, homologa as compensações declaradas e as cinco PER/DCOMP, mas encaminha estas mesmo cinco PER/DCOMP e as PER/DCOMP anteriores para “...registro dos débitos incluídos(?!)” sic. Preliminarmente alega decadência do processo administrativo nos termos do art. 173 do Código Tributário Nacional, em conjunto com o §4º do art. 150 do mesmo diploma legal. Alega que o processo foi protocolado em 13/05/2003 e a autoridade teria o prazo de cinco anos para analisálo e notificar a decisão a manifestante em obediência ao art. 145 do CTN, tendo que notificar a contribuinte até 13/05/2008, para “... prevenir que a DECADÊNCIA atingisse os presentes autos, resultando em sua HOMOLOGAÇÃO TÁCITA!!!” (sublinhado e grifado no original). Alega que consultas da autoridade fiscal aos sistemas da compensação não impedem a decadência e proclama em termos veementes que o presente processo administrativo, em todos os seus atos e termos foi homologado tacitamente pois sobre ele incidiu a decadência , citando novamente os artigos 173 e §4 do 150, do CTN, Alega que entende que a proclamada decadência atingiria não apenas o processo administrativo, tornando definitivo o crédito apurado pela Manifestante e a sua própria pretensão compensatória, como também incidiria sobre as Declarações de Compensação, uma vez que, de acordo com o §5º do art. 74, o prazo de cinco anos para homologação já teria transcorrido. Alega que as DCOMP protocolizadas antes de 30 de dezembro de 2003 já teriam sido “... atingidas pela DECADENCIA, restando tão somente àquelas transmitidas em 2004”, que, por terem como crédito de 2000, 2001 e 2002, também teriam sido fulminadas pela decadência. No mérito, alega que “... antes mesmo da DECADÊNCIA ter fulminado o crédito recalculado no bojo deste processo administrativo, antes mesmo da denominada HOMOLOGAÇÃO TÁCITA, houve literalmente em relação aos anoscalendários (sic) de 2000,2001 e 2002, HOMOLOGAÇÃO EXPRESSA da autoridade administrativa quanto aos resultados fiscais determinados pela Manifestante.” (grifado e escrito incorretamente no original)”. Alega que essa “homologação expressa” teria se dado, pois a Receita não havia se manifestado a respeito das DCTF e DIPJ no prazo de cinco anos contados a partir da entrega de cada Fl. 397DF CARF MF Documento de 9 página(s) assinado digitalmente. Pode ser consultado no endereço https://cav.receita.fazenda.gov.br/eCAC/publico/login.aspx pelo código de localização EP09.0218.10372.G2QL. Consulte a página de autenticação no final deste documento. Processo nº 11610.006870/200381 Acórdão n.º 1401000.999 S1C4T1 Fl. 8 7 DIPJ e DCTF, argumentando em letras maiúsculas em negrito e pontos de exclamações que as DIPJ relativas aos exercícios de 2001, 2002 e 2003 já teriam sido expressamente homologadas pela Receita Federal do Brasil, informando ainda que o mérito ora abordado, que também implicaria na extinção do suposto crédito tributário não se refere a homologação tácita do crédito ou das DIPJ, em virtude da decadência, mas sim ao que denomina homologação expressa dos créditos pela RFB. Alega que essa “homologação expressa” pode ser comprovada na decisão impugnada onde consta que as DIPJ foram liberadas das malhas nos respectivos processamentos, entendendo que essa liberação e o reconhecimento oficial que os valores apurados nas DIPJ estavam corretos. Alega que, em consequência, a RFB não poderia mais negar a manifestante o direito “... a tais créditos e sequer recalculálos.” (em negrito sublinhado e escrito incorretamente no original). Novamente alega que a RFB somente poderia revisar os lançamentos dentro do prazo legal de cinco anos, tendo ocorrido no seu entender, como letras maiúsculas e em negrito, a extinção do direito da Fazenda Publica, apresentando alguns parágrafos no mesmo teor. Em seguida apresenta longa peroração a respeito da responsabilidade das fontes pagadoras em reter e recolher o IRRF e quaisquer incorreções devem se imputadas à responsabilidade dessas fontes pagadoras, citando ainda acórdão do Conselho de Contribuintes, textos legais e normativos, para tentar embasar sua tese que a autoridade fiscal não poderia atribuir “...a responsabilidade pelo recolhimento deste Imposto de Renda Retido na Fonte a Manifestante, nem reduzir o crédito apurado pela Manifestante, que decorre do reconhecimento dessas retenções como imposto pago por antecipação. “, não havendo, em seu raciocínio como o Despacho Decisório se sustentar. Alega que ainda que se ultrapassassem todas suas alegações ainda assim teria direito a demonstrar documentalmente, com a participação da autoridade administrativa, a veracidade de suas DIPJ de 2001, 2002 e 2003. Por fim, requer que seja reconhecida em sede de preliminar que a houve homologação tácita relativa a existência do crédito a favor da contribuinte, uma vez que já se passaram mais de cinco anos da apresentação do presente processo e que seja reconhecida a decadência das DCOMP apresentadas antes a 30/ 12/ 2003. (xviii) Requer ainda que em virtude do que denomina homologação expressa das DIPJ de 2001, 2003 e 2003, seja reconhecido o direito ao crédito pleiteado no presente processo administrativo e que seja reconhecido não poder haver revisão de lançamento por já haver decaído o direito para tanto e que a Fl. 398DF CARF MF Documento de 9 página(s) assinado digitalmente. Pode ser consultado no endereço https://cav.receita.fazenda.gov.br/eCAC/publico/login.aspx pelo código de localização EP09.0218.10372.G2QL. Consulte a página de autenticação no final deste documento. Processo nº 11610.006870/200381 Acórdão n.º 1401000.999 S1C4T1 Fl. 9 8 responsabilidade por diferenças de valores de IRRF declarados pela empresa e recolhidos pela fonte retentora seja dessa ultima. Em 03/02/2009, a contribuinte apresentou reclamação (fls. 336 a 337) contra a cartacobrança recebida, reclamando a suspensão de exigibilidade dos débitos elencados nessa carta, por estarem em discussão no presente processo. Em face de tais argumentos, entendeu a o órgão julgador a quo por unanimidade de de votos, indeferir a solicitação, nos seguintes termos: Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Jurídica IRPJ Anocalendário: 2000, 2001, 2002 DECLARAÇÃO DE COMPENSAÇÃO DCOMP/PER/DCOMP COMPENSAÇÃO DE SALDO NEGATIVO DE IRPJ Não se homologa DCOMP e PER/DCOMP que declaram como crédito saldos negativos de IRPJ que já haviam sido utilizados em sua totalidade em compensações sem processo, declaradas em DCTF. DECADÊNCIA DO PROCESSO ADMINISTRATIVO NÃO OCORRÊNCIA Não há decadência do processo administrativo fiscal que segue os trâmites previstos no Decreto nº 70.235/72, sendo encerrado somente após decisão final da Autoridade Fiscal. Solicitação indeferida. Em face do referido acórdão de Primeira Instância, a CNEC ENGENHARIA S/A interpôs Recurso Voluntário. É o relatório. Voto Conselheiro Maurício Pereira Faro Tratase de processo administrativo originado pela apresentação, no dia 13 de maio de 2003, de Declaração de Compensação na qual a Recorrente pretende compensar débitos de Imposto de Renda com créditos próprios desse mesmo Imposto decorrentes de saldo negativo do Imposto de Renda relativo aos anoscalendários de 1999, 2000, 2001 e 2002. Com relaçao a decadência do direito da Receita Federal examinar o crédito relativo ao anocalendário 1999, 2000, 2001 e 2002, sustenta a recorrente que que os valores declarados nas DIPJ deveriam ser aceitos sem discussão porque já haviam sido homologados. Todavia, embora o Fisco Federal não possa mais exigir eventuais diferenças ou débitos, relativos a esses anoscalendário, por haver decorrido o prazo legal para tanto, a Autoridade Fiscal pode verificar a origem, o valor e certeza do crédito pleiteado pela contribuinte e, verificada a inexistência de créditos compensáveis ou ainda a constatação de débitos onde deveria haver crédito, ainda que não possa fazer qualquer correção, nem enviar o Fl. 399DF CARF MF Documento de 9 página(s) assinado digitalmente. Pode ser consultado no endereço https://cav.receita.fazenda.gov.br/eCAC/publico/login.aspx pelo código de localização EP09.0218.10372.G2QL. Consulte a página de autenticação no final deste documento. Processo nº 11610.006870/200381 Acórdão n.º 1401000.999 S1C4T1 Fl. 10 9 processo para a Delegacia de Fiscalização para lançamento desses valores devidos, o Fisco Federal tem o poder e o direito de negar a restituição e de não homologar as compensações. O que a contribuinte, eventualmente declarou incorretamente e, por conseqüência, recolheu IRPJ a menor, na DIPJ apresentada há mais de cinco anos da data da análise do crédito, não poderia mais ser exigido mas, o crédito pleiteado decorrente de apuração incorreta, deve ser negado pois não há "criação de créditos" por decurso do prazo homologatório. No que tange ao IRRF, nenhum comprovante de rendimento foi apresentado que comprovasse a retenção de IRRF, nos valores que a contribuinte alega.Os únicos documentos e pesquisas sobre esses valores foram providos pelos próprios sistemas da RFB. não lhe assiste razão em investir contra as empresas retentoras de IRRF pois é sua obrigação manter a documentação dessas retenções para fazer prova do que alega enquanto não finalizarem os processos administrativos relativos. Desse modo, é de se manter as glosas efetuadas pelo Auditor Fiscal se a reclamante não logra apresentar qualquer comprovação dos valores que declarou. Outro ponto relevante do presente caso, é que a contribuinte abstevese de aboradar as de compensações sem processo que promoveu com os saldos credores de IRPJ dos anoscalendário 2000 e 2001 que utilizaram a totalidade dos saldos aqui discutidos. Com relação as DCOMP e PER/DCOMP apresentadas e que não foram homologadas, conforme bem reconhecido pela DRJ, as mesmas foram homologadas até o limite do crédito reconhecido. Ante todo o exposto, afasto a decadência e nego provimento ao recurso voluntário. Maurício Pereira Faro Relator Fl. 400DF CARF MF Documento de 9 página(s) assinado digitalmente. Pode ser consultado no endereço https://cav.receita.fazenda.gov.br/eCAC/publico/login.aspx pelo código de localização EP09.0218.10372.G2QL. Consulte a página de autenticação no final deste documento. PÁGINA DE AUTENTICAÇÃO O Ministério da Fazenda garante a integridade e a autenticidade deste documento nos termos do Art. 10, § 1º, da Medida Provisória nº 2.200-2, de 24 de agosto de 2001 e da Lei nº 12.682, de 09 de julho de 2012. Documento produzido eletronicamente com garantia da origem e de seu(s) signatário(s), considerado original para todos efeitos legais. Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001. Histórico de ações sobre o documento: Documento juntado por MAURICIO PEREIRA FARO em 05/12/2013 14:13:00. Documento autenticado digitalmente por MAURICIO PEREIRA FARO em 05/12/2013. Documento assinado digitalmente por: JORGE CELSO FREIRE DA SILVA em 11/12/2013 e MAURICIO PEREIRA FARO em 05/12/2013. Esta cópia / impressão foi realizada por MARIA MADALENA SILVA em 09/02/2018. Instrução para localizar e conferir eletronicamente este documento na Internet: EP09.0218.10372.G2QL Código hash do documento, recebido pelo sistema e-Processo, obtido através do algoritmo sha1: 3331875AA04A5058E40F5A50FA1C0DB3BE45FC25 Ministério da Fazenda 1) Acesse o endereço: https://cav.receita.fazenda.gov.br/eCAC/publico/login.aspx 2) Entre no menu "Outros". 3) Selecione a opção "eAssinaRFB - Validação e Assinatura de Documentos Digitais". 4) Digite o código abaixo: 5) O sistema apresentará a cópia do documento eletrônico armazenado nos servidores da Receita Federal do Brasil. página 1 de 1 Página inserida pelo Sistema e-Processo apenas para controle de validação e autenticação do documento do processo nº 11610.006870/2003-81. Por ser página de controle, possui uma numeração independente da numeração constante no processo.
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Numero do processo: 13839.001136/2003-87
Turma: Terceira Turma Especial da Primeira Seção
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Thu May 26 00:00:00 UTC 2011
Ementa: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA JURÍDICA IRPJ
Ano calendário: 2002
SALDO NEGATIVO DE IRPJ. COMPENSAÇÃO.
Inexistente o saldo negativo de IRPJ pleiteado como direito creditório, não se homologa a compensação pleiteada.
ASSUNTO: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL
Ano calendário: 2002
SALDO NEGATIVO DE IRPJ. HOMOLOGAÇÃO TÁCITA.
O saldo negativo de IRPJ não é passível de homologação tácita mas sim a base de cálculo apresentada na DIPJ, ficando assegurada a análise da liquidez e certeza do direito creditório apresentado inclusive envolvendo períodos anteriores.
Numero da decisão: 1803-000.889
Decisão: Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar
provimento ao recurso, nos termos do relatório e votos que integram o presente julgado.
Matéria: IRPJ - restituição e compensação
Nome do relator: Walter Adolfo Maresch
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COMPENSAÇÃO. Inexistente o saldo negativo de IRPJ pleiteado como direito creditório, não se homologa a compensação pleiteada. ASSUNTO: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL Anocalendário: 2002 SALDO NEGATIVO DE IRPJ. HOMOLOGAÇÃO TÁCITA. O saldo negativo de IRPJ não é passível de homologação tácita mas sim a base de cálculo apresentada na DIPJ, ficando assegurada a análise da liquidez e certeza do direito creditório apresentado inclusive envolvendo períodos anteriores. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso, nos termos do relatório e votos que integram o presente julgado. (assinado digitalmente) Selene Ferreira De Moraes Presidente. (assinado digitalmente) Walter Adolfo Maresch Relator. Fl. 310DF CARF MF Emitido em 07/06/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 03/06/2011 por WALTER ADOLFO MARESCH Assinado digitalmente em 07/06/2011 por SELENE FERREIRA DE MORAES, 03/06/2011 por WALTER ADOLFO MARE SCH Processo nº 13839.001136/200387 Acórdão n.º 180300.889 S1TE03 Fl. 277 2 Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Selene Ferreira de Moraes (Presidente), Sérgio Rodrigues Mendes, Walter Adolfo Maresch, Sérgio Luiz Bezerra Presta, Meigan Sack Rodrigues e Victor Humberto da Silva Maizman. Relatório EXPRESSO JUNDIAI SÃO PAULO LTDA, pessoa jurídica já qualificada nestes autos, inconformada com a decisão proferida pela DRJ CAMPINAS (SP), interpõe recurso voluntário a este Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, objetivando a reforma da decisão. Adoto o relatório da DRJ por bem retratar os fatos. Tratase de Declaração de Compensação protocolizada em 13/05/2003 pela contribuinte em epígrafe, formulário à fl. 01, apontando total de crédito utilizado de R$ 5.030,39, e débitos compensados de estimativa de IRPJ apuradas em janeiro e fevereiro/2003, nos valores respectivos de R$ 2.303,15 e R$ 2.727,24. No Demonstrativo do Crédito à fl. 02 é indicado como origem do indébito o saldo negativo de IRPJ apurado no anocalendário de 2002 no valor de R$ 4.839,04. Pela Intimação SEORT/DRF/JUN n° 71, de 01/06/2007, fl. 29, foi solicitado à contribuinte que identificasse o período em que apurados os saldos negativos de IRPJ utilizados na compensação de estimativas mensais indicada nas DCTF, relativas aos anos calendários de 1997 e 1998, o que foi providenciado em 03/08/2007 pelo documento formalizado às fls. 42/45, sendo juntados às fls. 47/52 os demonstrativos da apuração dos saldos negativos de 1995 a 1997 e às fls. 60/64 do ano de 1998. Em 09/08/2007 foi proferido o Despacho Decisório da DRF JUN/SEORT de fls. 135/139, NÃO HOMOLOGANDO as compensações declaradas tendo em conta que a autoridade administrativa, após análise dos documentos constantes dos autos, recompôs as apurações de saldos negativos de IRPJ dos anoscalendário de 1997 a 2000, constatando a insuficiência do indébito apurado em 31/12/2001 para compensar as estimativas de IRPJ do ano 2002, concluindo, ao final: (...) com relação ao AC 2002 não há saldo credor de IRPJ e sim saldo devedor no valor de R$ 15.566,96 (R$ 4.839,04 informados na DIPJ/2003 menos R$ 20.406,00 estimativas não liquidadas). Tendo tomado ciência do despacho decisório em 15/08/2007 (Aviso de Recebimento AR à fl. 142) a contribuinte, por intermédio de seu sócio administrador (cópia de alteração do contrato social registrado na JUCESP em 05/10/2004 às fls. 33/40), interpôs em 14/09/2007 a manifestação de Fl. 311DF CARF MF Emitido em 07/06/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 03/06/2011 por WALTER ADOLFO MARESCH Assinado digitalmente em 07/06/2011 por SELENE FERREIRA DE MORAES, 03/06/2011 por WALTER ADOLFO MARE SCH Processo nº 13839.001136/200387 Acórdão n.º 180300.889 S1TE03 Fl. 278 3 inconformidade de fls. 143/146, alegando as razões de fato e de direito adiante sintetizadas. Afirma que as explicações concernentes à compensação de estimativas de 1998 com o pagamento indevido realizado em 30/01/1998, no valor de R$ 43.972,62, prestadas em atendimento à intimação da DRF Jundiaí/SP, não foram aceitas no despacho decisório, apenas em razão de não ter sido retificada a DCTF de 12/1997. A respeito das compensações das estimativas apuradas no ano calendário de 1998, questionadas no despacho decisório, vem esclarecer os seguintes pontos: 1. na DCTF do ano de 1998 não foi especificado o ano a que se referia o indébito utilizado na compensação das estimativas declaradas em virtude do software disponibilizado à época não possuir campo para tal identificação; 2. embora não tenha sido retificada a DCTF referente ao mês de dezembro/1997, para excluir a apuração da estimativa no valor de R$ 43.972,62, na DIPJ/1998 retificadora em 18/12/1998, regularmente aceita pela Receita Federal e apreciada pela autoridade administrativa, foi alterado o saldo a pagar de IRPJ de 'zero', para saldo compensável em períodos posteriores no valor de R$ 142.112,98; 3. os créditos utilizados nas compensações das estimativas mensais apuradas no ano de 1998 decorrem do referido saldo negativo do ano de 1997, acrescido do recolhimento indevido de 30/01/1998. Destaca a manifestante que o fato de não ter retificado a DCTF de 1997 não torna devido o recolhimento efetuado em 30/01/1998, visto que deve prevalecer a DIPJ/1998 retificadora, na qual não consta qualquer valor de 1RPJ devido em 31/12/1997, nem mesmo havendo nos demonstrativos da apuração das estimativas mensais de IRPJ no ano de 1997 qualquer valor devido no mês de dezembro/1997. Contesta também o entendimento da autoridade administrativa de que já teria decorrido o prazo de decadência para a empresa pleitear a restituição do valor pago em 30/01/1998, nos termos do art. 168 do CTN, como se a compensação tivesse sido realizada no ano de 2007 e não na apuração das estimativas em 1998, em observância aos termos admitidos pela legislação vigente à época. Requer a manifestante a reforma da decisão, e a conseqüente homologação das compensações, uma vez que em decorrência da não aceitação da compensação realizada com o indébito de janeiro/1998, todos os subseqüentes saldos negativos de IRPJ de 1999 a 2002 ficaram prejudicados, resultando no incorreto saldo devedor na D1PJ/2003 apurado pela autoridade administrativa. Fl. 312DF CARF MF Emitido em 07/06/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 03/06/2011 por WALTER ADOLFO MARESCH Assinado digitalmente em 07/06/2011 por SELENE FERREIRA DE MORAES, 03/06/2011 por WALTER ADOLFO MARE SCH Processo nº 13839.001136/200387 Acórdão n.º 180300.889 S1TE03 Fl. 279 4 Acrescenta ainda que os saldos credores apurados pela empresa e declarados à Receita Federal do Brasil em suas DIPJs, referentes aos anos calendários anteriores a 2002 não podem ser revistos e alterados 'ex officio' pelo Fisco, em razão de estarem prescritos, nos termos do artigo 173 do Código Tributário Nacional. Entende a manifestante que a revisão feita pelo Fisco na apuração do 1RPJ desde 1995 até 2001 corresponde à constituição de crédito tributário já prescrito, indevidamente transferido para períodos posteriores, sendo, assim, incorreta a conclusão de não ter a empresa apurado crédito no ano de 2002, em valor suficiente para compensar os débitos em pendência nos autos. A DRJ CAMPINAS/SP, através do acórdão 0523.976, de 28 de outubro de 2008 (fls. 248/256.v), julgou improcedente a manifestação de inconformidade, ementando assim a decisão: ASSUNTO: NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO Anocalendário: 2002 DIREITO CREDITÓRIO. SALDO NEGATIVO DE IRPJ NA DECLARAÇÃO. HOMOLOGAÇÃO TÁCITA. IMPOSSIBILIDADE. AFERIÇÃO DE LIQUIDEZ E CERTEZA. O transcurso do prazo decadencial incide apenas sobre o dever/poder de constituição pelo Fisco de exigência tributária, uma vez que a decadência constitui modalidade de extinção do crédito tributário. O saldo negativo de IRPJ informado em declaração apresentada à RFB não se submete à homologação tácita, visto que a legislação que disciplina a restituição/compensação de tributos federais submete à autoridade administrativa a aferição de certeza e liquidez do crédito junto à Fazenda Pública. ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA JURÍDICA IRPJ Anocalendário: 2002 ESTIMATIVAS COMPENSADAS EM DCTF. CRÉDITO UTILIZADO NÃO CONFIRMADO. RECOMPOSIÇÃO DO AJUSTE. As estimativas compensadas sem processo, cujo crédito utilizado não restar confirmado em períodos anteriores, tornamse indedutíveis na apuração do IRPJ no ajuste anual. ESTIMATIVA. DECLARADA EM DCTF E RECOLHIDA. ANTECIPAÇÃO NO AJUSTE. Cabe recompor o saldo negativo de períodos anteriores, utilizado no despacho decisório recorrido na compensação de estimativas em períodos analisados, admitindose como Fl. 313DF CARF MF Emitido em 07/06/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 03/06/2011 por WALTER ADOLFO MARESCH Assinado digitalmente em 07/06/2011 por SELENE FERREIRA DE MORAES, 03/06/2011 por WALTER ADOLFO MARE SCH Processo nº 13839.001136/200387 Acórdão n.º 180300.889 S1TE03 Fl. 280 5 dedutível na apuração de ajuste a estimativa de IRPJ declarada em DCTF e devidamente recolhida no ano. DCOMP. DIREITO CREDITÓRIO. INSUFICIÊNCIA. NÃO HOMOLOGAÇÃO. Ratificase a não homologação das compensações em litígio dada a confirmação de inexistência do direito creditório vinculado, uma vez que o saldo negativo recomposto nos autos foi totalmente utilizado na compensação de estimativas de períodos anteriores ao crédito constante da DCOMP. Ciente da decisão em 31/03/2009, conforme Aviso de Recebimento – AR (fl. 258), apresentou o recurso voluntário em 30/04/2009 fls. 259/264, onde reitera os argumentos da inicial de que deve ser considerado o recolhimento indevido de estimativa em 1998 e que os saldos credores dos períodos de 1995 a 2001 já foram homologados tacitamente. É o relatório. Fl. 314DF CARF MF Emitido em 07/06/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 03/06/2011 por WALTER ADOLFO MARESCH Assinado digitalmente em 07/06/2011 por SELENE FERREIRA DE MORAES, 03/06/2011 por WALTER ADOLFO MARE SCH Processo nº 13839.001136/200387 Acórdão n.º 180300.889 S1TE03 Fl. 281 6 Voto Conselheiro Walter Adolfo Maresch O recurso é tempestivo e preenche os demais requisitos legais para sua admissibilidade, dele conheço. Trata o presente processo de Declaração de Compensação, utilizando saldo negativo de IRPJ do ano calendário 2002, não homologada pela unidade de origem, tendo havido recomposição dos saldos negativos de IRPJ dos anos calendários 1997 a 2002. Alega a recorrente em síntese: a) Que deve ser considerada nos cálculos a estimativa relativa ao 4º Trimestre de 1997, recolhida em 31/01/1998, no valor de R$ 43.972,62, independentemente de constar na DIPJ e informada indevidamente com débito na DCTF; b) Que os saldos negativos dos períodos anteriores já se encontravam tacitamente homologados, sendo vedada a apreciação pela Administração Tributária. Não assiste razão à interessada. Com efeito, devese rechaçar inicialmente a alegação de homologação tácita dos saldos negativos de períodos anteriores e de que estaria vedada a análise dos créditos que já estariam atingidos pela decadência. Equivocase evidentemente a recorrente pois o que recebe homologação tácita é o resultado apurado pela contribuinte e o correspondente imposto recolhido e não o saldo negativo porventura apontado na DIPJ. Já no que tange ao possível saldo negativo utilizado como direito creditório em períodos posteriores, pode a Administração Tributária rever sua legitimidade, sem adentrar no entanto no mérito da base de cálculo do tributo correspondente a período já atingido pela decadência. Desta forma, não há óbice para que a Administração Tributária reveja a liquidez e certeza do crédito utilizado para a compensação e recomponha este mesmo direito creditório com base nas informações disponíveis. Foi exatamente isto que ocorreu no presente processo, devendo ser rejeitadas as alegações de homologação tácita dos saldos negativos de períodos anteriores. No que se refere ao mérito, constatase que a bem lançada decisão de primeira instância embora tenha acolhido a alegação de cômputo da estimativa relativa ao 4º Trimestre de 1997, recolhida em 31/01/1998, no valor de R$ 43.972,62, demonstrou mesmo assim, não existir saldo negativo em relação ao ano calendário de 2002. Fl. 315DF CARF MF Emitido em 07/06/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 03/06/2011 por WALTER ADOLFO MARESCH Assinado digitalmente em 07/06/2011 por SELENE FERREIRA DE MORAES, 03/06/2011 por WALTER ADOLFO MARE SCH Processo nº 13839.001136/200387 Acórdão n.º 180300.889 S1TE03 Fl. 282 7 A recomposição realizada criteriosamente ano a ano, a partir de 1997, demonstrou que mesmo com a adição do valor de R$ 43.972,62, passando o saldo negativo de 1997 para R$ 181.233,48, não remanesceu qualquer valor de direito creditório em relação ao ano calendário de 2002. Não tendo a recorrente se insurgido em relação aos demonstrativos apresentados pelos julgadores de primeira instância, resignandose a reprisar as mesmas alegações da manifestação de inconformidade, é de se rejeitar o recurso. Ante o exposto, voto por negar provimento ao recurso. (assinado digitalmente) Walter Adolfo Maresch Relator Fl. 316DF CARF MF Emitido em 07/06/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 03/06/2011 por WALTER ADOLFO MARESCH Assinado digitalmente em 07/06/2011 por SELENE FERREIRA DE MORAES, 03/06/2011 por WALTER ADOLFO MARE SCH
score : 1.0
Numero do processo: 10880.003508/00-56
Turma: 1ª TURMA/CÂMARA SUPERIOR REC. FISCAIS
Câmara: 1ª SEÇÃO
Seção: Câmara Superior de Recursos Fiscais
Data da sessão: Mon Nov 08 00:00:00 UTC 2010
Ementa: Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica - IRPJ,
Ano-calendário: 1999
Ementa: PEDIDO DE COMPENSAÇÃO CONVERTIDO EM PER/DCOMP. HOMOLOGAÇÃO TÁC1TA.
Os pedidos de compensação pendentes de apreciação em 01.10.2002
convertem-se em declaração de compensação, conforme o § 4º, do art. 74, da Lei n° 9.430/96, com a redação dada pela Lei n° 10.637/2002, e se consideram homologados tacitamente, nos termos do § 5 0, após o decurso do prazo de cinco anos de sua protocolização sem manifestação da autoridade competente.
Numero da decisão: 9101-000.728
Decisão: ACORDAM os membros da 1° turma da CÂMARA SUPERIOR DE RECURSOS FISCAIS, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso da Fazenda Nacional.
Matéria: IRPJ - restituição e compensação
Nome do relator: Viviane Vidal Wagner
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HOMOLOGAÇÃO TÃC1TA. Os pedidos de compensação pendentes de apreciação em 01.10.2002 convertem-se ern declaração de compensação, conforme o § 40, do art. 74, da Lei n° 9.430/96, com a redação dada pela Lei n° 10.637/2002, e se consideram homologados tacitamente, nos termos do § 5 0, após o decurso do prazo de cinco anos de sua protocolização sem manifestação da autoridade competente. relatados e discutidos os presentes autos ACORDAM os membros da 1° turma da CÂMARA SUPERIOR DE RECURSOS FISCUS, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso da Fazenda Nacional (assinado digitalmente) Carlos Alberto Freitas Barreto - Presidente (assinado digitalnzente) Viviane Vidal Wagner - Relatora EDITADO EM: 30/11/2010 CSRF-T1 Ft I Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Carlos Alberto Freitas Barreto, Francisco Sales Ribeiro de Queiroz, Alexandre Andrade Lima da Fonte Filho, er te !:.!.[ C.AP.10 S ALBERTO FREITAS ;JARRETO 073:12/2010 r Vi'v!A;qE VIDAL ii! ̀...T-IIAN E. VIAL 1201I r:eal ?In 1:1. 2 nardo de Andrade Couto, Karen Jureidini Dias, Claudemir Rodrigues Malaquias, Antônio los Guidoni Filho, Viviane Vidal Wagner, Valmir Sandri e Susy Gomes Hoffman Trata-se de recurso especial interposto pela Procuradoria da Fazenda Ional em face de acórdão proferido pela Quinta Câmara do Primeiro Conselho de tTibuintes que, por unanimidade de votos, deu provimento ao recurso voluntário, siderando homologado pelo decurso do prazo de 5 (cinco) anos os pedido de compensação a izados entre 01.03.2000 a 14,07.2000,. 0 ilustre relator consignou em seu voto que "o termo inicial para contagem se deu em 09/03/2000, para o primeiro Pedido de Compensação, e em :14/07/2000, para o último Por conseqüência, o termo final foi ern 09/03/2005 e em 14/07/2005, respectivamente, O Despacho Decisório Os 139/141) que indeferiu o pedido de restituição foi lavrado em 06/04/2005 No entanto, a ciência do contribuinte somente se deu em 20/1012005". Diante disso, concluiu pela homologação tácita, tendo restado a decisão PEDIDO DE COMPENSAÇÃO — HOMOLOGAÇÃO TÃ CITA — DiC011 idos cinco anos do pedido de compensação formalizado pelo contribuinte e convertido em declaração de compensação, nos termos das §§ e e 5° da Lei n° 9 430/1996, com as alterações inu aduzidas pelos al t49 da Lei n° 10 637/2002 e art 17 da Lei n° 1083312003, consideram-se tacitamente homologadas as compensações declaradas, e extinto o crédito tributário, A Fazenda Nacional interpôs recurso especial de divergência com amento no art. 7°, 11, do Regimento Interno da Camara Superior de Recursos Fiscais vado pela Portaria n° 147, de 25 06 2007, apresentando paradigma que, em caso análogo, diu que a previsão legal de homologação tácita não se aplica a pedidos de compensação entados antes de 30,10.2003, pela impossibilidade de retroatividade da legislação . rvemente à entrega do pedido Em contrarrazões, a interessada aduz que deve ser aplicada a legislação ificada aos pedidos de compensação pendentes de apreciação à época e que a autoridade inistrativa teria reconhecido a retroatividade dos efeitos da norma com a edição da çâo Normativa SRF n° 460/2004. o relatório Az I loslci ,W Au ent r, Err tr.10.enl 7, '1 eere em 11'12120 10 pCti LC; .AI3ERTO FpErcAS 0,c ETO 0.:,i2 0 C.A. au .ente em C:?.¡"12/20 I 0 IVIANE VII)1--',L WAGNER 2 V2011 cab 1-Znrsti:/io di4 Processo n° 10880.003508/00-56 Acór18o n.° 9101-00,728 F $ CSRF-11 Fl 2 Voto Conselheira Viviane Vidal Wagner, relatora Constatada a divergência jurisprudencial, o recurso merece ser conhecido e apreciado. A discussão cinge-se ao alcance da norma que prevê a homologação tácita da compensação informada em pedido de compensação posteriormente convertido em declaração' de compensação, como é o caso dos autos. 0 art. 49 da Medida Provisória n° 66, de 29 de agosto de 2002, convertida na Lei n° 10.637, de 30 de dezembro de 2002, deu nova redação ao art, 74 da Lei n° 9.430/96, 1 instituindo a Declaração de Compensação (PER/DCONfP), em que a compensação procedida pelo próprio contribuinte tem o efeito de extinguir o crédito tributário sob condição resolutória l de sua ulterior homologação pela autoridade administrativa competente 0 artigo alterado teve l a seguinte configuração: Art 74. 0 sujeito passivo que apurar crédito, inclusive os judiciais com trânsito em julgado, relativo a tributo ou contribuição administrado pela Secretaria da Receita Federal, passivel de restitui cão ou de ressarcimento, poderá na compensação de dibitos próprios relativos a quaisquer tributos e contribuigile.s administrados por aquele Órglio.(Redacão dada pela Lei n° 10.637. de 2002) Wide Decreto n°7.212, de 2010) § JC A compensação de que trata o caput será efetuada mediante a entrega, pelo sujeito passivo, de declaração na qual constarão informações relativas aos créditos utilkados e aos respectivos débitos compensados fincluido pela Lei n° 10.637, de 2002) ,f 2" A compensação declarada à Secretaria da Receita Federal extingue o crédito tributário, sob condição resolutórict de sua ulterior homologação.(7nchlido pela Lei n° 10,637, de 2002) -.I .§ 4' Os pedidos de compensação pendentes de apreciação pela autoridade administrativa serão considerados declaração de compensação, desde o seu protocolo, para os efeitos previstos neste artigo (Indada pela Lei n° 10.637, de 2002) A vigência da referida norma a partir de 10 de outubro de 2002 foi estabelecida no art. 68 da lei modificativa. Assim, a partir dessa data, os pedidos pendentes converteram-se automaticamente em declaração de compensação. Após essa alteração, novas disposições surgiram com a edição da MP no 135, ,:,:)..1.0.13,949,1319Kincilte..cns,t.M1:‘?,-_PPYI-RoargAIARTieic1P?:496c.10rec99PFWORO eelareda, como se vê: enl:r:?.. 122010 por VIDAL VIA (2,14,7..R t :2%21'; r,Io cr 3 1.3 § 52 0 prazo para homologação da compensação declarada pelo sujeito passivo será de 5 (cinco) anos, contado da data da entrega da declaração de compensação (Redacão dada pela Lei n°10.833, de 2003) j 62 A declaração de compensação constitui confissão de divida e instrumento hábil e suliciente para a exigência dos débitos indevidamente compensados. (Incluído pela Lei n° 10.833. de 2003) § 72 Não homologada a compensação, a autoridade administrativa deverá cientificar o sujeito passivo e intimá-lo a efetuar, no prazo de 30 (trinta) dias, contado da ciência do ato que não a homologou, o pagamento dos débitos indevidamente compensados fincluido pela Lei n°10.833, de 2003) 82 Não efetuado o pagamento no prazo previsto no § 72, o débito será encaminhado à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional para inscrição em Divida Ativa da União. ressalvado o disposto no § (Inchtido pela Lei n°10.833, de 2003) Alega o recorrente que não se submeteriam os pedidos de compensação vertidos em declaração de compensação à regra do §5 0 do art_ 74 da Lei n° 9.430/96, com a ção dada pela MP n° 135/2003, convertida na Lei n° 10.833/2003, ern face do principio da xiatividade da legislação tributária. Para o deslinde da questão, faz-se mister examinar todo o sistema jurídico. A Constituição Federal, em seu art. 50, inciso XXXVI, estabelece que "a lei prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada", O principio da inça jurídica aqui consubstanciado visa manter a estabilidade das relações jurídicas. Dele decorrem os princípios previstos no capitulo destinado ao Sistema , utario, dentre eles o princif4o da irretroatividade, que reza que aos entes tributantes é o cobrar tributos "em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência que os houver instituído ou aumentado" (destaquei) (art. 150, inciso Ill , alínea a, da CF) Nesse diapasão, o Código Tributário Nacional prevê, em seus arts. 105 e 106, gra de irretroatividade da legislação tributária e suas exceções A legislação tributária -se, imediatamente, somente aos fatos geradores futuros e aos pendentes, nos moldes 105 do CIN, As hipóteses excepcionais de retroatividade, em beneficio do contribuinte, previstas no art. 106 e englobam a lei expressamente interpretativa e o ato não livamente julgado quando não importe mais ern in fração, não contrarie exigência de ação missão ou comine penalidade menos severa. A questão ora posta, contudo, não se submete ao principio da irretroatividade, rip se trata de instituição de tributo sobre fatos geradores já ocorridos e sim de forma de tituição e extinção do crédito tributário . , ebte i 112'2O ALBERTO FRE:TAS"JARRETO, D3 , 121201D p,of ,.'1%.r!Aird VIDAL ahnerite. 2t Vn!AG1.:ER 4 /2011 pc; f. n° 10880 003508100-56 rdiío n..° 9101-00.728 Fl. 5 CSRF-11 FL 3 ,N1F I I Onde antes se previa a mera suspensão da exigibilidade do crédito pela entrega de Pedido de Compensação, a partir da vigência do §5 0 do art 74 da Lei no 9.430/96, insorido pelo art. 17 da MP n° 135/2003, convertida na Lei n° 10.833/2003, passou-se a prever a extinção do crédito tributário pelo decurso do lapso temporal de cinco anos da data da entrega da declaração de compensação (PER/DCOMP), considerada confissão de divida No momento em que estabelecido o prazo de homologação, considerando a linha cronológica das alterações legislativas, não havia mais que se falar em pedido I de compensação convertido, mas apenas em PER/DCOMP, já que aqueles, a partir de 01.10.2002, 1 deixaram de existir como tal e passaram a ser considerados declaração de compensação, desde a data do seu protocolo, para os efeitos previstos no art, 74 da Lei n° 9 430/96, nos termos do seu §4°. O estabelecimento de prazo para homologação tácita somente se tornou possível pela atribuição à PER/DCOMP do poder de confissão de divida, necessário para exigência dos débitos indevidamente compensados. Até a edição desse dispositivo, não havia prazo para que a Administração Tributária homologasse os pedidos de compensação, os quais não representavam confissão de divida. A constituição de crédito tributário pela declaração de compensação, dessa forma, equivale ao lançamento por homologação, o qual também se extingue pelo decurso do' prazo de homologação tácita. Assim, os pedidos de compensação convertidos em declaração de compensação (PER/DCOMP) não apreciados até 0110.2002, representam confissão de dividal- . e o crédito tributário compensado é extinto, sob ulterior homologação da Administração no prazo de cinco anos de seu.protpcolo, Cabe registrar, por fim, que a própria Administração Tributária, através da instrução Normativa SRF no 460/2004, reconheceu o alcance daquela norma sobre os pedidos antigos, nos termos seguintes: II Art. 29. A autoridade da SRF qua não-homologar a compensação cientificará o sujeito passivo e intinui-lo-ti a efetuar, no prazo de trino dias, contados da ciência do despacho de não-homologação, o pagamento dos débitos indevidamente compensados § IE Não ocorrendo o pagamento ou o parcelamento no p>a:o previsto no caput, o débito deveici ser encaminhado à PG1W, para inscrição em Divida Ativa da União, ressalvado o disposto no art 48. •, ! • 7 , ,Vt.! 1,(3144TNI ' Ao Cy: § 2 O prazo para homologação da compensa cão declarada pelo sujello passivo será de cinco anos, contados da data da entrega da Declaração de Compensa ção. [- Art. 64, Serão considerados Declamação de Compensação, paro os efeitos previstos no art 74 da Lei 129 9.430, de 1996. com .E redação determinada peto art 49 da Lei n2 10637, de 2002, e lera- Pff.1.95 lii03, 1 -bef, `.) MT,. de ri3n..:420 I 1 pe4c F1 &A compensação que, em 1 2 de outubro de 2002, encontravam-se pendentes de decisão pela autoridade administrativa da SRF: (destaquei) 1 6 11 t1 F Pelo exposto, nego provimento ao recurso da Fazenda Nacional, erando tacitamente homologados os pedidos de compensação relacionados na decisão rr da.. (assinado digitalmente) Viviane Vidal Wagner hr. , II ' „ Aa itiadq GWER 4t.it nO6zidli j Em tidri • rxm CARCCS ALE>IIRTO FREITAS BARRET°. 0'3 , 12 1 2 ,-J1 0 pot VIVIANE Al.re.r.7!: fl'31 I Ir) por V1V17-,Nr. v15,41, i2011 Fazend:',_ 6
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