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Numero do processo: 18088.000239/2010-11
Turma: Segunda Turma Ordinária da Quarta Câmara da Segunda Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Thu Feb 21 00:00:00 UTC 2013
Data da publicação: Wed Apr 24 00:00:00 UTC 2013
Ementa: Assunto: Obrigações Acessórias
Período de apuração: 01/12/2007 a 31/12/2007
LEI TRIBUTÁRIA. ATRIBUIÇÃO DE RESPONSABILIDADE. IRRETROATIVIDADE.
Com a revogação do art. 41 da Lei 8.212/1991, operada pela Medida Provisória (MP) n° 449/2008, posteriormente convertida na Lei 11.941/2009, os entes públicos passaram a responder pelas infrações oriundas do descumprimento de obrigações acessórias previstas na legislação previdenciária. Tratando-se de regra que impõe responsabilidade, não é possível a sua aplicação retroativa.
Recurso Voluntário Provido.
Numero da decisão: 2402-003.402
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em dar provimento ao recurso voluntário.
Júlio César Vieira Gomes Presidente
Ana Maria Bandeira- Relatora
Participaram do presente julgamento os Conselheiros: Júlio César Vieira Gomes, Ana Maria Bandeira, Lourenço Ferreira do Prado, Ronaldo de Lima Macedo, Thiago Taborda Simões e Nereu Miguel Ribeiro Domingues.
Nome do relator: ANA MARIA BANDEIRA
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ATRIBUIÇÃO DE RESPONSABILIDADE. IRRETROATIVIDADE. Com a revogação do art. 41 da Lei 8.212/1991, operada pela Medida Provisória (MP) n° 449/2008, posteriormente convertida na Lei 11.941/2009, os entes públicos passaram a responder pelas infrações oriundas do descumprimento de obrigações acessórias previstas na legislação previdenciária. Tratandose de regra que impõe responsabilidade, não é possível a sua aplicação retroativa. Recurso Voluntário Provido. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em dar provimento ao recurso voluntário. Júlio César Vieira Gomes – Presidente Ana Maria Bandeira Relatora AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 18 08 8. 00 02 39 /2 01 0- 11 Fl. 48DF CARF MF Impresso em 24/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 20/03/2013 por ANA MARIA BANDEIRA, Assinado digitalmente em 20/03/2013 p or ANA MARIA BANDEIRA, Assinado digitalmente em 17/04/2013 por JULIO CESAR VIEIRA GOMES 2 Participaram do presente julgamento os Conselheiros: Júlio César Vieira Gomes, Ana Maria Bandeira, Lourenço Ferreira do Prado, Ronaldo de Lima Macedo, Thiago Taborda Simões e Nereu Miguel Ribeiro Domingues. Fl. 49DF CARF MF Impresso em 24/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 20/03/2013 por ANA MARIA BANDEIRA, Assinado digitalmente em 20/03/2013 p or ANA MARIA BANDEIRA, Assinado digitalmente em 17/04/2013 por JULIO CESAR VIEIRA GOMES Processo nº 18088.000239/201011 Acórdão n.º 2402003.402 S2C4T2 Fl. 3 3 Relatório Tratase de Auto de Infração lavrado com fundamento na inobservância da obrigação tributária acessória prevista na Lei nº 8.212/1991, no art. 32, inciso IV e § 5º, acrescentados pela Lei nº 9.528/1997 c/c o art. 225, inciso IV e § 4º do Decreto nº 3.048/1999, que consiste em a empresa apresentar a GFIP – Guia de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social com dados não correspondentes aos fatos geradores de todas as contribuições previdenciárias. Segundo o Relatório Fiscal da Infração (fls. 4), no decorrer da auditoria foram identificados diversos valores pagos aos prestadores de serviços pessoas físicas que ou foram declarados em competência incorreta ou deixaram de ser declarados em Gulas de Recolhimento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço e Informação à Previdência Social GFIP. A auditoria fiscal cita que o § 9º do artigo 239 do Decreto 3048/1999, previa a não incidência de multa de mora às pessoas jurídicas de direito público. No entanto, a partir do Decreto nº 6042/2007, aqueles organismos passaram a sofrer a incidência de tal exação. Salienta a publicação da Medida Provisória nº 449/2008, posteriormente convertida na Lei nº 11.941/2009, a qual alterou a sistemática de cálculo das multas de mora e por descumprimento de obrigações acessórias e inseriu a multa de ofício. Assim, sob o argumento de efetuar a aplicação da penalidade mais benéfica ao sujeito passivo, com base no artigo 106, II "c" do Código Tributário Nacional, a auditoria fiscal efetuou o cálculo da multa pela legislação anterior e pela legislação superveniente, a fim de verificar a melhor situação para o contribuinte. Para tanto, efetuou a soma da multa pelo descumprimento da obrigação acessória de declarar os fatos geradores em GFIP, prevista no art. 32, inciso IV e §§ 3º e 5º, Lei n° 8.212/1991, com a multa de mora do art. 35 da Lei nº 8.212/91 e comparou o resultado com a multa de ofício prevista na Lei nº 9.430/1996, art. 44, inciso I, que passou a ser aplicada por força do art. 35A da Lei nº 8.212/1991, incluído pelo art. 26 da Lei nº 11.941/2009. Assim, na competência 12/2007 a multa por não declarar montantes em GFIP prevista na legislação vigente a época da ocorrência do fato gerador mostrouse menos gravosa. A autuada teve ciência do lançamento em 24/05/2010 e apresentou defesa (fls. 09) onde alega que não houve omissão ou qualquer tipo de máfé, mas sim uma interpretação equivocada do dispositivo legal que rege a matéria. Requer o deferimento e o reconhecimento dos valores recolhidos, mesmo que em competência diversa, uma vez que se trata apenas de declaração divergente das competências, excluindo assim a aplicação de eventual multa. Mediante despacho fundamentado, os presentes autos ficaram sobrestados em face de diligência solicitada nos autos das obrigações principais correlatas. Fl. 50DF CARF MF Impresso em 24/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 20/03/2013 por ANA MARIA BANDEIRA, Assinado digitalmente em 20/03/2013 p or ANA MARIA BANDEIRA, Assinado digitalmente em 17/04/2013 por JULIO CESAR VIEIRA GOMES 4 Pelo Acórdão nº 1436.746, a 7ª Turma da DRJ/Ribeirão Preto julgou a autuação procedente. Contra tal decisão, a autuada apresentou recurso tempestivo onde efetua a repetição das alegações de defesa. É o relatório. Fl. 51DF CARF MF Impresso em 24/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 20/03/2013 por ANA MARIA BANDEIRA, Assinado digitalmente em 20/03/2013 p or ANA MARIA BANDEIRA, Assinado digitalmente em 17/04/2013 por JULIO CESAR VIEIRA GOMES Processo nº 18088.000239/201011 Acórdão n.º 2402003.402 S2C4T2 Fl. 4 5 Voto Conselheira Ana Maria Bandeira, Relatora O recurso é tempestivo e não há óbice ao seu conhecimento. A recorrente, órgão público, foi autuada pelo descumprimento de obrigação acessória que consiste em a empresa apresentar a GFIP – Guia de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social com dados não correspondentes aos fatos geradores de todas as contribuições previdenciárias. A infração ocorreu na competência 12/2007. Cumpre lembrar que anteriormente à vigência da Medida Provisória nº 449/2008, posteriormente convertida na Lei nº 11.941/2009, a responsabilidade por infrações cabia ao dirigente do órgão público, conforme dispunha o art. 41 da Lei nº 8.212/1991, revogado pela citada Medida Provisória, in verbis: Art. 41. O dirigente de órgão ou entidade da administração federal, estadual, do Distrito Federal ou municipal, responde pessoalmente pela multa aplicada por infração de dispositivos desta Lei e do seu regulamento, sendo obrigatório o respectivo desconto em folha de pagamento, mediante requisição dos órgãos competentes e a partir do primeiro pagamento que se seguir à requisição Como se vê até a edição da Medida Provisória nº 449/2008, de 03/12/2008, publicada no D.O.U. em 04/12/2008, não havia previsão para aplicação de multa ao órgão público, sendo que esta obrigação cabia ao dirigente por disposição legal. Quanto à aplicação da lei, a regra geral estabelecida no Código Tributário Nacional em seu artigo 144 é a seguinte: Art. 144. O lançamento reportase à data da ocorrência do fato gerador da obrigação e regese pela lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada. Portanto, a regra geral é que a legislação a ser aplicada é aquela vigente à época da ocorrência dos fatos geradores. Assim, até a publicação da Medida Provisória nº 448/2008, a multa pelo descumprimento da obrigação acessória era responsabilidade do dirigente e não do órgão. O CTN traz ainda a possibilidade de aplicação retroativa da lei, conforme pode ser verificado em seu art. 106 que dispõe o seguinte: Art. 106. A lei aplicase a ato ou fato pretérito: Fl. 52DF CARF MF Impresso em 24/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 20/03/2013 por ANA MARIA BANDEIRA, Assinado digitalmente em 20/03/2013 p or ANA MARIA BANDEIRA, Assinado digitalmente em 17/04/2013 por JULIO CESAR VIEIRA GOMES 6 I em qualquer caso, quando seja expressamente interpretativa, excluída a aplicação de penalidade à infração dos dispositivos interpretados; II tratandose de ato não definitivamente julgado: a) quando deixe de definilo como infração; b) quando deixe de tratálo como contrário a qualquer exigência de ação ou omissão, desde que não tenha sido fraudulento e não tenha implicado em falta de pagamento de tributo; c) quando lhe comine penalidade menos severa que a prevista na lei vigente ao tempo da sua prática. Observase que, no que tange à responsabilização do dirigente, aplicase a retroatividade benigna da lei, especificamente, a alínea “c” do inciso II do art. 106, acima transcrito. Ocorre que a auditoria fiscal, diante da impossibilidade de agora atribuir responsabilização ao dirigente, imputou à recorrente a obrigação em período anterior à revogação do art. 41 da Lei nº 8.212/1991, quando não existia responsabilidade para o órgão, ou seja, na lavratura do presente auto de infração, efetuou aplicação retroativa da lei, cujo efeito foi atribuir penalidade não existente à época dos fatos geradores, contrariando o ordenamento jurídico. Como a Medida Provisória nº 449/2008 foi publicada em 04/12/2008, somente a partir desta data, o órgão público passou a ter responsabilidade pelas infrações cometidas, o que compreende as competências a partir de 11/2008, uma vez que a entrega da GFIP ocorre no dia 07 do mês subseqüente. Assim, embora a recorrente não tenha alegado, pelo princípio da autotutela e da estrita legalidade, há que se reconhecer que a infração não pode prevalecer em face da ilegitimidade passiva da recorrente. Diante do exposto e de tudo o mais que dos autos consta. Voto no sentido de CONHECER do recurso e DARLHE PROVIMENTO. É como voto. Ana Maria Bandeira Relatora Fl. 53DF CARF MF Impresso em 24/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 20/03/2013 por ANA MARIA BANDEIRA, Assinado digitalmente em 20/03/2013 p or ANA MARIA BANDEIRA, Assinado digitalmente em 17/04/2013 por JULIO CESAR VIEIRA GOMES
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Numero do processo: 18050.009834/2008-16
Turma: Segunda Turma Ordinária da Quarta Câmara da Segunda Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Tue Feb 19 00:00:00 UTC 2013
Data da publicação: Thu Apr 25 00:00:00 UTC 2013
Numero da decisão: 2402-000.337
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Resolvem os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em converter o julgamento em diligência por reconhecimento de correlação entre os demais autos de infração lavrados pela fiscalização e a presente autuação.
Julio César Vieira Gomes - Presidente
Thiago Taborda Simões - Relator
Participaram do presente julgamento os conselheiros: Júlio César Vieira Gomes (presidente), Ana Maria Bandeira, Lourenço Ferreira do Prado, Ronaldo de Lima Macedo, Nereu Miguel Ribeiro Domingues e Thiago Taborda Simões.
Nome do relator: THIAGO TABORDA SIMOES
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Resolvem os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em converter o julgamento em diligência por reconhecimento de correlação entre os demais autos de infração lavrados pela fiscalização e a presente autuação. Julio César Vieira Gomes Presidente Thiago Taborda Simões Relator Participaram do presente julgamento os conselheiros: Júlio César Vieira Gomes (presidente), Ana Maria Bandeira, Lourenço Ferreira do Prado, Ronaldo de Lima Macedo, Nereu Miguel Ribeiro Domingues e Thiago Taborda Simões. RE SO LU ÇÃ O G ER A D A N O P G D -C A RF P RO CE SS O 1 80 50 .0 09 83 4/ 20 08 -1 6 Fl. 357DF CARF MF Impresso em 25/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 08/04/2013 por SELMA RIBEIRO COUTINHO, Assinado digitalmente em 08/04/20 13 por THIAGO TABORDA SIMOES, Assinado digitalmente em 17/04/2013 por JULIO CESAR VIEIRA GOMES Processo nº 18050.009834/200816 Resolução nº 2402000.337 S2C4T2 Fl. 294 2 Relatório Tratase de Auto de Infração DEBCAD n° 37.089.3506, referente à irregularidades verificadas pela fiscalização quanto ao recolhimento de contribuições previdenciárias a cargo dos segurados empregados, descontadas pela empresa e não repassadas à Previdência Social, incidente sobre as remunerações pagas, nas competências de 04/2004, 06/2004, 07/2004 (Filial 0003) e 11/2004 (Filiais 0001 e 0004). De acordo com o relatório fiscal de fls. 29/33, o presente lançamento é composto de levantamento denominado “FLS – Folha de Pagamento não Declarada em GFIP”, que consiste na diferença das remunerações dos segurados empregados constantes em folha de pagamento comparadas às declaradas em GFIP. Para a fiscalização, a empresa apresentou as folhas de pagamento e planilhas onde foram identificados os valores que remuneraram os segurados empregados e, confrontando tais informações, foram identificadas divergências com ocorrência de omissões de valores em GFIP. Além deste, foram lavrados na ação fiscal os seguintes documentos: AI n° 37.089.3514 (terceiros), AI n° 37.089.3522 (contrib. Individuais), AI n° 37.089.3530 (empresa), AI n° 37.089.3565 (retenção de 11%), AI n° 37.089.3549 (não apresentação de documentos), AI n° 37.089.3573 (GFIP com dados não correspondentes) e AI n° 37.089.3557 (deixar de prestar informações na forma estabelecida). Intimada da autuação, a Recorrente apresentou impugnação de fls. 97/111, alegando, em síntese: i) O Auto de Infração merece cancelamento já que viciado de ausência de motivação, pois não possui informações necessárias à compreensão do lançamento pela Recorrente; ii) No mérito, que em relação ao mês de abril o valor declarado em GFIP realmente foi inferior ao constante da folha de salários, mas ainda assim a Recorrente efetuou recolhimento a maior na ordem de R$ 7.397,97; iii) Em relação aos demais meses fiscalizados, não há diferença entre os valores apurados em folha e os declarados em GFIP, sendo efetuados, inclusive, recolhimentos a maior; iv) Os valores discutidos derivam de meros erros de preenchimento de GFIP, o que deveria, quando muito, resultar em lavratura de auto de infração por descumprimento de obrigação acessória. Ao final, requer seja o auto de infração julgado improcedente. Face a impugnação apresentada, a DRJ/SDR, às fls. 252 (verso), proferiu acórdão decidindo pela procedência da autuação, sob os seguintes fundamentos: Fl. 358DF CARF MF Impresso em 25/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 08/04/2013 por SELMA RIBEIRO COUTINHO, Assinado digitalmente em 08/04/20 13 por THIAGO TABORDA SIMOES, Assinado digitalmente em 17/04/2013 por JULIO CESAR VIEIRA GOMES Processo nº 18050.009834/200816 Resolução nº 2402000.337 S2C4T2 Fl. 295 3 i) Não há vício no auto de infração, uma vez que atendidos os requisitos previstos em lei; ii) Que a planilha apresentada pela Recorrente em impugnação apresenta os valores recolhidos em sua totalidade, sem indicação do valor da matriz e das filiais, bem como não há discriminação dos valores das contribuições dos segurados empregados; iii) Que foram considerados, para fins de apuração de valores devidos, os valores declarados em GFIP e apontados em folha de pagamentos, sendo os documentos apresentados pela Recorrente insuficientes para demonstrar qualquer equívoco na fiscalização; iv) O preenchimento, as informações prestadas e a entrega da GFIP são de inteira responsabilidade da empresa, nos termos do art. 225, § 4°, do RPS; v) A alegação da Recorrente de que a RFB tem o dever de retificar d ofício as declarações do contribuinte quando forem identificados erros, citando o art. 147, § 2°, do RPS, não pode prosperar haja vista que o dispositivo trata dos lançamentos por declaração, pertencendo as contribuições a outra modalidade de lançamento – homologação; vi) Quanto a multa, em razão da modificação da legislação, deve ser aplicada a legislação mais benéfica ao contribuinte. Todavia, esta só poderá ser verificada no momento do pagamento, nos termos do art. 35 da Lei n° 8.212/91. Ao final, julgou procedente a autuação. Em face disso, a Recorrente, às fls. 257/273, interpôs recurso voluntário tempestivo, reiterando os termos da impugnação. Os autos foram remetidos ao CARF para julgamento do Recurso Voluntário. É o relatório. Fl. 359DF CARF MF Impresso em 25/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 08/04/2013 por SELMA RIBEIRO COUTINHO, Assinado digitalmente em 08/04/20 13 por THIAGO TABORDA SIMOES, Assinado digitalmente em 17/04/2013 por JULIO CESAR VIEIRA GOMES Processo nº 18050.009834/200816 Resolução nº 2402000.337 S2C4T2 Fl. 296 4 Voto Conselheiro Thiago Taborda Simões, Relator Primeiramente, cabe mencionar que o presente recurso é tempestivo e preenche a todos os requisitos de admissibilidade. Portanto, dele tomo conhecimento. Analisando as questões suscitadas no presente processo, observase que existe óbice ao julgamento do recurso apresentado. A presente autuação versa sobre irregularidades verificadas pela fiscalização quanto ao recolhimento de contribuições previdenciárias a cargo dos segurados empregados, descontadas pela empresa e não repassadas à Previdência Social, situação esta que está atrelada à exigência das contribuições previdenciárias consubstanciadas nos AI n° 37.089.3530 (empresa), AI n° 37.089.3514 (terceiros), AI n° 37.089.3522 (Individuais) e AI n° 37.089.3565 (retenção de 11%), bem como nos AI de obrigação acessória n° 37.089.3557, 37.089.3573 e 37.089.3549. Desta forma, considerando a relação direta entre os autos de infração acima mencionados, para que se evite o risco de conclusões divergentes em face da mesma fiscalização, é necessário que sejam realizadas as seguintes diligências: i) Em relação aos autos de infração n° 37.089.3565, 37.089.3514 e 37.089.3522, cujos PAFs se encontram no arquivo, sejam prestadas informações quanto a decisões já proferidas e, ainda, se os respectivos PAFs já foram finalizados; ii) Em relação aos autos de infração n° 37.089.3557 e 37.089.3549, cujos PAFs se encontram na triagem deste Conselho Administrativo, sejam os mesmos distribuídos a este Conselheiro, de modo a unificar a apreciação das autuações ocorridas em uma mesma ação fiscalizatória; iii) Em relação aos autos de infração n° 37.089.3573 e 37.089.3530, cujos PAFs se encontram ainda em primeira instância, que o resultado de julgamento junto à DRJ seja informado nos presentes autos. Ante o número de AI DEBCADs lavrados em uma mesma ação fiscalizatória, mister que os presentes autos aguardem as decisões a serem proferidas nos referidos processos, bem como as informações referentes aos processos já arquivados, a fim de se evitar a existência de decisões conflitantes em relação a matérias que estão intrinsecamente relacionadas. Ante o exposto, voto no sentido de converter o julgamento em diligência para o esclarecimento das questões propostas. É o voto. Thiago Taborda Simões Fl. 360DF CARF MF Impresso em 25/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 08/04/2013 por SELMA RIBEIRO COUTINHO, Assinado digitalmente em 08/04/20 13 por THIAGO TABORDA SIMOES, Assinado digitalmente em 17/04/2013 por JULIO CESAR VIEIRA GOMES
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Numero do processo: 15277.000132/2008-24
Turma: Segunda Turma Ordinária da Quarta Câmara da Segunda Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Wed Apr 18 00:00:00 UTC 2012
Numero da decisão: 2402-000.215
Decisão: Resolvem os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em converter o julgamento em diligência.
Nome do relator: RONALDO DE LIMA MACEDO
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CONEXÃO COM OBRIGAÇÃO PRINCIPAL Recorrente VIAÇÃO PRINCESA DO SUL LTDA Recorrida FAZENDA NACIONAL Resolvem os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em converter o julgamento em diligência. Julio Cesar Vieira Gomes – Presidente. Ronaldo de Lima Macedo Relator. Participaram do presente julgamento os conselheiros: Julio Cesar Vieira Gomes, Ana Maria Bandeira, Lourenço Ferreira do Prado, Ronaldo de Lima Macedo, Nereu Miguel Ribeiro Domingues e Jhonatas Ribeiro da Silva. Fl. 704DF CARF MF Impresso em 12/06/2012 por SELMA RIBEIRO COUTINHO - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 16/05/2012 por RONALDO DE LIMA MACEDO, Assinado digitalmente em 16/05/20 12 por RONALDO DE LIMA MACEDO, Assinado digitalmente em 29/05/2012 por JULIO CESAR VIEIRA GOMES 2 Relatório Tratase de Auto de Infração lavrado com fundamento na inobservância da obrigação tributária acessória – prevista no art. 32, inciso IV e § 5º, da Lei 8.212/1991, acrescentados pela Lei 9.528/1997, c/c o art. 225, inciso IV e § 4º, do Decreto 3.048/1999 –, que consiste em a empresa apresentar a Guia de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social (GFIP) com dados não correspondentes aos fatos geradores de todas as contribuições previdenciárias, para as competências 01/2004 a 12/2004. Segundo o Relatório Fiscal da Infração (fl. 14), a empresa deixou de declarar, ou registrou a menor, em GFIP’s os fatos geradores de contribuições previdenciárias referentes aos segurados empregados e contribuintes individuais. O Relatório Fiscal da Aplicação da Multa (fls. 117/118) informa que foi aplicada a multa no valor de R$127.227,19, com fundamento no art. 32, inciso IV e § 5°, da Lei 8.212/1991, combinado com o art. 284, inciso II, do Regulamento da Previdência Social (RPS), aprovado pelo Decreto 3.048/1999. A ciência do lançamento fiscal ao sujeito passivo deuse em 24/10/2008 (fls. 01 e 137), mediante correspondência postal com Aviso de Recebimento (AR). A autuada apresentou impugnação tempestiva (fls. 140/654), alegando, em síntese, a correção das GFIP objeto da presente autuação, com anexação de cópias de GFIP retificadoras. E, informa que: “Apresentou em época própria as GFIP com todas as informações necessárias, todos os segurados empregados e autônomos e suas correspondentes remunerações, conforme se verifica nas cópias anexas, docs. 1 a 12, deixando no entanto de incluir os valores das retenções feitas pelos seus tomadores de serviços de que trata o art. 31 da Lei n° 9.711/98. (...) Dessa forma, ao contrário de nenhuma GFIP, foram entregues duas GFIPs, uma com o valor correto, com todos os segurados, e uma outra somente com o valor das retenções feitas pelos tomadores de serviços. Depois do procedimento fiscal, com a orientação do Auditor Fiscal, fez uma nova GFIP, constando então todas as informações unificadas, cópias anexas docs. 33 a42. Assim sendo, afirma que não houve máfé ou omissão em prestar informações, e sim a ocorrência de um engano de procedimento, entendendo não ser justo que seja penalizada por este valor aplicado. Requer o cancelamento do Auto de Infração.” Tendo em vista as alegações de correções da GFIP e cópias de documentos apresentados pela Impugnante, os autos foram baixados em diligência à fiscalização para verificação das GFIP retificadas, se corrigidas as irregularidades apontadas dentro do prazo de impugnação (fls. 658/659). Em resposta ao solicitado, a Auditoria Fiscal abstevese de manifestar sobre o mérito do processo administrativo fiscal, por se tratar, no seu entendimento, de competência da DRJ (fls. 660/665). Fl. 705DF CARF MF Impresso em 12/06/2012 por SELMA RIBEIRO COUTINHO - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 16/05/2012 por RONALDO DE LIMA MACEDO, Assinado digitalmente em 16/05/20 12 por RONALDO DE LIMA MACEDO, Assinado digitalmente em 29/05/2012 por JULIO CESAR VIEIRA GOMES Processo nº 15277.000132/200824 Resolução n.º 2402000.215 S2C4T2 Fl. 2 3 A Delegacia da Receita Federal do Brasil de Julgamento (DRJ) em Juiz de Fora/MG – por meio do Acórdão 0927.882 da 5a Turma da DRJ/JFA (fls. 668/674 – Volume IV) – considerou o lançamento fiscal procedente em sua totalidade, eis que ele encontrase revestido das formalidades legais, tendo sido lavrado de acordo com os dispositivos legais e normativos que disciplinam o assunto. A Notificada apresentou recurso (fls. 676/678), manifestando seu inconformismo pela obrigatoriedade do recolhimento dos valores lançados no auto de infração e no mais efetua as alegações da peça de impugnação. A Agência da Receita Federal do Brasil em Pouso Alegre/MG encaminha os autos ao Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF) para processamento e julgamento (fl. 693). É o relatório. Fl. 706DF CARF MF Impresso em 12/06/2012 por SELMA RIBEIRO COUTINHO - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 16/05/2012 por RONALDO DE LIMA MACEDO, Assinado digitalmente em 16/05/20 12 por RONALDO DE LIMA MACEDO, Assinado digitalmente em 29/05/2012 por JULIO CESAR VIEIRA GOMES 4 Voto Conselheiro Ronaldo de Lima Macedo, Relator Recurso tempestivo. Presentes os pressupostos de admissibilidade, conheço do recurso interposto. Analisandose as peças que compõem os autos, verifiquei a existência de dois fatos que influenciam o julgamento do recurso apresentado. Primeiro, a presente autuação referese ao descumprimento de obrigação acessória que consiste em a empresa deixar de declarar na Guia de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social (GFIP) todos os fatos geradores das contribuições previdenciárias, para as competências 01/2004 a 12/2004. Essas contribuições correspondentes a tais fatos geradores foram objetos de Autos de Infração de Obrigação Principal (AIOP’s) nos 37.151.1640 (período do lançamento 01/2004 a 11/2004), 37.151.1658 (período do lançamento 01/2004 a 11/2004), 37.151.1666 (período do lançamento 01/2004 a 12/2004), 37.151.1674 (período do lançamento 01/2004 a 12/2004) e 37.151.1682 (período do lançamento 01/2004 a 12/2004). Com isso, entendo que todos os lançamentos fiscais referentes ao crédito tributário proveniente da obrigação tributária principal, constituídos na mesma ação fiscal, devam ser julgados conjuntamente com o presente recurso – ou sejam julgados primeiro os lançamentos fiscais oriundos da obrigação tributária principal –, já que a relação jurídico tributário de seus respectivos fatos geradores é consubstanciada pela homogeneidade temporal e pela mesma hipótese fática de incidência tributária ou pela mesma hipótese fática na aplicação da multa decorrente do descumprimento da obrigação tributária acessória, qual seja: remunerações pagas/creditadas aos segurados empregados e contribuintes individuais que prestaram serviços à Recorrente. De fato, há conexão ou continência entre o lançamento fiscal decorrente da obrigação tributária principal (AIOP’s nos 37.151.1640, 37.151.1658, 37.151.1666, 37.151.1674 e 37.151.1682) e o presente auto de infração, que é concernente ao descumprimento de obrigação tributária acessória. Assim, haverá a necessidade de se saber o destino desses AIOP’s. Isso está em consonância com os princípios da economia processual e da precaução do sistema processual em relação à existência de julgados contraditórios. Assim, entendo que os autos devem retornar à origem a fim de que seja informado se o lançamento fiscal referentes à obrigação tributária principal retromencionada já teve o seu trânsito em julgado administrativo; e se não, qual a situação desse lançamento. Registrase que, caso a unidade preparadora (unidade de origem) tenha os números de cada processo concernente aos autos de infrações lavrados na mesma ação fiscal, estes números também deverão ser informados no retorno da diligência. Asseverese que, caso o lançamento fiscal decorrente da obrigação tributária principal esteja pendente de julgamento na primeira instância, o presente auto de infração deverá ficar sobrestado na origem até o julgamento daquela, só retornando a este Conselho com a informação do destino de todos os lançamentos fiscais conexos. Além disso, ao reconhecer a prejudicialidade para o presente julgamento, faz necessária a oportunidade de manifestação do sujeito passivo, tendo em vista que a decisão Fl. 707DF CARF MF Impresso em 12/06/2012 por SELMA RIBEIRO COUTINHO - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 16/05/2012 por RONALDO DE LIMA MACEDO, Assinado digitalmente em 16/05/20 12 por RONALDO DE LIMA MACEDO, Assinado digitalmente em 29/05/2012 por JULIO CESAR VIEIRA GOMES Processo nº 15277.000132/200824 Resolução n.º 2402000.215 S2C4T2 Fl. 3 5 proferida no processo de obrigação principal será adotada neste processo de obrigação acessória. Segundo, dentro do contexto fático exposto nos autos, verificase que os elementos probatórios juntados aos autos pela Recorrente (fls. 140/654) – que noticiam o preenchimento correto das GFIP’s, sanando as irregularidades apontadas pelo Fisco – são cópias de documentos que deverão ser analisados pela AuditoriaFiscal (Fisco). Assim, necessitamos que a AuditoriaFiscal examine e emita Parecer Fiscal sobre os argumentos trazidos na peça recursal, que foram acompanhados de várias cópias de documentos, juntados aos autos nas fls. 142/654. Isso decorre do fato de que o trabalho de auditoria fiscal, em caso de verificação de descumprimento de obrigações tributárias, poderá acarretar o lançamento tributário, ato administrativo impositivo, de império, gravoso para os administrados. Por isso, o trabalho da fiscalização deve sempre demonstrar, com clareza e precisão, como determina a legislação, os motivos fáticos e jurídicos da lavratura da exigência. Lei 8.212/1991: Art. 37. Constatado o atraso total ou parcial no recolhimento de contribuições tratadas nesta Lei, ou em caso de falta de pagamento de benefício reembolsado, a fiscalização lavrará notificação de débito, com discriminação clara e precisa dos fatos geradores, das contribuições devidas e dos períodos a que se referem, conforme dispuser o regulamento. Lei 5.172/1966 – Código Tributário Nacional (CTN): Art. 142. Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário pelo lançamento, assim entendido o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível. Parágrafo único. A atividade administrativa de lançamento é vinculada e obrigatória, sob pena de responsabilidade funcional. Decreto 70.235/1972 – Processo Administrativo Fiscal (PAF): Art. 9°. A exigência do crédito tributário e a aplicação de penalidade isolada serão formalizados em autos de infração ou notificações de lançamento, distintos para cada tributo ou penalidade, os quais deverão estar instruídos com todos os termos, depoimentos, laudos e demais elementos de prova indispensáveis à comprovação do ilícito. (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009) Tal entendimento também está em consonância com o art. 50, § 1o, da Lei 9.784/1999, que estabelece a exigência de motivação clara, explícita e congruente. Lei 9.784/1999 – diploma que estabelece as regras no âmbito do processo administrativo federal: Fl. 708DF CARF MF Impresso em 12/06/2012 por SELMA RIBEIRO COUTINHO - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 16/05/2012 por RONALDO DE LIMA MACEDO, Assinado digitalmente em 16/05/20 12 por RONALDO DE LIMA MACEDO, Assinado digitalmente em 29/05/2012 por JULIO CESAR VIEIRA GOMES 6 Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos, quando: I neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses; II imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções; (...) §1o A motivação deve ser explícita, clara e congruente, podendo consistir em declaração de concordância com fundamentos de anteriores pareceres, informações, decisões ou garantia dos interessados. Com isso, decido converter o presente julgamento em diligência, a fim de que a Receita Federal do Brasil emita Parecer Fiscal sobre os argumentos trazidos na peça recursal (fls. 676/678) – inclusive deverá analisar a fidedignidade dos documentos de fls. 142/654. Após essa providência, o Fisco deve elaborar Parecer Fiscal conclusivo sobre a cópias de GFIP’s apresentadas (fls. 142/654), e se foram sanadas todas as irregularidades apontadas pelo Fisco. Por fim, após a emissão do Parecer, o Fisco deverá dar ciência à Recorrente desta decisão e do Parecer, com os demonstrativos e cópias que se fizerem necessários, e concederá prazo de 30 (trinta) dias, da ciência, para que a Recorrente, caso deseje, apresente recurso complementar. CONCLUSÃO: Diante do exposto, voto no sentido de CONVERTER O JULGAMENTO EM DILIGÊNCIA para as providências solicitadas. Ronaldo de Lima Macedo. Fl. 709DF CARF MF Impresso em 12/06/2012 por SELMA RIBEIRO COUTINHO - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 16/05/2012 por RONALDO DE LIMA MACEDO, Assinado digitalmente em 16/05/20 12 por RONALDO DE LIMA MACEDO, Assinado digitalmente em 29/05/2012 por JULIO CESAR VIEIRA GOMES
score : 1.0
Numero do processo: 10410.006345/2010-89
Turma: Segunda Turma Ordinária da Quarta Câmara da Segunda Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Tue Mar 12 00:00:00 UTC 2013
Data da publicação: Mon Apr 22 00:00:00 UTC 2013
Ementa: Assunto: Contribuições Sociais Previdenciárias
Período de apuração: 01/01/2005 a 30/12/2005
DECADÊNCIA - ARTS 45 E 46 LEI Nº 8.212/1991 - INCONSTITUCIONALIDADE - STF - SÚMULA VINCULANTE
De acordo com a Súmula Vinculante nº 08, do STF, os artigos 45 e 46 da Lei nº 8.212/1991 são inconstitucionais, devendo prevalecer, no que tange à decadência o que dispõe o § 4º do art. 150 ou art. 173 e incisos do Código Tributário Nacional, nas hipóteses de o sujeito ter efetuado antecipação de pagamento ou não.
LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO - DECADÊNCIA - TERMO A QUO
Na aplicação do § 4º do art. 150 do CTN, o termo "a quo" para o cálculo da decadência é a ocorrência do fato gerador. Assim, se o fato gerador ocorrer em 12/2005, o fisco tem prazo até 12/2010, inclusive, para efetuar o lançamento.
Recursos de Ofício e Voluntário Negado.
Numero da decisão: 2402-003.439
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento aos recursos de ofício e voluntário.
Júlio César Vieira Gomes Presidente
Ana Maria Bandeira- Relatora
Participaram do presente julgamento os Conselheiros: Júlio César Vieira Gomes, Ana Maria Bandeira, Lourenço Ferreira do Prado, Ronaldo de Lima Macedo, Thiago Taborda Simões e Nereu Miguel Ribeiro Domingues.
Nome do relator: ANA MARIA BANDEIRA
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ementa_s : Assunto: Contribuições Sociais Previdenciárias Período de apuração: 01/01/2005 a 30/12/2005 DECADÊNCIA - ARTS 45 E 46 LEI Nº 8.212/1991 - INCONSTITUCIONALIDADE - STF - SÚMULA VINCULANTE De acordo com a Súmula Vinculante nº 08, do STF, os artigos 45 e 46 da Lei nº 8.212/1991 são inconstitucionais, devendo prevalecer, no que tange à decadência o que dispõe o § 4º do art. 150 ou art. 173 e incisos do Código Tributário Nacional, nas hipóteses de o sujeito ter efetuado antecipação de pagamento ou não. LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO - DECADÊNCIA - TERMO A QUO Na aplicação do § 4º do art. 150 do CTN, o termo "a quo" para o cálculo da decadência é a ocorrência do fato gerador. Assim, se o fato gerador ocorrer em 12/2005, o fisco tem prazo até 12/2010, inclusive, para efetuar o lançamento. Recursos de Ofício e Voluntário Negado.
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decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento aos recursos de ofício e voluntário. Júlio César Vieira Gomes Presidente Ana Maria Bandeira- Relatora Participaram do presente julgamento os Conselheiros: Júlio César Vieira Gomes, Ana Maria Bandeira, Lourenço Ferreira do Prado, Ronaldo de Lima Macedo, Thiago Taborda Simões e Nereu Miguel Ribeiro Domingues.
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LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO DECADÊNCIA TERMO A QUO Na aplicação do § 4º do art. 150 do CTN, o termo "a quo" para o cálculo da decadência é a ocorrência do fato gerador. Assim, se o fato gerador ocorrer em 12/2005, o fisco tem prazo até 12/2010, inclusive, para efetuar o lançamento. Recursos de Ofício e Voluntário Negado. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 41 0. 00 63 45 /2 01 0- 89 Fl. 504DF CARF MF Impresso em 22/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 26/03/2013 por ANA MARIA BANDEIRA, Assinado digitalmente em 26/03/2013 p or ANA MARIA BANDEIRA, Assinado digitalmente em 17/04/2013 por JULIO CESAR VIEIRA GOMES 2 Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento aos recursos de ofício e voluntário. Júlio César Vieira Gomes – Presidente Ana Maria Bandeira Relatora Participaram do presente julgamento os Conselheiros: Júlio César Vieira Gomes, Ana Maria Bandeira, Lourenço Ferreira do Prado, Ronaldo de Lima Macedo, Thiago Taborda Simões e Nereu Miguel Ribeiro Domingues. Fl. 505DF CARF MF Impresso em 22/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 26/03/2013 por ANA MARIA BANDEIRA, Assinado digitalmente em 26/03/2013 p or ANA MARIA BANDEIRA, Assinado digitalmente em 17/04/2013 por JULIO CESAR VIEIRA GOMES Processo nº 10410.006345/201089 Acórdão n.º 2402003.439 S2C4T2 Fl. 3 3 Relatório Tratase de lançamento de contribuições devidas à Seguridade Social, correspondentes à contribuição dos segurados. Segundo o Relatório Fiscal (fls. 20/22), foram analisadas as notas de empenhos emitidas pela Prefeitura para as Secretarias da Saúde, Educação, Assistência Social, Administração e as demais Secretarias, no período de 01/2005 a 12/2005, com a finalidade de identificar os empregados contratados, como também os contribuintes individuais, incluídos os pagamentos de fretes de pessoa física. A auditoria fiscal informa que não houve descontos de todos os empregados contratados e nem a retenção de 11% para a Seguridade Social de todos os segurados que prestaram serviços na época. Como os valores constantes nas notas de empenho eram superiores àqueles informados em GFIP – Guia de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social, a auditoria fiscal efetuou o lançamento das contribuições incidentes sobre a diferença apurada. As bases de calculo das contribuições lançadas foram apuradas nos processos de empenhos das despesas com seus respectivos recibos e folhas de pagamentos, os quais são anexados por amostragem. A autuada teve ciência do lançamento em 22/12/2010 e apresentou defesa (fls. 462/464), onde alega que os créditos estariam extintos pela decadência. Pelo Acórdão nº Acórdão 1134.385 (fls. 471/473) a 7ª Turma da DRJ/Recife considerou a autuação procedente em parte e reconheceu a decadência das competências de 01 a 11/2005, mantendo as competências 12/2005 e 13/2005. Desta decisão, houve o recurso de ofício. Contra tal decisão, a autuada apresentou recurso onde alega que a competência 13/2005 também estava decaída quando da lavratura do auto de infração, haja vista que eram devidas antes de dezembro, além disso, o décimo terceiro foi efetivamente pago antes de 22/12/2005. No mesmo sentido, considera que a prestação de serviços referente à competência 12/2005 já tinha se realizado em 22/12/2005, razão pela qual esta competência também estaria decaída no momento da lavratura do auto de infração. É o relatório. Fl. 506DF CARF MF Impresso em 22/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 26/03/2013 por ANA MARIA BANDEIRA, Assinado digitalmente em 26/03/2013 p or ANA MARIA BANDEIRA, Assinado digitalmente em 17/04/2013 por JULIO CESAR VIEIRA GOMES 4 Voto Conselheira Ana Maria Bandeira, Relatora Não há óbice ao conhecimento dos recursos de ofício e voluntário. A recorrente questiona tão somente a decadência que embora tenha sido reconhecida e parte pela primeira instância, não atendeu ao pleiteado pela recorrente que entendia estar o lançamento integralmente fulminado pela decadência. O lançamento se deu em 22/12/2010, relativamente ao período de 01 a 12/2005, incluindo 13/2005, relativa ao décimo terceiro salário. A primeira instância reconheceu que estariam decadentes as competências de 01 a 11/2005, pela aplicação do art. 150 § 4º do Código Tributário Nacional e desta decisão recorreu de ofício. Inicialmente trato do recurso de ofício. A Súmula Vinculane nº 08 do Supremo Tribunal Federal declarou a inconstitucionalidade dos artigos 45 e 46 da Lei nº 8.212/1991 Portanto, para o cômputo da decadência é necessário verificar as disposições do Código Tributário Nacional a respeito da matéria. O Código Tributário Nacional trata da decadência no artigo 173, abaixo transcrito: “Art.173 O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extinguese após 5 (cinco) anos, contados: I do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado; II da data em que se tornar definitiva à decisão que houver anulado, por vício formal, o lançamento anteriormente efetuado. Parágrafo Único O direito a que se refere este artigo extingue se definitivamente com o decurso do prazo nele previsto, contado da data em que tenha sido iniciada a constituição do crédito tributário pela notificação, ao sujeito passivo, de qualquer medida preparatória indispensável ao lançamento.” Por outro lado, ao tratar do lançamento por homologação, o Códex Tributário definiu no art. 150, § 4º o seguinte: “Art.150 O lançamento por homologação, que ocorre quanto aos tributos cuja legislação atribua ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa, operase pelo ato em que a Fl. 507DF CARF MF Impresso em 22/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 26/03/2013 por ANA MARIA BANDEIRA, Assinado digitalmente em 26/03/2013 p or ANA MARIA BANDEIRA, Assinado digitalmente em 17/04/2013 por JULIO CESAR VIEIRA GOMES Processo nº 10410.006345/201089 Acórdão n.º 2402003.439 S2C4T2 Fl. 4 5 referida autoridade, tomando conhecimento da atividade assim exercida pelo obrigado, expressamente a homologa. ..................................... § 4º Se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de cinco anos a contar da ocorrência do fato gerador; expirado esse prazo sem que a Fazenda Pública se tenha pronunciado, considerase homologado o lançamento e definitivamente extinto o crédito, salvo se comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação.” Entretanto, tem sido entendimento constante em julgados do Superior Tribunal de Justiça, que nos casos de lançamento em que o sujeito passivo antecipa parte do pagamento da contribuição, aplicase o prazo previsto no § 4º do art. 150 do CTN, ou seja, o prazo de cinco anos passa a contar da ocorrência do fato gerador, uma vez que resta caracterizado o lançamento por homologação. Se, no entanto, o sujeito passivo não efetuar pagamento algum, nada há a ser homologado e, por conseqüência, aplicase o disposto no art. 173 do CTN, em que o prazo de cinco anos passa a ser contado do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado. Para corroborar o entendimento acima, colaciono alguns julgados no mesmo sentido: "TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL. TRIBUTO SUJEITO A LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO. PRAZO DECADENCIAL DE CONSTITUIÇÃO DO CRÉDITO. TERMO INICIAL. INTELIGÊNCIA DOS ARTS. 173, I, E 150, § 4º, DO CTN. 1. O prazo decadencial para efetuar o lançamento do tributo é, em regra, o do art. 173, I, do CTN, segundo o qual 'o direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue se após 5 (cinco) anos, contados: I do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado'. 2. Todavia, para os tributos sujeitos a lançamento por homologação —que, segundo o art. 150 do CTN, 'ocorre quanto aos tributos cuja legislação atribua ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa' e 'operase pelo ato em que a referida autoridade, tomando conhecimento da atividade assim exercida pelo obrigado, expressamente a homologa' — ,há regra específica. Relativamente a eles, ocorrendo o pagamento antecipado por parte do contribuinte, o prazo decadencial para o lançamento de eventuais diferenças é de cinco anos a contar do fato gerador, conforme estabelece o § 4º do art. 150 do CTN. Precedentes jurisprudenciais. 3. No caso concreto, o débito é referente à contribuição previdenciária, tributo sujeito a lançamento por homologação, e não houve qualquer antecipação de Fl. 508DF CARF MF Impresso em 22/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 26/03/2013 por ANA MARIA BANDEIRA, Assinado digitalmente em 26/03/2013 p or ANA MARIA BANDEIRA, Assinado digitalmente em 17/04/2013 por JULIO CESAR VIEIRA GOMES 6 pagamento. É aplicável, portanto, conforme a orientação acima indicada, a regra do art. 173, I, do CTN. 4. Agravo regimental a que se dá parcial provimento." (AgRg nos EREsp 216.758/SP, 1ª Seção, Rel. Min. Teori Albino Zavascki, DJ de 10.4.2006) "TRIBUTÁRIO. EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA. LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO. DECADÊNCIA. PRAZO QÜINQÜENAL. MANDADO DE SEGURANÇA. MEDIDA LIMINAR. SUSPENSÃO DO PRAZO. IMPOSSIBILIDADE. 1. Nas exações cujo lançamento se faz por homologação, havendo pagamento antecipado, contase o prazo decadencial a partir da ocorrência do fato gerador (art. 150, § 4º, do CTN), que é de cinco anos. 2. Somente quando não há pagamento antecipado, ou há prova de fraude, dolo ou simulação é que se aplica o disposto no art. 173, I, do CTN. Omissis. 4. Embargos de divergência providos." (EREsp 572.603/PR, 1ª Seção, Rel. Min. Castro Meira, DJ de 5.9.2005) No caso em tela, tratase do lançamento em que houve antecipação de pagamentos conforme informa a decisão de primeira instância e que também pode ser observado no Relatório de Documentos Apresentados. Assim, demonstrada a ocorrência de antecipação de pagamento, correta a aplicação do art. 150 § 4º do CTN, conforme decidiu a primeira instância, razão pela qual deve ser negado provimento ao recurso de ofício. Quanto ao recurso voluntário, entendo que a recorrente está equivocada quanto ao início da contagem do prazo decadencial. Na aplicação do § 4º do art. 150 do CTN, o termo "a quo" para o cálculo da decadência é a ocorrência do fato gerador. Assim, para os fatos geradores ocorridos na competência questionada, ou seja, 12/2005, o fisco terá até 12/2010 para efetuar o lançamento. Como o lançamento se deu em 22/12/2010, a competência 12/2005 não se encontrava decadente. O mesmo entendimento se aplica à competência 13/2005, uma vez que o fato gerador das contribuições relativas também ocorreu em 12/2005. Portanto, sem razão a recorrente quando pretende desconstituir o restante do lançamento. Fl. 509DF CARF MF Impresso em 22/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 26/03/2013 por ANA MARIA BANDEIRA, Assinado digitalmente em 26/03/2013 p or ANA MARIA BANDEIRA, Assinado digitalmente em 17/04/2013 por JULIO CESAR VIEIRA GOMES Processo nº 10410.006345/201089 Acórdão n.º 2402003.439 S2C4T2 Fl. 5 7 Diante do exposto e de tudo o mais que dos autos consta. Voto no sentido de CONHECER dos recursos DE OFÍCIO E VOLUNTÁRIO e NEGARLHES PROVIMENTO. É como voto. Ana Maria Bandeira Fl. 510DF CARF MF Impresso em 22/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 26/03/2013 por ANA MARIA BANDEIRA, Assinado digitalmente em 26/03/2013 p or ANA MARIA BANDEIRA, Assinado digitalmente em 17/04/2013 por JULIO CESAR VIEIRA GOMES
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Numero do processo: 11070.000433/00-02
Turma: Segunda Turma Ordinária da Quarta Câmara da Segunda Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Thu Dec 07 00:00:00 UTC 2000
Data da publicação: Thu Dec 07 00:00:00 UTC 2000
Ementa: IRF - ENTREGA EXTEMPORÂNEA DA DIRF - É cabível a aplicação da multa nos casos de entrega da DIRF fora dos prazos fixados, ainda que o contribuinte o faça espontaneamente, uma vez que não se caracteriza a denúncia espontânea de que trata o artigo 138, do CTN, em relação ao descumprimento de obrigações acessórias com prazo fixado em lei para todos os contribuintes obrigados a cumpri-las.
Recurso negado.
Numero da decisão: 104-17813
Decisão: Pelo voto de qualidade, NEGAR provimento ao recurso. Vencidos os Conselheiros Roberto William Gonçalves, José Pereira do Nascimento, João Luís de Souza Pereira e Remis Almeida Estol que proviam o recurso.
Nome do relator: Maria Clélia Pereira de Andrade
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Recurso negado. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos de recurso interposto por QUERO-QUERO S/A. ACORDAM os Membros da Quarta Câmara do Primeiro Conselho de Contribuintes, pelo voto de qualidade, NEGAR provimento ao recurso. Vencidos os Conselheiros Roberto William Gonçalves, José Pereira do Nascimento, João Luís de Souza Pereira e Remis Almeida Estol, que proviam o recurso, nos termos do relatório e voto que passam a integrar o presente julgado. LEILA MARIA SCHERRER LEITÃO PRESIDENTE - 40 • • RIA CLÉLIA PEREIRA D AND er RELATORA FORMALIZADO EM: 07 DEZ 7000 Participaram, ainda, do presente julgamento, os Conselheiros NELSON MALLMANN e ELIZABETO CARREIRO VARÃO. e; t. - MINISTÉRIO DA FAZENDA Tzitt PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES ; QUARTA CÂMARA Processo n°. : 11070.000433/00-02 Acórdão n°. : 104-17.813 Recurso n°. : 123.749 Recorrente : QUERO-QUERO S/A RELATÓRIO QUERO-QUERO S/A, jurisdicionada à Rua Gal. Borges Fortes, 98, Santa Rosa - RS, foi intimada a pagar a multa relativa ao atraso na entrega da DIRF no exercício de 1997. Tempestivamente, a contribuinte impugnou o lançamento, alegando em síntese: - que transmitiu sua DIRF, pela INTERNET, conforme comprova o documento de fls., em anexo; - que após efetuar a transmissão da DIRF, percebemos que não constava qualquer número de recepção por parte dos sistemas da Receita Federal; - que imediata, acionamos a Receita Federal de Santo Angelo para verificar se o procedimento estava correto e se não haveria maiores problemas, pois era a primeira vez que utilizávamos a entrega da DIRF via Internet; - fomos informados que uma vez acionado o sistema da Receita e tendo sido transmitida a informação com o conseqüente recibo de entrega o procedimento estava correto e concluído; 2 -- MINISTÉRIO DA FAZENDA ,tt,:i zst PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES ";;1, !;. • QUARTA CAMARA Processo n°. : 11070.000433/00-02 Acórdão n°. : 104-17.813 - em meados de dezembro de 1998, alguns beneficiários de restituição de IRRF, entraram em contato conosco para saber o porquê de não estarem recebendo suas restituições; - procuramos a Receita Federal e para nossa surpresa, constava como empresa com pendência de entrega da DIRF; - relatamos o ocorrido, tendo sido novamente transmitida a DIRF em 22/12/98, pelos próprios funcionários da Receita Federal em Santo Angelo - RS, com os mesmos dados constantes no disquete; - a contribuinte jamais foi omissa em relação ao cumprimento da obrigação fiscal. Requer seja considerado SEM EFEITO o Auto de Infração. A decisão singular, de fls., analisou detidamente cada argumento apresentado na defesa da autuada e expediu a Resolução de fls., determinando o encaminhamento do processo à Delegacia da Receita Federal em Santo Angelo para esclarecer se teriam ocorrido falhas nos sistemas de recepção de declarações da Receita Federal que pudessem ter impedido a contribuinte de enviar sua DIRF/97, através da Internet, e que se esclarecer se a empresa efetivamente procedeu à entrega de sua DIRF do exercício em questão, confirmando-se a validade do recibo com cópia à fls., esclarecendo-se ainda os registros de fls. Em resposta à Resolução supra, encontra-se o Termo de fls., informando o seguinte: 3 • MINISTÉRIO DA FAZENDA v znir, PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES f2-11, ,> QUARTA CÂMARA Processo n°. : 11070.000433/00-02 Acórdão n°. : 104-17.813 - não há registro de falhas no sistema de recepção da declaração no dia 27/02/98; - a contribuinte tentou transmitir sua declaração via correio eletrônico para o endereço da Receita Federal, sem nenhum comprovante de recebimento; - o recibo juntado aos autos, não é recibo de entrega de declaração enviada através da Internet, vez que o correto é a transmissão de declaração através do programa "Receitanet", com o recibo de entrega onde conste o agente receptor, data, hora e número do lote. Consta nos autos que a empresa apresentou sua DIRF/97, apenas em 22/12/98, quase dez meses após a data limite de entrega legalmente estabeleci* ou seja, 27/02/98. Com base nestas informações, a autoridade julgadora fundamentou sua decisão na legislação que entendeu pertinente, invocou a farta jurisprudência deste Conselho de Contribuintes e julgou procedente o lançamento. Ao tomar ciência da decisão singular a empresa interpôs recurso voluntário a este Colegiado, reiterando os argumentos constantes da peça impugnatória, transcreveu farta jurisprudência deste Conselho de Contribuintes sobre a matéria reforçando sua defesa e requereu a nulidade do Auto de Infração e a devolução de 30% referente ao depósito recursal. 4 MINISTÉRIO DA FAZENDA PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES QUARTA CÂMARA Processo n°. : 11070.000433/00-02 Acórdão n°. : 104-17.813 Recurso lido na íntegra em sessão. É o Relatório. 5 — MINISTÉRIO DA FAZENDA yt PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES QUARTA CAMARA Processo n°. : 11070.000433/00-02 Acórdão n°. : 104-17.813 VOTO Conselheira MARIA CLÉLIA PEREIRA DE ANDRADE, Relatora O recurso está revestido das formalidades legais. Versam os autos sobre a multa pelo atraso na entrega da DIRF do exercício de 1997. Conforme Resolução determinada pela autoridade singular, tem-se que nenhuma irregularidade no sistema da Receita Federal ficou comprovada. O recibo anexado aos autos não tem validade, pois o recibo, válido, consta o agente receptor, a data, hora e número do lote. É cristalino que a empresa equivocou-se na forma de transmissão da DIRF, pois não utilizou o programa correto que é o "Receitanet", o que não é motivo para dispensa da multa lançada. Em julgamento, os efeitos da denúncia espontânea, mais precisamente no que se refere à interpretação do art. 138 do CTN e seu alcance. Nos presentes autos, s.m.j., em sendo claro que o fato gerador nasce e se consuma exatamente no descumprimento da obrigação de entregar a DIRF no prazo regulamentar, o art. 138 do CTN não tem o condão de retroagir para acobertar o fato incriminado. 6 e k :41 "; • MINISTÉRIO DA FAZENDA sif 9-4 PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES QUARTA CAMARA Processo n°. : 11070.000433/00-02 Acórdão n°. : 104-17.813 Em outras palavras, a inteligência do art. 138 do CTN não pode levar o intérprete a concluir que o benefício nele contido passa alcançar o próprio fato gerador, que vem a ser a "mora" na entrega das informações. Essa visão decorre da sua própria redação, onde: 11_ acompanhado, se for o caso, do pagamento de tributo e dos juros de mora.' O atraso na entrega da DIRF constitui fato gerador imediato e irreversível, transformando a penalidade aplicada em obrigação principal, nos termos do art. 113, § 3° do CTN. Verbis: 'Art. 113- A obrigação tributária é principal ou acessória § 30 - A obrigação acessória, pelo simples fato de sua inobservância, converte-se em obrigação principal relativamente a penalidade pecuniária.' Cumpre esclarecer que esse tipo de exigência fiscal, a exemplo de outras, tem como escopo garantir ao Estado uma mais eficiente Administração dos Tributos, fato que afeta a sociedade como um todo, vez que influi da arrecadação e aplicação dos recursos, e, portanto, presente o "interesse público", que, obviamente, não poderia ser impedido ou atropelado pela própria legislação. 7 MINISTÉRIO DA FAZENDA •<;;;;Iltr PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES "z:12:-.'-r> QUARTA CÂMARA Processo n°. : 11070.000433/00-02 Acórdão n°. : 104-17.813 Pelo exposto, plenamente convencida da legalidade e oportunidade do lançamento, meu voto é no sentido de NEGAR provimento ao recurso. Sala das Sessões (DF), em 07 de dezembro de 2000 MARIA CLÉLIA EREIRA DE ANDRADE 8 Page 1 _0011300.PDF Page 1 _0011400.PDF Page 1 _0011500.PDF Page 1 _0011600.PDF Page 1 _0011700.PDF Page 1 _0011800.PDF Page 1 _0011900.PDF Page 1
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Numero do processo: 11070.000395/00-15
Turma: Segunda Turma Ordinária da Quarta Câmara da Segunda Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Tue Dec 05 00:00:00 UTC 2000
Data da publicação: Tue Dec 05 00:00:00 UTC 2000
Ementa: IRF - ENTREGA EXTEMPORÂNEA DA DIRF - É cabível a aplicação da multa nos casos de entrega da DIRF fora dos prazos fixados, ainda que o contribuinte o faça espontaneamente, uma vez que não se caracteriza a denúncia espontânea de que trata o artigo 138, do CTN, em relação ao descumprimento de obrigações acessórias com prazo fixado em lei para todos os contribuintes obrigados a cumpri-las.
Recurso negado.
Numero da decisão: 104-17771
Decisão: Pelo voto de qualidade, NEGAR provimento ao recurso. Vencidos os Conselheiros Roberto William Gonçalves, José Pereira do Nascimento, João Luís de Souza Pereira e Remis Almeida Estol que proviam o recurso.
Nome do relator: Maria Clélia Pereira de Andrade
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MINISTÉRIO DA FAZENDA PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES QUARTA CÂMARA Processo n°. : 11070.000395/00-15 Recurso n°. : 123.733 Matéria : IRF - Ano(s): 1997 Recorrente : QUERO-QUERO S/A Recorrida : DRJ em SANTA MARIA - RS Sessão de : 05 de dezembro de 2000 Acórdão n°. : 104-17.771 IRF - ENTREGA EXTEMPORÂNEA DA DIRF - É cabível a aplicação da multa nos casos de entrega da DIRF fora dos prazos fixados, ainda que o contribuinte o faça espontaneamente, uma vez que não se caracteriza a denúncia espontânea de que trata o artigo 138, do CTN, em relação ao descumprimento de obrigações acessórias com prazo fixado em lei para todos os contribuintes obrigados a cumpri-Ias. Recurso negado. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos de recurso interposto por QUERO-QUERO S/A ACORDAM os Membros da Quarta Câmara do Primeiro Conselho de Contribuintes, pelo voto de qualidade, NEGAR provimento ao recurso. Vencidos os Conselheiros Roberto VVilliam Gonçalves, José Pereira do Nascimento, João Luís de Souza Pereira e Remis Almeida Estol, que proviam o recurso, nos termos do relatório e voto que passam a integrar o presente julgado. 0.14511L LEILA MARIA SCHERRER LEITÃO PRESIDENTE 2-0;3k FélitaSt MARIA CLÉLIA PEREIRA DE ANDRAD RELATORA FORMALIZADO EM: 07 DEZ 2000 Participaram, ainda, do presente julgamento, os Conselheiros NELSON MALLMANN e ELIZABETO CARREIRO VARÃO. J.% ;14 1. jja-i, MINISTÉRIO DA FAZENDA PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES QUARTA CÂMARA Processo n°. : 11070.000395/00-15 Acórdão n°. : 104-17.771 Recurso n°. : 123.733 Recorrente : QUERO-QUERO S/A RELATÓRIO QUERO-QUERO S/A, jurisdicionada à Rua Bento Martins, 2516, Centro, Rosário do Sul, Rio Grande do Sul - RS, foi intimada a pagar a multa relativa ao atraso na entrega da DIRF no exercício de 1997. Tempestivamente, a contribuinte impugnou o lançamento, alegando em síntese: - que transmitiu sua DIRF, pela INTERNET, conforme comprova o documento de fls., em anexo; - que após efetuar a transmissão da DIRF, percebemos que não constava qualquer número de recepção por parte dos sistemas da Receita Federal; - que imediata, acionamos a Receita Federal de Santo Angelo para verificar se o procedimento estava correto e se não haveria maiores problemas, pois era a primeira vez que utilizávamos a entrega da DIRF via Internet; - fomos informados que uma vez acionado o sistema da Receita e tendo sido transmitida a informação com o conseqüente recibo de entrega o procedimento estava correto e concluído; 2 At 4,1 "`”=:-v-i; MINISTÉRIO DA FAZENDA vs-1.“ PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES QUARTA CAMARA Processo n°. : 11070.000395/00-15 Acórdão n°. : 104-17.771 - em meados de dezembro de 1998, alguns beneficiários de restituição de IRRF, entraram em contato conosco para saber o porquê de não estarem recebendo suas restituições; - procuramos a Receita Federal e para nossa surpresa, constava como empresa com pendência de entrega da DIRF; - relatamos o ocorrido, tendo sido novamente transmitida a DIRF em 22112/98, pelos próprios funcionários da Receita Federal em Santo Angelo - RS, com os mesmos dados constantes no disquete; - a contribuinte jamais foi omissa em relação ao cumprimento da obrigação fiscal. Requer seja considerado SEM EFEITO o Auto de Infração. A decisão singular, de fls., analisou detidamente cada argumento apresentado na defesa da autuada e expediu a Resolução de fls., determinando o encaminhamento do processo à Delegacia da Receita Federal em Santo Angelo para esclarecer se teriam ocorrido falhas nos sistemas de recepção de declarações da Receita Federal que pudessem ter impedido a contribuinte de enviar sua DIRF/97, através da Internet, e que se esclarecer se a empresa efetivamente procedeu à entrega de sua DIRF do exercício em questão, confirmando-se a validade do recibo com cópia à fls., esclarecendo-se ainda os registros de fls. Em resposta à Resolução supra, encontra-se o Termo de fls., informando o seguinte: 3 b.` - ?•Zy MINISTÉRIO DA FAZENDA PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES> QUARTA CÂMARA Processo n°. : 11070.000395100-15 Acórdão n°. : 104-17.771 - não há registro de falhas no sistema de recepção da declaração no dia 27/02/98; - a contribuinte tentou transmitir sua declaração via correio eletrônico para o endereço da Receita Federal, sem nenhum comprovante de recebimento; - o recibo juntado aos autos, não é recibo de entrega de declaração enviada através da Internet, vez que o correto é a transmissão de declaração através do programa "Receitanet", com o recibo de entrega onde conste o agente receptor, data, hora e número do lote. Consta nos autos que a empresa apresentou sua DIRF/97, apenas em 22/12/98, quase dez meses após a data limite de entrega legalmente estabelecida, ou seja, 27/02/98. Com base nestas informações, a autoridade julgadora fundamentou sua decisão na legislação que entendeu pertinente, invocou a farta jurisprudência deste Conselho de Contribuintes e julgou procedente o lançamento. Ao tomar ciência da decisão singular a empresa interpôs recurso voluntário a este Colegiado, reiterando os argumentos constantes da peça impugnatória, transcreveu farta jurisprudência deste Conselho de Contribuintes sobre a matéria reforçando sua defesa e requereu a nulidade do Auto de Infração e a devolução de 30% referente ao depósito recursal. 4 d-ik :"•:."2 ;z: it. MINISTÉRIO DA FAZENDA -:•frt PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES '';'2-1(14.,:t> QUARTA CÂMARA Processo n°. : 11070.000395100-15 Acórdão n°. : 104-17.771 Recurso lido na íntegra em sessão. É o Relatório. 5 ah. 4,) MINISTÉRIO DA FAZENDA PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES ';;211?;:t>. QUARTA CÂMARA Processo n°. : 11070.000395/00-15 Acórdão n°. : 104-17.771 VOTO Conselheira MARIA CLÉLIA PEREIRA DE ANDRADE, Relatora O recurso está revestido das formalidades legais. Versam os autos sobre a multa pelo atraso na entrega da DIRF do exercício de 1997. Conforme Resolução determinada pela autoridade singular, tem-se que nenhuma irregularidade no sistema da Receita Federal ficou comprovada. O recibo anexado aos autos não tem validade, pois o recibo, válido, consta o agente receptor, a data, hora e número do lote. É cristalino que a empresa equivocou-se na forma de transmissão da DIRF, pois não utilizou o programa correto que é o "Receitanet", o que não é motivo para dispensa da multa lançada. Em julgamento, os efeitos da denúncia espontânea, mais precisamente no que se refere à interpretação do art. 138 do CTN e seu alcance. Nos presentes autos, s.m.j., em sendo claro que o fato gerador nasce e se consuma exatamente no descumprimento da obrigação de entregar a DIRF no prazo regulamentar, o art. 138 do CTN não tem o condão de retroagir para acobertar o fato incriminado. 6 MINISTÉRIO DA FAZENDA -ItUr PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES QUARTA CÂMARA Processo n°. : 11070.000395100-15 Acórdão n°. : 104-17.771 Em outras palavras, a inteligência do art. 138 do CTN não pode levar o intérprete a concluir que o benefício nele contido passa alcançar o próprio fato gerador, que vem a ser a "mora" na entrega das informações. Essa visão decorre da sua própria redação, onde: "... acompanhado, se for o caso, do pagamento de tributo e dos juros de mora.' O atraso na entrega da DIRF constitui fato gerador imediato e irreversível, transformando a penalidade aplicada em obrigação principal, nos termos do art. 113, § 3° do CTN. Verbis: "Art. 113 - A obrigação tributária é principal ou acessória § 3° - A obrigação acessória, pelo simples fato de sua inobservância, converte-se em obrigação principal relativamente a penalidade pecuniária? Cumpre esclarecer que esse tipo de exigência fiscal, a exemplo de outras, tem como escopo garantir ao Estado uma mais eficiente Administração dos Tributos, fato que afeta a sociedade como um todo, vez que influi da arrecadação e aplicação dos recursos, e, portanto, presente o "interesse público", que, obviamente, não poderia ser impedido ou atropelado pela própria legislação. 7 ,;•N . MINISTÉRIO DA FAZENDA ;fp': PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES QUARTA CÂMARA Processo n°. : 11070.000395/00-15 Acórdão n°. : 104-17.771 Pelo exposto, plenamente convencida da legalidade e oportunidade do lançamento, meu voto é no sentido de NEGAR provimento ao recurso. Sala das Sessões (DF), em 05 de dezembro de 2000 MARIA CLÉL EREIRA DE ANDRADE Page 1 _0000200.PDF Page 1 _0000300.PDF Page 1 _0000400.PDF Page 1 _0000500.PDF Page 1 _0000600.PDF Page 1 _0000700.PDF Page 1 _0000800.PDF Page 1
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Numero do processo: 11070.000426/00-39
Turma: Segunda Turma Ordinária da Quarta Câmara da Segunda Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Wed Dec 06 00:00:00 UTC 2000
Data da publicação: Wed Dec 06 00:00:00 UTC 2000
Ementa: IRF - ENTREGA EXTEMPORÂNEA DA DIRF - É cabível a aplicação da multa nos casos de entrega da DIRF fora dos prazos fixados, ainda que o contribuinte o faça espontaneamente, uma vez que não se caracteriza a denúncia espontânea de que trata o artigo 138, do CTN, em relação ao descumprimento de obrigações acessórias com prazo fixado em lei para todos os contribuintes obrigados a cumpri-las.
Recurso negado.
Numero da decisão: 104-17794
Decisão: Pelo voto de qualidade, NEGAR provimento ao recurso. Vencidos os Conselheiros Roberto William Gonçalves, José Pereira do Nascimento, João Luís de Souza Pereira e Remis Almeida Estol que proviam o recurso.
Nome do relator: Maria Clélia Pereira de Andrade
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Recurso negado. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos de recurso interposto por QUERO-QUERO S/A. ACORDAM os Membros da Quarta Câmara do Primeiro Conselho de Contribuintes, pelo voto de qualidade, NEGAR provimento ao recurso. Vencidos os Conselheiros Roberto William Gonçalves, José Pereira do Nascimento, João Luís de Souza Pereira e Remis Almeida Estol, que proviam o recurso, nos termos do relatório e voto que passam a integrar o presente julgado. LEILA MARIA SCH RRER LEITÃO PRESIDENTE • aa_ 17..á A CLÉLIA PEREIRA DE D -4c G .1 RELATORA FORMALIZADO EM: 07 DEZ 2000 Participaram, ainda, do presente julgamento, os Conselheiros NELSON MALLMANN e ELIZABETO CARREIRO VARÃO. .• n.) MINISTÉRIO DA FAZENDA • • 'iritte PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES ‘,(V.2 QUARTA CÂMARA Processo n°. : 11070.000426/00-39 Acórdão n°. : 104-17.794 Recurso n°. : 123.742 Recorrente : QUERO-QUERO S/A RELATÓRIO • QUERO-QUERO S/A, jurisdicionada à Rua João Manoel, 299, Cruz Alta - RS, foi intimada a pagar a multa relativa ao atraso na entrega da DIRF no exercício de 1997. Tempestivamente, a contribuinte impugnou o lançamento, alegando em síntese: - que transmitiu sua DIRF, pela INTERNET, conforme comprova o documento de fls., em anexo; - que após efetuar a transmissão da DIRF, percebemos que não constava qualquer número de recepção por parte dos sistemas da Receita Federal; - que imediata, acionamos a Receita Federal de Santo Angelo para verificar se o procedimento estava correto e se não haveria maiores problemas, pois era a primeira vez que utilizávamos a entrega da DIRF via Internet; - fomos informados que uma vez acionado o sistema da Receita e tendo sido transmitida a informação com o conseqüente recibo de entrega o procedimento estava correto e concluído; 2 .• -- MINISTÉRIO DA FAZENDA PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES QUARTA CÂMARA Processo n°. : 11070.000426/00-39 Acórdão n°. : 104-17.794 - em meados de dezembro de 1998, alguns beneficiários de restituição de IRRF, entraram em contato conosco para saber o porquê de não estarem recebendo suas restituições; - procuramos a Receita Federal e para nossa surpresa, constava como empresa com pendência de entrega da DIRF; - relatamos o ocorrido, tendo sido novamente transmitida a DIRF em 22/12/98, pelos próprios funcionários da Receita Federal em Santo Angelo - RS, com os mesmos dados constantes no disquete; - a contribuinte jamais foi omissa em relação ao cumprimento da obrigação fiscal. Requer seja considerado SEM EFEITO o Auto de Infração. A decisão singular, de fls., analisou detidamente cada argumento apresentado na defesa da autuada e expediu a Resolução de fls., determinando o encaminhamento do processo à Delegacia da Receita Federal em Santo Angelo para esclarecer se teriam ocorrido falhas nos sistemas de recepção de declarações da Receita Federal que pudessem ter impedido a contribuinte de enviar sua DIRF/97, através da Internet, e que se esclarecer se a empresa efetivamente procedeu à entrega de sua DIRF do exercício em questão, confirmando-se a validade do recibo com cópia à fls., esclarecendo-se ainda os registros de fls. Em resposta à Resolução supra, encontra-se o Termo de fls., informando o seguinte: 3 .• MINISTÉRIO DA FAZENDA 1/4 1t. PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES 4.5 QUARTA CÂMARA Processo n°. : 11070.000426/00-39 Acórdão n°. : 104-17.794 - não há registro de falhas no sistema de recepção da declaração no dia 27/02/98; - a contribuinte tentou transmitir sua declaração via correio eletrônico para o endereço da Receita Federal, sem nenhum comprovante de recebimento; - o recibo juntado aos autos, não é recibo de entrega de declaração enviada através da Internet, vez que o correto é a transmissão de declaração através do programa "Receitanet", com o recibo de entrega onde conste o agente receptor, data, hora e número do lote. Consta nos autos que a empresa apresentou sua DIRF/97, apenas em 22/12/98, quase dez meses após a data limite de entrega legalmente estabelecida, ou seja, 27/02/98. Com base nestas informações, a autoridade julgadora fundamentou sua decisão na legislação que entendeu pertinente, invocou a farta jurisprudência deste Conselho de Contribuintes e julgou procedente o lançamento. Ao tomar ciência da decisão singular a empresa interpôs recurso voluntário a este Colegiado, reiterando os argumentos constantes da peça impugnatória, transcreveu farta jurisprudência deste Conselho de Contribuintes sobre a matéria reforçando sua defesa e requereu a nulidade do Auto de Infração e a devolução de 30% referente ao depósito recursal. 4 . • e I. t 9•4 MINISTÉRIO DA FAZENDA Z r1-1--,t PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES 4'4 11,!: QUARTA CÂMARA Processo n°. : 11070.000426/00-39 Acórdão n°. : 104-17.794 Recurso lido na íntegra em sessão. É o Relatório. 5 4. A 44 - MINISTÉRIO DA FAZENDA PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES QUARTA CÂMARA Processo n°. : 11070.000426/00-39 Acórdão n°. : 104-17.794 VOTO Conselheira MARIA CLÉLIA PEREIRA DE ANDRADE, Relatora O recurso está revestido das formalidades legais. Versam os autos sobre a multa pelo atraso na entrega da DIRF do exercício de 1997. Conforme Resolução determinada pela autoridade singular, tem-se que nenhuma irregularidade no sistema da Receita Federal ficou comprovada. O recibo anexado aos autos não tem validade, pois o recibo, válido, consta o agente receptor, a data, hora e número do lote. É cristalino que a empresa equivocou-se na forma de transmissão da DIRF, pois não utilizou o programa correto que é o "Receitanet", o que não é motivo para dispensa da multa lançada. Em julgamento, os efeitos da denúncia espontânea, mais precisamente no que se refere à interpretação do art. 138 do CTN e seu alcance. Nos presentes autos, s.m.j., em sendo claro que o fato gerador nasce e se consuma exatamente no descumprimento da obrigação de entregar a DIRF no prazo regulamentar, o art. 138 do CTN não tem o condão de retroagir para acobertar o fato incriminado. 6 1..k MINISTÉRIO DA FAZENDA ::4"--1:n ;• PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES QUARTA CÂMARA Processo n°. : 11070.000426/00-39 Acórdão n°. : 104-17.794 Em outras palavras, a inteligência do art. 138 do CTN não pode levar o intérprete a concluir que o benefício nele contido passa alcançar o próprio fato gerador, que vem a ser a "mora" na entrega das informações. Essa visão decorre da sua própria redação, onde: '... acompanhado, se for o caso, do pagamento de tributo e dos juros de mora.' O atraso na entrega da DIRF constitui fato gerador imediato e irreversível, transformando a penalidade aplicada em obrigação principal, nos termos do art. 113, § 30 do CTN. Verbis: "Art. 113 - A obrigação tributária é principal ou acessória § 30 - A obrigação acessória, pelo simples fato de sua inobservância, converte-se em obrigação principal relativamente a penalidade pecuniária." Cumpre esclarecer que esse tipo de exigência fiscal, a exemplo de outras, tem como escopo garantir ao Estado uma mais eficiente Administração dos Tributos, fato que afeta a sociedade como um todo, vez que influi da arrecadação e aplicação dos recursos, e, portanto, presente o "interesse público", que, obviamente, não poderia ser impedido ou atropelado pela própria legislação. 7 . . b. 49 I: MINISTÉRIO DA FAZENDA: 4 "ri.'" PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES QUARTA CÂMARA Processo n°. : 11070.000426/00-39 Acórdão n°. : 104-17.794 Pelo exposto, plenamente convencida da legalidade e oportunidade do lançamento, meu voto é no sentido de NEGAR provimento ao recurso. Sala das Sessões (DF), em 06 de dezembro de 2000 MARIA CLÉLIA "EREIRA DE ANDRADE 8 Page 1 _0027000.PDF Page 1 _0027100.PDF Page 1 _0027200.PDF Page 1 _0027300.PDF Page 1 _0027400.PDF Page 1 _0027500.PDF Page 1 _0027600.PDF Page 1
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Numero do processo: 11030.002233/98-93
Turma: Segunda Turma Ordinária da Quarta Câmara da Segunda Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Wed Dec 05 00:00:00 UTC 2001
Data da publicação: Wed Dec 05 00:00:00 UTC 2001
Ementa: GANHO DE CAPITAL - A inexistência de resultado positivo na alienação deixa sem base de cálculo a imposição tributária.
Recurso parcialmente provido.
Numero da decisão: 104-18472
Decisão: Por unanimidade de votos, DAR provimento PARCIAL ao recurso, para excluir da exigência o ganho de capital.
Nome do relator: Remis Almeida Estol
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Recurso parcialmente provido. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos de recurso interposto por GLADSTONE OSÓRIO MÁRSICO FILHO. ACORDAM os Membros da Quarta Câmara do Primeiro Conselho de Contribuintes, por unanimidade de votos, DAR provimento PARCIAL ao recurso, para excluir da exigência o ganho de capital, nos termos do relatório e voto que passam a integrar o presente julgado. LEILA MARIA SCHERRER LEITÃO PRESIDENTE 4411° R MIS ALMEIDA ESTO RELATOR FORMALIZADO EM: r2 1 MAR 2002 Participaram, ainda, do presente julgamento, os Conselheiros NELSON MALLMANN, MARIA CLÉLIA PEREIRA DE ANDRADE, ROBERTO WILLIAM GONÇALVES, JOSÉ PEREIRA DO NASCIMENTO, VERA CECÍLIA MATTOS VIEIRA DE MORAES e JOÃO LUÍS DE SOUZA PEREIRA 4 k 44 !4»1 'kr'ç MINISTÉRIO DA FAZENDA PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES QUARTA CÂMARA • Processo n°. : 11030.002233/98-93 Acórdão n°. : 104-18.472 Recurso n°. : 125.126 Recorrente : GLADSTONE OSÓRIO MÁRSICO FILHO RELATÓRIO Contra o contribuinte GLADSTONE OSÓRIO MÁRSICO FILHO, inscrito no CPF sob n.° 246.327.080-20, foi lavrado o Auto de Infração de fls. 01/11, com as seguintes acusações: - Rend. Trabalho Sem Vínculo Empregatício Recebido de Pessoas Físicas - Acréscimo Patrimonial a Descoberto - Ganhos de Capital na Alienação de Bens e Direitos - Glosa Deduções Despesas Médicas - Glosa Despesas Com Instrução - Multa Exigida Isoladamente Insurgindo-se contra a exigência, formula o interessado sua impugnação, cujas razões foram assim sintetizadas pela autoridade Julgadora: "O contribuinte, às fls. 280 a 288, impugna parcial e tempestivamente o auto de infração, juntando os documentos de fls. 289 a 307 e fazendo, em síntese, as alegações a seguir descritas. Quanto ao Acréscimo Patrimonial a Descoberto 2 MINISTÉRIO DA FAZENDA PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES QUARTA CÂMARA Processo n°. : 11030.002233/98-93 Acórdão n°. : 104-18.472 a) O procedimento fiscal não pode prosperar, primeiro, por falta de distinção conceituai entre declaração de rendimentos e declaração de bens. Enquanto a primeira é regida por dispositivos legais específicos que disciplinam a tributação dos rendimentos e recolhimento do IRPF sob um regime mensal, a declaração de bens destina-se a fornecer à Receita Federal os elementos necessários ao acompanhamento anual da evolução patrimonial dos contribuintes. b) Inexiste norma legal que autorize o controle do acréscimo patrimonial por períodos mensais. Consequentemente, isso somente é possível através do confronto de uma declaração de bens com outra, cuja apresentação é anual. c) O enunciado do parágrafo único do artigo 855 do RIR/1994 incide em equívoco quando dispõe que o "acréscimo da pessoa física será tributado mediante recolhimento mensal obrigatório" visto que o dispositivo regulamentar no qual se baseia (art. 115, § 1.°, e, do RIR/1994), não traduz o que prescreve o artigo 8.° da Lei n.° 7.713/1998 e, muito menos, o disposto no artigo 52 da Lei n.° 4.069/1962. d) Em março de 1993 deve ser computado o valor de Cr$.240.000.000,00 (19.734,63 UFIRs) referente ao valor da caminhonete Parati, ano 1990, de sua propriedade, entregue como parte do pagamento realizado na compra do automóvel VW Santana, ano 1989. Diz que a declaração e a cópia do recibo anexas comprovam o alegado. e) Recompondo-se os cálculos do demonstrativo da evolução patrimonial de fls. 238/240, mediante o cômputo do ingresso equivalente a 19.734,63 UFIRs, tratado no item anterior, e dele subtraindo o acréscimo patrimonial a descoberto do mês de março/1993, resta um saldo de recurso disponíveis de 9.778,67 UFIRs, que cobre o acréscimo patrimonial verificado no mês de novembro de 1993. f) Com relação ao acréscimo patrimonial a descoberto de dezembro de 1995, por meio do documento juntado à fls. 152, o impugnante fez prova de que, em 03/11/1995, recebeu a importância de R$.40.000,00, advinda de um sorteio promovido pela entidade Ypiranga Futebol Clube, que dá cobertura ao incremento patrimonial havido. Reforçando o exposto, junta, agora, cópia do expediente entregue à Receita Federal em 29/10/1998, não juntado pelo autuante. Está ainda no aguardo da cópia do cheque solicitada ao Banco do Brasil, protestando por sua juntada posterior. 3 MINISTÉRIO DA FAZENDA PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES QUARTA CÂMARA Processo n°. : 11030.002233/98-93 Acórdão n°. : 104-18.472 Quanto aos Ganhos de Capital. a) Com referência ao ganho apurado na venda do automóvel VW Logus GLS 2.0, ano/modelo 1993/1994, alega que o valor de alienação não foi o equivalente a 28.000,00 URVs, mas sim 28.000 UFIRs, tendo ocorrido um mero equívoco no apontamento do indexador utilizado na procuração de fls. 126. Observa que a procuração constitui-se num simples mandato, não consumativo do negócio, nela constando apenas um valor referencial de venda. A alienação, conforme atesta o documento de venda, ocorreu em setembro de 1994 pelo valor de R$.23.000,00, Para confirmar as alegações, anexa declaração da revenda VVV de Erechim, onde consta o valor R$ (URV) 27.267,20 como cotação do automóvel zero em abril e julho de 1994. Não seria possível, nem lógico, que após mais de sete meses de uso, o veículo valesse mais que um modelo zero km, quando o normal é sofrer uma desvalorização de aproximadamente 15% ao ano. Junta cópia de revista especializada que relaciona as cotações dos veículos usados na época. b) Deve ser alterado o ganho de capital apurado na venda do Conjunto 406 do Edifício Golden Gate, situado na Av. Iguaçu, 41, em Porto Alegre, RS. O custo de aquisição deve ser retificado de R$.6.096,58 para R$.27.521,21. Isso porque o imóvel foi adquirido em março de 1989 por NCz$.26.000,00, que corrigido monetariamente nos termos do Ato Declaratório n.° 76/1991, importa no equivalente a 33.210,63 UFIRs (NCz$.26.000,00 : 0,3737 = 69.574,53 x 285 = 19.928.741,05: 597,06 = 33.210,63 UFIRs). Convertendo- se esse valor em Reais e atualizando-o até 31/12/1995, tem-se o custo corrigido de R$.27.521,21 (33.210,63 x 0,6767 = 22.473,63 x 1,2246 = 27.521,21). Para comprovar o valor despendido na compra do imóvel, junta cópia do recibo de arras firmado pela vendedora em 31/03/1989. Nele consta estipulado o valor de NCz$.3.000,00 em 31/03/1989 e NCz$.23.000,00 na data da escritura. A cópia do extrato da conta bancária junto à Caixa 4 •• MINISTÉRIO DA FAZENDA PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES QUARTA CÂMARA Processo n°. : 11030.002233/98-93 Acórdão n°. : 104-18.472 Econômica Estadual confirma o desembolso das importâncias em 03104/1989 e 04/04/1989. Quanto às multas exigidas isoladamente. O Agente Fiscal aplicou a multa isolada prevista nos artigos 43 e 44, § 1.°, III, da Lei n.° 9.430/1996, no percentual de 75% sobre o IRPF incidente sobre rendimentos de aluguéis auferidos no transcorrer de 1997, que deixou de ser recolhido a título de camê-leão. O impugnante manifesta sua total inconformidade com a aplicação dessa penalidade sobre os valores dos acréscimos patrimoniais a descoberto nos meses de outubro e dezembro, visto que sobre o imposto exigido nesses meses já houve a incidência da multa de ofício de 75%, não podendo haver a imposição de dupla penalidade. Argumenta que o Conselho de Contribuintes, em suas decisões, tem reiteradamente determinado o cancelamento da aplicação de multas, em casos idênticos ao presente. Em respeito ao princípio constitucional da isonomia, pede que lhe seja atribuída o mesmo tratamento. Pelo exposto, pede o cancelamento das parcelas impugnadas da exigência e também que seja determinado ao setor de arrecadação a adoção dos procedimentos pertinentes ao pagamento parcelado das partes não contestadas do lançamento." Decisão singular entendendo parcialmente procedente o lançamento, apresentando a seguinte ementa: "GANHO DE CAPITAL Para a Legislação Tributária ocorre alienação e aquisição em qualquer operação que importe em transmissão ou promessa de transmissão de bens, a qualquer título, ou na cessão ou promessa de cessão de direitos à sua aquisição, ainda que efetuada por meio de instrumento particular. ACRÉSCIMO PATRIMONIAL A DESCOBERTO Comprovado que houve o ingresso de numerário, deve esse ser computado como origem de recursos para fins de cálculo da variação patrimonial. MULTA ISOLADA (CARNÊ-LEÃO). 5 MINISTÉRIO DA FAZENDA PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES QUARTA CÂMARA Processo n°. : 11030.002233/98-93 Acórdão n°. : 104-18.472 Sendo a procedência dos recursos que deram origem ao acréscimo patrimonial a descoberto desconhecida, os rendimentos omitidos não estão sujeitos ao recolhimento mensal do imposto, devendo apenas ser incluídos no ajuste anual. Assim, inexistindo a exigência do recolhimento do imposto, também, a omissão do pagamento não constitui infração. LANÇAMENTO PROCEDENTE EM PARTE." Devidamente cientificado dessa decisão em 13/11/2000, ingressa o contribuinte com tempestivo recurso voluntário em 29/1112000 (lido na íntegra). Deixa de manifestar-se a respeito a douta Procuradoria da Fazenda. É o Relatório>,.,I 24. MINISTÉRIO DA FAZENDA PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES ." QUARTA CÂMARA Processo n°. : 11030.002233/98-93 Acórdão n°. : 104-18.472 VOTO Conselheiro REMIS ALMEIDA ESTOL, Relator O recurso atende aos pressupostos de admissibilidade, devendo, portanto, ser conhecido. Ressalte-se também que o ora Recorrente observou a legislação de regência, efetuando o depósito correspondente a 30%, conforme comprova o DARF de fls. 330. Quanto ao mérito da questão, a única pendência devolvida a exame desta Câmara nesta oportunidade está vinculada a Ganhos de Capital na venda de um veiculo Volkswagen, Modelo Logus GLS 2.0, ano/modelo 1993/94, no importe de Cr$.18.954.765,48, equivalente a 25.592,76 Ufirs. Examinando as peças que formam o todo, entendo que a razão pende para o ora Recorrente. A decisão recorrida apoiou-se na procuração firmada pelo ora Recorrente (fls. 126), na qual o processado teria alienado o aludido imóvel por 28.000 URV, e recebido no ato o valor da operação, consoante consta do precitado instrumento. A afirmativa do Recorrente é que equivocou-se na indexação do valor da transação, fazendo as seguintes ponderações (fls. 327): 7 e MINISTÉRIO DA FAZENDA;-: •••:"?.- PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES QUARTA CÂMARA Processo n°. : 11030.002233/98-93 Acórdão n°. : 104-18.472 Fundamentalmente porque: a) "a alienação do aludido veículo, em maio/94, não foi pelo valor -equivalente a 28.000 URV, equivocadamente consignado no instrumento de procuração de fls. 126, mas, sim, a 28.000 UFIR; b) a procuração com base na qual o Fisco serviu-se para promover o lançamento, constitui um simples mandato, não consubstanciando um documento consumativo do negócio. Prossegue em reforço de suas assertivas, escorando-se no fato de que o seu engano está comprovado através de : 1. — através da cópia da revista especializada ("Auto Esporte n° 354") com a cotação dos veículos usados naquela época, nela constando a avaliação de R$ 22.550,00 (ou R$ 23.670,00) para o automóvel "Logus ano 1993, modelo 1994"; 2. — através da "declaração" prestada pela revendedora Volkswagen de Erechim, atestando que no período de abril a julho de 1994 a cotação do automóvel Logus GLS "zero" era equivalente a R$ (URV) 27.267,20. Comungo com o entendimento exteriorizado pelo processado de que não seria admissivel que um automóvel após sete meses de uso pudesse ter um valor superior a um veículo novo." A propósito, veja-se que o automóvel foi adquirido em 04.11.93 (fls. 262) e de nenhuma forma poderia valer mais do que um carro novo, quando é sobejo conhecimento que, em alguns casos, o mesmo perde até 30% do seu valor somente ao sair da revenda autorizada. Acresça-se ainda que o mercado de veículos leva em linha de conta o ano do veículo e aquisição, independentemente da quilometragem. Desta forma, um veículo havido em ano anterior (1993), ainda que o modelo fosse 94, não poderia de nenhuma forma superar um carro zero, porquanto neste comércio é levado em linha de conta o ano de fabricação. 8 MINISTÉRIO DA FAZENDA PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES QUARTA CÂMARA Processo n°. : 11030.002233/98-93 Acórdão n°. : 104-18.472 Por esta razão, entendo que efetivamente houve engano na fixação do valor do veículo, já que um auto adquirido em 04.11.93 por 42.990,10 UFIRs, jamais poderia ter um valor de venda no importe de 68.582,85 UFIRs. Nestas condições e considerando que remanescem outros créditos tributários, meu voto é no sentido de DAR provimento PARCIAL ao recurso, para excluir da exigência o ganho de capital relativo a venda do automóvel VW / Logus, em Maio de 1994. Sala das Sessões - DF, em 05 de dezembro de 2001 R MIS ALMEIDA ES OL 9 Page 1 _0030700.PDF Page 1 _0030800.PDF Page 1 _0030900.PDF Page 1 _0031000.PDF Page 1 _0031100.PDF Page 1 _0031200.PDF Page 1 _0031300.PDF Page 1 _0031400.PDF Page 1
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Numero do processo: 11040.000581/97-17
Turma: Segunda Turma Ordinária da Quarta Câmara da Segunda Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Tue Mar 19 00:00:00 UTC 2002
Data da publicação: Tue Mar 19 00:00:00 UTC 2002
Ementa: IMPOSTO DE RENDA SOBRE O LUCRO LÍQUIDO - COMPENSAÇÃO - TERMO INICIAL - Conta-se a partir da publicação da Resolução do Senado Federal nº 82/96, o prazo para a apresentação de requerimento de compensação dos valores indevidamente recolhidos a título de imposto de renda sobre o lucro líquido.
Recurso provido.
Numero da decisão: 104-18652
Decisão: Por unanimidade de votos, DAR provimento ao recurso.
Nome do relator: Remis Almeida Estol
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MINISTÉRIO DA FAZENDA ict;f1:1; PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES QUARTA CÂMARA Processo n°. : 11040.000581/97-17 Recurso n°. : 125.825 Matéria : IRPJ — Ex(s): 1990 e 1991 Recorrente : ORBID S/A - INDÚSTRIA E COMÉRCIO Recorrida : DRJ em PORTO ALEGRE - RS Sessão de : 19 de março de 2002 Acórdão n°. : 104-18.652 IMPOSTO DE RENDA SOBRE O LUCRO LIQUIDO — COMPENSAÇÃO — TERMO INICIAL - Conta-se a partir da publicação da Resolução do Senado Federal n° 82/96, o prazo para a apresentação de requerimento de compensação dos valores indevidamente recolhidos a titulo de imposto de renda sobre o lucro liquido. Recurso provido. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos de recurso interposto por ORBID S/A - INDÚSTRIA E COMÉRCIO. ACORDAM os Membros da Quarta Câmara do Primeiro Conselho de Contribuintes, por unanimidade de votos, DAR provimento ao recurso, nos termos do relatório e voto que passam a integrar o presente julgado. LEIL MARIA S HERRER LEITÃO PRESIDENTE • 40" MIS ALMEIDA ES OL RELATOR FORMALIZADO EM: 27 bui 2002 Participaram, ainda, do presente julgamento, os Conselheiros NELSON MALLMANN, MARIA CLÉLIA PEREIRA DE ANDRADE, ROBERTO WILLIAM GONÇALVES, JOSÉ PEREIRA DO NASCIMENTO, VERA CECíLIA MATTOS VIEIRA DE MORAES e JOÃO LUIS DE SOUZA PEREIRA. MINISTÉRIO DA FAZENDA At PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES QUARTA CÂMARA Processo n°. : 11040.000581/97-17 Acórdão n°. : 104-18.652 Recurso n°. : 125.825 Recorrente : ORBID S/A - INDÚSTRIA E COMÉRCIO RELATÓRIO Pretende o contribuinte ORBID S/A - INDÚSTRIA E COMÉRCIO, inscrito no CNPJ sob n.° 92.189.695/0001-10, a compensação de tributos indevidamente recolhidos a título de IRF sobre o Lucro Líquido, relativos a Declaração de Imposto de Renda dos exercícios de 1991 e 1990, anos base de 1990 e 1989, apresentando para tanto as razões e documentos que entendeu suficientes ao atendimento de seu pedido. A autoridade recorrida, ao examinar o pleito, assim sintetizou as razões apresentadas pelo requerente: 'Em 24 de abril de 2000, recorreu da decisão do Delegado da Receita Federal (fis. 58/61), argumentando que: a) o art. 35 da Lei n.° 7.713/1998 foi declarado inconstitucional, no que diz respeito à expressão "o acionista" nele contida, através de resolução do Senado Federal publicada em 19 de novembro de 1996; b) antes disso não tinha como pedir a restituição do tributo pago; c) o IRRF é lançado por homologação e, portanto, sua extinção, caso a Fazenda Pública não se pronuncie antes, só se dá cinco anos depois da ocorrência do fato gerador (art. 150, § 4.°, do CTN), só daí começando a fluir o prazo de cinco anos previstos no art. 168. I, do CTN; d) assim sendo, seu direito de pleitear a restituição ainda não havia decaído quando apresentou o pedido." 2 - MINISTÉRIO DA FAZENDA v.;;Tr;:rit n!_,,riÁS PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES QUARTA CÂMARA Processo n°. : 11040.000581/97-17 Acórdão n°. : 104-18.652 Decisão da D.R.J., a exemplo da Delegacia de Receita Federal, também entendeu improcedente a compensação, apresentando a seguinte ementa: "IRRF. COMPENSAÇÃO - Se o pagamento foi efetuado com base em lei posteriormente declarada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal, o direito de pleitear restituição ou compensação extingue-se em cinco anos a contar da data de extinção do crédito tributário, conforme Ato Declaratório SRF n.° 96, de 26 de novembro de 1999 e art. 168, I, do CTN. IRRF. EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO - Os créditos tributários referentes a tributos em relação aos quais o sujeito passivo tem o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame de autoridade administrativa (art. 150, caput, do CTN, que define o chamado "lançamento por homologação") se extinguem com o pagamento antecipado (art. 150, § 1.°, e 156, VII), nas demais modalidades, o pagamento também é causa de extinção (art. 156, I). SOLICITAÇÃO INDEFERIDA." Devidamente cientificada dessa decisão em 22/12/00, ingressa o contribuinte com tempestivo recurso voluntário em 24/01/01 (lido na integra). Deixa de manifestar-se a respeito a douta Procuradoria da Fazenda. É o Relatório. 3 MINISTÉRIO DA FAZENDAriát, PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES QUARTA CÂMARA Processo n°. : 11040.000581/97-17 Acórdão n°. : 104-18.652 VOTO Conselheiro REMIS ALMEIDA ESTOL, Relator O recurso atende aos pressupostos de admissibilidade, devendo, portanto, ser conhecido. A questão em discussão nestes autos reside na questão de saber se o recorrente possui direito à compensação do imposto de renda sobre o lucro líquido pleiteada e, além disso, se exerceu este direito dentro do prazo previsto na legislação tributária. Como já restou definido nas instâncias inferiores, é inequívoco o direito do recorrente ao ressarcimento dos valores recolhidos a título de imposto de renda retido na fonte nos termos do art. 35, da Lei n° 7.713/88 visto ter sido constituída sob a forma de sociedade por ações. Também é certo que os valores recolhidos, a este titulo, pela recorrente foram tiveram seu ingresso em receita confirmado (fls. 39/40). A fixação do termo inicial para a apresentação do pedido de restituição ou compensação de tributo pago indevidamente está estritamente vinculada ao momento em que o imposto passou a ser indevido. Antes deste momento os pagamentos efetuados pelos contribuintes eram pertinentes, já que em cumprimento de ordem legal. Isto quer dizer que, antes do reconhecimento da improcedência do imposto (pela declaração de inconstitucionalidade da norma que o instituiu), a recorrente e os demais contribuintes agiram dentro da presunção de legalidade e constitucionalidade da lei. 4 ,Yee.W MINISTÉRIO DA FAZENDA PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES QUARTA CÂMARA Processo n°. : 11040.000581/97-17 Acórdão n°. : 104-18.652 Mas, declarada a inconstitucionalidade — com efeito ema omnes - da lei veiculadora do tributo, este será o termo inicial para a apresentação do pedido de restituição, porque até este momento não havia razão para o descumprimento da norma, pura e simplesmente. Este, a propósito, foi o entendimento unânime desta Quarta Câmara: 'IMPOSTO DE RENDA SOBRE O LUCRO LIQUIDO — RESTITUIÇÃO — TERMO INICIAL. Conta-se a partir da publicação da Resolução do Senado Federal n° 82/96, o prazo para a apresentação de requerimento de restituição dos valores indevidamente recolhidos a titulo de imposto de renda sobre o lucro líquido. Recurso provido." (Recurso n° 15.288; Acórdão n°104-16.684; sessão de 15/10/98). Nessa linha, não hesito em afirmar que somente a partir da publicação da Resolução do Senado Federal n° 82 de 1996 (DOU de 19 de novembro de 1996) é que surgiu o direito da recorrente em pleitear a restituição do imposto pago. O dia 19/11/96 marca, portanto, o termo inicial para a apresentação do requerimento de compensação de que se trata nos autos. Como a recorrente apresentou seu pedido de compensação em 15 de maio de 1997, não há de se falar em decadência e, atendido este prazo, a compensação poderá alcançar o imposto recolhido em qualquer momento pretérito. Por todo o exposto, encaminho meu voto no sentido de DAR provimento ao recurso, para reformar a decisão recorrida e reconhecer o direito à compensação pleiteada. Sala das Sessões - DF, em 19 de maio de 2002 77V À' REMIS ALMEIDA ES OL 5 Page 1 _0050700.PDF Page 1 _0050900.PDF Page 1 _0051100.PDF Page 1 _0051300.PDF Page 1
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Numero do processo: 11040.001282/96-09
Turma: Segunda Turma Ordinária da Quarta Câmara da Segunda Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Thu Nov 09 00:00:00 UTC 2000
Data da publicação: Thu Nov 09 00:00:00 UTC 2000
Ementa: IRPF - RENDIMENTOS RECEBIDOS EM BENS - Os rendimentos percebidos em bens não se sujeitam à antecipação do imposto, de que tratam os artigos 7º, I, e 8º, da Lei nº 7.713, de 1988. Os valores correspondentes a tais bens, sujeitam-se entretanto, à incidência do imposto na declaração de ajuste anual, avaliados em espécie na data da respectiva percepção.
PENALIDADES - Ante o princípio ínsito no artigo 106, I, do CTN a superveniência de penalidade menos gravosa se estende a infrações pretéritas.
Recurso parcialmente provido.
Numero da decisão: 104-17750
Decisão: Por unanimidade de votos, DAR provimento PARCIAL ao recurso, para excluir a exigência a título de recolhimento mensal, mantendo-a exclusivamente na declaração de ajuste e reduzir a multa de ofício para 75%.
Nome do relator: Roberto William Gonçalves
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MINISTÉRIO DA FAZENDA';•"2:: PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES 40'^ QUARTA CÁMARA Processo n°. : 11040.001282/96-09 Recurso n°. : 123.840 Matéria : IRPF — Ex(s): 1996 Recorrente : ALAOR DOS SANTOS BETTEGA Recorrida : DRJ em PORTO ALEGRE - RS Sessão de : 09 de novembro de 2000 Acórdão n°. : 104-17.750 IRPF - RENDIMENTOS RECEBIDOS EM BENS - Os rendimentos percebidos em bens não se sujeitam à antecipação do imposto, de que tratam os artigos 7°, I, e 8°, da Lei n° 7.713, de 1988. Os valores correspondentes a tais bens, sujeitam-se entretanto, à incidência do imposto na declaração de ajuste anual, avaliados em espécie na data da respectiva percepção. PENALIDADES - Ante o princípio insito no artigo 106, I, do CTN a superveniência de penalidade menos gravosa se estende a infrações pretéritas. Recurso parcialmente provido. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos de recurso interposto por ALAOR DOS SANTOS BETTEGA, ACORDAM os Membros da Quarta Câmara do Primeiro Conselho de Contribuintes, por unanimidade de votos, DAR provimento PARCIAL ao recurso, para excluir a exigência a título de recolhimento mensal e reduzir a multa de ofício para 75%, nos termos do relatório e voto que passam a integrar o presente julgado. ARI SCHERtaER LEITÃO • si . IDENTE \lb .14 Aor/ ROBERTO WILLIAM GONÇALVES RELATOR FORMALIZADO EM: 27 ABR 2001 • • MINISTÉRIO DA FAZENDA 4_,ar •-•:it PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES QUARTA CÂMARA Processo n°. : 11040.001282/96-09 Acórdão n°. : 104-17.750 Participaram, ainda, do presente julgamento, os Conselheiros NELSON MALLMANN, MARIA CLÉLIA PEREIRA DE ANDRADE, JOSÉ PEREIRA DO NASCIMENTO, ELIZABETO CARREIRO VARÃO, JOÃO LUÍS DE SOUZA PEREIRA e REMIS ALMEIDA ESTOL. 2 . •• , : , . • . 0,(1.,•-a, 44,::!;•.* MINISTÉRIO DA FAZENDA ;-ei-Z,..“.'ke. PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES '1,v4.-!:jr. QUARTA CÂMARA Processo n°. : 11040.001282/96-09 Acórdão n°. : 104-17.750 Recurso n°. : 123.840 Recorrente : ALAOR DOS SANTOS BETTEGA RELATÓRIO Inconformado com a decisão do Delegado da Receita Federal de Julgamento em Porto Alegre, RS, que considerou parcialmente procedente a exação de fls. 01, o contribuinte em epígrafe, nos autos identificado, recorre a este Colegiado. Trata-se de lançamento de ofício do imposto de renda de pessoa física, atinente ao exercício financeiro de 1996, ano calendário de 1995, cujo fundamento material foram rendimentos recebidos de pessoa física, sem vínculo empregatício, no mês 02/95. De acordo com a fiscalização, o contribuinte recebeu, em 15.02.95, vários imóveis de pessoa física, a título de dação em pagamento por serviços prestados sem vínculo empregaticio, conforme escritura pública n° 2.423/019, acostada aos autos, no valor total de R$ 500.000,00. Por entender o fisco estarem sujeitos tais rendimentos ao recolhimento mensal obrigatório, foi exigido do contribuinte o carnê-leão, acrescido de multa agravada, de 150%, sob o argumento de descumprimento reiterado de exigência para prestação de informações. ê4 Ao impugnar o feito o sujeito passivo alega, em sintes 3 . . MINISTÉRIO DA FAZENDA PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES QUARTA CÂMARA Processo n°. : 11040.001282/96-09 Acórdão n°. : 104-17.750 1.- tratam-se de rendimentos devidos por pessoa jurídica, quitados pelo sócio proprietário, mediante dação em pagamento de imóveis de sua propriedade; 2.- os imóveis entregues em pagamento possuem valor inferior aos dos honorários devidos, conforme avaliação da Secretaria Estadual de Fazenda, em outubro/96; protesta pela juntada de outro laudo de avaliação, em prazo a ser estabelecido pela autoridade administrativa; . 3.- na tributação da pessoa física é imprescindível o regime de Caixa; assim, enquanto não alienados, descabida a tributação dos referidos imóveis; 4.- quanto ao agravamento de penalidade, o contribuinte atendeu às intimações. Apenas, justificadamente, deixou de fornecer dados referentes às contas bancárias, fundado nas normas vigentes e jurisprudência acerca do sigilo bancário, somente pode ser quebrado por decisão judicial; 5.- quanto à SELIC, como encargo moratório, questiona de sua constitucionalidade. A autoridade recorrida, ao se manifestar sobre o litígio, julga da procedência parcial do lançamento, em síntese, sob os seguintes argumentos: 1.- a perícia não se enquadra nos requisitos dos arts. 16 e 29 do Decreto n° 70.235/74 4 . .. .. . .. . MINISTÉRIO DA FAZENDA .' .;:t PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES,i-tea..- QUARTA CÂMARA Processo n°. : 11040.001282/96-09 Acórdão n°. : 104-17.750 2.-a legislação é explícita quanto à tributação do acréscimo patrimonial e da renda no momento da aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica, e não no momento em que estes acréscimos são transformados em dinheiro; 3.-o valor da operação, consignado em documento público, possui efeito "erga omnes"; 4.- do atendimento às intimações pelo contribuinte foi possível obter os dados para o lançamento de ofício. Não se pode agravar a multa de oficio pelo fato da não apresentação de dados bancários quando objeto da tributação foi a omissão de pagamento de carnê-leão devido a acréscimo patrimonial decorrente do recebimento de imóveis como pagamento por serviços prestados. 5.- Inapreciável matéria de inconstitucionalidade a nível administrativo, conforme Parecer Normativo n° 329/70 e artigo 102 da CF188; Na peça recursal são reiterados os argumentos impugnatórios. É o Relatóri 4k 5 . .- . MINISTÉRIO DA FAZENDAkm.4.-": -É:. . •-..)1.g- PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES ''s 'tgie' QUARTA CÂMARA Processo n°. : 11040.001282/96-09 Acórdão n°. : 104-17.750 VOTO Conselheiro ROBERTO WILLIAM GONÇALVES, Relator O recurso voluntário, protocolado em 19.02.97, atende às condições de sua admissibilidade. Dele, portanto, conheço. Que bens ou direitos, utilizados como forma de pagamento de serviços prestados, assalariado ou não, avaliados em dinheiro na data de sua percepção, constituam rendimentos tributáveis, não restam dúvidas, a dizer do artigo 198 do Decreto-lei n° 5844/43, reproduzido no artigo 58, IV, do RIR194. Que imóveis constitutivos de dação em pagamento por serviços prestados, tenham, como valor de sua avaliação monetária, até prova em contrário, o constante da própria escritura pública de dação em pagamento, e não a avaliação promovida pela Secretaria Estadual de Fazenda, seis meses após a escritura, para apenas efeitos do ITBI, é, igualmente, inquestionável. Outrossim, simples alegação de que a dação em pagamento se deu por serviços prestados a pessoa jurídica não invalida a prova documental de que os bens doados provieram de pessoa física, conforme documentos de fls. 37/38. A questão de fundo, portanto, é legal: se rendimentos dessa natureza rif estariam sujeitos à eventual antecipação tributária, conforme prescrita nos artigos ° da Lei 6 . • • - MINISTÉRIO DA FAZENDA PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES 4:»';-=-14T-r"';" QUARTA CÂMARA Processo n°. : 11040.001282/96-09 Acórdão n°. : 104-17.750 n°7.713/88, artigo 4° da Lei n° 8.134/90, 5° da Lei n° 8.383/91 e, em particular, 8°, da Lei n° 8.981/95. No caso, conforme ressaltado anteriormente, a própria autoridade recorrida reconheceu tratarem-se de disponibilidades econômicas ou jurídicas, não financeiras. No texto de seu decisório consta, "verbis": "O citado regime de Caixa se aplica a um das espécies dos fatos geradores do IRPF, que são as disponibilidades recebidas em dinheiro. Todavia, o contribuinte obteve rendimentos classificados em outra espécie dos fatos geradores, isto é, acréscimo patrimonial decorrente de dação de imóveis por serviços prestados." Ora, de um lado, o mencionado diploma legal: § único, tanto do artigo 5° da Lei n° 8.383/91, como da Lei n° 8.981/95, evidenciam que a antecipação tributária, prevista no artigo 8° da Lei n° 7.713/88, somente é exigível sobre rendimentos efetivamente recebidos no mês. Aliás, o próprio artigo 8°, em comento, diz respeito a rendimentos recebidos. E o artigo 58 do Decreto n° 1.041/94, explicita a tributação na declaração anual de ajuste de rendimentos recebidos na forma de bens ou direitos, avaliados em dinheiro na data de sua percepção. Mencione-se que, mesmo para trabalho assalariado, somente há incidência na fonte sobre rendimentos pagos, Lei n° 7.713/88, artigo 7°, I. Em síntese, a exigência da antecipação se fundamenta na disponibilidade financeira do contribuinte. Não apenas, econômica ou jurídica, visto que o pagamento de tributo, fikua antecipação, se processa, regra geral, em moeda corrente. Não em bens ou direitos.kW `IS 7 . " • _ • . MINISTÉRIO DA FAZENDA PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES 4,- a QUARTA CÂMARA Processo n°. : 11040.001282/96-09 Acórdão n°. : 104-17.750 Por fim, o principio da reserva legal (CTN, artigo 97, III) e a legislação ordinária deixam, pois, explicito que a percepção de rendimentos em bens ou direitos não é fato gerador de qualquer antecipação tributária, por não configurarem disponibilidade financeira que permita ao sujeito passivo arcar com o ônus da antecipação. Por outro lado, ao contrário da proposição do recorrente, os rendimentos percebidos em imóveis como dação em pagamento, ainda que advenham de pessoa física, se sujeitam ao tributo na declaração anual de ajuste. Não quando da sua eventual alienação, quando convertidos em disponibilidade financeira. Assim, é de se manter a tributação dos rendimentos percebidos em bens imóveis, por dação em pagamento, na declaração de rendimentos, não se sujeitando ao disposto no artigo 8° da Lei n° 7.713/88. Na hipótese de tributação alegada pelo recorrente (incidência de imposto quando da alienação do bem) ocorrerá nova hipótese de incidência de tributo, porém, sobre eventual ganho que venha a ser obtido com a operação de alienação do referido bem. Quanto à penalidade de ofício, agravada no lançamento e reduzida para 100% pela autoridade recorrida, face do disposto no artigo 44 da Lei n° 9.430/96 e ante o principio da retroatividade benigna, insito no artigo 106, I, do CTN, deve esta ser reduzida para 75%. Finalmente, quanto à SELIC, não cabe, a nivel de decisório administrativo, singular ou colegiado, questionar sua constitucion -À- de, matéria afeta a poder próprio, uma vez promulgado o dispositivo legal questiona • •.e-b, 111 a • : • , . . • , MINISTÉRIO DA FAZENDA t.„.,t•I'i',-ttgte: PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES QUARTA CÂMARA Processo n°. : 11040.001282/96-09 Acórdão n°. : 104-17.750 Nesta ordem de juízo, dou provimento parcial ao recurso, para excluir a exigência a título de recolhimento mensal e reduzir a multa de ofício para 75%. \ • - s Sessões - DF, em 09 de novembro de 2000 4~14 iv _..--1 • e BERTO WILLIAM GONÇALVES 9 Page 1 _0008400.PDF Page 1 _0008500.PDF Page 1 _0008600.PDF Page 1 _0008700.PDF Page 1 _0008800.PDF Page 1 _0008900.PDF Page 1 _0009000.PDF Page 1 _0009100.PDF Page 1
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