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Numero do processo: 23034.000080/2002-81
Turma: Terceira Turma Especial da Segunda Seção
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Thu Feb 12 00:00:00 UTC 2015
Data da publicação: Wed Feb 25 00:00:00 UTC 2015
Ementa: Assunto: Outros Tributos ou Contribuições
Período de apuração: 01/12/1997 a 31/12/1998
RECURSO INTEMPESTIVO. NÃO CONHECIMENTO.
O prazo para interposição de recurso é peremptório. O recurso voluntário apresentado após o prazo legal não deve ser conhecido.
Recurso Voluntário Não Conhecido.
Numero da decisão: 2803-004.097
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em não conhecer do recurso em razão da intempestividade.
(Assinado digitalmente)
Helton Carlos Praia de Lima Presidente e Relator
Participaram do presente julgamento, os Conselheiros Helton Carlos Praia de Lima, Oseas Coimbra Júnior, Gustavo Vettorato, Eduardo de Oliveira, Amilcar Barca Teixeira Junior e Ricardo Magaldi Messetti.
Nome do relator: HELTON CARLOS PRAIA DE LIMA
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ementa_s : Assunto: Outros Tributos ou Contribuições Período de apuração: 01/12/1997 a 31/12/1998 RECURSO INTEMPESTIVO. NÃO CONHECIMENTO. O prazo para interposição de recurso é peremptório. O recurso voluntário apresentado após o prazo legal não deve ser conhecido. Recurso Voluntário Não Conhecido.
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SALÁRIOEDUCAÇÃO Recorrente VARIG S/A VIAÇÃO AÉREA RIO GRAN DENSE Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: OUTROS TRIBUTOS OU CONTRIBUIÇÕES Período de apuração: 01/12/1997 a 31/12/1998 RECURSO INTEMPESTIVO. NÃO CONHECIMENTO. O prazo para interposição de recurso é peremptório. O recurso voluntário apresentado após o prazo legal não deve ser conhecido. Recurso Voluntário Não Conhecido. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em não conhecer do recurso em razão da intempestividade. (Assinado digitalmente) Helton Carlos Praia de Lima – Presidente e Relator Participaram do presente julgamento, os Conselheiros Helton Carlos Praia de Lima, Oseas Coimbra Júnior, Gustavo Vettorato, Eduardo de Oliveira, Amilcar Barca Teixeira Junior e Ricardo Magaldi Messetti. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 23 03 4. 00 00 80 /2 00 2- 81 Fl. 173DF CARF MF Impresso em 25/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 13/02/2015 por HELTON CARLOS PRAIA DE LIMA, Assinado digitalmente em 13/ 02/2015 por HELTON CARLOS PRAIA DE LIMA Processo nº 23034.000080/200281 Acórdão n.º 2803004.097 S2TE03 Fl. 174 2 Relatório DO LANÇAMENTO FISCAL Conforme Informação n° 90/2005 DIADE/CGACI/DIFIN/FNDE/MEC, processo nº 23034.000080/200281, empresa: VARIG S/A VIAÇÃO AÉREA RIO GRANDENSE – PE, CNPJ nº 92.772.821/024934, em 17 de outubro de 2005, fls. 20/22 dos autos digitalizados, tratase Notificação para Recolhimento de Débito – NRD nº 23/2002, de contribuição social para o Salárioeducação/FNDE, referente às competências 12/97 e 12/98. O contribuinte foi cientificado da notificação (NRD), todavia não apresentou impugnação. Foi declarada a revelia do contribuinte, decidindose pela procedência da notificação fiscal. O contribuinte foi cientificado da revelia em 24/05/2006 (fl. 26), apresentado recurso voluntário em 12/07/2006 (fls. 31/53, requerendo em síntese: concessão de prazo suplementar de 20 dias para carrear aos autos documentação comprobatória dos reembolsos feitos aos funcionários do Auxilio Escola; a anulação do lançamento fiscal pela falta de motivação, que seja pela duplicidade da cobrança ou pela inconstitucionalidade da contribuição guerreada. Consta, também, dos autos Informação n° 75/2005 DIADE/CGACI/DIFIN/FNDE/MEC, processo nº 23034.000086/200259, empresa: VARIG S/A VIAÇÃO AÉREA RIO GRANDENSE – AM, CNPJ nº 92.772.821/031124, em 17 de outubro de 2005, fls. 97/99 dos autos digitalizados, referente a Notificação para Recolhimento de Débito – NRD nº 29/2002, de contribuição social para o Salárioeducação/FNDE, referente às competências 12/96, 12/97, 06/98, 12/98 e 06/99. O contribuinte foi cientificado da notificação (NRD), todavia não apresentou impugnação. Foi declarada a revelia do contribuinte, decidindose pela procedência da notificação fiscal. O contribuinte foi cientificado da revelia em 22/05/2006 (fl. 104), apresentado recurso voluntário em 12/07/2006 (fls. 106/126, requerendo em síntese: concessão de prazo suplementar de 20 dias para carrear aos autos documentação comprobatória dos reembolsos feitos aos funcionários do Auxilio Escola; a anulação do lançamento fiscal pela falta de motivação, que seja pela duplicidade da cobrança ou pela inconstitucionalidade da contribuição guerreada. É o relatório. Fl. 174DF CARF MF Impresso em 25/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 13/02/2015 por HELTON CARLOS PRAIA DE LIMA, Assinado digitalmente em 13/ 02/2015 por HELTON CARLOS PRAIA DE LIMA Processo nº 23034.000080/200281 Acórdão n.º 2803004.097 S2TE03 Fl. 175 3 Voto Conselheiro Helton Carlos Praia de Lima, Relator INTEMPESTIVIDADE DO RECURSO A tempestividade constitui requisito indispensável à admissibilidade do recurso. Processo nº 23034.000080/200281, empresa: VARIG S/A VIAÇÃO AÉREA RIO GRANDENSE – PE, CNPJ nº 92.772.821/024934, Notificação para Recolhimento de Débito – NRD nº 23/2002, referente às competências 12/97 e 12/98: O contribuinte foi cientificado da revelia em 24/05/2006 (fl. 26), apresentado recurso voluntário em 12/07/2006 (fls. 32). O prazo para recurso é de 30 (trinta) dias após a ciência da decisão, nos termos do art. 33 do Decreto 70.235/72. Iniciandose no dia seguinte ao da ciência em 25/05/2006 encerraria o prazo para interposição de recurso em 23/06/2006. O contribuinte apresentou recurso somente em 12/07/2006. Destarte, o recurso voluntário não pode ser conhecido. O SECAT Serviço de Controle e Acompanhamento Tributário da Receita Federal também referenda as datas citadas, reconhecendo a intempestividade do recurso, folhas 77. Processo nº 23034.000086/200259, empresa: VARIG S/A VIAÇÃO AÉREA RIO GRANDENSE – AM, CNPJ nº 92.772.821/031124, Notificação para Recolhimento de Débito – NRD nº 29/2002, referente às competências 12/96, 12/97, 06/98, 12/98 e 06/99: O contribuinte foi cientificado da revelia em 22/05/2006 (fl. 104), apresentado recurso voluntário em 12/07/2006 (fls. 107). O prazo para recurso é de 30 (trinta) dias após a ciência da decisão, nos termos do art. 33 do Decreto 70.235/72. Iniciandose no dia seguinte ao da ciência em 23/05/2006 encerraria o prazo para interposição de recurso em 21/06/2006. O contribuinte apresentou recurso somente em 12/07/2006. Destarte, o recurso voluntário não pode ser conhecido. O SECAT Serviço de Controle e Acompanhamento Tributário da Receita Federal também referenda as datas citadas, reconhecendo a intempestividade do recurso, folhas 169. CONCLUSÃO Pelo exposto, voto por não conhecer do recurso, em razão da intempestividade. Fl. 175DF CARF MF Impresso em 25/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 13/02/2015 por HELTON CARLOS PRAIA DE LIMA, Assinado digitalmente em 13/ 02/2015 por HELTON CARLOS PRAIA DE LIMA Processo nº 23034.000080/200281 Acórdão n.º 2803004.097 S2TE03 Fl. 176 4 (assinado digitalmente) Helton Carlos Praia de Lima Fl. 176DF CARF MF Impresso em 25/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 13/02/2015 por HELTON CARLOS PRAIA DE LIMA, Assinado digitalmente em 13/ 02/2015 por HELTON CARLOS PRAIA DE LIMA
score : 1.0
Numero do processo: 10680.017665/2003-55
Turma: Terceira Turma Ordinária da Primeira Câmara da Primeira Seção
Câmara: Primeira Câmara
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Thu Oct 23 00:00:00 UTC 2014
Data da publicação: Thu Apr 02 00:00:00 UTC 2015
Ementa: Assunto: Processo Administrativo Fiscal
Ano-calendário: 2000
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO.
O acolhimento de embargos de declaração pressupõe a comprovação da ocorrência no acórdão de obscuridade, omissão ou contradição entre a decisão e os seus fundamentos, ou for omitido ponto sobre o qual devia pronunciar-se a turma julgadora.
PERC. REGULARIDADE FISCAL.
No exame de Perc - Pedido de Revisão de Ordem de Incentivos Fiscais, a exigência do Fisco de comprovação de regularidade fiscal deve se ater ao período ao que se referir a Declaração de Rendimentos da Pessoa Jurídica na qual se deu a opção pelo incentivo, admitindo-se a apresentação pela contribuinte da prova da quitação em qualquer fase processual.
Numero da decisão: 1103-001.134
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos,
ACORDAM os membros do colegiado, rejeitar os embargos por unanimidade.
Aloysio José Percínio da Silva Presidente e Relator
(assinatura digital)
Participaram do julgamento os Conselheiros Composição da Turma: Conselheiros Eduardo Martins Neiva Monteiro, Fábio Nieves Barreira, André Mendes de Moura, Breno Ferreira Martins Vasconcelos, Cristiane Silva Costa e Aloysio José Percínio da Silva.
Nome do relator: ALOYSIO JOSE PERCINIO DA SILVA
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ementa_s : Assunto: Processo Administrativo Fiscal Ano-calendário: 2000 EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. O acolhimento de embargos de declaração pressupõe a comprovação da ocorrência no acórdão de obscuridade, omissão ou contradição entre a decisão e os seus fundamentos, ou for omitido ponto sobre o qual devia pronunciar-se a turma julgadora. PERC. REGULARIDADE FISCAL. No exame de Perc - Pedido de Revisão de Ordem de Incentivos Fiscais, a exigência do Fisco de comprovação de regularidade fiscal deve se ater ao período ao que se referir a Declaração de Rendimentos da Pessoa Jurídica na qual se deu a opção pelo incentivo, admitindo-se a apresentação pela contribuinte da prova da quitação em qualquer fase processual.
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O acolhimento de embargos de declaração pressupõe a comprovação da ocorrência no acórdão de obscuridade, omissão ou contradição entre a decisão e os seus fundamentos, ou for omitido ponto sobre o qual devia pronunciarse a turma julgadora. PERC. REGULARIDADE FISCAL. No exame de Perc Pedido de Revisão de Ordem de Incentivos Fiscais, a exigência do Fisco de comprovação de regularidade fiscal deve se ater ao período ao que se referir a Declaração de Rendimentos da Pessoa Jurídica na qual se deu a opção pelo incentivo, admitindose a apresentação pela contribuinte da prova da quitação em qualquer fase processual. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos, ACORDAM os membros do colegiado, rejeitar os embargos por unanimidade. Aloysio José Percínio da Silva – Presidente e Relator (assinatura digital) AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 68 0. 01 76 65 /2 00 3- 55 Fl. 233DF CARF MF Impresso em 02/04/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 01/04/2015 por ALOYSIO JOSE PERCINIO DA SILVA, Assinado digitalmente em 01/04/2015 por ALOYSIO JOSE PERCINIO DA SILVA Processo nº 10680.017665/200355 Acórdão n.º 1103001.134 S1C1T3 Fl. 3 2 Participaram do julgamento os Conselheiros Composição da Turma: Conselheiros Eduardo Martins Neiva Monteiro, Fábio Nieves Barreira, André Mendes de Moura, Breno Ferreira Martins Vasconcelos, Cristiane Silva Costa e Aloysio José Percínio da Silva. Relatório Tratase pedido de revisão de ordem de incentivos fiscais (Perc) do Banco Bemge S/A, atual Banco Itaú BBA S/A, formulado em 28/11/2003 (fls. 03)1 com opção de aplicação no Finor. O pedido, relativo à DIPJ/2001 – anocalendário 2000, foi indeferido pela Deinf/São PauloSP, em razão de divergência de valor do incentivo. Entretanto, o pedido foi negado sem exame dessa matéria, tendo em vista a existência de pendências da peticionária na Receita Federal e na Procuradoria da Fazenda Nacional (PFN), o que impossibilitava o gozo do benefício, nos termos do art. 60 da Lei 9.069/95, conforme despacho decisório de fls. 112. Em face de tempestiva manifestação de inconformidade da contribuinte (fls. 118), o órgão de primeira instância ratificou o indeferimento do Perc por intermédio do Acórdão nº 1614.374/2007 (fls. 162). A contribuinte interpôs recurso voluntário (fls. 170), provido mediante o Acórdão nº 110100.283/2009 (fls. 193), assim resumido: "Assunto: Normas de Administração Tributária Anocalendário: 2000 Ementa: INCENTIVO FISCAL. FINOR. PERC. A verificação da regularidade fiscal do contribuinte, para fins do disposto no art. 60 da Lei 9.069/1995, deve se reportar ao momento em que é feita a opção na declaração de rendimentos." A Turma julgadora decidiu "determinar o retorno dos autos à repartição de origem para exame de mérito relativo ao valor do incentivo fiscal." O d. Delegado da Deinf/São Paulo opôs embargos de declaração ao fundamento de ocorrência de contradição e obscuridade (fls. 206). É o relatório. 1 As folhas dos autos estão indicadas conforme a numeração atribuída pelo sistema "eprocesso". Fl. 234DF CARF MF Impresso em 02/04/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 01/04/2015 por ALOYSIO JOSE PERCINIO DA SILVA, Assinado digitalmente em 01/04/2015 por ALOYSIO JOSE PERCINIO DA SILVA Processo nº 10680.017665/200355 Acórdão n.º 1103001.134 S1C1T3 Fl. 4 3 Voto Conselheiro Aloysio José Percínio da Silva – Relator. O processo foi distribuído a este relator em razão do comando do art. 3º, § 4º, da Portaria MF 256/2009: "Art. 3° Os recursos já sorteados aos conselheiros anteriormente à edição desta Portaria não serão devolvidos ou redistribuídos e serão julgados na turma para a qual o conselheiro for designado. (...) § 4° Os processos que retornem de diligência e os com embargos de declaração interpostos em face de acórdãos exarados em sessões anteriores à vigência deste Regimento Interno serão distribuídos ao relator original do recurso, salvo quando estiver atuando em colegiado com especialização diversa da do anterior." (Destaque acrescido) Segundo a autoridade da Receita Federal encarregada da execução do acórdão: "O Relator do acórdão deixou consignado, em seus fundamentos, que a verificação da regularidade fiscal do contribuinte, para fins do disposto no art. 60 da Lei nº 9.069/95, deve se reportar ao momento em que é feita a opção pelo incentivo fiscal na declaração de rendimentos, e não na data do despacho que decide o PERC. Mais adiante, no entanto, aceita como prova da regularidade fiscal uma certidão positiva com efeitos de negativa emitida em 15.05.2007 e com validade até 11.11.2007, a qual, certamente, não se presta a demonstrar a regularidade na data da opção pelo incentivo. Dai entendermos ter ficado caracterizada contradição com o fundamento anteriormente exposto. O fundamento determinante para o provimento do recurso parece ser o de que o contribuinte pode demonstrar a sua regularidade, por meio de certidão, em qualquer momento ao longo do processo. No entanto, isso não está explicito do acórdão, pelo que reputamos haver aí obscuridade a ser sanada." O vício apontado pela digníssima autoridade não ocorreu. Observese o voto condutor do acórdão atacado: "A jurisprudência do antigo Primeiro Conselho de Contribuintes pacificou o entendimento de que a verificação da regularidade fiscal do contribuinte, para fins do disposto no art. 60 da Lei 9.069/1995, deve se reportar ao momento em que é feita a opção na declaração de rendimentos. De outra forma, se realizada em qualquer outro momento, como na data do despacho decisório, por exemplo, o Fisco estaria contrariando os princípios da segurança jurídica e da ampla defesa, uma vez que novos débitos poderiam surgir a cada nova verificação. Fl. 235DF CARF MF Impresso em 02/04/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 01/04/2015 por ALOYSIO JOSE PERCINIO DA SILVA, Assinado digitalmente em 01/04/2015 por ALOYSIO JOSE PERCINIO DA SILVA Processo nº 10680.017665/200355 Acórdão n.º 1103001.134 S1C1T3 Fl. 5 4 Os seguintes acórdãos exemplificam a jurisprudência administrativa dominante: (...) No caso concreto, o órgão encarregado do exame do pedido, a Deinf, indicou débitos existentes na data do seu despacho decisório, em 14/02/2006. Conforme relatado, a recorrente juntou aos autos certidão conjunta SRF e PFN expedida pela internet no dia 15/05/2007, válida até 11/11/2007, noticiando a existência de débitos relativos a tributos administrados pela SRF e débitos inscritos na Dívida Ativa da União, com exigibilidade suspensa, nos termos do art. 151 do CTN, ou garantidos por penhora em processos de execução fiscal (fls. 190). Pelo visto, a recorrente comprovou a inexistência de qualquer obstáculo ao deferimento do seu pedido. De qualquer forma, mesmo que assim não fosse, pareceme sensato concluir que o Fisco deva intimar o contribuinte para demonstrar inexistirem débitos, quando necessário, em vez de simplesmente rejeitar a opção manifestada, de plano, apenas com base nos seus controles internos." Da simples leitura do trecho transcrito, percebese que foi referido na decisão o momento ao qual deve se reportar a verificação da regularidade fiscal da contribuinte realizada pelo Fisco, qual seja, o da opção pelo incentivo fiscal na declaração de rendimentos. Dito de outra forma, a exigência pelo Fisco de regularidade deve se limitar à situação da contribuinte quanto a tributos vencidos até à data da opção. A jurisprudência transcrita, por sua vez, demonstrou o acolhimento da comprovação pela contribuinte da sua regularidade fiscal em qualquer fase processual. Esse é o entendimento consagrado na Súmula Carf nº 37, com o seguinte enunciado: "Para fins de deferimento do Pedido de Revisão de Ordem de Incentivos Fiscais (PERC), a exigência de comprovação de regularidade fiscal deve se ater ao período a que se referir a Declaração de Rendimentos da Pessoa Jurídica na qual se deu a opção pelo incentivo, admitindose a prova da quitação em qualquer momento do processo administrativo, nos termos do Decreto nº 70.235/72." Bem se vê, portanto, que não ocorreram os vícios apontados na peça recursal. Conclusão Pelo exposto, rejeito os embargos. Aloysio José Percínio da Silva (assinatura digital) Fl. 236DF CARF MF Impresso em 02/04/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 01/04/2015 por ALOYSIO JOSE PERCINIO DA SILVA, Assinado digitalmente em 01/04/2015 por ALOYSIO JOSE PERCINIO DA SILVA Processo nº 10680.017665/200355 Acórdão n.º 1103001.134 S1C1T3 Fl. 6 5 Fl. 237DF CARF MF Impresso em 02/04/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 01/04/2015 por ALOYSIO JOSE PERCINIO DA SILVA, Assinado digitalmente em 01/04/2015 por ALOYSIO JOSE PERCINIO DA SILVA
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Numero do processo: 18471.001708/2005-10
Turma: Primeira Turma Especial da Segunda Seção
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Tue Feb 10 00:00:00 UTC 2015
Data da publicação: Tue Mar 03 00:00:00 UTC 2015
Numero da decisão: 2801-000.339
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Resolvem os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, converter o julgamento em diligência, nos termos do voto do Relator.
Assinado digitalmente
Tânia Mara Paschoalin Presidente.
Assinado digitalmente
Carlos César Quadros Pierre - Relator.
Participaram do presente julgamento os Conselheiros: Tânia Mara Paschoalin, José Valdemir da Silva, Flavio Araujo Rodrigues Torres, Carlos César Quadros Pierre, Marcelo Vasconcelos de Almeida e Marcio Henrique Sales Parada.
Nome do relator: Não se aplica
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Resolvem os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, converter o julgamento em diligência, nos termos do voto do Relator. Assinado digitalmente Tânia Mara Paschoalin – Presidente. Assinado digitalmente Carlos César Quadros Pierre Relator. Participaram do presente julgamento os Conselheiros: Tânia Mara Paschoalin, José Valdemir da Silva, Flavio Araujo Rodrigues Torres, Carlos César Quadros Pierre, Marcelo Vasconcelos de Almeida e Marcio Henrique Sales Parada. Relatório Adoto como relatório aquele utilizado pela Delegacia da Receita Federal do Brasil de Julgamento, 2a Turma da DRJ/BHE (Fls. 75), na decisão recorrida, que transcrevo abaixo: Contra a contribuinte Deize Reis Domingos, CPF 833.116.10768, foi lavrado o Auto de Infração de fls. 34/39 relativo ao Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF), exercícios de 2001 e 2002, anoscalendário de 2000 e 2001, respectivamente, formalizando a exigência de imposto suplementar no valor de R$582.152,13 correspondente ao imposto de RE SO LU ÇÃ O G ER A D A N O P G D -C A RF P RO CE SS O 1 84 71 .0 01 70 8/ 20 05 -1 0 Fl. 211DF CARF MF Impresso em 03/03/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 26/02/2015 por CARLOS CESAR QUADROS PIERRE, Assinado digitalmente em 26/ 02/2015 por CARLOS CESAR QUADROS PIERRE, Assinado digitalmente em 27/02/2015 por TANIA MARA PASCHOAL IN Processo nº 18471.001708/200510 Resolução nº 2801000.339 S2TE01 Fl. 212 2 R$236.957,03, multa proporcional de 75% de R$177.717,76 e juros de mora de R$167.477,34, calculados até 31/10/2005. O lançamento decorre do procedimento de verificação do cumprimento das obrigações tributárias tendo sido constatada a seguinte irregularidade: 001. Omissão de Rendimentos Caracterizada por Depósitos Bancários com origem não Comprovada Omissão de rendimentos caracterizada por valores creditados em contas de depósito ou de investimento, mantidas em instituições financeiras, em relação aos quais a contribuinte, regularmente intimada, não comprovou, mediante documentação hábil e idônea, a origem dos recursos utilizados nessas operações, conforme se verifica no "Termo de Constatação Fiscal", anexo, que é parte integrante deste Auto. Como enquadramento legal são citados os seguintes dispositivos: art. 849 do RIR/99; art. 42 da Lei n° 9.430, de 27 de dezembro de 1996; art. 4° da Lei n° 9.481, de 13 de agosto de 1997; art. 1° da Lei n°9.887/99. Cientificada do lançamento em 29/11/2005 (fls. 40), a contribuinte, apresentou em 27/12/2005, a impugnação de folhas 142/151, documentação de fls. 152/160, com as argumentações a seguir sintetizadas. A impugnante alega que vendia roupas como autônoma e em maio de 2000, arrendou um Bar/Restaurante no Shophing de Informática "INFO BARRA", e enquanto constituía formalmente a empresa INFOR GRILL PIONEIRO DA BARRA LTDAME, abriu conta corrente nos Bancos HSBC e depois no Bradesco. A sobrinha da impugnante interessouse por um "stand" para revenda de produtos de informática, no mesmo local, constituindo então em 29/08/2000 a PCMCIA ATIVA INFORMÁTICA E TECNOLOGIA LTDAME, da qual a impugnante tornouse sócia minoritária com 1% do capital. • Explica que, com dificuldade para abrir conta corrente bancária, em vista das muitas exigências que os bancos faziam, optaram por utilizar as contas abertas em nome da impugnante, para efetuar toda a movimentação das duas microempresas, sem imaginar que esse fato poderia ser usado pela Receita Federal para cobrança injustificável de Imposto de Renda Pessoa Física, baseado unicamente nos Depósitos Bancários. Aduz que, como a fiscalização pode constatar ao afastar o sigilo bancário, não consta nenhuma outra movimentação bancária em conta corrente, pois nunca existiu. Os depósitos existentes são coincidentes com a locação do Bar/Restaurante INFOR GRILL, a partir de maio de 2000, aumentando a partir de agosto de 2000, com a legalização da PCMCIA da sobrinha da impugnante. Fl. 212DF CARF MF Impresso em 03/03/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 26/02/2015 por CARLOS CESAR QUADROS PIERRE, Assinado digitalmente em 26/ 02/2015 por CARLOS CESAR QUADROS PIERRE, Assinado digitalmente em 27/02/2015 por TANIA MARA PASCHOAL IN Processo nº 18471.001708/200510 Resolução nº 2801000.339 S2TE01 Fl. 213 3 Reafirma que toda a movimentação bancária pertenceu as empresas das quais era sócia e que foi devidamente declarado pelas Pessoas Jurídicas e justificadas perante o fiscal autuante, que entendeu serem os depósitos fruto de atividades mercantis e mesmo assim lavrou o Auto de Infração. Da Preliminar Diz que o Auto de Infração foi lavrado em dissonância aos princípios constitucionais e legais vigentes e requer seja o mesmo anulado. Argumenta que a fiscalização não acatou nenhuma das justificativas apresentadas por meio de diversos contatos telefônicos com o fiscal autuante, e que, durante a fase de reunião dos documentos solicitados foi surpreendida com o Auto de Infração. Cita o artigo 845, §1°, do RIR199, alegando que na presunção legal é necessário que o fisco esgote o campo probatório, vez que a atividade do lançamento tributário é plenamente vinculada e não comporta incertezas. Havendo dúvida sobre a exatidão dos elementos em que se baseou o lançamento, a exigência não pode prosperar, por força do disposto no artigo 112 do CTN. Da Decadência A impugnante tomou ciência do Auto de Infração em 28/11/2005, que discrimina fatos geradores ocorridos em: 31/05/2000; 30/06/2000; 31/07/2000; 31/08/2000; 30/09/2000 e 31/10/2000, quando já havia transcorrido a decadência, ou seja, mais de 5 anos da ocorrência do fato gerador. O lançamento não poderia ser efetuado pois fere os ditames da lei, tais corno o § 40 do Art. 42 da Lei 9.430/96, matriz legal do § 3° do Art 849 do RIR/99, aprovado pelo Decreto 3.000/99 e o Art. 150. §4° do Código Tributário Nacional, confonne a seguir transcrito: Art. 849... "§3° Tratandose de pessoa fisica, os rendimentos omitidos serão tributados no mês em que considerados recebidos, com base na tabela progressiva vigente época em que tenha sido efetuado o crédito pela instituição financeira.." Art. 150. "§4° Se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de 5 (cinco) anos, a contar da ocorrência do fato gerador, expirado esse prazo sem que a Fazenda Pública se tenha pronunciado, considerase homologado o lançamento e definitivamente extinto o crédito ..." Cita Acórdãos do 1° Conselho de Contribuintes no sentido de que a decadência do lançamento independe do recolhimento ou não da prestação devida. Do Mérito Junta os contratos sociais das empresas INFOR GRILL PIONEIRO DA BARRA LTDAME e PCMCIA ATIVA INFORMÁTICA E Fl. 213DF CARF MF Impresso em 03/03/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 26/02/2015 por CARLOS CESAR QUADROS PIERRE, Assinado digitalmente em 26/ 02/2015 por CARLOS CESAR QUADROS PIERRE, Assinado digitalmente em 27/02/2015 por TANIA MARA PASCHOAL IN Processo nº 18471.001708/200510 Resolução nº 2801000.339 S2TE01 Fl. 214 4 TECNOLOGIA LTDAME., alegando que os depósitos bancários eram de propriedade dessas empresas, como poderia ter constatado a autoridade fiscal se tivesse solicitado também aos bancos provas de todos os depósitos bem como os cheques emitidos pela impugnante. Ademais, os depósitos bancários sem a devida apuração, não revelam disponibilidade econômica de rendas e proventos , além de não terem sido expurgados os custos para aquisição de mercadoris, pagamentos de impostos, de empregados, contas de luz, água e IPTU. Argumenta, que ao prosperar a autuação de valores que circularam em suas contas bancárias mas que pertencem As empresas das quais é sócia, estaria caracterizada a figura da bitributação, figura que fere o devido processo legal. Por fim, requer o cancelamento da exigência. Da competência. De acordo com o despacho de fl. 162, o processo foi encaminhado à DRJ/BHE/MG, tendo em vista o disposto na Portaria RFB n° 167, de 29/01/2008. Posteriormente, foi editada a Portaria DRJ/BHE 9, de 06/04/2009, designando a 2a Turma para o julgamento do processo. Passo adiante, a 2ª Turma da DRJ/BHE entendeu por bem julgar o lançamento procedente, em decisão que restou assim ementada: ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA FÍSICA IRPF Exercício: 2001, 2002 Decadência. No caso de lançamento de oficio com base em omissão de rendimentos nos termos do art. 42 da lei IV 9.430, de 1996, a contagem do prazo decadencial é regulada pela regra geral do art. 173, inciso I, do CTN, segundo a qual o direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extinguese cinco anos contados do primeiro dia do exercício seguinte Aquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado. Depósitos Bancários. Omissão de Rendimentos. A Lei n° 9.430, de 1996, no seu art. 42, estabeleceu uma presunção legal de omissão de rendimentos que autoriza o lançamento do imposto correspondente, sempre que o titular da conta bancária, regularmente intimado, não comprove, mediante documentação hábil e idônea, a origem dos recursos creditados em suas contas de depósitos ou investimentos. Cientificada em 22/02/2010 (Fls. 177), a Recorrente interpôs Recurso Voluntário em 19/03/2010 (fls. 179 a 193), reforçando os argumentos apresentados quando da impugnação. Fl. 214DF CARF MF Impresso em 03/03/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 26/02/2015 por CARLOS CESAR QUADROS PIERRE, Assinado digitalmente em 26/ 02/2015 por CARLOS CESAR QUADROS PIERRE, Assinado digitalmente em 27/02/2015 por TANIA MARA PASCHOAL IN Processo nº 18471.001708/200510 Resolução nº 2801000.339 S2TE01 Fl. 215 5 Às fls. 201 dos autos consta Confirmação do Requerimento de Adesão ao Parcelamento da Lei 11.941, de 2009. Em 15 de agosto de 2012, (Fls. 206 a 210) aprouve aos membros do Colegiado desta egrégia 1a Turma Especial da Segunda Sessão de Julgamento, por unanimidade de votos, sobrestar o julgamento do recurso, com base no disposto no art. 62A do Regimento Interno do CARF, aprovado pela Portaria nº 256, de 22 de junho de 2009, com as alterações das Portarias MF nºs 446, de 27 de agosto de 2009, e 586, de 21 de dezembro de 2010, tendo em vista o reconhecimento da repercussão geral do tema, pelo Supremo Tribunal Federal, e a determinação do sobrestamento dos recursos extraordinários sobre a matéria. Encerrado o sobrestamento, o processo voltou a pauta de julgamento. É o Relatório. Voto Conselheiro Carlos César Quadros Pierre, Relator. Conheço do recurso, posto que tempestivo e com condições de admissibilidade. Conforme já informado no relatório, a Recorrente peticionou informando a adesão ao parcelamento especial disciplinado na Lei 11.941/2009. Contudo, verifico que não há nos autos informações suficientes para que este Conselheiro possa identificar se a recorrente parcelou integralmente ou apenas parcialmente o lançamento. Assim, não há como apontar se o recurso foi objeto de desistência total ou parcial. Não se sabendo exatamente se ainda há matéria em litígio e, em havendo, qual seria parte dela ainda em litígio , não há, portanto, como proferir um julgamento. Ante o acima exposto, proponho o retorno dos autos à DRFB de origem para que a autoridade preparadora informe se o contribuinte confessou e parcelou parcialmente ou integralmente débito e, conseqüentemente, se houve desistência total ou parcial do recurso. Diante do exposto, voto por converter o julgamento em diligência. Assinado digitalmente Carlos César Quadros Pierre Fl. 215DF CARF MF Impresso em 03/03/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 26/02/2015 por CARLOS CESAR QUADROS PIERRE, Assinado digitalmente em 26/ 02/2015 por CARLOS CESAR QUADROS PIERRE, Assinado digitalmente em 27/02/2015 por TANIA MARA PASCHOAL IN
score : 1.0
Numero do processo: 10865.001698/2006-68
Turma: Segunda Turma Ordinária da Segunda Câmara da Segunda Seção
Câmara: Segunda Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Wed Dec 03 00:00:00 UTC 2014
Data da publicação: Wed Mar 18 00:00:00 UTC 2015
Ementa: Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física - IRPF
Exercício: 2002, 2004, 2005
QUEBRA DE SIGILO BANCÁRIO. PREVISÃO NA LEI COMPLEMENTAR N105/2001.
A Lei Complementar nº 105/2001 permite a quebra do sigilo por parte das autoridades e dos agentes fiscais tributários da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, quando houver processo administrativo instaurado ou procedimento fiscal em curso e tais exames sejam considerados indispensáveis pela autoridade administrativa competente.
DECADÊNCIA. LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO. PAGAMENTO ANTECIPADO. CONDIÇÃO PARA DEFINIÇÃO DO TERMO INICIAL DO PRAZO DECADENCIAL.
A teor do acórdão proferido pelo Superior Tribunal de Justiça, no Recurso Especial no 973.733 - SC, sujeito ao regime do art. 543-C do Código de Processo Civil, nos casos em que a lei não prevê o pagamento antecipado do tributo ou quando, a despeito da previsão legal, o mesmo não ocorre, sem a constatação de dolo, fraude ou simulação do contribuinte, o prazo decadencial é regido pelo art. 173, inciso I, do CTN.
Somente nos casos em que o pagamento foi feito antecipadamente, o prazo será de cinco anos a contar do fato gerador (art. 150, § 4o, do CTN).
DECADÊNCIA. RENDIMENTOS SUJEITOS AO AJUSTE ANUAL. LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO.
O Imposto de Renda Pessoa Física é tributo sujeito ao lançamento por homologação e, portanto, nos casos de rendimentos submetidos a tributação no ajuste anual, o direito da Fazenda constituir o crédito tributário decai após cinco anos contados da data de ocorrência do fato gerador, que se perfaz em 31 de dezembro de cada ano, desde tenha havido pagamento antecipado do tributo e não seja constatada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação.
DEPÓSITOS BANCÁRIOS. PRESUNÇÃO DE OMISSÃO DE RENDIMENTOS
Para os fatos geradores ocorridos a partir de 1° de janeiro de 1997, a Lei nº 9.430, de 1996, em seu art. 42, autoriza a presunção relativa de omissão de rendimentos com base nos valores depositados em conta bancária para os quais o titular, regularmente intimado, não comprove, mediante documentação hábil e idônea, a origem dos recursos utilizados nessas operações.
DEPÓSITO BANCÁRIO X ATIVIDADE RURAL - PRINCÍPIO DA VERDADE MATERIAL - SUBSUNÇÃO DO FATO À NORMA.
A redução da base de cálculo não implica em novo lançamento, prerrogativa exclusiva da autoridade lançadora, mas a subsunção adequada do fato à norma. O Princípio da Verdade Material autoriza o órgão julgador a adequar à realidade fática à norma tributável, não implicando tal conduta em inovação do lançamento. Assim, de acordo com os elementos de prova constantes nos autos, não houve comprovação de que a omissão de rendimento provém da atividade rural.
Numero da decisão: 2202-002.927
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, QUANTO A PRELIMINAR DE PROVA ILÍCITA POR QUEBRA DE SIGILO BANCÁRIO: Pelo voto de qualidade, rejeitar a preliminar. Vencidos os Conselheiros PEDRO ANAN JÚNIOR (Relator), RAFAEL PANDOLFO e FÁBIO BRUN GOLDSCHMIDTD, que acolhem a preliminar. Designado para redigir o voto vencedor nessa parte o Conselheiro ANTÔNIO LOPO MARTINEZ. QUANTO A PRELIMINAR DE DECADÊNCIA: Por unanimidade de votos, rejeitar a preliminar de decadência. QUANTO AO MÉRITO: Por unanimidade de votos, negar provimento.
(Assinado digitalmente)
Antonio Lopo Martinez (Presidente Relator).
(Assinado digitalmente)
Pedro Anan Junior Relator
Participaram Do Presente Julgamento Os Conselheiros: Antônio Lopo Martinez, Márcio De Lacerda Martins, Rafael Pandolfo, Pedro Anan Júnior, Marco Aurélio De Oliveira Barbosa, Fábio Brun Goldschmidt.
Nome do relator: PEDRO ANAN JUNIOR
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decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, QUANTO A PRELIMINAR DE PROVA ILÍCITA POR QUEBRA DE SIGILO BANCÁRIO: Pelo voto de qualidade, rejeitar a preliminar. Vencidos os Conselheiros PEDRO ANAN JÚNIOR (Relator), RAFAEL PANDOLFO e FÁBIO BRUN GOLDSCHMIDTD, que acolhem a preliminar. Designado para redigir o voto vencedor nessa parte o Conselheiro ANTÔNIO LOPO MARTINEZ. QUANTO A PRELIMINAR DE DECADÊNCIA: Por unanimidade de votos, rejeitar a preliminar de decadência. QUANTO AO MÉRITO: Por unanimidade de votos, negar provimento. (Assinado digitalmente) Antonio Lopo Martinez (Presidente Relator). (Assinado digitalmente) Pedro Anan Junior Relator Participaram Do Presente Julgamento Os Conselheiros: Antônio Lopo Martinez, Márcio De Lacerda Martins, Rafael Pandolfo, Pedro Anan Júnior, Marco Aurélio De Oliveira Barbosa, Fábio Brun Goldschmidt.
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PREVISÃO NA LEI COMPLEMENTAR N105/2001. A Lei Complementar nº 105/2001 permite a quebra do sigilo por parte das autoridades e dos agentes fiscais tributários da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, quando houver processo administrativo instaurado ou procedimento fiscal em curso e tais exames sejam considerados indispensáveis pela autoridade administrativa competente. DECADÊNCIA. LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO. PAGAMENTO ANTECIPADO. CONDIÇÃO PARA DEFINIÇÃO DO TERMO INICIAL DO PRAZO DECADENCIAL. A teor do acórdão proferido pelo Superior Tribunal de Justiça, no Recurso Especial no 973.733 SC, sujeito ao regime do art. 543C do Código de Processo Civil, nos casos em que a lei não prevê o pagamento antecipado do tributo ou quando, a despeito da previsão legal, o mesmo não ocorre, sem a constatação de dolo, fraude ou simulação do contribuinte, o prazo decadencial é regido pelo art. 173, inciso I, do CTN. Somente nos casos em que o pagamento foi feito antecipadamente, o prazo será de cinco anos a contar do fato gerador (art. 150, § 4o, do CTN). DECADÊNCIA. RENDIMENTOS SUJEITOS AO AJUSTE ANUAL. LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO. O Imposto de Renda Pessoa Física é tributo sujeito ao lançamento por homologação e, portanto, nos casos de rendimentos submetidos a tributação no ajuste anual, o direito da Fazenda constituir o crédito tributário decai após cinco anos contados da data de ocorrência do fato gerador, que se perfaz em 31 de dezembro de cada ano, desde tenha havido pagamento antecipado do tributo e não seja constatada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 86 5. 00 16 98 /2 00 6- 68 Fl. 928DF CARF MF Impresso em 18/03/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 16/01/2015 por PEDRO ANAN JUNIOR, Assinado digitalmente em 16/01/2015 po r PEDRO ANAN JUNIOR, Assinado digitalmente em 29/01/2015 por ANTONIO LOPO MARTINEZ 2 DEPÓSITOS BANCÁRIOS. PRESUNÇÃO DE OMISSÃO DE RENDIMENTOS Para os fatos geradores ocorridos a partir de 1° de janeiro de 1997, a Lei nº 9.430, de 1996, em seu art. 42, autoriza a presunção relativa de omissão de rendimentos com base nos valores depositados em conta bancária para os quais o titular, regularmente intimado, não comprove, mediante documentação hábil e idônea, a origem dos recursos utilizados nessas operações. DEPÓSITO BANCÁRIO X ATIVIDADE RURAL PRINCÍPIO DA VERDADE MATERIAL SUBSUNÇÃO DO FATO À NORMA. A redução da base de cálculo não implica em novo lançamento, prerrogativa exclusiva da autoridade lançadora, mas a subsunção adequada do fato à norma. O Princípio da Verdade Material autoriza o órgão julgador a adequar à realidade fática à norma tributável, não implicando tal conduta em inovação do lançamento. Assim, de acordo com os elementos de prova constantes nos autos, não houve comprovação de que a omissão de rendimento provém da atividade rural. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, QUANTO A PRELIMINAR DE PROVA ILÍCITA POR QUEBRA DE SIGILO BANCÁRIO: Pelo voto de qualidade, rejeitar a preliminar. Vencidos os Conselheiros PEDRO ANAN JÚNIOR (Relator), RAFAEL PANDOLFO e FÁBIO BRUN GOLDSCHMIDTD, que acolhem a preliminar. Designado para redigir o voto vencedor nessa parte o Conselheiro ANTÔNIO LOPO MARTINEZ. QUANTO A PRELIMINAR DE DECADÊNCIA: Por unanimidade de votos, rejeitar a preliminar de decadência. QUANTO AO MÉRITO: Por unanimidade de votos, negar provimento. (Assinado digitalmente) Antonio Lopo Martinez (Presidente – Relator). (Assinado digitalmente) Pedro Anan Junior– Relator Participaram Do Presente Julgamento Os Conselheiros: Antônio Lopo Martinez, Márcio De Lacerda Martins, Rafael Pandolfo, Pedro Anan Júnior, Marco Aurélio De Oliveira Barbosa, Fábio Brun Goldschmidt. Fl. 929DF CARF MF Impresso em 18/03/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 16/01/2015 por PEDRO ANAN JUNIOR, Assinado digitalmente em 16/01/2015 po r PEDRO ANAN JUNIOR, Assinado digitalmente em 29/01/2015 por ANTONIO LOPO MARTINEZ Processo nº 10865.001698/200668 Acórdão n.º 2202002.927 S2C2T2 Fl. 265 3 Relatório Contra o contribuinte em questão foi lavrado o auto de infração (fls. 12/14) com o lançamento de imposto de renda relativo ao anocalendário 2001, 2003 e 2004 de R$ 212.197,29, de multa de oficio de R$ 159.147,96 e de juros de mora calculados até 31/08/2006 de R$ 85.509,61. A presente ação fiscal contra o contribuinte foi iniciada, em 08/02/2006, com a ciência do Termo de Inicio de Fiscalização de fls. 229/230, em que o contribuinte foi intimado a apresentar extratos e a comprovar, mediante documentação hábil e idônea, a origem dos recursos que possibilitaram a realização de depósitos efetuados nas contas correntes mantidas em instituições financeiras, no anocalendário 2000/2004. Não tendo havido a comprovação exigida, a ação fiscal é encerrada com a lavratura do auto de infração, tendo em vista que foram apuradas as seguintes infrações à legislação tributária: Omissão de Rendimentos da Atividade Rural. Omissão de rendimentos provenientes da atividade rural, apurados pela diferença de valores depositados na conta corrente pela empresa Cutrale e rendimentos informados na Declaração de Ajuste Anual. Enquadramento legal: arts. 1° a 22, da Lei 8.023/90; arts. 9 e 17 da Lei 9.250/95; arts. 59, da Lei 9.430/96; art. 1°, da MP 22/2002, convertida na Lei 10.451/2002. Omissão de Rendimentos Caracterizada por Depósitos Bancários sem Origem Comprovada. Omissão de rendimentos provenientes de depósito ou de investimento, mantida em instituição financeira, cuja origem dos recursos utilizados nestas operações não foi comprovada mediante documentação hábil e idônea, conforme descrição dos valores tributáveis e respectivas datas dos fatos geradores, no citado auto de infração, e sob o seguinte fundamento legal: artigo 42 da Lei 9.430/96; artigo 4° da Lei 9.481/97; artigo 21 da Lei 9.532/97. O contribuinte toma ciência do auto de infração 14/09/2006, e, inconformado com o lançamento, apresenta impugnação, em 13/10/2006 de fls. 354/373, em que alega, em síntese, que: 1 em desrespeito aos princípios constitucionais e legais, a fiscalização utilizou como parâmetro de seu trabalho, os valores da CPMF, resultando em violação ao principio da intimidade e vida privada e sigilo de dados previstos no art. 5°, X, XII, da Constituição Federal, além da flagrante infração ao parágrafo 3°, art, 11, da Lei 9.311/96; 2 a Constituição Federal assegura a intimidade da pessoa como direito fundamental que em momento algum pode ser alterado por lei complementar e nem mesmo por emenda constitucional em virtude de ser cláusula pétrea; Fl. 930DF CARF MF Impresso em 18/03/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 16/01/2015 por PEDRO ANAN JUNIOR, Assinado digitalmente em 16/01/2015 po r PEDRO ANAN JUNIOR, Assinado digitalmente em 29/01/2015 por ANTONIO LOPO MARTINEZ 4 3 o §4°, do art 1°, da Lei Complementar 105/2001 dispõe que a "quebra do sigilo poderá ser decretada (...), em qualquer fase do inquérito ou do processo judicial"; entretanto, a autuada não está sendo processada criminalmente e também não tem contra si qualquer inquérito; 4 verificase que sem o processo, sem instauração de contraditório, sem oportunidade para formulação de qualquer defesa, a autuada teve o seu sigilo bancário quebrado; 5 em relação aos depósitos bancários, mera movimentação financeira não indica hipótese de incidência de imposto de renda, ainda que faça nascer o fato gerador da CPMF; 6 em nosso ordenamento, verificase, junto ao Código Tributário Nacional o estreitamento do âmbito de liberdade do julgador ordinário que não poderá definir como renda, ou como proventos, algo que seja, na verdade um acréscimo patrimonial; 7 o Tribunal Federal de Recursos sumulou este assunto, considerando ilegítimo o lançamento do imposto de renda arbitrado com base apenas em extratos ou depósitos bancários; 8 ainda que a tributação com base em depósitos bancários esteja em desacordo com as ordenanças constitucionais, as diferenças apuradas decorrem de venda de produtos rurais a atacadistas que não aceitaram a emissão de nota fiscal ou a simples consumidores; 9 assim, a tributação, se mantida, deve seguir os parâmetros da atividade rural, ou seja tributar apenas 20% da receita, conforme determinação do art. 20, da Lei 9.250/95; 10 diversas ementas do Conselho de Contribuintes ratificam este entendimento; 11 no cálculo do imposto não foi considerada a redução de 80%, ou seja, utilizouse a base de cálculo em 100% quando de acordo com a legislação vigente, a base de cálculo corresponde a 20% das receitas. A Delegacia de Receita Federal de Julgamento de São Paulo, DRJ/SPOII ao analisar a impugnação, decidiu por unanimidade de votos e manter o lançamento através do acórdão DRJ/SPOII 1729.999 de 11 de fevereiro de 2009, consubstanciado na seguinte ementa: ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA FÍSICA IRPF Anocalendário: 2001, 2003, 2004 INCONSTITUCIONALIDADE DE LEIS TRIBUTÁRIAS. As Delegacias de Julgamento da Receita Federal do Brasil não são competentes para se pronunciar sobre a inconstitucionalidade de lei tributária. Fl. 931DF CARF MF Impresso em 18/03/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 16/01/2015 por PEDRO ANAN JUNIOR, Assinado digitalmente em 16/01/2015 po r PEDRO ANAN JUNIOR, Assinado digitalmente em 29/01/2015 por ANTONIO LOPO MARTINEZ Processo nº 10865.001698/200668 Acórdão n.º 2202002.927 S2C2T2 Fl. 266 5 PRELIMINAR SIGILO BANCÁRIO. Havendo procedimento administrativo instaurado, a prestação, por parte das instituições financeiras, de informações solicitadas pelos órgãos fiscais do Ministério da Fazenda, não constitui quebra do sigilo bancário. DEPÓSITOS BANCÁRIOS. OMISSÃO DE RENDIMENTOS. Após 1° de janeiro de 1997, com a entrada em vigor da Lei 9.430 de 1996, consideramse rendimentos omitidos, autorizando o lançamento do imposto correspondente, os depósitos junto a instituições financeiras, quando o contribuinte, regularmente intimado, não logra comprovar, mediante documentação hábil e idônea, a origem dos recursos utilizados. DEPÓSITOS BANCÁRIOS ATIVIDADE RURAL. Somente a comprovação da origem dos recursos utilizados dos depósitos bancários é capaz de ilidir a presunção legal de omissão de rendimentos. O fato de o contribuinte possuir como fonte de renda a atividade rural, mesmo que esta seja sua principal fonte declarada, não permite concluir que todos os seus rendimentos sejam oriundos desta atividade.. Devidamente cientificado dessa decisão, o contribuinte apresente tempestivamente recurso voluntário onde reitera os argumentos da impugnação. É o relatório. Fl. 932DF CARF MF Impresso em 18/03/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 16/01/2015 por PEDRO ANAN JUNIOR, Assinado digitalmente em 16/01/2015 po r PEDRO ANAN JUNIOR, Assinado digitalmente em 29/01/2015 por ANTONIO LOPO MARTINEZ 6 Voto Vencido Conselheiro Pedro Anan Junior O recurso preenche os pressupostos de admissibilidade portanto deve ser conhecido. Antes de adentrarmos ao mérito devemos analisar as preliminares suscitadas pelo Recorrente. Gostaria de destacar que o recorrente não recorreu da parte do lançamento referente a atividade rural. Nulidade Violação Sigilo Bancário A primeira preliminar a ser analisada diz respeito ao nulidade parcial do lançamento tendo em vista que a autoridade fiscalizadora, teria fundamentado o auto no artigo 42 da Lei 9.430, de 1996, onde teria ocorrido omissão de rendimentos com base em depósitos bancários de origem não comprovada. Por sua vez o Recorrente alega que tais informações só poderiam ser obtidas através de decisão judicial, desta forma teria ocorrido quebra no seu sigilo bancário de forma inadequada. O crédito tributário debatido no presente recurso tem como fundamento o art. 42, da Lei nº 9.430/95. Para chegar à comprovação da materialidade do tributo — depósitos bancários sem origem identificada — o Fisco utilizouse de Requisição de Informações de Informação Financeira — RMF (fls. 47, 50, 52, 54, 56, 58, 60, 62, 64, 68 e 70 do eprocesso), instrumento administrativo que teria como objetivo dar eficácia ao disposto na Lei Complementar nº 105/01, na Lei nº 9.311/96 e no Decreto nº 3.724/01. Ocorre que o PLENO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, ao julgar o Recurso Extraordinário nº 389.808/PR, decidiu dar INTERPRETAÇÃO CONFORME A CONSTITUIÇÃO a esses atos normativos, de modo a considerar imprescindível a requisição ao Poder Judiciário de permissão para violar o sigilo de dados do contribuinte. O julgamento recebeu a seguinte ementa: SIGILO DE DADOS – AFASTAMENTO. Conforme disposto no inciso XII do artigo 5º da Constituição Federal, a regra é a privacidade quanto à correspondência, às comunicações telegráficas, aos dados e às comunicações, ficando a exceção – a quebra do sigilo – submetida ao crivo de órgão equidistante – o Judiciário – e, mesmo assim, para efeito de investigação criminal ou instrução processual penal. SIGILO DE DADOS BANCÁRIOS – RECEITA FEDERAL. Conflita com a Carta da República norma legal atribuindo à Receita Federal – parte na Fl. 933DF CARF MF Impresso em 18/03/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 16/01/2015 por PEDRO ANAN JUNIOR, Assinado digitalmente em 16/01/2015 po r PEDRO ANAN JUNIOR, Assinado digitalmente em 29/01/2015 por ANTONIO LOPO MARTINEZ Processo nº 10865.001698/200668 Acórdão n.º 2202002.927 S2C2T2 Fl. 267 7 relação jurídicotributária – o afastamento do sigilo de dados relativos ao contribuinte. (RE 389808, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Tribunal Pleno, julgado em 15/12/2010, DJe086 DIVULG 09052011 PUBLIC 10052011 EMENT VOL0251801 PP00218 RTJ VOL00220 PP00540) A supracitada decisão teve como objetivo tanto conciliar a necessidade do Fisco de ter acesso a dados sigilosos para conseguir atingir seu desiderato, quanto preservar o sigilo de dados dos contribuintes e a inafastabilidade da jurisdição em matérias sensíveis à violação de direitos, garantias explicitadas nos incisos XII e XXXV, do art. 5º, da CF: Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindose aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: XII é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal; XXXV a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito; O Supremo Tribunal Federal, portanto, ao enfrentar o tema ora apreciado, não declarou a inconstitucionalidade de qualquer dispositivo, nem mesmo a inconstitucionalidade sem redução de texto. Simplesmente, analisando o ordenamento tributário brasileiro, adotou interpretação conforme a Constituição, fixando aos enunciados infraconstitucionais analisados um conteúdo deôntico compatível com a Carta Maior. Transcrevese, abaixo, trecho extraído do voto do Relator (acompanhado pela maioria dos demais Ministros), que explicita a técnica de julgamento aplicada: Assentando que preceitos legais atinentes ao sigilo de dados bancários hão de merecer, sempre e sempre, interpretação, por mais que se potencialize o objetivo, harmônica com a Carta da República, provejo o recurso interposto para conceder a segurança. Defiro a ordem para afastar a possibilidade de a Receita Federal ter acesso direto aos dados bancários do recorrente. COM ISSO, CONFIRO À LEGISLAÇÃO DE REGÊNCIA – LEI Nº 9.311/96, LEI COMPLEMENTAR Nº 105/01 E DECRETO Nº 3.724/01 — INTERPRETAÇÃO CONFORME À CARTA FEDERAL, TENDO COMO CONFLITANTE COM ESTA A QUE IMPLIQUE AFASTAMENTO DO SIGILO BANCÁRIO DO CIDADÃO, DA PESSOA NATURAL OU DA JURÍDICA, SEM ORDEM EMANADA DO JUDICIÁRIO. (Destaque nosso, STF. RE 389.808/PR. Rel. Min. Marco Aurélio. Julg. em 15/12/10). Fl. 934DF CARF MF Impresso em 18/03/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 16/01/2015 por PEDRO ANAN JUNIOR, Assinado digitalmente em 16/01/2015 po r PEDRO ANAN JUNIOR, Assinado digitalmente em 29/01/2015 por ANTONIO LOPO MARTINEZ 8 A respeito do tema, deve ser repisado o conteúdo da cláusula de reserva de plenário, inserida no art. 97 do Texto Constitucional, abaixo transcrita: Art. 97. Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros do respectivo órgão especial poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público. A decisão proferida no âmbito do Recurso Extraordinário 389.808, embora tenha sido por maioria simples (5X4), foi dotada de quorum insuficiente à declaração de inconstitucionalidade de qualquer dispositivo, que é de seis votos (maioria absoluta), conforme preceito constitucional acima reproduzido. Isso prova, matematicamente, que o desfecho do tema conferido pelo STF não implicou no reconhecimento de inconstitucionalidade dos enunciados infraconstitucionais analisados. Na realidade, conforme expresso no julgamento, o precedente referido realizou interpretação conforme a Constituição, técnica que, embora atue no mesmo plano significativo de declaração de inconstitucionalidade sem redução de texto, dela se diferencia por não afastar significados, mas compelir a aplicação de uma interpretação específica, que torna o dispositivo analisado compatível com a Constituição. A sutileza é relevante. Basta verificar que, na interpretação conforme a Constituição, não se declara a inconstitucionalidade de qualquer enunciado ou significado a ele atribuído. A interpretação conforme a Constituição, portanto, não se confunde com a declaração de inconstitucionalidade sem redução de texto, como bem aponta o Professor e Ministro Gilmar Ferreira Mendes: Ainda que não se possa negar semelhança dessas categorias e a proximidade do resultado prático da sua utilização, é certo que, enquanto na interpretação conforme à Constituição se tem, dogmaticamente, a declaração de que uma lei é constitucional com a interpretação que lhe é conferida pelo órgão judicial, constatase, na declaração de nulidade sem redução de texto, a expressa exclusão, por inconstitucionalidade, de determinadas hipóteses de aplicação (Anwendungsfalle) do programa normativo sem que se produza alteração expressa do texto legal (MENDES, Gilmar Ferreira, Jurisdição constitucional: o controle abstrato de normas no Brasil e na Alemanha. 5 ed. – São Paulo: 2005, pp. 354355). Desse modo, concluise que: a) não existe dispositivo regimental que impeça o julgamento do tema pelo CARF, a partir da revogação realizada pela Portaria nº 545/13; b) o STF, ao enfrentar o tema em sede de jurisdição difusa, não declarou a inconstitucionalidade de qualquer enunciado, aplicando a interpretação conforme a Constituição (que dispensou, inclusive, a cláusula de reserva de Plenário exigida pelo art. 97 da CF/88); c) não incide o óbice inserido no art. 26 – A do Decreto 70.235/72, pois o deslinde do feito dispensa qualquer reconhecimento de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, conforme desfecho conferido ao tema pelo STF, ao analisar o RE nº 389.808. Pelo mesmo motivo, não se cogita de aplicação da Súmula nº 2 do CARF e do art. 62 – A do Regimento Interno do CARF; Fl. 935DF CARF MF Impresso em 18/03/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 16/01/2015 por PEDRO ANAN JUNIOR, Assinado digitalmente em 16/01/2015 po r PEDRO ANAN JUNIOR, Assinado digitalmente em 29/01/2015 por ANTONIO LOPO MARTINEZ Processo nº 10865.001698/200668 Acórdão n.º 2202002.927 S2C2T2 Fl. 268 9 d) segundo a interpretação conforme a Constituição realizada pelo STF (RE nº 389.808), a requisição de informações financeiras é valida e seus dispositivos normativos, contidos na Lei Complementar nº 105/01, Lei 9.311/96 e Decreto 3724/01 vigentes, desde que ocorra a prévia autorização do Poder Judiciário. Reforçando uma diretiva óbvia e inerente ao devido processo legal, o art. 30, da Lei nº 9.784/99, determina que são inadmissíveis, no processo administrativo, as provas obtidas por meios ilícitos. O dispositivo busca retirar os incentivos para que os agentes públicos desviemse dos procedimentos regulares, através da inutilização de seu trabalho quando realizado de forma que contrarie o direito. A ilicitude da prova, no caso, é corolário lógico da incompatibilidade da sua obtenção com os ditames fixados pelo STF, em interpretação conforme a Constituição. A constituição válida do crédito tributário exige prova da materialidade revelada através de procedimento válido perante o ordenamento jurídico pátrio. Malgrado essa hipótese, não há obrigação tributária pela ausência de prova que, validamente, ratifique o conceito de fato previsto na hipótese normativa tributária. Ressalto a importância do tema em questão, dentro de um estado democrático de direito. A regra positivada em nosso ordenamento tem origem na doutrina e jurisprudência americanas (exclusionary rules, caso Elkins v. United States), que consolidaram o entendimento segundo o qual o Estado, enquanto defensor dos direitos fundamentais, terá como Pírrica toda vitória obtida com base na violação desses Direitos, pois, com o pretexto de vencer uma batalha contra um ilícito isolado, leva à bancarrota o próprio Estado Democrático de Direito que almeja proteger1. Ocorre que não só as provas obtidas ilicitamente são vedadas, como também aquelas que delas se derivam. A doutrina do “fruit of the poisonous tree”, ou simplesmente “fruit doctrine” – “fruto da árvore envenenada”, aplicada primeiramente na jurisprudência americana (caso Silverthine Lumber Co. v. United States), estabelece que as provas obtidas por meios ilícitos contaminam aquelas delas decorrentes. Assim, tanto as conclusões decorrentes dos dados bancários obtidos através da quebra ilegal do sigilo, quanto os outros elementos probatórios que deles originamse, são fruto da prova que restou contaminada pela ausência de requisição prévia ao poder judiciário para quebra do sigilo bancário. Como visto, a finalidade do art. 30, da Lei nº 9.784/99 é coibir os abusos estatais através da inutilização dos efeitos dos atos ilícitos cometidos por seus agentes. Dessa forma, qualquer prova que tenha sido produzida à margem do critério definido pelo STF revelase estéril ao nascimento válido da obrigação tributária. Na hipótese, somente foi possível a constituição do crédito tributário com base no art. 42 da Lei nº 9.430/95, através das provas obtidas junto às instituições financeiras por meio de quebra de sigilo bancário sem prévia autorização judicial ou do titular da conta bancária. Ou seja, se a fiscalização não houvesse expedido a RMF, não teria concluído pela omissão de rendimentos, e não teria lavrado o auto de infração sob esse argumento. 1 COSTA ANDRADE, Manuel da. Sobre as proibições de prova em processo penal. Coimbra: Coimbra Editora, 1992. p. 73. Fl. 936DF CARF MF Impresso em 18/03/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 16/01/2015 por PEDRO ANAN JUNIOR, Assinado digitalmente em 16/01/2015 po r PEDRO ANAN JUNIOR, Assinado digitalmente em 29/01/2015 por ANTONIO LOPO MARTINEZ 10 Sendo assim, entendo que as seguintes infrações devem ser excluídas, pois carecem de materialidade obtida no seio de um devido processo legal (conforme entendimento adotado pelo STF): Diante do exposto acolho a preliminar de nulidade parcial suscitada pelo Recorrente. Decadência parcial anocalendário 2001 Inicialmente, há que se fazer algumas considerações acerca do prazo decadência a ser aplicado aos tributos sujeitos ao lançamento por homologação. Com a devida vênia daqueles que pensam diferente, encontra pacificado neste Conselho o entendimento, ao qual me filio, de que o Imposto de Renda Pessoa Física – IRPF é um tributo sujeito ao lançamento por homologação, ou seja, aquele em que a lei determina que o sujeito passivo, interpretando a legislação aplicável, apure o montante tributável e efetue o recolhimento do imposto devido, sem prévio exame da autoridade administrativa, conforme definição contida no caput do art. 150 do Código Tributário Nacional – CTN, tendo sua decadência regrada, em princípio, pelo § 4o deste mesmo artigo (cinco anos contados da data do fato gerador), independentemente de haver ou não pagamento do tributo. O referido dispositivo legal exclui do seu escopo expressamente apenas os casos em que for constatada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação, aplicandose, nessa hipótese, a regra geral prevista no art. 173 do CTN, inciso I (cinco anos a contar do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado). Entretanto, com o advento da Portaria MF no 586, de 21 de dezembro de 2010, que alterou o Regimento Interno do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais – CARF (aprovado pela Portaria MF no 256, de 22 de junho de 2009), os julgados no âmbito deste Tribunal deverão observar o disposto nas decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal e pelo Superior Tribunal de Justiça em matéria infraconstitucional, na sistemática prevista pelos artigos 543B e 543C do Código de Processo Civil, devido a inclusão do art. 62A, in verbis: Art. 62A. As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal e pelo Superior Tribunal de Justiça em matéria infraconstitucional, na sistemática prevista pelos artigos 543B e 543C da Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973, Código de Processo Civil, deverão ser reproduzidas pelos conselheiros no julgamento dos recursos no âmbito do CARF. § 1o Ficarão sobrestados os julgamentos dos recursos sempre que o STF também sobrestar o julgamento dos recursos extraordinários da mesma matéria, até que seja proferida decisão nos termos do art. 543B. {1} § 2º O sobrestamento de que trata o § 1º será feito de ofício pelo relator ou por provocação das partes. No que diz respeito ao prazo decadencial para constituição do crédito tributário, assim se pronunciou o Superior Tribunal de Justiça no Recurso Especial no 973.733 Fl. 937DF CARF MF Impresso em 18/03/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 16/01/2015 por PEDRO ANAN JUNIOR, Assinado digitalmente em 16/01/2015 po r PEDRO ANAN JUNIOR, Assinado digitalmente em 29/01/2015 por ANTONIO LOPO MARTINEZ Processo nº 10865.001698/200668 Acórdão n.º 2202002.927 S2C2T2 Fl. 269 11 – SC, de 12/08/2009, de relatoria do Ministro Luiz Fux, submetido ao regime do art. 543C do CPC e da Resolução no 8/08 do STJ: EMENTA PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA. ARTIGO 543C, DO CPC. TRIBUTÁRIO. TRIBUTO SUJEITO A LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. INEXISTÊNCIA DE PAGAMENTO ANTECIPADO. DECADÊNCIA DO DIREITO DE O FISCO CONSTITUIR O CRÉDITO TRIBUTÁRIO. TERMO INICIAL. ARTIGO 173, I, DO CTN. APLICAÇÃO CUMULATIVA DOS PRAZOS PREVISTOS NOS ARTIGOS 150, § 4º, e 173, do CTN. IMPOSSIBILIDADE. 1. O prazo decadencial qüinqüenal para o Fisco constituir o crédito tributário (lançamento de ofício) contase do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado, nos casos em que a lei não prevê o pagamento antecipado da exação ou quando, a despeito da previsão legal, o mesmo inocorre, sem a constatação de dolo, fraude ou simulação do contribuinte, inexistindo declaração prévia do débito (Precedentes da Primeira Seção: REsp 766.050/PR, Rel. Ministro Luiz Fux, julgado em 28.11.2007, DJ 25.02.2008; AgRg nos EREsp 216.758/SP, Rel. Ministro Teori Albino Zavascki, julgado em 22.03.2006, DJ 10.04.2006; e EREsp 276.142/SP, Rel. Ministro Luiz Fux, julgado em 13.12.2004, DJ 28.02.2005). 2. É que a decadência ou caducidade, no âmbito do Direito Tributário, importa no perecimento do direito potestativo de o Fisco constituir o crédito tributário pelo lançamento, e, consoante doutrina abalizada, encontrase regulada por cinco regras jurídicas gerais e abstratas, entre as quais figura a regra da decadência do direito de lançar nos casos de tributos sujeitos ao lançamento de ofício, ou nos casos dos tributos sujeitos ao lançamento por homologação em que o contribuinte não efetua o pagamento antecipado (Eurico Marcos Diniz de Santi, "Decadência e Prescrição no Direito Tributário", 3ª ed., Max Limonad, São Paulo, 2004, págs. 163/210). 3. O dies a quo do prazo qüinqüenal da aludida regra decadencial regese pelo disposto no artigo 173, I, do CTN, sendo certo que o "primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado" corresponde, iniludivelmente, ao primeiro dia do exercício seguinte à ocorrência do fato imponível, ainda que se trate de tributos sujeitos a lançamento por homologação, revelandose inadmissível a aplicação cumulativa/concorrente dos prazos previstos nos artigos 150, § 4º, e 173, do Codex Tributário, ante a configuração de desarrazoado prazo decadencial decenal (Alberto Xavier, "Do Lançamento no Direito Tributário Brasileiro", 3ª ed., Ed. Forense, Rio de Janeiro, 2005, págs. 91/104; Luciano Amaro, "Direito Tributário Brasileiro", 10ª ed., Ed. Saraiva, 2004, págs. 396/400; e Eurico Marcos Diniz de Fl. 938DF CARF MF Impresso em 18/03/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 16/01/2015 por PEDRO ANAN JUNIOR, Assinado digitalmente em 16/01/2015 po r PEDRO ANAN JUNIOR, Assinado digitalmente em 29/01/2015 por ANTONIO LOPO MARTINEZ 12 Santi, "Decadência e Prescrição no Direito Tributário", 3ª ed., Max Limonad, São Paulo, 2004, págs. 183/199). 5. In casu, consoante assente na origem: (i) cuidase de tributo sujeito a lançamento por homologação; (ii) a obrigação ex lege de pagamento antecipado das contribuições previdenciárias não restou adimplida pelo contribuinte, no que concerne aos fatos imponíveis ocorridos no período de janeiro de 1991 a dezembro de 1994; e (iii) a constituição dos créditos tributários respectivos deuse em 26.03.2001. 6. Destarte, revelamse caducos os créditos tributários executados, tendo em vista o decurso do prazo decadencial qüinqüenal para que o Fisco efetuasse o lançamento de ofício substitutivo. 7. Recurso especial desprovido. Acórdão submetido ao regime do artigo 543C, do CPC, e da Resolução STJ 08/2008. Depreendese, assim, que nos casos em que a lei não prevê o pagamento antecipado do tributo ou quando, a despeito da previsão legal, o mesmo não ocorre, sem a constatação de dolo, fraude ou simulação do contribuinte, o prazo decadencial é regido pelo art. 173, inciso I, do CTN, considerandose que “primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado” corresponde ao primeiro dia do exercício seguinte à ocorrência do fato imponível. Posteriormente, acolhendo os embargos de declaração oposto pela Fazenda Nacional no Agravo Regimental no Recurso Especial no 674.497/PR (2004/01099782), julgado em 09/02/2010, a Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça, assim se manifestou: PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. TRIBUTO SUJEITO A LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO. RECOLHIMENTOS NÃO EFETUADOS E NÃO DECLARADOS. ART.173, I, DO CTN. DECADÊNCIA. ERRO MATERIAL. OCORRÊNCIA. ACOLHIMENTO. EFEITOS MODIFICATIVOS. EXCEPCIONALIDADE. 1. Tratase de embargos de declaração opostos pela Fazenda Nacional objetivando afastar a decadência de créditos tributários referentes a fatos geradores ocorridos em dezembro de 1993. 2. Na espécie, os fatos geradores do tributo em questão são relativos ao período de 1o a 31.12.1993, ou seja, a exação só poderia ser exigida e lançada a partir de janeiro de 1994. Sendo assim, na forma do art. 173, I, do CTN, o prazo decadencial teve início somente em 1o 1.1995, expirandose em 1o 1.2000. Considerando que o auto de infração foi lavrado em 29.11.1999, temse por não consumada a decadência, in casu. 3. Embargos de declaração acolhidos, com efeitos modificativos, para dar parcial provimento ao recurso especial. O relator, Ministro Mauro Campbell Marques, esclarece no voto condutor que: Fl. 939DF CARF MF Impresso em 18/03/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 16/01/2015 por PEDRO ANAN JUNIOR, Assinado digitalmente em 16/01/2015 po r PEDRO ANAN JUNIOR, Assinado digitalmente em 29/01/2015 por ANTONIO LOPO MARTINEZ Processo nº 10865.001698/200668 Acórdão n.º 2202002.927 S2C2T2 Fl. 270 13 Do acurado reexame dos autos, verifico que razão assiste à embargante. Sobre o tema, a Primeira Seção desta Corte, utilizandose da sistemática prevista no art. 543C do CPC, introduzido no ordenamento jurídico pátrio por meio da Lei dos Recursos Repetitivos, ao julgar o REsp 973.733/SC, Rel Min. Luiz Fux (j. 12.8.2009), reiterou o entendimento no sentido de que, em se tratando de tributo sujeito a lançamento por homologação não declarado e inadimplido, como o caso dos autos, o Fisco dispõe de cinco anos contados do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado para a constituição do crédito tributário, nos termos do art. 173, I, do CTN. Somente nos casos em que o pagamento foi feito antecipadamente, o prazo será de cinco anos a contar do fato gerador (art. 150, § 4º, do CTN). [...] Na espécie, os fatos geradores do tributo em questão são relativos ao período de 1º a 31.12.1993, ou seja, a exação só poderia ser exigida e lançada a partir de janeiro de 1994. Sendo assim, na forma do art. 173, I, do CTN, o prazo decadencial teve início somente em 1º.1.1995, expirandose em 1º.1.2000. Considerando que o auto de infração foi lavrado em 29.11.1999, temse por não consumada a decadência, in casu. Concluise, assim, que a aplicação do prazo decadencial previsto art. 150, §4o, do CTN passou a ter uma condição adicional, qual seja, a existência de pagamento antecipado de tributo. Inexistindo pagamento antecipado, deslocase o prazo decadencial para o “primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado” (art. 173, inciso I), restando claro que, nos casos de fatos geradores ocorridos no dia 31 de dezembro de cada ano, o lançamento só poderá ser efetuado no ano seguinte. Retornando ao caso em concreto, tratase de lançamento referente ao ano calendário 2001, em que foi apurada omissão caracterizada por depósitos bancários de origem não comprovada, infrações sujeitas ao imposto apurado na declaração de ajuste anual, cujo fato gerador se perfaz em 31 de dezembro de cada ano. Para o anocalendário 2001, o prazo decadencial começou a fluir em 31.12.2001, de modo que o lançamento poderia ter sido formalizado até 31.12.2006 (cinco anos da data do fato gerador). Assim, visto que o presente Auto de Infração foi cientificado pessoalmente ao contribuinte em 09/2006, não havia decaído o direito da Fazenda Pública constituir o crédito tributário. Diante do exposto, voto por rejeitar a preliminar de decadência suscitada pelo recorrente. Fl. 940DF CARF MF Impresso em 18/03/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 16/01/2015 por PEDRO ANAN JUNIOR, Assinado digitalmente em 16/01/2015 po r PEDRO ANAN JUNIOR, Assinado digitalmente em 29/01/2015 por ANTONIO LOPO MARTINEZ 14 Mérito OMISSÃO DE RENDIMENTOS – DEPÓSITOS BANCÁRIOS – PRESUNÇÃO Parte do auto de infração elaborado pela autoridade lançadora teve como base o artigo 42, caput e §§ 1º e 2º, da Lei nº 9.430, de 1996: “Art. 42. Caracterizamse também omissão de receita ou de rendimento os valores creditados em conta de depósito ou de investimento mantida junto a instituição financeira, em relação aos quais o titular, pessoa física ou jurídica, regularmente intimado, não comprove, mediante documentação hábil e idônea, a origem dos recursos utilizados nessas operações. § 1º O valor das receitas ou dos rendimentos omitido será considerado auferido ou recebido no mês do crédito efetuado pela instituição financeira. § 2º Os valores cuja origem houver sido comprovada, que não houverem sido computados na base de cálculo dos impostos e contribuições a que estiverem sujeitos, submeterseão às normas de tributação específicas, previstas na legislação vigente à época em que auferidos ou recebidos.” Nos termos da referida norma legal presumese omissão de rendimentos sempre que o titular da conta bancária, regularmente intimado, não comprovar, mediante documentação hábil e idônea, a origem dos recursos creditados em sua conta de depósito ou de investimento. No presente caso foi comprovado através de documentação e provas que a Contribuinte é titular das contas bancária, sendo que o lançamento foi efetuado a partir da presunção relativa de omissão de rendimentos calcada em depósitos bancários de origem não demonstrada, nos termos artigo 42 da Lei nº 9.430, de 1996. Não houve demonstração por parte da Contribuinte através de provas hábeis, a origem dos valores depositados na sua conta bancária, sendo que o mesmo foi intimado para demonstrar que os valores depositados em sua conta bancária não representam rendimentos omitidos. Fl. 941DF CARF MF Impresso em 18/03/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 16/01/2015 por PEDRO ANAN JUNIOR, Assinado digitalmente em 16/01/2015 po r PEDRO ANAN JUNIOR, Assinado digitalmente em 29/01/2015 por ANTONIO LOPO MARTINEZ Processo nº 10865.001698/200668 Acórdão n.º 2202002.927 S2C2T2 Fl. 271 15 Desta forma verificase que os depósitos bancários que formaram a base de cálculo do auto de infração são valores que foram movimentados e não foram oferecidos a tributação, não havendo nenhuma evidência de que alguma dessas importâncias foram declaradas pela Contribuinte ou têm natureza isenta, uma vez que a Contribuinte nada trouxe para esclarecer e comprovar a origem dos referidos depósitos. Podemos concluir que o Contribuinte não conseguiu demonstrar que não houve omissão de rendimentos, pois não apresentou nenhum documento ou prova que comprovariam que os depósitos efetuados em sua conta bancária possuíam origem isenta ou já submetida à tributação. Simplesmente alega que os valores objeto do auto de infração não são de sua titularidade. Desta forma, é devida a presente tributação com base em depósitos bancários de origem não comprovada. OMISSÃO DE RENDIMENTOS X ATIVIDADE RURAL No que diz respeito ao argumento do Recorrente que a omissão de rendimentos apurada no lançamento deve ser tributada como atividade rural, portanto com a base de cálculo de 20%. Entendo que não assiste razão ao Recorrente, tendo em vista que essa não é a única atividade apurada em sua DIRPF, não conseguindo demonstrar que tais valores era da atividade rural. Diante do exposto rejeito a preliminar de decadência e no mérito nego provimento ao recurso apresentado pelo Recorrente. (Assinado Digitalmente) Pedro Anan Junior Relator Fl. 942DF CARF MF Impresso em 18/03/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 16/01/2015 por PEDRO ANAN JUNIOR, Assinado digitalmente em 16/01/2015 po r PEDRO ANAN JUNIOR, Assinado digitalmente em 29/01/2015 por ANTONIO LOPO MARTINEZ 16 Voto Vencedor Conselheiro Antonio Lopo Martinez, Redator designado Este voto direcionase exclusivamente a preliminar de prova ilícita por quebra do sigilo bancário, ponto na qual divirjo do Conselheiro Relator. Inobstante o bem fundamentado voto do Relator, entendo que ao apreciar a questão da licitude da prova estamos essencialmente enfrentando uma questão preliminar. O sigilo bancário sempre foi um tema cheio de contradições e de várias correntes. Antes da edição da Lei Complementar n° 105, de 2001, os Tribunais Superiores tinham a forte tendência de albergar a tese da inclusão do sigilo bancário na esfera do direito à privacidade, na forma da nossa Constituição Federal, sob o argumento que não é cabível a sua quebra com base em procedimento administrativo, amparado no entendimento de que as previsões nesse sentido, inscritas nos parágrafos 5º e 6º do artigo 38, da Lei nº 4.595, de 1964 e no artigo 8º da Lei nº 8.021, de 1990, perdem eficácia, por interpretação sistemática, diante da vedação do parágrafo único do artigo 197, do CTN, norma hierarquicamente superior. Pessoalmente, não me restam dúvidas, que o direito ao sigilo bancário não pode ser utilizado para acobertar ilegalidades. Por outro lado, preservase a intimidade enquanto ela não atingir a esfera de direitos de outrem. Todos têm direito à privacidade, mas ninguém tem o direito de invocála para absterse de cumprir a lei ou para fugir de seu alcance. Tenho para mim, que o sigilo bancário não foi instituído para que se possam praticar crimes impunemente. Desta forma, é indiscutível que o sigilo bancário, no Brasil, para fins tributários, é relativo e não absoluto, já que a quebra de informações pode ocorrer nas hipóteses previstas em lei. No comando da Lei Complementar nº. 105, de 10 de janeiro de 2001, notase o seguinte: “Art. 1° As instituições financeiras conservarão sigilo em suas operações ativas e passivas e serviços prestados. (...) § 3º Não constitui violação do dever de sigilo: I a troca de informações entre instituições financeiras, para fins cadastrais, inclusive por intermédio de centrais de risco, observadas as normas baixadas pelo Conselho Monetário Nacional e pelo Banco Central do Brasil; II o fornecimento de informações constantes de cadastro de emitentes de cheques sem provisão de fundos e de devedores inadimplentes, a entidades de proteção ao crédito, observadas às normas baixadas pelo Conselho Monetário Nacional e pelo Banco Central do Brasil; Fl. 943DF CARF MF Impresso em 18/03/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 16/01/2015 por PEDRO ANAN JUNIOR, Assinado digitalmente em 16/01/2015 po r PEDRO ANAN JUNIOR, Assinado digitalmente em 29/01/2015 por ANTONIO LOPO MARTINEZ Processo nº 10865.001698/200668 Acórdão n.º 2202002.927 S2C2T2 Fl. 272 17 III o fornecimento das informações de que trata o § 2º do art. 11 da Lei nº 9.311, de 24 de outubro de 1996; IV a comunicação, às autoridades competentes, da prática de ilícitos penais ou administrativos, abrangendo o fornecimento de informações sobre operações que envolvam recursos provenientes de qualquer prática criminosa; V a revelação de informações sigilosas com o consentimento expresso dos interessados; VI a prestação de informações nos termos e condições estabelecidos nos artigos 2º, 3º, 4º, 5º, 6º, 7º e 9º desta Lei Complementar. (...) Art. 6º As autoridades e os agentes fiscais tributários da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios somente poderão examinar documentos, livros e registros de instituições financeiras, inclusive a contas de depósitos e aplicações financeiras, quando houver processo administrativo instaurado ou procedimento fiscal em curso e tais exames sejam considerados indispensáveis pela autoridade administrativa competente. Parágrafo único. O resultado dos exames, as informações e os documentos a que se refere este artigo serão conservados em sigilo, observada a legislação tributária. (...) Art. Revogase o art. 38 da Lei n°° 4.595, de 31 de dezembro de 1964.”. Se antes existiam dúvidas sobre a possibilidade da quebra do sigilo bancário via administrativa (autoridade fiscal), agora estas não mais existem, já que é claro na lei complementar, acima transcrita, a tese de que a Secretaria da Receita Federal tem permissão legal para acessar os dados bancários dos contribuintes, está expressamente autorizado pelo artigo 6° da mencionada lei complementar. O texto autorizou, expressamente, as autoridades e agentes fiscais tributários a obter informações de contas de depósitos e aplicações financeiras, desde que haja processo administrativo instaurado. Assim, estaria afastada a pretensa quebra de sigilo bancário de forma ilícita, já que há permissão legal para que o Estado através de seus agentes fazendários, com fins públicos (arrecadação de tributos), visando o bem comum, possa ter acesso aos dados protegidos, originariamente, pelo sigilo bancário. Ficam o Estado e seus agentes responsáveis, por outro lado, pela manutenção do sigilo bancário e pela observância do sigilo fiscal. Desta forma, dentro dos limites estabelecidos pelos textos legais que tratam o assunto, os AuditoresFiscais da Receita Federal poderão proceder a exames de documentos, livros e registros de contas de depósitos, desde que houver processo fiscal administrativo instaurado e os mesmos forem considerados indispensáveis pela autoridade competente. Devendo ser observado que os documentos e informações fornecidos, bem como seus exames, Fl. 944DF CARF MF Impresso em 18/03/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 16/01/2015 por PEDRO ANAN JUNIOR, Assinado digitalmente em 16/01/2015 po r PEDRO ANAN JUNIOR, Assinado digitalmente em 29/01/2015 por ANTONIO LOPO MARTINEZ 18 devem ser conservados em sigilo, cabendo a sua utilização apenas de forma reservada, cumprido as normas a prestação de informações e o exame de documentos, livros e registros de contas de depósitos, a que alude a lei, não constitui, portanto, quebra de sigilo bancário. Sempre é bom lembrar que o sigilo fiscal a que se obrigam os agentes fiscais constitui um dos requisitos do exercício da atividade administrativa tributária, cuja inobservância só se consubstancia mediante a verificação material do evento da quebra do sigilo funcional, quando, então, o agente envolvido sofrerá a devida sanção. Requisições de Movimentação Financeira – RMF emitidas seguiram rigorosamente as exigências previstas pelo Decreto nº 3.724/2001, que regulamentou o art. 6º da Lei Complementar 105/2001, inclusive quanto às hipóteses de indispensabilidade previstas no art. 3º, que também estão claramente presentes nos autos. Em verdade, verificase que o contribuinte foi intimada a fornecer seus extratos bancários, no entanto não os apresentou, razão pela qual não restou opção à fiscalização senão a emissão da Requisição de Informações sobre Movimentação Financeira – RMF. Desse modo, ausente qualquer ilicitude na prova decorrente da transferência de sigilo bancário para a Receita Federal do Brasil, posto que a Lei Complementar 105, de 2001 confere às autoridades administrativas tributárias a possibilidade de acesso aos dados bancários, sem autorização judicial, desde que haja processo administrativo e justificativa para tanto. E é este o caso nos autos. Ademais, a tese de ilicitude da prova obtida não está sendo acolhida pela Câmara Superior de Recursos Fiscais, conforme a jurisprudência já consolidada. Rejeito, portanto, o questionamento preliminar argüido quanto ilicitude da prova por quebra do sigilo bancário. (Assinado Digitalmente) Antonio Lopo Martinez – Redator Designado Fl. 945DF CARF MF Impresso em 18/03/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 16/01/2015 por PEDRO ANAN JUNIOR, Assinado digitalmente em 16/01/2015 po r PEDRO ANAN JUNIOR, Assinado digitalmente em 29/01/2015 por ANTONIO LOPO MARTINEZ
score : 1.0
Numero do processo: 10670.721997/2013-29
Turma: Primeira Turma Ordinária da Primeira Câmara da Segunda Seção
Câmara: Primeira Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Wed Feb 11 00:00:00 UTC 2015
Data da publicação: Fri Feb 20 00:00:00 UTC 2015
Numero da decisão: 2101-000.200
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Resolvem os membros do colegiado, por unanimidade de votos, converter o julgamento em diligência, para que: (a) sejam juntadas aos autos todas as matriculas dos imóveis desmembrados, demonstrando-se a correlação das matrículas com o imóvel objeto do lançamento fiscal; (b) em sendo comprovada a existência da transmissão da propriedade para terceiros, verificar junto aos terceiros o uso do imóvel; e (c) seja elaborado relatório circunstanciado dos fatos levantados, com ciência do resultado da diligência à Recorrente, para que se manifeste em 30 dias.
(assinado digitalmente)
LUIZ EDUARDO DE OLIVEIRA SANTOS - Presidente
(assinado digitalmente)
DANIEL PEREIRA ARTUZO - Relator
Participaram do julgamento os Conselheiros LUIZ EDUARDO DE OLIVEIRA SANTOS (Presidente), DANIEL PEREIRA ARTUZO (Relator), MARIA CLECI COTI MARTINS, EDUARDO DE SOUZA LEÃO, HEITOR DE SOUZA LIMA JUNIOR e ALEXANDRE NAOKI NISHIOKA
Nome do relator: DANIEL PEREIRA ARTUZO
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decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Resolvem os membros do colegiado, por unanimidade de votos, converter o julgamento em diligência, para que: (a) sejam juntadas aos autos todas as matriculas dos imóveis desmembrados, demonstrando-se a correlação das matrículas com o imóvel objeto do lançamento fiscal; (b) em sendo comprovada a existência da transmissão da propriedade para terceiros, verificar junto aos terceiros o uso do imóvel; e (c) seja elaborado relatório circunstanciado dos fatos levantados, com ciência do resultado da diligência à Recorrente, para que se manifeste em 30 dias. (assinado digitalmente) LUIZ EDUARDO DE OLIVEIRA SANTOS - Presidente (assinado digitalmente) DANIEL PEREIRA ARTUZO - Relator Participaram do julgamento os Conselheiros LUIZ EDUARDO DE OLIVEIRA SANTOS (Presidente), DANIEL PEREIRA ARTUZO (Relator), MARIA CLECI COTI MARTINS, EDUARDO DE SOUZA LEÃO, HEITOR DE SOUZA LIMA JUNIOR e ALEXANDRE NAOKI NISHIOKA
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Resolvem os membros do colegiado, por unanimidade de votos, converter o julgamento em diligência, para que: (a) sejam juntadas aos autos todas as matriculas dos imóveis desmembrados, demonstrandose a correlação das matrículas com o imóvel objeto do lançamento fiscal; (b) em sendo comprovada a existência da transmissão da propriedade para terceiros, verificar junto aos terceiros o uso do imóvel; e (c) seja elaborado relatório circunstanciado dos fatos levantados, com ciência do resultado da diligência à Recorrente, para que se manifeste em 30 dias. (assinado digitalmente) LUIZ EDUARDO DE OLIVEIRA SANTOS Presidente (assinado digitalmente) DANIEL PEREIRA ARTUZO Relator Participaram do julgamento os Conselheiros LUIZ EDUARDO DE OLIVEIRA SANTOS (Presidente), DANIEL PEREIRA ARTUZO (Relator), MARIA CLECI COTI MARTINS, EDUARDO DE SOUZA LEÃO, HEITOR DE SOUZA LIMA JUNIOR e ALEXANDRE NAOKI NISHIOKA RE SO LU ÇÃ O G ER A D A N O P G D -C A RF P RO CE SS O 1 06 70 .7 21 99 7/ 20 13 -2 9 Fl. 704DF CARF MF Impresso em 20/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 13/02/2015 por DANIEL PEREIRA ARTUZO, Assinado digitalmente em 19/02/201 5 por LUIZ EDUARDO DE OLIVEIRA SANTOS, Assinado digitalmente em 13/02/2015 por DANIEL PEREIRA ARTUZO Processo nº 10670.721997/201329 Resolução nº 2101000.200 S2C1T1 Fl. 136 2 Em 2012 foi emitida a Notificação de Lançamento de fls. 621 a 627, para a exigência de ITR do Exercício 2008, relativo ao imóvel rural “FAZENDA JAIBA”, com área de 158.445,3 ha, NIRF 6.738.9082, localizado no município de São João da Ponte/MG. De acordo com a “Descrição dos Fatos e Enquadramento Legal”, “Após regularmente intimado, o sujeito passivo não comprovou por meio de Laudo de Avaliação do imóvel, conforme estabelecido na NBR 14.6533 da ABNT, o valor da terra nua declarado. No Documento de Informação e Apuração do ITR (DIAT), o campo valor da terra nua por há (VTN/ha) foi arbitrado considerando o valor obtido no Sistema de Preços de Terra (SIPT), e o valor total da terra nua foi calculado multiplicandose esse VTN/ha arbitrado pela área total do imóvel.” Cientificada do lançamento, a Recorrente apresentou a Impugnação de fls. 632 a 634, alegando, em síntese, (i) que o imóvel rural não pertence e nem é utilizado pela Universidade desde 1973, quando outorgou procuração pública à Fundação Rural Mineira de Colonização e Desenvolvimento Agrário (Ruralminas), para o direito “específico de vender, observadas as prescrições legais e o Regulamento de Legitimação de Terras de propriedade da outorgante, situados no Norte de Minas, (ii) que, descabe a cobrança do imposto sobre o patrimônio ou serviços por Órgãos Públicos devidos, em tese, por outra entidade pública, nos termos do art. 150,VI, alínea “a”, da Constituição da República. Ao analisar a Impugnação, a DRJ de Brasília negou provimento à Impugnação apresentada nos seguintes termos: “ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE TERRITORIAL RURAL ITR Exercício: 2008 DA IMUNIDADE DO ITR A imunidade do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR) abrange apenas os imóveis rurais, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, que sejam vinculados às suas finalidades essenciais, devendo essa condição ser obrigatoriamente comprovada nos autos. DO ÔNUS DA PROVA Cabe ao contribuinte, quando solicitado pela Autoridade Fiscal, comprovar com documentos hábeis, os dados informados na sua DITR, posto que é seu o ônus da prova. DO SUJEITO PASSIVO DO ITR São contribuintes do Imposto Territorial Rural o proprietário, o possuidor ou o detentor a qualquer título de imóvel rural assim definido em lei, sendo facultado ao Fisco exigir o tributo, sem benefício de ordem, de qualquer deles. DA MATÉRIA NÃO IMPUGNADA VALOR DA TERRA NUA (VTN) ARBITRADO Considerase não impugnada a matéria que não tenha sido expressamente contestada, conforme legislação processual. Impugnação Improcedente Crédito Tributário Mantido” (acórdão de fls. 654/663) Inconformada com o resultado do julgamento, a Recorrente interpôs Recurso Voluntário (fls. 674/675), reiterando os argumentos já expendidos em sua Impugnação. Fl. 705DF CARF MF Impresso em 20/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 13/02/2015 por DANIEL PEREIRA ARTUZO, Assinado digitalmente em 19/02/201 5 por LUIZ EDUARDO DE OLIVEIRA SANTOS, Assinado digitalmente em 13/02/2015 por DANIEL PEREIRA ARTUZO Processo nº 10670.721997/201329 Resolução nº 2101000.200 S2C1T1 Fl. 137 3 É o relatório. O recurso é tempestivo e atende aos requisitos legais. Desde o início do procedimento fiscal, a ora Recorrente afirma que o imóvel rural objeto do presente lançamento já teria sido alienado, sendo que em 1973, quando outorgou procuração pública à Fundação Rural Mineira de Colonização e Desenvolvimento Agrário (Ruralminas), para o direito “específico de vender, observadas as prescrições legais e o Regulamento de Legitimação de Terras de propriedade da outorgante, situados no Norte de Minas Para comprovar a sua afirmação, apresentou mais de 100 (cem) escrituras de transferência de parcelas da propriedade a pequenos produtores rurais, bem como Relatório expedido pela Ruralminas constando a informação de que já foram transferidos mais de 53.000, há. Pelo princípio da verdade material, acredito que no presente caso cabe à autoridade administrativa a busca da realidade do fato imponível, ou seja, a busca da forma em que verdadeiramente esse se deu no mundo fenomênico. Esse princípio, particular ao processo administrativo, é decorrência da própria finalidade do controle da legalidade, tendo em vista que não pode haver interesse subjetivo da Administração Pública na solução da demanda. Dessa forma, considerando as peculiaridades do caso em análise, principalmente tendo em vista que ficou comprovado que a Recorrente não possui os documentos relacionados à alienação da propriedade rural, uma vez que tais transações foram realizadas pela Fundação Rural Mineira de Colonização e Desenvolvimento Agrário, entendo que, por cautela e em busca da verdade material, o julgamento deve ser convertido em diligência para que a) sejam juntadas aos autos todas as matriculas dos imóveis desmembrados, demonstrandose a correlação das matrículas com o imóvel objeto do lançamento fiscal; (b) em sendo comprovada a existência da transmissão da propriedade para terceiros, verificar junto aos terceiros o uso do imóvel; e (c) seja elaborado relatório circunstanciado dos fatos levantados, com ciência do resultado da diligência à Recorrente, para que se manifeste em 30 dias. É o meu voto. (assinado digitalmente) DANIEL PEREIRA ARTUZO Relator Fl. 706DF CARF MF Impresso em 20/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 13/02/2015 por DANIEL PEREIRA ARTUZO, Assinado digitalmente em 19/02/201 5 por LUIZ EDUARDO DE OLIVEIRA SANTOS, Assinado digitalmente em 13/02/2015 por DANIEL PEREIRA ARTUZO
score : 1.0
Numero do processo: 13839.909800/2012-29
Turma: Primeira Turma Especial da Primeira Seção
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Wed Mar 04 00:00:00 UTC 2015
Data da publicação: Mon Mar 16 00:00:00 UTC 2015
Ementa: Assunto: Processo Administrativo Fiscal
Ano-calendário: 2012
COMPENSAÇÃO. DESPACHO DECISÓRIO. FUNDAMENTAÇÃO.
Estando o Despacho Decisório suficientemente fundamentado, demonstrando com clareza as razões de fato e de direito que justificaram a não homologação da compensação, não há que se falar em reforma da decisão recorrida.
Numero da decisão: 1801-002.296
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso voluntário, nos termos do voto do Relator.
(assinado digitalmente)
Ana de Barros Fernandes Wipprich - Presidente.
(assinado digitalmente)
Fernando Daniel de Moura Fonseca - Relator.
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Maria de Lourdes Ramirez, Fernando Daniel de Moura Fonseca, Neudson Cavalcante Albuquerque, Alexandre Fernandes Limiro, Rogério Aparecido Gil e Ana de Barros Fernandes Wipprich.
Nome do relator: FERNANDO DANIEL DE MOURA FONSECA
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ementa_s : Assunto: Processo Administrativo Fiscal Ano-calendário: 2012 COMPENSAÇÃO. DESPACHO DECISÓRIO. FUNDAMENTAÇÃO. Estando o Despacho Decisório suficientemente fundamentado, demonstrando com clareza as razões de fato e de direito que justificaram a não homologação da compensação, não há que se falar em reforma da decisão recorrida.
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DESPACHO DECISÓRIO. FUNDAMENTAÇÃO. Estando o Despacho Decisório suficientemente fundamentado, demonstrando com clareza as razões de fato e de direito que justificaram a não homologação da compensação, não há que se falar em reforma da decisão recorrida. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso voluntário, nos termos do voto do Relator. (assinado digitalmente) Ana de Barros Fernandes Wipprich Presidente. (assinado digitalmente) Fernando Daniel de Moura Fonseca Relator. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Maria de Lourdes Ramirez, Fernando Daniel de Moura Fonseca, Neudson Cavalcante Albuquerque, Alexandre Fernandes Limiro, Rogério Aparecido Gil e Ana de Barros Fernandes Wipprich. Relatório AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 13 83 9. 90 98 00 /2 01 2- 29 Fl. 120DF CARF MF Impresso em 16/03/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 13/03/2015 por FERNANDO DANIEL DE MOURA FONSECA, Assinado digitalmente e m 13/03/2015 por FERNANDO DANIEL DE MOURA FONSECA, Assinado digitalmente em 16/03/2015 por ANA DE BA RROS FERNANDES 2 Tratase de recurso voluntário interposto por Nova Injeção Sob Pressão e Comércio de Peças Industriais Ltda contra o acórdão de nº 1144047, prolatado pela 3ª Turma da DRJ de Recife/PE, que manteve integralmente o despacho decisório objeto de discussão nestes autos. Neste processo, discutese a não homologação da PER/DCOMP de nº 35470.89081.121112.1.3.041666 (fls. 3640), transmitida pela Recorrente e por meio da qual se pretendia compensar crédito de IRPJ com débito de IPI. A Receita Federal, através do despacho decisório de fl. 87, deixou de homologar a compensação, alegando que o valor recolhido através do DARF (R$56.409,68) havia sido integralmente consumido para quitação do débito de IRPJ apurado em 31/12/2007, declarado na DCTF da Recorrente. Em sua Manifestação de Inconformidade (fls. 0312), a Recorrente alegou nulidade do despacho decisório, que a seu ver teria cerceado o seu direito de defesa ao não fundamentar a contento a não homologação da compensação. Ao conhecer das razões da Recorrente, a 3ª Turma da DRJ de Recife/PE, através do acórdão ora recorrido (fls. 9194), manteve o despacho decisório, nos seguintes termos: “O texto constante do Despacho Decisório em lide, é claro ao expor que a não homologação da compensação se deu em razão do fato de que o DARF indicado como origem do crédito estar totalmente vinculado a débito declarado como devido em DCTF. Como se sabe, nos termos da legislação de regência (Instruções Normativas SRF nº 077, de 24 de julho de 1998, 016, de 14 de fevereiro de 2000, e posteriores), a DCTF constitui instrumento de confissão de dívida quanto aos débitos nela declarados”. (fl. 9293) Sustentou ainda a DRJ que a Receita Federal não poderia ter reconhecido crédito algum em favor da contribuinte, já que, ao tempo do despacho decisório, o pagamento que supostamente geraria o crédito estava integralmente alocado ao pagamento de débito regularmente declarado pela empresa. Irresignada, a Recorrente apresentou o recurso voluntário ora analisado (fls. 100106), sustentando que o ato administrativo que analisa a compensação tem natureza vinculada e, por isso, deveria ter indicado os pressupostos de fato e de direito que justificaram a não homologação. É o relatório. Voto Conselheiro Fernando Daniel de Moura Fonseca Conheço o recurso voluntário, pois tempestivo. Em seu recurso voluntário, a Recorrente sustenta que a Receita Federal, ao deixar de homologar a compensação pretendida, não fundamentou a contento sua decisão, deixando de expor os fundamentos de fato e de direito que justificariam a não homologação. É ver as palavras da Recorrente: Fl. 121DF CARF MF Impresso em 16/03/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 13/03/2015 por FERNANDO DANIEL DE MOURA FONSECA, Assinado digitalmente e m 13/03/2015 por FERNANDO DANIEL DE MOURA FONSECA, Assinado digitalmente em 16/03/2015 por ANA DE BA RROS FERNANDES Processo nº 13839.909800/201229 Acórdão n.º 1801002.296 S1TE01 Fl. 121 3 “08. Muito bem, ao indeferir o pedido ao direito de compensação da recorrente, é necessário que aponte os pressupostos do ato administrativo, pois estamos diante de um ato vinculado. 09. A indicação dos pressupostos de fato e dos pressupostos de direito, a compatibilidade entre ambos e a correção da medida encetada compõem obrigatiedades decorrentes do princípio da legalidade. 10. O detalhamento, ou justificativa, será maior ou menor conforme o ato seja vinculado ou discricionário. A motivação mostra se imprescindível para a efetivação de eficaz controle sobre a atuação administrativa. (...) 12. Dessa forma, estamos diante de um ato administrativo vinculado, sendo necessário preencher os requisitos atribuídos por lei, isto é, não houvera a fundamentação de quais foram os pagamentos localizados, visto que simplesmente noticia por meio da margem da discricionariedade que foram localizados um ou mais pagamentos.” (fl. 67) Com a devida vênia ao entendimento da contribuinte, o seu recurso parte da premissa equivocada de que o despacho decisório não teria sido fundamentado suficientemente. No entanto, pela mera leitura da decisão (que está acostada nestes autos à fl. 87) é possível depreender claramente as razões que levaram a Receita Federal a negar a homologação pretendida pela empresa: o DARF que supostamente geraria o crédito já estava integralmente alocado para pagamento de débitos declarados pelo próprio contribuinte. É ver a redação do despacho, que é clara nesse sentido: “A partir das características do DARF discriminado no PER/DCOMP acima identificado, foram localizados um ou mais pagamentos, abaixo relacionados, mas integralmente utilizados para quitação de débitos do contribuinte, não restando crédito disponível para compensação dos débitos informados na PER/DCOMP.” Ou seja, a despeito do que sustenta o recurso voluntário ora analisado, a Receita Federal, ao analisar a declaração de compensação da empresa, foi clara em apontar o pressuposto de fato da não homologação: inexistência de recolhimento a maior, pois o recolhimento no valor de R$56.409,68 foi integralmente consumido pelo débito de IRPJ declarado pela própria contribuinte. E como se sabe, o art. 165, I, do CTN apenas autoriza a restituição de tributos pagos quando eles forem indevidos ou tiverem sido pagos a maior. Portanto, apenas nessas duas hipóteses podese falar em créditos passíveis de compensação. E, no presente caso, a Recorrente sequer invocou qualquer dessas hipóteses em seu favor. A partir do momento em que o despacho decisório consignou nestes autos que não havia crédito em nome da Recorrente a ser compensado, competia a esta instruir sua manifestação de inconformidade com documentos que comprovassem que o DARF gerador do crédito foi pago indevidamente ou a maior. Afinal, o ônus de comprovar a existência do crédito é do contribuinte. Como isso não foi feito nestes autos, a conclusão a que se chega é que a Recorrente não se desincumbiu do seu ônus de comprovar a presença de uma das hipóteses Fl. 122DF CARF MF Impresso em 16/03/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 13/03/2015 por FERNANDO DANIEL DE MOURA FONSECA, Assinado digitalmente e m 13/03/2015 por FERNANDO DANIEL DE MOURA FONSECA, Assinado digitalmente em 16/03/2015 por ANA DE BA RROS FERNANDES 4 autorizadoras da restituição/compensação de tributos (art. 165, I, do CTN). E sem essa comprovação, impossível é a compensação pretendida pela Recorrente nestes autos. Por estas razões, nego provimento ao recurso voluntário e mantenho incólume a decisão ora recorrida. É como voto. (assinado digitalmente) Fernando Daniel de Moura Fonseca Relator Fl. 123DF CARF MF Impresso em 16/03/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 13/03/2015 por FERNANDO DANIEL DE MOURA FONSECA, Assinado digitalmente e m 13/03/2015 por FERNANDO DANIEL DE MOURA FONSECA, Assinado digitalmente em 16/03/2015 por ANA DE BA RROS FERNANDES
score : 1.0
Numero do processo: 10860.900348/2008-98
Turma: Primeira Turma Ordinária da Terceira Câmara da Primeira Seção
Câmara: Terceira Câmara
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Tue Feb 03 00:00:00 UTC 2015
Data da publicação: Wed Mar 25 00:00:00 UTC 2015
Numero da decisão: 1301-000.247
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
RESOLVEM os membros da 3ª Câmara / 1ª Turma Ordinária da PRIMEIRA SEÇÃO DE JULGAMENTO, por unanimidade de votos, converter o julgamento em diligência. Fez sustentação oral o advogado Fábio Alexandre Lunardini OAB/SP nº 109.971.
(documento assinado digitalmente)
Valmar Fonseca de Menezes
Presidente
(documento assinado digitalmente)
Valmir Sandri
Relator
Participaram do julgamento os Conselheiros: Valmar Fonseca de Menezes, Wilson Fernandes Guimarães, Paulo Jakson da Silva Lucas, Valmir Sandri, Edwal Casoni de Paula Fernandes Junior e Carlos Augusto de Andrade Jenier.
Nome do relator: VALMIR SANDRI
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Recorrida Fazenda Nacional Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. RESOLVEM os membros da 3ª Câmara / 1ª Turma Ordinária da PPRRIIMMEEIIRRAA SSEEÇÇÃÃOO DDEE JJUULLGGAAMMEENNTTOO, por unanimidade de votos, converter o julgamento em diligência. Fez sustentação oral o advogado Fábio Alexandre Lunardini OAB/SP nº 109.971. (documento assinado digitalmente) Valmar Fonseca de Menezes Presidente (documento assinado digitalmente) Valmir Sandri Relator Participaram do julgamento os Conselheiros: Valmar Fonseca de Menezes, Wilson Fernandes Guimarães, Paulo Jakson da Silva Lucas, Valmir Sandri, Edwal Casoni de Paula Fernandes Junior e Carlos Augusto de Andrade Jenier. RE SO LU ÇÃ O G ER A D A N O P G D -C A RF P RO CE SS O 1 08 60 .9 00 34 8/ 20 08 -9 8 Fl. 76DF CARF MF Impresso em 25/03/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 12/03/2015 por VALMIR SANDRI, Assinado digitalmente em 24/03/2015 por VA LMAR FONSECA DE MENEZES Erro! Fonte de referência não encontrada. Fls. 3 ___________ Relatório Em 31/05/2004, a contribuinte transmitiu o PER/DCOMP 37946.10429:310504.1.3.042270, para fins de extinção de débito de IRPJ, código 23621, referente ao período de apuração abril de 2004, no valor de R$ 52.572,14, indicando como crédito pagamento a maior ou indevido de IRPJ no valor original de R$ 836.454,64, que teria sido arrecadado em 31/05/2004, e valor atualizado na data da transmissão de R$ 886.454,64, (valor original a ser utilizado na compensação: R$ 49.638,50) Como o DARF com os dados informados não foi localizado nos Sistemas da Receita Federal, o contribuinte cientificado desse fato, e alertando que se houver qualquer divergência, deveria ser transmitido o PER/DCOMP retificador e, caso contrário, deveria o contribuinte comparecer à Receita com o DARF original. A ciência dessa intimação ocorreu em 04 de setembro de 2006. Em 24 de abril de 2008 foi emitido Despacho Decisório não homologando a compensação, por não confirmação da existência do crédito, e intimando o contribuinte a efetuar o pagamento do débito indevidamente compensado. O contribuinte ingressou com manifestação de inconformidade, alegando ter se equivocado no preenchimento da DCOMP, ao indicar que o crédito era decorrente de pagamento a maior ou indevido, uma vez que, de fato, era representado por saldo negativo de IRPJ do anocalendário de 2002, apurado no valor de R$ 971.356,81. Informou que esse valor, devidamente atualizado pela SELIC foi utilizado para compensação no mês de abril de 2004, conforme planilha abaixo: Mês comp. Histórico Nºprocesso Receita Federal Crédito Original R$ Crédito original utilizado Juros selic Débito compensado Saldo crédito original 2002 Saldo negativo DIPJ 2004/2003 971.356,81 Abr/04 PerDecomp 37946.10429.310504.1.3.04.2270 10860.900348/2008 98 971.356,81 46.257,93 13,65% 52.571,14 971.356,81 Saldo original do crédito 925.098,88 925.098,88 Ponderou que, comprovado o erro de fato no preenchimento da DCOMP, não há razão para dar continuidade à cobrança. Menciona decisões das DRJs nesse sentido Ressaltou que, no caso em tela, o erro de fato constante na Declaração Eletrônica de Compensação apresentada pela Recorrente, é facilmente identificado, bastando para tanto, analisar simultaneamente tal Declaração com a DIPJ apresentada, para se concluir que não se trata de saldo credor decorrente de pagamento indevido, mas de saldo negativo de IRPJ. A 4ª Turma de Julgamento da DRJ em Campinas julgou improcedente a manifestação de inconformidade. Assentou o voto condutor que a empresa, mesmo após ser intimada para corrigir a DECOMP, não providenciou a retificação, como determina o art. 44 da IN 460/2004. Registrou que a manifestação de inconformidade não é instrumento hábil para retificação de Fl. 77DF CARF MF Impresso em 25/03/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 12/03/2015 por VALMIR SANDRI, Assinado digitalmente em 24/03/2015 por VA LMAR FONSECA DE MENEZES Processo nº 10860.900348/200898 Resolução nº 1301000.247 S1C3T1 Fl. 4 3 Declaração de Compensação, que inexiste previsão legal quanto a procedimentos para retificação de pedidos de restituição, ressarcimento e compensação ou declarações de compensação, no âmbito da DRJ. Enfatizou que a apresentação de PER/DCOMP não é mero pedido, mas sim veículo por meio do qual se formaliza a compensação (art. 74, § 1º da Lei nº 9.430/96, com a redação dada pela Lei nº 10.637/2002) e consequente extinção do crédito tributário (art. 74, § 2º da Lei nº 9.430/96, com a redação dada pela Lei nº 10.637/2002). Ademais, destacou que não há como confirmar a alegação de erro, trazida pela contribuinte, pois o exame da DCOMP deixa entrever que o equívoco cometido não foi apenas na forma, mas também no conteúdo, porque não houve preenchimento incorreto, pois a interessada indicou como crédito um pagamento indevido, destacando, inclusive, as informações do DARF pleiteado, as quais não se referem a saldo negativo. Esclarece o voto condutor: Ora, como se verifica das informações por ela apresentadas à RFB, o valor apontado como crédito original em sede de DCOMP (R$ 836.988,61) não coincide com o saldo negativo de IRPJ apurado no ano calendário de 2002 (R$ 971.356,81). Além disso, o período de apuração informado na ficha crédito da DCOMP em litígio (31/05/2004) não guarda relação com o saldo negativo do ano calendário 2002 (31/12/2002). Não há, portanto, qualquer indício que permita supor a ocorrência do equívoco apontado pela Manifestante. Ciente da decisão em 01 de outubro de 2012, a interessada ingressou com recurso em 01 de novembro seguinte, no qual reitera as razões articuladas na manifestação de inconformidade. Contesta a decisão, alegando que, diferentemente do indicado na decisão recorrida, há sim, como identificar a alegação de erro no preenchimento, diante da existência de saldo negativo do IRPJ, e que, em qualquer caso, não houve prejuízo ao erário. Cita jurisprudência, invoca o princípio da verdade material, e destaca que os casos de erros de fato cometidos na declaração e apuráveis pelo seu exame devem ser retificados de ofício pela autoridade a quem competir o seu exame, a teor do art. 147, § 2º, do CTN. Conclui dizendo que, segundo a decisão recorrida, não existe o direito creditório decorrente do saldo negativo do IRPJ do anocalendário de 2002, em que pese ter a ora recorrente demonstrado nos autos a existência desse direito, e requer perícia para confirmálo. É o relatório. Fl. 78DF CARF MF Impresso em 25/03/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 12/03/2015 por VALMIR SANDRI, Assinado digitalmente em 24/03/2015 por VA LMAR FONSECA DE MENEZES Processo nº 10860.900348/200898 Resolução nº 1301000.247 S1C3T1 Fl. 5 4 Voto Conselheiro Valmir Sandri, Relator. Recurso tempestivo, dele conheço. Inicialmente, registro ser impertinente a menção feita pela Recorrente ao art. 147, § 2º, do Código Tributário Nacional. Referido artigo trata das normas referentes a lançamento na modalidade “por declaração” (hoje inexistente no âmbito dos tributos administrados pela Secretaria da Receita Federal). Em tal modalidade de lançamento, o sujeito passivo prestava informações acerca dos fatos que relacionados à matéria tributável e, com base na declaração prestada, a autoridade administrativa efetuava o lançamento. Nesse caso, o CTN previa as possibilidades de retificação da declaração por iniciativa do próprio declarante (§ 1º do art. 147) e as retificações de ofício a serem procedidas pela autoridade administrativa (§ 2º). Além de a DCOMP não representar instrumento preparatório ao lançamento por declaração, era impossível, à autoridade administrativa que o examinou, proceder à sua retificação de ofício, sem que o sujeito passivo prestasse esclarecimentos. De fato, é obvia a ocorrência de erro no preenchimento da DCOMP, pois é realmente muito estranho que em 31/05/2004 a contribuinte transmitisse DCOMP informando como crédito pagamento a maior ou indevido de IRPJ no valor original de R$ 836.988,61 arrecadado nessa mesma data (31/05/2004), e cujo valor original já seria passível de atualização de 5,91%, para compensar débito vencido nessa mesma data. Ainda que se aventasse a praticamente inexistente possibilidade de o contribuinte ter recolhido mediante DARF, em 31/05/2004, o IRPJ referente a abril de 2004 no valor de R$ 996.454,64, e na mesma data, tendo constatado que o valor devido era R$ 52,572,14, tivesse transmitido a DCOMP para regularizar, o suposto pagamento indevido jamais poderia ser objeto de atualização, eis que efetuado naquela mesma data. Contudo, a autoridade administrativa não tinha como, apenas à vista da declaração, retificála de ofício. Por isso, transmitiu intimação de fls 06 comunicando ao sujeito passivo que o DARF que ele indicou como crédito não existia nos sistemas da Receita Federal e intimandoo a sanar a irregularidade no prazo de 20 dias. Esclarece o termo de intimação que, se houvesse qualquer divergência (ou seja, qualquer equívoco quanto ao crédito indicado), solicitavase que fosse transmitido o PER/DCOMP retificador. Caso contrário, isso é, se realmente o sujeito passivo confirmasse a existência daquele pagamento indevido, que ele apresentasse o DARF original. A intimação advertia que a não regularização implicaria não homologação da compensação. A ciência da intimação ocorreu em 04 de setembro de 2006. Não tendo o contribuinte tomado nenhuma das providências indicadas, em 24 de abril de 2008 (portanto mais de um ano depois) foi lavrado o despacho decisório não homologando a compensação por não comprovação do alegado pagamento indevido ou a maior indicado na PER/DCOMP. Na manifestação de inconformidade o contribuinte alegou erro de fato no preenchimento da DCOMP, e que o crédito a ser utilizado seria o saldo negativo do IRPJ do anocalendário de 2002. Fl. 79DF CARF MF Impresso em 25/03/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 12/03/2015 por VALMIR SANDRI, Assinado digitalmente em 24/03/2015 por VA LMAR FONSECA DE MENEZES Processo nº 10860.900348/200898 Resolução nº 1301000.247 S1C3T1 Fl. 6 5 Contudo, como bem apontou o julgador a quo, não se trata de simples inexatidão material na indicação do crédito, eis que o valor indicado não coincide com o saldo negativo de IRPJ apurado no anocalendário de 2002. A manifestação de inconformidade representa, de fato, um pedido de retificação do PER/DCOMP. Constatando que o crédito indicado não existia, mas que ele possuía, na data da transmissão da DCOMP, direito creditório suficiente para a compensação, requereu a substituição. O órgão julgador da Receita Federal (4ª Turma de Julgamento da DRJ em Campinas) declarouse incompetente para apreciar pedido de retificação Assentou o voto condutor que “(...) não se pode admitir a retificação da declaração de compensação em sede de manifestação de inconformidade, na medida que todos os pedidos devem ser apreciados, em primeira vez, pela autoridade competente da DRF jurisdicionante da contribuinte. A análise primária acerca da existência ou não do crédito pleiteado deve se dar pelo órgão competente, ou seja, a DRF Taubaté.” É induvidoso que o contribuinte não cumpriu com o seu dever de formalizar a retificação do PER/DCOMP, de maneira a substituir um crédito erroneamente indicado (inexistente) por outro efetivamente existente à data da transmissão da DCOMP. Contudo, não me parece razoável negar um direito ao contribuinte por descumprimento de formalidade. Reportome, aqui, às lúcidas considerações do Conselheiro Wilson Fernandes Guimarães, no voto condutor do Acórdão 1301001.495, sessão de 13/02/2014: “Em que pese as considerações da autoridade julgadora de primeiro grau acerca da impossibilidade, em sede de contraditório, de retificação de débitos apontados para compensação, penso que a solução das controvérsias instauradas nos processos acima referenciados deve ser encontrada a partir da desconsideração do erro cometido pela Recorrente. Isto porque não se pode, com fundamento em mero erro no preenchimento de instrumento declaratório, negar ao contribuinte o direito de reaver aquilo que ele pagou indevidamente ou em montante maior que o devido. Tratase, no caso, de se comparar as grandezas dos direitos envolvidos na lide: de um lado, o da Fazenda Nacional de não devolver o que lhe foi pago acima do devido, em virtude de erro de forma no pedido apresentado pelo contribuinte; do outro, o legítimo direito do contribuinte de utilizar o montante pago a maior (ou indevidamente) para fins de compensação tributária. A meu ver, em tais circunstâncias, devese relevar o erro formal cometido e, em homenagem ao princípio da verdade material, promover a utilização do direito creditório efetivamente reconhecido na extinção (ainda que parcial), por compensação, dos débitos de titularidade do requerente.” Contudo, diferentemente da situação que foi objeto do acórdão relatado pelo Conselheiro Wilson, na qual o erro do contribuinte se deu quanto ao valor dos débitos indicados na DCOMPs, no presente caso o erro está na origem do crédito. Como a legitimidade do crédito não foi objeto de análise pela autoridade administrativa, não pode este Colegiado decidir a respeito, sem o prévio exame da autoridade jurisdicionante (Delegacia da Receita Federal de Taubaté). Fl. 80DF CARF MF Impresso em 25/03/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 12/03/2015 por VALMIR SANDRI, Assinado digitalmente em 24/03/2015 por VA LMAR FONSECA DE MENEZES Processo nº 10860.900348/200898 Resolução nº 1301000.247 S1C3T1 Fl. 7 6 Ressalto que as normas da Secretaria da Receita Federal do Brasil que tratam da retificação de DCOMP não vedam a retificação para alteração do crédito, sendo que a vedação específica existe apenas para inclusão de novo débito ou aumento do valor do débito compensado. IN SRF 1.300, de 2012900/2008 Art. 90 . A retificação da Declaração de Compensação gerada a partir do programa PER/DCOMP ou elaborada mediante utilização de formulário não será admitida quando tiver por objeto a inclusão de novo débito ou o aumento do valor do débito compensado mediante a apresentação da Declaração de Compensação à RFB.(mesma redação das instruções normativas anteriores, inclusive do art. 58 da 460/2004, vigente quando da transmissão da DCOMP objeto deste processo) Por todas essas considerações, voto no sentido de baixar o processo em diligência, para que a autoridade competente (DRF Taubaté), recepcionando o pedido do contribuinte como saldo negativo, verifique a certeza e liquidez do direito creditório. É como voto. Sala das sessões, 03 de fevereiro de 2015. (documento assinado digitalmente) Valmir Sandri Relator. Fl. 81DF CARF MF Impresso em 25/03/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 12/03/2015 por VALMIR SANDRI, Assinado digitalmente em 24/03/2015 por VA LMAR FONSECA DE MENEZES
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Numero do processo: 10580.002184/2001-10
Turma: Primeira Turma Especial da Terceira Seção
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Wed Mar 18 00:00:00 UTC 2015
Data da publicação: Thu Apr 02 00:00:00 UTC 2015
Ementa: Assunto: Normas Gerais de Direito Tributário
Período de apuração: 01/08/1988 a 30/03/1996
PROCESSO JUDICIAL E ADMINISTRATIVO. MATÉRIA IDÊNTICA. NÃO COMPROVAÇÃO DA DESISTÊNCIA EXECUÇÃO DE SENTENÇA. RENÚNCIA À ESFERA ADMINISTRATIVA.
A não comprovação da desistência expressa da execução da sentença judicial, cujo objeto da demanda é o mesmo do presente processo administrativo fiscal, caracterizando a concomitância entre esses processos, implica na renúncia à esfera administrativa.
Recurso Voluntário Não Conhecido
Numero da decisão: 3801-005.249
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em não se conhecer do recurso.
(assinado digitalmente)
Flávio De Castro Pontes - Presidente.
(assinado digitalmente)
Marcos Antonio Borges - Relator.
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Paulo Sérgio Celani, Marcos Antonio Borges, Cassio Schappo, Paulo Antônio Caliendo Velloso da Silveira, Maria Inês Caldeira Pereira da Silva Murgel e Flávio De Castro Pontes (Presidente).
Nome do relator: MARCOS ANTONIO BORGES
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ementa_s : Assunto: Normas Gerais de Direito Tributário Período de apuração: 01/08/1988 a 30/03/1996 PROCESSO JUDICIAL E ADMINISTRATIVO. MATÉRIA IDÊNTICA. NÃO COMPROVAÇÃO DA DESISTÊNCIA EXECUÇÃO DE SENTENÇA. RENÚNCIA À ESFERA ADMINISTRATIVA. A não comprovação da desistência expressa da execução da sentença judicial, cujo objeto da demanda é o mesmo do presente processo administrativo fiscal, caracterizando a concomitância entre esses processos, implica na renúncia à esfera administrativa. Recurso Voluntário Não Conhecido
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decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em não se conhecer do recurso. (assinado digitalmente) Flávio De Castro Pontes - Presidente. (assinado digitalmente) Marcos Antonio Borges - Relator. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Paulo Sérgio Celani, Marcos Antonio Borges, Cassio Schappo, Paulo Antônio Caliendo Velloso da Silveira, Maria Inês Caldeira Pereira da Silva Murgel e Flávio De Castro Pontes (Presidente).
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MATÉRIA IDÊNTICA. NÃO COMPROVAÇÃO DA DESISTÊNCIA EXECUÇÃO DE SENTENÇA. RENÚNCIA À ESFERA ADMINISTRATIVA. A não comprovação da desistência expressa da execução da sentença judicial, cujo objeto da demanda é o mesmo do presente processo administrativo fiscal, caracterizando a concomitância entre esses processos, implica na renúncia à esfera administrativa. Recurso Voluntário Não Conhecido Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em não se conhecer do recurso. (assinado digitalmente) Flávio De Castro Pontes Presidente. (assinado digitalmente) Marcos Antonio Borges Relator. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Paulo Sérgio Celani, Marcos Antonio Borges, Cassio Schappo, Paulo Antônio Caliendo Velloso da Silveira, Maria Inês Caldeira Pereira da Silva Murgel e Flávio De Castro Pontes (Presidente). AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 58 0. 00 21 84 /2 00 1- 10 Fl. 174DF CARF MF Impresso em 02/04/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 29/03/2015 por MARCOS ANTONIO BORGES, Assinado digitalmente em 29/03/201 5 por MARCOS ANTONIO BORGES, Assinado digitalmente em 30/03/2015 por FLAVIO DE CASTRO PONTES Processo nº 10580.002184/200110 Acórdão n.º 3801005.249 S3TE01 Fl. 175 2 Relatório Adoto o relatório da Delegacia da Receita Federal do Brasil de Julgamento, que narra bem os fatos: Tratase de Manifestação de Inconformidade de fls.81/85, contra o Despacho Decisório nº675/2009, da Delegacia da Receita Federal do Brasil em Salvador/BA, fls.76/79 e ciência de fl.80, que indeferiu o direito de compensação de débitos declarados com os créditos da contribuição para o PIS/PASEP proveniente da Ação Ordinária 1997.33.5810, na qual se discute o direito ao PIS recolhido com base nos Decretoslei nº2.445 e 2.449, ambos de 1988, uma vez que este mesmo crédito já tinha sido objeto de análise no processo administrativo nº10580.000290/0017, Despacho Decisório DRF/SDR nº573, de 07/11/2008, ora transcrito, para indeferilo, em razão da identidade entre os créditos pleiteados nas esferas judicial e administrativa, tendo o contribuinte optado em prosseguir com a execução. Por conseguinte, não homologa a compensação declarada dos débitos informados no Pedido de Compensação. Cientificada do indeferimento do direito, o interessado apresentou manifestação de inconformidade alegando que em virtude da revogação dos efeitos suspensivos relativos aos débitos do PAF ora discutido, com impedimento à emissão de CND, ingressou com medida liminar através do processo nº2002.33.00.0232244, na 1ª Vara da Justiça Federal, com objetivo de restaurar a suspensão, tendo sido concedida a segurança (documentos 03 e 04), mas cuja medida judicial o SEORT da DRF insiste em contrariar. Alega que o Princípio da Verdade Material dos fatos é específico do procedimento administrativo, especialmente o tributário, devendo ser sempre buscado pela fiscalização, conforme doutrina que transcreve, restando clara a afronta por parte da DRF ao disposto no art.151, IV do CTN. No presente caso, requer o imediato afastamento dos efeitos da exigibilidade do crédito tributário, objeto do presente pedido de compensação, sob pena de evidente infração ao princípio da verdade material dos fatos, já que toda a documentação apresentada pela requerente é clara e eficiente. A DRJ em Salvador (BA) indeferiu a manifestação de inconformidade, nos termos da ementa abaixo transcrita: Assumo: CONTRIBUIÇÃo PARA O PIS/PASEP Período de apuração:'01/08/1988 a 30/O3/1996 Fl. 175DF CARF MF Impresso em 02/04/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 29/03/2015 por MARCOS ANTONIO BORGES, Assinado digitalmente em 29/03/201 5 por MARCOS ANTONIO BORGES, Assinado digitalmente em 30/03/2015 por FLAVIO DE CASTRO PONTES Processo nº 10580.002184/200110 Acórdão n.º 3801005.249 S3TE01 Fl. 176 3 RESTITUIÇÃO E COMPENSAÇÃO. Uma vez não reconhecido o direito creditório, não se homologam as compensações pleiteadas. Manifestação de Inconformidade Improcedente Crédito Tributário Mantido Discordando da decisão de primeira instância, a recorrente interpôs recurso voluntário, instruído com diversos documentos. Em síntese, apresenta as seguintes alegações: o contribuinte obteve sentença favorável na Ação Ordinária n°97.5810 em 19 de fevereiro de 1998 e em 29 de outubro de 1999, autorizando a compensação pleiteada, protocolou seu pedido de compensação com base em um direito adquirido em juízo, ou seja, antes da publicação da LC n° 104; a decisão aqui recorrida não observou o principio da irretroatividade, praticando, portanto, clara afronta Constituição Federal de 1988; merece reforma o Acórdão por estar em desacordo com a legislação de regência, haja vista a inaplicabilidade do art. 170 A do Código Tributário Nacional, introduzido pela LC n°104 de 10 de janeiro de 2001, e demais dispositivos citados, devido à irretroatividade; acostou cópia reprográfica do Mandado de Segurança obtido através do Processo n° 2002.33.00.0232244 em trâmite na lª Vara da Justiça Federal da Comarca de Salvador/BA; o mandamus concedeu ao contribuinte a segurança, determinando a suspensão da exigibilidade de créditos tributários no montante de R$ 408.931,58 (quatrocentos e oito mil, novecentos e trinta e um reais e cinquenta e oito centavos); a decisão ora recorrida ignora a determinação judicial, em claro desrespeito a uma garantia fundamental, o que resulta em ato de inconstitucionalidade; vale lembrar que o princípio da verdade material dos fatos é princípio específico do procedimento administrativo, especialmente o tributário, o qual deve ser incansavelmente buscado pela fiscalização; a fiscalização desconsiderou em absoluto a realidade dos fatos. Por fim, requereu que fosse dado integral provimento ao presente Recurso Voluntário. É o relatório. Fl. 176DF CARF MF Impresso em 02/04/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 29/03/2015 por MARCOS ANTONIO BORGES, Assinado digitalmente em 29/03/201 5 por MARCOS ANTONIO BORGES, Assinado digitalmente em 30/03/2015 por FLAVIO DE CASTRO PONTES Processo nº 10580.002184/200110 Acórdão n.º 3801005.249 S3TE01 Fl. 177 4 Voto Conselheiro Marcos Antonio Borges O recurso é tempestivo, todavia dele não se toma conhecimento pelas razões a seguir expostas. A recorrente propôs ação ordinária, autos nº 97.5810, junto à 1ª Vara Cível Federal de Salvador, pretendendo o reconhecimento de seu direito à restituição e posterior compensação de valores pagos indevidamente à titulo de PIS com outros débitos inerentes ao mesmo tributo, alegando para tanto a inconstitucionalidade dos DecretosLeis nº 2.445 e 2.449 de 1988, no regime da contribuição para o PIS. O pedido foi julgado procedente pelo juiz singular, conforme dispositivo da sentença abaixo transcrito: Ante o exposto, e considerando o mais que dos autos consta, JULGO PROCEDENTE 0 pedido formulado na presente ação para reconhecer o direito da parte autora à repetição dos valores recolhidos a maior a título de contribuição para o PIS com base nos Decretosleis n°s 2.445 e 2.449, ambos de 1988, devidamente corrigidos, conforme for apurado em liquidação de sentença, autorizando a compensação pleiteada com parcelas vincendas de contribuição da mesma espécie. Os depósitos judiciais devem ser levantados pelo autor apenas no tocante às parcelas referentes à majoração determinada pelos mencionados decretosleis, convertendose em renda da União, o saldo calculado com base nas Leis Complementares n s 07/70 e 17/73. Condeno o réu, ainda, a ressarcir as custas adiantadas pela pane autora, pagandolhe honorários de 10% (dez por cento) sobre a condenação. Sentença que se submete ao duplo grau obrigatório de jurisdição. Após o prazo recursal, remetamse os autos para o Eg. TRF/ Í" Região, para reexame necessário. O Acórdão do TRF/1a Região, prolatado na Apelação Cível n° 99.01.0256988/BA, negou provimento à remessa oficial e à apelação da Fazenda Nacional e deu provimento à apelação do autor, para reformar a sentença em parte, assegurando a correção monetária do seu crédito pelo IPC/INPC (nos limites da súmula 41 /TRF 1ª' Região), tendo transitado em julgado em 01/03/2000. Assim, a recorrente peticionou administrativamente pela restituição do indébito reconhecido judicialmente decorrente de valores indevidamente recolhidos a título de PIS, nos termos dos DecretosLeis 2.445/88 e 2.449/88 e posterior compensação com parcelas do próprio PIS. Fl. 177DF CARF MF Impresso em 02/04/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 29/03/2015 por MARCOS ANTONIO BORGES, Assinado digitalmente em 29/03/201 5 por MARCOS ANTONIO BORGES, Assinado digitalmente em 30/03/2015 por FLAVIO DE CASTRO PONTES Processo nº 10580.002184/200110 Acórdão n.º 3801005.249 S3TE01 Fl. 178 5 A Delegacia de origem ao analisar o pedido de restituição, cumulado com declaração de compensação, indeferiu o pleito do contribuinte, não homologando as compensações vinculadas, pois o título judicial se encontrava em fase de execução e o contribuinte, intimado, não comprovou a sua desistência perante o Poder Judiciário. Preliminarmente, verificase que o objeto dessa demanda judicial, que consiste no pedido e na causa de pedir, é o mesmo do pleiteado administrativamente, qual seja, restituição e compensação de valores recolhidos indevidamente da contribuição PIS em face da declaração de inconstitucionalidade dos DecretosLeis 2.445/88 e 2.449/88. O art. 38, parágrafo único, da Lei nº. 6.830/80, assim dispõe: Art. 38 A discussão judicial da Dívida Ativa da Fazenda Pública só é admissível em execução, na forma desta Lei, salvo as hipóteses de mandado de segurança, ação de repetição do indébito ou ação anulatória do ato declarativo da dívida, esta precedida do depósito preparatório do valor do débito, monetariamente corrigido e acrescido dos juros e multa de mora e demais encargos. Parágrafo Único A propositura, pelo contribuinte, da ação prevista neste artigo importa em renúncia ao poder de recorrer na esfera administrativa e desistência do recurso acaso interposto. (grifouse) A respeito de eventual inconstitucionalidade desse dispositivo, por ofensa ao direito constitucional de petição ou ao livre acesso ao Poder Judiciário, já se manifestou contrariamente o plenário do STF, conforme acórdão proferido nos autos do RE nº 233.582/RJ: CONSTITUCIONAL. PROCESSUAL TRIBUTÁRIO. RECURSO ADMINISTRATIVO DESTINADO À DISCUSSÃO DA VALIDADE DE DÍVIDA ATIVA DA FAZENDA PÚBLICA. PREJUDICIALIDADE EM RAZÃO DO AJUIZAMENTO DE AÇÃO QUE TAMBÉM TENHA POR OBJETIVO DISCUTIR A VALIDADE DO MESMO CRÉDITO. ART. 38, PAR. ÚN., DA LEI 6.830/1980.(...). É constitucional o art. 38, par. ún., da Lei 6.830/1980 (Lei da Execução Fiscal LEF), que dispõe que "a propositura, pelo contribuinte, da ação prevista neste artigo [ações destinadas à discussão judicial da validade de crédito inscrito em dívida ativa] importa em renúncia ao poder de recorrer na esfera administrativa e desistência do recurso acaso interposto". Recurso extraordinário conhecido, mas ao qual se nega provimento.(STF, RE 233582, DJe088 de 1605 2008).(grifouse) Neste mesmo sentido, dispõe o art. 78, § 2º do RICARF, in verbis: § 2° O pedido de parcelamento, a confissão irretratável de dívida, a extinção sem ressalva do débito, por qualquer de suas modalidades, ou a propositura pelo contribuinte, contra a Fazenda Nacional, de ação judicial com o mesmo objeto, importa a desistência do recurso. Fl. 178DF CARF MF Impresso em 02/04/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 29/03/2015 por MARCOS ANTONIO BORGES, Assinado digitalmente em 29/03/201 5 por MARCOS ANTONIO BORGES, Assinado digitalmente em 30/03/2015 por FLAVIO DE CASTRO PONTES Processo nº 10580.002184/200110 Acórdão n.º 3801005.249 S3TE01 Fl. 179 6 Tais normativas tem como pressuposto o princípio da jurisdição una, prevalecendo a decisão judicial sobre eventual decisão administrativa e consoante garantia constitucional inserta no art. 5º, inciso XXXV, da CF/88, que prevê que a lei não poderá excluir da apreciação judicial lesão ou ameaça a direito. Isto posto, verifica se, no caso concreto, que o sujeito passivo possui um título executivo judicial autorizando a repetição de indébito tributário e compensação do crédito respectivo. No entanto, para que ele possa utilizar administrativamente o seu direito assim reconhecido, para compensação deste crédito com débitos, necessário se faz que ele desista expressamente da execução da sentença judicial, até para evitar eventual enriquecimento ilícito e resguardar a Fazenda Nacional de eventuais prejuízos decorrentes do bis in idem, caso a efetiva devolução do indébito ocorra mediante autorização judicial em ação de execução por quantia certa contra a Fazenda Nacional, nos termos dos arts. 730 e 731 do CPC, por intermédio de precatório. Este também é o entendimento do Poder Judiciário, conforme ementas abaixo: AÇÃO DE REPETIÇÃO DE INDÉBITO. APROVEITAMENTO DA SENTENÇA PARA OS EFEITOS DE COMPENSAÇÃO TRIBUTÁRIA, NO REGIME DA LEI Nº 8.383, DE 1991 (ART. 66). Se a execução da sentença que julgou procedente a ação de repetição de indébito lhe é menos conveniente do que a compensação dos créditos cuja existência foi reconhecida no julgado, o contribuinte pode, com base na carga declaratória da sentença, fazer esse encontro de contas no âmbito do lançamento por homologação, independentemente de autorização judicial – bastando comunicar ao juiz da causa que não executará a condenação. Recurso Especial não conhecido. (STJ, REsp 136.162, j. em 23/10/1997). AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO DE SENTENÇA. DESISTÊNCIA DA EXECUÇÃO. A 2ª Turma deste Tribunal possui o entendimento de que, operado o trânsito em julgado da decisão que determinou a devolução da exação indevidamente recolhida, é facultado ao contribuinte manifestar a opção de receber o respectivo crédito por meio de precatório regular ou mediante compensação, pois são as formas de execução do julgado colocadas à disposição da parte quando procedente a ação de repetição de indébito, sendo necessário, para tanto, que, caso a parte opte pela restituição do indébito, formule pedido de desistência nos autos quanto à modalidade de execução por compensação, se deferida inicialmente. Caso a opção seja pela compensação, do mesmo modo, deve ser formulado pedido de desistência nos autos quanto à modalidade de execução por precatório. No presente caso, os autos nos dão conta de que não existiu pedido alternativo desde o início quanto à forma de receber o crédito a que faz jus (pela restituição ou pela compensação). Entendo que o crédito pode ser quitado por uma das formas previstas em lei, sem ferir a coisa julgada. (TRF 4ª Região, AG 1999.04.01.1072825, DJU de 24/05/2000). Fl. 179DF CARF MF Impresso em 02/04/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 29/03/2015 por MARCOS ANTONIO BORGES, Assinado digitalmente em 29/03/201 5 por MARCOS ANTONIO BORGES, Assinado digitalmente em 30/03/2015 por FLAVIO DE CASTRO PONTES Processo nº 10580.002184/200110 Acórdão n.º 3801005.249 S3TE01 Fl. 180 7 Assim, uma vez que não houve, por parte da requerente, a desistência expressa da execução da sentença judicial, cujo objeto da demanda é o mesmo do presente processo administrativo fiscal, caracterizando a concomitância entre esses processos, implica na renúncia à esfera administrativa. Em relação a essa discussão, aplicase a Súmula nº 01 do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF) que uniformizou o seguinte entendimento: Súmula CARF nº 1: Importa renúncia às instâncias administrativas a propositura pelo sujeito passivo de ação judicial por qualquer modalidade processual, antes ou depois do lançamento de ofício, com o mesmo objeto do processo administrativo, sendo cabível apenas a apreciação, pelo órgão de julgamento administrativo, de matéria distinta da constante do processo judicial.(grifouse) Além disso, os Conselheiros têm o dever de observar as súmulas, nos termos do art. 72 do Regimento Interno do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais RICARF, aprovado pela Portaria MF n° 256, de 22/06/2009: Art. 72. As decisões reiteradas e uniformes do CARF serão consubstanciadas em súmula de observância obrigatória pelos membros do CARF. Ressalvo que, em atenção à decisão exarada no Processo nº 2000.33.00.0232244, os débitos discutidos no presente processo estão com a exigibilidade suspensa, desde que alicerçados no título judicial da demanda e até posterior deliberação. Ante o exposto, voto por não conhecer do recurso apresentado. (assinado digitalmente) Marcos Antonio Borges Fl. 180DF CARF MF Impresso em 02/04/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 29/03/2015 por MARCOS ANTONIO BORGES, Assinado digitalmente em 29/03/201 5 por MARCOS ANTONIO BORGES, Assinado digitalmente em 30/03/2015 por FLAVIO DE CASTRO PONTES
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Numero do processo: 19515.004322/2003-15
Turma: Segunda Turma Ordinária da Segunda Câmara da Segunda Seção
Câmara: Segunda Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Wed Oct 17 00:00:00 UTC 2012
Data da publicação: Thu Apr 02 00:00:00 UTC 2015
Numero da decisão: 2202-000.356
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, decidir pelo sobrestamento do processo, nos termos do voto da Conselheira Relatora. Após a formalização da Resolução o processo será movimentado para a Secretaria da Câmara que o manterá na atividade de sobrestado, conforme orientação contida no § 3º do art. 2º, da Portaria CARF nº 001, de 03 de janeiro de 2012. O processo será incluído novamente em pauta após solucionada a questão da repercussão geral, em julgamento no Supremo Tribunal Federal.
(Assinado digitalmente)
Nelson Mallmann Presidente
(Assinado digitalmente)
Maria Lúcia Moniz de Aragão Calomino Astorga - Relatora
Composição do colegiado: Participaram do presente julgamento os Conselheiros Maria Lúcia Moniz de Aragão Calomino Astorga, Rafael Pandolfo, Antonio Lopo Martinez, Odmir Fernandes, Pedro Anan Júnior e Nelson Mallmann. Ausente, justificadamente, o Conselheiro Helenilson Cunha Pontes.
Nome do relator: Não se aplica
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Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, decidir pelo sobrestamento do processo, nos termos do voto da Conselheira Relatora. Após a formalização da Resolução o processo será movimentado para a Secretaria da Câmara que o manterá na atividade de sobrestado, conforme orientação contida no § 3º do art. 2º, da Portaria CARF nº 001, de 03 de janeiro de 2012. O processo será incluído novamente em pauta após solucionada a questão da repercussão geral, em julgamento no Supremo Tribunal Federal. (Assinado digitalmente) Nelson Mallmann – Presidente (Assinado digitalmente) Maria Lúcia Moniz de Aragão Calomino Astorga Relatora Composição do colegiado: Participaram do presente julgamento os Conselheiros Maria Lúcia Moniz de Aragão Calomino Astorga, Rafael Pandolfo, Antonio Lopo Martinez, Odmir Fernandes, Pedro Anan Júnior e Nelson Mallmann. Ausente, justificadamente, o Conselheiro Helenilson Cunha Pontes. RE SO LU ÇÃ O G ER A D A N O P G D -C A RF P RO CE SS O 1 95 15 .0 04 32 2/ 20 03 -1 5 Fl. 970DF CARF MF Impresso em 02/04/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 20/11/2012 por MARIA LUCIA MONIZ DE ARAGAO CALOMINO ASTORGA, Assinado di gitalmente em 20/11/2012 por NELSON MALLMANN, Assinado digitalmente em 20/11/2012 por MARIA LUCIA MO NIZ DE ARAGAO CALOMINO ASTORGA Processo nº 19515.004322/200315 Erro! A origem da referência não foi encontrada. n.º 2202000.356 S2C2T2 Fl. 769 2 Relatório Contra o contribuinte acima qualificado foi lavrado o Auto de Infração de fls. 275 a 277, integrado pelos demonstrativos de fls. 273 e 274, pelo qual se exige a importância de R$1.492.927,32, a título de Imposto de Renda Pessoa Física – IRPF, acrescida de multa de ofício de 75% e juros de mora, em virtude da apuração de omissão de rendimentos decorrente de depósitos bancários de origem não comprovada, anocalendário 1998. DA IMPUGNAÇÃO Inconformado, o contribuinte apresentou a impugnação de fls. 288 a 304, instruída com os documentos de fls. 305 a 505, cujo resumo se extraí da decisão recorrida (fls. 509 e 510): O contribuinte, às fls. 288 a 304, impugna total e tempestivamente o auto de infração, juntando os documentos de fls. 305 a 508, e fazendo, em síntese, as alegações a seguir descritas. Do erro na identificação do sujeito passivo 1. Durante a ação fiscal levada a efeito junto à contribuinte Eulália Pípolo Baptista, ficou evidenciado que as contas bancárias mantidas junto às instituições financeiras em conjunto com seu genro, Sr. José Luiz Cardoso dos Santos. Tal convicção sobreveio com a carta da Sra Eulália afirmando que apenas o Bradesco era movimentado por ela, sendo que, quanto às demais instituições, toda a movimentação era realizada única e exclusivamente por seu genro, ora, impugnante, fato este reafirmado pelo próprio impugnante em carta lavrada de próprio punho, em 08/09/2003. Na época, o contribuinte identificou a origem integral dos recursos movimentados como resultante de transações efetuadas pela sua empresa Fuso Distribuidora de Materiais Elétricos e Ferragens Ltda, anexando cópia de diversos cheques que comprovavam não somente que ele realizava as operações relativas àquelas contas, mas também que tais cheques eram objeto de pagamento de fornecedores de sua empresa. 2. Alega que também os pagamentos de impostos e taxas da empresa eram realizados utilizandose tais contas, como poderá ser fartamente demonstrado através de perícia contábil, a qual desde já solicita por meio de pedido de diligência. 3. Observa, ainda, que o fato de que foram solicitadas informações bancárias, sem determinação da justiça e sem qualquer autorização do impugnante, constituindose tal fato, quebra de sigilo bancário à margem da legalidade. 4. Outro ponto é de que a movimentação bancária relacionada ao Bradesco S/A era de exclusiva movimentação de sua sogra Eulália, onde eram depositados valores relativos a sua pensão do INSS, motivo pelo qual o impugnante apresenta como prova a declaração de sua sogra. 5. Não era, entretanto, a mesma, responsável tributária pelas demais contas, estando apenas como titular, pelos motivos esposados, lembrando que ela não exerceu qualquer ato vinculatório de titularidade das mesmas, como adiante será comprovado. 6. A empresa Fuso Distribuidora de Materiais Elétricos e Ferragens Ltda era a responsável pelos recursos depositados em tais contas e estas eram utilizadas no pagamento de fornecedores, estando tal movimentação espelhada em seus livros Diário Fl. 971DF CARF MF Impresso em 02/04/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 20/11/2012 por MARIA LUCIA MONIZ DE ARAGAO CALOMINO ASTORGA, Assinado di gitalmente em 20/11/2012 por NELSON MALLMANN, Assinado digitalmente em 20/11/2012 por MARIA LUCIA MO NIZ DE ARAGAO CALOMINO ASTORGA Processo nº 19515.004322/200315 Erro! A origem da referência não foi encontrada. n.º 2202000.356 S2C2T2 Fl. 770 3 e Razão do anocalendário de 1998, motivo pelo qual fazse necessária a conversão do julgamento em diligência para detectar de forma insofismável e clara tais fatos. 7. É descabida a autuação por carecer de qualquer fundamento racional, sem a procura da verdade material dos fatos, sem levar em consideração declarações de próprio punho quanto à titularidade da movimentação apresentada, e, por amostragem, cheques por ele assinados. Cita a doutrina e a Súmula 182 do TFR. Do uso indevido das informações da CPMF 1. O procedimento fiscal ocorreu em razão de a Lei n° 10.174, de 09/01/2001, ter alterado a redação do § 3° da Lei n°9.311, de 24/10/1996, autorizando a RF a utilizarse das informações prestadas pelas instituições sobre as quantias retidas a título de CPMF, Para constituir crédito tributário porventura existente do contribuinte, sendo certo que, à época dos fatos, essa previsão não existia, ferindo o princípios da irretroatividade e anterioridade. 2. O impugnante teve sua privacidade violada pela autoridade lançadora, em função do § 3° do artigo 11 da Lei n° 9.311, de 1996, e da Lei Complementar n° 105, de 2001, independentemente de autorização judicial, caracterizando ofensa direta às garantias constitucionais do cidadão. Taxa Selic 1.A taxa Selic é um instrumento de política monetária. 2. Por intermédio a Lei n° 9.065, de 1995, o legislador resolveu determinar a incidência da taxa Selic em diversos diplomas legais em matéria tributária, quando não pagos nos prazos previstos na legislação. 3. A exigência da taxa Selic não possui respaldo em nosso ordenamento jurídico, pois, afronta vários princípios constitucionais, entre eles, o da legalidade estrita, o da anterioridade e o da indelegabilidade da competência tributária. 4. Se a lei apenas menciona que se aplica a taxa Selic para tributos e coloca a sua fixação à disposição exclusiva do BACEN, até mesmo por ato unilateral, há inconstitucional delegação de competência tributária. O Banco Central possui competência financeira e não tributária. Do pedido. Requer o impugnante que seja anulado o auto de infração, em face do erro do sujeito passivo. Caso não seja reconhecido o erro do sujeito passivo, requer que sejam deferidas as seguintes diligências: 1) Exame da contabilidade da empresa Fuso Distribuidora de Materiais Elétricos e Ferragens Ltda, para que seja comprovado que os recursos depositados nas contas bancárias, junto ao HSBC, Citibank e Real são provenientes de transações por ela efetuadas, como provam os pagamentos de fornecedores evidenciados nos cheques e declarados pelo sóciogerente da referida empresa. 2)Exame de todos os cheques relativos às contas bancárias junto ao HSBC, Citibank e Real para evidenciar que se tratam de recursos da empresa que foram Fl. 972DF CARF MF Impresso em 02/04/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 20/11/2012 por MARIA LUCIA MONIZ DE ARAGAO CALOMINO ASTORGA, Assinado di gitalmente em 20/11/2012 por NELSON MALLMANN, Assinado digitalmente em 20/11/2012 por MARIA LUCIA MO NIZ DE ARAGAO CALOMINO ASTORGA Processo nº 19515.004322/200315 Erro! A origem da referência não foi encontrada. n.º 2202000.356 S2C2T2 Fl. 771 4 depositados em conta particular do sócio, ora impugnante e se destinaram a pagamentos de fornecedores, confrontandose tal exame com a contabilidade da empresa. Protesta ainda pela utilização indevida das informações da CPMF na presente ação fiscal, bem como a forma como foi obtida, sem qualquer autorização judicial, ou mesmo sua, e também da utilização indevida da taxa Selic, bem como por todos os meios de prova admissíveis e não vedados em direito. DO JULGAMENTO DE 1ª INSTÂNCIA Apreciando a impugnação apresentada pelo contribuinte, a 2ª Turma da Delegacia da Receita Federal de Julgamento de Santa Maria (RS) manteve integralmente o lançamento, proferindo o Acórdão no 187.720 (fls. 508 a 518), de 14/09/2007, assim ementado: ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA FÍSICA IRPF Anocalendário: 1998 OMISSÃO DE RENDIMENTOS. DEPÓSITOS BANCÁRIOS. A partir de 01/01/1997, os valores depositados em instituições financeiras, de origem não comprovada pelo contribuinte, passaram a ser considerados receita ou rendimentos omitidos. APLICAÇÃO DA LEI NO TEMPO. Aplicase ao lançamento a legislação que, posteriormente à ocorrência do fato gerador da obrigação, tenha instituído novos critérios de apuração ou processo de fiscalização, ampliando os poderes de investigação das autoridades administrativas. JUROS SELIC. A utilização dos percentuais equivalentes à taxa, referencial do Selic para fixação dos juros moratórios está em conformidade com a legislação vigente. DILIGÊNCIA. Cabe ao interessado apresentar juntamente com a impugnação documentos hábeis e idôneos que comprovem suas alegações, não podendo transferir ao Fisco a obrigação para obtêlos, mediante pedido de diligências. DO RECURSO VOLUNTÁRIO Notificado do Acórdão de primeira instância, em 06/02/2008 (vide AR de fl. 522), o contribuinte interpôs, em 05/03/2008, tempestivamente, o recurso de fls. 523 a 529, firmado por seu procurador (vide instrumento de mandato de fl. 530), expondo as razões de sua irresignação, que não serão aqui minudentemente relatadas em razão do que se prolatará no voto desta Resolução. DA DISTRIBUIÇÃO Processo que compôs o Lote no 05, distribuído para esta Conselheira na sessão pública da Segunda Turma Ordinária da Segunda Câmara da Segunda Seção do Conselho Fl. 973DF CARF MF Impresso em 02/04/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 20/11/2012 por MARIA LUCIA MONIZ DE ARAGAO CALOMINO ASTORGA, Assinado di gitalmente em 20/11/2012 por NELSON MALLMANN, Assinado digitalmente em 20/11/2012 por MARIA LUCIA MO NIZ DE ARAGAO CALOMINO ASTORGA Processo nº 19515.004322/200315 Erro! A origem da referência não foi encontrada. n.º 2202000.356 S2C2T2 Fl. 772 5 Administrativo de Recursos Fiscais de 07/02/2011, veio numerado até à fl. 767 (última folha digitalizada)1. 1 Não foi encaminhado o processo físico a esta Conselheira. Recebido apenas o arquivo digital. Fl. 974DF CARF MF Impresso em 02/04/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 20/11/2012 por MARIA LUCIA MONIZ DE ARAGAO CALOMINO ASTORGA, Assinado di gitalmente em 20/11/2012 por NELSON MALLMANN, Assinado digitalmente em 20/11/2012 por MARIA LUCIA MO NIZ DE ARAGAO CALOMINO ASTORGA Processo nº 19515.004322/200315 Erro! A origem da referência não foi encontrada. n.º 2202000.356 S2C2T2 Fl. 773 6 Voto Conselheira Maria Lúcia Moniz de Aragão Calomino Astorga, Relatora. A apreciação do presente recurso encontrase prejudicada por uma questão prejudicial, suscitada de ofício por esta relatora com fulcro no art. 62A, §1o, do Regimento Interno do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (aprovado pela Portaria MF no 256, de 22 de junho de 2009, com as alterações introduzidas pela Portaria MF no 586, de 21 de dezembro de 2010). Com o advento da Portaria MF no 586, de 21 de dezembro de 2010, que alterou o Regimento Interno do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais – RICARF (aprovado pela Portaria MF no 256, de 22 de junho de 2009), os julgados no âmbito deste Tribunal deverão observar o disposto nas decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal e pelo Superior Tribunal de Justiça em matéria infraconstitucional, na sistemática prevista pelos artigos 543B e 543C do Código de Processo Civil, devido a inclusão do art. 62A, in verbis: Art. 62A. As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal e pelo Superior Tribunal de Justiça em matéria infraconstitucional, na sistemática prevista pelos artigos 543B e 543 C da Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973, Código de Processo Civil, deverão ser reproduzidas pelos conselheiros no julgamento dos recursos no âmbito do CARF. § 1o Ficarão sobrestados os julgamentos dos recursos sempre que o STF também sobrestar o julgamento dos recursos extraordinários da mesma matéria, até que seja proferida decisão nos termos do art. 543 B. §2o O sobrestamento de que trata o §1o será feito de ofício pelo relator ou por provocação das partes. Tratase de lançamento decorrente da apuração de omissão de rendimentos caracterizada por depósitos bancários de origem não comprovada, prevista no art. 42 da Lei no 9.430, de 27 de dezembro de 1996, no anocalendário 1998 (vide Auto de Infração anexado às fls. 275 a 277). Numa análise preliminar dos autos, verificase que o presente processo decorreu de ação fiscal junto à contribuinte Eulália Pipolo Baptista, CPF 029.553.94882, na qual ficou constatado que o autuado, ao longo do anocalendário 1998, era cotitular de contas bancárias mantidas junto ao Citibank, HSBC e Banco Real, a partir dos dados da CPMF informados pelas instituições financeiras à Receita Federal, conforme relatado no Termo de Verificação Fiscal de fls. 270 a 272. Observase, ainda, que os extratos bancários do Citibank e do HSBC foram entregues diretamente pelas instituições financeiras, em atendimento à Requisição de Informações sobre Movimentação Financeira, com base no art. 3o do Decreto no 3.724, de 10 de janeiro de 2001, conforme cartas respostas anexadas às fls. 10 e 27, respectivamente. Sobre o assunto, importa trazer à colação o julgamento do Recurso Especial no 601.314/SP, de 22/10/2009, em que o Supremo Tribunal Federal STF reconheceu a existência Fl. 975DF CARF MF Impresso em 02/04/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 20/11/2012 por MARIA LUCIA MONIZ DE ARAGAO CALOMINO ASTORGA, Assinado di gitalmente em 20/11/2012 por NELSON MALLMANN, Assinado digitalmente em 20/11/2012 por MARIA LUCIA MO NIZ DE ARAGAO CALOMINO ASTORGA Processo nº 19515.004322/200315 Erro! A origem da referência não foi encontrada. n.º 2202000.356 S2C2T2 Fl. 774 7 de repercussão geral, nos termos do art. 543A, §1o, do Código de Processo Civil, combinado com o art. 323, §1o, do Regimento interno do STF, no que diz respeito à constitucionalidade do art. 6o da Lei Complementar no 105, de 2001, no tocante ao fornecimento de informações sobre a movimentação bancária de contribuintes, pelas instituições financeiras, diretamente ao Fisco por meio de procedimento administrativo, sem a prévia autorização judicial, assim como a aplicação retroativa da Lei no 10.174, de 9 de janeiro de 2001, que alterou o art. 11, §3o da Lei no 9.311, de 24 de outubro de 1996, e possibilitou que as informações obtidas, referentes à CPMF, também pudessem ser utilizadas para apurar eventuais créditos relativos a outros tributos, no tocante a exercícios anteriores a sua vigência. O mérito da questão não foi ainda julgado e, portanto, os demais processos que versam sobre a mesma matéria encontramse sobrestados até o pronunciamento definitivo daquele Tribunal, por força do disposto no art. 543B, §1o, do Código de Processo Civil. Concluise, assim, que parte da discussão no presente processo referese à matéria reconhecida como de repercussão geral pelo Supremo Tribunal Federal, pendente de decisão definitiva daquele tribunal e, portanto, o julgamento do mesmo deve ser sobrestado, nos termos do art. 62, §1o, do RICARF. Com o resultado do julgamento do RE no 389.808, de 15/12/2010, em que o Supremo Tribunal Federal afastou a possibilidade de a Receita Federal ter acesso aos dados bancários do contribuinte, sem prévia autorização judicial, gerando, para alguns, dúvidas quanto ao rito processual a ser adotado nos casos em que a matéria objeto de recurso no CARF tivesse sido reconhecida como de repercussão geral, sem que a decisão de mérito tivesse sido proferida pelo STF. Convém ressaltar que o RE no 389.808 tratase de uma situação excepcional, pois o próprio relator do Recurso Especial no 601.314/SP, de 22/10/2009, que reconheceu a existência de repercussão geral, no que diz respeito ao fornecimento de informações sobre a movimentação bancária de contribuintes, pelas instituições financeiras, diretamente ao fisco por meio de procedimento administrativo, sem a prévia autorização judicial, assim como a aplicação retroativa da Lei no 10.174, de 9 de janeiro de 2001, mencionou expressamente em seu voto que o tema era objeto de discussão em diversos processos, dentre eles, a “AC 33/PR, esta com julgamento já iniciado pelo Plenário, e por meio da qual se que busca dar efeito suspensivo ao RE 389.808/PR.” (grifei). Além disso, conforme consulta ao site do STF, a PFN embargou o RE no 389.808/PR, encontrando o processo “conclusos ao(à) Relator(a)”, desde 09/11/2011. Entendo que o reconhecimento da repercussão geral pelo STF tem como conseqüência direta o sobrestamento do julgamento de todos os recursos extraordinários que versem sobre a mesma matéria, sendo oportuno transcrever orientação contida no site da Suprema Corte nesse sentido2 (grifos nossos): PROCEDIMENTO NOS TRIBUNAIS E TURMAS RECURSAIS DE ORIGEM [...] 2 http://www.stf.jus.br/portal/cms/verTexto.asp?servico=jurisprudenciaRepercussaoGeral&pagina=processamento Multiplo acessado em 13/08/2012 Fl. 976DF CARF MF Impresso em 02/04/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 20/11/2012 por MARIA LUCIA MONIZ DE ARAGAO CALOMINO ASTORGA, Assinado di gitalmente em 20/11/2012 por NELSON MALLMANN, Assinado digitalmente em 20/11/2012 por MARIA LUCIA MO NIZ DE ARAGAO CALOMINO ASTORGA Processo nº 19515.004322/200315 Erro! A origem da referência não foi encontrada. n.º 2202000.356 S2C2T2 Fl. 775 8 RECURSOS EXTRAORDINÁRIOS [...] II) Proferida a decisão sobre repercussão geral, surgem duas possibilidades: a) Se o STF decidir pela inexistência de repercussão geral, consideramse não admitidos os recursos extraordinários e eventuais agravos interpostos de acórdãos publicados após 3 de maio de 2007 (§ 2º do art. 543B do CPC); b) Se o STF decidir pela existência de repercussão geral, aguardase a decisão do Plenário sobre o assunto, sobrestandose recursos extraordinários anteriores ou posteriores ao marco temporal estabelecido: b.1) Se o acórdão de origem estiver em conformidade com a decisão que vier a ser proferida, consideramse prejudicados os recursos extraordinários, anteriores e posteriores (§3º do art. 543B do CPC); b.2) Se o acórdão de origem contrariar a decisão do STF, encaminha se o recurso extraordinário, anterior ou posterior, para retratação (§3º do art. 543B do CPC). Ressaltese que o STF tem obstado o julgamento dos recursos extraordinários, com devolução do apelo extremo aos tribunais de origem no tocante ao tema em discussão, citandose como exemplo o RE 488993, julgado em 09/02/2011, e o RE 602945, julgado em 01/08/2011. Concluise, assim, que o no caso de controvérsias sobre o acesso direto do fisco às informações bancárias do contribuinte, sem prévia autorização judicial e a retroatividade da Lei no 10.174, de 2001, os julgamentos dos processos administrativos no âmbito do CARF devem ser sobrestados. Por fim, cabe trazer a colação a Resolução no 220200.200, de 17/04/2012, em que este Colegiado, por unanimidade, decidiu pelo sobrestamento do julgamento de caso semelhante, cujo relator foi o Conselheiro Rafael Pandolfo, a quem peço vênia para parte do voto condutor em que ele trata aborda com muita propriedade a matéria: Não se desconhece a decisão Plenária do STF no âmbito do RE nº 389.808, que acolheu o recurso extraordinário interposto pelos contribuintes. O Recurso foi pautado pelo Ministro Marco Aurélio (i) poucos dias antes da publicação da Emenda Regimental nº 42, do RISTF, que determina que todos os recursos relacionados ao tema do caso admitido como paradigma, em repercussão geral, devam ser distribuídos ao respectivo Relator, e (ii) quase um ano após o reconhecimento da repercussão geral no RE 601.314, o que gerou confusão quanto à mecânica processual de julgamento dos recursos extraordinários anteriores à Emenda Constitucional nº 45/04. Uma leitura atenta do acórdão revela que o julgamento, inicialmente adstrito à reanálise da medida cautelar requerida pela parte recorrente, desbordou para enfrentamento do mérito a partir da contrariedade manifestada pela Min. Ellen Gracie centrada, sobretudo, na ausência do Min. Joaquim Barbosa e sua conseqüência à apuração do quorum de votação. A atipicidade do caso, entretanto, não indica posicionamento da Corte afastando as conseqüências imediatas da repercussão geral, como o sobrestamento dos processos que veiculam o tema da violação de sigilo pela Fazenda. Fl. 977DF CARF MF Impresso em 02/04/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 20/11/2012 por MARIA LUCIA MONIZ DE ARAGAO CALOMINO ASTORGA, Assinado di gitalmente em 20/11/2012 por NELSON MALLMANN, Assinado digitalmente em 20/11/2012 por MARIA LUCIA MO NIZ DE ARAGAO CALOMINO ASTORGA Processo nº 19515.004322/200315 Erro! A origem da referência não foi encontrada. n.º 2202000.356 S2C2T2 Fl. 776 9 O fato é que, com exceção do inusitado julgamento ocorrido no âmbito do RE 389.808, o posicionamento do STF tem sido uníssono no sentido de sobrestar o julgamento dos recursos extraordinários que veiculam a mesma matéria objeto do Recurso Extraordinário nº 601.314. As decisões abaixo transcritas são elucidativas: DESPACHO: Vistos. O presente apelo discute a violação da garantia do sigilo fiscal em face do inciso II do artigo 17 da Lei n° 9.393/96, que possibilitou a celebração de convênios entre a Secretaria da Receita Federal e a Confederação Nacional da Agricultura CNA e a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura – Contag, a fim de viabilizar o fornecimento de dados cadastrais de imóveis rurais para possibilitar cobranças tributárias. Verificase que no exame do RE n° 601.314/SP, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, foi reconhecida a repercussão geral de matéria análoga à da presente lide, e terá seu mérito julgado no Plenário deste Supremo Tribunal Federal. Destarte, determino o sobrestamento do feito até a conclusão do julgamento do mencionado RE nº 601.314/SP. Devem os autos permanecer na Secretaria Judiciária até a conclusão do referido julgamento. Publiquese. Brasília, 9 de fevereiro de 2011. Ministro DIAS TOFFOLI Relator Documento assinado digitalmente (RE 488993, Relator(a): Min. DIAS TOFFOLI, julgado em 09/02/2011, publicado em DJe035 DIVULG 21/02/2011 PUBLIC 22/02/2011) DECISÃO REPERCUSSÃO GERAL ADMITIDA – PROCESSOS VERSANDO A MATÉRIA – SIGILO DADOS BANCÁRIOS – FISCO –AFASTAMENTO – ARTIGO 6º DA LEI COMPLEMENTAR Nº 105/2001 – SOBRESTAMENTO. 1. O Tribunal, no Recurso Extraordinário nº 601.314/SP, relator Ministro Ricardo Lewandowski, concluiu pela repercussão geral do tema relativo à constitucionalidade de o Fisco exigir informações bancárias de contribuintes mediante o procedimento administrativo previsto no artigo 6º da Lei Complementar nº 105/2001. 2. Ante o quadro, considerado o fato de o recurso veicular a mesma matéria, tendo a intimação do acórdão da Corte de origem ocorrido anteriormente à vigência do sistema da repercussão geral, determino o sobrestamento destes autos. 3. À Assessoria, para o acompanhamento devido. 4. Publiquem. Brasília, 04 de outubro de 2011. Ministro MARCO AURÉLIO Relator (AI 691349 AgR, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, julgado em 04/10/2011, publicado em Dje213 DIVULG 08/11/2011 PUBLIC 09/11/2011) REPERCUSSÃO GERAL. LC 105/01. CONSTITUCIONALIDADE. LEI 10.174/01. APLICAÇÃO PARA APURAÇÃO DE CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS REFERENTES À EXERCÍCIOS ANTERIORES AO DE SUA VIGÊNCIA. RECURSO EXTRAORDINÁRIO DA UNIÃO PREJUDICADO. POSSIBILIDADE. DEVOLUÇÃO DO PROCESSO AO TRIBUNAL DE ORIGEM (ART. 328, PARÁGRAFO ÚNICO, DO RISTF ). Decisão: Discutese nestes recursos extraordinários a constitucionalidade, ou não, do artigo 6º da LC 105/01, que permitiu o fornecimento de informações sobre movimentações financeiras diretamente ao Fisco, sem autorização judicial; bem como a possibilidade, ou não, da aplicação da Lei 10.174/01 para apuração de créditos tributários referentes a exercícios anteriores ao de sua vigência. O Tribunal Regional Federal da 4ª Região negou seguimento à remessa oficial e à apelação da União, reconhecendo a impossibilidade da aplicação retroativa da LC 105/01 e da Lei 10.174/01. Contra essa decisão, a União interpôs, simultaneamente, recursos especial e extraordinário, ambos admitidos na Corte de origem. Verificasse que o Superior Tribunal de Justiça deu provimento ao recurso Fl. 978DF CARF MF Impresso em 02/04/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 20/11/2012 por MARIA LUCIA MONIZ DE ARAGAO CALOMINO ASTORGA, Assinado di gitalmente em 20/11/2012 por NELSON MALLMANN, Assinado digitalmente em 20/11/2012 por MARIA LUCIA MO NIZ DE ARAGAO CALOMINO ASTORGA Processo nº 19515.004322/200315 Erro! A origem da referência não foi encontrada. n.º 2202000.356 S2C2T2 Fl. 777 10 especial em decisão assim ementada (fl. 281): “ADMINISTRATIVO E TRIBUTÁRIO – UTILIZAÇÃO DE DADOS DA CPMF PARA LANÇAMENTO DE OUTROS TRIBUTOS – IMPOSTO DE RENDA – QUEBRA DE SIGILO BANCÁRIO – PERÍODO ANTERIOR À LC 105/2001 – APLICAÇÃO IMEDIATA –RETROATIVIDADE PERMITIDA PELO ART. 144, § 1º, DO CTN – PRECEDENTE DA PRIMEIRA SEÇÃO – RECURSO ESPECIAL PROVIDO.” Irresignado, Gildo Edgar Wendt interpôs novo recurso extraordinário, alegando, em suma, a inconstitucionalidade da LC 105/01 e a impossibilidade da aplicação retroativa da Lei 10.174/01. O Supremo Tribunal Federal reconheceu a repercussão geral da controvérsia objeto destes autos, que será submetida à apreciação do Pleno desta Corte, nos autos do RE 601.314, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski. Pelo exposto, declaro a prejudicialidade do recurso extraordinário interposto pela União, com fundamento no disposto no artigo 21, inciso IX, do RISTF. Com relação ao apelo extremo interposto por Gildo Edgar Wendt, revejo o sobrestamento anteriormente determinado pelo Min. Eros Grau, e, aplicando a decisão Plenária no RE n. 579.431, secundada, a posteriori pelo AI n. 503.064AgRAgR, Rel. Min. CELSO DE MELLO; AI n. 811.626AgRAgR, 811.626AgRAgR, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, e RE n. 513.473ED, Rel. Min CÉZAR PELUSO, determino a devolução dos autos ao Tribunal de origem (art. 328, parágrafo único, do RISTF c.c. artigo 543B e seus parágrafos do Código de Processo Civil). Publiquese. Brasília, 1º de agosto de 2011. Ministro Luiz Fux Relator Documento assinado digitalmente. (RE 602945, Relator(a): Min. LUIZ FUX, julgado em 01/08/2011, publicado em Dje158 DIVULG 17/08/2011 PUBLIC 18/08/2011) DECISÃO: A matéria veiculada na presente sede recursal –discussão em torno da suposta transgressão à garantia constitucional de inviolabilidade do sigilo de dados e da intimidade das pessoas em geral, naqueles casos em que a administração tributária, sem prévia autorização judicial, recebe, diretamente, das instituições financeiras, informações sobre as operações bancárias ativas e passivas dos contribuintes será apreciada no recurso extraordinário representativo da controvérsia jurídica suscitada no RE 601.314/SP, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, em cujo âmbito o Plenário desta Corte reconheceu existente a repercussão geral da questão constitucional. Sendo assim, impõese o sobrestamento dos presentes autos, que permanecerão na Secretaria desta Corte até final julgamento do mencionado recurso extraordinário. Publiquese. Brasília, 21 de maio de 2010. Ministro CELSO DE MELLO Relator (RE 479841, Relator(a): Min. CELSO DE MELLO, julgado em 21/05/2010, publicado em Dje100 DIVULG 02/06/2010 PUBLIC 04/06/2010) Diante de todo o exposto, voto no sentido de SOBRESTAR o julgamento do presente recurso, conforme previsto no art. 62, §1o e 2o, do RICARF. (Assinado digitalmente) Maria Lúcia Moniz de Aragão Calomino Astorga Fl. 979DF CARF MF Impresso em 02/04/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 20/11/2012 por MARIA LUCIA MONIZ DE ARAGAO CALOMINO ASTORGA, Assinado di gitalmente em 20/11/2012 por NELSON MALLMANN, Assinado digitalmente em 20/11/2012 por MARIA LUCIA MO NIZ DE ARAGAO CALOMINO ASTORGA
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Numero do processo: 10280.004248/2006-06
Turma: Primeira Turma Ordinária da Quarta Câmara da Terceira Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Wed Jan 28 00:00:00 UTC 2015
Data da publicação: Mon Feb 23 00:00:00 UTC 2015
Numero da decisão: 3401-000.885
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em converter o julgamento em diligência nos termos do voto da relatora. Vencidos os conselheiros Julio César Alves Ramos e Robson Bayerl.
JULIO CÉSAR ALVES RAMOS- Presidente.
ANGELA SARTORI - Relator.
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: JULIO CESAR ALVES RAMOS (Presidente), ROBSON JOSE BAYERL, JEAN CLEUTER SIMÕES MENDONÇA, ELOY EROS DA SILVA NOGUEIRA, ANGELA SARTORI e BERNARDO LEITE DE QUEIROZ LIMA
Nome do relator: ANGELA SARTORI
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Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em converter o julgamento em diligência nos termos do voto da relatora. Vencidos os conselheiros Julio César Alves Ramos e Robson Bayerl. JULIO CÉSAR ALVES RAMOS Presidente. ANGELA SARTORI Relator. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: JULIO CESAR ALVES RAMOS (Presidente), ROBSON JOSE BAYERL, JEAN CLEUTER SIMÕES MENDONÇA, ELOY EROS DA SILVA NOGUEIRA, ANGELA SARTORI e BERNARDO LEITE DE QUEIROZ LIMA RELATORIO Como já relatado nos termos da Resolução n. 20300920, a Terceira Câmara do Segundo Conselho de Contribuinte converteu o julgamento em diligência com as seguintes determinações: “Trata o presente processo de Pedido de Ressarcimento de Crédito Presumido de IP1, fundado nos dispositivos da Lei n° 9.363/96, relativo ao 4º trimestre de 2000, no valor de RS 347.612,53, formulado RE SO LU ÇÃ O G ER A D A N O P G D -C A RF P RO CE SS O 1 02 80 .0 04 24 8/ 20 06 -0 6 Fl. 628DF CARF MF Impresso em 23/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 09/02/2015 por ANGELA SARTORI, Assinado digitalmente em 09/02/2015 por A NGELA SARTORI, Assinado digitalmente em 11/02/2015 por JULIO CESAR ALVES RAMOS Processo nº 10280.004248/200606 Resolução nº 3401000.885 S3C4T1 Fl. 6 2 em 10/02/2005 por meio do programa PER/DCOMP e baixado em papel por força de determinação judicial expressa no sentido de que o pleito da interessada fosse analisado pela DRF num prazo de trinta dias.” Esclarece o "Serviço de Orientação e Análise TributáriaSeort", da DRF em BelémPA, em seu Parecer n° 580, de 12/12/2006, que, verbis, "Em face do prazo exíguo determinado pela autoridade judiciária, o processo não foi enviado ao Serviço de Fiscalização para realização de diligência", (grifei) Assim, diante da documentação obtida junto à interessada e carreada para o processo, a Seort indeferiu totalmente o pedido por meio de Despacho Decisório por entender que a empresa não realizou operações de industrialização e sim de simples revenda de mercadorias adquiridas no mercado interno. Para assim ter deliberado, fundamentouse nos fatos de que, tanto na D1PJ, quanto nos livros fiscais, não há a indicação de que tenha havido a industrialização, já que os campos próprios de preenchimento das respectivas informações estão zerados, bem como que, tanto nas notas fiscais de aquisição junto aos seus fornecedores, quanto nas suas notas fiscais de saídas para exportação, constava "madeira serrada". Além disso, no objetivo social constante do contrato social não consta a atividade de industrialização e tampouco a empresa escritura o Livro de Apuração do IPI. Na Manifestação de Inconformidade, a interessada, inicialmente, argumenta que se trata, sim, de uma empresa industrial exportadora e que opera com a finalidade precípua de industrialização da madeira, atuando, mais especificamente, na etapa final da cadeia produtiva, qual seja, o seu beneficiamento e o seu acondicionamento. Em sede de preliminar, pede a nulidade do Despacho Decisório por ter sido o mesmo elaborado sem que tivesse sido realizada uma diligência fiscal junto ao seu estabelecimento, o que, a seu ver, resultou numa análise superficial e rasteira dos documentos, com fundamentos de decisão neles garimpados e, por isso mesmo, insustentáveis perante os eventos legais e fáticos que amparam a sua pretensão. Outro motivo para justificar o pedido de nulidade se prende ao fato de que o agente julgador deveria ter inscrição no Conselho Regional de Contabilidade. No mérito, inicia transcrevendo dispositivos do Regulamento do IPI nos quais julga que suas atividades estejam subsumidas, as quais descreve em detalhes, para reforçar a idéia de que é uma empresa industrial. Diz ainda a Impugnante que o fato de as notas fiscais de aquisição conterem a expressão "madeira para exportação" não significa que as mesmas não possam vir a receber um processo de industrialização na etapa seguinte, e que, além disso, é norma da Secretaria Estadual de Fazenda fazer tal exigência por conta dos benefícios fiscais que concede aos produtores. Rechaça também o fundamento de que a coincidência de medidas da madeira, quer na nota fiscal de entrada, quer na nota fiscal de saída, estaria a indicar que não houve realmente a industrialização, visto que não houve a diligência fiscal para validar tal argumento e que o processo produtivo é mais complexo e não se limita a medidas das peças produzidas. Fl. 629DF CARF MF Impresso em 23/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 09/02/2015 por ANGELA SARTORI, Assinado digitalmente em 09/02/2015 por A NGELA SARTORI, Assinado digitalmente em 11/02/2015 por JULIO CESAR ALVES RAMOS Processo nº 10280.004248/200606 Resolução nº 3401000.885 S3C4T1 Fl. 7 3 Justifica a ausência de escrituração de livros relacionados à apuração do IPI por ter sua atividade voltada para a exportação, bem como pelo fato de seus fornecedores lhe venderem produtos NT. Assim, não lida com créditos nem com débitos do referido imposto, daí entender não se ver obrigado à escrituração. Ademais disso, sua condição de industrial não poderia ser retirada pela falta de cumprimento de mera obrigação acessória. Quanto à ausência de informações que pudessem conduzir ao entendimento que exerce a interessada atividade industrial, quer por conta das omissões na sua DIPJ", nos livros de entrada e de saída de mercadorias, nas notas fiscais de saída5 , e no seu contrato social, atribui a erros de preenchimento e a um "erro societário", não podendo os mesmos prevalecer sobre a realidade fática. Por fim, pede a Impugnante o reconhecimento também do direito à atualização monetária do crédito ora postulado, bem como a realização de perícia. A 3ª Turma da DRJ em BelémPA, entretanto, não considerou os argumentos da interessada, indeferindoos integralmente em decisão assim ementada: Acórdão DRJN" 0110003 de 2007 Imposto sobre Produtos Industrializados IPI CREDITO PRESUMIDO. RESSARCIMENTO. O direito ao ressarcimento do crédito presumido do IPI, instituído pela Lei n." 9.363, de 1996, é condicionado à comprovação de que os produtos exportados foram efetivamente industrializados pela empresa, com a utilização dos insumos para tal adquiridos. PERÍCIA. PROVA. ENCARGO DO CONTRIBUINTE. DESNECESSIDADE. A diligência ou a perícia não se prestam para a produção de provas de encargo do sujeito passivo e que deveriam ter sido trazidas junto com a manifestação de inconformidade. PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL. NULIDADE DO LANÇAMENTO. COMPETÊNCIA DO AUDITORFISCAL: Definidas em Lei, as atribuições do cargo de AuditorFiscal da Receita Federal do Brasil são legítimas e, inexistindo quaisquer determinações acerca de formação específica e/ou registro em Conselho Regional para fins de regular exercício profissional, não subsiste qualquer alegação de nulidade dos lançamentos formalizados pelos agentes fiscais, no regular exercício de sua competência funcional.” No Recurso Voluntário a interessada praticamente repete as argumentações postas na sua Manifestação de Inconformidade, enfatizando que o presente caso deve ter como norte a obediência ao princípio da primazia da realidade, ou seja, o que ocorre na prática deve prevalecer sobre os documentos, de sorte que reste caracterizada a sua condição de industrial e não de mero revendedor de mercadorias. Fez ajuntada de um "Laudo Técnico", elaborado por Engenheiro Florestal, segundo o qual fica demonstrado que efetivamente realiza a industrialização dos produtos que exporta. Aduz ainda, para refutar as coincidências de descrição da madeira nas notas fiscais de compra e de venda, que, segundo a TIPI, tanto a madeira simplesmente serrada que adquire e que constitui em sua matéria prima, quanto a madeira beneficiada (classificada, Fl. 630DF CARF MF Impresso em 23/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 09/02/2015 por ANGELA SARTORI, Assinado digitalmente em 09/02/2015 por A NGELA SARTORI, Assinado digitalmente em 11/02/2015 por JULIO CESAR ALVES RAMOS Processo nº 10280.004248/200606 Resolução nº 3401000.885 S3C4T1 Fl. 8 4 tratada quimicamente, secada/estufada, refilada, destapada e aplainada), possuem o mesmo código. O processo foi baixado em diligencia pelo Segundo Conselho de Contribuintes no entanto, no Relatório fiscal ficou claro que foi improfícua a localização do contribuinte, portanto não houve o cumprimento da referida diligência. Após o retorno da Unidade de origem, sorteado o processo para minha relatoria. É o relatório. VOTO Conselheiro Angela Sartori O recurso atende aos pressupostos de admissibilidade, razão pela qual dele conheço. Conforme relatado, trata de retorno de diligência que foi determinada para que fossem procedidas as seguintes providências: retificação nos livros Reg. de Entradas e de Saídas; escrituração do Livro Reg. Apuração de IPI; nova análise nos cálculos do montante ora pleiteado e; ainda se a unidade de origem entender devidas considerações que julgar pertinentes acerca do processo produtivo da empresa. Por fim, a interessada deveria ser cientificada quanto ao resultado da diligência, podendo, no prazo de trinta dias, se manifestar a respeito, trazendo as informações consideradas indispensáveis para o deslinde da lide. Ocorre que, apesar de esforços da unidade de origem a intimação postal não restou frutífera, conforme exposto: “...Foram improfícuas as tentativas de localização do contribuinte no seu domicílio fiscal, mesmo por via postal. Constatouse que a PJ encontrase inativa desde o anocalendário de 2009 (vide relação de DIPJ’s em anexo). Por esta razão, a ciência do Termo de Início do Procedimento Fiscal se deu por Edital (Edital Eletrônico nº 000645759, em anexo), em 24/07/2014. 3) Esgotado o prazo concedido ao contribuinte para apresentação do Livro Registro de Entradas (retificado), do Livro Registro de Saídas (retificado) e do Livro Registro de Apuração do IPI, sem que o mesmo tenha se manifestado, consideramos não cumprida a condição para a realização de nova análise dos cálculos do Crédito Presumido do IPI pleiteado, motivo pelo qual deixamos de fazela...” Fl. 631DF CARF MF Impresso em 23/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 09/02/2015 por ANGELA SARTORI, Assinado digitalmente em 09/02/2015 por A NGELA SARTORI, Assinado digitalmente em 11/02/2015 por JULIO CESAR ALVES RAMOS Processo nº 10280.004248/200606 Resolução nº 3401000.885 S3C4T1 Fl. 9 5 Ocorre que o CARF, entretanto, tem se manifestado, no sentido de que a intimação por edital somente pode ser considerada válida, nos casos em que o Fisco esgotar, na tentativa de dar ciência ao Contribuinte de determinado ato, todas as demais formas de intimação previstas no Decreto nº 70.235/72. In casu, a Contribuinte interpôs defesa/manifestação de inconformidade, por meio de procurador específico (Sr. Sidnei Vogel), o qual foi analisada e teve seu mérito parcialmente reconhecido no sentido de ser estabelecimento industrial merecedor do crédito de IPI, desde que a diligência acima fosse fielmente cumprida. Assim, a cientificação infrutífera feita por edital dos termos da diligência solicitada, resulta em prejuízo incontestável e irreparável à Recorrente, pelo que se requer o esgotamento de todas as tentativas de localização da Recorrente e do responsável e procurador, sob pena de vício do procedimento fiscal. Perfilhando deste entendimento, segue decisão da primeira seção do CARF: “ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA JURÍDICA IRPJ Anocalendário: 2002 PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL. CIÊNCIA DE TERMO DE INÍCIO DE FISCALIZAÇÃO. INTIMAÇÃO POR EDITAL. FALTA DE NOTIFICAÇÃO AO RESPONSÁVEL PERANTE O FISCO.Não sendo localizado o contribuinte pelos Correios no endereço constante dos cadastros da Receita Federal do Brasil e não comprovado que a repartição local deste órgão intentou todos os meios para dar ciência do Termo de Início de Fiscalização à empresa, inclusive com a comunicação ao responsável perante o Fisco, é de ser considerada precipitada a notificação por edital, não ocorrendo a ciência da notificação, mormente quando comprovado que a pessoa jurídica encontravase inativa, os sócios intimados não mais residiam em seus endereços e que em auditoria da CSLL, do PIS e da COFINS realizada meses depois foi dada ciência com facilidade à pessoa física responsável perante a Receita Federal do Brasil. Recurso Voluntário Provido. (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais CARF Primeira Seção Acórdão nº 1202000.733 Data da Decisão 16/03/2012 Data de Publicação 01/11/2012). Ante o exposto, voto por converter o presente julgamento em diligência para intimar a empresa no endereço dos sócios, para apresentar suas considerações, no prazo de 30 dias e ainda para que a Delegacia da Receita Federal, se julgar necessário junte suas considerações sobre o processo produtivo ora demonstrado nos autos. Angela Sartori Relator Fl. 632DF CARF MF Impresso em 23/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 09/02/2015 por ANGELA SARTORI, Assinado digitalmente em 09/02/2015 por A NGELA SARTORI, Assinado digitalmente em 11/02/2015 por JULIO CESAR ALVES RAMOS
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