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Numero do processo: 15374.920767/2008-41
Turma: Segunda Turma Ordinária da Primeira Câmara da Primeira Seção
Câmara: Primeira Câmara
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Tue Jun 12 00:00:00 UTC 2012
Ementa: Imposto sobre a Renda de Pessoa Jurídica IRPJ
Exercício: 2001
Ementa: COMPENSAÇÃO. SALDO NEGATIVO DE IRPJ. ERRO DE
INFORMAÇÃO EM DIPJ. Não é legítimo afastar definitivamente o direito
do contribuinte à recuperação de créditos apenas pelo fato de este ter
preenchido a DIPJ respectiva de forma incorreta. Por conseguinte, devem ser
conhecidos e apreciados pela Autoridade Administrativa todos os argumentos
aduzidos pelo contribuinte em manifestação de inconformidade sobre erros
no preenchimento de DIPJ, os quais, se comprovados, conduzirão ao
reconhecimento da existência do direito creditório e o conseqüente
acolhimento do pedido de compensação.
ERRO MATERIAL. Ocorre erro material suscetível de retificação quando há
divergência facilmente perceptível entre o que foi escrito e aquilo que se
queria ter escrito, normalmente revelada no próprio contexto da declaração
ou através das circunstâncias em que a declaração é feita.
COMPENSAÇÃO. PEDIDO DE RETIFICAÇÃO FORMULADO
POSTERIORMENTE À DECISÃO DENEGATÓRIA DO PEDIDO PELA
ADMINISTRAÇÃO. Não se admite a retificação de pedido de compensação
formulado pelo contribuinte quando a pretensão respectiva já tenha sido
negada pela Administração, mormente quando tal retificação significa, em
verdade, apresentação de novo pleito.
Recurso voluntário a que se dá parcial provimento para que seja determinado
à Delegacia de Origem seja procedido o exame da procedência do direito
creditório do Contribuinte informado na PER/DComp originária.
Numero da decisão: 1102-000.750
Decisão: Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, DAR provimento parcial ao recurso para superar o erro no preenchimento da DIPJ e determinar à unidade de origem o exame da procedência do direito creditório informado na PER/DCOMP originária.
Nome do relator: ANTONIO CARLOS GUIDONI FILHO
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Recorrida FAZENDA NACIONAL Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Jurídica IRPJ Exercício: 2001 Ementa: COMPENSAÇÃO. SALDO NEGATIVO DE IRPJ. ERRO DE INFORMAÇÃO EM DIPJ. Não é legítimo afastar definitivamente o direito do contribuinte à recuperação de créditos apenas pelo fato de este ter preenchido a DIPJ respectiva de forma incorreta. Por conseguinte, devem ser conhecidos e apreciados pela Autoridade Administrativa todos os argumentos aduzidos pelo contribuinte em manifestação de inconformidade sobre erros no preenchimento de DIPJ, os quais, se comprovados, conduzirão ao reconhecimento da existência do direito creditório e o conseqüente acolhimento do pedido de compensação. ERRO MATERIAL. Ocorre erro material suscetível de retificação quando há divergência facilmente perceptível entre o que foi escrito e aquilo que se queria ter escrito, normalmente revelada no próprio contexto da declaração ou através das circunstâncias em que a declaração é feita. COMPENSAÇÃO. PEDIDO DE RETIFICAÇÃO FORMULADO POSTERIORMENTE À DECISÃO DENEGATÓRIA DO PEDIDO PELA ADMINISTRAÇÃO. Não se admite a retificação de pedido de compensação formulado pelo contribuinte quando a pretensão respectiva já tenha sido negada pela Administração, mormente quando tal retificação significa, em verdade, apresentação de novo pleito. Recurso voluntário a que se dá parcial provimento para que seja determinado à Delegacia de Origem seja procedido o exame da procedência do direito creditório do Contribuinte informado na PER/DComp originária. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, DAR provimento parcial ao recurso para superar o erro no preenchimento da DIPJ e determinar à Fl. 187DF CARF MF Impresso em 17/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 03/10/2012 por MARIA CONCEICAO DE SOUSA RODRIGUES, Assinado digitalmente em 11/10/2012 por ALBERTINA SILVA SANTOS DE LIMA, Assinado digitalmente em 03/10/2012 por ANTONIO C ARLOS GUIDONI FILHO 2 unidade de origem o exame da procedência do direito creditório informado na PER/DCOMP originária. (assinado digitalmente) ALBERTINA SILVA SANTOS DE LIMA Presidente. (assinado digitalmente) ANTONIO CARLOS GUIDONI FILHO Relator. EDITADO EM: Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Albertina Silva Santos de Lima, Plínio Rodrigues Lima, João Otávio Opperman Thomé, Antonio Carlos Guidoni Filho, Silvana Rescigno Guerra Barreto. Relatório Tratase de recurso voluntário interposto pela Contribuinte contra acórdão proferido pela Primeira Turma da Delegacia Regional de Julgamento do Rio de Janeiro (DRJ/RJ 1) assim ementado, verbis: “ASSUNTO: OUTROS TRIBUTOS OU CONTRIBUIÇÕES Anocalendário: 2000 COMPENSAÇÃO. Mantémse o despacho decisório, se não elididos os fatos que lhe deram causa. Manifestação de Inconformidade Improcedente. Direito Creditório Não Reconhecido.” O caso foi assim relatado pela instância a quo, verbis: Versa este processo sobre PER/DCOMP. A DERAT/RJO, através do Despacho Decisório n° 783770944 (fl. 9), não homologou a compensação declarada no PER/DCOMP que relaciona. O despacho decisório contém a seguinte fundamentação: Analisadas as informações prestadas no documento acima identificado, constatouse que não houve apuração de crédito na Declaração de Informações EconômicoFiscais da Pessoa Jurídica (DIPJ) correspondente ao período de apuração do saldo negativo informado no PER/DCOMP. Valor original do saldo negativo informado no PER/DCOMP com demonstrativo de crédito: R$60.940,50 Fl. 188DF CARF MF Impresso em 17/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 03/10/2012 por MARIA CONCEICAO DE SOUSA RODRIGUES, Assinado digitalmente em 11/10/2012 por ALBERTINA SILVA SANTOS DE LIMA, Assinado digitalmente em 03/10/2012 por ANTONIO C ARLOS GUIDONI FILHO Processo nº 15374.920767/200841 Acórdão n.º 110200.750 S1C1T2 Fl. 2 3 Valor do crédito na DIPJ: R$0,00 O interessado, cientificado em 02/09/2008 (fls. 7/8), apresentou, em 26/09/2008, manifestação de inconformidade (fls. 11/17). Nesta peça, alega, em síntese, que: embora tenha informado as retenções na fonte na Ficha 43 da DIPJ, deixou de informar os valores de estimativa e IRRF na ficha 12 A, fatos já reparados na DIPJ retificadora; o saldo informado no PER/DCOMP é incorreto (possui saldo negativo de R$ IRPJ no total de R$ 167.468,21); o despacho decisório foi motivado por preenchimento incorreto da DIPJ e do PER/DCOMP, estando a administração presa ao Princípio da Verdade Material (cita jurisprudência). E o relatório.” O acórdão acima ementado rejeitou a manifestação de inconformidade apresentada pela Contribuinte, sob o fundamento de que: (i) a DERAT/RJO, ao confrontar as informações prestadas no PER/DCOMP (tipo de crédito: saldo negativo) com as da DIPJ, não localizou o crédito pleiteado (na DIPJ constava saldo zero); (ii) na manifestação de inconformidade, o contribuinte não elide os fatos apontados no Despacho Decisório (reconhece ter deixado de informar os valores de estimativa e IRRF na ficha 12 A), ao contrário, informa a retificação da declaração; (iii) a DIPJ deveria ter sido retificada antes da apresentação do PER/DCOMP ou antes da emissão do Despacho Decisório. Por sua vez, a retificação da Declaração de Compensação somente pode ser admitida antes do Despacho Decisório que não homologou a compensação (art. 57 da IN n° 600/2005); (iv) o contribuinte havia sido cientificado das inconsistências apuradas pela DERAT e, nesta data, lhe foi dada a oportunidade de efetuar a retificação na DIPJ antes da emissão do Despacho Decisório (foi intimado, através do Termo de Intimação n° 621528307, com ciência em 06/09/2006, fls. 82/83, a retificar a DIPJ ou a apresentar PER/DCOMP retificador); (v) cabe à DRF de origem a análise do crédito pleiteado e o pronunciamento inicial a respeito do deferimento, ou não, de pedidos de restituição/compensação. A ausência de informação na DIPJ, declaração própria para este fim, fez com que não houvesse a análise, pela DERAT/RJO, de eventual saldo negativo (posto que não restou configurado o direito creditório pleiteado saldo negativo de IRPJ); (vi) o julgamento pela DRJ decorre de mera revisão do ato praticado pela DERAT, sendo a matéria impugnada tãosomente aquela resolvida pela decisão a quo e que foi atingida pelo recurso; (vii) por conseguinte, sem a apuração, em tempo hábil, de saldo negativo, não há que se falar em constituição de direito creditório a tal título.. Em sede de recurso voluntário, a Contribuinte reproduz suas razões de impugnação, no sentido de que teria direito à restituição dos valores pretendidos, por intermédio de compensação, em vista da (i) aplicação dos princípios da verdade material e da moralidade ao caso; e (ii) da efetiva existência de crédito consubstanciado em saldo negativo de IRPJ de R$ 167.468,21, proveniente de (a) retenção de tributos na fonte; (b) recolhimento de estimativas no mês de março do anocalendário de 2001 e (c) prejuízo fiscal apurado na DIPJ 2001, no valor de R$1.014.487,84. É o relatório. Fl. 189DF CARF MF Impresso em 17/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 03/10/2012 por MARIA CONCEICAO DE SOUSA RODRIGUES, Assinado digitalmente em 11/10/2012 por ALBERTINA SILVA SANTOS DE LIMA, Assinado digitalmente em 03/10/2012 por ANTONIO C ARLOS GUIDONI FILHO 4 Voto Conselheiro ANTONIO CARLOS GUIDONI FILHO O recurso voluntário é tempestivo e interposto por parte legítima, pelo que dele tomo conhecimento. Depreendese do relatório supra que são três as questões controvertidas nesse procedimento, quais sejam: (i) a existência (ou não) do erro material alegado pela Recorrente na Declaração de Compensação originária, que seria suscetível de mera retificação; (ii) a legitimidade (ou não) da retificação da Declaração de Compensação levada a efeito pela Recorrente mesmo após o proferimento de decisão administrativa que a indeferiu; e (iii) a possibilidade de o contribuinte ver examinadas as razões e documentos que justificam o direito creditório informado em PER/DComp, nada obstante tais documentos e razões não tenham sido examinado pela Delegacia da Receita Federal do Brasil de origem por força de erros no preenchimento de DIPJ. A resposta às duas primeiras questões é negativa. Não há como sustentar (tal como o fez a Contribuinte) que teria ocorrido “erro material” (suscetível de retificação) na Declaração de Compensação originária apresentada à SRF. Conforme é de conhecimento geral, o erro material suscetível de retificação ocorre quando o sujeito escreve coisa distinta daquela que queria declarar. É a divergência facilmente perceptível entre o que foi escrito e aquilo que se queria ter escrito. Trata do simples erro de cálculo ou de escrita, revelado no próprio contexto da declaração ou através das circunstâncias em que a declaração é feita. Do exame dos autos, resta inequívoco que, na data da formulação do pedido de compensação originário (14.02.2005), a Contribuinte pretendia efetivamente compensar débitos de IRRF (relativos ao anocalendário de 2004) com supostos créditos decorrentes de saldos negativos de IRPJ apurados no anocalendário de 2000, no valor de R$ 60.940,50. De fato, ao par da clareza meridiana da declaração respectiva, o pedido de compensação apresentado pelo contribuinte em 15/02/2002 continha relação dos valores retidos na fonte que caracterizariam seu direito creditório. Não pode ser considerado erro material, (reiterese: susceptível de retificação), o fato de a Recorrente ter pleiteado a compensação de crédito em montante eventualmente inferior ao seu pretenso direito quando a declaração respectiva não traz qualquer indício a esse respeito. Em verdade, sob a alcunha de “retificação de erro material” pretende a Recorrente formular novo pedido de compensação (outro crédito) aproveitandose da data do pleito originário para afastar eventual alegação de prescrição. Não bastasse tal fato, que por si só seria suficiente para rejeitar o pleito da Contribuinte nessa parte, é de se destacar que não é legítimo ao contribuinte pretender a retificação de Pedido (Declaração) de Compensação quando já proferida decisão administrativa sobre seu mérito. Trata de restrição de ordem lógica que sequer necessitaria ter sido positivada pelos órgãos da SRF. É preceito indispensável à organização e estabilização das relações jurídicas de que cuidam os procedimentos julgados pela Administração. É fácil intuir que os Fl. 190DF CARF MF Impresso em 17/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 03/10/2012 por MARIA CONCEICAO DE SOUSA RODRIGUES, Assinado digitalmente em 11/10/2012 por ALBERTINA SILVA SANTOS DE LIMA, Assinado digitalmente em 03/10/2012 por ANTONIO C ARLOS GUIDONI FILHO Processo nº 15374.920767/200841 Acórdão n.º 110200.750 S1C1T2 Fl. 3 5 procedimentos administrativos jamais chegariam ao seu final caso fosse permitido às partes alterar os fundamentos ou o conteúdo do pedido após a análise de seu mérito pelo julgador. Entendo, contudo, que o recurso voluntário da Contribuinte merece ser provido na parte em que pretende seja examinado o direito creditório expressamente pleiteado na PER/DComp. Não é legítimo afastar definitivamente o direito do contribuinte à recuperação de créditos apenas pelo fato de este ter preenchido a DIPJ respectiva de forma incorreta. A informação contida na DIPJ original (de inexistência de saldo negativo no período) tem caráter de presunção simples, que admite prova em contrário pelo contribuinte por meio de documentos e de sua própria escrituração ao longo do processo administrativo. No caso, particularmente, há fortes indícios de que o crédito informado em PER/DComp seja procedente, ante (i) os lançamentos feitos na escrituração fiscal acostada aos autos; (ii) o significativo prejuízo fiscal apurado ao final do anocalendário de 2000 e (iii) a provável existência de tributos retidos e recolhidos pela fonte pagadora, cuja constatação pela RFB prescinde inclusive de diligência específica em vista das informações contidas em seus sistemas informatizados. Por conseguinte, entendo que devem ser conhecidos e apreciados pela Autoridade Administrativa todos os argumentos aduzidos pelo contribuinte em manifestação de inconformidade sobre erros no preenchimento de DIPJ, os quais, se comprovados, conduzirão ao reconhecimento da existência do direito creditório e o conseqüente acolhimento do pedido de compensação. Por tais fundamentos, oriento meu voto no sentido de conhecer do recurso voluntário da Contribuinte para, no mérito, darlhe parcial provimento para que seja determinado à Delegacia de Origem seja procedido o exame da procedência do direito creditório do Contribuinte informado na PER/DComp originária. (assinado digitalmente) ANTONIO CARLOS GUIDONI FILHO Relator Fl. 191DF CARF MF Impresso em 17/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 03/10/2012 por MARIA CONCEICAO DE SOUSA RODRIGUES, Assinado digitalmente em 11/10/2012 por ALBERTINA SILVA SANTOS DE LIMA, Assinado digitalmente em 03/10/2012 por ANTONIO C ARLOS GUIDONI FILHO
score : 1.0
Numero do processo: 15504.015542/2009-20
Turma: Segunda Turma Ordinária da Primeira Câmara da Segunda Seção
Câmara: Primeira Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Thu Jun 21 00:00:00 UTC 2012
Ementa: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA FÍSICA IRPF
Exercício: 2006, 2007, 2008
IRPF. ISENÇÃO. CONTRIBUINTE PORTADOR DE MOLÉSTIA ESPECIFICADA EM LEI. LAUDOS MÉDICOS DIVERGENTES. LAUDO MÉDICO QUE APRECIOU A DIVERGÊNCIA MÉDICA E PROLATOU DECISÃO. VALORIZAÇÃO DO ÚLTIMO POSICIONAMENTO MÉDICO, POIS EM HARMONIA COM AS DEMAIS PROVAS DOS
AUTOS.
A instância julgadora administrativa pode e deve solucionar o litígio a partir dos laudos médicos juntados aos autos, não ficando adstrita a qualquer dos laudos, pois é cediço que o julgador não se vincula, de forma absoluta, a qualquer laudo pericial, devendo apenas fundamentar adequadamente sua
decisão. Obviamente que havendo laudo pericial, não se convencendo o julgador do acerto dele, deve submeter o caso a nova perícia, pois não parece razoável que o julgador, que não é perito, possa arrostar um laudo de profissional competente. Porém, havendo laudos díspares no processo, à luz das demais provas juntadas ao processo, pode o julgador solucionar
diretamente a lide.
Recurso negado.
Numero da decisão: 2102-002.144
Decisão: Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em NEGAR provimento ao recurso.
Nome do relator: GIOVANNI CHRISTIAN NUNES CAMPOS
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ementa_s : IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA FÍSICA IRPF Exercício: 2006, 2007, 2008 IRPF. ISENÇÃO. CONTRIBUINTE PORTADOR DE MOLÉSTIA ESPECIFICADA EM LEI. LAUDOS MÉDICOS DIVERGENTES. LAUDO MÉDICO QUE APRECIOU A DIVERGÊNCIA MÉDICA E PROLATOU DECISÃO. VALORIZAÇÃO DO ÚLTIMO POSICIONAMENTO MÉDICO, POIS EM HARMONIA COM AS DEMAIS PROVAS DOS AUTOS. A instância julgadora administrativa pode e deve solucionar o litígio a partir dos laudos médicos juntados aos autos, não ficando adstrita a qualquer dos laudos, pois é cediço que o julgador não se vincula, de forma absoluta, a qualquer laudo pericial, devendo apenas fundamentar adequadamente sua decisão. Obviamente que havendo laudo pericial, não se convencendo o julgador do acerto dele, deve submeter o caso a nova perícia, pois não parece razoável que o julgador, que não é perito, possa arrostar um laudo de profissional competente. Porém, havendo laudos díspares no processo, à luz das demais provas juntadas ao processo, pode o julgador solucionar diretamente a lide. Recurso negado.
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conteudo_txt : Metadados => pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.4; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 7; dc:format: application/pdf; version=1.4; pdf:charsPerPage: 1918; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; access_permission:fill_in_form: true; pdf:encrypted: true; access_permission:can_modify: true; Content-Type: application/pdf | Conteúdo => S2C1T2 Fl. 1 1 S2C1T2 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS SEGUNDA SEÇÃO DE JULGAMENTO Processo nº 15504.015542/200920 Recurso nº Voluntário Acórdão nº 210202.144 – 1ª Câmara / 2ª Turma Ordinária Sessão de 21 de junho de 2012 Matéria IRPF Recorrente IVAN SOARES DE OLIVEIRA Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA FÍSICA IRPF Exercício: 2006, 2007, 2008 IRPF. ISENÇÃO. CONTRIBUINTE PORTADOR DE MOLÉSTIA ESPECIFICADA EM LEI. LAUDOS MÉDICOS DIVERGENTES. LAUDO MÉDICO QUE APRECIOU A DIVERGÊNCIA MÉDICA E PROLATOU DECISÃO. VALORIZAÇÃO DO ÚLTIMO POSICIONAMENTO MÉDICO, POIS EM HARMONIA COM AS DEMAIS PROVAS DOS AUTOS. A instância julgadora administrativa pode e deve solucionar o litígio a partir dos laudos médicos juntados aos autos, não ficando adstrita a qualquer dos laudos, pois é cediço que o julgador não se vincula, de forma absoluta, a qualquer laudo pericial, devendo apenas fundamentar adequadamente sua decisão. Obviamente que havendo laudo pericial, não se convencendo o julgador do acerto dele, deve submeter o caso a nova perícia, pois não parece razoável que o julgador, que não é perito, possa arrostar um laudo de profissional competente. Porém, havendo laudos díspares no processo, à luz das demais provas juntadas ao processo, pode o julgador solucionar diretamente a lide. Recurso negado. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em NEGAR provimento ao recurso. Assinado digitalmente GIOVANNI CHRISTIAN NUNES CAMPOS Relator e Presidente. Fl. 136DF CARF MF Impresso em 18/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 03/07/2012 por GIOVANNI CHRISTIAN NUNES CAMPOS, Assinado digitalmente em 03/07/2012 por GIOVANNI CHRISTIAN NUNES CAMPOS 2 EDITADO EM: 03/07/2012 Participaram do presente julgamento os Conselheiros Atilio Pitarelli, Acácia Sayuri Wakasugi, Giovanni Christian Nunes Campos, Núbia Matos Moura, Roberta de Azeredo Ferreira Pagetti e Francisco Marconi de Oliveira. Relatório Abaixo se transcreve o relatório da decisão recorrida, que bem sintetiza as razões do indeferimento do pedido de restituição na DRFB e da manifestação de inconformidade dirigida à Turma de Julgamento da DRJ (fls. 77 e 78): O contribuinte precitado manifesta inconformidade com o Despacho Decisório n° 1.502 DRF/BHE, às fls. 55 a 56, que deferiu em parte o pedido de restituição do imposto de renda retido na fonte sobre o 13° salário recebido nos anoscalendário de 2005 a 2007. A autoridade a quo justifica o deferimento em parte do pleito com base no Parecer da Junta Médica do Ministério da Fazenda n° 09510, fl. 41, que declara que "o contribuinte é portador de moléstia especificada em lei desde 01.07.2007" Cientificado em 12/07/2010 (fl. 57), o contribuinte apresenta, em 11/08/2010, fl. 65, o recurso às fls. 58 a 60, com as seguintes alegações, em síntese: o contribuinte apresentou pedido de isenção e restituição de imposto de renda em 14/09/2009, tendo anexado documentação comprobatória do seu direito; em 22/10/2009, a Delegacia da Receita Federal do Brasil solicitou à Assembléia Legislativa informações sobre seu direito à isenção por ser portador de moléstia grave; A Assembléia, em resposta, informou que reconheceu o direito à isenção a partir do dia 30/07/2007 até 29/07/2012; em maio de 2010, recebeu notificações de lançamento, nas quais constavam que os proventos percebidos nos exercícios de 2005, 2006 e de 2007 teriam sido recalculados como tributáveis, tendo como base o Parecer Médico Pericial nº 09510, emitido pela Junta Médica do Núcleo de Perícia da Gerência Regional de Administração do Ministério de Minas Gerais, que reconheceu o direito do contribuinte definitivamente a partir de julho de 2007; ficou surpreso com a postura da Delegacia de Fiscalização que, além de não convocar o contribuinte para comprovar suas alegações, fez uma ponte com a fonte pagadora, sem sequer analisar outras provas subsidiárias; independente de ver ferido seu direito de ampla defesa, apresentou impugnações, que estão aguardando julgamento, juntamente com exames utilizados pelo Centro de Saúde Tia Amância para fixar o início da patologia; Fl. 137DF CARF MF Impresso em 18/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 03/07/2012 por GIOVANNI CHRISTIAN NUNES CAMPOS, Assinado digitalmente em 03/07/2012 por GIOVANNI CHRISTIAN NUNES CAMPOS Processo nº 15504.015542/200920 Acórdão n.º 210202.144 S2C1T2 Fl. 2 3 Da Preliminar o contribuinte é aposentado desde 15/03/1993 e, segundo laudo médico fornecido pelo Centro de Saúde Tia Amância, é portador de moléstia grave desde 2003 e faz jus à isenção por tempo indeterminado, devido à fase em que se encontra; Do Mérito segundo o acórdão emanado pelo Conselho de Contribuintes, SUS é competente para emissão de laudo médico oficial e se a patologia é atestada por manifestações médicas, inclusive por órgão oficial municipal, incabível a tributação dos proventos de aposentadoria, falecendo competência à autoridade tributária para questionar quanto às formal idades de atestados, pareceres e diagnósticos médicos; segundo processo de consulta, não existe nenhuma preferência à obrigatoriedade de vinculação entre a fonte pagadora dos rendimentos e a instituição pública emitente do laudo pericial. Ao final, requer o reconhecimento do direito, o expurgo do processo do ofício S7/2009/GPE/ASS, a retificação do Parecer Médico Pericial n° 09510 no tocante à data de início e o processamento dos créditos apurados nas declarações retificadoras. A 5ª Turma de Julgamento da DRJBHE (MG), por unanimidade de votos, julgou improcedente a manifestação de inconformidade, em decisão consubstanciada no Acórdão n° 0228.645, de 17 de setembro de 2010. A decisão rejeitou a pretensão do contribuinte com a seguinte motivação (fls. 78, 79 e 81): Compulsando os autos, verificase que o contribuinte protocolizou pedido de restituição relativo à retenção incidente sobre o 13° salário dos anoscalendário 2005 a 2007 em 12/09/2009, tendo acostado aos autos documentos de fls. 05 a 22, entre estes, laudo médico com carimbo "C.S Tia Amância", que consigna que o contribuinte é portador de moléstia grave desde outubro de 2003 por tempo indeterminado, fl. 05. A fiscalização, por meio do ofício n° 514/2009 /DRF /BHE /SEFIS /EQU1MALHA, solicitou à fonte pagadora dos proventos de aposentaria do contribuinte, no caso, Assembléia Legislativa de Minas Gerais, pronunciamento a respeito de sua isenção de imposto de renda por ser portador de moléstia grave. Esta se manifestou, por meio do oficio nºt 87/2009/GPE/ASS, fl. 35, tendo declarado que consta nos assentamentos funcionais do contribuinte laudo médico para fins de isenção de imposto de renda emitido pela Coordenação de Saúde e Assistência da Casa, com validade para o período de 30/07/2007 a 29/07/2012. Em face da divergência entre o laudo médico de fl. 05 com as informações prestadas pela diretoria de recursos humanos da Assembléia Legislativa de Minas Gerais, foi solicitado Fl. 138DF CARF MF Impresso em 18/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 03/07/2012 por GIOVANNI CHRISTIAN NUNES CAMPOS, Assinado digitalmente em 03/07/2012 por GIOVANNI CHRISTIAN NUNES CAMPOS 4 pronunciamento da Junta Médica do Ministério da Fazenda em Minas Gerais, fl. 36. Esta exarou o Parecer n° 09510. à fl. 41, após avaliação pericial em domicílio em 09/03/2Q10 e análise documental de interesse para o exame médico pericial. no_qual conclui ser o interessado portador de moléstia grave prevista em lei, definitivamente, a partir de julho de 2007. Ressaltese que a Junta Médica, para emitir o Parecer n° 095 10, analisou documentação de interesse para o exame medico pericial e fez avaliação pericial no domicílio do contribuinte. (...) Da análise dos documentos supratranscritos, inferese que a Junta Médica do Ministério da Fazenda em Minas Gerais, mediante o Parecer n° 09510, e a Coordenação de Saúde e Assistência da Assembléia Legislativa de Minas Gerais, mediante laudo médico, constataram que o diagnóstico de adenocarcinoma acinar invasivo da próstata se deu com o exame anatomopatológico datado de 26/07/2007, fl. 75. Anteriormente a este, havia hipóteses de diagnóstico e o reconhecimento inequívoco da doença, neoplasia maligna, somente ocorreu com base no referido exame. Assim, não há como considerar para fins de concessão da isenção data anterior a do exame anatomopatológico de fl. 75. Observese que o próprio centro médico no qual o contribuinte realizou a medição de PSA, no caso Instituto Hermes Pardini, consignou nos documentos de fls. 72 a 74, em parte acima transcritos, que o exame, de forma isolada, não permite o diagnóstico de neoplasia benigna. Assim sendo, acatase o Parecer da Junta Médica, com fulcro no art. 29 do Decreto nº 70.235, de 06 de março de 1972. (grifos do original) O contribuinte foi intimado da decisão a quo em 07/10/2010 (fl. 82). Irresignado, interpôs recurso voluntário em 05/11/2010. No voluntário, o recorrente alega, em síntese, que: I. preliminarmente, os profissionais de hospitais vinculado ao SUS têm competência para expedir laudo pericial para fins de isenção do imposto de renda, conforme jurisprudência desse CARF, hipótese que se aplica ao presente processo, com Laudo proveniente de profissional vinculado ao Centro de Saúde Tia Amância, pois, “Segundo a Lei Municipal n.° 8.425 , de 05 de agosto de 2002, o Centro de Saúde Tia Amância é unidade municipal subordinada à Secretaria Municipal de Saúde, por meio do Distrito Sanitário CentroSul, sendo portanto, incontestavelmente, competente para emissão do laudo medico”; II. considerou como início da moléstia o mês de outubro de 2003, a partir de alterações do PSA, como se vê pelos exames acostados aos autos, atestado pelo Laudo acima referido, sendo certo que, “... Independente de observação pelo Instituto Hermes Pardini, aposta em medição de PSA, informando que somente um único resultado, de Fl. 139DF CARF MF Impresso em 18/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 03/07/2012 por GIOVANNI CHRISTIAN NUNES CAMPOS, Assinado digitalmente em 03/07/2012 por GIOVANNI CHRISTIAN NUNES CAMPOS Processo nº 15504.015542/200920 Acórdão n.º 210202.144 S2C1T2 Fl. 3 5 forma isolada, não permite o diagnóstico de neoplasia maligna, os exames sucessivos, realizados com pouco espaçamento, permitiram à perita concluir, pelo desenrolar da doença e o sequenciamento dos resultados, que o início da patologia se deu em outubro de 2003, conforme laudo. Reforça e embasa o diagnóstico expedido pelo Centro de Saúde Tia Amância PBH, o fato de estar o contribuinte, ainda, em estado terminal, motivado por metástases múltiplas que atacaram os ossos, a bexiga, e por quatro vezes o crânio, o que pode ser constatado na documentação apensa ao presente”; III. não há gradação entre os laudos médicos emitidos pelas diferentes esferas da administração, sendo que o laudo do SUS somente poderia ser contestado com decisão fundamentada, que levassem a concluir pela imprestabilidade dele. Por tudo, o recorrente pede o reconhecimento da moléstia grave desde outubro de 2003, procedendose o cancelamento da exigência tributária, autorizando o crédito das restituições, conforme as declarações de rendimentos retificadoras apresentadas. É o relatório. Voto Conselheiro Giovanni Christian Nunes Campos, Relator Declarase a tempestividade do apelo, já que o contribuinte foi intimado da decisão recorrida em 07/10/2010 (fl. 82), quintafeira, e interpôs o recurso voluntário em 05/11/2010, dentro do trintídio legal, este que teve seu termo final em 08/11/2010, segunda feira. Dessa forma, atendidos os demais requisitos legais, passase a apreciar o apelo, como discriminado no relatório. Antes de tudo, encontramse em debate nestes autos apenas as restituições do IRRF sobre o 13º salário, conforme pedido de restituição de fl. 01, não sendo objeto de apreciação qualquer controvérsia sobre as restituições decorrentes das declarações de ajuste anual DIRPF retificadoras, até porque o IRRF incidente sobre o 13º salário não é objeto de ajuste na DIRPF, ou seja, eventual restituição de IRRF incidente sobre o 13º salário somente pode ser restituído por fora da DIRPF, via processo administrativo, como neste caso, ou mais recentemente via Pedido Eletrônico de Restituição. Dessa forma, como já dissera a decisão recorrida, o pedido para que sejam processadas as declarações retificadoras mostrase estranho à presente lide, esta que trata apenas do pedido de restituição do imposto retido incidente sobre o 13º salário referente aos anoscalendário de 2005 a 2007. Fl. 140DF CARF MF Impresso em 18/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 03/07/2012 por GIOVANNI CHRISTIAN NUNES CAMPOS, Assinado digitalmente em 03/07/2012 por GIOVANNI CHRISTIAN NUNES CAMPOS 6 Assim, todo o cerne da controvérsia resumese a definir a data em que o contribuinte passou a ser portador da moléstia especificada em Lei para fazer jus à isenção do imposto de renda. Pelo que se vê pelo Laudo emitido por profissional médico do Centro de Saúde Tia Amância, datado de 30 de abril de 2009, o recorrente seria portador da doença grave desde outubro de 2003 (fl. 112). De outra banda, a fonte responsável pelo pagamento dos proventos do contribuinte, a Assembléia Legislativa de Minas Gerais, informou que o laudo médico para fins de isenção do imposto de renda fora emitido pela Coordenação de Saúde e Assistência dessa Casa Parlamentar, com validade para o período de 30/07/2007 a 29/07/2012 (fl. 35). Para solucionar a contradição acima, a autoridade da DRFBBelo Horizonte solicitou parecer da Junta Médica do Ministério da Fazenda em Minas Gerais, que, após avaliação pericial em domicílio (em 09/03/2010) e análise documental, concluiu que o recorrente preencheria os critérios para enquadramento do benefício pleiteado a partir de julho de 2007 (fl. 41). Com o quadro acima, à luz da divergência original nas instâncias médicas, parece claro que houve um pronunciamento unificador, a partir do Laudo da Junta Médica do Ministério da Fazenda, definindo a data para gozo do benefício a partir de julho de 2007. Devese ficar claro que esta instância julgadora administrativa pode e deve solucionar o litígio a partir dos laudos médicos juntados aos autos, não ficando adstrita a qualquer dos laudos, pois é cediço que o julgador não se vincula, de forma absoluta, a qualquer laudo pericial, devendo apenas fundamentar adequadamente sua decisão. Obviamente que havendo laudo pericial, não se convencendo o julgador do acerto dele, deve submeter o caso a nova perícia, pois não parece razoável que o julgador, que não é perito, possa arrostar um laudo de profissional competente. Porém, havendo laudos díspares no processo, à luz das demais provas juntadas aos autos, pode o julgador solucionar diretamente a lide. Voltando a estes autos, parece claro que o contribuinte logrou somente demonstrar alterações de exame PSA a partir de 2003, o que não é suficiente por si só para afirmar a existência de um carcinoma (neoplasia maligna), como inclusive anotado nos exames médicos. Certamente, não por outro motivo, o contribuinte somente teve o reconhecimento da moléstia grave por parte de sua fonte pagadora a partir de julho de 2007, a partir da biópsia de sua próstata, quando se identificou um adenocarcinoma acinar invasivo da próstata Na linha acima, as demais provas dos autos indicam o acerto do Laudo Pericial da Junta Médica do Ministério da Fazenda, que solucionou a divergência no âmbito da instância médica, indicando que o contribuinte seria portador da moléstia grave a partir de julho de 2007. Com as considerações, voto no sentido de NEGAR provimento ao recurso. Assinado digitalmente Giovanni Christian Nunes Campos Fl. 141DF CARF MF Impresso em 18/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 03/07/2012 por GIOVANNI CHRISTIAN NUNES CAMPOS, Assinado digitalmente em 03/07/2012 por GIOVANNI CHRISTIAN NUNES CAMPOS Processo nº 15504.015542/200920 Acórdão n.º 210202.144 S2C1T2 Fl. 4 7 Fl. 142DF CARF MF Impresso em 18/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 03/07/2012 por GIOVANNI CHRISTIAN NUNES CAMPOS, Assinado digitalmente em 03/07/2012 por GIOVANNI CHRISTIAN NUNES CAMPOS
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Numero do processo: 10907.000679/2005-08
Turma: Primeira Turma Ordinária da Primeira Câmara da Terceira Seção
Câmara: Primeira Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Thu Feb 28 00:00:00 UTC 2013
Data da publicação: Wed Apr 17 00:00:00 UTC 2013
Ementa: Assunto: Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI
Período de apuração: 01/03/2002 a 10/03/2002
ISENÇÃO. TÁXI. ALIENAÇÃO. PRAZO. EFEITOS.
A alienação do veículo destinado a taxista, adquirido com isenção de IPI, antes de três anos contados da data de sua aquisição, acarretará o pagamento pelo alienante do tributo dispensado, atualizado na forma da legislação tributária.
Numero da decisão: 3101-001.346
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade, em negar provimento ao recurso voluntário.
Henrique Pinheiro Torres - Presidente.
Corintho Oliveira Machado - Relator.
EDITADO EM: 19/03/2012
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Corintho Oliveira Machado, Valdete Aparecida Marinheiro, Rodrigo Marinheiro Fernandes, Leonardo Mussi da Silva, Luiz Roberto Domingo e Henrique Pinheiro Torres.
Nome do relator: CORINTHO OLIVEIRA MACHADO
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ementa_s : Assunto: Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI Período de apuração: 01/03/2002 a 10/03/2002 ISENÇÃO. TÁXI. ALIENAÇÃO. PRAZO. EFEITOS. A alienação do veículo destinado a taxista, adquirido com isenção de IPI, antes de três anos contados da data de sua aquisição, acarretará o pagamento pelo alienante do tributo dispensado, atualizado na forma da legislação tributária.
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TÁXI. ALIENAÇÃO. PRAZO. EFEITOS. A alienação do veículo destinado a taxista, adquirido com isenção de IPI, antes de três anos contados da data de sua aquisição, acarretará o pagamento pelo alienante do tributo dispensado, atualizado na forma da legislação tributária. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade, em negar provimento ao recurso voluntário. Henrique Pinheiro Torres Presidente. Corintho Oliveira Machado Relator. EDITADO EM: 19/03/2012 Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Corintho Oliveira Machado, Valdete Aparecida Marinheiro, Rodrigo Marinheiro Fernandes, Leonardo Mussi da Silva, Luiz Roberto Domingo e Henrique Pinheiro Torres. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 90 7. 00 06 79 /2 00 5- 08 Fl. 56DF CARF MF Impresso em 17/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 28/03/2013 por CORINTHO OLIVEIRA MACHADO, Assinado digitalmente em 28/03 /2013 por CORINTHO OLIVEIRA MACHADO, Assinado digitalmente em 11/04/2013 por HENRIQUE PINHEIRO TORRE S 2 Relatório Adoto o relato do órgão julgador de primeiro grau até aquela fase: O processo epigrafado foi inaugurado para recepcionar auto de infração relativo ao Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI (fls. 18/22) que se prestou a constituir crédito tributário devido em face de constatação de infração à legislação tributária, descrita no lançamento nos seguintes termos: 001 PRODUTO SAÍDO DO ESTABELECIMENTO INDUSTRIAL OU EQUIPARADO A INDUSTRIAL COM EMISSÃO DE NOTA FISCAL. DESCUMPRIMENTO DAS CONDIÇÕES DA ISENÇÃO PELO RECEBEDOR DO PRODUTO. Alienação de veiculo adquirido com isenção para taxistas antes de três anos da sua aquisição, sem a autorização da unidade da SRF. Automóvel GM/ASTRA GL SEDAN 1.8 L, 110 CV, 5 passageiros, 4 portas, adquirido em 19/03/2002 e alienado em 31/01/2005, conforme Nota Fiscal e Certificado de Registro de Veiculo anexados ao processo do auto de infração. O crédito tributário exigido foi composto dos seguintes montantes: COMPONENTES DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO VALOR (R$) IMPOSTO 4.503,18 JUROS DE MORA 2.360,11 MULTA PROPORCIONAL 3.377,38 VALOR DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO APURADO 10.240,67 O sujeito passivo foi pessoalmente cientificado do lançamento por meio de correspondência enviada pelos Correios com Aviso de Recebimento (AR), recebida em 31/03/2005 (fl. 25), tendo apresentado sua impugnação em 02/05/2005 (uma segunda feira), conforme peça de fls. 27/28 (e anexos), firmada por procurador regularmente estabelecido (fl. 29), por meio da qual aduziu que “alienara o veiculo em questão, desonerandoa de todos os encargos fiscais que gravavam o referido bem, como faz prova a cópia do certificado em apenso, cujo registro ocorreu em 20/03/2005, ocasião em que a postulante promovera sua efetiva tradição ao adquirente”, não obstante “a autorização para transferência do veículo tivesse sido preenchida em 31/01/2005”. Asseverou, ademais, que “no Brasil, a transmissão de bens móveis, dos quais o veículo é uma de suas espécies, só se legitima através da entrega da coisa ao adquirente, ou seja, com a tradição”, conforme entendimento pacífico da “doutrina pátria” (citação). E assim está disposto no art. 1.267 do novo Código Civil brasileiro (Lei nº 10.406/2002). Concluiu requerendo o cancelamento do lançamento, uma vez que “o ato que consumou a alienação do veículo objeto do presente procedimento fiscal ao seu adquirente” (tradição), só Fl. 57DF CARF MF Impresso em 17/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 28/03/2013 por CORINTHO OLIVEIRA MACHADO, Assinado digitalmente em 28/03 /2013 por CORINTHO OLIVEIRA MACHADO, Assinado digitalmente em 11/04/2013 por HENRIQUE PINHEIRO TORRE S Processo nº 10907.000679/200508 Acórdão n.º 3101001.346 S3C1T1 Fl. 3 3 ocorreu quando já transcorrido o prazo de três anos previstos na lei de regência para a não incidência do imposto na operação. A DRJ em RIBEIRÃO PRETO/SP julgou a impugnação improcedente, ficando a ementa do acórdão com a seguinte dicção: Assunto: Imposto sobre Produtos Industrializados IPI Período de apuração: 01/03/2002 a 10/03/2002 ISENÇÃO. TÁXI. ALIENAÇÃO. PRAZO. EFEITOS. A alienação do veículo destinado a taxista, adquirido com isenção de IPI, antes de três anos contados da data de sua aquisição, acarretará o pagamento pelo alienante do tributo dispensado, atualizado na forma da legislação tributária. Assunto: Normas Gerais de Direito Tributário Período de apuração: 01/03/2002 a 10/03/2002 PRINCÍPIOS GERAIS DE DIREITO PRIVADO. EFEITOS TRIBUTÁRIOS. Os princípios gerais de direito privado utilizamse para pesquisa da definição, do conteúdo e do alcance de seus institutos, conceitos e formas, mas não para definição dos respectivos efeitos tributários. Impugnação Improcedente. Crédito Tributário Mantido. Discordando da decisão de primeira instância, a interessada apresentou recurso voluntário, no qual reprisa os argumentos esgrimidos na peça vestibular de defesa e ao final requer a reforma do acórdão a quo, para que seja cancelado o auto de infração. Ato seguido, a Repartição de origem encaminhou os presentes autos para apreciação do órgão julgador de segundo grau. Relatados, passo a votar. Fl. 58DF CARF MF Impresso em 17/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 28/03/2013 por CORINTHO OLIVEIRA MACHADO, Assinado digitalmente em 28/03 /2013 por CORINTHO OLIVEIRA MACHADO, Assinado digitalmente em 11/04/2013 por HENRIQUE PINHEIRO TORRE S 4 Voto Conselheiro Corintho Oliveira Machado, Relator O recurso voluntário é tempestivo, e considerando o preenchimento dos requisitos de sua admissibilidade, merece ser apreciado. Nada de novo veio aos autos, bem por isso não devo alongar na fundamentação deste voto, que somente deve sufragar o quanto decidido pela órgão judicante de primeira instância: Consta dos autos que o sujeito passivo teve deferido seu pedido de isenção de IPI na aquisição de veículo destinado ao uso na atividade de taxista em 01/03/2002 (fls. 04/06). De posse dessa autorização, adquiriu o veículo GM/ASTRA GL SEDAN 1.8L, em 19/03/2002, como fazem prova os documentos de fls. 13/14. Naquela época, encontravase em vigor a Instrução Normativa (IN) SRF nº 31, de 2000, que fundamentou o deferimento do pedido, cujo artigo 9º normatizava a questão ora litigada, verbis: Art. 9o A alienação de veículo adquirido com o benefício de que trata esta Instrução Normativa, efetuada antes de três anos da sua aquisição, dependerá de autorização da Secretaria da Receita Federal, que somente a concederá se comprovado que a transferência será feita para pessoa que satisfaça os requisitos estabelecidos neste ato, ou que foram cumpridas as obrigações a que se refere o inciso II do § 1o. (...) § 3o A alienação do veículo adquirido com isenção do IPI, sem prévia autorização da SRF, antes de transcorridos três anos da sua aquisição, ainda que efetuada a pessoa que satisfaça os requisitos necessários à fruição do benefício, implica a perda do direito à isenção. (...) E ao tempo da alienação do veículo de que trata o caso sub analisis, vigorava a Instrução Normativa (IN) SRF nº 353, de 2003, que continha os mesmos dispositivos normativos recém transcritos. Não há dúvidas na espécie de que a alienação do veículo tratado nos autos deuse por ocasião do preenchimento, pelo sujeito passivo, da Autorização para Transferência de Veículo (recibo de venda), ocorrida em 31/01/2005. A própria impugnante anexou ao recurso uma cópia desse documento (fl. 34), que já havia sido acostado aos autos pela autoridade fiscal (fl. 08). Fl. 59DF CARF MF Impresso em 17/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 28/03/2013 por CORINTHO OLIVEIRA MACHADO, Assinado digitalmente em 28/03 /2013 por CORINTHO OLIVEIRA MACHADO, Assinado digitalmente em 11/04/2013 por HENRIQUE PINHEIRO TORRE S Processo nº 10907.000679/200508 Acórdão n.º 3101001.346 S3C1T1 Fl. 4 5 O fato de o Certificado de Registro de Veículo (CRV) ter sido emitido em nome do novo adquirente (fl. 35) apenas em 20/03/2005, ao contrário do alegado no recurso, não tem o condão de transferir a data de alienação do bem, a qual, como dito, ocorreu em 31/01/2005. A expedição do novo CRV é ato que se processa após a alienação, de responsabilidade do novo proprietário (o que pode não ocorrer, não obstante a alienação ter ocorrido), o qual inclusive tem prazo de 30 dias para tomar as providências de atualização cadastral junto ao Órgão de Trânsito (Detran), ex vi do disposto no art. 123, § 1º, da Lei nº 9.503, de 2007, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro, verbis: Art. 123. Será obrigatória a expedição de novo Certificado de Registro de Veículo quando: I for transferida a propriedade; (...) § 1º No caso de transferência de propriedade, o prazo para o proprietário adotar as providências necessárias à efetivação da expedição do novo Certificado de Registro de Veículo é de trinta dias, sendo que nos demais casos as providências deverão ser imediatas. Demais disso, a alegação da impugnante no sentido de que a tradição (entrega) do bem só ocorreu na oportunidade da atualização do registro no Detran, além de ferir o bom senso (já que a praxe é a emissão do recibo de venda no momento da entrega do bem), não vem acompanhada de qualquer prova. E, como diz a hermenêutica jurídica, alegar e não provar é o mesmo que não provar. Ante o exposto, voto por DESPROVER o recurso voluntário, prejudicados os demais argumentos. Sala das Sessões, em 28 de fevereiro de 2013. CORINTHO OLIVEIRA MACHADO Fl. 60DF CARF MF Impresso em 17/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 28/03/2013 por CORINTHO OLIVEIRA MACHADO, Assinado digitalmente em 28/03 /2013 por CORINTHO OLIVEIRA MACHADO, Assinado digitalmente em 11/04/2013 por HENRIQUE PINHEIRO TORRE S 6 Fl. 61DF CARF MF Impresso em 17/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 28/03/2013 por CORINTHO OLIVEIRA MACHADO, Assinado digitalmente em 28/03 /2013 por CORINTHO OLIVEIRA MACHADO, Assinado digitalmente em 11/04/2013 por HENRIQUE PINHEIRO TORRE S
score : 1.0
Numero do processo: 11516.002267/2010-28
Turma: Terceira Turma Especial da Segunda Seção
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Wed Feb 20 00:00:00 UTC 2013
Data da publicação: Thu Mar 14 00:00:00 UTC 2013
Ementa: Assunto: Obrigações Acessórias
Data do fato gerador: 08/07/2010
LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA. INFRAÇÃO. GFIP. APRESENTAÇÃO COM INFORMAÇÕES INCORRETAS OU OMISSAS.
Apresentar a empresa GFIP com informações incorretas ou omissas constitui infração à legislação previdenciária, conforme previsto na Lei n. 8.212, de 24.07.91, art. 32 -A, inciso II , acrescentado pela MP n. 449, de 04.12.2008.
Recurso Voluntário Negado
Numero da decisão: 2803-002.103
Decisão:
Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso, nos termos do voto do(a) relator(a).
assinado digitalmente
Helton Carlos Praia de Lima - Presidente.
assinado digitalmente
Oséas Coimbra - Relator.
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Helton Carlos Praia de Lima, Oséas Coimbra Júnior, Eduardo de Oliveira, Gustavo Vettorato, Amílcar Barca Teixeira Júnior e Natanael Vieira dos Santos.
Nome do relator: OSEAS COIMBRA JUNIOR
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ementa_s : Assunto: Obrigações Acessórias Data do fato gerador: 08/07/2010 LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA. INFRAÇÃO. GFIP. APRESENTAÇÃO COM INFORMAÇÕES INCORRETAS OU OMISSAS. Apresentar a empresa GFIP com informações incorretas ou omissas constitui infração à legislação previdenciária, conforme previsto na Lei n. 8.212, de 24.07.91, art. 32 -A, inciso II , acrescentado pela MP n. 449, de 04.12.2008. Recurso Voluntário Negado
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decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso, nos termos do voto do(a) relator(a). assinado digitalmente Helton Carlos Praia de Lima - Presidente. assinado digitalmente Oséas Coimbra - Relator. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Helton Carlos Praia de Lima, Oséas Coimbra Júnior, Eduardo de Oliveira, Gustavo Vettorato, Amílcar Barca Teixeira Júnior e Natanael Vieira dos Santos.
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Obrigação Acessória Recorrente DÍGITRO TECNOLOGIA LTDA Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS Data do fato gerador: 08/07/2010 LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA. INFRAÇÃO. GFIP. APRESENTAÇÃO COM INFORMAÇÕES INCORRETAS OU OMISSAS. Apresentar a empresa GFIP com informações incorretas ou omissas constitui infração à legislação previdenciária, conforme previsto na Lei n. 8.212, de 24.07.91, art. 32 A, inciso II , acrescentado pela MP n. 449, de 04.12.2008. Recurso Voluntário Negado Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso, nos termos do voto do(a) relator(a). assinado digitalmente Helton Carlos Praia de Lima Presidente. assinado digitalmente Oséas Coimbra Relator. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 11 51 6. 00 22 67 /2 01 0- 28 Fl. 281DF CARF MF Impresso em 15/03/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 21/02/2013 por OSEAS COIMBRA JUNIOR, Assinado digitalmente em 26/02/2013 por HELTON CARLOS PRAIA DE LIMA, Assinado digitalmente em 21/02/2013 por OSEAS COIMBRA JUNIOR Processo nº 11516.002267/201028 Acórdão n.º 2803002.103 S2TE03 Fl. 3 2 Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Helton Carlos Praia de Lima, Oséas Coimbra Júnior, Eduardo de Oliveira, Gustavo Vettorato, Amílcar Barca Teixeira Júnior e Natanael Vieira dos Santos. Fl. 282DF CARF MF Impresso em 15/03/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 21/02/2013 por OSEAS COIMBRA JUNIOR, Assinado digitalmente em 26/02/2013 por HELTON CARLOS PRAIA DE LIMA, Assinado digitalmente em 21/02/2013 por OSEAS COIMBRA JUNIOR Processo nº 11516.002267/201028 Acórdão n.º 2803002.103 S2TE03 Fl. 4 3 Relatório A empresa foi autuada por descumprimento da legislação previdenciária, por não ter informado em GFIP Guia de Recolhimento do FGTS e de Informações à Previdência Social as remunerações pagas aos segurados empregados por intermédio do salário indireto "assistência médica" (Plano de Saúde Unimed Dependentes) no mês de 11/2008 e os valores pagos a cooperativa de trabalho nos meses de 02 a 06, 08, 09 e 12/2007. O r. acórdão – fls 265 e ss, conclui pela improcedência da impugnação apresentada, mantendo o Auto lavrado. Inconformada com a decisão, apresenta recurso voluntário tempestivo, alegando, na parte que interessa, o seguinte: · A decisão recorrida considera que a extensão do plano de saúde aos dependentes cabe nos estritos limites da 'isenção' prevista no art. 28, §9°, 'q' da Lei 8.212 e que, por se tratar de benefício (utilidade), deve integrar o salário de contribuição. O raciocínio merece reforma. A uma, porque parece impossível estabelecer um conceito de salário utilidade ou indireto para efeito trabalhista e outro para efeito tributário, estabelecendo assim tratamento diverso para o mesmo fato jurídico. A duas, porque o art. 28, §9°, 'q' da Lei 8.212 não trata de isenção fiscal a ser interpretada restritivamente. · A hipótese do §9° do art. 28 da Lei 8.212 não prevê a exclusão do crédito tributário pela inexigibilidade da contribuição. Absolutamente. A declaração da lei de que "não integram o salário de contribuição" repercute sobre a hipótese de incidência do tributo que deixa de existir e não apenas de ser exigível. · Podese afirmar que a 'isenção' se aplica ao valor da assistência médica conveniada, não existindo na literalidade Lei nenhuma limitação da isenção ao valor do plano do empregado ou dirigente ou exclusão do valor dos dependentes. · Requer o provimento do recurso para anular o auto de infração É o relatório. Fl. 283DF CARF MF Impresso em 15/03/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 21/02/2013 por OSEAS COIMBRA JUNIOR, Assinado digitalmente em 26/02/2013 por HELTON CARLOS PRAIA DE LIMA, Assinado digitalmente em 21/02/2013 por OSEAS COIMBRA JUNIOR Processo nº 11516.002267/201028 Acórdão n.º 2803002.103 S2TE03 Fl. 5 4 Voto Conselheiro Oséas Coimbra O recurso voluntário é tempestivo, e considerando o preenchimento dos demais requisitos de sua admissibilidade, merece ser apreciado. DO PAGAMENTO DOS PLANOS DE SAÚDE DOS DEPENDENTES DOS EMPREGADOS Tratase a decidir se a legislação em regência determina que a assistência médica oferecida aos dependentes dos empregados se configura ou não como salário de contribuição. Vejamos a legislação que trata o tema: Lei 8 212/1991 An 28. Entendese por saláriodecontribuição: I para o empregado e trabalhador avulso: a remuneração auferida em uma ou mais empresas, assim entendida a totalidade dos rendimentos pagos, devidos o creditados a qualquer titulo, durante o mês, destinados a retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua forma, inclusive as gorjetas, os ganhos habituais sob a forma de utilidades e os adiantamentos decorrentes de reajuste salarial, quer pelos serviços efetivamente prestados, quer pelo tempo à disposição do empregador ou tomador de serviços nos termos da lei ou do contrato ou, ainda, de convenção ou acordo coletivo de trabalho ou sentença normativa; (Redação dada pela Lei n' 9.528, de 10/12/97) ... §9º Não integram o saláriodecontribuição para os fins desta Lei, exclusivamente: (Redação dada pela Lei n°9.528, de 10/12/97) ... q) o valor relativo à assistência prestada por serviço médico ou odontológico, próprio da empresa ou por ela conveniado, inclusive o reembolso de despesas com medicamentos, óculos, aparelhos ortopédicos, despesas médicohospitalares e outras similares, desde que a cobertura abranja a totalidade dos empregados e dirigentes da empresa; (Incluído pela Lei n • 9.528, de 10/12197) Fl. 284DF CARF MF Impresso em 15/03/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 21/02/2013 por OSEAS COIMBRA JUNIOR, Assinado digitalmente em 26/02/2013 por HELTON CARLOS PRAIA DE LIMA, Assinado digitalmente em 21/02/2013 por OSEAS COIMBRA JUNIOR Processo nº 11516.002267/201028 Acórdão n.º 2803002.103 S2TE03 Fl. 6 5 No caso presente, temos que o pagamento de planos de saúde dos dependentes dos empregados não se encontra albergado na exceção legal, configurandose como salário de contribuição. Os referidos pagamentos a desdúvida representam benefício financeiro aos segurados, os quais não necessitam de efetuar desembolsos para a cobertura de seus dependentes e são pagos em razão do vínculo empregatício existente, amoldandose no conceito trazido no art. 28,I da lei 8.212/91. Dessa feita, os valores pagos a título de assistência médica oferecida aos dependentes dos empregados se constituem como salário de contribuição, de obrigatória declaração em GFIP Guia de Recolhimento do FGTS e de Informações à Previdência Social. A ausência de declaração dos valores mencionados informa a procedência da autuação. CONCLUSÃO Pelo exposto, voto por conhecer do recurso e, no mérito, negolhe provimento. assinado digitalmente Oséas Coimbra Relator. Fl. 285DF CARF MF Impresso em 15/03/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 21/02/2013 por OSEAS COIMBRA JUNIOR, Assinado digitalmente em 26/02/2013 por HELTON CARLOS PRAIA DE LIMA, Assinado digitalmente em 21/02/2013 por OSEAS COIMBRA JUNIOR
score : 1.0
Numero do processo: 10730.004459/2007-76
Turma: Segunda Turma Ordinária da Primeira Câmara da Segunda Seção
Câmara: Primeira Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Wed May 16 00:00:00 UTC 2012
Ementa: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA FÍSICA IRPF
Exercício: 2005
IRPF. ISENÇÃO. MOLÉSTIA GRAVE. RENDIMENTOS DE APOSENTADORIA.
Comprovada através
de documentação hábil e idônea trazida aos autos a
existência da moléstia grave devidamente prevista em lei, e restando comprovado que os rendimentos cuja omissão foi imputada ao contribuinte eram rendimentos de aposentadoria, é de se reconhecer a isenção pretendida.
Numero da decisão: 2102-002.040
Decisão: Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em DAR provimento ao recurso. Ausente justificadamente o Conselheiro Atilio Pitarelli.
Nome do relator: ROBERTA DE AZEREDO FERREIRA PAGETTI
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ementa_s : IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA FÍSICA IRPF Exercício: 2005 IRPF. ISENÇÃO. MOLÉSTIA GRAVE. RENDIMENTOS DE APOSENTADORIA. Comprovada através de documentação hábil e idônea trazida aos autos a existência da moléstia grave devidamente prevista em lei, e restando comprovado que os rendimentos cuja omissão foi imputada ao contribuinte eram rendimentos de aposentadoria, é de se reconhecer a isenção pretendida.
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ISENÇÃO. MOLÉSTIA GRAVE. RENDIMENTOS DE APOSENTADORIA. Comprovada através de documentação hábil e idônea trazida aos autos a existência da moléstia grave devidamente prevista em lei, e restando comprovado que os rendimentos cuja omissão foi imputada ao contribuinte eram rendimentos de aposentadoria, é de se reconhecer a isenção pretendida. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em DAR provimento ao recurso. Ausente justificadamente o Conselheiro Atilio Pitarelli. Assinado Digitalmente Giovanni Christian Nunes Campos Presidente Assinado Digitalmente Roberta de Azeredo Ferreira Pagetti Relatora EDITADO EM: 16/05/2012 Participaram, ainda, do presente julgamento, os Conselheiros Giovanni Christian Nunes Campos (Presidente), Rubens Mauricio Carvalho, Nubia Matos Moura, Roberta de Azeredo Ferreira Pagetti e Carlos André Rodrigues Pereira. Fl. 92DF CARF MF Impresso em 17/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 13/06/2012 por ROBERTA DE AZEREDO FERREIRA PAGETTI, Assinado digitalment e em 13/06/2012 por ROBERTA DE AZEREDO FERREIRA PAGETTI, Assinado digitalmente em 13/06/2012 por GIO VANNI CHRISTIAN NUNES CAMPOS 2 Relatório Em face do contribuinte acima identificado foi lavrada a Notificação de Lançamento de fls. 10/12 para exigência de IRPF em razão da omissão de rendimentos totais de R$ 25.996,81 recebidos de pessoas jurídicas no Exercício 2005. Cientificado do lançamento, o contribuinte apresentou a Solicitação de Revisão do Lançamento – SRL de fls. 01, por meio da qual informou ser portador de tetraplegia, razão pela qual deveria ser revisto o lançamento. A SRL foi indeferida através da decisão de fls. 18, que assim foi fundamentada: Tendo em vista que o interessado não apresentou laudo pericial emitido por serviço médico oficial da Unido, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, reconhecendo a doença prevista na lei 7713, de 1988, art. 62, inc. XIV, foi rejeitada a SRL. Cientificado o contribuinte de tal decisão, o mesmo apresentou a Impugnação de fls. 23, por meio da qual afirmou que seriam isentos os proventos das suas aposentadorias precoces, provenientes de paralisia irreversível e incapacitante. Afirmou ainda que a paralisia já havia sido reconhecida pelo Hospital das Clinicas do Estado de São Paulo, bem como pela União (INSS) e pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro. Afirmou ainda que sua condição de isento já fora reconhecida para os anos anteriores e posteriores ao aqui discutido, e por isso o lançamento deveria ser revisto. Na análise de suas alegações, os membros da DRJ no Rio de Janeiro decidiram pela manutenção do lançamento, ao entendimento de que não restara comprovada a existência da moléstia grave alegada através de laudo médico. Eis o trecho da decisão que esclarece sua motivação: No caso em análise, cabe destacar que o contribuinte apresentou o laudo médico pericial do Instituto Nacional do Seguro Social, a fl. 47, em que consta que: "...NOTA: Considerandose a Legislação vigente que regulamenta o Sigilo Médico.... a Perícia Médica da Previdência Social considerase impedida de divulgar o CID 10 e/ou diagnóstico do requerente em questão." Acrescentese que a declaração, de fl. 05, emitida pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo do Hospital das Clinicas, a despeito das doenças ali descritas, não comprovou ser o interessado portador de doença especificada em lei como isentiva do pagamento do imposto de renda, conforme prescrito pela legislação de regência acima reproduzida. Não há como interpretar de modo diferente, pois, de acordo com o estabelecido na Lei n° 5.172, de 25 de outubro de 1966 (Código Tributário Nacional), a interpretação da legislação tributaria que disponha sobre outorga de isenção deve ser literal. No que tange a outra condição cumulativa, ou seja, a natureza dos valores recebidos, que devem ser proventos de Fl. 93DF CARF MF Impresso em 17/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 13/06/2012 por ROBERTA DE AZEREDO FERREIRA PAGETTI, Assinado digitalment e em 13/06/2012 por ROBERTA DE AZEREDO FERREIRA PAGETTI, Assinado digitalmente em 13/06/2012 por GIO VANNI CHRISTIAN NUNES CAMPOS Processo nº 10730.004459/200776 Acórdão n.º 210202.040 S2C1T2 Fl. 77 3 aposentadoria ou reforma e pensão, verificase ser o contribuinte aposentado do Instituto Nacional do Seguro Social —INSS desde 01/09/1978, conforme documento de fl. 08, e da Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão, nos termos da fl. 06. O contribuinte teve ciência de tal decisão e contra ela interpôs o Recurso Voluntário de fls. 72/74, por meio do qual alegou ter sido a decisão recorrida contraditória no que diz respeito à imprestabilidade do laudo trazido aos autos, tendo em vista que o mesmo esclarece detalhadamente qual a moléstia da qual padece. Esclareceu ainda que a referida moléstia lhe impede de exercer os atos cotidianos necessários à sobrevivência, e que o julgado recorrido não passava de um emaranhado de transcrições, merecendo ser revisto. Os autos então foram remetidos a este Conselho para julgamento. É o Relatório. Voto Conselheira Roberta de Azeredo Ferreira Pagetti, Relatora O contribuinte teve ciência da decisão recorrida em 20.09.2010, como atesta o AR de fls. 71. O Recurso Voluntário foi interposto em 11.10.2010 (dentro do prazo legal para tanto), e preenche os requisitos legais por isso dele conheço. Conforme relatado, tratase de lançamento para exigência de IRPF em razão de alegada omissão de rendimentos tributáveis recebidos de pessoa jurídica, por parte do contribuinte Recorrente. A decisão recorrida deixou de acolher a Impugnação ofertada, mantendo o lançamento por omissão, ao argumento de que o Recorrente teria deixado de comprovar o preenchimento de um dos requisitos da lei para a fruição da isenção sobre os rendimentos tidos como omitidos, pois não teria comprovado ser portador de moléstia grave, através de laudo pericial. No Recurso Voluntário, o Recorrente reitera que os documentos trazidos por ele comprovam sim a existência da moléstia grave, e que a decisão recorrida estava se baseando na nota de rodapé do laudo apresentado para negar o seu pleito. Sustenta que a moléstia está plenamente demonstrada e que a decisão recorrida estaria sendo contraditória, já que o mesmo laudo que foi considerado imprestável para atestar o seu bom direito também atestava ser ele portador de paralisia incapacitante. Assim, em resumo, a matéria aqui tratada diz respeito ao direito – ou não – do Recorrente de gozar da isenção prevista no art. 6º da Lei nº 7.713/88, cujo inciso XIV assim dispõe (cf. redação atual, que ampliou o rol das moléstias): Art. 6º Ficam isentos do imposto de renda os seguinte rendimentos percebidos por pessoas físicas: Fl. 94DF CARF MF Impresso em 17/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 13/06/2012 por ROBERTA DE AZEREDO FERREIRA PAGETTI, Assinado digitalment e em 13/06/2012 por ROBERTA DE AZEREDO FERREIRA PAGETTI, Assinado digitalmente em 13/06/2012 por GIO VANNI CHRISTIAN NUNES CAMPOS 4 (...) XIV – os proventos de aposentadoria ou reforma motivada por acidente em serviço e os percebidos pelos portadores de moléstia profissional, tuberculose ativa, alienação mental, esclerose múltipla, neoplasia maligna, cegueira, hanseníase, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, hepatopatia grave, estados avançados da doença de Paget (osteíte deformante), contaminação por radiação, síndrome da imunodeficiência adquirida, com base em conclusão da medicina especializada, mesmo que a doença tenha sido contraída depois da aposentadoria ou reforma; (...) (destacamos) Decorre desta norma que todos aqueles que sejam portadores de uma destas moléstias e que, ao mesmo tempo, recebam rendimento de aposentadoria ou pensão, terão o direito à isenção do Imposto de Renda sobre tais rendimentos. Voltando ao caso que ora se examina, o Recorrente trouxe aos autos no intuito de comprovar o seu direito à mencionada isenção – os documentos de fls. 47 (laudo emitido pelo INSS), bem como de fls. 05 (declaração de Hospital das Clínicas em São Paulo, descrevendo os procedimentos médicos pelos quais se submeteu, e atestando que o mesmo saíra do hospital com tetraplegia). Com base nestes documentos, é inquestionável o fato de que o Recorrente é portador de paralisia incapacitante, patologia que, como visto acima, está entre aquelas previstas na lei como passíveis de isenção. Aliás, ainda que os referidos documentos não atestassem a paralisia incapacitante da qual padece o Recorrente, ela pode ser corroborada pelo fato de que o mesmo foi aposentado por invalidez, conforme documento de fls. 08. Por tudo isso, merece reforma o entendimento esposado na decisão recorrida, no sentido de que o referido documento (laudo de fls. 47) não seria hábil à comprovação de que o Recorrente fosse portador da moléstia grave alegada. Comprovada a moléstia grave, restaria ainda analisar se o Recorrente preenche o segundo requisito legal para que possa fruir da isenção pretendida. Tratase da comprovação de que os rendimentos em questão são decorrentes de aposentadoria. Neste ponto, porém, a própria decisão recorrida já o reconheceu, razão pela qual há que ser reconhecida a isenção aqui pleiteada, nos termos do disposto no inciso XIV do art. 6º da Lei nº 7.713/88. Diante do exposto, VOTO no sentido de DAR provimento ao Recurso. Assinado Digitalmente Roberta de Azeredo Ferreira Pagetti Fl. 95DF CARF MF Impresso em 17/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 13/06/2012 por ROBERTA DE AZEREDO FERREIRA PAGETTI, Assinado digitalment e em 13/06/2012 por ROBERTA DE AZEREDO FERREIRA PAGETTI, Assinado digitalmente em 13/06/2012 por GIO VANNI CHRISTIAN NUNES CAMPOS Processo nº 10730.004459/200776 Acórdão n.º 210202.040 S2C1T2 Fl. 78 5 Fl. 96DF CARF MF Impresso em 17/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 13/06/2012 por ROBERTA DE AZEREDO FERREIRA PAGETTI, Assinado digitalment e em 13/06/2012 por ROBERTA DE AZEREDO FERREIRA PAGETTI, Assinado digitalmente em 13/06/2012 por GIO VANNI CHRISTIAN NUNES CAMPOS
score : 1.0
Numero do processo: 13830.000289/2009-82
Turma: Segunda Turma Especial da Segunda Seção
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Wed Feb 20 00:00:00 UTC 2013
Data da publicação: Thu Mar 14 00:00:00 UTC 2013
Ementa: Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física - IRPF
Exercício:2007
DEDUÇÕES. DESPESAS MÉDICAS.
É de se admitir as deduções pleiteadas com a observância da legislação tributária e que estejam devidamente comprovadas nos autos.
Recurso Provido.
Numero da decisão: 2802-002.140
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
ACORDAM os membros do Colegiado: por unanimidade de votos DAR PROVIMENTO ao recurso voluntário para restabelecer R$7.000,00 (sete mil reais) de dedução de despesas médicas, nos termos do voto do relator.
(assinado digitalmente)
Jorge Claudio Duarte Cardoso Presidente
(assinado digitalmente)
Dayse Fernandes Leite Relatora
EDITADO EM:26/2/2013
Participaram, do presente julgamento os Conselheiros: Jorge Claudio Duarte Cardoso (Presidente), German Alejandro San Martin Fernandez, Jaci de Assis Junior, Carlos Andre Ribas de Mello, Dayse Fernandes Leite, Julianna Bandeira Toscano.
Nome do relator: DAYSE FERNANDES LEITE
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DESPESAS MÉDICAS. É de se admitir as deduções pleiteadas com a observância da legislação tributária e que estejam devidamente comprovadas nos autos. Recurso Provido. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. ACORDAM os membros do Colegiado: por unanimidade de votos DAR PROVIMENTO ao recurso voluntário para restabelecer R$7.000,00 (sete mil reais) de dedução de despesas médicas, nos termos do voto do relator. (assinado digitalmente) Jorge Claudio Duarte Cardoso –Presidente (assinado digitalmente) Dayse Fernandes Leite – Relatora EDITADO EM:26/2/2013 Participaram, do presente julgamento os Conselheiros: Jorge Claudio Duarte Cardoso (Presidente), German Alejandro San Martin Fernandez, Jaci de Assis Junior, Carlos Andre Ribas de Mello, Dayse Fernandes Leite, Julianna Bandeira Toscano. Relatório AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 13 83 0. 00 02 89 /2 00 9- 82 Fl. 143DF CARF MF Impresso em 15/03/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 26/02/2013 por DAYSE FERNANDES LEITE, Assinado digitalmente em 26/02/201 3 por DAYSE FERNANDES LEITE, Assinado digitalmente em 07/03/2013 por JORGE CLAUDIO DUARTE CARDOSO 2 Tratase de Recurso Voluntário interposto contra acórdão proferido na Primeira instância administrativa, pela Delegacia da Receita Federal de Julgamento em São Paulo II (SP), que considerou improcedente, a impugnação apresentada, contra o lançamento por meio do qual exigese da recorrente, IRPF suplementar relativo ao anocalendário, 2006, em virtude glosa de dedução da base tributável para: deduções de despesas médicas (R$ 7.000,00). A 10ª Turma da Delegacia da Receita Federal de Julgamento em São Paulo II (SP), ao examinar o pleito, proferiu o acórdão n° 1749.420, de 24 de março de 2011, que se encontra às fls. 106 a 111, cuja ementa é a seguinte: ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA FÍSICA IRPF Anocalendário: 2006 DEDUÇÃO DE DESPESAS MÉDICAS. ÔNUS DA PROVA. GLOSA. Mantidas as glosas de despesas médicas, quando não apresentados documentos hábeis à comprovação da efetiva prestação de serviços, bem como o respectivo desembolso financeiro A ciência de tal julgado se deu por via postal em 29/04/2011, consoante o AR – Aviso de Recebimento –. (fls. 115). À vista da decisão, foi protocolizado, em 18/05/2011, recurso voluntário dirigido a este colegiado, fls. 116/130 no qual o pólo passivo, com vistas a obter a reforma do julgado, reitera os argumentos apresentados em primeira instância. É o relatório. Voto Conselheira Dayse Fernandes Leite ,Relatora O recurso é tempestivo. Estando dotado, ainda, dos demais requisitos formais de admissibilidade, dele conheço. A matéria em litígio é a forma de comprovação de despesas médicas no valor de (R$ 7.000,00). É de se ressaltar, que, para fazer jus a deduções na Declaração de Ajuste Anual, tornase indispensável que o contribuinte observe todos os requisitos legais, sob pena de ter os valores pleiteados glosados. Afinal, todas as deduções, inclusive as despesas médicas, por dizerem respeito à base de cálculo do imposto, estão sob reserva de lei em sentido formal, por força do disposto na Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966, Código Tributário Nacional (CTN), art. 97, inciso IV. Por oportuno, confirase o estabelecido na Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995, a propósito de dedução de despesas médicas: Art. 8º A base de cálculo do imposto devido no anocalendário será a diferença entre as somas: (...). Fl. 144DF CARF MF Impresso em 15/03/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 26/02/2013 por DAYSE FERNANDES LEITE, Assinado digitalmente em 26/02/201 3 por DAYSE FERNANDES LEITE, Assinado digitalmente em 07/03/2013 por JORGE CLAUDIO DUARTE CARDOSO Processo nº 13830.000289/200982 Acórdão n.º 2802002.140 S2TE02 Fl. 597 3 II das deduções relativas a) aos pagamentos efetuados, no ano calendário, a médicos, dentistas, psicólogos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais e hospitais, bem como as despesas com exames laboratoriais, serviços radiológicos, aparelhos ortopédicos e próteses ortopédicas e dentárias; (...). § 2º O disposto na alínea “a” do inciso II: (...). II restringese aos pagamentos efetuados pelo contribuinte, relativos ao próprio tratamento e ao de seus dependentes; III limitase a pagamentos especificados e comprovados, com indicação do nome, endereço e número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas CPF ou no Cadastro Geral de Contribuintes CGC de quem os recebeu, podendo, na falta de documentação, ser feita indicação do cheque nominativo pelo qual foi efetuado o pagamento; (...) Por sua vez, o Decreto nº 3.000, de 26 de março de 1999, Regulamento do Imposto de Renda, RIR/1999, art. 73, dispõe: Art.73.Todas as deduções estão sujeitas à comprovação ou justificação, a juízo da autoridade lançadora (DecretoLei nº 5.844, de 1943, art. 11, §3º). Verificase, portanto, que a dedução de despesas médicas na declaração do contribuinte está, sim, condicionada ao preenchimento de alguns requisitos legais. Observese que a dedução exige a efetiva prestação do serviço, tendo como beneficiário o declarante ou seu dependente, e que o pagamento tenha se realizado pelo próprio contribuinte. Assim, havendo qualquer dúvida em um desses requisitos, é direito e dever da Fiscalização exigir provas adicionais da efetividade do serviço, do beneficiário deste e do pagamento efetuado. E é dever do contribuinte apresentar comprovação ou justificação idônea, sob pena de ter suas deduções não admitidas pela autoridade fiscal. Entretanto, no que se refere à comprovação do efetivo pagamento, expõese posicionamento sobre o tema. A princípio, considerase que os recibos emitidos por profissionais legalmente habilitados são hábeis a comprovar as deduções pleiteadas. Entretanto, também entendese que os recibos médicos, em si mesmos, não são uma prova absoluta para dedutibilidade das despesas médicas da base de cálculo do imposto de renda, principalmente quando: 1. o contribuinte fizer uso de recibos comprovadamente inidôneos (Existência de Súmula de Documentação Tributariamente Ineficaz; Fl. 145DF CARF MF Impresso em 15/03/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 26/02/2013 por DAYSE FERNANDES LEITE, Assinado digitalmente em 26/02/201 3 por DAYSE FERNANDES LEITE, Assinado digitalmente em 07/03/2013 por JORGE CLAUDIO DUARTE CARDOSO 4 2. houver a negativa de prestação de serviço por parte de profissional que consta como prestador na declaração do fiscalizado; Assim, em havendo fortes indícios de que a documentação é inidônea, existe o direitodever de o fisco intimálo a comprovar o efetivo desembolso e prestação do serviço, na esteira do comando legal do §3º do art. 11 do DecretoLei nº 5.844, de 1943. Destarte, a decisão sobre a dedutibilidade ou não da despesa médica merece análise caso a caso, consoante os elementos trazidos aos autos, tanto pelo fisco como pelo contribuinte, os quais serão decisivos para a formação da livre convicção do julgador. Neste caso concreto, cotejando a imputação constante da Notificação de Lançamento, a impugnação, a peça recursal e os documentos com trazidos aos autos, especificamente os recibos de . 21/32, considerase que não há nos autos elementos que permitam afastar a idoneidade dos documentos apresentados pelo requerente para fazer jus às deduções pleiteadas. Ademais os documentos de fls. 91/92, demonstram que a recorrente é portadora de Hipotireoidismo, portanto necessita de cuidados médicos. Na linha acima, vêse que a contribuinte trouxe aos autos os comprovantes normalmente suficientes para a comprovação das despesas médicas declaradas, os recibos respectivos, preenchendo todos os requisitos do Art. 8º da Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995: Diante do exposto, DOU PROVIMENTO ao recurso voluntário para restabelecer a dedução de despesas médicas no valor de R$7.000,00 (sete mil reais) (assinado digitalmente) Dayse Fernandes LeiteRelatora Fl. 146DF CARF MF Impresso em 15/03/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 26/02/2013 por DAYSE FERNANDES LEITE, Assinado digitalmente em 26/02/201 3 por DAYSE FERNANDES LEITE, Assinado digitalmente em 07/03/2013 por JORGE CLAUDIO DUARTE CARDOSO
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Numero do processo: 10469.904114/2009-23
Turma: Segunda Turma Especial da Primeira Seção
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Tue Mar 05 00:00:00 UTC 2013
Data da publicação: Thu Mar 21 00:00:00 UTC 2013
Numero da decisão: 1802-000.156
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Resolvem os membros do colegiado, por unanimidade de votos, converter o julgamento em diligência, nos termos do relatório e voto que integram o presente julgado.
(documento assinado digitalmente)
Ester Marques Lins de Sousa - Presidente e Relatora.
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Ester Marques Lins de Sousa, José de Oliveira Ferraz Corrêa, Marciel Eder Costa, Nelso Kichel, Gustavo Junqueira Carneiro Leão e Marco Antonio Nunes Castilho.
Nome do relator: ESTER MARQUES LINS DE SOUSA
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conteudo_txt : Metadados => pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.4; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 6; dc:format: application/pdf; version=1.4; pdf:charsPerPage: 1934; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; access_permission:fill_in_form: true; pdf:encrypted: true; access_permission:can_modify: true; Content-Type: application/pdf | Conteúdo => S1TE02 Fl. 2 1 1 S1TE02 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS PRIMEIRA SEÇÃO DE JULGAMENTO Processo nº 10469.904114/200923 Recurso nº Voluntário Resolução nº 1802000.156 – 2ª Turma Especial Data 05 de março de 2013 Assunto CSLL/PERDCOMP Recorrente PAR ENGENHARIA LTDA Recorrida FAZENDA NACIONAL Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Resolvem os membros do colegiado, por unanimidade de votos, converter o julgamento em diligência, nos termos do relatório e voto que integram o presente julgado. (documento assinado digitalmente) Ester Marques Lins de Sousa Presidente e Relatora. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Ester Marques Lins de Sousa, José de Oliveira Ferraz Corrêa, Marciel Eder Costa, Nelso Kichel, Gustavo Junqueira Carneiro Leão e Marco Antonio Nunes Castilho. Relatório. Por economia processual e considerar pertinente, adoto o Relatório da decisão recorrida (fls.22/23) que a seguir transcrevo: A interessada acima qualificada apresentou PER/Dcomp — Pedido de Ressarcimento ou Restituição / Declaração de Compensação, fls. 13 a 16, em 29/04/2005, relativamente ao pretenso crédito originário de pagamento indevido ou a maior no código de receita 2372 — CSLL com débitos de sua responsabilidade, conforme fl. 02. 2. Por meio do Despacho Decisório Eletrônico, fl. 02, a Autoridade Competente decidiu por NÃO HOMOLOGAR a compensação, fundamentandose no fato de o DARF informado no PER/Dcomp já ter sido utilizado integralmente para quitar débitos da contribuinte, não RE SO LU ÇÃ O G ER A D A N O P G D -C A RF P RO CE SS O 1 04 69 .9 04 11 4/ 20 09 -2 3 Fl. 172DF CARF MF Impresso em 21/03/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 20/03/2013 por ESTER MARQUES LINS DE SOUSA, Assinado digitalmente em 20/ 03/2013 por ESTER MARQUES LINS DE SOUSA Processo nº 10469.904114/200923 Resolução nº 1802000.156 S1TE02 Fl. 3 2 restando crédito disponível para compensação dos débitos informados no PER/Dcomp objeto do presente processo. 3. Cientificada do Despacho Decisório de fl. 02, em 03/06/2009, conforme fl.12, consta manifestação de inconformidade apresentada em 29/06/2009, consoante fl. 17, na qual alega que: 3.1. "No 3° trimestre de 2003 e demais trimestres de 2004, a empresa calculou a sua CSLL equivocadamente com alíquota de 32% quando seria com 12% por se tratar de Construção Civil, onde as receitas são relativas a contratos de empreitada que abrange tanto mãodeobra quanto o fornecimento de materiais"; 3.2. ao recalcular este imposto, "verificou o engano e o crédito de imposto a ser compensado, sendo feitas as PER/DCOMP de número porém, não foram retificadas a tempo as Declarações de Débitos e Créditos Tributários Federais — DCTF, como também as DIPJ 2004 e 2005", sendo este o motivo pelo qual a Receita Federal do Brasil não constatou a existência de crédito, não homologando a compensação declarada; 3.3. para corrigir a situação foram feitas retificações nas DCTF e DIPJ para demonstrar o seu direito de compensar o valor. A 4ª Turma da Delegacia da Receita Federal de Julgamento (DRJ/Recife/PE) indeferiu o pleito, conforme decisão proferida no Acórdão nº 1134.905, de 15 de setembro de 2011 (fls.21/27), cientificado ao interessado em 08/11/2011. A decisão recorrida possui a seguinte ementa (fl.21): ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE 0 LUCRO LIQUIDO CSLL Período de apuração: 01/09/2003 a 30/09/2003 LUCRO PRESUMIDO. BASE DE CÁLCULO. PERCENTUAL. CONSTRUÇÃO CIVIL. A partir de setembro de 2003, o percentual a ser aplicado sobre a receita bruta para apuração da base de cálculo do lucro presumido na atividade de prestação de serviço de construção por empreitada é de 32% quando houver emprego unicamente de mãodeobra, ou de 12% quando houver emprego de materiais, em qualquer quantidade, incorporados à obra. ASSUNTO: NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO Período de apuração: 01/09/2003 a 30/09/2003 DCOMP. ERRO DE FATO EM DCTF. NÃO COMPROVAÇÃO. LIQUIDEZ E CERTEZA. Não comprovado o erro de fato no preenchimento da Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais DCTF, com base em documentos hábeis e idôneos, não há que se acatar a retificadora para Fl. 173DF CARF MF Impresso em 21/03/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 20/03/2013 por ESTER MARQUES LINS DE SOUSA, Assinado digitalmente em 20/ 03/2013 por ESTER MARQUES LINS DE SOUSA Processo nº 10469.904114/200923 Resolução nº 1802000.156 S1TE02 Fl. 4 3 fins de comprovar a liquidez e certeza do crédito oferecido para a compensação com os débitos indicados na PER/DCOMP eletrônica. COMPENSAÇÃO. REQUISITOS. A certeza e a liquidez dos créditos são requisitos indispensáveis para a compensação autorizada por lei. ASSUNTO: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL Período de apuração: 01/09/2003 a 30/09/2003 PROVAS. As provas devem ser apresentadas na forma e no tempo previstos na legislação que rege o processo administrativo fiscal. Manifestação de Inconformidade Improcedente Direito Creditório Não Reconhecido A pessoa jurídica interpôs recurso voluntário ao Conselho Administrativo de Recursos Fiscais CARF, em 24/11/2011, no qual transcreve trechos da decisão recorrida para demonstrar que a negativa ao crédito se deu em virtude de a empresa não ter anexado os documentos comprobatórios do direito ao crédito, quais sejam: Contrato de prestação de serviços, mencionando que os materiais aplicados são de responsabilidade da contratada, notas fiscais de compra de material e o livro de registro de entrada de notas fiscais e escrituração fiscal destes documentos. Argumenta que, ciente de seu direito creditório está apresentando as cópias dos contratos de empreitada, notas fiscais de compra de material e o livro de registro de entrada de notas fiscais do período a que se refere a compensação. Alega que, com a anexação dos documentos e livros fiscais que comprovam o direito da empresa em compensar recolhimentos feitos indevidamente, está atendendo a todos os requisitos e suprindo todas as falhas e erros cometidos no desenrolar do processo. Assim, requer seja julgado procedente o pedido de homologação da compensação em lide. É o relatório. Voto Conselheira Relatora Ester Marques Lins de Sousa O recurso voluntário é tempestivo. Dele conheço. O presente processo tem origem no PER/DCOMP nº 01219.21104.290405.1.3.049772 (fls.13/16), transmitido em 29/04/2005, em que a contribuinte pretende compensar débito de IRPJ: R$ 2.579,02, código 2089, relativo ao 1° trimestre de 2005, com a utilização de crédito no valor de R$ 2.043,60, decorrente de Fl. 174DF CARF MF Impresso em 21/03/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 20/03/2013 por ESTER MARQUES LINS DE SOUSA, Assinado digitalmente em 20/ 03/2013 por ESTER MARQUES LINS DE SOUSA Processo nº 10469.904114/200923 Resolução nº 1802000.156 S1TE02 Fl. 5 4 pagamento indevido ou a maior de CSLL (DARF: código – 2372; Período de Apuração: 30/09/2003; Data de Arrecadação: 31/10/2003, Valor: R$ 3.121,95). Consta do mencionado PER/DCOMP (fl.14) que o crédito inicial foi informado em PERDCOMP Inicial: nº 11254.22335.290405.1.3.047270 e o “Crédito Original na Data da Transmissão” para a compensação de que trata os presentes autos é no valor de R$ 2.043,60. Conforme relatado, por intermédio do despacho decisório de fl.02, emitido em 25/05/2009 não foi reconhecido qualquer direito creditório a favor da contribuinte e, por conseguinte, nãohomologada a compensação declarada no PER/DCOMP, ao fundamento de que o pagamento informado como origem do crédito foi integralmente utilizado para quitação de débitos da contribuinte, "não restando crédito disponível para compensação dos débitos informados no PER/DCOMP". A alegação da pessoa jurídica expressa na manifestação de inconformidade é que no 3º trimestre de 2003 e trimestres de 2004 a reclamante calculou a base de cálculo de sua CSLL equivocadamente com o percentual de 32% quando o correto seria 12% por se tratar de Construção Civil, onde as receitas são relativas a contratos de empreitada que abrange tanto mãodeobra quanto o fornecimento de materiais. A decisão de primeira instância com fundamento no art. 20 da Lei 9.249/1995 (alterado pela Lei 10.684/2003), o art. 15 da mesma Lei 9.249/2005, e o Ato Declaratório Normativo da Coordenação Geral do Sistema de Tributação ADN Cosit n° 6, de 13 de janeiro de 1997, assim esclarece sobre a base de cálculo da CSLL (fl.25/26), itens 11 e 12: [...] 11. Concluise, portanto, que até agosto de 2003, as receitas relativas às atividades construção por empreitada, com ou sem utilização de materiais, ficam sujeitas ao percentual de 12%, para definição da base de cálculo da CSLL, e a partir de setembro de 2003, na atividade de construção por empreitada, o percentual a ser aplicado sobre a receita bruta para determinação da base de cálculo da CSLL mensal será: a) 12% (oito por cento) quando houver emprego de materiais, em qualquer quantidade; ou b) 32% (trinta e dois por cento) quando houver emprego unicamente de mãodeobra, ou seja, sem o emprego de materiais. 12. No "Perguntas e respostas" constante do endereço eletrônico http://www.receita.fazenda. gov.br/Publico/perguntao/dipj2011/CapituloXIII IRPJLucroPresumido2011.pdf, consulta em setembro/2011, verificase o seguinte esclarecimento na pergunta 19, referente ao IRPJ, sendo tal entendimento aplicável no caso da CSLL, com a diferença que a alíquota no caso da contribuição, CSLL, para o caso de contratação de construção civil por empreitada com a utilização de material fornecido pela própria empresa empreiteira, é de 12%. 019. Qual a base de cálculo para as empresas que executam obras de construção civil e optam pelo lucro presumido? 0 percentual a ser aplicado sobre a receita bruta para apuração da base de cálculo do lucro presumido na atividade de prestação de serviço de construção civil é de 32% (trinta e dois por cento) quando Fl. 175DF CARF MF Impresso em 21/03/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 20/03/2013 por ESTER MARQUES LINS DE SOUSA, Assinado digitalmente em 20/ 03/2013 por ESTER MARQUES LINS DE SOUSA Processo nº 10469.904114/200923 Resolução nº 1802000.156 S1TE02 Fl. 6 5 houver emprego unicamente de mãodeobra, e de 8% (oito por cento) quando se tratar de contratação por empreitada de construção civil, na modalidade total, fornecendo o empreiteiro todos os materiais indispensáveis à sua execução, sendo tais materiais incorporados à obra. Notas: As pessoas jurídicas que exerçam as atividades de compra e venda, loteamento, incorporação e construção de imóveis não poderão optar pelo lucro presumido enquanto não concluídas as operações imobiliárias para as quais haja registro de custo orçado (IN SRF n°25, de 1999, art. 2°;) Não serão considerados como materiais incorporados à obra, os instrumento trabalho utilizados e os materiais consumidos na execução da obra. (IN SRF n° 480, de 2004, art. 1°, §9º) O entendimento acima está consentâneo com as disposições contidas no art. 1º, §§ 7º e 9º, c/c art. 32 da IN SRF 480/2004 (com as alterações da IN SRF 539/2005) que admitem a aplicação do percentual de 12% no caso de contratação por empreitada de construção civil realizada na modalidade total, em que o empreiteiro forneça todos os materiais indispensáveis à sua execução, e que tais materiais sejam incorporados à obra, não sendo considerados como materiais incorporados à obra os instrumentos de trabalho utilizados e os materiais consumidos na execução da obra. Para o indeferimento do pleito da recorrente, consta do voto condutor do acórdão recorrido o seguinte: [...] 13. No caso em apreço, a contribuinte apenas anexou cópia de seu Contrato Social e Aditivo n° 05, fls. 03 a 10, onde consta descrição de seu objeto social, no qual não há especificação de que os serviços seriam prestados sob a modalidade por empreitada, e nem que haveria a utilização de material fornecido pela própria contribuinte, ou que isso ocorresse sempre ou mesmo ocasionalmente. 14. Esclareçase, de toda sorte, que não bastaria a apresentação do contrato social com descrição de seu objeto social nestes termos, pois a simples menção no contrato social, por si só, não seria suficiente se não esta acompanhada de documentação hábil e idônea comprobatória de que os serviços foram efetivamente contratados na modalidade de empreitada, de que os materiais foram fornecidos pela própria empresa, essa na qualidade de empreiteira, e sem que haja comprovação da efetiva utilização de tais materiais, fornecidos pela empresa, conjuntamente com a mãodeobra. Observese que não consta dos autos qualquer documentação comprobat6ria nesse sentido, a exemplo de contrato de empreitada, notas fiscais e escrituração que viessem a espelhar fielmente a utilização de tais materiais. 15. Assim, não restou comprovado, através de documentação hábil e idônea, fiscal (notas fiscais), comercial (contratos de empreitada) e contábil (escrituração), erro de fato no preenchimento das declarações originais da contribuinte que justificasse a apresentação de Fl. 176DF CARF MF Impresso em 21/03/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 20/03/2013 por ESTER MARQUES LINS DE SOUSA, Assinado digitalmente em 20/ 03/2013 por ESTER MARQUES LINS DE SOUSA Processo nº 10469.904114/200923 Resolução nº 1802000.156 S1TE02 Fl. 7 6 declarações retificadoras, inclusive não espontâneas relativamente ao período de apuração do suposto crédito a ser compensado, no intuito de alterar a apuração da CSLL devida para aquele período, procurando, com isso, justificar o pretenso crédito. [...] Contraditando os fundamentos da decisão acima e no intuito de comprovar o crédito alegado, a Recorrente juntou ao seu recurso voluntário cópia de contratos de empreitada, notas fiscais de compra de material e o livro de registro de entrada de notas fiscais do período a que se refere a compensação. Das notas fiscais (000123/125, 000127, 000129, 000132), emitidas pela Recorrente, consta um percentual do valor da fatura referente ao material aplicado. E, dos contratos de empreitada consta cláusula que obriga a contratada a “ prover e administrar, sob as suas expensas, todos os materiais, equipamentos e mãodeobra necessários à fiel execução do contrato...” o que aparentemente denota a prestação de serviços na área de construção civil com emprego de materiais fornecidos pela própria contribuinte. O livro Registro de Entradas indica para o terceiro trimestre de 2003 a aquisição de materiais e as notas fiscais relativas às compras feitas pela Recorrente neste período demonstram a aquisição de vários materiais normalmente aplicados em obras de construção civil. Como dito acima, a Recorrente apresentou cópia de notas fiscais por ela emitidas no período de apuração do terceiro trimestre de 2003, porém são notas fiscais intercaladas. Portanto, não se sabe qual a receita bruta total do mencionado trimestre declarada na DIPJ/2004 com a comprovação de que a Recorrente forneceu aos seus clientes os materiais necessários aos serviços de construção civil por ela prestados, e que, portanto, o coeficiente para a presunção da base de cálculo da CSLL deveria ser de 12%. Desse modo, fazse mister que sejam encaminhados os autos à Delegacia da Receita Federal do Brasil em Natal/RN para que seja verificado e especificado, à luz da documentação fiscal (notas fiscais emitidas), comercial (contratos de empreitada), contábil (escrituração) e DIPJ/2004, que não fora juntada aos autos, qual o valor total da receita bruta obtida pela interessada com fornecimento de materiais necessários aos serviços de construção civil por ela prestados, e qual o montante da receita declarada e CSLL devida. Realizada a diligência, deve ser elaborado relatório circunstanciado, do qual deve ser dada ciência à Contribuinte para sua manifestação, se do seu interesse, no prazo de 30 (trinta dias). Apresentada a manifestação ou transcorrido o prazo, deve os autos retornarem ao CARF para prosseguimento do julgamento. É como voto. (documento assinado digitalmente) Ester Marques Lins de Sousa. Fl. 177DF CARF MF Impresso em 21/03/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 20/03/2013 por ESTER MARQUES LINS DE SOUSA, Assinado digitalmente em 20/ 03/2013 por ESTER MARQUES LINS DE SOUSA
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Numero do processo: 10384.720157/2007-26
Turma: Segunda Turma Especial da Segunda Seção
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Thu Feb 09 00:00:00 UTC 2012
Numero da decisão: 2802-000.029
Decisão: RESOLVEM os membros do colegiado, por unanimidade de votos converter o julgamento em diligência para que o órgão oficial competente informe a estimativa do VTN do imóvel à época do fato gerador, nos termos do voto do relator.
Nome do relator: GERMAN ALEJANDRO SAN MARTIN FERNANDEZ
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RESOLVEM os membros do colegiado, por unanimidade de votos converter o julgamento em diligência para que o órgão oficial competente informe a estimativa do VTN do imóvel à época do fato gerador, nos termos do voto do relator. (assinado digitalmente) Jorge Cláudio Duarte Cardoso Presidente. (assinado digitalmente) German Alejandro San Martín Fernández Relator. EDITADO EM: 04/09/2012 Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Lúcia Reiko Sakae, Sidney Ferro Barros, Dayse Fernandes Leite, Carlos André Ribas de Mello, German Alejandro San Martín Fernández e Jorge Cláudio Duarte Cardoso (Presidente). Versam os presentes autos sobre Auto de Infração relativo pelo qual se exige Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural ITR, do exercício de 2004, acrescido de multa de oficio (75,0%) e juros legais, tendo como objeto o imóvel rural denominado "Saco", cadastrado na RFB, sob o n° 5.190.4705, com área declarada de 1.616,4 ha, localizado no Município de Teresina/PI. A ação fiscal iniciouse com a intimação, exigindose a apresentação de Laudo de avaliação do imóvel, conforme estabelecida na NBR 14.653 da ABNT, com fundamentação Fl. 90DF CARF MF Impresso em 30/11/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 04/09/2012 por GERMAN ALEJANDRO SAN MARTIN FERNANDEZ, Assinado digitalme nte em 04/09/2012 por GERMAN ALEJANDRO SAN MARTIN FERNANDEZ, Assinado digitalmente em 26/09/2012 por JORGE CLAUDIO DUARTE CARDOSO Processo nº 10384.720157/200726 Error! Reference source not found. n.º 2802000.029 S2TE02 Fl. 82 2 e grau de precisão II, com ART (Anotação de Responsabilidade Técnica) registrado no CREA, contendo todos os elementos de pesquisa identificados. Por não ter sido apresentado nenhum documento de prova, foi alterado o VTN declarado de R$ 23.000,00 para R$ 1.190.316,96 ou R$ 736,40/ha, com base no SIPT/RFB, com conseqüente aumento do VTN tributável, e disto resultando o imposto suplementar de R$ 80.261,21, conforme demonstrativo às fls. 03. Apresentada Impugnação, o contribuinte alegou, em síntese: a) não concorda com o valor arbitrado pelo AuditorFiscal e informa que o imóvel está localizado em local de difícil acesso, uma vez que não há rodovias, sendo a estrada carroçável em péssima condição, em local desprovido de energia elétrica, telefone e água encanada; b) a metodologia utilizada pela Receita Federal na avaliação mostrase por demais simplificada e objetiva, pois não levou em conta inúmeros fatores inseridos na região imprescindíveis para apuração do VTN como: localização, área, terreno, declinação, vegetação, etc. Ao contrário, arbitrou objetivamente importância elevada baseado em valor superior ao levantamento de preços ofertados naquela região ou em terrenos lindeiros; c) o valor apurado não condiz com a verdadeira situação do bem, mostrandose nitidamente desproporcional à realidade fática. Indica a real avaliação do imóvel baseado no art. 8% § 2% da Lei 9.393/96, que determina que o valor da terra nua refletirá o preço de mercado de terras; d) a presente petição está instruída com um demonstrativo de cálculo, avaliação efetuada por profissional devidamente habilitado para exercício deste oficio. Requer diligencias que se fizerem necessárias para nova avaliação do imóvel rural, e; e) requer que seja retificado o débito fiscal reclamado para constar valor a menor, razoável e proporcional com o de mercado e protesta pela prova do alegado e por todos os meios em direito admitidos. A decisão de 1ª instância manteve o crédito tributário lançado de ofício, de acordo com as seguintes razões: a) o laudo apresentado não atende as normas ABNT por não demonstrar, de forma clara e inequívoca, o valor fundiário do imóvel à época do fato gerador do ITR/2004; b) o laudo apresentado deveria demonstrar, de maneira inequívoca, que o imóvel avaliado, quando comparado com outros imóveis da mesma região geoeconômica, possui características particulares desfavoráveis, inclusive, se for o caso, questões fundiárias, que pudessem justificar o valor apurado pelo autor do trabalho, muito aquém dos valores apontados no SIPT, e; c) desnecessidade de realização de perícia. Em Voluntário, a Recorrente sustenta a: i) prestabilidade do Laudo e a superavaliação do imóvel se tomado o SIPT como parâmetro para verificação do VTN, superiores inclusive aos dados fornecidos pelo INCRA; ii) violação ao direito à informação, pela impossibilidade de acesso ao dados do SIPT pelos contribuintes, e; iii) necessidade de perícia para demonstrar a completa desconformidade dos valores do SIPT com os valores de mercado. Era o de essencial a ser relatado. A jurisprudência deste E. Sodalício permite, caso o contribuinte não apresente Laudo de Avaliação, o arbitramento do VTN, com base no SIPT, cujos dados são de acesso restrito aos funcionários da RFB. No caso dos autos, o Recorrente, por ocasião da Impugnação, apresentou Laudo de Avaliação contestado pela decisão de 1ª instância, sob o fundamento de não atendimento pleno dos requisitos exigidos pelas Normas ABNT 14.653, mormente por chegar a valor muito Fl. 91DF CARF MF Impresso em 30/11/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 04/09/2012 por GERMAN ALEJANDRO SAN MARTIN FERNANDEZ, Assinado digitalme nte em 04/09/2012 por GERMAN ALEJANDRO SAN MARTIN FERNANDEZ, Assinado digitalmente em 26/09/2012 por JORGE CLAUDIO DUARTE CARDOSO Processo nº 10384.720157/200726 Error! Reference source not found. n.º 2802000.029 S2TE02 Fl. 83 3 inferior ao previsto no SIPT e por não se utilizar de fontes de pesquisa contemporâneas ao fato gerador (2004). Entretanto, é de se observar que o Recorrente, em Impugnação, requer diligência/perícia, indeferida pela decisão de 1ª instância, sob o argumento de que o Laudo de Avaliação apresentado foi suficientemente apreciado pelos integrante da Turma, não havendo matéria controversa ou de complexidade que justifique a produção de prova pericial ou realização de diligência. No caso em julgamento, ao menos no aspecto formal, o Laudo de Avaliação seguiu as Normas ABNT, cabendo ao órgão de julgamento, se inclinado a desconsiderar as conclusões do perito, apresentar outro Laudo ou colher provas adicionais em procedimento de fiscalização. Daí a necessidade, antes de arbitrar o VTN, de deferir a diligência/perícia requerida, de sorte a permitir a contradita do Laudo apresentado e colher informações adicionais a respeito do fato gerador. Ademais, se a legislação determina a apuração e o pagamento do ITR por conta do próprio contribuinte, independentemente de prévio procedimento da administração tributária (art. 10 da lei n. 9.393), não há se exigir a elaboração prévia de Laudo, de sorte a tornar impossível que o perito colha informações precisas a respeito de exercícios passados, que aliás, provavelmente indicariam valores ainda inferiores àqueles apresentados. É de se considerar que o arbitramento de base de cálculo em matéria tributária é medida extrema. Somente se justifica na total ausência de informações a respeito do fato gerador pelo sujeito passivo ou no caso de imprestabilidade de seus documentos. Não é o que se verifica no caso presente, face à apresentação de Laudo assinado por profissional credenciado e, ao menos formalmente, em respeito às Normas ABNT exigidas. Aliás, o artigo 14 da lei n. 9.393/96, determina que nos casos de subavaliação ou prestação de informações inexatas, incorretas ou fraudulentas, a Secretaria da Receita Federal procederá o arbitramento do imposto considerando informações sobre preços de terras, constantes de sistema a ser por ela instituído (SIPT), e os dados de área total, área tributável e grau de utilização do imóvel, A SER APURADO EM PROCEDIMENTO DE FISCALIZAÇÃO! Mais uma razão para admitir diligência ou perícia com a finalidade de obter informações passíveis de afirmar ou infirmar as informações contidas no Laudo apresentado. Em sentido semelhante, Conselho Administrativo de Recursos Fiscais CARF 2a. Seção 2a. Turma da 1a. Câmara, Processo n° 10670.720131/200752, Sessão de 12 de maio de 2010 : ITR. ARBITRAMENTO DO VALOR DA TERRA NUA. INFORMAÇÃO EXTRAÍDA DO SISTEMA DE PREÇO DE TERRAS (SIPT). HIGIDEZ PROCEDIMENTAL. LAUDO TÉCNICO DE AVALIAÇÃO QUE ANALISA PORMENORIZADAMENTE O IMÓVEL RURAL, SEGUNDO AS NORMAS DA ABNT, É MEIO HÁBIL PARA CONTRADITAR OS VALORES DO SIPT. Caso o contribuinte não apresente laudo técnico com o valor da terra nua VTN, pode a autoridade fiscal se valer do valor constante do SIPT, Fl. 92DF CARF MF Impresso em 30/11/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 04/09/2012 por GERMAN ALEJANDRO SAN MARTIN FERNANDEZ, Assinado digitalme nte em 04/09/2012 por GERMAN ALEJANDRO SAN MARTIN FERNANDEZ, Assinado digitalmente em 26/09/2012 por JORGE CLAUDIO DUARTE CARDOSO Processo nº 10384.720157/200726 Error! Reference source not found. n.º 2802000.029 S2TE02 Fl. 84 4 como meio hábil para arbitrar o VTN que servirá para apurar o ITR devido. Entretanto, apresentado laudo técnico, assinado por profissional competente e secundado por Anotação de Responsabilidade Técnica ART, esse é meio hábil para contraditar o valor arbitrado a partir do SIPT . Para desconsiderar o laudo apresentado, a autoridade fiscal tem que apontar alguma nulidade formal, contraditálo com outro laudo ou mesmo demonstrar a inviabilidade dos parâmetros utilizados (erros ou equívocos nos VTNs dos imóveis que serviram de paradigmas para a avaliação, quantidade de paradigmas, alienações de imóveis próximos que confrontem os preços utilizados etc.). Nestes termos proponho a realização de diligência/perícia a fim de que o órgão oficial competente informe a estimativa do VTN do imóvel à época do fato gerador de sorte a permitir a contradita do Laudo de Avaliação unilateral apresentado. (assinado digitalmente) German Alejandro San Martín Fernández Fl. 93DF CARF MF Impresso em 30/11/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 04/09/2012 por GERMAN ALEJANDRO SAN MARTIN FERNANDEZ, Assinado digitalme nte em 04/09/2012 por GERMAN ALEJANDRO SAN MARTIN FERNANDEZ, Assinado digitalmente em 26/09/2012 por JORGE CLAUDIO DUARTE CARDOSO
score : 1.0
Numero do processo: 10830.001245/98-86
Turma: Terceira Câmara
Seção: Segundo Conselho de Contribuintes
Data da sessão: Tue Jul 05 00:00:00 UTC 2011
Data da publicação: Mon Apr 08 00:00:00 UTC 2013
Ementa: Assunto: Contribuição para o PIS/Pasep
Período de apuração: 01/01/1992 a 30/09/1995
RECURSO ESPECIAL. PIS. PRAZO DECADENCIAL. SÚMULA VINCULANTE Nº 08.
Questão referente ao prazo decadencial ser de 5 (cinco) ou 10 (dez) anos para a Fazenda Nacional apurar e constituir o crédito tributário de PIS, notadamente em face do disposto no artigo 45 da Lei nº 8.212/91.
Aplicação do disposto na Súmula Vinculante nº 08: são inconstitucionais o parágrafo único do artigo 5º do Decreto-Lei nº 1.569/1977 e os artigos 45 e 46 da Lei nº 8.212/1991, que tratam de prescrição e decadência de crédito tributário.
Recurso Especial do Procurador Não Conhecido.
Numero da decisão: 9303-001.536
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em não conhecer do recurso especial, por se tratar de matéria sumulada.
Otacílio Dantas Cartaxo- Presidente
Rodrigo Cardozo Miranda - Relator
Participaram do presente julgamento os Conselheiros Henrique Pinheiro Torres, Nanci Gama, Judith do Amaral Marcondes Armando, Rodrigo Cardozo Miranda, Júlio César Alves Ramos, Marcos Tranchesi Ortiz, Rodrigo da Costa Pôssas, Maria Teresa Martínez López, Susy Gomes Hoffmann e Otacílio Dantas Cartaxo.
Nome do relator: RODRIGO CARDOZO MIRANDA
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ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS/PASEP Período de apuração: 01/01/1992 a 30/09/1995 RECURSO ESPECIAL. PIS. PRAZO DECADENCIAL. SÚMULA VINCULANTE Nº 08. Questão referente ao prazo decadencial ser de 5 (cinco) ou 10 (dez) anos para a Fazenda Nacional apurar e constituir o crédito tributário de PIS, notadamente em face do disposto no artigo 45 da Lei nº 8.212/91. Aplicação do disposto na Súmula Vinculante nº 08: “são inconstitucionais o parágrafo único do artigo 5º do DecretoLei nº 1.569/1977 e os artigos 45 e 46 da Lei nº 8.212/1991, que tratam de prescrição e decadência de crédito tributário”. Recurso Especial do Procurador Não Conhecido. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em não conhecer do recurso especial, por se tratar de matéria sumulada. Otacílio Dantas Cartaxo Presidente Rodrigo Cardozo Miranda Relator Participaram do presente julgamento os Conselheiros Henrique Pinheiro Torres, Nanci Gama, Judith do Amaral Marcondes Armando, Rodrigo Cardozo Miranda, Júlio AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 83 0. 00 12 45 /9 8- 86 Fl. 391DF CARF MF Impresso em 09/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 13/03/2013 por CLEIDE LEITE, Assinado digitalmente em 02/04/2013 por OTA CILIO DANTAS CARTAXO, Assinado digitalmente em 18/03/2013 por RODRIGO CARDOZO MIRANDA 2 César Alves Ramos, Marcos Tranchesi Ortiz, Rodrigo da Costa Pôssas, Maria Teresa Martínez López, Susy Gomes Hoffmann e Otacílio Dantas Cartaxo. Relatório Cuidase de recurso especial interposto pela Fazenda Nacional (fls. 243 a 250) contra o v. acórdão proferido pela Colenda Terceira Câmara do Segundo Conselho de Contribuintes (fls. 239 a 241) que deu provimento parcial ao recurso voluntário, I) por maioria de votos, para considerar decaídos os períodos anteriores a março de 1993, face à decadência do art. 150, § 4°, do CTN, vencidos os Conselheiros Emanuel Carlos Dantas de Assis, Mônica Monteiro Garcia de Los Rios (Suplente) e Antonio Bezerra Neto que afastavam a decadência pela tese dos dez anos (art. 55 da Lei n° 8.212/91); e II) por unanimidade de votos, para acolher a semestralidade, para os períodos não decaídos. A ementa do julgado ora recorrido é a seguinte: PIS/FATURAMENTO. DECADÊNCIA. Decai em cinco anos, na modalidade de lançamento de oficio, o direito A Fazenda Nacional de constituir os créditos relativos para a contribuição para o Programa de Integração Social (PIS), contados do primeiro dia do exercício seguinte Aquele em que o lançamento já poderia ter sido efetivado. Os lançamentos feitos após esse prazo de cinco anos são nulos. LC N° 7/70. Ao analisar o disposto no artigo 6°, parágrafo único, da Lei Complementar n° 7/70, há de se concluir que "faturamento" representa a base de cálculo do PIS (faturamento do sexto mês anterior), inerente ao fato gerador (de natureza eminentemente temporal, que ocorre mensalmente), relativo à realização de negócios jurídicos (venda de mercadorias e prestação de serviços). Recurso provido em parte. Irresignada, a Fazenda Nacional interpôs o já mencionado recurso especial, apontando, em síntese, violação ao disposto no § 4º do artigo 150 do CTN e no artigo 45 da Lei n° 8.212/91. O recurso foi admitido através do r. despacho de fls. 252 a 254. Importante destacar, a propósito, que cientificado do v. acórdão recorrido e cobrado a pagar ou apresentar recurso especial da parte que lhe foi desfavorável, o contribuinte informou a inclusão desta parcela no Parcelamento Excepcional (PAEX), conforme informado às fls. 346. Restou pendente, assim, o julgamento do presente recurso especial da Fazenda Nacional. É o relatório. Fl. 392DF CARF MF Impresso em 09/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 13/03/2013 por CLEIDE LEITE, Assinado digitalmente em 02/04/2013 por OTA CILIO DANTAS CARTAXO, Assinado digitalmente em 18/03/2013 por RODRIGO CARDOZO MIRANDA Processo nº 10830.001245/9886 Acórdão n.º 9303001.536 CSRFT3 Fl. 348 3 Voto Conselheiro Rodrigo Cardozo Miranda, Relator Presentes os requisitos de admissibilidade, entendo que o presente recurso especial da Fazenda Nacional merece ser conhecido. No tocante ao mérito, todavia, melhor sorte não assiste à Recorrente. Com efeito, a matéria ora controvertida diz respeito, apenas, ao prazo decadencial ser de 5 (cinco) ou 10 (dez) anos para a Fazenda Nacional apurar e constituir o crédito tributário de PIS, notadamente em face do disposto no artigo 45 da Lei nº 8.212/91. Ocorre que o Egrégio Supremo Tribunal Federal já dirimiu definitivamente a controvérsia, inclusive através da edição da Súmula Vinculante nº 08, cujo teor é o seguinte: SÃO INCONSTITUCIONAIS O PARÁGRAFO ÚNICO DO ARTIGO 5º DO DECRETOLEI Nº 1.569/1977 E OS ARTIGOS 45 E 46 DA LEI Nº 8.212/1991, QUE TRATAM DE PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA DE CRÉDITO TRIBUTÁRIO. Por conseguinte, em face de todo o exposto, voto no sentido de NÃO CONHECER do recurso especial interposto pela Fazenda Nacional. Rodrigo Cardozo Miranda Fl. 393DF CARF MF Impresso em 09/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 13/03/2013 por CLEIDE LEITE, Assinado digitalmente em 02/04/2013 por OTA CILIO DANTAS CARTAXO, Assinado digitalmente em 18/03/2013 por RODRIGO CARDOZO MIRANDA
score : 1.0
Numero do processo: 10980.011138/2003-52
Turma: Quarta Câmara
Seção: Segundo Conselho de Contribuintes
Data da sessão: Tue Mar 05 00:00:00 UTC 2013
Data da publicação: Thu Mar 28 00:00:00 UTC 2013
Ementa: Assunto: Contribuição para o PIS/Pasep
Exercício: 2003
Ementa:
BAIXAS DE ESTOQUE. TRIBUTAÇÃO.
Ausentes justificativas fundamentadas do contribuinte em virtude intimação regular formalizada pela autoridade fiscal, revela-se procedente a tributação que toma por base informações prestada pelo fiscalizado ao Fisco estadual.
INCONSTITUCIONALIDADES. APRECIAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE.
O Conselho Administrativo de Recursos Fiscais não é competente para se pronunciar sobre a inconstitucionalidade de lei tributária (SÚMULA CARF nº 2).
JUROS SELIC.
A partir de 1º de abril de 1995, os juros moratórios incidentes sobre débitos tributários administrados pela Secretaria da Receita Federal são devidos, no período de inadimplência, à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e Custódia - SELIC para títulos federais (SÚMULA CARF nº 4).
LEI DECLARADA INCONSTITUCIONAL. DECISÃO PROLATADA EM ÂMBITO INCIDENTAL. AFASTAMENTO POR ÓRGÃO JULGADOR ADMINISTRATIVO. CONDIÇÕES.
A partir da publicação da Medida Provisória nº 449, em 04 de dezembro de 2008, os órgãos de julgamento estão autorizados, no âmbito do processo administrativo fiscal, a afastar aplicação de lei que já tenha sido declarada inconstitucional por decisão definitiva plenária do Supremo Tribunal Federal.
Numero da decisão: 1301-001.131
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, dar provimento parcial ao recurso para excluir de tributação os valores correspondentes a OUTRAS RECEITAS (letra a da descrição dos fatos de fls. 112 destes autos, fatos geradores de fevereiro de 1999 a dezembro de 2000), nos termos do relatório e voto proferidos pelo Relator.
documento assinado digitalmente
Plínio Rodrigues Lima
Presidente
documento assinado digitalmente
Wilson Fernandes Guimarães
Relator
Participaram do presente julgamento os Conselheiros Plínio Rodrigues Lima, Paulo Jakson da Silva Lucas, Wilson Fernandes Guimarães, Valmir Sandri, Edwal Casoni de Paula Fernandes Júnior e Cristiane Silva Costa.
Matéria: PIS - ação fiscal (todas)
Nome do relator: WILSON FERNANDES GUIMARAES
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ementa_s : Assunto: Contribuição para o PIS/Pasep Exercício: 2003 Ementa: BAIXAS DE ESTOQUE. TRIBUTAÇÃO. Ausentes justificativas fundamentadas do contribuinte em virtude intimação regular formalizada pela autoridade fiscal, revela-se procedente a tributação que toma por base informações prestada pelo fiscalizado ao Fisco estadual. INCONSTITUCIONALIDADES. APRECIAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. O Conselho Administrativo de Recursos Fiscais não é competente para se pronunciar sobre a inconstitucionalidade de lei tributária (SÚMULA CARF nº 2). JUROS SELIC. A partir de 1º de abril de 1995, os juros moratórios incidentes sobre débitos tributários administrados pela Secretaria da Receita Federal são devidos, no período de inadimplência, à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e Custódia - SELIC para títulos federais (SÚMULA CARF nº 4). LEI DECLARADA INCONSTITUCIONAL. DECISÃO PROLATADA EM ÂMBITO INCIDENTAL. AFASTAMENTO POR ÓRGÃO JULGADOR ADMINISTRATIVO. CONDIÇÕES. A partir da publicação da Medida Provisória nº 449, em 04 de dezembro de 2008, os órgãos de julgamento estão autorizados, no âmbito do processo administrativo fiscal, a afastar aplicação de lei que já tenha sido declarada inconstitucional por decisão definitiva plenária do Supremo Tribunal Federal.
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TRIBUTAÇÃO. Ausentes justificativas fundamentadas do contribuinte em virtude intimação regular formalizada pela autoridade fiscal, revelase procedente a tributação que toma por base informações prestada pelo fiscalizado ao Fisco estadual. INCONSTITUCIONALIDADES. APRECIAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. O Conselho Administrativo de Recursos Fiscais não é competente para se pronunciar sobre a inconstitucionalidade de lei tributária (SÚMULA CARF nº 2). JUROS SELIC. A partir de 1º de abril de 1995, os juros moratórios incidentes sobre débitos tributários administrados pela Secretaria da Receita Federal são devidos, no período de inadimplência, à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e Custódia SELIC para títulos federais (SÚMULA CARF nº 4). LEI DECLARADA INCONSTITUCIONAL. DECISÃO PROLATADA EM ÂMBITO INCIDENTAL. AFASTAMENTO POR ÓRGÃO JULGADOR ADMINISTRATIVO. CONDIÇÕES. A partir da publicação da Medida Provisória nº 449, em 04 de dezembro de 2008, os órgãos de julgamento estão autorizados, no âmbito do processo administrativo fiscal, a afastar aplicação de lei que já tenha sido declarada inconstitucional por decisão definitiva plenária do Supremo Tribunal Federal. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 98 0. 01 11 38 /2 00 3- 52 Fl. 249DF CARF MF Impresso em 02/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 18/03/2013 por WILSON FERNANDES GUIMARAES, Assinado digitalmente em 18/0 3/2013 por WILSON FERNANDES GUIMARAES, Assinado digitalmente em 19/03/2013 por PLINIO RODRIGUES LIMA Processo nº 10980.011138/200352 Acórdão n.º 1301001.131 S1C3T1 Fl. 247 2 Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, dar provimento parcial ao recurso para excluir de tributação os valores correspondentes a OUTRAS RECEITAS (letra “a” da descrição dos fatos de fls. 112 destes autos, fatos geradores de fevereiro de 1999 a dezembro de 2000), nos termos do relatório e voto proferidos pelo Relator. “documento assinado digitalmente” Plínio Rodrigues Lima Presidente “documento assinado digitalmente” Wilson Fernandes Guimarães Relator Participaram do presente julgamento os Conselheiros Plínio Rodrigues Lima, Paulo Jakson da Silva Lucas, Wilson Fernandes Guimarães, Valmir Sandri, Edwal Casoni de Paula Fernandes Júnior e Cristiane Silva Costa. Fl. 250DF CARF MF Impresso em 02/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 18/03/2013 por WILSON FERNANDES GUIMARAES, Assinado digitalmente em 18/0 3/2013 por WILSON FERNANDES GUIMARAES, Assinado digitalmente em 19/03/2013 por PLINIO RODRIGUES LIMA Processo nº 10980.011138/200352 Acórdão n.º 1301001.131 S1C3T1 Fl. 248 3 Relatório PAPÉIS CARTUM LTDA, já devidamente qualificada nestes autos, inconformada com a decisão da 3ª Turma da Delegacia da Receita Federal de Julgamento em Curitiba, Paraná, que manteve, na íntegra, o lançamento tributário efetivado, interpõe recurso a este colegiado administrativo objetivando a reforma da decisão em referência. Trata o processo de exigência de PIS, relativa aos períodos de 01/02/1999 a 31/12/2000 e de 01/04/2002 a 31/10/2002, formalizada a partir da constatação de divergências entre os valores declarados e os escriturados (“Outras Receitas”) e, também, entre os valores declarados à Receita Federal (DIPJ/2003) e os escriturados e declarados à Secretaria estadual (apurados por meio de Guias de Informação e Apuração do ICMS – GIA/ICMS). No referido lançamento, a autoridade fiscal aplicou multa qualificada de 150%, motivo pelo qual elaborou a competente Representação Fiscal para fins Penais. Transcrevo a seguir relato feito em primeira instância acerca dos argumentos trazidos pela contribuinte em sede de impugnação. [...] 4. Tempestivamente, em 17/12/2003, a interessada, por intermédio de representante constituído (procuração à fl. 144), interpôs a impugnação de fls. 119/142, acompanhada dos documentos de fls. 143/170, a seguir sintetizada. 5. Na descrição dos fatos, aduz, inicialmente, que os valores constantes das GIA/ICMS apontadas no auto de infração são decorrentes de retificações efetuadas, por sugestão da fiscalização estadual, após o encerramento de suas atividades, com o objetivo de proceder à baixa de valores constante do estoque, não tendo havido a venda de produtos. 6. Acerca do direito, diz que tinha por objeto o comércio de papel e papelão, tendo finalizado suas atividades, passando a não ter movimentação alguma. Sustenta, nesse contexto, que o lançamento está acostado exclusivamente na informação das GIAs, sem que reste provada a existência das operações. Destarte, não concorda com a autuação, por não ter ocorrido hipótese de incidência, mas apenas a sua presunção pelo fisco. 7. Quanto à questão, argumenta que o Conselho de Contribuinte tem proferido inúmeras decisões, as quais exemplifica, com o entendimento de que, embora as diferenças obtidas a partir de declarações prestadas ao fisco estadual constituam indicio de omissão de receitas, não justificam a simples presunção, cabendo à fiscalização esgotar o campo probatório. 8. Contesta, na seqüência, a ampliação da base de cálculo da contribuição pela Lei n° 9.718, de 1998, fundamentandose em jurisprudência do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, de que tal incide em inconstitucionalidade. 9. A seguir, questiona a multa de oficio, aplicada no percentual de 150%, alegando ser exorbitante e de caráter confiscatório, atentando contra o direito de propriedade garantido no art. 5°, XXII, da Constituição Federal de 1988. Quanto a Fl. 251DF CARF MF Impresso em 02/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 18/03/2013 por WILSON FERNANDES GUIMARAES, Assinado digitalmente em 18/0 3/2013 por WILSON FERNANDES GUIMARAES, Assinado digitalmente em 19/03/2013 por PLINIO RODRIGUES LIMA Processo nº 10980.011138/200352 Acórdão n.º 1301001.131 S1C3T1 Fl. 249 4 esse tema, cita trechos das obras de diversos doutrinadores e diz que os agentes públicos devem observar o que dispõe o art. 150, IV, da Constituição Federal de 1988. Contrapõese, também, à multa, discorrendo sobre a função social da empresa e sobre a necessidade de sua preservação. Transcreve outras manifestações de doutrinadores e jurisprudência judicial, dizendo, por fim, que "(...) é copiosa a jurisprudência dos Tribunais Brasileiros, inclusive a do Supremo Tribunal Federal, reconhecendo ao Juiz poder de reduzir a multa estridentemente iníqua (...) " e que o que se verifica, pois, é que a lei brasileira, a pretexto de punir, abusa do poder de impor penalidades, eivando de inconstitucionalidade por violar o disposto no art. 5º, XXII combinado com o art. 150, IV da Constituição Federal, tomado por analogia. Assim, resta evidente a configuração do confisco e o desrespeito a capacidade contributiva da Impugnante." 10. Na seqüência, argumenta que os juros exigidos no auto de infração são ilegais, posto que cumulativos; menciona comentário de Theônio Negrão (sic) que diz: "a capitalização de juros é proibida (Dec. 22.626, art. 4), exceto nos saldos líquidos em conta corrente (Ibidem) e na hipótese do artigo 1544 do C.C.". Diz que o valor cobrado de juros, atingindo um percentual superior a 25%, claramente o torna abusivo, em detrimento de seu patrimônio, e que o art. 1.062 do Código Civil especifica os juros legais, como de 6% ao ano, não cumulativos; diz, ainda, que o judiciário já decidiu que a aplicação de juros será de forma simples, no percentual de 12% ao ano, sendo que qualquer índice que ultrapasse esse percentual, será considerado abusivo e ilegal; conclui, afirmando que com a cobrança de juros compostos a SRF está violando os princípios tributários insertos na Constituição, e nas leis civil, tributária e comercial. 11. Por fim, requer que se considere improcedente o lançamento, com o cancelamento do auto de infração. A já citada 3a Turma da Delegacia da Receita Federal de Julgamento em Curitiba, analisando o feito fiscal e a peça de defesa, decidiu, por meio do Acórdão nº. 5.288, de 14 de janeiro de 2004, pela procedência do lançamento. O referido julgado restou assim ementado: SAÍDAS DE MERCADORIAS EM ESTOQUE. APURAÇÃO DE RECEITAS. BASES CONSISTENTES. As receitas relativas às saídas de mercadorias em estoque, apuradas a partir de bases consistentes de informações, não pode ser desacreditada pela simples alegação de que as operações seriam de baixa de estoque e nem pela tentativa de invalidar a utilização de dados prestados pela contribuinte ao fisco estadual. CONTESTAÇÃO DE VALIDADE DE LEIS. JULGAMENTO ADMINISTRATIVO. COMPETÊNCIA. Compete à autoridade administrativa de julgamento a análise da conformidade da atividade de lançamento com as normas vigentes, às quais não se pode, em âmbito administrativo, negar validade sob o argumento de inconstitucionalidade ou ilegalidade. MULTA DE OFÍCIO. JUROS DE MORA. PERCENTUAIS. LEGALIDADE Presentes os pressupostos de exigência, cobramse juros de mora e multa de oficio pelos percentuais legalmente determinados. Fl. 252DF CARF MF Impresso em 02/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 18/03/2013 por WILSON FERNANDES GUIMARAES, Assinado digitalmente em 18/0 3/2013 por WILSON FERNANDES GUIMARAES, Assinado digitalmente em 19/03/2013 por PLINIO RODRIGUES LIMA Processo nº 10980.011138/200352 Acórdão n.º 1301001.131 S1C3T1 Fl. 250 5 Irresignada, a contribuinte apresentou o recurso de folhas 99/103, por meio do qual renovou a argumentação expendida na peça impugnatória. Diante da natureza do tributo lançado, o presente processo foi distribuído para a Quarta Câmara do então Segundo Conselho de Contribuintes, que, em sessão realizada 02 de dezembro de 2008, por meio do acórdão nº 20403.622, declinou da competência para julgar o recurso voluntário. O voto condutor da decisão acima referenciada assinala: A competência para julgamento deste recurso não é deste Segundo Conselho de Contribuintes. Com efeito, verifico que a apuração dos fatos que resultou na lavratura deste auto de infração tendente à exigência do PIS serviu também para determinar a formalização, em face da recorrente, de outros dois autos de infração, estes tendentes à exigência do Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica IRPJ e da Contribuição Social sobre o Lucro Liquido CSLL. Tanto o auto de infração de IRPJ, lavrado nos autos do Processo n° 10980.011137/200316, quanto o auto de CSLL, lavrado nos autos do Processo n° 10980.011139/200305, foram formalizados no dia 10 de novembro de 2003, mesma data em que lavrado o auto de Cofins de que ora se trata. O cotejo da descrição dos fatos constante dos autos de infração antes referidos com a descrição dos fatos constante deste auto de PIS bem demonstra se tratar da mesma hipótese. [...] Verificase, portanto, que a exigência do PIS formalizada nos presentes autos decorre de fatos cuja apuração serviu, ao menos em parte, também para determinar a prática, pela ora recorrente, de infração à legislação do Imposto sobre a Renda IR. Assim, nos termos do art. 20, inciso I, alínea "d", do Regimento Interno dos Conselhos de Contribuintes, combinado com o art. 21, inciso I, alínea "c", do mesmo Regimento, a competência para o julgamento deste recurso voluntário é do Primeiro Conselho de Contribuintes do Ministério da Fazenda. [...] É o Relatório. Fl. 253DF CARF MF Impresso em 02/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 18/03/2013 por WILSON FERNANDES GUIMARAES, Assinado digitalmente em 18/0 3/2013 por WILSON FERNANDES GUIMARAES, Assinado digitalmente em 19/03/2013 por PLINIO RODRIGUES LIMA Processo nº 10980.011138/200352 Acórdão n.º 1301001.131 S1C3T1 Fl. 251 6 Voto Conselheiro Wilson Fernandes Guimarães Destaco, de início, que acolho com ressalvas o pronunciamento da Quarta Câmara do então Segundo Conselho de Contribuintes acerca da competência para apreciar a presente lide, vez que, apesar de a autuação de que trata o presente processo derivar do mesmo procedimento de fiscalização (Mandado de Procedimento Fiscal nº 09.1.01.002003001177 – fls. 01 – relativo a Imposto sobre Produtos Industrializados), as infrações imputadas à contribuinte decorreram de procedimentos de verificações obrigatórias, também autorizados pelo referido Mandado de Procedimento Fiscal. Observo, inclusive, que o lançamento tributário relativo ao Imposto de Renda Pessoa Jurídica (processo administrativo nº 10980.011137/200316) alcançou, apenas, fatos geradores ocorridos em junho, setembro e dezembro de 2002, enquanto o relativo ao presente feito recaiu sobre fatos ocorridos no período de fevereiro de 1999 a dezembro de 2000 e de abril a outubro de 2002. Verifico, ainda, que as divergências apuradas no procedimento relativo ao Imposto de Renda Pessoa Jurídica decorreram exclusivamente do batimento entre os valores declarados na DIPJ/2003 e os valores escriturados e declarados à Secretaria Estadual, enquanto as tratadas nos presentes autos estão relacionadas, também, a “outras receitas” que não foram computadas na base de cálculo da contribuição (período de fevereiro de 1999 a dezembro de 2000). Não obstante, diante do disposto no inciso IV do art. 2º do Regimento Interno em vigor (ANEXO II), abaixo transcrito, penso que esta Primeira Seção detém competência para a apreciação da controvérsia, eis que, ao menos em parte, a exigência formalizada no presente processo está lastreada “em fatos cuja apuração serviu para configurar a prática de infração à legislação pertinente à tributação do IRPJ”. Art. 2° À Primeira Seção cabe processar e julgar recursos de ofício e voluntário de decisão de primeira instância que versem sobre aplicação da legislação de: [...] IV demais tributos e o Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF), quando procedimentos conexos, decorrentes ou reflexos, assim compreendidos os referentes às exigências que estejam lastreadas em fatos cuja apuração serviu para configurar a prática de infração à legislação pertinente à tributação do IRPJ; {2} Ausente prova de ciência da decisão exarada em primeira instância, tenho por tempestivo o recurso voluntário impetrado, portanto dele conheço. As razões recursais podem assim ser sintetizadas: Fl. 254DF CARF MF Impresso em 02/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 18/03/2013 por WILSON FERNANDES GUIMARAES, Assinado digitalmente em 18/0 3/2013 por WILSON FERNANDES GUIMARAES, Assinado digitalmente em 19/03/2013 por PLINIO RODRIGUES LIMA Processo nº 10980.011138/200352 Acórdão n.º 1301001.131 S1C3T1 Fl. 252 7 i) o lançamento tributário tomou por base saldos de estoques apresentados na escrita fiscal que foram posteriormente ajustados sem que houvesse saída efetiva de mercadorias; ii) o art. 3º da Lei nº 9.718, de 1998, inovou o conceito de faturamento, incluindo demais receitas auferidas, independentemente de sua origem ou classificação fiscal, o que seria inconstitucional; iii) o lançamento tributário viola os princípios da capacidade contributiva e da vedação ao confisco; iv) é possível a apreciação da constitucionalidade da lei em seara administrativa; v) a multa aplicada tem natureza confiscatória; e vi) o uso da SELIC na cobrança dos juros é ilegal. No que diz respeito aos saldos de estoque; às alegações de inconstitucionalidades, inclusive no que tange à possibilidade de apreciação de tais questionamentos em âmbito administrativo; à natureza da multa aplicada; e à utilização da TAXA SELIC, esclareço que tais questões foram apreciadas pela Quinta Câmara do então Primeiro Conselho de Contribuintes, na sessão realizada em 21 de junho de 2006. Com efeito, no acórdão nº 10515.794, em que, por unanimidade de votos, foi negado provimento ao recurso voluntário interposto nos autos do processo administrativo nº 10980.011137/200316 (IRPJ), restou consignado, in verbis: [...] Das saídas das mercadorias e da omissão de receitas Alega a recorrente que o conteúdo das GIA/ICMS não indicaria a venda de mercadorias, mas a baixa de estoque, declarada daquela forma por "sugestão do fiscal estadual". E que tais GIA/ICMS, por si só, não se prestam à comprovação da ocorrência do fato gerador do imposto, mas mero indício. Afirma ainda, que o lançamento está baseado apenas em presunções, fundado em prova emprestada do fisco estadual. Não merecem prosperar as alegações da recorrente, senão vejamos: A apuração fiscal teve início a partir da constatação do estoque de mercadorias, em 31/12/2001, no valor de R$ 4.742.988,70, cuja destinação a recorrente foi intimada (05/09/03) e reintimada (03/11/2003) a informar e comprovar. Na mesma ocasião, a recorrente foi intimada também a apresentar as GIA entregues à Secretaria Estadual no ano de 2002, referentes à movimentação daquele estoque de mercadorias. Não consta, no presente processo, o atendimento a estas intimações. Conforme fl. 104, a Secretaria de Estado da Fazenda forneceu cópias de FIR Informações e Recolhimentos do ICMS (fls. 105/111), a partir das quais foram Fl. 255DF CARF MF Impresso em 02/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 18/03/2013 por WILSON FERNANDES GUIMARAES, Assinado digitalmente em 18/0 3/2013 por WILSON FERNANDES GUIMARAES, Assinado digitalmente em 19/03/2013 por PLINIO RODRIGUES LIMA Processo nº 10980.011138/200352 Acórdão n.º 1301001.131 S1C3T1 Fl. 253 8 verificadas saídas declaradas ao fisco estadual, mas que foram omitidas nas declarações prestadas à SRF. Desta forma, a fiscalização federal utilizouse das informações disponíveis, já que restaram infrutíferas as tentativas de obtêlas diretamente da recorrente. A recorrente tinha, em 31/12/2001, um estoque de mercadorias no montante de R$ 4.742.988,70, cujas saídas ocorreram, segundo informado em GIA/ICMS, de abril a outubro de 2002, nos valores de R$ 810.610,40, R$ 630.736,20, R$ 543.268,30, R$ 839.618,10, R$ 860.165,00, R$ 461.140,00 e R$ 597.450,00, respectivamente. Estes são os valores que foram considerados pela fiscalização, como sendo a receita obtida pela saída das mercadorias. Verificase, pois, que o lançamento teve bases sólidas, não havendo que se falar em mera presunção fiscal. Quanto à alegação de que os valores tributados constituiriam meros registros de baixa de estoque, a recorrente, em momento algum, especificou a natureza desta suposta operação, não apresentou informações sobre o parâmetro que adotou para daquela forma compôlas quantitativamente e nem mesmo trouxe aos autos os registros contábeis pelos quais tem procedido à aludida "baixa" de R$ 4.742.988,70 de mercadorias em estoque. Desta feita, entre a apuração de saídas de mercadorias que se encontravam em estoque e que foram informadas pela própria recorrente ao fisco estadual, e a alegação, vaga e simples, de que não foi comprovada a existência de operação em que se baseia o lançamento, há de prevalecer aquela que, no presente processo, encontrase embasada em elementos reais, devendo, pois, ser mantido o lançamento tributário. Da alegação de inconstitucionalidade e ilegalidade Alega a recorrente que a exigência fiscal em tela é ilegal e inconstitucional, de vez que, nos termos do art. 150, da Constituição Federal, é vedada a utilização de tributo com efeito de confisco. Além disso, afirma a recorrente que a legislação tributária, ao instituir imposto sobre fato ou fatos não indicativos de riqueza, fere o principio constitucional da capacidade econômica ou contributiva das empresas. As autoridades administrativas estão obrigadas à observância da legislação tributária vigente no País, sendo incompetentes para a apreciação de argüições de inconstitucionalidade e ilegalidade de atos regularmente editados, sendo de competência privativa do STF, art 102, CF. Salientese que, até o momento, não houve qualquer declaração de inconstitucionalidade por parte do STF sobre a contribuição em comento. Da multa de ofício aplicada Ademais, alega a recorrente que a imposição de multa no percentual de 150% é totalmente confiscatória, o que não é permitido em sede tributária. Não deve prosperar a argumentação acima, eis que: A aplicação da multa de oficio constante do Auto de Infração foi feita com base na legislação vigente (inciso II, do art. 44, da Lei 9.430/96 e art. 957, II, do RIR/99) em decorrência da fraude constatada. Fl. 256DF CARF MF Impresso em 02/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 18/03/2013 por WILSON FERNANDES GUIMARAES, Assinado digitalmente em 18/0 3/2013 por WILSON FERNANDES GUIMARAES, Assinado digitalmente em 19/03/2013 por PLINIO RODRIGUES LIMA Processo nº 10980.011138/200352 Acórdão n.º 1301001.131 S1C3T1 Fl. 254 9 Da Taxa Selic A partir de 01.04.1995, sobre os créditos tributários vencidos e não pagos incidem juros de mora equivalentes à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e Custódia SELIC, sendo cabível sua utilização, por expressa disposição legal. Em decorrência dos princípios da legalidade e da indisponibilidade, os referidos dispositivos legais são de aplicação compulsória pelos agentes públicos, até a sua retirada do mundo jurídico, mediante revogação ou resolução do Senado Federal, que declare sua inconstitucionalidade. Nesse sentido, a jurisprudência do Conselho de Contribuintes: [...] Tendo integrado o Colegiado por ocasião do julgamento cujos excertos do acórdão reproduzi acima, mantenho o posicionamento acerca das questões abordadas. Ademais, esclareço que, relativamente à apreciação em seara administrativa de eventuais inconstitucionalidades de leis e à aplicação da taxa de selic, em virtude de reiteradas decisões no mesmo sentido, foram editadas as súmulas nºs 2 e 4, abaixo reproduzidas, que são de adoção obrigatória pelos membros do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, nos termos do parágrafo 4º do art. 72 do Regimento Interno (ANEXO II). Súmula CARF nº 2: O CARF não é competente para se pronunciar sobre a inconstitucionalidade de lei tributária. Súmula CARF nº 4: A partir de 1º de abril de 1995, os juros moratórios incidentes sobre débitos tributários administrados pela Secretaria da Receita Federal são devidos, no período de inadimplência, à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e Custódia SELIC para títulos federais. Em que pese o fato de a decisão ter sido embargada pela contribuinte, esclareço que a Câmara Superior de Recursos Fiscais, por meio do acórdão nº 0105.924 (sessão de 24 de junho de 2008), manteve na íntegra a decisão exarada pela Quinta Câmara do Primeiro Conselho de Contribuintes. Sem prejuízo do disposto na Súmula CARF nº 2, acima transcrita, penso que as considerações da Recorrente acerca da alegada inconstitucionalidade do artigo 3º da Lei nº 9.718, de 1998, que, redefinindo o conceito de faturamento, estabeleceu que as contribuições para o PIS/PASEP e a COFINS seriam calculadas com base na totalidade das receitas auferidas pela pessoa jurídica, merecem ser apreciadas. Nesse sentido, cumpre verificar se as decisões incidentais prolatadas pelo Supremo Tribunal Federal podem dar azo ao afastamento, pela autoridade administrativa, da norma ali declarada inconstitucional, qual seja, o parágrafo 1º do art. 3º da Lei nº 9.718, de 1998. O Decreto nº 2.346, de 1997, consolidando normas procedimentais a serem observadas pela Administração Pública Federal em razão de decisões judiciais, estabeleceu: a) que as decisões do Supremo Tribunal Federal que fixem, de forma inequívoca e definitiva, interpretação do texto constitucional deverão ser uniformemente Fl. 257DF CARF MF Impresso em 02/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 18/03/2013 por WILSON FERNANDES GUIMARAES, Assinado digitalmente em 18/0 3/2013 por WILSON FERNANDES GUIMARAES, Assinado digitalmente em 19/03/2013 por PLINIO RODRIGUES LIMA Processo nº 10980.011138/200352 Acórdão n.º 1301001.131 S1C3T1 Fl. 255 10 observadas pela Administração Pública Federal direta e indireta, obedecidos aos procedimentos por ele estabelecidos; b) que, transitada em julgado decisão do Supremo Tribunal Federal que declare a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, em ação direta, a decisão, dotada de eficácia ex tunc, produzirá efeitos desde a entrada em vigor da norma declarada inconstitucional, salvo se o ato praticado com base na lei ou ato normativo inconstitucional não mais for suscetível de revisão administrativa ou judicial; c) que o disposto no item anterior aplicase, igualmente, à lei ou ao ato normativo que tenha sua inconstitucionalidade proferida, incidentalmente, pelo Supremo Tribunal Federal, após a suspensão de sua execução pelo Senado Federal; d) que, tratandose de decisão proferida em caso concreto, o Presidente da República, mediante proposta de Ministro de Estado, dirigente de órgão integrante da Presidência da República ou do AdvogadoGeral da União, poderá autorizar a extensão dos correspondentes efeitos jurídicos. Em conformidade com o Decreto em referência, portanto, a autoridade administrativa só poderia afastar a aplicação de lei declarada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal, no caso de decisão proferida incidentalmente, em dois casos: a) após a suspensão de sua execução pelo Senado Federal; e b) com base em ato autorizador do Presidente da República. Nessa linha, o disposto no parágrafo único do art. 4º do Decreto nº 2.346, de 1997, que autoriza os órgãos julgadores, singulares ou coletivos, da Administração Fazendária, afastar a aplicação da lei declarada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal, não poderia ser interpretado sem que se levasse em conta as balizas preconizadas pela mesma norma regulamentadora, ou seja, a declaração de inconstitucionalidade referenciada deve decorrer de ação direta ou, no caso em que tenha sido prolatada incidentalmente, que tenha sua execução suspensa pelo Senado Federal ou que tenha seus efeitos jurídicos ampliados em razão de ato do Presidente da República. Contudo, a partir da publicação da Medida Provisória nº 449, em 04 de dezembro de 2008, o Decreto em referência, penso, perdeu a sua eficácia. Isto porque, alterando disposições do Decreto nº 70.235, de 1972, a Lei nº 11.941, de 2009, que resultou da conversão da referida Medida Provisória, estabeleceu: Art. 25. O Decreto no 70.235, de 6 de março de 1972, passa a vigorar com as seguintes alterações: [...] Art. 26A. No âmbito do processo administrativo fiscal, fica vedado aos órgãos de julgamento afastar a aplicação ou deixar de observar tratado, acordo internacional, lei ou decreto, sob fundamento de inconstitucionalidade. ... § 6o O disposto no caput deste artigo não se aplica aos casos de tratado, acordo internacional, lei ou ato normativo: Fl. 258DF CARF MF Impresso em 02/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 18/03/2013 por WILSON FERNANDES GUIMARAES, Assinado digitalmente em 18/0 3/2013 por WILSON FERNANDES GUIMARAES, Assinado digitalmente em 19/03/2013 por PLINIO RODRIGUES LIMA Processo nº 10980.011138/200352 Acórdão n.º 1301001.131 S1C3T1 Fl. 256 11 I – que já tenha sido declarado inconstitucional por decisão definitiva plenária do Supremo Tribunal Federal; ... O art. 62 do Regimento Interno do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais – CARF, na mesma linha do acima disposto, veda expressamente aos membros das turmas de julgamento afastar a aplicação de lei sob fundamento de inconstitucionalidade, esclarecendo, contudo, por meio do seu parágrafo único, que tal vedação não se aplica aos casos de lei que já tenha sido declarada inconstitucional por decisão plenária definitiva do Supremo Tribunal Federal. Como é cediço, a questão posta em discussão no presente item, qual seja, a inconstitucionalidade do parágrafo primeiro do art. 3º da Lei nº 9.718, de 1998, já foi objeto de decisão do plenário do STF nos julgamentos dos Recursos Extraordinários nºs 357.950, 390.840, 358.273 e 346.084. Corroborando o que aqui se afirma, releva reproduzir excerto do pronunciamento da Ministra Cármen Lúcia, ao apreciar Agravo de Instrumento impetrado pela União. DECISÃO AGRAVO REGIMENTAL. TRIBUTÁRIO. COFINS. ARTS. 3º, § 1º, E 8º DA LEI N. 9.718/98. AMPLIAÇÃO DA BASE DE CÁLCULO: IMPOSSIBILIDADE. MAJORAÇÃO DE ALÍQUOTA: CONSTITUCIONALIDADE. RECONSIDERAÇÃO DA DECISÃO AGRAVADA. ANÁLISE, DESDE LOGO, DO AGRAVO DE INSTRUMENTO. AGRAVO PROVIDO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO PARCIALMENTE PROVIDO. ... 11. Em 5 de agosto de 2009, no julgamento do Recurso Extraordinário 527.602, de relatoria do Ministro Eros Grau, o Plenário do Supremo Tribunal Federal reafirmou a jurisprudência no sentido da inconstitucionalidade do art. 3º, § 1º, da Lei n. 9.718/98 e da constitucionalidade do art. 8º da mencionada lei, apreciada nos Recursos Extraordinários ns. 346.084, 357.950, 358.273 e 390.840, Relator o Ministro Marco Aurélio, DJ 15.8.2006. 12. Mantevese o entendimento de que a noção de faturamento contida no art. 195, inc. I, da Constituição da República (norma anterior à Emenda Constitucional n. 20/98) não autoriza a incidência tributária sobre a totalidade das receitas auferidas pelo contribuinte, não sendo possível a convalidação dessa imposição, mesmo com o advento de norma constitucional derivada (Emenda Constitucional n. 20/98). 13. Além disso, o Supremo Tribunal rejeitou a alegação de inconstitucionalidade do art. 8º da Lei 9.718/98 (majoração da alíquota da contribuição de 2% para 3%) e descartou a argumentação de que haveria necessidade de lei complementar para esse fim. Também estabeleceu que a Lei n. 9.718/98 passou a produzir efeitos válidos a partir de 1º.2.1999, em atendimento à exigência do decurso do prazo nonagesimal, prevista no art. 195, § 6º, da Constituição da República. 14. Ao julgar inconstitucional a majoração da alíquota da contribuição de 2% para 3% da Cofins, promovida pelo art. 8º da Lei n. 9.718/98, o Tribunal a quo divergiu da orientação fixada pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal. 15. Pelo exposto, dou provimento a este agravo, na forma do art. 544, §§ 3º e 4º, do Código de Processo Civil, e, desde logo, parcial provimento ao recurso extraordinário, nos termos do art. 557, § 1ºA, do mesmo diploma legal, para reformar o acórdão recorrido no ponto que julgou ilegítima a majoração da alíquota da contribuição de 2% para 3%, promovida pelo Fl. 259DF CARF MF Impresso em 02/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 18/03/2013 por WILSON FERNANDES GUIMARAES, Assinado digitalmente em 18/0 3/2013 por WILSON FERNANDES GUIMARAES, Assinado digitalmente em 19/03/2013 por PLINIO RODRIGUES LIMA Processo nº 10980.011138/200352 Acórdão n.º 1301001.131 S1C3T1 Fl. 257 12 art. 8º da Lei n. 9.718/98. Considerandose a Súmula 512 do Supremo Tribunal Federal, deixo de condenar ao pagamento de honorários advocatícios de sucumbência. Publiquese. Brasília, 19 de novembro de 2009. Ministra CÁRMEN LÚCIA Relatora Sou, pois, pelo acolhimento das razões recursais relativamente a este item. Assim, conduzo meu voto no sentido de DAR PROVIMENTO PARCIAL ao recurso para excluir de tributação os valores correspondentes a OUTRAS RECEITAS (letra “a” da descrição dos fatos de fls. 112, fatos geradores de fevereiro de 1999 a dezembro de 2000). “documento assinado digitalmente” Wilson Fernandes Guimarães Relator Fl. 260DF CARF MF Impresso em 02/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 18/03/2013 por WILSON FERNANDES GUIMARAES, Assinado digitalmente em 18/0 3/2013 por WILSON FERNANDES GUIMARAES, Assinado digitalmente em 19/03/2013 por PLINIO RODRIGUES LIMA
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