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Numero do processo: 13971.001503/2005-80
Turma: Primeira Turma Ordinária da Terceira Câmara da Terceira Seção
Câmara: Terceira Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Wed Dec 09 00:00:00 UTC 2015
Data da publicação: Wed Jan 06 00:00:00 UTC 2016
Ementa: Assunto: Processo Administrativo Fiscal
Período de apuração: 01/04/2004 a 30/06/2004
OMISSÃO NO ACÓRDÃO. INEXISTÊNCIA. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO REJEITADOS.
Rejeitam-se os embargos de declaração quando não caracterizada a aduzida omissão na decisão recorrida, fundamento único do recurso.
Embargos rejeitados.
Numero da decisão: 3301-002.710
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em rejeitar os embargos formulados pela Fazenda Pública, na forma do relatório e do voto que integram o presente julgado.
(assinado digitalmente)
Andrada Márcio Canuto Natal - Presidente.
(assinado digitalmente)
Francisco José Barroso Rios - Relator.
Participaram da presente sessão de julgamento os conselheiros Andrada Márcio Canuto Natal, Francisco José Barroso Rios, José Henrique Mauri, Luiz Augusto do Couto Chagas, Marcelo Costa Marques d'Oliveira, Maria Eduarda Alencar Câmara Simões, Semíramis de Oliveira Duro e Valcir Gassen.
Nome do relator: FRANCISCO JOSE BARROSO RIOS
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INDÚSTRIA E COMÉRCIO ASSUNTO: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL Período de apuração: 01/04/2004 a 30/06/2004 OMISSÃO NO ACÓRDÃO. INEXISTÊNCIA. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO REJEITADOS. Rejeitamse os embargos de declaração quando não caracterizada a aduzida omissão na decisão recorrida, fundamento único do recurso. Embargos rejeitados. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em rejeitar os embargos formulados pela Fazenda Pública, na forma do relatório e do voto que integram o presente julgado. (assinado digitalmente) Andrada Márcio Canuto Natal Presidente. (assinado digitalmente) Francisco José Barroso Rios Relator. Participaram da presente sessão de julgamento os conselheiros Andrada Márcio Canuto Natal, Francisco José Barroso Rios, José Henrique Mauri, Luiz Augusto do Couto Chagas, Marcelo Costa Marques d'Oliveira, Maria Eduarda Alencar Câmara Simões, Semíramis de Oliveira Duro e Valcir Gassen. Relatório AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 13 97 1. 00 15 03 /2 00 5- 80 Fl. 396DF CARF MF Impresso em 06/01/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 19/12/2015 por FRANCISCO JOSE BARROSO RIOS, Assinado digitalmente em 21/ 12/2015 por ANDRADA MARCIO CANUTO NATAL, Assinado digitalmente em 19/12/2015 por FRANCISCO JOSE BARR OSO RIOS 2 Em sessão transcorrida em 19 de março de 2015, a Segunda Turma Especial desta Terceira Seção do CARF deu parcial provimento ao recurso voluntário interposto pelo sujeito passivo, nos termos do acórdão nº 3802004.261, assim ementado: ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS/PASEP Período de apuração: 01/04/2004 a 30/06/2004 PIS/PASEP. REGIME DA NÃOCUMULATIVIDADE. UTILIZAÇÃO DE BENS E SERVIÇOS COMO INSUMOS. CREDITAMENTO. AMPLITUDE DO DIREITO. REALIDADE FÁTICA. ENQUADRAMENTO DE BENS E SERVIÇOS COMO INSUMO NOS TERMOS DO REGIME. DEFICIÊNCIA PROBATÓRIA. DIREITO CREDITÓRIO NÃO RECONHECIDO. No regime de incidência nãocumulativa do PIS/Pasep e da COFINS, as Leis 10.637 de 2002 e 10.833 de 2003 (art. 3o, inciso II) possibilitam o creditamento tributário pela utilização de bens e serviços como insumos na produção ou fabricação de bens ou produtos destinados à venda, ou ainda na prestação de serviços, com algumas ressalvas legais. O escopo das mencionadas leis não se restringe à concepção de insumo tradicionalmente proclamada pela legislação do IPI e espelhada nas Instruções Normativas SRF nos 247/2002 (art. 66, § 5º) e 404/2004 (art. 8o, § 4º), sendo mais abrangente, posto que não há, nas Leis nºs 10.637/02 e 10.833/03, qualquer menção expressa à adoção do conceito de insumo destinado ao IPI, nem previsão limitativa à tomada de créditos relativos somente às matériasprimas, produtos intermediários e materiais de embalagem. Assim, devem ser considerados como insumos os bens utilizados diretamente no processo produtivo (fabril) da empresa, ainda que não sofram alterações em função da ação diretamente exercida sobre o produto em fabricação, mas que guardem estreita relação com a atividade produtiva. Contudo, deve ser afastada a interpretação demasiadamente elástica, e sem base legal, no sentido de dar ao conceito de insumo uma identidade com o de despesa dedutível prevista na legislação do imposto de renda, posto que a Lei, ao se referir expressamente à utilização do insumo na produção ou fabricação, não dá margem a que se considerem como insumos passíveis de creditamento despesas que não se relacionem diretamente ao processo fabril da empresa. Logo, há que se conferir ao conceito de insumo de que trata a legislação do PIS e da COFINS um sentido próprio, extraído da materialidade desses tributos e atento à sua conformação legal expressa: são insumos os bens e serviços utilizados (aplicados ou consumidos) diretamente no processo produtivo (fabril) ou na prestação de serviços da empresa, ainda que, no caso dos bens, não sofram alterações em função da ação diretamente exercida sobre o produto em fabricação. Na realidade em exame, a interessada, repetindo a mesma conduta adotada na primeira instância, não pontuou nos autos os documentos que porventura poderiam comprovar a utilização do produto ou do serviço no processo industrial, muito menos apresentou qualquer levantamento de cálculo ou documentação de caráter técnico, fato que impossibilitou a aceitação como insumo dos itens reclamados. PIS/PASEP. REGIME DA NÃOCUMULATIVIDADE. DESCONTO DE CRÉDITOS CALCULADOS A PARTIR DOS CUSTOS COM ELETRICIDADE. PARCELAMENTO. POSSIBILIDADE. O parcelamento de energia elétrica se enquadra na hipótese de creditamento objeto do regime da nãocumulatividade do PIS/Pasep Fl. 397DF CARF MF Impresso em 06/01/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 19/12/2015 por FRANCISCO JOSE BARROSO RIOS, Assinado digitalmente em 21/ 12/2015 por ANDRADA MARCIO CANUTO NATAL, Assinado digitalmente em 19/12/2015 por FRANCISCO JOSE BARR OSO RIOS Processo nº 13971.001503/200580 Acórdão n.º 3301002.710 S3C3T1 Fl. 319 3 previsto no inciso IX do artigo 3º da Lei nº 10.637 de 2002, inerente a custos com energia elétrica. INCIDÊNCIA NÃOCUMULATIVA DO PIS/PASEP E DA COFINS. DESCONTO DE CRÉDITOS CALCULADOS SOBRE DESPESAS FINANCEIRAS. PAGAMENTOS A EMPRESAS DE FACTORING E DESPESAS COM MORA. INEXISTÊNCIA DE PREVISÃO LEGAL. O inciso V do artigo 3o das Leis nos 10.637/02 e 10.833/03 autoriza o desconto de créditos calculados sobre despesas financeiras decorrentes de empréstimos, financiamentos e contraprestações de operações de arrendamento mercantil de pessoas jurídicas, exceto de optantes pelo SIMPLES. Por falta de previsão legal, não é possível o desconto de créditos calculados sobre pagamentos a empresas de factoring, além de outras moras decorrentes de pagamentos em atraso a fornecedores. Recurso ao qual se dá parcial provimento. (grifouse) Em sede de embargos de declaração, aduz a ProcuradoriaGeral da Fazenda Nacional que, referente a energia elétrica, o despacho decisório glosou os itens "parcelamento, correção monetária, multa, iluminação pública e juros de mora", e que, nos termos do dispositivo do acórdão embargado, foram "vencidos os conselheiros Bruno Curi, Cláudio Pereira e Solon Sehn na parte em que votaram para também incluir, na base de cálculo do crédito reconhecido, os valores pagos a título de correção monetária da energia elétrica". E continua o douto representante da PGFN: Desse modo, o r. acórdão ao tempo em que admitiu o parcelamento, excluiu as despesas com correção monetária. Contudo, a respeito das glosas de multa, iluminação pública e juros de mora o r. acórdão não emitiu provimento específico. Portanto, fazse necessário, para fins de cumprimento do r. acórdão, que reste esclarecido se foram mantidas as glosas de multa, iluminação pública e juros de mora. Formalizados os embargos, os autos foram movimentados para este conselheiro, relator originário do processo, em obediência ao disposto nos parágrafos 5º e 6º do artigo 49 do Anexo II do Regimento Interno do CARF1, aprovado pela Portaria MF nº 343, de 09/06/2015. 1 § 5º Os processos que retornarem de diligência, os conexos, decorrentes ou reflexos e os com embargos de declaração opostos serão distribuídos ao mesmo relator, independentemente de sorteio, ressalvados os embargos de declaração opostos em que o relator não mais pertença ao colegiado, que serão apreciados pela turma de origem, mediante sorteio para qualquer conselheiro da turma. Fl. 398DF CARF MF Impresso em 06/01/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 19/12/2015 por FRANCISCO JOSE BARROSO RIOS, Assinado digitalmente em 21/ 12/2015 por ANDRADA MARCIO CANUTO NATAL, Assinado digitalmente em 19/12/2015 por FRANCISCO JOSE BARR OSO RIOS 4 É o relatório. § 6º Os embargos de declaração opostos contra decisões e os processos de retorno de diligência de turmas extintas serão distribuídos ao relator ou redator, independentemente de sorteio ou, caso relator ou redator não mais pertencer à Seção, o Presidente da respectiva Câmara devolverá para sorteio no âmbito da Seção. Voto Conselheiro Francisco José Barroso Rios A Fazenda Nacional alega que o acórdão embargado reconheceu o direito de creditamento do PIS/PASEP nãocumulativo calculado sobre o parcelamento de energia elétrica, tendoo glosado em relação à correção monetária sobre energia elétrica. "Contudo, a respeito das glosas de multa, iluminação pública e juros de mora o r. acórdão não emitiu provimento específico". Não obstante, não há nenhuma omissão que mereça ser sanada no acórdão vergastado, eis que no mesmo está claro que as glosas de multa, iluminação pública e juros de mora foram mantidas, de sorte que não foi reconhecido o direito de creditamento em relação às citadas rubricas. Tal questão, com efeito, está clara no voto condutor do acórdão em evidência, onde está consignado que, dentre as glosas perpetradas pela autoridade administrativa, deverá ser admitido o desconto de créditos calculados unicamente sobre o parcelamento de energia elétrica, "em vista de este caracterizar mero diferimento dos custos com a energia elétrica consumida". Confirase: Quanto às despesas acessórias com energia elétrica Extraise do relatório de auditoria fiscal (fls. 198/199) que a própria fiscalização já reconheceu o direito creditório calculado em relação ao custo com energia elétrica ("consumo, demanda e encargo de aquisição de energia elétrica, inclusive emergencial"), tendo glosado, contudo, os montantes correspondentes a "parcelamento, correção monetária, multa, iluminação pública e juros de mora". O sujeito passivo, por seu turno, defende que estas também deveriam ter sido consideradas. Com efeito, o inciso IX do artigo 3º da Lei nº 10.637/02, assim como o inciso III do artigo 3º da Lei nº 10.833/03, permitem o desconto de créditos do PIS e da COFINS calculados sobre a energia elétrica consumida nos estabelecimentos da pessoa jurídica. Das glosas acima citadas entendo que deverá ser admitida aquela inerente a parcelamento, em vista de este caracterizar mero diferimento dos custos com a energia elétrica consumida. Nessa parte, portanto, dáse parcial provimento ao recurso formulado pelo sujeito passivo. (os destaques em sublinhados não constam do original) Logo, como se vê, não houve nenhuma omissão no acórdão embargado, uma vez que está claro no mesmo que o desconto dos créditos pelo regime da nãocumulatividade Fl. 399DF CARF MF Impresso em 06/01/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 19/12/2015 por FRANCISCO JOSE BARROSO RIOS, Assinado digitalmente em 21/ 12/2015 por ANDRADA MARCIO CANUTO NATAL, Assinado digitalmente em 19/12/2015 por FRANCISCO JOSE BARR OSO RIOS Processo nº 13971.001503/200580 Acórdão n.º 3301002.710 S3C3T1 Fl. 320 5 do PIS/Pasep restringiuse ao parcelamento da energia elétrica, não alcançando tal desconto as rubricas correspondentes a correção monetária, multa, iluminação pública e juros de mora. Por conta disso é que a ementa do acórdão contempla, unicamente, para fins de creditamento, o parcelamento de energia elétrica, em vista de este se enquadrar na hipótese de creditamento objeto do regime da nãocumulatividade da contribuição em evidência. A questão, portanto, não se subsume ao disposto no caput do artigo 65 do anexo II do Regimento Interno do CARF2, aprovado pela Portaria MF nº 343, de 09/06/2015, uma vez demonstrado que o acórdão embargado não padece de "obscuridade, omissão ou contradição". Da conclusão Diante do exposto, e considerando que o acórdão recorrido não está eivado de omissão que justifique a oposição de embargos de declaração, voto para que seja rejeitado o recurso formalizado pela Fazenda Pública, visto que este carece de pressuposto essencial à sua legitimação. Sala de sessões, em 09 de dezembro de 2015. Francisco José Barroso Rios – Relator 2 Art. 65. Cabem embargos de declaração quando o acórdão contiver obscuridade, omissão ou contradição entre a decisão e os seus fundamentos, ou for omitido ponto sobre o qual deveria pronunciarse a turma. Fl. 400DF CARF MF Impresso em 06/01/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 19/12/2015 por FRANCISCO JOSE BARROSO RIOS, Assinado digitalmente em 21/ 12/2015 por ANDRADA MARCIO CANUTO NATAL, Assinado digitalmente em 19/12/2015 por FRANCISCO JOSE BARR OSO RIOS
score : 1.0
Numero do processo: 10730.002590/97-39
Turma: Primeira Turma Ordinária da Segunda Câmara da Segunda Seção
Câmara: Segunda Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Mon Jan 25 00:00:00 UTC 2016
Data da publicação: Thu Mar 03 00:00:00 UTC 2016
Ementa: Assunto: Normas Gerais de Direito Tributário
Exercício: 1992, 1993
Respeitada a regra do artigo 31 e ausente os vícios elencados no atigo 59 do Decreto 70235/1972, não cabe falar de nulidade da decisão ou do procedimento administrativo.
PRAZO DECADENCIAL - PROCESSO SOBRESTADO AGUARDANDO TRANSITO EM JULGADO
Após o lançamento do crédito tributário, havendo interposição de recursos administrativos ou judiciais, fica suspensa a sua exigibilidade, nos termos do artigo 151 do Código Tributário Nacional.
VALORES DECLARADOS EM DCTF
Os tributos objeto de compensação indevida, declarados em DCTF, apresentados após 31/10/2003, não ensejam lançamento de ofício.
Recurso Voluntário Negado
Numero da decisão: 2201-002.753
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, rejeitar as preliminares e, no mérito, negar provimento ao recurso.
HEITOR DE SOUZA LIMA JÚNIOR - Presidente.
IVETE MALAQUIAS PESSOA MONTEIRO - Relatora.
EDITADO EM: 28/02/2016
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros HEITOR DE SOUZA LIMA JUNIOR (Presidente), EDUARDO TADEU FARAH, IVETE MALAQUIAS PESSOA MONTEIRO, MARIA ANSELMA COSCRATO DOS SANTOS (Suplente convocada), CARLOS ALBERTO MEES STRINGARI, MARCELO VASCONCELOS DE ALMEIDA, CARLOS CESAR QUADROS PIERRE, ANA CECILIA LUSTOSA DA CRUZ.
Nome do relator: Ivete Malaquias Pessoa Monteiro
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ementa_s : Assunto: Normas Gerais de Direito Tributário Exercício: 1992, 1993 Respeitada a regra do artigo 31 e ausente os vícios elencados no atigo 59 do Decreto 70235/1972, não cabe falar de nulidade da decisão ou do procedimento administrativo. PRAZO DECADENCIAL - PROCESSO SOBRESTADO AGUARDANDO TRANSITO EM JULGADO Após o lançamento do crédito tributário, havendo interposição de recursos administrativos ou judiciais, fica suspensa a sua exigibilidade, nos termos do artigo 151 do Código Tributário Nacional. VALORES DECLARADOS EM DCTF Os tributos objeto de compensação indevida, declarados em DCTF, apresentados após 31/10/2003, não ensejam lançamento de ofício. Recurso Voluntário Negado
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decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, rejeitar as preliminares e, no mérito, negar provimento ao recurso. HEITOR DE SOUZA LIMA JÚNIOR - Presidente. IVETE MALAQUIAS PESSOA MONTEIRO - Relatora. EDITADO EM: 28/02/2016 Participaram da sessão de julgamento os conselheiros HEITOR DE SOUZA LIMA JUNIOR (Presidente), EDUARDO TADEU FARAH, IVETE MALAQUIAS PESSOA MONTEIRO, MARIA ANSELMA COSCRATO DOS SANTOS (Suplente convocada), CARLOS ALBERTO MEES STRINGARI, MARCELO VASCONCELOS DE ALMEIDA, CARLOS CESAR QUADROS PIERRE, ANA CECILIA LUSTOSA DA CRUZ.
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conteudo_txt : Metadados => pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.4; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 18; dc:format: application/pdf; version=1.4; pdf:charsPerPage: 1750; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; access_permission:fill_in_form: true; pdf:encrypted: true; producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; access_permission:can_modify: true; pdf:docinfo:producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; Content-Type: application/pdf | Conteúdo => S2C2T1 Fl. 507 1 506 S2C2T1 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS SEGUNDA SEÇÃO DE JULGAMENTO Processo nº 10730.002590/9739 Recurso nº Voluntário Acórdão nº 2201002.753 – 2ª Câmara / 1ª Turma Ordinária Sessão de 25 de janeiro de 2016 Matéria COMPENSAÇÃO Recorrente AUTO VIAÇÃO 1001 LTDA Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO Exercício: 1992, 1993 Respeitada a regra do artigo 31 e ausente os vícios elencados no atigo 59 do Decreto 70235/1972, não cabe falar de nulidade da decisão ou do procedimento administrativo. PRAZO DECADENCIAL PROCESSO SOBRESTADO AGUARDANDO TRANSITO EM JULGADO Após o lançamento do crédito tributário, havendo interposição de recursos administrativos ou judiciais, fica suspensa a sua exigibilidade, nos termos do artigo 151 do Código Tributário Nacional. VALORES DECLARADOS EM DCTF Os tributos objeto de compensação indevida, declarados em DCTF, apresentados após 31/10/2003, não ensejam lançamento de ofício. Recurso Voluntário Negado Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, rejeitar as preliminares e, no mérito, negar provimento ao recurso. HEITOR DE SOUZA LIMA JÚNIOR Presidente. IVETE MALAQUIAS PESSOA MONTEIRO Relatora. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 73 0. 00 25 90 /9 7- 39 Fl. 507DF CARF MF Impresso em 03/03/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 28/02/2016 por IVETE MALAQUIAS PESSOA MONTEIRO, Assinado digitalmente em 28/02/2016 por IVETE MALAQUIAS PESSOA MONTEIRO, Assinado digitalmente em 29/02/2016 por HEITOR DE S OUZA LIMA JUNIOR Processo nº 10730.002590/9739 Acórdão n.º 2201002.753 S2C2T1 Fl. 508 2 EDITADO EM: 28/02/2016 Participaram da sessão de julgamento os conselheiros HEITOR DE SOUZA LIMA JUNIOR (Presidente), EDUARDO TADEU FARAH, IVETE MALAQUIAS PESSOA MONTEIRO, MARIA ANSELMA COSCRATO DOS SANTOS (Suplente convocada), CARLOS ALBERTO MEES STRINGARI, MARCELO VASCONCELOS DE ALMEIDA, CARLOS CESAR QUADROS PIERRE, ANA CECILIA LUSTOSA DA CRUZ. Fl. 508DF CARF MF Impresso em 03/03/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 28/02/2016 por IVETE MALAQUIAS PESSOA MONTEIRO, Assinado digitalmente em 28/02/2016 por IVETE MALAQUIAS PESSOA MONTEIRO, Assinado digitalmente em 29/02/2016 por HEITOR DE S OUZA LIMA JUNIOR Processo nº 10730.002590/9739 Acórdão n.º 2201002.753 S2C2T1 Fl. 509 3 Relatório Às fls. 01/10, em 13 de novembro de 1997, a Auto Viação 1001 S.A, requer, com base nas disposições dos arts. 1º. e 2º , da Instrução Normativa SRF nº. 63, de 24 de julho de 1997, a Resolução no. 82, de 18/11/96, do Senado Federal, e nos arts. 145, III, e 149, VIII, da Lei no. 5.172, de 25/10166 (Código Tributário Nacional), a revisão de ofício dos lançamentos relativos ao "Imposto de Renda na Fonte sobre o Lucro Liquido ILUL1", de que trata o art. 35 da Lei nº 7313, de 29/12/88, correspondentes aos exercícios de 1992 e 1993 anos base 1991 e 1992, para o fim de ser autorizada, na forma do art. 5º. da Instrução Normativa SRF nº. 21, de 10/03/97, com as alterações introduzidas pela Instrução Normativa SRF no. 73, de 15/09/97, a compensação do referido imposto (ILUL1), indevidamente pago, no montante de UF1R 1.229.098,22 (UFIR 1.144.867,53 em 1991 e UFIR 84.230,69 em 1992) com débitos da empresa referentes a tributos e contribuições administrados pela SRF, vencidos e vincendos (cf. art 12, § 3°, da referida INSRF nº. 21/97). Consigna a Contribuine que nos balanços encerrados em 31/12/1991 e 31/12/1992, apurou lucro liquido, e , na forma do art. 35 da Lei no. 7.713, de 31/12/88, recolheu 8% (oito por cento) desse mesmo lucro, a titulo de imposto de renda na fonte. E ainda, que, em função de sua condição de sociedade anônima, e se não distribuira lucros aos acionistas, não ocorrera fato gerador do Imposto de renda, nos termos do artigo 43 e incisos do CTN, dispositivos que transcreve. Transcreve o artigo 132 da Lei 6404/76, para dizer que a assembleia convocada nos termos deste artigo deliberou não distribuir quaisquer dividendos e também que os lucros apurados permanecessem em conta de reserva, até posterior deliberação. Colaciona doutrina para se contrapor a cobrança do ILL diz que se valeu da instancia administrativa para ver seu direito exercitado, com a permissão do STF. que no julgamento do RE 172.0581/SC, na sessão de 30/06/1995, declarou inconstitucional o artigo 35 da Lei 7713/1988, nos casos de sociedade anônima. Transcreve a ementa da decisão e menciona que após a edição da Resolução nº 82 de 18/11/96, do Senado Federal, o pagamento desse imposto passou a ser indevido. Invoca o poder/dever da administração tributária reconhecer seu direito à compensação, nos termos do artigo 77 e incisos da Lei 9.430, de 27/12/1996, os quais transcreve, bem como dispositivos do Decreto 2.194, de 07/04/1997, que secundariam seu pedido. Cita ,também, outros dispositivos infraconstitucionais que militariam a seu favor. Requer, ao final o acolhimento de sua pretensão. Anexa DIPJ 1992, 1993, fls.11 e seguintes (documentos são incluídos duas vezes, até fls.83). Às fls. 84 capa do processo 10.730.002991/9780, apensado por se referir ao mesmo pedido de compensação. Despacho de fls. 88, encaminha o processo a Sesit, em 18/12/1997. Às fls.90 e seguintes, cópia de DARF vencidos e pagos de abril a setembro de 1992; contrato social com a alteração da forma societária (de sociedade anônima para Fl. 509DF CARF MF Impresso em 03/03/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 28/02/2016 por IVETE MALAQUIAS PESSOA MONTEIRO, Assinado digitalmente em 28/02/2016 por IVETE MALAQUIAS PESSOA MONTEIRO, Assinado digitalmente em 29/02/2016 por HEITOR DE S OUZA LIMA JUNIOR Processo nº 10730.002590/9739 Acórdão n.º 2201002.753 S2C2T1 Fl. 510 4 companhia limitada) datado de 02 de agosto de 1993 e outros instrumentos de alterações de contratos sociais. Às fls.131 consta pedido de retificação do valor do imposto de renda na fonte de R$ 1.119.462,66, para R$ 1.351.760,27 em razão do acréscimo do ILULI relativo aos anos base de 1989 e 1990, correspondente a 16.900,12 UFIR para 1989 e 224.799,61 UFIR, para 1990. Informa que já utilizou parte deste valor (R$ 764.300,12) restando, por conseguinte (R$ 587.460,15) cuja compensação parcial efetuara (fls. 132/146). Às fls.147 consta despacho referente ao Processo 10730.001572/9133, onde, em 23/08/1991, o Delegado substituto da DRF em Niterói, defere pedido de compensação de imposto pago a maior , relativo às parcelas do IRPJ, CSLL,ILULI , correspondente ao ano base de 1990, no valor de Cr$ 162.404.293,68, no pagamento da 4ª cota do IRPJ, do mesmo exercício financeiro, vincendo no exercício ou referentes às antecipações do exercício seguinte, ano base de 1991, cujos vencimentos se deram em setembro e dezembro de 1991, por ter pago a TRD , nos meses de fevereiro e março de 1991, considerada inicialmente como índice de correção monetária e que, com a edição da Lei 8.177 de 01/03/1991, artigo 9º, com redação da MP nº 298, de 29/07/91, passou referida TRD a ser definida como taxa de juros. O deferimento é concedido mas a autoridade o condiciona ao direito da Fazenda Nacional cobrar, a qualquer tempo, quaisquer diferenças havidas , decorrentes de regulamentação posterior sobre a matéria.Anexos a esse requerimento fls. 148/157. Despacho de fls. 158, assim determinou: Tendo em vista tratarse de pedido de compensação, encaminhe se preliminarmente ao SESAR para que sejam certificados os DARF de cópia As fls. 58, 59, 104 e 106, e intimado o contribuinte a apresentar: 1 última Alteração Contratual da empresa, onde conste a eleição da Diretoria para o período a partir de 11/08/97, conforme disposto na cláusula terceira, item 4 (fls. 86), da Consolidação do Contrato Social de 11/08/95; 2 esclarecimentos sobre o crédito alegado para o exercício 92, anobase 91, uma vez que os DARF recolhidos, constantes as fls. 59, somam apenas 341.633,76 UFIR, e na Declaração correspondente foi apurado o valor a pagar, após a compensação da TRD, de 950.220,30 UFIR. Resposta às fls. 161 informa que a divergência “ sobre o montante do Imposto de Renda na Fonte sobre o Lucro Liquido recolhido (ILULI código 0764), conforme DARF's de fls. 59 (341.633,76 UFIR) e o valor a pagar constante da DIRPJ respectiva, no total de 950.220,30 UFIR (após a compensação da TRD).Esclarece que a diferença foi objeto de ação judicial alusiva a cobrança da correção monetária, encontrandose a importância respectiva depositada judicialmente. Com isto, o crédito a compensar corresponde a soma dos DARFs rcolhidos, (fls. 59) com o valor da TRD acrescido da taxa de juros SELIC,(sem considerar o valor do depósito judicial). Fl. 510DF CARF MF Impresso em 03/03/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 28/02/2016 por IVETE MALAQUIAS PESSOA MONTEIRO, Assinado digitalmente em 28/02/2016 por IVETE MALAQUIAS PESSOA MONTEIRO, Assinado digitalmente em 29/02/2016 por HEITOR DE S OUZA LIMA JUNIOR Processo nº 10730.002590/9739 Acórdão n.º 2201002.753 S2C2T1 Fl. 511 5 Nas fls. Seguintes cópia da Ação Declaratória da Justiça Federal de 1ª Instância, nº 92.366759.Despacho de fls.184 devolve os autos a SESIT , para continuidade. Em seguida há juntada do Parecer MF/SRF/COSIT/DIPAC nº156 de 07/05/1996, que trata do exame da Contribuição PIS/PASEP, tendo em vista a edição da Resolução do Senado Federal nº 49/95, da MP nº 1212, de 28/11/95 e de suas reedições. Na informação 05/98 de 13/01/1998, fls. 195/200, a autoridade preparadora conclui que os valores pagos durante época em que ainda eram aplicáveis os dispositivos legais que foram posteriormente julgados inconstitucionais e cuja eficácia tenha sido suspensa por resolução do Senado, não são restituíveis. Às fls. 201, ofício 988/98 , referente ao processo judicial 98.02041661, cuja liminar foi deferida para reconhecer o direito à compensação do que foi pago a título de ILL, incidentes sobre lucros apurados e não distribuídos (artigo 35 da Lei 7713/88). (Cópia da inicial às fls. 202/207). Despacho de fls. 208 encaminha o processo a SESAR, para cumprimento do Mandado de Segurança , informando que este deu origem ao processo 10730,001954/9807. Às fls 210 requerimento da Contribuinte para anexar seu pedido de Compensação correspondente ao saldo do crédito do "ILULI" indevidamente pago, no valor de R$ 412.383,00. Intimação fiscal, de fls. 212,diante da concessao de Mandado de Segurança para a compensação do Imposto de Renda na Fonte sobre o Lucro Liquido, determina à Empresa, apresentação no prazo de quarenta e oito horas, de planilha dos valores, em UFIR, recolhidos para o ILL; planilha discriminando valor, data e imposto ou contribuição das compensações realizadas; no caso das compensações efetuadas, comprovar o oferecimento a tributação dos respectivos valores, indicando folha e numero do Livro Diario, com a xerox da folha. Documentos são juntados às fls.213/236. Informação de fl.232 aponta as seguintes compensações: Cód.tri PA VCTO IMPOSTO 2362 30/11/97 29/12/97 299.011,81 2484 30/11/97 29/12/97 74.477,15 5706 30/11/97 03/12/97 390.811,16 5706 30/12/97 07/01/98 326.872,91 2362 31/01/98 27/02/98 356.140,10 2362 31/08/98 30/09/98 412.383,00 Despacho de fls. 237 diz ter juntado a resposta e documentos e encaminha processo ao SESIT. O Serviço de Arrecadação de Niterói, às fls. 238 informa que diante dos créditos apururados e frente às compensações realizadas , restaria a seguinte situação: Cód.trib PA Vcto. Valor R$ 2362 11/97 29/12/97 liquidado 2484 11/97 29/12/97 liquidado 5706 11/97 03/12/97 liquidado 5706 01/98 07/01/98 213.174,63 (saldo) 2362 01/98 27/02/98 356.140,10 (saldo) 2362 08/98 30/09/98 412.383,00(saldo) Fl. 511DF CARF MF Impresso em 03/03/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 28/02/2016 por IVETE MALAQUIAS PESSOA MONTEIRO, Assinado digitalmente em 28/02/2016 por IVETE MALAQUIAS PESSOA MONTEIRO, Assinado digitalmente em 29/02/2016 por HEITOR DE S OUZA LIMA JUNIOR Processo nº 10730.002590/9739 Acórdão n.º 2201002.753 S2C2T1 Fl. 512 6 A empresa se contrapõe a esses cálculos, às fls. 239 e pede aplicação da Norma de Execução Conjunta SRF/COSIT/COSAR n° 08 de 07/06/97, que regulamentou a atualização monetária até 31.12.95, de valores pagos ou recolhidos no período de 01.01.88 a 31.12.91, para fins de restituição ou compensação. Às fls. 240 o Serviço de Arrecadação de Niterói refaz os cálculos e aponta “o crédito tributário atualizado até 12/95 de R$ 1.259.336,75 e que, após as compensações efetuadas com os débitos constantes de fls. 188, ainda restou saldo credor, atualizado pela SELIC até 09/98, de R$ 69.717,83”. Sendo essa a informação a ser prestada, retornese ao Sesit” O volume I é encerrado às fls.243.O volume II inicia com a sentença proferida no MS inserta em sua totalidade, às fls. 246/252 e documentos anexos. Despacho de fls 269 noticia o desarquivamento do processo, nos termos seguintes: “ por falta de informação no PROF1SC da compensação de que o mesmo trata, tendo em vista não estar cadastrado no referido sistema. De sua análise , vêse que uma compensação iniciada administrativamente acabou por efetivarse judicialmente. Das informações extraídas do DCTFGER verificamos que todos os PAs envolvidos foram vinculados ao presente processo como "Compensação sem DARF" pois o mesmo no PCC de fls.97 consta como 12/97 e , na DCTF , cópia de fls.216 , fora informado como 1º TRIM de 98. Diante dos fatos apresentados , propomos o retorno do presente processo SASAR/DRFNiterói para que seja efetuado seu cadastramento no sistema PROF1SC , assim como para verificação da divergência de PA apontada , tendo em vista a iminente disponibilização em ambiente de produção do módulo de Fiscalização Eletrônica do S1EF , que se encarregará de promover a auditoria das DCTFs de 97 e 98. Sugerimos também que o cadastramento se de na situação inicial de Cobrança Final , preferencialmente com data do pedido de compensação , e , posteriormente , seja informada a suspensão pela medida judicial, com data da liminar concedida. Alertamos também quanto à questão da possibilidade de se promover o lançamento de oficio dos referidos valores para prevenção quanto à decadência, tendo em vista não haver ainda Trânsito em Julgado da competente ação , além de ainda persistirem indefinições quanta ao caráter de confissão de divida para os débitos envolvidos em compensações judiciais. Às fls. 272 o processo segue para o Delegado da DRF/Niterói para lançamento dos valores compensados. É juntado o Parecer 991/2001 da PGFN, onde o processo é analisado. Aqui a conclusão é pelo caráter de confissão de dívida da DCTF. Há seguimento para acompanhamento e controle. Fl. 512DF CARF MF Impresso em 03/03/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 28/02/2016 por IVETE MALAQUIAS PESSOA MONTEIRO, Assinado digitalmente em 28/02/2016 por IVETE MALAQUIAS PESSOA MONTEIRO, Assinado digitalmente em 29/02/2016 por HEITOR DE S OUZA LIMA JUNIOR Processo nº 10730.002590/9739 Acórdão n.º 2201002.753 S2C2T1 Fl. 513 7 Às fls.293, cópia do extrato do Processo 2000.02.01.0167968, Apelação em Mandado de Segurança (Processo Original 9802041661) Justiça Federal de Niterói 4ª Vara. Fls. 299 a Contribuinte Pede Certidão Positiva com Efeito de Negativa e as fls. 303 peticiona para fazer juntada ao processo 980204166/2001 da planilha referente às compensações efetuadas e informar que: 1) O montante do crédito oriundos de recolhimentos indevidos à SRF e constantes das fls.196 deste processo, cujo valor atualizado na data de dezembro de 1995,totalizou R$ 1.259.336,75, que atualizado, com base na SELIC, contados a partir de janeiro de 1996 até as datas em que foram compensados, apontariam os valores seguintes; tributo código F.Gerador Vencto. Valor R$ IRPJ 2362 11/1997 12/1997 299.011,81 CSLL 2484 11/1997 12/1997 74.477,15 IRRF 5706 11/1997 12/1997 390.811,16 IRRF 5706 12/1997 01/1998 326.872,91 IRPJ 2362 01/1998 01/1998 356.140,10 IRPJ 2362 08/1998 08/1998 412.383,00 TOTAL 1.859.696,13 2) do crédito atualizado após essas compensações sobrou um crédito, em setembro de 1998, no valor de R$ 18.682,44; 3) anexa folhas da DIPJ, exercício de 1998, 1999 ano calendário 1997 e 1998, às fls.196 deste processo. Despachos de fls. seguintes e documentos juntados dão conta da indefinição do processo e da suspensão da exigibilidade(até fls. 330). Às fls. 344/ sentença da apelação em mandado de segurança, processo 2000.02.01.0167968, assim ementada: TRIBUTÁRIO. ILL. PRAZO PRESCRICIONAL. SÓCIO E ACIONISTA. SOCIEDADE POR AÇÕES E POR COTAS DE RESPONSABILIDADE LIMITADA. INCIDÊNCIA. CORREÇÃO MONETÁRIA. I. Quanto à aplicação do prazo prescricional previsto na Lei Complementar n° 118/2005, o Superior Tribunal de Justiça assim se manifestou: "Assim, na hipótese em exame, com o advento da LC 118/05, a prescrição, do ponto de vista prático, deve ser contada da seguinte forma: relativamente aos pagamentos efetuados a partir da sua vigência (que ocorreu em 09.06.05), o prazo para a ação de repetição do indébito é de cinco a contar da data do pagamento: e relativamente aos pagamentos anteriores, a prescrição obedece ao regime previsto no sistema anterior, limitada, porém, ao prazo máximo de cinco anos a contar da vigência da lei nova" (AI nos EREsp 644736/PE, Rel. Ministro TEORI ALBINO ZAVASCKI, CORTE ESPECIAL, julgado em 06.06.2007, DJ 27.08.2007 p. 170). Fl. 513DF CARF MF Impresso em 03/03/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 28/02/2016 por IVETE MALAQUIAS PESSOA MONTEIRO, Assinado digitalmente em 28/02/2016 por IVETE MALAQUIAS PESSOA MONTEIRO, Assinado digitalmente em 29/02/2016 por HEITOR DE S OUZA LIMA JUNIOR Processo nº 10730.002590/9739 Acórdão n.º 2201002.753 S2C2T1 Fl. 514 8 2. A Suprema Corte já pacificou o entendimento de que não poderá ser retido na fonte o Imposto sobre o Lucro Liquido dos acionistas, haja vista que os lucros não se submetem automaticamente à esfera de disponibilidade destes,devendo ser deliberados em Assembléia Geral. Quanto aos sócios, em sociedade limitada, não se aplicará o artigo caso o contrato social preveja a não distribuição imediata dos lucros. 3. Notese, portanto, que não consta nos autos qualquer documento que comprove que os lucros líquidos dos demais períodosbase pleiteados pela sociedade autora não foram distribuídos entre os acionistas, o que, caso tivesse ocorrido, ter seia consumado o fato gerador do ILL para a plena incidência da exação. Inexiste, pois, documento que comprove a existência de deliberação sobre os dividendos das autoras/apelantes, o que seria fundamental para que ficasse, ao menos a principio, comprovado que, desde o período dos recolhimentos ditos indevidos, não houve a deliberação no sentido de distribuir os lucros das sociedades. 4. Cabe ao autor o onus probandi quanto ao fato constitutivo de seu direito, na forma da legislação processual vigente, de forma que, como sustenta a existência de direito à repetição do indébito a titulo de recolhimento de ILL, ao argumento de que os lucros não são imediatamente distribuídos, deverá comprovar que, de fato, não houve a distribuição dos mesmos, de maneira a fornecer elementos de convicção suficientes para o deferimento da tutela jurisdicional no sentido pleiteado, o que, definitivamente, não restou comprovado na presente. 5. Deve ser observada a legislação vigente ã época do ajuizamento da ação, sendo vedado o julgamento da causa à luz do direito superveniente, ressalvandose o direito da parte autora de proceder ã. compensação dos créditos pela via administrativa, em conformidade com as normas posteriores, desde que atendidos os requisitos próprios. (EREsp n° 488.992/MG, Rel. Min. TEORI ALBINO ZAVASCK1, DJ de 07/06/2004). 6. Recursos de apelação improvidos e remessa necessária parcialmente provida. ACÓRDÃO Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas. Decide a Egrégia Quarta Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da r Regido, por unanimidade, negar provimento aos recursos de apelação e dar parcial provimento à remessa necessária, nos termos do relatório e voto constantes dos autos, que ficam fazendo parte integrante do presente julgado. Certidão contida às fls. 369 , está assim redigida: Fl. 514DF CARF MF Impresso em 03/03/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 28/02/2016 por IVETE MALAQUIAS PESSOA MONTEIRO, Assinado digitalmente em 28/02/2016 por IVETE MALAQUIAS PESSOA MONTEIRO, Assinado digitalmente em 29/02/2016 por HEITOR DE S OUZA LIMA JUNIOR Processo nº 10730.002590/9739 Acórdão n.º 2201002.753 S2C2T1 Fl. 515 9 a pedido da parte interessada, que, revendo em seu poder e Secretaria os autos e dados cadastrais da APELAÇÃO EM MANDADO DE SEGURANÇA N° 2000.02.01.0167968 (32282 AMS/RJ), que tem como apelantes AUTO VIAÇÃO 1001 LTDA e outros e como apelada a UNIÃO FEDERAL/FAZENDA NACIONAL, autuada e distribuída neste Tribunal em 02/03/2000, originaria do Mandado de Segurança n°98.02.041661, o objeto está especificado nas fls. 36/38 da petição inicial e as fls. 387/388 consta decisão proferida pelo Juiz Federal deferindo a liminar, cujas cópias seguem adiante e ficam fazendo parte da presente certidão; que foi proferida sentença concedendo a segurança; que foram opostos embargos de declaração pelos impetrantes; que foi proferida sentença rejeitando os embargos de declaração; que os impetrantes e a Unido Federal/Fazenda Nacional interpuseram recursos de apelação; que a fl. 448 consta despacho proferido recebendo a apelação em seu efeito devolutivo, cuja cópia também segue adiante e fica fazendo parte da presente certidão; que os autos foram distribuídos a esta Turma em 02/03/2000, sendo designado como relator o Desembargador Federal Antônio Cruz Netto; e que os autos encontramse nesta Subsecretaria aguardando processamento.” (...) Despacho decisório às fls.382/384, conclui pela concomitância entre processo administrativo e judicial e submete sua decisão ao Delegado da unidade para continuidade da cobrança. Na Fundamentação e Conclusão do despacho assim constou: Diante de todo o exposto, não cabe apreciar os pedidos de revisão do lançamento do ILULI dos exercícios de 1992 e 1993 e de compensação acostados ao presente em fls.55, 97. 116 e 166/167 com fundamento no Ato Declaratório Normativo n° 03, de 14/02/1996, em face da opção do interessado em discutir o mesmo objeto deste processo em sede judicial, e devese prosseguir na cobrança dos débitos relacionados pelo interessado nos respectivos pedidos de compensação, declarados em DCTF.cujo valor total original é de RS 1.859.696,09 (sem acréscimos legais), fls.337, por não estarem mais com sua exigibilidade suspensa desde 06/07/2009, por força da publicação do Acórdão do TRF2aRegião nos autos da Apelação AMS 32282, interposta contra sentença concessiva da segurança proferida no Mandado de Segurança n° 98.0204166 1, que considerou improcedente o pedido do interessado, observandose, contudo, que o contribuinte é optante do parcelamento especial previsto na Lei 11.941/2009, ainda em fase de consolidação, e indicou a inclusão da totalidade dos débitos nos termos da Portaria PGFN/RFB 003/2010 (fls.324). Proponho que o presente processo seja submetido à apreciação do Sr. Delegado e, após assinatura do despacho decisório e ciência do contribuinte, este processo seja encaminhado ao setor de parcelamento do DRFNiterói/Seort para controle e Fl. 515DF CARF MF Impresso em 03/03/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 28/02/2016 por IVETE MALAQUIAS PESSOA MONTEIRO, Assinado digitalmente em 28/02/2016 por IVETE MALAQUIAS PESSOA MONTEIRO, Assinado digitalmente em 29/02/2016 por HEITOR DE S OUZA LIMA JUNIOR Processo nº 10730.002590/9739 Acórdão n.º 2201002.753 S2C2T1 Fl. 516 10 aguardar o término da consolidação do parcelamento da Lei n° 11.941/2009. Ciência deste depacho em 30 de junho de 2011, fls. 401. Manifestação de inconformidade interposta às fls.403/417, onde argui, em síntese, a preliminar de nulidade da decisão que não conheceu do pedido de compensação. No mérito, a decadência do direito de lançar a compensação indeferida. E, ainda, no mérito, propriamente dito, argui o trânsito em julgado dos autos do Mandado de Segurança nº 98.0204166, onde a União não recorreu. E embora o Tribunal Regional Federal tenha reformado a sentença para denegar a ordem de segurança, na parte declaratória reconheceu de forma cabal a inexistência de relação jurídico/tributária, conforme texto do voto que transcreve. Comenta que as decisões não deixaram dúvidas acerca da impossibilidade jurídica de tributação do ILL, ante a declaração de inconstitucionalidade do artigo 35 da Lei 7713/1998. Pede a ratificação das compensações realizadas, dos seguintes valores: código apuração vencto Valor R$ 2362 30/11/97 29/12/97 209.011,81 2484 30/11/97 29/12/97 74,477,15 5706 30/11/97 03/12/97 390.811,66 5706 30/12/97 07/01/98 326.872,91 2362 31/01/98 27/02/98 356.140,10 2362 31/08/98 30/09/98 412.383,00 São juntados documentos à manifestação , o processo é convertido em digital e há encerramento do volume II, às fls. 447 , às fls. 452, volume II, há termo de renumeração do processo. Acórdão 1242.943, da 8ª Turma DRJ RJ1, de 13 de dezembro de 2011, fls.456/458, julga improcedente a manifestação de inconformidade, dizendo faltar liquidez e certeza ao crédito, porque pendente de decisão judicial. Ciencia em 06 de janeiro de 2012, conforme AR de fls.463. Em 02 de fevereiro de 2012, às fls. 464/486, há pedido de reconsideração ao acórdão, invocando os seguintes dispositivos legais: “Art. 5°, incisos XXXIV, LIV e LV da Constituição Federal, inciso II, do art. 9°, da Lei n° 9.784 c/c art. 14 e seguintes do Decreto n° 70.235, de 06 de março de 1972 e art. 1° do Regimento Interno do CARF aprovado pela Portaria n° 256 do Ministro de Estado da Fazenda de 22 de junho de 2009.” E , ainda, se tal não fosse aceito, se processassem as razões de recurso. Estas, de fls. 464/466, tem início invocando a inconsistência jurídica da decisão de primeiro grau, pois o julgador se louvando no parágrafo único do artigo 86 da INSRF 900/2008, não adentrou no mérito da questão. E o tributo recolhido indevidamente foi declarado inconstitucional, não restando dúvidas sobre a ilegalidade da cobrança. Transcreve o artigo 74§ 12, da Lei 9430/96 e parte de dispositivos da IN 900/2008. Fl. 516DF CARF MF Impresso em 03/03/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 28/02/2016 por IVETE MALAQUIAS PESSOA MONTEIRO, Assinado digitalmente em 28/02/2016 por IVETE MALAQUIAS PESSOA MONTEIRO, Assinado digitalmente em 29/02/2016 por HEITOR DE S OUZA LIMA JUNIOR Processo nº 10730.002590/9739 Acórdão n.º 2201002.753 S2C2T1 Fl. 517 11 Continua para dizer que por disposição legal não caberia o comando o parágrafo único do artigo 86, da IN 900/2008, utilizado pelo julgador de primeiro grau para não adentrar no mérito da matéria discutida. Também equivocada a afirmação que o crédito requerido estaria pendente de decisão judicial, sem analisar os fundamentos apresentados na manifestação e que deram suporte jurídico às compensações realizada. Isto porque a decisão proferida no mandado de segurança rejeitou o pedido, por fundamentos meramente processuais , pela aplicação da lei vigente época que impossibilitava o exercício do direito de compensar, sem anuência da Receita Federal. Reclama da decisão quando não verificou todas as matérias formuladas, violando o artigo 48 da Lei 9784/1999. Aduz que o procedimento administrativo não esbarra nos limites impostos à jurisdição e a ele não se aplica o principio da inércia. Desse modo, por disposição expressa da Lei, tendo o contribuinte formulado razões de defesa oposta em face de direito material, deveria ter as respostas solicitadas. No item "II", argui a decadência do direito de lançar a compensação indeferida. Porque a administração não se manifestou quanto ao pedido de compensação dos valores indevidamente pagos a título de ILL, realizou as contribuições espontâneas, de fls.188, cujos valores demonstra na ordem seguinte: código apuração vencto Valor R$ 2362 30/11/97 29/12/97 209.011,81 2484 30/11/97 29/12/97 74,477,15 5706 30/11/97 03/12/97 390.811,66 5706 30/12/97 07/01/98 326.872,91 2362 31/01/98 27/02/98 356.140,10 2362 31/08/98 30/09/98 412.383,00 E complementa: Conforme se vê da exposta relação, os tributos compensados tiveram sua apuração (fato gerador) entre 30 de novembro de 1997 e 31 de agosto de 1998, e como estão sujeitos a lançamento por homologação, a eles se aplicam os prazos decadenciais estabelecidos no § 4°, do art. 150 do CTN, de modo que o direito da fazenda pública lançar os valores acima expirou em 30/11/02, 31/12/02, 31/01/03 e 31/08/03. 16. Sobre o assunto cabe esclarecer que o alerta do Chefe da DISAR/SRRF7aRF (fl. 223) não foi atendido em face do entendimento contrario dos demais órgãos da Delegacia. 17. Também convém destacar que da Intimação para a Fiscalização dos valores envolvidos no processo (fl. 168) não resultou qualquer lançamento de oficio, tendo a recorrente apresentado a Declaração de Contribuições e Tributos Federais DCTF de fls.: 171/219 (R$ 299.011,81), 172/220 (R$ 390.811,16), 173/222 (R$ 74.477,15), 179/216 (R$ 326.872,91), 180/221 (R$ 356.140,10) e 217 (R$ 412.383,00). Fl. 517DF CARF MF Impresso em 03/03/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 28/02/2016 por IVETE MALAQUIAS PESSOA MONTEIRO, Assinado digitalmente em 28/02/2016 por IVETE MALAQUIAS PESSOA MONTEIRO, Assinado digitalmente em 29/02/2016 por HEITOR DE S OUZA LIMA JUNIOR Processo nº 10730.002590/9739 Acórdão n.º 2201002.753 S2C2T1 Fl. 518 12 18. As DCTFs apresentadas à Repartição Fazendaria apresentam o saldo a pagar igual a zero, de modo que competia efetuar o lançamento do valor que a Receita entendia devido, isso para elidir a caducidade prevista no art. 74, § 5', da Lei n° 9.430, de 27/12/1996. 20. Assim agindo a Autoridade Fazenddria deixou de atender ao que estabelecia a Instrução Normativa SRF n° 255, de 2002 (transcreve). Transcreve o art. 90 da Medida Provisória n° 2.15835, de 2001, bem como ementas decisões judiciais, a exemplo , do STJ, acórdão da 2ª Turma proferido nos autos do REsp 1.205.004/SC, Min. César Asfor Rocha foi publicado no DJe de 16/05/2011, para concluir com pedido de declaração de inexistência de créditos tributários, ante a decadência prevista no artigo 156,V do Código Tributário Nacional. No item "III" referese ao mérito “stricto sensu”, onde divide o litígio em duas partes: III a do pedido de revisão do lançamento do ILL, transcreve a parte dispositiva do acórdão da Quarta Turma Especializada do Tribunal Regional Federal, no que tange ao dever de se observar a legislação vigente à épocado ajuizamento da ação ((ERESP no 488.992/MG, Rel. Min. TEORI ALBINO ZAVASCKI, DJ de 07/06/2004). E a conclusão ali constante, no que tange à tempestividade do seu pedido , pois, em seu caso, o prazo de decadência, seria de 10 anos. Repisa o direito de repetição do tributo pago indevidamente, pois a sentença do Mandado de Segurança declarou a inexistência de relação jurídica. Transcreve os fundamentos expressos naquela decisão. Continua para dizer que, embora o Tribunal Federal tenha reformado a sentença para denegar a ordem de segurança, na parte declaratória reconhece a inexistência de relação jurídico/tributária, conforme se extrai do voto condutor do Acórdão da Quarta Turma Especializada. Transcreve. E mais, as decisões judiciais não deixam dúvida acerca da impossibilidade jurídica de tributação do ILL, em face da declaração de inconstitucionalidade do art. 35 da Lei n° 7.713/88. Com isto os pagamentos realizados nos exercícios de 1991 e 1992, por indevidos, devem ser restituídos. IIIb – do pedido de compensação Neste item destaca o disciplinamento legal adequado no art. 74 da Lei n° 9.430, de 1996, com a redação dada pelas Leis nºs 10.637, de 2002 e 10.833, de 2003. Dispositivos que transcreve para dizer que embora seu pedido de compensação seja anterior a essas leis, pelo principio da intertemporalidade é recomendada a sua imediata aplicação, o que por si só justificaria o acolhimento do recurso. Permanecendo o óbice da ADN COSIT 3/96, ainda assim remanesceria o seu direito. A decisão proferida pelo Tribunal Regional Federal da 2ª Região, apesar de não definitiva, também o reconheceu. A oposição ao pedido do mandado de segurança se deu por não concordar com a forma pretendida pelo contribuinte, uma vez que a legislação da época limitava a compensação com tributos da mesma espécie e mediante autorização expressa da Fl. 518DF CARF MF Impresso em 03/03/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 28/02/2016 por IVETE MALAQUIAS PESSOA MONTEIRO, Assinado digitalmente em 28/02/2016 por IVETE MALAQUIAS PESSOA MONTEIRO, Assinado digitalmente em 29/02/2016 por HEITOR DE S OUZA LIMA JUNIOR Processo nº 10730.002590/9739 Acórdão n.º 2201002.753 S2C2T1 Fl. 519 13 Fazenda Nacional. Transcreve parte do voto condutor que trata especificamente das possibilidades legais para realizar a compensação. Finaliza dizendo que sob o prisma do direito material envolvido ou sob o prisma do direito declarado na sentença do mandado de segurança, caberia o acolhimento de suas razões e deferimento das compensações realizadas. Despacho de fls. 491 atesta a tempestividade das razões apresentadas. Às fls. 492 Resolução 1102000226 de 05/12/2013,da 2ª.Turma Ordinária da 1ª Sessão do CARF, declina da competência do julgamento e encaminha os autos para a 2ª Seção. Às fls. 504 o processo é devolvido a Secretaria da Seção. Por sorteio, os recebo. É o Relatório. Fl. 519DF CARF MF Impresso em 03/03/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 28/02/2016 por IVETE MALAQUIAS PESSOA MONTEIRO, Assinado digitalmente em 28/02/2016 por IVETE MALAQUIAS PESSOA MONTEIRO, Assinado digitalmente em 29/02/2016 por HEITOR DE S OUZA LIMA JUNIOR Processo nº 10730.002590/9739 Acórdão n.º 2201002.753 S2C2T1 Fl. 520 14 Voto Conselheiro Ivete Malaquias Pessoa Monteiro Como exaustivamente relatado, o processo se originou em 13 de novembro de 1997, com o pedido inicial para que, administrativamente, fosse reconhecido o direito da recorrente compensar o ILL recolhido indevidamente no montante de 1.229.098,22,sendo no exercícios de1992 o valor de 1.144.867,53 UFIR e em 1993, 84.230,69 UFIR, ante a declaração de inconstitucionalidade do artigo 35 da Lei 7713/1988 (fls.2/12). A recorrente inicia suas razões arguindo a preliminar de inconsistência jurídica da decisão combatida porque seus argumentos não teriam sido enfrentados tanto pela administração, em sede de preparo, quanto pela decisão que silenciara quanto a este ponto. A tramitação foi de longo curso. Administrativamente, o crédito não foi reconhecido e a Contribuinte optou por ingressar no judiciário. Nos três momentos processuais nos quais ofereceu sua manifestação de inconformidade, impugnação e recurso, a Contribuinte pretendeu deslocar a discussão do âmbito judicial para o administrativo, querendo forçar a administração a se pronunciar sobre matéria que está sendo discutida no âmbito do judiciário, e que se tal não acontecesse, implicaria na necessidade de decretação de nulidade da decisão recorrida. Contudo não se verifica nenhum vício na decisão recorrida que cumpriu todos os requisitos do Decreto do Decreto 70235/1972, artigo 31, bem como não padece dos vícios elencados no artigo 59 do Decreto 70235/1972. Igualmente, todo procedimento observou o devido processo legal. Provas são os vários despachos , como o de fls. 269 que, inclusive, responde a dúvida postada nas razões oferecidas, de suposta instalação da decadência por ausência do lançamento para prevenila. Não cabe falar em decadência ante o sobrestamento do processo, para aguardar a decisão judicial definitiva. A DCTF é bastante como título executório . A procuradoria respondeu através do Parecer da PGFN 992/2001, que trata da “Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais – DCTF, Natureza Jurídica de confissão de dívda tributária. Sistemática de cobrança mediante inscrição em Dívida Ativa. Do “saldo a pagar”. Alteração de ofício do montante do ‘saldo a pagar’, juridicidade”. Através deste parecer, resta claro a possibilidade da autoridade, alterar o saldo do valor devido e , por óbvio, no caso, em se tratando de valores decorrentes de decisão judicial, esses se compaginarão com a decisão daí decorrente. É lógico que, em se excluindo o crédito não reconhecido, o resultado da DCTF não mais será zero e sim o valor do imposto devido. Fl. 520DF CARF MF Impresso em 03/03/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 28/02/2016 por IVETE MALAQUIAS PESSOA MONTEIRO, Assinado digitalmente em 28/02/2016 por IVETE MALAQUIAS PESSOA MONTEIRO, Assinado digitalmente em 29/02/2016 por HEITOR DE S OUZA LIMA JUNIOR Processo nº 10730.002590/9739 Acórdão n.º 2201002.753 S2C2T1 Fl. 521 15 O parecer acima mencionado dá validade jurídica à DCTF como Declaração e Confissão de Dívida Tributária, e conclui nos termos seguintes: a) declaração e confissão de divida tributiria hoje efetivada no âmbito da Secretaria da Receita Federal por intermédio da Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais DCTF, guarda conformidade com a ordem juridica em vigor, sendo plenamente válida para viabilizar a inscrição em Divida Ativa e a cobrança judicial, se for o caso; b) a sisternatica de cobrança do "saldo a pagar mediante inscrição em Divida Ativa e os consequentes a partir daí é juridicamente escorreita representando, inclusive, um aperfeiçoamento desejável pela redução, em tese, de inconsistências de várias ordens; c) não há necessidade a rigor, não é juridicamente válida a formalização ou constituição de crédito tributário já revelado no âmbito da sistemática de declaração e confissão de dívida, na modalidade de saldo a pagar; d) a Secretaria da Receita Federal pode e deve alterar o montante do saldo a pagar, sem afronta ao débito devido(débito apurado) se identificar de ofício, fatos relevantes para tanto, devidamente contemplado na legislação tributária. A matéria já se encontra sumulada: Súmula CARF nº 52: Os tributos objeto de compensação indevida formalizada em Pedido de Compensação ou Declaração de Compensação apresentada até 31/10/2003, quando não exigíveis a partir de DCTF, ensejam o lançamento de ofício. Entendo que o parecer e a súmula, são suficientes para responder a essa preliminar arguída. No mérito, não há como manifestar juízo de valor, acerca do reconhecimento da possibilidade de compensar o ILL recolhido nos anos calendários de 1991 e 1992, ante a declaração de inconstitucionalidade do artigo 35 da Lei 7713/1988. A matéria foi submetida ao poder judiciário que através do Processo nº 2000.02.01.0167968,referente à Apelação em Mandado de Segurança (AMS/32282) PROC.ORIGINÁRIO 9802041661 da Justiça Federal de Niterói, 4ª Vara, sentença, fls.344/361, alterou a expectativa de direito que a Contribuinte exercitava, de forma precária, albergada por mandado de segurança , sem trânsito em julgado. O resultado das busca do processo, pesquisa realizada no dia 05.01.2016, aponta o seguinte andamento: Processo: Nº0016796 74.2000.4.02.0000 (TRF2 2000.02.01.0167968) Fl. 521DF CARF MF Impresso em 03/03/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 28/02/2016 por IVETE MALAQUIAS PESSOA MONTEIRO, Assinado digitalmente em 28/02/2016 por IVETE MALAQUIAS PESSOA MONTEIRO, Assinado digitalmente em 29/02/2016 por HEITOR DE S OUZA LIMA JUNIOR Processo nº 10730.002590/9739 Acórdão n.º 2201002.753 S2C2T1 Fl. 522 16 XII APELACAO EM MANDADO DE SEGURANCA ( AMS /32282 ) AUTUADO EM 02.03.2000 PROC. ORIGINÁRIO Nº 9802041661 JUSTIÇA FEDERAL NITEROI VARA: 4ª APTE AUTO VIAÇÃO 1001 LTDA ADV: CARLOS FREDERICO LUCCHETTI BINGEMER E OU APDO UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL ADV:RELATOR: DES.FED.VICEPRESIDENTE AGREXT : AUTO VIACAO 1001 LTDA : COFAC COMPANHIA FLUMINENSE DE ADM. E COM. : AUTO VIACAO 1001 LTDA : COFAC COMPANHIA FLUMINENSE DE ADM.E COM.S.A : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL : COFACCOMPANHIA FLUMINENSE DE ADMINISTRAÇÃO E COMÉRCIO LOCALIZAÇÃO: BAIXADO Movimentos: Em 27/03/2015 14:07 Remessa eletrônica de processo/recurso digitalizado ao STJ CONFORME CERTIDÃO DA NUDIG DE VIRTUALIZAÇÃO E ENVIO ELETRÔNICO DOS AUTOS E no STJ, a sequência é a seguinte: REsp nº 1521173 / RJ (2015/00610236) autuado em 25/03/2015 Detalhes PROCESSO:RECURSO ESPECIAL RECORRENTE:AUTO VIAÇÃO 1001 LTDA (...) RECORRIDO :FAZENDA NACIONAL LOCALIZAÇÃO:Saída para MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL em 31/08/2015 TIPO:Processo eletrônico. AUTUAÇÃO:25/03/2015 NÚMERO ÚNICO: 001679674.2000.4.02.0000 RELATOR(A):Min. MAURO CAMPBELL MARQUES SEGUNDA TURMA Fl. 522DF CARF MF Impresso em 03/03/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 28/02/2016 por IVETE MALAQUIAS PESSOA MONTEIRO, Assinado digitalmente em 28/02/2016 por IVETE MALAQUIAS PESSOA MONTEIRO, Assinado digitalmente em 29/02/2016 por HEITOR DE S OUZA LIMA JUNIOR Processo nº 10730.002590/9739 Acórdão n.º 2201002.753 S2C2T1 Fl. 523 17 RAMO DO DIREITO:DIREITO TRIBUTÁRIO ASSUNTO(S):DIREITO TRIBUTÁRIO, Impostos, IRPJ / Imposto de Renda de Pessoa Jurídica. DIREITO TRIBUTÁRIO, Crédito Tributário, Fato Gerador/Incidência. DIREITO TRIBUTÁRIO, Crédito Tributário, Extinção do Crédito Tributário, Compensação. DIREITO TRIBUTÁRIO, Obrigação Tributária, Responsabilidade tributária. DIREITO TRIBUTÁRIO, Impostos, IRPJ / Imposto de Renda de Pessoa Jurídica. TRIBUNAL DE ORIGEM:TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 2ª REGIÃO NÚMEROS DE ORIGEM: 00167967420004020000, 200002010167968, 32282, 9802041661. 2 volumes, nenhum apenso. ÚLTIMA FASE:07/12/2015 (15:52) JUNTADA DE CERTIDÃO : CERTIFICO QUE FOI EXPEDIDA CERTIDÃO DE OBJETO E PÉ EM ATENDIMENTO À PETIÇÃO 542254/2015. A matéria no âmbito do Colegiado administrativo de 2º grau se encontra sumulada: Súmula CARF nº 1: Importa renúncia às instâncias administrativas a propositura pelo sujeito passivo de ação judicial por qualquer modalidade processual, antes ou depois do lançamento de ofício, com o mesmo objeto do processo administrativo, sendo cabível apenas a apreciação, pelo órgão de julgamento administrativo, de matéria distinta da constante do processo judicial. Por isto não conheço da matéria oferecida ao crivo do poder judiciário Nesta conformidade, afasto as preliminares e quanto ao mérito Nego provimento ao recurso. Ivete Malaquias Pessoa Monteiro Fl. 523DF CARF MF Impresso em 03/03/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 28/02/2016 por IVETE MALAQUIAS PESSOA MONTEIRO, Assinado digitalmente em 28/02/2016 por IVETE MALAQUIAS PESSOA MONTEIRO, Assinado digitalmente em 29/02/2016 por HEITOR DE S OUZA LIMA JUNIOR Processo nº 10730.002590/9739 Acórdão n.º 2201002.753 S2C2T1 Fl. 524 18 Fl. 524DF CARF MF Impresso em 03/03/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 28/02/2016 por IVETE MALAQUIAS PESSOA MONTEIRO, Assinado digitalmente em 28/02/2016 por IVETE MALAQUIAS PESSOA MONTEIRO, Assinado digitalmente em 29/02/2016 por HEITOR DE S OUZA LIMA JUNIOR
score : 1.0
Numero do processo: 10930.000320/2007-05
Turma: Primeira Turma Ordinária da Terceira Câmara da Terceira Seção
Câmara: Terceira Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Tue Dec 08 00:00:00 UTC 2015
Data da publicação: Mon Dec 28 00:00:00 UTC 2015
Ementa: Assunto: Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI
Período de apuração: 01/01/2004 a 31/03/2004
IPI. CREDITO PRESUMIDO. RESSARCIMENTO. INCIDÊNCIA DA TAXA SELIC. INEXISTÊNCIA DE PREVISÃO LEGAL. IMPOSSIBILIDADE.
Por ausência de previsão legal, não se admite a correção monetária sobre créditos escriturais do IPI.
Recurso ao qual se nega provimento.
Numero da decisão: 3301-002.671
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso, na forma do relatório e do voto que integram o presente julgado.
(assinado digitalmente)
Andrada Márcio Canuto Natal - Presidente.
(assinado digitalmente)
Francisco José Barroso Rios - Relator.
Participaram da presente sessão de julgamento os conselheiros Andrada Márcio Canuto Natal, Francisco José Barroso Rios, José Henrique Mauri, Luiz Augusto do Couto Chagas, Marcelo Costa Marques d'Oliveira, Maria Eduarda Alencar Câmara Simões, Semíramis de Oliveira Duro e Valcir Gassen.
Nome do relator: FRANCISCO JOSE BARROSO RIOS
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Recorrida Fazenda Nacional ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS IPI Período de apuração: 01/01/2004 a 31/03/2004 IPI. CREDITO PRESUMIDO. RESSARCIMENTO. INCIDÊNCIA DA TAXA SELIC. INEXISTÊNCIA DE PREVISÃO LEGAL. IMPOSSIBILIDADE. Por ausência de previsão legal, não se admite a correção monetária sobre créditos escriturais do IPI. Recurso ao qual se nega provimento. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso, na forma do relatório e do voto que integram o presente julgado. (assinado digitalmente) Andrada Márcio Canuto Natal Presidente. (assinado digitalmente) Francisco José Barroso Rios Relator. Participaram da presente sessão de julgamento os conselheiros Andrada Márcio Canuto Natal, Francisco José Barroso Rios, José Henrique Mauri, Luiz Augusto do Couto Chagas, Marcelo Costa Marques d'Oliveira, Maria Eduarda Alencar Câmara Simões, Semíramis de Oliveira Duro e Valcir Gassen. Relatório AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 93 0. 00 03 20 /2 00 7- 05 Fl. 70DF CARF MF Impresso em 28/12/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 19/12/2015 por FRANCISCO JOSE BARROSO RIOS, Assinado digitalmente em 21/ 12/2015 por ANDRADA MARCIO CANUTO NATAL, Assinado digitalmente em 19/12/2015 por FRANCISCO JOSE BARR OSO RIOS 2 Tratase de recurso voluntário interposto contra decisão da 2ª Turma da DRJ Ribeirão Preto (fls. 36/39), a qual, por unanimidade de votos, e fundamentada em inexistência de previsão legal, indeferiu a manifestação de inconformidade apresentada pela interessada contra despacho decisório que não reconheceu alegado direito à correção pela taxa SELIC de créditos presumidos do IPI. Cientificada da referida decisão em 30/01/2013 (vide AR de fls. 43), a interessada, em 01/03/2013, apresentou o recurso voluntário de fls. 44/49, onde aduz que teria direito à correção monetária sobres os créditos presumidos com base em jurisprudência do CARF e do Superior Tribunal de Justiça. Diante do exposto, requer a interessada seja dado provimento ao seu recurso, com o consequente reconhecimento do direito de aplicação da correção monetária sobre os créditos em questão. É o relatório. Voto Conselheiro Francisco José Barroso Rios O recurso merece ser conhecido por preencher os requisitos formais e materiais exigidos para sua aceitação. O mérito da contenda envolve discussão concernente a pedido de correção monetária, pela taxa SELIC, de créditos presumidos do IPI. No entanto, como já destacado na decisão recorrida, não há previsão legal que autorize o deferimento de pleito nesse sentido. Tal entendimento, inclusive, está sedimentado no Recurso Especial nº 1.035.847/RS (transitado em julgado em 03/03/2010), que, sob o regime do recurso repetitivo previsto no artigo 543C do CPC, consolidou entendimento segundo o qual “a correção monetária não incide sobre os créditos de IPI decorrentes do princípio constitucional da não cumulatividade (créditos escriturais), por ausência de previsão legal”. Vale lembrar que, por força do disposto no caput do artigo 62A do Anexo II do Regimento Interno do CARF1, referida decisão deverá ser obrigatoriamente observada por este Conselho. Contudo, extraise da mesma decisão que o impedimento, pela autoridade administrativa, à utilização do direito de créditos escriturais do IPI, descaracteriza referida natureza escritural, exsurgindo legítima a necessidade de atualizálos monetariamente pela taxa Selic, sob pena de enriquecimento sem causa do Fisco. Referido acórdão ficou assim ementado: PROCESSO CIVIL. RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA. ARTIGO 543C, DO CPC. TRIBUTÁRIO. IPI. PRINCÍPIO DA NÃO CUMULATIVIDADE. EXERCÍCIO DO DIREITO DE CRÉDITO 1 Art. 62A. As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal e pelo Superior Tribunal de Justiça em matéria infraconstitucional, na sistemática prevista pelos artigos 543B e 543C da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973, Código de Processo Civil, deverão ser reproduzidas pelos conselheiros no julgamento dos recursos no âmbito do CARF. Fl. 71DF CARF MF Impresso em 28/12/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 19/12/2015 por FRANCISCO JOSE BARROSO RIOS, Assinado digitalmente em 21/ 12/2015 por ANDRADA MARCIO CANUTO NATAL, Assinado digitalmente em 19/12/2015 por FRANCISCO JOSE BARR OSO RIOS Processo nº 10930.000320/200705 Acórdão n.º 3301002.671 S3C3T1 Fl. 71 3 POSTERGADO PELO FISCO. NÃO CARACTERIZAÇÃO DE CRÉDITO ESCRITURAL. CORREÇÃO MONETÁRIA. INCIDÊNCIA. 1. A correção monetária não incide sobre os créditos de IPI decorrentes do princípio constitucional da nãocumulatividade (créditos escriturais), por ausência de previsão legal. 2. A oposição constante de ato estatal, administrativo ou normativo, impedindo a utilização do direito de crédito oriundo da aplicação do princípio da não cumulatividade, descaracteriza referido crédito como escritural, assim considerado aquele oportunamente lançado pelo contribuinte em sua escrita contábil. 3. Destarte, a vedação legal ao aproveitamento do crédito impele o contribuinte a socorrerse do Judiciário, circunstância que acarreta demora no reconhecimento do direito pleiteado, dada a tramitação normal dos feitos judiciais. 4. Consectariamente, ocorrendo a vedação ao aproveitamento desses créditos, com o conseqüente ingresso no Judiciário, postergase o reconhecimento do direito pleiteado, exsurgindo legítima a necessidade de atualizálos monetariamente, sob pena de enriquecimento sem causa do Fisco (Precedentes da Primeira Seção: EREsp 490.547∕PR, Rel. Ministro Luiz Fux, julgado em 28.09.2005, DJ 10.10.2005; EREsp 613.977∕RS, Rel. Ministro José Delgado, julgado em 09.11.2005, DJ 05.12.2005; EREsp 495.953∕PR, Rel. Ministra Denise Arruda, julgado em 27.09.2006, DJ 23.10.2006; EREsp 522.796∕PR, Rel. Ministro Herman Benjamin, julgado em 08.11.2006, DJ 24.09.2007; EREsp 430.498∕RS, Rel. Ministro Humberto Martins, julgado em 26.03.2008, DJe 07.04.2008; e EREsp 605.921∕RS, Rel. Ministro Teori Albino Zavascki, julgado em 12.11.2008, DJe 24.11.2008). 5. Recurso especial da Fazenda Nacional desprovido. Acórdão submetido ao regime do artigo 543C, do CPC, e da Resolução STJ 08∕2008. (REsp 1035847/RS, Rel. Ministro LUIZ FUX, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 24/06/2009, DJe 03/08/2009) Mas, concernente à hipótese em que se admite a atualização, tal não ocorreu no caso presente, posto que a própria petição que inaugurou o processo se restringe unicamente à discussão do alegado direito à correção monetária dos créditos escriturais do IPI (v. fls. 02/05). Assim, considerando o pacificado entendimento prolatado pelo STJ no RE nº 1.035.847/RS, e diante do disposto no caput do artigo 62A do Anexo II do Regimento Interno deste Conselho, deverá prevalecer o entendimento de que, por ausência de previsão legal, não se admite a correção monetária de créditos escriturais do IPI. Por todo o exposto, voto para negar provimento ao recurso voluntário interposto pelo sujeito passivo. Sala de Sessões, em 08 de dezembro de 2015. (assinado digitalmente) Francisco José Barroso Rios Relator Fl. 72DF CARF MF Impresso em 28/12/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 19/12/2015 por FRANCISCO JOSE BARROSO RIOS, Assinado digitalmente em 21/ 12/2015 por ANDRADA MARCIO CANUTO NATAL, Assinado digitalmente em 19/12/2015 por FRANCISCO JOSE BARR OSO RIOS 4 Fl. 73DF CARF MF Impresso em 28/12/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 19/12/2015 por FRANCISCO JOSE BARROSO RIOS, Assinado digitalmente em 21/ 12/2015 por ANDRADA MARCIO CANUTO NATAL, Assinado digitalmente em 19/12/2015 por FRANCISCO JOSE BARR OSO RIOS
score : 1.0
Numero do processo: 10730.002590/97-39
Turma: Primeira Turma Ordinária da Segunda Câmara da Segunda Seção
Câmara: Segunda Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Thu Dec 05 00:00:00 UTC 2013
Data da publicação: Thu Mar 03 00:00:00 UTC 2016
Numero da decisão: 1102-000.226
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Resolvem os membros do colegiado, por unanimidade de votos, declinar da competência para julgamento em favor da Segunda Seção do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, nos termos do relatório e voto que passam a integrar o presente julgado.
Documento assinado digitalmente.
João Otávio Oppermann Thomé Presidente e Relator.
Participaram do julgamento os Conselheiros: João Otávio Oppermann Thomé, José Evande Carvalho Araujo, Marcelo Baeta Ippolito, Ricardo Marozzi Gregório, João Carlos de Figueiredo Neto, e Moisés Giacomelli Nunes da Silva.
Nome do relator: Não se aplica
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decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Resolvem os membros do colegiado, por unanimidade de votos, declinar da competência para julgamento em favor da Segunda Seção do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, nos termos do relatório e voto que passam a integrar o presente julgado. Documento assinado digitalmente. João Otávio Oppermann Thomé Presidente e Relator. Participaram do julgamento os Conselheiros: João Otávio Oppermann Thomé, José Evande Carvalho Araujo, Marcelo Baeta Ippolito, Ricardo Marozzi Gregório, João Carlos de Figueiredo Neto, e Moisés Giacomelli Nunes da Silva.
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Resolvem os membros do colegiado, por unanimidade de votos, declinar da competência para julgamento em favor da Segunda Seção do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, nos termos do relatório e voto que passam a integrar o presente julgado. Documento assinado digitalmente. João Otávio Oppermann Thomé – Presidente e Relator. Participaram do julgamento os Conselheiros: João Otávio Oppermann Thomé, José Evande Carvalho Araujo, Marcelo Baeta Ippolito, Ricardo Marozzi Gregório, João Carlos de Figueiredo Neto, e Moisés Giacomelli Nunes da Silva. Relatório Tratase de recurso voluntário interposto por AUTO VIAÇÃO 1001 LTDA contra acórdão proferido pela 8a Turma da Delegacia da Receita Federal de Julgamento no Rio de Janeiro – DRJ/RJ1, assim ementado: “Assunto: Processo Administrativo Fiscal Anocalendário: 1991, 1992 CERTEZA E LIQUIDEZ DO CRÉDITO. A certeza e liquidez do crédito é requisito essencial para o deferimento da compensação.” RE SO LU ÇÃ O G ER A D A N O P G D -C A RF P RO CE SS O 1 07 30 .0 02 59 0/ 97 -3 9 Fl. 492DF CARF MF Impresso em 03/03/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 18/12/2013 por JOAO OTAVIO OPPERMANN THOME, Assinado digitalmente em 18/ 12/2013 por JOAO OTAVIO OPPERMANN THOME Processo nº 10730.002590/9739 Resolução nº 1102000.226 S1C1T2 Fl. 3 2 No que interessa a essa instância recursal, pleiteia o Contribuinte a compensação de débitos fiscais com créditos oriundos de ação judicial, que versa sobre o Imposto de Renda na Fonte sobre o Lucro Liquido, instituído pelo art. 35, da Lei n° 7.713/88. Ante o julgamento que considerou a sua manifestação de inconformidade improcedente, para não reconhecer o crédito pleiteado e não homologar as compensações apresentadas, o Contribuinte interpõe recurso voluntário a esta Corte Administrativa, o qual foi distribuído para julgamento a esse Colegiado. É a síntese do necessário. Voto Conselheiro João Otávio Oppermann Thomé Nos termos do Regimento Interno do CARF, aprovado pela Portaria MF nº 256, de 22 de junho de 2009, a competência para exame de pleitos que versem sobre aplicação da legislação do Imposto de Renda Retido na Fonte, quando não se tratar de procedimento conexo, decorrente ou reflexo do IRPJ, nem de valor devido a título de antecipação do IRPJ, é de uma das Turmas de Câmaras da 2a Seção desta Corte Administrativa, conforme artigos abaixo transcritos (grifei): “Art. 2º À Primeira Seção cabe processar e julgar recursos de ofício e voluntário de decisão de primeira instância que versem sobre aplicação da legislação de: (...) III Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF), quando se tratar de antecipação do IRPJ; IV demais tributos, quando procedimentos conexos, decorrentes ou reflexos, assim compreendidos os referentes às exigências que estejam lastreadas em fatos cuja apuração serviu para configurar a prática de infração à legislação pertinente à tributação do IRPJ; (...) Art. 3º À Segunda Seção cabe processar e julgar recursos de ofício e voluntário de decisão de primeira instância que versem sobre aplicação da legislação de: (...) II Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF); (...)” Art. 7° Incluemse na competência das Seções os recursos interpostos em processos administrativos de compensação, ressarcimento, restituição e reembolso, bem como de reconhecimento de isenção ou de imunidade tributária. Fl. 493DF CARF MF Impresso em 03/03/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 18/12/2013 por JOAO OTAVIO OPPERMANN THOME, Assinado digitalmente em 18/ 12/2013 por JOAO OTAVIO OPPERMANN THOME Processo nº 10730.002590/9739 Resolução nº 1102000.226 S1C1T2 Fl. 4 3 § 1° A competência para o julgamento de recurso em processo administrativo de compensação é definida pelo crédito alegado, inclusive quando houver lançamento de crédito tributário de matéria que se inclua na especialização de outra Câmara ou Seção. Em vista dos citados dispositivos regimentais, concluo que a competência para o julgamento do presente recurso é da Segunda Seção desta Corte, para onde este processo deve ser encaminhado. Nestes termos, voto por declinar da competência para julgamento em favor da Segunda Seção do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais. É como voto. Documento assinado digitalmente. João Otávio Oppermann Thomé Relator Fl. 494DF CARF MF Impresso em 03/03/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 18/12/2013 por JOAO OTAVIO OPPERMANN THOME, Assinado digitalmente em 18/ 12/2013 por JOAO OTAVIO OPPERMANN THOME
score : 1.0
Numero do processo: 13878.000208/2005-74
Turma: Segunda Turma Ordinária da Quarta Câmara da Terceira Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Mon Jan 25 00:00:00 UTC 2016
Data da publicação: Wed Feb 17 00:00:00 UTC 2016
Ementa: Assunto: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins
Período de apuração: 01/04/2005 a 30/06/2005
COFINS. REGIME NÃO-CUMULATIVO. INSUMOS. UTILIZAÇÃO DE BENS E SERVIÇOS . CREDITAMENTO. AMPLITUDE DO DIREITO.
No regime de incidência não-cumulativa do PIS/Pasep e da COFINS, as Leis 10.637/02 e 10.833/03 (art. 3º, inciso II) possibilitam o creditamento tributário pela utilização de bens e serviços como insumos na produção ou fabricação de bens ou produtos destinados à venda, ou ainda na prestação de serviços, com algumas ressalvas legais. Diante do modelo prescrito pelas retrocitadas leis - dadas as limitações impostas ao creditamento pelo texto normativo - vê-se que o legislador optou por um regime de não-cumulatividade parcial, onde o termo insumo, como é e sempre foi historicamente empregado, nunca se apresentou de forma isolada, mas sempre associado à prestação de serviços ou como fator de produção na elaboração de produtos destinados à venda, e, neste caso, portanto, vinculado ao processo de industrialização.
COFINS. REGIME DA NÃO-CUMULATIVIDADE. CREDITAMENTO DECORRENTE DE CUSTOS E DESPESAS COM INSUMOS. NECESSIDADE DE COMPROVAÇÃO DA APLICAÇÃO DOS INSUMOS NO PROCESSO PRODUTIVO OU NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS.
O creditamento objeto do regime da não-cumulatividade do PIS/Pasep e da COFINS, além da necessária observação das exigências legais, requer a perfeita comprovação, por documentação idônea, dos custos e despesas decorrentes da aquisição de bens e serviços empregados como insumos na atividade da pessoa jurídica.
CRÉDITO. EMBALAGENS DE TRANSPORTE. APROVEITAMENTO. POSSIBILIDADE.
Os gastos com embalagens de transporte - pallet, papelão e os filmes strech, integram o custo dos produtos fabricados e exportados pela recorrente, gerando créditos passíveis de desconto da contribuição apurada sobre o faturamento mensal e/ ou de ressarcimento/compensação do saldo credor trimestral.
REGIME DA NÃO-CUMULATIVIDADE. CRÉDITOS. NÃO-COMPROVAÇÃO. GLOSA. A não-comprovação dos créditos, referentes à não-cumulatividade, indicados no Dacon, implica sua glosa por parte da fiscalização.
NaapuraçãodePIS/Cofinsnão cumulativo,aprovadaexistênciadodireito de crédito incumbe ao contribuinte, de maneira que, não havendo tal demonstração por parte do contribuinte, deve a Fiscalização promover o lançamentocomosdadosqueseencontramaoseualcance.
Recurso Voluntário Provido em Parte
Numero da decisão: 3402-002.822
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por maioria de votos, dar provimento parcial ao recurso para reverter as seguintes glosas dos créditos tomados sobre: (i) gastos com embalagens de transporte - pallet, papelão e os filmes strech; e (ii) água e seu tratamento - 40% que foram glosados por não ser utilizada no processo produtivo. Vencido o Conselheiro Waldir Navarro Bezerra quanto ao item (ii). Vencida Conselheira Thais De Laurentiis Galkowicz quanto aos produtos químicos, produção e vapor e energia térmica. Vencido o Conselheiro Diego Diniz Ribeiro que deu provimento integral. Vencido o Conselheiro Carlos Augusto Daniel Neto quanto a energia térmica e vapor. Vencido o Conselheiro Antonio Carlos Atulim quanto aos produtos químicos. Ausente a Conselheira Valdete Aparecida Marinheiro.
Designado como Redator do voto vencedor referente ao tem (5b) da conclusão, o Conselheiro Carlos Augusto Daniel Neto.
(assinado digitalmente)
Antônio Carlos Atulim - Presidente.
(assinado digitalmente)
Waldir Navarro Bezerra - Relator.
(assinado digitalmente)
Carlos Augusto Daniel Neto - Redator Designado
Participaram da sessão de julgamento os seguintes Conselheiros: Antônio Carlos Atulim, Jorge Olmiro Lock Freire, Carlos Augusto Daniel Neto, Maria Aparecida Martins de Paula, Diego Diniz Ribeiro, Thais de Laurentiis Galkowicz, Valdete Aparecida Marinheiro e Waldir Navarro Bezerra.
Nome do relator: WALDIR NAVARRO BEZERRA
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REGIME NÃOCUMULATIVO. INSUMOS. UTILIZAÇÃO DE BENS E SERVIÇOS . CREDITAMENTO. AMPLITUDE DO DIREITO. No regime de incidência nãocumulativa do PIS/Pasep e da COFINS, as Leis 10.637/02 e 10.833/03 (art. 3º, inciso II) possibilitam o creditamento tributário pela utilização de bens e serviços como insumos na produção ou fabricação de bens ou produtos destinados à venda, ou ainda na prestação de serviços, com algumas ressalvas legais. Diante do modelo prescrito pelas retrocitadas leis dadas as limitações impostas ao creditamento pelo texto normativo vêse que o legislador optou por um regime de não cumulatividade parcial, onde o termo “insumo”, como é e sempre foi historicamente empregado, nunca se apresentou de forma isolada, mas sempre associado à prestação de serviços ou como fator de produção na elaboração de produtos destinados à venda, e, neste caso, portanto, vinculado ao processo de industrialização. COFINS. REGIME DA NÃOCUMULATIVIDADE. CREDITAMENTO DECORRENTE DE CUSTOS E DESPESAS COM INSUMOS. NECESSIDADE DE COMPROVAÇÃO DA APLICAÇÃO DOS INSUMOS NO PROCESSO PRODUTIVO OU NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. O creditamento objeto do regime da nãocumulatividade do PIS/Pasep e da COFINS, além da necessária observação das exigências legais, requer a perfeita comprovação, por documentação idônea, dos custos e despesas decorrentes da aquisição de bens e serviços empregados como insumos na atividade da pessoa jurídica. CRÉDITO. EMBALAGENS DE TRANSPORTE. APROVEITAMENTO. POSSIBILIDADE. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 13 87 8. 00 02 08 /2 00 5- 74 Fl. 781DF CARF MF Impresso em 17/02/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 11/02/2016 por WALDIR NAVARRO BEZERRA, Assinado digitalmente em 15/02/20 16 por ANTONIO CARLOS ATULIM, Assinado digitalmente em 12/02/2016 por CARLOS AUGUSTO DANIEL NETO, As sinado digitalmente em 11/02/2016 por WALDIR NAVARRO BEZERRA 2 Os gastos com embalagens de transporte pallet, papelão e os filmes strech, integram o custo dos produtos fabricados e exportados pela recorrente, gerando créditos passíveis de desconto da contribuição apurada sobre o faturamento mensal e/ ou de ressarcimento/compensação do saldo credor trimestral. REGIME DA NÃOCUMULATIVIDADE. CRÉDITOS. NÃO COMPROVAÇÃO. GLOSA. A nãocomprovação dos créditos, referentes à nãocumulatividade, indicados no Dacon, implica sua glosa por parte da fiscalização. NaapuraçãodePIS/Cofinsnão cumulativo,aprovadaexistênciadodireito de crédito incumbe ao contribuinte, de maneira que, não havendo tal demonstração por parte do contribuinte, deve a Fiscalização promover o lançamentocomosdadosqueseencontramaoseualcance. Recurso Voluntário Provido em Parte Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por maioria de votos, dar provimento parcial ao recurso para reverter as seguintes glosas dos créditos tomados sobre: (i) gastos com embalagens de transporte pallet, papelão e os filmes strech; e (ii) água e seu tratamento 40% que foram glosados por não ser utilizada no processo produtivo. Vencido o Conselheiro Waldir Navarro Bezerra quanto ao item (ii). Vencida Conselheira Thais De Laurentiis Galkowicz quanto aos produtos químicos, produção e vapor e energia térmica. Vencido o Conselheiro Diego Diniz Ribeiro que deu provimento integral. Vencido o Conselheiro Carlos Augusto Daniel Neto quanto a energia térmica e vapor. Vencido o Conselheiro Antonio Carlos Atulim quanto aos produtos químicos. Ausente a Conselheira Valdete Aparecida Marinheiro. Designado como Redator do voto vencedor referente ao tem (5b) da conclusão, o Conselheiro Carlos Augusto Daniel Neto. (assinado digitalmente) Antônio Carlos Atulim Presidente. (assinado digitalmente) Waldir Navarro Bezerra Relator. (assinado digitalmente) Carlos Augusto Daniel Neto Redator Designado Participaram da sessão de julgamento os seguintes Conselheiros: Antônio Carlos Atulim, Jorge Olmiro Lock Freire, Carlos Augusto Daniel Neto, Maria Aparecida Martins de Paula, Diego Diniz Ribeiro, Thais de Laurentiis Galkowicz, Valdete Aparecida Marinheiro e Waldir Navarro Bezerra. Relatório Fl. 782DF CARF MF Impresso em 17/02/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 11/02/2016 por WALDIR NAVARRO BEZERRA, Assinado digitalmente em 15/02/20 16 por ANTONIO CARLOS ATULIM, Assinado digitalmente em 12/02/2016 por CARLOS AUGUSTO DANIEL NETO, As sinado digitalmente em 11/02/2016 por WALDIR NAVARRO BEZERRA Processo nº 13878.000208/200574 Acórdão n.º 3402002.822 S3C4T2 Fl. 782 3 Tratase de recurso voluntário interposto contra decisão da 4ª Turma da DRJ de Ribeirão Preto – SP (fls. 687/708 do processo eletrônico), que, por unanimidade de votos, julgou improcedente a manifestação de inconformidade apresentada pela interessada contra despacho decisório que homologou parcialmente o formulário de Pedido de Ressarcimento de Crédito (fls. 03), cujo crédito provém do saldo credor da contribuição da COFINS não cumulativos, relativo a receitas de exportação (§ 1º, do art. 6º da Lei nº 10.833, de 2003), apurado no regime de incidência nãocumulativa, referente ao segundo trimestre de 2005. Por bem descrever os fatos, adoto o relatório objeto da decisão recorrida, a seguir transcrito na sua integralidade: Trata o presente processo de Pedido de Ressarcimento, cujo crédito provém do saldo credor da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins),relativo a receitas de exportação, apurado no regime de incidência nãocumulativa, referente ao segundo trimestre de 2005, no valor de R$ 3.286.514,85. Foi anexado a este o processo nº 13878.000209/200519, referente a pedido de ressarcimento relativo a créditos vinculados à receita do mercado interno tributada à alíquota zero, referente ao mesmo período, no valor de R$ 323.097,66. Aos pedidos, foram vinculadas Declarações de Compensação (DComp) aproveitando os respectivos créditos. A DRF/PiracicabaSP, analisou ambos pedidos por meio do despacho decisório de fls. 626/637, reconhecendo parte do direito creditório, no valor total de R$ 3.302.487,50 para os dois pedidos, e homologou as compensações a eles vinculadas. Conforme documentos de fls. 653/654, a parcela do crédito que excedeu as compensações pretendidas pela requerente, no valor de R$ 1.546.669,12, foi a ela ressarcida. De acordo com o Termo de Informação Fiscal, de fls. 516/532, o deferimento parcial do pleito decorreu, em parte, do entendimento da fiscalização de que insumo, no âmbito da não cumulatividade, seria apenas as matérias primas, os produtos intermediários, o material de embalagem e quaisquer outros bens que sofram alterações, tais como o desgaste, o dano ou a perda de propriedades físicas ou químicas, em função da ação diretamente exercida sobre o produto em fabricação Assim, foram apuradas glosas referentes a vários itens que a contribuinte considerou como créditos, abaixo resumidas: Gastos com embalagens de transporte, pelo fato de a fiscalização considerar como insumo somente as embalagens de apresentação. Água utilizada no processo produtivo: somente 60% desses gastos foram considerados insumos, correspondente à parcela da água que é incorporada ao produto em fabricação, os outros 40% por se referir a à parcela da água que não é incorporada ao produto nem sofre alterações causadas pela ação direta sobre Fl. 783DF CARF MF Impresso em 17/02/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 11/02/2016 por WALDIR NAVARRO BEZERRA, Assinado digitalmente em 15/02/20 16 por ANTONIO CARLOS ATULIM, Assinado digitalmente em 12/02/2016 por CARLOS AUGUSTO DANIEL NETO, As sinado digitalmente em 11/02/2016 por WALDIR NAVARRO BEZERRA 4 o produto durante o processo produtivo, não foram considerados insumos e tiveram seus valores glosados. Também foram glosados os produtos químicos aplicados à parcela da água que evapora antes de se incorporar ao processo produtivo. Gastos com energia térmica, por falta de previsão legal. Cientificada do despacho decisório e inconformada com o deferimento parcial de seu pedido, a interessada apresentou a manifestação de inconformidade, às fls. 659/667, alegando primeiramente, quanto à embalagem, que o pallet utilizado pela empresa compõe o custo final do produto, além de ser descartável e de uso obrigatório nas operações de exportação. As chapas de papelão e os filmes strech também são utilizados como embalagens descartáveis. Em relação aos produtos químicos, alega que, vários produtos glosados são utilizados para manutenção de máquinas e equipamentos, conforme prevê o art. 3º da Lei nº 10.833, de 2003. Tais produtos são incluídos na água da caldeira essencial para a produção da empresa e todos os produtos levam água em sua composição. Argumenta que a água utilizada no processo produtivo recebe inúmeros produtos químicos para garantir a qualidade de pureza e qualidade exigidas pela Anvisa. Conforme Solução de Consulta, que transcreve, os gastos com água e produtos químicos devem gerar créditos da não cumulatividade. Argumenta que a água perdida em vapor deve ser considerada insumo porque tem contato, desgaste e perda de propriedades. E prossegue a impugnante: Com relação ao sulfato de alumínio líquido ferroso, sulfato de ferro e hipoclorito de sódio, são produtos utilizados tanto no decanto de resíduos e detritos bem como na eliminação de micro organismos. Ressaltese que MENCIONADA UTILIZAÇÃO É EXIGIDA PELA ANVISA, ÓRGÃO FISCALIZADOR DA VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Após o processo de eliminação a água é diretamente utilizada no processo produtivo diretamente em contato com os demais componentes da fórmula de nossos produtos. Com relação ao vapor vale salientar que todo o processo de secagem de nossos produtos estão diretamente ligados aos processos de caldeira e também mediante a utilização de vapor. Logo ressaltese que água, embora em processo de vapor, e ainda com sua NECESSÁRIA utilização no processo produtivo, por si só concedem todo o lastro exigidos pela legislação visando a obtenção do crédito. No tocante à energia térmica, alega que os respectivos créditos estão previstos no citado art. 3º da Lei nº 10.833, de 2003, e que foi inteiramente consumida no processo produtivo. Fl. 784DF CARF MF Impresso em 17/02/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 11/02/2016 por WALDIR NAVARRO BEZERRA, Assinado digitalmente em 15/02/20 16 por ANTONIO CARLOS ATULIM, Assinado digitalmente em 12/02/2016 por CARLOS AUGUSTO DANIEL NETO, As sinado digitalmente em 11/02/2016 por WALDIR NAVARRO BEZERRA Processo nº 13878.000208/200574 Acórdão n.º 3402002.822 S3C4T2 Fl. 783 5 Cientificada da referida decisão em 29/07/2014 (fl. 714), a interessada, em 28/08/2014 (fl. 718), apresentou o recurso voluntário de fls. 718/727, com as alegações resumidas abaixo: (i) que a DRF/Piracicaba entendeu por bem reconhecer apenas parte do direito creditório, glosando o valor de R$ 307.125,01, que seriam correspondentes à glosa de gastos com: a) embalagens de transporte (pallets, papelão e filmes de stretch); b) gastos com água utilizada, dos quais 40% foram glosados; c) produtos químicos aplicados ao tratamento da água (purificação); d) parcela da água que evapora antes de se incorporar ao processo produtivo (produção de vapor), e e) gastos com energia térmica; (ii) No mérito, faz considerações sobre a nãocumulatividade do PIS e da COFINS, cita a legislação pertinente, salientando que não se nota no texto constitucional qualquer limitação à não cumulatividade, mas apenas a afirmação de que a Lei definirá os setores de atividade em que serão incidentes a não cumulatividade do PIS e da COFINS. Assim, pretender limitar as hipóteses de creditamento na incidência não cumulativa do PIS e da CONFINS implica em tributar fato outro que não a receita, ferindo um dos princípios basilares do nosso ordenamento jurídico tributário, o da capacidade contributiva; (iii) alude considerações sobre o conceito de INSUMOS e que as Leis 10.637/02 e 10.833/03 não trazem qual é a definição de "insumo", mas apenas autorizam o desconto dos créditos decorrentes da sua aquisição. Assim, ao adotar conceito equivocado de insumo, o Órgão julgador acaba por glosar erroneamente parcela legítima de crédito da ora recorrente, já que, conforme demonstrado, qualquer despesa necessária para o processo de geração de receita tributável deve ser admitido como insumo. (iv) Cita várias decisões sobre a matéria proferidas deste CARF e de juristas. De todo o exposto, requer a revisão do acórdão recorrido e do despacho decisório que glosou parte do crédito pretendido pela recorrente, concedendolhe direito integral ao crédito referente ao segundo trimestre de 2005. É o relatório. Voto Vencido Conselheiro Waldir Navarro Bezerra 1) Admissibilidade do recurso Fl. 785DF CARF MF Impresso em 17/02/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 11/02/2016 por WALDIR NAVARRO BEZERRA, Assinado digitalmente em 15/02/20 16 por ANTONIO CARLOS ATULIM, Assinado digitalmente em 12/02/2016 por CARLOS AUGUSTO DANIEL NETO, As sinado digitalmente em 11/02/2016 por WALDIR NAVARRO BEZERRA 6 Como visto, em 29/07/2014, a Recorrente foi cientificada da decisão da primeira instância (fl. 714 – data da abertura dos arquivos no link Portal eCAC). Em 28/08/2014 (fl. 718), apresentou recurso voluntário a este CARF (fls. 718/727). Portanto, o recurso voluntário é tempestivo e preenche os demais requisitos de admissibilidade e deve ser conhecido. 2) Da anexação de processo Ressaltese que foi anexado a este os PAF nº 13878.000209/200519, referente a pedido de ressarcimento postulado relativo a créditos vinculados à receita do mercado interno tributada à alíquota zero, referente ao mesmo período no valor de R$ 323.097,66. A DRF/PiracicabaSP, analisou ambos pedidos por meio do despacho decisório de fls. 626/637, reconhecendo parte do direito creditório. 3) Do Mérito Como já exposto, a lide envolve discussão concernente à existência ou não de direito creditório referente ao regime de incidência nãocumulativa do PIS de competência do segundo trimestre de 2005, referente aos insumos mencionados. A recorrente, cuja denominação é Ajinomoto do Brasil, tem por objeto social (estatuto social apenso aos autos), a indústria, comércio, importação, exportação, representação e distribuição de produtos e ingredientes alimentícios e bebidas, produtos químicos em geral, para agricultura, produtos e insumos farmacêuticos e cosméticos. Consta dos autos que no anocalendário 2005, a empresa enquadravase no regime não cumulativo do PIS para as receitas decorrentes de sua produção. O núcleo da questão em combate concentrase sobre a subsunção no conceito de insumos – bens ou serviços adquiridos, que geram direito aos créditos de PIS e da COFINS. É pertinente, portanto, que, antes do exame das questões fáticas objeto da controvérsia sejam feitas breves considerações acerca do referido regime de incidência, nas quais abordaremos, em conjunto, questões atinentes aos regimes da nãocumulatividade do PIS/Pasep e da COFINS, dada a similitude existente entre os mesmos. O regime de incidência nãocumulativa das contribuições para o PIS/Pasep e para a COFINS foi instituído, respectivamente, pelas leis nº 10.637, de 30/12/2002 (conversão da Medida Provisória no 66, de 2002), e 10.833, de 29/12/2003 (conversão da medida Provisória no 135, de 2003), tendo passado a produzir efeitos, em relação à nãocumulatividade dessas contribuições – na mesma ordem – a partir de 1o de dezembro de 2002 e de 1o de fevereiro de 2004. Ressalvadas as exceções legais, estão sujeitas à incidência nãocumulativa do PIS/Pasep e da COFINS as pessoas jurídicas de direito privado e as que lhes são equiparadas pela legislação do imposto de renda que apuram o IRPJ com base no lucro real. A legislação pertinente ao regime autoriza, ainda, o desconto de créditos apurados com base em custos, despesas e encargos da pessoa jurídica, nos termos dos artigos 3o das Leis 10.637/2002 e 10.833/2003. O cálculo do crédito é realizado mediante a aplicação das mesmas alíquotas específicas para o PIS/Pasep e para a COFINS sobre referidos custos, Fl. 786DF CARF MF Impresso em 17/02/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 11/02/2016 por WALDIR NAVARRO BEZERRA, Assinado digitalmente em 15/02/20 16 por ANTONIO CARLOS ATULIM, Assinado digitalmente em 12/02/2016 por CARLOS AUGUSTO DANIEL NETO, As sinado digitalmente em 11/02/2016 por WALDIR NAVARRO BEZERRA Processo nº 13878.000208/200574 Acórdão n.º 3402002.822 S3C4T2 Fl. 784 7 despesas e encargos (vide artigo 3o, § 1o, das Leis 10.637/2002 e 10.833/2003). Referidas leis, em seus correspondentes artigo 3o, § 2o, fazem ressalvas ao direito de creditamento em tela. Assim, não dará direito a crédito o valor da mãodeobra paga a pessoa física (hipótese prevista originariamente nas Leis 10.637/2002 e 10.833/2003), bem como (e agora incluídas pela Lei 10.865/2004) as quantias despendidas na aquisição de bens ou serviços não sujeitos ao pagamento da contribuição, inclusive no caso de isenção, e aqui (isenção), quando revendidos ou utilizados como insumo em produtos ou serviços sujeitos à alíquota zero, isentos ou não alcançados pela contribuição. Os créditos apurados deverão ser utilizados, prioritariamente, para a dedução do valor devido das correspondentes contribuições a recolher. No caso de créditos apurados em relação a custos, despesas e encargos vinculados a receitas de exportação, poderão tais créditos ser utilizados para a compensação com outros débitos da própria empresa, vencidos ou vincendos, relativos a tributos e contribuições administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil. As leis instituidoras da nãocumulatividade admitem, ainda, o ressarcimento em dinheiro, caso não seja possível a utilização dos créditos para a dedução das contribuições a recolher até o final de cada trimestre do ano civil. A questão posta em exame nos autos diz respeito, justamente, à existência ou não de direito ao creditamento do PIS nãocumulativo em vista da aquisição de matériasprimas e de serviços utilizados no processo produtivo destinado à exportação. Com efeito, o inciso II do artigo 3o da Lei no 10.833/2003, bem como do correspondente preceito da Lei no 10.637 de 2002, prevê o cálculo de créditos a serem descontados ou ressarcidos em relação a bens e serviços utilizados como insumos na prestação de serviços e na produção ou fabricação de bens ou produtos destinados à venda. 4) Da definição de insumos no contexto da nãocumulatividade Sabese que essa questão é polêmica, mas uma análise mais detida da Lei no 10.637 de 2002 e Lei nº 10.833/03, revela que o legislador não determinou que o significado do vocábulo “insumo” fosse buscado na legislação deste ou daquele tributo. Se não existe tal determinação, o intérprete deve atribuir ao vocábulo “insumo” um conteúdo semântico condizente com o contexto em que está inserido o art. 3º , II, da Lei nº 10.637/02 e 10.833/03. Nesse passo, distinguemse as não cumulatividade do IPI e do PIS/Cofins. No IPI a técnica utilizada é imposto contra imposto (art. 153, § 3º, II da CF/88). No PIS/Cofins, a técnica é base contra base (art. 195, § 12 da CF/88 e arts. 2º e 3º , § 1º da Lei nº 10.637/02 e 10.833/03). Da leitura das redações do dispositivo que trata do creditamento em decorrência da aquisição de insumos – a atual e as historicamente concebidas para referido preceito – constatase que o termo “insumo”, na forma como é e sempre foi empregado, nunca se apresentou no texto normativo de forma isolada, mas continuamente associado ao seu papel de fator de produção ou na prestação de serviços, ou na fabricação de produtos destinados à venda, ou seja, ao processo de industrialização. Fl. 787DF CARF MF Impresso em 17/02/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 11/02/2016 por WALDIR NAVARRO BEZERRA, Assinado digitalmente em 15/02/20 16 por ANTONIO CARLOS ATULIM, Assinado digitalmente em 12/02/2016 por CARLOS AUGUSTO DANIEL NETO, As sinado digitalmente em 11/02/2016 por WALDIR NAVARRO BEZERRA 8 No regime nãocumulativo de PIS/Cofins, a Lei dispõe de maneira diferente da legislação do IPI, reconhecendo o crédito em relação à aquisição de “bens e serviços, utilizados como insumo na prestação de serviços e na produção ou fabricação de bens ou produtos destinados à venda, inclusive combustíveis e lubrificantes” (art. 3º, II, da Lei nº 10.637/2002 e da Lei nº 10.833/2003). O legislador, como visto, vai além do âmbito da industrialização, utilizando termos mais amplos, referindose à produção ou fabricação de bens e, também, à prestação de serviços. O contexto em que ocorre a incidência de PIS/Cofins, apresenta como fato gerador a receita bruta ou faturamento, referindose, assim, a todo tipo e amplitude de atividade produtiva, não se limitando apenas à fase de industrialização. Desde o primeiro momento este Conselho recusou a pretensão de confinar o conceito de insumo aos mesmos critérios da legislação do IPI, conforme serve de exemplo o seguinte julgado da Câmara Superior de Recursos Fiscais, no qual foi negado provimento ao recurso do Procurador da Fazenda Nacional: CRÉDITO. RESSARCIMENTO, A inclusão no conceito de insumos das despesas com serviços contratados pela pessoa jurídica e com as aquisições de combustíveis e de lubrificantes, denota que o legislador não quis restringir o creditamento do PIS/Pasep às aquisições de matériasprimas, produtos intermediários e ou material de embalagens (alcance de insumos na legislação do IPI) utilizados, diretamente, na produção industrial, ao contrário, ampliou de modo a considerar insumos como sendo os gastos gerais que a pessoa jurídica precisa incorrer na produção de bens ou serviços por ela realizada. Recurso negado Acórdão 9303001.035, Processo 11065.101271/200647, Rel. Cons. Henrique Pinheiro Torres, j. 23/08/2010 Como vimos acima, concluímos que geram direito de crédito todos os insumos – bens ou serviços – que sejam aplicados na produção – de bens ou serviços –, cuja receita esteja sujeita à incidência sob o regime nãocumulativo. No entanto, não é toda e qualquer aquisição que gera direito de crédito, mas apenas aquelas que se enquadrem nas hipóteses de crédito previstas nas Leis nºs 10.637/2002 e 10.833/2003. São estas Leis a fonte primária de definição dos critérios para o direito de crédito. O entendimento deste Conselho, com efeito, é de que: “O conceito de insumo previsto no inciso II do art. 3° da Lei n° 10.637/02 e normalizado pela IN SRF n° 247/02, art. 66, § 5°, inciso I, na apuração de créditos a descontar do PIS não cumulativo, não pode ser interpretado como todo e qualquer bem ou serviço que gera despesa necessária à atividade da empresa, mas tão somente aqueles adquiridos de pessoa jurídica, intrínsecos à atividade, que efetivamente sejam aplicados ou consumidos na produção de bens destinados à venda ou na prestação do serviço, desde que não estejam incluídos no ativo imobilizado. (…) (Acórdão 330100.423, Processo Fl. 788DF CARF MF Impresso em 17/02/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 11/02/2016 por WALDIR NAVARRO BEZERRA, Assinado digitalmente em 15/02/20 16 por ANTONIO CARLOS ATULIM, Assinado digitalmente em 12/02/2016 por CARLOS AUGUSTO DANIEL NETO, As sinado digitalmente em 11/02/2016 por WALDIR NAVARRO BEZERRA Processo nº 13878.000208/200574 Acórdão n.º 3402002.822 S3C4T2 Fl. 785 9 11080.003383/200483, Rel. Cons. Maurício Taveira e Silva, j. 03/02/2010). Assim, na busca de um conceito adequado para o vocábulo insumo, no âmbito das contribuições não cumulativas, a tendência da jurisprudência no CARF caminha no sentido de considerar o conceito de insumo coincidente com conceito de custo de produção, pois além de vários dos itens descritos no art. 3º da Lei nº 10.833/03, integrarem o custo de produção, esse critério oferece segurança jurídica tanto ao fisco quanto aos contribuintes, por estar expressamente previsto no artigo 290 do Regulamento do Imposto de Renda. Nessa linha de raciocínio, este colegiado vem entendendo que para um bem ser apto a gerar créditos da contribuição não cumulativa, com base no art. 3º, II, das Leis nº 10.637/2002 e 10.833/2003, ele deve ser aplicado ao processo produtivo (integrar o custo de produção) e não ser passível de ativação obrigatória à luz do disposto no art. 301 do RIR/99. Se for passível de ativação obrigatória, o crédito deverá ser apropriado não com base no custo de aquisição, mas sim com base na despesa de depreciação ou amortização, conforme normas específicas. Para definir o conceito de insumo no PIS e na COFINS não cumulativos é necessário constatar a essencialidade do bem ao processo produtivo do contribuinte. Assim, geram crédito do PIS e da COFINS não cumulativos somente as despesas com materiais considerados essenciais. Portanto, para decidir quanto ao direito ao crédito de PIS/Cofins não cumulativo é imprescindível que primeiro se confiram as características da atividade produtiva desenvolvida pela empresa para, então, analisar quais as aquisições que configuram insumo para os bens e serviços por ela produzidos. É com este enfoque que passaremos a examinar os argumentos apresentados pela Recorrente frente os elementos e constatações presentes nos autos. 5) Dos Insumos consumidos pela recorrente A recorrente discorre em seu recurso voluntário que no desenvolvimento de sua atividade produtiva, adquire diversas matériasprimas, produtos intermediários, materiais de embalagem e serviços que são empregados no processo de fabricação e comercialização de seus produtos. Dentre eles, aqueles arrolados nos demonstrativos de fls. 516/532 – Termo de Informação Fiscal, em que parte foram objeto de glosa e que no entender da recorrente, geram o direito ao crédito do COFINS. A recorrente ressalta em seu recurso que tais custos visa um só e único fim: o produto final industrializado, conforme trecho abaixo transcrito de seu recurso: “(...) Assim, se os pallets, filmes de stretch e chapas de papelão são requisitos para o transporte sem contaminação e/ou alteração das características dos produtos e obrigatórios para o processo de exportação, sendo descartáveis, ou seja, do tipo one way, evidente que sua utilização é imprescindível para o processo de geração de receitas, gerando custos a cada etapa, enquadrandose no conceito de insumo e devendo dar direito ao crédito pretendido. Fl. 789DF CARF MF Impresso em 17/02/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 11/02/2016 por WALDIR NAVARRO BEZERRA, Assinado digitalmente em 15/02/20 16 por ANTONIO CARLOS ATULIM, Assinado digitalmente em 12/02/2016 por CARLOS AUGUSTO DANIEL NETO, As sinado digitalmente em 11/02/2016 por WALDIR NAVARRO BEZERRA 10 O mesmo pode se dizer em relação à água, aos produtos químicos, que são utilizados para purificação da água, conforme exigência sanitária, e para manutenção das máquinas e equipamentos utilizados na fabricação do produto final e, sem os quais, tal fabricação seria impossível. Também são insumo e dão direito ao crédito. Incorreta também é a glosa dos créditos correspondentes a parcela da água que não teve contato com o produto, uma vez que 100% da água utilizada é necessária para o processo produtivo, tal qual o vapor utilizado na secagem e finalização do produto, ou seja, parte indispensável na cadeia produtiva. Por fim, com relação à energia térmica utilizada, sem ela, o maquinário não funcionaria, impedindo a produção. Logo, perfeitamente enquadrada no conceito de insumo, devendo também gerar direito ao crédito”. Já o Fisco por sua vez, de acordo com o Termo de Informação Fiscal de fls. 516/532, informa que deferimento parcial do pleito decorreu, em parte, do entendimento de que insumo, no âmbito da não cumulatividade, seria apenas as matérias primas, os produtos intermediários, o material de embalagem e quaisquer outros bens que sofram alterações, tais como o desgaste, o dano ou a perda de propriedades físicas ou químicas, em função da ação diretamente exercida sobre o produto em fabricação. No caso sob análise, quanto aos elementos probatórios, tratase de processo de iniciativa do contribuinte, no qual ele compareceu perante a administração para pleitear o direito aos créditos da contribuição. Competelhe, portanto, o ônus de comprovar que o direito alegado é certo quanto à sua existência e líquido quanto ao valor solicitado. Nesse contexto, foram apuradas glosas referentes a vários itens que a Recorrente considerou como créditos, que passamos a analisar cada um deles na sequência. a) Das embalagens de transporte pallet, papelão e os filmes strech. Alega a Recorrente que os custos glosados foram efetuados de forma equivocada, pois tais insumos são descartáveis e obrigatórios no caso de exportação. “(...) Assim, se os pallets, filmes de stretch e chapas de papelão são requisitos para o transporte sem contaminação e/ou alteração das características dos produtos e obrigatórios para o processo de exportação, sendo descartáveis, ou seja, do tipo one way, evidente que sua utilização é imprescindível para o processo de geração de receitas, gerando custos a cada etapa, enquadrandose no conceito de insumo e devendo dar direito ao crédito pretendido. Por outro lado, a fiscalização em sua análise contida no item 15 do Termo de Informação Fiscal (fl. 467/475), descreve a motivação da glosa, informando que se trata de gastos com embalagens de transporte, pois considera como insumo somente as embalagens de apresentação. Vejase: 15. A relação das notas fiscais do 2°. trimestre de 2005 que compõem os valores declarados no DACON foram verificadas, por amostragem, com o escriturado em sua contabilidade apresentada em meio digital. Após este primeiro passo, a fiscalização verificou se os bens ou serviços constantes das notas fiscais poderiam compor a base de cálculo do crédito da Cofins. Neste sentido, verificamos que os materiais de embalagem a seguir identificados enquadramse no conceito de embalagens de transporte, como já discorrido no item 12, visto que não se integram aos produtos fabricados, mas se desfinam tãosomente Fl. 790DF CARF MF Impresso em 17/02/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 11/02/2016 por WALDIR NAVARRO BEZERRA, Assinado digitalmente em 15/02/20 16 por ANTONIO CARLOS ATULIM, Assinado digitalmente em 12/02/2016 por CARLOS AUGUSTO DANIEL NETO, As sinado digitalmente em 11/02/2016 por WALDIR NAVARRO BEZERRA Processo nº 13878.000208/200574 Acórdão n.º 3402002.822 S3C4T2 Fl. 786 11 ao transporte destes, como informado às fls. 506 (item 2), e por isso não podem compor a base de cálculo dos créditos da Cofins. No mesmo diapasão, decidiuse no acórdão recorrido: (...) Como restou claro, de acordo com o entendimento acima exposto, aplicase à embalagem o mesmo que o disposto aos demais insumos, ou seja, o gasto com embalagem só é considerado insumo se esta se incorporar ao produto em fabricação ou sofrer alteração em suas propriedades em função da ação diretamente exercida sobre ele, ou seja, somente as embalagens de apresentação do produto geram direito ao crédito, posto que esta se incorpora ao produto em fabricação. Assim, as embalagens destinadas apenas a proteger ou transportar o produto acabado não dão direito a crédito da não cumulatividade, mesmo que descartáveis e/ou de utilização obrigatória. Observase ainda que no Termo de Constatação Fiscal, lavrado pelo Fisco, a Recorrente, em resposta ao Termo de Intimação, informou o que segue sobre os gastos com embalagens de transporte (fl. 513): (...) 2) Sobre os materiais de embalagem: Resposta Os materiais que não se incorporam aos produtos finais durante o processo de fabricação, que não contêm indicações promocionais destinadas à valorização dos produtos, mas que se destinam ao transporte destes são: Chapa Papelão Ondul 1,1x1,1m Ref.10942, Chapa Papelão Ondul 1,2x1,Om Ref.onda 2, Chapa Papelão 1,20x2,20m, Filme Cobertura para Paletiz 1600x80m, Filme Strech para Paletizacao 500x25 HLm, Filme Strech para Paletizacao 50x30 HLm, Filme Strech para Paletizacao 50x40 HLm, Pallet madeira 1,0x1,2x0,12m Dpi Face, Pallet madeira 1,1x1,1xO,10m Dpi Face, Pallet Madeira 1,20x1,00x0,13m Dupla Face, Pallet Pinus 1,0x1,0m (tábuas 08+03), Pallet Pinus 1,0x1,2 Dupla Face 9 tábuas, Pallet Pinus 1,0x1,2m 4 Entr Dpi Face, Pallet Pinus 1,1x1,1m Exportação 1 Face, Pallet Pinus 1,1x1,2 Dupla Face, Pallet Pinus 1,1x1,2 Dupla Face 9 tábuas. Com efeito, revendo os termos do Relatório do Fisco, verifico que, concernente ao material de embalagem (pallet, papelão e os filmes strech), a priori, sua admissão não foi vetada, entretanto, restringida àqueles produtos por se tratarem de embalagens para transporte e não de apresentação, na premissa que o termo “insumo” referese aos bens e serviços utilizados diretamente no processo industrial ou produtivo. No entanto, a recorrente alega que a glosa, atingiu os créditos oriundos da aquisição de desses produtos por possuírem requisitos para o transporte sem contaminação e/ou alteração das características dos produtos e obrigatórios para o processo de exportação, sendo descartáveis, ou seja, do tipo “one way”, evidente que sua utilização é imprescindível para o processo de geração de receitas, gerando custos a cada etapa, enquadrandose no conceito de insumo e devendo dar direito ao crédito pretendido. Neste caso, entendo que assiste razão a recorrente, pelas razões seguintes. O acondicionamento dos produtos a serem exportados constituise em etapa da industrialização e, como tal em face do princípio da não cumulatividade das contribuições, Fl. 791DF CARF MF Impresso em 17/02/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 11/02/2016 por WALDIR NAVARRO BEZERRA, Assinado digitalmente em 15/02/20 16 por ANTONIO CARLOS ATULIM, Assinado digitalmente em 12/02/2016 por CARLOS AUGUSTO DANIEL NETO, As sinado digitalmente em 11/02/2016 por WALDIR NAVARRO BEZERRA 12 deve ter todos os valores relativos às suas aquisições de fornecedores considerados para fins de dedução de créditos. Pois conforme informado pela recorrente, os Pallets, filmes de stretch e chapas de papelão, são requisitos para o transporte sem contaminação e/ou alteração das características dos produtos e obrigatórios para o processo de exportação, sendo descartáveis, ou seja, do tipo one way. Como já frisado anteriormente sobre o conceito de insumos, a tendência é o acolhimento da interpretação que, sem se restringir às legislações do IPI e do IRPJ, busca a construção do conceito de insumo a partir de critérios próprios do PIS/Pasep e da Cofins. Insumo, nessa linha, abrangeria o custo de produção e, dependendo das particularidades do caso concreto, despesas de venda do produto industrializado, notadamente quando incorridas para atender exigências indispensáveis ao exercício de determinada atividade econômica ou à comercialização de um produto. Feito esse registro, ingressando no exame do caso concreto, verificase que a fiscalização, consoante já destacado, não reconheceu o direito ao crédito relativo às aquisições de Embalagens (no caso pallet, papelão e os filmes strech), assentado nos fundamentos por se tratarem de embalagens para o transporte e não de apresentação dos produtos. A decisão recorrida, como se vê, foi além do conceito restrito de insumo das Instruções Normativas n° 247/2002 e n° 404/2004. Aplicando diretamente as disposições do Regulamento do IPI (Decreto nº 4.544/2002), restringiu o direito ao crédito apenas às embalagens incorporadas ao produto no processo de industrialização. Tratase, porém, de interpretação que não tem respaldo na legislação, à medida que a IN SRF nº 247/2002, não opera com a distinção adotada pela decisão recorrida: Art. 66. [...] § 5º Para os efeitos da alínea “b” do inciso I do caput, entende se como insumos: I – utilizados na fabricação ou produção de bens destinados à venda: a) as matérias primas, os produtos intermediários, o material de embalagem e quaisquer outros bens que sofram alterações, tais como o desgaste, o dano ou a perda de propriedades físicas ou químicas, em função da ação diretamente exercida sobre o produto em fabricação, desde que não estejam incluídas no ativo imobilizado; E mais. Neste caso, entendo que tratase, assim, diferentemente dos casos em que ocorre especificamente para a etapa de transporte, e sim de acondicionamento diretamente relacionado à produção do bem e que afasta o seu enquadramento com bem do ativo imobilizado, pois são descartáveis. A recorrente fabrica e exporta seus produtos, que notoriamente são sensíveis e facilmente afetados por situações cotidianas, como por exemplo contatos físicos com outros produtos, deterioração por contatos de produtos naturais, como água, umidade, produtos químicos, etc. Fl. 792DF CARF MF Impresso em 17/02/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 11/02/2016 por WALDIR NAVARRO BEZERRA, Assinado digitalmente em 15/02/20 16 por ANTONIO CARLOS ATULIM, Assinado digitalmente em 12/02/2016 por CARLOS AUGUSTO DANIEL NETO, As sinado digitalmente em 11/02/2016 por WALDIR NAVARRO BEZERRA Processo nº 13878.000208/200574 Acórdão n.º 3402002.822 S3C4T2 Fl. 787 13 No presente caso, verificase que a paletização que envolve o acondicionamento (pallet, papelão e os filmes strech) não é realizada apenas para fins de transporte, mas para a própria estocagem no estabelecimento industrial. Isso porque, devido ao tamanho reduzido das embalagens individuais, não há como estocar o produto na fábrica sem a sua paletização. Do contrário, haveria o desmoronamento das pilhas de armazenagem, por exemplo. Ademais, a paletização, além de indispensável à estocagem e ao transporte da mercadoria, constitui exigência de normas de controle sanitário na área de alimentos. Com efeito, de acordo com a Portaria SVS/MS (Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde) nº 326, de 30 de julho de 1997, que aprova o Regulamento Técnico; “Condições Higiênicos Sanitárias e de Boas Práticas de Fabricação para Estabelecimentos Produtores/Industrializadores de Alimentos”: “5.3.10 Os insumos, matérias primas e produtos terminados devem estar localizados sobre estrados e separados das paredes para permitir a correta higienização do local.” “8.8 – Armazenamento e transporte de matérias primas e produtos acabados: 8.8.1 – As matéria primas e produtos acabados devem ser armazenados e transportados segundo as boas práticas respectivas de forma a impedir a contaminação e/ou a proliferação de microorganismos e que protejam contra a alteração ou danos ao recipiente ou embalagem. Durante o armazenamento deve ser exercida uma inspeção periódica dos produtos acabados, a fim de que somente sejam expedidos alimentos aptos para o consumo humano e sejam cumpridas as especificações de rótulo quanto as condições e transporte, quando existam.” (g.n.) A paletização, portanto, atende exigência de acondicionamento dos produtos acabados em estrados (item 5.3.10), de forma a impedir a contaminação do produto e a ocorrência de alteração ou danos ao recipiente ou embalagem (item 8.8.1), nos termos previstos na Portaria SVS/MS nº 326/1997. Tratase, assim, diferentemente dos casos em que ocorre especificamente para a etapa de transporte, de acondicionamento diretamente relacionado à produção do bem e que decorre de exigências sanitárias. Foi informado ainda pela recorrente que o pallet têm natureza one way (sem retorno), o que afasta o seu enquadramento com bem do ativo imobilizado. Para quem entende que elas não integram o custo de produção, pode se adicionar que a lei prevê créditos com despesas de armazenagem (art. 3º, inc. IX da Lei nº 10.833/2003). A Recorrente, portanto, mesmo considerando os critérios da IN SRF nº 244/2004 e ao conceito de insumo adotado pela jurisprudência do CARF, tem direito ao crédito relativo às aquisições das embalagens de transporte pallets de madeira não retornáveis (one way), papelão e os filmes strech (planilha fls. 519/524). Fl. 793DF CARF MF Impresso em 17/02/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 11/02/2016 por WALDIR NAVARRO BEZERRA, Assinado digitalmente em 15/02/20 16 por ANTONIO CARLOS ATULIM, Assinado digitalmente em 12/02/2016 por CARLOS AUGUSTO DANIEL NETO, As sinado digitalmente em 11/02/2016 por WALDIR NAVARRO BEZERRA 14 Por fim, afastada a interpretação restritiva adotada pela decisão recorrida, descabe a exigência de prova da venda dos materiais de embalagens com o produto ao consumidor final. Gastos com água e seu tratamento b) dos quais 40% do consumo da água foram glosados Sobre esse tópico, alega a recorrente em seu recurso que: “(...) O mesmo pode se dizer em relação à água, aos produtos químicos, que são utilizados para purificação da água, conforme exigência sanitária, e para manutenção das máquinas e equipamentos utilizados na fabricação do produto final e, sem os quais, tal fabricação seria impossível. Também são insumo e dão direito ao crédito”. A fiscalização, no Termo de Constatação Fiscal (fl. 513) e no itens 16 e 17 do Termo de Informação Fiscal elaborado pelo Fisco (fl. 526/527), informa que: 16. A água que é utilizada nos processos produtivos da empresa, unidades matriz e filial, recebe inúmeros produtos químicos para garantir sua qualidade (ver fls. 504 item 4 e fls. 506 item 1). Inicialmente parte será utilizada nas caldeiras para produção de vapor, e a outra nos processos de fermentação, isolação e purificação. Ao final, 40% (quarenta por cento) da água será descartada, retornando ao rio, e os outros 60% (sessenta por cento) irão compor o fertilizante nitrogenado. Os gastos com os produtos químicos acrescentados à água para a geração de vapor não se subsumem ao conceito de bens utilizados como insumos, porque a alteração sofrida pela água do estado líquido para o gasoso não se dá por causa da ação exercida diretamente sobre os produtos em fabricação, mas em etapa anterior, ou seja, é transformada em vapor para ser utilizada nos processos de aquecimento nas etapas de fermentação, isolação e purificação. Assim, os gastos com os produtos químicos relacionados à geração de vapor, a seguir listados, não podem compor a base de cálculo do crédito da Cofins. 17. Por sua vez, dos gastos tidos com a água e seu tratamento, 60% geram direito a crédito, pois irão compor o fertilizante nitrogenado, mas os outros 40% não, pois não foram incorporados e nem sofreram o desgaste, dano ou perda de propriedades físicas ou químicas, para poderem ser considerados como insumos. Desta forma, as bases de cálculo relacionadas a esses gastos serão reduzidas em 40%, como demonstrado abaixo: A DRJ, em seu Acórdão, conclui que: (...) De acordo com o Relatório Fiscal, de fls. 516/533, foram glosados os valores relativos à parcela da água que não teve contato direto com o produto em fabricação, portanto a glosa atendeu aos requisitos acima especificados. (...) Quanto a esses itens, vale esclarecer que para a geração de créditos não basta que o insumo utilizado seja essencial ao processo produtivo ou de uso obrigatório, mas sim que ele se enquadre no conceito de insumo acima explicitado ou que o Fl. 794DF CARF MF Impresso em 17/02/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 11/02/2016 por WALDIR NAVARRO BEZERRA, Assinado digitalmente em 15/02/20 16 por ANTONIO CARLOS ATULIM, Assinado digitalmente em 12/02/2016 por CARLOS AUGUSTO DANIEL NETO, As sinado digitalmente em 11/02/2016 por WALDIR NAVARRO BEZERRA Processo nº 13878.000208/200574 Acórdão n.º 3402002.822 S3C4T2 Fl. 788 15 crédito a ele relativo seja expressamente previsto em lei, o que não é o caso dos produtos químicos acima e do vapor. Vejase que o Fisco não reconheceu o direito de crédito relativo a parte da água consumida e seu tratamento (as bases de cálculo relacionadas a esses gastos foram reduzidas em 40%). Consta que parte dessa água é utilizada nas caldeiras para produção de vapor, e a outra parte nos processos de fermentação, isolação e purificação. Ao final, 40% (quarenta por cento) da água será descartada, retornando ao rio, e os outros 60% (sessenta por cento) irão compor o fertilizante nitrogenado. A recorrente, em documento elaborado em resposta ao item 4 do Termo de Intimação Fiscal, informa que (fl. 511): ITEM 4 ) A água é utilizada para ajuste de concentração na preparação do meio de fermentação no processo fermentativo, como líquido para lavagem do ácido glutâmico no processo de purificação e no ajuste de concentração do Hidróxido de Sódio para formação do Glutamato Monossódico. A água também é utilizada nas caldeiras para produção de vapor utilizado nos processos de aquecimento, sendo que, são utilizados produtos químicos nesta água de alimentação das caldeiras para garantir sua qualidade. Como pode ser visto no Termo de Constatação Fiscal, após estes processos, a empresa em sua resposta informa que 40% da água é descartada e retorna aos rios (meio ambiente) e portanto, não se trata de bens empregados na produção. Diferente dos 60% de água que é utilizada na produção e recebe os produtos químicos, que será utilizada no processo produtivo da empresa (fertilizantes nitrogenado). A recorrente em seu recurso, não demonstrou, mediante apresentação de provas, que tais glosas foram indevidas, ou seja que tais aquisições foram objeto de aplicação no processo produtivo.O simples exame das referidas planilhas não permite ao julgador constatar que os bens ali discriminados se enquadram no conceito de insumo que vem sendo adotado por este colegiado. Como se trata de um pedido de interesse exclusivo da requerente, ressarcimento de contribuições sociais recolhidas, que implica renúncia por parte do ente tributante, o ônus da comprovação dos valores que compõem o crédito postulado é todo da requerente. Desta forma, a composição do valor do crédito pretendido, deve ser devidamente comprovada e explicitada, por parte de quem o postula, de modo a que não restem dúvidas quanto à natureza e montante das operações. Assim, não podem descontar da contribuição para o PIS apurada mensalmente, créditos calculados em relação aos valores das aquisições de materiais de consumo no caso água utilizada 40% foram glosados, por absoluta falta de amparo legal, uma vez que tais despesas não se encontram relacionados no art. 3º da Lei nº 10.637, de 2002, nem tampouco caracterizam insumos utilizados na fabricação de produtos destinados à venda. A fiscalização promoveu o levantamento detalhado da apuração da contribuição, segregando as hipóteses de creditamento. Cumpria ao contribuinte apresentar as alegações de direito e a demonstração pontual em relação a cada uma destas hipóteses, o que não aconteceu. Fl. 795DF CARF MF Impresso em 17/02/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 11/02/2016 por WALDIR NAVARRO BEZERRA, Assinado digitalmente em 15/02/20 16 por ANTONIO CARLOS ATULIM, Assinado digitalmente em 12/02/2016 por CARLOS AUGUSTO DANIEL NETO, As sinado digitalmente em 11/02/2016 por WALDIR NAVARRO BEZERRA 16 Assim, não há como acolher os argumentos da recorrente no que diz respeito ao alegado direito de creditamento relativamente às glosas referente aos 40% de gastos com água, que não foram comprovadamente empregados no processo produtivo. c) Dos produtos químicos aplicados à água (relacionados a purificação) Sobre esse tópico, alega a recorrente em seu recurso que: “(...) O mesmo pode se dizer em relação à água, aos produtos químicos, que são utilizados para purificação da água, conforme exigência sanitária, e para manutenção das máquinas e equipamentos utilizados na fabricação do produto final e, sem os quais, tal fabricação seria impossível. Também são insumo e dão direito ao crédito” (grifamos). A fiscalização, no item 16 do Termo de Informação Fiscal (fls. 467/475) elaborado pelo Fisco, argumenta que: 16. A água que é utilizada nos processos produtivos da empresa, unidades matriz e filial, recebe inúmeros produtos químicos para garantir sua qualidade (ver fls. 504 item 4 e fls. 506 item 1). Inicialmente parte será utilizada nas caldeiras para produção de vapor, e a outra nos processos de fermentação, isolação e purificação. Ao final, 40% (quarenta por cento) da água será descartada, retornando ao rio, e os outros 60% (sessenta por cento) irão compor o fertilizante nitrogenado. Os gastos com os produtos químicos acrescentados à água para a geração de vapor não se subsumem ao conceito de bens utilizados como insumos, porque a alteração sofrida pela água do estado líquido para o gasoso não se dá por causa da ação exercida diretamente sobre os produtos em fabricação, mas em etapa anterior, ou seja, é transformada em vapor para ser utilizada nos processos de aquecimento nas etapas de fermentação, isolação e purificação. Assim, os gastos com os produtos químicos relacionados à geração de vapor, a seguir listados, não podem compor a base de cálculo do crédito da Cofins. A DRJ, em seu Acórdão decidiu da seguinte forma: (...) Em relação a outros produtos químicos, como o sulfato de alumínio, sulfato de ferro e hipoclorito, a requerente alega que são utilizados no decanto de resíduos e detritos e na eliminação de microorganismos e que sua utilização é exigida pela Anvisa. (...) Quanto a esses itens, vale esclarecer que para a geração de créditos não basta que o insumo utilizado seja essencial ao processo produtivo ou de uso obrigatório, mas sim que ele se enquadre no conceito de insumo acima explicitado ou que o crédito a ele relativo seja expressamente previsto em lei, o que não é o caso dos produtos químicos acima e do vapor. Vejase que em seu recurso voluntário, embora a recorrente tenha discorrido sobre os produtos químicos consumidos por ela, em momento algum demonstrou claramente e provou que os bens cujos créditos foram glosados são consumidos no processo de fabricação de seus produtos, ou seja, entendo que se trata de material de consumo. A configuração de insumo depende da demonstração da aplicação do bem e serviço na atividade produtiva concretamente desenvolvida pelo contribuinte. A falta desta demonstração nos autos impede o reconhecimento do direito de crédito. Fl. 796DF CARF MF Impresso em 17/02/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 11/02/2016 por WALDIR NAVARRO BEZERRA, Assinado digitalmente em 15/02/20 16 por ANTONIO CARLOS ATULIM, Assinado digitalmente em 12/02/2016 por CARLOS AUGUSTO DANIEL NETO, As sinado digitalmente em 11/02/2016 por WALDIR NAVARRO BEZERRA Processo nº 13878.000208/200574 Acórdão n.º 3402002.822 S3C4T2 Fl. 789 17 Verificase que a defesa se limitou a fazer alegações genéricas em relação ao seu direito de tomar o crédito em relação a todos os custos e despesas necessários à manutenção da sua atividade, com base no art. 3º, II das Leis nº 10.637/02 e 10.833/03, mas não trouxe aos autos nenhum elemento hábil à comprovação de que os produtos químicos glosados nas planilhas (fls. 516/532), se enquadram nos requisitos que garantem o direito de crédito com base no custo de aquisição do bem. Ou seja, a recorrente em seu recurso, não demonstrou, mediante apresentação de provas, que tais glosas foram indevidas, ou seja que tais aquisições foram objeto de aplicação no processo produtivo da requerente. O simples exame das referidas planilhas não permite ao julgador constatar que os bens ali discriminados se enquadram no conceito de insumo que vem sendo adotado por este colegiado. Como se trata de um pedido de interesse exclusivo da requerente, ressarcimento de contribuições sociais recolhidas, que implica renúncia por parte do ente tributante, o ônus da comprovação dos valores que compõem o crédito postulado é todo da requerente. Desta forma, a composição do valor do crédito pretendido, deve ser devidamente comprovada e explicitada, por parte de quem o postula, de modo a que não restem dúvidas quanto à natureza e montante das operações. Assim, não podem descontar da contribuição para a COFINS apurada mensalmente, créditos calculados em relação aos valores das aquisições de produtos químicos, que diz em seu recurso, serem utilizados para purificação da água, conforme exigência sanitária, e para a manutenção das máquinas e equipamentos, por absoluta falta de provas, uma vez que tais despesas não se encontram amparadas pelo art. 3º da Lei nº 10.833, de 2003, nem tampouco caracterizam insumos utilizados na fabricação de produtos destinados à venda. Como dito, a fiscalização promoveu o levantamento detalhado da apuração da contribuição, segregando as hipóteses de creditamento. Cumpria ao contribuinte apresentar as alegações de direito e a demonstração pontual em relação a cada uma destas hipóteses, o que não aconteceu neste caso. Portanto, não tendo o contribuinte se observado do ônus de comprovar o direito alegado no recurso, correto as glosas de parte dos produtos químicos adquiridos pela Recorrente, conforme consta dos demonstrativos de fls. 516/532. Assim, não há como acolher os argumentos da recorrente no que diz respeito ao alegado direito de creditamento relativamente às glosas referente aos gastos com produtos químicos (utilizados para purificação da água e para manutenção das máquinas e equipamentos), que não foram, nos autos, comprovadamente empregados no processo produtivo. d) Da parcela da água que evapora antes de se incorporar ao processo produtivo (produção vapor). Alega a Recorrente em seu recurso, que o vapor, de acordo com a recorrente, é utilizado no processo de secagem dos produtos e necessário ao processo produtivo e portanto não poderiam serem glosados. Vejase abaixo trecho transcrito: (...) Incorreta também é a glosa dos créditos correspondentes a parcela da água que não teve contato com o produto, uma vez que 100% da água utilizada é necessária para o processo produtivo, tal qual o vapor utilizado na secagem e finalização do produto, ou seja, parte indispensável na cadeia produtiva. Fl. 797DF CARF MF Impresso em 17/02/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 11/02/2016 por WALDIR NAVARRO BEZERRA, Assinado digitalmente em 15/02/20 16 por ANTONIO CARLOS ATULIM, Assinado digitalmente em 12/02/2016 por CARLOS AUGUSTO DANIEL NETO, As sinado digitalmente em 11/02/2016 por WALDIR NAVARRO BEZERRA 18 Conforme se observa na informação da empresa, os insumos utilizados na produção do vapor (alteração sofrida pela água do estado liquido para o gasoso), e considerado um tipo de energia, é utilizado na secagem e finalização dos produtos. Conforme o dicionário eletrônico Wikipédia, temos que um gerador de vapor, conhecido também como caldeira, é um dispositivo usado para produzir vapor aplicando energia térmica a água. Tratase de uma máquina ou dispositivo de engenharia onde a energia química transformase em energia térmica. Geralmente é utilizado nas turbinas de vapor para gerar vapor, habitualmente vapor de água, com energia suficiente como para fazer funcionar uma turbina em um ciclo modificado. Portanto, neste caso não assiste razão as alegações da recorrente. Explico. Ocorre que sobre esse tipo de gastos, somente a partir de 15/06/2007, com a nova redação do art. 3º, inciso III, da Lei nº 10.833/2003, dada pela Lei nº 11.488, de 2007, é que se permitiu descontar créditos de COFINS sobre o consumo com energia sob a forma de vapor. Por isso, entendo estar correto os valores identificados e que foram excluídos da base de cálculo do crédito da COFINS. Vejase texto da Lei: Art. 3º Do valor apurado na forma do art. 2º a pessoa jurídica poderá descontar créditos calculados em relação a: (...) IX energia elétrica e energia térmica, inclusive sob a forma de vapor, consumidas nos estabelecimentos da pessoa jurídica.(Redação dada pela Lei nº 11.488, de 2007)grifamos. Quanto ao tema, a Lei nº 10.833/2003 permitia, em seu artigo 3º, inciso III a apropriação de créditos referentes a despesas com a energia elétrica consumida pelos contribuintes, nestes termos: Art. 3º Do valor apurado na forma do art. 2º a pessoa jurídica poderá descontar créditos calculados em relação a: [...] IX energia elétrica consumida nos estabelecimentos da pessoa jurídica; (redação vigente à época dos fatos geradores segundo trimestre de 2005). Desta forma, repisandose, a redação original desse inciso somente previa o crédito relativo à energia elétrica. A possibilidade do aproveitamento do crédito referente à energia sob a forma de vapor somente foi incluída com a Lei nº 11.488, de 2007, que deu nova redação a esse inciso, e que entrou em vigor em 15/06/2007, portanto não atinge o período aqui analisado, que se refere ao 2º trimestre de 2005. O argumenta de que a utilização de tais créditos já estaria implícita na legislação antes de sua autorização explícita pela Lei nº 11.488, de 2007, e que se deveria usar o princípio da analogia (art. 108, do CTN) com a energia elétrica não deve prosperar, pois na sistemática da nãocumulatividade os créditos passíveis de desconto estão discriminados expressamente na legislação de regência, sendo vedado o desconto de créditos não previstos em lei. Fl. 798DF CARF MF Impresso em 17/02/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 11/02/2016 por WALDIR NAVARRO BEZERRA, Assinado digitalmente em 15/02/20 16 por ANTONIO CARLOS ATULIM, Assinado digitalmente em 12/02/2016 por CARLOS AUGUSTO DANIEL NETO, As sinado digitalmente em 11/02/2016 por WALDIR NAVARRO BEZERRA Processo nº 13878.000208/200574 Acórdão n.º 3402002.822 S3C4T2 Fl. 790 19 O art. 111 do CTN, ao determinar a interpretação literal da legislação que disponha sobre a exclusão de crédito tributário desautoriza uma interpretação mais “ampla” da lei para permitir a utilização de créditos não previstos, tampouco permite a aplicação da analogia para reduzir tributo ou contribuição. Digase ainda que o art. 97 do CTN dispõe que somente a lei pode reduzir tributos e definir as hipóteses de exclusão e extinção do crédito tributário. Ademais, não teria sentido incluir expressamente na legislação de regência o direito ao crédito com gastos da energia sob a forma de vapor em uma lei publicada em 2007 e sem previsão de aplicação retroativa se esse tipo de energia já estivesse implícita na legislação anterior. Em relação à alegação de que tal energia tratarseia de mais um insumo e desta forma daria direito a crédito, vale esclarecer que, conforme explanação acima, restou demonstrado que a energia utilizada pelas máquinas e equipamentos não se enquadra no conceito de insumo no âmbito da não cumulatividade. Portanto, o dispositivo mencionado que daria guarida a desconto dos créditos, não atinge os custos com energia produzida sob a forma de vapor do período aqui analisado, que se refere ao segundo trimestre de 2005. Desta forma, totalmente justificada a glosa desse tipo de energia nos créditos da recorrente. e) Dos gastos com energia térmica Aduz a recorrente em seu recurso que em relação à energia térmica utilizada, sem ela, o maquinário não funcionaria, impedindo a produção. Logo, perfeitamente enquadrada no conceito de insumo, devendo também gerar direito ao crédito. Que os respectivos créditos estão previstos no citado art. 3º da Lei nº 10.833, de 2003, e que foi inteiramente consumida no processo produtivo. “(...) Por fim, com relação à energia térmica utilizada, sem ela, o maquinário não funcionaria, impedindo a produção. Logo, perfeitamente enquadrada no conceito de insumo, devendo também gerar direito ao crédito”. Já a fiscalização alega no item 18 de seu Relatório Fiscal (fl. 528), que os gastos com energia térmica foram glosados por falta de previsão legal: 18. A empresa calculou créditos da Cofms sobre os gastos efetuados com a aquisição de energia térmica, na forma de vapor de alta pressão, neste trimestre, mas até 14/06/2007 somente permitiase calcular créditos sobre os gastos com a energia elétrica consumida nos estabelecimentos da empresa, conforme inciso III do art. 3° da Lei 10.833, de 2003. Somente a partir de 15/06/2007, com a nova redação do inciso III dada pela Lei 11.488, de 2007, é que se permitiu calcular créditos também sobre os gastos com energia térmica, inclusive sobre a forma de vapor. Por isso os valores a seguir identificados serão excluídos da base de cálculo do crédito: No acórdão recorrido, temos que: Fl. 799DF CARF MF Impresso em 17/02/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 11/02/2016 por WALDIR NAVARRO BEZERRA, Assinado digitalmente em 15/02/20 16 por ANTONIO CARLOS ATULIM, Assinado digitalmente em 12/02/2016 por CARLOS AUGUSTO DANIEL NETO, As sinado digitalmente em 11/02/2016 por WALDIR NAVARRO BEZERRA 20 (...) Em relação à energia térmica, a impugnante alega que tal crédito está previsto no art. 3º, III, da Lei nº 10.833, de 2003. Com relação a este tópico, como no anterior, estamos de acordo com a decisão recorrida. Quanto ao tema, a Lei nº 10.637/2002 permite, em seu artigo 3º, inciso IX, a apropriação de créditos referentes a despesas com a energia elétrica consumida pelos contribuintes, nestes termos: Art. 3º Do valor apurado na forma do art. 2º a pessoa jurídica poderá descontar créditos calculados em relação a: [...] IX energia elétrica consumida nos estabelecimentos da pessoa jurídica; (redação vigente à época dos fatos geradores segundo trimestre de 2005). Como se vê, a redação original desse inciso somente previa o crédito relativo à energia elétrica. A possibilidade do aproveitamento do crédito referente à energia térmica somente foi incluída com a Lei nº 11.488, de 2007, que deu nova redação a esse inciso, e que entrou em vigor em 15/06/2007, portanto não atinge o período aqui analisado, que se refere ao segundo trimestre de 2005. Vejase abaixo: Art. 3º Do valor apurado na forma do art. 2º a pessoa jurídica poderá descontar créditos calculados em relação a: (...) IX energia elétrica e energia térmica, inclusive sob a forma de vapor, consumidas nos estabelecimentos da pessoa jurídica.(Redação dada pela Lei nº 11.488, de 2007)grifamos. O argumenta de que a utilização de tais créditos já estaria implícita na legislação antes de sua autorização explícita pela Lei nº 11.488, de 2007, e que se deveria usar a analogia com a energia elétrica não deve prosperar, pois na sistemática da não cumulatividade os créditos passíveis de desconto estão discriminados expressamente na legislação de regência, sendo vedado o desconto de créditos não previstos em lei. O art. 111 do CTN, ao determinar a interpretação literal da legislação que disponha sobre a exclusão de crédito tributário desautoriza uma interpretação mais “ampla” da lei para permitir a utilização de créditos não previstos, tampouco permite a aplicação da analogia para reduzir tributo ou contribuição. Digase ainda que o art. 97 do CTN dispõe que somente a lei pode reduzir tributos e definir as hipóteses de exclusão e extinção do crédito tributário. Ademais, não teria sentido incluir expressamente na legislação de regência o direito ao crédito da energia térmica em uma lei publicada em 2007 e sem previsão de aplicação retroativa se esse tipo de energia já estivesse implícita na legislação anterior. Em relação à alegação de que a energia térmica tratarseia de mais um insumo e desta forma daria direito a crédito, vale esclarecer que, conforme explanação acima, restou demonstrado que a energia utilizada pelas máquinas e equipamentos não se enquadra no conceito de insumo no âmbito da não cumulatividade. Fl. 800DF CARF MF Impresso em 17/02/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 11/02/2016 por WALDIR NAVARRO BEZERRA, Assinado digitalmente em 15/02/20 16 por ANTONIO CARLOS ATULIM, Assinado digitalmente em 12/02/2016 por CARLOS AUGUSTO DANIEL NETO, As sinado digitalmente em 11/02/2016 por WALDIR NAVARRO BEZERRA Processo nº 13878.000208/200574 Acórdão n.º 3402002.822 S3C4T2 Fl. 791 21 Portanto, o dispositivo mencionado que daria guarida a desconto dos créditos, não atinge os custos com energia térmica do período aqui analisado, que se refere ao segundo trimestre de 2005. Desta forma, totalmente justificada a glosa desse tipo de energia nos créditos da recorrente. 6) Das provas Como já analisado neste voto, a fiscalização apurou glosas de bens e serviços. A recorrente, porém, com exceção relativo às embalagens, não deixou claro nos autos as provas junto com suas manifestações contrárias aos outros itens glosados, o que acaba por ser um empecilho à comprovação de suas alegações. Não sendo possível a análise do vínculo entre as supostas determinações e os gastos que elas o teriam obrigado. O reconhecimento de direito creditório contra a Fazenda Nacional exige averiguação da liquidez e certeza do suposto pagamento a maior do tributo, desse modo, afim de comprovar a existência do crédito alegado, a interessada deve instruir sua defesa, em especial a manifestação de inconformidade, com documentos que respaldem suas afirmações, considerando o disposto nos artigos 15 e 16 do Decreto nº 70.235/1972: “Art.15.A impugnação, formalizada por escrito e instruída com os documentos em que se fundamentar, será apresentada ao órgão preparador no prazo de trinta dias, contados da data em que for feita a intimação da exigência. Art.16.A impugnação mencionará: (...) III os motivos de fato e de direito em que se fundamenta, os pontos de discordância e as razões e provas que possuir; (RedaçãodadapelaLeinº8.748,de1993)” No processo administrativo fiscal, assim como no processo civil, o ônus de provar a veracidade do que afirma é de quem alega a sua existência, ou seja, do interessado, é assim que dispõe a Lei nº 9.784, de 29 de janeiro de1999 no seu artigo 36: Art. 36. Cabe ao interessado a prova dos fatos que tenha alegado, sem prejuízo do dever atribuído ao órgão competente para a instrução e do disposto no artigo37 desta Lei. No mesmo sentido os artigos 333 e 396 da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973CPC: Art.333.O ônus da prova incumbe: I ao autor, quanto ao fato constitutivo do seu direito; II ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor. Art.396. Compete à parte instruir a petição inicial (art.283), ou a resposta (art. 297), com os documentos destinados a provar lhe as alegações. 7) Da apresentação das provas Fl. 801DF CARF MF Impresso em 17/02/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 11/02/2016 por WALDIR NAVARRO BEZERRA, Assinado digitalmente em 15/02/20 16 por ANTONIO CARLOS ATULIM, Assinado digitalmente em 12/02/2016 por CARLOS AUGUSTO DANIEL NETO, As sinado digitalmente em 11/02/2016 por WALDIR NAVARRO BEZERRA 22 O artigo 16 do Decreto nº 70.235/72 em seu § 4º determina, ainda, o momento processual para a apresentação de provas no processo administrativo fiscal, bem como as exceções albergadas que transcrevemos a seguir: “§ 4º A prova documental será apresentada na impugnação, precluindo o direito de o impugnante fazêlo em outro momento processual, a menos que: a) fique demonstrada a impossibilidade de sua apresentação oportuna, por motivo de força maior; b)refirase a fato ou a direito superveniente; c) destinese a contrapor fatos ou razões posteriormente trazidas aos autos.” A análise da norma supracitada é clara e direta ao estabelecer o momento correto a serem carreadas as provas a fim de substanciar os argumentos da Recorrente, qual seja, na manifestação de inconformidade, contudo, esta turma recursal tem firmado entendimento no sentido de admitir, excepcionalmente, a análise de provas trazidas em sede de recurso voluntário, quando estas não dependam de análise técnica aprofundada e sejam complementares às provas trazidas em Manifestação de Inconformidade, contudo, mesmo neste momento processual, não foram trazidas aos autos quaisquer outros documento que provassem que o sujeito passivo realizou gastos em decorrência das glosas de bens e serviços apurados pelo fisco, excetuandose a já comentada. 8) Princípio da verdade material O princípio da verdade material foi preservado nesse julgamento, de forma que foi deferido parte da crédito pleiteado. As provas trazidas pelo contribuinte foram analisadas, porém, o princípio da verdade material não supre a inércia do interessado. Nesse sentido, apenas foram admitidos os créditos devidamente comprovados, uma vez que lhe competia o ônus da prova. 9) Conclusão Diante das considerações e fundamentos acima expostos, voto por conhecer do recurso voluntário, para: a) dar provimento parcial, para reconhecer o direito do crédito do PIS/Pasep nãocumulativo, respaldado pela relação das notas fiscais acostadas aos autos, inerente ao item 5a) gastos com embalagens de transporta pallet, papelão e os filmes strech, conforme o voto, e b) negar provimento em relação aos seguintes itens: 5b) água e seu tratamento 40% que foram glosados por não ser utilizada no processo produtivo; 5c) produtos químicos aplicados ao tratamento da água; 5d) parcela da água que evapora antes de se incorporar ao processo produtivo (produção de vapor) e 5e) gastos com energia térmica, conforme contido no voto. (assinado digitalmente) Waldir Navarro Bezerra – Relator Fl. 802DF CARF MF Impresso em 17/02/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 11/02/2016 por WALDIR NAVARRO BEZERRA, Assinado digitalmente em 15/02/20 16 por ANTONIO CARLOS ATULIM, Assinado digitalmente em 12/02/2016 por CARLOS AUGUSTO DANIEL NETO, As sinado digitalmente em 11/02/2016 por WALDIR NAVARRO BEZERRA Processo nº 13878.000208/200574 Acórdão n.º 3402002.822 S3C4T2 Fl. 792 23 Voto Vencedor Acerca da glosa de 40% sobre o total de água consumida, entendo que tal vedação de creditamento não deva prosperar, sobretudo diante do minucioso trabalho do fiscal durante a o procedimento de fiscalização, como se vê no item 16 do Termo de Informação Fiscal elaborado pelo Fisco, argumenta que: (...) A água que é utilizada nos processos produtivos da empresa, unidades matriz e filial, recebe inúmeros produtos químicos para garantir sua qualidade (ver fls 464 item 1). Inicialmente parte da água será utilizada nas caldeiras para produção de vapor, e a outra nos processos de fermentação, isolação e purificação. Ao final, 40% (quarenta por cento) da água será descartada, retornando ao rio, e os outros 60% (sessenta por cento) irão compor o fertilizante nitrogenado. Dos gastos tidos com a água e seu tratamento, 60% geram direito a crédito, pois irão compor o fertilizante nitrogenado, mas os outros 40% não, pois não foram incorporados e nem sofreram o desgaste, dano ou perda de propriedades físicas ou químicas, para poderem ser considerados como insumos. Desta forma, as bases de cálculo relacionadas a esses gastos serão reduzidas em 40%, como demonstrado abaixo: Como se interpreta claramente da descrição acima dada, 100% da água é utilizada no processo produtivo, de diversas formas (produção de vapor, processos de fermentação, isolação e purificação, e composição do fertilizante nitrogenado), apesar de que apenas 60% dele será incorporado efetivamente ao produto final, restando 40% descartado após tratamento químico. Caso essa turma adotasse o vetusto conceito de insumo de IPI para os casos de PIS e Cofins, faria sentido a glosa de parcela da água que não fora incorporada ao produto. Todavia, temos firme entendimento de que a noção de insumo está relacionada ao processo produtivo como um todo e as despesas necessárias para sua ocorrência, ainda que não haja a incorporação física ao produto. Tal entendimento está consubstanciado nesse trecho da lavra do Ilustre Conselheiro Antônio Carlos Atulim: Em relação aos bens cujos custos de aquisição foram glosados, a fiscalização levou em conta o conceito de insumo estabelecido naqueles atos administrativos, os quais, basicamente, adotaram o mesmo conceito de produto intermediário vigente para a legislação do IPI. No caso do IPI são considerados produtos intermediários aptos a gerarem créditos do imposto, apenas aqueles produtos que sofram desgaste, sejam consumidos, ou que sofram perda das propriedades físicas ou químicas em decorrência de ação direta do produto em fabricação (PN CST nº 65/79). A defesa, por seu turno, alegou de forma genérica que os produtos glosados são indispensáveis ao seu processo produtivo, enquadrandose perfeitamente ao permissivo legal que dá direito ao crédito. Fl. 803DF CARF MF Impresso em 17/02/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 11/02/2016 por WALDIR NAVARRO BEZERRA, Assinado digitalmente em 15/02/20 16 por ANTONIO CARLOS ATULIM, Assinado digitalmente em 12/02/2016 por CARLOS AUGUSTO DANIEL NETO, As sinado digitalmente em 11/02/2016 por WALDIR NAVARRO BEZERRA 24 A questão é polêmica, mas uma análise mais detida da Lei nº 10.833/02 revela que o legislador não determinou que o significado do vocábulo “insumo” fosse buscado na legislação deste ou daquele tributo. Se não existe tal determinação, o intérprete deve atribuir ao vocábulo “insumo” um conteúdo semântico condizente com o contexto em que está inserido o art. 3º , II, da Lei nº 10.833/02. Nesse passo, distinguemse as não cumulatividades do IPI e do PIS/Cofins. No IPI a técnica utilizada é imposto contra imposto (art. 153, § 3º, II da CF/88). No PIS/Cofins, a técnica é base contra base (art. 195, § 12 da CF/88 e arts. 2º e 3º , § 1º da Lei nº 10.637/02 e 10.833/04). Em relação ao IPI, o art. 49 do CTN estabelece que: “A não cumulatividade é efetivada pelo sistema de crédito do imposto relativo a produtos entrados no estabelecimento do contribuinte, para ser abatido do que for devido pelos produtos dele saídos, num mesmo período, conforme estabelecido neste Capítulo (...)”. E o art. 226 do RIPI/10 estabelece quais eventos dão direito ao crédito: “Os estabelecimentos industriais e os que lhes são equiparados poderão creditarse (Lei nº 4.502, de 1964, art. 25): I do imposto relativo a matériaprima, produto intermediário e material de embalagem, adquiridos para emprego na industrialização de produtos tributados, incluindo se, entre as matériasprimas e os produtos intermediários, aqueles que, embora não se integrando ao novo produto, forem consumidos no processo de industrialização, salvo se compreendidos entre os bens do ativo permanente; (...)” (Grifei) A fim de delimitar o conceito de produto intermediário no âmbito do IPI, foi elaborado o Parecer Normativo CST nº 65/79, por meio do qual fixouse a interpretação de que, para o fim de gerar créditos de IPI, o produto intermediário deve se assemelhar à matériaprima, pois a base de incidência do IPI é o produto industrializado. Daí a necessidade do produto intermediário, que não se incorpore ao produto final, ter que se desgastar ou sofrer alteração em suas propriedades físicas ou químicas em contato direto com o produto em fabricação. Já no regime não cumulativo das contribuições ao PIS e à Cofins, o crédito é calculado, em regra, sobre os gastos e despesas incorridos no mês, em relação aos quais deve ser aplicada a mesma alíquota que incidiu sobre o faturamento para apurar a contribuição devida (art. 3º, § 1º das Leis nº 10.637/02 e 10.833/04). E os eventos que dão direito à apuração do crédito estão exaustivamente citados no art. 3º e seus incisos, onde se nota claramente que houve uma ampliação do número de eventos que dão direito ao crédito em relação ao direito previsto na legislação do IPI. Essa distinção entre os regimes jurídicos dos créditos de IPI e das contribuições nãocumulativas permite vislumbrar que no IPI o direito de crédito está vinculado de forma imediata e direta ao produto industrializado, enquanto que Fl. 804DF CARF MF Impresso em 17/02/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 11/02/2016 por WALDIR NAVARRO BEZERRA, Assinado digitalmente em 15/02/20 16 por ANTONIO CARLOS ATULIM, Assinado digitalmente em 12/02/2016 por CARLOS AUGUSTO DANIEL NETO, As sinado digitalmente em 11/02/2016 por WALDIR NAVARRO BEZERRA Processo nº 13878.000208/200574 Acórdão n.º 3402002.822 S3C4T2 Fl. 793 25 no âmbito das contribuições está relacionado ao processo produtivo, ou seja, à fonte de produção da riqueza. Assim, a diferença entre os contextos da legislação do IPI e da legislação das contribuições, aliada à ampliação do rol dos eventos que ensejam o crédito pelas Leis nº 10.637/02 e 10.833/04, demonstra a impropriedade da pretensão fiscal de adotar para o vocábulo “insumo” o mesmo conceito de “produto intermediário” vigente no âmbito do IPI. Contudo, tal ampliação do significado de “insumo”, implícito na redação do art. 3º das Leis nº 10.637/02 e 10.833/04, não autoriza a inclusão de todos os custos e despesas operacionais a que alude a legislação do Imposto de Renda, pois no rol de despesas operacionais existem gastos que não estão diretamente relacionados ao processo produtivo da empresa. Se a intenção do legislador fosse atribuir o direito de calcular o crédito das contribuições não cumulativas em relação a todas despesas operacionais, seriam desnecessários os dez incisos do art. 3º, das Leis nº 10.637/02 e 10.833/04, onde foram enumerados de forma exaustiva os eventos que dão direito ao cálculo do crédito. Portanto, no âmbito do regime nãocumulativo das contribuições, o conteúdo semântico de “insumo” é mais amplo do que aquele da legislação do IPI e mais restrito do que aquele da legislação do imposto de renda, abrangendo os “bens” e “serviços” que, não sendo expressamente vedados pela lei, forem essenciais ao processo produtivo para que se obtenha o bem ou o serviço desejado. Na busca de um conceito adequado para o vocábulo insumo, no âmbito das contribuições nãocumulativas, a tendência da jurisprudência no CARF caminha no sentido de considerar o conceito de insumo coincidente com conceito de custo de produção, pois além de vários dos itens descritos no art. 3º da Lei nº 10.833/04 integrarem o custo de produção, esse critério oferece segurança jurídica tanto ao fisco quanto aos contribuintes, por estar expressamente previsto no artigo 290 do Regulamento do Imposto de Renda. Nessa linha de raciocínio, este colegiado vem entendendo que para um bem ser apto a gerar créditos da contribuição não cumulativa, com base no art. 3º, II, das Leis nº 10.637/2002 e 10.833/2002, ele deve ser aplicado ao processo produtivo (integrar o custo de produção) e não ser passível de ativação obrigatória à luz do disposto no art. 301 do RIR/991. Se for passível de ativação obrigatória, o crédito deverá ser apropriado não com base no custo de aquisição, mas sim com base na despesa de depreciação ou amortização, conforme normas específicas. O contribuinte invocou a seu favor o art. 6º, § 3º, da Lei 10.833/03, pois esse dispositivo legal teria encampado o entendimento da recorrente 1 Art. 301. O custo de aquisição de bens do ativo permanente não poderá ser deduzido como despesa operacional, salvo se o bem adquirido tiver valor unitário não superior a trezentos e vinte e seis reais e sessenta e um centavos, ou prazo de vida útil que não ultrapasse um ano (DecretoLei nº 1.598, de 1977, art. 15, Lei nº 8.218, de 1991, art. 20, Lei nº 8.383, de 1991, art. 3º, inciso II, e Lei nº 9.249, de 1995, art. 30). § 1º Nas aquisições de bens, cujo valor unitário esteja dentro do limite a que se refere este artigo, a exceção contida no mesmo não contempla a hipótese onde a atividade exercida exija utilização de um conjunto desses bens. § 2º Salvo disposições especiais, o custo dos bens adquiridos ou das melhorias realizadas, cuja vida útil ultrapasse o período de um ano, deverá ser ativado para ser depreciado ou amortizado (Lei nº 4.506, de 1964, art. 45, § 1º). Fl. 805DF CARF MF Impresso em 17/02/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 11/02/2016 por WALDIR NAVARRO BEZERRA, Assinado digitalmente em 15/02/20 16 por ANTONIO CARLOS ATULIM, Assinado digitalmente em 12/02/2016 por CARLOS AUGUSTO DANIEL NETO, As sinado digitalmente em 11/02/2016 por WALDIR NAVARRO BEZERRA 26 no sentido de que todos os custos e despesas necessários à manutenção da fonte produtora estão aptos a gerarem créditos das contribuições. Tal interpretação não prospera porque a expressão "(...) se decorrentes de custos, despesas e encargos vinculados: (...)" contida no dispositivo legal, alude aos gastos incorridos no auferimento das receitas especificadas nos incisos I e II e se referem aos créditos das contribuições apurados na forma do art. 3º das Leis nº 10.637/2002 e 10.833/2003. Em outras palavras: o direito à tríplice forma e aproveitamento dos créditos gerados por operações de exportação referese unicamente aos créditos apurados com base no art. 3º da Lei nº 10.833/03. E como já se viu alhures, este dispositivo legal não instituiu o direito à tomada do crédito sobre todos os custos e despesas necessários à manutenção da atividade da empresa. Dessa forma, resta claro nos autos que os 40% de descarte de água participaram, sim, do processo produtivo, razão pela qual deve ser revertida a glosa de crédito. É como voto. Conselheiro Carlos Augusto Daniel Neto Fl. 806DF CARF MF Impresso em 17/02/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 11/02/2016 por WALDIR NAVARRO BEZERRA, Assinado digitalmente em 15/02/20 16 por ANTONIO CARLOS ATULIM, Assinado digitalmente em 12/02/2016 por CARLOS AUGUSTO DANIEL NETO, As sinado digitalmente em 11/02/2016 por WALDIR NAVARRO BEZERRA
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Numero do processo: 10280.000835/2003-75
Turma: Segunda Turma Ordinária da Quarta Câmara da Terceira Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Wed Dec 09 00:00:00 UTC 2015
Data da publicação: Tue Dec 22 00:00:00 UTC 2015
Ementa: Assunto: Contribuição para o PIS/Pasep
Período de apuração: 30/04/1999 a 30/11/2001
DIFERENÇAS APURADAS ENTRE O VALOR DEMONSTRADO E O DECLARADO.
A base de cálculo no período em questão compunham-se de todas receitas de prestação de serviços.
Falece competência ao CARF, nos termos do enunciado de sua Súmula nº 02, para apreciar matéria de índole constitucional.
Recurso Voluntário a que se nega provimento.
Numero da decisão: 3402-002.790
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso.
Antônio Carlos Atulim - Presidente.
Jorge Olmiro Lock Freire - Relator.
Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros Antonio Carlos Atulim, Jorge Olmiro Lock Freire, Valdete Aparecida Marinheiro, Maria Aparecida Martins de Paula, Thais De Laurentiis Galkowicz, Waldir Navarro Bezerra, Diego Diniz Ribeiro e Carlos Augusto Daniel Neto.
Nome do relator: JORGE OLMIRO LOCK FREIRE
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Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS/PASEP Período de apuração: 30/04/1999 a 30/11/2001 DIFERENÇAS APURADAS ENTRE O VALOR DEMONSTRADO E O DECLARADO. A base de cálculo no período em questão compunhamse de todas receitas de prestação de serviços. Falece competência ao CARF, nos termos do enunciado de sua Súmula nº 02, para apreciar matéria de índole constitucional. Recurso Voluntário a que se nega provimento. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso. Antônio Carlos Atulim Presidente. Jorge Olmiro Lock Freire Relator. Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros Antonio Carlos Atulim, Jorge Olmiro Lock Freire, Valdete Aparecida Marinheiro, Maria Aparecida Martins de Paula, Thais De Laurentiis Galkowicz, Waldir Navarro Bezerra, Diego Diniz Ribeiro e Carlos Augusto Daniel Neto. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 28 0. 00 08 35 /2 00 3- 75 Fl. 159DF CARF MF Impresso em 22/12/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 14/12/2015 por JORGE OLMIRO LOCK FREIRE, Assinado digitalmente em 15/12/ 2015 por ANTONIO CARLOS ATULIM, Assinado digitalmente em 14/12/2015 por JORGE OLMIRO LOCK FREIRE Processo nº 10280.000835/200375 Acórdão n.º 3402002.790 S3C4T2 Fl. 160 2 Relatório Tratase de lançamento de ofício de PIS, cientificado em 31/03/2003, tendo o Fisco apurado diferenças entre os valores escriturados e valores declarados (fl. 6), consubstanciado no Demonstrativo Consolidado do Crédito Tributário de fl. 03, calculado de acordo com Demonstrativo de Situação Fiscal Apurada (fl. 15) sobre receitas de serviços (fls. 16 e 17). A autuada tem como objeto social "a prestação de serviços ligados a área da saúde em todas suas especialidades" (contrato social às fls. 44/48). Não resignada, a empresa impugnou o lançamento, arguindo, dentre outras razões, que teria créditos dessa contribuição no valor de R$ 5.190,16. Despacho da DRJ Belém, de 06/12/2004, converteu o julgamento em diligência (fls. 63/65) para que a unidade local da RFB para verificasse a existência desses supostos pagamentos a maior e elaboração de relatório considerandoos, se fosse o caso, "uma vez que a legislação permite compensação nos termos do art. 14 da IN SRF nº 21/97". O despacho SEORT/DRF Belém (fls. 74/75) entendeu, em suma, que a IN SRF 210, de 30/09/2002, revogou a IN SRF 21/97, pelo que as compensações pleiteadas em 30.04.2003, referente ao período 01/99 a 06/2001, deveriam atender os ditames daquela IN, que exigia para compensação a Declaração de Compensação, e não desta que permitia a compensação independentemente de requerimento. E concluiu: "Não, declarada a compensação, não há que se falar em extinção do crédito tributário sob condição resolutória da ulterior homologação". Sobreveio a r. decisão (fls. 78/81), a qual entendeu, por viger à época dos pagamentos a IN RF 21/1997, que deveria ter sido considerado para fins da exigência fiscal "os pagamentos efetuados a maior", acatando a compensação dos valores referidos na impugnação. Os valores remanescentes da exação e multa de ofício constam à fl. 83. Ainda irresignada, a autuada interpôs o presente Voluntário (fls. 86/101), no qual, em síntese, alega que deveria ser dado tratamento isonômico entre as empresas operadoras de planos de saúde, caso da recorrente, com as seguradoras, uma vez que a estas o art. 2º da MP 2037/2000, de 28/06/2000, permitiu, a partir de julho de 2000, deduzir da base de cálculo do PIS os sinistros ocorridos e efetivamente pagos, o que só veio a ser permitidas àquelas com a MP 2.158/35, de 24/08/2001, "posteriormente ratificado pela Lei 10.637/2002, homologando a extensão do benefício as empresas do setor de planos de saúde. Entende que a falta de isonomia ofende a Constituição. Demais, disso afronta à r. decisão, uma vez que esta ao permitir a compensação "o fez pelo seu valor histórico, sem correções e acréscimos legais devidos até a data da efetiva compensação". Por fim, embora questão preliminar, requer a nulidade do lançamento sem apontar em específico, a causa da pugnada nulidade. Em 12/03/2008, foi exarado o Acórdão 20218.877 (fls. 122/124) pelo então Segundo Conselho de Contribuintes, que anulou a decisão de fls. 78/81 ao fundamento que a mesma não enfrentou todos os "pontos de defesa", do qual o contribuinte foi cientificado em 03/07/2008 (fl. 131). Em 09/12/2008, foi prolatado o Acórdão 0112.657 pela 2ª Turma da DRJ/BEL (137/143) em substituição ao anulado. Em sua nova peça recursal (fls. 146/155) a empresa repisa os argumentos expendidos no anterior recurso. Fl. 160DF CARF MF Impresso em 22/12/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 14/12/2015 por JORGE OLMIRO LOCK FREIRE, Assinado digitalmente em 15/12/ 2015 por ANTONIO CARLOS ATULIM, Assinado digitalmente em 14/12/2015 por JORGE OLMIRO LOCK FREIRE Processo nº 10280.000835/200375 Acórdão n.º 3402002.790 S3C4T2 Fl. 161 3 É o relatório. Voto Conselheiro Jorge Olmiro Lock Freire, relator. Primeiramente afasto qualquer mácula no lançamento que dê azo à decretação de sua nulidade. A um. porque não se verifica qualquer dos vícios a que alude o art. 59 do Decreto 70.235/72, e, a dois, porque não restou demonstrado qualquer prejuízo a defesa, que sequer apontou in especifico qual o vício que daria azo a tal medida extrema, apenas discorrendo de forma teórica sobre a nulidade no processo administrativo. Portanto, por ausência absoluta de qualquer vício no lançamento ou prejuízo à defesa, afasto a pugnada nulidade. Quanto à questão de fundo, que o legislador ordinário teria agido de forma não isonômica entre as seguradoras e as operadoras de plano de saúde, por tratarse de juízo de constitucionalidade é matéria que refoge à competência cognitiva de órgãos julgadores administrativos a teor da Súmula 02 do CARF. O fato é que somente a partir dos fatos geradores a partir de 01/12/2001, é que o legislador ordinário, de acordo com o art. 9º da MP 2.15835, permitiu que as operadoras de saúde pudessem deduzir da base imponível do PIS os custos médicos. Até então, todas receitas operacionais de serviços, sem dedução, compunha a base de cálculo da indigitada contribuição. Quanto às alegações acerca da Lei 9.718, não se aplicam ao caso vertente, uma vez que no período em análise a tributação do PIS foi feita com base na Lei 9.715/98. De outro turno, não vejo equívoco na r. decisão ao deduzir dos valores lançados os valores pagos nos termos informados pela diligência que alocou os pagamentos conforme a data que os mesmos foram feitos. Pareceme que a recorrente ao pugnar atualização monetária não entendeu os cálculos feitos pela fiscalização. Ante o exposto, nego provimento ao recurso voluntário. assinado digitalmente Jorge Olmiro Lock Freire Relator. Fl. 161DF CARF MF Impresso em 22/12/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 14/12/2015 por JORGE OLMIRO LOCK FREIRE, Assinado digitalmente em 15/12/ 2015 por ANTONIO CARLOS ATULIM, Assinado digitalmente em 14/12/2015 por JORGE OLMIRO LOCK FREIRE Processo nº 10280.000835/200375 Acórdão n.º 3402002.790 S3C4T2 Fl. 162 4 Fl. 162DF CARF MF Impresso em 22/12/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 14/12/2015 por JORGE OLMIRO LOCK FREIRE, Assinado digitalmente em 15/12/ 2015 por ANTONIO CARLOS ATULIM, Assinado digitalmente em 14/12/2015 por JORGE OLMIRO LOCK FREIRE
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Numero do processo: 14033.000687/2010-91
Turma: Terceira Turma Especial da Segunda Seção
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Tue Mar 10 00:00:00 UTC 2015
Data da publicação: Thu Sep 24 00:00:00 UTC 2015
Numero da decisão: 2803-000.280
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos, resolve o colegiado, por unanimidade de votos, em converter o julgamento em diligência para que a autoridade preparadora intime a parte da oportunidade de apresentar as demonstrações unificadas dos pedidos(processos) conexos supra mencionados, no prazo de 30 (trinta) dias, decorrido o prazo que o processo seja remetido à autoridade fiscal para que: (1) indiferentemente da relação massa salarial e faturamento, analise se a contribuinte apresentou pedido de restituição que cumpre todos os requisitos para o reconhecimento do direito, condições para a restituição e o valor de restituição, conforme a legislação de regência; (2) havendo qualquer carência de requisitos ou documentos, que seja informada a requerente, instruindo-a de como retificar, e concedido prazo para realizar a retificação; (3) responda todos os questionamentos complementares trazidos pela petição protocolizada antes da presente resolução, bem como analise as demonstrações unificadas dos pedidos(processos) de restituição conexo caso sejam efetivamente apresentadas pela parte; (4) após, emita informação fiscal analítica e motivada, observando os itens anteriores, inclusive sobre o valor a ser restituído, sendo a contribuinte intimada para manifestar-se, no prazo de 30 (trinta) dias, retornando os autos para apreciação da presente Turma Especial.
(assinado digitalmente)
Luiz Eduardo de Oliveira Santos
PRESIDENTE DA SEGUNDA SEÇÃO DE JULGAMENTO NA DATA DA FORMALIZAÇÃO.
(assinado digitalmente)
Marcelo Oliveira
Relator ad hoc na data da formalização.
Participaram da sessão os seguintes conselheiros: HELTON CARLOS PRAIA DE LIMA (Presidente), RICARDO MAGALDI MESSETTI, AMÍLCAR BARCA TEIXEIRA JUNIOR, OSEAS COIMBRA JUNIOR, GUSTAVO VETTORATO (Relator), EDUARDO DE OLIVEIRA.
Nome do relator: GUSTAVO VETTORATO
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decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos, resolve o colegiado, por unanimidade de votos, em converter o julgamento em diligência para que a autoridade preparadora intime a parte da oportunidade de apresentar as demonstrações unificadas dos pedidos(processos) conexos supra mencionados, no prazo de 30 (trinta) dias, decorrido o prazo que o processo seja remetido à autoridade fiscal para que: (1) indiferentemente da relação massa salarial e faturamento, analise se a contribuinte apresentou pedido de restituição que cumpre todos os requisitos para o reconhecimento do direito, condições para a restituição e o valor de restituição, conforme a legislação de regência; (2) havendo qualquer carência de requisitos ou documentos, que seja informada a requerente, instruindo-a de como retificar, e concedido prazo para realizar a retificação; (3) responda todos os questionamentos complementares trazidos pela petição protocolizada antes da presente resolução, bem como analise as demonstrações unificadas dos pedidos(processos) de restituição conexo caso sejam efetivamente apresentadas pela parte; (4) após, emita informação fiscal analítica e motivada, observando os itens anteriores, inclusive sobre o valor a ser restituído, sendo a contribuinte intimada para manifestar-se, no prazo de 30 (trinta) dias, retornando os autos para apreciação da presente Turma Especial. (assinado digitalmente) Luiz Eduardo de Oliveira Santos PRESIDENTE DA SEGUNDA SEÇÃO DE JULGAMENTO NA DATA DA FORMALIZAÇÃO. (assinado digitalmente) Marcelo Oliveira Relator ad hoc na data da formalização. Participaram da sessão os seguintes conselheiros: HELTON CARLOS PRAIA DE LIMA (Presidente), RICARDO MAGALDI MESSETTI, AMÍLCAR BARCA TEIXEIRA JUNIOR, OSEAS COIMBRA JUNIOR, GUSTAVO VETTORATO (Relator), EDUARDO DE OLIVEIRA.
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(assinado digitalmente) Luiz Eduardo de Oliveira Santos PRESIDENTE DA SEGUNDA SEÇÃO DE JULGAMENTO NA DATA DA FORMALIZAÇÃO. RE SO LU ÇÃ O G ER A D A N O P G D -C A RF P RO CE SS O 1 40 33 .0 00 68 7/ 20 10 -9 1 Fl. 890DF CARF MF Impresso em 24/09/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 15/09/2015 por MARCELO OLIVEIRA, Assinado digitalmente em 23/09/2015 por LUIZ EDUARDO DE OLIVEIRA SANTOS, Assinado digitalmente em 15/09/2015 por MARCELO OLIVEIRA Processo nº 14033.000687/201091 Resolução nº 2803000.280 S2TE03 Fl. 3 2 (assinado digitalmente) Marcelo Oliveira Relator ad hoc na data da formalização. Participaram da sessão os seguintes conselheiros: HELTON CARLOS PRAIA DE LIMA (Presidente), RICARDO MAGALDI MESSETTI, AMÍLCAR BARCA TEIXEIRA JUNIOR, OSEAS COIMBRA JUNIOR, GUSTAVO VETTORATO (Relator), EDUARDO DE OLIVEIRA. Tratase de recurso voluntário, de autoria da contribuinte. Esclareço e registro que fui designado, conforme consta nos autos, relator AD HOC, para formalização da resolução proferida. A designação ocorreu pelo motivo do relator responsável original ter deixado o CARF antes da formalização do acórdão, não possuindo mais competência para tanto. Ocorre que o relator responsável original pelo processo não deixou registrado, arquivado, nos sistemas do CARF, o relatório, histórico, análise que fez dos autos, que levaram o colegiado a decidir pelo que consta em ata. Conseqüentemente, por não possuir competência para tanto, registro o ocorrido, a fim de que as partes interessadas tenham ciência dos fatos. É o relatório. Fl. 891DF CARF MF Impresso em 24/09/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 15/09/2015 por MARCELO OLIVEIRA, Assinado digitalmente em 23/09/2015 por LUIZ EDUARDO DE OLIVEIRA SANTOS, Assinado digitalmente em 15/09/2015 por MARCELO OLIVEIRA Processo nº 14033.000687/201091 Resolução nº 2803000.280 S2TE03 Fl. 4 3 Conselheiro Marcelo Oliveira Relator designado ad hoc na data da formalização. Esclareço que o conselheiro relator não deixou registrado, arquivado, nos sistemas do CARF, sua resolução, com suas razões, que levaram o colegiado a decidir pelo resultado consignado em ata. Conseqüentemente, reproduzo somente o resultado, a fim de não extrapolar a determinação e a competência que possuo. CONCLUSÃO: Devido ao exposto, reproduzo o resultado devidamente consignado em ata, que foi, por em converter o julgamento em diligência para que a autoridade preparadora intime a parte da oportunidade de apresentar as demonstrações unificadas dos pedidos(processos) conexos supra mencionados, no prazo de 30(trinta) dias, decorrido o prazo que o processo seja remetido à autoridade fiscal para que: (1)indiferentemente da relação massa salarial e faturamento, analise se a contribuinte apresentou pedido de restituição que cumpre todos os requisitos para o reconhecimento do direito, condições para a restituição e o valor de restituição, conforme a legislação de regência; (2) havendo qualquer carência de requisitos ou documentos, que seja informada a requerente, instruindoa de como retificar, e concedido prazo para realizar a retificação; (3) responda todos os questionamentos complementares trazidos pela petição protocolizada antes da presente resolução, bem como analise as demonstrações unificadas dos pedidos(processos) de restituição conexo caso sejam efetivamente apresentadas pela parte; (4) após, emita informação fiscal analítica e motivada, observando os itens anteriores, inclusive sobre o valor a ser restituído, sendo a contribuinte intimada para manifestarse, no prazo de 30 (trinta) dias, retornando os autos para apreciação da presente Turma Especial. (assinado digitalmente) Marcelo Oliveira Relator ad hoc na data da formalização. Fl. 892DF CARF MF Impresso em 24/09/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 15/09/2015 por MARCELO OLIVEIRA, Assinado digitalmente em 23/09/2015 por LUIZ EDUARDO DE OLIVEIRA SANTOS, Assinado digitalmente em 15/09/2015 por MARCELO OLIVEIRA
score : 1.0
Numero do processo: 11516.006734/2007-93
Turma: Primeira Turma Ordinária da Quarta Câmara da Segunda Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Tue Dec 08 00:00:00 UTC 2015
Data da publicação: Thu Jan 14 00:00:00 UTC 2016
Ementa: Assunto: Contribuições Sociais Previdenciárias
Período de apuração: 01/03/2003 a 31/12/2006
PRESTAÇÃO DE SERVIÇO POR COOPERADOS. INTERMEDIAÇÃO DE COOPERATIVA DE TRABALHO. DECISÃO DO PLENÁRIO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (STF). REPERCUSSÃO GERAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO (RE) Nº 598.838/SP. INCONSTITUCIONALIDADE.
A decisão definitiva de mérito no RE nº 598.838/SP, proferida pelo STF na sistemática da repercussão geral, declarando a inconstitucionalidade da contribuição da empresa - prevista no inciso IV do art. 22 da Lei nº 8.212, de 1991 - sobre o valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviço, relativamente a serviços que lhe sejam prestados por cooperados, por intermédio de cooperativas de trabalho, deve ser reproduzida pelos conselheiros no julgamento dos recursos no âmbito do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais.
Recurso voluntário provido
Numero da decisão: 2401-003.938
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em conhecer do recurso voluntário e, no mérito, dar-lhe provimento, nos termos do relatório e voto.
(ASSINADO DIGITALMENTE)
André Luís Mársico Lombardi - Presidente
(ASSINADO DIGITALMENTE)
Cleberson Alex Friess - Relator
Participaram do presente julgamento os Conselheiros André Luís Mársico Lombardi (Presidente), Carlos Alexandre Tortato, Cleberson Alex Friess, Luciana Matos Pereira Barbosa, Theodoro Vicente Agostinho, Carlos Henrique de Oliveira, Maria Cleci Coti Martins e Rayd Santana Ferreira.
Nome do relator: CLEBERSON ALEX FRIESS
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CONSULTORIA EM PREVIDÊNCIA LTDA. Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PREVIDENCIÁRIAS Período de apuração: 01/03/2003 a 31/12/2006 PRESTAÇÃO DE SERVIÇO POR COOPERADOS. INTERMEDIAÇÃO DE COOPERATIVA DE TRABALHO. DECISÃO DO PLENÁRIO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (STF). REPERCUSSÃO GERAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO (RE) Nº 598.838/SP. INCONSTITUCIONALIDADE. A decisão definitiva de mérito no RE nº 598.838/SP, proferida pelo STF na sistemática da repercussão geral, declarando a inconstitucionalidade da contribuição da empresa prevista no inciso IV do art. 22 da Lei nº 8.212, de 1991 sobre o valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviço, relativamente a serviços que lhe sejam prestados por cooperados, por intermédio de cooperativas de trabalho, deve ser reproduzida pelos conselheiros no julgamento dos recursos no âmbito do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais. Recurso voluntário provido Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em conhecer do recurso voluntário e, no mérito, darlhe provimento, nos termos do relatório e voto. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 11 51 6. 00 67 34 /2 00 7- 93 Fl. 70DF CARF MF Impresso em 15/01/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 10/01/2016 por CLEBERSON ALEX FRIESS, Assinado digitalmente em 10/01/201 6 por CLEBERSON ALEX FRIESS, Assinado digitalmente em 12/01/2016 por ANDRE LUIS MARSICO LOMBARDI, As sinado digitalmente em 10/01/2016 por CLEBERSON ALEX FRIESS Processo nº 11516.006734/200793 Acórdão n.º 2401003.938 S2C4T1 Fl. 71 2 (ASSINADO DIGITALMENTE) André Luís Mársico Lombardi Presidente (ASSINADO DIGITALMENTE) Cleberson Alex Friess Relator Participaram do presente julgamento os Conselheiros André Luís Mársico Lombardi (Presidente), Carlos Alexandre Tortato, Cleberson Alex Friess, Luciana Matos Pereira Barbosa, Theodoro Vicente Agostinho, Carlos Henrique de Oliveira, Maria Cleci Coti Martins e Rayd Santana Ferreira. Fl. 71DF CARF MF Impresso em 15/01/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 10/01/2016 por CLEBERSON ALEX FRIESS, Assinado digitalmente em 10/01/201 6 por CLEBERSON ALEX FRIESS, Assinado digitalmente em 12/01/2016 por ANDRE LUIS MARSICO LOMBARDI, As sinado digitalmente em 10/01/2016 por CLEBERSON ALEX FRIESS Processo nº 11516.006734/200793 Acórdão n.º 2401003.938 S2C4T1 Fl. 72 3 Relatório Cuidase de recurso voluntário interposto em face da decisão da Delegacia da Receita Federal do Brasil de Julgamento em Florianópolis (DRJ/FNS), cujo dispositivo considerou procedente o lançamento, mantendo o crédito tributário exigido. Transcrevo a ementa Acórdão nº 0713.181 (fls. 53/55): ASSUNTO: CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PREVIDENCIÁRIAS Período de apuração: 01/03/2003 a 31/12/2006 NFLD DEBCAD n° 37.001.1740, de 07/01/2008. PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL. ARGÜIÇÕES DE INCONSTITUCIONALIDADE. As argüições de inconstitucionalidade constituemse em matéria que não pode ser apreciada no âmbito deste processo administrativo fiscal, sendo de exclusiva competência do Poder Judiciário. Lançamento Procedente 2. Extraise do relatório fiscal, às fls. 30/32, que o processo administrativo é composto pela Notificação Fiscal de Lançamento de Débito (NFLD) nº 37.001.1740, referente às competências 03/2003 a 12/2006, abrangendo a contribuição previdenciária prevista no inciso IV do art. 22 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, ou seja, incidente sobre o valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços, relativamente a serviços que foram prestados à notificada por cooperados, por intermédio de cooperativa de trabalho. 3. Cientificado da autuação em 7/1/2008, por via postal, às fls. 37, o contribuinte impugnou a exigência fiscal (fls. 38/44). 4. Ao ser intimada em 15/9/2008, por via postal, da decisão do colegiado de primeira instância, às fls. 56/57, a recorrente interpôs recurso voluntário em 13/10/2008 (fls. 58/64). 4.1 Em síntese, a peticionante reiterou os argumentos já expostos na sua impugnação no sentido da improcedência da autuação fiscal tendo em vista a inconstitucionalidade formal e material no inciso IV do art. 22 da Lei nº 8.212, de 1991, introduzido na legislação tributária quando da edição da Lei nº 9.876, de 26 de novembro de 1999. É o relatório. Fl. 72DF CARF MF Impresso em 15/01/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 10/01/2016 por CLEBERSON ALEX FRIESS, Assinado digitalmente em 10/01/201 6 por CLEBERSON ALEX FRIESS, Assinado digitalmente em 12/01/2016 por ANDRE LUIS MARSICO LOMBARDI, As sinado digitalmente em 10/01/2016 por CLEBERSON ALEX FRIESS Processo nº 11516.006734/200793 Acórdão n.º 2401003.938 S2C4T1 Fl. 73 4 Voto Conselheiro Cleberson Alex Friess, Relator Juízo de admissibilidade 5. Uma vez realizado o juízo de validade do procedimento, verifico que estão satisfeitos os requisitos de admissibilidade do recurso voluntário e, por conseguinte, dele tomo conhecimento. Mérito 6. Em sessão do Supremo Tribunal Federal (STF) realizada no dia 23/4/2014, o plenário da Corte, no julgamento do Recurso Extraordinário (RE) nº 595.838/SP, com repercussão geral reconhecida, da relatoria do Ministro Dias Toffoli, reconheceu a inconstitucionalidade do inciso IV do art. 22 da Lei nº 8.212, de 1991, acrescentado pela Lei nº 9.876, de 1999. Eis a ementa desse julgado: Recurso extraordinário. Tributário. Contribuição Previdenciária. Artigo 22, inciso IV, da Lei nº 8.212/91, com a redação dada pela Lei nº 9.876/99. Sujeição passiva. Empresas tomadoras de serviços. Prestação de serviços de cooperados por meio de cooperativas de Trabalho. Base de cálculo. Valor Bruto da nota fiscal ou fatura. Tributação do faturamento. Bis in idem. Nova fonte de custeio. Artigo 195, § 4º, CF. 1. O fato gerador que origina a obrigação de recolher a contribuição previdenciária, na forma do art. 22, inciso IV da Lei nº 8.212/91, na redação da Lei 9.876/99, não se origina nas remunerações pagas ou creditadas ao cooperado, mas na relação contratual estabelecida entre a pessoa jurídica da cooperativa e a do contratante de seus serviços. 2. A empresa tomadora dos serviços não opera como fonte somente para fins de retenção. A empresa ou entidade a ela equiparada é o próprio sujeito passivo da relação tributária, logo, típico “contribuinte” da contribuição. 3. Os pagamentos efetuados por terceiros às cooperativas de trabalho, em face de serviços prestados por seus cooperados, não se confundem com os valores efetivamente pagos ou creditados aos cooperados. Fl. 73DF CARF MF Impresso em 15/01/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 10/01/2016 por CLEBERSON ALEX FRIESS, Assinado digitalmente em 10/01/201 6 por CLEBERSON ALEX FRIESS, Assinado digitalmente em 12/01/2016 por ANDRE LUIS MARSICO LOMBARDI, As sinado digitalmente em 10/01/2016 por CLEBERSON ALEX FRIESS Processo nº 11516.006734/200793 Acórdão n.º 2401003.938 S2C4T1 Fl. 74 5 4. O art. 22, IV da Lei nº 8.212/91, com a redação da Lei nº 9.876/99, ao instituir contribuição previdenciária incidente sobre o valor bruto da nota fiscal ou fatura, extrapolou a norma do art. 195, inciso I, a, da Constituição, descaracterizando a contribuição hipoteticamente incidente sobre os rendimentos do trabalho dos cooperados, tributando o faturamento da cooperativa, com evidente bis in idem. Representa, assim, nova fonte de custeio, a qual somente poderia ser instituída por lei complementar, com base no art. 195, § 4º com a remissão feita ao art. 154, I, da Constituição. 5. Recurso extraordinário provido para declarar a inconstitucionalidade do inciso IV do art. 22 da Lei nº 8.212/91, com a redação dada pela Lei nº 9.876/99. (grifei) 6.1 Em 18/12/2014, ao apreciar os embargos de declaração interpostos pela União no RE nº 595.838/SP, a Corte rejeitou o pedido de modulação de efeitos da decisão que declarou a inconstitucionalidade do inciso IV do art. 22 da Lei nº 8.212, de 1991. 6.2 Por fim, o RE nº 595.838/SP transitou em julgado em 9/3/2015. 7. Diante desse contexto fático, o § 2º do art. 62 do Anexo II do Regimento Interno deste Conselho RICARF , aprovado pela Portaria MF nº 343, de 9 de junho de 2015, assim estabelece: Art. 62. (...) § 2º As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal e pelo Superior Tribunal de Justiça em matéria infraconstitucional, na sistemática prevista pelos artigos 543B e 543C da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973, Código de Processo Civil, deverão ser reproduzidas pelos conselheiros no julgamento dos recursos no âmbito do CARF. 8. Como se vê, o dispositivo de lei que justificava o lançamento de oficio foi considerado em descompasso com o texto constitucional, em decisão definitiva de mérito proferida pelo STF, na sistemática do art. 543B do Código de Processo Civil, devendo tal entendimento ser reproduzido no âmbito deste Conselho. 9. Logo, afastado o fundamento jurídico que sustenta a notificação fiscal, assiste razão à recorrente, devendo ser declarada a improcedência do crédito tributário constituído por meio da NFLD nº 37.001.1740. Fl. 74DF CARF MF Impresso em 15/01/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 10/01/2016 por CLEBERSON ALEX FRIESS, Assinado digitalmente em 10/01/201 6 por CLEBERSON ALEX FRIESS, Assinado digitalmente em 12/01/2016 por ANDRE LUIS MARSICO LOMBARDI, As sinado digitalmente em 10/01/2016 por CLEBERSON ALEX FRIESS Processo nº 11516.006734/200793 Acórdão n.º 2401003.938 S2C4T1 Fl. 75 6 Conclusão Ante o exposto, voto por CONHECER do recurso voluntário e, no mérito, DAR LHE PROVIMENTO para reconhecer a improcedência do crédito tributário da NFLD nº 37.001.1740. É como voto. (ASSINADO DIGITALMENTE) Cleberson Alex Friess Relator Fl. 75DF CARF MF Impresso em 15/01/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 10/01/2016 por CLEBERSON ALEX FRIESS, Assinado digitalmente em 10/01/201 6 por CLEBERSON ALEX FRIESS, Assinado digitalmente em 12/01/2016 por ANDRE LUIS MARSICO LOMBARDI, As sinado digitalmente em 10/01/2016 por CLEBERSON ALEX FRIESS
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Numero do processo: 15504.720199/2015-87
Turma: Primeira Turma Ordinária da Quarta Câmara da Segunda Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Wed Jan 27 00:00:00 UTC 2016
Data da publicação: Tue Feb 23 00:00:00 UTC 2016
Ementa: Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física - IRPF
Exercício: 2012
IRPF. OMISSÃO DE RENDIMENTOS RECEBIDOS DE PESSOA JURÍDICA. MOLÉSTIA GRAVE. ISENÇÃO. RENDIMENTOS DA APOSENTADORIA.
De conformidade com a legislação de regência, somente os proventos da aposentadoria ou reforma, conquanto que comprovada a moléstia grave mediante laudo oficial, são passíveis de isenção do imposto de renda pessoa física. In casu, constatando-se que os rendimentos que foram informados como isentos na DIRPF não advém de aposentadoria, evento somente ocorrido em exercício posterior, não há como se admitir a isenção pretendida.
PEDIDO DE RETIFICAÇÃO DA DIRPF. DENUNCIA ESPONTÂNEA. INAPLICABILIDADE. APÓS AÇÃO FISCAL.
Nos termos do artigo 138 do Código Tributário Nacional, o instituto da denúncia espontânea somente é passível de aplicabilidade se o ato corretivo do contribuinte, com o respectivo recolhimento do tributo devido e acréscimos legais, ocorrer antes de iniciada a ação fiscal, o que não se vislumbra na hipótese dos autos, impondo seja decretada a procedência do feito.
Recurso Voluntário Negado
Numero da decisão: 2401-004.054
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade, em conhecer do recurso voluntário, e, no mérito, negar-lhe provimento.
Maria Cleci Coti Martins - Presidente Substituto
Rayd Santana Ferreira - Relator
Participaram do presente julgamento os Conselheiros Maria Cleci Coti Martins, Carlos Alexandre Tortato, Miriam Denise Xavier Lazarini, Carlos Henrique de Oliveira, Luciana Matos Pereira Barbosa, Arlindo da Costa e Silva e Rayd Santana Ferreira.
Nome do relator: RAYD SANTANA FERREIRA
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OMISSÃO DE RENDIMENTOS RECEBIDOS DE PESSOA JURÍDICA. MOLÉSTIA GRAVE. ISENÇÃO. RENDIMENTOS DA APOSENTADORIA. De conformidade com a legislação de regência, somente os proventos da aposentadoria ou reforma, conquanto que comprovada a moléstia grave mediante laudo oficial, são passíveis de isenção do imposto de renda pessoa física. In casu, constatandose que os rendimentos que foram informados como isentos na DIRPF não advém de aposentadoria, evento somente ocorrido em exercício posterior, não há como se admitir a isenção pretendida. PEDIDO DE RETIFICAÇÃO DA DIRPF. DENUNCIA ESPONTÂNEA. INAPLICABILIDADE. APÓS AÇÃO FISCAL. Nos termos do artigo 138 do Código Tributário Nacional, o instituto da denúncia espontânea somente é passível de aplicabilidade se o ato corretivo do contribuinte, com o respectivo recolhimento do tributo devido e acréscimos legais, ocorrer antes de iniciada a ação fiscal, o que não se vislumbra na hipótese dos autos, impondo seja decretada a procedência do feito. Recurso Voluntário Negado Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 15 50 4. 72 01 99 /2 01 5- 87 Fl. 52DF CARF MF Impresso em 23/02/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 05/02/2016 por RAYD SANTANA FERREIRA, Assinado digitalmente em 22/02/201 6 por MARIA CLECI COTI MARTINS, Assinado digitalmente em 05/02/2016 por RAYD SANTANA FERREIRA 2 Acordam os membros do colegiado, por unanimidade, em conhecer do recurso voluntário, e, no mérito, negarlhe provimento. Maria Cleci Coti Martins Presidente Substituto Rayd Santana Ferreira Relator Participaram do presente julgamento os Conselheiros Maria Cleci Coti Martins, Carlos Alexandre Tortato, Miriam Denise Xavier Lazarini, Carlos Henrique de Oliveira, Luciana Matos Pereira Barbosa, Arlindo da Costa e Silva e Rayd Santana Ferreira. Fl. 53DF CARF MF Impresso em 23/02/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 05/02/2016 por RAYD SANTANA FERREIRA, Assinado digitalmente em 22/02/201 6 por MARIA CLECI COTI MARTINS, Assinado digitalmente em 05/02/2016 por RAYD SANTANA FERREIRA Processo nº 15504.720199/201587 Acórdão n.º 2401004.054 S2C4T1 Fl. 53 3 Relatório WALKIRIA DE FÁTIMA MARTINS MAGALHÃES, contribuinte, pessoa física, já qualificada nos autos do processo em referência, recorre a este Conselho da decisão da 1a Turma da DRJ em Fortaleza/CE, Acórdão nº 0833.215/2015, às fls. 24/27, que julgou procedente a Notificação de Lançamento concernente ao Imposto de Renda Pessoa Física IRPF, decorrente da constatação de omissão de rendimentos de trabalho sem vínculo empregatício recebidos de pessoas jurídicas, em relação ao exercício 2012, conforme peça inaugural do feito, às fls. 03/07, e demais documentos que instruem o processo. Tratase de Notificação de Lançamento, lavrado em Auto de Infração, lavrado em 16/12/2014, nos moldes da legislação de regência, contra a a contribuinte acima identificada, constituindose crédito tributário no valor consignado na folha de rosto da autuação. Com mais especificidade, no decorrer da ação fiscal apurouse omissão de rendimentos recebidos do TRT, tendo em vista que a contribuinte, em que pese ser portadora de moléstia grave desde outubro de 2010, conforme Laudo Pericial, somente se aposentou em 15/10/2013, oportunidade que passou a fazer jus à isenção do IRPF. Inconformada com a Decisão recorrida, a contribuinte apresentou Recurso Voluntário, às fls. 34/36, procurando demonstrar sua improcedência, desenvolvendo em síntese as seguintes razões. Após breve relato das fases processuais, bem como dos fatos que permeiam o lançamento, suscita que equivocouse na elaboração do imposto de renda referente ao exercício em epígrafe, declarandose como isenta do imposto de renda e requer seja oportunizada a retificação de sua Declaração, de maneira a corrigir a informação equivocada. Explicita que inicialmente elaborou a Declaração de imposto de renda informando todos os rendimentos recebidos, ora objeto da autuação. Entrementes, assevera que em 26/04/2015, após receber laudo médico apontando moléstia grave (Neoplastia Maligna) desde outubro de 2010, procedeu a retificação de sua declaração, com o fito de receber a diferença dos valores do imposto de renda retido na fonte ao qual teria direito. Insurgese contra a exigência consubstanciada na peça vestibular do feito, sustentando que não omitiu rendimentos, mas simplesmente os informou em outro campo, objetivando usufruir da isenção decorrente de moléstia grave, não tendo agido de máfé, o que reforça a necessidade de ser oportunizado proceder a correção do sua Declaração. Esclarece que, desde o momento em que percebeu que não teria direito à isenção pretendida relativamente ao exercício em comento, uma vez que somente se aposentou em outubro de 2013, vem tentando corrigir o erro incorrido com nova declaração retificadora, não tendo o sistema da Receita Federal permitido o processamento, diante da ação fiscal em curso ou mesmo a lavratura de notificação lançamento. Fl. 54DF CARF MF Impresso em 23/02/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 05/02/2016 por RAYD SANTANA FERREIRA, Assinado digitalmente em 22/02/201 6 por MARIA CLECI COTI MARTINS, Assinado digitalmente em 05/02/2016 por RAYD SANTANA FERREIRA 4 Por fim, requer o conhecimento e provimento do seu recurso, para desconsiderar a Notificação de Lançamento, a possibilitando retransmitir sua Declaração de Imposto de Renda, informando os rendimentos no campo correto, tornandoo sem efeito e, no mérito, sua absoluta improcedência. Não houve apresentação de contrarrazões. É o relatório. Fl. 55DF CARF MF Impresso em 23/02/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 05/02/2016 por RAYD SANTANA FERREIRA, Assinado digitalmente em 22/02/201 6 por MARIA CLECI COTI MARTINS, Assinado digitalmente em 05/02/2016 por RAYD SANTANA FERREIRA Processo nº 15504.720199/201587 Acórdão n.º 2401004.054 S2C4T1 Fl. 54 5 Voto Conselheiro Rayd Santana Ferreira, Relator Presente o pressuposto de admissibilidade, por ser tempestivo, conheço do recurso e passo ao exame das alegações recursais. De conformidade com a peça vestibular do feito, a lavratura do presente auto de infração se deu em virtude da contribuinte informar os rendimentos recebidos de pessoa jurídica no campo de rendimentos isentos, levando a efeito a constatação de moléstia grave (Neoplastia Maligna), diagnosticada desde outubro de 2010, sem conquanto observar que somente passou a fazer jus a aludida benesse fiscal em outubro de 2013, quando aposentouse, razão do lançamento por omissão de rendimento recebidos de pessoa jurídica. Em suas razões recursais, em momento algum, a contribuinte alega não ter incorrido na infração apontada pela autoridade fiscal, procurando a comprovar que, em verdade, incorreu em simples equívoco, adotando o laudo médico que diagnosticou a moléstia grave desde outubro de 2010, razão pela qual entendeu por bem retifica declaração originalmente formalizada correta, para pleitear a diferença do imposto de renda retido na fonte diante da pretensa isenção. Ressaltando que nunca agiu de máfé, argumenta que, desde o momento que percebeu o equívoco incorrido, eis que somente se aposentou em outubro de 2013, vem tentando retransmitir declaração retificadora com as informações nos campos corretos, não tendo, porém, logrado êxito em sua empreitada diante da ação fiscal em curso e, posteriormente, da notificação de lançamento lavrada pertinente ao exercício em referência. Em que pesem os argumentos da recorrente, seu inconformismo, contudo, não tem o condão de macular a exigência fiscal. Do exame dos elementos que instruem o processo, concluise que o lançamento se apresenta incensurável, devendo ser mantido em sua plenitude. Antes de adentrar as questões de mérito, é de bom alvitre trazer à baila os dispositivos legais que regulamentam o tema, senão vejamos: Lei 7.713/1988: "Art. 6º Ficam isentos do imposto de renda os seguinte rendimentos percebidos por pessoas físicas: [...] XIV os proventos de aposentadoria ou reforma, desde que motivadas por acidente sem serviços, e os percebidos pelos portadores de moléstia profissional, tuberculose ativa, alienação mental, esclerosemúltipla, neoplasia maligna, cegueira, hanseníase, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, estados avançados da doença de Paget (osteíte Fl. 56DF CARF MF Impresso em 23/02/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 05/02/2016 por RAYD SANTANA FERREIRA, Assinado digitalmente em 22/02/201 6 por MARIA CLECI COTI MARTINS, Assinado digitalmente em 05/02/2016 por RAYD SANTANA FERREIRA 6 deformante), contaminação por radiação, síndrome da imunodeficiência adquirida, com base em conclusão da medicina especializada, mesmo que a doença tenha sido contraída depois da aposentadoria ou reforma." Lei 9.250/1995: "Art. 30. A partir de 1º de janeiro de 1996, para efeito do reconhecimento de novas isenções de que tratam os incisos XIV e XXI do art. 6º da Lei nº 7.713, de 22 de dezembro de 1988, com a redação dada pelo art. 47 da Lei nº 8.541, de 23 de dezembro de 1992, a moléstia deverá ser comprovada mediante laudo pericial emitido por serviço médico oficial, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. § 1º O serviço médico oficial fixará o prazo de validade do laudo pericial, no caso de moléstias passíveis de controle. § 2º Na relação das moléstias a que se refere o inciso XIV do art. 6º da Lei nº 7.713, de 22 de dezembro de 1988, com a redação dada pelo art. 47 da Lei nº 8.541, de 23 de dezembro de 1992, fica incluída a fibrose cística (mucoviscidose)." Decreto 3.000/1999: "Art. 39. Não entrarão no cômputo do rendimento bruto: [...] XXXIII os proventos de aposentadoria ou reforma, desde que motivadas por acidente em serviço e os percebidos pelos portadores de moléstia profissional, tuberculose ativa, alienação mental, esclerose múltipla, neoplasia maligna, cegueira, hanseníase, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, estados avançados de doença de Paget (osteíte deformante), contaminação por radiação, síndrome de imunodeficiência adquirida, e fibrose cística (mucoviscidose), com base em conclusão da medicina especializada, mesmo que a doença tenha sido contraída depois da aposentadoria ou reforma (Lei nº 7.713, de 1988, art. 6º, inciso XIV, Lei nº 8.541, de 1992, art. 47, e Lei nº 9.250, de 1995, art. 30, § 2º);" Instrução Normativa SRF nº 15/2001: "Art. 5º Estão isentos ou não se sujeitam ao imposto de renda os seguintes rendimentos: [...] XII proventos de aposentadoria ou reforma motivadas por acidente em serviço e recebidos pelos portadores de moléstia profissional, tuberculose ativa, alienação mental, esclerose múltipla, neoplasia maligna, cegueira, hanseníase, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, estados avançados da doença de Paget (osteíte deformante), contaminação por radiação, síndrome da imunodeficiência adquirida (Aids) e fibrose cística (mucoviscidose); Fl. 57DF CARF MF Impresso em 23/02/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 05/02/2016 por RAYD SANTANA FERREIRA, Assinado digitalmente em 22/02/201 6 por MARIA CLECI COTI MARTINS, Assinado digitalmente em 05/02/2016 por RAYD SANTANA FERREIRA Processo nº 15504.720199/201587 Acórdão n.º 2401004.054 S2C4T1 Fl. 55 7 [...] § 1º A concessão das isenções de que tratam os incisos XII e XXXV, solicitada a partir de 1º de janeiro de 1996, só pode ser deferida se a doença houver sido reconhecida mediante laudo pericial emitido por serviço médico oficial da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios. § 2º As isenções a que se referem os incisos XII e XXXV aplicam se aos rendimentos recebidos a partir: I do mês da concessão da aposentadoria, reforma ou pensão, quando a doença for preexistente; II do mês da emissão do laudo pericial, emitido por serviço médico oficial da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, que reconhecer a moléstia, se esta for contraída após a concessão da aposentadoria, reforma ou pensão; III da data em que a doença foi contraída, quando identificada no laudo pericial." Conforme se depreende das normas legais encimadas, a hipótese de isenção contemplada nos autos está condicionada à constatação da moléstia grave, reconhecida por laudo oficial, abarcando rendimentos auferidos em decorrência de aposentadoria ou reforma. In casu, em que pese o laudo confirmando a moléstia grave (Neoplastia Maligna), diagnosticada desde outubro de 2010, a contribuinte somente se aposentou em outubro de 2013, oportunidade em que passou a fazer jus a isenção pretendida. Aliás, a própria contribuinte confirma tal situação, pleiteando simplesmente a possibilidade de retificar sua declaração, de maneira a inserir no campo certo os rendimentos recebidos de pessoa jurídica, ressaltando sua boafé. Ocorre que, a boafé ou máfé da contribuinte costuma ser apenada com a qualificação da multa, o que não se observou no caso dos autos e, a sua intenção, quanto ao recolhimento do tributo em sim, não tem o condão de rechaçar a exigência fiscal. Com mais especificidade, a legislação de regência estabelece que a responsabilidade por infrações independe dos efeitos do ato praticado pelo contribuinte. É o que se extrai do artigo 136 do Códex Tributário, nos seguintes termos: “Art. 136. Salvo disposição de lei em contrário, a responsabilidade por infrações da legislação tributária independe da intenção do agente ou do responsável e da efetividade, natureza e extensão dos efeitos do ato.” Por sua vez, relativamente a possibilidade de retificar a declaração após iniciada a ação fiscal, ou mesmo procedido o lançamento, o artigo 138 do Código Tributário Nacional é por demais enfático ao vedar tal procedimento, in verbis: "Art. 138. A responsabilidade é excluída pela denúncia espontânea da infração, acompanhada, se for o caso, do pagamento do tributo devido e dos juros de mora, ou do depósito Fl. 58DF CARF MF Impresso em 23/02/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 05/02/2016 por RAYD SANTANA FERREIRA, Assinado digitalmente em 22/02/201 6 por MARIA CLECI COTI MARTINS, Assinado digitalmente em 05/02/2016 por RAYD SANTANA FERREIRA 8 da importância arbitrada pela autoridade administrativa, quando o montante do tributo dependa de apuração. Parágrafo único. Não se considera espontânea a denúncia apresentada após o início de qualquer procedimento administrativo ou medida de fiscalização, relacionados com a infração." (grifamos) Na hipótese dos autos, a contribuinte, após iniciada a ação fiscal, vem procurando retificar a declaração objeto da autuação, o que é vedado pelo dispositivo legal em comento, impossibilitando o acolhimento de seu pleito. Quanto às demais alegações da contribuinte, não merece aqui tecer maiores considerações, uma vez não serem capazes de ensejar a reforma da decisão recorrida, especialmente quando desprovidos de qualquer amparo legal ou fático, bem como já devidamente rechaçadas pelo julgador de primeira instância. Assim, escorreita a decisão recorrida devendo nesse sentido ser mantido o lançamento na forma ali decidida, uma vez que a contribuinte não logrou infirmar os elementos colhidos pela Fiscalização que serviram de base para constituição do crédito tributário, atraindo para si o ônus probandi dos fatos alegados. Não o fazendo razoavelmente, não há como se acolher a sua pretensão. Por todo o exposto, estando a Notificação de Lançamento sub examine em consonância com as normas legais que regulamentam a matéria, VOTO NO SENTIDO DE CONHECER DO RECURSO VOLUNTÁRIO, e, no mérito, NEGARLHE PROVIMENTO, pelas razões de fato e de direito acima esposadas. É como voto. Rayd Santana Ferreira. Fl. 59DF CARF MF Impresso em 23/02/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 05/02/2016 por RAYD SANTANA FERREIRA, Assinado digitalmente em 22/02/201 6 por MARIA CLECI COTI MARTINS, Assinado digitalmente em 05/02/2016 por RAYD SANTANA FERREIRA
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Numero do processo: 10831.724290/2014-65
Turma: Primeira Turma Ordinária da Terceira Câmara da Terceira Seção
Câmara: Terceira Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Tue Feb 23 00:00:00 UTC 2016
Data da publicação: Mon Mar 07 00:00:00 UTC 2016
Numero da decisão: 3301-000.239
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Resolvem os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, converter o julgamento do recurso em diligência, nos termos do voto do relator.
Andrada Márcio Canuto Natal - Presidente e Relator.
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Andrada Márcio Canuto Natal (Presidente), Semíramis de Oliveira Duro, Luiz Augusto do Couto Chagas, Marcelo Costa Marques d'Oliveira, Paulo Roberto Duarte Moreira (suplente), José Henrique Mauri e Maria Eduarda Alencar Câmara Simões.
Nome do relator: ANDRADA MARCIO CANUTO NATAL
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Resolvem os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, converter o julgamento do recurso em diligência, nos termos do voto do relator. Andrada Márcio Canuto Natal Presidente e Relator. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Andrada Márcio Canuto Natal (Presidente), Semíramis de Oliveira Duro, Luiz Augusto do Couto Chagas, Marcelo Costa Marques d'Oliveira, Paulo Roberto Duarte Moreira (suplente), José Henrique Mauri e Maria Eduarda Alencar Câmara Simões. Relatório Por economia processual, adoto o relatório elaborado pela decisão recorrida, abaixo transcrito: A impugnante promoveu o registro das declarações de importação relacionadas nas fls. 06 a 17 do auto de infração submetendo a despacho mercadorias descritas como: “transponder óptico para sistema dwdm 10 GBPS para telecomunicação”, doravante “módulo 10G”, classificando na NCM 8541.50.20. Segundo a fiscalização, a classificação fiscal correta é a NCM 8517.90.99 até 31/12/06 e a NCM 8517.70.99 a partir de 01/01/07. Baseouse a fiscalização nos Laudos de Assistência Técnica nº 19814/018/2009 de Julho de 2009, fl. 584 e sua Adição de Outubro de 2009, fl. 617 e no Laudo nº 10831/03/2010, fl. 674 e em seu RE SO LU ÇÃ O G ER A D A N O P G D -C A RF P RO CE SS O 1 08 31 .7 24 29 0/ 20 14 -6 5 Fl. 2263DF CARF MF Impresso em 07/03/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 03/03/2016 por ANDRADA MARCIO CANUTO NATAL, Assinado digitalmente em 03/ 03/2016 por ANDRADA MARCIO CANUTO NATAL Processo nº 10831.724290/201465 Resolução nº 3301000.239 S3C3T1 Fl. 11 2 Aditamento, fl. 820, ambos realizados por peritos credenciados pela Alfândega do Aeroporto Internacional de Viracopos. Foram lançados pelo presente auto de infração as diferenças de II, IPI, PIS Importação e CofinsImportação, multas por classificação fiscal incorreta além de juros de mora e multas de ofício. A autuação totalizou o valor de R$ 12.845.765,67. Intimada do Auto de Infração em 29/06/2011 (fl. 1202), a interessada apresentou impugnação e documentos em 29/07/2011, juntados às fls. 1229 e seguintes, alegando em síntese: 1. Alega que o auto de infração é “obscuro”, não possui “coerência interna” e se caracteriza como uma “colcha de retalhos”. 2. Alega que o produto importado , apesar de ser tecnicamente chamado de transponder é de fato um transceiver. Alega que esse transceiver é um dos componentes do transponder comercializado pela impugnante. Alega que o transceiver tem como função converter o sinal elétrico em luz coerente em comprimento de onda definido e vice versa. 3. Alega preliminarmente que ocorreram erros por parte da fiscalização na autuação com a inclusão de produtos diferentes do objeto de reclassificação “transponder”. Alega que mais de 20% dos produtos importados não são “Módulo 10G”, o que significaria mais de 3000 itens. Alega que ocorreu erro de direito. Cita doutrina sobre o tema. Cita doutrina sobre a motivação do ato administrativo. Cita jurisprudência administrativa sobre reclassificação fiscal. 4. Alega que, em decorrência da inclusão de produtos na autuação distintos do Módulo 10G, ocorreu erro na determinação da base de cálculo. 5. Questiona a validade do laudo de assistência técnica pois não foi emitida a ART conforme Resolução CONFEA nº 1025/09. Alega que foram utilizadas conclusões de outros dois laudos emitidos anteriormente à esta fiscalização e com objetivos diferentes, configurando prova emprestada. Alega que o lançamento não pode basearse exclusivamente em prova emprestada. Cita jurisprudência administrativa sobre o tema. Reafirma que a autuação não possui coerência interna e que é confusa, sendo portanto nula. Cita jurisprudência administrativa sobre o tema. 6. Alega que o produto importado, Módulo 10G, tem uma parte (função essencial) que converte sinais elétricos em sinais ópticos (luz coerente) e outra parte (função acessória) que converte sinais ópticos em elétricos. Alega que o Módulo 10G é utilizado para compor os produtos Transponder, Muxponders e Combiners, na forma de placas de circuito impresso montadas. Alega que a citada função principal é realizada pelo “módulo Laser”. Faz citações dos laudos indicando que o módulo 10G possui função própria independente do produto ao qual é acoplado. Cita que o equipamento é utilizado por diversas empresas em aplicações distintas, como em “analisadores digitais de transmissão”. Alega que essa aplicação não se caracteriza como processo de comunicação, afastando a premissa da fiscalização. Alega que a fiscalização interpretou incorretamente a nota 2 a) do Capítulo 90. Alega que a fiscalização considerou que as partes de aparelhos dos capítulos 84, 85, 90 ou 91 devem seguir a classificação dos aparelhos. Cita as NESH alegando que o módulo 10G seria classificado em outra posição do Capítulo 85 que não a indicada pela fiscalização. Cita as Notas da Seção XVI, notadamente a nota 2 a). Alega violação à Regra de Classificação 3 a). 7. Reforça a afirmação de que outros produtos que não o módulo 10G foram erroneamente incluídos na autuação. Fl. 2264DF CARF MF Impresso em 07/03/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 03/03/2016 por ANDRADA MARCIO CANUTO NATAL, Assinado digitalmente em 03/ 03/2016 por ANDRADA MARCIO CANUTO NATAL Processo nº 10831.724290/201465 Resolução nº 3301000.239 S3C3T1 Fl. 12 3 8. Alega ser incabível a multa por erro na classificação fiscal. Afirma que a fiscalização não indicou especificamente qual a conduta praticada que gerou a tipificação. Afirma que os bens estavam descritos com elementos suficientes para a correta classificação fiscal. 9. Peticiona pela realização de perícia complementar indicando assistente pericial e quesitos. 10. Requer, por fim, que sejam reconhecidas as preliminares alegadas e/ou no mérito seja julgada improcedente a autuação fiscal. Tendo em vista as manifestações dos itens 3 e 7, foi realizada a diligência de fls. 1781 a 1783 para apuração da eventual inclusão na autuação de itens diferentes do transceiver – módulo 10G. Intimada a apresentar uma relação dos itens que estariam erroneamente incluídos na autuação, a impugnante limitouse a apresentar uma lista amostral, não se manifestando sobre todos os itens lançados. A fiscalização elaborou então uma planilha com todos os itens autuados e seu parecer sobre a inclusão ou não na autuação e encaminhou à impugnante para manifestação. Não houve resposta da impugnante. Novamente intimada a impugnante alegou a nulidade do auto de infração e indicou divergências de valores de alguns itens. A fiscalização novamente intimou a impugnante para confirmar se haveriam outras indicações errôneas de valores. A impugnante afirmou que poderiam haver outros erros, mas não indicou quais. A fiscalização reexaminou a planilha de valores e afirmou que não foram encontradas novas divergências. Finalmente a fiscalização intimou a impugnante da planilha definitiva para que esta se manifestasse antes do retorno do processo a esta DRJ. A impugnante apenas sustentou que a autuação seria nula. O processo retornou então para julgamento. Ao analisar referida impugnação, a 24ª Turma da DRJ/SP1 proferiu o Acórdão nº 1661.519, de 17/09/2014, acatando parcialmente a impugnação, cuja ementa transcrevese abaixo: ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A IMPORTAÇÃO II Anocalendário: 2006, 2007, 2008, 2009, 2010 CLASSIFICAÇÃO FISCAL O produto importado caracterizado como um transceiver e descrito como módulo 10G, utilizado na produção do produto final transponder, com as características técnicas deste processo, encontra correta classificação fiscal na NCM 8517.90.99 até 31/12/2006 e na NCM 8517.70.99 a partir de 01/01/2007. Impugnação Procedente em Parte Crédito Tributário Mantido em Parte Em razão do limite de alçada imposto pela Portaria MF nº 03/2008, foi apresentado recurso de ofício ao CARF. Cumpre esclarecer que, por ocasião da lavratura dos autos de infração, foi aberto o processo administrativo nº 11829.720003/201115 para acompanhamento do lançamento fiscal e controle dos créditos tributários. Portanto todo o acórdão recorrido faz referência Fl. 2265DF CARF MF Impresso em 07/03/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 03/03/2016 por ANDRADA MARCIO CANUTO NATAL, Assinado digitalmente em 03/ 03/2016 por ANDRADA MARCIO CANUTO NATAL Processo nº 10831.724290/201465 Resolução nº 3301000.239 S3C3T1 Fl. 13 4 somente ao processo acima citado. Após cientificar o contribuinte da referida decisão, e não tendo sido apresentado o recurso voluntário, o serviço de arrecadação da Alfândega do Aeroporto Internacional de Viracopos, por meio do despacho de fl. 4, separou os débitos do processo de origem, 11829.720003/201115, em duas partes. A parte referente ao recurso de ofício ficou no processo original e a parte restante no presente processo. Após apresentar ao sujeito passivo a cobrança final do crédito, com fins de encaminhamento para inscrição na Dívida Ativa da União, este apresentou o recurso voluntário que está sendo apreciado neste momento. No recurso voluntário, o contribuinte apresenta uma série de argumentações a respeito da tempestividade do seu recurso. Além disto faz um longo arrazoado para tentar demonstrar que a sua classificação fiscal estaria correta e que a fiscalização e a DRJ erraram na análise dos fatos. Em apertada síntese alega que o acórdão recorrido ignorou completamente o Parecer Técnico elaborado pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), sendo que o Módulo 10G importado possui funcionalidade própria, fato este que comprovaria a correta classificação fiscal adotada quando de sua importação. É o relatório do necessário. Voto Colocado em julgamento na sessão de 28/01/2016, esse relator propunha o não conhecimento do recurso voluntário entendendo pela sua intempestividade. Tendo sido vencido em votação por maioria, juntamente com o Conselheiro José Henrique Mauri, passamos então à análise de mérito. Ressalto que naquela sessão não estava presente o Conselheiro Paulo Roberto Duarte Moreira, mas o voto, a respeito da tempestividade, do Conselheiro Titular Francisco José Barroso Rios permanece válido em face da previsão regimental. A grande controvérsia de que trata este processo é quanto à correta classificação fiscal do produto importado pela recorrente denominado Transceiver, também chamado de Módulo 10G, o qual é utilizado como componente para fabricação do Transponder. De acordo com a fiscalização e o acórdão recorrido, o Modulo 10G classificase na posição NCM 8517.90.99 até 31/12/2006 e na NCM 8517.70.99 a partir de 01/01/2007. Por sua vez a recorrente utilizou o código NCM 8541.50.20. A fiscalização utilizouse de elementos de três laudos periciais e de um Parecer Técnico do IPT para chegar à sua conclusão. Amparada nos mesmos elementos a recorrente conclui de modo diferente da fiscalização. O próprio recorrente, em sua impugnação, efl. 1.154, afirma que "não se nega que o produto em tela seja, pela sua natureza e funcionalidade, extremamente complexo, porquanto é, efetivamente, árdua a tarefa de encontrar a classificação fiscal que lhe seja mais apropriada. A própria impugnante chegou a alterar mais de uma vez seu enquadramento...". Assim, pareceme estranho uma empresa do porte da recorrente, que efetua importações regulares do produto, essencial na sua linha de produção, não ter efetuado nenhum processo formal de consulta a respeito de sua correta classificação fiscal, até mesmo para não se sujeitar ao transtorno administrativo pela qual está passando no presente processo. Pela regularidade de Fl. 2266DF CARF MF Impresso em 07/03/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 03/03/2016 por ANDRADA MARCIO CANUTO NATAL, Assinado digitalmente em 03/ 03/2016 por ANDRADA MARCIO CANUTO NATAL Processo nº 10831.724290/201465 Resolução nº 3301000.239 S3C3T1 Fl. 14 5 suas importações, certamente estão em tramitação outros processos acerca da mesma discussão. Analisando as razões da fiscalização, do acórdão recorrido em contraponto com os argumentos trazidos pela defesa, verifico a existência de uma discussão técnica em relação ao funcionamento do produto e sua configuração técnica, que exigem conhecimentos além da legislação tributária e suas regras de classificação. Detectei pelo menos uma questão contraditória da qual não possuo capacitação técnica para dar o veredicto final. A fiscalização, amparada nos citados laudos técnicos, conclui que o Transceiver, também chamado Módulo 10G, é um componente ou uma peça cuja aplicação principal é na fabricação do Transponder. Transcrevo trechos da descrição dos fatos, os quais permitem chegar a esta conclusão: (...) módulo ‘transceiver’ 10G importado funciona apenas se estiver montado em alguma placa eletrônica que lhe forneça alimentação, comandos e todas as suas configurações necessárias. Nem mesmo o ‘laser’ do lado da transmissão, e integrado ao módulo, é ligado se não houver um comando vindo do processador da placa eletrônica. Por estas razões, todos os testes de funcionalidade dos ‘tranceivers’ somente poderão ser executados quando os mesmos estiverem montados sobre as placas eletrônicas, sejam elas, do ‘Transponder’, ‘Muxponder’ ou ‘Combiner’, os quais correspondem aos produtos finais comercializados pelo importador”. (...) No quesito nº 01: “O produto importado é identificado como sendo um ‘Transceiver’, chamado ‘Módulo 10G’, que faz parte de um produto final da PADTEC, denominado ‘Transponder’. (...) ...aplicação do produto: conversão de sinal ópticoelétricoóptico, comprimento de onda padronizado pela ITUT, semicondutor, produtos finais possíveis (transponder, muxponder, combiner), etc. (...) No quesito nº 2, o engenheiro informa, além da função principal, que o produto possui uma função secundária, que seria “compor um produto acabado, o ‘Transponder’, através do qual realiza a função principal. O ‘Transceiver’ é basicamente o coração do ‘Transponder’”. Nesta resposta, fica claro que o engenheiro entende que o produto importado é parte de determinado equipamento. (...) No quesito nº 3, o engenheiro reforça a aplicação do “transceiver”: “fabricação do produto, denominado ‘Transponder’ (...) o produto final acabado (...), (...) No quesito seguinte, nº 8, o engenheiro diferencia os dois conceitos: “transponder” e “transceiver”. Afirma que “genericamente [“transceiver”] é também parte, porém não tem função própria fora do produto no qual é utilizado”. Fl. 2267DF CARF MF Impresso em 07/03/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 03/03/2016 por ANDRADA MARCIO CANUTO NATAL, Assinado digitalmente em 03/ 03/2016 por ANDRADA MARCIO CANUTO NATAL Processo nº 10831.724290/201465 Resolução nº 3301000.239 S3C3T1 Fl. 15 6 (...) Por consequência, a resposta ao quesito nº 9 não poderia ser outra: a descrição “transponder” informada na declaração de importação NÃO está correta, uma vez que o produto importado é “transceiver”, que é parte do “transponder”. (...) Nos quesitos nos 17 e 18, o engenheiro responde que “O produto analisado é um ‘Transceiver’ (‘Transceptor’) que é parte de um produto da Padtec denominado ‘Transponder’, sendo assim parte de um Aparelho de Recepção, Conversão e Transmissão ou Regeneração de Voz, Imagens ou Outros Dados. (...) Transponder é para uso em telecomunicações, e em telecomunicações pode se transmitir voz, imagens e outros dados, ampliando ou regenerando o sinal (...)”. (...) No quesito nº 20, o engenheiro responde que o “transceiver” não é um equipamento, mas um componente que é parte de um produto da Padtec denominado “transponder”. (...) Está bem claro, pelos laudos emitidos, tanto no curso do despacho da DI nº 09/08871613 quanto no curso desta ação fiscal amparada pelo MPF 0817700.2009.002950, que o “transceiver” é uma parte de um equipamento de telecomunicações, ou melhor, é parte de “aparelho para transmissão ou recepção de voz, imagens, ou outros dados, incluídos os aparelhos para comunicação em redes por fio ou redes sem fio” – trecho do texto da posição 8517. (...) Uma vez que se trata de parte de um produto acabado, que há previsão de classificar partes na própria posição, e que não há ressalvas nas notas de capítulo, de seção e explicativas para classificação em posição mais específica, correto é classificar o componente na mesma posição do produto acabado. (...) A Fiscalização entende que a “informação 1” está correta. Cabe ressaltar, entretanto, que entendese que o trecho “pode ser utilizado em outros produtos” como aplicação subsidiária, em relação aos “transponders”. (...) A segunda parte da Nota 2b) é transparente: se uma parte é destinada principalmente a um aparelho da posição 8517 (e o produto final da Padtec é classificado em 8517!), tal parte deve ser classificada em 8517! (...) A função principal, poderseia dizer portanto, é transmitir dados, em forma de luz coerente. Ocorre que ela não faz isso por si só, mas permite, sendo parte de um equipamento que transmite dados em forma de luz. (...) Fl. 2268DF CARF MF Impresso em 07/03/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 03/03/2016 por ANDRADA MARCIO CANUTO NATAL, Assinado digitalmente em 03/ 03/2016 por ANDRADA MARCIO CANUTO NATAL Processo nº 10831.724290/201465 Resolução nº 3301000.239 S3C3T1 Fl. 16 7 Por sua vez, a recorrente, apresenta alguns elementos que deixam dúvidas a respeito da aplicação principal do Módulo 10G aos Transponders. A defesa afirma que o módulo 10G tem função própria especificável e não estaria correta a conclusão de que ele não tem função própria fora do produto no qual é utilizado. Transcrevese abaixo esses elementos: 1) Na conclusão do Parecer Técnico do IPT, efl. 1381: (...) ... O principal componente que viabiliza essa comunicação é o módulo de Laser. Por se tratar de um módulo eletroóptico em conformidade com uma especificação consolidada, ele se comporta de maneira semelhante a outros módulos de diversos fabricantes. Assim, ele pode ser agregado a qualquer equipamento ou instrumento que necessite ser conectado a uma rede metropolitana. Sob este aspecto, o módulo pode ser considerado como um componente que integra um sistema mais complexo. Sua aplicação pode ser tanto em redes de comunicação óptica de alta velocidade e alta capacidade, como por exemplo em sistemas de transponder, onde a comunicação de dados de qualquer natureza por fibra óptica convencional pode ser realizada por um sistema DWDM, para transmissão a longas distâncias, quanto em equipamentos ou instrumentos para teste de instalações que utilizem fibras ópticas e outros equipamentos para modulação em DWDM. (...) 2) A recorrente juntou em sua impugnação uma declaração da empresa JDSU do Brasil Ltda, efl. 1517, com o seguinte conteúdo: (...) Possui em seu portfólio de produtos de Teste & Medição para redes de Telecomunicações, instrumentos classificados como Analisadores Digitais de Transmissão para geração e medição de sinais, onde todos sem exceção fazem uso de módulos transceivers ópticos tipo MSA300 para construção de suas interfaces ópticas de teste. Podemos citar alguns instrumentos como: 1. Família ONT503/506/512 Optical Network Tester; 2. Plataforma MTS8000 com Transport Module; 3. Plataforma MTS6000A com Módulo MSAM; 4. ANT5 Advanced Network Tester para testes de PDH/SDH. 3) A recorrente juntou em sua impugnação uma declaração da empresa Boreal Communications, efl. 1654, com o seguinte conteúdo: (...) Possui em seu portfólio de componentes para comunicações ópticas, módulos transceivers ópticos tipo MSA300. Informamos que a FINISAR comercializa estes módulos para diversos clientes que atuam com diferentes aplicações, tais como: 1. Interface Óptica de Transponders 10G e 40G; 2. Interface Óptica de Analisadores Digitais de Sinais; Fl. 2269DF CARF MF Impresso em 07/03/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 03/03/2016 por ANDRADA MARCIO CANUTO NATAL, Assinado digitalmente em 03/ 03/2016 por ANDRADA MARCIO CANUTO NATAL Processo nº 10831.724290/201465 Resolução nº 3301000.239 S3C3T1 Fl. 17 8 3. Interface Óptica de Equipamentos de Teste. (...) Penso que estas informações apresentadas pela recorrente, lançam uma certa dúvida a respeito da função principal do transceiver, que eventualmente podem afastar algumas conclusões da fiscalização com possível reflexo no resultado da classificação fiscal do produto. Considerando que o objetivo primordial do presente julgamento é obter a verdade material quanto à correta classificação fiscal do produto, pois a decisão trará reflexos tanto para o presente processo quanto para os eventuais pendentes, bem como para as futuras importações a serem realizadas pela recorrente. Anteriormente considerei estranha a falta de iniciativa do contribuinte em não ter realizado uma consulta formal a respeito do entendimento da RFB a respeito da correta classificação fiscal deste produto. Diante do exposto, proponho a conversão do presente julgamento em diligência para que o presente processo seja encaminhado ao Centro de Classificação Fiscal de Mercadorias (Ceclam), criado pela Portaria RFB nº 1.092/2014, para que emita parecer a respeito da classificação fiscal do produto em discussão. Caso o Ceclam entenda que os laudos técnicos produzidos no presente processo, sejam insuficientes, para a perfeita caracterização técnica do produto, fica autorizado a solicitar a realização de perícia técnica. Após concluído o seu exame, o Ceclam deverá enviar o presente processo à unidade de controle de origem, para cientificar o contribuinte quanto ao parecer elaborado, dandolhe prazo de 30 dias para se pronunciar a respeito dos elementos produzidos. Concluídas as etapas anteriores o processo deve ser devolvido ao CARF para que se prossiga no julgamento. Andrada Márcio Canuto Natal Relator. Fl. 2270DF CARF MF Impresso em 07/03/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 03/03/2016 por ANDRADA MARCIO CANUTO NATAL, Assinado digitalmente em 03/ 03/2016 por ANDRADA MARCIO CANUTO NATAL
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