Busca Facetada
Turma- Terceira Câmara (28,899)
- Segunda Câmara (27,777)
- Primeira Câmara (25,077)
- Segunda Turma Ordinária d (16,594)
- 3ª TURMA/CÂMARA SUPERIOR (15,671)
- Primeira Turma Ordinária (15,251)
- Segunda Turma Ordinária d (15,173)
- Primeira Turma Ordinária (15,154)
- Primeira Turma Ordinária (15,001)
- Segunda Turma Ordinária d (13,782)
- Primeira Turma Ordinária (12,673)
- Primeira Turma Ordinária (11,721)
- Segunda Turma Ordinária d (11,695)
- Quarta Câmara (11,510)
- 2ª TURMA/CÂMARA SUPERIOR (11,138)
- Quarta Câmara (81,380)
- Terceira Câmara (63,185)
- Segunda Câmara (50,669)
- Primeira Câmara (16,202)
- 3ª SEÇÃO (15,671)
- 2ª SEÇÃO (11,138)
- 1ª SEÇÃO (6,624)
- Pleno (786)
- Sexta Câmara (302)
- Sétima Câmara (172)
- Quinta Câmara (133)
- Oitava Câmara (123)
- Terceira Seção De Julgame (114,979)
- Segunda Seção de Julgamen (108,014)
- Primeira Seção de Julgame (70,951)
- Primeiro Conselho de Cont (49,037)
- Segundo Conselho de Contr (48,602)
- Câmara Superior de Recurs (37,027)
- Terceiro Conselho de Cont (25,920)
- IPI- processos NT - ressa (4,985)
- Outros imposto e contrib (4,458)
- PIS - ação fiscal (todas) (4,037)
- IRPF- auto de infração el (3,972)
- PIS - proc. que não vers (3,957)
- IRPJ - AF - lucro real (e (3,943)
- Cofins - ação fiscal (tod (3,829)
- Simples- proc. que não ve (3,681)
- IRPF- ação fiscal - Dep.B (3,040)
- IPI- processos NT- créd.p (2,235)
- IRPF- ação fiscal - omis. (2,215)
- Cofins- proc. que não ver (2,098)
- IRPJ - restituição e comp (2,087)
- Finsocial -proc. que não (1,996)
- IRPF- restituição - rendi (1,990)
- Não Informado (56,831)
- GILSON MACEDO ROSENBURG F (4,955)
- RODRIGO DA COSTA POSSAS (4,442)
- WINDERLEY MORAIS PEREIRA (4,269)
- CLAUDIA CRISTINA NOIRA PA (4,256)
- PEDRO SOUSA BISPO (3,270)
- CHARLES MAYER DE CASTRO S (3,219)
- HELCIO LAFETA REIS (3,172)
- ROSALDO TREVISAN (3,165)
- MARCOS ROBERTO DA SILVA (3,146)
- Não se aplica (2,782)
- LIZIANE ANGELOTTI MEIRA (2,594)
- HONORIO ALBUQUERQUE DE BR (2,474)
- WILDERSON BOTTO (2,439)
- PAULO GUILHERME DEROULEDE (2,330)
- 2020 (41,074)
- 2021 (35,801)
- 2019 (30,944)
- 2018 (26,036)
- 2024 (25,832)
- 2012 (23,620)
- 2023 (22,452)
- 2014 (22,372)
- 2013 (21,085)
- 2011 (20,979)
- 2010 (18,056)
- 2008 (17,072)
- 2017 (16,838)
- 2009 (15,828)
- 2006 (15,269)
- 2009 (69,607)
- 2020 (39,854)
- 2021 (34,153)
- 2019 (30,464)
- 2023 (25,918)
- 2024 (23,874)
- 2014 (23,412)
- 2018 (23,139)
- 2013 (16,584)
- 2017 (16,398)
- 2008 (15,518)
- 2006 (14,849)
- 2022 (13,226)
- 2007 (13,013)
- 2005 (12,075)
Numero do processo: 10875.901798/2008-39
Turma: Primeira Turma Ordinária da Quarta Câmara da Terceira Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Tue Aug 21 00:00:00 UTC 2012
Data da publicação: Mon Jan 07 00:00:00 UTC 2013
Ementa: Assunto: Normas Gerais de Direito Tributário
Data do fato gerador: 14/11/2003
PAGAMENTO A MAIOR. DESPACHO DECISÓRIO ELETRÔNICO. ERRO MATERIAL NO PEDIDO ELETRÔNICO DE RESTITUIÇÃO. PROVAS. VERDADE MATERIAL.
Comprovado o recolhimento a maior, de se reconhecer o direito creditório, pela necessidade da prevalência da verdade material sobre a forma.
Recurso Voluntário Provido
Numero da decisão: 3401-001.922
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em dar provimento ao recurso nos termos do voto do relator.
Jean Cleuter Simões Mendonça Presidente em exercício
Odassi Guerzoni Filho - Relator
Participaram do julgamento os Conselheiros Fenelon Moscoso de Almeida, Emanuel Carlos Dantas de Assis, Ângela Sartori, Odassi Guerzoni Filho, Fernando Marques Cleto Duarte e Jean Cleuter Simões Mendonça.
Nome do relator: ODASSI GUERZONI FILHO
1.0 = *:*toggle all fields
dt_index_tdt : Fri Oct 08 01:09:55 UTC 2021
anomes_sessao_s : 201208
camara_s : Quarta Câmara
ementa_s : Assunto: Normas Gerais de Direito Tributário Data do fato gerador: 14/11/2003 PAGAMENTO A MAIOR. DESPACHO DECISÓRIO ELETRÔNICO. ERRO MATERIAL NO PEDIDO ELETRÔNICO DE RESTITUIÇÃO. PROVAS. VERDADE MATERIAL. Comprovado o recolhimento a maior, de se reconhecer o direito creditório, pela necessidade da prevalência da verdade material sobre a forma. Recurso Voluntário Provido
turma_s : Primeira Turma Ordinária da Quarta Câmara da Terceira Seção
dt_publicacao_tdt : Mon Jan 07 00:00:00 UTC 2013
numero_processo_s : 10875.901798/2008-39
anomes_publicacao_s : 201301
conteudo_id_s : 5179835
dt_registro_atualizacao_tdt : Mon Jan 07 00:00:00 UTC 2013
numero_decisao_s : 3401-001.922
nome_arquivo_s : Decisao_10875901798200839.PDF
ano_publicacao_s : 2013
nome_relator_s : ODASSI GUERZONI FILHO
nome_arquivo_pdf_s : 10875901798200839_5179835.pdf
secao_s : Terceira Seção De Julgamento
arquivo_indexado_s : S
decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em dar provimento ao recurso nos termos do voto do relator. Jean Cleuter Simões Mendonça Presidente em exercício Odassi Guerzoni Filho - Relator Participaram do julgamento os Conselheiros Fenelon Moscoso de Almeida, Emanuel Carlos Dantas de Assis, Ângela Sartori, Odassi Guerzoni Filho, Fernando Marques Cleto Duarte e Jean Cleuter Simões Mendonça.
dt_sessao_tdt : Tue Aug 21 00:00:00 UTC 2012
id : 4432802
ano_sessao_s : 2012
atualizado_anexos_dt : Fri Oct 08 08:55:46 UTC 2021
sem_conteudo_s : N
_version_ : 1713041217207402496
conteudo_txt : Metadados => pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.4; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 5; dc:format: application/pdf; version=1.4; pdf:charsPerPage: 1666; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; access_permission:fill_in_form: true; pdf:encrypted: true; access_permission:can_modify: true; Content-Type: application/pdf | Conteúdo => S3C4T1 Fl. 73 1 72 S3C4T1 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS TERCEIRA SEÇÃO DE JULGAMENTO Processo nº 10875.901798/200839 Recurso nº 10.875.901798200839 Voluntário Acórdão nº 3401001.922 – 4ª Câmara / 1ª Turma Ordinária Sessão de 21 de agosto de 2012 Matéria PIS RESTITUIÇÃO PAGAMENTO A MAIOR VERDADE MATERIAL Recorrente CUMMINS BRASIL LTDA. Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO Data do fato gerador: 14/11/2003 PAGAMENTO A MAIOR. DESPACHO DECISÓRIO ELETRÔNICO. ERRO MATERIAL NO PEDIDO ELETRÔNICO DE RESTITUIÇÃO. PROVAS. VERDADE MATERIAL. Comprovado o recolhimento a maior, de se reconhecer o direito creditório, pela necessidade da prevalência da verdade material sobre a forma. Recurso Voluntário Provido Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em dar provimento ao recurso nos termos do voto do relator. Jean Cleuter Simões Mendonça – Presidente em exercício Odassi Guerzoni Filho Relator Participaram do julgamento os Conselheiros Fenelon Moscoso de Almeida, Emanuel Carlos Dantas de Assis, Ângela Sartori, Odassi Guerzoni Filho, Fernando Marques Cleto Duarte e Jean Cleuter Simões Mendonça. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 87 5. 90 17 98 /2 00 8- 39 Fl. 73DF CARF MF Impresso em 07/01/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 14/12/2012 por ODASSI GUERZONI FILHO, Assinado digitalmente em 14/12/201 2 por ODASSI GUERZONI FILHO, Assinado digitalmente em 14/12/2012 por JEAN CLEUTER SIMOES MENDONCA 2 Relatório Trata o presente processo de PER/Dcomp entregue em 06/05/2004 em que a interessada postulara o reconhecimento de direito creditório correspondente a um pagamento a maior efetuado a título de PIS/Pasep [não cumulativo], do período de apuração de outubro de 2003, no valor de R$ 103.502,42, que estaria embutido no Darf recolhido no dia 14/11/2003, no valor de R$ 103.502,42. No referido documento foi indicada a compensação de débito do próprio PIS/Pasep, de período de apuração de dezembro de 2002. No Despacho Decisório eletrônico emitido em 18/07/2008 e cientificado à interessada em 30/07/2008, constou que nenhum crédito fora reconhecido porquanto o Darf indicado não havia sido localizado nos sistemas da Receita Federal, o que, em consequência, resultou na não homologação da compensação declarada. Na Manifestação de Inconformidade a interessada esclareceu ter cometido um equívoco no preenchimento de seu PER/Dcomp, isto é, em vez de indicar como origem do pagamento indevido o Darf pago no dia 14/11/2003 no valor de R$ 240.912,17, indicara R$ 103.502,42, que, na verdade, corresponderia ao indébito pleiteado. Para comprovar suas alegações, juntou à Manifestação de Inconformidade cópia de sua DCTF, do Dacon e do referido Darf. A 3a Turma da Delegacia da Receita Federal do Brasil de Julgamento em Campinas, todavia, considerou que esse tipo de equívoco deveria ter sido sanado mediante a retificação do PER/Dcomp e que, além disso, a interessada fora intimada, antes da emissão do Despacho Decisório, para que verificasse os dados do Darf informados no referido pedido de restituição. Assim, indeferiu os termos da Manifestação de Inconformidade. No Recurso Voluntário a Recorrente repetiu os termos de sua impugnação. No essencial, é o Relatório. Fl. 74DF CARF MF Impresso em 07/01/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 14/12/2012 por ODASSI GUERZONI FILHO, Assinado digitalmente em 14/12/201 2 por ODASSI GUERZONI FILHO, Assinado digitalmente em 14/12/2012 por JEAN CLEUTER SIMOES MENDONCA Processo nº 10875.901798/200839 Acórdão n.º 3401001.922 S3C4T1 Fl. 74 3 Voto Conselheiro Odassi Guerzoni Filho Cientificada da decisão da DRJ em 18/07/2011, a interessada apresentou o Recurso Voluntário em 17/08/2011, portanto, de forma tempestiva. Preenchendo os demais requisitos de admissibilidade, deve ser conhecido. A DCTF de fl. 25 e o Dacon de fl. 27 trazidas aos autos pela interessada quando de sua Manifestação de Inconformidade indicam que o valor do PIS/Pasep devido em relação ao período de apuração de outubro de 2003 é de R$ 137.409,75, enquanto que o Darf de fl. 29 indica que o valor recolhido na data de seu vencimento foi de R$ 240.912,17, o que aponta para um recolhimento a maior no exato montante em que indicado no PER/Dcomp, qual seja, de R$ 103.502,42. Ou seja, de forma bastante clara pode ser verificado que a interessada, de fato, cometeu um erro material ao indicar que a origem de seu crédito estaria no Darf no valor de R$ 103.502,42 [o correto seria R$ 240.912,17], quando esse valor, na verdade, se refere à diferença recolhida a maior postulada. Não obstante a instância de julgamento soubesse desses fatos, escorouse nas regras ditadas pelas instruções normativas que regulam os procedimentos de compensação e não reconheceu qualquer crédito à interessada, sob o argumento de que o erro não havia sido comunicado à Administração Tributária na forma regulamentar, isto é, mediante a retificação do PER/Dcomp, e que, além disso, não obstante tivesse sido intimada em 04/09/2006, portanto, antes da emissão do Despacho Decisório, que a interessada não se manifestara acerca de seu propalado equívoco. Pois bem. Primeiramente, a instância de piso tem razão quando afirma que, em 04/09/2006, antes, portanto, que fosse proferido o Despacho Decisório eletrônico de não reconhecimento do crédito, a interessada fora informada de que o Darf indicado no PER/Dcomp como originário de seu crédito não fora localizado nos sistemas da Receita Federal. No mesmo documento, Termo de Intimação, de fl. 31, constou o seguinte: “Se houver qualquer divergência, solicitase transmitir o PER/Dcomp retificador. Caso contrário, compareça à Unidade da Secretaria da Receita Federal de sua jurisdição com esta intimação com o Darf original, no prazo indicado.” Seguiuse que, diante da ausência de qualquer manifestação da interessada, foi expedido o Despacho Decisório eletrônico em 18/07/2008, o qual foi cientificado à interessada em 30/07/2008. De outra parte, porém, e não obstante, a interessada, tanto em sua Manifestação de Inconformidade quanto no Recurso Voluntário defendeuse dizendo, verbis: Fl. 75DF CARF MF Impresso em 07/01/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 14/12/2012 por ODASSI GUERZONI FILHO, Assinado digitalmente em 14/12/201 2 por ODASSI GUERZONI FILHO, Assinado digitalmente em 14/12/2012 por JEAN CLEUTER SIMOES MENDONCA 4 “A Receita Federal do Brasil, caso requisitasse esclarecimentos do Contribuinte, poderia verificar que se trata de mera divergência de informação e, em hipótese alguma, de inexistência do recolhimento informado e a consequente inexistência o crédito.” Com a devida vênia, o argumento da Recorrente não reflete o quê, de fato, ocorreu, haja vista que, diferentemente do que apregoou, fora ela, sim, intimada a prestar esclarecimentos acerca da divergência encontrada pelos sistemas da Receita Federal no Darf indicado no PER/Dcomp, bem como, fosse o caso, a retificar as informações, no que quedouse inerte. Lembro aqui a meus pares que, em situações semelhantes a esta, tal como na em que o contribuinte não teve seu crédito reconhecido pela autoridade administrativa pelo fato de não ter procedido à retificação tempestiva de DCTF, temos aqui prestigiado a observância do princípio da verdade material, isto é, não obstante o não cumprimento da formalidade, vimos nos curvando diante da comprovação do direito postulado e o reconhecendo em favor dos contribuintes. Sim, haveremos de ressalvar que, diferentemente da maioria dos processos envolvendo despacho eletrônico relacionado a PER/Dcomp, em que o procedimento – batimento das informações – é praticamente unilateral, neste caso houve o cuidado da Administração Tributária em alertar previamente ao contribuinte acerca das incorreções encontradas, seguido de uma intimação para que fossem corrigidas. Somente após transcorrido o prazo concedido, e em não tendo sido atendida, é que tratouse de expedir o referido Despacho eletrônico. Mas, não obstante o Despacho Decisório e a decisão recorrida não mereçam censura, creio que a inércia da interessada [ao não atender os termos da intimação e proceder à retificação do PER/Dcomp] não poderia ensejar o exsurgimento de um mal maior, qual seja, o enriquecimento sem causa em favor da União. É que, consoante já esmiuçado alhures, as provas trazidas pelo contribuinte aos autos são incontestáveis no sentido de que incorrera mesmo num recolhimento a maior, de sorte que, na linha de posicionamentos anteriores, especialmente naqueles relacionados a lançamentos por meio de auto de infração, em que o contribuinte consegue demonstrar o seu direito ao longo das oportunidades que lhe são franqueadas pelo Decreto nº 70.235, de 6 de março de 1972, tenho buscado prestigiar o princípio da verdade material, em detrimento da forma. Pelo exposto, voto pelo provimento ao recurso. Odassi Guerzoni Filho Relator Fl. 76DF CARF MF Impresso em 07/01/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 14/12/2012 por ODASSI GUERZONI FILHO, Assinado digitalmente em 14/12/201 2 por ODASSI GUERZONI FILHO, Assinado digitalmente em 14/12/2012 por JEAN CLEUTER SIMOES MENDONCA Processo nº 10875.901798/200839 Acórdão n.º 3401001.922 S3C4T1 Fl. 75 5 Fl. 77DF CARF MF Impresso em 07/01/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 14/12/2012 por ODASSI GUERZONI FILHO, Assinado digitalmente em 14/12/201 2 por ODASSI GUERZONI FILHO, Assinado digitalmente em 14/12/2012 por JEAN CLEUTER SIMOES MENDONCA
score : 1.0
Numero do processo: 15521.000308/2008-17
Turma: Terceira Turma Ordinária da Quarta Câmara da Terceira Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Wed Nov 28 00:00:00 UTC 2012
Data da publicação: Fri Dec 14 00:00:00 UTC 2012
Ementa: Assunto: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins
Período de apuração: 01/01/2004 a 31/01/2004, 30/04/2004 a 31/12/2004, 31/01/2006 a 31/05/2006
DCOMP NÃO DECLARADA. AUTO DE INFRAÇÃO. MULTA DE OFÍCIO. LEGITIMIDADE.
É necessário auto de infração para lançamento de débitos indicados em DComps consideradas não-declaradas pela autoridade fiscal, aplicável, inclusive, multa de ofício.
AUTO DE INFRAÇÃO. FATOS GERADORES NÃO COMPROVADOS E NÃO IMPUGNADOS.
DComps consideradas não-declaradas não têm efeito constitutivo, e tampouco valia probatória, cabendo à autoridade demonstrar a efetiva ocorrência do fato gerador cuja confissão restou frustrada pelo não-conhecimento da DComp. Entretanto, se o contribuinte reconhece a ocorrência do fato gerador, e questão resta incontroversa no processo administrativo.
Recurso voluntário negado.
Numero da decisão: 3403-001.848
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso.
(assinado digitalmente)
Antonio Carlos Atulim Presidente
(assinado digitalmente)
Marcos Tranchesi Ortiz Relator
Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros Robson José Bayerl, Domingos de Sá Filho, Rosaldo Trevisan, Ivan Allegretti, Marcos Tranchesi Ortiz e Antonio Carlos Atulim.
Nome do relator: MARCOS TRANCHESI ORTIZ
1.0 = *:*toggle all fields
dt_index_tdt : Fri Oct 08 01:09:55 UTC 2021
anomes_sessao_s : 201211
camara_s : Quarta Câmara
ementa_s : Assunto: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins Período de apuração: 01/01/2004 a 31/01/2004, 30/04/2004 a 31/12/2004, 31/01/2006 a 31/05/2006 DCOMP NÃO DECLARADA. AUTO DE INFRAÇÃO. MULTA DE OFÍCIO. LEGITIMIDADE. É necessário auto de infração para lançamento de débitos indicados em DComps consideradas não-declaradas pela autoridade fiscal, aplicável, inclusive, multa de ofício. AUTO DE INFRAÇÃO. FATOS GERADORES NÃO COMPROVADOS E NÃO IMPUGNADOS. DComps consideradas não-declaradas não têm efeito constitutivo, e tampouco valia probatória, cabendo à autoridade demonstrar a efetiva ocorrência do fato gerador cuja confissão restou frustrada pelo não-conhecimento da DComp. Entretanto, se o contribuinte reconhece a ocorrência do fato gerador, e questão resta incontroversa no processo administrativo. Recurso voluntário negado.
turma_s : Terceira Turma Ordinária da Quarta Câmara da Terceira Seção
dt_publicacao_tdt : Fri Dec 14 00:00:00 UTC 2012
numero_processo_s : 15521.000308/2008-17
anomes_publicacao_s : 201212
conteudo_id_s : 5177690
dt_registro_atualizacao_tdt : Mon Dec 17 00:00:00 UTC 2012
numero_decisao_s : 3403-001.848
nome_arquivo_s : Decisao_15521000308200817.PDF
ano_publicacao_s : 2012
nome_relator_s : MARCOS TRANCHESI ORTIZ
nome_arquivo_pdf_s : 15521000308200817_5177690.pdf
secao_s : Terceira Seção De Julgamento
arquivo_indexado_s : S
decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso. (assinado digitalmente) Antonio Carlos Atulim Presidente (assinado digitalmente) Marcos Tranchesi Ortiz Relator Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros Robson José Bayerl, Domingos de Sá Filho, Rosaldo Trevisan, Ivan Allegretti, Marcos Tranchesi Ortiz e Antonio Carlos Atulim.
dt_sessao_tdt : Wed Nov 28 00:00:00 UTC 2012
id : 4418685
ano_sessao_s : 2012
atualizado_anexos_dt : Fri Oct 08 08:55:31 UTC 2021
sem_conteudo_s : N
_version_ : 1713041217212645376
conteudo_txt : Metadados => pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.4; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 5; dc:format: application/pdf; version=1.4; pdf:charsPerPage: 2037; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; access_permission:fill_in_form: true; pdf:encrypted: true; access_permission:can_modify: true; Content-Type: application/pdf | Conteúdo => S3C4T3 Fl. 5 1 4 S3C4T3 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS TERCEIRA SEÇÃO DE JULGAMENTO Processo nº 15521.000308/200817 Recurso nº Voluntário Acórdão nº 3403001.848 – 4ª Câmara / 3ª Turma Ordinária Sessão de 28 de novembro de 2012 Matéria PIS.COFINS.AUTO DE INFRAÇÃO Recorrente VIAÇÃO SÃO JOÃO DA BARRA LTDA. Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS/PASEP Período de apuração: 30/04/2004 a 31/12/2004, 31/01/2006 a 31/05/2006 DCOMP NÃO DECLARADA. AUTO DE INFRAÇÃO. MULTA DE OFÍCIO. LEGITIMIDADE. É necessário auto de infração para lançamento de débitos indicados em DComps consideradas nãodeclaradas pela autoridade fiscal, aplicável, inclusive, multa de ofício. AUTO DE INFRAÇÃO. FATOS GERADORES NÃO COMPROVADOS E NÃO IMPUGNADOS. DComps consideradas nãodeclaradas não têm efeito constitutivo, e tampouco valia probatória, cabendo à autoridade demonstrar a efetiva ocorrência do fato gerador cuja confissão restou frustrada pelo não conhecimento da DComp. Entretanto, se o contribuinte reconhece a ocorrência do fato gerador, e questão resta incontroversa no processo administrativo. ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL COFINS Período de apuração: 01/01/2004 a 31/01/2004, 30/04/2004 a 31/12/2004, 31/01/2006 a 31/05/2006 DCOMP NÃO DECLARADA. AUTO DE INFRAÇÃO. MULTA DE OFÍCIO. LEGITIMIDADE. É necessário auto de infração para lançamento de débitos indicados em DComps consideradas nãodeclaradas pela autoridade fiscal, aplicável, inclusive, multa de ofício. AUTO DE INFRAÇÃO. FATOS GERADORES NÃO COMPROVADOS E NÃO IMPUGNADOS. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 15 52 1. 00 03 08 /2 00 8- 17 Fl. 182DF CARF MF Impresso em 14/12/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 05/12/2012 por MARCOS TRANCHESI ORTIZ, Assinado digitalmente em 08/12/20 12 por ANTONIO CARLOS ATULIM, Assinado digitalmente em 05/12/2012 por MARCOS TRANCHESI ORTIZ 2 DComps consideradas nãodeclaradas não têm efeito constitutivo, e tampouco valia probatória, cabendo à autoridade demonstrar a efetiva ocorrência do fato gerador cuja confissão restou frustrada pelo não conhecimento da DComp. Entretanto, se o contribuinte reconhece a ocorrência do fato gerador, e questão resta incontroversa no processo administrativo. Recurso voluntário negado. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso. (assinado digitalmente) Antonio Carlos Atulim – Presidente (assinado digitalmente) Marcos Tranchesi Ortiz – Relator Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros Robson José Bayerl, Domingos de Sá Filho, Rosaldo Trevisan, Ivan Allegretti, Marcos Tranchesi Ortiz e Antonio Carlos Atulim. Relatório A recorrente apresentou declarações de compensação (fls. 8/9 e 15/20), pelas quais pretendia extinguir débitos do PIS e da COFINS com créditos controlados no processo administrativo nº 10166.005103/200540. Tais DCOMPs foram consideradas nãodeclaradas (fls. 11/12) porque o crédito a ela levado tinha origem em títulos públicos, o que infringiria o artigo 31 das IN/SRF nºs 460/04 e 600/05, bem como o artigo 74, §12, II, ‘c’ da Lei nº 9.430/96. Os débitos de PIS e COFINS que se pretendia compensar nas DCOMPs tampouco foram confessados em DCTF (fls. 24/49), DACON (fls. 51/63) e DIPJ (fls. 64/99). Assim, ademais de considerar as DCOMPs nãodeclaradas, a DRF lavrou autos de infração para constituição de créditos tributários relativos ao: (i) PIS, das competências 04 a 12/2004 e 01 a 05/2006 (fls. 100/108) e (ii) COFINS, das competências 01/2004, 04 a 12/2004 e 01 a 05/2006 (fls. 109/117). Esses autos são o objeto do presente processo. Fl. 183DF CARF MF Impresso em 14/12/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 05/12/2012 por MARCOS TRANCHESI ORTIZ, Assinado digitalmente em 08/12/20 12 por ANTONIO CARLOS ATULIM, Assinado digitalmente em 05/12/2012 por MARCOS TRANCHESI ORTIZ Processo nº 15521.000308/200817 Acórdão n.º 3403001.848 S3C4T3 Fl. 6 3 Inconformada, a recorrente impugnouos (fls. 125/129), alegando (i) a pendência de julgamento do voluntário interposto contra a decisão que considerou não declaradas as compensações, (ii) a impossibilidade de aplicação de multa de ofício, pois os créditos encontramse confessados por meio das DCOMPs, o que atrairia a incidência do art. 138, do CTN e (iii) a extinção da obrigação tributária em razão de os créditos ora cobrados haverem sido compensados. A DRJ/Rio de JaneiroRJ desproveu a impugnação (fls. 136/138), salientando que (i) a impugnação de decisão que considera nãodeclarada a compensação não suspende a exigibilidade do crédito tributário, (ii) as compensações nãodeclaradas não implicam confissão de débito e nem extinção das obrigações e (iii) é inaplicável o art. 138 do CTN, sendo legítima a incidência da multa de ofício. Interpõe a autuada, então, recurso voluntário (fls. 159/167), alegando a nulidade da exigência por falta de motivação, bem como por afronta aos princípios da segurança jurídica, da capacidade contributiva e do nãoconfisco. É o relatório. Voto Conselheiro Marcos Tranchesi Ortiz O recurso é tempestivo e, observadas as demais formalidades aplicáveis, dele tomo conhecimento. As declarações de compensação transmitidas pela recorrente foram consideradas nãodeclaradas pela RFB, com fundamento no artigo 74, §12, II, ‘c’ da Lei nº 9.430/96, in verbis: "Art. 74. O sujeito passivo que apurar crédito, inclusive os judiciais com trânsito em julgado, relativo a tributo ou contribuição administrado pela Secretaria da Receita Federal, passível de restituição ou de ressarcimento, poderá utilizálo na compensação de débitos próprios relativos a quaisquer tributos e contribuições administrados por aquele Órgão.(Redação dada pela Lei nº 10.637, de 2002) §12. Será considerada não declarada a compensação nas hipóteses: (Redação dada pela Lei nº 11.051, de 2004) II em que o crédito: (Incluído pela Lei nº 11.051, de 2004) c) refirase a título público; (Incluída pela Lei nº 11.051, de 2004)" Por força dos §§6° e 13 do mesmo artigo 74 da Lei n° 9.430/96, as DCOMPs consideradas nãodeclaradas não têm efeito constitutivo do débito fiscal nelas informado pelo contribuinte. Vejamos: Fl. 184DF CARF MF Impresso em 14/12/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 05/12/2012 por MARCOS TRANCHESI ORTIZ, Assinado digitalmente em 08/12/20 12 por ANTONIO CARLOS ATULIM, Assinado digitalmente em 05/12/2012 por MARCOS TRANCHESI ORTIZ 4 "§6o A declaração de compensação constitui confissão de dívida e instrumento hábil e suficiente para a exigência dos débitos indevidamente compensados. (Incluído pela Lei nº 10.833, de 2003) §13. O disposto nos §§2o e 5o a 11 deste artigo não se aplica às hipóteses previstas no §12 deste artigo. (Incluído pela Lei nº 11.051, de 2004)" O contribuinte que informa débito em DCOMP tida por nãodeclarada nada confessa ao Fisco. Sendo assim, a cobrança do débito informado nesta DOMP requer prévio lançamento de ofício, com os encargos sancionatórios próprios desta modalidade de constituição do crédito tributário. Da DCOMP considerada nãodeclarada nada se aproveita. Dessa forma, a autoridade fiscal preparadora, ao efetuar o lançamento de ofício, deveria ter investigado e demonstrado a efetiva ocorrência dos fatos geradores objetos da presente exigência, analisando, por exemplo, documentos contábeis, fiscais e comerciais da recorrente. A fiscalização, contudo, não o fez, entendendo suficiente apenas referir a valores informados nas DCOMPs nãodeclaradas. Em outras palavras, a fiscalização entendeu, de forma acertada, que as DCOMPs não possuíam efeito constitutivo, mas considerou – de forma incorreta, a meu ver – que tinham efeitos probatórios. Entendo que haveria, então, ao menos em princípio, insuficiente demonstração da ocorrência dos fatos geradores pelo Fisco, ônus que, como cediço, lhe compete. Entretanto, a recorrente, no voluntário, não se insurge especificamente quanto à materialidade dos lançamentos; não impugna a ocorrência dos fatos geradores, ao contrário, admitea. Não controvertendo o fato, incide o art. 17 do Decreto n° 70.235/72, in verbis: "Art. 17. Considerarseá não impugnada a matéria que não tenha sido expressamente contestada pelo impugnante. (Redação dada pela Lei nº 9.532, de 1997)" Assim, como a recorrente não ataca especificamente a (in)ocorrência dos fatos geradores, o procedimento fiscal, a princípio frágil neste particular, tornase hígido. A recorrente apenas afirma que os créditos ora exigidos já teriam sido quitados através das DCOMPs que geraram os autos nºs 10166.010601/200695 e 10166.05348/200577, os quais, de acordo com extrato processual obtido no endereço eletrônico da RFB, se encontram arquivados, não tendo sido sequer remetidos ao CARF. O processo administrativo nº 10166.005103/200540, suposta origem do crédito utilizado para abatimento dos débitos nas DCOMPs supramencionadas, também se encontra arquivado desde 2009 e também sequer foi remetido ao CARF. Os demais argumentos mencionados pela recorrente, em especial a suposta afronta aos princípios da segurança jurídica, da capacidade contributiva e do nãoconfisco, também não merecem guarida, uma vez que a sua aceitação implicaria reconhecimento de inconstitucionalidade de normas tributárias, tais como o art. 44, I, da Lei n° 9.430/96, procedimento vedado a este Órgão por força do disposto no art. 26A, do Decreto n° 70.235/72. Fl. 185DF CARF MF Impresso em 14/12/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 05/12/2012 por MARCOS TRANCHESI ORTIZ, Assinado digitalmente em 08/12/20 12 por ANTONIO CARLOS ATULIM, Assinado digitalmente em 05/12/2012 por MARCOS TRANCHESI ORTIZ Processo nº 15521.000308/200817 Acórdão n.º 3403001.848 S3C4T3 Fl. 7 5 Pelo exposto, nego provimento ao recurso voluntário. (assinado digitalmente) Marcos Tranchesi Ortiz Fl. 186DF CARF MF Impresso em 14/12/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 05/12/2012 por MARCOS TRANCHESI ORTIZ, Assinado digitalmente em 08/12/20 12 por ANTONIO CARLOS ATULIM, Assinado digitalmente em 05/12/2012 por MARCOS TRANCHESI ORTIZ
score : 1.0
Numero do processo: 10670.720362/2011-42
Turma: Primeira Turma Ordinária da Terceira Câmara da Segunda Seção
Câmara: Terceira Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Wed Sep 19 00:00:00 UTC 2012
Data da publicação: Tue Oct 16 00:00:00 UTC 2012
Numero da decisão: 2301-000.278
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Resolvem os membros do colegiado, I) Por unanimidade de votos: a) em converter o julgamento em diligência, nos termos do voto do(a) Relator(a).
Marcelo Oliveira - Presidente
Adriano Gonzales Silvério - Relator
Participaram, ainda, do presente julgamento, os Conselheiros Marcelo Oliveira (Presidente), Damião Cordeiro de Moraes, Leonardo Henrique Pires Lopes, Mauro José Silva e Adriano Gonzales Silvério.
Nome do relator: ADRIANO GONZALES SILVERIO
1.0 = *:*toggle all fields
dt_index_tdt : Fri Oct 08 01:09:55 UTC 2021
anomes_sessao_s : 201209
camara_s : Terceira Câmara
turma_s : Primeira Turma Ordinária da Terceira Câmara da Segunda Seção
dt_publicacao_tdt : Tue Oct 16 00:00:00 UTC 2012
numero_processo_s : 10670.720362/2011-42
anomes_publicacao_s : 201210
conteudo_id_s : 5173570
dt_registro_atualizacao_tdt : Tue Oct 16 00:00:00 UTC 2012
numero_decisao_s : 2301-000.278
nome_arquivo_s : Decisao_10670720362201142.PDF
ano_publicacao_s : 2012
nome_relator_s : ADRIANO GONZALES SILVERIO
nome_arquivo_pdf_s : 10670720362201142_5173570.pdf
secao_s : Segunda Seção de Julgamento
arquivo_indexado_s : S
decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Resolvem os membros do colegiado, I) Por unanimidade de votos: a) em converter o julgamento em diligência, nos termos do voto do(a) Relator(a). Marcelo Oliveira - Presidente Adriano Gonzales Silvério - Relator Participaram, ainda, do presente julgamento, os Conselheiros Marcelo Oliveira (Presidente), Damião Cordeiro de Moraes, Leonardo Henrique Pires Lopes, Mauro José Silva e Adriano Gonzales Silvério.
dt_sessao_tdt : Wed Sep 19 00:00:00 UTC 2012
id : 4326030
ano_sessao_s : 2012
atualizado_anexos_dt : Fri Oct 08 08:54:22 UTC 2021
sem_conteudo_s : N
_version_ : 1713041217226276864
conteudo_txt : Metadados => pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.4; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 4; dc:format: application/pdf; version=1.4; pdf:charsPerPage: 1818; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; access_permission:fill_in_form: true; pdf:encrypted: true; access_permission:can_modify: true; Content-Type: application/pdf | Conteúdo => S2C3T1 Fl. 2 1 1 S2C3T1 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS SEGUNDA SEÇÃO DE JULGAMENTO Processo nº 10670.720362/201142 Recurso nº 999.999Voluntário Resolução nº 2301000.278 – 3ª Câmara / 1ª Turma Ordinária Data 19 de setembro de 2012 Assunto Conexão Recorrente COTEMINAS S.A. Recorrida FAZENDA NACIONAL Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Resolvem os membros do colegiado, I) Por unanimidade de votos: a) em converter o julgamento em diligência, nos termos do voto do(a) Relator(a). Marcelo Oliveira Presidente Adriano Gonzales Silvério Relator Participaram, ainda, do presente julgamento, os Conselheiros Marcelo Oliveira (Presidente), Damião Cordeiro de Moraes, Leonardo Henrique Pires Lopes, Mauro José Silva e Adriano Gonzales Silvério. Tratase de Auto de Infração nº 37.284.9296, o qual exige multa do sujeito passivo por ter sido constatada a entrega da GFIP com dados não correspondentes a todos os fatos geradores de contribuições previdenciárias, infringindo, dessa forma, a regra contida no artigo 32, inciso IV, 5º§, da Lei nº 8.212/1991. Segundo o relatório fiscal, a multa aplicada se justifica em razão do sujeito passivo ter deixado de declarar em GFIP a diferença de contribuição dos segurados empregados, apurada em decorrência do fornecimento de subsídios supermercado e material escolar, bem como as horas extras devidas. RE SO LU Çà O G ER A D A N O P G D -C A RF P RO CE SS O 1 06 70 .7 20 36 2/ 20 11 -4 2 Fl. 182DF CARF MF Impresso em 16/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 09/10/2012 por ADRIANO GONZALES SILVERIO, Assinado digitalmente em 15/10 /2012 por MARCELO OLIVEIRA, Assinado digitalmente em 09/10/2012 por ADRIANO GONZALES SILVERIO Processo nº 10670.720362/201142 Erro! A origem da referência não foi encontrada. n.º 2301000.278 S2C3T1 Fl. 3 2 Embasandose nos demonstrativos das remunerações e das respectivas contribuições anexados ao processo administrativo nº 10670.720.364/201131, relativo aos Autos de Infração nºs 37.284.9369, 37.284.9377 e 37.284.9386, a D. Autoridade Fiscal aplicou, ao ser constatada a mencionada omissão de declaração na GFIP, multa no montante de R$ 76.178,50, com base no artigo 283, inciso I, alínea “g”, combinado com artigo 373 do Regulamento da Previdência Social (RPS). Devidamente intimada a Recorrente apresentou tempestivamente impugnação, a qual, em apertada síntese, sustentou preliminarmente a ocorrência de decadência quinquenal e a necessidade da aplicação retroativa da norma mais benéfica, no mérito, defendese aduzindo a inexistência da infração, na medida em que as horas extras e os subsídios alimentação e material escolar não constituiriam fatos geradores da contribuição previdenciária, motivo pelo qual não subsistiria a multa ora questionada. Após ser a defesa submetida à apreciação da Delegacia da Receita Federal de Julgamento em Belo Horizonte/MG, foi proferida decisão mantendo integralmente a multa aplicada por ocasião da lavratura do Auto de Infração em referência, julgando, dessa forma, improcedente a impugnação do Contribuinte. Inconformada com a r. decisão acima transcrita, a Recorrente interpôs, dentro do prazo legal, Recurso Voluntário perante este E. Conselho, com objetivo de obter, ao reiterar os mesmos argumentos articulados na impugnação. É o Relatório. VOTO Conselheiro Adriano Gonzales Silvério, Relator Percebese facilmente que a lavratura do Auto de Infração em exame se deve em decorrência da apuração fiscal que averiguou a ausência da realização de declaração em GFIP, em relação à diferença de contribuição dos segurados empregados, apurada em decorrência do fornecimento de subsídios supermercado e material escolar, bem como as horas extras devidas. Diante dessa atuação, a Recorrente interpôs Recurso Voluntário requerendo, em sede de preliminar, o reconhecimento da conexão deste processo com aquele que foi autuado sob o nº 10670.720364/201131, referente aos Autos de Infração nºs 37.284.9369, 37.284.937 7 e 37.284.9386, no qual foi apurada a obrigação principal, isto é, a incidência das contribuições previdenciárias sobre os citados subsidios e horas extras. Como se vê, a Recorrente, embora tenha alegado genericamente a existência de trâmite de processo administrativo que examina a legitimidade da incidência da contribuição previdenciária, a qual deu origem a aplicação da multa ora questionada, verifiquei, ao proceder a leitura da r. decisão recorrida, que o Órgão Julgador a quo vislumbrou, em sede de análise sumária, a existência da conexão, ao reconhecer que o lançamento da multa ora questionada decorreu justamente dos autos de infração objetos do processo administrativo nº 10670.720364/201131. Nesse sentido, citase trechos do mencionado r. decisório: “A impugnante é tempestiva e atende aos requisitos de admissibilidade do Decreto 70.235, de março de 1972. Assim, dela tomo conhecimento. Fl. 183DF CARF MF Impresso em 16/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 09/10/2012 por ADRIANO GONZALES SILVERIO, Assinado digitalmente em 15/10 /2012 por MARCELO OLIVEIRA, Assinado digitalmente em 09/10/2012 por ADRIANO GONZALES SILVERIO Processo nº 10670.720362/201142 Erro! A origem da referência não foi encontrada. n.º 2301000.278 S2C3T1 Fl. 4 3 Registramos, de início, que os Autos de Infração lavrados na mesma Auditoria Fiscal que resultou este Auto de Infração estão sendo julgados nesta oportunidade, em conexão.” Visando obter maiores informações sobre o atual andamento do processo conexo a este, constatei, ao acessar o sítio oficial do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, que o processo administrativo nº 10670.720364/201131 não foi ainda distribuído perante este Tribunal. Porém, acessando o sítio do Comprot (www. comprot.fazenda.gov.br), averiguei que o respectivo feito ainda encontrase ativo e em movimento e localizado atualmente na Delegacia da Receita Federal em Montes Claros, Minas Gerais. Assim, tendo presente que, tanto o processo em apreciação quanto o que está em trâmite na Delegacia de Julgamento da Receita Federal do Brasil em Montes Claros/MG detêm a toda evidência a mesma causa de pedir, pois os fundamentos de fato e direito dos pedidos de um e de outro processo são praticamente idênticos e sucessórios, conforme foi ressaltado no relatório fiscal. Isso demonstra que o resultado de julgamento de um influenciará diretamente no desfecho do outro. Nesse caso, resta inexoravelmente configurada a conexão entre os dois processos, e, para evitar que se tenha decisões contraditórias, devese reunir os processos em uma mesma câmara para que se aplique a ambos a mesma decisão. Sobre tal aspecto, recorrese às lições do jurista e Ministro LUIZ FUX para melhor retratar a presente situação: “A conseqüência jurídicoprocessual mais expressiva da conexão, malgrado não lhe seja a única, é a imposição de julgamento simultâneo das causas conexas no mesmo processo (simultaneus processu). A razão desta regra deriva do fato de que o julgamento em separado das causas conexas gera o risco de decisões contraditórias, que acarretam grave desprestígio para o Poder Judiciário. Assim, v.g., seria incoerente, sob o prisma lógico, que um juiz acolhesse a infração contratual para efeito de impor perdas e danos e não a colhesse para o fim de rescindir o contrato, ou ainda, que anulasse a assembléia na ação movida pelo acionista X e não fizesse o mesmo quanto ao acionista Y, sendo idêntico a causa de pedir.” (Luiz Fux; Cursos de Direito Processual Civil; Editora Forense; Edição 2001) Já a jurisprudência deste próprio E. Conselho de Contribuinte é pacífica no sentido de admitir a possibilidade da aplicação da conexão em matéria de processo administrativo fiscal, conforme se denota das ementas abaixo colacionadas, vejase “NORMAS PROCESSUAIS. CONEXÃO. Dáse a conexão quando os fundamentos de fato e direito dos pedidos de um e de outro processo são idênticos. Neste caso, devese reunir os processos em uma mesma câmara para que se aplique a ambos a mesma decisão. Recurso não conhecido.” (Acórdão nº 20400694 do Processo Administrativo nº 10980013136200217; Órgão julgador: Segundo Conselho de Contribuintes. 4ª Câmara. Turma Ordinária; Data de Julgamento 08/11/2005) ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA JURÍDICA IRPJ Exercício: 1999 Ementa: CONEXÃO DE MATÉRIAS ANÁLISE CONJUNTA NECESSIDADE Identificadaconexão entre as matérias contidas em processos administrativos distintos, os autos devem ser reunidos para que as decisões prolatadas sejam fundadas na totalidade Fl. 184DF CARF MF Impresso em 16/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 09/10/2012 por ADRIANO GONZALES SILVERIO, Assinado digitalmente em 15/10 /2012 por MARCELO OLIVEIRA, Assinado digitalmente em 09/10/2012 por ADRIANO GONZALES SILVERIO Processo nº 10670.720362/201142 Erro! A origem da referência não foi encontrada. n.º 2301000.278 S2C3T1 Fl. 5 4 dos elementos trazidos à consideração da autoridade julgadora. (Acórdão nº 10517246 do Processo 19740000426200389; Órgão Julgador: Primeiro Conselho de Contribuintes. 5ª Câmara. Turma Ordinária; Data de Julgamento 15/10/2008) Por toda essa razão, entendo que a decisão a ser tomada naqueles autos, pode, sobremaneira, surtir efeitos na decisão aqui a ser proferida por essa Egrégia 1º Turma, motivo pelo qual é prudente emprestar do Código de Processo Civil o instituto jurídico processual da conexão previsto no artigo 103 do CPC, e aplicálo no caso dos presentes autos, analogicamente. Isso se faz necessário porque se for decidido nos autos do processo nº 10670.720364/201131 que indevida a incidência da contribuição previdenciária sobre os subsídios alimentação e material escolar, bem como sobre a hora extra, não haverá que se falar na multa ora aplicada. Daí porque, é necessário determinar, com fim específico de afastar a ventilada hipótese de decisões contraditórias, a reunião dos referidos processos administrativos fiscais, nos termos do artigo 6º do Regimento Interno do CARF, que assim dispõe: “Art. 6º Verificada a existência de processos pendentes de julgamento, nos quais os lançamentos tenham sido efetuados com base nos mesmos fatos, inclusive no caso de sujeitos passivos distintos, os processos poderão ser distribuídos para julgamento na Câmara para a qual houver sido distribuído o primeiro processo.” Logo, verificada a conexão entre os citados processos, devem, assim, ser apensados e reunidos para que sejam julgados pela C. Câmara para a qual foi distribuído o primeiro processo. Portanto, voto no sentido de CONVERTER O JULGAMENTO EM DILIGÊNCIA, para que sejam os autos do processo administrativo nº 10670.720364/201131 apensados ao presente processo administrativo, a fim de que sejam julgados simultaneamente pela Câmara para a qual foi distribuído o primeiro processo. Adriano Gonzales Silvério Conselheiro Fl. 185DF CARF MF Impresso em 16/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 09/10/2012 por ADRIANO GONZALES SILVERIO, Assinado digitalmente em 15/10 /2012 por MARCELO OLIVEIRA, Assinado digitalmente em 09/10/2012 por ADRIANO GONZALES SILVERIO
score : 1.0
Numero do processo: 13839.908120/2009-92
Turma: Segunda Turma Especial da Terceira Seção
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Tue Sep 25 00:00:00 UTC 2012
Data da publicação: Tue Jan 29 00:00:00 UTC 2013
Ementa: Assunto: Processo Administrativo Fiscal
Período de apuração: 01/05/2005 a 31/05/2005
DCTF RETIFICADORA. ENTREGA APÓS A EMISSÃO DO DESPACHO DECISÓRIO. INEXISTÊNCIA DO CRÉDITO UTILIZADO INTEGRALMENTE NA QUITAÇÃO DO DÉBITO ORIGINÁRIO. COMPROVAÇÃO DO ERRO NA APURAÇÃO DO DÉBITO. OBRIGATORIEDADE.
Após a emissão e ciência do Despacho Decisório não homologatório da compensação, por motivo de inexistência de crédito integralmente utilizado na quitação de débito confessado na DCTF original, a redução do valor débito originário informada na DCTF retificadora, desacompanhada da comprovação da origem do indébito apurado, mediante documentação adequada, não é considerado suficiente para comprovar a existência do crédito informado na DComp.
NULIDADE. DECISÃO DE PRIMEIRO GRAU. ANÁLISE DE NOVO ARGUMENTO DE DEFESA. MANUTENÇÃO DA NÃO HOMOLOGAÇÃO DA COMPENSAÇÃO POR INEXISTÊNCIA DE CRÉDITO. ALTERAÇÃO DA MOTIVAÇÃO DO DESPACHO DECISÓRIO. INOCORRÊNCIA.
Não é passível de nulidade, por mudança de motivação, a decisão de primeiro grau que, rejeitando novo argumento defesa suscitado na manifestação inconformidade, mantém a não homologação da compensação declarada por inexistência do crédito utilizado, equivalente ao mesmo motivo da decisão não homologatória consignada no Despacho Decisório.
PROVA DOCUMENTAL. REALIZAÇÃO DE DILIGÊNCIA PARA JUNTADA DE DOCUMENTOS QUE SE ENCONTRA EM PODER DO PRÓPRIO REQUERENTE. DESNECESSIDADE.
Não se justifica a realização de diligência para juntada de prova documental que se encontrava em poder do próprio requerente e, sem a presença de qualquer óbice, não foi carreada aos autos nas duas oportunidades em que foi exercido o direito de defesa.
Recurso Voluntário Negado.
Numero da decisão: 3802-001.306
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
ACORDAM os membros da 2ª Turma Especial da Terceira Seção de Julgamento, por unanimidade, negar provimento ao recurso, nos termos do voto do Relator.
(assinado digitalmente)
Regis Xavier Holanda - Presidente.
(assinado digitalmente)
José Fernandes do Nascimento - Relator.
EDITADO EM: 09/10/2012
Participaram da Sessão de julgamento os Conselheiros Regis Xavier Holanda, Francisco José Barroso Rios, José Fernandes do Nascimento, Solon Sehn, Bruno Maurício Macedo Curi e Cláudio Augusto Gonçalves Pereira.
Nome do relator: JOSE FERNANDES DO NASCIMENTO
1.0 = *:*toggle all fields
dt_index_tdt : Fri Oct 08 01:09:55 UTC 2021
anomes_sessao_s : 201209
ementa_s : Assunto: Processo Administrativo Fiscal Período de apuração: 01/05/2005 a 31/05/2005 DCTF RETIFICADORA. ENTREGA APÓS A EMISSÃO DO DESPACHO DECISÓRIO. INEXISTÊNCIA DO CRÉDITO UTILIZADO INTEGRALMENTE NA QUITAÇÃO DO DÉBITO ORIGINÁRIO. COMPROVAÇÃO DO ERRO NA APURAÇÃO DO DÉBITO. OBRIGATORIEDADE. Após a emissão e ciência do Despacho Decisório não homologatório da compensação, por motivo de inexistência de crédito integralmente utilizado na quitação de débito confessado na DCTF original, a redução do valor débito originário informada na DCTF retificadora, desacompanhada da comprovação da origem do indébito apurado, mediante documentação adequada, não é considerado suficiente para comprovar a existência do crédito informado na DComp. NULIDADE. DECISÃO DE PRIMEIRO GRAU. ANÁLISE DE NOVO ARGUMENTO DE DEFESA. MANUTENÇÃO DA NÃO HOMOLOGAÇÃO DA COMPENSAÇÃO POR INEXISTÊNCIA DE CRÉDITO. ALTERAÇÃO DA MOTIVAÇÃO DO DESPACHO DECISÓRIO. INOCORRÊNCIA. Não é passível de nulidade, por mudança de motivação, a decisão de primeiro grau que, rejeitando novo argumento defesa suscitado na manifestação inconformidade, mantém a não homologação da compensação declarada por inexistência do crédito utilizado, equivalente ao mesmo motivo da decisão não homologatória consignada no Despacho Decisório. PROVA DOCUMENTAL. REALIZAÇÃO DE DILIGÊNCIA PARA JUNTADA DE DOCUMENTOS QUE SE ENCONTRA EM PODER DO PRÓPRIO REQUERENTE. DESNECESSIDADE. Não se justifica a realização de diligência para juntada de prova documental que se encontrava em poder do próprio requerente e, sem a presença de qualquer óbice, não foi carreada aos autos nas duas oportunidades em que foi exercido o direito de defesa. Recurso Voluntário Negado.
turma_s : Segunda Turma Especial da Terceira Seção
dt_publicacao_tdt : Tue Jan 29 00:00:00 UTC 2013
numero_processo_s : 13839.908120/2009-92
anomes_publicacao_s : 201301
conteudo_id_s : 5183015
dt_registro_atualizacao_tdt : Sat Feb 02 00:00:00 UTC 2013
numero_decisao_s : 3802-001.306
nome_arquivo_s : Decisao_13839908120200992.PDF
ano_publicacao_s : 2013
nome_relator_s : JOSE FERNANDES DO NASCIMENTO
nome_arquivo_pdf_s : 13839908120200992_5183015.pdf
secao_s : Terceira Seção De Julgamento
arquivo_indexado_s : S
decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. ACORDAM os membros da 2ª Turma Especial da Terceira Seção de Julgamento, por unanimidade, negar provimento ao recurso, nos termos do voto do Relator. (assinado digitalmente) Regis Xavier Holanda - Presidente. (assinado digitalmente) José Fernandes do Nascimento - Relator. EDITADO EM: 09/10/2012 Participaram da Sessão de julgamento os Conselheiros Regis Xavier Holanda, Francisco José Barroso Rios, José Fernandes do Nascimento, Solon Sehn, Bruno Maurício Macedo Curi e Cláudio Augusto Gonçalves Pereira.
dt_sessao_tdt : Tue Sep 25 00:00:00 UTC 2012
id : 4463516
ano_sessao_s : 2012
atualizado_anexos_dt : Fri Oct 08 08:56:11 UTC 2021
sem_conteudo_s : N
_version_ : 1713041217237811200
conteudo_txt : Metadados => pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.4; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 11; dc:format: application/pdf; version=1.4; pdf:charsPerPage: 2146; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; access_permission:fill_in_form: true; pdf:encrypted: true; access_permission:can_modify: true; Content-Type: application/pdf | Conteúdo => S3TE02 Fl. 10 1 9 S3TE02 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS TERCEIRA SEÇÃO DE JULGAMENTO Processo nº 13839.908120/200992 Recurso nº 919.281 Voluntário Acórdão nº 3802001.306 – 2ª Turma Especial Sessão de 25 de setembro de 2012 Matéria PIS COMPENSAÇÃO Recorrente VALEO SISTEMAS AUTOMOTIVOS LTDA. Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS/PASEP Período de apuração: 01/05/2005 a 31/05/2005 COMPENSAÇÃO. DECLARAÇÃO DE COMPENSAÇÃO (DCOMP). DIREITO CREDITÓRIO NÃO COMPROVADO NA FASE RECURSAL. DECISÃO NÃO HOMOLOGATÓRIA MANTIDA. Na ausência da comprovação da certeza e liquidez do crédito utilizado no procedimento compensatório, deve ser mantida a decisão recorrida que não homologou a compensação declarada pelo mesmo motivo. ASSUNTO: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL Período de apuração: 01/05/2005 a 31/05/2005 DCTF RETIFICADORA. ENTREGA APÓS A EMISSÃO DO DESPACHO DECISÓRIO. INEXISTÊNCIA DO CRÉDITO UTILIZADO INTEGRALMENTE NA QUITAÇÃO DO DÉBITO ORIGINÁRIO. COMPROVAÇÃO DO ERRO NA APURAÇÃO DO DÉBITO. OBRIGATORIEDADE. Após a emissão e ciência do Despacho Decisório não homologatório da compensação, por motivo de inexistência de crédito integralmente utilizado na quitação de débito confessado na DCTF original, a redução do valor débito originário informada na DCTF retificadora, desacompanhada da comprovação da origem do indébito apurado, mediante documentação adequada, não é considerado suficiente para comprovar a existência do crédito informado na DComp. NULIDADE. DECISÃO DE PRIMEIRO GRAU. ANÁLISE DE NOVO ARGUMENTO DE DEFESA. MANUTENÇÃO DA NÃO HOMOLOGAÇÃO DA COMPENSAÇÃO POR INEXISTÊNCIA DE CRÉDITO. ALTERAÇÃO DA MOTIVAÇÃO DO DESPACHO DECISÓRIO. INOCORRÊNCIA. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 13 83 9. 90 81 20 /2 00 9- 92 Fl. 129DF CARF MF Impresso em 29/01/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 16/10/2012 por JOSE FERNANDES DO NASCIMENTO, Assinado digitalmente em 16 /10/2012 por JOSE FERNANDES DO NASCIMENTO, Assinado digitalmente em 25/01/2013 por REGIS XAVIER HOLA NDA 2 Não é passível de nulidade, por mudança de motivação, a decisão de primeiro grau que, rejeitando novo argumento defesa suscitado na manifestação inconformidade, mantém a não homologação da compensação declarada por inexistência do crédito utilizado, equivalente ao mesmo motivo da decisão não homologatória consignada no Despacho Decisório. PROVA DOCUMENTAL. REALIZAÇÃO DE DILIGÊNCIA PARA JUNTADA DE DOCUMENTOS QUE SE ENCONTRA EM PODER DO PRÓPRIO REQUERENTE. DESNECESSIDADE. Não se justifica a realização de diligência para juntada de prova documental que se encontrava em poder do próprio requerente e, sem a presença de qualquer óbice, não foi carreada aos autos nas duas oportunidades em que foi exercido o direito de defesa. Recurso Voluntário Negado. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. ACORDAM os membros da 2ª Turma Especial da Terceira Seção de Julgamento, por unanimidade, negar provimento ao recurso, nos termos do voto do Relator. (assinado digitalmente) Regis Xavier Holanda Presidente. (assinado digitalmente) José Fernandes do Nascimento Relator. EDITADO EM: 09/10/2012 Participaram da Sessão de julgamento os Conselheiros Regis Xavier Holanda, Francisco José Barroso Rios, José Fernandes do Nascimento, Solon Sehn, Bruno Maurício Macedo Curi e Cláudio Augusto Gonçalves Pereira. Relatório Tratase de Recurso Voluntário oposto com o objetivo de reformar o Acórdão proferido pelos membros da 1ª Turma de Julgamento da DRJ em Campinas/SP, em que, por unanimidade de votos, julgaram improcedente a manifestação de inconformidade, com base nos fundamentos resumidos na ementa a seguir transcrita: ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS/PASEP Período de apuração: 01/05/2005 a 31/05/2005 COMPENSAÇÃO. HOMOLOGAÇÃO. CRÉDITO LÍQUIDO E CERTO. Para homologação da compensação declarada pelo sujeito passivo, deve ser demonstrada a liquidez e certeza de crédito de Fl. 130DF CARF MF Impresso em 29/01/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 16/10/2012 por JOSE FERNANDES DO NASCIMENTO, Assinado digitalmente em 16 /10/2012 por JOSE FERNANDES DO NASCIMENTO, Assinado digitalmente em 25/01/2013 por REGIS XAVIER HOLA NDA Processo nº 13839.908120/200992 Acórdão n.º 3802001.306 S3TE02 Fl. 11 3 tributos administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil. Manifestação de Inconformidade Improcedente Direito Creditório Não Reconhecido Por bem descrever os fatos registrados até a prolação do Acórdão de primeiro grau, transcrevo a seguir o relatório nele encartado: Tratase de Declaração de Compensação – DCOMP, com base em suposto crédito de PIS oriundo de pagamento indevido ou a maior. A DRF de origem emitiu Despacho Decisório eletrônico de não homologação da compensação, fundamentando: Limite do crédito analisado, correspondente ao valor do crédito original na data de transmissão do PER/DCOMP: 51.360,04. A partir das características do DARF discriminado no PER/DCOMP acima identificado, foram localizados um ou mais pagamentos, abaixo relacionados, mas integralmente utilizados para quitação de débitos do contribuinte, não restando crédito disponível para compensação dos débitos informados no PER/DCOMP. (...) Diante da inexistência do crédito, NÃO HOMOLOGO a compensação declarada. Cientificada desse despacho em 17/06/2009, a interessada apresentou sua manifestação de inconformidade em 16/07/2009, alegando, em síntese e fundamentalmente, que: Seu crédito decorre de ter considerado equivocadamente na base de cálculo da contribuição do período em questão receitas sujeitas à alíquota zero, provenientes de operações de industrialização por encomenda, conforme disposto no artigo 10, §2º, da Lei nº 11.051, de 2004; Transmitiu a DCOMP utilizando aquele crédito, mas, por um lapso, deixou de retificar a DCTF e o Dacon relativos ao período, fato que ensejou a não homologação; Somente com a ciência do Despacho em tela é que percebeu seu equívoco. Assim, procedeu imediatamente à retificação da DCTF; A verdade material deve se sobrepor a qualquer equívoco cometido nas obrigações acessórias, e não pode obstar o seu direito de compensar seu pagamento a maior; Demais disso, o débito que pretendeu extinguir na DCOMP destes autos é de IRPJ referente ao anocalendário 2006. Fl. 131DF CARF MF Impresso em 29/01/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 16/10/2012 por JOSE FERNANDES DO NASCIMENTO, Assinado digitalmente em 16 /10/2012 por JOSE FERNANDES DO NASCIMENTO, Assinado digitalmente em 25/01/2013 por REGIS XAVIER HOLA NDA 4 Nesse período, entretanto, apurou saldo negativo, razão pela qual qualquer cobrança a esse título é descabida. Em 10/03/2011, a Interessada foi cientificada do referido Acórdão. Inconformada, em 08/04/2011, protocolou o presente Recurso Voluntário, em que reafirmou as razões de defesa suscitadas na manifestação de inconformidade. Em aditamento, a Recorrente alegou, em preliminar, a nulidade do Acórdão recorrido, com base no argumento de que houve inovação dos motivos e fundamentos expostos no vergastado Despacho Decisório, que apontou a insuficiência de crédito como causa da não homologação da compensação declarada, ao invés da suposta não comprovação da origem do crédito compensado, apresentada no referido Acórdão. No mérito, em síntese, alegou a Recorrente que (i) o alegado indébito era proveniente da indevida tributação das receitas das operações de industrialização por encomenda sujeitas à alíquota zero, nos termos do art. 10, § 2º, da Lei nº 11.051, de 2004; (i) por um lapso, somente retificou a DCTF e Dacon, para informar o valor correto débito, após a ciência do Despacho Decisório; (ii) a guia Darf, a DComp, o Dacon e a DCTF retificadora, apresentados com a manifestação de inconformidade, eram documentos hábeis e idôneos para comprovar a liquidez e certeza do crédito compensado; e (iii) o princípio da verdade material , deveria se sobrepor a qualquer equívoco cometido no cumprimento das obrigações acessórias, em consequência, meros erros de preenchimento de declaração não poderia tolher o seu direito à compensação da quantia paga a maior. Caso não fosse acolhida a preliminar de nulidade nem acatada as provas já carreadas aos autos, requereu a Recorrente a realização de diligência, com o objetivo de obter a documentação complementar destinada a comprovar o que alegara. Em 10/08/2011, os presentes autos foram enviados a este E. Conselho. Na Sessão de março de 2012, mediante sorteio, foram distribuídos para este Conselheiro, em conformidade com o disposto no art. 49 do Anexo II do Regimento Interno deste Conselho, aprovado pela Portaria MF nº 256, de 22 de junho de 2009. É o relatório. Voto Conselheiro José Fernandes do Nascimento, Relator O presente Recurso é tempestivo, foi apresentado por parte legítima, trata de matéria da competência deste Colegiado e preenche os demais requisitos de admissibilidade, incluindo o limite de alçada, portanto, dele tomo conhecimento. Da preliminar de nulidade do Acórdão recorrido. Em preliminar, alegou a Recorrente a nulidade do Acórdão recorrido, sob o argumento de que ele havia alterado a motivação e a fundamentação do presente Despacho Decisório, pois, enquanto este apontara a insuficiência de crédito como sendo a causa da não homologação da compensação declarada, aquele indicara a não comprovação da origem do crédito compensado. Fl. 132DF CARF MF Impresso em 29/01/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 16/10/2012 por JOSE FERNANDES DO NASCIMENTO, Assinado digitalmente em 16 /10/2012 por JOSE FERNANDES DO NASCIMENTO, Assinado digitalmente em 25/01/2013 por REGIS XAVIER HOLA NDA Processo nº 13839.908120/200992 Acórdão n.º 3802001.306 S3TE02 Fl. 12 5 Não procede argumento suscitado pela Recorrente, com a devida vênia. A uma, porque insuficiência e inexistência tem o mesmo efeito em relação à utilização do direito creditório na compensação, o que equivale, para fim de compensação, a ausência dos requisitos da certeza e liquidez do crédito informado. A duas, porque ambas as decisões, na verdade, adotaram a mesma motivação e fundamentação, ou seja, a falta do crédito alegado. Na verdade, em decorrência das novas razões de defesa alegadas na manifestação de inconformidade colacionada aos autos, verificase que a diferença entre uma e outra decisão está apenas nos argumentos utilizados para respaldar a conclusão de que o crédito compensado não existia. Com efeito, segundo o teor do vergastado Despacho Decisório, a compensação em tela não foi homologada porque a existência do valor do crédito informado não foi comprovada, pois, embora o pagamento referente à origem do crédito, informado na DComp, tivesse sido localizado na base de dados da Administração Tributária, o seu valor fora integralmente utilizado na quitação do débito da Cofins do respectivo período de apuração, confessado pela própria Recorrente na DCTF original. Logo, o real o motivo da não homologação da compensação foi a inexistência do crédito compensado. Por sua vez, na manifestação de inconformidade, que deu origem ao presente contencioso, alegou a Recorrente que o débito da Cofins informado na DCTF original estava errado e que o valor correto seria aquele declarado na DCTF retificadora. Em outras palavras, para a Recorrente, a não comprovação do alegado pagamento a maior fora motivada por erro no preenchimento da DCTF original, que fora retificada somente após a emissão e ciência do citado Despacho Decisório. Em face dessa alegação, o Acórdão recorrido manteve a não homologação da compensação em tela, desta feita, com base no argumento de que a Recorrente não havia comprovado, com documentação contábil e fiscal adequada, as razões de fato e de direito que ensejaram a retificação do valor do débito anteriormente declarado na DCTF original. No mesmo sentido, asseverou a Turma de Julgamento de primeiro grau que a simples apresentação da DCTF retificadora, sem suporte em documento comprobatório do alegado erro de apuração do valor débito original, por si só, não tinha o condão de comprovar a existência do alegado indébito, mantendo inalterado o valor do débito anteriormente declarado na DCTF original. Em suma, o motivo da não homologação da compensação também foi a inexistência do crédito compensado, neste sentido, não deixa dúvida o teor do enunciado da ementa do referido julgado, a seguir transcrito: COMPENSAÇÃO. HOMOLOGAÇÃO. CRÉDITO LÍQUIDO E CERTO. Para homologação da compensação declarada pelo sujeito passivo, deve ser demonstrada a liquidez e certeza de crédito de tributos administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil. De fato, comparando o teor dos dois julgados, fica demonstrado que a diferença entre ambos está no argumento utilizado para não reconhecer a existência do alegado direito creditório, pois, enquanto o Despacho Decisório limitouse a comparar o valor do pagamento informado com o valor do débito declarado na DCTF original, o Acórdão recorrido foi além da análise meramente formal do caso e analisou o alegado equívoco na apuração do Fl. 133DF CARF MF Impresso em 29/01/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 16/10/2012 por JOSE FERNANDES DO NASCIMENTO, Assinado digitalmente em 16 /10/2012 por JOSE FERNANDES DO NASCIMENTO, Assinado digitalmente em 25/01/2013 por REGIS XAVIER HOLA NDA 6 valor débito retificado, porém, não acatou o valor débito retificado, porque não foi comprovada, por meio de documentação contábil e fiscal adequada, a origem do alegado erro na apuração do valor do debito retificado, ou seja, porque não foi comprovado o montante das supostas receitas de vendas das operações de industrialização por encomenda sujeitas à alíquota zero, nos termos do art. 10, § 2º1, da Lei nº 11.051, de 2004. Assim, se a Turma de Julgamento a quo não admitiu a retificação do valor do débito original, obviamente, ficou mantido o valor do débito declarado na primeira DCTF e, portanto, mantido o mesmo motivo, para a não homologação da compensação, exposto no referido Despacho Decisório, a saber: o fato de o valor do pagamento, informado como sendo a origem do crédito, ter sido “integralmente utilizados para quitação de débitos do contribuinte, não restando crédito disponível para compensação dos débitos informados” na presente DComp. No caso em tela, teria havido alteração de motivação da decisão originária, caso a Turma de Julgamento de primeiro grau tivesse acatado a retificação do valor original do débito, porém, por motivo diverso da inexistência do crédito, tivesse mantido a decisão de não homologação da compensação em apreço, como por exemplo, em decorrência do indébito não ser passível de restituição, por falta de previsão legal, o que, evidentemente, não ocorreu no caso em tela. Por fim, cabe ainda ressaltar que, no caso em tela, não tem qualquer relevância a alegação da Recorrente de que houve violação ao art. 146 do CTN, pois, como de sabença, o referido preceito legal tem aplicação restrita aos casos relacionados apenas com o lançamento de ofício, situação que, evidentemente, não se vislumbra nos presentes autos. Por todas essas razões, rejeito a presente preliminar de nulidade, para manter incólume o Acórdão recorrido. Da análise do mérito. No mérito, o cerne da presente controvérsia gira em torno da comprovação da existência do valor do crédito utilizado pela Recorrente na quitação dos débitos confessados na DComp colacionada aos autos. Para Recorrente, contrariando o princípio da verdade material, por ela tão enaltecido, a simples retificação do valor do débito, por meio da DCTF e do Dacon retificadores, acompanhados apenas da guia de recolhimento (Darf), era suficiente para comprovar a certeza e a liquidez do crédito alegado. Por outro lado, em consonância com o princípio da verdade real, entenderam os integrantes da Turma de Julgamento de primeiro grau que, a simples retificação da DCTF, desacompanha da comprovação, por documentação contábil e fiscal adequada, do motivo do erro de apuração do débito retificado, não era suficiente para comprovar a certeza e liquidez do crédito informado na DComp em apreço. 1 “Art. 10. Na determinação do valor da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins incidentes sobre a receita bruta auferida pela pessoa jurídica encomendante, no caso de industrialização por encomenda, aplicamse, conforme o caso, as alíquotas previstas: [...] § 2o No caso deste artigo, as alíquotas da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins aplicáveis à pessoa jurídica executora da encomenda ficam reduzidas a zero. [...]”. Fl. 134DF CARF MF Impresso em 29/01/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 16/10/2012 por JOSE FERNANDES DO NASCIMENTO, Assinado digitalmente em 16 /10/2012 por JOSE FERNANDES DO NASCIMENTO, Assinado digitalmente em 25/01/2013 por REGIS XAVIER HOLA NDA Processo nº 13839.908120/200992 Acórdão n.º 3802001.306 S3TE02 Fl. 13 7 No meu entendimento, a razão está com a Turma de Julgamento, pois, se foi a própria Recorrente quem informou os dois valores distintos para um mesmo débito, não há como saber qual dos dois valores é o verdadeiro (se o valor do débito informado na DCTF original ou o declarado na DCTF retificadora), sem que haja a confirmação por uma outra fonte de informação idônea. Daí a necessidade da apresentação da adequada documentação, com vista a confirmação do alegado equívoco. A Recorrente ainda alegou que o débito informado na DCTF original estava errado e que o valor correto seria o informado na DCTF retificadora, porém, não trouxe aos autos os elementos probatórios necessários a comprovação do mencionado erro, limitandose a apresentar apenas as cópias da Guia de Recolhimento (Darf), da DCTF retificadora e do Dacon retificador. Tal alegação tratase de questão defesa que este Colegiado já apreciou e, por unanimidade, tem manifestado o firme entendimento de que, a simples retificação da DCTF, desacompanhada de prova robusta do alegado equívoco, não tem o condão de comprovar a existência da certeza e liquidez do crédito compensado. Com efeito, não se pode olvidar que, em conformidade com o disposto no art. 7º do Decreto nº 70.235, de 6 de março de 1972, aplicável ao processo de compensação em apreço, a ciência do primeiro ato de oficio tem o condão de excluir a espontaneidade do sujeito passivo em relação aos atos anteriores. No caso em tela, após ciência do Despacho Decisório, a redução do valor débito, objeto da compensação não homologada, somente seria admitida se demonstrada e comprovada, por meio de documentação adequada, a origem do erro na apuração do valor do débito retificado. Nesse sentido, especificamente em relação à redução dos débitos tributários, em consonância com o referido preceito legal, somente nas hipóteses em que caracterizada a espontaneidade, a DCTF retificadora tem a mesma natureza da DCTF original, substituindoa integralmente. Por outro lado, afastada a espontaneidade, evidentemente, tal retificação não pode mais ser admitida, mediante a simples retificação da dita Declaração. Corrobora o asseverado, o disposto nos §§ 1° e 2º do art. 9º da Instrução Normativa RFB nº 1.1102, de 24 de dezembro de 2010, que, com pequenas alterações, manteve a redação das Instruções Normativas anteriores, conforme o teor dos referidos dispositivos, a seguir transcritos: 2 Na data da apresentação da presente DCTF retificadora estava em vigência a Instrução Normativa RFB nº 786, de 19 de novembro de 2007, cujo art. 11 assim dispunha sobre o assunto: “Art. 11. A alteração das informações prestadas em DCTF será efetuada mediante apresentação de DCTF retificadora, elaborada com observância das mesmas normas estabelecidas para a declaração retificada. § 1º A DCTF retificadora terá a mesma natureza da declaração originariamente apresentada, substituindoa integralmente, e servirá para declarar novos débitos, aumentar ou reduzir os valores de débitos já informados ou efetivar qualquer alteração nos créditos vinculados. § 2º A retificação não produzirá efeitos quando tiver por objeto alterar os débitos relativos a impostos e contribuições: I cujos saldos a pagar já tenham sido enviados à ProcuradoriaGeral da Fazenda Nacional (PGFN) para inscrição em DAU, nos casos em que importe alteração desses saldos; II cujos valores apurados em procedimentos de auditoria interna, relativos às informações indevidas ou não comprovadas prestadas na DCTF, sobre pagamento, parcelamento, compensação ou suspensão de exigibilidade, já tenham sido enviados à PGFN para inscrição em DAU; ou III em relação aos quais a pessoa jurídica tenha sido intimada de início de procedimento fiscal. [...]”. Fl. 135DF CARF MF Impresso em 29/01/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 16/10/2012 por JOSE FERNANDES DO NASCIMENTO, Assinado digitalmente em 16 /10/2012 por JOSE FERNANDES DO NASCIMENTO, Assinado digitalmente em 25/01/2013 por REGIS XAVIER HOLA NDA 8 Art. 9º A alteração das informações prestadas em DCTF, nas hipóteses em que admitida, será efetuada mediante apresentação de DCTF retificadora, elaborada com observância das mesmas normas estabelecidas para a declaração retificada. § 1º A DCTF retificadora terá a mesma natureza da declaração originariamente apresentada e servirá para declarar novos débitos, aumentar ou reduzir os valores de débitos já informados ou efetivar qualquer alteração nos créditos vinculados. § 2º A retificação não produzirá efeitos quando tiver por objeto: I reduzir os débitos relativos a impostos e contribuições: a) cujos saldos a pagar já tenham sido enviados à Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN) para inscrição em DAU, nos casos em que importe alteração desses saldos; b) cujos valores apurados em procedimentos de auditoria interna, relativos às informações indevidas ou não comprovadas prestadas na DCTF, sobre pagamento, parcelamento, compensação ou suspensão de exigibilidade, já tenham sido enviados à PGFN para inscrição em DAU;ou c) que tenham sido objeto de exame em procedimento de fiscalização. II alterar os débitos de impostos e contribuições em relação aos quais a pessoa jurídica tenha sido intimada de início de procedimento fiscal. § 3º A retificação de valores informados na DCTF, que resulte em alteração do montante do débito já enviado à PGFN para inscrição em DAU ou de débito que tenha sido objeto de exame em procedimento de fiscalização, somente poderá ser efetuada pela RFB nos casos em que houver prova inequívoca da ocorrência de erro de fato no preenchimento da declaração e enquanto não extinto o crédito tributário. (Redação dada pela Instrução Normativa RFB nº 1.177, de 25 de julho de 2011) [...]. (grifos não originais) Inequivocamente, a emissão do presente Despacho Decisório consiste no ato administrativo final, resultante do procedimento de fiscalização, concernente à análise do controle da legalidade da compensação declarada pela Recorrente, previsto nos §§ 2º e 5º do art. 74 da Lei nº 9.430, de 1996, com as alterações posteriores, consequentemente, a DCTF retificadora em destaque não produz nenhum efeito em relação à redução do debito em questão, haja vista que, nesta hipótese, a redução do valor do débito somente seria admitida caso houvesse prova inequívoca da ocorrência do alegado erro de fato no preenchimento da citada Declaração, o que não ocorreu. Além disso, por ter efeito direto sobre desfecho do julgamento da presente controvérsia, inaugurada com a manifestação de inconformidade colacionada aos autos, obviamente, a comprovação da origem da redução do valor do débito retificado deve ser tratado como um questão de defesa, logo, para que seja aceita tal retificação, ela deveria atender, necessariamente, todos os requisitos previsto na legislação que rege contraditório na esfera do processo administrativo fiscal, dentre os quais merece destaque a comprovação, com Fl. 136DF CARF MF Impresso em 29/01/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 16/10/2012 por JOSE FERNANDES DO NASCIMENTO, Assinado digitalmente em 16 /10/2012 por JOSE FERNANDES DO NASCIMENTO, Assinado digitalmente em 25/01/2013 por REGIS XAVIER HOLA NDA Processo nº 13839.908120/200992 Acórdão n.º 3802001.306 S3TE02 Fl. 14 9 documentação adequada, do equívoco cometido, especialmente, quando o erro informado não se encontra apenas no preenchimento da DCTF, mas na própria apuração do valor débito em questão. Neste último caso, admitir a simples retificação da DCTF como sendo suficiente para comprovar a existência do crédito glosado, tornaria sem qualquer efeito toda atividade de controle da regularidade da compensação exercida pela Administração Tributária, em conformidade com o disposto no § 5º do art. 74 da Lei nº 9.430, de 1996, com as alterações posteriores, tornando este preceito legal ineficaz, uma vez que o Despacho Decisório, regularmente prolatado, tornarseia, de fato, juridicamente inexistente, sem que fosse pronunciada a sua inexistência ou nulidade, o que afrontaria regras basilares prevista na esfera do processo administrativo fiscal. Nos presentes autos, para justificar a origem da redução do valor original do débito, a Recorrente alegou que a quantia paga a maior era proveniente da indevida tributação das receitas das operações de industrialização por encomenda, na época, submetidas à alíquota zero, contudo, nas duas oportunidades que compareceu aos autos, não apresentou qualquer documento que confirmasse tal alegação. Assim, em sintonia com o entendimento aqui esposado, como o erro apontado pela Recorrente referese a erro de apuração do valor do débito, logo, por força do disposto no art. 16 do Decreto nº 70.235, de 1972 (PAF), era ônus da Interessada trazer aos autos os documentos hábeis e idôneos que comprovassem o alegado equívoco. Para esse fim, a simples apresentação das cópias autenticadas dos livros contábeis (Diário e Razão) e fiscais (Apuração do IPI e ICMS), corroborados pelas respectivas notas fiscais de venda, ao meu ver, eram suficientes para tal comprovação. É pertinente ainda lembrar que, em relação ao fato constitutivo do direito pleiteado, o ônus da prova incumbe sempre a quem o alega, segundo, expressamente, dispõe inciso do I do art. 3333 do CPC, que se aplica subsidiariamente ao processo administrativo fiscal. Nesse sentindo, é oportuno ressaltar que, por força do disposto no art. 170 do CTN, combinado o disposto no caput do art. 74 da Lei nº 9.430, de 1996, com as alterações posteriores, a homologação da compensação depende da comprovação, na data da realização da compensação, da certeza e liquidez do crédito passível de restituição ou ressarcimento. Entretanto, no caso em tela, nenhum dos referidos requisitos foi comprovado, consequentemente, resta evidenciada, nos autos, a falta de comprovação da existência do crédito utilizado no presente procedimento compensatório. Por fim, alegou a Recorrente que o princípio da verdade material deve se sobrepor a qualquer equívoco presente nas obrigações acessórias, não podendo meros erros de preenchimento de declaração tolher o seu direito a restituição ou compensação da quantia indevidamente paga. Discordo. No âmbito do processo administrativo fiscal, em conformidade com o princípio da estrila legalidade, o princípio da verdade material atribui primazia a busca pela verdade substancial em detrimento da verdade formal, porém, isto não significa que a 3 "Art. 333. O ônus da prova incumbe: I ao autor, quanto ao fato constitutivo do seu direito; II ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor". Fl. 137DF CARF MF Impresso em 29/01/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 16/10/2012 por JOSE FERNANDES DO NASCIMENTO, Assinado digitalmente em 16 /10/2012 por JOSE FERNANDES DO NASCIMENTO, Assinado digitalmente em 25/01/2013 por REGIS XAVIER HOLA NDA 10 autoridade julgadora tenha de assumir ônus probatório das partes interessadas, seja da Fiscalização ou do sujeito passivo. Na verdade, a orientação determinada pelo referido princípio é no sentido de que a autoridade julgadora não deve contentarse apenas com os aspectos formais da controvérsia. Entretanto, no que tange ao dever de provar as suas alegações, tal princípio não ampara a omissão deliberada ou injustificada da parte interessada, incluindo, obviamente, o sujeito passivo, conforme expressamente determinado no § 4º4 do art. 16 do PAF, aplicável ao processo de compensação, por força do disposto no art. 74, § 115, da Lei nº 9.430, de 1996, que, em face da preclusão, veda o conhecimento da prova documental apresentada após a fase impugnatório ou de manifestação de inconformidade, caso não atendidas as ressalvas previstas nas alíneas do referido parágrafo. Além disso, em consonância com o disposto nos arts. 15 e 18 do PAF, o encargo da instrução probatória é sempre da incumbência da parte que alega o fato probando, não podendo tal atividade ser transferida para a autoridade julgadora, sob pena de desvirtuamento das regras que rege o processo administrativo fiscal. Em consequência desse regramento legal, somente quando a instrução probatório se revelar imprescindível e necessária à formação do convencimento da autoridade julgadora é que ela poderá determinar a sua produção ou complementação, de ofício ou a requerimento da parte interessada. Não se pode também olvidar que, na condição de titular do crédito compensado, o ônus de provar a certeza e liquidez do alegado crédito, na data da compensação, era da Recorrente, conforme expressamente exige o art. 170 do CTN, combinado com o disposto no § 1º do art. 74 da Lei nº 9.430, de 1996. Além disso, se no caso em tela, não foi comprovado o alegado erro de preenchimento da DCTF original, em consequência, não há que se falar na alegada afronta ao princípio da verdade real. Ademais, conforme já mencionado, ao pretender atribuir a simples retificação da DCTF a condição de prova suficiente do indébito informado, contraditoriamente, a Recorrente está agindo em dissonância com a orientação expressa no princípio em comento. Por fim, é oportuno ressaltar que o entendimento aqui esposado não significa privilegiar o aspecto formal em detrimento da verdade material, mas em deixar expresso que a aceitação da redução do valor do débito confessado na DCTF original, especialmente, após a ciência do despacho decisório, somente pode ser acatada se respaldada em provas documentais robustas, ou seja, se houver prova de plano do alegado equívoco. Por essas razões, rejeito as alegações da Recorrente, para manter a não homologação da compensação em tela, por falta do crédito informado na presente DComp. Do pedido de realização de diligência. 4 "Art. 16. [...] § 4º A prova documental será apresentada na impugnação, precluindo o direito de o impugnante fazêlo em outro momento processual, a menos que: (Incluído pela Lei nº 9.532, de 1997) a) fique demonstrada a impossibilidade de sua apresentação oportuna, por motivo de força maior;(Incluído pela Lei nº 9.532, de 1997) b) refirase a fato ou a direito superveniente;(Incluído pela Lei nº 9.532, de 1997) c) destinese a contrapor fatos ou razões posteriormente trazidas aos autos".(Incluído pela Lei nº 9.532, de 1997). 5 "Art. 74. Omissis. (...) § 11. A manifestação de inconformidade e o recurso de que tratam os §§ 9o e 10 obedecerão ao rito processual do Decreto no 70.235, de 6 de março de 1972, e enquadramse no disposto no inciso III do art. 151 da Lei no 5.172, de 25 de outubro de 1966 Código Tributário Nacional, relativamente ao débito objeto da compensação. " Fl. 138DF CARF MF Impresso em 29/01/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 16/10/2012 por JOSE FERNANDES DO NASCIMENTO, Assinado digitalmente em 16 /10/2012 por JOSE FERNANDES DO NASCIMENTO, Assinado digitalmente em 25/01/2013 por REGIS XAVIER HOLA NDA Processo nº 13839.908120/200992 Acórdão n.º 3802001.306 S3TE02 Fl. 15 11 No presente Recurso, a Recorrente ainda pleiteou a realização de diligência, para fim de obtenção da documentação complementar com a finalidade de comprovar, , que: a) a Recorrente recolheu valores a título de Contribuição para o PIS/Pasep e Cofins, referente aos anos calendários de 2002 a 2004, em montante superior ao devido, em virtude da indevida tributação das receitas das operações de industrialização por encomenda sujeitas à alíquota zero, nos termos do art. 10, § 2º, da Lei nº 11.051, de 2004; e b) as declarações e retificações apresentadas (DCTF, DComp e Dacon) eram suficientes para comprovar a existência do saldo credor, bem como para efetuar as compensações realizadas, inclusive a relativa aos presentes autos Em consonância com o princípio verdade material, determina o art. 18 do PAF que a autoridade julgadora somente determinará a realização de diligência, de ofício ou a requerimento do interessado, quando entendêla necessária. No presente caso, a realização da diligência requerida, para fim de juntada de provas complementares, revelase totalmente desnecessária, pois, como visto, no presente caso, a documentação complementar a que alude a Recorrente tratase de documentos da sua escrituração contábil e fiscal que, se existentes, poderiam ter sido facilmente por ela carreadas aos autos nas duas oportunidades em que nele se manifestou, especialmente, na presente fase recursal, quando ela já tinha pleno conhecimento de que tais documentos eram imprescindíveis para comprovação do alegado equívoco. Com base nessas considerações, reputo desnecessária a realização da diligência pleiteada. Em consequência, com respaldo no art. 18 do PAF, sou pelo seu indeferimento. Da conclusão. Por todo o exposto, NEGO PROVIMENTO ao presente Recurso, para manter na íntegra o Acórdão recorrido. (assinado digitalmente) José Fernandes do Nascimento Fl. 139DF CARF MF Impresso em 29/01/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 16/10/2012 por JOSE FERNANDES DO NASCIMENTO, Assinado digitalmente em 16 /10/2012 por JOSE FERNANDES DO NASCIMENTO, Assinado digitalmente em 25/01/2013 por REGIS XAVIER HOLA NDA
score : 1.0
Numero do processo: 10166.902204/2008-11
Turma: Primeira Turma Especial da Primeira Seção
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Tue Jan 31 00:00:00 UTC 2012
Data da publicação: Fri Oct 26 00:00:00 UTC 2012
Ementa: Assunto: Normas de Administração Tributária
Ano-calendário: 2001
COMPENSAÇÃO. DIPJ.DCTF
A DIPJ desacompanhada de documentos contábeis não é instrumento hábil a desconstituir o débito informado em DCTF.
Numero da decisão: 1801-000.858
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso, nos termos do voto do Relator.
(assinado digitalmente)
Ana de Barros Fernandes - Presidente
(assinado digitalmente)
Luiz Guilherme de Medeiros Ferreira Relator
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Carmen Ferreira Saraiva, Magda Azario Kanaan Polanczyk, Maria de Lourdes Ramirez;.Luiz Guilherme de Medeiros Ferreira, Edgar Silva Vidal, Ana de Barros Fernandes,
Nome do relator: LUIZ GUILHERME DE MEDEIROS FERREIRA
1.0 = *:*toggle all fields
dt_index_tdt : Fri Oct 08 01:09:55 UTC 2021
anomes_sessao_s : 201201
ementa_s : Assunto: Normas de Administração Tributária Ano-calendário: 2001 COMPENSAÇÃO. DIPJ.DCTF A DIPJ desacompanhada de documentos contábeis não é instrumento hábil a desconstituir o débito informado em DCTF.
turma_s : Primeira Turma Especial da Primeira Seção
dt_publicacao_tdt : Fri Oct 26 00:00:00 UTC 2012
numero_processo_s : 10166.902204/2008-11
anomes_publicacao_s : 201210
conteudo_id_s : 5174410
dt_registro_atualizacao_tdt : Fri Oct 26 00:00:00 UTC 2012
numero_decisao_s : 1801-000.858
nome_arquivo_s : Decisao_10166902204200811.PDF
ano_publicacao_s : 2012
nome_relator_s : LUIZ GUILHERME DE MEDEIROS FERREIRA
nome_arquivo_pdf_s : 10166902204200811_5174410.pdf
secao_s : Primeira Seção de Julgamento
arquivo_indexado_s : S
decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso, nos termos do voto do Relator. (assinado digitalmente) Ana de Barros Fernandes - Presidente (assinado digitalmente) Luiz Guilherme de Medeiros Ferreira Relator Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Carmen Ferreira Saraiva, Magda Azario Kanaan Polanczyk, Maria de Lourdes Ramirez;.Luiz Guilherme de Medeiros Ferreira, Edgar Silva Vidal, Ana de Barros Fernandes,
dt_sessao_tdt : Tue Jan 31 00:00:00 UTC 2012
id : 4346790
ano_sessao_s : 2012
atualizado_anexos_dt : Fri Oct 08 08:54:33 UTC 2021
sem_conteudo_s : N
_version_ : 1713041217245151232
conteudo_txt : Metadados => pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.4; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 4; dc:format: application/pdf; version=1.4; pdf:charsPerPage: 1518; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; access_permission:fill_in_form: true; pdf:encrypted: true; access_permission:can_modify: true; Content-Type: application/pdf | Conteúdo => S1TE01 Fl. 2 1 1 S1TE01 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS PRIMEIRA SEÇÃO DE JULGAMENTO Processo nº 10166.902204/200811 Recurso nº Voluntário Acórdão nº 1801000.858 – 1ª Turma Especial Sessão de 31 de janeiro de 2012 Matéria Compensação Recorrente Sarkis & Sarkis Ltda Recorrida Fazenda Nacional ASSUNTO: NORMAS DE ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA Anocalendário: 2001 COMPENSAÇÃO. DIPJ.DCTF A DIPJ desacompanhada de documentos contábeis não é instrumento hábil a desconstituir o débito informado em DCTF. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso, nos termos do voto do Relator. (assinado digitalmente) Ana de Barros Fernandes Presidente (assinado digitalmente) Luiz Guilherme de Medeiros Ferreira – Relator Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Carmen Ferreira Saraiva, Magda Azario Kanaan Polanczyk, Maria de Lourdes Ramirez;.Luiz Guilherme de Medeiros Ferreira, Edgar Silva Vidal, Ana de Barros Fernandes, Relatório AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 16 6. 90 22 04 /2 00 8- 11 Fl. 108DF CARF MF Impresso em 26/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 13/09/2012 por LUIZ GUILHERME DE MEDEIROS FERREIRA, Assinado digitalment e em 19/09/2012 por ANA DE BARROS FERNANDES, Assinado digitalmente em 13/09/2012 por LUIZ GUILHERME DE MEDEIROS FERREIRA 2 Transcrevo abaixo o relatótio da DRJ por bem narrar os atos e fatos processuais: “Tratase de Declaração de Compensação, transmitida pelo Programa Pedido Eletrônico de Ressarcimento ou Restituição e Declaração de Compensação PER/DCOMP, nº26134.94405.071204.1.3.042002, em 07/12/2004, de crédito relativo a pagamento a maior de CSLL referente ao P.A. 31/12/2000, no montante de R$4.757,80, visando compensar débitos tributários de Cofins referentes a abril e novembro de 2001. No Despacho Decisório emitido em 09/05/2008, a autoridade tributária homologou parcialmente a compensação declarada, sob a alegação de que a partir das características do DARF discriminado no PER/DCOMP acima identificado, foram localizados um ou mais pagamentos, abaixo relacionados, mas parcialmente utilizados para quitação de débitos do contribuinte, restando saldo disponível inferior ao crédito pretendido, insuficiente para compensação dos débitos informados no PER/DCOMP. Ou seja, o pagamento por meio de DARF de CSLL no montante principal de R$4.757,80, do qual informou a contribuinte ser a origem do crédito, já teria sido parcialmente utilizado para quitar o débito de CSLL PA 31/12/2000 no valor original de R$4.635,54, razão pela qual foi reconhecido apenas o crédito de R$122,26. Cientificada da decisão proferida pela DRF/Brasília, em 26/05/2008, a interessada apresentou a manifestação de inconformidade de fls. 01/03, em 12/06/2008 (carimbo de recepção à fl. 01), discorrendo, em síntese, que a contribuinte, submetida ao lucro real trimestral, informa na DIPJ/2001 a CSLL no primeiro trimestre no valor de R$4.423,17, no segundo de R$5.075,03, no terceiro de R$4.393,79 e no quarto de R$4.635,54, no montante total de R$18.527,53. Por outro lado, o extrato de pagamentos anexo demonstra que no exercício de 2001 foram recolhidos R$60.465,40, ou seja, restou o montante de R$41.937,87 de pagamentos indevidos. Nesse sentido, requer a homologação da compensação. A delegacia de julgamento negou provimento a manifestao de inconformidade. Regularmente cientificada a contribuinte interpos Recurso Voluntario repisando osmesmos argumentos. É o relatório. Voto Conselheiro Relator: Luiz Guilherme de Medeiros Ferrerira Primeiramente, afasto as alegações de nulidade contidas no Recurso Voluntario. A decisão recorrida encontrase bem fundamentada, tendo examinado todas as alegações da Recorrente. Fl. 109DF CARF MF Impresso em 26/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 13/09/2012 por LUIZ GUILHERME DE MEDEIROS FERREIRA, Assinado digitalment e em 19/09/2012 por ANA DE BARROS FERNANDES, Assinado digitalmente em 13/09/2012 por LUIZ GUILHERME DE MEDEIROS FERREIRA Processo nº 10166.902204/200811 Acórdão n.º 1801000.858 S1TE01 Fl. 3 3 No mérito, a Recorrente pugna pelo reconhecimento do seu direito creditório de CSLL, referente ao P.A. 31/12/2000, no montante de R$ 4.757,80, visando compensar débitos tributário de COFINS referentes a abril e novembro de 2001. Não merecem prosperar as alegações da recorrente. Como bem apontado na decisao recorrida a Recorrente não trouxe aos autos prova de seu crédito, limitandose a anexar cópia da DIPJ do ano calendário de 2001, assim como as cópias de pagamentos de IRPJ daquele ano. Contudo a simples demonstração de DIPJ retificadora não é suficiente para fazerse reconhecer o crédito tributário da Recorrente. Com efeito, nos termos da IN 126/98 o documento fiscal pelo qual se constitui o crédito tributário é a DCTF e não a DIPJ. Isso é o que se depreende, principalmente do seu artigo 7, parágrafo 1: “Art. 7º Todos os valores informados na DCTF serão objeto de procedimento de auditoria interna. § 1º Os saldos a pagar relativos a cada imposto ou contribuição, informados na DCTF, serão enviados para inscrição em Dívida Ativa da União, imediatamente após a entrega da DCTF.” Ou seja, os valores declarados pelo contribuinte em DCTF constituem o crédito tributário, tornandoo exequivel após sua regular inscrição em dívida ativa. Neste sentido vejase decisao da Camara Superior de Recursos Fiscais: . “ACÓRDÃO 910100.453 Orgão Câmara Superior de Recursos Fiscais CSRF 1a. Turma da 1a. Câmara Decisão Processo n° 10280.003409/200474 Recurso n° 101147.224 Especial do Procurador Acórdão n° 9101 00.453 1' Turma Sessão de 04 de novembro de 2009 Mai Cria IRPJ E OUTROS Recorrente FAZENDA NACIONAL Interessado FLORAPAC INDUSTRIAL LTDA. DEPJ E DCTF . CONFISSÃO DE DÍVIDA. Nos termos da IN SRF 126/98, a Declaração integrada de Informações da Pessoa Jurídica DIPJ nos anos calendários de 2000 e 2001 não mais configurava confissão de dívida. Nos referidos anos, o instrumento hábil a constituição do crédito tributário é a DCTF , mais especificamente, o saldo a pagar. (...)Data da decisão: 04/11/2009 Dessa forma, a simples retificação da DIPJ, desacomopanhada de outros elementos de prova que confirmem o crédito reclamado é insuficiente para infirmar o crédito tributário constante na DCTF. Fl. 110DF CARF MF Impresso em 26/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 13/09/2012 por LUIZ GUILHERME DE MEDEIROS FERREIRA, Assinado digitalment e em 19/09/2012 por ANA DE BARROS FERNANDES, Assinado digitalmente em 13/09/2012 por LUIZ GUILHERME DE MEDEIROS FERREIRA 4 Conforme constou do despacho decisório, a DCTF da recorrente imputa o pagamento objeto da DARF, supostamente originaria do crédito, quase integralmente ao débito de CSLL do PA de 31/12/2000, restando somente o saldo de R$ 122,26. Dessa forma, o suposto crédito do contribuinte já está alocado ao pagamento de outro crédito tributário, regularmente constituído. A descontituição do crédito tributário constante na DCTF na fase contenciosa demanda outros elementos de prova, notadamente a escrita fiscal do contribuinte, demonstrandose a inexistência de crédito tributário para o período retificado na DIPJ. Tais elementos não foram trazidos aos autos pela Recorrente. Diante do exposto, voto por afastar as preliminares de nulidade e no mérito negar provimento ao Recurso Voluntario. Relator LUIZ GUILHERME DE MEDEIROS FERREIRA Fl. 111DF CARF MF Impresso em 26/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 13/09/2012 por LUIZ GUILHERME DE MEDEIROS FERREIRA, Assinado digitalment e em 19/09/2012 por ANA DE BARROS FERNANDES, Assinado digitalmente em 13/09/2012 por LUIZ GUILHERME DE MEDEIROS FERREIRA
score : 1.0
Numero do processo: 10315.000067/2011-15
Turma: Terceira Turma Ordinária da Quarta Câmara da Segunda Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Tue May 15 00:00:00 UTC 2012
Data da publicação: Tue Nov 27 00:00:00 UTC 2012
Ementa: Assunto: Contribuições Sociais Previdenciárias
Período de apuração: 01/01/2006 a 31/12/2009
CERCEAMENTO DE DEFESA
Lançamento deve conter discriminação clara e precisa da infração e das circunstâncias em que foi praticada, dispositivo legal infringido e a penalidade aplicada e os critérios de sua gradação para ser entendido pelo contribuinte.
TRIBUTO LANÇADO. ALEGAÇÃO GENÉRICA
Alegação genérica de não concordar com o valor lançado não tem como ser apreciada e não é acatada.
Numero da decisão: 2403-001.284
Decisão: Recurso Voluntário Negado
Crédito Tributário Mantido
Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
ACORDAM os membros da 4ª câmara / 3ª turma ordinária do segunda seção de julgamento, Por unanimidade de votos em negar provimento ao recurso. Votou pelas conclusões o conselheiro Ivacir Julio de Souza.]
Carlos Alberto Mees Stringari
Presidente e Relator
Participaram do presente julgamento, os Conselheiros Carlos Alberto Mees Stringari (Presidente), Paulo Mauricio Pinheiro Monteiro, Ivacir Julio de Souza, Maria Anselma Coscrato dos Santos, Jhonatas Ribeiro da Silva e Marcelo Magalhães Peixoto.
Nome do relator: CARLOS ALBERTO MEES STRINGARI
1.0 = *:*toggle all fields
dt_index_tdt : Fri Oct 08 01:09:55 UTC 2021
anomes_sessao_s : 201205
camara_s : Quarta Câmara
ementa_s : Assunto: Contribuições Sociais Previdenciárias Período de apuração: 01/01/2006 a 31/12/2009 CERCEAMENTO DE DEFESA Lançamento deve conter discriminação clara e precisa da infração e das circunstâncias em que foi praticada, dispositivo legal infringido e a penalidade aplicada e os critérios de sua gradação para ser entendido pelo contribuinte. TRIBUTO LANÇADO. ALEGAÇÃO GENÉRICA Alegação genérica de não concordar com o valor lançado não tem como ser apreciada e não é acatada.
turma_s : Terceira Turma Ordinária da Quarta Câmara da Segunda Seção
dt_publicacao_tdt : Tue Nov 27 00:00:00 UTC 2012
numero_processo_s : 10315.000067/2011-15
anomes_publicacao_s : 201211
conteudo_id_s : 5176104
dt_registro_atualizacao_tdt : Tue Nov 27 00:00:00 UTC 2012
numero_decisao_s : 2403-001.284
nome_arquivo_s : Decisao_10315000067201115.PDF
ano_publicacao_s : 2012
nome_relator_s : CARLOS ALBERTO MEES STRINGARI
nome_arquivo_pdf_s : 10315000067201115_5176104.pdf
secao_s : Segunda Seção de Julgamento
arquivo_indexado_s : S
decisao_txt : Recurso Voluntário Negado Crédito Tributário Mantido Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. ACORDAM os membros da 4ª câmara / 3ª turma ordinária do segunda seção de julgamento, Por unanimidade de votos em negar provimento ao recurso. Votou pelas conclusões o conselheiro Ivacir Julio de Souza.] Carlos Alberto Mees Stringari Presidente e Relator Participaram do presente julgamento, os Conselheiros Carlos Alberto Mees Stringari (Presidente), Paulo Mauricio Pinheiro Monteiro, Ivacir Julio de Souza, Maria Anselma Coscrato dos Santos, Jhonatas Ribeiro da Silva e Marcelo Magalhães Peixoto.
dt_sessao_tdt : Tue May 15 00:00:00 UTC 2012
id : 4392752
ano_sessao_s : 2012
atualizado_anexos_dt : Fri Oct 08 08:55:03 UTC 2021
sem_conteudo_s : N
_version_ : 1713041217247248384
conteudo_txt : Metadados => pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.4; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 6; dc:format: application/pdf; version=1.4; pdf:charsPerPage: 1611; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; access_permission:fill_in_form: true; pdf:encrypted: true; access_permission:can_modify: true; Content-Type: application/pdf | Conteúdo => S2C4T3 Fl. 2 1 1 S2C4T3 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS SEGUNDA SEÇÃO DE JULGAMENTO Processo nº 10315.000067/201115 Recurso nº Voluntário Acórdão nº 2403001.284 – 4ª Câmara / 3ª Turma Ordinária Sessão de 15 de maio de 2012 Matéria CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS Recorrente MUNICÍPIO DE ASSARÉ PREFEITURA MUNICIPAL Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PREVIDENCIÁRIAS Período de apuração: 01/01/2006 a 31/12/2009 CERCEAMENTO DE DEFESA Lançamento deve conter discriminação clara e precisa da infração e das circunstâncias em que foi praticada, dispositivo legal infringido e a penalidade aplicada e os critérios de sua gradação para ser entendido pelo contribuinte. TRIBUTO LANÇADO. ALEGAÇÃO GENÉRICA Alegação genérica de não concordar com o valor lançado não tem como ser apreciada e não é acatada. Recurso Voluntário Negado Crédito Tributário Mantido Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. ACORDAM os membros da 4ª câmara / 3ª turma ordinária do segunda SSEEÇÇÃÃOO DDEE JJUULLGGAAMMEENNTTOO, Por unanimidade de votos em negar provimento ao recurso. Votou pelas conclusões o conselheiro Ivacir Julio de Souza.] Carlos Alberto Mees Stringari Presidente e Relator AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 31 5. 00 00 67 /2 01 1- 15 Fl. 319DF CARF MF Impresso em 27/11/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 26/11/2012 por CARLOS ALBERTO MEES STRINGARI, Assinado digitalmente em 2 6/11/2012 por CARLOS ALBERTO MEES STRINGARI 2 Participaram do presente julgamento, os Conselheiros Carlos Alberto Mees Stringari (Presidente), Paulo Mauricio Pinheiro Monteiro, Ivacir Julio de Souza, Maria Anselma Coscrato dos Santos, Jhonatas Ribeiro da Silva e Marcelo Magalhães Peixoto. Fl. 320DF CARF MF Impresso em 27/11/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 26/11/2012 por CARLOS ALBERTO MEES STRINGARI, Assinado digitalmente em 2 6/11/2012 por CARLOS ALBERTO MEES STRINGARI Processo nº 10315.000067/201115 Acórdão n.º 2403001.284 S2C4T3 Fl. 3 3 Relatório Tratase de recurso voluntário apresentado contra Decisão da Delegacia da Secretaria da Receita Federal do Brasil de Julgamento em Fortaleza, Acórdão 0822.140 da 5ª Turma, que julgou improcedente a impugnação. A autuação foi assim apresentada no relatório do acórdão recorrido: Tratase de crédito lançado pela fiscalização que, de acordo com o Relatório Fiscal de fl. 98/102 teve como objeto do lançamento contribuições previdenciárias devidas e não declaradas em GFIP. O montante do crédito apurado, composto por valor principal e acréscimos legais, assumiu a quantia de R$ 4.944.964,29, com data de consolidação em 20/01/2011. No presente Auto foram lançadas as diferenças de contribuições previdenciárias devidas e destinadas à Seguridade Social e à outras entidades e fundos (SEST/SENAT), não declaradas em GFIP Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social: 1. incidentes sobre os valores das remunerações pagas e ou creditadas a contribuintes individuais, correspondentes: a) a parte da empresa (quota patronal) na alíquota de 20%; b) a parte devida pelos segurados na alíquota de 11% até o limite máximo do salário de contribuição; 2. incidentes sobre os valores das remunerações pagas e ou creditadas a contribuintes individuais fretistas na alíquota de 2,5 % para todo o período. A base de cálculo para aplicação da referida alíquota foi de 20% sobre os valores pagos aos fretistas; 2. incidentes sobre os valores das remunerações pagas e ou creditadas a contribuintes individuais fretistas na alíquota de 2,5 % para todo o período. A base de cálculo para aplicação da referida alíquota foi de 20% sobre os valores pagos aos fretistas; 3. incidentes sobre os valores das remunerações pagas, devidas, ou creditadas a segurados empregados: eletivos, efetivos, contratados e comissionados da Prefeitura Municipal correspondentes: a) a parte da empresa (quota patronal), na alíquota de 20% para todo o período; b) ao financiamento dos benefícios concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade laborativa decorrente Fl. 321DF CARF MF Impresso em 27/11/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 26/11/2012 por CARLOS ALBERTO MEES STRINGARI, Assinado digitalmente em 2 6/11/2012 por CARLOS ALBERTO MEES STRINGARI 4 dos riscos ambientais do trabalho (GILRAT), na alíquota de 1% para as competências até 05/2007 e de 2% no período de 06/2007 a 13/2009; c) a parte devida pelos segurados; d) diferenças de GILRAT lançadas a menor na GFIP no período de 06/2007 a 13/2008; DAL — Diferença de acréscimos Legais, devido ao pagamento de GPS — Guia da Previdência Social fora do prazo sem os devidos acréscimos. 4. diferença de acréscimos legais (DAL), decorrente do pagamento de GPS — Guia de Previdência Social, fora do prazo, sem os devidos acréscimos; 5. glosa de salário família. Os valores que originaram a lavratura do presente AI, de acordo com o referido Relatório, foram extraídos da contabilidade (arquivos digitais), processos de pagamento e folhas de pagamento de segurados. Também foram examinadas as GFIPs – Guias de Recolhimento do FGTS e Informações a Previdência Social e as Guias da Previdência Social GPS e as folhas de pagamento. ... A auditoria procedeu à análise comparativa da aplicação da multa antes e depois da edição da MP 449. Demais critérios de lançamento estão minuciosamente explicados às fls. 99/100 (Relatório Fiscal). Inconformada com a decisão, a recorrente apresentou recurso voluntário, onde alega, em síntese, que: · O material fornecido (Auto de Infração e Relatórios) é ininteligível. A recorrente não pode compreendêlo na maior parte de seu conteúdo. · Cerceamento de defesa. · Questiona o valor lançado. É o relatório. Fl. 322DF CARF MF Impresso em 27/11/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 26/11/2012 por CARLOS ALBERTO MEES STRINGARI, Assinado digitalmente em 2 6/11/2012 por CARLOS ALBERTO MEES STRINGARI Processo nº 10315.000067/201115 Acórdão n.º 2403001.284 S2C4T3 Fl. 4 5 Voto Conselheiro Carlos Alberto Mees Stringari, Relator O recurso é tempestivo e por não haver óbice ao seu conhecimento, passo à análise das questões pertinentes. CERCEAMENTO DE DEFESA A autuação tem a finalidade de registrar a ocorrência de infração à legislação previdenciária por descumprimento de obrigação principal, possibilitando a instauração do respectivo processo administrativo fiscal. A atividade administrativa de lavratura da autuação é vinculada e obrigatória, sob pena de responsabilidade funcional. A autoridade fiscal, no desempenho de suas atribuições, ao constatar a ocorrência de uma infração deve, obrigatoriamente, porque a lei não lhe dá discricionariedade, efetuar o lançamento. Pois bem, a legislação determina requisitos a serem exigidos para a lavratura da autuação. Decreto 3.048/1999: Art. 293. Constatada a ocorrência de infração a dispositivo deste Regulamento, a fiscalização do Instituto Nacional do Seguro Social lavrará, de imediato, autodeinfração com discriminação clara e precisa da infração e das circunstâncias em que foi praticada, dispositivo legal infringido e a penalidade aplicada e os critérios de sua gradação, indicando local, dia, hora de sua lavratura, observadas as normas fixadas pelos órgãos competentes. Portanto, clareza, precisão, circunstâncias em que foi praticada a infração são requisitos que devem, por determinação legal, constar da lavratura da autuação. Claro é que esses requisitos são exigidos pela legislação para que se cumpra a determinação presente na Lei Magna de observação aos Princípios da Ampla Defesa e do Contraditório. CF/88: Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindose aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à Fl. 323DF CARF MF Impresso em 27/11/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 26/11/2012 por CARLOS ALBERTO MEES STRINGARI, Assinado digitalmente em 2 6/11/2012 por CARLOS ALBERTO MEES STRINGARI 6 liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: ... LV aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes; Nesse sentido, verificando o processo, com destaque para o Relatório Fiscal RF, folhas 97 a 101 e seus anexos, constato a presença de todos elementos necessários ao entendimento do lançamento. Observo que o RF discrimina, com pormenores, quais os documentos compulsados pela Auditoria Fiscal e que serviram de base para a apuração dos fatos geradores, além de explicitar a forma de apuração do crédito. VALOR LANÇADO De forma genérica, a recorrente questiona o valor lançado. Julgao exagerado. O que se constata no processo é que a fiscalização identificou os fatos geradores, quantificou as bases de cálculo, as alíquotas aplicáveis e quantificou o tributo, tudo, com detalhes. Entendo improcedente a tese da recorrente pela total falta de especificidade. Alegação genérica não é acatada. CONCLUSÃO Voto por negar provimento ao recurso. Carlos Alberto Mees Stringari Fl. 324DF CARF MF Impresso em 27/11/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 26/11/2012 por CARLOS ALBERTO MEES STRINGARI, Assinado digitalmente em 2 6/11/2012 por CARLOS ALBERTO MEES STRINGARI
score : 1.0
Numero do processo: 19515.000465/2011-50
Turma: Primeira Turma Ordinária da Quarta Câmara da Primeira Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Thu Sep 13 00:00:00 UTC 2012
Data da publicação: Mon Jan 07 00:00:00 UTC 2013
Ementa: Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Jurídica - IRPJ
Ano-calendário: 2006
PROCESSO ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIO. DÉBITO EM PARCELAMENTO. PETIÇÃO RECEBIDA COMO RECURSO.
Não deve ser recebida como recurso a petição apresentada pelo contribuinte, com o objetivo de informar que o débito decorrente do processo administrativo encontra-se em parcelamento, mormente quando não existe pedido de reforma da decisão proferida pela DRJ. Hipótese de um mal entendido causado pelo envio indevido de DARF para pagamento do débito, quando o mesmo encontra-se com exigibilidade suspensa por força de parcelamento.
Recurso voluntário não conhecido.
Numero da decisão: 1401-000.867
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, em não conhecer do recurso voluntário por desistência em face de adesão ao parcelamento da Lei nº 11.941/2009.
(assinado digitalmente)
Jorge Celso Freire da Silva - Presidente.
(assinado digitalmente)
Alexandre Antonio Alkmm Teixeira - Relator.
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Jorge Celso Freire da Silva (Presidente), Alexandre Antonio Alkmim Teixeira, Mauricio Pereira Faro, Antonio Bezerra Neto, Fernando Luiz Gomes de Mattos e Karem Jureidini Dias
Nome do relator: ALEXANDRE ANTONIO ALKMIM TEIXEIRA
1.0 = *:*toggle all fields
dt_index_tdt : Fri Oct 08 01:09:55 UTC 2021
anomes_sessao_s : 201209
camara_s : Quarta Câmara
ementa_s : Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Jurídica - IRPJ Ano-calendário: 2006 PROCESSO ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIO. DÉBITO EM PARCELAMENTO. PETIÇÃO RECEBIDA COMO RECURSO. Não deve ser recebida como recurso a petição apresentada pelo contribuinte, com o objetivo de informar que o débito decorrente do processo administrativo encontra-se em parcelamento, mormente quando não existe pedido de reforma da decisão proferida pela DRJ. Hipótese de um mal entendido causado pelo envio indevido de DARF para pagamento do débito, quando o mesmo encontra-se com exigibilidade suspensa por força de parcelamento. Recurso voluntário não conhecido.
turma_s : Primeira Turma Ordinária da Quarta Câmara da Primeira Seção
dt_publicacao_tdt : Mon Jan 07 00:00:00 UTC 2013
numero_processo_s : 19515.000465/2011-50
anomes_publicacao_s : 201301
conteudo_id_s : 5179965
dt_registro_atualizacao_tdt : Mon Jan 07 00:00:00 UTC 2013
numero_decisao_s : 1401-000.867
nome_arquivo_s : Decisao_19515000465201150.PDF
ano_publicacao_s : 2013
nome_relator_s : ALEXANDRE ANTONIO ALKMIM TEIXEIRA
nome_arquivo_pdf_s : 19515000465201150_5179965.pdf
secao_s : Primeira Seção de Julgamento
arquivo_indexado_s : S
decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, em não conhecer do recurso voluntário por desistência em face de adesão ao parcelamento da Lei nº 11.941/2009. (assinado digitalmente) Jorge Celso Freire da Silva - Presidente. (assinado digitalmente) Alexandre Antonio Alkmm Teixeira - Relator. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Jorge Celso Freire da Silva (Presidente), Alexandre Antonio Alkmim Teixeira, Mauricio Pereira Faro, Antonio Bezerra Neto, Fernando Luiz Gomes de Mattos e Karem Jureidini Dias
dt_sessao_tdt : Thu Sep 13 00:00:00 UTC 2012
id : 4432932
ano_sessao_s : 2012
atualizado_anexos_dt : Fri Oct 08 08:55:50 UTC 2021
sem_conteudo_s : N
_version_ : 1713041217248296960
conteudo_txt : Metadados => pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.4; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 5; dc:format: application/pdf; version=1.4; pdf:charsPerPage: 1794; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; access_permission:fill_in_form: true; pdf:encrypted: true; access_permission:can_modify: true; Content-Type: application/pdf | Conteúdo => S1‐C4T1 Fl. 2 1 1 S1C4T1 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS PRIMEIRA SEÇÃO DE JULGAMENTO Processo nº 19515.000465/201150 Recurso nº 937.541 Voluntário Acórdão nº 1401000.867 – 4ª Câmara / 1ª Turma Ordinária Sessão de 13 de setembro de 2012 Matéria Processo Administrativo Tributário Recorrente SANTA MARINA ALIMENTOS LTDA. Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA JURÍDICA IRPJ Anocalendário: 2006 PROCESSO ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIO. DÉBITO EM PARCELAMENTO. PETIÇÃO RECEBIDA COMO RECURSO. Não deve ser recebida como recurso a petição apresentada pelo contribuinte, com o objetivo de informar que o débito decorrente do processo administrativo encontrase em parcelamento, mormente quando não existe pedido de reforma da decisão proferida pela DRJ. Hipótese de um mal entendido causado pelo envio indevido de DARF para pagamento do débito, quando o mesmo encontrase com exigibilidade suspensa por força de parcelamento. Recurso voluntário não conhecido. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, em não conhecer do recurso voluntário por desistência em face de adesão ao parcelamento da Lei nº 11.941/2009. (assinado digitalmente) Jorge Celso Freire da Silva Presidente. (assinado digitalmente) Alexandre Antonio Alkmm Teixeira Relator. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 19 51 5. 00 04 65 /2 01 1- 50 Fl. 101DF CARF MF Impresso em 07/01/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 11/12/2012 por ALEXANDRE ANTONIO ALKMIM TEIXEIRA, Assinado digitalmente em 12/12/2012 por JORGE CELSO FREIRE DA SILVA, Assinado digitalmente em 11/12/2012 por ALEXANDRE ANT ONIO ALKMIM TEIXEIRA 2 Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Jorge Celso Freire da Silva (Presidente), Alexandre Antonio Alkmim Teixeira, Mauricio Pereira Faro, Antonio Bezerra Neto, Fernando Luiz Gomes de Mattos e Karem Jureidini Dias Fl. 102DF CARF MF Impresso em 07/01/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 11/12/2012 por ALEXANDRE ANTONIO ALKMIM TEIXEIRA, Assinado digitalmente em 12/12/2012 por JORGE CELSO FREIRE DA SILVA, Assinado digitalmente em 11/12/2012 por ALEXANDRE ANT ONIO ALKMIM TEIXEIRA Processo nº 19515.000465/201150 Acórdão n.º 1401000.867 S1‐C4T1 Fl. 3 3 Relatório Trata o presente feito de um grande mal entendido. O Contribuinte sofreu autuação fiscal de IRPJ e CSLL relativos ao dois primeiros trimestres do anocalendário 2006. Recebida a notificação de débito, o Contribuinte aderiu ao parcelamento da lei nº 11.941. Paralelamente, o Contribuinte apresentou “impugnação”, em que informou ter aderido ao parcelamento da dívida, razão pela qual o processo administrativo deveria ter baixado. Em julgamento perante a DRJ, ante a ausência de razões de impugnação e tendo em vista o parcelamento postulado pelo Contribuinte, a impugnação não foi conhecida.. Todavia, ao se dar ciência ao contribuinte acerca da decisão da DRJ, promoveuse, por automação, a juntada de DARF’s para pagamento do crédito, intimandoo ao pagamento da totalidade do crédito tributário no prazo de 30 dias. Contra essa exigência imediata e integral do crédito tributário, opôsse o contribuinte, por meio da petição inominada de fls. 96/98, que irreflexivamente foi juntada aos autos como se fosse recurso voluntário, encaminhandose todo o feito para julgamento perante este CARF. É o relatório. Fl. 103DF CARF MF Impresso em 07/01/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 11/12/2012 por ALEXANDRE ANTONIO ALKMIM TEIXEIRA, Assinado digitalmente em 12/12/2012 por JORGE CELSO FREIRE DA SILVA, Assinado digitalmente em 11/12/2012 por ALEXANDRE ANT ONIO ALKMIM TEIXEIRA 4 Voto Conselheiro Alexandre Antonio Alkmm Teixeira Verificase pela descrição fática supra apresentada, que foi formalmente registrado um recurso voluntário que não existisse. Isso porque o crédito tributário em questão, estando em parcelamento, não foi objeto de questionamento por parte do contribuinte. De fato, apesar de o documento de fls. 53/54 autointitularse impugnação, não traz em seu bojo qualquer questionamento acerca do crédito tributário parcelado, mas apenas informa a existência do parcelamento. Dada essa circunstância, a DRJ não conheceu da impugnação. Notificado o contribuinte de referida decisão, acostouse ao acórdão, como de praxe, os DARF’s para pagamento integral do crédito tributário, instando o contribuinte a pagar o valor integral no prazo de trinta dias.Todavia, tal demanda mostrouse complemente descabida, posto que o crédito tributário estava em parcelamento. Assim, o contribuinte apresentou a petição de fls. 96/98, questionando justamente a cobrança integral do crédito tributário. Referida petição suscitou dúvida quanto a sua natureza pelos Auditores Fiscais da SECAT em Presidente Prudente que, por prudência, encaminharam o processo para análise deste CARF. Todavia, referida petição apenas se opõe à carta de cobrança indevidamente enviada pela RFB, posto que o crédito estava com sua exigibilidade suspensa por força do parcelamento. Não se trata, pois, de recurso voluntário passível de julgamento por este Conselho. Registrese que este processo administrativo não possui litígio desde o seu nascedouro, razão pela qual não deverá surtir efeitos, inclusive, quanto à verificação dos requisitos para o parcelamento. Tratase de mera informação sobre parcelamento, e não de discussão sobre o débito lançado. Diante do exposto, voto por não conhecer do recurso voluntário. Recomendo, por prudência, à douta Autoridade da RFB que, quando da comunicação do contribuinte acerca do presente acórdão, verifique a evolução do parcelamento e não promova a cobrança do crédito tributário que esteja com a sua exigibilidade suspensa, o que poderá gerar situação de insegurança jurídica ao contribuinte. É como voto. (assinado digitalmente) Alexandre Antonio Alkmim Teixeira Relator Fl. 104DF CARF MF Impresso em 07/01/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 11/12/2012 por ALEXANDRE ANTONIO ALKMIM TEIXEIRA, Assinado digitalmente em 12/12/2012 por JORGE CELSO FREIRE DA SILVA, Assinado digitalmente em 11/12/2012 por ALEXANDRE ANT ONIO ALKMIM TEIXEIRA Processo nº 19515.000465/201150 Acórdão n.º 1401000.867 S1‐C4T1 Fl. 4 5 Fl. 105DF CARF MF Impresso em 07/01/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 11/12/2012 por ALEXANDRE ANTONIO ALKMIM TEIXEIRA, Assinado digitalmente em 12/12/2012 por JORGE CELSO FREIRE DA SILVA, Assinado digitalmente em 11/12/2012 por ALEXANDRE ANT ONIO ALKMIM TEIXEIRA
score : 1.0
Numero do processo: 15586.000983/2010-06
Turma: Terceira Turma Especial da Segunda Seção
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Thu Aug 16 00:00:00 UTC 2012
Data da publicação: Mon Oct 22 00:00:00 UTC 2012
Ementa: Assunto: Contribuições Sociais Previdenciárias
Período de apuração: 01/01/2006 a 31/12/2007
MATÉRIA NÃO IMPUGNADA. SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA.
Se a matéria não é contestada em primeiro grau de julgamento, será considerada não impugnada, não podendo ser apreciada em recurso, salvo em casos justificados ou de clara nulidade, sob pena de supressão de instância.
SALÁRIO DE CONTRIBUIÇÃO. AUXÍLIO-EDUCAÇÃO. PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS. PAGAMENTO EM DESACORDO COM A LEI.
Integram o salário de contribuição, os valores pagos a segurados empregados a titulo de auxilio-educação, assistência médica e participação nos lucros e resultados, quando tais pagamentos não atenderem às exigências legais.
PREVIDENCIÁRIO. CUSTEIO. ALIMENTAÇÃO FORNECIDA PELO EMPREGADOR. PAGAMENTO IN NATURA. NÃO INCIDÊNCIA DA TRIBUTAÇÃO. INSCRIÇÃO NO PAT. DESNECESSIDADE..
O auxílio-alimentação in natura não sofre a incidência da contribuição previdenciária, por não possuir natureza salarial, esteja o empregador inscrito ou não no Programa de Alimentação do Trabalhador - PAT.
AUXÍLIO-SAÚDE.DEPENDENTES. NÃO INCIDÊNCIA DA TRIBUTAÇÃO
O art. 28, par. 9o., alinea q, da Lei n. 8.212/1991, não limita que o plano de saúde deva limitar-se apenas à pessoa funcionário ou dirigente da empresa, mas que deve ser oferecido a todos os seus colaboradores.
ALEGAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE NÃO APRECIADA PELO CARF, ART. 62, DO REGIMENTO INTERNO.
O CARF não pode afastar a aplicação de decreto ou lei sob alegação de inconstitucionalidade, salvo nas estritas hipóteses do Regimento Interno do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais.
Recurso Voluntário Provido Em Parte - Crédito Tributário Mantido em Parte
Numero da decisão: 2803-001.770
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em dar provimento parcial ao recurso, nos termos do voto do(a) relator(a), para declarar a insubsistência e decretar o cancelamento do lançamento e respectivos créditos tributários com base em fornecimento de cestas básicas e vales alimentação (levantamentos AL e AL1) e em valores decorrentes de planos de assistência médíca-hospitalar e odontológica pagos a dependentes e filhos dos empregados (levantamentos MD e MD1). Quanto à rubrica auxílio educação o Conselheiro Amilcar Barca Teixeira Junior entende que deve ser provida.
Fez sustentação oral: CANEXUS QUIMICA BRASIL LTDA
Outros eventos ocorridos: Sustentação oral Advogado(a) Dr(a) Dyna Hoffmann Assi Guerra, OAB/ES nº 8.847.
(Assinado digitalmente)
Helton Carlos Praia de Lima - Presidente.
(Assinado digitalmente)
Gustavo Vettorato - Relator.
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Helton Carlos Praia de Lima (presidente), Gustavo Vettorato, Natanael Vieira dos Santos, Amilcar Barca Teixeira Júnior, André Luis Marisco Lombardi, Paulo Roberto Lara dos Santos.
Nome do relator: GUSTAVO VETTORATO
1.0 = *:*toggle all fields
dt_index_tdt : Fri Oct 08 01:09:55 UTC 2021
anomes_sessao_s : 201208
ementa_s : Assunto: Contribuições Sociais Previdenciárias Período de apuração: 01/01/2006 a 31/12/2007 MATÉRIA NÃO IMPUGNADA. SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA. Se a matéria não é contestada em primeiro grau de julgamento, será considerada não impugnada, não podendo ser apreciada em recurso, salvo em casos justificados ou de clara nulidade, sob pena de supressão de instância. SALÁRIO DE CONTRIBUIÇÃO. AUXÍLIO-EDUCAÇÃO. PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS. PAGAMENTO EM DESACORDO COM A LEI. Integram o salário de contribuição, os valores pagos a segurados empregados a titulo de auxilio-educação, assistência médica e participação nos lucros e resultados, quando tais pagamentos não atenderem às exigências legais. PREVIDENCIÁRIO. CUSTEIO. ALIMENTAÇÃO FORNECIDA PELO EMPREGADOR. PAGAMENTO IN NATURA. NÃO INCIDÊNCIA DA TRIBUTAÇÃO. INSCRIÇÃO NO PAT. DESNECESSIDADE.. O auxílio-alimentação in natura não sofre a incidência da contribuição previdenciária, por não possuir natureza salarial, esteja o empregador inscrito ou não no Programa de Alimentação do Trabalhador - PAT. AUXÍLIO-SAÚDE.DEPENDENTES. NÃO INCIDÊNCIA DA TRIBUTAÇÃO O art. 28, par. 9o., alinea q, da Lei n. 8.212/1991, não limita que o plano de saúde deva limitar-se apenas à pessoa funcionário ou dirigente da empresa, mas que deve ser oferecido a todos os seus colaboradores. ALEGAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE NÃO APRECIADA PELO CARF, ART. 62, DO REGIMENTO INTERNO. O CARF não pode afastar a aplicação de decreto ou lei sob alegação de inconstitucionalidade, salvo nas estritas hipóteses do Regimento Interno do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais. Recurso Voluntário Provido Em Parte - Crédito Tributário Mantido em Parte
turma_s : Terceira Turma Especial da Segunda Seção
dt_publicacao_tdt : Mon Oct 22 00:00:00 UTC 2012
numero_processo_s : 15586.000983/2010-06
anomes_publicacao_s : 201210
conteudo_id_s : 5174020
dt_registro_atualizacao_tdt : Mon Oct 22 00:00:00 UTC 2012
numero_decisao_s : 2803-001.770
nome_arquivo_s : Decisao_15586000983201006.PDF
ano_publicacao_s : 2012
nome_relator_s : GUSTAVO VETTORATO
nome_arquivo_pdf_s : 15586000983201006_5174020.pdf
secao_s : Segunda Seção de Julgamento
arquivo_indexado_s : S
decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em dar provimento parcial ao recurso, nos termos do voto do(a) relator(a), para declarar a insubsistência e decretar o cancelamento do lançamento e respectivos créditos tributários com base em fornecimento de cestas básicas e vales alimentação (levantamentos AL e AL1) e em valores decorrentes de planos de assistência médíca-hospitalar e odontológica pagos a dependentes e filhos dos empregados (levantamentos MD e MD1). Quanto à rubrica auxílio educação o Conselheiro Amilcar Barca Teixeira Junior entende que deve ser provida. Fez sustentação oral: CANEXUS QUIMICA BRASIL LTDA Outros eventos ocorridos: Sustentação oral Advogado(a) Dr(a) Dyna Hoffmann Assi Guerra, OAB/ES nº 8.847. (Assinado digitalmente) Helton Carlos Praia de Lima - Presidente. (Assinado digitalmente) Gustavo Vettorato - Relator. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Helton Carlos Praia de Lima (presidente), Gustavo Vettorato, Natanael Vieira dos Santos, Amilcar Barca Teixeira Júnior, André Luis Marisco Lombardi, Paulo Roberto Lara dos Santos.
dt_sessao_tdt : Thu Aug 16 00:00:00 UTC 2012
id : 4334549
ano_sessao_s : 2012
atualizado_anexos_dt : Fri Oct 08 08:54:28 UTC 2021
sem_conteudo_s : N
_version_ : 1713041217250394112
conteudo_txt : Metadados => pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.4; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 10; dc:format: application/pdf; version=1.4; pdf:charsPerPage: 2189; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; access_permission:fill_in_form: true; pdf:encrypted: true; access_permission:can_modify: true; Content-Type: application/pdf | Conteúdo => S2TE03 Fl. 321 1 320 S2TE03 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS SEGUNDA SEÇÃO DE JULGAMENTO Processo nº 15586.000983/201006 Recurso nº 15.586.000983201006 Voluntário Acórdão nº 2803001.770 – 3ª Turma Especial Sessão de 16 de agosto de 2012 Matéria Contribuições Previdenciárias Recorrente CANEXUS QUIMICA BRASIL LTDA. Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PREVIDENCIÁRIAS Período de apuração: 01/01/2006 a 31/12/2007 MATÉRIA NÃO IMPUGNADA. SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA. Se a matéria não é contestada em primeiro grau de julgamento, será considerada não impugnada, não podendo ser apreciada em recurso, salvo em casos justificados ou de clara nulidade, sob pena de supressão de instância. SALÁRIO DE CONTRIBUIÇÃO. AUXÍLIOEDUCAÇÃO. PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS. PAGAMENTO EM DESACORDO COM A LEI. Integram o salário de contribuição, os valores pagos a segurados empregados a titulo de auxilioeducação, assistência médica e participação nos lucros e resultados, quando tais pagamentos não atenderem às exigências legais. PREVIDENCIÁRIO. CUSTEIO. ALIMENTAÇÃO FORNECIDA PELO EMPREGADOR. PAGAMENTO IN NATURA. NÃO INCIDÊNCIA DA TRIBUTAÇÃO. INSCRIÇÃO NO PAT. DESNECESSIDADE.. O auxílioalimentação in natura não sofre a incidência da contribuição previdenciária, por não possuir natureza salarial, esteja o empregador inscrito ou não no Programa de Alimentação do Trabalhador PAT. AUXÍLIOSAÚDE.DEPENDENTES. NÃO INCIDÊNCIA DA TRIBUTAÇÃO O art. 28, par. 9o., alinea q, da Lei n. 8.212/1991, não limita que o plano de saúde deva limitarse apenas à pessoa funcionário ou dirigente da empresa, mas que deve ser oferecido a todos os seus colaboradores. ALEGAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE NÃO APRECIADA PELO CARF, ART. 62, DO REGIMENTO INTERNO. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 15 58 6. 00 09 83 /2 01 0- 06 Fl. 321DF CARF MF Impresso em 22/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 18/10/2012 por GUSTAVO VETTORATO, Assinado digitalmente em 18/10/2012 po r GUSTAVO VETTORATO, Assinado digitalmente em 18/10/2012 por HELTON CARLOS PRAIA DE LIMA Processo nº 15586.000983/201006 Acórdão n.º 2803001.770 S2TE03 Fl. 322 2 O CARF não pode afastar a aplicação de decreto ou lei sob alegação de inconstitucionalidade, salvo nas estritas hipóteses do Regimento Interno do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais. Recurso Voluntário Provido Em Parte Crédito Tributário Mantido em Parte Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em dar provimento parcial ao recurso, nos termos do voto do(a) relator(a), para declarar a insubsistência e decretar o cancelamento do lançamento e respectivos créditos tributários com base em fornecimento de cestas básicas e vales alimentação (levantamentos AL e AL1) e em valores decorrentes de planos de assistência médícahospitalar e odontológica pagos a dependentes e filhos dos empregados (levantamentos MD e MD1). Quanto à rubrica auxílio educação o Conselheiro Amilcar Barca Teixeira Junior entende que deve ser provida. Fez sustentação oral: CANEXUS QUIMICA BRASIL LTDA Outros eventos ocorridos: Sustentação oral Advogado(a) Dr(a) Dyna Hoffmann Assi Guerra, OAB/ES nº 8.847. (Assinado digitalmente) Helton Carlos Praia de Lima Presidente. (Assinado digitalmente) Gustavo Vettorato Relator. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Helton Carlos Praia de Lima (presidente), Gustavo Vettorato, Natanael Vieira dos Santos, Amilcar Barca Teixeira Júnior, André Luis Marisco Lombardi, Paulo Roberto Lara dos Santos. Fl. 322DF CARF MF Impresso em 22/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 18/10/2012 por GUSTAVO VETTORATO, Assinado digitalmente em 18/10/2012 po r GUSTAVO VETTORATO, Assinado digitalmente em 18/10/2012 por HELTON CARLOS PRAIA DE LIMA Processo nº 15586.000983/201006 Acórdão n.º 2803001.770 S2TE03 Fl. 323 3 Relatório O presente Recurso Voluntário (fls.277 e seguintes) foi interposto contra decisão da DRJ(fls.257 e seguintes do processo digital), que manteve o crédito tributário referente às contribuições sociais, devidas e não recolhidas a Seguridade Social, incidentes sobre as remunerações pagas aos segurados empregados e contribuintes individuais no período de 01/2006 a 12/2007, referentes a parte dos segurados, não descontadas pela empresa. Os créditos foram constituídos quanto aos segurados empregados com base em diferenças entre a folha de pagamento e GFIP´s (EF e EF1), pagamentos a título de cestas básicas e vales alimentação (AL e AL1), valores decorrentes de planos de assistência médíca hospitalar e odontológica pago a dependentes dos empregados (MD e MD1), Segurdo de Vida em Grupo sem previsão em Acórdo Coletivo de Trabalho, no período de 10.2006 a 12.2007 (SV e SV1), aluguel de imóvel residencial ao empregado Charles Lussier entre 01.2006 e 06.2007 (ME e ME1), reenbolsos em folha de pagamento oriundos do Programa de Qualidade de Vida a funcionarios com gastos com atividades físicas (QV e QV1), abonos salariais anual conforme Acordo Coletivo de Trabalho (AA e AA1); auxílio educação a dependentes dos funcionários (AE e AE1), valores furtos de participação de lucros e resultados em desconformidade com a Lei n. 10.101/2000, sem regras e programs pactuados previamente e pagamentos sem a devida aferição para os cargos de gerência, coordena;áo, engenheiros, lideres, diretoria da empresa (PR, PR1, PL). No caso de segurados contribuintes individuais, levantaramse valores pagos a taxistas autônomos e contribuintes individuais (AF, AF1, F, FF1), valores pagos ao sócio administrador (Sr. Daren Lee Hunchak) não informado em GFIP na competência de 08.2007 (SF1), aluguel de imóvel residencial para o sócio administrador (Sr. Daren Lee Hunchak) de 04.2006 a 12.2007 (AC e AC1). A ciência do auto de infração inaugural foi em 10.09.2010 (fls. 142, dos autos digitais). Em impugnação a Recorrente requereu a improcedência do lançamento de forma específica: Diante de todo o exposto, REQUER, seja recebida, processada e provida a presente defesa, para decretar a insubsistência no Auto de Infração DEBCAD n° 37.258.4160, em face da exigência do recolhimento da contribuição social incidente sobre o Auxilioeducação e o plano de assistência médicohospitalar e odontológica para filhos de empregados e participação dos lucros e resultados, dos segurados empregados e contribuintes individuais. Em razão disso, somente essas matérias foram apreciadas em primeiro grau, pois as demais foram consideradas como não contestadas, portanto não impugnadas (art. 17, do Dec. 70.325/1972). Sendo improvida a impugnação, conforme acima relatado. Assim, o recurso veio à presente turma especial para seu julgamento, em que apresentou os seguintes argumentos resumidos: as verbas objetos de autuação têm natureza indenizatória ou de auxílio de custos, sem natureza remuneratória, a natureza indenizatória do Fl. 323DF CARF MF Impresso em 22/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 18/10/2012 por GUSTAVO VETTORATO, Assinado digitalmente em 18/10/2012 po r GUSTAVO VETTORATO, Assinado digitalmente em 18/10/2012 por HELTON CARLOS PRAIA DE LIMA Processo nº 15586.000983/201006 Acórdão n.º 2803001.770 S2TE03 Fl. 324 4 fornecimento de alimentos a título de vales/tickets e cestas de alimentação independentemente de inscrição ao Programa de Alimentação do Trabalhador, do auxíliosaúde (pagamento de planos médicohospitalares e odontológicos) aos dependentes não tem natureza remuneratória, pagamento de seguro de vida e de acidentes pessoais, que o aluguel de imóvel residencial para Charles Lussier era para fins de habita;áo fornecidos pela empresa ao empregado para tabalhar em localidade distante da de sua residência, os valores referentes ao programa de qualidade não de natureza social e preventivos à própria saúde pública, que o abono pago em 1/2007 não integra o salário (art. 28, par. 9o., item 7, da Lei n. 8.212), que o auxílioeducação pagos aos dependentes dos funcionários não tem natureza remuneratória, equiparados a auxílio alimentação(art. 28, par. 9o., alinea t, da Lei n. 8.212), que a participação dos lucros e resultados está prevista em Acordo Coletivo, falta de clareza da autua;áo quanto aos pagamentos aos contribuintes individuais autônomos. Em sessão, fora realizada sustentação oral da patrona da Recorrente, Dra. Dyna Hoffmann Assi Guerra, OAB/ES nº 8.847. Esse é o relatório. Fl. 324DF CARF MF Impresso em 22/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 18/10/2012 por GUSTAVO VETTORATO, Assinado digitalmente em 18/10/2012 po r GUSTAVO VETTORATO, Assinado digitalmente em 18/10/2012 por HELTON CARLOS PRAIA DE LIMA Processo nº 15586.000983/201006 Acórdão n.º 2803001.770 S2TE03 Fl. 325 5 Voto Conselheiro Gustavo Vettorato Relator I O recurso é tempestivo, conforme supra relatado, dispensado do depósito prévio (Súmula Vinculante 21 do STF), assim deve o mesmo ser conhecido. II – Preliminarmente, em razão da não impugnação das matérias trazidas em recurso voluntário em primeiro grau de instância, sob pena de desobediência ao art. 17, do Dec. 70.235/1972, bem como supressão de instância não justificada (art. 1o. do Regimento Interno do CARF/MF), restaram prejudicados os questionamentos que não forem o auxílioeducação, plano de assistência médicohospitalar e odontológico para filhos e dependentes dos empregados e participação dos lucros e resultados, bem como aqueles com clara permissão de afastamento da aplicação da lei (auxílioalimentação) por dever de ofício. Ainda, quanto à suposta inconstitucionalidade dos fundamentos legais apontados nos outros pontos do recurso, não apreciados em razão de não terem sido contestados, é vedado aos Conselheiros do CARFMF afastarem a aplicação da lei ou decreto sob tal argumento, salvo nas exceções expressas dos artigos 62 e 62A do Regimento Interno do CARFMF III – Quanto à inconformidade da aplicação de contribuições previdenciárias com base nos valores pagos a título de auxílioeducação pagos aos dependentes. Devese anotar que a empresa não trouxe qualquer elemento probatório ou legal que demonstrase que a bolsa paga aos filhos e dependentes dos funcionários há qualquer vinculação com a atividade ou qualificação dos funcionários da mesma. Assim, não há demostração de sua desvinculação à remuneração, ou que o auxílio tem natureza indenizatória, representando aumento de renda. Assim, o disposto no art. 28, par. 9o., alinea t, da Lei n. 8.212/1991, é claro em que a natureza indenizatória do pagamento de auxílioeducação deve estar vinculda à qualificação dos funcionários da empresa. Nesse aspecto, não perece acolhimento o recurso. IV – Quanto às alegações de não incidência de contribuições previdenciárias sobre valores referentes à saúde plano de assistência médicohospitalar e odontológico aos filhos dos empregados, verificase que o art. 28, par. 9o., alinea q, da Lei n. 8.212/1991, não limita que o plano de saúde deva limitarse apenas à pessoa funcionário ou dirigente da empresa, mas que deve ser oferecido a todos os seus colaboradores. Fato esse é claro no art. 458, par. 2o., IV, da CLT, ao apontar que tais valores não configuram salários. O entendimento é acompanhado pela jurisprudência judicial e administrativa, como bem demonstrado no voto condutor da lavra do Conselheiro Elias Sampaio Freire, no Acórdão n. 240101.981, oriundo da 1a. Turma Ordinária da 4a. Câmara da 2a. Seção de Julgamento do CARF/MF, de 22.08.2011, abaixo citado : Fl. 325DF CARF MF Impresso em 22/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 18/10/2012 por GUSTAVO VETTORATO, Assinado digitalmente em 18/10/2012 po r GUSTAVO VETTORATO, Assinado digitalmente em 18/10/2012 por HELTON CARLOS PRAIA DE LIMA Processo nº 15586.000983/201006 Acórdão n.º 2803001.770 S2TE03 Fl. 326 6 No presente caso, tenho a salientar que o denominado auxílioexcepcional é concedido aos empregados da recorrente, na forma de reembolso, para o tratamento de dependente portador de incapacidade congênita, conforme Relatório fiscal (fls. 113 a 119), in verbis: “Em análise aos diversos documentos e regulamentos internos da empresa, verificouse que o AuxílioExcepcional (também chamado de AuxílioDeficiente ou Auxílio a Portadores de Necessidades Especiais) tratase de benefício concedido pela Fundação aos seus empregados na forma de reembolso limitado de despesas com o tratamento de seu dependente que seja portador de incapacidade congênita que comprometa a sua educação e desenvolvimento.” Saliento que não integra a base de cálculo para fins de incidência de contribuições previdenciárias “o valor relativo à assistência prestada por serviço médico ou odontológico, próprio da empresa ou daquele a ela conveniado, inclusive o reembolso de despesas médicohospitalares ou com medicamentos, óculos, aparelhos ortopédicos e outras similares, desde que a cobertura abranja a totalidade dos empregados e dirigentes da empresa” (art. 28, § 9º , alínea “q” da Lei nº 8.212, de 1991). Entendo que o auxílio excepcional a que se refere o presente lançamento, nada mais é do que um reembolso para tratamento médico de dependente portador de incapacidade congênita que comprometa a sua educação e desenvolvimento, que enquadra perfeitamente na hipótese prevista no art. 28, § 9º , alínea “q” da Lei nº 8.212, de 1991. Precedentes: TRF2 APELAÇÃO CIVEL: AC 200351010269501 RJ 2003.51.01.0269501, Relator(a): Juíza Federal Convocada SANDRA CHALU BARBOSA “TRIBUTÁRIO. AÇÃO ANULATÓRIA DE DÉBITO FISCAL. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. AUXÍLIO AO FILHO EXCEPCIONAL. RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO. 1. Tratase de apelação de interposta contra a sentença que julgou improcedente o pedido da autora e a condenou ao pagamento de custas e honorários advocatícios na ordem de 10% sobre o valor da causa atualizado. 2. A autora alega em seu recurso que a NFLD em questão, que "diz respeito à pretensa cobrança de contribuição previdenciária sobre a verba denominada Fl. 326DF CARF MF Impresso em 22/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 18/10/2012 por GUSTAVO VETTORATO, Assinado digitalmente em 18/10/2012 po r GUSTAVO VETTORATO, Assinado digitalmente em 18/10/2012 por HELTON CARLOS PRAIA DE LIMA Processo nº 15586.000983/201006 Acórdão n.º 2803001.770 S2TE03 Fl. 327 7 auxílioexcepcional", não deve ser cobrada porque o referido auxílio excepcional, ao contrário do que defendeu a sentença, não possui natureza remuneratória, mas sim retributivo e comutativo. 3. Inicialmente, é de se dizer que, como bem observou a sentença atacada, saláriodecontribuição, nos termos do "inciso I do art. 28 da Lei 8.212/91, (...) referese à totalidade dos rendimentos pagos ou creditados a qualquer título" ao empregado e que "o auxílio excepcional não se enquadra em qualquer das hipóteses de exclusão da contribuição previdenciária taxativamente previstas no § 9ºdo art . 28" (fls. 97/98) da aludida lei. 4. Por outro lado, devem ser excluídos da autuação fiscal em debate os valores pagos como auxílio à criança excepcional que, em sede de execução, correspondam, comprovadamente, a pagamentos de despesas médicas ou que tenham sido utilizados na educação básica do menor excepcional, nos termos do artigo 28, § 9º, alíneas "q" e "t", da Lei nº 8.121/91. 5. Nesse sentido é a deliberação contida no processo nº 97.02.446066, da relatoria do MM. Juiz Federal Convocado Luiz Norton Baptista de Mattos, e que fora julgada no dia 22/01/2008 pela 3ª Turma Especializada deste TRF, com a seguinte fundamentação: "o auxílio excepcional previsto em acordo coletivo firmado pela autora é pago ao empregado, na forma de reembolso mensal, enquanto perdurar o atendimento especializado e a condição de empregado. Não tendo cunho remuneratório, de contraprestação de serviço, não integra o saláriodecontribuição, sendo, porém, necessária prova da prestação do serviço especializado". 6. Recurso conhecido e parcialmente provido.” E ainda, a Solução de Consulta nº 26, de 31 de julho de 2009, da 5ª Região Fiscal, DOU de 31/08/2009, foi no sentido de que as verbas pagas a título de auxílioexcepcional não têm natureza remuneratória: “ASSUNTO: Contribuições Sociais Previdenciárias EMENTA: As verbas pagas a título de AuxílioExcepcional, desde que atendidas as condições legalmente exigidas, têm natureza indenizatória, e não remuneratória, uma vez que o seu pagamento objetiva auxiliar o empregado nas despesas de educação e tratamento especializados despendidas. Deste modo, as referidas verbas não integram o Fl. 327DF CARF MF Impresso em 22/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 18/10/2012 por GUSTAVO VETTORATO, Assinado digitalmente em 18/10/2012 po r GUSTAVO VETTORATO, Assinado digitalmente em 18/10/2012 por HELTON CARLOS PRAIA DE LIMA Processo nº 15586.000983/201006 Acórdão n.º 2803001.770 S2TE03 Fl. 328 8 saláriodecontribuição, não se sujeitando, portanto, à incidência de contribuição previdenciária.” Assim, nesse ponto merece acolhimento o recurso. V – Quanto à incidência de contribuições previdenciárias sobre os valores pagos a título de participação de receita/lucros, verificase que realmente houve desobediência injustificada (atrasos em negociação) mas as regras para participação dos empregados nas receitas e lucros desobedeceram ao art. 2, par.1o,e b, da Lei n. 10.101/2000, não podendo serem as verbas excluídas da base de cálculo das contribuições previdenciárias (art. 28, §9ª, “j”, da Lei 8.212 – Ac. 2803001.503, da 3a. Turma Especial da 2a. Seção de Julgamento do CARF, Rel. Cons. Oseas Coimbra, sessão de 17.04.2012). E a principal falha ao caso é a falta de previsibilidade, pois os acordos não eram realizados de forma prévia, à distribuição. Tudo plenamente demonstrado pela decisão recorrida. Assim, não merece reforma a decisão nesse ponto. VI – Por se tratar de questão consolidada com a autorização da alínea a, o inciso II,parágrafo único do art. 62, do Regimento Interno do CARF, c/c o Parecer PGFN/CRJ/Nº 2117/2011, DOU de 24/11/2011, Ato Declaratório nº 03/2011, podendose apreciar a matéria de ofício, quanto no que tange fornecimento de alimentação in natura (vale/ticket alimentação e cestas básicas), em desconformidade com o Programa de Alimentação do Trabalhador, esse auxílioalimentação mantêm a sua natureza indenizatória. Tais verbas encontramse na lista daquelas que não integram o saláriode contribuição, nos moldes do § 9º do art. 28 da Lei nº 8.212/91, desde que o contribuinte, observe os critérios que o próprio dispositivo legal estabelece. A inobservância dos critérios previstos em lei, certamente levará a autoridade administrativa incumbida do lançamento a cumprir seu dever legal, sob pena de responsabilidade funcional, conforme assevera o parágrafo único do art. 142 do Código Tributário Nacional – CTN. Realizado o lançamento, ao contribuinte será dada a oportunidade de se defender via impugnação e, sendo mantido o lançamento, via recurso voluntário à segunda instância administrativa, que na situação vertente é o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF) do Ministério da Fazenda. Na hipótese de o contribuinte continuar vencido em suas argumentações também na segunda instância administrativa, observadas as regras previstas na legislação tributária vigente, o crédito, a partir do esgotamento de recursos nessa esfera, será objeto de cobrança pela via judicial, cobrança essa manejada pela ProcuradoriaGeral da Fazenda Nacional. Como o assunto diz respeito ao descumprimento de legislação federal, o rito processual será realizado na Justiça Federal, podendo a discussão chegar (e em regra chega) ao Superior Tribunal de Justiça – STJ. Toda essa movimentação, obviamente, trará para as partes despesas de vários matizes, tendo em vista que nada sai de graça na utilização da máquina do judiciário. Fl. 328DF CARF MF Impresso em 22/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 18/10/2012 por GUSTAVO VETTORATO, Assinado digitalmente em 18/10/2012 po r GUSTAVO VETTORATO, Assinado digitalmente em 18/10/2012 por HELTON CARLOS PRAIA DE LIMA Processo nº 15586.000983/201006 Acórdão n.º 2803001.770 S2TE03 Fl. 329 9 Partindo das premissas acima descritas e refletindo melhor sobre posicionamentos anteriores, percebo que algumas verbas, mesmo previstas em lei, e apesar da correção do lançamento levado a efeito pela autoridade administrativa, não serão alcançadas pelo fisco, tendo em vista que, ao fim e ao cabo, o Poder Judiciário, o STJ, em especial, a qualificará como não incidente de contribuição previdenciária, como é o caso do pagamento de auxilioalimentação sem o devido registro da empresa perante o Ministério do Trabalho e Emprego. Tais afirmativas encontram ressonância, por exemplo, na decisão proferida pelo STJ, no AgRg no AREsp 5810 / SC AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL 2011/00810687, publicado no DJe de 10/06/2011, cuja ementa transcrevo, verbis: PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. ALIMENTAÇÃO FORNECIDA PELO EMPREGADOR. PAGAMENTO IN NATURA. NÃO INCIDÊNCIA DA TRIBUTAÇÃO. INSCRIÇÃO NO PAT. DESNECESSIDADE. PRECEDENTES. SÚMULA 83/STJ. 1. Caso em que se discute a incidência da contribuição previdenciária sobre as verbas recebidas a título de auxílio alimentação in natura, quando a empresa não está inscrita no Programa de Alimentação do Trabalhador PAT. 2. A jurisprudência desta Corte pacificouse no sentido de que o auxílioalimentação in natura não sofre a incidência da contribuição previdenciária, por não possuir natureza salarial, esteja o empregador inscrito ou não no Programa de Alimentação do Trabalhador PAT. Precedentes: EREsp 603.509/CE, Rel. Ministro Castro Meira, Primeira Seção, DJ 8/11/2004; REsp 1.196.748/RJ, Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, Segunda Turma, DJe 28/9/2010; AgRg no REsp 1.119.787/SP, Rel. Ministro Luiz Fux, Primeira Turma, DJe 29/6/2010. 3. Agravo regimental não provido. (grifouse e destacouse) Como se pode observar, tratase de jurisprudência pacificada no STJ, situação essa que a meu ver deve balizar os julgamentos nas esferas administrativas, motivo pelo qual passo, de agora em diante, a conduzir meus votos nesse sentido, considerando que a verba ora guerreada não possui natureza salarial, sendo, inclusive, desnecessária a inscrição ou não do empregador no Programa de Alimentação do Trabalhador – PAT. Ou seja, é um caso de nãoincidência, não de isenção, pois tais valores não se encontram no alcance e sentido do fato gerador e base de cálculo definidas no art. 28, I, da Lei n. 8.212/1991, que exige a natureza remuneratória (contraprestação pelo serviço) de tais pagamentos. Entendimento esse inclusive reconhecido pelo Parecer PGFN/CRJ/Nº 2117/2011, DOU de 24/11/2011, Ato Declaratório nº 03/2011. Em razão dos argumentos acima expendidos excluo do lançamento a parcela in natura paga a título de alimentação (mesmo em vale/ticket alimentação, fornecimento de cestas básicas, ressarcimento de custos com restaurantes, restaurantes pagos pela empresa, pois Fl. 329DF CARF MF Impresso em 22/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 18/10/2012 por GUSTAVO VETTORATO, Assinado digitalmente em 18/10/2012 po r GUSTAVO VETTORATO, Assinado digitalmente em 18/10/2012 por HELTON CARLOS PRAIA DE LIMA Processo nº 15586.000983/201006 Acórdão n.º 2803001.770 S2TE03 Fl. 330 10 somente pode ser utilizado para obtenção de alimentos pelo funcionário, mantendo sua característica), tendo em conta que ela não tem natureza salarial, bem como ser despiciendo o registro da empresa no Programa de Alimentação do Trabalhador – PAT, do Ministério do Trabalho e Emprego. Neste caso, merece acolhimento o recurso. VII – Conclusão Isso posto, voto por conhecer o Recurso Voluntário, para, no mérito, DAR LHE PARCIAL PROVIMENTO, no sentido de declarar a insubsistência e decretar o cancelamento do lançamento e respectivos créditos tributários com base em fornecimento de cestas básicas e vales alimentação (levantamentos AL e AL1) e em valores decorrentes de planos de assistência médícahospitalar e odontológica pagos a dependentes e filhos dos empregados (levantamentos MD e MD1). Sala de Sessões, 16 de agosto de 2012. (Assinado Digitalmente) Gustavo Vettorato Relator Fl. 330DF CARF MF Impresso em 22/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 18/10/2012 por GUSTAVO VETTORATO, Assinado digitalmente em 18/10/2012 po r GUSTAVO VETTORATO, Assinado digitalmente em 18/10/2012 por HELTON CARLOS PRAIA DE LIMA
score : 1.0
Numero do processo: 15540.000484/2010-37
Turma: Segunda Turma Ordinária da Segunda Câmara da Primeira Seção
Câmara: Segunda Câmara
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Tue Dec 04 00:00:00 UTC 2012
Data da publicação: Wed Feb 06 00:00:00 UTC 2013
Ementa: Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Jurídica - IRPJ
Ano-calendário: 2005, 2007
DECADÊNCIA. TRIBUTO SUJEITO A LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO. PIS E COFINS. Comprovado nos autos a existência de pagamento antecipado no período apurado, deve ser aplicado o prazo disposto no art. 150, § 4º do Código Tributário Nacional, em observância ao posicionamento consolidado no STJ.
IRPJ. OMISSÃO DE RECEITAS. DEPÓSITOS BANCÁRIOS. COMPROVAÇÃO DA ORIGEM. A autuação não deve prosperar nos casos em que o contribuinte consegue comprovar a origem dos depósitos bancários, cujos valores foram considerados omissão de receitas.
Numero da decisão: 1202-000.917
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso de ofício, nos termos do voto do Relator.
(documento assinado digitalmente)
Nelson Lósso Filho- Presidente
(documento assinado digitalmente)
Geraldo Valentim Neto - Relator
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Nelson Lósso Filho, Viviane Vidal Wagner, Carlos Alberto Donassolo, Nereida de Miranda Finamore Horta, Geraldo Valentim Neto e Orlando José Gonçalves Bueno
Nome do relator: GERALDO VALENTIM NETO
1.0 = *:*toggle all fields
dt_index_tdt : Fri Oct 08 01:09:55 UTC 2021
anomes_sessao_s : 201212
camara_s : Segunda Câmara
ementa_s : Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Jurídica - IRPJ Ano-calendário: 2005, 2007 DECADÊNCIA. TRIBUTO SUJEITO A LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO. PIS E COFINS. Comprovado nos autos a existência de pagamento antecipado no período apurado, deve ser aplicado o prazo disposto no art. 150, § 4º do Código Tributário Nacional, em observância ao posicionamento consolidado no STJ. IRPJ. OMISSÃO DE RECEITAS. DEPÓSITOS BANCÁRIOS. COMPROVAÇÃO DA ORIGEM. A autuação não deve prosperar nos casos em que o contribuinte consegue comprovar a origem dos depósitos bancários, cujos valores foram considerados omissão de receitas.
turma_s : Segunda Turma Ordinária da Segunda Câmara da Primeira Seção
dt_publicacao_tdt : Wed Feb 06 00:00:00 UTC 2013
numero_processo_s : 15540.000484/2010-37
anomes_publicacao_s : 201302
conteudo_id_s : 5183449
dt_registro_atualizacao_tdt : Wed Feb 06 00:00:00 UTC 2013
numero_decisao_s : 1202-000.917
nome_arquivo_s : Decisao_15540000484201037.PDF
ano_publicacao_s : 2013
nome_relator_s : GERALDO VALENTIM NETO
nome_arquivo_pdf_s : 15540000484201037_5183449.pdf
secao_s : Primeira Seção de Julgamento
arquivo_indexado_s : S
decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso de ofício, nos termos do voto do Relator. (documento assinado digitalmente) Nelson Lósso Filho- Presidente (documento assinado digitalmente) Geraldo Valentim Neto - Relator Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Nelson Lósso Filho, Viviane Vidal Wagner, Carlos Alberto Donassolo, Nereida de Miranda Finamore Horta, Geraldo Valentim Neto e Orlando José Gonçalves Bueno
dt_sessao_tdt : Tue Dec 04 00:00:00 UTC 2012
id : 4473103
ano_sessao_s : 2012
atualizado_anexos_dt : Fri Oct 08 08:56:18 UTC 2021
sem_conteudo_s : N
_version_ : 1713041217254588416
conteudo_txt : Metadados => pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.4; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 9; dc:format: application/pdf; version=1.4; pdf:charsPerPage: 1919; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; access_permission:fill_in_form: true; pdf:encrypted: true; access_permission:can_modify: true; Content-Type: application/pdf | Conteúdo => S1C2T2 Fl. 9 1 8 S1C2T2 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS PRIMEIRA SEÇÃO DE JULGAMENTO Processo nº 15540.000484/201037 Recurso nº De Ofício Acórdão nº 1202000.917 – 2ª Câmara / 2ª Turma Ordinária Sessão de 04 de dezembro de 2012 Matéria IRPJ, CSLL, PIS e COFINS. Recorrente FAZENDA NACIONAL Interessado MORADA INVESTIMENTOS S/A ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA JURÍDICA IRPJ Anocalendário: 2005, 2007 DECADÊNCIA. TRIBUTO SUJEITO A LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO. PIS E COFINS. Comprovado nos autos a existência de pagamento antecipado no período apurado, deve ser aplicado o prazo disposto no art. 150, § 4º do Código Tributário Nacional, em observância ao posicionamento consolidado no STJ. IRPJ. OMISSÃO DE RECEITAS. DEPÓSITOS BANCÁRIOS. COMPROVAÇÃO DA ORIGEM. A autuação não deve prosperar nos casos em que o contribuinte consegue comprovar a origem dos depósitos bancários, cujos valores foram considerados omissão de receitas. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso de ofício, nos termos do voto do Relator. (documento assinado digitalmente) Nelson Lósso Filho Presidente (documento assinado digitalmente) Geraldo Valentim Neto Relator Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Nelson Lósso Filho, Viviane Vidal Wagner, Carlos Alberto Donassolo, Nereida de Miranda Finamore Horta, Geraldo Valentim Neto e Orlando José Gonçalves Bueno AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 15 54 0. 00 04 84 /2 01 0- 37 Fl. 2549DF CARF MF Impresso em 06/02/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 24/01/2013 por GERALDO VALENTIM NETO, Assinado digitalmente em 24/01/201 3 por GERALDO VALENTIM NETO, Assinado digitalmente em 05/02/2013 por NELSON LOSSO FILHO 2 Relatório Trata o presente processo de Autos de Infração (fls. 03/79) consubstanciados em lançamentos de IRPJ, CSLL, PIS e COFINS, somados a multa de ofício qualificada e juros, referentes aos anos calendários de 2005 e 2007. Segundo consta do Termo de Verificação Fiscal (fls. 11/41) as infrações apuradas teriam sido as seguintes: (i) Omissão de receitas decorrentes de depósitos bancários contabilizados cujas origens não foram comprovadas; e (ii) Omissão de receitas decorrentes de recursos identificados nos Livros Diários do contribuinte de nº 39, 42 e 44. Com relação a esse último item, foi aplicado multa de ofício qualificada por suposta existência de documento adulterado. Cientificada da lavratura dos referidos Autos de Infração, a contribuinte, ora interessada, apresentou Impugnação (fls. 1241/1268), que foi levada a julgamento na Delegacia da Receita Federal do Brasil de Julgamento no Rio de Janeiro I (DRJRJ), a qual houve por bem julgála parcialmente procedente, nos seguintes termos da ementa abaixo transcrita: ASSUNTO: NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO Anocalendário: 2005 TRIBUTOS SUJEITOS A LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO. CONTAGEM DO PRAZO DECADENCIAL. INEXISTÊNCIA DE PAGAMENTO ANTECIPADO. Em se tratando de tributo sujeito a lançamento por homologação, o prazo decadencial de cinco anos para a constituição do crédito tributário deve ser contado a partir da data de ocorrência do fato gerador, conforme determina o art. 150, §4º, do CTN. De observar, todavia, que a referida sistemática de lançamento pressupõe a existência de um pagamento antecipado pelo contribuinte. Inexistindo tal pagamento, não há simplesmente o que homologar; nesta hipótese, o prazo decadencial começa a correr, não na data de ocorrência do fato gerador, mas sim no primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado, conforme prevê o art. 173, inciso I, do CTN. ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA JURÍDICA – IRPJ Anocalendário: 2005, 2007 OMISSÃO DE RECEITA. DEPÓSITOS BANCÁRIOS SEM COMPROVAÇÃO DE ORIGEM. VALORES A SEREM EXCLUÍDOS DA BASE TRIBUTÁVEL. Caracterizam receitas omitidas os valores creditados em conta de depósito mantida em instituição financeira, em relação aos quais o titular, regulamente intimado, não consiga comprovar, mediante documentação hábil e idônea, a origem dos recursos utilizados nessas operações. Para efeito de determinação da base tributável, não serão computados os créditos bancários decorrentes de transferências de outras contas do próprio titular. Fl. 2550DF CARF MF Impresso em 06/02/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 24/01/2013 por GERALDO VALENTIM NETO, Assinado digitalmente em 24/01/201 3 por GERALDO VALENTIM NETO, Assinado digitalmente em 05/02/2013 por NELSON LOSSO FILHO Processo nº 15540.000484/201037 Acórdão n.º 1202000.917 S1C2T2 Fl. 10 3 AGRAVAMENTO DA MULTA DE OFÍCIO. DOCUMENTOS CONTENDO INFORMAÇÕES FALSAS. Uma vez comprovado que a pessoa jurídica se utilizou de informações falsas, constantes de extratos bancários emitidos por instituição financeira de que é a principal acionista, reputase correto o agravamento da multa de ofício. ASSUNTO: OUTROS TRIBUTOS OU CONTRIBUIÇÕES Anocalendário: 2005, 2007 Ementa: PIS. COFINS. CSLL. Os lançamentos reflexivos colherão a mesma sorte daquele que lhes deu origem, uma vez que haja fatos ou argumentos novos a ensejar conclusões diversas. Impugnação Procedente em Parte Crédito Tributário Mantido em Parte Tendo em vista a exoneração de parte do crédito tributário, no ato do julgamento o Presidente da Turma da Delegacia da Receita Federal (DRJRJ) recorreu de ofício da decisão, em obediência ao disposto no artigo 34, inciso I do Decreto 70.235/72, tendo em vista que o crédito tributário exonerado excedeu o limite de R$ 1.000.000,00, estabelecido pela Portaria MF nº 03, de 03/01/2008. Em contrapartida, a contribuinte, ora interessada, foi intimada a recolher o valor mantido (conforme demonstrativo de fls. 1682) ou apresentar Recurso Voluntário. Comprovase através das DARF juntadas aos autos (fls. 1683/1686) que a contribuinte recolheu os exatos valores que foram mantidos, deixando de apresentar o devido Recurso Voluntário. Oportunamente os autos foram encaminhados a este Colegiado. Tendo sido designado relator do caso, requisitei a inclusão em pauta para julgamento do recurso. É o relatório. Voto Conselheiro Geraldo Valentim Neto, Relator Conforme se observa do relatório acima foi quitada a parcela do montante do crédito tributário que havia sido mantida pela decisão da DRJ/RJ, não havendo mais o que se discutir em relação àquela matéria. Dessa forma, passo à análise do Recurso de Ofício interposto pela DRJ/RJ. A decisão de primeira instância foi parcialmente favorável à contribuinte, conforme Acórdão nº 1235.811 da 15ª Turma da DRJ/RJ, que exonerou parte do crédito tributário consubstanciado nos Autos de Infração. Assim, com vistas à exoneração de parte do crédito tributário, recorreu a DRJ/RJ, via Recurso de Ofício, que recebo nos moldes da Portaria MF nº 3/2008 e do artigo 2º do Regimento interno do CARF, abaixo transcritos: Fl. 2551DF CARF MF Impresso em 06/02/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 24/01/2013 por GERALDO VALENTIM NETO, Assinado digitalmente em 24/01/201 3 por GERALDO VALENTIM NETO, Assinado digitalmente em 05/02/2013 por NELSON LOSSO FILHO 4 “Art. 1º O Presidente de Turma de Julgamento da Delegacia da Receita Federal do Brasil de Julgamento (DRJ) recorrerá de ofício sempre que a decisão exonerar o sujeito passivo do pagamento de tributo e encargos de multa, em valor total superior a R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais). Parágrafo único. O valor da exoneração de que trata o caput deverá ser verificado por processo’`. “Art. 2º À Primeira Seção cabe processar e julgar recursos de ofício e voluntário de decisão de primeira instância que versem sobre aplicação da legislação de: I Imposto sobre a Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ); II Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL);” A parcela do crédito tributário excluída pela decisão recorrida foi a seguinte: (i) decadência no tocante às exigências do PIS e da COFINS relativas aos meses de janeiro, fevereiro e março de 2005 e; (ii) Omissão de receitas decorrentes de depósitos bancários cujas origens foram comprovadas e de recursos identificados nos Livros Diários do contribuinte. Passo, então, à análise da decisão recorrida. I – DECADÊNCIA DOS LANÇAMENTOS DE PIS E COFINS A decisão recorrida considerou terem decaídos os lançamentos de PIS e COFINS referentes aos meses de janeiro, fevereiro e março de 2005, afastando referida cobrança. Conforme se observa dos autos, a contribuinte tomou ciência de referidos lançamentos em 30.09.2010 (fls. 1237) ao passo que o período correspondente ao lançamento é de 31.01.2005; 28.02.2005 e 31.03.2005. No tocante ao prazo decadencial para lançamento dos créditos tributários nos casos de tributos cujo lançamento é feito por homologação, cumpre destacar que o Egrégio Superior Tribunal de Justiça (STJ) já se posicionou quanto à matéria na sistemática do artigo 543C do Código de Processo Civil, ou seja, através da análise dos chamados “Recursos Repetitivos”. O precedente proferido tem a seguinte ementa: “PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA. ARTIGO 543C, DO CPC. TRIBUTÁRIO. TRIBUTO SUJEITO A LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. INEXISTÊNCIA DE PAGAMENTO ANTECIPADO. DECADÊNCIA DO DIREITO DE O FISCO CONSTITUIR O CRÉDITO TRIBUTÁRIO. TERMO INICIAL. ARTIGO 173, I, DO CTN. APLICAÇÃO CUMULATIVA DOS PRAZOS PREVISTOS NOS ARTIGOS 150, § 4º, e 173, do CTN. IMPOSSIBILIDADE. 1. O prazo decadencial qüinqüenal para o Fisco constituir o crédito tributário (lançamento de ofício) contase do primeiro dia do Fl. 2552DF CARF MF Impresso em 06/02/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 24/01/2013 por GERALDO VALENTIM NETO, Assinado digitalmente em 24/01/201 3 por GERALDO VALENTIM NETO, Assinado digitalmente em 05/02/2013 por NELSON LOSSO FILHO Processo nº 15540.000484/201037 Acórdão n.º 1202000.917 S1C2T2 Fl. 11 5 exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado, nos casos em que a lei não prevê o pagamento antecipado da exação ou quando, a despeito da previsão legal, o mesmo inocorre, sem a constatação de dolo, fraude ou simulação do contribuinte, inexistindo declaração prévia do débito (Precedentes da Primeira Seção: REsp 766.050/PR, Rel. Ministro Luiz Fux, julgado em 28.11.2007, DJ 25.02.2008; AgRg nos EREsp 216.758/SP, Rel. Ministro Teori Albino Zavascki, julgado em 22.03.2006, DJ 10.04.2006; e EREsp 276.142/SP, Rel. Ministro Luiz Fux, julgado em 13.12.2004, DJ 28.02.2005). 2. É que a decadência ou caducidade, no âmbito do Direito Tributário, importa no perecimento do direito potestativo de o Fisco constituir o crédito tributário pelo lançamento, e, consoante doutrina abalizada, encontrase regulada por cinco regras jurídicas gerais e abstratas, entre as quais figura a regra da decadência do direito de lançar nos casos de tributos sujeitos ao lançamento de ofício, ou nos casos dos tributos sujeitos ao lançamento por homologação em que o contribuinte não efetua o pagamento antecipado (Eurico Marcos Diniz de Santi, "Decadência e Prescrição no Direito Tributário", 3ª ed., Max Limonad, São Paulo, 2004, págs. 163/210). 3. O dies a quo do prazo qüinqüenal da aludida regra decadencial regese pelo disposto no artigo 173, I, do CTN, sendo certo que o "primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado" corresponde, iniludivelmente, ao primeiro dia do exercício seguinte à ocorrência do fato imponível, ainda que se trate de tributos sujeitos a lançamento por homologação, revelando se inadmissível a aplicação cumulativa/concorrente dos prazos previstos nos artigos 150, § 4º, e 173, do Codex Tributário, ante a configuração de desarrazoado prazo decadencial decenal (Alberto Xavier, "Do Lançamento no Direito Tributário Brasileiro", 3ª ed., Ed. Forense, Rio de Janeiro, 2005, págs. 91/104; Luciano Amaro, "Direito Tributário Brasileiro", 10ª ed., Ed. Saraiva, 2004, págs. 396/400; e Eurico Marcos Diniz de Santi, "Decadência e Prescrição no Direito Tributário", 3ª ed., Max Limonad, São Paulo, 2004, págs. 183/199). 5. In casu, consoante assente na origem: (i) cuidase de tributo sujeito a lançamento por homologação; (ii) a obrigação ex lege de pagamento antecipado das contribuições previdenciárias não restou adimplida pelo contribuinte, no que concerne aos fatos imponíveis ocorridos no período de janeiro de 1991 a dezembro de 1994; e (iii) a constituição dos créditos tributários respectivos deuse em 26.03.2001. 6. Destarte, revelamse caducos os créditos tributários executados, tendo em vista o decurso do prazo decadencial qüinqüenal para que o Fisco efetuasse o lançamento de ofício substitutivo. 7. Recurso especial desprovido. Acórdão submetido ao regime do artigo 543C, do CPC, e da Resolução STJ 08/2008. (REsp 973733/SC, Rel. Ministro LUIZ FUX, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 12/08/2009, DJe 18/09/2009).” Por meio de referido Acórdão acima transcrito restou consolidado pelo E. STJ o entendimento de que nos casos de tributos cujo lançamento é feito por homologação, via Fl. 2553DF CARF MF Impresso em 06/02/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 24/01/2013 por GERALDO VALENTIM NETO, Assinado digitalmente em 24/01/201 3 por GERALDO VALENTIM NETO, Assinado digitalmente em 05/02/2013 por NELSON LOSSO FILHO 6 de regra, o termo inicial do prazo decadencial quando há pagamento do tributo é aquele previsto no § 4º do artigo 150 do Código Tributário Nacional, abaixo transcrito: Art. 150. O lançamento por homologação, que ocorre quanto aos tributos cuja legislação atribua ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa, operase pelo ato em que a referida autoridade, tomando conhecimento da atividade assim exercida pelo obrigado, expressamente a homologa. (...) § 4º Se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de cinco anos, a contar da ocorrência do fato gerador; expirado esse prazo sem que a Fazenda Pública se tenha pronunciado, considerase homologado o lançamento e definitivamente extinto o crédito, salvo se comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação. O Regimento Interno do CARF, por sua vez, na redação dada recentemente pela Portaria MF nº 586, de 21/12/2010, tem os seguintes comandos nos seus artigos 62 e 62 A: “Art. 62. Fica vedado aos membros das turmas de julgamento do CARF afastar a aplicação ou deixar de observar tratado, acordo internacional, lei ou decreto, sob fundamento de inconstitucionalidade. Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica aos casos de tratado, acordo internacional, lei ou ato normativo: I que já tenha sido declarado inconstitucional por decisão plenária definitiva do Supremo Tribunal Federal; ou II que fundamente crédito tributário objeto de: a) dispensa legal de constituição ou de ato declaratório do ProcuradorGeral da Fazenda Nacional, na forma dos arts. 18 e 19 da Lei n° 10.522, de 19 de julho de 2002; b) súmula da AdvocaciaGeral da União, na forma do art. 43 da Lei Complementar n° 73, de 1993; ou c) parecer do AdvogadoGeral da União aprovado pelo Presidente da República, na forma do art. 40 da Lei Complementar n° 73, de 1993. Art. 62A. As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal e pelo Superior Tribunal de Justiça em matéria infraconstitucional, na sistemática prevista pelos artigos 543B e 543C da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973, Código de Processo Civil, deverão ser reproduzidas pelos conselheiros no julgamento dos recursos no âmbito do CARF. § 1º Ficarão sobrestados os julgamentos dos recursos sempre que o STF também sobrestar o julgamento dos recursos extraordinários da mesma matéria, até que seja proferida decisão nos termos do art. 543B. § 2º O sobrestamento de que trata o § 1º será feito de ofício pelo relator ou por provocação das partes.” Verificase, assim, que a referida decisão do E. Superior Tribunal de Justiça deve ser reproduzida pelos conselheiros no julgamento dos recursos no âmbito do CARF. Fl. 2554DF CARF MF Impresso em 06/02/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 24/01/2013 por GERALDO VALENTIM NETO, Assinado digitalmente em 24/01/201 3 por GERALDO VALENTIM NETO, Assinado digitalmente em 05/02/2013 por NELSON LOSSO FILHO Processo nº 15540.000484/201037 Acórdão n.º 1202000.917 S1C2T2 Fl. 12 7 Levando em consideração a existência de pagamentos antecipados nesse período (fls. 1586/1593 e 1596/1613), a contagem do prazo decadencial é exatamente aquela contida no artigo 150, §4º do Código Tributário Nacional. Assim, tendo em vista que a contribuinte tomou ciência de referidos lançamentos em 30.09.2010 (fls. 1237) os lançamentos de PIS e COFINS referentes a período anterior a 30.09.2005 estão fulminados pela decadência. Esse é o caso, portanto, dos lançamentos dos tributos em relação aos seguintes períodos: 31.01.2005; 28.02.2005 e 31.03.2005. Dessa forma, concordo com a decisão da DRJ/RJ no sentindo de cancelar os lançamentos de PIS e de COFINS do período de janeiro, fevereiro e março de 2005, por estarem fulminados pela decadência. II – OMISSÃO DE RECEITAS – DEPÓSITOS BANCÁRIOS CUJAS ORIGENS FORAM COMPROVADAS. A decisão recorrida reconheceu que a contribuinte conseguiu comprovar a origem dos depósitos bancários decorrentes de “pagamentos de encargos” e “compra hot Itaú”. Quanto ao “pagamento de encargos” no valor de R$ 148.872,62, a contribuinte alega que referido valor corresponde ao depósito interbancário realizado entre contascorrentes de titularidade da própria pessoa jurídica. Nesse sentido, informa que referida importância foi transferida de sua conta corrente mantida junto ao Banco Morada S/A para depósito em sua outra conta corrente mantida junto ao Banco Itaú S/A, já que essa conta representava saldo devedor. Através dos extratos bancários juntados pela contribuinte do Banco Itaú S/A (fls. 1368/1371) e do Banco Morada S/A (fls. 1372/1373), é possível confirmar que de fato ocorreu a saída do montante de R$ 148.872,62 da conta da contribuinte do Banco Morada S/A para o Banco Itaú S/A (fls. 1373 e 1369). Dessa forma, resta comprovado a origem dos depósitos bancários que saíram da conta bancária da contribuinte (Banco Morada S/A) que haviam sido considerados como de origem não comprovada pela fiscalização, os quais foram realizados com o fim de recomposição da conta corrente mantida junto ao Banco Itaú S/A que se encontrava com saldo devedor. Portanto, concordo com a decisão da DRJ/RJ no sentido de afastar a presunção de omissão de receitas em relação a esta parcela do lançamento. Em relação ao outro valor encontrado em sua conta corrente, o qual também foi considerado como omissão de receitas, qual seja, R$ 5.999.138,58, a contribuinte alega tratarse de depósitos efetuados em sua conta corrente do Banco Itaú S/A com recursos provenientes de sua conta corrente do Banco Morada S/A, com a finalidade de quitar os empréstimos obtidos juntos ao Banco Itaú. Fl. 2555DF CARF MF Impresso em 06/02/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 24/01/2013 por GERALDO VALENTIM NETO, Assinado digitalmente em 24/01/201 3 por GERALDO VALENTIM NETO, Assinado digitalmente em 05/02/2013 por NELSON LOSSO FILHO 8 A fim de comprovar a existência desses empréstimos, a contribuinte juntou o contrato de abertura de crédito (fls. 1375/1377) que comprovou a existência de linha de crédito entre o Banco Itaú S/A e a contribuinte. Ademais, foi possível observar através dos extratos bancários da contribuinte que no dia 21.10.2004, o Banco Itaú S/A era credor da contribuinte – Conta Hot Itaú – no exato valor de R$ 5.999.138,58, considerado pela fiscalização como omissão de receitas. Ora, resta claro que de fato houve (i) celebração de contrato de empréstimo entre a contribuinte e o Banco Itaú S/A (fls. 1375/1377) e que (ii) os depósitos encontrados em sua conta corrente referemse a valores retirados da conta corrente do Banco Morada S/A para quitação desse empréstimo. Portanto, estão devidamente comprovadas as origens dos depósitos bancários encontrados na conta corrente da contribuinte, de modo que a presunção de omissão de receitas não deve prosperar. Este E. Conselho já decidiu diversas vezes no sentido de afastar a presunção de omissão de receitas nos casos em que o contribuinte consegue comprovar através de documentos idôneos a origem dos depósitos encontrados em suas contas correntes. Vejamos: “OMISSÃO DE RECEITAS DEPÓSITOS BANCÁRIOS COMPROVAÇÃO DA ORIGEM DOS RECURSOS. Comprovada a origem dos depósitos bancários dáse provimento ao recurso. TRIBUTAÇÃO REFLEXA. Aplicase o decidido em relação ao IRPJ, às contribuições decorrentes de tributação reflexa, em razão da estreita relação de causa e efeito.” (Primeiro Conselho de Contribuintes. 7ª Câmara. Turma Ordinária , Acórdão nº 10709256 do Processo 19647004239200332, Data: 06/12/2007). (não grifado no original) “IRPJ OMISSÃO DE RECEITAS DEPÓSITOS BANCÁRIOS COMPROVAÇÃO DA ORIGEM E ENTREGA Uma vez comprovada a origem e a efetiva entrega com regular escrituração dos depósitos bancários, improcede a autuação. IRPJ OMISSÃO DE RECEITAS DIFERENÇA DE ESTOQUE DE OURO MATÉRIA PRIMA Considerando que a matéria prima da empresa é o ouro e que houve incremento nas peças prontas, a redução do estoque de ouro não representa omissão de receita, sem comprovação da alienação presumida. IRPJ GLOSA DE CUSTOS OU DESPESAS COMPROVAÇÃO DA REGULARIDADE Restando comprovado pela interessada que as despesas ou custos foram contabilizados em conformidade com a legislação de regência, não há exigência fiscal. Recurso de ofício negado.” (Primeiro Conselho de Contribuintes. 8ª Câmara. Turma Ordinária , Acórdão nº 10806698 do Processo 107680017669781, Data: 16/10/2001). (não grifado no original) Portanto, concordo com a decisão da DRJ/RJ e afasto o lançamento de IRPJ, CSLL, PIS e COFINS referentes às parcelas de R$ 148.872,62 e R$ 5.999.138,58 que eram consideradas como omissão de receitas. Por fim, quanto aos valores encontrados no Livro Diário nº 44 da contribuinte lançados como “emissão de debêntures”, a fiscalização entendeu, de forma equivocada, que não foi apresentada documentação hábil comprobatória de que tais operações foram efetivamente realizadas e que a contribuinte teria se valido das supostas emissões de debêntures a fim de ocultar receitas auferidas. Fl. 2556DF CARF MF Impresso em 06/02/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 24/01/2013 por GERALDO VALENTIM NETO, Assinado digitalmente em 24/01/201 3 por GERALDO VALENTIM NETO, Assinado digitalmente em 05/02/2013 por NELSON LOSSO FILHO Processo nº 15540.000484/201037 Acórdão n.º 1202000.917 S1C2T2 Fl. 13 9 Esta não é a realidade dos autos, razão pela qual concordo com a decisão recorrida no sentido de que não deve proceder o lançamento dos tributos em relação aos valores que correspondem a emissão de debêntures. Segundo consta dos documentos apresentados pela contribuinte em sua Impugnação, os montantes de R$ 2.210.000,00 e R$ 4.827.628,61 escriturados em seu Livro Diário correspondem ao produto da emissão de debêntures, estando todas as operações comprovadas (fls. 1507/1548). Não há que se falar diante desse cenário que na realidade não teria havido emissão das debêntures e, por isso, considerar os valores como omissão de receitas. O que se depreende das justificativas da fiscalização para autuar a contribuinte nesse ponto é que não houve uma análise profunda dos documentos apresentados, ou seja, a fiscalização apenas alegou que não se tratam de operação de emissão de debêntures e considerou tais como omissão de receitas. Restou devidamente comprovado, inclusive através das DIRFs apresentadas pelos beneficiários dos recebimentos das debêntures (conforme fls. 1614/1616), que as mesmas foram efetivamente emitidas, o que afasta de pronto a ocorrência de omissão de receita. Em decorrência de expressa previsão legal, a contribuinte está autorizada a não computar os valores auferidos com a emissão de debêntures na determinação do seu lucro real. No procedimento fiscalizatório as Autoridades Fiscais consideraram que a emissão de debêntures não havia sido comprovada e, por isso, caracterizou os valores como omissão de receitas. Ocorre que, ao contrário do que sustentado pela fiscalização, foi comprovada a emissão de debêntures conforme fls. 1507/1548. O procedimento adotado pela fiscalização não pode prosperar, conforme bem apontado pela decisão recorrida, devendo ser afastada a omissão de receitas sobre esses valores e cancelados os respectivos lançamentos. Tendo em vista todo o acima exposto, concordo com a decisão da DRJ/RJ e voto no sentido de negar provimento ao Recurso de Ofício. É como voto. (documento assinado digitalmente) Geraldo Valentim Neto Fl. 2557DF CARF MF Impresso em 06/02/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 24/01/2013 por GERALDO VALENTIM NETO, Assinado digitalmente em 24/01/201 3 por GERALDO VALENTIM NETO, Assinado digitalmente em 05/02/2013 por NELSON LOSSO FILHO
score : 1.0
Numero do processo: 11516.006483/2009-17
Turma: Segunda Turma Ordinária da Terceira Câmara da Segunda Seção
Câmara: Terceira Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Wed Jul 11 00:00:00 UTC 2012
Data da publicação: Tue Nov 20 00:00:00 UTC 2012
Ementa: Assunto: Contribuições Sociais Previdenciárias
Período de apuração: 01/01/2005 a 31/07/2007
EDUCAÇÃO SUPERIOR - PARCELA INTEGRANTE DO SALÁRIO-DE-CONTRIBUIÇÃO. INCIDÊNCIA DE CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS.
O ganho habitual sob a forma de utilidade configura base de cálculo de contribuições previdenciárias. Uma vez estando no campo de incidência das contribuições previdenciárias, para não haver incidência é mister previsão legal nesse sentido, sob pena de afronta aos princípios da legalidade e da isonomia.
Numero da decisão: 2302-001.945
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
ACORDAM os membros da Segunda Turma da Terceira Câmara da Segunda Seção do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, por maioria foi negado provimento ao recurso, nos termos do relatório e do voto que integram o presente julgado. Vencidos os Conselheiros Manoel Coelho Arruda Junior e Wilson Antonio Souza Correa que entenderam se tratar de verba não integrante do salário-de-contribuição.
Liege Lacroix Thomasi Relatora ad hoc e Presidente Substituta (à época da formalização do Acórdão)
Participaram do presente julgamento, os Conselheiros Marco André Ramos Vieira (Presidente), Liege Lacroix Thomasi, Arlindo da Costa e Silva, Adriana Sato, Wilson Antônio de Souza Correa e Manoel Coelho Arruda Júnior.
Nome do relator: Marco André Ramos Vieira
1.0 = *:*toggle all fields
dt_index_tdt : Fri Oct 08 01:09:55 UTC 2021
anomes_sessao_s : 201207
camara_s : Terceira Câmara
ementa_s : Assunto: Contribuições Sociais Previdenciárias Período de apuração: 01/01/2005 a 31/07/2007 EDUCAÇÃO SUPERIOR - PARCELA INTEGRANTE DO SALÁRIO-DE-CONTRIBUIÇÃO. INCIDÊNCIA DE CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS. O ganho habitual sob a forma de utilidade configura base de cálculo de contribuições previdenciárias. Uma vez estando no campo de incidência das contribuições previdenciárias, para não haver incidência é mister previsão legal nesse sentido, sob pena de afronta aos princípios da legalidade e da isonomia.
turma_s : Segunda Turma Ordinária da Terceira Câmara da Segunda Seção
dt_publicacao_tdt : Tue Nov 20 00:00:00 UTC 2012
numero_processo_s : 11516.006483/2009-17
anomes_publicacao_s : 201211
conteudo_id_s : 5175563
dt_registro_atualizacao_tdt : Tue Nov 20 00:00:00 UTC 2012
numero_decisao_s : 2302-001.945
nome_arquivo_s : Decisao_11516006483200917.PDF
ano_publicacao_s : 2012
nome_relator_s : Marco André Ramos Vieira
nome_arquivo_pdf_s : 11516006483200917_5175563.pdf
secao_s : Segunda Seção de Julgamento
arquivo_indexado_s : S
decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. ACORDAM os membros da Segunda Turma da Terceira Câmara da Segunda Seção do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, por maioria foi negado provimento ao recurso, nos termos do relatório e do voto que integram o presente julgado. Vencidos os Conselheiros Manoel Coelho Arruda Junior e Wilson Antonio Souza Correa que entenderam se tratar de verba não integrante do salário-de-contribuição. Liege Lacroix Thomasi Relatora ad hoc e Presidente Substituta (à época da formalização do Acórdão) Participaram do presente julgamento, os Conselheiros Marco André Ramos Vieira (Presidente), Liege Lacroix Thomasi, Arlindo da Costa e Silva, Adriana Sato, Wilson Antônio de Souza Correa e Manoel Coelho Arruda Júnior.
dt_sessao_tdt : Wed Jul 11 00:00:00 UTC 2012
id : 4380110
ano_sessao_s : 2012
atualizado_anexos_dt : Fri Oct 08 08:54:54 UTC 2021
sem_conteudo_s : N
_version_ : 1713041217258782720
conteudo_txt : Metadados => pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.4; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 12; dc:format: application/pdf; version=1.4; pdf:charsPerPage: 1982; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; access_permission:fill_in_form: true; pdf:encrypted: true; access_permission:can_modify: true; Content-Type: application/pdf | Conteúdo => S2C3T2 Fl. 311 1 310 S2C3T2 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS SEGUNDA SEÇÃO DE JULGAMENTO Processo nº 11516.006483/200917 Recurso nº 999.999 Voluntário Acórdão nº 2302001.945 – 3ª Câmara / 2ª Turma Ordinária Sessão de 11 de julho de 2012 Matéria Ensino Superior. Recorrente PORTOBELLO SA Recorrida DRJ FLORIANOPOLIS SC ASSUNTO: CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PREVIDENCIÁRIAS Período de apuração: 01/01/2005 a 31/07/2007 EDUCAÇÃO SUPERIOR PARCELA INTEGRANTE DO SALÁRIODE CONTRIBUIÇÃO. INCIDÊNCIA DE CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS. O ganho habitual sob a forma de utilidade configura base de cálculo de contribuições previdenciárias. Uma vez estando no campo de incidência das contribuições previdenciárias, para não haver incidência é mister previsão legal nesse sentido, sob pena de afronta aos princípios da legalidade e da isonomia. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. ACORDAM os membros da Segunda Turma da Terceira Câmara da Segunda Seção do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, por maioria foi negado provimento ao recurso, nos termos do relatório e do voto que integram o presente julgado. Vencidos os Conselheiros Manoel Coelho Arruda Junior e Wilson Antonio Souza Correa que entenderam se tratar de verba não integrante do saláriodecontribuição. Liege Lacroix Thomasi – Relatora ad hoc e Presidente Substituta (à época da formalização do Acórdão) Participaram do presente julgamento, os Conselheiros Marco André Ramos Vieira (Presidente), Liege Lacroix Thomasi, Arlindo da Costa e Silva, Adriana Sato, Wilson Antônio de Souza Correa e Manoel Coelho Arruda Júnior. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 11 51 6. 00 64 83 /2 00 9- 17 Fl. 311DF CARF MF Impresso em 20/11/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 05/11/2012 por LIEGE LACROIX THOMASI, Assinado digitalmente em 05/11/201 2 por LIEGE LACROIX THOMASI 2 Relatório A presente NFLD tem por objeto as contribuições sociais destinadas ao custeio da Seguridade Social, parcela a cargo da empresa. O período do presente levantamento abrange as competências janeiro de 2005 a julho de 2007, fls. 35 a 38. Referese ao pagamento a segurados referentes a cursos de graduação e de pósgraduação. Não conformado com a notificação, foi apresentada defesa pela autuada, fls. 67 a 81. A Delegacia da Receita Federal do Brasil de Julgamento analisou os argumentos e proferiu decisão confirmando a procedência do lançamento fiscal, fls. 160 a 165. Não concordando com a decisão do órgão fazendário, foi interposto recurso, conforme fls. 220 a 242. Em síntese, alegou o seguinte: 1. o oferecimento de ajuda para o pagamento de cursos de graduação e pósgraduação, estavam diretamente relacionados à capacitação e qualificação profissionais do empregado; 2. devia ser observado o art. 458 da CLT; 3. o pagamento estava previsto em acordo coletivo; 4. não cabia a aplicação da alíquota SAT em 3%; 5. não podiam ser cobrados juros Selic; Não foram apresentadas contrarrazões pelo órgão fazendário. É o relato suficiente. Fl. 312DF CARF MF Impresso em 20/11/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 05/11/2012 por LIEGE LACROIX THOMASI, Assinado digitalmente em 05/11/201 2 por LIEGE LACROIX THOMASI Processo nº 11516.006483/200917 Acórdão n.º 2302001.945 S2C3T2 Fl. 312 3 Voto Conselheira Liege Lacroix Thomasi, Relatora ad hoc O recurso foi interposto tempestivamente, conforme fls. 309. Pressuposto de admissibilidade superado, passo ao exame das questões preliminares ao mérito. De acordo com o previsto no art. 28 da Lei n ° 8.212/1991, para o segurado empregado entendese por saláriodecontribuição a totalidade dos rendimentos destinados a retribuir o trabalho, incluindo nesse conceito os ganhos habituais sob a forma de utilidades, nestas palavras: Art.28. Entendese por saláriodecontribuição: I para o empregado e trabalhador avulso: a remuneração auferida em uma ou mais empresas, assim entendida a totalidade dos rendimentos pagos, devidos ou creditados a qualquer título, durante o mês, destinados a retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua forma, inclusive as gorjetas, os ganhos habituais sob a forma de utilidades e os adiantamentos decorrentes de reajuste salarial, quer pelos serviços efetivamente prestados, quer pelo tempo à disposição do empregador ou tomador de serviços nos termos da lei ou do contrato ou, ainda, de convenção ou acordo coletivo de trabalho ou sentença normativa; (Redação dada pela Lei nº 9.528, de 10/12/97) Existem parcelas que não sofrem incidência de contribuições previdenciárias, seja por sua natureza indenizatória ou assistencial, tais verbas estão arroladas no art. 28, § 9º da Lei n ° 8.212/1991, nestas palavras: Art. 28 (...) § 9º Não integram o saláriodecontribuição para os fins desta Lei, exclusivamente: (Redação dada pela Lei nº 9.528, de 10/12/97) a) os benefícios da previdência social, nos termos e limites legais, salvo o saláriomaternidade; (Redação dada pela Lei nº 9.528, de 10/12/97) b) as ajudas de custo e o adicional mensal recebidos pelo aeronauta nos termos da Lei nº 5.929, de 30 de outubro de 1973; c) a parcela "in natura" recebida de acordo com os programas de alimentação aprovados pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social, nos termos da Lei nº 6.321, de 14 de abril de 1976; d) as importâncias recebidas a título de férias indenizadas e respectivo adicional constitucional, inclusive o valor correspondente à dobra da remuneração de férias de que trata o Fl. 313DF CARF MF Impresso em 20/11/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 05/11/2012 por LIEGE LACROIX THOMASI, Assinado digitalmente em 05/11/201 2 por LIEGE LACROIX THOMASI 4 art. 137 da Consolidação das Leis do TrabalhoCLT; (Redação dada pela Lei nº 9.528, de 10/12/97) e) as importâncias: (Alínea alterada e itens de 1 a 5 acrescentados pela Lei nº 9.528, de 10/12/97, e de 6 a 9 acrescentados pela Lei nº 9.711, de 20/11/98) 1. previstas no inciso I do art. 10 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias; 2. relativas à indenização por tempo de serviço, anterior a 5 de outubro de 1988, do empregado não optante pelo Fundo de Garantia do Tempo de ServiçoFGTS; 3. recebidas a título da indenização de que trata o art. 479 da CLT; 4. recebidas a título da indenização de que trata o art. 14 da Lei nº 5.889, de 8 de junho de 1973; 5. recebidas a título de incentivo à demissão; 6. recebidas a título de abono de férias na forma dos arts. 143 e 144 da CLT; 7. recebidas a título de ganhos eventuais e os abonos expressamente desvinculados do salário; 8. recebidas a título de licençaprêmio indenizada; 9. recebidas a título da indenização de que trata o art. 9º da Lei nº 7.238, de 29 de outubro de 1984; f) a parcela recebida a título de valetransporte, na forma da legislação própria; g) a ajuda de custo, em parcela única, recebida exclusivamente em decorrência de mudança de local de trabalho do empregado, na forma do art. 470 da CLT; (Redação dada pela Lei nº 9.528, de 10/12/97) h) as diárias para viagens, desde que não excedam a 50% (cinqüenta por cento) da remuneração mensal; i) a importância recebida a título de bolsa de complementação educacional de estagiário, quando paga nos termos da Lei nº 6.494, de 7 de dezembro de 1977; j) a participação nos lucros ou resultados da empresa, quando paga ou creditada de acordo com lei específica; l) o abono do Programa de Integração SocialPIS e do Programa de Assistência ao Servidor PúblicoPASEP; (Alínea acrescentada pela Lei nº 9.528, de 10/12/97) m) os valores correspondentes a transporte, alimentação e habitação fornecidos pela empresa ao empregado contratado para trabalhar em localidade distante da de sua residência, em canteiro de obras ou local que, por força da atividade, exija deslocamento e estada, observadas as normas de proteção Fl. 314DF CARF MF Impresso em 20/11/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 05/11/2012 por LIEGE LACROIX THOMASI, Assinado digitalmente em 05/11/201 2 por LIEGE LACROIX THOMASI Processo nº 11516.006483/200917 Acórdão n.º 2302001.945 S2C3T2 Fl. 313 5 estabelecidas pelo Ministério do Trabalho; (Alínea acrescentada pela Lei nº 9.528, de 10/12/97) n) a importância paga ao empregado a título de complementação ao valor do auxíliodoença, desde que este direito seja extensivo à totalidade dos empregados da empresa; (Alínea acrescentada pela Lei nº 9.528, de 10/12/97) o) as parcelas destinadas à assistência ao trabalhador da agroindústria canavieira, de que trata o art. 36 da Lei nº 4.870, de 1º de dezembro de 1965; (Alínea acrescentada pela Lei nº 9.528, de 10/12/97) p) o valor das contribuições efetivamente pago pela pessoa jurídica relativo a programa de previdência complementar, aberto ou fechado, desde que disponível à totalidade de seus empregados e dirigentes, observados, no que couber, os arts. 9º e 468 da CLT; (Alínea acrescentada pela Lei nº 9.528, de 10/12/97) q) o valor relativo à assistência prestada por serviço médico ou odontológico, próprio da empresa ou por ela conveniado, inclusive o reembolso de despesas com medicamentos, óculos, aparelhos ortopédicos, despesas médicohospitalares e outras similares, desde que a cobertura abranja a totalidade dos empregados e dirigentes da empresa; (Alínea acrescentada pela Lei nº 9.528, de 10/12/97) r) o valor correspondente a vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos ao empregado e utilizados no local do trabalho para prestação dos respectivos serviços; (Alínea acrescentada pela Lei nº 9.528, de 10/12/97) s) o ressarcimento de despesas pelo uso de veículo do empregado e o reembolso creche pago em conformidade com a legislação trabalhista, observado o limite máximo de seis anos de idade, quando devidamente comprovadas as despesas realizadas; (Alínea acrescentada pela Lei nº 9.528, de 10/12/97) t) o valor relativo a plano educacional que vise à educação básica, nos termos do art. 21 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, e a cursos de capacitação e qualificação profissionais vinculados às atividades desenvolvidas pela empresa, desde que não seja utilizado em substituição de parcela salarial e que todos os empregados e dirigentes tenham acesso ao mesmo; (Redação dada pela Lei nº 9.711, de 20/11/98) u) a importância recebida a título de bolsa de aprendizagem garantida ao adolescente até quatorze anos de idade, de acordo com o disposto no art. 64 da Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990; (Alínea acrescentada pela Lei nº 9.528, de 10/12/97) v) os valores recebidos em decorrência da cessão de direitos autorais; (Alínea acrescentada pela Lei nº 9.528, de 10/12/97) Fl. 315DF CARF MF Impresso em 20/11/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 05/11/2012 por LIEGE LACROIX THOMASI, Assinado digitalmente em 05/11/201 2 por LIEGE LACROIX THOMASI 6 x) o valor da multa prevista no § 8º do art. 477 da CLT. (Alínea acrescentada pela Lei nº 9.528, de 10/12/97) A verba relativa ao ensino superior não está fora do campo de incidência das contribuições previdenciárias, prevista no art. 28, § 9º, “t” da Lei n ° 8.212/1991, senão veja: O que não integra o salário de contribuição é o valor relativo a plano educacional que vise à educação básica, nos termos do art. 21 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Assim dispõe a referida lei, nestas palavras: Art. 21. A educação escolar compõese de: I educação básica, formada pela educação infantil, ensino fundamental e ensino médio; II educação superior. Como se depreende da simples análise do art. 21 acima transcrito, a educação superior não se confunde com a básica. Dessa forma, curso de capacitação profissional também não se confunde com curso de nível superior, pois se assim não o fosse, não haveria necessidade de o legislador fazer distinção entre educação básica e superior para fins de incidência de contribuição previdenciária. Concluise portanto, que curso de capacitação profissional pode ser qualquer um relacionado às atividades da empresa que não envolvam um curso de nível superior. A interpretação para exclusão de parcelas da base de cálculo é literal. A isenção é uma das modalidades de exclusão do crédito tributário, e desse modo, interpretase literalmente a legislação que disponha sobre esse benefício fiscal, conforme prevê o CTN em seu artigo 111, I, nestas palavras: Art. 111. Interpretase literalmente a legislação tributária que disponha sobre: I suspensão ou exclusão do crédito tributário; Assim, onde o legislador não dispôs de forma expressa, não pode o aplicador da lei estender a interpretação, sob pena de violarse os princípios da reserva legal e da isonomia. Desse modo, caso o legislador tivesse desejado excluir da incidência de contribuições previdenciárias a parcela referente ao plano de ensino superior teria feito remissão expressa na legislação previdenciária, o que não foi realizado. A Lei n ° 10.243/2001 alterou a CLT, mas não interferiu na legislação previdenciária, pois esta é específica. O art. 458 referese ao salário para efeitos trabalhistas, para incidência de contribuições previdenciárias há o conceito de saláriodecontribuição, com definição própria e possuindo parcelas integrantes e não integrantes. As parcelas não integrantes estão elencadas exaustivamente no art. 28, § 9º da Lei n ° 8.212/1991, conforme demonstrado. Apenas a título de argumento, mesmo que se entendesse de forma diferente, e fosse concluído que a Lei n ° 10.243 poderia excluir parcela do campo de incidência de contribuição previdenciária, esta lei não poderia retroagir. Caso prevaleça a tese de se conferir efeitos retroativos à Lei n ° 10.243/2001, iriam se ferir os princípios da isonomia e da legalidade, senão veja: o contribuinte que seguiu a norma então vigente, está em desvantagem Fl. 316DF CARF MF Impresso em 20/11/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 05/11/2012 por LIEGE LACROIX THOMASI, Assinado digitalmente em 05/11/201 2 por LIEGE LACROIX THOMASI Processo nº 11516.006483/200917 Acórdão n.º 2302001.945 S2C3T2 Fl. 314 7 em relação ao que nada pagou. E mais, a prevalecer o entendimento de retroação da interpretação, aquele que pagou contribuições previdenciárias possuiria direito à restituição. Ao contrário do que afirma a recorrente, a verba paga a título de educação superior possui natureza remuneratória. Tal ganho ingressou na expectativa dos segurados empregados em decorrência do contrato de trabalho e da prestação de serviços à recorrente, sendo portanto uma verba paga pelo trabalho e não para o trabalho. Como visto, é despicienda a análise de extensão a todos os segurados da empresa, pois a verba relativa a ensino superior integrará em qualquer hipótese o saláriode contribuição. Não cabe o argumento de que o art. 458 da CLT não exige que a parcela seja estendida a todos os segurados da empresa. Nesse mesmo artigo, há previsão para não integração ao salário da verba previdência privada, também sem qualquer ressalva. Este Colegiado nunca aceitou a não incidência de contribuição previdenciária se a verba previdência privada não fosse estendida a todos os segurados da empresa, em virtude de o art. 28, § 9º alínea “p” da Lei n ° 8.212/1991, exigir a extensão do benefício. Estando portanto, no campo de incidência do conceito de remuneração e não havendo dispensa legal para incidência de contribuições previdenciárias sobre tais verbas, no período objeto do presente lançamento, conforme já analisado, deve persistir o lançamento para o período não decadente. Quanto ao argumento da ilegalidade da cobrança da contribuição devida em relação ao SAT – Seguro de Acidente de Trabalho e de que o STF entendia que a alíquota seria de 1%, não assiste razão à recorrente. O lançamento deve ser mantido de acordo com o previsto na legislação previdenciária. A exigência da contribuição para o financiamento dos benefícios concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade laborativa decorrente de riscos ambientais do trabalho é prevista no art. 22, II da Lei n ° 8.212/1991, alterada pela Lei n ° 9.732/1998, nestas palavras: Art.22. A contribuição a cargo da empresa, destinada à Seguridade Social, além do disposto no art. 23, é de: (...) II para o financiamento do benefício previsto nos arts. 57 e 58 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, e daqueles concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade laborativa decorrente dos riscos ambientais do trabalho, sobre o total das remunerações pagas ou creditadas, no decorrer do mês, aos segurados empregados e trabalhadores avulsos: (Redação dada pela Lei nº 9.732, de 11/12/98) a) 1% (um por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante o risco de acidentes do trabalho seja considerado leve; b) 2% (dois por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante esse risco seja considerado médio; Fl. 317DF CARF MF Impresso em 20/11/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 05/11/2012 por LIEGE LACROIX THOMASI, Assinado digitalmente em 05/11/201 2 por LIEGE LACROIX THOMASI 8 c) 3% (três por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante esse risco seja considerado grave. Regulamenta o dispositivo acima transcrito o art. 202 do RPS, aprovado pelo Decreto n ° 3.048/1999, com alterações posteriores, nestas palavras: Art.202. A contribuição da empresa, destinada ao financiamento da aposentadoria especial, nos termos dos arts. 64 a 70, e dos benefícios concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade laborativa decorrente dos riscos ambientais do trabalho corresponde à aplicação dos seguintes percentuais, incidentes sobre o total da remuneração paga, devida ou creditada a qualquer título, no decorrer do mês, ao segurado empregado e trabalhador avulso: I um por cento para a empresa em cuja atividade preponderante o risco de acidente do trabalho seja considerado leve; II dois por cento para a empresa em cuja atividade preponderante o risco de acidente do trabalho seja considerado médio; ou III três por cento para a empresa em cuja atividade preponderante o risco de acidente do trabalho seja considerado grave. § 1º As alíquotas constantes do caput serão acrescidas de doze, nove ou seis pontos percentuais, respectivamente, se a atividade exercida pelo segurado a serviço da empresa ensejar a concessão de aposentadoria especial após quinze, vinte ou vinte e cinco anos de contribuição. § 2º O acréscimo de que trata o parágrafo anterior incide exclusivamente sobre a remuneração do segurado sujeito às condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física. § 3º Considerase preponderante a atividade que ocupa, na empresa, o maior número de segurados empregados e trabalhadores avulsos. § 4º A atividade econômica preponderante da empresa e os respectivos riscos de acidentes do trabalho compõem a Relação de Atividades Preponderantes e correspondentes Graus de Risco, prevista no Anexo V. § 5º O enquadramento no correspondente grau de risco é de responsabilidade da empresa, observada a sua atividade econômica preponderante e será feito mensalmente, cabendo ao Instituto Nacional do Seguro Social rever o autoenquadramento em qualquer tempo. § 6º Verificado erro no autoenquadramento, o Instituto Nacional do Seguro Social adotará as medidas necessárias à sua correção, orientando o responsável pela empresa em caso de recolhimento indevido e procedendo à notificação dos valores devidos. Fl. 318DF CARF MF Impresso em 20/11/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 05/11/2012 por LIEGE LACROIX THOMASI, Assinado digitalmente em 05/11/201 2 por LIEGE LACROIX THOMASI Processo nº 11516.006483/200917 Acórdão n.º 2302001.945 S2C3T2 Fl. 315 9 § 7º O disposto neste artigo não se aplica à pessoa física de que trata a alínea “a” do inciso V do caput do art. 9º. § 8º Quando se tratar de produtor rural pessoa jurídica que se dedique à produção rural e contribua nos moldes do inciso IV do caput do art. 201, a contribuição referida neste artigo corresponde a zero vírgula um por cento incidente sobre a receita bruta proveniente da comercialização de sua produção. § 9º (Revogado pelo Decreto nº 3.265, de 29/11/99) § 10. Será devida contribuição adicional de doze, nove ou seis pontos percentuais, a cargo da cooperativa de produção, incidente sobre a remuneração paga, devida ou creditada ao cooperado filiado, na hipótese de exercício de atividade que autorize a concessão de aposentadoria especial após quinze, vinte ou vinte e cinco anos de contribuição, respectivamente. (Redação dada pelo Decreto nº 4.729/2003) § 11. Será devida contribuição adicional de nove, sete ou cinco pontos percentuais, a cargo da empresa tomadora de serviços de cooperado filiado a cooperativa de trabalho, incidente sobre o valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços, conforme a atividade exercida pelo cooperado permita a concessão de aposentadoria especial após quinze, vinte ou vinte e cinco anos de contribuição, respectivamente. (Redação dada pelo Decreto nº 4.729/2003) § 12. Para os fins do § 11, será emitida nota fiscal ou fatura de prestação de serviços específica para a atividade exercida pelo cooperado que permita a concessão de aposentadoria especial. (Redação dada pelo Decreto nº 4.729/2003) Quanto ao Decreto 612/92 e posteriores alterações (Decretos 2.173/97 e 3.048/99), que, regulamentando a contribuição em causa, estabeleceram os conceitos de “atividade preponderante” e “grau de risco leve, médio ou grave”, repelese a arguição de contrariedade ao princípio da legalidade, uma vez que a lei fixou padrões e parâmetros, deixando para o regulamento a delimitação dos conceitos necessários à aplicação concreta da norma. Nesse sentido já decidiu o STF, no RE n ° 343.446SC, cujo relator foi o Min. Carlos Velloso, em 2032003, cuja ementa transcrevo: “CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO: SEGURO DE ACIDENTE DO TRABALHO SAT. LEI 7.787/89, ARTS. 3º E 4º; LEI 8.212/91, ART. 22, II, REDAÇÃO DA LEI 9.732/98. DECRETOS 612/92, 2.173/97 E 3.048/99. C.F., ARTIGO 195, § 4º; ART. 154, II; ART. 5º, II; ART. 150, I. I. Contribuição para o custeio do Seguro de Acidente do Trabalho SAT: Lei 7.787/89, art. 3º, II; Lei 8.212/91, art. 22, II: alegação no sentido de que são ofensivos ao art. 195, § 4º, c/c art. 154, I, da Constituição Federal: improcedência. Desnecessidade de observância da técnica da competência residual da União, C.F., art. 154, I. Desnecessidade de lei complementar para a instituição da contribuição para o SAT. Fl. 319DF CARF MF Impresso em 20/11/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 05/11/2012 por LIEGE LACROIX THOMASI, Assinado digitalmente em 05/11/201 2 por LIEGE LACROIX THOMASI 10 II. O art. 3º, II, da Lei 7.787/89, não é ofensivo ao princípio da igualdade, por isso que o art. 4º da mencionada Lei 7.787/89 cuidou de tratar desigualmente aos desiguais. III. As Leis 7.787/89, art. 3º, II, e 8.212/91, art. 22, II, definem, satisfatoriamente, todos os elementos capazes de fazer nascer a obrigação tributária válida. O fato de a lei deixar para o regulamento a complementação dos conceitos de "atividade preponderante" e "grau de risco leve, médio e grave", não implica ofensa ao princípio da legalidade genérica, C.F., art. 5º, II, e da legalidade tributária, C.F., art. 150, I. IV. Se o regulamento vai além do conteúdo da lei, a questão não é de inconstitucionalidade, mas de ilegalidade, matéria que não integra o contencioso constitucional. V. Recurso extraordinário não conhecido.” Assim, os conceitos de atividade preponderante, de risco de acidente de trabalho leve, médio ou grave, não precisariam estar definidos em lei. O Decreto é ato normativo suficiente para definição de tais conceitos, uma vez que estes são complementares e não essenciais na definição da exação. Ao contrário do afirmado pela recorrente, não houve reenquadramento do SAT pela fiscalização. O lançamento foi realizado considerando a alíquota mínima de 1%. Desse modo, considerando ou não os empregados da atividade meio, a alíquota não poderia ser inferior a um por cento. Independentemente de qual grau de risco o ambiente da recorrente expõe os segurados, sempre será devida a alíquota do SAT que pode variar, em regra, entre 1 a 3%. Para atividades especiais, que sujeitam o segurado ao benefício da aposentadoria especial, além da alíquota de 1 a 3%, são devidos os adicionais previstos no art. 202, parágrafo 1o do Regulamento da Previdência Social, aprovado pelo Decreto n º 3.048 de 1999, já transcrito. A cobrança de juros estava prevista em lei específica da Previdência Social, art. 34 da Lei n ° 8.212/1991, abaixo transcrito, desse modo foi correta a aplicação do índice pela fiscalização federal: Art.34. As contribuições sociais e outras importâncias arrecadadas pelo INSS, incluídas ou não em notificação fiscal de lançamento, pagas com atraso, objeto ou não de parcelamento, ficam sujeitas aos juros equivalentes à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e de CustódiaSELIC, a que se refere o art. 13 da Lei nº 9.065, de 20 de junho de 1995, incidentes sobre o valor atualizado, e multa de mora, todos de caráter irrelevável. (Artigo restabelecido, com nova redação dada e parágrafo único acrescentado pela Lei nº 9.528, de 10/12/97) Parágrafo único. O percentual dos juros moratórios relativos aos meses de vencimentos ou pagamentos das contribuições corresponderá a um por cento. Nesse sentido já se posicionou o STJ no Recurso Especial n ° 475904, publicado no DJ em 12/05/2003, cujo relator foi o Min. José Delgado: PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL. CDA. VALIDADE. MATÉRIA FÁTICA. SÚMULA 07/STJ. COBRANÇA DE JUROS. TAXA SELIC. INCIDÊNCIA. A Fl. 320DF CARF MF Impresso em 20/11/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 05/11/2012 por LIEGE LACROIX THOMASI, Assinado digitalmente em 05/11/201 2 por LIEGE LACROIX THOMASI Processo nº 11516.006483/200917 Acórdão n.º 2302001.945 S2C3T2 Fl. 316 11 averiguação do cumprimento dos requisitos essenciais de validade da CDA importa o revolvimento de matéria probatória, situação inadmissível em sede de recurso especial, nos termos da Súmula 07/STJ. No caso de execução de dívida fiscal, os juros possuem a função de compensar o Estado pelo tributo não recebido tempestivamente. Os juros incidentes pela Taxa SELIC estão previstos em lei. São aplicáveis legalmente, portanto. Não há confronto com o art. 161, § 1º, do CTN. A aplicação de tal Taxa já está consagrada por esta Corte, e é devida a partir da sua instituição, isto é, 1º/01/1996. (REsp 439256/MG). Recurso especial parcialmente conhecido, e na parte conhecida, desprovido. Para lançamentos realizados após a entrada em vigor da Medida Provisória nº 449, convertida na Lei n º 11.941, aplicamse os juros moratórios na forma do art. 35 da Lei n º 8.212 com a nova redação. Quanto à inconstitucionalidade apontada pela recorrente, não cabe tal análise na esfera administrativa. Não é de competência da autoridade administrativa a recusa ao cumprimento de norma supostamente inconstitucional. Toda lei presumese constitucional e, até que seja declarada sua inconstitucionalidade pelo órgão competente do Poder Judiciário para tal declaração ou exame da matéria, deve o agente público, como executor da lei, respeitála. A alegação de inconstitucionalidade formal de lei não pode ser objeto de conhecimento por parte do administrador público. Enquanto não for declarada inconstitucional pelo STF, ou examinado seu mérito no controle difuso (efeito entre as partes) ou revogada por outra lei federal, a referida lei estará em vigor e cabe à Administração Pública acatar suas disposições. De acordo com a Súmula n ° 2 aprovada pelo Conselho Pleno do 2º Conselho de Contribuintes não pode ser declarada a inconstitucionalidade de norma pela Administração. Súmula N ° 2 O Segundo Conselho de Contribuintes não é competente para se pronunciar sobre a inconstitucionalidade de legislação tributária. No sentido da aplicabilidade da taxa Selic, o Plenário do 2º Conselho de Contribuintes aprovou a Súmula de n 3, nestas palavras: Súmula N º 3 É cabível a cobrança de juros de mora sobre os débitos para com a União decorrentes de tributos e contribuições administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil com base na taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e Custódia – Selic para títulos federais CONCLUSÃO: Fl. 321DF CARF MF Impresso em 20/11/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 05/11/2012 por LIEGE LACROIX THOMASI, Assinado digitalmente em 05/11/201 2 por LIEGE LACROIX THOMASI 12 Voto por CONHECER do recurso do autuado, para no mérito NEGARLHE PROVIMENTO. Liege Lacroix Thomasi, Relatora ad hoc Fl. 322DF CARF MF Impresso em 20/11/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 05/11/2012 por LIEGE LACROIX THOMASI, Assinado digitalmente em 05/11/201 2 por LIEGE LACROIX THOMASI
score : 1.0