Busca Facetada
Turma- Terceira Câmara (29,066)
- Segunda Câmara (27,779)
- Primeira Câmara (25,079)
- Segunda Turma Ordinária d (16,754)
- 3ª TURMA/CÂMARA SUPERIOR (15,782)
- Primeira Turma Ordinária (15,433)
- Segunda Turma Ordinária d (15,361)
- Primeira Turma Ordinária (15,286)
- Primeira Turma Ordinária (15,221)
- Segunda Turma Ordinária d (13,942)
- Primeira Turma Ordinária (12,790)
- Primeira Turma Ordinária (11,930)
- Segunda Turma Ordinária d (11,917)
- Quarta Câmara (11,510)
- 2ª TURMA/CÂMARA SUPERIOR (11,167)
- Quarta Câmara (82,291)
- Terceira Câmara (63,950)
- Segunda Câmara (52,309)
- Primeira Câmara (17,004)
- 3ª SEÇÃO (15,782)
- 2ª SEÇÃO (11,167)
- 1ª SEÇÃO (6,687)
- Pleno (788)
- Sexta Câmara (302)
- Sétima Câmara (172)
- Quinta Câmara (133)
- Oitava Câmara (123)
- Terceira Seção De Julgame (117,159)
- Segunda Seção de Julgamen (110,024)
- Primeira Seção de Julgame (72,544)
- Primeiro Conselho de Cont (49,044)
- Segundo Conselho de Contr (48,765)
- Câmara Superior de Recurs (37,232)
- Terceiro Conselho de Cont (25,925)
- IPI- processos NT - ressa (4,990)
- Outros imposto e contrib (4,458)
- PIS - ação fiscal (todas) (4,039)
- IRPF- auto de infração el (3,972)
- PIS - proc. que não vers (3,958)
- IRPJ - AF - lucro real (e (3,943)
- Cofins - ação fiscal (tod (3,848)
- Simples- proc. que não ve (3,681)
- IRPF- ação fiscal - Dep.B (3,045)
- IPI- processos NT- créd.p (2,235)
- IRPF- ação fiscal - omis. (2,215)
- Cofins- proc. que não ver (2,098)
- IRPJ - restituição e comp (2,087)
- Finsocial -proc. que não (1,996)
- IRPF- restituição - rendi (1,991)
- Não Informado (56,791)
- GILSON MACEDO ROSENBURG F (5,008)
- RODRIGO DA COSTA POSSAS (4,442)
- WINDERLEY MORAIS PEREIRA (4,269)
- CLAUDIA CRISTINA NOIRA PA (4,256)
- PEDRO SOUSA BISPO (3,320)
- HELCIO LAFETA REIS (3,241)
- CHARLES MAYER DE CASTRO S (3,219)
- ROSALDO TREVISAN (3,184)
- MARCOS ROBERTO DA SILVA (3,149)
- Não se aplica (2,799)
- LIZIANE ANGELOTTI MEIRA (2,595)
- WILDERSON BOTTO (2,511)
- HONORIO ALBUQUERQUE DE BR (2,472)
- PAULO GUILHERME DEROULEDE (2,380)
- 2020 (41,074)
- 2021 (35,802)
- 2019 (30,944)
- 2018 (26,041)
- 2024 (25,862)
- 2012 (23,621)
- 2023 (22,459)
- 2014 (22,373)
- 2013 (21,085)
- 2011 (20,979)
- 2010 (18,058)
- 2008 (17,075)
- 2017 (16,838)
- 2009 (15,836)
- 2006 (15,271)
- 2009 (69,611)
- 2020 (39,854)
- 2021 (34,153)
- 2019 (30,464)
- 2023 (25,918)
- 2024 (23,872)
- 2014 (23,412)
- 2018 (23,139)
- 2025 (16,750)
- 2013 (16,584)
- 2017 (16,398)
- 2008 (15,520)
- 2006 (14,851)
- 2022 (13,225)
- 2007 (13,015)
Numero do processo: 10730.010865/2010-73
Turma: Primeira Turma Especial da Primeira Seção
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Wed Feb 12 00:00:00 UTC 2014
Data da publicação: Thu Mar 13 00:00:00 UTC 2014
Ementa: Assunto: Simples Nacional
Exercício: 2012
SIMPLES. VEDAÇÃO. DÉBITOS.
Não pode recolher os tributos na forma do Simples Nacional a pessoa jurídica que possua débito com as Fazendas Públicas Federal, Estadual ou Municipal, cuja exigibilidade não esteja suspensa.
DOUTRINA. JURISPRUDÊNCIA.
Somente devem ser observados os entendimentos doutrinários e jurisprudenciais para os quais a lei atribua eficácia normativa.
INCONSTITUCIONALIDADE DE LEI.
O CARF não é competente para se pronunciar sobre a inconstitucionalidade de lei tributária.
Numero da decisão: 1801-001.871
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, negar provimento ao recurso voluntário, nos termos do voto da Relatora.
(assinado digitalmente)
Ana de Barros Fernandes Presidente
(assinado digitalmente)
Carmen Ferreira Saraiva - Relatora
Composição do colegiado. Participaram do presente julgamento os Conselheiros: Maria de Lourdes Ramirez, Alexandre Fernandes Limiro, Carmen Ferreira Saraiva, Leonardo Mendonça Marques, Fernando Daniel de Moura Fonseca e Ana de Barros Fernandes.
Nome do relator: CARMEN FERREIRA SARAIVA
1.0 = *:*
toggle all fields
dt_index_tdt : Fri Oct 08 01:09:55 UTC 2021
anomes_sessao_s : 201402
ementa_s : Assunto: Simples Nacional Exercício: 2012 SIMPLES. VEDAÇÃO. DÉBITOS. Não pode recolher os tributos na forma do Simples Nacional a pessoa jurídica que possua débito com as Fazendas Públicas Federal, Estadual ou Municipal, cuja exigibilidade não esteja suspensa. DOUTRINA. JURISPRUDÊNCIA. Somente devem ser observados os entendimentos doutrinários e jurisprudenciais para os quais a lei atribua eficácia normativa. INCONSTITUCIONALIDADE DE LEI. O CARF não é competente para se pronunciar sobre a inconstitucionalidade de lei tributária.
turma_s : Primeira Turma Especial da Primeira Seção
dt_publicacao_tdt : Thu Mar 13 00:00:00 UTC 2014
numero_processo_s : 10730.010865/2010-73
anomes_publicacao_s : 201403
conteudo_id_s : 5330484
dt_registro_atualizacao_tdt : Thu Mar 13 00:00:00 UTC 2014
numero_decisao_s : 1801-001.871
nome_arquivo_s : Decisao_10730010865201073.PDF
ano_publicacao_s : 2014
nome_relator_s : CARMEN FERREIRA SARAIVA
nome_arquivo_pdf_s : 10730010865201073_5330484.pdf
secao_s : Primeira Seção de Julgamento
arquivo_indexado_s : S
decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, negar provimento ao recurso voluntário, nos termos do voto da Relatora. (assinado digitalmente) Ana de Barros Fernandes Presidente (assinado digitalmente) Carmen Ferreira Saraiva - Relatora Composição do colegiado. Participaram do presente julgamento os Conselheiros: Maria de Lourdes Ramirez, Alexandre Fernandes Limiro, Carmen Ferreira Saraiva, Leonardo Mendonça Marques, Fernando Daniel de Moura Fonseca e Ana de Barros Fernandes.
dt_sessao_tdt : Wed Feb 12 00:00:00 UTC 2014
id : 5334335
ano_sessao_s : 2014
atualizado_anexos_dt : Fri Oct 08 10:19:18 UTC 2021
sem_conteudo_s : N
_version_ : 1713046589083222016
conteudo_txt : Metadados => pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.4; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 8; dc:format: application/pdf; version=1.4; pdf:charsPerPage: 1748; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; access_permission:fill_in_form: true; pdf:encrypted: true; access_permission:can_modify: true; Content-Type: application/pdf | Conteúdo => S1TE01 Fl. 99 1 98 S1TE01 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS PRIMEIRA SEÇÃO DE JULGAMENTO Processo nº 10730.010865/201073 Recurso nº Voluntário Acórdão nº 1801001.871 – 1ª Turma Especial Sessão de 12 de fevereiro de 2014 Matéria SIMPLES Recorrente FRENZI 100 CALÇADOS LTDA Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: SIMPLES NACIONAL Exercício: 2012 SIMPLES. VEDAÇÃO. DÉBITOS. Não pode recolher os tributos na forma do Simples Nacional a pessoa jurídica que possua débito com as Fazendas Públicas Federal, Estadual ou Municipal, cuja exigibilidade não esteja suspensa. DOUTRINA. JURISPRUDÊNCIA. Somente devem ser observados os entendimentos doutrinários e jurisprudenciais para os quais a lei atribua eficácia normativa. INCONSTITUCIONALIDADE DE LEI. O CARF não é competente para se pronunciar sobre a inconstitucionalidade de lei tributária. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, negar provimento ao recurso voluntário, nos termos do voto da Relatora. (assinado digitalmente) Ana de Barros Fernandes – Presidente (assinado digitalmente) Carmen Ferreira Saraiva Relatora Composição do colegiado. Participaram do presente julgamento os Conselheiros: Maria de Lourdes Ramirez, Alexandre Fernandes Limiro, Carmen Ferreira AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 73 0. 01 08 65 /2 01 0- 73 Fl. 99DF CARF MF Impresso em 13/03/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 21/02/2014 por CARMEN FERREIRA SARAIVA, Assinado digitalmente em 21/02/2 014 por CARMEN FERREIRA SARAIVA, Assinado digitalmente em 12/03/2014 por ANA DE BARROS FERNANDES Processo nº 10730.010865/201073 Acórdão n.º 1801001.871 S1TE01 Fl. 100 2 Saraiva, Leonardo Mendonça Marques, Fernando Daniel de Moura Fonseca e Ana de Barros Fernandes. Relatório A Recorrente optante pelo Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Simples Nacional) foi excluída de ofício mediante o Ato Declaratório Executivo DRF/NIT/ES nº 431.775, de 01.09.2010, com efeitos a partir de 01.01.2011, por possuir débitos de Simples Nacional com exigibilidade não suspensa, fl. 30 (art. 17 da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006 e alínea “d” do inciso II do art. 3º e inciso I do art. 5º da Resolução CGSN nº 15, de 23 de julho de 2007). Os débitos que motivaram a emissão do ato de exclusão estão ali identificados e são: (a) de julho de 2007 no valor de R$4.888,95, (b) de agosto de 2007 no valor de R$3.470,94, (c) de setembro de 2007 no valor de R$4.866,34, (d) de outubro de 2007 no valor de R$6.630,64, (e) de novembro de 2007 no valor de R$4.200,18, (f) de dezembro de 2007 no valor de R$10.727,60, (g) de janeiro de 2008 no valor de R$8.845,98, (h) de fevereiro de 2008 no valor de R$3.160,30, (i) de março de 2008 no valor de R$5.978,03, (j) de abril de 2008 no valor de R$3.665,50, (k) de maio de 2008 no valor de R$5.182,55, (l) de junho de 2008 no valor de R$4.160,23, (m) de julho de 2008 no valor de R$4.546,66, (n) de agosto de 2008 no valor de R$4.884,11, (o) de setembro de 2008 no valor de R$3.562,37, (p) de outubro de 2008 no valor de R$4.645,29, (q) de novembro de 2008 no valor de R$4.501,20, e (r) de dezembro de 2008 no valor de R$25.358,43. Cientificada em 25.09.2010, fl. 41, a Recorrente apresentou a impugnação em 25.10.2010, fls. 0216, com as alegações abaixo sintetizadas. No que se refere à inaplicabilidade das normas tributárias constantes no ato de exclusão e considerando a interpretação restritiva e o princípio da legalidade, argui que as disposições da legislação do Simples Nacional pertinentes à exclusão não lhe aplicam, uma vez que já é optante por preencher todos os requisitos legais (inciso V do art 17 da Lei Complementar n° 123, de 14 de dezembro de 2006, inciso II do art 3° da Resolução CGSN n° 15, de 23 de julho de 2007, e inciso XVI do art 12 da Resolução CGSN n° 4, de 30 de maio de 2007). Diz que não se sustenta a indicação no ato administrativo de normas infralegais, em especial aquelas que tratam das hipóteses de exclusão, uma vez extrapola a competência regulamentar atribuída pela Constituição Federal ao Poder Executivo. Enfatiza que estas espécies normativas não podem inovar no ordenamento jurídico para restringir direitos. Alega que a Lei Complementar n° 123, de 2006, dispõe apenas sobre vedação ao ingresso na sistemática, sendo silente em relação às hipóteses de exclusão por atraso no recolhimento de tributo. Entende que, por esta razão deve permanecer no Simples Nacional, já que a interpretação restritiva deve ser adotada. Esclarece que a previsão de que se possa Fl. 100DF CARF MF Impresso em 13/03/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 21/02/2014 por CARMEN FERREIRA SARAIVA, Assinado digitalmente em 21/02/2 014 por CARMEN FERREIRA SARAIVA, Assinado digitalmente em 12/03/2014 por ANA DE BARROS FERNANDES Processo nº 10730.010865/201073 Acórdão n.º 1801001.871 S1TE01 Fl. 101 3 regularizar os débitos pendentes no prazo de 30 dias para afastar a exclusão, constitui uma forma de o Erário autoexecutar o crédito, o que não é possível no nosso ordenamento jurídico. Atinente ao tratamento favorecido para as microempresas e empresas de pequeno porte previsto no inciso IX do art 170 e art. 179 da Constituição Federal, defende que fora desse regime a continuidade do exercício da atividade econômica é inviável. Informa que aderiu ao Parcelamento da Lei n° 11.941, de 2009. Em relação ao princípio da capacidade contributiva, procura demonstrar que o ato administrativo o afasta (§1° do art. 145 da Constituição Federal), haja vista que sua exclusão implica o aumento da carga tributária. Sobre a Lei n° 11.941, de 2009 e a Lei Complementar n° 123, de 2006, não há restrição que os recolhimentos unificados oriundos do Simples Nacional sejam incluídos no parcelamento. Com o objetivo de fundamentar as razões apresentadas na peça de defesa, interpreta a legislação pertinente, indica princípios constitucionais que supostamente foram violados e faz referências a entendimentos doutrinários e jurisprudenciais em seu favor. Conclui Seja conhecida e provida a presente Manifestação de Inconformidade para o fim de reformar a decisão proferida pela nobre Autoridade Fiscal através de Ato Declaratório Executivo (ADE) para que a Manifestante seja mantida no regime tributário dos optantes pelo "Simples Nacional", considerando os seguintes aspectos: i) Inaplicabilidade das Normas Tributárias Constantes do ADE, Considerando a Interpretação Restritiva e o Princípio da Legalidade; ii) O ato de exclusão da Impugnante do Simples Nacional implica em violação do devido processo legal, posto que constitui meio de autoexecução do crédito fiscal pendente; iii) A observância ao princípio constitucional do tratamento diferenciado as empresas de pequeno porte (art. 179 da CF);) iv) A exclusão do "Simples" importa em modificação do regime fiscal especial para o de carga tributária mais onerosa, o que fere de morte o princípio constitucional da capacidade contributiva (art. 145 §1° da CF); v) A inexistência de vedação a inclusão dos débitos oriundos do "Simples" no programa de Parcelamento da Lei 11.941/09, o que inclusive já foi requerido pela ora Manifestante, conforme documentação anexada. Nestes Termos, Pede Deferimento. Está registrado como resultado do Acórdão da 7ª TURMA/DRJ/RJO I/RJ nº 1235.546, de 09.022011, fls. 4652: “Manifestação de Inconformidade Improcedente”. Restou ementado: ASSUNTO: SIMPLES NACIONAL Fl. 101DF CARF MF Impresso em 13/03/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 21/02/2014 por CARMEN FERREIRA SARAIVA, Assinado digitalmente em 21/02/2 014 por CARMEN FERREIRA SARAIVA, Assinado digitalmente em 12/03/2014 por ANA DE BARROS FERNANDES Processo nº 10730.010865/201073 Acórdão n.º 1801001.871 S1TE01 Fl. 102 4 Anocalendário: 2010 ATO DECLARATÓRIO EXECUTIVO DE EXCLUSÃO DO SIMPLES NACIONAL Não é possível cancelar o ADE quando o contribuinte não comprova quitação dos débitos que deram origem ao mesmo e nem demonstra que os débitos encontramse com a exigibilidade suspensa. Notificada em 23.03.2012, fl. 56, a Recorrente apresentou o recurso voluntário em 20.04.2012, fls. 5861, esclarecendo a peça atende aos pressupostos de admissibilidade. Discorre sobre o procedimento fiscal contra o qual se insurge. Reitera todos os argumentos apresentados na impugnação. Acrescenta que Tratase de recurso interposto contra respeitável Acórdão proferido pela Delegacia de Julgamento que ao analisar Manifestação de Inconformidade ofertada pela ora Recorrente entendeu por manter o Ato Declaratório Executivo que determina a exclusão da Recorrente do regime tributário do Simples Nacional sustentando os seguintes pontos: 1) A exclusão fora feita na forma da lei e a Autoridade Administrativa não dispõe de competência legal para examinar a constitucionalidade/legalidade de leis inseridas no ordenamento jurídico nacional; 2) Que os débitos que deram origem ao ADE não foram regularizados. Eminentes Autoridades julgadoras, a argumentação quanto à falta de competência da administração pública para examinar a constitucionalidade/legalidade de leis, data maxima venia não é este o foco da tese defensiva que a Recorrente propõe. Diferentemente do que afirmou a douta autoridade julgadora, a proposição lançada pela Recorrente não implica qualquer tipo de elucubração sobre a constitucionalidade ou legalidade de leis. Na verdade o que a Recorrente procurou chamar atenção é que o agente da administração pública em todas as esferas de atuação, inclusive no âmbito dos procedimentos administrativos fiscais, está sujeito ao basilar princípio da legalidade. Analisando as hipóteses de exclusão do "Simples Nacional" tipificadas na LC 123/06 no Capítulo IV, Seção VIII em rol taxativo, temos que a Recorrente não incidiu em qualquer uma delas. Sendo assim, descabe à autoridade administrativa, vinculada estritamente à letra da lei, qualquer tipo de tentativa de preencher lacunas ou de inovar no ordenamento jurídico pátrio trazendo a baila novas causas de exclusão com base interpretação extensiva da norma fundada em Resolução Administrativa. Com efeito, o art. 17, V da aludida Lei Complementar, produção legislativa de rigoroso procedimento, está inserida no Capítulo que trata exclusiva e taxativamente de vedações ao INGRESSO no "Simples Nacional", não servindo, portanto, como supedâneo para se admitir a exclusão da Recorrente do regime tributário simplificado. Daí porque entende a Recorrente que não há base legal que sustente a manutenção do ADE que, extrapolando a competência do órgão do Poder Executivo, determinou a exclusão da empresa do "Simples Nacional". E mais. No que pertine ao item 2 da fundamentação articulada no acórdão guerreado, melhor sorte não resta ao Fisco. Registrese que quanto aos débitos que geraram o ADE, a Recorrente propôs a inclusão do mesmo no parcelamento ordinário, o que inclusive demonstra a sua boafé e intenção de saldar o débito. Fl. 102DF CARF MF Impresso em 13/03/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 21/02/2014 por CARMEN FERREIRA SARAIVA, Assinado digitalmente em 21/02/2 014 por CARMEN FERREIRA SARAIVA, Assinado digitalmente em 12/03/2014 por ANA DE BARROS FERNANDES Processo nº 10730.010865/201073 Acórdão n.º 1801001.871 S1TE01 Fl. 103 5 Considerando que a Lei Complementar 123/06 em suas hipóteses de exclusão não tipifica a existência de débito, temse que o acórdão guerreado merece reforma, dada a sua ilegalidade. Conclui Ante o exposto, requer seja conhecido e provido o presente Recurso para reformar o douto Acórdão da Delegacia de Julgamento, desconstituindose o ADE para efeito de manutenção da Recorrente no regime tributário do Simples Nacional. Nestes Termos, Pede Deferimento. Tendo em vista a controvérsia entre a alegação do Erário e o argumento da Recorrente, a realização da diligência se torna imprescindível para esclarecer a situação fática com o escopo de privilegiar o principio da verdade material. Por esta razão, o julgamento do feito foi convertido na realização de diligência em conformidade com a Resolução da 1ª TURMA ESPECIAL/3ª CÂMARA/1ª SJ nº 180100.195, de 06.03.2013, fls. 6975, para que a Unidade da Receita Federal do Brasil que jurisdicione a Recorrente: I) intimar a Recorrente a juntar aos autos as cópias da comprovação do regular parcelamento dos débitos acima identificados com a Fazenda Pública Federal com exigibilidade suspensa ou já extintos, nos termos do art. 151 e art. 156 do Código Tributário Nacional; II) cotejar as informações apresentadas pela Recorrente com os dados constantes nos registros internos da RFB para aferir a verossimilhança. Foi elaborada o Despacho de Diligência, fl. 97, após regular intimação da Recorrente para prestar informações, fls. 8296: Proponho o retorno do feito ao CARFMFDF para prosseguimento uma vez que não restou comprovado pela Recorrente em sua resposta intempestiva à intimação de fl. 82 que os débitos do Simples Nacional referentes aos períodos de apuração 07/2007 a 12/2008 estivessem parcelados ou pagos à época da emissão do ADE de fl. 30. Toda numeração de folhas indicada nessa decisão se refere à paginação eletrônica dos autos em sua forma digital ou digitalizada. É o Relatório. Voto Conselheira Carmen Ferreira Saraiva, Relatora O recurso voluntário apresentado pela Recorrente atende aos requisitos de admissibilidade previstos nas normas de regência, em especial no Decreto nº 70.235, de 06 de março de 1972. Assim, dele tomo conhecimento, inclusive para os efeitos do inciso III do art. 151 do Código Tributário Nacional. A Recorrente se insurge contra a exclusão do Simples Nacional. Fl. 103DF CARF MF Impresso em 13/03/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 21/02/2014 por CARMEN FERREIRA SARAIVA, Assinado digitalmente em 21/02/2 014 por CARMEN FERREIRA SARAIVA, Assinado digitalmente em 12/03/2014 por ANA DE BARROS FERNANDES Processo nº 10730.010865/201073 Acórdão n.º 1801001.871 S1TE01 Fl. 104 6 O tratamento diferenciado, simplificado e favorecido denominado Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Simples Nacional) é regulamentado pelo Comitê Gestor do Simples Nacional (CGSN). A opção do sujeito passivo deve ser manifestada por meio da internet até o último dia útil do janeiro sendo irretratável para todo anocalendário oportunidade em que presta declaração quanto ao nãoenquadramento nas vedações legais. A exclusão por comunicação decorrente de opção ou de obrigatoriedade é feita pela internet. Verificada a falta da comunicação obrigatória, a exclusão de ofício é formalizada mediante ato administrativo emitido pelo ente federativo que iniciar o processo de exclusão de ofício. Os seus efeitos podem ser retroativos, conforme o caso. Não pode recolher os tributos na forma do Simples Nacional a pessoa jurídica que possua débito com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), ou com as Fazendas Públicas Federal, Estadual ou Municipal, cuja exigibilidade não esteja suspensa. Excepcionalmente é permitida a permanência da pessoa jurídica como optante pelo Simples Nacional mediante a comprovação da regularização do débito no prazo de até 30 (trinta) dias contados a partir da ciência da comunicação da exclusão 1. Tem cabimento a análise da situação fática. Temse que o Ato Declaratório Executivo DRF/NIT/ES nº 431.775, de 01.09.2010, fl. 30, tem como motivo a existência de débitos com a Fazenda Pública Federal com exigibilidade não suspensa, que deve estar inequivocamente comprovado pela autoridade administrativa. Restou evidenciado que a Recorrente, sem opor qualquer argumento ao contrário, tem os seguintes débitos: (a) de julho de 2007 no valor de R$4.888,95, (b) de agosto de 2007 no valor de R$3.470,94, (c) de setembro de 2007 no valor de R$4.866,34, (d) de outubro de 2007 no valor de R$6.630,64, (e) de novembro de 2007 no valor de R$4.200,18, (f) de dezembro de 2007 no valor de R$10.727,60, (g) de janeiro de 2008 no valor de R$8.845,98, (h) de fevereiro de 2008 no valor de R$3.160,30, (i) de março de 2008 no valor de R$5.978,03, (j) de abril de 2008 no valor de R$3.665,50, (k) de maio de 2008 no valor de R$5.182,55, (l) de junho de 2008 no valor de R$4.160,23, (m) de julho de 2008 no valor de R$4.546,66, (n) de agosto de 2008 no valor de R$4.884,11, (o) de setembro de 2008 no valor de R$3.562,37, (p) de outubro de 2008 no valor de R$4.645,29, (q) de novembro de 2008 no valor de R$4.501,20, e (r) de dezembro de 2008 no valor de R$25.358,43, fl. 23. No presente caso se aplicam as disposições do processo administrativo fiscal que estabelece que a peça de defesa deve ser formalizada por escrito incluindo todas as teses e instruída com os todos documentos em que se fundamentar2. Cabe à Recorrente produzir o conjunto probatório nos autos de suas alegações, inclusive quando se tratar de parcelamento dos dados declarados3. A Recorrente instrui os autos com a seguinte informação, fl. 96: 1 Fundamentação legal: art. 179 da Constituição Federal, art. 33 e art. 39 da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, Resolução CGSN nº 4, de 30 de maio de 2007,e Resolução CGSN nº 15, de 23 de julho de 2007, art. 2º da Lei nº 4.717, de 29 de junho de 1965, § 2º do art. 9º do DecretoLei nº 1.598, de 26 de dezembro de 1977. 2 Fundamentação legal: art. 16 do Decreto nº 70.235, de 6 de março de 1972. 3 Fundamentação legal:§ 1º do art. 147 do Código Tributário Nacional e art. 16 do Decreto nº 70.235, de 6 de março de 1972. Fl. 104DF CARF MF Impresso em 13/03/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 21/02/2014 por CARMEN FERREIRA SARAIVA, Assinado digitalmente em 21/02/2 014 por CARMEN FERREIRA SARAIVA, Assinado digitalmente em 12/03/2014 por ANA DE BARROS FERNANDES Processo nº 10730.010865/201073 Acórdão n.º 1801001.871 S1TE01 Fl. 105 7 RECIBO DE PEDIDO DE PARCELAMENTO DA REABERTURA DA LEI N° 11.941 DE 27 DE MAIO DE 2009 A pessoa jurídica acima identificada solicitou o parcelamento de débitos da Reabertura da Lei n° 11.941, de 2009 PGFN Demais Débitos Parcelamento de Dívidas Não Parceladas Anteriormente Art. 1º de que trata a Lei n° 11.941 de 2009. Este pedido de parcelamento somente produzirá efeitos com o correspondente pagamento da primeira prestação, em valor não inferior ao estipulado no art. 4º da Portaria Conjunta PGFN/RFB n° 7, de 2013, que deve ser efetuado até o último dia útil de 11/2013, com código de receita 3835. O DARF para pagamento da 1ª prestação está disponível para impressão nas páginas da Secretaria da Receita Federal do Brasil ou da ProcuradoriaGeral da Fazenda Nacional na Internet. Confirmação recebida via Internet Pelo Agente Receptor SERPRO em 20/11/2013 às 10:59:07 (horário de Brasília) Recibo: 00033899899895350770 Efetuado com código de acesso CNPJ: 06.149.664/000101 Verificase no presente caso que a Recorrente foi cientificada do ato de exclusão em 25.09.2010, fl. 41, e em 20.11.2013 apresenta o pedido de parcelamento. Ainda que esse parcelamento se refira aos débitos identificados no ato de exclusão, não foi observado o prazo legal de até 30 (trinta) dias contados a partir da ciência da comunicação da exclusão para comprovação da regularização do débito para fins permanência da pessoa jurídica como optante pelo Simples Nacional. Não constam, todavia, os documentos comprobatórios que corroborem sua afirmativa de que esses débitos específicos foram pagos ou parcelados em tempo hábil. O conjunto probatório produzido nos autos evidencia que o procedimento de ofício está correto. A contestação proposta pela defendente, dessa maneira, não se confirma. Em relação ao argumento de que agiu de boafé, cabe esclarecer que “a responsabilidade por infrações da legislação tributária independe da intenção do agente ou do responsável e da efetividade, natureza e extensão dos efeitos do ato” 4. A afirmação suscitada pela defendente, por essa razão, não é pertinente. No que concerne à interpretação da legislação e aos entendimentos doutrinários e jurisprudenciais indicados pela Recorrente, cabe esclarecer que somente devem ser observados os atos para os quais a lei atribua eficácia normativa, o que não se aplica ao presente caso5. A alegação relatada pela defendente, consequentemente, não está justificada. Atinente aos princípios constitucionais que a Recorrente aduz que supostamente foram violados, cabe ressaltar que o CARF não é competente para se pronunciar sobre a inconstitucionalidade de lei tributária, uma vez que no âmbito do processo administrativo fiscal, fica vedado aos órgãos de julgamento afastar a aplicação ou deixar de 4 Fundamentação legal: art. 136 do Código Tributário Nacional. 5 Fundamentação legal: art. 100 do Código Tributário Nacional e art. 26A do Decreto nº 70.235, de 6 de março de 1972. Fl. 105DF CARF MF Impresso em 13/03/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 21/02/2014 por CARMEN FERREIRA SARAIVA, Assinado digitalmente em 21/02/2 014 por CARMEN FERREIRA SARAIVA, Assinado digitalmente em 12/03/2014 por ANA DE BARROS FERNANDES Processo nº 10730.010865/201073 Acórdão n.º 1801001.871 S1TE01 Fl. 106 8 observar tratado, acordo internacional, lei ou decreto, sob fundamento de inconstitucionalidade6. Temse que nos estritos termos legais o procedimento fiscal está correto, conforme o princípio da legalidade a que o agente público está vinculado (art. 37 da Constituição Federal, art. 116 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, art. 2º da Lei nº 9.784, de 29 de janeiro de 1999, art. 26A do Decreto nº 70.235, de 06 de março de 1972 e art. 41 do Regimento Interno do CARF, aprovado pela Portaria MF nº 256, de 22 de julho de 2009). A proposição afirmada pela defendente, desse modo, não tem cabimento. Em assim sucedendo, voto por negar provimento ao recurso voluntário. (assinado digitalmente) Carmen Ferreira Saraiva 6 Fundamentação legal: art. 26A do Decreto nº 70.235, de 6 de março de 1972 e Súmula CARF nº 2. Fl. 106DF CARF MF Impresso em 13/03/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 21/02/2014 por CARMEN FERREIRA SARAIVA, Assinado digitalmente em 21/02/2 014 por CARMEN FERREIRA SARAIVA, Assinado digitalmente em 12/03/2014 por ANA DE BARROS FERNANDES
score : 1.0
Numero do processo: 15868.000463/2010-29
Turma: Terceira Turma Especial da Segunda Seção
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Wed Feb 19 00:00:00 UTC 2014
Data da publicação: Mon Mar 10 00:00:00 UTC 2014
Ementa: Assunto: Contribuições Sociais Previdenciárias
Período de apuração: 01/09/2010 a 30/09/2010
PREVIDENCIÁRIO. CUSTEIO. AUTO DE INFRAÇÃO DE OBRIGAÇÃO PRINCIPAL. OBRA DE CONSTRUÇÃO CIVIL. PESSOA FÍSICA. AFERIÇÃO INDIRETA. DISO. REEMISSÃO DO ARO. DILIGÊNCIA. ALTERAÇÃO DO VALOR LANÇADO. DENUNCIA ESPONTÂNEA. PERDA.
Cumprida a diligência, a autoridade lançadora produziu a Informação Fiscal de fls. 55/57, bem como juntou um novo ARO (fls. 52/53), onde afirma ter revisto o valor lançado.
Como bem explicitado no acórdão recorrido, o novo ARO foi calculado considerando a área de acréscimo de 146,00m2, carente, ainda, de regularização. A área de 194,60m2 foi considerada já regularizada.
Segundo o AFRFB, o contribuinte recolheu no dia 19/11/2010, a GPS no valor correspondente ao novo cálculo, situação que se deu após o início da ação fiscal. In casu, portanto, perdida a espontaneidade de que trata o art. 138 do CTN.
Recurso Voluntário Negado
Numero da decisão: 2803-003.050
Decisão:
Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso, nos termos do voto do Relator.
(Assinado digitalmente)
Helton Carlos Praia de Lima Presidente
(Assinado digitalmente)
Amílcar Barca Teixeira Júnior Relator
Participaram do presente julgamento os Conselheiros Helton Carlos Praia de Lima (Presidente), Oseas Coimbra Júnior, Eduardo de Oliveira, Amilcar Barca Teixeira Junior, Gustavo Vettorato e Natanael Vieira dos Santos.
Nome do relator: AMILCAR BARCA TEIXEIRA JUNIOR
1.0 = *:*
toggle all fields
dt_index_tdt : Fri Oct 08 01:09:55 UTC 2021
anomes_sessao_s : 201402
ementa_s : Assunto: Contribuições Sociais Previdenciárias Período de apuração: 01/09/2010 a 30/09/2010 PREVIDENCIÁRIO. CUSTEIO. AUTO DE INFRAÇÃO DE OBRIGAÇÃO PRINCIPAL. OBRA DE CONSTRUÇÃO CIVIL. PESSOA FÍSICA. AFERIÇÃO INDIRETA. DISO. REEMISSÃO DO ARO. DILIGÊNCIA. ALTERAÇÃO DO VALOR LANÇADO. DENUNCIA ESPONTÂNEA. PERDA. Cumprida a diligência, a autoridade lançadora produziu a Informação Fiscal de fls. 55/57, bem como juntou um novo ARO (fls. 52/53), onde afirma ter revisto o valor lançado. Como bem explicitado no acórdão recorrido, o novo ARO foi calculado considerando a área de acréscimo de 146,00m2, carente, ainda, de regularização. A área de 194,60m2 foi considerada já regularizada. Segundo o AFRFB, o contribuinte recolheu no dia 19/11/2010, a GPS no valor correspondente ao novo cálculo, situação que se deu após o início da ação fiscal. In casu, portanto, perdida a espontaneidade de que trata o art. 138 do CTN. Recurso Voluntário Negado
turma_s : Terceira Turma Especial da Segunda Seção
dt_publicacao_tdt : Mon Mar 10 00:00:00 UTC 2014
numero_processo_s : 15868.000463/2010-29
anomes_publicacao_s : 201403
conteudo_id_s : 5329473
dt_registro_atualizacao_tdt : Mon Mar 10 00:00:00 UTC 2014
numero_decisao_s : 2803-003.050
nome_arquivo_s : Decisao_15868000463201029.PDF
ano_publicacao_s : 2014
nome_relator_s : AMILCAR BARCA TEIXEIRA JUNIOR
nome_arquivo_pdf_s : 15868000463201029_5329473.pdf
secao_s : Segunda Seção de Julgamento
arquivo_indexado_s : S
decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso, nos termos do voto do Relator. (Assinado digitalmente) Helton Carlos Praia de Lima Presidente (Assinado digitalmente) Amílcar Barca Teixeira Júnior Relator Participaram do presente julgamento os Conselheiros Helton Carlos Praia de Lima (Presidente), Oseas Coimbra Júnior, Eduardo de Oliveira, Amilcar Barca Teixeira Junior, Gustavo Vettorato e Natanael Vieira dos Santos.
dt_sessao_tdt : Wed Feb 19 00:00:00 UTC 2014
id : 5333596
ano_sessao_s : 2014
atualizado_anexos_dt : Fri Oct 08 10:19:07 UTC 2021
sem_conteudo_s : N
_version_ : 1713046589134602240
conteudo_txt : Metadados => pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.4; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 6; dc:format: application/pdf; version=1.4; pdf:charsPerPage: 1956; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; access_permission:fill_in_form: true; pdf:encrypted: true; access_permission:can_modify: true; Content-Type: application/pdf | Conteúdo => S2TE03 Fl. 2 1 1 S2TE03 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS SEGUNDA SEÇÃO DE JULGAMENTO Processo nº 15868.000463/201029 Recurso nº 15.868.000463201029 Voluntário Acórdão nº 2803003.050 – 3ª Turma Especial Sessão de 19 de fevereiro de 2014 Matéria CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS Recorrente SALVADOR DE CAMPOS Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PREVIDENCIÁRIAS Período de apuração: 01/09/2010 a 30/09/2010 PREVIDENCIÁRIO. CUSTEIO. AUTO DE INFRAÇÃO DE OBRIGAÇÃO PRINCIPAL. OBRA DE CONSTRUÇÃO CIVIL. PESSOA FÍSICA. AFERIÇÃO INDIRETA. DISO. REEMISSÃO DO ARO. DILIGÊNCIA. ALTERAÇÃO DO VALOR LANÇADO. DENUNCIA ESPONTÂNEA. PERDA. 1. Cumprida a diligência, a autoridade lançadora produziu a Informação Fiscal de fls. 55/57, bem como juntou um novo ARO (fls. 52/53), onde afirma ter revisto o valor lançado. 2. Como bem explicitado no acórdão recorrido, o novo ARO foi calculado considerando a área de acréscimo de 146,00m2, carente, ainda, de regularização. A área de 194,60m2 foi considerada já regularizada. 3. Segundo o AFRFB, o contribuinte recolheu no dia 19/11/2010, a GPS no valor correspondente ao novo cálculo, situação que se deu após o início da ação fiscal. In casu, portanto, perdida a espontaneidade de que trata o art. 138 do CTN. Recurso Voluntário Negado Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso, nos termos do voto do Relator. (Assinado digitalmente) AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 15 86 8. 00 04 63 /2 01 0- 29 Fl. 97DF CARF MF Impresso em 10/03/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 28/02/2014 por AMILCAR BARCA TEIXEIRA JUNIOR, Assinado digitalmente em 0 6/03/2014 por HELTON CARLOS PRAIA DE LIMA, Assinado digitalmente em 28/02/2014 por AMILCAR BARCA TEI XEIRA JUNIOR Processo nº 15868.000463/201029 Acórdão n.º 2803003.050 S2TE03 Fl. 3 2 Helton Carlos Praia de Lima – Presidente (Assinado digitalmente) Amílcar Barca Teixeira Júnior – Relator Participaram do presente julgamento os Conselheiros Helton Carlos Praia de Lima (Presidente), Oseas Coimbra Júnior, Eduardo de Oliveira, Amilcar Barca Teixeira Junior, Gustavo Vettorato e Natanael Vieira dos Santos. Fl. 98DF CARF MF Impresso em 10/03/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 28/02/2014 por AMILCAR BARCA TEIXEIRA JUNIOR, Assinado digitalmente em 0 6/03/2014 por HELTON CARLOS PRAIA DE LIMA, Assinado digitalmente em 28/02/2014 por AMILCAR BARCA TEI XEIRA JUNIOR Processo nº 15868.000463/201029 Acórdão n.º 2803003.050 S2TE03 Fl. 4 3 Relatório Tratase de Auto de Infração de Obrigação Principal (AIOP) lavrado em desfavor do contribuinte acima identificado, relativo à contribuição dos segurados empregados, cuja arrecadação deve ser feita pela empresa. As contribuições incidem sobre o valor da mão deobra empregada na execução de construção civil relativa à matrícula CEI nº 50.018.97354/68 O Contribuinte devidamente notificado apresentou defesa tempestiva. A impugnação foi julgada em 11 de abril de 2013 e ementada nos seguintes termos: ASSUNTO: Contribuições Sociais Previdenciárias Período de apuração: 01/09/2010 a 30/09/2010 OBRA DE CONSTRUÇÃO CIVIL. PESSOA FÍSICA. AFERIÇÃO INDIRETA. DISO. REEMISSÃO DO ARO. O montante dos salários pela execução de obra de construção civil pode ser obtido mediante cálculo da mão de obra empregada, proporcional à área construída e ao padrão de execução da obra. Constatado o erro no enquadramento da obra por ocasião da emissão do ARO – Aviso de Regulamentação de Obra, sanase o vício pela emissão de um novo ARO. LEGALIDADE E CONSTITUCIONALIDADE. ÂMBITO ADMINISTRATIVO. A instância administrativa é incompetente para se manifestar sobre a constitucionalidade das leis e a legalidade dos atos normativos infralegais. Impugnação Procedente em Parte Crédito Tributário Mantido em Parte Inconformado com resultado do julgamento da primeira instância administrativa, o Contribuinte apresentou recurso tempestivo, onde alega, em síntese, o seguinte: As contribuições lançadas incidem sobre o valor apurado no custo de mão de obra empregada na construção, proporcional à área construída, e no padrão de execução da obra, arbitrado com base nas tabelas regionais do Custo unitário Básico – CUB, fornecidos pelo Sindicato da Construção Civil. Serviram de base para este cálculo as informações contidas no Cadastro Geral, e no Aviso de Regularização de Obras – ARO nº 616971, emitido pela Unidade II da Receita Federal do Brasil em Araçatuba/SP, em 29/09/2010. Fl. 99DF CARF MF Impresso em 10/03/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 28/02/2014 por AMILCAR BARCA TEIXEIRA JUNIOR, Assinado digitalmente em 0 6/03/2014 por HELTON CARLOS PRAIA DE LIMA, Assinado digitalmente em 28/02/2014 por AMILCAR BARCA TEI XEIRA JUNIOR Processo nº 15868.000463/201029 Acórdão n.º 2803003.050 S2TE03 Fl. 5 4 O órgão julgador fundamenta que ao analisar a Impugnação verificouse que informações cadastradas na emissão do ARO estão inconsistentes. No entanto, embora a autoridade fiscal tenha incluído no cálculo do ARO a área já existente como tendo sido objeto de reforma, não consta nos autos nenhuma comprovação de que realmente esta obra tenha sido realizada, não havendo, também, nenhuma justificativa, por parte da autoridade fiscal, que realmente a inclusão da área existente no cálculo do ARO. Na linha da argumentação da impugnante, constase que o projeto arquivado na Prefeitura de Araçatuba, indica de fato que as citadas áreas de 123,60m2 e 71 m2 já foram regularizadas. Observase, ainda, que o projeto foi protocolado para solicitar a regularização do acréscimo de área, no total de 63,80 m2 para residencial e 82,20 m2 para comercial. A Constituição Federal, em seu artigo 150, IV, veda expressamente o não confisco. Ainda que devido fosse, divergem os valores das GPS, em primeiro momento o Fisco menciona uma dívida de R$8.468,14 (principal), após o “as devidas retificações” ficando em R$6.990,36, acrescidos das demais cominações legais (multa de R$5.242,78 e juros). No novo ARO foi calculado considerando a área de acréscimo de 146,00 m2, a qual carece de regularização. A área de 194,60 m2 foi considerada como já regularizada. Afirma ainda, a ARRFB ter o contribuinte recolhido em 19.11/2010 espontaneamente, contudo, após o início da ação fiscal. Isto posto, reitera o requerido na contestação in totum, dos autos de infração objeto do presente, e, caso não seja este o entendimento, o abatimento do valor recolhido espontaneamente pelo contribuinte GPS, e, expedição da Certidão Negativa de Débito – CND. Não apresentadas as contrarrazões. É o relatório. Fl. 100DF CARF MF Impresso em 10/03/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 28/02/2014 por AMILCAR BARCA TEIXEIRA JUNIOR, Assinado digitalmente em 0 6/03/2014 por HELTON CARLOS PRAIA DE LIMA, Assinado digitalmente em 28/02/2014 por AMILCAR BARCA TEI XEIRA JUNIOR Processo nº 15868.000463/201029 Acórdão n.º 2803003.050 S2TE03 Fl. 6 5 Voto Conselheiro Amílcar Barca Teixeira Júnior, Relator. O recurso voluntário é tempestivo, e considerando o preenchimento dos demais requisitos de sua admissibilidade, merece ser apreciado. A discussão entre o Fisco e o contribuinte diz respeito às contribuições dos segurados empregados, incidentes sobre o valor da mão de obra empregada na execução de construção civil relativa à matrícula CEI nº 50.018.97354/68. Compulsando os autos, percebese que houve um descompasso entre o lançamento original e relação às áreas construídas/reformadas. Em razão do referido descompasso, o processo foi baixado em diligência para os devidos esclarecimentos. Depois de cumprida a diligência, a autoridade lançadora produziu a Informação Fiscal de fls. 55/57, bem como juntou um novo ARO (fls. 52/53), onde afirma ter revisto o valor lançado. Como bem explicitado no acórdão recorrido, o novo ARO foi calculado considerando a área de acréscimo de 146,00m2, carente, ainda, de regularização. A área de 194,60m2 foi considerada já regularizada. Segundo o AFRFB, o contribuinte recolheu no dia 19/11/2010, a GPS no valor correspondente ao novo cálculo, situação que se deu após o início da ação fiscal. In casu, portanto, perdida a espontaneidade de que trata o art. 138 do CTN. Após os devidos saneamentos e estando o processo em boa ordem, os julgadores da primeira instância administrativa concluíram que: Em face do acima exposto, julgo procedente em parte a impugnação do contribuinte, nos termos da Informação Fiscal de fls. 61/62 e do ARO de fls. 58/59, para manter o crédito tributário remanescente no valor principal de R$1.519,64, e de multa de ofício de R$1.139,73, ressalvando a necessidade de apropriação ao crédito da guia de recolhimento de fls. 34 do processo principal (COMPROT 15868.000462/201084, espelho à fl. 54) para saldar o valor principal devido. Vêse, pois, que as medidas saneadoras do processo, bem como a decisão recorrida foram realizadas em perfeita sintonia com a legislação de regência, motivo pelo qual as acompanho. Fl. 101DF CARF MF Impresso em 10/03/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 28/02/2014 por AMILCAR BARCA TEIXEIRA JUNIOR, Assinado digitalmente em 0 6/03/2014 por HELTON CARLOS PRAIA DE LIMA, Assinado digitalmente em 28/02/2014 por AMILCAR BARCA TEI XEIRA JUNIOR Processo nº 15868.000463/201029 Acórdão n.º 2803003.050 S2TE03 Fl. 7 6 CONCLUSÃO. Pelo exposto, voto por CONHECER do recurso para, no mérito, NEGAR LHE PROVIMENTO. É como voto. (Assinado digitalmente) Amílcar Barca Teixeira Júnior – Relator. Fl. 102DF CARF MF Impresso em 10/03/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 28/02/2014 por AMILCAR BARCA TEIXEIRA JUNIOR, Assinado digitalmente em 0 6/03/2014 por HELTON CARLOS PRAIA DE LIMA, Assinado digitalmente em 28/02/2014 por AMILCAR BARCA TEI XEIRA JUNIOR
score : 1.0
Numero do processo: 13009.000213/2009-40
Turma: Segunda Turma Ordinária da Quarta Câmara da Terceira Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Wed Jul 18 00:00:00 UTC 2012
Data da publicação: Tue Mar 11 00:00:00 UTC 2014
Ementa: Assunto: Contribuição para o PIS/Pasep
Período de apuração: 31/01/1998 a 31/01/2001
Ementa:
PIS - DECADÊNCIA - INOCORRÊNCIA DE PAGAMENTO - ART. 173, INC. I DO CTN
Não havendo prova de pagamento no período lançado aplica-se o prazo decadencial previsto no art. 173, inc. I do CTN:
Numero da decisão: 3402-001.835
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
ACORDAM os membros do Colegiado, RO por unanimidade de votos negou-se provimento ao recurso. RV por unanimidade de votos negou-se provimento ao recurso.
GILSON MACEDO ROSENBURG FILHO
Presidente Substituto
FERNANDO LUIZ DA GAMA LOBO D'EÇA
Relator
Participaram, ainda, do presente julgamento, os Conselheiros Gilson Macedo Rosenburg Filho e Nayra Bastos Manatta (Presidente). O Presidente substituto da Turma, assina o acórdão, face à impossibilidade, por motivo de saúde, da Presidente Nayra Bastos Manatta. , Fernando Luiz da Gama Lobo DEça (Relator), Silvia de Brito Oliveira, João Carlos Cassuli Júnior, Francisco Maurício Rabelo de Albuquerque Silva.
Nome do relator: FERNANDO LUIZ DA GAMA LOBO D'EÇA
1.0 = *:*
toggle all fields
dt_index_tdt : Fri Oct 08 01:09:55 UTC 2021
anomes_sessao_s : 201207
camara_s : Quarta Câmara
ementa_s : Assunto: Contribuição para o PIS/Pasep Período de apuração: 31/01/1998 a 31/01/2001 Ementa: PIS - DECADÊNCIA - INOCORRÊNCIA DE PAGAMENTO - ART. 173, INC. I DO CTN Não havendo prova de pagamento no período lançado aplica-se o prazo decadencial previsto no art. 173, inc. I do CTN:
turma_s : Segunda Turma Ordinária da Quarta Câmara da Terceira Seção
dt_publicacao_tdt : Tue Mar 11 00:00:00 UTC 2014
numero_processo_s : 13009.000213/2009-40
anomes_publicacao_s : 201403
conteudo_id_s : 5329692
dt_registro_atualizacao_tdt : Tue Mar 11 00:00:00 UTC 2014
numero_decisao_s : 3402-001.835
nome_arquivo_s : Decisao_13009000213200940.PDF
ano_publicacao_s : 2014
nome_relator_s : FERNANDO LUIZ DA GAMA LOBO D'EÇA
nome_arquivo_pdf_s : 13009000213200940_5329692.pdf
secao_s : Terceira Seção De Julgamento
arquivo_indexado_s : S
decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. ACORDAM os membros do Colegiado, RO por unanimidade de votos negou-se provimento ao recurso. RV por unanimidade de votos negou-se provimento ao recurso. GILSON MACEDO ROSENBURG FILHO Presidente Substituto FERNANDO LUIZ DA GAMA LOBO D'EÇA Relator Participaram, ainda, do presente julgamento, os Conselheiros Gilson Macedo Rosenburg Filho e Nayra Bastos Manatta (Presidente). O Presidente substituto da Turma, assina o acórdão, face à impossibilidade, por motivo de saúde, da Presidente Nayra Bastos Manatta. , Fernando Luiz da Gama Lobo DEça (Relator), Silvia de Brito Oliveira, João Carlos Cassuli Júnior, Francisco Maurício Rabelo de Albuquerque Silva.
dt_sessao_tdt : Wed Jul 18 00:00:00 UTC 2012
id : 5334170
ano_sessao_s : 2012
atualizado_anexos_dt : Fri Oct 08 10:19:12 UTC 2021
sem_conteudo_s : N
_version_ : 1713046589219536896
conteudo_txt : Metadados => pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.4; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 6; dc:format: application/pdf; version=1.4; pdf:charsPerPage: 1849; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; access_permission:fill_in_form: true; pdf:encrypted: true; access_permission:can_modify: true; Content-Type: application/pdf | Conteúdo => S3C4T2 Fl. 2 1 1 S3C4T2 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS TERCEIRA SEÇÃO DE JULGAMENTO Processo nº 13009.000213/200940 Recurso nº 942.254 De Ofício e Voluntário Acórdão nº 3402001.835 – 4ª Câmara / 2ª Turma Ordinária Sessão de 18 de julho de 2012 Matéria PIS/COFINS FALTA DE RECOLHIMENTO DECADÊNCIA Recorrentes MI MONTREAL INFORMÁTICA LTDA. DRJ RIO DE JANEIRO II RJ ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS/PASEP Período de apuração: 31/01/1998 a 31/01/2001 Ementa: PIS DECADÊNCIA INOCORRÊNCIA DE PAGAMENTO ART. 173, INC. I DO CTN Não havendo prova de pagamento no período lançado aplicase o prazo decadencial previsto no art. 173, inc. I do CTN: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. ACORDAM os membros do Colegiado, RO por unanimidade de votos negouse provimento ao recurso. RV por unanimidade de votos negouse provimento ao recurso. GILSON MACEDO ROSENBURG FILHO Presidente Substituto FERNANDO LUIZ DA GAMA LOBO D'EÇA Relator Participaram, ainda, do presente julgamento, os Conselheiros Gilson Macedo Rosenburg Filho e Nayra Bastos Manatta (Presidente). O Presidente substituto da Turma, assina o acórdão, face à impossibilidade, por motivo de saúde, da Presidente Nayra Bastos Manatta. , Fernando Luiz da Gama Lobo D’Eça (Relator), Silvia de Brito Oliveira, João Carlos Cassuli Júnior, Francisco Maurício Rabelo de Albuquerque Silva. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 13 00 9. 00 02 13 /2 00 9- 40 Fl. 2061DF CARF MF Impresso em 11/03/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 11/02/2014 por FERNANDO LUIZ DA GAMA LOBO D ECA, Assinado digitalmente e m 11/02/2014 por FERNANDO LUIZ DA GAMA LOBO D ECA, Assinado digitalmente em 19/02/2014 por GILSON MA CEDO ROSENBURG FILHO 2 Relatório Tratase de Recursos Voluntário (constante de arquivo em PDF sem numeração de páginas do processo físico) e de Ofício (fls. 938 vº) contra o v. Acórdão nº 13 38.046 exarado em 21/10/11 (fls. 938/941) pela 4ª Turma da DRJ do Rio de Janeiro II RJ que, por unanimidade de votos, houve por bem “julgar improcedentes em parte” (para deixar de conhecer da impugnação da CSLL e exonerar o contribuinte do crédito tributário constituído de COFINS e de PIS, este último exceto o relativo ao período de apuração de dezembro de 2000) os seguintes lançamentos originais de: a) COFINS (MPF nº 0710500/00457/05 fls. 572/), notificado em 09/10/06 (fls. 571/576), no valor total de R$ 1.576.090,16 (COFINS R$ 490.187,15; Juros R$ 718.262,67 e Multa R$ 367.640,34) que acusou a ora Recorrente de falta de recolhimento da COFINS no período de 31/01/98 a 31/12/98 em razão de “diferença apurada entre o valor escriturado e o declarado/pago”, em razão do que, a d. Fiscalização considerou infringidos os arts. capitulados no AI, e devida a multa de 75% capitulada no art. 44, inciso I, da Lei nº 9430/96, e juros à taxa SELIC nos termos do art. 61, § 3º, da Lei nº 9.430/96; e b) Contribuição para o PIS/PASEP (MPF nº 0710500/00457/05 fls. 555/568), notificado em 09/10/06 (fls. 563), no valor total de R$ 3.511.684,24 (PIS R$ 1.173.614,24; Juros R$ 1.457.860,01; e Multa R$ 880.210,54), que acusou a ora Recorrente de falta de recolhimento do PIS no período de 31/01/98 a 31/01/01 em razão de “diferença apurada entre o valor escriturado e o declarado/pago”, em razão do que, a d. Fiscalização considerou infringidos os arts. capitulados no AI e, devida a multa de 75% capitulada no art. 44, inciso I, da Lei nº 9430/96, e juros à taxa SELIC nos termos do art. 61, § 3º, da Lei nº 9.430/96; Reconhecendo expressamente que a impugnação atendia aos requisitos de admissibilidade, a r. decisão de fls. 938/941 da 4ª Turma da DRJ do Rio de Janeiro II RJ que, por unanimidade de votos, houve por bem “julgar improcedentes em parte” os lançamentos de PIS e COFINS , aos fundamentos sintetizados em sua ementa nos seguintes termos: “ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA 0 FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL COFINS Período de apuração: 31/01/1998 a 31/12/1998 DECADÊNCIA. Segundo a Súmula Vinculante n° 8, publicada no D.O.U. em 20 de junho de 2008, fica declarada a inconstitucionalidade do art. 45 da Lei 8.212, de 24 de julho de 1991. Em conseqüência, deve se utilizar o Código Tributário Nacional, que prevê o prazo de cinco anos para a decadência. Não havendo dolo e havendo pagamento, o termo inicial de contagem recai sobre o dia do fato gerador. Do contrario, o termo inicial passará a recair sobre o primeiro dia do exercício seguinte aquele em que poderia ter sido efetuado o lançamento. ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA 0 PIS/PASEP Período de apuração: 31/01/1998 a 31/01/2001 Fl. 2062DF CARF MF Impresso em 11/03/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 11/02/2014 por FERNANDO LUIZ DA GAMA LOBO D ECA, Assinado digitalmente e m 11/02/2014 por FERNANDO LUIZ DA GAMA LOBO D ECA, Assinado digitalmente em 19/02/2014 por GILSON MA CEDO ROSENBURG FILHO Processo nº 13009.000213/200940 Acórdão n.º 3402001.835 S3C4T2 Fl. 3 3 DECADÊNCIA. Segundo a Súmula Vinculante n° 8, publicada no D.O.U. em 20 de junho de 2008, fica declarada a inconstitucionalidade do art. 45 da Lei 8.212, de 24 de julho de 1991. Em conseqüência, deve se utilizar o Código Tributário Nacional, que prevê o prazo de cinco anos para a decadência. Não havendo dolo e havendo pagamento, o termo inicial de contagem recai sobre o dia do fato gerador. Do contrário, o termo inicial passará a recair sobre o primeiro dia do exercício seguinte aquele em que poderia ter sido efetuado o lançamento. Impugnação Procedente em Parte Crédito Tributário Mantido em Parte” Desde logo anoto que através do v. Acórdão nº 1222.159 exarado em 10/12/08 (fls. 890/897), a 7ª Turma da DRJ do Rio de Janeiro I RJ, por unanimidade de votos, houve por bem “julgar improcedente” o lançamento de CSLL deixando de conhecer das impugnações de PIS e COFINS, bem como de recorrer de ofício em face do valor reduzido ser inferior à alçada regimental, aos fundamentos sintetizados na seguinte ementa: “ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE 0 LUCRO LÍQUIDO CSLL Anocalendário: 1998 DECADÊNCIA.CSLL. O . Supremo Tribunal Federal, em 12 de junho de 2008, editou enunciado de Súmula vinculante n° 8, publicada no D.O.U. em 20 de junho de 2008, declarando a inconstitucionalidade do art. 45, da Lei n° 8.212, de 24 de julho de 1991. Segundo dispõe o art. 103A da Constituição Federal de 1988 e o art. 2° da Lei n° 11.417/2006, a súmula, a partir de sua publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal. Portanto, nos tributos sujeitos ao regime de lançamento por homologação, como é o caso destas contribuições, ausentes dolo, fraude e simulação, o prazo para a Fazenda Pública constituir o crédito tributário decai após 5 (cinco) anos contados da data da ocorrência do fato gerador, conforme dispõe o art. 150, § 4º, do Código Tributário Nacional (CTN). ASSUNTO: OUTROS TRIBUTOS OU CONTRIBUIÇÕES Anocalendário: 1998, 1999, 2000, 2001 COMPETÊNCIA. PIS e COFINS. Compete à Delegacia da Receita Federal de Julgamento no Rio de Janeiro I DRJ/RJOI julgar processos relativos a tributos e contribuições administrados pela RFB, exceto, como no caso em Fl. 2063DF CARF MF Impresso em 11/03/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 11/02/2014 por FERNANDO LUIZ DA GAMA LOBO D ECA, Assinado digitalmente e m 11/02/2014 por FERNANDO LUIZ DA GAMA LOBO D ECA, Assinado digitalmente em 19/02/2014 por GILSON MA CEDO ROSENBURG FILHO 4 tela, os relativos a contribuições sociais não decorrentes de lançamento de IRPJ. Em face da incompetência material desta Delegacia, decidese não se conhecer das impugnações de PIS e COFINS e encaminhar os autos à Delegacia competente. Lançamento Improcedente” Nas razões de Recurso Voluntário (constante de arquivo em PDF sem numeração de páginas do processo físico) oportunamente apresentadas a ora Recorrente sustenta a insubsistência parcial da r. decisão recorrida na parte em que manteve a exigência fiscal tendo em vista: a) preliminarmente a impossibilidade do não conhecimento da impugnação da CSSLL; b) a ocorrência da decadência no período mantido pela r. decisão recorrida em face da Jurisprudência Administrativa e Judicial que cita. É o relatório. Voto Conselheiro FERNANDO LUIZ DA GAMA LOBO D'EÇA, Relator Os Recursos Voluntário e de Ofício preenchem os requisitos de admissibilidade, razão pela qual deles conheço, mas no mérito não merecem provimentos. Inicialmente rejeito a preliminar de cerceamento de defesa pelo não conhecimento da impugnação à CSSLL eis que, a par de não haver qualquer prejuízo para a Recorrente, sequer poderia ser objeto de Recurso por não ter havido sucumbência da Recorrente, face ao cancelamento ao AI. Quanto ao mérito a r. decisão recorrida mostrase incensurável e conforme com a lei e com a Jurisprudência Judicial, merecendo ser mantida por seus próprios e jurídicos fundamentos que, por amor à brevidade adoto como razão de decidir e transcrevo para conhecimento dos nobres pares: “Passo, com efeito, a verificar se houve pagamento em relação ao PIS e, em seguida, verificar sua alegada decadência. Alega o contribuinte que o período de apuração do crédito tributário citado referente ao PIS está acobertado pela decadência. 0 período de apuração (fls. 555/568) vai de janeiro de 1998 a janeiro de 2001. Consultandose o sistema SINCOR PROFISC, é possível verificar que, de fato, houve pagamento referente ao fato gerador de janeiro de 2001 (fl. 913). Na verdade, contudo, este não é o último período que poderia ser lançado, pois o período de apuração de dezembro de 2000, como se demonstrará, também poderia ter sido lançado de oficio. De fato, consultandose, no sistema SINAL 07, todos os pagamentos do contribuinte, de novembro de 2000 até hoje, Fl. 2064DF CARF MF Impresso em 11/03/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 11/02/2014 por FERNANDO LUIZ DA GAMA LOBO D ECA, Assinado digitalmente e m 11/02/2014 por FERNANDO LUIZ DA GAMA LOBO D ECA, Assinado digitalmente em 19/02/2014 por GILSON MA CEDO ROSENBURG FILHO Processo nº 13009.000213/200940 Acórdão n.º 3402001.835 S3C4T2 Fl. 4 5 constatase não haver nenhum relativo ao PIS correspondente ao período de apuração de dezembro de 2000 (fls. 922/935). Em relação a este último, com efeito, cumpre empregar o art. 173, I do CTN. Em conseqüência, notase que, ao contrario do alegado pelo contribuinte, não estava decaído o direito de a Fazenda lançar o crédito tributário em 9 de outubro de 2006, porque esta poderia têlo feito até o final do mês de dezembro de 2006. Embora a alegação fundamental do contribuinte resida na decadência, ele também afirma que não seria procedente a constituição do crédito de PIS já que ainda não foram julgadas impugnações relativas aos débitos que teriam sido compensados nos processos 13009.000156/9901, 13009.000190/0046 e 13009.000146/200151 Não procede, contudo, a alegação do contribuinte. Em consulta ao sistema SINCORPROFISC, notase que o processo 13009.000190/0046 não trata do PIS relativo ao período de apuração não decaído (fl. 920). Com relação ao citado processo 13009.000156/9901, já se acha em fase de execução final e, sobretudo, não trata de PIS relativo a dezembro de 2000 (fl. 919). Por fim, quanto ao alegado processo 13009.000146/200151, verificase que não constitui número válido de processo administrativo junto à RFB (fl. 936). Provavelmente o contribuinte quisesse referirse ao processo 13009.000147/200151; notase, todavia, que tal processo também não pode ser aceito como impugnação ao auto de infração de PIS, pois trata de restituição de IRPJ (fl. 937). Como não há, ademais, impugnação à base de calculo nem fundamentação legal do auto de infração do PIS em apreço, deve ser mantido, em suma, o crédito lançado do PIS exclusivamente para o período de apuração de dezembro de 2000, declarando a decadência dos demais créditos referentes a este tributo constituídos no presente processo. Passo a verificar se há decadência em relação à Cofins. Alega o contribuinte, igualmente, a decadência para a Cofins constituída no auto de infração. O último período de apuração recai sobre o fato gerador de dezembro de 1998 (fl.). Havendo ou não pagamento, na data em que houve a notificação do contribuinte acerca do auto de infração que constituiu crédito tributário deste tributo (9 de outubro de 2006), a Fazenda não poderia mais constituílo, porque o prazo máximo para tanto (utilizandose o art. 173, I do CTN) seria dezembro de 2004. Cumpre, portanto, declarar a decadência do crédito tributário relativo Cofins. Fl. 2065DF CARF MF Impresso em 11/03/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 11/02/2014 por FERNANDO LUIZ DA GAMA LOBO D ECA, Assinado digitalmente e m 11/02/2014 por FERNANDO LUIZ DA GAMA LOBO D ECA, Assinado digitalmente em 19/02/2014 por GILSON MA CEDO ROSENBURG FILHO 6 Por tudo o que se expôs, voto por não conhecer da impugnação relativa CSLL; deferir integralmente a impugnação ao auto de Cofins; e, por fim, deferir parcialmente a impugnação ao auto de PIS/PASEP, mantendo tãosomente o período lançado de dezembro de 2000.” Isto posto, voto no sentido de NEGAR PROVIMENTO aos Recursos Voluntário e de Ofício, para manter a r. decisão recorrida por seus próprios e jurídicos fundamentos. É como voto. Sala das Sessões, em 18 de julho de 2012 FERNANDO LUIZ DA GAMA LOBO D'EÇA Fl. 2066DF CARF MF Impresso em 11/03/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 11/02/2014 por FERNANDO LUIZ DA GAMA LOBO D ECA, Assinado digitalmente e m 11/02/2014 por FERNANDO LUIZ DA GAMA LOBO D ECA, Assinado digitalmente em 19/02/2014 por GILSON MA CEDO ROSENBURG FILHO
score : 1.0
Numero do processo: 10880.034412/99-98
Turma: PLENO DA CÂMARA SUPERIOR REC. FISCAIS
Câmara: Pleno
Seção: Câmara Superior de Recursos Fiscais
Data da sessão: Wed Aug 29 00:00:00 UTC 2012
Data da publicação: Fri May 09 00:00:00 UTC 2014
Ementa: Assunto: Normas Gerais de Direito Tributário
Período de apuração: 01/10/1989 a 31/03/1992
REPETIÇÃO DE INDÉBITO. PRESCRIÇÃO. Quando do julgamento do RE nº 566.621/RS, interposto pela Fazenda Nacional, sendo relatora a Ministra Ellen Gracie, foi declarada a inconstitucionalidade do art. 4º, segunda parte, da Lei Complementar nº 118/2005, momento em que estava consolidada a orientação da Primeira Seção do STJ no sentido de que, para os tributos sujeitos a lançamento por homologação, o prazo para repetição ou compensação de indébito era de 10 anos contados do seu fato gerador, tendo em conta a aplicação combinada dos arts. 150, §4º, 156, VII, e 168, I, do CTN.
Diante das decisões proferidas pelos nossos Tribunais Superiores a respeito da matéria, aplica-se ao caso os estritos termos em que foram prolatadas, considerando-se o prazo prescricional de 5 (cinco) anos aplicável tão-somente aos pedidos formalizados após o decurso da vacatio legis de 120 dias, ou seja, a partir dos pedidos protocolados nas repartições da Receita Federal do Brasil do dia 09 de junho de 2005 em diante.
Para os pedidos protocolados anteriormente a essa data (09/06/2005), vale o entendimento anterior que permitia a cumulação do prazo do art. 150, § 4º, com o do art. 168, I, do CTN (tese dos 5+5), ou seja, a contagem do prazo prescricional dar-se-á a partir do fato gerador, devendo o pedido ter sido protocolado no máximo após o transcurso de 10 (dez) anos a partir dessa data (do fato gerador).
Numero da decisão: 9900-000.710
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em dar parcial provimento ao recurso, nos termos do relatório e voto que integram o presente julgado.
(assinado digitalmente)
Otacílio Dantas Cartaxo - Presidente
(assinado digitalmente)
Francisco de Sales Ribeiro de Queiroz - Relator
EDITADO EM: 29/04/2014
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Otacílio Dantas Cartaxo, Marcos Tranchesi Ortiz que substituiu Susy Gomes Hoffmann, Valmar Fonseca de Menezes, Alberto Pinto Souza Júnior, Francisco de Sales Ribeiro de Queiroz, João Carlos de Lima Júnior, Jorge Celso Freire da Silva, José Ricardo da Silva, Karem Jureidini Dias,Valmir Sandri, Luiz Eduardo de Oliveira Santos, Elias Sampaio Freire, Gonçalo Bonet Allage, Gustavo Lian Haddad, Manoel Coelho Arruda Junior, Marcelo Oliveira, Maria Helena Cotta Cardozo, Rycardo Henrique Magalhães de Oliveira, Henrique Pinheiro Torres, Francisco Maurício Rabelo de Albuquerque Silva, Júlio César Alves Ramos, Maria Teresa Martinez Lopez, Nanci Gama, Rodrigo Cardozo Miranda, Rodrigo da Costa Possas, Mercia Helena Trajano Damorim que substituiu Marcos Aurélio Pereira Valadão.
Nome do relator: FRANCISCO DE SALES RIBEIRO DE QUEIROZ
1.0 = *:*
toggle all fields
dt_index_tdt : Fri Oct 08 01:09:55 UTC 2021
anomes_sessao_s : 201208
camara_s : Pleno
ementa_s : Assunto: Normas Gerais de Direito Tributário Período de apuração: 01/10/1989 a 31/03/1992 REPETIÇÃO DE INDÉBITO. PRESCRIÇÃO. Quando do julgamento do RE nº 566.621/RS, interposto pela Fazenda Nacional, sendo relatora a Ministra Ellen Gracie, foi declarada a inconstitucionalidade do art. 4º, segunda parte, da Lei Complementar nº 118/2005, momento em que estava consolidada a orientação da Primeira Seção do STJ no sentido de que, para os tributos sujeitos a lançamento por homologação, o prazo para repetição ou compensação de indébito era de 10 anos contados do seu fato gerador, tendo em conta a aplicação combinada dos arts. 150, §4º, 156, VII, e 168, I, do CTN. Diante das decisões proferidas pelos nossos Tribunais Superiores a respeito da matéria, aplica-se ao caso os estritos termos em que foram prolatadas, considerando-se o prazo prescricional de 5 (cinco) anos aplicável tão-somente aos pedidos formalizados após o decurso da vacatio legis de 120 dias, ou seja, a partir dos pedidos protocolados nas repartições da Receita Federal do Brasil do dia 09 de junho de 2005 em diante. Para os pedidos protocolados anteriormente a essa data (09/06/2005), vale o entendimento anterior que permitia a cumulação do prazo do art. 150, § 4º, com o do art. 168, I, do CTN (tese dos 5+5), ou seja, a contagem do prazo prescricional dar-se-á a partir do fato gerador, devendo o pedido ter sido protocolado no máximo após o transcurso de 10 (dez) anos a partir dessa data (do fato gerador).
turma_s : PLENO DA CÂMARA SUPERIOR REC. FISCAIS
dt_publicacao_tdt : Fri May 09 00:00:00 UTC 2014
numero_processo_s : 10880.034412/99-98
anomes_publicacao_s : 201405
conteudo_id_s : 5345751
dt_registro_atualizacao_tdt : Fri May 09 00:00:00 UTC 2014
numero_decisao_s : 9900-000.710
nome_arquivo_s : Decisao_108800344129998.PDF
ano_publicacao_s : 2014
nome_relator_s : FRANCISCO DE SALES RIBEIRO DE QUEIROZ
nome_arquivo_pdf_s : 108800344129998_5345751.pdf
secao_s : Câmara Superior de Recursos Fiscais
arquivo_indexado_s : S
decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em dar parcial provimento ao recurso, nos termos do relatório e voto que integram o presente julgado. (assinado digitalmente) Otacílio Dantas Cartaxo - Presidente (assinado digitalmente) Francisco de Sales Ribeiro de Queiroz - Relator EDITADO EM: 29/04/2014 Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Otacílio Dantas Cartaxo, Marcos Tranchesi Ortiz que substituiu Susy Gomes Hoffmann, Valmar Fonseca de Menezes, Alberto Pinto Souza Júnior, Francisco de Sales Ribeiro de Queiroz, João Carlos de Lima Júnior, Jorge Celso Freire da Silva, José Ricardo da Silva, Karem Jureidini Dias,Valmir Sandri, Luiz Eduardo de Oliveira Santos, Elias Sampaio Freire, Gonçalo Bonet Allage, Gustavo Lian Haddad, Manoel Coelho Arruda Junior, Marcelo Oliveira, Maria Helena Cotta Cardozo, Rycardo Henrique Magalhães de Oliveira, Henrique Pinheiro Torres, Francisco Maurício Rabelo de Albuquerque Silva, Júlio César Alves Ramos, Maria Teresa Martinez Lopez, Nanci Gama, Rodrigo Cardozo Miranda, Rodrigo da Costa Possas, Mercia Helena Trajano Damorim que substituiu Marcos Aurélio Pereira Valadão.
dt_sessao_tdt : Wed Aug 29 00:00:00 UTC 2012
id : 5438070
ano_sessao_s : 2012
atualizado_anexos_dt : Fri Oct 08 10:21:09 UTC 2021
sem_conteudo_s : N
_version_ : 1713046589268819968
conteudo_txt : Metadados => pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.4; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 10; dc:format: application/pdf; version=1.4; pdf:charsPerPage: 2537; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; access_permission:fill_in_form: true; pdf:encrypted: true; access_permission:can_modify: true; Content-Type: application/pdf | Conteúdo => CSRFPL Fl. 10 1 9 CSRFPL MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS CÂMARA SUPERIOR DE RECURSOS FISCAIS Processo nº 10880.034412/9998 Recurso nº Extraordinário Acórdão nº 9900000.710 – Pleno Sessão de 29 de agosto de 2012 Matéria Repetição de indébito Prescrição Recorrente FAZENDA NACIONAL Recorrida M GOUVEA LIVRARIA, EDITORA E DISTRIB. DE LIVROS LTDA. ASSUNTO: NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO Período de apuração: 01/10/1989 a 31/03/1992 REPETIÇÃO DE INDÉBITO. PRESCRIÇÃO. Quando do julgamento do RE nº 566.621/RS, interposto pela Fazenda Nacional, sendo relatora a Ministra Ellen Gracie, foi declarada a inconstitucionalidade do art. 4º, segunda parte, da Lei Complementar nº 118/2005, momento em que estava consolidada a orientação da Primeira Seção do STJ no sentido de que, para os tributos sujeitos a lançamento por homologação, o prazo para repetição ou compensação de indébito era de 10 anos contados do seu fato gerador, tendo em conta a aplicação combinada dos arts. 150, §4º, 156, VII, e 168, I, do CTN. Diante das decisões proferidas pelos nossos Tribunais Superiores a respeito da matéria, aplicase ao caso os estritos termos em que foram prolatadas, considerandose o prazo prescricional de 5 (cinco) anos aplicável tão somente aos pedidos formalizados após o decurso da vacatio legis de 120 dias, ou seja, a partir dos pedidos protocolados nas repartições da Receita Federal do Brasil do dia 09 de junho de 2005 em diante. Para os pedidos protocolados anteriormente a essa data (09/06/2005), vale o entendimento anterior que permitia a cumulação do prazo do art. 150, § 4º, com o do art. 168, I, do CTN (tese dos 5+5), ou seja, a contagem do prazo prescricional darseá a partir do fato gerador, devendo o pedido ter sido protocolado no máximo após o transcurso de 10 (dez) anos a partir dessa data (do fato gerador). Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em dar parcial provimento ao recurso, nos termos do relatório e voto que integram o presente julgado. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 88 0. 03 44 12 /9 9- 98 Fl. 221DF CARF MF Impresso em 09/05/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 28/04/2014 por FRANCISCO DE SALES RIBEIRO DE QUEIROZ, Assinado digitalme nte em 29/04/2014 por FRANCISCO DE SALES RIBEIRO DE QUEIROZ, Assinado digitalmente em 08/05/2014 por OTACILIO DANTAS CARTAXO 2 (assinado digitalmente) Otacílio Dantas Cartaxo Presidente (assinado digitalmente) Francisco de Sales Ribeiro de Queiroz Relator EDITADO EM: 29/04/2014 Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Otacílio Dantas Cartaxo, Marcos Tranchesi Ortiz que substituiu Susy Gomes Hoffmann, Valmar Fonseca de Menezes, Alberto Pinto Souza Júnior, Francisco de Sales Ribeiro de Queiroz, João Carlos de Lima Júnior, Jorge Celso Freire da Silva, José Ricardo da Silva, Karem Jureidini Dias,Valmir Sandri, Luiz Eduardo de Oliveira Santos, Elias Sampaio Freire, Gonçalo Bonet Allage, Gustavo Lian Haddad, Manoel Coelho Arruda Junior, Marcelo Oliveira, Maria Helena Cotta Cardozo, Rycardo Henrique Magalhães de Oliveira, Henrique Pinheiro Torres, Francisco Maurício Rabelo de Albuquerque Silva, Júlio César Alves Ramos, Maria Teresa Martinez Lopez, Nanci Gama, Rodrigo Cardozo Miranda, Rodrigo da Costa Possas, Mercia Helena Trajano Damorim que substituiu Marcos Aurélio Pereira Valadão. Relatório Tratase de recurso extraordinário interposto pela Procuradoria da Fazenda Nacional PFN, versando sobre a contagem do prazo prescricional do direito à repetição de indébitos tributários. A recorrente assevera que referido prazo seria de 5 (cinco) anos a contar da data em que ocorreu o recolhimento indevido ou a maior que o devido, consoante interpretação a ser dada ao inciso I do art. 165 do Código Tributário Nacional – CTN, interpretação essa que teria sido referendada pela Lei Complementar nº 118/2005. A discussão em causa, portanto, reportase exclusivamente ao prazo prescricional para requerer a repetição de indébito tributário, sendo importante ressaltar que o presente pedido foi formalizado anteriormente à vigência da Lei Complementar nº 118/2005, que passou a viger a partir do dia 09/06/2005. No presente caso, o pedido de restituição/compensação foi formalizado em 10/12/1999, e se refere a fatos geradores ocorridos entre 12/1989 e 03/1992. É o relatório. Fl. 222DF CARF MF Impresso em 09/05/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 28/04/2014 por FRANCISCO DE SALES RIBEIRO DE QUEIROZ, Assinado digitalme nte em 29/04/2014 por FRANCISCO DE SALES RIBEIRO DE QUEIROZ, Assinado digitalmente em 08/05/2014 por OTACILIO DANTAS CARTAXO Processo nº 10880.034412/9998 Acórdão n.º 9900000.710 CSRFPL Fl. 11 3 Voto Conselheiro Francisco Sales Ribeiro de Queiroz Relator O recurso extraordinário interposto pela Procuradoria da Fazenda Nacional – PFN preenche os requisitos necessários à sua admissibilidade, consoante atesta o despacho competente, devendo ser conhecido. Conforme relatado, a questão que se põe à apreciação deste Colegiado diz respeito exclusivamente à preliminar de prescrição do direito à repetição de indébitos fiscais, merecendo ressaltar que o acórdão paradigma considerou irrelevante que o indébito tenha por fundamento a declaração de inconstitucionalidade ou simples erro, aplicando o prazo quinquenal a partir da extinção do crédito tributário, conforme se extrai da leitura da ementa transcrita no recurso extraordinário, a seguir: ACÓRDÃO PARADIGMA "Ementa: PEDIDO DE RESTITUIÇÃO ILL O direito de pleitear a restituição de tributo indevido, pago espontaneamente, perece com o decurso do prazo de cinco anos, contados da data de extinção do crédito tributário, sendo irrelevante que o indébito tenha por fundamento inconstitucionalidade ou simples erro (art. 165, incisos I e II, e 168, inciso I, do CTN, e entendimento do Superior Tribunal de Justiça). Recurso Especial do Procurador Provido." (grifo nosso). (Recurso n° 102147786. Processo n° 10183.003219/200293. Acórdão CSRF/0400.810. Quarta Turma. Relatora Conselheira Maria Helena Cotta Cardozo). Os dispositivos da Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966 – Código Tributário Nacional – CTN, citados na ementa acima transcrita, estão assim redigidos: Art. 165. O sujeito passivo tem direito, independentemente de prévio protesto, à restituição total ou parcial do tributo, seja qual for a modalidade do seu pagamento, ressalvado o disposto no § 4º do artigo 162, nos seguintes casos: I cobrança ou pagamento espontâneo de tributo indevido ou maior que o devido em face da legislação tributária aplicável, ou da natureza ou circunstâncias materiais do fato gerador efetivamente ocorrido; II erro na edificação do sujeito passivo, na determinação da alíquota aplicável, no cálculo do montante do débito ou na elaboração ou conferência de qualquer documento relativo ao pagamento; III reforma, anulação, revogação ou rescisão de decisão condenatória. Fl. 223DF CARF MF Impresso em 09/05/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 28/04/2014 por FRANCISCO DE SALES RIBEIRO DE QUEIROZ, Assinado digitalme nte em 29/04/2014 por FRANCISCO DE SALES RIBEIRO DE QUEIROZ, Assinado digitalmente em 08/05/2014 por OTACILIO DANTAS CARTAXO 4 ......................................................................................................... Art. 168. O direito de pleitear a restituição extinguese com o decurso do prazo de 5 (cinco) anos, contados: I nas hipótese dos incisos I e II do artigo 165, da data da extinção do crédito tributário; (vide art. 3º da LC. nº 118, de 2005) II na hipótese do inciso III do artigo 165, da data em que se tornar definitiva a decisão administrativa ou passar em julgado a decisão judicial que tenha reformado, anulado, revogado ou rescindido a decisão condenatória. ......................................................................................................... A modalidade de extinção do crédito tributário a que se refere o supra transcrito dispositivo do inciso I, do art. 168 é o definido no inciso I, do art. 156, também do CTN, a seguir: Art. 156. Extinguem o crédito tributário: I o pagamento; (...). Assim, contado da data da extinção do crédito tributário, pelo pagamento, teria o contribuinte cinco anos para fazer valer o seu direito à restituição, entendimento que mereceu intermináveis discussões no âmbito do contencioso administrativo tributário e nos Tribunais Superiores do Poder Judiciário pátrio. Dessa forma, em face da interminável batalha judicial estabelecida sobre o tema, e com a pretensão de pacificar e tornar definitivo um entendimento a respeito, sobreveio a Lei Complementar LC nº 118/2005, cujos artigos 3º e 4º alteraram e acrescentaram dispositivos ao Código Tributário Nacional CTN, dispondo ainda sobre a interpretação a ser dada ao inciso I do art. 168 da mesma Lei, nos termos a seguir reproduzidos: Art. 3º Para efeito de interpretação do inciso I do art. 168 da Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966 – Código Tributário Nacional, a extinção do crédito tributário ocorre, no caso de tributo sujeito a lançamento por homologação, no momento do pagamento antecipado de que trata o § 1º do art. 150 da referida Lei. Art. 4º Esta Lei entra em vigor 120 (cento e vinte) dias após sua publicação, observado, quanto ao art. 3º, o disposto no art. 106, inciso I, da Lei no 5.172, de 25 de outubro de 1966 – Código Tributário Nacional. Por seu turno, o mencionado inciso I, do art. 106, do CTN, estabelece que: Art. 106. A lei aplicase a ato ou fato pretérito: I em qualquer caso, quando seja expressamente interpretativa, excluída a aplicação de penalidade à infração dos dispositivos interpretados; (...). Fl. 224DF CARF MF Impresso em 09/05/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 28/04/2014 por FRANCISCO DE SALES RIBEIRO DE QUEIROZ, Assinado digitalme nte em 29/04/2014 por FRANCISCO DE SALES RIBEIRO DE QUEIROZ, Assinado digitalmente em 08/05/2014 por OTACILIO DANTAS CARTAXO Processo nº 10880.034412/9998 Acórdão n.º 9900000.710 CSRFPL Fl. 12 5 Assim, a questão já teria sido definitivamente resolvida com a edição dos suso transcritos dispositivos da LC nº 118/2005, segundo o qual a interpretação a ser dada ao inciso I, do art.168, do CTN, é a de que “a extinção do crédito tributário ocorre, no caso de tributo sujeito a lançamento por homologação, no momento do pagamento antecipado de que trata o § 1º do art. 150 da referida Lei.” (Lei nº 5.172/1966 – CTN) Entretanto, o Superior Tribunal de Justiça STJ declarou a inconstitucionalidade da segunda parte do artigo 4° da LC nº 118/2005, ao entender que não se trata de lei meramente interpretativa, já que inova o ordenamento jurídico no tocante ao momento em que o crédito tornase extinto, e que, portanto, não pode retroagir nos moldes do artigo 106, inciso I, do Código Tributário Nacional CTN, sob pena de ofender o princípio da segurança jurídica, de respeitável proteção em nosso ordenamento. Referida matéria, até a sessão de 04/08/2011 do Supremo Tribunal Federal – STF, encontravase submetida ao regime de repercussão geral, oportunidade em que foi negado provimento ao RE nº 566.621/RS, interposto pela Fazenda Nacional, sendo relatora a Ministra Ellen Gracie, declarando a inconstitucionalidade do acima transcrito art. 4º, segunda parte, da Lei Complementar nº 118/2005, considerando válida a aplicação do novo prazo de 5 (cinco) anos tãosomente às ações ajuizadas após o decurso da vacatio legis de 120 dias, ou seja, a partir de 09/06/2005, tendo referida decisão Suprema sido assim ementada: DIREITO TRIBUTÁRIO – LEI INTERPRETATIVA – APLICAÇÃO RETROATIVA DA LEI COMPLEMENTAR Nº 118/2005 – DESCABIMENTO – VIOLAÇÃO À SEGURANÇA JURÍDICA – NECESSIDADE DE OBSERVÂNCIA DA VACACIO LEGIS – APLICAÇÃO DO PRAZO REDUZIDO PARA REPETIÇÃO OU COMPENSAÇÃO DE INDÉBITOS AOS PROCESSOS AJUIZADOS A PARTIR DE 9 DE JUNHO DE 2005. Quando do advento da LC 118/2005, estava consolidada a orientação da Primeira Seção do STJ no sentido de que, para os tributos sujeitos a lançamento por homologação, o prazo para repetição ou compensação de indébito era de 10 anos contados do seu fato gerador, tendo em conta a aplicação combinada dos arts . 150, §4º, 156, VII, e 168, I, do CTN. A LC 118/05, embora tenha se autoproclamado interpretativa, implicou inovação normativa, tendo reduzido o prazo de 10 anos contados do fato gerador para 5 anos contados do pagamento indevido. Lei supostamente interpretativa que, em verdade, inova no mundo jurídico deve ser considerada como lei nova. Inocorrência de violação à autonomia e independência dos Poderes, porquanto a lei expressamente interpretativa também se submete, como qualquer outra, ao controle judicial quanto à sua natureza, validade e aplicação. A aplicação retroativa de novo e reduzido prazo para a repetição ou compensação de indébito tributário estipulado por lei nova, fulminando, de imediato, pretensões deduzidas tempestivamente à luz do prazo então aplicável, bem como a Fl. 225DF CARF MF Impresso em 09/05/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 28/04/2014 por FRANCISCO DE SALES RIBEIRO DE QUEIROZ, Assinado digitalme nte em 29/04/2014 por FRANCISCO DE SALES RIBEIRO DE QUEIROZ, Assinado digitalmente em 08/05/2014 por OTACILIO DANTAS CARTAXO 6 aplicação imediata às pretensões pendentes de ajuizamento quando da publicação da lei sem resguardo de nenhuma regra de transição, implicam ofensa ao princípio da segurança jurídica em seus conteúdos de proteção da confiança e de garantia do acesso à Justiça. Afastandose as aplicações inconstitucionais e resguardandose, no mais, a eficácia da norma, permitese a aplicação do prazo reduzido relativamente às ações ajuizadas após a vacatio legis, conforme entendimento consolidado por esta Corte no enunciado 445 da Súmula do Tribunal. O prazo de vacatio legis de 120 dias permitiu aos contribuintes não apenas que tomassem ciência do novo prazo, mas também que ajuizassem as ações necessárias à tutela dos seus direitos. Inaplicabilidade do art. 2.028 do Código Civil, pois, não havendo lacuna na LC 118/05, que pretendeu a aplicação do novo prazo na maior extensão possível, descabida sua aplicação por analogia. Além disso, não se trata de lei geral, tampouco impede iniciativa legislativa em contrário. Reconhecida a inconstitucionalidade art. 4º, segunda parte, da LC 118/05, considerandose válida a aplicação do novo prazo de 5 anos tãosomente às ações ajuizadas após o decurso da vacatio legis de 120 dias, ou seja, a partir de 9 de junho de 2005. Aplicação do art. 543B, § 3º, do CPC aos recursos sobrestados. Recurso extraordinário desprovido Por seu turno, o Superior Tribunal de Justiça STJ, em recentíssima decisão (sessão de 02/08/2012), ao julgar o recurso representativo de controvérsia REsp nº 1.269.570 MG, entre muitas outras mais antigas, seguiu a referida posição jurisprudencial proferida do Tribunal Maior, consoante se extrai da leitura da ementa do REsp 1089356/PR, assim disposta: REsp 1089356 / PR RECURSO ESPECIAL 2008/02103521 Relator(a) Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES (1141) Órgão Julgador T2 SEGUNDA TURMA Data do Julgamento 02/08/2012 Data da Publicação/Fonte DJe 09/08/2012 Ementa TRIBUTÁRIO. RECURSOS ESPECIAIS. JUÍZO DE RETRATAÇÃO. ART. 543B, § 3º, DO CPC. MANDADO DE SEGURANÇA QUE ATACA INDEFERIMENTO DE PEDIDO DE RESTITUIÇÃO DE SALDOS NEGATIVOS DA CSLL REFERENTES AO EXERCÍCIO DE 1996. PEDIDO ADMINISTRATIVO PROTOCOLADO ANTES DE 09/06/2005. INAPLICABILIDADE DA LEI COMPLEMENTAR Nº. 118/2005 E DO ART. 16 DA LEI Nº. 9.065/95. 1. Tanto o STF quanto o STJ entendem que, para as ações de repetição de indébito relativas a tributos sujeitos a lançamento por homologação ajuizadas de 09/06/2005 em diante, deve ser aplicado o prazo prescricional quinquenal previsto no art. 3º da Lei Complementar nº 118/2005, ou seja, prazo de cinco anos com termo inicial na data do pagamento. Já para as ações ajuizadas antes de 09/06/2005, deve ser aplicado o Fl. 226DF CARF MF Impresso em 09/05/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 28/04/2014 por FRANCISCO DE SALES RIBEIRO DE QUEIROZ, Assinado digitalme nte em 29/04/2014 por FRANCISCO DE SALES RIBEIRO DE QUEIROZ, Assinado digitalmente em 08/05/2014 por OTACILIO DANTAS CARTAXO Processo nº 10880.034412/9998 Acórdão n.º 9900000.710 CSRFPL Fl. 13 7 entendimento anterior que permitia a cumulação do prazo do art. 150, §4º com o do art. 168, I, do CTN (tese dos 5+5). Precedente do STJ: recurso representativo da controvérsia REsp n. 1.269.570MG, 1ª Seção, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, julgado em 23.05.2012. Precedente do STF (repercussão geral): recurso representativo da controvérsia RE n. 566.621/RS, Plenário, Rel. Min. Ellen Gracie, julgado em 04.08.2011. 2. No caso, embora se trate de mandado de segurança ajuizado no ano de 2007, houve observância do prazo do art. 18 da Lei nº. 1.533/51 e a impetrante impugna o ato administrativo que decretou a prescrição do seu direito de pleitear a restituição dos saldos negativos da CSLL referentes ao anocalendário de 1995, exercício de 1996, cujo pedido de restituição foi protocolado administrativamente em 05.07.2002, antes, portanto, da Lei Complementar n. 118/2005. Diante das peculiaridades dos autos, o Tribunal de origem decidiu que o prazo prescricional deve ser contado da data de protocolo do pedido administrativo de restituição. Em assim decidindo, a Turma Regional não negou vigência ao art. 168, I, do CTN; muito pelo contrário, observou entendimento já endossado pela Primeira Turma do STJ (REsp 963.352/PR, Rel. Min. Luiz Fux, DJe de 13.11.2008). 3. No tocante ao recurso da impetrante, deve ser mantido o acórdão do Tribunal de origem, embora por outro fundamento, pois, ainda que o art. 16 da Lei n. 9.065/95 não se aplique nas hipóteses de restituição, via compensação, de saldos negativos da CSLL, no caso a impetrante formulou administrativamente simples pedido de restituição. Na espécie, ao adotar a data de homologação do lançamento como termo inicial do prazo prescricional quinquenal para se pleitear a restituição do tributo supostamente pago a maior, o Tribunal de origem considerou tempestivo o pedido de restituição, o qual, por conseguinte, deverá ter curso regular na instância administrativa. Mesmo que a decisão emanada do Poder Judiciário não contemple a possibilidade de compensação dos saldos negativos da CSLL com outros tributos administrados pela Receita Federal do Brasil, nada obsta que a impetrante efetue a compensação sob a regência da legislação tributária posteriormente concebida. 4. Recurso especial da Fazenda Nacional parcialmente conhecido e, nessa parte, não provido, e recurso especial da impetrante não provido, em juízo de retratação. Nessa mesma linha, transcrevo ementa de outros julgados do STJ, nos quais o prazo prescricional é contado, em se tratando de pagamentos indevidos cuja repetição fora requerida anteriormente à vigência da LC nº 118∕2005 (09/06/2005), da data do fato gerador, acrescido de mais cinco anos, a partir da homologação tácita ou expressa: “TRIBUTÁRIO. TRIBUTO DECLARADO INCONSTITUCIONAL EM CONTROLE CONCENTRADO. REPETIÇÃO DE INDÉBITO. PRESCRIÇÃO. TERMO INICIAL. Fl. 227DF CARF MF Impresso em 09/05/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 28/04/2014 por FRANCISCO DE SALES RIBEIRO DE QUEIROZ, Assinado digitalme nte em 29/04/2014 por FRANCISCO DE SALES RIBEIRO DE QUEIROZ, Assinado digitalmente em 08/05/2014 por OTACILIO DANTAS CARTAXO 8 LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO. REGRA DOS "CINCO MAIS CINCO". PRECEDENTES. SÚMULA 83/STJ. 1. A Primeira Seção desta Corte firmou entendimento de que, "mesmo em caso de exação tida por inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal, seja em controle concentrado, seja em difuso, ainda que tenha sido publicada Resolução do Senado Federal (art. 52, X, da Carta Magna), a prescrição do direito de pleitear a restituição, nos tributos sujeitos ao lançamento por homologação, ocorre após expirado o prazo de cinco anos, contados do fato gerador, acrescido de mais cinco anos, a partir da homologação tácita ou expressa." 2. O entendimento jurisprudencial é a síntese da melhor exegese da legislação no momento da aplicação do direito, por isso é aceitável a sua mudança para o devido aprimoramento da prestação jurisdicional. Agravo regimental improvido.” (AgRg no Ag 1406333 / PE, Relator: Ministro Humberto Martins) “PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. IMPOSTO DE RENDA O SOBRE O LUCRO LÍQUIDO (ILL). PRESCRIÇÃO. TESE DOS "CINCO MAIS CINCO". RESP 1.002.932/SP (ART.543C DO CPC). COMPENSAÇÃO. LEGISLAÇÃO APLICÁVEL. DATA DO AJUIZAMENTO DA AÇÃO. RESP 1.137.738/SP (ART. 543C DO CPC). POSSIBILIDADE, IN CASU, DE COMPENSAÇÃO COM TRIBUTO DA MESMA ESPÉCIE. CORREÇÃO MONETÁRIA. FEV/1991. IPC. 21,87%. 1. Agravos regimentais interpostos pelos contribuintes e pela Fazenda Nacional contra decisão que negou seguimento aos seus recursos especiais. 2. A Primeira Seção adota o entendimento sufragado no julgamento dos REsp 435.835/SC para aplicar a tese dos "cinco mais cinco" à contagem do prazo prescricional, inclusive para a repetição de tributos declarados inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal. Precedentes: EREsp 507.466/SC, Rel. Ministro Humberto Martins, Primeira Seção, julgado em 25/3/2009, DJe 6/4/2009; AgRg nos EAg 779581/SP, Rel. Ministro Herman Benjamin, Primeira Seção, julgado em 9/5/2007, DJe 1/9/2008; EREsp 653.748/CE, Rel. Ministro José Delgado, Rel. p/ Acórdão Ministro Luiz Fux, Primeira Seção, julgado em 23/11/2005, DJ 27/3/2006. 3. O Superior Tribunal de Justiça, em sede de recurso especial representativo de controvérsia (REsp 1.002.932/SP), ratificou orientação no sentido de que o princípio da irretroatividade impõe a aplicação da LC n. 118/05 aos pagamentos indevidos realizados após a sua vigência e não às ações propostas posteriormente ao referido diploma legal, porquanto é norma referente à extinção da obrigação e não ao aspecto processual da ação respectiva. 4. Em sede de compensação tributária, deve ser aplicada a legislação vigente por ocasião do ajuizamento da demanda. "[A] Fl. 228DF CARF MF Impresso em 09/05/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 28/04/2014 por FRANCISCO DE SALES RIBEIRO DE QUEIROZ, Assinado digitalme nte em 29/04/2014 por FRANCISCO DE SALES RIBEIRO DE QUEIROZ, Assinado digitalmente em 08/05/2014 por OTACILIO DANTAS CARTAXO Processo nº 10880.034412/9998 Acórdão n.º 9900000.710 CSRFPL Fl. 14 9 autorização da Secretaria da Receita Federal constituía pressuposto para a compensação pretendida pelo contribuinte, sob a égide da redação primitiva do artigo 74, da Lei 9.430/96, em se tratando de tributos sob a administração do aludido órgão público, compensáveis entre si". (REsp 1.137.738/SP, Rel. Ministro Luiz Fux, Primeira Seção, DJe 1º/2/2010, julgado sob o rito do art. 543C do CPC). 5. Na correção de indébito tributário incide o índice de 21,87% em fevereiro de 1991 (expurgo inflacionário, IPC/IBGE em substituição à INPC do mês). Precedentes: REsp 968.949/SP, Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, Segunda Turma, DJe 10/3/2011; EDcl no AgRg nos EDcl no REsp 871.152/SP, Rel. Ministro Luiz Fux, Primeira Turma, DJe 19/8/2010; AgRg no REsp 945.285/RS, Rel. Ministro Humberto Martins, Segunda Turma, DJe 7/6/2010; REsp 1.124.456/DF, Rel. Ministro Castro Meira, Segunda Turma, DJe 8/4/2010. 6. Agravo regimental das contribuintes parcialmente provido para assegurar a correção monetária no mês de fevereiro de 1991 pelo índice de 21,87%. 7. Agravo regimental da Fazenda Nacional não provido.” (AgRg no REsp 1131971 / RJ, Relator: Ministro Benedito Gonçalves) Através da Portaria MF nº 586, de 21/12/2010–DOU de 22/12/2010, foram introduzidas alterações no Regimento Interno do CARF aprovado pela Portaria MF nº 256, DOU de 23/06/2009, sobrevindo o art. 62A, que assim dispõe: Art. 62A. As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal e pelo Superior Tribunal de Justiça em matéria infraconstitucional, na sistemática prevista pelos artigos 543B e 543C da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973, Código de Processo Civil, deverão ser reproduzidas pelos conselheiros no julgamento dos recursos no âmbito do CARF. Sendo assim, diante dessas decisões proferidas pelos nossos Tribunais Superiores, outra não poderia ser minha posição a respeito da matéria, senão a de aplicar ao caso os estritos termos das sobreditas decisões do Supremo Tribunal Federal e do Superior Tribunal de Justiça, considerandose o prazo prescricional de 5 (cinco) anos aplicável tão somente aos pedidos formalizados após o decurso da vacatio legis de 120 dias, ou seja, a partir dos pedidos protocolados nas repartições da Receita Federal do Brasil do dia 9 de junho de 2005 em diante. Para os pedidos protocolados anteriormente a essa data (09/06/2005), valeria o entendimento anterior que permitia a cumulação do prazo do art. 150, § 4º com o do art. 168, I, do CTN (tese dos 5+5), ou seja, a contagem do prazo prescricional darseia a partir do fato gerador, devendo o pedido ter sido protocolado no máximo após o transcurso de 10 (dez) anos a partir dessa data (do fato gerador). Fl. 229DF CARF MF Impresso em 09/05/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 28/04/2014 por FRANCISCO DE SALES RIBEIRO DE QUEIROZ, Assinado digitalme nte em 29/04/2014 por FRANCISCO DE SALES RIBEIRO DE QUEIROZ, Assinado digitalmente em 08/05/2014 por OTACILIO DANTAS CARTAXO 10 No presente caso, o pedido de restituição/compensação foi formalizado em 10/12/1999, e se refere a fatos geradores ocorridos entre 12/1989 e 03/1992. Sendo assim, encontramse alcançados pela prescrição o direito à repetição referente aos fatos geradores ocorridos até 10/12/1989. Isto posto, voto no sentido de dar parcial provimento ao recurso, para considerar prescritos os indébitos fiscais obre fatos geradores ocorridos até 10/12/1989, devendo o processo retornar à repartição de origem para que seja analisada a viabilidade do pedido quanto às questões de mérito, sua liquidez, demais matérias não examinadas e adoção das providências que considerar cabíveis, devendo o processo, posteriormente, seguir seu trâmite de acordo com o Decreto nº 70.235/1972, que rege o Processo Administrativo Fiscal – PAF. É assim que voto. (assinado digitalmente) Francisco de Sales Ribeiro de Queiroz Fl. 230DF CARF MF Impresso em 09/05/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 28/04/2014 por FRANCISCO DE SALES RIBEIRO DE QUEIROZ, Assinado digitalme nte em 29/04/2014 por FRANCISCO DE SALES RIBEIRO DE QUEIROZ, Assinado digitalmente em 08/05/2014 por OTACILIO DANTAS CARTAXO
score : 1.0
Numero do processo: 10980.006692/2003-18
Turma: Primeira Turma Especial da Terceira Seção
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Fri Apr 25 00:00:00 UTC 2014
Data da publicação: Tue May 20 00:00:00 UTC 2014
Numero da decisão: 3801-000.739
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, converter o julgamento do recurso em diligência, nos termos do voto do relator
(assinado digitalmente)
Flávio de Castro Pontes - Presidente.
(assinado digitalmente)
Sidney Eduardo Stahl - Relator.
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Paulo Sérgio Celani, Sidney Eduardo Stahl, Marcos Antonio Borges, Paulo Antonio Caliendo Velloso da Silveira, Maria Inês Caldeira Pereira da Silva Murgel e Flávio de Castro Pontes (Presidente).
Nome do relator: SIDNEY EDUARDO STAHL
1.0 = *:*
toggle all fields
dt_index_tdt : Fri Oct 08 01:09:55 UTC 2021
anomes_sessao_s : 201404
turma_s : Primeira Turma Especial da Terceira Seção
dt_publicacao_tdt : Tue May 20 00:00:00 UTC 2014
numero_processo_s : 10980.006692/2003-18
anomes_publicacao_s : 201405
conteudo_id_s : 5348087
dt_registro_atualizacao_tdt : Tue May 20 00:00:00 UTC 2014
numero_decisao_s : 3801-000.739
nome_arquivo_s : Decisao_10980006692200318.PDF
ano_publicacao_s : 2014
nome_relator_s : SIDNEY EDUARDO STAHL
nome_arquivo_pdf_s : 10980006692200318_5348087.pdf
secao_s : Terceira Seção De Julgamento
arquivo_indexado_s : S
decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, converter o julgamento do recurso em diligência, nos termos do voto do relator (assinado digitalmente) Flávio de Castro Pontes - Presidente. (assinado digitalmente) Sidney Eduardo Stahl - Relator. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Paulo Sérgio Celani, Sidney Eduardo Stahl, Marcos Antonio Borges, Paulo Antonio Caliendo Velloso da Silveira, Maria Inês Caldeira Pereira da Silva Murgel e Flávio de Castro Pontes (Presidente).
dt_sessao_tdt : Fri Apr 25 00:00:00 UTC 2014
id : 5457344
ano_sessao_s : 2014
atualizado_anexos_dt : Fri Oct 08 10:21:39 UTC 2021
sem_conteudo_s : N
_version_ : 1713046589291888640
conteudo_txt : Metadados => pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.4; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 3; dc:format: application/pdf; version=1.4; pdf:charsPerPage: 1346; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; access_permission:fill_in_form: true; pdf:encrypted: true; access_permission:can_modify: true; Content-Type: application/pdf | Conteúdo => S3TE01 Fl. 200 1 199 S3TE01 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS TERCEIRA SEÇÃO DE JULGAMENTO Processo nº 10980.006692/200318 Recurso nº Voluntário Resolução nº 3801000.739 – 1ª Turma Especial Data 25 de abril de 2014 Assunto Pedido de Diligência Recorrente OBRA PRIMA S.A. TECNOLOGIA E ADMINISTRAÇÃO DE SERVIÇOS Recorrida FAZENDA NACIONAL Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, converter o julgamento do recurso em diligência, nos termos do voto do relator (assinado digitalmente) Flávio de Castro Pontes Presidente. (assinado digitalmente) Sidney Eduardo Stahl Relator. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Paulo Sérgio Celani, Sidney Eduardo Stahl, Marcos Antonio Borges, Paulo Antonio Caliendo Velloso da Silveira, Maria Inês Caldeira Pereira da Silva Murgel e Flávio de Castro Pontes (Presidente). RE SO LU ÇÃ O G ER A D A N O P G D -C A RF P RO CE SS O 1 09 80 .0 06 69 2/ 20 03 -1 8 Fl. 139DF CARF MF Impresso em 20/05/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 13/05/2014 por SIDNEY EDUARDO STAHL, Assinado digitalmente em 13/05/2014 por SIDNEY EDUARDO STAHL, Assinado digitalmente em 19/05/2014 por FLAVIO DE CASTRO PONTES Processo nº 10980.006692/200318 Resolução nº 3801000.739 S3TE01 Fl. 201 2 Relatório Tratase de auto de infração lavrado para exigir da recorrente valores a título da PIS em razão da ausência de recolhimento do tributo declarado em DCTF. A recorrente alega que os valores exigidos em auto de infração foram compensados com créditos de PIS, que por sua vez se encontram vinculados a pedido de restituição materializado no processo administrativo n° 10980.001760/200191, indeferido pela DRF competente mas até então objeto de recurso perante esse Conselho. Também foram indeferidos pedidos de compensação incluídos no processo n° 10980.003733/200314 em razão da ausência de reconhecimento dos créditos de PIS, conforme cópia do despacho decisório. O Termo de Verificação Fiscal de fls. corrobora tais afirmações. A recorrente apresentou impugnação alegando a impossibilidade de cobrança dos créditos de COFINS enquanto tramitar o pedido de restituição na esfera administrativa, o que foi afastado pelo acórdão da DRJ que velou pela independência entre os processos e considerou o lançamento procedente. Em seu recurso voluntário a recorrente alega, em síntese, que o resultado dos processos administrativos relacionados é essencial ao prosseguimento da cobrança materializada nesses autos. Em análise do recurso voluntário esta Turma entendeu que “O auto de infração, portanto, decorre diretamente do não reconhecimento, pela autoridade administrativa, do direito creditório pretendido pelo contribuinte, o qual seria utilizado para fins de compensação com os valores objeto do lançamento. Assim, não há como proferir manifestação definitiva nos presentes autos, enquanto não encerrado o processo administrativo relativo ao reconhecimento de tal direito.” Foi então o julgamento convertido em diligência para determinar: “1. Juntar ao presente cópia do acórdão proferido pela DRJ/Curitiba relativo ao processo n° 10980.001760/200191, caso seja a decisão final, ou aguardar até que esta seja prolatada, na hipótese de apresentação de recurso voluntário, juntando cópia de ambas as decisões; 2. Retornar o presente a este CARF para julgamento” É o relatório. Fl. 140DF CARF MF Impresso em 20/05/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 13/05/2014 por SIDNEY EDUARDO STAHL, Assinado digitalmente em 13/05/2014 por SIDNEY EDUARDO STAHL, Assinado digitalmente em 19/05/2014 por FLAVIO DE CASTRO PONTES Processo nº 10980.006692/200318 Resolução nº 3801000.739 S3TE01 Fl. 202 3 Voto Conselheiro Sidney Eduardo Stahl, O recurso é tempestivo e preenche os requisitos de admissibilidade, portanto dele tomo conhecimento. Tratase de retorno de diligência. A DRF de origem atestou que os valores de COFINS em cobrança por meio do presente auto de infração, informados pelo contribuinte em DCTF, foram compensados com créditos de PIS objeto do pedido de restituição de que trata o processo administrativo nº 10980.001760/200191. Em resumo, caso deferida a restituição dos valores pleiteados naquele processo restariam extintos os créditos tributários em cobrança nestes autos. Assim, em cumprimento à determinação de diligência exarada por esta Turma foram anexadas aos presentes autos as decisões proferidas naquele processo de n.º 10980.001760/200191. e especificamente: (i) a decisão exarada pela DRJ que deferiu apenas em parte o pedido de restituição de valores de PIS, tendo indeferido os pedidos relativos a fatos geradores anteriores a 01/1995 em razão da ocorrência da “decadência”, e (ii) o acórdão proferido por esse Conselho que reformou a decisão de primeiro grau e reconheceu a procedência do recurso do contribuinte para lhe permitir a restituição de todo o montante pleiteado, inclusive os valores relacionados aos exercícios de 1992 em diante, conforme os seguintes termos: “Sendo essas as considerações que reputo suficientes e necessárias à resolução da lide, voto no sentido de dar provimento ao recurso voluntário, para reconhecer a inocorrência de prescrição e, portanto, o direito à restituição de valores pagos a maior, de acordo com a sistemática do PIS/Repique, devidamente corrigidos e homologar as compensações declaradas, até o limite do crédito reconhecido.” Entretanto, sem sabermos qual foi o total do crédito reconhecido e se ele é suficiente para suprir a cobrança decorrente do presente auto de infração não é possível à essa Turma cancelálo in totum. Para isso tenho que é preciso encaminhar novamente o processo para a DRF de origem para que, feita a apuração do crédito reconhecido no processo de n.º 10980.001760/200191 informe se houve algum débito remanescente dos respectivos pedidos de compensação. Após o processo deve retornar a esse CARF para julgamento. (assinado digitalmente) Sidney Eduardo Stahl Relator Fl. 141DF CARF MF Impresso em 20/05/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 13/05/2014 por SIDNEY EDUARDO STAHL, Assinado digitalmente em 13/05/2014 por SIDNEY EDUARDO STAHL, Assinado digitalmente em 19/05/2014 por FLAVIO DE CASTRO PONTES
score : 1.0
Numero do processo: 13891.000115/00-87
Turma: PLENO DA CÂMARA SUPERIOR REC. FISCAIS
Câmara: Pleno
Seção: Câmara Superior de Recursos Fiscais
Data da sessão: Wed Aug 29 00:00:00 UTC 2012
Data da publicação: Fri May 09 00:00:00 UTC 2014
Ementa: Assunto: Normas Gerais de Direito Tributário
Período de apuração: 01/09/1989 a 31/03/1992
REPETIÇÃO DE INDÉBITO. PRESCRIÇÃO. Quando do julgamento do RE nº 566.621/RS, interposto pela Fazenda Nacional, sendo relatora a Ministra Ellen Gracie, foi declarada a inconstitucionalidade do art. 4º, segunda parte, da Lei Complementar nº 118/2005, momento em que estava consolidada a orientação da Primeira Seção do STJ no sentido de que, para os tributos sujeitos a lançamento por homologação, o prazo para repetição ou compensação de indébito era de 10 anos contados do seu fato gerador, tendo em conta a aplicação combinada dos arts. 150, §4º, 156, VII, e 168, I, do CTN.
Diante das decisões proferidas pelos nossos Tribunais Superiores a respeito da matéria, aplica-se ao caso os estritos termos em que foram prolatadas, considerando-se o prazo prescricional de 5 (cinco) anos aplicável tão-somente aos pedidos formalizados após o decurso da vacatio legis de 120 dias, ou seja, a partir dos pedidos protocolados nas repartições da Receita Federal do Brasil do dia 09 de junho de 2005 em diante.
Para os pedidos protocolados anteriormente a essa data (09/06/2005), vale o entendimento anterior que permitia a cumulação do prazo do art. 150, § 4º, com o do art. 168, I, do CTN (tese dos 5+5), ou seja, a contagem do prazo prescricional dar-se-á a partir do fato gerador, devendo o pedido ter sido protocolado no máximo após o transcurso de 10 (dez) anos a partir dessa data (do fato gerador).
Numero da decisão: 9900-000.738
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em dar provimento parcial ao recurso, nos termos do relatorio e voto que integram o presente julgado.
(assinado digitalmente)
Otacílio Dantas Cartaxo - Presidente
(assinado digitalmente)
Francisco de Sales Ribeiro de Queiroz - Relator
EDITADO EM: 06/05/2013
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Otacílio Dantas Cartaxo, Marcos Tranchesi Ortiz que substituiu Susy Gomes Hoffmann, Valmar Fonseca de Menezes, Alberto Pinto Souza Júnior, Francisco de Sales Ribeiro de Queiroz, João Carlos de Lima Júnior, Jorge Celso Freire da Silva, José Ricardo da Silva, Karem Jureidini Dias,Valmir Sandri, Luiz Eduardo de Oliveira Santos, Elias Sampaio Freire, Gonçalo Bonet Allage, Gustavo Lian Haddad, Manoel Coelho Arruda Junior, Marcelo Oliveira, Maria Helena Cotta Cardozo, Rycardo Henrique Magalhães de Oliveira, Henrique Pinheiro Torres, Francisco Maurício Rabelo de Albuquerque Silva, Júlio César Alves Ramos, Maria Teresa Martinez Lopez, Nanci Gama, Rodrigo Cardozo Miranda, Rodrigo da Costa Possas, Mercia Helena Trajano Damorim que substituiu Marcos Aurélio Pereira Valadão.
Nome do relator: FRANCISCO DE SALES RIBEIRO DE QUEIROZ
1.0 = *:*
toggle all fields
dt_index_tdt : Fri Oct 08 01:09:55 UTC 2021
anomes_sessao_s : 201208
camara_s : Pleno
ementa_s : Assunto: Normas Gerais de Direito Tributário Período de apuração: 01/09/1989 a 31/03/1992 REPETIÇÃO DE INDÉBITO. PRESCRIÇÃO. Quando do julgamento do RE nº 566.621/RS, interposto pela Fazenda Nacional, sendo relatora a Ministra Ellen Gracie, foi declarada a inconstitucionalidade do art. 4º, segunda parte, da Lei Complementar nº 118/2005, momento em que estava consolidada a orientação da Primeira Seção do STJ no sentido de que, para os tributos sujeitos a lançamento por homologação, o prazo para repetição ou compensação de indébito era de 10 anos contados do seu fato gerador, tendo em conta a aplicação combinada dos arts. 150, §4º, 156, VII, e 168, I, do CTN. Diante das decisões proferidas pelos nossos Tribunais Superiores a respeito da matéria, aplica-se ao caso os estritos termos em que foram prolatadas, considerando-se o prazo prescricional de 5 (cinco) anos aplicável tão-somente aos pedidos formalizados após o decurso da vacatio legis de 120 dias, ou seja, a partir dos pedidos protocolados nas repartições da Receita Federal do Brasil do dia 09 de junho de 2005 em diante. Para os pedidos protocolados anteriormente a essa data (09/06/2005), vale o entendimento anterior que permitia a cumulação do prazo do art. 150, § 4º, com o do art. 168, I, do CTN (tese dos 5+5), ou seja, a contagem do prazo prescricional dar-se-á a partir do fato gerador, devendo o pedido ter sido protocolado no máximo após o transcurso de 10 (dez) anos a partir dessa data (do fato gerador).
turma_s : PLENO DA CÂMARA SUPERIOR REC. FISCAIS
dt_publicacao_tdt : Fri May 09 00:00:00 UTC 2014
numero_processo_s : 13891.000115/00-87
anomes_publicacao_s : 201405
conteudo_id_s : 5345772
dt_registro_atualizacao_tdt : Fri May 09 00:00:00 UTC 2014
numero_decisao_s : 9900-000.738
nome_arquivo_s : Decisao_138910001150087.PDF
ano_publicacao_s : 2014
nome_relator_s : FRANCISCO DE SALES RIBEIRO DE QUEIROZ
nome_arquivo_pdf_s : 138910001150087_5345772.pdf
secao_s : Câmara Superior de Recursos Fiscais
arquivo_indexado_s : S
decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em dar provimento parcial ao recurso, nos termos do relatorio e voto que integram o presente julgado. (assinado digitalmente) Otacílio Dantas Cartaxo - Presidente (assinado digitalmente) Francisco de Sales Ribeiro de Queiroz - Relator EDITADO EM: 06/05/2013 Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Otacílio Dantas Cartaxo, Marcos Tranchesi Ortiz que substituiu Susy Gomes Hoffmann, Valmar Fonseca de Menezes, Alberto Pinto Souza Júnior, Francisco de Sales Ribeiro de Queiroz, João Carlos de Lima Júnior, Jorge Celso Freire da Silva, José Ricardo da Silva, Karem Jureidini Dias,Valmir Sandri, Luiz Eduardo de Oliveira Santos, Elias Sampaio Freire, Gonçalo Bonet Allage, Gustavo Lian Haddad, Manoel Coelho Arruda Junior, Marcelo Oliveira, Maria Helena Cotta Cardozo, Rycardo Henrique Magalhães de Oliveira, Henrique Pinheiro Torres, Francisco Maurício Rabelo de Albuquerque Silva, Júlio César Alves Ramos, Maria Teresa Martinez Lopez, Nanci Gama, Rodrigo Cardozo Miranda, Rodrigo da Costa Possas, Mercia Helena Trajano Damorim que substituiu Marcos Aurélio Pereira Valadão.
dt_sessao_tdt : Wed Aug 29 00:00:00 UTC 2012
id : 5438424
ano_sessao_s : 2012
atualizado_anexos_dt : Fri Oct 08 10:21:10 UTC 2021
sem_conteudo_s : N
_version_ : 1713046589451272192
conteudo_txt : Metadados => pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.4; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 10; dc:format: application/pdf; version=1.4; pdf:charsPerPage: 2518; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; access_permission:fill_in_form: true; pdf:encrypted: true; access_permission:can_modify: true; Content-Type: application/pdf | Conteúdo => CSRFPL Fl. 10 1 9 CSRFPL MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS CÂMARA SUPERIOR DE RECURSOS FISCAIS Processo nº 13891.000115/0087 Recurso nº Extraordinário Acórdão nº 9900000.738 – Pleno Sessão de 29 de agosto de 2012 Matéria Repetição de indébito Prescrição Recorrente FAZENDA NACIONAL Recorrida LOJA DA FÁBRICA SELO MECÂNICO LTDA. ASSUNTO: NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO Período de apuração: 01/09/1989 a 31/03/1992 REPETIÇÃO DE INDÉBITO. PRESCRIÇÃO. Quando do julgamento do RE nº 566.621/RS, interposto pela Fazenda Nacional, sendo relatora a Ministra Ellen Gracie, foi declarada a inconstitucionalidade do art. 4º, segunda parte, da Lei Complementar nº 118/2005, momento em que estava consolidada a orientação da Primeira Seção do STJ no sentido de que, para os tributos sujeitos a lançamento por homologação, o prazo para repetição ou compensação de indébito era de 10 anos contados do seu fato gerador, tendo em conta a aplicação combinada dos arts. 150, §4º, 156, VII, e 168, I, do CTN. Diante das decisões proferidas pelos nossos Tribunais Superiores a respeito da matéria, aplicase ao caso os estritos termos em que foram prolatadas, considerandose o prazo prescricional de 5 (cinco) anos aplicável tão somente aos pedidos formalizados após o decurso da vacatio legis de 120 dias, ou seja, a partir dos pedidos protocolados nas repartições da Receita Federal do Brasil do dia 09 de junho de 2005 em diante. Para os pedidos protocolados anteriormente a essa data (09/06/2005), vale o entendimento anterior que permitia a cumulação do prazo do art. 150, § 4º, com o do art. 168, I, do CTN (tese dos 5+5), ou seja, a contagem do prazo prescricional darseá a partir do fato gerador, devendo o pedido ter sido protocolado no máximo após o transcurso de 10 (dez) anos a partir dessa data (do fato gerador). Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em dar provimento parcial ao recurso, nos termos do relatorio e voto que integram o presente julgado. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 13 89 1. 00 01 15 /0 0- 87 Fl. 446DF CARF MF Impresso em 09/05/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 20/05/2013 por FRANCISCO DE SALES RIBEIRO DE QUEIROZ, Assinado digitalme nte em 20/05/2013 por FRANCISCO DE SALES RIBEIRO DE QUEIROZ, Assinado digitalmente em 08/05/2014 por OTACILIO DANTAS CARTAXO 2 (assinado digitalmente) Otacílio Dantas Cartaxo Presidente (assinado digitalmente) Francisco de Sales Ribeiro de Queiroz Relator EDITADO EM: 06/05/2013 Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Otacílio Dantas Cartaxo, Marcos Tranchesi Ortiz que substituiu Susy Gomes Hoffmann, Valmar Fonseca de Menezes, Alberto Pinto Souza Júnior, Francisco de Sales Ribeiro de Queiroz, João Carlos de Lima Júnior, Jorge Celso Freire da Silva, José Ricardo da Silva, Karem Jureidini Dias,Valmir Sandri, Luiz Eduardo de Oliveira Santos, Elias Sampaio Freire, Gonçalo Bonet Allage, Gustavo Lian Haddad, Manoel Coelho Arruda Junior, Marcelo Oliveira, Maria Helena Cotta Cardozo, Rycardo Henrique Magalhães de Oliveira, Henrique Pinheiro Torres, Francisco Maurício Rabelo de Albuquerque Silva, Júlio César Alves Ramos, Maria Teresa Martinez Lopez, Nanci Gama, Rodrigo Cardozo Miranda, Rodrigo da Costa Possas, Mercia Helena Trajano Damorim que substituiu Marcos Aurélio Pereira Valadão. Relatório Tratase de recurso extraordinário interposto pela Procuradoria da Fazenda Nacional PFN, versando sobre a contagem do prazo prescricional do direito à repetição de indébitos tributários. A recorrente assevera que referido prazo seria de 5 (cinco) anos a contar da data em que ocorreu o recolhimento indevido ou a maior que o devido, consoante interpretação a ser dada ao inciso I do art. 165 do Código Tributário Nacional – CTN, interpretação essa que teria sido referendada pela Lei Complementar nº 118/2005. A discussão em causa, portanto, reportase exclusivamente ao prazo prescricional para requerer a repetição de indébito tributário, sendo importante ressaltar que o presente pedido foi formalizado anteriormente à vigência da Lei Complementar nº 118/2005, que passou a viger a partir do dia 09/06/2005. No presente caso, a data de protocolo do pedido de restituição/compensação foi formalizado em 30/08/2000, e se refere a fatos geradores ocorridos entre 09/89 e 03/92. É o relatório. Fl. 447DF CARF MF Impresso em 09/05/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 20/05/2013 por FRANCISCO DE SALES RIBEIRO DE QUEIROZ, Assinado digitalme nte em 20/05/2013 por FRANCISCO DE SALES RIBEIRO DE QUEIROZ, Assinado digitalmente em 08/05/2014 por OTACILIO DANTAS CARTAXO Processo nº 13891.000115/0087 Acórdão n.º 9900000.738 CSRFPL Fl. 11 3 Voto Conselheiro Francisco Sales Ribeiro de Queiroz Relator O recurso extraordinário interposto pela Procuradoria da Fazenda Nacional – PFN preenche os requisitos necessários à sua admissibilidade, consoante atesta o despacho competente, devendo ser conhecido. Conforme relatado, a questão que se põe à apreciação deste Colegiado diz respeito exclusivamente à preliminar de prescrição do direito à repetição de indébitos fiscais, merecendo ressaltar que o acórdão paradigma considerou irrelevante que o indébito tenha por fundamento a declaração de inconstitucionalidade ou simples erro, aplicando o prazo quinquenal a partir da extinção do crédito tributário, conforme se extrai da leitura da ementa transcrita no recurso extraordinário, a seguir: ACÓRDÃO PARADIGMA "Ementa: PEDIDO DE RESTITUIÇÃO ILL O direito de pleitear a restituição de tributo indevido, pago espontaneamente, perece com o decurso do prazo de cinco anos, contados da data de extinção do crédito tributário, sendo irrelevante que o indébito tenha por fundamento inconstitucionalidade ou simples erro (art. 165, incisos I e II, e 168, inciso I, do CTN, e entendimento do Superior Tribunal de Justiça). Recurso Especial do Procurador Provido." (grifo nosso). (Recurso n° 102147786. Processo n° 10183.003219/200293. Acórdão CSRF/0400.810. Quarta Turma. Relatora Conselheira Maria Helena Cotta Cardozo). Os dispositivos da Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966 – Código Tributário Nacional – CTN, citados na ementa acima transcrita, estão assim redigidos: Art. 165. O sujeito passivo tem direito, independentemente de prévio protesto, à restituição total ou parcial do tributo, seja qual for a modalidade do seu pagamento, ressalvado o disposto no § 4º do artigo 162, nos seguintes casos: I cobrança ou pagamento espontâneo de tributo indevido ou maior que o devido em face da legislação tributária aplicável, ou da natureza ou circunstâncias materiais do fato gerador efetivamente ocorrido; II erro na edificação do sujeito passivo, na determinação da alíquota aplicável, no cálculo do montante do débito ou na elaboração ou conferência de qualquer documento relativo ao pagamento; III reforma, anulação, revogação ou rescisão de decisão condenatória. ......................................................................................................... Fl. 448DF CARF MF Impresso em 09/05/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 20/05/2013 por FRANCISCO DE SALES RIBEIRO DE QUEIROZ, Assinado digitalme nte em 20/05/2013 por FRANCISCO DE SALES RIBEIRO DE QUEIROZ, Assinado digitalmente em 08/05/2014 por OTACILIO DANTAS CARTAXO 4 Art. 168. O direito de pleitear a restituição extinguese com o decurso do prazo de 5 (cinco) anos, contados: I nas hipótese dos incisos I e II do artigo 165, da data da extinção do crédito tributário; (vide art. 3º da LC. nº 118, de 2005) II na hipótese do inciso III do artigo 165, da data em que se tornar definitiva a decisão administrativa ou passar em julgado a decisão judicial que tenha reformado, anulado, revogado ou rescindido a decisão condenatória. ......................................................................................................... A modalidade de extinção do crédito tributário a que se refere o supra transcrito dispositivo do inciso I, do art. 168 é o definido no inciso I, do art. 156, também do CTN, a seguir: Art. 156. Extinguem o crédito tributário: I o pagamento; (...). Assim, contado da data da extinção do crédito tributário, pelo pagamento, teria o contribuinte cinco anos para fazer valer o seu direito à restituição, entendimento que mereceu intermináveis discussões no âmbito do contencioso administrativo tributário e nos Tribunais Superiores do Poder Judiciário pátrio. Dessa forma, em face da interminável batalha judicial estabelecida sobre o tema, e com a pretensão de pacificar e tornar definitivo um entendimento a respeito, sobreveio a Lei Complementar LC nº 118/2005, cujos artigos 3º e 4º alteraram e acrescentaram dispositivos ao Código Tributário Nacional CTN, dispondo ainda sobre a interpretação a ser dada ao inciso I do art. 168 da mesma Lei, nos termos a seguir reproduzidos: Art. 3º Para efeito de interpretação do inciso I do art. 168 da Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966 – Código Tributário Nacional, a extinção do crédito tributário ocorre, no caso de tributo sujeito a lançamento por homologação, no momento do pagamento antecipado de que trata o § 1º do art. 150 da referida Lei. Art. 4º Esta Lei entra em vigor 120 (cento e vinte) dias após sua publicação, observado, quanto ao art. 3º, o disposto no art. 106, inciso I, da Lei no 5.172, de 25 de outubro de 1966 – Código Tributário Nacional. Por seu turno, o mencionado inciso I, do art. 106, do CTN, estabelece que: Art. 106. A lei aplicase a ato ou fato pretérito: I em qualquer caso, quando seja expressamente interpretativa, excluída a aplicação de penalidade à infração dos dispositivos interpretados; (...). Fl. 449DF CARF MF Impresso em 09/05/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 20/05/2013 por FRANCISCO DE SALES RIBEIRO DE QUEIROZ, Assinado digitalme nte em 20/05/2013 por FRANCISCO DE SALES RIBEIRO DE QUEIROZ, Assinado digitalmente em 08/05/2014 por OTACILIO DANTAS CARTAXO Processo nº 13891.000115/0087 Acórdão n.º 9900000.738 CSRFPL Fl. 12 5 Assim, a questão já teria sido definitivamente resolvida com a edição dos suso transcritos dispositivos da LC nº 118/2005, segundo o qual a interpretação a ser dada ao inciso I, do art.168, do CTN, é a de que “a extinção do crédito tributário ocorre, no caso de tributo sujeito a lançamento por homologação, no momento do pagamento antecipado de que trata o § 1º do art. 150 da referida Lei.” (Lei nº 5.172/1966 – CTN) Entretanto, o Superior Tribunal de Justiça STJ declarou a inconstitucionalidade da segunda parte do artigo 4° da LC nº 118/2005, ao entender que não se trata de lei meramente interpretativa, já que inova o ordenamento jurídico no tocante ao momento em que o crédito tornase extinto, e que, portanto, não pode retroagir nos moldes do artigo 106, inciso I, do Código Tributário Nacional CTN, sob pena de ofender o princípio da segurança jurídica, de respeitável proteção em nosso ordenamento. Referida matéria, até a sessão de 04/08/2011 do Supremo Tribunal Federal – STF, encontravase submetida ao regime de repercussão geral, oportunidade em que foi negado provimento ao RE nº 566.621/RS, interposto pela Fazenda Nacional, sendo relatora a Ministra Ellen Gracie, declarando a inconstitucionalidade do acima transcrito art. 4º, segunda parte, da Lei Complementar nº 118/2005, considerando válida a aplicação do novo prazo de 5 (cinco) anos tãosomente às ações ajuizadas após o decurso da vacatio legis de 120 dias, ou seja, a partir de 09/06/2005, tendo referida decisão Suprema sido assim ementada: DIREITO TRIBUTÁRIO – LEI INTERPRETATIVA – APLICAÇÃO RETROATIVA DA LEI COMPLEMENTAR Nº 118/2005 – DESCABIMENTO – VIOLAÇÃO À SEGURANÇA JURÍDICA – NECESSIDADE DE OBSERVÂNCIA DA VACACIO LEGIS – APLICAÇÃO DO PRAZO REDUZIDO PARA REPETIÇÃO OU COMPENSAÇÃO DE INDÉBITOS AOS PROCESSOS AJUIZADOS A PARTIR DE 9 DE JUNHO DE 2005. Quando do advento da LC 118/2005, estava consolidada a orientação da Primeira Seção do STJ no sentido de que, para os tributos sujeitos a lançamento por homologação, o prazo para repetição ou compensação de indébito era de 10 anos contados do seu fato gerador, tendo em conta a aplicação combinada dos arts . 150, §4º, 156, VII, e 168, I, do CTN. A LC 118/05, embora tenha se autoproclamado interpretativa, implicou inovação normativa, tendo reduzido o prazo de 10 anos contados do fato gerador para 5 anos contados do pagamento indevido. Lei supostamente interpretativa que, em verdade, inova no mundo jurídico deve ser considerada como lei nova. Inocorrência de violação à autonomia e independência dos Poderes, porquanto a lei expressamente interpretativa também se submete, como qualquer outra, ao controle judicial quanto à sua natureza, validade e aplicação. A aplicação retroativa de novo e reduzido prazo para a repetição ou compensação de indébito tributário estipulado por lei nova, fulminando, de imediato, pretensões deduzidas tempestivamente à luz do prazo então aplicável, bem como a Fl. 450DF CARF MF Impresso em 09/05/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 20/05/2013 por FRANCISCO DE SALES RIBEIRO DE QUEIROZ, Assinado digitalme nte em 20/05/2013 por FRANCISCO DE SALES RIBEIRO DE QUEIROZ, Assinado digitalmente em 08/05/2014 por OTACILIO DANTAS CARTAXO 6 aplicação imediata às pretensões pendentes de ajuizamento quando da publicação da lei sem resguardo de nenhuma regra de transição, implicam ofensa ao princípio da segurança jurídica em seus conteúdos de proteção da confiança e de garantia do acesso à Justiça. Afastandose as aplicações inconstitucionais e resguardandose, no mais, a eficácia da norma, permitese a aplicação do prazo reduzido relativamente às ações ajuizadas após a vacatio legis, conforme entendimento consolidado por esta Corte no enunciado 445 da Súmula do Tribunal. O prazo de vacatio legis de 120 dias permitiu aos contribuintes não apenas que tomassem ciência do novo prazo, mas também que ajuizassem as ações necessárias à tutela dos seus direitos. Inaplicabilidade do art. 2.028 do Código Civil, pois, não havendo lacuna na LC 118/05, que pretendeu a aplicação do novo prazo na maior extensão possível, descabida sua aplicação por analogia. Além disso, não se trata de lei geral, tampouco impede iniciativa legislativa em contrário. Reconhecida a inconstitucionalidade art. 4º, segunda parte, da LC 118/05, considerandose válida a aplicação do novo prazo de 5 anos tãosomente às ações ajuizadas após o decurso da vacatio legis de 120 dias, ou seja, a partir de 9 de junho de 2005. Aplicação do art. 543B, § 3º, do CPC aos recursos sobrestados. Recurso extraordinário desprovido Por seu turno, o Superior Tribunal de Justiça STJ, em recentíssima decisão (sessão de 02/08/2012), ao julgar o recurso representativo de controvérsia REsp nº 1.269.570 MG, entre muitas outras mais antigas, seguiu a referida posição jurisprudencial proferida do Tribunal Maior, consoante se extrai da leitura da ementa do REsp 1089356/PR, assim disposta: REsp 1089356 / PR RECURSO ESPECIAL 2008/02103521 Relator(a) Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES (1141) Órgão Julgador T2 SEGUNDA TURMA Data do Julgamento 02/08/2012 Data da Publicação/Fonte DJe 09/08/2012 Ementa TRIBUTÁRIO. RECURSOS ESPECIAIS. JUÍZO DE RETRATAÇÃO. ART. 543B, § 3º, DO CPC. MANDADO DE SEGURANÇA QUE ATACA INDEFERIMENTO DE PEDIDO DE RESTITUIÇÃO DE SALDOS NEGATIVOS DA CSLL REFERENTES AO EXERCÍCIO DE 1996. PEDIDO ADMINISTRATIVO PROTOCOLADO ANTES DE 09/06/2005. INAPLICABILIDADE DA LEI COMPLEMENTAR Nº. 118/2005 E DO ART. 16 DA LEI Nº. 9.065/95. 1. Tanto o STF quanto o STJ entendem que, para as ações de repetição de indébito relativas a tributos sujeitos a lançamento por homologação ajuizadas de 09/06/2005 em diante, deve ser aplicado o prazo prescricional quinquenal previsto no art. 3º da Lei Complementar nº 118/2005, ou seja, prazo de cinco anos com termo inicial na data do pagamento. Já para as ações ajuizadas antes de 09/06/2005, deve ser aplicado o Fl. 451DF CARF MF Impresso em 09/05/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 20/05/2013 por FRANCISCO DE SALES RIBEIRO DE QUEIROZ, Assinado digitalme nte em 20/05/2013 por FRANCISCO DE SALES RIBEIRO DE QUEIROZ, Assinado digitalmente em 08/05/2014 por OTACILIO DANTAS CARTAXO Processo nº 13891.000115/0087 Acórdão n.º 9900000.738 CSRFPL Fl. 13 7 entendimento anterior que permitia a cumulação do prazo do art. 150, §4º com o do art. 168, I, do CTN (tese dos 5+5). Precedente do STJ: recurso representativo da controvérsia REsp n. 1.269.570MG, 1ª Seção, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, julgado em 23.05.2012. Precedente do STF (repercussão geral): recurso representativo da controvérsia RE n. 566.621/RS, Plenário, Rel. Min. Ellen Gracie, julgado em 04.08.2011. 2. No caso, embora se trate de mandado de segurança ajuizado no ano de 2007, houve observância do prazo do art. 18 da Lei nº. 1.533/51 e a impetrante impugna o ato administrativo que decretou a prescrição do seu direito de pleitear a restituição dos saldos negativos da CSLL referentes ao anocalendário de 1995, exercício de 1996, cujo pedido de restituição foi protocolado administrativamente em 05.07.2002, antes, portanto, da Lei Complementar n. 118/2005. Diante das peculiaridades dos autos, o Tribunal de origem decidiu que o prazo prescricional deve ser contado da data de protocolo do pedido administrativo de restituição. Em assim decidindo, a Turma Regional não negou vigência ao art. 168, I, do CTN; muito pelo contrário, observou entendimento já endossado pela Primeira Turma do STJ (REsp 963.352/PR, Rel. Min. Luiz Fux, DJe de 13.11.2008). 3. No tocante ao recurso da impetrante, deve ser mantido o acórdão do Tribunal de origem, embora por outro fundamento, pois, ainda que o art. 16 da Lei n. 9.065/95 não se aplique nas hipóteses de restituição, via compensação, de saldos negativos da CSLL, no caso a impetrante formulou administrativamente simples pedido de restituição. Na espécie, ao adotar a data de homologação do lançamento como termo inicial do prazo prescricional quinquenal para se pleitear a restituição do tributo supostamente pago a maior, o Tribunal de origem considerou tempestivo o pedido de restituição, o qual, por conseguinte, deverá ter curso regular na instância administrativa. Mesmo que a decisão emanada do Poder Judiciário não contemple a possibilidade de compensação dos saldos negativos da CSLL com outros tributos administrados pela Receita Federal do Brasil, nada obsta que a impetrante efetue a compensação sob a regência da legislação tributária posteriormente concebida. 4. Recurso especial da Fazenda Nacional parcialmente conhecido e, nessa parte, não provido, e recurso especial da impetrante não provido, em juízo de retratação. Nessa mesma linha, transcrevo ementa de outros julgados do STJ, nos quais o prazo prescricional é contado, em se tratando de pagamentos indevidos cuja repetição fora requerida anteriormente à vigência da LC nº 118∕2005 (09/06/2005), da data do fato gerador, acrescido de mais cinco anos, a partir da homologação tácita ou expressa: “TRIBUTÁRIO. TRIBUTO DECLARADO INCONSTITUCIONAL EM CONTROLE CONCENTRADO. REPETIÇÃO DE INDÉBITO. PRESCRIÇÃO. TERMO INICIAL. Fl. 452DF CARF MF Impresso em 09/05/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 20/05/2013 por FRANCISCO DE SALES RIBEIRO DE QUEIROZ, Assinado digitalme nte em 20/05/2013 por FRANCISCO DE SALES RIBEIRO DE QUEIROZ, Assinado digitalmente em 08/05/2014 por OTACILIO DANTAS CARTAXO 8 LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO. REGRA DOS "CINCO MAIS CINCO". PRECEDENTES. SÚMULA 83/STJ. 1. A Primeira Seção desta Corte firmou entendimento de que, "mesmo em caso de exação tida por inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal, seja em controle concentrado, seja em difuso, ainda que tenha sido publicada Resolução do Senado Federal (art. 52, X, da Carta Magna), a prescrição do direito de pleitear a restituição, nos tributos sujeitos ao lançamento por homologação, ocorre após expirado o prazo de cinco anos, contados do fato gerador, acrescido de mais cinco anos, a partir da homologação tácita ou expressa." 2. O entendimento jurisprudencial é a síntese da melhor exegese da legislação no momento da aplicação do direito, por isso é aceitável a sua mudança para o devido aprimoramento da prestação jurisdicional. Agravo regimental improvido.” (AgRg no Ag 1406333 / PE, Relator: Ministro Humberto Martins) “PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. IMPOSTO DE RENDA O SOBRE O LUCRO LÍQUIDO (ILL). PRESCRIÇÃO. TESE DOS "CINCO MAIS CINCO". RESP 1.002.932/SP (ART.543C DO CPC). COMPENSAÇÃO. LEGISLAÇÃO APLICÁVEL. DATA DO AJUIZAMENTO DA AÇÃO. RESP 1.137.738/SP (ART. 543C DO CPC). POSSIBILIDADE, IN CASU, DE COMPENSAÇÃO COM TRIBUTO DA MESMA ESPÉCIE. CORREÇÃO MONETÁRIA. FEV/1991. IPC. 21,87%. 1. Agravos regimentais interpostos pelos contribuintes e pela Fazenda Nacional contra decisão que negou seguimento aos seus recursos especiais. 2. A Primeira Seção adota o entendimento sufragado no julgamento dos REsp 435.835/SC para aplicar a tese dos "cinco mais cinco" à contagem do prazo prescricional, inclusive para a repetição de tributos declarados inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal. Precedentes: EREsp 507.466/SC, Rel. Ministro Humberto Martins, Primeira Seção, julgado em 25/3/2009, DJe 6/4/2009; AgRg nos EAg 779581/SP, Rel. Ministro Herman Benjamin, Primeira Seção, julgado em 9/5/2007, DJe 1/9/2008; EREsp 653.748/CE, Rel. Ministro José Delgado, Rel. p/ Acórdão Ministro Luiz Fux, Primeira Seção, julgado em 23/11/2005, DJ 27/3/2006. 3. O Superior Tribunal de Justiça, em sede de recurso especial representativo de controvérsia (REsp 1.002.932/SP), ratificou orientação no sentido de que o princípio da irretroatividade impõe a aplicação da LC n. 118/05 aos pagamentos indevidos realizados após a sua vigência e não às ações propostas posteriormente ao referido diploma legal, porquanto é norma referente à extinção da obrigação e não ao aspecto processual da ação respectiva. 4. Em sede de compensação tributária, deve ser aplicada a legislação vigente por ocasião do ajuizamento da demanda. "[A] Fl. 453DF CARF MF Impresso em 09/05/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 20/05/2013 por FRANCISCO DE SALES RIBEIRO DE QUEIROZ, Assinado digitalme nte em 20/05/2013 por FRANCISCO DE SALES RIBEIRO DE QUEIROZ, Assinado digitalmente em 08/05/2014 por OTACILIO DANTAS CARTAXO Processo nº 13891.000115/0087 Acórdão n.º 9900000.738 CSRFPL Fl. 14 9 autorização da Secretaria da Receita Federal constituía pressuposto para a compensação pretendida pelo contribuinte, sob a égide da redação primitiva do artigo 74, da Lei 9.430/96, em se tratando de tributos sob a administração do aludido órgão público, compensáveis entre si". (REsp 1.137.738/SP, Rel. Ministro Luiz Fux, Primeira Seção, DJe 1º/2/2010, julgado sob o rito do art. 543C do CPC). 5. Na correção de indébito tributário incide o índice de 21,87% em fevereiro de 1991 (expurgo inflacionário, IPC/IBGE em substituição à INPC do mês). Precedentes: REsp 968.949/SP, Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, Segunda Turma, DJe 10/3/2011; EDcl no AgRg nos EDcl no REsp 871.152/SP, Rel. Ministro Luiz Fux, Primeira Turma, DJe 19/8/2010; AgRg no REsp 945.285/RS, Rel. Ministro Humberto Martins, Segunda Turma, DJe 7/6/2010; REsp 1.124.456/DF, Rel. Ministro Castro Meira, Segunda Turma, DJe 8/4/2010. 6. Agravo regimental das contribuintes parcialmente provido para assegurar a correção monetária no mês de fevereiro de 1991 pelo índice de 21,87%. 7. Agravo regimental da Fazenda Nacional não provido.” (AgRg no REsp 1131971 / RJ, Relator: Ministro Benedito Gonçalves) Através da Portaria MF nº 586, de 21/12/2010–DOU de 22/12/2010, foram introduzidas alterações no Regimento Interno do CARF aprovado pela Portaria MF nº 256, DOU de 23/06/2009, sobrevindo o art. 62A, que assim dispõe: Art. 62A. As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal e pelo Superior Tribunal de Justiça em matéria infraconstitucional, na sistemática prevista pelos artigos 543B e 543C da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973, Código de Processo Civil, deverão ser reproduzidas pelos conselheiros no julgamento dos recursos no âmbito do CARF. Sendo assim, diante dessas decisões proferidas pelos nossos Tribunais Superiores, outra não poderia ser minha posição a respeito da matéria, senão a de aplicar ao caso os estritos termos das sobreditas decisões do Supremo Tribunal Federal e do Superior Tribunal de Justiça, considerandose o prazo prescricional de 5 (cinco) anos aplicável tão somente aos pedidos formalizados após o decurso da vacatio legis de 120 dias, ou seja, a partir dos pedidos protocolados nas repartições da Receita Federal do Brasil do dia 9 de junho de 2005 em diante. Para os pedidos protocolados anteriormente a essa data (09/06/2005), valeria o entendimento anterior que permitia a cumulação do prazo do art. 150, § 4º com o do art. 168, I, do CTN (tese dos 5+5), ou seja, a contagem do prazo prescricional darseia a partir do fato gerador, devendo o pedido ter sido protocolado no máximo após o transcurso de 10 (dez) anos a partir dessa data (do fato gerador). Fl. 454DF CARF MF Impresso em 09/05/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 20/05/2013 por FRANCISCO DE SALES RIBEIRO DE QUEIROZ, Assinado digitalme nte em 20/05/2013 por FRANCISCO DE SALES RIBEIRO DE QUEIROZ, Assinado digitalmente em 08/05/2014 por OTACILIO DANTAS CARTAXO 10 No presente caso, a data de protocolo do pedido de restituição/compensação foi formalizado em 30/08/2000, e se refere a fatos geradores ocorridos entre 09/89 e 03/92. Sendo assim, o direito à repetição não foi alcançado pela prescrição. Isto posto, voto no sentido de dar provimento parcial ao recurso, devendo o processo retornar à repartição de origem para que seja analisada a viabilidade do pedido quanto às questões de mérito, sua liquidez, demais matérias não examinadas e adoção das providências que considerar cabíveis, devendo o processo, posteriormente, seguir seu trâmite de acordo com o Decreto nº 70.235/1972, que rege o Processo Administrativo Fiscal – PAF. É assim que voto. (assinado digitalmente) Francisco de Sales Ribeiro de Queiroz Fl. 455DF CARF MF Impresso em 09/05/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 20/05/2013 por FRANCISCO DE SALES RIBEIRO DE QUEIROZ, Assinado digitalme nte em 20/05/2013 por FRANCISCO DE SALES RIBEIRO DE QUEIROZ, Assinado digitalmente em 08/05/2014 por OTACILIO DANTAS CARTAXO
score : 1.0
Numero do processo: 10580.012705/2008-13
Turma: Primeira Turma Especial da Primeira Seção
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Tue Sep 10 00:00:00 UTC 2013
Data da publicação: Wed Mar 19 00:00:00 UTC 2014
Numero da decisão: 1801-000.264
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos,
Resolvem os membros do colegiado, por unanimidade de votos em converter o presente julgamento em diligencia , nos termos do voto do Relator.
(assinado digitalmente)
Ana de Barros Fernandes - Presidente.
(assinado digitalmente)
Luiz Guilherme de Medeiros Ferreira - Relator.
Participaram do presente julgamento os Conselheiros: Roberto Massao Chinen, Marcos Vinicius Barros Ottoni, Carmen Ferreira Saraiva, Leonardo Mendonça Marques, Luiz Guilherme de Medeiros Ferreira e Ana de Barros Fernandes.
Nome do relator: LUIZ GUILHERME DE MEDEIROS FERREIRA
1.0 = *:*
toggle all fields
dt_index_tdt : Fri Oct 08 01:09:55 UTC 2021
anomes_sessao_s : 201309
turma_s : Primeira Turma Especial da Primeira Seção
dt_publicacao_tdt : Wed Mar 19 00:00:00 UTC 2014
numero_processo_s : 10580.012705/2008-13
anomes_publicacao_s : 201403
conteudo_id_s : 5331620
dt_registro_atualizacao_tdt : Wed Mar 19 00:00:00 UTC 2014
numero_decisao_s : 1801-000.264
nome_arquivo_s : Decisao_10580012705200813.PDF
ano_publicacao_s : 2014
nome_relator_s : LUIZ GUILHERME DE MEDEIROS FERREIRA
nome_arquivo_pdf_s : 10580012705200813_5331620.pdf
secao_s : Primeira Seção de Julgamento
arquivo_indexado_s : S
decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos, Resolvem os membros do colegiado, por unanimidade de votos em converter o presente julgamento em diligencia , nos termos do voto do Relator. (assinado digitalmente) Ana de Barros Fernandes - Presidente. (assinado digitalmente) Luiz Guilherme de Medeiros Ferreira - Relator. Participaram do presente julgamento os Conselheiros: Roberto Massao Chinen, Marcos Vinicius Barros Ottoni, Carmen Ferreira Saraiva, Leonardo Mendonça Marques, Luiz Guilherme de Medeiros Ferreira e Ana de Barros Fernandes.
dt_sessao_tdt : Tue Sep 10 00:00:00 UTC 2013
id : 5348191
ano_sessao_s : 2013
atualizado_anexos_dt : Fri Oct 08 10:19:28 UTC 2021
sem_conteudo_s : N
_version_ : 1713046589492166656
conteudo_txt : Metadados => pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.4; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 2; dc:format: application/pdf; version=1.4; pdf:charsPerPage: 2068; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; access_permission:fill_in_form: true; pdf:encrypted: true; access_permission:can_modify: true; Content-Type: application/pdf | Conteúdo => S1TE01 Fl. 2 1 1 S1TE01 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS PRIMEIRA SEÇÃO DE JULGAMENTO Processo nº 10580.012705/200813 Recurso nº Voluntário Resolução nº 1801000.264 – 1ª Turma Especial Data 10 de setembro de 2013 Assunto SIMPLES NACIONAL Recorrente CLEONICE SOUZA & IRMÃO LTDA. Recorrida FAZENDA NACIONAL Vistos, relatados e discutidos os presentes autos, Resolvem os membros do colegiado, por unanimidade de votos em converter o presente julgamento em diligencia , nos termos do voto do Relator. (assinado digitalmente) Ana de Barros Fernandes Presidente. (assinado digitalmente) Luiz Guilherme de Medeiros Ferreira Relator. Participaram do presente julgamento os Conselheiros: Roberto Massao Chinen, Marcos Vinicius Barros Ottoni, Carmen Ferreira Saraiva, Leonardo Mendonça Marques, Luiz Guilherme de Medeiros Ferreira e Ana de Barros Fernandes. Adoto o relatório da DRJ por bem descrever os fatos: “Tratase de processo de manifestação de inconformidade contra o Ato Declaratório Executivo DRF/SDR n2 220313, de 22/08/2008, que impôs a exclusão do Simples Nacional, a partir de 01/01/2009, em virtude de a pessoa jurídica possuir débitos para com a Fazenda Nacional, com exigibilidade não suspensa (fl. 82). Os débitos geradores do ADE estão relacionados no demonstrativo do Sistema SIVEX, às fls. 78/80, sendo eles nãoprevidenciários na Receita Federal do Brasil (RFB) e previdenciários também no âmbito da RFB. Ciente do ADE, a manifestante apresentou a sua contestação, alegando, em resumo, que os débitos referentes a multas por atraso de DCTF e DIPJ foram incluídos RE SO LU ÇÃ O G ER A D A N O P G D -C A RF P RO CE SS O 1 05 80 .0 12 70 5/ 20 08 -1 3 Fl. 156DF CARF MF Impresso em 19/03/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 13/03/2014 por LUIZ GUILHERME DE MEDEIROS FERREIRA, Assinado digitalment e em 18/03/2014 por ANA DE BARROS FERNANDES, Assinado digitalmente em 13/03/2014 por LUIZ GUILHERME DE MEDEIROS FERREIRA Processo nº 10580.012705/200813 Resolução nº 1801000.264 S1TE01 Fl. 3 2 em processos de parcelamento (fls. 66/75). E que os débitos do Simples, dos períodos 12/2006, 01/2007, 04/2007, 05/2007, foram compensados, conforme Per/DCOMP e DSPJ anexos às fls. 03/64 dos autos. A decisão de primeira instancia manteve a exclusão do SIMPLES NACIONAL nos seguintes termos: “Pois bem, o Serviço de Controle e Acompanhamento Tributário (SECAT) da DRF/SDR em sua análise prévia, informou no despacho à fl. 102 que consultando o ADE em questão e o documento extraído do sistema SIVEX (fls. 81/82) verificou que após prazo legal para regularização, restou como pendência débitos não previdenciários na RFB, relativo a multa (código 1345), no valor de R$ 500,00, e previdenciários também na RFB, de n 371035155 e 371035198. Ressaltou ainda o analista que o tal débito da multa de R$ 500,00 foi recolhido em 19/02/2009, fora do prazo previsto no art. 3 do questionado ADE. Como se vê a manifestante não regularizou integralmente a pendência que motivou o seu desenquadramento do sistema, no prazo da manifestação de inconformidade. Ante o exposto, e com base na documentação comprobatória anexa aos autos do processo, voto por considerar a manifestação de inconformidade improcedente, mantendo a exclusão de oficio nos termos do ADE contestado.” Em seu Recurso Voluntário alega a Recorrente que: (i) as multas referentes ao período de 2002 foram compensadas em PERDCOMP; (ii) as multas referentes ao período de 2003 foram incluídas em processo de revisão de consolidação do PAEX e que os demais débitos previdenciários foram incluídos no PAEX. Conforme se observa da análise da DRF (fls.102) o débito tido como impeditivo da permanência do recorrente no Simples é a multa sob o código 1345 referente a fevereiro de 2003, que teria sido recolhida em atraso, na data de 19/02/2008. Com relação aos demais débitos previdenciários a decisão limitase a informar seus números reputandoos como ativos no sistema SIVEX, sem contudo analisar a alegação de inclusão dos referidos débitos no PAEX. Com relação ao débito referente à multa de fevereiro de 2003 o recorrente demonstra conforme fls 144, que em 27/11/2007, ou seja antes de sua exclusão do SIMPLES, solicitou sua inclusão em parcelamento mediante pedido de revisão de consolidação dos débitos do PAEX, processos 10580.012495/200774 e 10580.012496/200719 Quanto aos demais débitos previdenciários a recorrente alega estarem regularmente incluídos em programa de parcelamento – PAEX. Diante do exposto voto por converter o julgamento em diligencia para que a DRF manifestese sobre a inclusão dos débitos previdenciários no PAEX, assim como, para que aguarde o desfecho dos processos administrativos 10580.012495/200774 e 10580.012496/200719, cuja decisão deverá considerar em sua análise sobre o débito referente à multa de fevereiro de 2003. (assinado digitalmente) Luiz Guilherme de Medeiros Ferreira Fl. 157DF CARF MF Impresso em 19/03/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 13/03/2014 por LUIZ GUILHERME DE MEDEIROS FERREIRA, Assinado digitalment e em 18/03/2014 por ANA DE BARROS FERNANDES, Assinado digitalmente em 13/03/2014 por LUIZ GUILHERME DE MEDEIROS FERREIRA
score : 1.0
Numero do processo: 10980.010690/2003-23
Turma: Primeira Turma Especial da Terceira Seção
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Thu Jan 30 00:00:00 UTC 2014
Data da publicação: Wed Apr 09 00:00:00 UTC 2014
Ementa: Assunto: Normas de Administração Tributária
Data do fato gerador: 30/09/1999
RETROATIVIDADE BENIGNA. A definição de ato não definitivamente julgado determina que o crédito está definitivamente constituído com a notificação válida do lançamento, não se exigindo que se aguarde o termo final para apresentação de recursos. Não se aplica a retroatividade benigna se o crédito já estava devidamente constituído quando da edição da norma e não havia decisão definitiva pendente de julgamento, sendo incabível a restituição.
Recurso Voluntário Negado
Numero da decisão: 3801-002.819
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por maioria de votos, EM NEGAR PROVIMENTO ao recurso voluntário, nos termos do voto do Relator.O Conselheiro Marcos Antônio Borges votou pelas conclusões. Vencidos os Conselheiros Sidney Eduardo Stahl e Maria Inês Caldeira Pereira da Silva Murgel que davam provimento ao recurso.
(assinado digitalmente)
Flávio de Castro Pontes- Presidente.
(assinado digitalmente)
Paulo Antônio Caliendo Velloso da Silveira - Relator.
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Flávio de Castro Pontes, Sidney Eduardo Stahl, Paulo Sérgio Celani, Maria Inês Caldeira Pereira da Silva Murgel, Marcos Antônio Borges e Paulo Antônio Caliendo Velloso da Silveira.
Nome do relator: PAULO ANTONIO CALIENDO VELLOSO DA SILVEIRA
1.0 = *:*
toggle all fields
dt_index_tdt : Fri Oct 08 01:09:55 UTC 2021
anomes_sessao_s : 201401
ementa_s : Assunto: Normas de Administração Tributária Data do fato gerador: 30/09/1999 RETROATIVIDADE BENIGNA. A definição de ato não definitivamente julgado determina que o crédito está definitivamente constituído com a notificação válida do lançamento, não se exigindo que se aguarde o termo final para apresentação de recursos. Não se aplica a retroatividade benigna se o crédito já estava devidamente constituído quando da edição da norma e não havia decisão definitiva pendente de julgamento, sendo incabível a restituição. Recurso Voluntário Negado
turma_s : Primeira Turma Especial da Terceira Seção
dt_publicacao_tdt : Wed Apr 09 00:00:00 UTC 2014
numero_processo_s : 10980.010690/2003-23
anomes_publicacao_s : 201404
conteudo_id_s : 5338071
dt_registro_atualizacao_tdt : Wed Apr 09 00:00:00 UTC 2014
numero_decisao_s : 3801-002.819
nome_arquivo_s : Decisao_10980010690200323.PDF
ano_publicacao_s : 2014
nome_relator_s : PAULO ANTONIO CALIENDO VELLOSO DA SILVEIRA
nome_arquivo_pdf_s : 10980010690200323_5338071.pdf
secao_s : Terceira Seção De Julgamento
arquivo_indexado_s : S
decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por maioria de votos, EM NEGAR PROVIMENTO ao recurso voluntário, nos termos do voto do Relator.O Conselheiro Marcos Antônio Borges votou pelas conclusões. Vencidos os Conselheiros Sidney Eduardo Stahl e Maria Inês Caldeira Pereira da Silva Murgel que davam provimento ao recurso. (assinado digitalmente) Flávio de Castro Pontes- Presidente. (assinado digitalmente) Paulo Antônio Caliendo Velloso da Silveira - Relator. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Flávio de Castro Pontes, Sidney Eduardo Stahl, Paulo Sérgio Celani, Maria Inês Caldeira Pereira da Silva Murgel, Marcos Antônio Borges e Paulo Antônio Caliendo Velloso da Silveira.
dt_sessao_tdt : Thu Jan 30 00:00:00 UTC 2014
id : 5384953
ano_sessao_s : 2014
atualizado_anexos_dt : Fri Oct 08 10:20:18 UTC 2021
sem_conteudo_s : N
_version_ : 1713046589743824896
conteudo_txt : Metadados => pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.4; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 8; dc:format: application/pdf; version=1.4; pdf:charsPerPage: 1813; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; access_permission:fill_in_form: true; pdf:encrypted: true; access_permission:can_modify: true; Content-Type: application/pdf | Conteúdo => Erro: Origem da referência não encontrada Fl. 2 1 S3TE01 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS TERCEIRA SEÇÃO DE JULGAMENTO Processo nº 10980.010690/200323 Recurso nº Acórdão nº 3801002.819 – 1ª Turma Especial Sessão de 30 de janeiro de 2014 Matéria NORMAS DE ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA Recorrente CONDORSUPERCENTERLTDA. Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: NORMAS DE ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA Data do fato gerador: 30/09/1999 RETROATIVIDADE BENIGNA. A definição de “ato não definitivamente julgado” determina que o crédito está definitivamente constituído com a notificação válida do lançamento, não se exigindo que se aguarde o termo final para apresentação de recursos. Não se aplica a retroatividade benigna se o crédito já estava devidamente constituído quando da edição da norma e não havia decisão definitiva pendente de julgamento, sendo incabível a restituição. Recurso Voluntário Negado Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por maioria de votos, EM NEGAR PROVIMENTO ao recurso voluntário, nos termos do voto do Relator.O Conselheiro Marcos Antônio Borges votou pelas conclusões. Vencidos os Conselheiros Sidney Eduardo Stahl e Maria Inês Caldeira Pereira da Silva Murgel que davam provimento ao recurso. (assinado digitalmente) Flávio de Castro Pontes Presidente. (assinado digitalmente) 1 AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 98 0. 01 06 90 /2 00 3- 23 Fl. 153DF CARF MF Impresso em 09/04/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 10/03/2014 por PAULO ANTONIO CALIENDO VELLOSO DA SILVEIRA, Assinado digi talmente em 08/04/2014 por FLAVIO DE CASTRO PONTES, Assinado digitalmente em 10/03/2014 por PAULO AN TONIO CALIENDO VELLOSO DA SILVEIRA Erro: Origem da referência não encontrada Fl. 2 Paulo Antônio Caliendo Velloso da Silveira Relator. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Flávio de Castro Pontes, Sidney Eduardo Stahl, Paulo Sérgio Celani, Maria Inês Caldeira Pereira da Silva Murgel, Marcos Antônio Borges e Paulo Antônio Caliendo Velloso da Silveira. 2 Fl. 154DF CARF MF Impresso em 09/04/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 10/03/2014 por PAULO ANTONIO CALIENDO VELLOSO DA SILVEIRA, Assinado digi talmente em 08/04/2014 por FLAVIO DE CASTRO PONTES, Assinado digitalmente em 10/03/2014 por PAULO AN TONIO CALIENDO VELLOSO DA SILVEIRA Erro: Origem da referência não encontrada Fl. 2 Relatório Tratase de Recurso Voluntário interposto contra o acórdão n° 0631.6153, julgado na sessão de 31 de maio de 2011, pela 3ª. Turma da Delegacia Regional de Julgamento de Curitiba – PR (DRT/CTA), referente ao processo administrativo n° 10980.010690/200323, em que foi julgada improcedente a manifestação de inconformidade apresentada e, portanto, não sendo reconhecido o direito creditório pleiteado pela contribuinte. Por bem descrever os fatos, adoto o relatório da Delegacia Regional de Julgamento de origem, que assim relatou os fatos: “Trata o processo de manifestação de inconformidade (fls. 39/43), apresentada em 03/02/2011, em face do indeferimento do pedido de restituição protocolizado em 05/11/2003 (fl. 01), relativo a valores recolhidos a título de multa de mora sobre débitos de Cofins inscritos em dívida ativa da União. Juntamente com o pedido a contribuinte apresenta os documentos de fls. 02/15 (razões do pedido, cópia do DARF, extratos de consulta ao sistema de controle de débitos inscritos em dívida ativa e cópia de documentos societários). A vista do recolhimento realizado (dívida ativa), o processo foi encaminhado à Procuradoria da Fazenda Nacional no Paraná para que esta se pronunciasse acerca da pertinência do pedido (fl. 17). Devolvido para a DRF em Curitiba para análise dos eventuais efeitos no pedido em decorrência do contido no processo administrativo fiscal n° 10980.000111/200172 (fls. 18/26), foi proferido o despacho de fls. 27/28, indicando a inexistência de correlação. Posteriormente, o processo acabou retornando à PFNPR à fl. 29, despacho da PFNPR informando que o pedido de restituição deveria ser indeferido. Em decorrência do posicionamento da PFNPR, foi emitido o despacho decisório de fls. 30/31, indeferindo o pedido. Cientificada, fls. 32/33, a interessada ingressou com a manifestação de inconformidade de fls. 39/43, cujo teor será a seguir sintetizado. Primeiramente, após relato dos fatos, esclarece que a Lei n° 9.430, de 1996, entrou em vigor em 01/01/1997, tendo o seu art. 61 reduzido a multa de mora de 30% para até 20%. Salienta que tendo havido uma redução da penalidade, referida lei deveria ser aplicada retroativamente. 3 Fl. 155DF CARF MF Impresso em 09/04/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 10/03/2014 por PAULO ANTONIO CALIENDO VELLOSO DA SILVEIRA, Assinado digi talmente em 08/04/2014 por FLAVIO DE CASTRO PONTES, Assinado digitalmente em 10/03/2014 por PAULO AN TONIO CALIENDO VELLOSO DA SILVEIRA Erro: Origem da referência não encontrada Fl. 2 Remete a discussão para o contido no ADN Cosit n° 1, de 07/01/1997, que ressalta que a multa a ser observada é a prevista no art. 61 da Lei n° 9.430, de 1996, no caso dos pagamentos efetuados a partir de 1° de janeiro de 1997, independentemente da data da ocorrência do fato gerador. Afirma que o ADN integra a legislação tributária e que deve ser observado por toda a Administração, inclusive a PGFN. Esclarece que. "ao pretender pagar, até 30/09/1999, aqueles débitos inscritos na divida ativa com multa de mora de 20%. ocorreu a recusa da PFNPR em proceder, em seus controles, à redução pretendida, sob a alegação de que 'o sistema não permitia'. Configurouse. aí. mais uma vez, o desrespeito à legislação tributária citada no parágrafo precedente." Conclui que o despacho decisório está em flagrante contradição com o estipulado pela legislação vigente à época do pagamento indevido. Requer o acolhimento da manifestação e a reforma do despacho decisório, determinandose a restituição do/ valor pleiteado. É o relatório.” A manifestação de inconformidade foi conhecida pela DRJ de origem, sendo julgada improcedente, por entender que deve ser indeferido o pedido de restituição quando o órgão que administra a receita (no caso de dívida ativa) manifestase quanto à impertinência do pedido. Inconformada com a improcedência da manifestação de inconformidade, a contribuinte interpôs, em 20.06.2011, Recurso Voluntário a este Conselho, a fls. 5976, onde apresentou as suas razões, trazendo consigo precedentes do STJ. Em síntese, alega a recorrente: “No presente caso existiam, em 01/01/1997, débitos não pagos, declarados pela contribuinte. Tratandose, na ocasião, de “ato não definitivamente julgado”, como tal aquele que não havia sido objeto de decisão definitiva na órbita administrativa ou judicial, ocorreu a retroatividade benigna, por subsunção do fato à norma legal que reduziu a multa de mora (CTN, art. 106, II, “c”). Em 30/09/1999, data do pagamento, a multa de mora de 30% era indevida. Logo, cabível a restituição.” É o relatório. 4 Fl. 156DF CARF MF Impresso em 09/04/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 10/03/2014 por PAULO ANTONIO CALIENDO VELLOSO DA SILVEIRA, Assinado digi talmente em 08/04/2014 por FLAVIO DE CASTRO PONTES, Assinado digitalmente em 10/03/2014 por PAULO AN TONIO CALIENDO VELLOSO DA SILVEIRA Erro: Origem da referência não encontrada Fl. 2 Voto Conselheiro Paulo Antônio Caliendo Velloso da Silveira. O recurso voluntário foi apresentado dentro do prazo legal, reunindo, ainda, os demais requisitos de admissibilidade. Portanto, dele conheç6. No presente caso, pretende a contribuinte que lhe seja garantido o direito de restituição do que pagou a maior a título de multa moratória, em 06/1999, pois à época já estava em vigor a Lei n° 9.430/1996, que em seu art. 61 previa o percentual de 20%, enquanto que a legislação anterior, estabelecida no artigo 84, II, "c" da Lei 8.981/95, previa que a multa moratória fosse de 30%. Não sendo possibilitado ou permitido à contribuinte ora recorrente o pagamento no percentual de 20%, optou ela por fazer o recolhimento nos moldes da lei pretérita, cuja multa era de 30%, e pleitear a restituição na esfera administrativa, de modo que seja fixada a multa moratória em 20%, e restituindo a contribuinte a diferença paga a maior. Questão Preliminar: da competência do CARF/RFB Inicialmente cabe esclarecer que compete ao CARF o julgamento da presente demanda, visto que tratamse de débitos da RFB nos termos do Regimento Interno do CARF, conforme abaixo: Art. 4º À Terceira Seção cabe processar e julgar recursos de ofício e voluntário de decisão de primeira instância que versem sobre aplicação da legislação de: I Contribuição para o PIS/PASEP e Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS), inclusive as incidentes na importação de bens e serviços; XXI penalidades pelo descumprimento de obrigações acessórias pelas pessoas físicas e jurídicas, relativamente aos tributos de que trata este artigo. Quanto ao Mérito O Código Tributário Nacional consagra o princípio da aplicação retroativa da lei posterior mais benéfica às penalidades, no art. 106, sendo despiciendo que a lei ordinária determine de forma explícita seu efeito retroativo. A alínea “a” do inciso II ajustase 5 Fl. 157DF CARF MF Impresso em 09/04/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 10/03/2014 por PAULO ANTONIO CALIENDO VELLOSO DA SILVEIRA, Assinado digi talmente em 08/04/2014 por FLAVIO DE CASTRO PONTES, Assinado digitalmente em 10/03/2014 por PAULO AN TONIO CALIENDO VELLOSO DA SILVEIRA Erro: Origem da referência não encontrada Fl. 2 perfeitamente à hipótese presente, uma vez que se cuida de lei que deixa de definir ato como infração; assim, a revogação da multa, seja ela revogada ou isolada, retroage automaticamente, apagando os efeitos do ato que antes era considerado ilícito. O artigo 106, II, “c”, do CTN determina a aplicação retroativa de lei mais benigna em favor do contribuinte. Reza o dispositivo em exame: Art. 106 'A lei aplicase a ato ou fato pretérito: ...II tratando se de ato não definitivamente julgado: ...c) quando lhe comine penalidade menos severa que a prevista na lei vigente ao tempo de sua prática'. Consoante se verifica, a retroatividade da lei menos gravosa no campo fiscal é aplicada em caráter excepcional, sendo obra do legislador que, à semelhança dos princípios do Direito Penal, visou beneficiar o contribuinte na hipótese de atos não definitivamente julgados. As multas estão destituídas de caráter tributário, não se aplicando o princípio tempus regit actum, podendo sofrer alteração até o efetivo pagamento, sem comprometer a liquidez do título executivo. Nesse sentido, colho os seguintes precedentes do STJ: "TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL. MULTA. ART. 44, I, DA LEI Nº 9.430/96. REDUÇÃO. RETROATIVIDADE DA LEI MAIS BENÉFICA. ART. 106, II, "C", DO CTN. POSSIBILIDADE. 1. Em razão do caráter mais benéfico ao contribuinte, é plenamente cabível, a teor do disposto no art. 106, II, c, do CTN, que os efeitos de lei superveniente que prevê a redução de multa decorrente de débito tributário retroajam aos atos ou fatos pretéritos não definitivamente julgados. 2. Recurso improvido." (REsp 512913/RS, SEGUNDA TURMA, DJ 06/11/2006, PÁGINA 302, Relator Min. JOÃO OTÁVIO DE NORONHA) "TRIBUTÁRIO. EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL. REDUÇÃO DE MULTA. LEGISLAÇÃO MAIS BENÉFICA. APLICABILIDADE. 1. A Primeira Seção consolidou o entendimento de que a redução da penalidade aplicase aos fatos futuros e pretéritos, por força do princípio da retroatividade da lex mitior consagrado no art. 106 do CTN. Precedentes: REsp 204799/SP, 2ª Turma, Min. João Otávio de Noronha, DJ de 30/06/2003; REsp 464372/PR, 1ª Turma, Min. Luiz Fux, DJ de 02/06/2003. 2. Aplicase retroativamente a redução da multa moratória, por ser mais benéfica ao contribuinte, aos débitos objeto de execução não definitivamente encerrada, entendendose como tal aquela em que não foram ultimados os atos executivos destinados à satisfação da prestação. Precedentes: REsp 491242/RS, 1ª Turma, Min. Denise Arruda, DJ de 06.06.2005; EDcl no REsp 332.468/SP, 2ª 6 Fl. 158DF CARF MF Impresso em 09/04/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 10/03/2014 por PAULO ANTONIO CALIENDO VELLOSO DA SILVEIRA, Assinado digi talmente em 08/04/2014 por FLAVIO DE CASTRO PONTES, Assinado digitalmente em 10/03/2014 por PAULO AN TONIO CALIENDO VELLOSO DA SILVEIRA Erro: Origem da referência não encontrada Fl. 2 Turma, Min. Castro Meira, DJ de 21.06.2004. 3. Recurso especial a que se nega provimento." (REsp 824655/SE, PRIMEIRA TURMA, DJ 25/05/2006, PÁGINA 197, Relator Min. TEORI ALBINO ZAVASCKI). A propósito, cumpre observar que a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça pacificou o entendimento de que a expressão 'ato não definitivamente julgado' alcança inclusive a esfera judicial. Logo, entendese por aplicável também a esfera administrativa que a precede. Nesse sentido, o seguinte precedente: PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. RECURSO ESPECIAL. MULTA MORATÓRIA. REDUÇÃO. POSSIBILIDADE. RETROATIVIDADE DA LEI MAIS BENÉFICA. ART. 106, II, 'C', DO CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL. 1. Esta Corte entende que são aplicáveis os efeitos retroativos de lei mais benéfica, quando ainda não definitivamente julgado o ato. 2. 'A expressão 'ato não definitivamente julgado' constante do artigo 106, II, letra 'c', do Código Tributário Nacional alcança o âmbito administrativo e também o judicial; constitui, portanto, ato não definitivamente julgado o lançamento fiscal impugnado por meio de embargos do devedor em execução fiscal' (EDREsp 181.878RS, Rel. Min. Ari Pargendler, DJU de 22.03.99). 3. Recurso especial provido. (REsp nº 613.688/SP, 2ª Turma, Rel. Min. Castro Meira, DJ 16 0804, p. 238) Assim, por ter natureza jurídica de sanção administrativa, devida pelo não pagamento do tributo na data estipulada pela legislação fiscal, a multa está sujeita à retroatividade benigna prevista no art. 106, inciso II, "c", do Código Tributário Nacional. A retroatividade benigna exige um elemento adicional: que o crédito não esteja definitivamente julgado. Não se trata da exigência de que ele esteja definitivamente constituído. Esta exigência é claramente antecedente. Para que tenha sido definitivamente julgado é preciso esclarecer se está definitivamente constituído. Existem três entendimentos sobre o momento da constituição definitiva do crédito tributário. Tratase de uma matéria bastante polêmica em nosso sistema. O primeiro entendimento parte da premissa que a constituição definitiva do crédito tributário ocorre com a notificação válida do lançamento. No caso dos tributos sujeitos ao "lançamento por homologação", firmouse o entendimento que esta ocorre com a declaração do contribuinte do montante do débito. Outro entendimento parte da premissa que a constituição definitiva do crédito tributário somente ocorre a impossibilidade de sua revisão na esfera administrativa, inclusive 7 Fl. 159DF CARF MF Impresso em 09/04/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 10/03/2014 por PAULO ANTONIO CALIENDO VELLOSO DA SILVEIRA, Assinado digi talmente em 08/04/2014 por FLAVIO DE CASTRO PONTES, Assinado digitalmente em 10/03/2014 por PAULO AN TONIO CALIENDO VELLOSO DA SILVEIRA Erro: Origem da referência não encontrada Fl. 2 por meio de recurso. Ao final encontramos a corrente minoritária de que a constituição definitiva ocorre com inscrição em dívida ativa. Em nosso entendimento o crédito está definitivamente constituído com a notificação válida do lançamento, não se exigindo que se aguarde o termo final para apresentação de recursos. Consoante já mencionado, posteriormente, o art. 61, § 2º, da Lei 9.430/96, limitou o percentual da multa em 20%. Desta forma, deve ter seu percentual reduzido a 20%, nos termos do art. 61, § 2º, da Lei 9.430/96, e ser calculada de acordo com o tributo devido. Logo, da simples exegese do dispositivo em questão é possível chegarse à inarredável conclusão de que, sobrevindo lei reduzindo a multa, se impõe a aplicação retroativa da legislação que beneficia o contribuinte. No caso presente, contudo, não se verifica a incidência da norma supracitada. O crédito já estava devidamente constituído quando da edição da norma e não havia decisão definitiva pendente de julgamento, de tal modo que não se aplica a retroatividade benigna. Em face do exposto, encaminho o voto para NEGAR PROVIMENTO ao Recurso Voluntário, indeferindo o pedido de restituição realizado. É assim que voto. (assinado digitalmente) Paulo Antônio Caliendo Velloso da Silveira Relator. 8 Fl. 160DF CARF MF Impresso em 09/04/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 10/03/2014 por PAULO ANTONIO CALIENDO VELLOSO DA SILVEIRA, Assinado digi talmente em 08/04/2014 por FLAVIO DE CASTRO PONTES, Assinado digitalmente em 10/03/2014 por PAULO AN TONIO CALIENDO VELLOSO DA SILVEIRA
score : 1.0
Numero do processo: 11516.001218/2010-78
Turma: Terceira Turma Ordinária da Quarta Câmara da Segunda Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Wed Feb 19 00:00:00 UTC 2014
Data da publicação: Thu May 08 00:00:00 UTC 2014
Ementa: Assunto: Contribuições Sociais Previdenciárias
Período de apuração: 01/11/2009 a 31/05/2010
PREVIDENCIÁRIO. IMPUGNAÇÃO TEMPESTIVIDADE. DOMICÍLIO FISCAL.
Não há litígio quando a Impugnação é apresentada fora do trintídio legal.
Recurso Voluntário Não Conhecido.
Numero da decisão: 2403-002.467
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
ACORDAM os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, não conhecer do recurso por intempestividade.
Carlos Alberto Mees Stringari - Presidente
Marcelo Magalhães Peixoto - Relator
Participaram, do presente julgamento, os Conselheiros Carlos Alberto Mees Stringari, Marcelo Freitas de Souza Costa, Ivacir Júlio de Souza, Maria Anselma Coscrato dos Santos, Marcelo Magalhães Peixoto e Paulo Maurício Pinheiro Monteiro.
Nome do relator: MARCELO MAGALHAES PEIXOTO
1.0 = *:*
toggle all fields
dt_index_tdt : Fri Oct 08 01:09:55 UTC 2021
anomes_sessao_s : 201402
camara_s : Quarta Câmara
ementa_s : Assunto: Contribuições Sociais Previdenciárias Período de apuração: 01/11/2009 a 31/05/2010 PREVIDENCIÁRIO. IMPUGNAÇÃO TEMPESTIVIDADE. DOMICÍLIO FISCAL. Não há litígio quando a Impugnação é apresentada fora do trintídio legal. Recurso Voluntário Não Conhecido.
turma_s : Terceira Turma Ordinária da Quarta Câmara da Segunda Seção
dt_publicacao_tdt : Thu May 08 00:00:00 UTC 2014
numero_processo_s : 11516.001218/2010-78
anomes_publicacao_s : 201405
conteudo_id_s : 5345352
dt_registro_atualizacao_tdt : Thu May 08 00:00:00 UTC 2014
numero_decisao_s : 2403-002.467
nome_arquivo_s : Decisao_11516001218201078.PDF
ano_publicacao_s : 2014
nome_relator_s : MARCELO MAGALHAES PEIXOTO
nome_arquivo_pdf_s : 11516001218201078_5345352.pdf
secao_s : Segunda Seção de Julgamento
arquivo_indexado_s : S
decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. ACORDAM os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, não conhecer do recurso por intempestividade. Carlos Alberto Mees Stringari - Presidente Marcelo Magalhães Peixoto - Relator Participaram, do presente julgamento, os Conselheiros Carlos Alberto Mees Stringari, Marcelo Freitas de Souza Costa, Ivacir Júlio de Souza, Maria Anselma Coscrato dos Santos, Marcelo Magalhães Peixoto e Paulo Maurício Pinheiro Monteiro.
dt_sessao_tdt : Wed Feb 19 00:00:00 UTC 2014
id : 5431043
ano_sessao_s : 2014
atualizado_anexos_dt : Fri Oct 08 10:20:59 UTC 2021
sem_conteudo_s : N
_version_ : 1713046589805690880
conteudo_txt : Metadados => pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.4; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 4; dc:format: application/pdf; version=1.4; pdf:charsPerPage: 1556; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; access_permission:fill_in_form: true; pdf:encrypted: true; access_permission:can_modify: true; Content-Type: application/pdf | Conteúdo => S2C4T3 Fl. 2 1 1 S2C4T3 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS SEGUNDA SEÇÃO DE JULGAMENTO Processo nº 11516.001218/201078 Recurso nº Voluntário Acórdão nº 2403002.467 – 4ª Câmara / 3ª Turma Ordinária Sessão de 19 de fevereiro de 2014 Matéria CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA Recorrente MUNICIPIO FLORIANOPOLIS CAMARA MUNICIPAL Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PREVIDENCIÁRIAS Período de apuração: 01/11/2009 a 31/05/2010 PREVIDENCIÁRIO. IMPUGNAÇÃO TEMPESTIVIDADE. DOMICÍLIO FISCAL. Não há litígio quando a Impugnação é apresentada fora do trintídio legal. Recurso Voluntário Não Conhecido. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. ACORDAM os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, não conhecer do recurso por intempestividade. Carlos Alberto Mees Stringari Presidente Marcelo Magalhães Peixoto Relator Participaram, do presente julgamento, os Conselheiros Carlos Alberto Mees Stringari, Marcelo Freitas de Souza Costa, Ivacir Júlio de Souza, Maria Anselma Coscrato dos Santos, Marcelo Magalhães Peixoto e Paulo Maurício Pinheiro Monteiro. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 11 51 6. 00 12 18 /2 01 0- 78 Fl. 110DF CARF MF Impresso em 08/05/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 18/03/2014 por MARCELO MAGALHAES PEIXOTO, Assinado digitalmente em 18/03 /2014 por MARCELO MAGALHAES PEIXOTO, Assinado digitalmente em 07/05/2014 por CARLOS ALBERTO MEES STR INGARI 2 Relatório Tratase de Recurso Voluntário, fls. 92/95, interposto em face de Decisão de fl. 81/87, que entendeu por intempestiva a Impugnação apresentada, tendo em vista ter sido apresentada com mais de 30 (trinta) dias após o termo inicial do prazo, inclusive conforme Termo de Revelia lavrado, constante na fl. 56. O Auto de Infração (DEBCAD 37.244.6507) foi lavrado em 12/04/2010, no valor total de R$ 6.500,00 (seis mil e quinhentos reais), para exigência de multa com esteio no art. 32, inciso IV da Lei 8.212/91. DA IMPUGNAÇÃO Inconformado, o município interpôs, intempestivamente, impugnação, fls. 60/62. DA DECISÃO DA DRJ Tendo em vista a impugnação apresentada, a 5ª Turma da Delegacia da Receita Federal do Brasil de Julgamento em Florianópolis – SC – DRJ/FNS, prolatou o acórdão 0725.136, fls. 81/87, não conhecendo da impugnação face a sua intempestividade, conforme se percebe da ementa do julgado abaixo: ASSUNTO: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL Período de apuração: 01/01/2006 a 01/01/2007 IMPUGNAÇÃO INTEMPESTIVA. ARGUIÇÃO DE TEMPESTIVIDADE. EFEITOS. A defesa apresentada fora do prazo legal não será apreciada, salvo se suscitada preliminar de tempestividade, observandose que, não sendo esta acolhida, deixarseá de examinar as demais questões argüidas. Impugnação Não Conhecida Crédito Tributário Mantido O acórdão foi julgado por maioria de votos, tendo sido vencida a julgadora Leila Simone Monego, que apresentou declaração de voto entendendo por tempestiva a impugnação apresentada. DO RECURSO VOLUNTÁRIO Em face do acórdão da DRJ o contribuinte apresentou Recurso Voluntário de fls. 92/95, requerendo a reforma do acórdão, uma vez que a impugnação seria tempestiva pois o AR foi entregue em domicílio diverso ao indicado por ele. É o relatório. Fl. 111DF CARF MF Impresso em 08/05/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 18/03/2014 por MARCELO MAGALHAES PEIXOTO, Assinado digitalmente em 18/03 /2014 por MARCELO MAGALHAES PEIXOTO, Assinado digitalmente em 07/05/2014 por CARLOS ALBERTO MEES STR INGARI Processo nº 11516.001218/201078 Acórdão n.º 2403002.467 S2C4T3 Fl. 3 3 Voto Conselheiro Marcelo Magalhães Peixoto, Relator DO DOMICÍLIO FISCAL DO CONTRIBUINTE – DA INTEMPESTIVIDADE O Município apresentou impugnação em 28 de maio de 2010, aduzindo que o domicílio tributário fornecido à Receita Federal do Brasil é o endereço situado na Rua Tenente Silveira, n. 60, Centro e não a Rua Conselheiro Mafra, 656, Centro, local onde foi entregue o auto de infração. A DRJ realizou consulta ao sistema informatizado da RFB e afirmou que ambos os endereços teriam sido informados pelo município, colacionando tela do sistema na fl. 83. O endereço na qual se efetuou a intimação do contribuinte, Rua Conselheiro Mafra, é o endereço informado para a Secretaria Municipal de Administração, CNPJ 82.892.282/000224, enquanto o endereço ao qual entende ser o correto seria aquele situado na Rua Tenente Silveira, 60, local em que se situa a Prefeitura Municipal, Secretaria Estadual da Fazenda, CNPJ 82.892.282/000143. Ocorre que não merece guarida o argumento do recorrente de que apenas o Prefeito ou seu ProcuradorGeral é quem detém legitimidade e competência para receber qualquer intimação, por serem os únicos legitimados para representála ativa e passivamente em juízo, nos termos do art. 12 do CPC. O AR foi enviado a um dos órgãos integrantes da administração pública municipal e por se tratarem de órgãos, não possuidores de personalidade jurídica, a intimação é tida como feita à entidade municipal, podendo ser recebido por qualquer pessoa que detenha relação com o município. Com relação a teoria do órgão, Marçal Justen Filho (Curso De Direito Administrativo, 8ª Ed, 2012, Fórum, fl. 230) leciona: O órgão público não é uma pessoa jurídica, mas pode receber tratamento equivalente, para certos efeitos. Os órgãos públicos são investidos de poderes, de direitos e de deveres, os quais podem decorrer de uma autonomia assegurada na Constituição ou na lei. Assim, por exemplo, a Câmara dos Deputados e o Senado Federal não são pessoas jurídicas, mas órgãos da União. Não é juridicamente possível diferenciar a União e os órgãos constitucionalmente investidos de poderes para formar e exteriorizar a vontade dela. No entanto, o Presidente da República, o Senador Federal e outros órgãos gozam de autonomia assegurada pela Constituição. Isso conduz à Fl. 112DF CARF MF Impresso em 08/05/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 18/03/2014 por MARCELO MAGALHAES PEIXOTO, Assinado digitalmente em 18/03 /2014 por MARCELO MAGALHAES PEIXOTO, Assinado digitalmente em 07/05/2014 por CARLOS ALBERTO MEES STR INGARI 4 possibilidade de que tais órgãos sejam investidos de posições jurídicas, inclusive no tocante à titularidade de bens. Já com relação a desnecessidade de intimação direta do representante legal da pessoa jurídica, há a atração obrigatória da Súmula CARF n. 09, cuja redação segue abaixo colacionada, in verbis: Súmula CARF nº 9: É válida a ciência da notificação por via postal realizada no domicílio fiscal eleito pelo contribuinte, confirmada com a assinatura do recebedor da correspondência, ainda que este não seja o representante legal do destinatário. Por tal razão, uma vez que o contribuinte foi cientificado em 26 de abril de 2007 na rua Conselheiro Mafra, 656, fl. 52 e na Câmara Municipal em 27/04/2010, fl. 54, tendo apresentado apenas impugnação em 28/05/2010, fl. 60, temse por intempestiva a impugnação apresentada. CONCLUSÃO Diante do exposto, manifestome pelo não conhecimento do Recurso Voluntário, face a intempestividade da Impugnação. Marcelo Magalhães Peixoto. Fl. 113DF CARF MF Impresso em 08/05/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 18/03/2014 por MARCELO MAGALHAES PEIXOTO, Assinado digitalmente em 18/03 /2014 por MARCELO MAGALHAES PEIXOTO, Assinado digitalmente em 07/05/2014 por CARLOS ALBERTO MEES STR INGARI
score : 1.0
Numero do processo: 16641.000039/2008-87
Turma: Primeira Turma Ordinária da Quarta Câmara da Terceira Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Wed Feb 26 00:00:00 UTC 2014
Data da publicação: Thu Mar 20 00:00:00 UTC 2014
Ementa: Assunto: Contribuição para o PIS/Pasep
Período de apuração: 01/02/2003 a 31/12/2003
VALORES PAGOS A TERCEIROS.
Valores pagos a terceiros pela execução de serviços faturados pela empresa/contribuinte somente poderiam deduzir o valor do faturamento se a legislação do PIS não cumulativo (Lei 10.637/2002) e a da COFINS cumulativa (Lei 9.718/1998) permitissem a dedução destes valores da base de cálculo das contribuições.
INCONSTITUCIONALIDADE INAPRECIAÇÃO NA ESFERA ADMINISTRATIVA.
A argüição de inconstitucionalidade ou ilegalidade não pode ser apreciada na esfera administrativa porque é prerrogativa exclusiva do Poder Judiciário
Numero da decisão: 3401-002.505
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade, negar provimento ao recurso voluntário nos termos do voto da relatora.
Julio César Alves Ramos- Presidente.
Ângela Sartori- Relator.
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Julio Cesar Alves Ramos, Fenelon Moscoso de Almeida, Robson José Bayerl, Fernando Marques Cleto Duarte, Ângela Sartori e Jean Cleuter Simões Mendonça.
Nome do relator: ANGELA SARTORI
1.0 = *:*
toggle all fields
dt_index_tdt : Fri Oct 08 01:09:55 UTC 2021
anomes_sessao_s : 201402
camara_s : Quarta Câmara
ementa_s : Assunto: Contribuição para o PIS/Pasep Período de apuração: 01/02/2003 a 31/12/2003 VALORES PAGOS A TERCEIROS. Valores pagos a terceiros pela execução de serviços faturados pela empresa/contribuinte somente poderiam deduzir o valor do faturamento se a legislação do PIS não cumulativo (Lei 10.637/2002) e a da COFINS cumulativa (Lei 9.718/1998) permitissem a dedução destes valores da base de cálculo das contribuições. INCONSTITUCIONALIDADE INAPRECIAÇÃO NA ESFERA ADMINISTRATIVA. A argüição de inconstitucionalidade ou ilegalidade não pode ser apreciada na esfera administrativa porque é prerrogativa exclusiva do Poder Judiciário
turma_s : Primeira Turma Ordinária da Quarta Câmara da Terceira Seção
dt_publicacao_tdt : Thu Mar 20 00:00:00 UTC 2014
numero_processo_s : 16641.000039/2008-87
anomes_publicacao_s : 201403
conteudo_id_s : 5331956
dt_registro_atualizacao_tdt : Thu Mar 20 00:00:00 UTC 2014
numero_decisao_s : 3401-002.505
nome_arquivo_s : Decisao_16641000039200887.PDF
ano_publicacao_s : 2014
nome_relator_s : ANGELA SARTORI
nome_arquivo_pdf_s : 16641000039200887_5331956.pdf
secao_s : Terceira Seção De Julgamento
arquivo_indexado_s : S
decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade, negar provimento ao recurso voluntário nos termos do voto da relatora. Julio César Alves Ramos- Presidente. Ângela Sartori- Relator. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Julio Cesar Alves Ramos, Fenelon Moscoso de Almeida, Robson José Bayerl, Fernando Marques Cleto Duarte, Ângela Sartori e Jean Cleuter Simões Mendonça.
dt_sessao_tdt : Wed Feb 26 00:00:00 UTC 2014
id : 5349443
ano_sessao_s : 2014
atualizado_anexos_dt : Fri Oct 08 10:19:35 UTC 2021
sem_conteudo_s : N
_version_ : 1713046590274404352
conteudo_txt : Metadados => pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.4; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 6; dc:format: application/pdf; version=1.4; pdf:charsPerPage: 1841; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; access_permission:fill_in_form: true; pdf:encrypted: true; access_permission:can_modify: true; Content-Type: application/pdf | Conteúdo => S3C4T1 Fl. 5 1 4 S3C4T1 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS TERCEIRA SEÇÃO DE JULGAMENTO Processo nº 16641.000039/200887 Recurso nº Voluntário Acórdão nº 3401002.505 – 4ª Câmara / 1ª Turma Ordinária Sessão de 26 de fevereiro de 2014 Matéria Pis/Cofins Recorrente Wilson Stigger Griep & Cia Ltda Recorrida Fazenda Nacional ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS/PASEP Período de apuração: 01/02/2003 a 31/12/2003 VALORES PAGOS A TERCEIROS. Valores pagos a terceiros pela execução de serviços faturados pela empresa/contribuinte somente poderiam deduzir o valor do faturamento se a legislação do PIS não cumulativo (Lei 10.637/2002) e a da COFINS cumulativa (Lei 9.718/1998) permitissem a dedução destes valores da base de cálculo das contribuições. INCONSTITUCIONALIDADE INAPRECIAÇÃO NA ESFERA ADMINISTRATIVA. A argüição de inconstitucionalidade ou ilegalidade não pode ser apreciada na esfera administrativa porque é prerrogativa exclusiva do Poder Judiciário Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade, negar provimento ao recurso voluntário nos termos do voto da relatora. Julio César Alves Ramos Presidente. Ângela Sartori Relator. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Julio Cesar Alves Ramos, Fenelon Moscoso de Almeida, Robson José Bayerl, Fernando Marques Cleto Duarte, Ângela Sartori e Jean Cleuter Simões Mendonça. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 16 64 1. 00 00 39 /2 00 8- 87 Fl. 364DF CARF MF Impresso em 20/03/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 11/03/2014 por ANGELA SARTORI, Assinado digitalmente em 11/03/2014 por A NGELA SARTORI, Assinado digitalmente em 12/03/2014 por JULIO CESAR ALVES RAMOS 2 Relatório Conforme narrado no relatório fiscal, a empresa fiscalizada tem por objeto social o transporte rodoviário de cargas, dentre outros, tendo optado pela tributação pelo Lucro Real Trimestral no ano calendário de 2003, implicando na obrigação do recolhimento para o PIS pela nãocumulatividade, e pelo Lucro Presumido no anocalendário 2004. No decorrer da ação fiscal, o Auditor da Receita Federal do Brasil observou que o somatório das receitas de prestação de serviços constantes no Livro de Registro de Saídas do ICMS, sintetizadas no Livro de Apuração do ICMS, tanto no anocalendário 2003, quanto em 2004, referentes à matriz em Pelotas e às filiais de Uruguaiana e Eldorado do Sul da empresa auditada seriam substancialmente superiores às receitas declaradas tanto na DIPJ 2004, quanto na DIPJ 2005. As receitas registradas nos livros fiscais estaduais são idênticas às receitas contabilizadas na conta contábil 31101.170.8Receita Líquida com TransportesPrestação de Serviços de Frete (Matriz Pelotas); na conta contábil 32101.216.0Receita Líquida com TransportesPrestação de Serviços de Frete (filial Uruguaiana) e na conta contábil 33101.167.8 Receita Líquida com TransportesPrestação de Serviços de Frete (filial Eldorado do Sul) respectivamente. Já as receitas declaradas na DIPJ 2004 e na DIPJ 2005 são idênticas às receitas registradas nos subgrupos 31101 (Pelotas), 32101 (Uruguaiana) 3 33101 (Eldorado do Sul) Receita Líquida com Transportes. As diferenças encontradas estariam localizadas em uma determinada conta contábil, especificamente a 31101.175.9 (Pelotas), 32101.217.8 (Uruguaiana) e 33101.168.6 (Eldorado do Sul) – Fretes Contratados, que funciona como redutora das receitas contabilizadas a serem oferecidas ao fisco federal. Afirma que não obstante quanto ao anocalendário 2003, em que a tributação foi realizada pelo Lucro Real, a contratação de serviços de terceiros efetivamente reduziria o lucro do exercício, refletindo portanto, na tributação pelo IRPJ e CSLL. No entanto, o mesmo não se poderia dizer quanto a COFINS cumulativa, que tributa o faturamento do contribuinte, independentemente de repasse a terceiros. Diante do auto de infração lavrado, o contribuinte apresentou impugnação nas fls. 151/186. Ante a defesa apresentada, a 2ª Turma da Delegacia da Receita Federal do Brasil de Julgamento em Porto Alegre/RS – DRJ/POA – prolatou, na sessão de 31 de janeiro de 2012, o acórdão 1036.863, julgando improcedente a impugnação e mantendo o crédito tributário. A decisão restou ementada da seguinte forma: ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL – COFINS Período de apuração: 01/02/2003 a 31/12/2003 BASE DE CÁLCULO – COMPOSIÇÃO Fl. 365DF CARF MF Impresso em 20/03/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 11/03/2014 por ANGELA SARTORI, Assinado digitalmente em 11/03/2014 por A NGELA SARTORI, Assinado digitalmente em 12/03/2014 por JULIO CESAR ALVES RAMOS Processo nº 16641.000039/200887 Acórdão n.º 3401002.505 S3C4T1 Fl. 6 3 A base de cálculo da contribuição é composta por todas as receitas da contribuinte, exceto as exclusões previstas em lei. Logo, não se pode excluir da tributação, através de diminuição não prevista legalmente, valores do faturamento, sob pena de afronta a legislação. INCONSTITUCIONALIDADE – INAPRECIAÇÃO NA ESFERA ADMINISTRATIVA – COMPETÊNCIA DO PODER JUDICIÁRIO. A argüição de inconstitucionalidade ou ilegalidade não pode ser apreciada na esfera administrativa porque é prerrogativa exclusiva do Poder Judiciário. ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS/PASEP Período de apuração: 01/01/2003 a 31/12/2003 BASE DE CÁLCULO – COMPOSIÇÃO A base de cálculo da contribuição é composta por todas as receitas da contribuinte, exceto as exclusões previstas em lei. Logo, não se pode excluir da tributação, através de diminuição não prevista legalmente, valores do faturamento, sob pena de afronta a legislação. INCONSTITUCIONALIDADE – INAPRECIAÇÃO NA ESFERA ADMINISTRATIVA – COMPETÊNCIA DO PODER JUDICIÁRIO. A argüição de inconstitucionalidade ou ilegalidade não pode ser apreciada na esfera administrativa porque é prerrogativa exclusiva do Poder Judiciário. Impugnação Improcedente Crédito Tributário Mantido Irresignada com a decisão da DRJ/POA, o Recorrente interpos Recurso Voluntário, sustentando, que a prova pericial é de curial importância; os valores que são repassados para terceiros representam 88% do valor total dos conhecimento de transportes emitidos, não se podendo considerar que o contribuinte tenha que considerar para apuração da sua base de cálculo, valores que na realidade não vão compor o seu faturamento, uma vez que apenas transitaram pela sua contabilidade; a indevida inclusão do ICMS na base de cálculo do Pis/Cofins; a inconstitucionalidade da majoração da base de cálculo da COFINS e do PIS; a inconstitucionalidade da multa aplicada É o relatório. Fl. 366DF CARF MF Impresso em 20/03/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 11/03/2014 por ANGELA SARTORI, Assinado digitalmente em 11/03/2014 por A NGELA SARTORI, Assinado digitalmente em 12/03/2014 por JULIO CESAR ALVES RAMOS 4 Voto Conselheiro Relator O recurso é tempestivo, e preenche os demais requisitos para a sua admissibilidade, portanto, dele tomo conhecimento. A constatação da infração fiscal, no ano calendário de 2003, ocorreu devido a verificação da existência de divergência entre os valores de receitas obtidas da prestação de serviços declarados em DIPJ e os informados no Livro de Apuração de ICMS, onde foi apurado que a contribuinte diminuiu dos valores dos serviços prestados (faturamento) os repasses de valores efetuados a terceiros subcontratados para realizar os serviço no lugar da contribuinte, sem que haja previsão na legislação para tal procedimento, acarretando a falta/insuficiência de recolhimento de COFINS cumulativa e de PIS não cumulativo, conforme consta na descrição dos fatos contidos no Auto de Infração, no Relatório Fiscal e no quadro demonstrativo do valor recolhido a menor (fl.18). Então cabe verificarmos a legislação do PIS não cumulativo (Lei 10.637/2002) e da COFINS cumulativa (Lei 9.718/1998) , aplicável ao ano calendário de 2003. A Recorrente está fazendo confusão nos conceito de receita e lucro para tentar validar sua equivocada dedução de valores do faturamento, que é objeto de tributação. O fato dos valores pagos aos terceiros que realizaram o serviço em nome da contribuinte, que são custos/despesas para esta, se constituírem, posteriormente, em receitas destes em nada afeta o faturamento da contribuinte, pois cada contribuinte é analisado separadamente, de forma independente, conforme preceitua o princípio contábil da Entidade. Por isso, os valores pagos a terceiros pela execução de serviços faturados pela empresa/contribuinte somente poderiam deduzir o valor do faturamento se a legislação do PIS não cumulativo (Lei 10.637/2002) e a da COFINS cumulativa (Lei 9.718/1998) permitissem a dedução destes valores da base de cálculo das contribuições. Entretanto, como observamos na legislação destas contribuições, acima citadas, não há permissão para dedução da base de cálculo do PIS não cumulativo e a da COFINS cumulativa dos valores pagos a terceiros/subcontratados pela execução de serviços faturados pela empresa/contribuinte, acarretando a correção da tributação dos valores indevidamente deduzidos da base de cálculo das contribuições pela contribuinte. Por sua vez, a alegação de que as Leis que instituíram o PIS e a COFINS deveriam obedecer a Constituição e definir corretamente o conceito de faturamento, obedecendo ao entendimento da contribuinte sobre a possibilidade de dedução dos valores pagos a terceiros/subcontratados pela execução de serviços faturados pela empresa/contribuinte, não pode ser apreciada na esfera administrativa. Isto porque este órgão julgador administrativo é subordinado à Lei e aos pareceres emanados pela Procuradoria da Fazenda Nacional, nos termos do art.116, inciso III, da Lei 8.112, de 11 de dezembro de 1990 e do art.7º da Portaria MF nº 258, de 24 de Agosto de 2001, e alterações posteriores, não cabendo fazer juízo de valores sobre a validade de entendimentos ou das normas. Tal fato se reflete no fato de que não se aprecia ilegalidade ou Fl. 367DF CARF MF Impresso em 20/03/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 11/03/2014 por ANGELA SARTORI, Assinado digitalmente em 11/03/2014 por A NGELA SARTORI, Assinado digitalmente em 12/03/2014 por JULIO CESAR ALVES RAMOS Processo nº 16641.000039/200887 Acórdão n.º 3401002.505 S3C4T1 Fl. 7 5 inconstitucionalidade na esfera administrativa, como as alegadas pelo Recorrente sendo prerrogativa exclusiva do Poder Judiciário, nos termos do art.102 da Constituição. A tentativa de generalizar a exclusão da base de cálculo do ICMS, quando a Recorrente recolhe na qualidade de substituta tributária , para toda a venda de bens e serviços da Recorrente não tem base legal, não podendo ser aceita e a tese defendida não faz parte da autuação. Portanto, não conheço da matéria relativo a base de cálculo do Pis cofins, se é cabível ou não a inclusão do ICMS pois não foi objeto do Auto de Infração. Dando seguimento à análise do litígio, verificamos que a Recorrente alega a inconstitucionalidade do alargamento da base de cálculo da contribuição do PIS e da COFINS pela alteração do conceito de faturamento, para a totalidade das receitas da contribuinte, realizada pelo art.3º da Lei 9.718/1998, pois extrapolaria a competência outorgada pelo art.195 da Constituição, bem como ao instituir nova fonte de custeio da seguridade social, por lei ordinária, infringiria ao art.195,§4º da Constituição. Cabe referir que a inconstitucionalidade do alargamento da base de cálculo da contribuição do PIS e da COFINS pela alteração do conceito de faturamento, para a totalidade das receitas da contribuinte, realizada pelo art.3º da Lei 9.718/1998, não afeta o presente litígio. Isto porque a suposta inconstitucionalidade somente afetaria as demais receitas (como exemplo seriam as receitas financeiras e não operacionais), mas não as receitas das vendas de bens e serviços que são o objeto social da empresa. Como a tributação de ofício incidiu sobre os valores transferidos a terceiros, que diminuíram o faturamento (vendas de bens e serviços), não houve nenhuma exigência tributária nos autos referentes as demais receitas, não podendo ser afetada sobre decisões sobre a inconstitucionalidade do alargamento da base de cálculo das contribuições. Prosseguindo sua defesa, a contribuinte argumenta que o art.3º da Lei 9.718/1998 e os artigos 1ºs das Leis 10.637/2002 e 10.833/2003, afrontariam o art.110 do Código Tributário Nacional, pois desvirtuariam o conceito de faturamento, nos termos da doutrina e jurisprudência. A Recorrente alega que o faturamento deve ser somente os valores faturados de bens e serviços, não incluindo outras receitas, sob pena, então de afrontar o art.110 do CTN. Ocorre que a tributação incidiu sobre os valores transferidos a terceiros, que diminuíram o faturamento (vendas de bens e serviços) sem base legal, não havendo nenhuma exigência tributária nos autos referentes as outras receitas (como exemplo seriam as receitas financeiras e não operacionais) que pudessem aumentar a base de cálculo, não afrontado o art.110 do CTN. Mesmo que a tributação fosse sobre todas as receitas, a alegação não poderia ser aceita porque não se aprecia ilegalidade ou inconstitucionalidade na esfera administrativa, visto que é prerrogativa exclusiva do Poder Judiciário segundo o artigo 102 da CF/1988. Ângela Sartori Relator Fl. 368DF CARF MF Impresso em 20/03/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 11/03/2014 por ANGELA SARTORI, Assinado digitalmente em 11/03/2014 por A NGELA SARTORI, Assinado digitalmente em 12/03/2014 por JULIO CESAR ALVES RAMOS 6 Fl. 369DF CARF MF Impresso em 20/03/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 11/03/2014 por ANGELA SARTORI, Assinado digitalmente em 11/03/2014 por A NGELA SARTORI, Assinado digitalmente em 12/03/2014 por JULIO CESAR ALVES RAMOS
score : 1.0
