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Numero do processo: 10820.004496/2008-56
Turma: Segunda Turma Ordinária da Terceira Câmara da Terceira Seção
Câmara: Terceira Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Thu Aug 25 00:00:00 UTC 2016
Data da publicação: Mon Sep 26 00:00:00 UTC 2016
Ementa: Assunto: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins
Período de apuração: 01/07/2007 a 30/09/2007
GLOSAS. CRÉDITO PIS/COFINS. AUSÊNCIA DE PROVA. IMPOSSIBILIDADE. COMPENSAÇÃO. RESSARCIMENTO.
Cabe ao contribuinte fazer prova da existência do crédito pleiteado, deixando de fazê-la, cabe glosar o montante não comprovado, assim como, a tomada de crédito oriundo de aquisição de pessoas físicas e de pessoas jurídicas que a legislação de regência veda.
Recurso Voluntário Negado.
Numero da decisão: 3302-003.356
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, negar provimento ao Recurso Voluntário.
Ricardo Paulo Rosa - Presidente.
Domingos de Sá Filho - Relator.
Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros: Ricardo Paulo Rosa (presidente), Jose Fernandes do Nascimento, Domingos de Sá Filho (relator), Maria do Socorro Ferreira Aguiar, Lenisa Rodrigues Prado, Paulo Guilherme Deroulede, Sarah Maria Linhares de Araujo e Walker Araujo.
Nome do relator: DOMINGOS DE SA FILHO
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(BRACOL HOLDING LTDA.) Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL COFINS Período de apuração: 01/07/2007 a 30/09/2007 GLOSAS. CRÉDITO PIS/COFINS. AUSÊNCIA DE PROVA. IMPOSSIBILIDADE. COMPENSAÇÃO. RESSARCIMENTO. Cabe ao contribuinte fazer prova da existência do crédito pleiteado, deixando de fazêla, cabe glosar o montante não comprovado, assim como, a tomada de crédito oriundo de aquisição de pessoas físicas e de pessoas jurídicas que a legislação de regência veda. Recurso Voluntário Negado. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, negar provimento ao Recurso Voluntário. Ricardo Paulo Rosa Presidente. Domingos de Sá Filho Relator. Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros: Ricardo Paulo Rosa (presidente), Jose Fernandes do Nascimento, Domingos de Sá Filho (relator), Maria do Socorro Ferreira Aguiar, Lenisa Rodrigues Prado, Paulo Guilherme Deroulede, Sarah Maria Linhares de Araujo e Walker Araujo. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 82 0. 00 44 96 /2 00 8- 56 Fl. 356DF CARF MF Impresso em 26/09/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 23/09/2016 por DOMINGOS DE SA FILHO, Assinado digitalmente em 23/09/2016 por DOMINGOS DE SA FILHO, Assinado digitalmente em 25/09/2016 por RICARDO PAULO ROSA 2 Relatório Cuidase de Recurso Voluntário com o objetivo de modificar a decisão de piso que manteve intacto a glosa de crédito da COFINS apurado no período de 01.07.2007 a 30.09.2007. O crédito tributário pleiteado se refere à COFINS oriundo de exportação, com fundamento no § 1º do art. 6º da Lei nº 10.833, de 29 de dezembro de 2003, utilizado parcialmente, mediante a DCOMP nº 24489.92596.300708.1.3.09.3741 em compensação de débitos tributários da CPMF, objeto de lançamento de ofício no processo administrativo nº 13829.000176/200673, juntado aos autos mediante procedimento de apensarão. Em procedimento fiscal realizado com o objetivo de apurar a certeza e liquidez do crédito que se pretendia utilizar no processo de compensação, a Fiscalização procedeu a glosas, algumas por falta de apresentação da documentação necessária a comprovação do crédito e outras por não assegurar o direito, deferindo valor bem inferior ao montante solicitado. O contribuinte Irresignado com as glosas apresentou Manifestação de Inconformidade, aduzindo diversas preliminares e no mérito alegando o direito de descontar os créditos oriundos dos pagamentos ocorridos a pessoas jurídicas. A título de comprovação carreou aos autos quatro notas fiscais. Em exame detalhado pela fiscalização, concluiu ausência do direito de tomar crédito, entre esse das aquisições de pessoas físicas, para tanto, elaborou diversas planilhas partindo das informações prestadas pelo contribuinte e aquelas consignadas no DACON. O indeferimento do pleito consta do DESPACHO DECISÓRIO, como se vê da ementa: “Despacho Decisório COFINS. REGIME NÃOCUMULATIVO. O contribuinte que apurar crédito da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS) na forma da Lei nº 10.833/2003 e não puder utilizálo na dedução de débitos da respectiva contribuição, poderá fazêlo na compensação de débitos próprios, vencidos ou vincendos, relativos a tributos administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil e, na impossibilidade de utilizar esse crédito na forma acima citada, poderá solicitar, ao final do trimestre calendário, o seu ressarcimento em dinheiro, observado a legislação específica aplicável à matéria, principalmente quanto aos créditos que somente podem ser utilizados para a dedução da Contribuição devida e aos créditos passíveis de ressarcimento ou compensação. Pedido de Ressarcimento indeferido. Declarações de Compensação não homologadas. ” A motivação do indeferimento encontra calcada no relatório elaborado pela Fiscalização da DRF de Araçatuba (SAFIS), em decorrências das diversas glosas na base de cálculo do crédito demonstradas em planilhas constantes do CD entregue ao contribuinte. Em Fl. 357DF CARF MF Impresso em 26/09/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 23/09/2016 por DOMINGOS DE SA FILHO, Assinado digitalmente em 23/09/2016 por DOMINGOS DE SA FILHO, Assinado digitalmente em 25/09/2016 por RICARDO PAULO ROSA Processo nº 10820.004496/200856 Acórdão n.º 3302003.356 S3C3T2 Fl. 20 3 razão dos ajustes realizados, a DRF refez o DACON do contribuinte com os novos valores apurados e constatou que o Interessado não tem saldo de crédito a ser ressarcido. O Contribuinte apresentou Manifestação de Inconformidade às fls. 146 e seguintes. A decisão de piso rechaçou todos os argumentos e manteve a glosa. Transcrevo o relatório da decisão recorrida por bem espelhar a realidade dos autos pela riqueza dos detalhes: “Relatório. Trata o presente processo de Manifestação de Inconformidade contra Despacho Decisório não homologatório (fls.140/144) do Pedido de Ressarcimento nº 13297.44483.311007.1.5.090627 (fls.4) de créditos de COFINS do 3º Trimestre de 2007, no valor original de R$ 39.197.402,17 (trinta e nove milhões, cento e noventa e sete mil, quatrocentos e dois reais e dezessete centavos) para ser compensado com débitos informados nas Dcomp n°: 40311.82154.311007.1.3.090827 (fls.7), 32724.42571.160408.1.3.097476 (fls.10), 24489.92596.300708.1.3093741 (fls.13) e 22426.49396.310708.1.3.092897 (fls.16). A análise foi fundamentada no resultado do procedimento fiscal ocorrido na reclamante com o escopo de verificar a regular apuração e recolhimento do PIS e da COFINS, nos anoscalendário de 2004 e 2005, que resultou no Auto de Infração formalizado no processo administrativo nº 15868.720110/201120. O Relatório Fiscal (fls. 48/63) concluiu pela glosa de parte dos créditos utilizados pelo contribuinte, a partir de nova apuração realizada, tendo em vista o contribuinte não ter apresentado a memória de cálculo da apuração dos créditos descontados. A ciência do Despacho Decisório ocorreu através da Intimação nº 1447/2012 (fls.145) da DIORT – Divisão de Orientação e Análise da Tributária da DERAT Delegacia Especial da Receita Federal do Brasil de Administração Tributária em São Paulo. Irresignado com o indeferimento do Pedido de Ressarcimento, o contribuinte apresentou tempestivamente Manifestação de Inconformidade em 06/06/2012 (fls.146). Segundo o contribuinte, a ciência do Despacho Decisório ocorreu em 29/05/2012, o que não pôde ser comprovado tendo em vista o Ar – Aviso de Recebimento não ter sido localizado, entretanto, conforme Despacho de Encaminhamento às fls. 216, podese concluir pela tempestividade tendo em vista a data a emissão de a intimação ter ocorrido em 15/05/2012 e o protocolo da Manifestação em 06/06/2012. Fl. 358DF CARF MF Impresso em 26/09/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 23/09/2016 por DOMINGOS DE SA FILHO, Assinado digitalmente em 23/09/2016 por DOMINGOS DE SA FILHO, Assinado digitalmente em 25/09/2016 por RICARDO PAULO ROSA 4 O contribuinte dividiu a Manifestação de Inconformidade em 4 partes: I Os Fatos, II O Direito, dividido em 2 partes com 14 subdivisões, III Pedido de diligência e perícia IV Pedido. Na alegação dos fatos o contribuinte informa em síntese que: 1) Protocolou Pedido de Ressarcimento de Créditos da Contribuição para o PIS¹ apurados no 3º Trimestre de 2007; 2) A fundamentação legal para o indeferimento do Pedido de Ressarcimento foi a falta de apresentação de documentos pela recorrente e outras questões relacionadas a tal circunstância, tendo sido baseado no trabalho da Delegacia da Receita Federal de Araçatuba acerca da liquidez e certeza do Crédito pleiteado, em conformidade com o MPFF nº 8.1.90.0020 I022590, que transferiu temporariamente a competência da Derat SP para a DRF/Araçatuba 3) Informa que o período a ser fiscalizado, indicado no MPFF era de dezembro de 2002 a setembro de 2004. Na parte II – O Direito, o contribuinte alegou em síntese que: 1) O Despacho Decisório merece ser cancelado, com o retorno destes autos para a DERAT/SP com o fim de ser realizada uma nova fiscalização considerando a nulidade de todo o trabalho fiscal realizado pelos AFRF; 2) A nulidade de todo o trabalho fiscal decorre da observância dos termos do Mandado de Procedimento Fiscal, pelos seguintes motivos: a) a fiscalização deveria ter sido realizada no estabelecimento da Impugnante localizada no Município de São Paulo Capital e por AFRF com jurisdição sobre tal localidade vinculados a DERAT/SP, b) muitas intimações terem sido emitidas por apenas um dos AFRFBs, sem a participação do outro, não existindo no MPFF permissão para atuação individual dos AFRFBs mas apenas em conjunto com a consequente nulidade de todos os atos por eles emitidos de forma isolada e por fim, c) a inexistência de citação no MPFF da suposta Delegação de Competência; 3) Conclui que o Mandado de Procedimento Fiscal MPF deveria ter sido emitido pelo Superintendente, e em assim não tendo ocorrido, clama pela inexistência de Ato Administrativo transferindo a competência para Araçatuba efetuar a fiscalização; 4) Invoca que mesmo que não existam as irregularidades até agora apontadas, persiste a nulidade decorrente do fato de as autoridades emitentes do MPFF serem servidores atuando em Delegação de competência relacionada a função de Delegado da Receita Federal do Brasil; 5) O Despacho Decisório emitido pela DRF/Araçatuba também deve ser anulado por ter sido emitido por autoridade incompetente porque somente o Delegado da Receita Federal do Brasil de Administração Tributária em São Paulo possuía Fl. 359DF CARF MF Impresso em 26/09/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 23/09/2016 por DOMINGOS DE SA FILHO, Assinado digitalmente em 23/09/2016 por DOMINGOS DE SA FILHO, Assinado digitalmente em 25/09/2016 por RICARDO PAULO ROSA Processo nº 10820.004496/200856 Acórdão n.º 3302003.356 S3C3T2 Fl. 21 5 competência para emitir tal decisão conforme demonstra o artigo 57, caput da Instrução Normativa SRF n° 900,de 30 de dezembro de 2008; 6) Não existe autorização da referida Instrução Normativa para modificação da competência para emissão do Despacho Decisório, ocasionando a nulidade da decisão ora recorrida por ter sido emitida por autoridade incompetente, o Chefe da Saort Seção de Orientação e Análise Tributária da DRF/Araçatuba; 7) O Despacho Decisório também deve ser cancelado por ter sido emitido após o encerramento da fase instrutória de apuração do ressarcimento, sem intimação do contribuinte, desrespeitando a formalidade prescrita no art. 44 da Lei nº 9.784/99, procedimento essencial a sua validade; 8) O dispositivo citado garante a recorrente o direito de se manifestar, no prazo de 10 dias da instrução realizada pela fiscalização, especialmente para fazer suas observações e apresentar razões para garantir a apreciação do seu pedido de ressarcimento; 9) O posicionamento da fiscalização de que a Recorrente buscou embaraçar a fiscalização não merece ser acatado porque a empresa buscou apresentar à fiscalização todos os documentos solicitados e justificativas de suas operações; 10) Tendo os próprios AFRFs reconhecido a entrega de documentos a DEFIC e de diversos arquivos digitais, não haveria motivos para que fossem solicitados novos documentos e esclarecimentos, simplesmente emitiram um Parecer, sendo este posicionamento flagrantemente irregular, em conformidade com o art. 928 do Regulamento do Imposto de Renda; 11) A fiscalização agiu sem razoabilidade e contrariando diversos dispositivos legais, entre os quais os arts. 2º e 3º da Lei nº 9.784/99; 12) Reitera sua intenção de apresentar todos os documentos fiscais e esclarecimentos que se fizerem necessários, estando os mesmos já à disposição da fiscalização no seu estabelecimento e que suportará consideráveis prejuízos por ter considerado o recebimento do direito creditório na definição do preço de exportação das mercadorias que foram exportadas; 13) Considerando as flagrantes demonstrações da existência das operações, a motivação do indeferimento não tem previsão legal; 14) Sendo a Recorrente uma das maiores empresas do setor do agronegócio brasileiro, como poderia a fiscalização entender que não teria nenhum crédito da contribuição para o PIS * no período do 3o Trimestre de 2007 ?; 15) Pelo entendimento dos AFRFs a Recorrente não teria nenhum direito e como isto pode ser admitido como válido Fl. 360DF CARF MF Impresso em 26/09/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 23/09/2016 por DOMINGOS DE SA FILHO, Assinado digitalmente em 23/09/2016 por DOMINGOS DE SA FILHO, Assinado digitalmente em 25/09/2016 por RICARDO PAULO ROSA 6 considerando a impossibilidade da Recorrente exercer sua atividade sem adquirir insumos e serviços que garantem direito ao crédito ?; 16) Tais fatos demonstram a falta de razoabilidade do posicionamento dos AFRFs porque simplesmente negaram tais fatos de forma integral, algo que contraria a razoabilidade das coisas e até todos os documentos que foram apresentados pela Impugnante; 17) Considerando isto, jamais poderia ter sido indeferido o Pedido de Ressarcimento, porque a fiscalização deveria ter continuado com as diligências no estabelecimento da Recorrente; 18) O Despacho Decisório merece ser cancelado por ter sido lavrado com base em um levantamento fiscal precário, por ter entre outros motivos, desconsiderado todos os documentos da Recorrente; 19) Como poderia ter o seu pedido de ressarcimento totalmente desconsiderado pelos AFRFs sem uma justificativa plausível e demonstração da totalidade dos créditos não serem legítimos ? 20) Basta a análise do Despacho Decisório e do Parecer SAORT para se apurar que os AFRFs contestaram pequenos elementos componentes do seu direito creditório, não tendo contestado os demais, demonstrando a insubsistência de suas alegações e falta da demonstração dos fundamentos de seu posicionamento. 21) Isto prejudica a ampla defesa da Recorrente, ofendendo o artigo 5o, inciso LV da Constituição Federal de 1988, por implicar, da forma em que foi lavrado, cerceamento do direito de defesa, existindo mansa e pacífica jurisprudência de ocasionar tal vício a nulidade da autuação; 22) Com fundamento no Princípio da Verdade Material, a Recorrente apresenta alguns documentos que comprovam o seu direito creditório e regularidade de suas operações, bem como requer diligência e perícia para que seja apurado a existência do seu direito creditório; 23) Nesta Manifestação a empresa está juntando alguns documentos comprobatórios do direito creditório porque, vários outros, por serem em grande quantidade, estão à disposição no seu estabelecimento. 24) Deve ser considerado por este juízo que a Impugnante possui direito ao Crédito da contribuição para o ¹PIS por adquirir insumos tributados no mercado interno, como pode apurado na Planilha de Apuração anexa cujo resultado remonta R$ 4.660.648,76 (quatro milhões seiscentos e sessenta mil, seiscentos e quarenta e oito reais e setenta e seis centavos) * (doc. 03); 25) Também está sendo anexada uma Nota Fiscal exemplificativa de aquisição de insumos no 3o Trimestre de 2007 para demonstrar que a Recorrente efetivamente adquiriu Fl. 361DF CARF MF Impresso em 26/09/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 23/09/2016 por DOMINGOS DE SA FILHO, Assinado digitalmente em 23/09/2016 por DOMINGOS DE SA FILHO, Assinado digitalmente em 25/09/2016 por RICARDO PAULO ROSA Processo nº 10820.004496/200856 Acórdão n.º 3302003.356 S3C3T2 Fl. 22 7 mercadorias como algo desconsiderado pela fiscalização (doc. 06); 26) A Recorrente também tem o direito ao ressarcimento com a incidência da SELIC, da data do protocolo do Pedido de Ressarcimento até o seu efetivo ressarcimento e/ou compensação, por ser um índice de atualização monetária; 27) O r. Despacho Decisório também deve ser reformado porque não homologou as compensações que já haviam sido homologadas tacitamente nos termos do artigo 74, §5° da Lei n° 9.430, de 31 de dezembro de 1996. Na parte III da Manifestação de Inconformidade (fls. 164), o contribuinte solicita a realização de perícias e diligências para serem constatada, por este juízo, a existência do direito creditório pleiteado administrativamente. Formula quesitos e nomeia o perito. Na parte IV (fls.165), a Recorrente pede que seja acolhida a presente Manifestação de Inconformidade para ser cancelado o r. Despacho Decisório para que esta DD. DRJ reconheça o direito creditório pleiteado no Pedido de Ressarcimento formulado pela Recorrente e a homologação das compensações correspondentes ao crédito reconhecido. Solicita que na hipótese desta DD. DRJ entender não ser possível reconhecer o direito creditório conforme pleiteado acima, que ao menos cancele o r. Despacho Decisório diante dos vícios demonstrados nesta Manifestação de Inconformidade para: 1) reconhecer a competência da DERAT/SP para atuar nestes autos determinando a realização de uma nova fiscalização, a ser realizada no estabelecimento da Recorrente localizado no Município de São Paulo, Capital, com a posterior emissão pelo Delegado da DERAT/SP de um novo Despacho Decisório analisando e deferindo o Pedido de Ressarcimento do Crédito da contribuição para o ¹PIS pleiteado pela Recorrente e homologando as compensações realizadas com o direito creditório correspondente, ou 2) sucessivamente, caso entenda ser competente para apreciar o Pedido de Ressarcimento a autoridade que emitiu o Despacho Decisório, que ao menos cancele esta decisão e determine a realização de novas verificações fiscais a serem realizadas no estabelecimento da Recorrente localizado no Município de São Paulo, Capital, com a posterior emissão de um novo Despacho Decisório analisando e deferindo o Pedido de Ressarcimento do Crédito da contribuição para o ¹PIS pleiteado pela Recorrente e homologando as compensações realizadas com o direito creditório correspondente. Fl. 362DF CARF MF Impresso em 26/09/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 23/09/2016 por DOMINGOS DE SA FILHO, Assinado digitalmente em 23/09/2016 por DOMINGOS DE SA FILHO, Assinado digitalmente em 25/09/2016 por RICARDO PAULO ROSA 8 Requer, ainda, o reconhecimento da suspensão da exigibilidade do crédito tributário de todos os débitos vinculados às compensações relacionadas a estes autos até a decisão final quanto ao pedido de ressarcimento. Requer, o reconhecimento da homologação das compensações declaradas a RFB no período igual ou superior a 5 (cinco) anos contados anteriormente a data da ciência do Despacho Decisório pela Recorrente no dia 29 de maio de 2012, por ter ocorrido, em relação a tais casos, a homologação tácita e extinção definitiva do crédito tributário dos débitos compensados, nos termos do artigo 74, §5° da Lei n° 9.430, de 31 dezembro de 1996, e artigo 29, §2° da IN SRF n° 600/2005. Requer, outrossim, a realização da perícia e diligência na forma pleiteada no tópico III, no qual estão satisfeitos os pressupostos exigidos pelo artigo 16, inciso IV c/c §1° do Decreto n° 70.235, de 06 de março de 1972. Reitera, ainda, estarem os documentos comprobatórios do direito creditório à disposição da fiscalização na sua sede e somente não está anexando os mesmos por serem em grande quantidade gerando o pedido de diligência e perícia. Requer, por fim, que também sejam intimados de todas as decisões proferidas nestes autos os advogados signatários da presente no seguinte endereço: Av. Brigadeiro Faria Lima n° 2012, 5o andar, São Paulo SP.” Inconformado com a decisão piso, da qual restou intimado em 30.09.2013 sobreveio o Recurso Voluntário, protocolado em 14 de outubro de 2013. Repulsou um a um os argumentos da decisão recorrida, e, em síntese manteve os seus argumentos sustentados na fase inicial, inicialmente aduz: Protocolou Pedido de Ressarcimento de Créditos da COFINS apurados no 3º trimestre de 2007, nos termos da Lei nº 10.833. Afirma que os autos foram encaminhados a Divisão de Orientação e Análise Tributária em São Paulo – DERAT/SP para apreciação e decisão quanto à procedência do crédito pleiteado e quanto à homologação das compensações vinculadas. Posteriormente os autos do processo foram encaminhados para a DRF/Araçatuba para serem realizados os trabalhos fiscais em razão da transferência temporária de competência da DERAT/SP para DRF/Araçatuba. Argui nulidade em razão de: 1) Indeferimento do Pedido de Perícia e Diligência e Nulidade pela falta de apreciação de Relevante Questão; 2) Ofensa ao MPF, para que fosse realizado nova fiscalização considerando a nulidade de todo o trabalho fiscal decorrente da inobservância dos termos do Mandado de Procedimento Fiscal, uma vez que a determinação que o procedimento deveria ser realizado no estabelecimento da impugnante, localizado em São Fl. 363DF CARF MF Impresso em 26/09/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 23/09/2016 por DOMINGOS DE SA FILHO, Assinado digitalmente em 23/09/2016 por DOMINGOS DE SA FILHO, Assinado digitalmente em 25/09/2016 por RICARDO PAULO ROSA Processo nº 10820.004496/200856 Acórdão n.º 3302003.356 S3C3T2 Fl. 23 9 Paulo, Capital e por AFRF com jurisdição sobre tal localidade vinculadas a DERAT/SP; 3) O MPFF deveria ter sido emitido pelo Superintendente e Inexistência de ato administrativo transferindo a competência para Araçatuba realizar a fiscalização. Constatado que as autoridades emitentes do MPFF e suas alterações foram servidores atuando em delegação de competência relacionada a função de Delegado da Receita Federal do Brasil, conduta que não pode ser considerada em razão realização de trabalho fiscal por outra unidade da RFB submetida a mesma Região Fiscal é diferente da unidade com jurisdição sobre o contribuinte, o impõe a necessidade do MPFF ser emitido exclusivamente pelo próprio Superintendente. 4) Nulidade do Despacho Decisório – Incompetência da DRF/Araçatuba e do Chefe da SAORT. O pedido prende se ao fato ter sido emitido por autoridade incompetente, visto que, somente o Delegado da Receita Federal do Brasil de Administração Tributária em São Paulo possuía competência para emitir tal decisão conforme demonstra o artigo 57, caput da Instrução Normativa SRF nº 900, de 30 de dezembro de 2008; 5) Falta de intimação para Impugnante se manifestar sobre o fim da Instrução – Art. 44 da lei 9.784/99; 6) Outra se refere a apresentação dos documentos. Não houve embaraço a fiscalização; 7) Nulidade da incorreta e inexistente motivação. Erro e falta de motivação necessária para validade jurídica, pois a negativa total do crédito refle como a empresa não adquirisse insumos para a sua produção; 8) No mérito: 9) A legislação reconhece o direito creditório, o indeferimento do pedido somente no caso do contribuinte não possuir efetivamente o direito ao ressarcimento do crédito da COFINS. Sustenta a precariedade do levantamento fiscal, uma vez, que a fiscalização não poderia simplesmente ter encerrado as diligências diante do fato de ter a Recorrente apresentado documentos fiscais, porque deveriam ter requisitado esclarecimentos e eventualmente novos documentos. Deve prevalecer o princípio da Verdade material. Direito ao ressarcimento em garantido por lei. Pretende ver o crédito indeferido com acréscimo da SELIC até o efetivo ressarcimento ou compensado; Fl. 364DF CARF MF Impresso em 26/09/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 23/09/2016 por DOMINGOS DE SA FILHO, Assinado digitalmente em 23/09/2016 por DOMINGOS DE SA FILHO, Assinado digitalmente em 25/09/2016 por RICARDO PAULO ROSA 10 10) Cerceamento do Direito de Defesa. Sustenta que o não reconhecimento do direito creditório da contribuinte mediante apresentação de provas a fiscalização de sua existência configura cerceamento. 11) Por derradeiro pede homologação tácita das compensações – prazo superior a cinco anos e diligência e perícia. É o que tinha a relatar. Voto Conselheiro Domingos de Sá Filho, Relator. Cuidase de recurso tempestivo e preenche os demais pressupostos de admissibilidade, motivo porque deve ser reconhecido. Existindo preliminares, impõe conhecêlas. 1 – Direito de Defesa e Cerceamento. Improcede os argumentos, haja vista, o acesso pleno ao processo administrativo, o não reconhecimento do direito creditório da contribuinte, mesmo tendo apresentado prova não configura cerceamento de direito, em verdade é matéria de fundo, pois em momento algum, tanto a fiscalização como o julgador de piso, negou a existência desse direito, deixou de conhecêlo por falta de prova e nos casos que a legislação deixou de outorgar. O processo administrativo rege pelo rito do Decreto 70.232/72 e alterações posteriores. Não conhecido o crédito pleiteado, oportunizou a indignação por meio da Manifestação de Inconformidade, decidido o assunto, pode o Interessado demonstrar sua irresignação por meio do voluntário, em sendo assim, não há de se falar em cerceamento. Assim, afasto preliminar. 2 Nulidade. OFENSA – MPF. É correntia sabença que o Mandado de Procedimento Fiscal é peça administrativa de planejamento e de controle das atividades de fiscalização, em síntese controle interno da Receita Federal do Brasil, onde se identifica o agente encarregado da ação fiscal. Controle esse que a ausência não acarreta nulidade do procedimento. Se o funcionário encarregado da fiscalização é o mesmo identificado no MPF, está autorizado a proceder às verificações, sendo assim, não justifica o pedido de nulidade. Portanto, a expedição do MPF é mero procedimento de controle interno, sendo assim, não macula o procedimento fiscal e tampouco o crédito tributário. Também vicia ação fiscal o fato da fiscalização darse em lugar distinto da sede da empresa, estabelecimento Fl. 365DF CARF MF Impresso em 26/09/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 23/09/2016 por DOMINGOS DE SA FILHO, Assinado digitalmente em 23/09/2016 por DOMINGOS DE SA FILHO, Assinado digitalmente em 25/09/2016 por RICARDO PAULO ROSA Processo nº 10820.004496/200856 Acórdão n.º 3302003.356 S3C3T2 Fl. 24 11 principal, o interesse público suplanta a burocracia, devendo o agente exercer sua atividade com objetivo de apurar a verdade. Esse assunto encontra pacificado por meio da Súmula CARF nº 27: “Súmula CARF nº 27: É valido o lançamento formalizado por AuditorFiscal da Receita Federal do Brasil de jurisdição diversa da do domicílio tributário do sujeito passivo.” Como é de conhecimento geral, a nulidade está vinculada a ato de ilegalidade, pois a Administração Pública deve trilhar conduta em conformidade com o disposto no art. 37 da Constituição Federal. Em sendo assim, rechaço a preliminar argüida. COMPETÊNCIA PELA EMISSÃO MPFF. Resta claro inexistência de barreira em relação à fiscalização em jurisdição fiscal distinta daquela do contribuinte. Assim, cabe examinar se há no caso usurpação de competência o fato do MPFF ter sido emitido pelo Superintendente e inexistência de ato administrativo transferindo a competência para Araçatuba realizar a fiscalização. Também não assiste razão a Recorrente, a decisão encontra bem fundamentada, a qual adota como razão de decidir: “Em relação à transferência de competências, tal possibilidade está prevista no art. 249 do Regimento Interno da RFB, aprovado pela Portaria MF no 95, de 2007, vigente à época, abaixo transcrito: Art. 249. Aos Superintendentes da Receita Federal do Brasil, Delegados da Receita Federal do Brasil, Delegados da Receita Federal do Brasil de Julgamento e InspetoresChefes da Receita Federal do Brasil das ALF e IRF de Classe Especial A, Especial B e Especial C incumbe ainda, no âmbito da respectiva jurisdição: (...) VII transferir, temporariamente, competências e atribuições entre unidades, subunidades e dirigentes subordinados, no interesse da administração. (...) (grifei) Portanto, também não se justifica a alegação da contribuinte, pois o superintendente regional pode transferir as competências e atribuições entre as unidades da RFB de sua jurisdição, como aconteceu no caso em questão com a edição da Portaria no 34, de 2008.” Assim, reputo a sustentação improcedente. NULIDADE DO DESPACHO DECISÓRIO Fl. 366DF CARF MF Impresso em 26/09/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 23/09/2016 por DOMINGOS DE SA FILHO, Assinado digitalmente em 23/09/2016 por DOMINGOS DE SA FILHO, Assinado digitalmente em 25/09/2016 por RICARDO PAULO ROSA 12 Sustenta irregularidade em razão de o Despacho Decisório ter sido emitido pela DRF/AraçatubaSP e do Chefe da SAORT. Alega que a competência está definida pelo disposto no artigo 57, caput da Instrução Normativa SRF nº 900, de 30 de dezembro de 2008. O inconformismo se refere à inexistência de autorização de delegação de competência pela IN/SRF/900. Também não assiste razão a Recorrente, o art. 249 do Regimento Interno da RFB, aprovado pela Portaria MF no 95, de 2007, outorga esse poder, basta perfunctória leitura do mencionado dispositivo: “Art. 249. Aos Superintendentes da Receita Federal do Brasil, Delegados da Receita Federal do Brasil, Delegados da Receita Federal do Brasil de Julgamento e InspetoresChefes da Receita Federal do Brasil das ALF e IRF de Classe Especial A, Especial B e Especial C incumbe ainda, no âmbito da respectiva jurisdição: (...) VII transferir, temporariamente, competências e atribuições entre unidades, subunidades e dirigentes subordinados, no interesse da administra.” Portanto, alegação não encontra respaldo, cabe afastála. FALTA DE INTIMAÇÃO PARA MANIFESTAÇÃO. A previsão legal existente e obriga a Administração Tributária a dar ciência ao contribuinte do lançamento. Concluída os atos fiscalizatório e lavrado o auto de infração ou emitido Despacho Decisório, negando total ou parcial o crédito pleiteado, ao contribuinte é dado ciência, querendo, impugnar ou apresentar Manifestação de Inconformidade, esses sim são os instrumentos disponíveis previstas pelo Decreto nº 70.235/72. O processo Administrativo é norteado pelo Decreto nº 70.235/72, aplicase subsidiariamente as disposições da Lei nº 9.784/99. No caso concreto, não há intimação para o contribuinte justificar ou atender depois de encerrado o procedimento fiscal, cabe a Administração Tributária dar ciência para defesa. Improcede a preliminar argüida; NULIDADE POR AUSÊNCIA DE MOTIVAÇÃO. Sustenta a Interessada que há mácula decorrente de erro e falta de motivação necessária para validade jurídica, diante da negativa total do crédito, isso segundo o entendimento exposto, como se a empresa não tivesse adquirido os insumos para produção. Também não merece acolhimento. O Despacho Decisório elenca de modo extenso os motivos, tudo isso consubstanciado no relatório fiscal, que por sua vez é longo e aponta as causas da negativa de reconhecer o direito ao ressarcimento e compensação pleiteada. Sendo assim, a sustentação carece de demonstração contundente da inexistência de motivação. HOMOLOGAÇÃO TÁCITA. Fl. 367DF CARF MF Impresso em 26/09/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 23/09/2016 por DOMINGOS DE SA FILHO, Assinado digitalmente em 23/09/2016 por DOMINGOS DE SA FILHO, Assinado digitalmente em 25/09/2016 por RICARDO PAULO ROSA Processo nº 10820.004496/200856 Acórdão n.º 3302003.356 S3C3T2 Fl. 25 13 Afirma o Recorrente ter decorrido mais de cinco anos entre o Pedido de Ressarcimento/Compensação e Despacho Homologatório, por essa razão ocorrida homologação tácita. O protocolo é de 16 de setembro de 2008, no entanto, a transmissão do Pedido de Ressarcimento ou Restituição/Declaração de Compensação, se refere 31.10.2007, a comunicação da decisão ocorreu em 16 de novembro de 2011. Contando da data de transmissão, constata que a decisão foi proferida com menos de cinco anos, sendo assim, não procede aos argumentos da ocorrência de homologação tácita. MÉRITO. Inicialmente cabe dizer que o direito da tomada de crédito encontra amparado pelo art. 3º da Lei 10.833/2003: “Art. 3º Do valor apurado na forma do art. 2º a pessoa jurídica poderá descontar créditos calculados em relação a: .. “§ 3º O direito ao crédito aplicase, exclusivamente, em relação: I aos bens e serviços adquiridos de pessoa jurídica domiciliada no País; II aos custos e despesas incorridos, pagos ou creditados a pessoa jurídica domiciliada no País; III aos bens e serviços adquiridos e aos custos e despesas incorridos a partir do mês em que se iniciar a aplicação do disposto nesta Lei. “ REGIME NÃO CUMULATIVO. INSUMOS. CONCEITO. No regime não cumulativo das contribuições o conteúdo semântico de “insumo” é mais amplo do que aquele da legislação do IPI e mais restrito do que aquele da legislação do Imposto de Renda, abrangendo os “bens” e “serviços” que integram o custo de produção. O regime nãocumulativo das contribuições ao PIS e à COFINS, o crédito é calculado, em regra, sobre os gastos e despesas incorridos no mês, em relação aos quais deve ser aplicada a mesma alíquota que incidiu sobre o faturamento para apurar a contribuição devida (art. 3º, § 1º das Leis nº 10.637/02 e 10.833/03). E os eventos que dão direito à apuração do crédito estão exaustivamente citados no art. 3º e seus incisos, onde se nota claramente que houve uma ampliação do número de eventos que dão direito ao crédito em relação ao direito previsto na legislação do IPI. Fl. 368DF CARF MF Impresso em 26/09/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 23/09/2016 por DOMINGOS DE SA FILHO, Assinado digitalmente em 23/09/2016 por DOMINGOS DE SA FILHO, Assinado digitalmente em 25/09/2016 por RICARDO PAULO ROSA 14 Contudo, tal ampliação do significado de “insumo”, implícito na redação do art. 3º da Lei nº 10.833/03, não autoriza à inclusão de todos os custos e despesas operacionais a que alude à legislação do Imposto de Renda, pois no rol de despesas operacionais existem gastos que não estão diretamente relacionados ao processo produtivo da empresa. Se a intenção do legislador fosse atribuir o direito de calcular o crédito das contribuições não cumulativas em relação a todas as despesas operacionais, seriam desnecessários os dez incisos do art. 3º, da Lei nº 10.833/03, onde se enumerou de forma exaustiva os eventos que dão direito ao cálculo do crédito. Já nos casos de IPI e de ICMS, como suas hipóteses de incidência estão associadas à circulação econômica da coisa, o direito de crédito que realiza a não cumulatividade resulta do ingresso desta e, eventualmente, de outras que interagem fisicamente entre si para, transformadas, se submeterem a uma nova incidência na etapa subseqüente da cadeia. É o oportuno trazer à colação a opinião expressada pelo então Conselheiro Marcos Tranchesi Ortiz, nos autos do processo nº 13053.000037/200749: “Embora respeite a orientação, partilho de orientação diversa a respeito da abrangência do conceito insculpido no inciso II, do artigo 3o, das Leis no. 10.637/02 e 10.833/03. Observo, em primeiro lugar, que quando da promulgação dos diplomas legais em questão, a Constituição Federal não impunha a não cumulatividade em se tratando das contribuições arrecadadas para a Seguridade Social. Daí não defluia, todavia, estivesse o legislador infraconstitucional impedido de disciplinála no âmbito da contribuição ao PIS e da COFINS. Significava, tão somente, que a adoção e o regramento da técnica permaneciam na esfera de discricionariedade do legislador ordinário. Foi o que possibilitou a implementação, primeiramente no PIS e, depois, na COFINS, de uma não cumulatividade, digamos, “imprópria”. Imprópria por cotejar, de um lado, base de cálculo composta pela totalidade das receitas da pessoa jurídica e, de outro, não admitir senão determinadas deduções, definidas em lista taxativa. Imprópria também porque o direito de crédito garantido não corresponde, sempre e necessariamente, aos valores de PIS e de COFINS efetivamente devidos na incidência anterior. Aliás, dada a especificidade da hipótese de incidência das duas contribuições, é até mesmo inadequado falar, aqui, num sentido convencional de não cumulatividade. É que, enquanto o ICMS e o IPI – impostos em que a técnica encontra máxima aplicação – têm por hipótese de incidência operações sucessivas de uma mesma cadeia produtiva ou mercantil, o PIS e a COFINS gravam fato jurídico, a receita, cuja ocorrência é independente de acontecimentos anteriores ou posteriores. Quem chamou à atenção para a diferença foi Ricardo Mariz de Oliveira: “Realmente, a COFINS e a contribuição ao PIS, que são tributos cujas hipóteses de incidência são a receita ou o faturamento, a rigor sequer têm incidência multifásica, pois são devidos sempre que houver receita (de faturamento ou não), a qual se constitui Fl. 369DF CARF MF Impresso em 26/09/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 23/09/2016 por DOMINGOS DE SA FILHO, Assinado digitalmente em 23/09/2016 por DOMINGOS DE SA FILHO, Assinado digitalmente em 25/09/2016 por RICARDO PAULO ROSA Processo nº 10820.004496/200856 Acórdão n.º 3302003.356 S3C3T2 Fl. 26 15 em um substrato específico e isolado de qualquer outro fenômeno jurídico ou econômico.” Por isso, dirá o autor, “diferentemente de outros tributos, as duas contribuições podem incidir sobre as receitas de sucessivos faturamentos de uma mesma mercadoria, ou sobre as receitas de sucessivas alienações de um mesmo bem imóvel, ou sobre as receitas de sucessivas prestações de serviços para obtenção de um bem imaterial mais completo, ou sobre sucessivas receitas de alugueres mensais de um mesmo bem, e em muitas outras situações. Mesmo neste caso – adverte – as duas contribuições não são juridicamente plurifásicas, eis que tomam por substrato cada fato isolado e de per si, isto é, cada fato de ser auferida uma receita (Aspectos relacionados à “não cumulatividade” da COFINS e da Contribuição ao PIS. PISCOFINS: questões atuais e polêmicas. São Paulo: Quartier Latin, 2005, p. 27).” No caso concreto, a Fiscalização tomou as informações fornecidas pela Fiscalizada, procedeu a análise considerando os elementos ali contidos, número da nota fiscal, CFOP, a identificação do fornecedor e o insumo, e, confrontou os dados com os documentos fiscais, mesmo tratando de cópias, motivo que levou a solicitar as originais, bem como, o restante dos documentos. Do exame passou a segregar em planilhas distintas, assunto por assunto, glosou os créditos relativos aos documentos inexistentes relacionados nas planilhas fornecidas pelo Contribuinte, assim como, aqueles provenientes das aquisições não contempladas pelos incisos do art. 3º da Lei nº 10.833/2003. A motivação da glosa restou destacada no roda pé de cada uma das planilhas justificando o procedimento, acresce dizer que esses demonstrativos foram juntados no processo administrativo de nº 15868.000421/201098, examinado em conjunto e colocado na mesma pauta de julgamento. Os fundamentos da autoridade administrativa para a glosa de sete itens, dos quais o contribuinte tomou crédito, como se extraí da planilhas foram os seguintes: 1) PAGAMENTO DE FRETE A PESSOA FÍSICA; 2) AQUISIÇÃO DE LENHA DE PESSOA FÍSICA POR ESTABELECIMENTO NÃO INDUSTRIAL; 3) AQUISIÇÕES DE COMBUSTÍVEIS, ÁLCOOL e GASOLINA; 4) FRETE ENTRE ESTABELECIMENTO, INDUSTRIAL E COMERCIAL PAGO PESSOA JURÍDICA; 5) AQUISIÇÕES PARA INDUSTRIALIZAÇÃO (CFOP 1101) DE FERTILIZANTE; 6) AQUISIÇÕES PARA COMERCIALIZAÇÃO – ( CFOP 1102) REFRIGERANTES E OUTRAS BEBIDAS; Fl. 370DF CARF MF Impresso em 26/09/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 23/09/2016 por DOMINGOS DE SA FILHO, Assinado digitalmente em 23/09/2016 por DOMINGOS DE SA FILHO, Assinado digitalmente em 25/09/2016 por RICARDO PAULO ROSA 16 7) PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS – (ISSQN) – (CFOP 1933 E 2933); Os motivos das glosas dos itens acima foram assim justificados pela fiscalização: Gerais: 1) Nas aquisições de combustíveis, verificamos aquisições de álcool e gasolina, que não são utilizados ou consumidos no processo produtivo; 2) Nas aquisições de serviços de transportes por estabelecimento industrial ou comercial, verificamos despesas que não dão direito ao crédito; como por exemplo: Frete entre estabelecimentos do sujeito passivo. As despesas com fretes aqui relacionadas, objeto de glosas, referemse às transferências de produtos acabados entre estabelecimentos do sujeito passivo. A título de exemplo, inserimos cópia de algumas notas fiscais no processo administrativo fiscal digital. 3) Nas aquisições para comercialização (CFOP 1102), verificamos aquisições de refrigerantes' e bebidas (tributação concentrada); 4) Nas aquisições de serviço tributado pelo ISSQN (CFOP 1933 e 2933), verificamos algumas despesas que não podem ser aceitas; Exemplo: 3.1 compra de carimbos, impressos, consertos de pneus e manutenção de veículo. 5) Nas aquisições, para industrialização (CFOP 1101), verificamos aquisições fertilizantes, que não podem ser considerados insumos; 6) Como confeccionamos planilhas específicas para serviços utilizados como insumos e bens para revenda, efetuamos um resumo no fim de cada mês para demonstrar os valores que serão transferidos para as planilhas específicas. No final as glosas remanescentes serão deduzidas da linha "bens utilizados como insumos". B) Específicos 1) O sujeito passivo foi intimado a apresentar comprovantes de pagamentos efetuados para BRASLEDER COUROS LTDA Foram comprovados os pagamentos de parte dos documentos fiscais apresentados. Para as compras relacionadas na planilha acima para este fornecedor, não foram apresentados comprovantes de pagamentos, embora o sujeito passivo tenha sido intimado e Reintimado a trazer os documentos relacionados na planilha 4 2) As filiais 002302 e 004500 não industrializam nada, somente servem de apoio para as unidades industriais (frigoríficos), portanto, glosamos todas as aquisições que se referem à "compra para industrialização" ou derivadas destas 3) As filiais 002566 e 002990 possuem cnae "criação de bovinos". As compras que não tem este objetivo foram Fl. 371DF CARF MF Impresso em 26/09/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 23/09/2016 por DOMINGOS DE SA FILHO, Assinado digitalmente em 23/09/2016 por DOMINGOS DE SA FILHO, Assinado digitalmente em 25/09/2016 por RICARDO PAULO ROSA Processo nº 10820.004496/200856 Acórdão n.º 3302003.356 S3C3T2 Fl. 27 17 glosadas por esta fiscalização, como "mudas de árvores"; 4) As despesas de transporte da Filial 003619 foram glosadas em razão da não apresentação. de documentos comprobatórios 5) As despesas de transporte da filial 003708 também foram glosadas em razão de não apresentação de documentos. 6) A Filial 000199 está sediada em São Paulo e funciona como "matriz" da empresa. Não há industrialização nesse estabelecimento 7) Glosamos todas as aquisições efetuadas de Xinguleder Couros, por falta de apresentação de documentos (notas fiscais, comprovantes de pagamentos, etc) 8) Glosamos todas as aquisições efetuadas de: Frinorte, Courotex, Tricon Energy e GIF grupo empresarial, feitas pelo estabelecimento (final 0006 01) Por falta de apresentação de documentos como notas fiscais e/ou comprovantes de pagamentos. , ' 9) Apesar de intimado a apresentar os documentos, o sujeito passivo, para o CNPJ de final 000865 não apresentou documentos para os seguintes fornecedores: a) Transportes Rosano Ltda; b) Xinguleder couros Itda; c) Lívia Laiz Correia Transp. Ltda; d) B Martins & Cia Transp e e) Corotex ind. E com. De couros Desta forma, glosamos TODAS as aquisições que indicavam estes fornecedores para falta de apresentação de documentos Todas as glosas foram devidamente justificadas: 1) AQUISIÇÕES DE PESSOA FÍSICA. O contribuinte apurou créditos sobre serviços de frete pagos as pessoas físicas, as quais não dão direito a crédito, conforme vedação expressa no art. 3º, § 3º, da Lei nº 10.637/2002. A fiscalização relacionou as notas fiscais de pessoa física e os valores glosados. 2) TRANSFERÊNCIA DE BENS ENTRE ESTABELECIMENTOS. A fiscalização alegou que o contribuinte tomou créditos sobre operações de transferência de bens entre estabelecimentos. Essas operações encontram classificadas nos CFOP (Transferência para comercialização). A fiscalização entende que os créditos originamse de aquisições. Na transferência entre estabelecimentos não existe aquisição, apenas mera movimentação de mercadorias entre estabelecimentos da pessoa jurídica. A fiscalização relacionou todas as notas com CFOP, e quantificou a glosa no montante descrito em cada mês. Constatase dos autos que o contribuinte foi passo a passo instado a justificar a tomada dos créditos relativos aos itens transcritos acima e trazer como prova os documentos hábeis e idôneos, o que não fez. Esse é o motivo principal das glosas dos créditos oriundos das aquisições de pessoas jurídica, cuja documentação foi parcialmente apresentada, mesmo intimada para tanto não o fez, bem como, deixou de juntar com a impugnação. Fl. 372DF CARF MF Impresso em 26/09/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 23/09/2016 por DOMINGOS DE SA FILHO, Assinado digitalmente em 23/09/2016 por DOMINGOS DE SA FILHO, Assinado digitalmente em 25/09/2016 por RICARDO PAULO ROSA 18 Intimado a comprovar o pagamento efetuado para a empresa BRASLEDER COUROS LTDA., não conseguiu êxito. Nenhuma das glosas foi combatida diretamente pela Recorrente, especificamente aquelas referentes às filiais 002302 e 04500, justificada pela Autoridade Fiscal ao fundamento de que essas unidades não são produtoras, servem apenas como apoio para as unidades industriais, por essa razão todas as aquisições de “compra para industrialização” incluída na base de cálculo da tomada do crédito foram afastadas, consequentemente, reduzindo o crédito a ser tomado, não há uma linha contradizendo a tomada de decisão pela fiscalização. Destacase as glosas efetivadas em relação ao filiais 002566 e 002990 possuem cnae "criação de bovinos". Afirma a fiscalização que todas as compras que não tem este objetivo foram glosadas, como "mudas de arvores". Certo a Autoridade Autuante, pois atividade básica é criação de bovino, sendo assim, não justifica a tomada de crédito sobre esse tipo de aquisição. Os custos de frete praticados pela filial 003619 foram glosados em virtude da não apresentação de documentos comprobatórios, o mesmo aconteceu com a filial 003708. Também não apresentou qualquer resistência às glosas praticadas por falta de documentação em relação às aquisições efetuadas com as empresas Xinguleder Couros Ltda., Frinorte, Corutex Indústria e Comércio de Couros, Tricon Energy e GIF, Transportes Rosano Ltda., Lívia Laíz Corrêa Transporte Ltda.; Martins & Cia Transporte Sendo assim, após a recomposição das bases de cálculo dos créditos, a fiscalização chegou à conclusão de que o contribuinte não faz jus ao ressarcimento pleiteado, notificação pessoal do despacho de não homologação de compensação. A irresignação generalizada do modo desses autos é inaceitável, deve ser apontado o desacerto cometido pelo agente fiscal. O critério adotado na apuração dos créditos está correto, constatado inexistência de previsão legal e ausência de documentos capaz de comprovar, impõe a glosa, nesse sentido andou bem a fiscalização e a decisão de piso em manter a decisão do despacho decisório. A discordância deve vir acompanhada de prova capaz de convencer o julgador que a determinação do quanto que serviu de base estava distorcido da realidade dos fatos, portanto, cabia somente ao Interessado realizar essa demonstração mediante documentos idôneos. Ao deixar de contrariar apuração realizada pelo Fisco, perdeu oportunidade de fazer prova contrária capaz de mudar o curso da decisão hostilizada. O que deve ficar certo é de que o direito de tomar crédito foi acatado, sendo assim, não procede à alegação do contribuinte de que a glosa significa o mesmo de que afirmar a inexistência das aquisições, pois assim está distorcendo a verdade material, por essa razão não justifica o pedido de perícia e tampouco de diligência para averiguar a documentação não apresentada no momento oportuno. Em sede de ressarcimento, não há dúvida de que ônus probante é do Interessado. A perícia e diligência só justifica quando o contribuinte apresenta a documentação, deixando de fazêlo, inexiste causa capaz de justificar os pedidos. Fl. 373DF CARF MF Impresso em 26/09/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 23/09/2016 por DOMINGOS DE SA FILHO, Assinado digitalmente em 23/09/2016 por DOMINGOS DE SA FILHO, Assinado digitalmente em 25/09/2016 por RICARDO PAULO ROSA Processo nº 10820.004496/200856 Acórdão n.º 3302003.356 S3C3T2 Fl. 28 19 Constatase de todo o inconformismo trazido, tanto em sede de impugnação, quanto recursal, o tema foi tratado pelo contribuinte de modo genérico, de modo que, restou para serem examinados os temas acima anotados. De outro lado, a fiscalização, cuidadosamente, detalha em sua planilha todos os itens glosados, mencionando o número da nota fiscal, CFOP e em boa parte descreve detalhes, permitindo o contribuinte impugnar e demonstrar o desacerto da fiscalização. O “Termo de Verificação Fiscal” e minucioso e esclarecedor, assim poucos se vêem, descrevem toda a metodologia e aponta a causa a justificar a glosa procedida. Todas as glosas procedidas restaram devidamente motivadas. Em sede de Manifestação de Inconformidade, o Interessado nada ancorou aos autos no sentido de refutá las, limitandose às alegações quanto ao direito, o que se repetiu no recurso voluntário. Assim, o descontentamento explanado pela Recorrente não encontra eco capaz de modificar o julgamento de piso, que deve ser mantido pelos seus próprios fundamentos. Assim, tenho que não merece reparo o julgado de piso. Diante do exposto conheço do recurso e nego provimento. Domingos de Sá Filho Fl. 374DF CARF MF Impresso em 26/09/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 23/09/2016 por DOMINGOS DE SA FILHO, Assinado digitalmente em 23/09/2016 por DOMINGOS DE SA FILHO, Assinado digitalmente em 25/09/2016 por RICARDO PAULO ROSA
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Numero do processo: 10730.007723/2006-42
Turma: 2ª TURMA/CÂMARA SUPERIOR REC. FISCAIS
Câmara: 2ª SEÇÃO
Seção: Câmara Superior de Recursos Fiscais
Data da sessão: Tue May 10 00:00:00 UTC 2016
Data da publicação: Fri Sep 23 00:00:00 UTC 2016
Ementa: Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física - IRPF
Exercício: 2002
IRPF. DECADÊNCIA. TRIBUTOS LANÇADOS POR HOMOLOGAÇÃO. MATÉRIA DECIDIDA NO STJ NA SISTEMÁTICA DO ART. 543-C DO CPC. GANHO DE CAPITAL. REGRA DO ART. 150, §4o, DO CTN, APENAS QUANDO EXISTIR PAGAMENTO PARCIAL.
O art. 62-A do RICARF obriga a utilização da regra do REsp nº 973.733 - SC, decidido na sistemática do art. 543-C do Código de Processo Civil, o que faz com a ordem do art. 150, §4o, do CTN, só deva ser adotada nos casos em que o sujeito passivo antecipar o pagamento e não for comprovada a existência de dolo, fraude ou simulação, prevalecendo os ditames do art. 173, nas demais situações.
Verifica-se que, neste processo, não existiu pagamento parcial do imposto referente ao ganho de capital apurado sob litígio para os períodos de 02/2001 e 10/2001. Assim, aplicável a tais períodos a regra do art. 173, inciso I, do CTN, iniciando-se a contagem do prazo decadencial no primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado.
Desta forma, para os fatos geradores do ganho de capital sob litígio ocorridos em 02/2001 e 10/2001, o prazo decadencial só começou a contar em 01/01/2002, sendo possível o lançamento até 31/12/2006. Tendo a ciência do lançamento ocorrido em 01/12/2006, essa parte do crédito tributário não havia sido fulminada pela decadência.
Numero da decisão: 9202-003.980
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em dar provimento parcial ao recurso para manter a decadência relativamente às apurações dos meses de fevereiro e outubro de 2001, com retorno dos autos ao colegiado a quo, para apreciação das demais questões trazidas no Recurso Voluntário.
(Assinado digitalmente)
Heitor de Souza Lima Junior Relator
(Assinado digitalmente)
Carlos Alberto Freitas Barreto - Presidente
Participaram da sessão de julgamento os Carlos Alberto Freitas Barreto (Presidente), Maria Teresa Martinez Lopez (Vice-Presidente), Luiz Eduardo de Oliveira Santos, Rita Eliza Reis da Costa Bacchieri, Maria Helena Cotta Cardozo, Patrícia da Silva, Elaine Cristina Monteiro e Silva Vieira, Ana Paula Fernandes, Heitor de Souza Lima Junior e Gérson Macedo Guerra.
Nome do relator: Relator
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DECADÊNCIA. TRIBUTOS LANÇADOS POR HOMOLOGAÇÃO. MATÉRIA DECIDIDA NO STJ NA SISTEMÁTICA DO ART. 543C DO CPC. GANHO DE CAPITAL. REGRA DO ART. 150, §4o, DO CTN, APENAS QUANDO EXISTIR PAGAMENTO PARCIAL. O art. 62A do RICARF obriga a utilização da regra do REsp nº 973.733 SC, decidido na sistemática do art. 543C do Código de Processo Civil, o que faz com a ordem do art. 150, §4o, do CTN, só deva ser adotada nos casos em que o sujeito passivo antecipar o pagamento e não for comprovada a existência de dolo, fraude ou simulação, prevalecendo os ditames do art. 173, nas demais situações. Verificase que, neste processo, não existiu pagamento parcial do imposto referente ao ganho de capital apurado sob litígio para os períodos de 02/2001 e 10/2001. Assim, aplicável a tais períodos a regra do art. 173, inciso I, do CTN, iniciandose a contagem do prazo decadencial no primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado. Desta forma, para os fatos geradores do ganho de capital sob litígio ocorridos em 02/2001 e 10/2001, o prazo decadencial só começou a contar em 01/01/2002, sendo possível o lançamento até 31/12/2006. Tendo a ciência do lançamento ocorrido AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 73 0. 00 77 23 /2 00 6- 42 Fl. 370DF CARF MF Impresso em 23/09/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 06/06/2016 por HEITOR DE SOUZA LIMA JUNIOR, Assinado digitalmente em 06/ 06/2016 por HEITOR DE SOUZA LIMA JUNIOR, Assinado digitalmente em 07/06/2016 por CARLOS ALBERTO FREI TAS BARRETO Processo nº 10730.007723/200642 Acórdão n.º 9202003.980 CSRFT2 Fl. 371 2 em 01/12/2006, essa parte do crédito tributário não havia sido fulminada pela decadência. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em dar provimento parcial ao recurso para manter a decadência relativamente às apurações dos meses de fevereiro e outubro de 2001, com retorno dos autos ao colegiado a quo, para apreciação das demais questões trazidas no Recurso Voluntário. (Assinado digitalmente) Heitor de Souza Lima Junior – Relator (Assinado digitalmente) Carlos Alberto Freitas Barreto Presidente Participaram da sessão de julgamento os Carlos Alberto Freitas Barreto (Presidente), Maria Teresa Martinez Lopez (VicePresidente), Luiz Eduardo de Oliveira Santos, Rita Eliza Reis da Costa Bacchieri, Maria Helena Cotta Cardozo, Patrícia da Silva, Elaine Cristina Monteiro e Silva Vieira, Ana Paula Fernandes, Heitor de Souza Lima Junior e Gérson Macedo Guerra. Relatório Em litígio, o teor do Acórdão nº 10423.739, prolatado pela 4a. Câmara do então 1o Conselho de Contribuintes na sessão plenária de 05 de Fevereiro de 2009 (efls. 310 a 315). Ali, por maioria de votos, foi acolhida a preliminar de decadência e, no mérito, deuse provimento ao Recurso Voluntário, na forma de ementa e decisão a seguir: Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física IRPF Exercício: 2001, 2002 DECADÊNCIA GANHO DE CAPITAL Sendo a tributação sobre o ganho de capital definitiva, não sujeita a ajuste na declaração e independente de prévio exame da autoridade administrativa, o lançamento é por homologação (art. 150, § 4o do CTN), devendo o prazo decadencial ser contado do fato gerador. Arguição de decadência acolhida. Recurso provido. Fl. 371DF CARF MF Impresso em 23/09/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 06/06/2016 por HEITOR DE SOUZA LIMA JUNIOR, Assinado digitalmente em 06/ 06/2016 por HEITOR DE SOUZA LIMA JUNIOR, Assinado digitalmente em 07/06/2016 por CARLOS ALBERTO FREI TAS BARRETO Processo nº 10730.007723/200642 Acórdão n.º 9202003.980 CSRFT2 Fl. 372 3 Decisão: Por maioria de votos, ACOLHER a argüição de decadência e, no mérito, dar provimento ao recurso, vencido o Conselheiro Pedro Paulo Pereira Barbosa. Cientificada a Fazenda Nacional do Acórdão em 17/12/09 (efl. 316), esta apresenta, em 21/12/2009 (efl. 319), Recurso Especial em face de decisão não unânime, com fulcro no art. 7o ., inciso I do Regimento Interno desta Câmara Superior de Recursos Fiscais, constante da Portaria MF no. 147, de 25 de junho de 2007, processado na forma do art. 4o, do anexo II ao Regimento Interno deste Conselho Administrativo Fiscal aprovado pela Portaria MF no. 256, de 22 de julho de 2009, então em vigor quando da propositura do pleito recursal (efls. 320 a 331). Alegase, no pleito, que deveria prevalecer, no caso em questão, para fins de contagem do prazo decadencial a regra prevista no art. 173, I do CTN, que restou assim violado. Em linhas gerais, argumenta a Fazenda Nacional em sua demanda que o Imposto de Renda sobre o ganho de capital auferido em operações de alienação deve ser apurado separadamente, devendo ser recolhido até um mês após alienação do bem e não devendo ser computado para fins de apuração da base de cálculo do Imposto de Renda na Declaração de Ajuste Anual. Entende que, em não havendo pagamento antecipado do tributo, devese deixar de aplicar, para fins de contagem do prazo decadencial, o disposto no art. 150 §4o. do CTN, sendo de se aplicar, na hipótese, o disposto no art. 173, I do mesmo Código. Ressalta ser esta a hipótese dos autos, uma vez que não há, para o ganho de capital em litígio, recolhimento da exação e montante a se homologar, colacionando a propósito doutrina e jurisprudência oriunda do Superior Tribunal de Justiça relativa ao tema (REsp 766.050/PR). Mais especificamente, ressalta seu entendimento, no sentido de que, para os fatos geradores de 2001, o termo inicial do prazo decadencial é a data de 01/01/2002 e, assim, como o auto de infração foi cientificado ao contribuinte em 01/12/2006, não há que se falar em decadência da exação. Requer, assim, o conhecimento do recurso e seu provimento para que seja afastada a decadência do lançamento para o anocalendário de 2001 . O recurso foi admitido pelo despacho de efls. 332 a 334. Encaminhados os autos ao autuado, para fins de ciência, ocorrida em 06/05/2010 (efl. 337), o contribuinte apresentou, em 18/05/2010, contrarrazões de efls. 338 a 355, onde: a) Colaciona farta jurisprudência contrária à tese da Fazenda Nacional, onde se conclui pela aplicação, a exemplo do recorrido, da contagem do prazo decadencial com fulcro no art. 150 §4o. do CTN, ressaltando a limitação do alcance da decisão jurisprudencial do STJ colacionada pela Fazenda (REsp 766.050/PR) aos litigantes das respectivas ações; b) Alega, ainda, que, no caso em questão, houve pagamento do tributo, daí a necessidade de aplicação do art. 150, §4o. do CTN para fins de contagem do prazo decadencial. Alega que o ganho de capital decorreu de desmembramento de um imóvel em diversos outros Fl. 372DF CARF MF Impresso em 23/09/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 06/06/2016 por HEITOR DE SOUZA LIMA JUNIOR, Assinado digitalmente em 06/ 06/2016 por HEITOR DE SOUZA LIMA JUNIOR, Assinado digitalmente em 07/06/2016 por CARLOS ALBERTO FREI TAS BARRETO Processo nº 10730.007723/200642 Acórdão n.º 9202003.980 CSRFT2 Fl. 373 4 pelo genitor do autuado, sendo que a autuação se refere ao não recolhimento do ganho de capital auferido quando da alienação de algumas das unidades resultantes do desmembramento, por conta de um equivocado entendimento acerca da isenção aplicável a tais operações, isenção esta que teria restado não homologada pelo fisco. Enfatiza a existência de diversos recolhimentos em espécie, agora para as alienações de outras unidades oriundas do mesmo desmembramento, os quais restaram devidamente homologados pelo Fisco (o que considera "substancial recolhimento de imposto sobre o ganho de capital em questão"); c) Alega potencial duplicidade de exigência em relação ao lançamento, por ter sido o tributo objeto do lançamento já objeto de constituição junto à sua mãe, ressaltando, ainda, o açodamento da fiscalização no âmbito da ação fiscal que deu origem ao presente lançamento; Requer, assim, que seja rejeitado o Recurso Especial da Fazenda Nacional, confirmandose o Acórdão recorrido. É o relatório. Voto Conselheiro Heitor de Souza Lima Junior Pelo que consta no processo quanto à sua tempestividade, às devidas apresentação de paradigma consistente e indicação de divergência, o recurso atende aos requisitos de admissibilidade e, portanto, dele conheço. Passo, assim, à análise de mérito. De se notar, para fins do deslinde da questão, a vinculação deste CARF às decisões proferidas pelo Superior Tribunal de Justiça quando submetidas ao regime do art. 543 C do Código de Processo Civil, a partir do disposto no art. 62, §2o. do anexo II ao Regimento Interno deste Conselho em vigor, aprovado pela Portaria MF no. 343, de 09 de junho de 2015: RICARF Art. 62. (...) (...) § 2º As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal e pelo Superior Tribunal de Justiça em matéria infraconstitucional, na sistemática prevista pelos arts. 543B e 543C da Lei nº 5.869, de 1973 Código de Processo Civil (CPC), deverão ser reproduzidas pelos conselheiros no julgamento dos recursos no âmbito do CARF. Assim, ainda que se admita que a questão relativa à contagem do prazo decadencial é bastante tormentosa (daí a adoção de diversas interpretações relativas à matéria no âmbito deste Conselho), de se reconhecer que o Superior Tribunal de Justiça – STJ, órgão máximo de interpretação das leis federais, recentemente pacificou, sob a sistemática de recursos repetitivos, o entendimento no sentido de que a regra do art. 150, §4o, do CTN só deve Fl. 373DF CARF MF Impresso em 23/09/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 06/06/2016 por HEITOR DE SOUZA LIMA JUNIOR, Assinado digitalmente em 06/ 06/2016 por HEITOR DE SOUZA LIMA JUNIOR, Assinado digitalmente em 07/06/2016 por CARLOS ALBERTO FREI TAS BARRETO Processo nº 10730.007723/200642 Acórdão n.º 9202003.980 CSRFT2 Fl. 374 5 ser adotada nos casos em que o sujeito passivo antecipar o pagamento e não for comprovada a existência de dolo, fraude ou simulação, prevalecendo os ditames do art. 173, I nos demais casos. Reproduzse, a seguir, a ementa do Recurso Especial nº 973.733 SC (2007/01769940), julgado em 12 de agosto de 2009, repitase devidamente submetido à sistemática prevista no art. 543C do Código de Processo Civil, sendo, assim, referido decisum, repitase, de observância obrigatória neste CARF, a partir do disposto no art. 62, §2o. do anexo II ao Regimento Interno deste Conselho em vigor, aprovado pela Portaria MF no. 343, de 09 de junho de 2015. Reza a decisão : PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA. ARTIGO 543C, DO CPC. TRIBUTÁRIO. TRIBUTO SUJEITO A LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. INEXISTÊNCIA DE PAGAMENTO ANTECIPADO. DECADÊNCIA DO DIREITO DE O FISCO CONSTITUIR O CRÉDITO TRIBUTÁRIO. TERMO INICIAL. ARTIGO 173, I, DO CTN. APLICAÇÃO CUMULATIVA DOS PRAZOS PREVISTOS NOS ARTIGOS 150, § 4º, e 173, do CTN. IMPOSSIBILIDADE. 1. O prazo decadencial qüinqüenal para o Fisco constituir o crédito tributário (lançamento de ofício) contase do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado, nos casos em que a lei não prevê o pagamento antecipado da exação ou quando, a despeito da previsão legal, o mesmo inocorre, sem a constatação de dolo, fraude ou simulação do contribuinte, inexistindo declaração prévia do débito (Precedentes da Primeira Seção: REsp 766.050/PR, Rel. Ministro Luiz Fux, julgado em 28.11.2007, DJ 25.02.2008; AgRg nos EREsp 216.758/SP, Rel. Ministro Teori Albino Zavascki, julgado em 22.03.2006, DJ 10.04.2006; e EREsp 276.142/SP, Rel. Ministro Luiz Fux, julgado em 13.12.2004, DJ 28.02.2005). 2. É que a decadência ou caducidade, no âmbito do Direito Tributário, importa no perecimento do direito potestativo de o Fisco constituir o crédito tributário pelo lançamento, e, consoante doutrina abalizada, encontrase regulada por cinco regras jurídicas gerais e abstratas, entre as quais figura a regra da decadência do direito de lançar nos casos de tributos sujeitos ao lançamento de ofício, ou nos casos dos tributos sujeitos ao lançamento por homologação em que o contribuinte não efetua o pagamento antecipado (Eurico Marcos Diniz de Santi, "Decadência e Prescrição no Direito Tributário", 3ª ed., Max Limonad, São Paulo, 2004, págs. 163/210). 3. O dies a quo do prazo qüinqüenal da aludida regra decadencial regese pelo disposto no artigo 173, I, do CTN, sendo certo que o "primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado" corresponde, iniludivelmente, ao primeiro dia do exercício seguinte à ocorrência do fato imponível, ainda que se trate de tributos sujeitos a lançamento por homologação, revelandose Fl. 374DF CARF MF Impresso em 23/09/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 06/06/2016 por HEITOR DE SOUZA LIMA JUNIOR, Assinado digitalmente em 06/ 06/2016 por HEITOR DE SOUZA LIMA JUNIOR, Assinado digitalmente em 07/06/2016 por CARLOS ALBERTO FREI TAS BARRETO Processo nº 10730.007723/200642 Acórdão n.º 9202003.980 CSRFT2 Fl. 375 6 inadmissível a aplicação cumulativa/concorrente dos prazos previstos nos artigos 150, § 4º, e 173, do Codex Tributário, ante a configuração de desarrazoado prazo decadencial decenal (Alberto Xavier, "Do Lançamento no Direito Tributário Brasileiro", 3ª ed., Ed. Forense, Rio de Janeiro, 2005, págs. 91/104; Luciano Amaro, "Direito Tributário Brasileiro", 10ª ed., Ed. Saraiva, 2004, págs. 396/400; e Eurico Marcos Diniz de Santi, "Decadência e Prescrição no Direito Tributário", 3ª ed., Max Limonad, São Paulo, 2004, págs. 183/199). (...) 7. Recurso especial desprovido. Acórdão submetido ao regime do artigo 543C, do CPC, e da Resolução STJ 08/2008. (destaques do original) Desta forma, ao adentrar o mérito da questão, este CARF forçosamente deve abraçar a interpretação do Recurso Especial nº 973.733/SC supra, no sentido de que a regra do art. 150, §4o, do CTN, repitase, só deve ser adotada nos casos em que o sujeito passivo antecipar o pagamento e não for comprovada a existência de dolo, fraude ou simulação, prevalecendo os ditames do art. 173, nos demais casos. No caso em questão, uma vez afastada a hipótese de dolo, fraude ou simulação, somente se verifica a existência de pagamento realizado pelo contribuinte para os fatos geradores oriundos de ganhos de capital ocorridos em Janeiro de 2001 (unidades 202, 307, 301, 102, 204 e 308, consoante último parágrafo de efl. 10), sendo, destarte, mandatória a aplicação do art. 173, I, do CTN, para fins contagem de prazo decadencial na situação sob análise para os outros fatos geradores lançados sob litígio, ocorridos em Fevereiro de 2001 e Outubro de 2001. Cediço, notese, que, a partir dos desmembramento das unidades objeto de alienação, cada alienação de unidade, individualmente, se amolda à hipótese de incidência do Imposto sobre a Renda da Pessoa Física, caracterizada assim a ocorrência de um fato gerador mensal para cada unidade (apartamento) alienada (o), sujeitos porém todos os fatos geradores ocorridos em determinado mês a um mesmo pagamento antecipado. Ou seja,verificase, aqui, que para os fatos geradores objeto da presente autuação, oriundos de ganhos de capital auferidos pelo contribuinte em algumas unidades resultantes do desmembramento, inexistiu qualquer recolhimento parcial por parte do sujeito passivo que pudesse ser objeto de homologação pela autoridade tributária para os períodos de Fevereiro de 2001 e Outubro de 2001, sendo de se rechaçar a possibilidade de que recolhimentos referentes a fatos geradores ocorridos em outros meses (tais como os decorrentes das alienações de outras unidades oriundas do referido desmembramento) possam ser considerados como antecipação de pagamento ou pagamento parcial para os meses objeto de lançamento, aqui sob discussão. Para o mês de Janeiro de 2001, reconhecese a existência de antecipação de pagamento pelo contribuinte, a partir do último parágrafo de efl. 10. Assim, para os fatos geradores do imposto ocorridos nos meses de Fevereiro e Outubro de 2001 (vide efls. 12 e 13), concluise que o início da contagem do prazo decadencial se deu em 01/01/2002, conforme o disposto no art. 173, I do CTN. Uma vez que o lançamento foi cientificado ao contribuinte em 01/12/2006 (efl. 8), é de se reformar a decisão Fl. 375DF CARF MF Impresso em 23/09/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 06/06/2016 por HEITOR DE SOUZA LIMA JUNIOR, Assinado digitalmente em 06/ 06/2016 por HEITOR DE SOUZA LIMA JUNIOR, Assinado digitalmente em 07/06/2016 por CARLOS ALBERTO FREI TAS BARRETO Processo nº 10730.007723/200642 Acórdão n.º 9202003.980 CSRFT2 Fl. 376 7 vergastada, para afastar a decadência para os fatos geradores ocorridos nos referidos meses (repitase, Fevereiro e Outubro de 2001). Diante do exposto, voto no sentido de dar provimento parcial ao pleito fazendário, afastandose a decadência para a infração de falta de recolhimento do imposto sobre ganhos de capital para os meses de Fevereiro e Outubro de 2001. Retornese, ainda, o processo à Câmara a quo, para apreciação dos demais argumentos constantes do Recurso Voluntário do contribuinte, de efls. 294 a 308. É como voto. (assinado digitalmente) Heitor de Souza Lima Junior Relator Fl. 376DF CARF MF Impresso em 23/09/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 06/06/2016 por HEITOR DE SOUZA LIMA JUNIOR, Assinado digitalmente em 06/ 06/2016 por HEITOR DE SOUZA LIMA JUNIOR, Assinado digitalmente em 07/06/2016 por CARLOS ALBERTO FREI TAS BARRETO
score : 1.0
Numero do processo: 12457.003983/2007-31
Turma: Primeira Turma Ordinária da Terceira Câmara da Terceira Seção
Câmara: Terceira Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Thu Sep 29 00:00:00 UTC 2016
Data da publicação: Wed Oct 19 00:00:00 UTC 2016
Ementa: Assunto: Obrigações Acessórias
Data do fato gerador: 04/05/2005
TRANSPORTADOR DE PASSAGEIROS. MERCADORIA. BAGAGEM. PROPRIEDADE. IDENTIFICAÇÃO. ILEGITIMIDADE PASSIVA. TRANSFERÊNCIA DA PROPRIEDADE DO VEÍCULO.
Ilegitimidade passiva do vendedor de veículo de transporte de passageiros em que o fato gerador que determinou a penalidade ocorreu em data posterior a venda do veículo.
Recurso Voluntário provido.
Numero da decisão: 3301-003.116
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos , em dar provimento ao recurso voluntário.
Luiz Augusto do Couto Chagas - Presidente.
Valcir Gassen - Relator.
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros Luiz Augusto do Couto Chagas, José Henrique Mauri, Marcelo Costa Marques d'Oliveira, Liziane Angelotti Meira, Maria Eduarda Alencar Câmara Simões, Marcelo Giovani Vieira, Semíramis de Oliveira Duro e Valcir Gassen.
Nome do relator: VALCIR GASSEN
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MERCADORIA. BAGAGEM. PROPRIEDADE. IDENTIFICAÇÃO. ILEGITIMIDADE PASSIVA. TRANSFERÊNCIA DA PROPRIEDADE DO VEÍCULO. Ilegitimidade passiva do vendedor de veículo de transporte de passageiros em que o fato gerador que determinou a penalidade ocorreu em data posterior a venda do veículo. Recurso Voluntário provido. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos , em dar provimento ao recurso voluntário. Luiz Augusto do Couto Chagas Presidente. Valcir Gassen Relator. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros Luiz Augusto do Couto Chagas, José Henrique Mauri, Marcelo Costa Marques d'Oliveira, Liziane Angelotti Meira, Maria Eduarda Alencar Câmara Simões, Marcelo Giovani Vieira, Semíramis de Oliveira Duro e Valcir Gassen. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 12 45 7. 00 39 83 /2 00 7- 31 Fl. 75DF CARF MF Impresso em 19/10/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 18/10/2016 por VALCIR GASSEN, Assinado digitalmente em 18/10/2016 por VA LCIR GASSEN, Assinado digitalmente em 19/10/2016 por LUIZ AUGUSTO DO COUTO CHAGAS Processo nº 12457.003983/200731 Acórdão n.º 3301003.116 S3C3T1 Fl. 76 2 Relatório Tratase de Recurso Voluntário (fls. 51 e 52) interposto pela Contribuinte, contra a decisão consubstanciada no Acórdão n° 0719.106 (fls. 30 a 33), de 5 de março de 2010, proferido pela 1ª Turma da Delegacia da Receita Federal do Brasil de Julgamento em Florianópolis – DRJ/FNS – que, por unanimidade de votos, julgou improcedente a impugnação, mantendo o crédito tributário exigido. Visando a elucidação do caso e a economia processual adoto e cito o relatório do acórdão ora recorrido: Trata o presente processo de auto de infração lavrado para exigência de crédito tributário no valor de R$ 194.000,00 referente a multa exigida por infração às medidas de controle fiscal relativas a cigarro de procedência estrangeira. Depreendese da descrição dos fatos e enquadramento legal do auto de infração em tela, assim como do auto de infração com apreensão de mercadorias BJ04277 no qual se embasou que, no dia 04/05/2005, no interior do veículo ônibus de placas JJD5233, de propriedade da autuada foram encontrados 97.000 maços de cigarros de procedência estrangeira, introduzidos irregularmente no país. Os volumes contendo os cigarros não tinham identificação dos proprietários. Aplicada a pena de perdimento dos cigarros (fls. 08/09), a fiscalização lavrou o auto de infração do presente processo para exigência da multa prevista no parágrafo único do artigo 3° do Decretolei n° 399/1968 com a redação dada pelo artigo 78 da Lei n° 10.833/2003, em desfavor do proprietário do ônibus transportador com base no disposto no artigo 74 da Lei n° 10.833/2002. Regularmente cientificada por via postal (AR fls.21) a interessada apresentou a impugnação de folhas 22 a 23, com os documentos de folhas 24 a 26 anexados. A impugnante defende sua ilegitimidade passiva com base na alegação de que havia vendido o veículo quando do encerramento da empresa, em dezembro de 2004, anteriormente ao fato ilícito e, portanto, não pode ser responsabilizado pela infração a ela imputada. Colaciona aos autos documento de encerramento da empresa e informa que “não tem conhecimento, pois que administrava a empresa era seu Cônjuge, que faleceu. E quando do encerramento da empresa não havia mais nenhum veículo em sua frota, bem como qualquer outro bem” (sic) Requer seja cancelada a multa por não ter praticado o ilícito e não ser o responsável pelo veículo e que seja emitida a multa em nome do responsável. É o relatório. Tendo em vista a alegação da Contribuinte no sentido de que o veículo no qual as mercadorias irregulares foram encontradas não era mais de sua propriedade entendeu se, por meio da Resolução nº 3802000.397 (fls. 61 a 64), de 19 de março de 2015, da 2ª Turma Especial da 3ª Seção de Julgamento do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais – CARF, converter o julgamento em diligência para que a autoridade administrativa da unidade de origem se manifestasse sobre a autenticidade dos documentos anexados no que concerne ao Certificado de Transferência do Veículo nº 4471336060, RENAVAN nº 003176177. É o relatório. Fl. 76DF CARF MF Impresso em 19/10/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 18/10/2016 por VALCIR GASSEN, Assinado digitalmente em 18/10/2016 por VA LCIR GASSEN, Assinado digitalmente em 19/10/2016 por LUIZ AUGUSTO DO COUTO CHAGAS Processo nº 12457.003983/200731 Acórdão n.º 3301003.116 S3C3T1 Fl. 77 3 Voto Conselheiro Valcir Gassen O Recurso Voluntário interposto pela Contribuinte, em face da decisão consubstanciada no Acórdão nº 0719.106, é tempestivo e atende os pressupostos de admissibilidade, motivo pelo qual deve ser conhecido. O citado recurso visa reformar a decisão da 1ª Turma da DRJ/FNS que julgou improcedente a impugnação apresentada pelo Contribuinte ao Auto de Infração. Assim ficou ementada a decisão: ASSUNTO: OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS Data do fato gerador: 04/05/2005 MULTA REGULAMENTAR Constitui infração às medidas de controle fiscal a posse e o transporte de cigarros de procedência estrangeira sem documentação probante de sua regular importação, sujeitandose o infrator à multa legal, além da aplicação da pena de perdimento dos cigarros apreendidos. TRANSPORTADOR DE PASSAGEIROS. MERCADORIA. BAGAGEM. PROPRIEDADE. IDENTIFICAÇÃO. Presumese de propriedade do transportador de passageiros, em viagem internacional, para efeitos fiscais, a mercadoria transportada como bagagem sem a identificação do respectivo proprietário. Impugnação Improcedente Crédito Tributário Mantido Na apreciação do recurso a 2ª Turma Especial da 3ª Seção de Julgamento do CARF entendeu, por meio da Resolução 3802000.397, converter o julgamento do referido Recurso Voluntário em diligência. Assim ficou disposto na ementa da Resolução (fls. 61): Acordam os membros do Colegiado, por maioria de votos, em converter o julgamento em diligência para que a unidade de origem se manifeste sobre a autenticidade dos documentos anexados ao recurso concernentes à aduzida transferência do veículo cuja propriedade delineou a identificação do sujeito passivo, inclusive mediante consulta ao RENAVAN. Vencida a conselheira Mércia Helena Trajano DAmorim, que negava provimento ao recurso. A requerida diligência visa comprovar se a propriedade do veículo que foi autuado com as mercadorias ilícitas era do Contribuinte ou se, conforme alega sua defesa, já havia sido vendido, o que acarretaria na ilegitimidade passiva do mesmo. Por intermédio da Intimação n° 0044/20015 EQSECAD da Delegacia da Receita Federal do Brasil de Foz do Iguaçu – PR, intimouse o Oficial de Registro Civil das Pessoas Naturais do 46° Subdistrito Vila Formosa da Comarca de São Paulo SP, para confirmar se foi reconhecida a firma de Eliana Luiz no Certificado de Transferência do Veículo n° 4471336060, RENAVAM 003176177. Fl. 77DF CARF MF Impresso em 19/10/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 18/10/2016 por VALCIR GASSEN, Assinado digitalmente em 18/10/2016 por VA LCIR GASSEN, Assinado digitalmente em 19/10/2016 por LUIZ AUGUSTO DO COUTO CHAGAS Processo nº 12457.003983/200731 Acórdão n.º 3301003.116 S3C3T1 Fl. 78 4 Cumpre observar que Eliana Luiz, responsável pela empresa JEJ Transportadora Turística LTDA, já tinha anexado ao Recurso Voluntário uma Certidão demonstrando que no dia 13/04/2004 reconheceu firma no Livro de Comparecimento para Reconhecimento de Firmas Autênticas n° 64, folha 198v°, n° 124774. O que se pode verificar às fls. 55 a Certidão expedida pelo Oficial do Registro Civil, em 17 de fevereiro de 2011, atestando a transferência em 13 de abril de 2004. Em relação à intimação, decorrente da Resolução que decidiu pela diligência, o Oficial de Registro Civil das Pessoas Naturais do 46° Subdistrito Vila Formosa, em documento dirigido a autoridade administrativa da Delegacia da Receita Federal de Foz do Iguaçu – PR – assim atestou (fls. 71): (...) cumpreme confirmar que no dia 13 de Abril de 2004, no Livro nº 64, folhas 198vº, sob nº 124774 foi efetuado o termo de comparecimento para reconhecimento de firma autêntica da Sra. ELIANA LUIZ, a qual reconheceu por autenticidade a sua assinatura no Certificado de Transferência de Veículo nº 4471336060 RENAVAM 003176177 (cópia anexa). Apenas em termos argumentativos insta observar que conforme a legislação vigente não haveria nem mesmo a necessidade de comprovação do registro da transferência do veículo, uma vez que para fins jurídicos é necessária apenas a comprovação da tradição quando se trata de transferência de bens móveis. Desta forma, em observância a legislação vigente e a análise dos autos, inclusive ao que se refere aos documentos apresentados, anexo ao recurso e em resposta à conversão do julgamento em diligência, votase no sentido de dar provimento ao Recurso Voluntário da Contribuinte, cancelandose assim o débito fiscal reclamado por comprovada ilegitimidade passiva. Valcir Gassen Relator Fl. 78DF CARF MF Impresso em 19/10/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 18/10/2016 por VALCIR GASSEN, Assinado digitalmente em 18/10/2016 por VA LCIR GASSEN, Assinado digitalmente em 19/10/2016 por LUIZ AUGUSTO DO COUTO CHAGAS
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Numero do processo: 10711.720905/2011-06
Turma: Segunda Turma Ordinária da Terceira Câmara da Terceira Seção
Câmara: Terceira Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Thu Sep 29 00:00:00 UTC 2016
Data da publicação: Fri Oct 21 00:00:00 UTC 2016
Ementa: Assunto: Obrigações Acessórias
Data do fato gerador: 16/10/2008
OBRIGAÇÃO ACESSÓRIA. INOBSERVÂNCIA AO PRAZO ESTABELECIDO PREVISTO EM NORMA. AUSÊNCIA DE PRESTAÇÃO DE INFORMAÇÃO.
É obrigação do contribuinte prestar informações sobre a desconsolidação de carga dentro dos prazos previstos no artigo 22 c/c o artigo 50 da IN SRF nº 800/2007, sob pena de sujeitar-se à aplicação da multa prevista no artigo 107, inciso I, IV, alínea "e", do Decreto-Lei nº 37/66.
Recurso Voluntário Negado
Numero da decisão: 3302-003.424
Decisão: Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em rejeitar a preliminar arguida e, no mérito, em negar provimento ao Recurso Voluntário.
(assinado digitalmente)
Ricardo Paulo Rosa - Presidente e Relator
Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros Ricardo Paulo Rosa, Paulo Guilherme Déroulède, José Fernandes do Nascimento, Maria do Socorro Ferreira Aguiar, Domingos de Sá Filho, Lenisa Rodrigues Prado, Sarah Maria Linhares de Araújo e Walker Araujo.
Nome do relator: RICARDO PAULO ROSA
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Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS Data do fato gerador: 16/10/2008 OBRIGAÇÃO ACESSÓRIA. INOBSERVÂNCIA AO PRAZO ESTABELECIDO PREVISTO EM NORMA. AUSÊNCIA DE PRESTAÇÃO DE INFORMAÇÃO. É obrigação do contribuinte prestar informações sobre a desconsolidação de carga dentro dos prazos previstos no artigo 22 c/c o artigo 50 da IN SRF nº 800/2007, sob pena de sujeitarse à aplicação da multa prevista no artigo 107, inciso I, IV, alínea "e", do DecretoLei nº 37/66. Recurso Voluntário Negado Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em rejeitar a preliminar arguida e, no mérito, em negar provimento ao Recurso Voluntário. (assinado digitalmente) Ricardo Paulo Rosa Presidente e Relator Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros Ricardo Paulo Rosa, Paulo Guilherme Déroulède, José Fernandes do Nascimento, Maria do Socorro Ferreira Aguiar, Domingos de Sá Filho, Lenisa Rodrigues Prado, Sarah Maria Linhares de Araújo e Walker Araujo. Relatório Por bem retratar a realidade dos fatos, adoto e transcrevo, no que for relevante, o relatório da decisão de piso proferida pela Delegacia da Receita Federal do Brasil de Julgamento em Fortaleza: AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 71 1. 72 09 05 /2 01 1- 06 Fl. 100DF CARF MF Impresso em 21/10/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 18/10/2016 por AREOVALDO MARIANO TAVARES, Assinado digitalmente em 21/10 /2016 por RICARDO PAULO ROSA Processo nº 10711.720905/201106 Acórdão n.º 3302003.424 S3C3T2 Fl. 3 2 O presente processo é referente à exigência de multa pelo descumprimento da obrigação de prestar informação sobre veículo, operação realizada ou carga transportada, na forma e no prazo estabelecidos pela Secretaria da Receita Federal do Brasil. O lançamento, que totalizou R$ 5.000,00 à época de sua formalização, foi contestado pela empresa autuada. Da Autuação Antes de adentrar na descrição dos fatos que ensejaram a autuação, a autoridade lançadora fez longa explanação acerca do comércio marítimo internacional, na qual esclarece quem são os intervenientes nessa atividade, a documentação utilizada, as informações a serem prestadas e seus respectivos prazos e a sistemática de utilização delas. Foram apresentados tópicos específicos sobre a obrigatoriedade de prestar informação pelo transportador e sobre a importância, para o controle aduaneiro, de os dados exigidos serem prestados correta e tempestivamente. A fiscalização expôs detalhadamente quais as informações que devem ser prestadas e os respectivos prazos estabelecidos na legislação regente. Em seguida apresentou dispositivo legal que trata da denúncia espontânea esclarecendo que, depois de formalizada a entrada do veículo procedente do exterior, esse instituto não é mais aplicável para infrações imputadas ao transportador, por força de expressa disposição do Regulamento Aduaneiro (art. 683, § 3°). Foi também comentado sobre os danos causados ao controle aduaneiro pelo descumprimento das normas referentes à prestação de informações pelos intervenientes no transporte internacional de cargas. Na sequência, a fiscalização discorreu sobre o tipo de infração verificada, inclusive no tocante a sua penalização. Depois, passou a demonstrar a irregularidade apurada que, de acordo com o relatado no tópico Dos Fatos, consistiu na prestação de informação intempestiva referente ao conhecimento eletrônico (CE) ali identificado. De acordo com a autoridade fiscal, a autuada deixou de atender ao prazo estabelecido no parágrafo único, inciso II, do art. 50 da Instrução Normativa RFB n° 800, de 27/12/2007. Assim, a fiscalização considerou caracterizada a infração tipificada no art. 107, IV, "e", do DecretoLei n° 37/1966, com redação dada pela Lei n° 10.833/2003, e aplicou a multa ali prescrita, que entende ser cabível para cada CE incluído ou retificado após o prazo para prestar informações. Da Impugnação O sujeito passivo foi cientificado da exação e, apresentou impugnação na qual aduz os seguintes argumentos. Inobservância do art. 50 da IN RFB 800/2007. Conforme disposto no caput do art. 50 da IN RFB n° 800/2007, os prazos de antecedência para prestação de informações a Receita Federal entraram em vigor apenas em 1° de abril de 2009, estando a impugnante dispensada de tal obrigação por ocasião do fato que deu ensejo ao Auto de Infração. Tratandose de dispensa do cumprimento de obrigação acessória, a lei tributaria deve ser interpretada literalmente, consoante dispõe o art. 111 do Código Tributário Nacional. Duplicidade de multa para o mesmo navio/viagem. O Auto de Infração tem objeto idêntico ao dos processos indicados, em que também é exigida multa pelo atraso na entrega de informação referente a carga transportada na mesma Fl. 101DF CARF MF Impresso em 21/10/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 18/10/2016 por AREOVALDO MARIANO TAVARES, Assinado digitalmente em 21/10 /2016 por RICARDO PAULO ROSA Processo nº 10711.720905/201106 Acórdão n.º 3302003.424 S3C3T2 Fl. 4 3 embarcação a que se refere este processo, não podendo subsistir mais de uma penalidade para o mesmo fato, conforme estabelece a legislação de regência. Assim, se infração houve, nesses casos só poderia ser aplicada multa uma única vez, consoante já decidiu a própria Receita Federal na Solução de Consulta Interna (SCI) n° 8, de 14/2/2008. Ao final a impugnante requer que seja cancelado o lançamento. A Turma Julgadora "a quo", por unanimidade de votos, julgou improcedente a impugnação apresentada pela Recorrente, mantendo integralmente o crédito constituído. Inconformada com o resultado do julgamento, a Recorrente interpôs Recurso Voluntário, reproduzindo os mesmos argumentos apresentados em sede de impugnação. É o relatório. Voto Conselheiro Ricardo Paulo Rosa, Relator O julgamento deste processo segue a sistemática dos recursos repetitivos, regulamentada pelo art. 47, §§ 1º e 2º, do RICARF, aprovado pela Portaria MF 343, de 09 de junho de 2015. Portanto, ao presente litígio aplicase o decidido no Acórdão 3302003.395, de 28 de setembro de 2016, proferido no julgamento do processo 10711.006561/201030, paradigma ao qual o presente processo foi vinculado. Transcrevese, como solução deste litígio, nos termos regimentais, o entendimento que prevaleceu naquela decisão (Acórdão 3302003.395): 1. Tempestividade O recurso voluntário é tempestivo e atende aos demais requisitos de admissibilidade, dele tomo conhecimento. 2. Preliminar 2.1 Duplicidade: Cobrança de múltiplas multas decorrente do mesmo fato gerador Em síntese apartada, alega a Recorrente que" O Auto de Infração tem objeto idêntico ao dos processos indicados em seu recurso voluntário, em que também é exigida multa pelo atraso na entrega de informação referente a carga transportada na mesma embarcação a que se refere este processo, não podendo subsistir mais de uma penalidade para o mesmo fato, conforme estabelece a legislação de regência. Assim, se infração houve, nesses casos só poderia ser aplicada multa uma única vez, consoante já decidiu a própria Receita Federal na Solução de Consulta Interna (SCI) n° 8, de 14/2/20081." 1 Trecho destacada no voto: Ora, o transportador que deixou de informar os dados de embarque de uma declaração de exportação e o que deixou de informar os dados de embarque sobre todas as declarações de exportação cometeram a mesma infração, ou seja, deixaram de cumpri a obrigação acessória de informar os dados de embarque. Nestes termos, a multa deve ser aplicada uma única vez por veículo transportador, pela omissão de não prestar as informações exigidas na forma e no prazo estipulados. Fl. 102DF CARF MF Impresso em 21/10/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 18/10/2016 por AREOVALDO MARIANO TAVARES, Assinado digitalmente em 21/10 /2016 por RICARDO PAULO ROSA Processo nº 10711.720905/201106 Acórdão n.º 3302003.424 S3C3T2 Fl. 5 4 Em relação ao primeiro ponto suscitado pela Recorrente, na parte em que ela afirma ser impossível existir mais de uma penalidade para o mesmo fato, a Delegacia da Receita Federal de Julgamento decidiu da seguinte forma: "No caso sob análise não houve uma infração. Examinandose as ocorrências citadas pela fiscalização, verificase que as multas aplicadas foram decorrentes de condutas similares, porém, relativas a fatos distintos. Sendo assim, não se pode afirmar sequer que as infrações são idênticas, uma vez que são diferente seus objetos materiais." Já em relação ao segundo ponto (aplicação da solução de consulta interna Cosit nº 8/2008), a fiscalização justificou seu afastamento com base nos seguintes argumentos. "Todavia, esse entendimento não é aplicável ao caso sob exame. As informações cujos atrasos na prestação deram ensejo ao lançamento são referentes a importação de mercadorias, enquanto a citada decisão soluciona consulta relativa à exportação. Cada um desses tipos de operações envolve peculiaridades próprias, especialmente no tocante ao controle administrativo, as quais se refletem na legislação regente e não podem ser desprezadas. O caso ora apreciado diz respeito à importação de cargas consolidadas, as quais são acobertadas por documentação própria, cujos dados devem ser informados de forma individualizada para a geração dos correspondentes conhecimentos eletrônicos (CE). Esses registros devem representar fielmente as correspondentes mercadorias, a fim de possibilitar à Aduana definir previamente o tratamento a ser adotado a cada caso, de forma a racionalizar procedimentos e agilizar o despacho aduaneiro. Nesses casos, não é viável estender a conclusão trazida na citada SCI, conforme se passa a demonstrar. Pois bem. Em que pese os argumentos explicitados pela Recorrente, fato é que não houve comprovação da existência de duplicidade de cobrança por parte da fiscalização, tampouco argumentos capazes de infirmar o lançamento fiscal ou contradizer os argumentos utilizados pela turma de origem que afirmou " que as multas aplicadas foram decorrentes de condutas similares, porém, relativas a fatos distintos". Sequer um demonstrativo analítico, com os registros relativos as operações tratadas em cada processo apontado no recurso foram produzidas pela Recorrente, em total desrespeito ao artigo 16, inciso III e §4º, do inciso V , do Decreto nº 70.235/72, bem como do artigo 373, inciso II, do Código de Processo Civil. Nestes termos, considerando que a Recorrente deixou inexplicavelmente de comprovar suas alegações, não há como acolher o pedido de nulidade do lançamento suscitado pela contribuinte, restando, assim, prejudicado a análise dos demais argumentos por ela suscitado. Fl. 103DF CARF MF Impresso em 21/10/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 18/10/2016 por AREOVALDO MARIANO TAVARES, Assinado digitalmente em 21/10 /2016 por RICARDO PAULO ROSA Processo nº 10711.720905/201106 Acórdão n.º 3302003.424 S3C3T2 Fl. 6 5 3. Mérito 3.1. Ilegalidade do Auto de Infração O presente processo administrativo diz respeito a exigência de multa regulamentar pela não prestação de informação sobre veículo ou carga transportada, ou sobre operações que executar, prevista no artigo 107, inciso IV, alínea "e", do DecretoLei º 37/66, com a redação dada pelo artigo 77 da Lei nº 10.833/2003, pelo fato da Recorrente ter prestado informações sobre a desconsolidação da carga fora do preceitos e prazos previstos nos artigo 22 e 50, da Instrução Normativa SRF nº 800/2007. Em sede Recursal a Recorrente alegou que "Conforme disposto no caput do art. 50 da IN RFB n° 800/2007, os prazos de antecedência para prestação de informações a Receita Federal entraram em vigor apenas em 1° de abril de 2009, estando a impugnante dispensada de tal obrigação por ocasião do fato que deu ensejo ao Auto de Infração. Tratandose de dispensa do cumprimento de obrigação acessória, a lei tributaria deve ser interpretada literalmente, consoante dispõe o art. 111 do Código Tributário Nacional". Como se vê, a multa sob análise foi aplicada com fundamento no artigo 107, inciso IV, alínea "e", do DecretoLei º 37/66, com a redação dada pelo artigo 77 da Lei nº 10.833/2003, que assim disciplina: Art. 107. Aplicamse ainda as seguintes multas: (Redação dada pela Lei nº 10.833, de 29.12.2003) (...) IV de R$ 5.000,00 (cinco mil reais): (Redação dada pela Lei nº 10.833, de 29.12.2003) (...) e) por deixar de prestar informação sobre veículo ou carga nele transportada, ou sobre as operações que execute, na forma e no prazo estabelecidos pela Secretaria da Receita Federal, aplicada à empresa de transporte internacional, inclusive a prestadora de serviços de transporte internacional expresso portaa porta, ou ao agente de carga; Do que se extrai do artigo 77 alhures, é que sua finalidade visa penalizar os contribuintes que descumprirem as obrigações acessórias, na forma e nos prazos instituídos pelo legislador e/ou pela Receita Federal, com aplicação de multa. Além disso, a obrigação do agente de carga de prestar as informações à Receita Federal do Brasil está prevista no artigo 37, §1º, do DecretoLei nº 37/66, com a redação dada pelo artigo 77, da Lei nº 10.833/2003, a saber: Art. 37. O transportador deve prestar à Secretaria da Receita Federal, na forma e no prazo por ela estabelecidos, as informações sobre as cargas transportadas, bem como sobre a chegada de veículo procedente do exterior ou a ele destinado. (Redação dada pela Lei nº 10.833, de 29.12.2003) Fl. 104DF CARF MF Impresso em 21/10/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 18/10/2016 por AREOVALDO MARIANO TAVARES, Assinado digitalmente em 21/10 /2016 por RICARDO PAULO ROSA Processo nº 10711.720905/201106 Acórdão n.º 3302003.424 S3C3T2 Fl. 7 6 § 1o O agente de carga, assim considerada qualquer pessoa que, em nome do importador ou do exportador, contrate o transporte de mercadoria, consolide ou desconsolide cargas e preste serviços conexos, e o operador portuário, também devem prestar as informações sobre as operações que executem e respectivas cargas. (Redação dada pela Lei nº 10.833, de 29.12.2003) Já no que tange ao prazo e forma para prestar informações à fiscalização, os artigo 22 e 50, da Instrução Normativa SRF nº 800/2007, assim dispõem: Art. 22. São os seguintes os prazos mínimos para a prestação das informações à RFB: I as relativas ao veículo e suas escalas, cinco dias antes da chegada da embarcação no porto; e II as correspondentes ao manifesto e seus CE, bem como para toda associação de CE a manifesto e de manifesto a escala: a) dezoito horas antes da saída da embarcação, para os manifestos de cargas estrangeiras com carregamento em porto nacional, exceto quando se tratar de granel; (Redação dada pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1473, de 02 de junho de 2014) b) cinco horas antes da saída da embarcação, para manifestos de cargas estrangeiras com carregamento em porto nacional, quando toda a carga for granel; (Redação dada pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1473, de 02 de junho de 2014) c) cinco (Revogado(a) pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1621, de 24 de fevereiro de 2016) d) quarenta e oito horas antes da chegada da embarcação, para os manifestos de cargas estrangeiras com descarregamento em porto nacional, ou que permaneçam a bordo; e (Redação dada pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1473, de 02 de junho de 2014) III as relativas à conclusão da desconsolidação, quarenta e oito horas antes da chegada da embarcação no porto de destino do conhecimento genérico. § 1o Os prazos estabelecidos neste artigo poderão ser reduzidos para rotas e prazos de exceção. § 2º As rotas de exceção e os correspondentes prazos para a prestação das informações sobre o veículo e suas cargas serão registrados no Siscomex Carga pela Coordenação Geral de Administração Aduaneira (Coana), a pedido da unidade da RFB com jurisdição sobre o porto de atracação, de forma a garantir a proporcionalidade do prazo em relação à proximidade do porto de procedência. Fl. 105DF CARF MF Impresso em 21/10/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 18/10/2016 por AREOVALDO MARIANO TAVARES, Assinado digitalmente em 21/10 /2016 por RICARDO PAULO ROSA Processo nº 10711.720905/201106 Acórdão n.º 3302003.424 S3C3T2 Fl. 8 7 (Redação dada pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1473, de 02 de junho de 2014) § 3o Os prazos e rotas de exceção em cada porto nacional poderão ser consultados pelo transportador. § 4º O prazo previsto no inciso I do caput reduzse a cinco horas, no caso de embarcação que não esteja transportando mercadoria sujeita a manifesto ou arribada. (Redação dada pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1473, de 02 de junho de 2014) § 5º Os CE de serviço informados até a atracação ou registro do passe de saída serão dispensados dos prazos de antecedência previstos nesta Instrução Normativa. (Incluído(a) pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1473, de 02 de junho de 2014) § 6º Para os manifestos de cargas nacionais, as informações a que se refere o inciso II do caput devem ser prestadas antes da solicitação do passe de saída. (Incluído(a) pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1621, de 24 de fevereiro de 2016) *** Art. 50. Os prazos de antecedência previstos no art. 22 desta Instrução Normativa somente serão obrigatórios a partir de 1º de abril de 2009. (Redação dada pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 899, de 29 de dezembro de 2008) Parágrafo único. O disposto no caput não exime o transportador da obrigação de prestar informações sobre: I a escala, com antecedência mínima de cinco horas, ressalvados prazos menores estabelecidos em rotas de exceção; e II as cargas transportadas, antes da atracação ou da desatracação da embarcação em porto no País. Com todo respeito aos argumentos tecidos pela Recorrente, entendo que razão não lhe assiste. Com efeito, os prazos mínimos de prestação de informações à Receita Federal do Brasil (vide artigo 22, da IN 800/2007 e IN 899/2008), passaram a ser obrigatórios a partir de 1º de abril de 2009, exceção feita as hipóteses dos incisos do artigo 50, a saber: (i) sobre a escala; e (ii) sobre as cargas transportadas, que permaneceram válidas e vigentes, produzindo seus efeitos legais e jurídicos. Ou seja, embora o prazo previsto no artigo 22 não se aplique a fatos ocorridos em data anterior a 1º de abril de 2009, a Recorrente deveria ter observado as demais obrigações previstas no parágrafo único do artigo 50, sob pena de ensejar a aplicação da multa em comento. Fl. 106DF CARF MF Impresso em 21/10/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 18/10/2016 por AREOVALDO MARIANO TAVARES, Assinado digitalmente em 21/10 /2016 por RICARDO PAULO ROSA Processo nº 10711.720905/201106 Acórdão n.º 3302003.424 S3C3T2 Fl. 9 8 Assim, considerando que a obrigação do agente de cargas de apresentar as informações antes da atracação da embarcação era obrigatória, entendo legítima a penalidade imposto à Recorrente. No mais, destacase que o artigo 37, §1º, do DecretoLei nº 37/66, com a redação dada pelo artigo 77, da Lei nº 10.833/2003 define, igualmente ao previsto no artigo 2º, da IN 800/20072, o agente de carga como sendo " qualquer pessoa que, em nome do importador ou do exportador, contrate o transporte de mercadoria, consolide ou desconsolide cargas e preste serviços conexos". Ou seja, referido dispositivo equipara o agente de carga ao transportar para efeitos de aplicação da multa em comento. Este destaque se faz necessário na medida em que a Recorrente suscitou a aplicação do artigo 110, do Código Tributário Nacional, arguindo que a fiscalização ao equiparar o agente de cargas ao transportador, para efeito da obrigação tributária acessória em apreço que no seu texto normativo prevê a obrigação somente ao transportar distorce conceitos de direito privado, o que é expressamente vedado pelo referido artigo. Cita a definição de "transportar" e "agente de cargas" do Dicionário Aurélio como fonte de direito privado. O artigo 110 do CTN prevê: A lei tributária não pode alterar a definição, o conteúdo e o alcance de institutos, conceitos e forma de direito privado, utilizados, expressa ou implicitamente, pela Constituição Federal, pelas Constituições dos Estados, ou pelas Leis Orgânicas do Distrito Federal ou do Municípios, para definir ou limitar competências tributária. Ao contrário do que explicitou a Recorrente, suas razões não merecem respaldo. A uma porque a definição de "transportar" e "agente de cargas" extraída do Dicionário Aurélio não é fonte de direito privado e, a duas porque a definição de "transportar" e "agente de cargas" não estão previstas na Constituição Federal, nas Constituições dos Estados, ou nas Leis Orgânicas do Distrito Federal ou do Municípios. Portanto, considerando que o Decreto 37/66 e a IN 800/2007 não alteraram definição prevista nos diplomas legais citados no artigo 110, do CTN, fica afastada a alegação da Recorrente neste ponto. Por fim, não vejo que o artigo 150, inciso III, da Constituição Federal tenha aplicabilidade ao presente caso, posto que referido dispositivo impede a cobrança de tributo antes da vigência da lei que os instituiu, ao que passo que no presente a discussão corresponde a aplicação de multa administrativa por descumprimento de obrigação acessória, institutos estes totalmente distintos e que não se confundem. O artigo 3º, do Código Tributário Nacional é claro ao definir tributo como sendo "toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituído em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada." 2 Art. 2o Para os efeitos desta Instrução Normativa definese como: § 1o Para os fins de que trata esta Instrução Normativa: IV o transportador classificase em: e) agente de carga, quando se tratar de consolidador ou desconsolidador nacional; Fl. 107DF CARF MF Impresso em 21/10/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 18/10/2016 por AREOVALDO MARIANO TAVARES, Assinado digitalmente em 21/10 /2016 por RICARDO PAULO ROSA Processo nº 10711.720905/201106 Acórdão n.º 3302003.424 S3C3T2 Fl. 10 9 Como se vê, o legislador ao estabelecer que tributo não constitui sanção de ato ilícito, faz a diferenciação fundamental entre tributo e multa, deixando cristalino que um não se confunde com o outro. Isso porque, tributo somente pode ter, por fato gerador, situação lícita, fato lícito, ao contrário da sanção, que por excelência tem o fato gerador proveniente de ato ilícito. Por todo exposto, rejeito a preliminar de nulidade e, no mérito, voto em negar provimento ao recurso voluntário. Aplicandose a decisão do paradigma ao presente processo, em razão da sistemática prevista nos §§ 1º e 2º do art. 47 do RICARF, rejeitase a preliminar de nulidade e, no mérito, negase provimento ao recurso voluntário. Ricardo Paulo Rosa Fl. 108DF CARF MF Impresso em 21/10/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 18/10/2016 por AREOVALDO MARIANO TAVARES, Assinado digitalmente em 21/10 /2016 por RICARDO PAULO ROSA
score : 1.0
Numero do processo: 10882.900908/2008-56
Turma: 3ª TURMA/CÂMARA SUPERIOR REC. FISCAIS
Câmara: 3ª SEÇÃO
Seção: Câmara Superior de Recursos Fiscais
Data da sessão: Tue Jun 07 00:00:00 UTC 2016
Data da publicação: Wed Aug 17 00:00:00 UTC 2016
Ementa: Assunto: Contribuição para o PIS/Pasep
Período de apuração: 01/11/2003 a 30/11/2003
PIS e COFINS. RECEITAS DE VENDAS A EMPRESAS SEDIADAS NA ZONA FRANCA DE MANAUS. INCIDÊNCIA.
Até julho de 2004 não existe norma que desonere as receitas provenientes de vendas a empresas sediadas na Zona Franca de Manaus das contribuições PIS e COFINS, a isso não bastando o art. 4º do Decreto-Lei nº 288/67.
Recurso Especial do Contribuinte Negado.
Numero da decisão: 9303-004.004
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do Colegiado, pelo voto de qualidade, negar provimento ao recurso especial. Vencidos os Conselheiros Vanessa Marini Cecconello, Tatiana Midori Migiyama, Demes Brito, Érika Costa Camargos Autran e Maria Teresa Martínez López, que davam provimento.
Carlos Alberto Freitas Barreto - Presidente e Relator
Participaram do presente julgamento os Conselheiros Henrique Pinheiro Torres, Tatiana Midori Migiyama, Júlio César Alves Ramos, Demes Brito, Gilson Macedo Rosenburg Filho, Érika Costa Camargos Autran, Rodrigo da Costa Pôssas, Vanessa Marini Cecconello, Maria Teresa Martínez López e Carlos Alberto Freitas Barreto.
Nome do relator: CARLOS ALBERTO FREITAS BARRETO
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Incidência sobre receitas de vendas a empresas sediadas na ZFM. Recorrente SHERWINWILLIAMS DO BRASIL INDUSTRIA E COMERCIO LTDA. Interessado FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS/PASEP Período de apuração: 01/11/2003 a 30/11/2003 PIS e COFINS. RECEITAS DE VENDAS A EMPRESAS SEDIADAS NA ZONA FRANCA DE MANAUS. INCIDÊNCIA. Até julho de 2004 não existe norma que desonere as receitas provenientes de vendas a empresas sediadas na Zona Franca de Manaus das contribuições PIS e COFINS, a isso não bastando o art. 4º do DecretoLei nº 288/67. Recurso Especial do Contribuinte Negado. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado, pelo voto de qualidade, negar provimento ao recurso especial. Vencidos os Conselheiros Vanessa Marini Cecconello, Tatiana Midori Migiyama, Demes Brito, Érika Costa Camargos Autran e Maria Teresa Martínez López, que davam provimento. Carlos Alberto Freitas Barreto Presidente e Relator Participaram do presente julgamento os Conselheiros Henrique Pinheiro Torres, Tatiana Midori Migiyama, Júlio César Alves Ramos, Demes Brito, Gilson Macedo Rosenburg Filho, Érika Costa Camargos Autran, Rodrigo da Costa Pôssas, Vanessa Marini Cecconello, Maria Teresa Martínez López e Carlos Alberto Freitas Barreto. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 88 2. 90 09 08 /2 00 8- 56 Fl. 164DF CARF MF Impresso em 17/08/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 16/08/2016 por CLEUZA TAKAFUJI, Assinado digitalmente em 16/08/2016 por CARLOS ALBERTO FREITAS BARRETO Processo nº 10882.900908/200856 Acórdão n.º 9303004.004 CSRFT3 Fl. 3 2 Relatório Tratase de recurso especial de divergência interposto pela contribuinte com fulcro nos artigos 64, inciso II e 67 e seguintes do Anexo II do Regimento Interno do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais RICARF, aprovado pela Portaria MF nº 256/09, meio pelo qual busca a reforma do Acórdão nº 3801004.969, que negou provimento ao recurso voluntário. Decidiu o colegiado a quo pela incidência das contribuições sobre as receitas oriundas de vendas a empresas sediadas na Zona Franca de Manaus, no período tratado neste processo. Cientificado do mencionado acórdão o sujeito passivo apresentou recurso especial suscitando divergência jurisprudencial quanto à isenção das contribuições sobre as receitas decorrentes de vendas de mercadorias e serviços para empresas com domicílio na Zona Franca de Manaus. O recurso foi admitido por intermédio de despacho do Presidente da Câmara recorrida, e a Fazenda Nacional apresentou contrarrazões. É o relatório, em síntese. Voto Carlos Alberto Freitas Barreto, Relator Este processo foi julgado na sistemática dos recursos repetitivos, regulamentada pelo art. 47, §§ 1º e 2º, do RICARF, aprovado pela Portaria MF 343, de 09 de junho de 2015. Portanto, ao presente litígio aplicase o decidido no Acórdão 9303003.934, de 07/06/2016, proferido no julgamento do processo 10650.902444/201141, paradigma ao qual o presente processo foi vinculado. Transcrevese, como solução deste litígio nos termos regimentais, o entendimento que prevaleceu naquela decisão (Acórdão 9303003.934): "A matéria, única, posta ao exame do colegiado não é nova. Com efeito, já tivemos oportunidade de nos pronunciar sobre ela em diversas ocasiões, tendo eu firmado convicção pela inaplicabilidade de qualquer medida desonerativa (seja isenção, imunidade ou alíquota zero) aos fatos geradores anteriores a julho de 2004. No relatório da Dra. Vanessa consta que o contribuinte aduziu em seu recurso: "que: (a) o DecretoLei nº 288/67 equipara os efeitos das operações de venda para a Zona Franca de Manaus às exportações para o estrangeiro, sendolhes aplicáveis as vantagens fiscais estabelecidas pela legislação para as exportações, nos termos do seu art. 4º; (b) o Superior Tribunal de Justiça pacificou o entendimento no sentido da não incidência de PIS sobre as receitas decorrentes das vendas para empresas sediadas na Zona Franca de Manaus; (c) o Supremo Tribunal Fl. 165DF CARF MF Impresso em 17/08/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 16/08/2016 por CLEUZA TAKAFUJI, Assinado digitalmente em 16/08/2016 por CARLOS ALBERTO FREITAS BARRETO Processo nº 10882.900908/200856 Acórdão n.º 9303004.004 CSRFT3 Fl. 4 3 Federal, ao proferir liminar na Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 2.3489, suspendeu a eficácia da expressão ‘na Zona Franca de Manaus’, contida no inciso I, do §2º do art. 14 da MP nº 2.03724/00, expressão suprimida do diploma legal pelo Poder Executivo ao editar, na mesma data, a MP nº 2.03725/2000; e, por fim, (d) não incide o PIS para os fatos geradores ocorridos em fevereiro de 2002, tendo em vista a revogação da expressão ‘na Zona Franca de Manaus’ do inciso I, §2º do art. 14 da MP nº 2.03725/2000 e a equiparação dos efeitos fiscais das vendas para a Zona Franca de Manaus às exportações para o exterior". Consideroos todos abarcados no voto que segue, proferido em sessão de 2011, no qual enfrentei ainda outros argumentos. Reconheço haver decisões do STJ em sentido oposto, mas, como nenhuma delas cumpre os requisitos do art. 62 do atual regimento interno desta Casa, peço vênia para continuar teimando. Disseo eu naquela ocasião: Vale iniciálo reenunciando o criativo entendimento da recorrente: a) não há necessidade de previsão legal expressa concessiva da isenção porque o decretolei 288 e o Ato Complementar 35/67 bastam; b) deferida isenção para exportações em geral, a vendas à ZFM está imediata e automaticamente estendida; c) tendo o Ato Complementar à Constituição de 67 a natureza de lei complementar, como pacificado em nossos Tribunais,. nenhuma lei ordinária o poderia revogar; d) a “revogação” pretendida somente vigorou entre ___ e ___, sendo de rigor reconhecer a isenção, ao menos, nos períodos anterior e posterior. Ainda que criativo, o raciocínio desenvolvido na defesa não merece prosperar cabendo a manutenção da decisão recorrida pelos motivos que se expõem em seguida. Em primeiro lugar, a premissa de que o decretolei 288 teria assegurado que todo e qualquer incentivo direcionado a promover as exportações deveria, imediata e automaticamente, ser estendido à Zona Franca de Manaus não resiste sequer ao primeiro dos métodos interpretativos consagradamente admitidos: a literalidade. É que tal extensão somente caberia se o citado decreto tivesse afirmado que as remessas de produtos para a Zona Franca de Manaus são exportação. Nesse caso, a equiparação valeria mesmo para outros efeitos, não fiscais. Poderia, para o que interessa, restringila a “todos os efeitos fiscais”. Se o tivesse feito, dúvida não haveria de que qualquer mudança posterior na legislação que viesse a afetar as exportações, no que tange a tributos, afetaria do mesmo modo e na mesma medida aquela zona. Fl. 166DF CARF MF Impresso em 17/08/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 16/08/2016 por CLEUZA TAKAFUJI, Assinado digitalmente em 16/08/2016 por CARLOS ALBERTO FREITAS BARRETO Processo nº 10882.900908/200856 Acórdão n.º 9303004.004 CSRFT3 Fl. 5 4 Mas já foi repetidamente assinalado que o artigo 4º daquele ato legal, embora traga de fato a expressão acima, apôs a ressalva “constantes da legislação em vigor”. Não vejo como essa restrição possa ser entendida de modo diverso do que tem sido interpretado pela Administração: apenas os incentivos às exportações que já vigiam em 1 de fevereiro de 1967 estavam “automaticamente” estendidos à ZFM por força desse comando. E ponho a palavra entre aspas porque nem mesmo o Poder Executivo – e vale assinalar que estamos falando de um período de exceção, em que o Poder executivo quase tudo podia – pareceu estar tão seguro desse automatismo, visto que fez editar, na mesma data, o Ato Complementar 35, cujo artigo 7º assegurou aquela extensão ao ICM. Aliás, da interpretação dada pela recorrente a este último ato também divergimos. Deveras, pretende ela que ele teria alçado ao patamar de lei complementar a equiparação já prevista no decretolei. A meu ver, porém, tudo o que faz é definir com maior precisão o que se entende por produtos industrializados para efeito da não incidência de ICM nas exportações já prevista na Constituição de 67. Defineos no parágrafo 1º, recorrendo à tabela do então criado imposto sobre produtos industrializados (tabela anexa à Lei 4.502). No parágrafo segundo, estende, também para efeito de ICM, aquela imunidade às vendas a zonas francas. Essa interpretação me parece forçosa quando se sabe que, segundo a boa técnica legislativa, os parágrafos de um dado artigo não acrescentam matéria ao disposto no caput, apenas esclarecem sobre o alcance daquela matéria. E ao esclarecer podem impor uma definição restritiva, como no parágrafo primeiro, ou extensiva, como no segundo. O que não pode um simples parágrafo é tratar de matéria que não esteja contida no caput e nos seus incisos. E não parece haver dúvida de que aí apenas se cuida da imunidade do ICM. Assim, o ato legal nem previu imunidade genérica, nem estendeu ao IPI a imunidade do ICM, como afirma a empresa. Ora, se a previsão do decretolei deveria alcançar “todos os efeitos fiscais” e já havia previsão de imunidade de ICM sobre produtos industrializados, para que tal parágrafo no ato complementar? Há, contudo, razões mais profundas do que a mera literalidade. É que a zona franca de Manaus não é meramente uma área livre de restrições aduaneiras, característica das chamadas zonas francas comerciais. O que se buscou com a sua criação foi induzir a instalação naquele distante rincão nacional de empresas de caráter industrial, que gerassem emprego e renda para a região Norte. Para tanto, definiuse um conjunto de incentivos fiscais que, à época de sua criação, seria suficiente, no entender dos seus formuladores, para gerar aquela atração. Tais incentivos, e apenas eles, configuram diferenciação em favor dos produtos importados e industrializados naquela área. Fl. 167DF CARF MF Impresso em 17/08/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 16/08/2016 por CLEUZA TAKAFUJI, Assinado digitalmente em 16/08/2016 por CARLOS ALBERTO FREITAS BARRETO Processo nº 10882.900908/200856 Acórdão n.º 9303004.004 CSRFT3 Fl. 6 5 Foi essa diferença tributária que induziu a criação do parque industrial que ali se veio a instalar e, assim, é apenas a retirada de algum daqueles incentivos que pode ser taxada de “quebra de contrato”. A contrário senso, novos incentivos fiscais que se venham a instituir podem ou não ser a ela estendidos conforme entenda útil o legislador por ocasião de sua instituição. Isso não se dá automaticamente com os incentivos genéricos à exportação cujo objetivo comum tem sido a geração das divisas imprescindíveis ao pagamento dos compromissos internacionais durante tanto tempo somente alcançáveis por meio das exportações. Por óbvio, a ninguém escapa que vendas à ZFM não geram divisas. Diferentes, pois, os objetivos, nenhum automatismo se justifica. Prova desse raciocínio é que dois anos apenas após a criação da ZFM, inventaram os “legisladores executivos” de então novo incentivo à exportação, o malsinado “crédito prêmio” posteriormente tão combatido nos acordos de livre comércio a que o País aderia. Sua legislação expressamente incluiu a Zona Franca. Fêlo, no entanto, apenas para os casos em que, após serem “exportados” para lá, fossem dali efetivamente exportados para o exterior (“reexportados”, na linguagem do declei). Em outras palavras, já em 1969 dava o executivo provas de que aquela extensão nem era automática, nem tinha que se dar sem qualquer restrição. Logo, ainda que se avance na interpretação da norma, ultrapassando o método literal e adentrandose o histórico e o teleológico, se chega à mesma conclusão: o decretolei 288 apenas determinou a adoção dos incentivos fiscais à exportação já existentes e acresceu incentivos específicos voltados a promover o desenvolvimento da região menos densamente povoada de nosso território. Nessa linha de raciocínio, portanto, há de se buscar na legislação específica do PIS e da COFINS, tributos somente instituídos após a criação da ZFM, dispositivo que preveja alguma forma de desoneração nas vendas àquela região, seja a não incidência, alíquota zero ou isenção. E não se precisa ir longe para ver que ela somente começa a existir em 2004, com a edição da Medida Provisória 202. De fato, a “exclusão das receitas de exportação” da base de cálculo do PIS tratada na Lei 7.714 e a isenção da COFINS sobre receitas de exportação prevista na Lei Complementar 70 e objeto da Lei complementar 85 não incluíram expressamente as vendas à ZFM ainda que tenham estendido o benefício a outras operações equiparadas a exportação. Um exame cuidadoso dessas extensões vai revelar o que se disse acima: todas elas geram, imediata ou mediatamente, divisas internacionais. A conclusão que se impõe, assim, é que não havia, até o surgimento da Medida Provisória 1.858 qualquer benefício fiscal Fl. 168DF CARF MF Impresso em 17/08/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 16/08/2016 por CLEUZA TAKAFUJI, Assinado digitalmente em 16/08/2016 por CARLOS ALBERTO FREITAS BARRETO Processo nº 10882.900908/200856 Acórdão n.º 9303004.004 CSRFT3 Fl. 7 6 que desonerasse de PIS e de COFINS as receitas obtidas com a venda de produtos para empresas sediadas na ZFM. É certo que esse entendimento não era uníssono, muita peleja tendo se travado entre o fisco e os contribuintes que pretendiam estarem tais vendas amparadas pelos atos legais mencionados. E essas divergências somente se agravaram com a edição da MP, cuja redação padece de diversas inconsistências. Com efeito, tal MP, que revogou a Lei 7.714 e a Lei Complementar 85, disciplinando por completo a isenção das duas contribuições nas operações de exportação trouxe dispositivo expresso “excluindo” as vendas à ZFM. Isso, por óbvio, aguçou a interpretação de que já havia dispositivo isentivo e que esse dispositivo estava sendo agora revogado. Defendo que não, embora seja forçoso reconhecer que o dispositivo apenas criou desnecessário imbróglio. Com efeito, ouso divergir da conclusão exposta no Parecer PFGN 1789 no sentido de que tal ressalva se destinava apenas aos comandos insertos nos incisos IV, VI, VIII e IX. A razão para tanto é que aí ventilamse hipóteses intrinsecamente ligadas ao objetivo que o ato pretende incentivar: vendas para o exterior que trazem divisas para o país. Refirome aos incisos VIII (vendas com o fim de exportação a trading companies e demais empresas exportadoras) bem como o fornecimento de bordo a embarcações em tráfego internacional (ship’s Chandler). Além disso, a interpretação não apenas retira um incentivo, ela pressupõe um desincentivo: qualquer trading do decretolei 1.248/72, exportadora inscrita na SECEX ou ship’s Chandler instalada em outro ponto do território nacional terá vantagem em relação à que ali se instale. Não faz sentido tal discriminação contra a ZFM. A interpretação dada pela douta PGFN parece buscar um sentido para o comando do parágrafo de modo a não tornálo redundante. Fêlo, todavia, da pior forma, a meu sentir, pois fixouse no método literal esquecendose de considerar o motivo da norma. Realmente, uma cuidadosa leitura do parecer permite ler o artigo, com o respectivo parágrafo segundo, da seguinte forma: há isenção quando se vende com o fim específico de exportação, desde que a empresa compradora (trading ou simples exportadora inscrita na SECEX) NÃO esteja situada na ZFM. Com a exclusão do parágrafo: há isenção quando se vende com o fim específico de exportação, mesmo que a empresa compradora (trading ou simples exportadora inscrita na SECEX) esteja situada na ZFM. Ora, o objeto da isenção versada nesses dispositivos nada tem a ver com a localização da compradora mas com o que ela faz. É a atividade (exportação com conseqüente ingresso de divisas) que se quer incentivar. O que se tem de decidir é se a mera venda à ZFM, que não gera divisa nenhuma, deve a isso ser equiparado. Foi isso, em meu entender, que o parágrafo quis dizer: não é o que o Parecer da PGFN consegue nele ler. Fl. 169DF CARF MF Impresso em 17/08/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 16/08/2016 por CLEUZA TAKAFUJI, Assinado digitalmente em 16/08/2016 por CARLOS ALBERTO FREITAS BARRETO Processo nº 10882.900908/200856 Acórdão n.º 9303004.004 CSRFT3 Fl. 8 7 Em conseqüência desse parecer, surgem decisões como as que ora se examinam: o pedido tinha a ver com venda a ZFM. A decisão abre a possibilidade de que tenha mesmo havido recolhimento indevido, mas por motivo completamente diverso. E mais, atribui ao contribuinte a prova dessa outra circunstância, que não motivara o seu pedido. Nonsense completo. Esse meu reconhecimento implica aceitar que o malsinado parágrafo estava sim se referindo, genericamente, às vendas à ZFM, ou, mais claramente, está ele a dizer que, para efeito do incentivo de PIS e COFINS, a mera venda a empresa sediada na ZFM não se equipara à exportação de que cuida o inciso II do ato legal em discussão. Mas, ao fazêlo, não está revogando dispositivo isentivo anterior: está simplesmente cumprindo o seu papel esclarecedor, ainda que nesse caso melhor fosse nada ter tentado esclarecer... Aliás, idêntico dispositivo esclarecedor poderia ter estado presente na LC 85 e na Lei 7.714 como já estivera no decretolei 491. Com isso, muita discussão travada administrativamente teria sido evitada ou transferida para o Judiciário. É a ausência de tal dispositivo e sua presença na nova lei que cria o imbróglio. Ele não leva, contudo, em minha opinião, à interpretação simplória de que tal ausência implicasse haver isenção. Para isso, primeiro, se tem de admitir que basta o Decretolei 288. Essa interpretação, pareceme, está em maior consonância com o espírito legisferante, pois não faz sentido considerar que uma norma que procura incentivar as exportações tenha instituído uma discriminação contra uma região (região, aliás, que sempre se procurou incentivar) em operações que produzem o mesmo resultado: a geração de divisas internacionais. A minha conclusão é, assim, de que mesmo entre 1º de fevereiro de 1999 e 31 de dezembro de 2000 há, sim, isenção das contribuições naquelas hipóteses, ainda que a empresa esteja situada na ZFM. Em outras palavras, a localização da empresa não é impeditivo à fruição do incentivo à exportação, desde que cumprido o que está previsto naqueles incisos. Mas tampouco há isenção APENAS PORQUE A COMPRADORA LÁ ESTEJA. Nos recursos ora em exame, esse foi o fundamento do pedido e a ele deveria terse restringido a DRJ. Nesses termos, só causa mais imbróglio a afirmação constante no acórdão recorrido de que “haveria direito” no período de 1º de janeiro de 2001 a julho de 2004 mas não estava ele adequadamente comprovado. Simplesmente não há o direito na forma requerida. E por isso mesmo não cabe a pretensão do contribuinte de que a Administração adapte o seu pedido fazendo as pesquisas internas que permitam apurar se alguma das empresas por ele listadas na planilha referida se enquadra naquelas disposições. Fl. 170DF CARF MF Impresso em 17/08/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 16/08/2016 por CLEUZA TAKAFUJI, Assinado digitalmente em 16/08/2016 por CARLOS ALBERTO FREITAS BARRETO Processo nº 10882.900908/200856 Acórdão n.º 9303004.004 CSRFT3 Fl. 9 8 O máximo que se poderia admitir, dado o teor da decisão, era que, em grau de recurso, trouxesse a empresa tal prova. Não o fez, porém, limitandose a postular a nulidade da decisão porque não determinou aquelas diligências. Não sendo obrigatória a realização de diligências, como se sabe (art. __ do Decreto 70.235), sua ausência não acarreta nulidade da decisão proferida por quem legalmente competente para tal. Cabe sim manter aquela decisão dado que o contribuinte não comprovou o seu direito como lhe exigem o Decreto 70.235, a Lei 9.784 e o próprio Código Civil (art. 333). Com tais considerações, nego provimento ao recurso do contribuinte. Com essas mesmas considerações, votei, também aqui, pelo não provimento do recurso do contribuinte, sendo esse o acórdão que me coube redigir." Aplicandose as razões de decidir, o voto e o resultado acima do processo paradigma ao presente processo, em razão da sistemática prevista nos §§ 1º e 2º do art. 47 do RICARF, negase provimento ao recurso especial do contribuinte, em razão da incidência das contribuições sobre as receitas oriundas de vendas efetuadas a empresas sediadas na Zona Franca de Manaus, no período tratado neste processo. Carlos Alberto Freitas Barreto Fl. 171DF CARF MF Impresso em 17/08/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 16/08/2016 por CLEUZA TAKAFUJI, Assinado digitalmente em 16/08/2016 por CARLOS ALBERTO FREITAS BARRETO
score : 1.0
Numero do processo: 10830.907405/2011-12
Turma: Segunda Turma Especial da Terceira Seção
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Wed Apr 23 00:00:00 UTC 2014
Data da publicação: Fri Dec 30 00:00:00 UTC 2016
Ementa: Assunto: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins
Ano-calendário: 2006
COFINS. ICMS. EXCLUSÃO. BASE DE CÁLCULO. AUSÊNCIA DE PREVISÃO LEGAL. DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE. INCOMPETÊNCIA DO CARF. SÚMULA Nº 02.
A exclusão do Icms da base de cálculo do PIS/Pasep e a Cofins, de acordo com a legislação vigente (Lei nº 10.833/200 e, art. 1º, § 3º, III; Lei nº 9.718/1998, art. 3º, § 2º, Lei nº 9.715/1998, art. 3º, parágrafo único; Lei nº 10.637/2002, art. 1º, § 3º, II), somente é autorizada no regime de substituição tributária (Icms_ST). Nos demais casos, pressupõe o reconhecimento da inconstitucionalidade da incidência, matéria que, como se sabe, é objeto da Ação Direta de Constitucionalidade (ADC) nº 14, no Supremo Tribunal Federal. Antes do julgamento desta, não há como se afastar a inclusão do Icms na base de cálculo da Cofins e do PIS/Pasep, pela falta de previsão legal e, nos termos da Súmula CARF nº 02, pela incompetência do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais para declarar a inconstitucionalidade de atos normativos fora das hipóteses previstas no art. 62 do Regimento Interno.
Recurso Voluntário Negado.
Numero da decisão: 3802-002.925
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso, nos termos do voto do relator.
assinado digitalmente
RODRIGO DA COSTA PÔSSAS- Presidente.
assinado digitalmente
PAULO ROBERTO DUARTE MOREIRA - Redator ad hoc.
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Mércia Helena Trajano Damorim, Francisco José Barroso Rios, Solon Sehn, Waldir Navarro Bezerra, Bruno Mauricio Macedo Curi e Cláudio Augusto Gonçalves Pereira.
Nome do relator: Relator
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ementa_s : Assunto: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins Ano-calendário: 2006 COFINS. ICMS. EXCLUSÃO. BASE DE CÁLCULO. AUSÊNCIA DE PREVISÃO LEGAL. DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE. INCOMPETÊNCIA DO CARF. SÚMULA Nº 02. A exclusão do Icms da base de cálculo do PIS/Pasep e a Cofins, de acordo com a legislação vigente (Lei nº 10.833/200 e, art. 1º, § 3º, III; Lei nº 9.718/1998, art. 3º, § 2º, Lei nº 9.715/1998, art. 3º, parágrafo único; Lei nº 10.637/2002, art. 1º, § 3º, II), somente é autorizada no regime de substituição tributária (Icms_ST). Nos demais casos, pressupõe o reconhecimento da inconstitucionalidade da incidência, matéria que, como se sabe, é objeto da Ação Direta de Constitucionalidade (ADC) nº 14, no Supremo Tribunal Federal. Antes do julgamento desta, não há como se afastar a inclusão do Icms na base de cálculo da Cofins e do PIS/Pasep, pela falta de previsão legal e, nos termos da Súmula CARF nº 02, pela incompetência do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais para declarar a inconstitucionalidade de atos normativos fora das hipóteses previstas no art. 62 do Regimento Interno. Recurso Voluntário Negado.
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decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso, nos termos do voto do relator. assinado digitalmente RODRIGO DA COSTA PÔSSAS- Presidente. assinado digitalmente PAULO ROBERTO DUARTE MOREIRA - Redator ad hoc. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Mércia Helena Trajano Damorim, Francisco José Barroso Rios, Solon Sehn, Waldir Navarro Bezerra, Bruno Mauricio Macedo Curi e Cláudio Augusto Gonçalves Pereira.
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Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL COFINS Anocalendário: 2006 COFINS. ICMS. EXCLUSÃO. BASE DE CÁLCULO. AUSÊNCIA DE PREVISÃO LEGAL. DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE. INCOMPETÊNCIA DO CARF. SÚMULA Nº 02. A exclusão do Icms da base de cálculo do PIS/Pasep e a Cofins, de acordo com a legislação vigente (Lei nº 10.833/200 e, art. 1º, § 3º, III; Lei nº 9.718/1998, art. 3º, § 2º, Lei nº 9.715/1998, art. 3º, parágrafo único; Lei nº 10.637/2002, art. 1º, § 3º, II), somente é autorizada no regime de substituição tributária (Icms_ST). Nos demais casos, pressupõe o reconhecimento da inconstitucionalidade da incidência, matéria que, como se sabe, é objeto da Ação Direta de Constitucionalidade (ADC) nº 14, no Supremo Tribunal Federal. Antes do julgamento desta, não há como se afastar a inclusão do Icms na base de cálculo da Cofins e do PIS/Pasep, pela falta de previsão legal e, nos termos da Súmula CARF nº 02, pela incompetência do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais para declarar a inconstitucionalidade de atos normativos fora das hipóteses previstas no art. 62 do Regimento Interno. Recurso Voluntário Negado. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso, nos termos do voto do relator. assinado digitalmente RODRIGO DA COSTA PÔSSAS Presidente. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 83 0. 90 74 05 /2 01 1- 12 Fl. 87DF CARF MF Processo nº 10830.907405/201112 Acórdão n.º 3802002.925 S3TE02 Fl. 3 2 assinado digitalmente PAULO ROBERTO DUARTE MOREIRA Redator ad hoc. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Mércia Helena Trajano Damorim, Francisco José Barroso Rios, Solon Sehn, Waldir Navarro Bezerra, Bruno Mauricio Macedo Curi e Cláudio Augusto Gonçalves Pereira. Relatório Tratase de recurso voluntário interposto em face de decisão da 2a Turma da Delegacia da Receita Federal de Julgamento em Belo Horizonte/MG, que julgou improcedente a manifestação de inconformidade apresentada pelo Recorrente, assentada nos fundamentos resumidos na ementa a seguir transcrita: ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL COFINS Anocalendário:2006 PAGAMENTO INDEVIDO OU A MAIOR. CRÉDITO NÃO COMPROVADO. Na falta de comprovação do pagamento indevido ou a maior, não há que se falar de crédito passível de compensação. Manifestação de Inconformidade Improcedente Direito Creditório Não Reconhecido O interessado apresentou o PER/Dcomp (Pedido Eletrônico de Restituição, Ressarcimento ou Reembolso e Declaração de Compensação), sem retificar a DCTF (Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais). Tal fato fez com que o pagamento continuasse atrelado à quitação do débito originário, inviabilizando a homologação da compensação. Em sede de manifestação de inconformidade, o Recorrente alegou que o crédito seria decorrente do recolhimento indevido de PIS/Pasep e de Cofins, resultante da inclusão do ICMS na base de cálculo das contribuições. Sustentou ainda que, em se tratando de receita tributária dos Estados da Federação, o referido imposto não faria parte da receita auferida pela empresa. Aduz que a manutenção do imposto na base de cálculo da contribuição afrontaria os arts. 146, III, da Constituição e art. 110 do Código Tributário Nacional. A Recorrente, nas razões de fls. 59 e ss., reitera os argumentos apresentados na manifestação de inconformidade, requerendo a reforma da decisão recorrida. É o relatório. Voto Conselheiro Paulo Roberto Duarte Moreira, redator ad hoc Fl. 88DF CARF MF Processo nº 10830.907405/201112 Acórdão n.º 3802002.925 S3TE02 Fl. 4 3 Por intermédio do Despacho de fl. 86, nos termos do art. 17, III, do Regimento Interno do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais – RICARF, aprovado pela Portaria MF 343, de 09 de junho de 2015, incumbiume o Presidente Substituto da Segunda Câmara da Terceira Seção do CARF a formalizar o presente acórdão. Ressaltese que o relator original, por equívoco, juntou aos autos decisão relativa a outro processo, julgado na mesma sessão que o presente. Contudo, em virtude de sua renúncia ao mandato, não foi possível concluir a formalização da decisão destes autos. Desta forma, adotase, em linhas gerais, o voto proferido no processo 10830.907397/201112 (fls. 75 a 77), com as adaptações necessárias à situação deste processo. O sujeito passivo teve ciência da decisão no dia 09/10/2013 (fls. 68), interpondo recurso tempestivo em 12/11/2013 (fls. 59). Assim, presentes os demais requisitos de admissibilidade do Decreto no 70.235/1972, o mesmo pode ser conhecido. Antes do julgamento da referida ADC, não há como se afastar a inclusão do Icms na base de cálculo da Cofins e do PIS/Pasep, pela falta de previsão legal e, nos termos da Súmula CARF n° 02, pela incompetência do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais para declarar a inconstitucionalidade de atos normativos fora das hipóteses previstas no art. 62 do Regimento Interno: Súmula Carf n° 2: O CARF não é competente para se pronunciar sobre a inconstitucionalidade de lei tributária. Art. 62. Fica vedado aos membros das turmas de julgamento do CARF afastar a aplicação ou deixar de observar tratado, acordo internacional, lei ou decreto, sob fundamento de inconstitucionalidade. Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica aos casos de tratado, acordo internacional, lei ou ato normativo: I que já tenha sido declarado inconstitucional por decisão plenária definitiva do Supremo Tribunal Federal; ou II que fundamente crédito tributário objeto de: a) dispensa legal de constituição ou de ato declaratório do ProcuradorGeral da Fazenda Nacional, na forma dos arts. 18 e 19 da Lei n° 10.522, de 19 de julho de 2002; b) súmula da AdvocaciaGeral da União, na forma do art. 43 da Lei Complementar n° 73, de 1993; ou c) parecer do AdvogadoGeral da União aprovado pelo Presidente da República, na forma do art. 40 da Lei Complementar n° 73, de 1993. Com base nesses fundamentos, o relator original negou provimento ao recurso voluntário, sendo acompanhado pelos demais integrantes do Colegiado. assinado digitalmente Paulo Roberto Duarte Moreira redator ad hoc Fl. 89DF CARF MF Processo nº 10830.907405/201112 Acórdão n.º 3802002.925 S3TE02 Fl. 5 4 Fl. 90DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 13955.000023/2002-57
Turma: Primeira Turma Ordinária da Segunda Câmara da Terceira Seção
Câmara: Segunda Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Wed Jul 20 00:00:00 UTC 2016
Data da publicação: Mon Sep 05 00:00:00 UTC 2016
Ementa: Assunto: Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI
Período de apuração: 01/01/1998 a 31/12/1998
CRÉDITO PRESUMIDO. BASE DE CÁLCULO. INSUMOS ADQUIRIDOS DE PESSOAS FÍSICAS E DE COOPERATIVAS.
O cálculo do crédito presumido de IPI deve considerar os valores referentes às aquisições de cooperativas e pessoas físicas. Entendimento obrigatório em razão do disposto no Art. 62-A do RICARF em conjunto com a decisão em sede de recurso repetitivo do STJ em RE n.º 993.164/MG.
CRÉDITO PRESUMIDO. BASE DE CÁLCULO. AQUISIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA E DE ÓLEO E COMBUSTÍVEL.
Conforme a Súmula 19 do CARF, energia elétrica e óleo para combustível não podem ser computados na apuração da base de cálculo do incentivo fiscal.
CRÉDITO PRESUMIDO. BASE DE CÁLCULO. CUSTOS DE FRETE. NÃO COMPROVAÇÃO.
Para se permitir a formação do cálculo do crédito presumido de IPI e a inclusão dos gastos com fretes pagos e destacados nas notas fiscais por ocasião de insumos utilizados no processo produtivo, o frete deve ser comprovado. Não comprovados os fretes, não há crédito.
CRÉDITO PRESUMIDO. RECEITA DE EXPORTAÇÃO. COMPROVAÇÃO.
Podem ser computadas como receita de exportação os valores das notas fiscais de venda para exportação.
CRÉDITO PRESUMIDO. RESSARCIMENTO. JUROS DE MORA. TAXA SELIC.
É cabível a concessão do estimulo fiscal acrescido de juros de mora pela taxa Selic conforme Súmula 411 do STJ.
Numero da decisão: 3201-002.252
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em dar provimento parcial ao Recurso Voluntário. Declarou-se impedida a Conselheira Tatiana Josefovicz Belisário. Ausente, justificadamente, os Conselheiros Ana Clarissa Masuko dos Santos Araújo e Charles Mayer de Castro Souza.
(assinado digitalmente)
WINDERLEY MORAIS PEREIRA- Presidente.
(assinado digitalmente)
PEDRO RINALDI DE OLIVEIRA LIMA - Relator.
EDITADO EM: 09/08/2016
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: WINDERLEY MORAIS PEREIRA (Presidente), PAULO ROBERTO DUARTE MOREIRA, JOSE LUIZ FEISTAUER DE OLIVEIRA, MERCIA HELENA TRAJANO DAMORIM, CASSIO SCHAPPO, PEDRO RINALDI DE OLIVEIRA LIMA, TATIANA JOSEFOVICZ BELISARIO, JORGE RUBEM FOLENA DE OLIVEIRA.
Nome do relator: PEDRO RINALDI DE OLIVEIRA LIMA
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ementa_s : Assunto: Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI Período de apuração: 01/01/1998 a 31/12/1998 CRÉDITO PRESUMIDO. BASE DE CÁLCULO. INSUMOS ADQUIRIDOS DE PESSOAS FÍSICAS E DE COOPERATIVAS. O cálculo do crédito presumido de IPI deve considerar os valores referentes às aquisições de cooperativas e pessoas físicas. Entendimento obrigatório em razão do disposto no Art. 62-A do RICARF em conjunto com a decisão em sede de recurso repetitivo do STJ em RE n.º 993.164/MG. CRÉDITO PRESUMIDO. BASE DE CÁLCULO. AQUISIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA E DE ÓLEO E COMBUSTÍVEL. Conforme a Súmula 19 do CARF, energia elétrica e óleo para combustível não podem ser computados na apuração da base de cálculo do incentivo fiscal. CRÉDITO PRESUMIDO. BASE DE CÁLCULO. CUSTOS DE FRETE. NÃO COMPROVAÇÃO. Para se permitir a formação do cálculo do crédito presumido de IPI e a inclusão dos gastos com fretes pagos e destacados nas notas fiscais por ocasião de insumos utilizados no processo produtivo, o frete deve ser comprovado. Não comprovados os fretes, não há crédito. CRÉDITO PRESUMIDO. RECEITA DE EXPORTAÇÃO. COMPROVAÇÃO. Podem ser computadas como receita de exportação os valores das notas fiscais de venda para exportação. CRÉDITO PRESUMIDO. RESSARCIMENTO. JUROS DE MORA. TAXA SELIC. É cabível a concessão do estimulo fiscal acrescido de juros de mora pela taxa Selic conforme Súmula 411 do STJ.
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decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em dar provimento parcial ao Recurso Voluntário. Declarou-se impedida a Conselheira Tatiana Josefovicz Belisário. Ausente, justificadamente, os Conselheiros Ana Clarissa Masuko dos Santos Araújo e Charles Mayer de Castro Souza. (assinado digitalmente) WINDERLEY MORAIS PEREIRA- Presidente. (assinado digitalmente) PEDRO RINALDI DE OLIVEIRA LIMA - Relator. EDITADO EM: 09/08/2016 Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: WINDERLEY MORAIS PEREIRA (Presidente), PAULO ROBERTO DUARTE MOREIRA, JOSE LUIZ FEISTAUER DE OLIVEIRA, MERCIA HELENA TRAJANO DAMORIM, CASSIO SCHAPPO, PEDRO RINALDI DE OLIVEIRA LIMA, TATIANA JOSEFOVICZ BELISARIO, JORGE RUBEM FOLENA DE OLIVEIRA.
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BASE DE CÁLCULO. INSUMOS ADQUIRIDOS DE PESSOAS FÍSICAS E DE COOPERATIVAS. O cálculo do crédito presumido de IPI deve considerar os valores referentes às aquisições de cooperativas e pessoas físicas. Entendimento obrigatório em razão do disposto no Art. 62A do RICARF em conjunto com a decisão em sede de recurso repetitivo do STJ em RE n.º 993.164/MG. CRÉDITO PRESUMIDO. BASE DE CÁLCULO. AQUISIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA E DE ÓLEO E COMBUSTÍVEL. Conforme a Súmula 19 do CARF, energia elétrica e óleo para combustível não podem ser computados na apuração da base de cálculo do incentivo fiscal. CRÉDITO PRESUMIDO. BASE DE CÁLCULO. CUSTOS DE FRETE. NÃO COMPROVAÇÃO. Para se permitir a formação do cálculo do crédito presumido de IPI e a inclusão dos gastos com fretes pagos e destacados nas notas fiscais por ocasião de insumos utilizados no processo produtivo, o frete deve ser comprovado. Não comprovados os fretes, não há crédito. CRÉDITO PRESUMIDO. RECEITA DE EXPORTAÇÃO. COMPROVAÇÃO. Podem ser computadas como receita de exportação os valores das notas fiscais de venda para exportação. CRÉDITO PRESUMIDO. RESSARCIMENTO. JUROS DE MORA. TAXA SELIC. É cabível a concessão do estimulo fiscal acrescido de juros de mora pela taxa Selic conforme Súmula 411 do STJ. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 13 95 5. 00 00 23 /2 00 2- 57 Fl. 912DF CARF MF Impresso em 05/09/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 09/08/2016 por PEDRO RINALDI DE OLIVEIRA LIMA, Assinado digitalmente em 09/08/2016 por PEDRO RINALDI DE OLIVEIRA LIMA, Assinado digitalmente em 05/09/2016 por WINDERLEY MOR AIS PEREIRA 2 Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em dar provimento parcial ao Recurso Voluntário. Declarouse impedida a Conselheira Tatiana Josefovicz Belisário. Ausente, justificadamente, os Conselheiros Ana Clarissa Masuko dos Santos Araújo e Charles Mayer de Castro Souza. (assinado digitalmente) WINDERLEY MORAIS PEREIRA Presidente. (assinado digitalmente) PEDRO RINALDI DE OLIVEIRA LIMA Relator. EDITADO EM: 09/08/2016 Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: WINDERLEY MORAIS PEREIRA (Presidente), PAULO ROBERTO DUARTE MOREIRA, JOSE LUIZ FEISTAUER DE OLIVEIRA, MERCIA HELENA TRAJANO DAMORIM, CASSIO SCHAPPO, PEDRO RINALDI DE OLIVEIRA LIMA, TATIANA JOSEFOVICZ BELISARIO, JORGE RUBEM FOLENA DE OLIVEIRA. Relatório Tratase de Recurso Voluntário de fls. 751 interposto em face de decisão de primeira instância de procedimento administrativo fiscal de âmbito Federal proferida pela Delegacia da Receita Federal do Brasil de Julgamento de São Paulo DRJ/SP de fls. 734 que considerou totalmente improcedente a manifestação de inconformidade e não reconheceu o direito creditório do contribuinte. Sendo costume deste Conselho a transcrição do Relatório das decisões de primeira instância, segue para apreciação: " Trata o presente de manifestação de inconformidade contra Despacho Decisório que parcialmente reconheceu o ressarcimento do crédito presumido apurado pelo contribuinte no período em destaque. A manifestante alega que, conforme documentação juntada, comprovou as exportações, por intermédio de empresa comercial exportadora, dos produtos constantes nas notas fiscais: 009292, 009362, 002432, 000012, 000035, 000045, 000046 e 000115; a energia elétrica, por tratarse de produto intermediário indispensável ao funcionamento de equipamentos industriais e à obtenção do produto final (suco de laranja), não poderia ser glosada, sendo aceita na seara do ICMS (art. 33, II, da LC 87/96) e no âmbito do Conselho de Contribuintes; sendo que os atos normativos devem ser interpretados segundo o espírito da Lei n° 9.363/96, pelas mesmas razões anteriores o frete não pode Fl. 913DF CARF MF Impresso em 05/09/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 09/08/2016 por PEDRO RINALDI DE OLIVEIRA LIMA, Assinado digitalmente em 09/08/2016 por PEDRO RINALDI DE OLIVEIRA LIMA, Assinado digitalmente em 05/09/2016 por WINDERLEY MOR AIS PEREIRA Processo nº 13955.000023/200257 Acórdão n.º 3201002.252 S3C2T1 Fl. 913 3 ser retirado da apuração do beneficio; quanto aos insumos adquiridos de pessoas físicas ou de sociedades cooperativas, o conteúdo da referida lei, tendente à inclusão da totalidade das aquisições de matérias primas, produtos intermediários e materiais de embalagem no cálculo do beneficio, não pode ser restringido por normas infralegais, ou seja, normas complementares das leis, conforme precedentes do Conselho de Contribuintes; a exclusão da aquisição de Óleo BPF é também indevida sendo o insumo uma fonte energética para o funcionamento da caldeira industrial, igualmente um produto intermediário (no laudo técnico juntado referente ao processo produtivo do suco de laranja concentrado congelado fica demonstrada a essencialidade do funcionamento da caldeira industrial para a fabricação do produto exportado), sendo que há pronunciamento de Conselho de Contribuintes favorável à inclusão de combustíveis na apuração; o ajuste do montante dos produtos acabados e semi acabados não vendidos é resultante das mencionadas exclusões e é impertinente; o pleito deve ser atualizado monetariamente para que sejam evitadas perdas imensuráveis, sendo o Conselho de Contribuintes favorável a isso; por fim, requer o deferimento do pedido de ressarcimento à vista da lisura dos procedimentos adotados pela interessada, assim como o endereçamento das intimações ao advogado desta." Segue ementa desta decisão de primeira instância: "ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS IPI. Período de apuração: 01/01/1998 a 31/12/1998 CRÉDITO PRESUMIDO. BASE DE CALCULO. INSUMOS. ADQUIRIDOS DE PESSOAS FÍSICAS E DE COOPERATIVAS. São glosados os valores referentes a aquisições de insumos de pessoas fisicas e de cooperativas, nãocontribuintes do PIS/PASEP e da COFINS, pois, conforme a legislação de regência, os insumos adquiridos devem sofrer o gravame das referidas contribuições. CRÉDITO PRESUMIDO. BASE DE CALCULO. AQUISIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA E DE ÓLEO COMBUSTÍVEL. Somente as matériasprimas, produtos intermediários e materiais de embalagem, conforme a conceituação albergada pela legislação tributária, podem ser computados na apuração da base de cálculo do incentivo fiscal. CRÉDITO PRESUMIDO. BASE DE CALCULO. CUSTOS DE FRETE. Para ser admitido no cômputo do beneficio fiscal, o frete deve compor o preço do insumo adquirido. Fl. 914DF CARF MF Impresso em 05/09/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 09/08/2016 por PEDRO RINALDI DE OLIVEIRA LIMA, Assinado digitalmente em 09/08/2016 por PEDRO RINALDI DE OLIVEIRA LIMA, Assinado digitalmente em 05/09/2016 por WINDERLEY MOR AIS PEREIRA 4 CRÉDITO PRESUMIDO. RECEITA DE EXPORTAÇÃO. Somente podem ser computadas como receita de exportação os valores das notas fiscais de venda para exportação presentes em Despacho de Exportação, com registro no sistema de processamento de dados pertinente (SISCOMEX). INTIMAÇÕES POR VIA POSTAL. DOMICILIO TRIBUTÁRIO ELEITO PELO SUJEITO PASSIVO. As intimações necessárias no curso do processo, por via postal, devem ser destinadas ao domicilio tributário eleito pelo sujeito passivo. CRÉDITO PRESUMIDO. RESSARCIMENTO. JUROS DE MORA. TAXA SELIC. É incabível a concessão do estimulo fiscal acrescido de juros de mora pela taxa Selic, por ausência de autorização legal. Manifestação de Inconformidade Improcedente Direito Creditório Não Reconhecido" Inconformado com a manutenção do lançamento, regularmente cientificado o contribuinte tempestivamente protocolou Recurso Voluntário. Este Conselho apreciou o recurso em fls 791 e baixou o processo em diligência nos seguintes termos: "Embora boa parte do recurso voluntário já pudesse ser votado, o colegiado entendeu por bem converter o julgamento em diligência para apurar fatos referentes à pretensão da Recorrente especificamente no tocante à glosa do crédito presumido referente à exportação. As questões ora colocadas para a Delegacia da Receita Federal do Brasil em Maringá são as seguintes: (i) Comprovar a efetiva saída das mercadorias exportadas do estabelecimento produtor por meio da juntada das notas fiscais de simples remessa emitidas pelo estabelecimento produtor; (ii) Comprovar a efetiva exportação por meio da juntada dos Registros de Exportação averbados. Realizada a diligência, deverá ser dado vista à Recorrente para se manifestar, querendo, pelo prazo de 30 (trinta) dias. Após, devem ser encaminhados os autos para vista à Procuradoria da Fazenda Nacional da perícia realizada. Realizados os procedimentos, devem os autos retornar a este Conselheiro para fins de julgamento. Daniel Mariz Gudiño Relator" Houve o cumprimento da diligência conforme Relatório Fiscal de fls. 890. Os autos foram distribuídos conforme regimento interno deste Conselho a este Conselheiro Titular Relator para julgamento. Fl. 915DF CARF MF Impresso em 05/09/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 09/08/2016 por PEDRO RINALDI DE OLIVEIRA LIMA, Assinado digitalmente em 09/08/2016 por PEDRO RINALDI DE OLIVEIRA LIMA, Assinado digitalmente em 05/09/2016 por WINDERLEY MOR AIS PEREIRA Processo nº 13955.000023/200257 Acórdão n.º 3201002.252 S3C2T1 Fl. 914 5 É o Relatório. Voto Conselheiro Relator Pedro Rinaldi de Oliveira Lima Conforme a legislação, as provas, documentos e petições apresentados aos autos deste procedimento administrativo e, no exercício dos trabalhos e atribuições profissionais concedidas aos Conselheiros Titulares, conforme Portaria de Condução e Regimento Interno, apresento e relato o seguinte Voto. Por conter matéria preventa desta 3.ª Seção do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais e presentes os requisitos de admissibilidade, conheço do tempestivo Recurso Voluntário. De início, é importante reconhecer que o crédito presumido de IPI para ressarcimento de PIS/COFINS previsto na Lei 9.363/96, em uma visão breve e prática, tem o objetivo e fim social de ressarcir as contribuições da cadeia nacional industrial exportadora para que não seja exportado valor do tributo, com a consequente desoneração da cadeia produtiva e fortalecimento da competitividade da indústria nacional no mercado internacional. Verificase nos autos que a fiscalização entendeu que alguns valores não devem compor a base de cálculo dos créditos e glosou os valores referentes às aquisições de insumos de pessoas físicas e de cooperativas, glosou o crédito na aquisição de energia elétrica e óleo de combustível, glosou o crédito sobre os custos de frete dos insumos e não reconheceu as receitas de exportação apresentadas pelo contribuinte. Conforme mencionado em relatório, apreciado neste Conselho, o processo foi baixado em diligência em fls. 791 para comprovação das operações de exportações. A diligência, então, conforme Relatório Fiscal de fls. 890, em conjunto com os documentos juntados pelo contribuinte, permitem concluir que estão parcialmente comprovadas as efetivas operações e receitas de exportação, com exceção de uma única operação. Portanto, superada a dúvida fática acerca do destino das mercadorias e comprovação das operações, é possível proceder a consequente análise meritória jurídica a respeito da procedência ou não das glosas efetuadas pela fiscalização e recorridas pelo contribuinte nos seguintes pontos: inclusão no cálculo do crédito presumido de IPI do custo de energia elétrica e óleo combustível para geração de energia térmica; dos valores pagos na contratação de fretes de insumos; dos valores pagos nas aquisições de matérias primas de pessoas físicas e sociedades cooperativas. Energia Elétrica e Óleo. Logo, diante da análise meritória jurídica, com relação aos valores de aquisição de óleo e energia elétrica, estes devem ser afastados e os eventuais créditos glosados em razão do disposto na Súmula n.º 19 do CARF, dispositivo de aplicação obrigatória a este Conselho. Fl. 916DF CARF MF Impresso em 05/09/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 09/08/2016 por PEDRO RINALDI DE OLIVEIRA LIMA, Assinado digitalmente em 09/08/2016 por PEDRO RINALDI DE OLIVEIRA LIMA, Assinado digitalmente em 05/09/2016 por WINDERLEY MOR AIS PEREIRA 6 "Súmula CARF nº 19: Não integram a base de cálculo do crédito presumido da Lei nº 9.363, de 1996, as aquisições de combustíveis e energia elétrica uma vez que não são consumidos em contato direto com o produto, não se enquadrando nos conceitos de matériaprima ou produto intermediário." Portanto, não merece provimento o Recurso Voluntário neste tópico. Insumos adquiridos de Pessoas Físicas e Cooperativas. Em relação aos créditos sobre os insumos adquiridos de pessoas físicas e cooperativas, é importante mencionar que tanto a jurisprudência deste Conselho, a exemplo cito o Acórdão da Câmara Superior n.º 9303001.402, como a Jurisprudência do STJ em sede recurso repetitivo conforme o REsp n.º 993.164, consideram pacífica a admissibilidade destes créditos. Inclusive, as decisões do Superior Tribunal de Justiça em sede de recurso repetitivo são entendimentos obrigatórios em razão do disposto no Art. 62A do RICARF. Portanto, merece provimento o Recurso Voluntário neste tópico. Frete de Insumos. Com relação a inclusão no cálculo do crédito presumido de IPI dos valores pagos nas aquisições dos fretes de insumos, apesar das operações e receitas de exportação estarem comprovadas, verificase que não há nos autos a comprovação fática dos fretes dos insumos dos sucos de laranja, ou seja, não há nos autos as respectivas notas fiscais com os destaques dos transportes/fretes das laranjas. Para se permitir a formação do cálculo do crédito presumido de IPI e a inclusão dos gastos com fretes pagos e destacados nas notas fiscais por ocasião de insumos utilizados no processo produtivo, o frete deve ser comprovado. Não comprovados os fretes, não há crédito. Portanto, não merece provimento o Recurso Voluntário neste tópico. Atualização monetária pela taxa Selic. Quanto à atualização dos créditos pela SELIC, merece acolhida a alegação do contribuinte, em razão do disposto na Súmula n.º 411 do STJ. "Súmula 411 do STJ É devida a correção monetária ao creditamento do IPI quando há oposição ao seu aproveitamento decorrente de resistência ilegítima do Fisco." Conclusão. Em conclusão, a vedação se limita aos fretes dos insumos, ao óleo e à energia elétrica. Os demais créditos devem ser homologados, bem como o valor dos créditos deve ser corrigido a partir do pedido (do protocolo) até o efetivo pagamento/compensação, uma vez que a própria Fazenda impediu o creditamento dos valores e sua compensação (Jurisprudência REsp. STJ 1.035.847/RS em sede de recurso repetitivo). Fl. 917DF CARF MF Impresso em 05/09/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 09/08/2016 por PEDRO RINALDI DE OLIVEIRA LIMA, Assinado digitalmente em 09/08/2016 por PEDRO RINALDI DE OLIVEIRA LIMA, Assinado digitalmente em 05/09/2016 por WINDERLEY MOR AIS PEREIRA Processo nº 13955.000023/200257 Acórdão n.º 3201002.252 S3C2T1 Fl. 915 7 Em face do exposto, DOU PROVIMENTO PARCIAL ao Recurso Voluntário para que seja reconhecido o direito creditório do contribuinte em parte. Este é o voto. (assinatura digital) Conselheiro Relator Pedro Rinaldi de Oliveira Lima. Fl. 918DF CARF MF Impresso em 05/09/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 09/08/2016 por PEDRO RINALDI DE OLIVEIRA LIMA, Assinado digitalmente em 09/08/2016 por PEDRO RINALDI DE OLIVEIRA LIMA, Assinado digitalmente em 05/09/2016 por WINDERLEY MOR AIS PEREIRA
score : 1.0
Numero do processo: 10183.006087/2005-02
Turma: 2ª TURMA/CÂMARA SUPERIOR REC. FISCAIS
Câmara: 2ª SEÇÃO
Seção: Câmara Superior de Recursos Fiscais
Data da sessão: Thu Nov 24 00:00:00 UTC 2016
Data da publicação: Thu Jan 26 00:00:00 UTC 2017
Ementa: Assunto: Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural - ITR
Exercício: 2001
PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL. RECURSO ESPECIAL DE DIVERGÊNCIA. PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE. CONHECIMENTO.
Não se conhece de Recurso Especial de Divergência, quando não resta caracterizada a divergência interpretativa entre os colegiados dos Acórdãos recorrido e paradigma.
Numero da decisão: 9202-004.600
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em não conhecer do Recurso Especial da Fazenda Nacional.
(assinado digitalmente)
Luiz Eduardo de Oliveira Santos - Presidente em exercício
(assinado digitalmente)
Heitor de Souza Lima Junior Relator
Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros Luiz Eduardo de Oliveira Santos, Rita Eliza Reis da Costa Bacchieri, Maria Helena Cotta Cardozo, Patrícia da Silva, Elaine Cristina Monteiro e Silva Vieira, Ana Paula Fernandes, Heitor de Souza Lima Junior e Gerson Macedo Guerra.
Nome do relator: HEITOR DE SOUZA LIMA JUNIOR
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ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE TERRITORIAL RURAL ITR Exercício: 2001 PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL. RECURSO ESPECIAL DE DIVERGÊNCIA. PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE. CONHECIMENTO. Não se conhece de Recurso Especial de Divergência, quando não resta caracterizada a divergência interpretativa entre os colegiados dos Acórdãos recorrido e paradigma. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em não conhecer do Recurso Especial da Fazenda Nacional. (assinado digitalmente) Luiz Eduardo de Oliveira Santos Presidente em exercício (assinado digitalmente) Heitor de Souza Lima Junior – Relator Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros Luiz Eduardo de Oliveira Santos, Rita Eliza Reis da Costa Bacchieri, Maria Helena Cotta Cardozo, Patrícia da Silva, Elaine Cristina Monteiro e Silva Vieira, Ana Paula Fernandes, Heitor de Souza Lima Junior e Gerson Macedo Guerra. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 18 3. 00 60 87 /2 00 5- 02 Fl. 621DF CARF MF Processo nº 10183.006087/200502 Acórdão n.º 9202004.600 CSRFT2 Fl. 622 2 Relatório Em litígio, o teor do Acórdão nº 2102001.137, prolatado pela 2a Turma Ordinária da 1a. Câmara da 2a Seção de Julgamento deste Conselho Administrativo de Recursos Fiscais na sessão plenária de 19 de abril de 2012 (efls. 01 a 08). Ali, por unanimidade de votos, deuse parcial provimento ao Recurso Voluntário, na forma de ementa e a decisão a seguir: Assunto: Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural ITR Exercício: 2001 ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE. ADA INTEMPESTIVO. Comprovada a existência da área de preservação permanente, o ADA intempestivo, por si só, não é condição suficiente para impedir o contribuinte de usufruir do benefício fiscal no âmbito do ITR. ÁREA DE RESERVA LEGAL. AVERBAÇÃO. Áreas de reserva legal são aquelas averbadas à margem da inscrição de matrícula do imóvel, no registro de imóveis competente, de sorte que a falta da averbação impede sua exclusão para fins de cálculo da área tributável. VALOR DA TERRA NUA (VTN). ARBITRAMENTO. Acatase o VTN indicado em laudo apresentado pelo contribuinte, desde que emitido por profissional habilitado, com ART devidamente anotado no CREA e que contenha elementos suficientes para formar a convicção do julgador. Recurso Voluntário Provido em Parte Decisão: por unanimidade de votos, DAR parcial provimento ao recurso para retificar a área total do imóvel para 16.291,09 ha, reconhecer a área de preservação permanente de 908,992 ha e reduzir o VTN do imóvel para R$ 1.612.166,26. Enviados os autos à Procuradoria da Fazenda Nacional para fins de ciência em 30/05/2011 (efl. 554), esta apresentou, em 14/07/11 (efls. 555/556), Recurso Especial (e fls. 556 a 572 e anexos), com fulcro no art. 67 do anexo II ao Regimento Interno deste Conselho Administrativo de Recursos Fiscais aprovado pela Portaria MF no. 256, de 22 de julho de 2009, então em vigor quando da propositura do pleito recursal. O recurso continha alegações de existência de divergência interpretativa quanto à duas diferentes matérias, a saber: a) Apresentação tempestiva do Ato Declaratório Ambiental (ADA) e b) Valor da Terra Nua, tendo sido admitido somente quanto à primeira matéria, consoante exame de admissibilidade de efls. 597 a 599. Fl. 622DF CARF MF Processo nº 10183.006087/200502 Acórdão n.º 9202004.600 CSRFT2 Fl. 623 3 Quanto à matéria admitida, alegase, no pleito, divergência em relação ao decidido pela 1a. Câmara do então 3o. Conselho de Contribuintes, através do Acórdão 301 34.352, prolatado em 26 de março de 2008, e, ainda, em relação ao decidido por esta 2a. Turma da Câmara Superior de Recursos Fiscais, através do Acórdão 920200.194, prolatado em 18 de agosto de 2009, de ementas e decisões a seguir transcritas: Acórdão 30134.352 Assunto: Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural ITR EXERCÍCIO: 2001 ITR EXERCÍCIO 2001. ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE E DE RESERVA LEGAL. OBRIGATORIEDADE DE APRESENTAÇÃO DO ADA. A partir do exercício de 2001 é indispensável a apresentação do Ato Declaratório Ambiental como condição para o gozo da redução do ITR em se tratando de áreas de preservação permanente e de utilização limitada, tendo em vista a existência de lei estabelecendo expressamente essa obrigação (art. 17O da Lei no 6.938/81, na redação do art. 1o da Lei no 10.165/2000). RECURSO VOLUNTÁRIO NEGADO Decisão: Por maioria de votos, negouse provimento ao recurso, vencidos os conselheiros Rodrigo Cardozo Miranda, relator e Valdete Aparecida Marinheiro. Designado para redigir o acórdão o conselheiro José Luiz Novo Rossari. Acórdão 920200.194 Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural ITR Exercício: 1999 ÁREA DE UTILIZAÇÃO LIMITADA RESERVA LEGAL. AVERBAÇÃO. ATO CONSTITUTIVO. A averbação no registro de imóveis da área eleita pelo proprietário/possuidor é ato constitutivo da reserva legal; portanto, somente após a sua prática é que o sujeito passivo poderá suprimila da base de cálculo para apuração do ITR. BASE DE CÁLCULO. ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE. EXCLUSÃO. ATO DECLARATÓRIO AMBIENTAL. PRESCINDIBILIDADE. Para fins de exclusão da base de cálculo do ITR, somente após a vigência da Lei n° 10.165, de 27/12/2000 é que se tornou imprescindível a informação em ato declaratório ambiental protocolizado no prazo legal. Recurso especial provido em parte. Decisão: por maioria de votos, em dar provimento parcial ao recurso especial para manter a tributação sobre a área Fl. 623DF CARF MF Processo nº 10183.006087/200502 Acórdão n.º 9202004.600 CSRFT2 Fl. 624 4 declarada como de reserva legal. Vencidos os Conselheiros Roberta de Azeredo Ferreira Pagetti (convocada), Moisés Giacomelli Nunes da Silva, Rycardo Henrique Magalhães de Oliveira e Gonçalo Bonet Allage, que negaram provimento ao recurso. Em linhas gerais, argumenta a Fazenda Nacional em sua demanda: a) Nos presentes autos, da análise das alegações e da documentação apresentadas pelo contribuinte, confirmase o não cumprimento da exigência da apresentação tempestiva de ADA perante o IBAMA ou órgão conveniado, relativamente ao ITR dos exercício de 2001; b) Cita a recorrente o estabelecido no art. 10, inciso II da Lei no. 9.393, de 19 de dezembro de 1996, defendendo que o mesmo estabelece concessão de benefício fiscal e, assim, deve ser interpretado literalmente, de acordo com o art. 111 do CTN. Defende que, para efeito da exclusão das áreas de preservação permanente e de reserva legal da incidência do ITR, é necessário que o contribuinte comprove o reconhecimento formal específica e individualmente da área como tal, protocolizando o ADA no IBAMA ou em órgãos ambientais delegados por meio de convênio, no prazo de seis meses, contado a partir do término do prazo fixado para a entrega da declaração. Cita que tal obrigatoriedade foi respaldada pelas Instruções Normativas SRF nos. 43/97, com redação dada pela IN SRF no. 67/97, 73/2000, 60/2001 e 256/2002, Manual de Perguntas do ITR/2002 e art. 10 do Decreto no. 4.382, de 19 de setembro de 2002, bem como Solução de Consulta COSIT no. 12, de 21 de maio de 2003; c) Ressalta que a exigência do ADA não caracteriza obrigação acessória, visto que a sua exigência não está vinculada ao interesse da arrecadação ou da fiscalização de tributos, nem se converte, caso não apresentado ou não requerido a tempo, em penalidade pecuniária, definida no art. 113, §§ 2º. e 3º., da Lei nº. 5.172/1966 (Código Tributário Nacional – CTN). Ou seja: a ausência do ADA não enseja multa regulamentar, o que ocorreria caso se tratasse de obrigação acessória, mas sim incidência do imposto; d) Entende como inteiramente equivocado o entendimento, no sentido de que não existe mais a exigência de prazo para apresentação do requerimento para emissão do ADA, em virtude do disposto no § 7º do art. 10 da Lei nº 9.393, de 1996, incluído pelo art. 3º da Medida Provisória nº 2.16667, de 24 de agosto de 2001, uma vez que: "(...). O que não é exigido do declarante é a prévia comprovação das informações prestadas. Assim, o contribuinte preenche os dados relativos às áreas de preservação permanente e de utilização limitada, apura e recolhe o imposto devido, e apresenta a sua DITR, sem que lhe seja exigida qualquer comprovação naquele momento. No entanto, caso solicitado pela Secretaria da Receita Federal, o contribuinte deverá apresentar as provas das situações utilizadas para dispensar o pagamento do tributo." e) Ressalta que a mesma obrigatoriedade para a não incidência tributária, foi posteriormente instituída, agora através de dispositivo legal (art. 17O da Lei 6.938, de 31 de agosto de 1981, com redação dada pelo art. 1o. da Lei 10.165, de 27 de dezembro de 2000); Fl. 624DF CARF MF Processo nº 10183.006087/200502 Acórdão n.º 9202004.600 CSRFT2 Fl. 625 5 f) Registra que obrigatoriedade da apresentação do ADA não representa qualquer violação de direito ou do princípio da legalidade. Antes, pelo contrário, a exigência alinhase com a norma que consagrou o benefício tributário (art. 10, § 1º, II, da Lei nº 9.393/96), apontando os meios para a comprovação da existência das áreas de preservação permanente e de utilização limitada. Se trata, em seu entendimento, de norma amplamente favorável ao contribuinte do ITR, que, na hipótese de sua ausência, estaria sujeito a meios de prova notadamente mais complexos e dispendiosos, como, por exemplo, os laudos técnicos elaborados por peritos, permitido, porém a autoridade pública, verificar se as áreas excluídas da incidência do ITR o foram cumprindo as exigências previstas na legislação; g) Registra, por fim, que, no presente processo, não se discute a materialidade, ou seja, a existência efetiva das áreas de preservação permanente e de reserva legal (utilização limitada). O que se busca é o cumprimento de uma obrigação prevista na legislação, referente à área de que se trata, para fins de exclusão da tributação. No caso concreto, o contribuinte apresentou intempestivamente o ADA, razão pela qual deve ser mantida a glosa efetivada pela fiscalização das áreas de preservação permanente e de reserva legal. Cita, ainda, o entendimento firmado pela CSRF, no âmbito do Acórdão CSRF/0305.940, para requerer, assim, o conhecimento e o provimento do recurso para que seja reformado o acórdão recorrido, mantendose o lançamento em sua natureza. Encaminhados os autos à autuada para fins de ciência, ocorrida através de edital em 10/09/13 (efl. 613), a contribuinte quedou inerte quanto à apresentação de contrarrazões. É o relatório. Voto Conselheiro Heitor de Souza Lima Junior, Relator Pelo que consta no processo quanto a sua tempestividade, às devidas apresentação de paradigmas e indicação de divergência, o recurso atende a estes requisitos de admissibilidade. Todavia, quanto à caracterização de divergência interpretativa, discordo do exame de admissibilidade de efls. 597 a 599. Acedo inicialmente aos argumentos do exame de admissibilidade de efls. 597 a 599 acerca da imprestabilidade do segundo paradigma (Acórdão 9.20200.194), por se referir a arcabouço normativo anterior à edição da Lei no. 10.165, de 2000 (paradigma anacrônico). Todavia, quanto ao primeiro paradigma (Acórdão 30134.352), o que se tem é que se estava diante de situação fática onde o Ato Declaratório Ambiental não foi apresentado, com o Voto Vencedor, em suas razões de decidir se limitando a concluir pela obrigatoriedade de apresentação do ADA ou da protocolização do requerimento, sem discorrer em nenhum momento acerca do prazo para que tal ADA fosse apresentado. Faço notar que, no caso dos autos, por sua vez, houve protocolização do ADA, mas de forma intempestiva (em 28/11/2008, vide fl. 184 numeração não eletrônica). Fl. 625DF CARF MF Processo nº 10183.006087/200502 Acórdão n.º 9202004.600 CSRFT2 Fl. 626 6 Assim, não se pode afirmar qual seria o posicionamento do Colegiado paradigmático quanto a sua aceitação ou não, visto que, repitase, se limitou o Colegiado, no âmbito do primeiro paradigma apresentado, a discorrer acerca da necessidade de sua apresentação e/ou protocolização (atendida, ainda que intempestivamente, in casu). Assim, entendo como não caracterizada a divergência interpretativa e não conheço do Recurso da Fazenda Nacional. É como voto. (assinado digitalmente) Heitor de Souza Lima Junior Fl. 626DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 10980.726383/2012-59
Turma: Primeira Turma Ordinária da Quarta Câmara da Segunda Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Wed Jan 18 00:00:00 UTC 2017
Data da publicação: Tue Feb 07 00:00:00 UTC 2017
Ementa: Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física - IRPF
Ano-calendário: 2010
IRPF. ISENÇÃO. COMPROVAÇÃO. MOLÉSTIA GRAVE. SINDROME DE IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA. CID B24. APOSENTADORIA. LAUDO MÉDICO OFICIAL. ÓRGÃO OFICIAL. COMPROVAÇÃO. INEXIGIBILIDADE LEGAL. IMPOSSIBILIDADE.
De conformidade com a legislação de regência, somente os proventos da aposentadoria ou reforma, conquanto que comprovada a moléstia grave mediante laudo oficial, são passíveis de isenção do imposto de renda pessoa física.
In casu, tendo a contribuinte comprovado, através de laudo médico oficial, corroborado por outros documentos, ser portadora de moléstia grave presente no rol da legislação, impõe-se admitir a isenção pretendida.
A exigência de outros pressupostos, como "exames", é de cunho subjetivo do aplicador/intérprete da lei, extrapolando os limites da legislação específica em total afronta aos preceitos dos artigos 111, inciso II e 176, do Código Tributário Nacional, os quais estabelecem que as normas que contemplam isenções devem ser interpretadas literalmente, não comportando subjetivismos.
Recurso Voluntário Provido.
Numero da decisão: 2401-004.538
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em conhecer do recurso voluntário, para, no mérito, por maioria, dar-lhe provimento, vencida a relatora. Designado para redigir o voto vencedor o conselheiro Rayd Santana Ferreira.
(assinado digitalmente)
Miram Denise Xavier Lazarini - Presidente
(assinado digitalmente)
Maria Cleci Coti Martins - Relatora
(assinado digitalmente)
Rayd Santana Ferreira - Redator designado
Participaram do presente julgamento os Conselheiros: Miriam Denise Xavier Lazarini, Carlos Alexandre Tortato, Denny Medeiros da Silveira, Luciana Matos Pereira Barbosa, Marcio de Lacerda Martins, Andréa Viana Arrais Egypto, Maria Cleci Coti Martins e Rayd Santana Ferreira.
Nome do relator: MARIA CLECI COTI MARTINS
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decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em conhecer do recurso voluntário, para, no mérito, por maioria, dar-lhe provimento, vencida a relatora. Designado para redigir o voto vencedor o conselheiro Rayd Santana Ferreira. (assinado digitalmente) Miram Denise Xavier Lazarini - Presidente (assinado digitalmente) Maria Cleci Coti Martins - Relatora (assinado digitalmente) Rayd Santana Ferreira - Redator designado Participaram do presente julgamento os Conselheiros: Miriam Denise Xavier Lazarini, Carlos Alexandre Tortato, Denny Medeiros da Silveira, Luciana Matos Pereira Barbosa, Marcio de Lacerda Martins, Andréa Viana Arrais Egypto, Maria Cleci Coti Martins e Rayd Santana Ferreira.
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ISENÇÃO. COMPROVAÇÃO. MOLÉSTIA GRAVE. SINDROME DE IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA. CID B24. APOSENTADORIA. LAUDO MÉDICO OFICIAL. ÓRGÃO OFICIAL. COMPROVAÇÃO. INEXIGIBILIDADE LEGAL. IMPOSSIBILIDADE. De conformidade com a legislação de regência, somente os proventos da aposentadoria ou reforma, conquanto que comprovada a moléstia grave mediante laudo oficial, são passíveis de isenção do imposto de renda pessoa física. In casu, tendo a contribuinte comprovado, através de laudo médico oficial, corroborado por outros documentos, ser portadora de moléstia grave presente no rol da legislação, impõese admitir a isenção pretendida. A exigência de outros pressupostos, como "exames", é de cunho subjetivo do aplicador/intérprete da lei, extrapolando os limites da legislação específica em total afronta aos preceitos dos artigos 111, inciso II e 176, do Código Tributário Nacional, os quais estabelecem que as normas que contemplam isenções devem ser interpretadas literalmente, não comportando subjetivismos. Recurso Voluntário Provido. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 98 0. 72 63 83 /2 01 2- 59 Fl. 81DF CARF MF 2 Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em conhecer do recurso voluntário, para, no mérito, por maioria, darlhe provimento, vencida a relatora. Designado para redigir o voto vencedor o conselheiro Rayd Santana Ferreira. (assinado digitalmente) Miram Denise Xavier Lazarini Presidente (assinado digitalmente) Maria Cleci Coti Martins Relatora (assinado digitalmente) Rayd Santana Ferreira Redator designado Participaram do presente julgamento os Conselheiros: Miriam Denise Xavier Lazarini, Carlos Alexandre Tortato, Denny Medeiros da Silveira, Luciana Matos Pereira Barbosa, Marcio de Lacerda Martins, Andréa Viana Arrais Egypto, Maria Cleci Coti Martins e Rayd Santana Ferreira. Fl. 82DF CARF MF Processo nº 10980.726383/201259 Acórdão n.º 2401004.538 S2C4T1 Fl. 3 3 Relatório Tratase de Recurso Voluntário interposto em 10/04/2015 pela própria recorrente, em face do Acórdão 1537.818 3ª Turma da DRJ/SDR, que considerou improcedente a impugnação da contribuinte para o crédito tributário lançado relativo à omissão de rendimentos das fontes pagadoras INSS, no valor de R$ 57.052,43; e Previvayer Sociedade de Previdência Privada, no valor de R$ 29.963,30. A ciência à decisão recorrida deuse em 11/03/2015. O motivo da improcedência decorreu do fato de que a contribuinte, intimada, não apresentou Laudo Médico Pericial de órgão público federal, estadual ou municipal atestando a moléstia grave que alega. O processo de pedido de isenção feito pela contribuinte à Previdência Social foi negado, conforme o Acórdão de Impugnação, porque a interessada não se enquadra nos critérios para isenção do imposto de renda pela patologia declarada e os níveis de imunodeficiência comprovados (efl. 47). A recorrente juntou novamente ao processo uma declaração do médico sobre a condição de saúde e também um encaminhamento médico. (efls.76/77) É o relatório. Fl. 83DF CARF MF 4 Voto Vencido Conselheira Maria Cleci Coti Martins Relatora O recurso é tempestivo, atende aos requisitos legais, e deve ser conhecido. A recorrente solicitou primeiramente isenção de imposto de renda à fonte pagadora INSS, que possui peritos especializados para proferir decisão conclusiva sobre a doença da mesma. Após recurso ao Conselho de Recursos da Previdência Social, o resultado do pleito lhe foi desfavorável. Isto é, a perícia médica do INSS concluiu que a recorrente não se enquadra nas possibilidades de isenção de imposto de renda. Ora, se aquele Órgão especializado não reconhece a moléstia da recorrente como sendo grave e que se enquadra nos requisitos legais para fins de isenção de imposto de renda, nada há que se reconhecer neste órgão colegiado. Desta forma, entendo que ao recurso voluntário deve ser negado provimento. Ademais, a contribuinte foi incapaz de produzir um laudo conforme solicitado pela autoridade fiscal. É o relatório. (assinado digitalmente) Maria Cleci Coti Martins. Fl. 84DF CARF MF Processo nº 10980.726383/201259 Acórdão n.º 2401004.538 S2C4T1 Fl. 4 5 Voto Vencedor Conselheiro Rayd Santana Ferreira Redator Designado Não obstante as sempre bem fundamentadas razões da ilustre Conselheira Relatora, peço vênia para manifestar entendimento divergente, por vislumbrar na hipótese vertente conclusão diversa da adotada pela nobre julgadora, quanto o posicionamento ao Recurso Voluntário, devendo ser modificada a decisão a quo, com o cancelamento da Notificação de Lançamento, como passaremos a demonstrar. Antes mesmo de se adentrar ao mérito da questão, cumpre trazer à baila os dispositivos legais que regulamentam a matéria, que assim prescrevem: A isenção por moléstia grave encontrase regulamentada pela Lei n° 7.713/1988, em seu artigo 6°, incisos XIV e XXI, com a redação dada pela Lei n° 11.052/2004, nos termos abaixo: "Art. 6º Ficam isentos do imposto de renda os seguinte rendimentos percebidos por pessoas físicas: (...) XIV – os proventos de aposentadoria ou reforma motivada por acidente em serviço e os percebidos pelos portadores de moléstia profissional, tuberculose ativa, alienação mental, esclerose múltipla, neoplasia maligna, cegueira, hanseníase, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, hepatopatia grave, estados avançados da doença de Paget (osteíte deformante), contaminação por radiação, síndrome da imunodeficiência adquirida, com base em conclusão da medicina especializada, mesmo que a doença tenha sido contraída depois da aposentadoria ou reforma;" A partir do anocalendário de 1996, devese aplicar, para o reconhecimento de isenções, as disposições, sobre o assunto, trazidas pela Lei n° 9.250, de 26/12/1995, in verbis: "Art. 30. A partir de 1º de janeiro de 1996, para efeito do reconhecimento de novas isenções de que tratam os incisos XIV e XXI do art. 6º da Lei nº 7.713, de 22 de dezembro de 1988, com a redação dada pelo art. 47 da Lei nº 8.541, de 23 de dezembro de 1992, a moléstia deverá ser comprovada mediante laudo pericial emitido por serviço médico oficial, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios." Acerca do tema, o Decreto n° 3000/99 (RIR), em seu artigo 39, inciso XXXIII, bem como o §4° do mesmo artigo, assim dispõe: "Art.39.Não entrarão no cômputo do rendimento bruto: Fl. 85DF CARF MF 6 (...) XXXIIIos proventos de aposentadoria ou reforma, desde que motivadas por acidente em serviço e os percebidos pelos portadores de moléstia profissional, tuberculose ativa, alienação mental, esclerose múltipla, neoplasia maligna, cegueira, hanseníase, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, estados avançados de doença de Paget (osteíte deformante), contaminação por radiação, síndrome de imunodeficiência adquirida, e fibrose cística (mucoviscidose), com base em conclusão da medicina especializada, mesmo que a doença tenha sido contraída depois da aposentadoria ou reforma (Lei nº 7.713, de 1988, art. 6º, inciso XIV, Lei nº 8.541, de 1992, art. 47, e Lei nº 9.250, de 1995, art. 30, §2º); (...) § 4º Para o reconhecimento de novas isenções de que tratam os incisos XXXI e XXXIII, a partir de 1º de janeiro de 1996, a moléstia deverá ser comprovada mediante laudo pericial emitido por serviço médico oficial da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, devendo ser fixado o prazo de validade do laudo pericial, no caso de moléstias passíveis de controle (Lei nº 9.250, de 1995, art. 30 e § 1º). § 5º As isenções a que se referem os incisos XXXI e XXXIII aplicamse aos rendimentos recebidos a partir: I do mês da concessão da aposentadoria, reforma ou pensão; II do mês da emissão do laudo ou parecer que reconhecer a moléstia, se esta for contraída após a aposentadoria, reforma ou pensão; III da data em que a doença foi contraída, quando identificada no laudo pericial." (grifo nosso) Ao interpretar a legislação acima transcrita, depreendese que há dois requisitos cumulativos indispensáveis à concessão da isenção. O primeiro reportase à natureza dos valores recebidos, devendo ser proventos de aposentadoria ou reforma ou pensão, e o outro relacionase com a existência da moléstia tipificada no texto legal, atestada por laudo de serviço médico oficial. Após a análise dos autos, principalmente dos documentos comprobatórios, não restam dúvidas quanto a natureza dos proventos de aposentadoria, reforma ou pensão, tanto que nem o julgador de primeira instância e nem a Relatora contestam tal fato, ou seja, é fato incontroverso. In casu, o ponto nodal da demanda se fixa em definir se a doença descrita nos laudos e atestados médicos apresentados pela contribuinte enquadrase como moléstia grave para fins de isenção, além de tais documentos obedecem os pressupostos exigidos na legislação. Nesse ponto, vale lembrar que, o artigo 30 da Lei n° 9.250 versa sobre a necessidade da moléstia está comprovada por laudo emitido por serviço médico oficial, entendimento já exarado diversas vezes por este Conselheiro e este Tribunal, o laudo oficial Fl. 86DF CARF MF Processo nº 10980.726383/201259 Acórdão n.º 2401004.538 S2C4T1 Fl. 5 7 não tem uma forma específica, podendo ser um atestado, um laudo propriamente dito, uma declaração, entre outras formas de manifestação médica, desde que emitido por médico oficial. Dos documentos acostados aos autos, efls 9/14 e 76/77, resta claro que a contribuinte é portadora de síndrome de imunodeficiência adquirida, desde 1998. Logo, os proventos de aposentadoria e pensão são rendimentos isentos, nos termos do disposto no art. no art. 6º, inciso XIV, da Lei nº 7.713, de 1988. Também divirjo quanto ao entendimento da Ilustre Relatora de que se INSS concluiu que a recorrente não se enquadra nas possibilidades de isenção de imposto de renda, nada há a contestar, não sendo devida a isenção a contribuinte. Porém o que deve ser observado são os pressupostos contidos na legislação de regência, quais sejam: proventos de aposentadoria e moléstia grave atestada por laudo médico oficial, não consta da Lei o pressuposto de "Decisão Favorável da Fonte Pagadora" ou "Ateste do INSS" ou qualquer outro, apenas os dois requisitos retro mencionados que estão obedecidos no caso em tela. Com efeito, tivesse o fiscal a intenção de impor outros requisitos à concessão de referida benesse, teria feito de forma explícita e clara no bojo da notificação, o que não se verifica no caso vertente, não podendo o julgador conferir interpretação que extrapola o próprio auto de infração e o texto legal, especialmente tratandose de isenção, cuja legislação deverá ser aplicada literalmente. Por todo o exposto, estando a Notificação de Lançamento, sub examine, em dissonância com as normas legais que regulamentam a matéria, VOTO NO SENTIDO DE CONHECER DO RECURSO VOLUNTÁRIO, e, no mérito, DARLHE PROVIMENTO, decretando a improcedência do lançamento no tocante aos proventos de aposentadoria, pelas razões de fato e de direito acima esposadas. É como voto. (assinado digitalmente) Rayd Santana Ferreira. Fl. 87DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 13909.000091/00-84
Turma: Segunda Câmara
Seção: Segundo Conselho de Contribuintes
Data da sessão: Mon Sep 12 00:00:00 UTC 2005
Numero da decisão: 202-00.852
Decisão: RESOLVEM os Membros da Segunda Câmara do Segundo Conselho de
Contribuintes, por unanimidade de votos; converter o julgamento do recurso em diligência, nos termos do voto do Relator. Declarou-se impedido de votar o Conselheiro Evandro Francisco
Silva Araújo (Suplente).
Matéria: IPI- ação fiscal- insuf. na apuração/recolhimento (outros)
Nome do relator: Dalton Cesar Cordeiro de Miranda
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I "CC"' IfI. RESOLUÇÃO Nº 202~00.852 13909.000091/00-84 128.552 elA. IGUAÇU DE CAFÉ SOLÚVEL DRJ em Porto Alegre - RS Ministério da Fazenda Segundo Conselho de Contribuintes • Processonº Recursonº Recorrente. Recorrida ~on o.~ario~ Atuhm Presidente MINISTÉRIO DA FAZENDA. Segundo Conselho de Contribuintes CONFERE CO~O ORIGINAL Bras ma-DF: em_'1_'lL-' ~ /5.1.*-)-.: f ..6~rdTfJka UJl Secrelafl8 da Segunda Câmara Vistos, relatàdos e discutidos os presentes. autos de recurso interposto por CIA.IGUAÇU OE CAFÉ SOLÚVEL. RESOLVEM os Membros da Segunda Câmarà do Segundo Conselho de' Contribuintes, por unanimid!lde de votos; converter o julgamento do. recurso em diligência, -nosiermos do voto do Relator. Declarou-se impedido de votar o Conselheiro Evandro Francisco SilvaAraújo (Suplente). Sala d essões, em 12 de setembro de 2005. \ Participaram, ainda,. da presente. resolução os Conselheiros Raquel Motta Brandão Minatel (Suplimte), Maria Cristina R6za da Costa, Raimar da Silva Aguiar, Antonio Zomer e Marcelo Marcondes Meyer-Kozlowski. . 2 "O contribuinte acima qualificado protocolizou o pedido de ressarcimento, de fi. 01, do crédito presumido do IPI para ressarcimento das contribuições para o PIS e da COFINS de que trata a Lei nO 9.363, de 13 de dezembro de1996, relativo terceiro trimestre de 2000, no valor de R$ 552.541;48, instruído com os documentos de fls. 02 a 1.197, cumulado com pedídos de compensação com débitos de ímpostos e contríbuições federais de suaresponsabilidade, defls. 1.264 a 1.270, e 1.271 a 1.274. 1.1 Afiscalização da Delegacia da Receita Federal em Londrína analisou o pedido, e produziu a informação fiscal de fls. 1.255 a 1.262, concluindo pelo seu deferimento parcial, a vista da exclusão do cálculo do beneficio dos seguintes itens: a) de matérias-primas; utilizadas na produção, adquiridas a pessoas fisicas, cooperativas e outras, sem incidência do PIS e da COFINS; b) dos gastos com energia elétrica; e c) das aquisições de combustíveis, e outros deriVlidos de petróleo, e de outros insumos que não sofrem alterações em função de ação exercida di~etamente sobre o produto' fabricado, ou vice-versa. 1.2 Com base na referida informação fiscal, foi proferido O despacho decisório de fls. 1.262 a 1.263, deferindo parcialmente o pedidà, no valor de apenas R$ 470.098,03. Irresignado, o contribuinte, representado por seu procurador - instrumento de mandato dejl. 1.337, apresentou, tempestivamente, manifestação de inconformidade através do arrazoado dejls. 1.340 a 1.356, alegando, em síntese, o que segue: 2.1 Preliminarmente; diz ter a deciSão ora contestada sido embasada em atos normativos que restringiram o alcance da Lei nO9.363 quanto ao conceito de matérias- primas (MP), produtos intermediários (PI) e materiais de embalagem (ME), quando essa prevê que a legislação do. IPI deve ser usada de forma subsidiária, ou seja, secundariamente a principal que deve buscar, na ciência econômica, o conceito de tais insumos, assim considerados todos os fatores utilizados no processo de industrialização. 2.2 Discorda da exclusão das aquisições de matérias-primas (café cru beneficiado e açúcar granulado) de cooperativas e pessoas fisicas, nas quaiS não houve incidência do PIS e da COFINS, aduzindo que o art. 2" da Lei nO9.363, 'de 1996, determina que a base de cálculo do crédito presumido seja determinada considerando o valor total das aquisições de MP, PI e ME, não fazendo nenhuma restrição quanto a incidência ou não das referidas contribuições, O que não poderia ser diferente, pois assim está ressarcindo o ônus das mesmas incidente nas duas etapas anteriores do ciclo de produção. 2.3 Quanto as demais entradas que entendeu o fisco excluir do cálculo do beneficio a título de "outras entradas ", também por não estarem sujeitas à incidência das citadas contribuições, diz referirem-se também a café cru beneficiado que a impugnante .emprestou a sua coligada durante o ano de 1999 e que foi devolvido em janeiro de 2000. A não incidência das contribuições nestas operações decorre de sua natureza de mero recebimento, tendo tal ônus sido suportado por ocasião da aquisição da matéria-prima ~.F ~ 13909.000091/00-84 128.552 CIA. IGUAÇU DE CAFÉ SOLÚVEL RELATÓRIO Por bem descrever os fatos, adoto o relatório do acórdão recorrido, que passo a Ministério da Fazenda. . Segundo Conselho de Contribuintes Processo nQ Recurso nQ. Recorrente transcrever: que utilizacla, nos meses seguintes, no seu processo produtivo lhe garante o direito ao crédito correspondente. 2.4 Afirma estar o entendimento sustentado na peça impugnatória em inteira harmonia com o que dispõe a Portaria MF nO38/97, transcrevendo o seu art. 3° que no inciso I de seu ~ 1°determina seja apurado o total das matérias-primas, produtos intermediários e materiais de embalagem utilizados na produção; sem relevar a natureza dos fornecedores ou a incidência das já referidas contribuições. 2.5 Afirma que o entendimento do fisco de não considerar energia elétrica como insumo não pode prosperar, visto ser produto intermediário como o. conceitua a legislação do IPI, pois, embora não se 'inlegrando ao produto final, é consumida no proCeSSo de produção, acionando motores elétricos que movimentam máquinas e equipamentos nele utilizados. 2.6 Discorda também da exclusão pelo fisco do cálculo do beneficio dos. demais insumos, especialmente dos derivados de petróleo, dos quais descreve sua aplicação no processo produtivo da impugnante, que ao seu juizo não. deixa dúvida"s'obre a sua inclusão na base de cálculo, uma vez que o PIS e a COFINS sobre eles incidentes vem agregar-se ao valor do produto final exportado. 2. 7 Traz a colação ementas de diversos julgados do Segundo Conselho de Contribuintes que vão de encontro. as suas convicções antes externadas. 2.8 Afirma que a decisão proferida pela. DRF em Londrina incorreu em equívoco e proclama pela reforma da mesma, para ver reConhecido o direito ao crédito presumido na sua integralidade relativamente: a) ao valor das aquisições de matérias-primas adquiridas de cooperativas, de pessoas fisicas, bem como dos insumos relativos a "outras entradas "; b) ao valor da energia elétrica consumida no processo de industrialização dos produtos exporJados e c) ao valor dos derivados de petróleo e outros insumos usados diretamente no processo de industríalizaçãq. 2.9 Defende, ainda, ~o acréscimo dos juros equivalentes à taxa SELIC ao valor a ser ressarcido, nos termos do ~ 4° do art. 39 da Lei nO9.250, de 26 de dezembro de 1995, acudindo sua pretensão com entendimento manifestado pela Câmara Superior de Recursos Fiscais, no Acórdão 02-0.708, transcrevendo trechos 40 voto do relator, e em . julgados das Primeira e Segunda Cãmaras do Segundo Conselho de Contribuintes, cujas ementas transcreve. ,..•. Processo nº Recurso nº Ministério da Fazenda Segundo Conselho de Contribuintes 13909.000091/00-84 128.552 MINISTÉRIO DA FAZENDA Segundo Conselho de Contribuintes CONFERE COM O ORIGINAL_ Brasllia-DF. em_'1_I-il-' 2(;'0) afrJafuJl SecrellÍH'8 da Segunda Cãmar~ I ,'c. eM> IFI 2.10 Por fim, pede o integral deferimento da impugnação, para ver reconhecido o direito à totalidade do crédito inicialmente pleiteado, acrescido de juros equivalentes à taxa SELIC. É o relatório. " 3J A Terceira Turma da Delegacia da Receita Federal de Julgamento em Porto Alegre - RS não acatou as argumentaçõ~es da interessada, ratificando a posição adotada pela DRF em Londrina - PR, ou seja, pelo indeferimento parcial do pleito de ressarcimento formulado. , Irresignada, a interessada interpõe recurso voluntário a este Segundo Conselho, no qual, aqui tratando o tema em apertada sintese, repisa as argumentações de impugnação ao indeferimento parcial a seu pleito de ressarcimento. É o relatórió. l o recurso obedece aos requisitos para sua admissibilidade, portanto, dele tomo conhecimento. I "CC", IFI. ÉRIO DA FAZENDÀ tel~~~! ConselhOde Conlribuintes CONFERECO~ O ORIGI~ Brasília.DF. em_,:lL-'-. ~kafuji Secret811&da Segunda C;lmara VOTO DO CONSELHEIRO-RELATOR DALTON CESAR CORDEIRO DE MIRANDA 13909.000091/00-84 128.552 Ministério da.Fazenda Segundo ~onselho de Contribuintes Processo nº Recurso nº A teor do relatado, a matéria controvertida versa sobre a exclusão da base de cálculo do crédito presumido das aquisições de insumos de pessoas fisicas, cooperativas e órgãos públicos federais, em razão de .esses produtos não sofrerem incidência do PIS/Pasep nem da Cofins, já que tais, fornecedores não são contribuintes das aludidas contribuições. De outro lado, a reclamante sustentou a licitude da inclusão desses produtos no cálculo do crédito a ressarcir, argumentando para tanto que a lei instituidora do beneficio não faz qualquer restrição quanto à origem dos insumos, e onde a lei não restringe não cabe ao intérprete fazê-lo. Analisando os autos, verifica-se que' nem a Fiscalização nem a' reclamante esclareceram qual o real emprego dos insumos em análise no processo de industrialização dos '.. produtos exportados peia reclamante, considerando nesta oportunidade as alegações feitas com ..:,. relação aos valores relativos aos materiais de manutenção, de limpeza, combustível, equipamentos de segurança e dos uniformes, de serviços e mão-de-obra. A forma de utilização desses insumos .é de curial importância para o hIlgamento, na hipótese de o Colegiado admitir, como o fez em decisões recentes, a inclusão dos produtos adquiridos de não contribuintes no cálculo do crédito presumido e reconhecimento dos valores a título de combustíveis. 4 Diante do exposto, voto no sentido de converter o presente julgamento em diligência, para que a autoridade preparadora intime a recorrente a esclarecer, detalhadamente: quais insumos efetivamente integram o d~monstrativo.das aquisições; , . como são eles efetivamente utilizados no processo prod?tivo da reque~ente; se eles integram fisicamente o produto final e, em caso negativ~, como são consumidos na elaboração do produto acabado; detalhar' didática e tecnicamente a utilização da potassa cáustica em escamas U.S.l'.; do dióxido de carbono; do nitrogênio líquido; silicone FG-10/anti- espumante; cafeína; e, óleo de café fIltrado; . demonstrar' e comprovar, contábil/fiscalmente e por amostragem, a procedência das alegações dos itens 21 a 24 de fls. 1347; e, se é feita a segregação da energia elétrica utilizada em seu processo produtivo com aquela utilizada para outras atividades (administrativas) da Recorrente, e em que termos. Após receber as respostas .dos quesitos acima, deve a Fiscalização elaborar relatório de diligência consignando eventuais discrepâncias entre as informações prestadas pela (t \., /. ~ld 5 I } U . MINISTÉRIO DA FAZENDA Segundo Conselho de Contnbumtes CONFERE COMO ORIGINAL_ Brasítia-DF. ém.-!:!-Ul.-J 2dJ~ ~af~ji Secretal18 da S~und8 C&o1"'<' ;••...•....{\ RO DE MIRANDA 13909.000091100-84 128.552 Ministério da Fazenda Segundo Conselho de Contribuintes Processo nº Recurso nº interessada e o efetivamente verificado no processo produtivo da empresa, sem prejuizo dos esclarecimentos que entender útil ao deslinde da presente contenda. É como voto. Sala das Sessões, em 12 de setembro de 2005. 00000001 00000002 00000003 00000004 00000005
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