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Numero do processo: 19985.722209/2014-23
Turma: Segunda Turma Ordinária da Quarta Câmara da Segunda Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Tue May 08 00:00:00 UTC 2018
Data da publicação: Mon Jun 04 00:00:00 UTC 2018
Ementa: Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física - IRPF
Ano-calendário: 2010
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. OMISSÃO. EXISTÊNCIA. ALTERAÇÃO DO RESULTADO DO JULGAMENTO. POSSIBILIDADE.
1. Havendo omissão, obscuridade ou contradição, devem ser acolhidos os embargos declaratórios, a fim de que seja esclarecida a obscuridade, eliminada a contradição ou suprida a omissão.
2. O suprimento da omissão resulta na alteração do resultado do julgamento, o que pode ocorrer de forma excepcional.
PROPOSITURA DE AÇÃO JUDICIAL. IDENTIDADE DE OBJETOS. RENÚNCIA ÀS INSTÂNCIAS ADMINISTRATIVAS. SÚMULA CARF Nº 1.
1. A submissão da matéria ao órgão do Judiciário impede a sua apreciação pelo órgão judicante administrativo. Em qualquer hipótese, haveria de prevalecer o que fosse decidido judicialmente.
2. Súmula CARF nº 1: Importa renúncia às instâncias administrativas a propositura pelo sujeito passivo de ação judicial por qualquer modalidade processual, antes ou depois do lançamento de ofício, com o mesmo objeto do processo administrativo, sendo cabível apenas a apreciação, pelo órgão de julgamento administrativo, de matéria distinta da constante do processo judicial.
Numero da decisão: 2402-006.153
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em conhecer e acolher os Embargos da Delegacia da Receita Federal do Brasil em Curitiba- PR para, retificando o Acórdão nº 2402-005.285, de 05/2016, com efeitos infringentes, alterar a decisão recorrida para não conhecer do Recurso Voluntário.
(assinado digitalmente)
Mário Pereira de Pinho Filho - Presidente
(assinado digitalmente)
João Victor Ribeiro Aldinucci - Relator
Participaram do presente julgamento os conselheiros: Mário Pereira de Pinho Filho, Denny Medeiros da Silveira, João Victor Ribeiro Aldinucci, Mauricio Nogueira Righetti, Jamed Abdul Nasser Feitoza, Luis Henrique Dias Lima, Renata Toratti Cassini e Gregorio Rechmann Junior.
Nome do relator: JOAO VICTOR RIBEIRO ALDINUCCI
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ementa_s : Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física - IRPF Ano-calendário: 2010 EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. OMISSÃO. EXISTÊNCIA. ALTERAÇÃO DO RESULTADO DO JULGAMENTO. POSSIBILIDADE. 1. Havendo omissão, obscuridade ou contradição, devem ser acolhidos os embargos declaratórios, a fim de que seja esclarecida a obscuridade, eliminada a contradição ou suprida a omissão. 2. O suprimento da omissão resulta na alteração do resultado do julgamento, o que pode ocorrer de forma excepcional. PROPOSITURA DE AÇÃO JUDICIAL. IDENTIDADE DE OBJETOS. RENÚNCIA ÀS INSTÂNCIAS ADMINISTRATIVAS. SÚMULA CARF Nº 1. 1. A submissão da matéria ao órgão do Judiciário impede a sua apreciação pelo órgão judicante administrativo. Em qualquer hipótese, haveria de prevalecer o que fosse decidido judicialmente. 2. Súmula CARF nº 1: Importa renúncia às instâncias administrativas a propositura pelo sujeito passivo de ação judicial por qualquer modalidade processual, antes ou depois do lançamento de ofício, com o mesmo objeto do processo administrativo, sendo cabível apenas a apreciação, pelo órgão de julgamento administrativo, de matéria distinta da constante do processo judicial.
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RENDIMENTOS RECEBIDOS ACUMULADAMENTE Embargante RECEITA FEDERAL DO BRASIL EM CURITIBA Interessado CARLOS NICOLA BALSANO ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA FÍSICA IRPF Anocalendário: 2010 EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. OMISSÃO. EXISTÊNCIA. ALTERAÇÃO DO RESULTADO DO JULGAMENTO. POSSIBILIDADE. 1. Havendo omissão, obscuridade ou contradição, devem ser acolhidos os embargos declaratórios, a fim de que seja esclarecida a obscuridade, eliminada a contradição ou suprida a omissão. 2. O suprimento da omissão resulta na alteração do resultado do julgamento, o que pode ocorrer de forma excepcional. PROPOSITURA DE AÇÃO JUDICIAL. IDENTIDADE DE OBJETOS. RENÚNCIA ÀS INSTÂNCIAS ADMINISTRATIVAS. SÚMULA CARF Nº 1. 1. A submissão da matéria ao órgão do Judiciário impede a sua apreciação pelo órgão judicante administrativo. Em qualquer hipótese, haveria de prevalecer o que fosse decidido judicialmente. 2. Súmula CARF nº 1: Importa renúncia às instâncias administrativas a propositura pelo sujeito passivo de ação judicial por qualquer modalidade processual, antes ou depois do lançamento de ofício, com o mesmo objeto do processo administrativo, sendo cabível apenas a apreciação, pelo órgão de julgamento administrativo, de matéria distinta da constante do processo judicial. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 19 98 5. 72 22 09 /2 01 4- 23 Fl. 266DF CARF MF 2 Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em conhecer e acolher os Embargos da Delegacia da Receita Federal do Brasil em Curitiba PR para, retificando o Acórdão nº 2402005.285, de 05/2016, com efeitos infringentes, alterar a decisão recorrida para não conhecer do Recurso Voluntário. (assinado digitalmente) Mário Pereira de Pinho Filho Presidente (assinado digitalmente) João Victor Ribeiro Aldinucci Relator Participaram do presente julgamento os conselheiros: Mário Pereira de Pinho Filho, Denny Medeiros da Silveira, João Victor Ribeiro Aldinucci, Mauricio Nogueira Righetti, Jamed Abdul Nasser Feitoza, Luis Henrique Dias Lima, Renata Toratti Cassini e Gregorio Rechmann Junior. Fl. 267DF CARF MF Processo nº 19985.722209/201423 Acórdão n.º 2402006.153 S2C4T2 Fl. 3 3 Relatório Tratase de Embargos Inominados opostos pelo Titular da Equipe de Arrecadação e Cobrança – Contencioso Fiscal (EQCOF), da Delegacia da Receita Federal do Brasil em Curitiba/PR, contra acórdão proferido por este colegiado, nos termos do voto do então relator, Dr. Kleber Ferreira de Araújo. Do acórdão embargado Este colegiado deu provimento ao recurso voluntário do contribuinte, conforme ementa a seguir transcrita: IMPOSTO DE RENDA PESSOA FÍSICA. RENDIMENTOS PERCEBIDOS ACUMULADAMENTE. REGIME DE COMPETÊNCIA. O Imposto de Renda incidente sobre os rendimentos recebidos acumuladamente deve ser calculado de acordo com as tabelas e alíquotas vigentes à época em que os valores deveriam ter sido adimplidos. Precedentes do STF e do STJ na sistemática dos artigos 543B e 543C do CPC. INCOMPETÊNCIA DO CARF PARA REFAZER O LANÇAMENTO. RENDIMENTOS PERCEBIDOS ACUMULADAMENTE. COMPETÊNCIA PRIVATIVA DA AUTORIDADE ADMINISTRATIVA. O lançamento adotou critério jurídico equivocado e dissonante da jurisprudência do STF e do STJ, impactando a identificação da base de cálculo, das alíquotas vigentes e, consequentemente, o cálculo do tributo devido, o que caracteriza vício material. Não compete ao CARF refazer o lançamento com outros critérios jurídicos. Recurso Voluntário Provido. Dos Embargos Inominados Cientificada da decisão, a ProcuradoriaGeral da Fazenda Nacional (PGFN) interpôs Recurso Especial, ao qual foi dado seguimento. O processo, então, foi encaminhado à Unidade de Origem da RFB, para ciência do sujeito passivo. Porém, o titular da EQCOF opôs os embargos inominados, alegando que: [...] Entretanto, antes de adotarmos as providências de ciência ao contribuinte, procedemos à juntada dos documentos de fls. 235/255, que trata de cumprimento a decisão judicial transitada Fl. 268DF CARF MF 4 em julgado referente à Ação Judicial nº 5001370 43.2011.404.7000/PR. De acordo com a Informação Fiscal extraída do Processo de Acompanhamento Judicial nº 14486 000.568/201191, juntada à fls. 253/255, a apuração de valor devido de Imposto de Renda pelo contribuinte em cumprimento à ação judicial implicaria no cancelamento da Notificação de Lançamento nº 2011/105222182225215, no recurso pendente de apreciação neste processo e no processamento dos valores a restituir apurados pelo contribuinte em sua DIRPF. O processo nº 14486000.568/201191 foi vinculado ao presente no e Processo, facilitando sua consulta. Considerando as informações acima e a existência de recurso pendente de apreciação por este CARF, antes de procedermos à ciência do Acórdão nº 2402005.285, de 11/05/2016, do recurso especial da Fazenda Nacional e do Despacho de Admissibilidade de Recurso Especial, juntado às fls. 227/231, movimentamos o processo a 2ª Seção de Julgamento do CARF, solicitando apreciação dos documentos referentes à Ação Judicial nº 500137043.2011.404.7000/PR, juntados às fls. 253/255, e devida manifestação e eventuais providências quanto ao devido seguimento do processo administrativo em decorrência do cumprimento da ação judicial, propiciando a esta Unidade Preparadora o correto preparo da intimação ao contribuinte neste processo. Da admissibilidade dos Embargos Da alegada ação judicial Segundo apontado nos embargos, a matéria objeto do lançamento foi discutida na ação judicial nº 500137043.2011.404.7000/PR. Diante desse quadro, o presente processo retornou a este Conselho, para manifestação e eventuais providências. Ao fazer o exame de admissibilidade dos citados embargos, o então Presidente desta Turma, Dr. Kleber Ferreira Araújo, entendeu ter havido omissão, mormente por não ter sido apreciada a questão relativa à ação judicial, o que poderia, inclusive, levar à aplicação da Súmula CARF 1. Desta forma, os embargos foram admitidos para julgamento e sorteados a este conselheiro. É o relatório. Fl. 269DF CARF MF Processo nº 19985.722209/201423 Acórdão n.º 2402006.153 S2C4T2 Fl. 4 5 Voto Conselheiro João Victor Ribeiro Aldinucci Relator 1 Conhecimento No entender deste relator, o juízo positivo e prévio de conhecimento dos embargos de declaração, pelo Presidente da Turma, não é definitivo, uma vez que nem o Regimento Interno deste Conselho RICARF e nem o Código de Processo Civil contêm qualquer disposição nesse sentido. Em sendo assim, deve ser preservada a soberania da decisão colegiada, motivo pelo qual estão sendo novamente analisados os pressupostos de admissibilidade recursal, naquilo que já foi admitido para julgamento. Observase, nesse contexto, que os embargos são tempestivos e que foi objetivamente apontada a omissão, de forma que o recurso deve ser conhecido. 2 Da omissão Em seu recurso voluntário, o sujeito passivo pediu para que fosse "aplicado o regime de competência e não o regime de caixa para o recálculo de IRPF", considerando, nos termos da fundamentação, a existência da ação judicial proposta. O próprio contribuinte trouxe aos autos vários documentos da mencionada lide, através dos quais demonstrou ter ajuizado ação para questionar a apuração do IRPF pelo regime de caixa. Essa matéria, portanto, foi inegavelmente submetida à apreciação e julgamento pelo órgão do Judiciário, havendo concomitância entre a instância judicial e administrativa. Isto é, há coincidência entre os objetos veiculados na ação e na peça recursal submetida a este Conselho, mormente pela coincidência entre as causas de pedir de ambos os processos (judicial e administrativo). Não se vislumbra, por outro lado, a existência de matéria distinta daquela constante do processo judicial. A submissão da matéria ao órgão do Judiciário impede a sua apreciação pelo órgão judicante administrativo. Em qualquer hipótese, haveria de prevalecer o que fosse decidido judicialmente. Como reforço do que se alega, vale lembrar que o inc. XXXV do art. 5º da Constituição Federal preleciona que "a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito", de forma que o órgão do Judiciário tem a última palavra na solução de conflitos intersubjetivos. Fl. 270DF CARF MF 6 Singrando esse entendimento, este egrégio Conselho editou a Súmula CARF nº 1, segundo a qual importa renúncia às instâncias administrativas a propositura de ação judicial, pelo sujeito passivo, antes ou depois do lançamento, com o mesmo objeto do processo administrativo. Vejase: Súmula CARF nº 1: Importa renúncia às instâncias administrativas a propositura pelo sujeito passivo de ação judicial por qualquer modalidade processual, antes ou depois do lançamento de ofício, com o mesmo objeto do processo administrativo, sendo cabível apenas a apreciação, pelo órgão de julgamento administrativo, de matéria distinta da constante do processo judicial. Como sabido, este Conselho está obrigado a seguir a orientação traçada em súmulas, ex vi do art. 72 do seu Regimento Interno. Destarte, o recurso não deveria ter sido conhecido. Em sendo assim, e como o suprimento da omissão implica inevitável alteração do resultado do julgamento anteriormente proferido, os embargos devem ser acolhidos com efeitos infringentes, mais especificamente para que o recurso voluntário não seja conhecido. 3 Conclusão Diante do exposto, votase no sentido de CONHECER e ACOLHER os embargos de declaração, para suprir a omissão retro mencionada, com alteração do resultado do julgamento, para NÃO CONHECER do recurso voluntário. (assinado digitalmente) João Victor Ribeiro Aldinucci Fl. 271DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 17546.000497/2007-86
Turma: Primeira Turma Ordinária da Segunda Câmara da Segunda Seção
Câmara: Segunda Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Wed May 09 00:00:00 UTC 2018
Data da publicação: Fri Jun 08 00:00:00 UTC 2018
Ementa: Assunto: Contribuições Sociais Previdenciárias
Período de apuração: 01/02/1997 a 31/01/1999
LANÇAMENTO. NULIDADE. VÍCIO FORMAL. DECADÊNCIA. IMPOSSIBILIDADE DE REPETIÇÃO.
Não é possível a realização de lançamento substitutivo em função da declaração de nulidade por vício formal, quando o primeiro foi aperfeiçoado após o transcurso do prazo decadencial.
Numero da decisão: 2201-004.506
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, dar provimento ao recurso voluntário.
(assinado digitalmente)
Carlos Alberto do Amaral Azeredo - Presidente.
(assinado digitalmente)
Dione Jesabel Wasilewski - Relatora.
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Carlos Henrique de Oliveira, Marcelo Milton da Silva Risso, Daniel Melo Mendes Bezerra, Rodrigo Monteiro Loureiro Amorim, Dione Jesabel Wasilewski, Douglas Kakazu Kushiyama, Carlos Alberto do Amaral Azeredo (Presidente) e Jose Alfredo Duarte Filho (Suplente convocado).
Nome do relator: DIONE JESABEL WASILEWSKI
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decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, dar provimento ao recurso voluntário. (assinado digitalmente) Carlos Alberto do Amaral Azeredo - Presidente. (assinado digitalmente) Dione Jesabel Wasilewski - Relatora. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Carlos Henrique de Oliveira, Marcelo Milton da Silva Risso, Daniel Melo Mendes Bezerra, Rodrigo Monteiro Loureiro Amorim, Dione Jesabel Wasilewski, Douglas Kakazu Kushiyama, Carlos Alberto do Amaral Azeredo (Presidente) e Jose Alfredo Duarte Filho (Suplente convocado).
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NULIDADE. VÍCIO FORMAL. DECADÊNCIA. IMPOSSIBILIDADE DE REPETIÇÃO. Não é possível a realização de lançamento substitutivo em função da declaração de nulidade por vício formal, quando o primeiro foi aperfeiçoado após o transcurso do prazo decadencial. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, dar provimento ao recurso voluntário. (assinado digitalmente) Carlos Alberto do Amaral Azeredo Presidente. (assinado digitalmente) Dione Jesabel Wasilewski Relatora. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Carlos Henrique de Oliveira, Marcelo Milton da Silva Risso, Daniel Melo Mendes Bezerra, Rodrigo Monteiro Loureiro Amorim, Dione Jesabel Wasilewski, Douglas Kakazu Kushiyama, Carlos Alberto do Amaral Azeredo (Presidente) e Jose Alfredo Duarte Filho (Suplente convocado). AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 17 54 6. 00 04 97 /2 00 7- 86 Fl. 1441DF CARF MF 2 Relatório Tratase de Notificação Fiscal de Lançamento de Débito nº 35.848.4227, que exige contribuições previdenciárias do tomador de serviços de mãodeobra, em razão do instituto da responsabilidade solidária, pelo fato de a autuada não manter em seus arquivos, as notas fiscais do fornecedor, folhas de pagamento dos funcionários colocados a sua disposição e as GRPS específicas, vinculadas às faturas. Apurase do Relatório Fiscal (fls. 33/46) que a presente NFLD foi lavrada em substituição à NFLD nº 35.847.9142, a qual teria sido anulada pela DN n° 21.424.4/0338/2006, de 02/05/2006. A fiscalização arrolou outras empresas como solidariamente responsáveis pelo tributo lançado, em virtude de ter entendido que fazem parte de grupo econômico, configurado nos termos do artigo 30, inciso IX, da Lei 8.212, de 1991. Aplicouse ainda a aferição indireta na apuração das contribuições aqui exigidas, pelos fundamentos a seguir expostos no relatório fiscal: 14. Durante a ação fiscal, na qual foi lavrada a NFLD n° 35.847.9142, a empresa foi intimada a apresentar todas as notas fiscais de prestação de serviço, contratos de prestação de serviço, comprovantes de recolhimento prévios específicos e demais documentos previstos na legislação Previdenciária, que viessem a elidir a responsabilidade solidária, através dos TIAD — TERMO DE INTIMAÇÃO PARA APRESENTAÇÃO DE DOCUMENTOS de 21/09/2004 e 30/09/2005, os quais foram apresentados parcialmente, motivo pelo qual foi lavrado o competente Auto de Infração. 15. A empresa não cumpriu com o previsto na Lei 8.212, de 14/07/1991, no artigo 31, parágrafo 4, e na Ordem de Serviço INSS/DAF n°176, de 05/12/1997, item 12. As bases de calculo foram obtidas por aferição indireta, conforme previsto na legislação em vigor à época dos fatos, conforme item 13. 16. Os elementos examinados foram as Notas Fiscais de Prestação de Serviços. A ora recorrente, devidamente intimada, apresentou sua impugnação alegando, em síntese: i) nulidade por cerceamento de defesa, haja vista não ter tido acesso aos autos; ii) impossibilidade de responsabilizar outras empresas que supostamente fazem parte do grupo; iii) decadência do direito do Fisco constituir seus créditos tributários; iv) ausência de fiscalização na empresa contratada (Front Assessoria em Promoções e Eventos Ltda.); v) ausência de débito da prestadora de serviços; vi) inaplicabilidade da responsabilidade solidária aos seus administradores; vii) indevida apuração da Contribuição relativa à rubrica dos segurados; e viii) impossibilidade de utilização da Taxa Selic. Apresentaram impugnação contestando a responsabilidade solidária as empresas supostamente pertencentes ao grupo econômico (fls. 162/1076). A primeira instância manteve em parte a autuação, entendendo por excluir do pólo passivo a empresa Indústria de Bebidas Antarctica do Sudeste SA. e por excluir do crédito Fl. 1442DF CARF MF Processo nº 17546.000497/200786 Acórdão n.º 2201004.506 S2C2T1 Fl. 1.442 3 tributário os valores referentes às contribuições para outras entidades e fundos (Acórdão nº 03 23.171, da 5ª Turma da DRJ/BSA fls. 1078/1096). A autuada e as demais empresas responsáveis solidárias apresentaram recurso voluntário, cuja tempestividade foi certificada pelo despacho de fl. 1313. Em sede recursal é alegado: i) decadência do crédito tributário; ii) ausência de prévia averiguação da situação fiscal da empresa contratada; iii) equívoco na apuração do montante devido; iv) arbitrariedade na indicação dos administradores como coresponsáveis; v) irregularidade da aplicação da taxa SELIC. Neste E. Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, a 3ª Câmara/1ª Turma Ordinária, através da Resolução nº 2301000.107 (fls. 1328/1333), com o fim de verificar a incidência ou não do artigo 173, inciso II, do CTN, determinou a conversão do julgamento em diligência, solicitando a juntada aos autos da integralidade da NFLD nº 35.847.9142, bem como da DN n° 21.424.4/0338/2006, de 02/05/2006. Esses documentos foram anexados às fls. 1347/1368. Retornando a este Conselho, o processo compôs lote sorteado em sessão pública para esta Relatora. É o relatório. Voto Conselheira Dione Jesabel Wasilewski Relatora Os recursos voluntários apresentados preenchem os requisitos de admissibilidade e deles conheço. Preliminar de mérito Decadência Conforme se extrai do relatório, a Resolução nº 2301000.107, determinou a conversão do julgamento deste processo em diligência para verificar a possibilidade de novo lançamento após a declaração de nulidade do lançamento anterior. Em função dessa providência, foram juntados aos autos documentos que dão conta de que o lançamento original foi aperfeiçoado pela ciência do sujeito passivo em 20/01/2006 (fl. 1365), reportandose a créditos tributários de competências compreendidas entre 02/1997 e 01/1999. Neste momento, já está consolidado na jurisprudência administrativa o entendimento de que, em função do enunciado nº 8 da Súmula Vinculante do Supremo Tribunal Federal, o prazo decadencial das contribuições previdenciárias é de cinco anos. Neste caso, ainda que fosse aplicada a regra do art. 173, I, do Código Tributário Nacional CTN, mesmo o mais recente dos fatos geradores (01/1999) já estaria Fl. 1443DF CARF MF 4 fulminado pela decadência quando foi realizado o primeiro lançamento, sendo certo que a reabertura do prazo para lançamento em função da nulidade por vício formal só seria possível se a autuação anulada tivesse sido realizada dentro do prazo regulamentar. Conclusão Ante o exposto, voto por conhecer do recurso voluntário apresentado e lhe dar integral provimento. (assinado digitalmente) Dione Jesabel Wasilewski Fl. 1444DF CARF MF
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Numero do processo: 10845.000181/00-04
Turma: PLENO DA CÂMARA SUPERIOR REC. FISCAIS
Câmara: Pleno
Seção: Câmara Superior de Recursos Fiscais
Data da sessão: Sat Aug 10 00:00:00 UTC 205
Ementa: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. PEDIDO DE RESTITUIÇÃO DE QUOTA DE CAFÉ.
Constatada a existência de omissão e de contradição no Acórdão,
referentes à apreciação de decadência e ao exame de documentação
de pagamentos em recurso não conhecido, cabe o acolhimento
parcial e o provimento parcial dos Embargos de Declaração, por se
configurarem as hipóteses previstas no art. 27 do Regimento Interno
dos Conselhos de Contribuintes.
Embargos de Declaração acolhidos em parte e providos em parte
Numero da decisão: 301-30.215
Decisão: DECIDEM os Membros da Primeira Câmara do Terceiro Conselho de Contribuintes, por unanimidade de votos, acolher em parte e dar provimento parcial aos Embargos de Declaração, nos termos do voto do Relator.
Nome do relator: Jose Luiz Novo Rossari
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Numero do processo: 13851.902686/2013-29
Turma: Primeira Turma Ordinária da Quarta Câmara da Primeira Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Fri Apr 13 00:00:00 UTC 2018
Data da publicação: Thu Jun 07 00:00:00 UTC 2018
Ementa: Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Jurídica - IRPJ
Ano-calendário: 2012
DECLARAÇÃO DE COMPENSAÇÃO. DESPACHO DECISÓRIO. INTIMAÇÃO. INCONSISTÊNCIAS DO PEDIDO. NULIDADE INEXISTENTE.
Diante da certeza de que o despacho decisório de não homologação da compensação explicita de maneira fundamentada os motivos pelos quais o crédito pleiteado foi considerado inexistente, não assiste razão à Recorrente a respeito da alegação de sua nulidade. Também não acarreta nulidade a dispensa de intimação para a comprovação do crédito quando não há nenhuma dúvida quanto à sua falta de liquidez e certeza.
Numero da decisão: 1401-002.464
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, negar provimento ao recurso nos termos do voto do Relator.
(assinado digitalmente)
Luiz Augusto de Souza Gonçalves - Presidente e Relator
Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros: Guilherme Adolfo dos Santos Mendes, Lívia De Carli Germano, Luiz Rodrigo de Oliveira Barbosa, Luciana Yoshihara Arcângelo Zanin, Abel Nunes de Oliveira Neto, Daniel Ribeiro Silva, Letícia Domingues Costa Braga e Luiz Augusto de Souza Gonçalves.
Nome do relator: LUIZ AUGUSTO DE SOUZA GONCALVES
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ementa_s : Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Jurídica - IRPJ Ano-calendário: 2012 DECLARAÇÃO DE COMPENSAÇÃO. DESPACHO DECISÓRIO. INTIMAÇÃO. INCONSISTÊNCIAS DO PEDIDO. NULIDADE INEXISTENTE. Diante da certeza de que o despacho decisório de não homologação da compensação explicita de maneira fundamentada os motivos pelos quais o crédito pleiteado foi considerado inexistente, não assiste razão à Recorrente a respeito da alegação de sua nulidade. Também não acarreta nulidade a dispensa de intimação para a comprovação do crédito quando não há nenhuma dúvida quanto à sua falta de liquidez e certeza.
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decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, negar provimento ao recurso nos termos do voto do Relator. (assinado digitalmente) Luiz Augusto de Souza Gonçalves - Presidente e Relator Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros: Guilherme Adolfo dos Santos Mendes, Lívia De Carli Germano, Luiz Rodrigo de Oliveira Barbosa, Luciana Yoshihara Arcângelo Zanin, Abel Nunes de Oliveira Neto, Daniel Ribeiro Silva, Letícia Domingues Costa Braga e Luiz Augusto de Souza Gonçalves.
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PERDCOMP Recorrente JOSÉ MARIA DOS SANTOS TRANSPORTADORA ME Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA JURÍDICA IRPJ Anocalendário: 2012 DECLARAÇÃO DE COMPENSAÇÃO. DESPACHO DECISÓRIO. INTIMAÇÃO. INCONSISTÊNCIAS DO PEDIDO. NULIDADE INEXISTENTE. Diante da certeza de que o despacho decisório de não homologação da compensação explicita de maneira fundamentada os motivos pelos quais o crédito pleiteado foi considerado inexistente, não assiste razão à Recorrente a respeito da alegação de sua nulidade. Também não acarreta nulidade a dispensa de intimação para a comprovação do crédito quando não há nenhuma dúvida quanto à sua falta de liquidez e certeza. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, negar provimento ao recurso nos termos do voto do Relator. (assinado digitalmente) Luiz Augusto de Souza Gonçalves Presidente e Relator Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros: Guilherme Adolfo dos Santos Mendes, Lívia De Carli Germano, Luiz Rodrigo de Oliveira Barbosa, Luciana Yoshihara Arcângelo Zanin, Abel Nunes de Oliveira Neto, Daniel Ribeiro Silva, Letícia Domingues Costa Braga e Luiz Augusto de Souza Gonçalves. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 13 85 1. 90 26 86 /2 01 3- 29 Fl. 62DF CARF MF 2 Relatório Tratase de PER/DCOMP em que a Contribuinte pretende compensar débito de sua titularidade com crédito de IRPJ, recolhido via DARF em 14/01/2013, no valor de R$ 1.823,55. Analisando o pedido, a Autoridade Administrativa que jurisdiciona a Recorrente não homologou a compensação pretendida ante a constatação de que o pagamento indicado teria sido integralmente utilizado para a quitação de outros débitos de sua responsabilidade, não restando crédito disponível para a compensação pretendida. Irresignado com o indeferimento do PER/DCOMP, a Contribuinte apresentou manifestação de inconformidade à DRJ, tendo a Delegacia de Julgamento assim se pronunciado: ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA JURÍDICA IRPJ Anocalendário: 2012 DECLARAÇÃO DE COMPENSAÇÃO. PAGAMENTO INDEVIDO OU A MAIOR. CRÉDITO NÃO COMPROVADO. Não se admite a compensação se o contribuinte não comprovar a existência de crédito líquido e certo. Manifestação de Inconformidade Improcedente Direito Creditório Não Reconhecido Intimado do Acórdão de Manifestação de Inconformidade, apresentou Recurso Voluntário onde, em apertada síntese, argui o seguinte: 1) Reitera a arguição de nulidade do despacho decisório haja vista a forma sintética como foi tratado o direito da Recorrente, o que o estaria impedindo de ter uma visão clara do porque o seu crédito fora declarado inexistente. Fundamenta suas alegações no disposto no art. 59, inc. II, do Decreto 70.235/72; 2) Entende que deveria, obrigatoriamente, ter sido intimado previamente à edição do despacho decisório para que tivesse oportunidade de comprovar a existência do crédito pleiteado, conforme o disposto no art. 65, da Instrução Normativa SRF nº 900/2008. Afinal, vieram os autos para este Conselheiro relatar e votar. É o relatório. Fl. 63DF CARF MF Processo nº 13851.902686/201329 Acórdão n.º 1401002.464 S1C4T1 Fl. 3 3 Voto Conselheiro Luiz Augusto de Souza Gonçalves, Relator. O julgamento deste processo segue a sistemática dos recursos repetitivos, regulamentada pelo art. 47, §§ 1º, 2º e 3º, do Anexo II, do RICARF, aprovado pela Portaria MF 343, de 09 de junho de 2015. Portanto, ao presente litígio aplicase o decidido no Acórdão nº 1401002.457, de 13.04.2018, proferida no julgamento do Processo nº 13851.902677/201338, paradigma ao qual o presente processo fica vinculado. Transcrevese, como solução deste litígio, nos termos regimentais, o entendimento que prevaleceu naquela decisão (Acórdão nº 1401002.457): O Recurso Voluntário é tempestivo e sua matéria se enquadra na competência deste Colegiado. Os demais pressupostos de admissibilidade igualmente foram atendidos. A peça recursal limitase a reclamar a nulidade do despacho decisório que não homologou a compensação pleiteada. Nenhuma arguição de mérito, principalmente em relação à existência do crédito declarado, foi trazida pelo recurso. E, como veremos adiante, as alegações de que o despacho decisório incorreria em nulidade são totalmente descabidas. O primeiro ponto, relativo à falta de motivação/fundamentação, que teria impedido a Contribuinte de "ter uma visão clara" do porque o seu crédito fora declarado inexistente foi assim tratado no acórdão recorrido: O despacho não deixa dúvida quanto à sua motivação: o fundamento de fato para a não homologação é a inexistência do crédito utilizado na compensação; o fundamento legal é, entre outros, o art. 74 da Lei n.º 9.430, de 1996. O caput do referido artigo diz que o sujeito passivo que apurar crédito passível de restituição ou de ressarcimento poderá utilizálo na compensação de débitos próprios. Isso significa que, se o sujeito passivo não apurar crédito passível de restituição ou ressarcimento, não poderá fazer compensação. Portanto, a inexistência do crédito utilizado no PER/DCOMP é fundamento de fato legítimo e suficiente para a não homologação. O despacho decisório explicita de maneira fundamentada, como se concluiu pela inexistência do crédito utilizado. Lá consta que o Darf apresentado como origem do crédito foi utilizado para pagamento de tributo declarado. Entre as informações nele apresentadas, estão o valor original do débito declarado, seu período de apuração e o código do tributo. Demonstrase, assim, que o despacho traz, de forma explícita, a motivação da não homologação. A exposição é clara e exaustiva, não havendo preterição do direito de defesa. Fl. 64DF CARF MF 4 A análise da motivação é questão de mérito. Sua eventual improcedência não é motivo de nulidade e não afeta o estabelecimento da relação jurídica processual. Perfeita a análise empreendida pela DRJ. Os motivos pelos quais o despacho decisório declarou a inexistência do crédito estão muito bem delineados. Vejam abaixo uma fotografia do próprio despacho decisório que evidencia o dito pelo acórdão: Aliás, a própria decisão recorrida traz uma informação, não contestada pela Contribuinte no Recurso Voluntário, de que o mesmo DARF tido como origem do crédito teria sido utilizado em outras 19 (dezenove) PER/DCOMP, além desta. Vejam: Ainda que o DARF utilizado constituísse pagamento indevido, não seria suficiente para fazer frente a tantas compensações com ele pretendidas. O mesmo DARF, no valor de R$ 11.411,75, foi utilizado em 20 PER/DCOMP para compensar débitos que somam R$93.176,36, conforme abaixo discriminado: Então, resta claramente demonstrado que a Contribuinte sabia exatamente o que estava fazendo, bem assim do porque o alegado crédito seria inexistente. Também muito bem explicado o porque de a Contribuinte limitarse a aventar a nulidade do despacho decisório, ao invés de tentar demonstrar a existência do crédito. O segundo ponto levantado pela Recorrente trata da pretensa obrigatoriedade de a Autoridade Administrativa intimála, previamente à edição do despacho decisório, para que Fl. 65DF CARF MF Processo nº 13851.902686/201329 Acórdão n.º 1401002.464 S1C4T1 Fl. 4 5 comprovasse a existência do crédito pleiteado, diante da inconsistência apontada, conforme o disposto no art. 65, da Instrução Normativa SRF nº 900/2008. Curioso, neste ponto, é que quando da manifestação de inconformidade, a norma citada fora a Instrução Normativa SRF nº 1.300/2012, e não a IN SRF nº 900/2008. Ocorre que a IN SRF nº 900/2008 foi totalmente revogada pela IN SRF nº 1.300/2012, esta sim, passível de citação pelo Recurso Voluntário, eis que vigente à época da transmissão da PER/DCOMP. Fato é que a IN SRF nº 1.300/2012 reproduziu em seu art. 74 a redação contida no art. 65 da IN SRF nº 900/2008, utilizada pela Recorrente. Abaixo colaciono o referido dispositivo: IN SRF nº 1.300/2012 Art. 76. A autoridade da RFB competente para decidir sobre a restituição, o ressarcimento, o reembolso e a compensação poderá condicionar o reconhecimento do direito creditório à apresentação de documentos comprobatórios do referido direito, inclusive arquivos magnéticos, bem como determinar a realização de diligência fiscal nos estabelecimentos do sujeito passivo a fim de que seja verificada, mediante exame de sua escrituração contábil e fiscal, a exatidão das informações prestadas. Quer nos fazer crer a Recorrente que a expressão "poderá", grifada no texto, constituirseia em um poderdever da Administração de intimar o contribuinte quando, durante a análise de pedidos como este que estamos apreciando, houver sido verificada, em suas próprias palavras, "uma inconsistência nos créditos declarados pelo contribuinte". Aqui, claramente, estamos diante de uma tentativa de inversão do alcance do dispositivo colacionado. Tal norma nada mais é do que uma garantia posta ao Fisco de somente conceder a restituição/ressarcimento/compensação quando estiver seguro quanto a liquidez e certeza do crédito apresentado pelo Contribuinte. Em havendo dúvida por parte do Fisco em relação ao crédito apresentado, o referido dispositivo lhe permite condicionar o pagamento/compensação à sua efetiva comprovação, seja pela apresentação "de documentos comprobatórios do referido direito, inclusive arquivos magnéticos", seja pela determinação de "realização de diligência fiscal nos estabelecimentos do sujeito passivo a fim de que seja verificada, mediante exame de sua escrituração contábil e fiscal, a exatidão das informações prestadas". No caso em apreço, não houve dúvida nenhuma da parte do Fisco ao não homologar a compensação, eis que patente a inexistência do crédito pleiteado, ante à sua total utilização para a quitação de outros débitos que não aqueles apontados na PER/DCOMP sob análise. Não se trata, portanto, de uma obrigação, mas tão somente de uma faculdade posta à disposição da Autoridade Administrativa para garantir a correção no deferimento dos pleitos dos Fl. 66DF CARF MF 6 Contribuintes. Portanto, também neste ponto, rechaço as alegações da Recorrente. Por todo o exposto, nego provimento ao recurso voluntário. Aplicandose a decisão do paradigma ao presente processo, em razão da sistemática prevista nos §§ 1º, 2º e 3º do art. 47, do Anexo II, do RICARF, voto por negar provimento ao recurso voluntário. (assinado digitalmente) Luiz Augusto de Souza Gonçalves Fl. 67DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 10850.001769/2006-91
Turma: Segunda Turma Ordinária da Quarta Câmara da Terceira Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Wed May 23 00:00:00 UTC 2018
Data da publicação: Thu Jun 21 00:00:00 UTC 2018
Ementa: Assunto: Normas Gerais de Direito Tributário
Data do fato gerador: 28/02/2003
Ementa:
EMBARGOS INOMINADOS. ERRO MATERIAL. EQUÍVOCO RECONHECIDO.
Identificado o erro material tal equívoco deve ser sanado, sem que isso implique em efeitos infringentes.
Embargos acolhidos apenas para fins de retificação de erro material.
Numero da decisão: 3402-005.256
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em conhecer e acolher os Embargos Inominados para retificar o erro material no acórdão embargado.
(assinado digitalmente)
Waldir Navarro Bezerra - Presidente.
(assinado digitalmente)
Diego Diniz Ribeiro - Relator.
Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros Waldir Navarro Bezerra, Maria Aparecida Martins de Paula, Diego Diniz Ribeiro, Pedro Sousa Bispo, Thais De Laurentiis Galkowicz, Maysa de Sá Pittondo Deligne, Rodrigo Mineiro e Carlos Augusto Daniel Neto.
Nome do relator: DIEGO DINIZ RIBEIRO
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ementa_s : Assunto: Normas Gerais de Direito Tributário Data do fato gerador: 28/02/2003 Ementa: EMBARGOS INOMINADOS. ERRO MATERIAL. EQUÍVOCO RECONHECIDO. Identificado o erro material tal equívoco deve ser sanado, sem que isso implique em efeitos infringentes. Embargos acolhidos apenas para fins de retificação de erro material.
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decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em conhecer e acolher os Embargos Inominados para retificar o erro material no acórdão embargado. (assinado digitalmente) Waldir Navarro Bezerra - Presidente. (assinado digitalmente) Diego Diniz Ribeiro - Relator. Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros Waldir Navarro Bezerra, Maria Aparecida Martins de Paula, Diego Diniz Ribeiro, Pedro Sousa Bispo, Thais De Laurentiis Galkowicz, Maysa de Sá Pittondo Deligne, Rodrigo Mineiro e Carlos Augusto Daniel Neto.
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HOLDING S/A ASSUNTO: NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO Data do fato gerador: 28/02/2003 Ementa: EMBARGOS INOMINADOS. ERRO MATERIAL. EQUÍVOCO RECONHECIDO. Identificado o erro material tal equívoco deve ser sanado, sem que isso implique em efeitos infringentes. Embargos acolhidos apenas para fins de retificação de erro material. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em conhecer e acolher os Embargos Inominados para retificar o erro material no acórdão embargado. (assinado digitalmente) Waldir Navarro Bezerra Presidente. (assinado digitalmente) Diego Diniz Ribeiro Relator. Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros Waldir Navarro Bezerra, Maria Aparecida Martins de Paula, Diego Diniz Ribeiro, Pedro Sousa Bispo, Thais De Laurentiis Galkowicz, Maysa de Sá Pittondo Deligne, Rodrigo Mineiro e Carlos Augusto Daniel Neto. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 85 0. 00 17 69 /2 00 6- 91 Fl. 297DF CARF MF 2 Relatório 1. Tratase de processo administrativo decorrente da apresentação de manifestação de inconformidade contra despacho decisório que indeferiu pedido de restituição do contribuinte, manifestação essa julgada improcedente pela DRJ de Ribeirão Preto. 2. Diante deste quadro, o contribuinte interpôs recurso voluntário alegando a legitimidade do seu crédito, bem como a submissão do Poder Executivo ao precedente vinculante do STF veiculado no âmbito do julgamento do RE n. 390.840/MG. Tal recurso foi provido por esta Turma julgadora, conforme retratado no acórdão n. 3402004.88 (fls. 373/376). 3. Ocorre que, em sede de cumprimento da decisão alhures mencionada, o titular da unidade da administração tributária encarregada da liquidação e execução do acórdão, interpôs os embargos de declaração de fls. 292/293, tendo por escopo suprir erro material. 4. Tal recurso foi admitido pelo r. despacho de fls. 295/296. 5. É o relatório. Voto Conselheiro Diego Diniz Ribeiro 6. O recurso interposto é tempestivo e preenche os demais pressupostos formais de admissibilidade, motivo pelo qual dele tomo conhecimento. 7. No mérito tal recurso merece ser provido, já que de fato possui notório erro material. Isso porque, ao se analisar o teor do relatório do voto embargado, bem como sua parte dispositiva, este Relator, por um lapso, afirmou que o presente caso tratarseia de compensação declarada pelo contribuinte e não homologada pelo fisco, enquanto que, em verdade, o que se tem aqui é pedido de restituição indeferido pela fiscalização. 8. Tal lapso está presente tanto no relatório do voto, quando na sua parte dispositiva, motivo pelo qual os embargos inominados interpostos devem ser conhecidos e provido para a retificação do acórdão embargado. Dispositivo 9. Ante o exposto, voto por conhecer e dar provimento aos embargos inominados interpostos, sem efeitos infringentes, devendo o acórdão embargado ser retificado para que, onde se lê 1. Tratase de processo administrativo decorrente da apresentação de manifestação de inconformidade contra despacho decisório que não homologou compensação declarada pelo contribuinte... seja lido 1. Tratase de processo administrativo decorrente da apresentação de manifestação de inconformidade contra Fl. 298DF CARF MF Processo nº 10850.001769/200691 Acórdão n.º 3402005.256 S3C4T2 Fl. 298 3 despacho decisório que indeferiu pedido de restituição apresentado pelo contribuinte... bem como para que, onde se lê 10. Diante do exposto voto por dar provimento ao recurso voluntário interposto pelo contribuinte, reconhecendo a juridicidade do crédito por ele vindicado, de modo que a compensação apresentada pelo contribuinte seja analisada pela RFB apenas para fins de apuração quanto à exatidão do montante compensado. seja lido 10. Diante do exposto voto por dar provimento ao recurso voluntário interposto pelo contribuinte, reconhecendo a juridicidade do crédito por ele vindicado, de modo que o pedido de restituição apresentado pelo contribuinte seja analisado pela RFB apenas para fins de apuração quanto à exatidão do montante compensado. 10. É como voto. (assinado digitalmente) Diego Diniz Ribeiro Relator. Fl. 299DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 10850.901450/2013-97
Turma: Segunda Turma Ordinária da Quarta Câmara da Primeira Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Wed Apr 11 00:00:00 UTC 2018
Data da publicação: Thu Jun 21 00:00:00 UTC 2018
Ementa: Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Jurídica - IRPJ
Ano-calendário: 2011
RESTITUIÇÃO. DIREITO CREDITÓRIO.
A simples retificação de declarações para alterar valores originalmente declarados, desacompanhada de documentação hábil e idônea, não pode ser admitida para modificar Despacho Decisório.
Numero da decisão: 1402-003.078
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, negar provimento ao recurso voluntário
(assinado digitalmente)
Paulo Mateus Ciccone - Presidente
(assinado digitalmente)
Evandro Correa Dias - Relator
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Marco Rogério Borges, Caio Cesar Nader Quintella, Edgar Bragança Bazhuni, Leonardo Luis Pagano Goncalves, Evandro Correa Dias, Lucas Bevilacqua Cabianca Vieira, Demetrius Nichele Macei e Paulo Mateus Ciccone (Presidente).
Nome do relator: EVANDRO CORREA DIAS
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ementa_s : Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Jurídica - IRPJ Ano-calendário: 2011 RESTITUIÇÃO. DIREITO CREDITÓRIO. A simples retificação de declarações para alterar valores originalmente declarados, desacompanhada de documentação hábil e idônea, não pode ser admitida para modificar Despacho Decisório.
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decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, negar provimento ao recurso voluntário (assinado digitalmente) Paulo Mateus Ciccone - Presidente (assinado digitalmente) Evandro Correa Dias - Relator Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Marco Rogério Borges, Caio Cesar Nader Quintella, Edgar Bragança Bazhuni, Leonardo Luis Pagano Goncalves, Evandro Correa Dias, Lucas Bevilacqua Cabianca Vieira, Demetrius Nichele Macei e Paulo Mateus Ciccone (Presidente).
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DIREITO CREDITÓRIO. A simples retificação de declarações para alterar valores originalmente declarados, desacompanhada de documentação hábil e idônea, não pode ser admitida para modificar Despacho Decisório. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, negar provimento ao recurso voluntário (assinado digitalmente) Paulo Mateus Ciccone Presidente (assinado digitalmente) Evandro Correa Dias Relator Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Marco Rogério Borges, Caio Cesar Nader Quintella, Edgar Bragança Bazhuni, Leonardo Luis Pagano Goncalves, Evandro Correa Dias, Lucas Bevilacqua Cabianca Vieira, Demetrius Nichele Macei e Paulo Mateus Ciccone (Presidente). AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 85 0. 90 14 50 /2 01 3- 97 Fl. 40DF CARF MF Processo nº 10850.901450/201397 Acórdão n.º 1402003.078 S1C4T2 Fl. 41 2 Relatório Tratase de recurso voluntário interposto contra acórdão proferido pela Delegacia da Receita Federal de Julgamento em São Paulo (SP) assim ementado: "ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA JURÍDICA IRPJ Anocalendário: 2011 RESTITUIÇÃO. DIREITO CREDITÓRIO. ÔNUS DA PROVA. A simples retificação de declarações para alterar valores originalmente declarados, desacompanhada de documentação hábil e idônea, não pode ser admitida para modificar Despacho Decisório. Manifestação de Inconformidade Improcedente Direito Creditório Não Reconhecido" O caso foi assim relatado pela instância a quo, in verbis: "Trata o presente processo de Pedido de Restituição (PER/DCOMP n° 41290.94581.271212.1.2.048254), transmitida em 27/12/2012, por meio da qual o contribuinte acima identificado solicita restituição de direito creditório decorrente de pagamento indevido ou a maior de IRPJ (código 2089) do período de apuração 31/12/2011. Despacho Decisório (fl. 04) da Delegacia da Receita Federal em São José do Rio Preto indeferiu o Pedido de Restituição em virtude da inexistência de crédito, sob a seguinte fundamentação: "A partir das características do DARF discriminado no PER/DCOMP acima identificado, foram localizados um ou mais pagamentos, abaixo relacionados, mas integralmente utilizados pra quitação de débitos do contribuinte, não restando crédito disponível para restituição. " Cientificado do Despacho Decisório por via postal em 14/05/2013, o contribuinte apresentou, em 07/06/2013, manifestação de inconformidade (fl. 03), alegando que teve indeferido seu pedido de restituição pelo fato de não ter retificado suas declarações (DCTF, DACON e DIPJ), porém pleiteia novamente o crédito afirmando ter corrigido todas as declarações." Inconformada com a decisão da Instância a quo, a recorrente interpôs recurso voluntário, no qual traz a seguinte explicação para retificar a DCTF, DACON e DIPJ: Fl. 41DF CARF MF Processo nº 10850.901450/201397 Acórdão n.º 1402003.078 S1C4T2 Fl. 42 3 "Isto tudo foi feito quando constatado que a empresa LC ASSISTÊNCIA MÉDICA S/S LTDA, recolheu o IRPJ sendo 4,80% e a CSLL sendo 2,88% na sua totalidade, e a empresa INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO ESTRATÉGICO E ASSISTÊNCIA INTEGRAL A SAÚDE, CNPJ N° 00.376.056/000145, também havia retido e recolhido o IRRF 1,5%, Código 1708 e o PIS/COFINS/CSLL 4,65% Código 5952." Em seu pedido, requer que se aceite as retificações das declarações, pleiteando o crédito novamente referente ao PER/DCOMP acima identificado. Fl. 42DF CARF MF Processo nº 10850.901450/201397 Acórdão n.º 1402003.078 S1C4T2 Fl. 43 4 Voto Conselheiro Evandro Correa Dias, Relator. O Recurso voluntário é tempestivo e atende aos demais requisitos, portanto dele conheço. O recorrente teve seu pedido de restituição indeferido o fato de que, ainda que tenha sido localizado pagamento ao qual se amolda aquele apontado na PER/DCOMP como origem do crédito, o valor correspondente já teria sido utilizado para a extinção anterior de outro débito. Isso equivale a dizer que o valor do DARF foi integralmente consumido na extinção, por pagamento, de débito regularmente registrado nos arquivos da Receita Federal, motivo pelo qual não há saldo disponível para restituir. O recorrente alega que retificou as declarações DCTF, DACON e DIPJ para redução de tributos, pois recolheu o IRPJ e a CSLL na sua totalidade, contudo a empresa INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO ESTRATÉGICO E ASSISTÊNCIA INTEGRAL A SAÚDE, CNPJ N° 00.376.056/000145, também havia retido e recolhido o IRRF e o PIS/COFINS/CSLL. Uma vez que a administração tributária tenha iniciado procedimento fiscal para verificar as obrigações tributárias referentes a determinado período e tributo, não mais se pode falar em espontaneidade na entrega de declaração retificadora. Dessa forma, uma vez que a administração tributária emite decisão com base em declaração regularmente entregue, não é lícito que o recorrente retifique a informação que levou àquela decisão e pretenda que seja a nova informação aceita sem passar pelo crivo do Autoridade Fiscal. Sendo assim, deveria o recorrente ter apresentado sua manifestação de inconformidade acompanhada de elementos probatórios que permitissem à autoridade julgadora constatar a efetiva ocorrência dos alegados equívocos cometidos em suas declarações anteriores, nos termos do artigo 16, § 4º do Decreto nº 70.235/1972. Contudo, apesar das alegações, o recorrente não traz quaisquer documentos (notas fiscais, recibos, comprovante de pagamento) que comprovem que houve a retenção dos referidos valores de IRRF, CSLL, PIS e COFINS. Além de não comprovar a retenção dos referido tributos, também não houve a demonstração de que os valores retidos seriam suficientes para quitar integralmente os tributos apurados a partir de seus livros comerciais e fiscais. Desse modo, sendo do recorrente o ônus de provar o crédito que alegava ter, nos termos do artigo 333, I, do Código de Processo Civil, e não tendo se desincumbido de referido ônus, cumpre indeferir seu pedido de restituição e de compensação, por falta de comprovação da existência do crédito. Fl. 43DF CARF MF Processo nº 10850.901450/201397 Acórdão n.º 1402003.078 S1C4T2 Fl. 44 5 Conclusão Ante o exposto, voto por negar provimento ao Recurso Voluntário. (assinado digitalmente) Evandro Correa Dias Fl. 44DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 10850.904381/2012-92
Turma: Segunda Turma Extraordinária da Terceira Seção
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Tue Apr 10 00:00:00 UTC 2018
Data da publicação: Mon May 07 00:00:00 UTC 2018
Ementa: Assunto: Normas Gerais de Direito Tributário
Período de apuração: 01/07/2011 a 31/07/2011
NULIDADE DA DECISÃO. FALTA DE MOTIVAÇÃO. CERCEAMENTO DE DEFESA. INOCORRÊNCIA.
Incabível a nulidade arguida quando demonstrada na decisão a motivação quanto ao indeferimento do pleito e quando consideradas todas as matérias suscitadas pela recorrente, em pleno atendimento ao contraditório e à ampla defesa do contribuinte.
COMPENSAÇÃO. DCTF RETIFICADORA. PROVA INSUFICIENTE.
A retificação da DCTF não é suficiente, por si só, para comprovar a certeza e liquidez do crédito tributário que se pretende compensar. É indispensável a demonstração da ocorrência de erro na DCTF original.
Assunto: Processo Administrativo Fiscal
Período de apuração: 01/07/2011 a 31/07/2011
COMPENSAÇÃO. ÔNUS PROBATÓRIO DO CONTRIBUINTE.
É do contribuinte o ônus de comprovar a certeza e a liquidez do crédito para o qual pleiteia compensação.
APRESENTAÇÃO DE PROVA APÓS O RECURSO VOLUNTÁRIO. PRECLUSÃO.
A apreciação de documentos não submetidos à autoridade julgadora de primeira instância é possível nas hipóteses previstas no art. 16, § 4º do Decreto nº 70.235, de 1972.
DILIGÊNCIA FISCAL. FINALIDADE.
A diligência fiscal tem a finalidade de dirimir dúvidas sobre fatos relacionados ao litígio, não de trazer aos autos as provas documentais que cabia ao sujeito passivo produzir.
Numero da decisão: 3002-000.087
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em rejeitar a preliminar suscitada no recurso e, no mérito, em negar provimento ao Recurso Voluntário.
(assinado digitalmente)
Larissa Nunes Girard - Presidente e Relatora
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Larissa Nunes Girard (presidente), Carlos Alberto da Silva Esteves, Diego Weis Junior e Maria Eduarda Alencar Câmara Simões.
Nome do relator: LARISSA NUNES GIRARD
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ementa_s : Assunto: Normas Gerais de Direito Tributário Período de apuração: 01/07/2011 a 31/07/2011 NULIDADE DA DECISÃO. FALTA DE MOTIVAÇÃO. CERCEAMENTO DE DEFESA. INOCORRÊNCIA. Incabível a nulidade arguida quando demonstrada na decisão a motivação quanto ao indeferimento do pleito e quando consideradas todas as matérias suscitadas pela recorrente, em pleno atendimento ao contraditório e à ampla defesa do contribuinte. COMPENSAÇÃO. DCTF RETIFICADORA. PROVA INSUFICIENTE. A retificação da DCTF não é suficiente, por si só, para comprovar a certeza e liquidez do crédito tributário que se pretende compensar. É indispensável a demonstração da ocorrência de erro na DCTF original. Assunto: Processo Administrativo Fiscal Período de apuração: 01/07/2011 a 31/07/2011 COMPENSAÇÃO. ÔNUS PROBATÓRIO DO CONTRIBUINTE. É do contribuinte o ônus de comprovar a certeza e a liquidez do crédito para o qual pleiteia compensação. APRESENTAÇÃO DE PROVA APÓS O RECURSO VOLUNTÁRIO. PRECLUSÃO. A apreciação de documentos não submetidos à autoridade julgadora de primeira instância é possível nas hipóteses previstas no art. 16, § 4º do Decreto nº 70.235, de 1972. DILIGÊNCIA FISCAL. FINALIDADE. A diligência fiscal tem a finalidade de dirimir dúvidas sobre fatos relacionados ao litígio, não de trazer aos autos as provas documentais que cabia ao sujeito passivo produzir.
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Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO Período de apuração: 01/07/2011 a 31/07/2011 NULIDADE DA DECISÃO. FALTA DE MOTIVAÇÃO. CERCEAMENTO DE DEFESA. INOCORRÊNCIA. Incabível a nulidade arguida quando demonstrada na decisão a motivação quanto ao indeferimento do pleito e quando consideradas todas as matérias suscitadas pela recorrente, em pleno atendimento ao contraditório e à ampla defesa do contribuinte. COMPENSAÇÃO. DCTF RETIFICADORA. PROVA INSUFICIENTE. A retificação da DCTF não é suficiente, por si só, para comprovar a certeza e liquidez do crédito tributário que se pretende compensar. É indispensável a demonstração da ocorrência de erro na DCTF original. ASSUNTO: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL Período de apuração: 01/07/2011 a 31/07/2011 COMPENSAÇÃO. ÔNUS PROBATÓRIO DO CONTRIBUINTE. É do contribuinte o ônus de comprovar a certeza e a liquidez do crédito para o qual pleiteia compensação. APRESENTAÇÃO DE PROVA APÓS O RECURSO VOLUNTÁRIO. PRECLUSÃO. A apreciação de documentos não submetidos à autoridade julgadora de primeira instância é possível nas hipóteses previstas no art. 16, § 4º do Decreto nº 70.235, de 1972. DILIGÊNCIA FISCAL. FINALIDADE. A diligência fiscal tem a finalidade de dirimir dúvidas sobre fatos relacionados ao litígio, não de trazer aos autos as provas documentais que cabia ao sujeito passivo produzir. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 85 0. 90 43 81 /2 01 2- 92 Fl. 103DF CARF MF Processo nº 10850.904381/201292 Acórdão n.º 3002000.087 S3C0T2 Fl. 3 2 Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em rejeitar a preliminar suscitada no recurso e, no mérito, em negar provimento ao Recurso Voluntário. (assinado digitalmente) Larissa Nunes Girard Presidente e Relatora Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Larissa Nunes Girard (presidente), Carlos Alberto da Silva Esteves, Diego Weis Junior e Maria Eduarda Alencar Câmara Simões. Relatório Trata o processo de declaração de compensação na qual o contribuinte informa a ocorrência de pagamento indevido ou a maior de Cofins e requer a compensação de R$ 16.000,12, relativos ao período de apuração julho/2011, com débitos de CSLL. O Per/Dcomp foi transmitido em janeiro/2012 (fls. 2 a 6). Por meio de despacho decisório à fl. 7, a DRF/São José do Rio Preto decidiu pela não homologação da compensação por concluir que o crédito relativo ao Darf discriminado havia sido utilizado integralmente na quitação de outros débitos do contribuinte, não restando crédito para a realização de compensação. A recorrente apresentou manifestação de inconformidade na qual alegou, preliminarmente, nulidade do despacho decisório por falta de motivação e cerceamento de defesa e, em relação ao mérito, que teria direito à compensação por ter recolhido a contribuição sobre base de cálculo alargada, cuja inconstitucionalidade já havia sido reconhecida pelo STF. Por fim, requereu o direito à apresentação oportuna de provas, por motivo de força maior (fls. 10 a 23). Instruiu sua manifestação de inconformidade com procuração, peças de identificação dos procuradores e contrato social (fls. 24 a 50). A Delegacia de Julgamento em Ribeirão Preto proferiu o Acórdão nº 14 54.618 (fls. 55 a 63), por meio do qual decidiu pela improcedência da manifestação de inconformidade, tendo em vista a inocorrência das nulidades alegadas e, também, a inexistência de prova do alegado direito de crédito, nos termos da ementa a seguir: ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL COFINS Data do fato gerador: 25/08/2011 DESPACHO DECISÓRIO. NULIDADE. As argüições de nulidade do despacho decisório só prevalecem se enquadradas nas hipóteses previstas na lei para a sua ocorrência. Fl. 104DF CARF MF Processo nº 10850.904381/201292 Acórdão n.º 3002000.087 S3C0T2 Fl. 4 3 Não provada violação às disposições do artigo 59 do Decreto nº 70.235, de 1972, rejeitase a alegação de nulidade do Despacho Decisório Eletrônico. CERCEAMENTO DO DIREITO DE DEFESA. INOCORRÊNCIA. Não se configura cerceamento do direito de defesa se o conhecimento dos atos processuais pelo acusado e o seu direito de resposta ou de reação se encontraram plenamente assegurados. JUNTADA POSTERIOR DE DOCUMENTOS. Em regra, não se admite a juntada posterior de documentos, salvo nas hipóteses expressamente previstas em lei. PEDIDO DE DILIGÊNCIA OU PERÍCIA. PRESCINDIBILIDADE. INDEFERIMENTO. Estando presentes nos autos todos os elementos de convicção necessários à adequada solução da lide, indeferese, por prescindível, o pedido de diligência ou perícia. DCTF. CONFISSÃO DE DÍVIDA. Considerase confissão de dívida os débitos declarados em DCTF (Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais), motivo pelo qual qualquer alegação de erro no seu preenchimento deve vir acompanhada de declaração retificadora munida de documentos idôneos para justificar as alterações realizadas no cálculo dos tributos devidos. ALARGAMENTO DA BASE DE CÁLCULO DA CONTRIBUIÇÃO.§ 1º DO ART. 3º DA LEI Nº 9.718, DE 1998. INCONSTITUCIONALIDADE. BASE DE CÁLCULO. Declarada a inconstitucionalidade do § 1º do art. 3º da Lei nº 9.718, de 1998, pelo plenário do STF, em julgamento submetido à sistemática prevista no art. 543B do CPC, e tendo a PGFN já adotado os procedimentos estabelecidos na Portaria PGFN/RFB nº 1, de 2014, as unidades da RFB devem reproduzir em suas decisões o entendimento adotado pelo STF, ou seja, que o PIS/Pasep e a Cofins devem incidir somente sobre o faturamento, escapando da incidência dessas contribuições as demais receitas. DIREITO CREDITÓRIO. ÔNUS DA PROVA. Incumbe ao sujeito passivo a demonstração, acompanhada das provas hábeis, da composição e a existência do crédito que alega possuir junto à Fazenda Nacional, para que sejam aferidas sua liquidez e certeza pela autoridade administrativa. COMPENSAÇÃO TRIBUTÁRIA. Fl. 105DF CARF MF Processo nº 10850.904381/201292 Acórdão n.º 3002000.087 S3C0T2 Fl. 5 4 Apenas os créditos líquidos e certos são passíveis de compensação tributária, conforme artigo 170, do Código Tributário Nacional. Manifestação de Inconformidade Improcedente Direito Creditório Não Reconhecido O contribuinte tomou ciência do Acórdão proferido pela DRJ em 05/12/2014, conforme Aviso de Recebimento constante à fl. 76, e protocolizou seu recurso voluntário em 05/01/2015, conforme Termo de Solicitação de Juntada à fl. 77. O recurso voluntário é cópia da manifestação de inconformidade, apenas com alguns endereçamentos atualizados, ao qual se juntou os mesmos documentos contratuais e de representação (fls. 78 a 100). É o relatório. Voto Conselheira Larissa Nunes Girard O recurso voluntário é tempestivo, preenche os requisitos formais de admissibilidade, inclusive quanto à competência das Turmas Extraordinárias e, portanto, dele tomo conhecimento. Preliminares Alega a recorrente nulidade da decisão da DRJ/RPO por ausência de análise do direito da recorrente ao crédito e de motivação da decisão, o que acarreta a preterição do seu direito de defesa e a consequente nulidade do ato, nos termos do art. 59 do PAF. Ainda, o cerceamento de defesa também se manifestou pela ausência de intimação para que a empresa esclarecesse os motivos de seu pedido de compensação. A mera leitura da ementa do Acórdão DRJ já demonstra, sem sombra de dúvida, que todas as alegações da recorrente foram consideradas e que a decisão encontrase claramente fundamentada. Nela são abordadas oito matérias, todas extensamente desenvolvidas no voto, entre preliminares de nulidade à preclusão para a produção de provas, diligência, força probatória da DCTF, inconstitucionalidade do § 1º do art. 3º da Lei nº 9.718/1998, ônus probatório nos pedidos de compensação e liquidez e certeza na compensação de tributos. A alegação de falta de análise e de motivação da decisão da DRJ está totalmente desconectada da realidade. Em tendo a referida decisão sido lavrada por autoridade competente e tendo considerado todos os argumentos arguidos pelo contribuinte, não cabe falar em nulidade da decisão por descumprimento do art. 59 do PAF, que assim dispõe: Art. 59. São nulos: I os atos e termos lavrados por pessoa incompetente; Fl. 106DF CARF MF Processo nº 10850.904381/201292 Acórdão n.º 3002000.087 S3C0T2 Fl. 6 5 II os despachos e decisões proferidos por autoridade incompetente ou com preterição do direito de defesa. Quanto ao eventual cerceamento de defesa por ausência de intimação para que a empresa esclareça suas razões de pedir, tenta a recorrente inverter o ônus da prova que lhe cabe. Tratase de matéria pacífica que a demonstração da certeza e liquidez, nos casos de solicitação de restituição, compensação e ressarcimento de crédito contra a Fazenda Nacional, é ônus que pertence ao requerente. Define o Código de Processo Civil (CPC) em seu artigo 373 que, quanto ao fato constitutivo de seu direito, o ônus da prova incumbe ao autor. E, ainda sobre as provas, dispõe da seguinte maneira o Decreto nº 7.574, de 2011, que regulamenta o processo de determinação e de exigência de créditos tributários da União: Art. 28. Cabe ao interessado a prova dos fatos que tenha alegado, sem prejuízo do dever atribuído ao órgão competente para a instrução e sem prejuízo do disposto no art. 29 (Lei nº 9.784, de 1999, art. 36). (grifado) O contribuinte teve duas oportunidades para apresentar suas razões e provas, mas nada fez, sendo completamente descabido falarse em cerceamento de defesa quando o que se constata é apenas inércia de sua parte. Assim, rejeito as preliminares de nulidade suscitadas pela recorrente. Mérito O contribuinte alega que teria direito à compensação por ter se utilizado de uma base de cálculo alargada na apuração da Cofins, na qual foram incluídas receitas que não a deveriam ter integrado, como se tal fato tivesse sido fundamento de decidir no Acórdão de primeira instância. A inconstitucionalidade do alargamento da base de cálculo do PIS e da Cofins é decisão definitiva do STF, em julgamento afetado pela repercussão geral, o que a torna vinculante para este Colegiado por força de Regimento Interno do CARF. Quanto a esse ponto, é de se ressaltar que não houve qualquer divergência ao longo deste processo, pois essa questão jamais foi trazida pela Administração Fazendária como fundamento para a não homologação do crédito. Ao contrário, na ementa do Acórdão da DRJ consta o reconhecimento de vinculação da Receita Federal à decisão do STF. Assim, tratase de alegação descabida. Dessa forma, temse que o ponto central desta lide reside na ausência de demonstração, pelo contribuinte, do seu alegado direito creditório. Não está a Fazenda autorizada a restituir ou a compensar um crédito pleiteado pelo contribuinte que esteja em contradição com sua própria declaração de débitos perante a Receita Federal e que não esteja amparado por nenhuma documentação que demonstre a ocorrência de erro. No caso em tela, a DCTF jamais foi retificada, permanecendo em desacordo com a declaração de compensação, e nenhum documento foi juntado com o intuito de demonstrar que haveria algum erro a ser corrigido. Fl. 107DF CARF MF Processo nº 10850.904381/201292 Acórdão n.º 3002000.087 S3C0T2 Fl. 7 6 A DCTF constitui confissão de dívida e instrumento hábil e suficiente para a exigência do crédito, conforme dispõe o DecretoLei nº 2.124, de 1984, e sua eventual retificação deve vir acompanhada por suporte probatório, como dispõe o CTN: Art. 147. O lançamento é efetuado com base na declaração do sujeito passivo ou de terceiro, quando um ou outro, na forma da legislação tributária, presta à autoridade administrativa informações sobre matéria de fato, indispensáveis à sua efetivação. § 1º A retificação da declaração por iniciativa do próprio declarante, quando vise a reduzir ou a excluir tributo, só é admissível mediante comprovação do erro em que se funde, e antes de notificado o lançamento. (grifado) A isso se some, com igual importância, que a compensação somente é autorizada para créditos líquidos e certos, conforme estabelece o art. 170 (CTN), in verbis: Art. 170. A lei pode, nas condições e sob as garantias que estipular, ou cuja estipulação atribuir à autoridade administrativa, autorizar a compensação de créditos tributários com créditos líquidos e certos, vencidos ou vincendos, do sujeito passivo contra a Fazenda pública. (grifado) Dessa forma, para que a Receita Federal autorize a compensação, deve a recorrente demonstrar de forma inequívoca seu crédito, por meio de alegações e provas, e o momento de fazêlo, regra geral, é quando da apresentação da manifestação de inconformidade, em obediência ao Decreto nº 70.235, de 1972, que assim institui: Art. 15. A impugnação, formalizada por escrito e instruída com os documentos em que se fundamentar, será apresentada ao órgão preparador no prazo de trinta dias, contados da data em que for feita a intimação da exigência. Art. 16. A impugnação mencionará: (...) III os motivos de fato e de direito em que se fundamentar, os pontos de discordância e as razões e provas que possuir; (...) § 4º A prova documental será apresentada na impugnação, precluindo o direito de o impugnante fazêlo em outro momento processual, a menos que: a) fique demonstrada a impossibilidade de sua apresentação oportuna, por motivo de força maior; b) refirase a fato ou a direito superveniente; c) destinese a contrapor fatos ou razões posteriormente trazidos aos autos. Fl. 108DF CARF MF Processo nº 10850.904381/201292 Acórdão n.º 3002000.087 S3C0T2 Fl. 8 7 § 5º A juntada de documentos após a impugnação deverá ser requerida à autoridade julgadora, mediante petição em que se demonstre, com fundamentos, a ocorrência de uma das condições previstas nas alíneas do parágrafo anterior. (grifado) Não obstante a clareza do dispositivo, nenhum preceito foi atendido. Ao longo deste processo, o contribuinte se limita a repisar os mesmos argumentos, ao mesmo tempo em que alega cerceamento de defesa. Nos §§ 4º e 5º do art. 16 do PAF, acima transcritos, estão explicitadas as hipóteses em que, mediante petição fundamentada, podese aceitar a apresentação de prova documental após a manifestação de inconformidade: quando impossível a sua apresentação oportuna, por força maior; quando se refira a fato ou direito superveniente; ou quando se destine a contrapor fatos ou razões posteriormente trazidos aos autos. O contribuinte não realizou o mínimo esforço para produzir provas do seu direito, nem na manifestação de inconformidade, nem no recurso voluntário, apenas repetindo o pedido para vir a produzilas em momento posterior, por motivo de força maior, sem explicar que força maior o haveria impedido de desempenhar o papel que lhe cabia na contenda. A alínea “a” do § 4º dispõe de forma clara que a prova documental pode ser apresentada após a impugnação quando ficar demonstrada a impossibilidade de apresentação oportuna por motivo de força maior. A mera alegação, sem quaisquer esclarecimentos ou evidências, não se presta a demonstrar nada. Em não se configurando que a recorrente foi impossibilitada de apresentar provas por motivo de força maior, está precluso do direito de produzilas. Da mesma forma, Tendo em vista a omissão do contribuinte em todas as fases processuais e a ausência de justificativa sobre essa omissão, determinar diligência neste momento, como requerido, estendendo por tempo indefinido este julgamento, significaria prolongar esta lide sem motivação legal. Concluise que a recorrente não demonstrou o seu direito ao crédito e que está configurada a preclusão para a produção de provas, uma vez não demonstrada a ocorrência da exceção prevista na alínea “a” do § 4º do art. 16 do PAF. Pelo exposto, rejeito as preliminares de nulidade e, no mérito, voto por negar provimento ao recurso voluntário. (assinado digitalmente) Larissa Nunes Girard Relatora Fl. 109DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 10880.915140/2006-73
Turma: Primeira Turma Ordinária da Segunda Câmara da Terceira Seção
Câmara: Segunda Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Wed May 23 00:00:00 UTC 2018
Data da publicação: Tue Jul 03 00:00:00 UTC 2018
Ementa: Assunto: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins
Data do fato gerador: 15/09/1999
COMPENSAÇÃO NÃO DECLARADA. RITO PROCESSUAL INADEQUADO. NULIDADE FORMAL.
Tendo sido o Despacho Decisório e o acórdão recorrido proferidos em desacordo com o art. 74 da Lei nº 9.430/96, deve ser reformado o ato administrativo de modo a assegurar ao contribuinte a aplicação do devido processo legal.
Numero da decisão: 3201-003.695
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao Recurso e em declarar a nulidade formal do acórdão recorrido, devendo os autos retornarem à Autoridade Preparadora para que, em face das informações trazidas pelo contribuinte em sede de Manifestação de Inconformidade e consoante juízo de conveniência e oportunidade, possa efetuar a revisão da sua decisão, nos termos do art. 149 do CTN, tratando corretamente a hipótese de compensação como não declarada.
(assinado digitalmente)
Charles Mayer de Castro Souza - Presidente.
(assinado digitalmente)
Tatiana Josefovicz Belisário - Relatora.
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Charles Mayer de Castro Souza, Marcelo Giovani Vieira, Tatiana Josefovicz Belisário, Paulo Roberto Duarte Moreira, Pedro Rinaldi de Oliveira Lima, Leonardo Correia Lima Macedo, Leonardo Vinicius Toledo de Andrade e Laercio Cruz Uliana Junior.
Nome do relator: TATIANA JOSEFOVICZ BELISARIO
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ementa_s : Assunto: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins Data do fato gerador: 15/09/1999 COMPENSAÇÃO NÃO DECLARADA. RITO PROCESSUAL INADEQUADO. NULIDADE FORMAL. Tendo sido o Despacho Decisório e o acórdão recorrido proferidos em desacordo com o art. 74 da Lei nº 9.430/96, deve ser reformado o ato administrativo de modo a assegurar ao contribuinte a aplicação do devido processo legal.
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decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao Recurso e em declarar a nulidade formal do acórdão recorrido, devendo os autos retornarem à Autoridade Preparadora para que, em face das informações trazidas pelo contribuinte em sede de Manifestação de Inconformidade e consoante juízo de conveniência e oportunidade, possa efetuar a revisão da sua decisão, nos termos do art. 149 do CTN, tratando corretamente a hipótese de compensação como não declarada. (assinado digitalmente) Charles Mayer de Castro Souza - Presidente. (assinado digitalmente) Tatiana Josefovicz Belisário - Relatora. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Charles Mayer de Castro Souza, Marcelo Giovani Vieira, Tatiana Josefovicz Belisário, Paulo Roberto Duarte Moreira, Pedro Rinaldi de Oliveira Lima, Leonardo Correia Lima Macedo, Leonardo Vinicius Toledo de Andrade e Laercio Cruz Uliana Junior.
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RITO PROCESSUAL INADEQUADO. NULIDADE FORMAL. Tendo sido o Despacho Decisório e o acórdão recorrido proferidos em desacordo com o art. 74 da Lei nº 9.430/96, deve ser reformado o ato administrativo de modo a assegurar ao contribuinte a aplicação do devido processo legal. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao Recurso e em declarar a nulidade formal do acórdão recorrido, devendo os autos retornarem à Autoridade Preparadora para que, em face das informações trazidas pelo contribuinte em sede de Manifestação de Inconformidade e consoante juízo de conveniência e oportunidade, possa efetuar a revisão da sua decisão, nos termos do art. 149 do CTN, tratando corretamente a hipótese de compensação como não declarada. (assinado digitalmente) Charles Mayer de Castro Souza Presidente. (assinado digitalmente) Tatiana Josefovicz Belisário Relatora. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Charles Mayer de Castro Souza, Marcelo Giovani Vieira, Tatiana Josefovicz Belisário, Paulo Roberto Duarte AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 88 0. 91 51 40 /2 00 6- 73 Fl. 136DF CARF MF Processo nº 10880.915140/200673 Acórdão n.º 3201003.695 S3C2T1 Fl. 137 2 Moreira, Pedro Rinaldi de Oliveira Lima, Leonardo Correia Lima Macedo, Leonardo Vinicius Toledo de Andrade e Laercio Cruz Uliana Junior. Relatório Tratase de Recurso Voluntário apresentado pelo Contribuinte em face do acórdão nº 1629.442, proferido pela 13ª Turma da Delegacia da Receita Federal do Brasil de Julgamento em São Paulo I (SP), que assim relatou o feito: 1. Trata o presente processo de Declaração de Compensação apresentada em meio eletrônico (PER/DCOMP n°02002.87213.160703.1.3.041980) em 16/07/03, cujos relatórios foram anexados ao presente processo administrativo As fls. 5/9. Nesta declaração, pretende o Contribuinte quitar os débitos declarados As fls. 8, no valor total de R$ 331.721,74,—com supostos créditos (R$229.279,61) decorrentes de recolhimento indevido realizado por meio do DARF de 15/09/1999, no valor de R$ 588.382,14 (código de receita: 2172). 2. Apreciando o pedido formulado, a Delegacia da Receita Federal do Brasil de Administração Tributária em São Paulo (DERAT/SPO) emitiu o Despacho Decisório de fls. 1, no qual pronunciouse pela não homologação da compensação declarada diante da inexistência do crédito do Contribuinte. 3. Cientificado em 29/07/08 (fls. 4) da solução dada A declaração de compensação apresentada, o Contribuinte, por seu representante legal, interpôs, tempestivamente conforme fls. 87, a Manifestação de Inconformidade de fls. 10/17, em 28/08/08, com ajuntada de documentos de fls. 18/86 (documentos dos Patronos; Procuração; Alteração e Consolidação de Contrato Social; cópias da PER/DCOMP e do Despacho Decisório; planilhas demonstrativas; cópia de sentença judicial), apresentando, resumidamente, as seguintes alegações: 3.1. A Requerente obteve concessão de segurança nos autos do MS n°2001.61.00.0276539 — lª Vara Cível Federal da Subseção Judiciária de São Paulo —para afastar a incidência do art. 3°, § 1 0, da Lei no 9.718/98, garantindo As impetrantes a observância das Leis Complementares 7/70 e 70/91 no que se refere A base de cálculo do PIS e da COFINS, observandose as aliquotas determinadas nas Leis n° 9.715/98 e 9.718/98 e reconhecendo o direito à compensação das quantias pagas "a maior" do PIS e da COFINS com parcelas vincendas das próprias contribuições. 3.2. A Autoridade Fiscal, ao decidir pela nãohomologação do direito creditório da Requerente, fundamentou de forma singela o DespachoDecisório, deixando de se aprofundar sobre a questão da inexistência desse direito. 3.3. A decisão judicial proferida nos autos do MS n°2001.61.00.0276539 garantia o direito irrestrito A Fl. 137DF CARF MF Processo nº 10880.915140/200673 Acórdão n.º 3201003.695 S3C2T1 Fl. 138 3 Requerente de compensar os valores recolhidos a maior, sendo os, créditos tributários objetos do presente líquidos e certos, conforme se depreende da leitura dos demonstrativos anexados. 3.4. Considerando a data da transmissão das Declarações de Compensação, realizadas nos dias 16 e 17 de julho de 2003, ocorreu a homologação tácita do pedido do Contribuinte em data anterior ao Despacho Decisório. 3.4.1. Em razão da regra geral da decadência, o Fisco tem o prazo de 5 anos para conferir e homologar expressamente a atividade do contribuinte referente à apuração e quitação de tributo, conforme disposto no art. 150, § 4 0, do CTN. Colaciona decisões do Conselho de Contribuintes. 3.4.2. Ainda que não fosse aplicável o citado § 4° do art. 150 do CTN, o art. 74, § 5°, da Lei no 9.430/96 dispôs que o prazo para homologação da compensação declarada pelo sujeito passivo será de 5 (cinco) anos, contado da data da entrega da declaração de compensação. 3.4.3. Considerando que o Contribuinte foi cientificado em 29/07/08 do Despacho Decisório de fls. 1, no momento da ciência já havia transcorrido o prazo de cinco anos para a autoridade administrativa pronunciarse quanto ao crédito utilizado. 3.5. Nesses termos, requer o cancelamento do despacho decisório e a homologação da compensação e a consequente extinção do crédito tributário. Após exame da Impugnação apresentada pelo Contribuinte, a DRJ proferiu acórdão assim ementado: ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL COFINS Data do fato gerador: 15/09/1999 DESPACHO DECISÓRIO. AUSÊNCIA DE SALDO DISPONÍVEL. MOTIVAÇÃO. Motivada é a decisão que, por conta da vinculação total de pagamento a débito do próprio interessado, expressa a inexistência de direito creditório disponível para fins de compensação. DCOMP. PAGAMENTO INDEVIDO OU A MAIOR A mera alegação da existência do crédito, desacompanhada de elementos de prova, não é suficiente para reformar a decisão não homologatória de compensação. DIREITO CREDITÓRIO. DECISÃO JUDICIAL NÃO TRANSITADA EM JULGADO. Fl. 138DF CARF MF Processo nº 10880.915140/200673 Acórdão n.º 3201003.695 S3C2T1 Fl. 139 4 A compensação de crédito oriundo de DECISÃO JUDICIAL somente pode ser efetuada após o trânsito em JULGADO da respectiva sentença, a teor do disposto nos artigos 170A do CTN e 74 da Lei n° 9.430/96 (e alterações posteriores). COMPENSAÇÃO NÃO DECLARADA. Considerarseá não declarada a compensação realizada pelo Contribuinte em DCOMP quando o suposto direito creditório decorre de ação judicial não transitada em julgado; por força do disposto no § 12 do art.74 da Lei n° 9.430/96 (e alterações posteriores). COMPENSAÇÃO NÃO DECLARADA. INOCORRÊNCIA DE HOMOLOGAÇÃO TÁCITA. A ciência da decisão que não homologa a compensação deve ser efetuada antes do prazo de cinco anos previsto no § 5° do art. 74 da Lei n° 9.430/96 e alterações posteriores. Transcorrido este prazo sem manifestação da Administração Pública, homologam se as compensações declaradas, não sendo aplicável a homologação tácita as situações em que a compensação é considerada como não declarada nos termos dos §§ 12 e 13 do mesmo artigo. Manifestação de Inconformidade Improcedente Direito Creditório Não Reconhecido Inconformado, o Contribuinte apresentou Recurso Voluntário reiterando os argumentos de defesa apresentado, defendendo a (i) ocorrência da homologação tácita das declarações de compensação; (ii) nulidade do despacho decisório por violação ao princípio da verdade material e carência de fundamentação / improcedência das alegações; e (iii) inaplicabilidade do art. 170A do CTN a fatos geradores ocorridos anteriormente à sua vigência. Após os autos foram remetidos a este CARF e a mim distribuídos por sorteio. É o relatório. Voto Conselheira Tatiana Josefovicz Belisário Relatora Inicialmente, cumpre esclarecer que o presente processo tramita na condição de paradigma, nos termos do art. 47 do Anexo II do Regimento Interno do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, aprovado pela Portaria MF nº 343, de 09 de junho de 2015: Art. 47. Os processos serão sorteados eletronicamente às Turmas e destas, também eletronicamente, para os conselheiros, Fl. 139DF CARF MF Processo nº 10880.915140/200673 Acórdão n.º 3201003.695 S3C2T1 Fl. 140 5 organizados em lotes, formados, preferencialmente, por processos conexos, decorrentes ou reflexos, de mesma matéria ou concentração temática, observando se a competência e a tramitação prevista no art. 46. § 1º Quando houver multiplicidade de recursos com fundamento em idêntica questão de direito, o Presidente de Turma para o qual os processos forem sorteados poderá sortear 1 (um) processo para definilo como paradigma, ficando os demais na carga da Turma. § 2º Quando o processo a que se refere o § 1º for sorteado e incluído em pauta, deverá haver indicação deste paradigma e, em nome do Presidente da Turma, dos demais processos aos quais será aplicado o mesmo resultado de julgamento. Nesse aspecto, é preciso esclarecer que cabe a esta Conselheira o relatório e voto apenas deste processo nº 10880.915140/200673, ou seja, o entendimento a seguir externado terá por base exclusivamente a análise dos documentos, decisões e recurso anexados neste processo. Feito tal esclarecimento, passase ao exame do recurso Voluntário. Existe questão preliminar no presente feito, que suscito de ofício, prejudicial ao exame do mérito. Nesse aspecto, introduzo o tema com a excelente fundamentação do Conselheiro Paulo Roberto Duarte Moreira, quando relator do Acórdão nº 3201003.407, proferido por unanimidade nesta Turma em sessão de 2 de fevereiro de 2018: Sobrepõese ao enfretamento das razões recursais da pessoa jurídica WAC e de seu sócio, Walter Alves Cavalcante, matéria processual precedente a qualquer outra a ser enfrentada neste julgamento em razão de sua indisponibilidade e dever de pronunciamento de ofício pelos julgadores administrativos. Tratase do (des)cumprimento do prazo legal para interposição de peças recursais de defesa perante os órgãos colegiados administrativos a tempestividade da impugnação considerada matéria de ordem pública. As questões de ordem pública são aquelas em que o interesse protegido é do Estado e da sociedade e, em geral, referemse à existência e admissibilidade da ação, aos atos que impulsionam o desenvolvimento válido e regular do processo refletindose na própria segurança jurídica. A tempestividade dos recursos é pressuposto processual de que decorre tratarse de matéria de ordem pública, e assim tem decidido o STF, como nos EMB. DECL. no AG.REG. no Agravo de Instrumento AI nº 802.037/RJ, de relatoria do Min. Celso de Mello: A tempestividade que se qualifica como pressuposto objetivo inerente a qualquer modalidade recursal constitui matéria de ordem pública, passível, por isso mesmo, de conhecimento ex officio pelos juízes e Tribunais. A Fl. 140DF CARF MF Processo nº 10880.915140/200673 Acórdão n.º 3201003.695 S3C2T1 Fl. 141 6 inobservância desse requisito de ordem temporal, por parte do interessado, provoca, como necessário efeito de caráter processual, a incognoscibilidade, do recurso interposto ou, quando ausente este, do pedido de reconsideração.(STF, AI nº 802.037/RJ, publicado DOU em 15/12/2014. Relat. Min. Celso de Mello) Ademais, determina o caput art. 64 da Lei nº 9.784/99, que "O órgão competente para decidir o recurso poderá confirmar, modificar, anular ou revogar, total ou parcialmente, a decisão recorrida, se a matéria for de sua competência." Pois bem. Como se verifica pelo relato dos fatos, tratase de procedimento administrativo fiscal originado de Despacho Decisório eletrônico proferido pela RFB que, num primeiro momento, informou a NÃO HOMOLOGAÇÃO da Compensação Declarada. Após apresentação de Manifestação de Inconformidade pelo contribuinte, apesar de afirmar que "configuramse os requisitos de admissibilidade da Manifestação de Inconformidade apresentada pelo sujeito passivo, visto que protocolizada no prazo legal (art. 15 do Decreto n° 70.235/72)" a DRJ proferiu julgamento concluindo por ter sido NÃO DECLARADA a compensação apresentada pelo contribuinte. Vale salientar que inicialmente a Compensação foi tida por NÃO HOMOLOGADA, e não, como deveria, NÃO DECLARADA, exclusivamente em razão de erro cometido pelo contribuinte no preenchimento da sua Declaração de Compensação. Confirase o seguinte trecho do Acórdão DRJ: 8.1 De pronto, a alegação apresentada pelo Contribuinte, confirmada pela existência da ação judicial supramencionada, acaba por demonstrar o incorreto preenchimento da declaração PER/DCOMP. Frisese que no item "Dados Iniciais" desse documento, constam campos específicos para informar se o crédito é oriundo de decisão judicial e, nesse caso, qual o número do processo judicial. A interessada, entretanto, declarou não se tratar de crédito discutido judicialmente (fl. 5). 8.2. Por outro lado, cumpre assinalar que, embora tenha a Requerente comprovado a existência de decisão judicial que lhe era favorável, não restou demonstrado que a ação judicial já estava transitada em julgado na data da apresentação do PER/DCOMP. Confirase, ainda, o seguinte trecho da ementa: COMPENSAÇÃO NÃO DECLARADA. Considerarseá não declarada a compensação realizada pelo Contribuinte em DCOMP quando o suposto direito credit6rio decorre de ação judicial não transitada em julgado, por força do disposto no § 12 do art. 74 da Lei n° 9.430/96 (e alterações posteriores). Ou seja, apenas depois de estar de posse dos documentos apresentados pelo contribuinte é que, constatado equívoco por parte do próprio contribuinte na prestação de Fl. 141DF CARF MF Processo nº 10880.915140/200673 Acórdão n.º 3201003.695 S3C2T1 Fl. 142 7 declaração, é que o fundamento decisório pôde ser reformado pela Administração Tributária, por meio do Acórdão DRJ. Tratase de hipótese típica de revisão do lançamento tributário previsto no art. 149 do CTN: Art. 149. O lançamento é efetuado e revisto de ofício pela autoridade administrativa nos seguintes casos: (...) IV quando se comprove falsidade, erro ou omissão quanto a qualquer elemento definido na legislação tributária como sendo de declaração obrigatória; (...) VIII quando deva ser apreciado fato não conhecido ou não provado por ocasião do lançamento anterior; Com efeito, não há dúvida de que, na situação fática dos autos, estáse diante de situação de COMPENSAÇÃO NÃO DECLARADA, uma vez que o crédito declarado era decorrente de decisão judicial não transitada em julgado, encontrando, portanto, expressa vedação legal: Art. 74. O sujeito passivo que apurar crédito, inclusive os judiciais com trânsito em julgado, relativo a tributo ou contribuição administrado pela Secretaria da Receita Federal, passível de restituição ou de ressarcimento, poderá utilizálo na compensação de débitos próprios relativos a quaisquer tributos e contribuições administrados por aquele Órgão. (...) § 12. Será considerada não declarada a compensação nas hipóteses: (...) II em que o crédito: (...) d) seja decorrente de decisão judicial não transitada em julgado; Nos termos de decisões proferidas pelo Superior Tribunal de Justiça em sede de Recursos Representativos de Controvérsia, de aplicação obrigatória por esta Corte, a limitação imposta pelo art. 170A do CTN é válida para todas as ações ajuizadas após a sua vigência, ou seja, após 10 de janeiro de 2001, data da Edição da Lei Complementar nº 104/2001, que inseriu referido dispositivo. Veja entendimento do STJ: TRIBUTÁRIO. COMPENSAÇÃO. ART. 170A DO CTN. REQUISITO DO TRÂNSITO EM JULGADO. Fl. 142DF CARF MF Processo nº 10880.915140/200673 Acórdão n.º 3201003.695 S3C2T1 Fl. 143 8 APLICABILIDADE A HIPÓTESES DE INCONSTITUCIONALIDADE DO TRIBUTO RECOLHIDO. 1. Nos termos do art. 170A do CTN, "é vedada a compensação mediante o aproveitamento de tributo, objeto de contestação judicial pelo sujeito passivo, antes do trânsito em julgado da respectiva decisão judicial", vedação que se aplica inclusive às hipóteses de reconhecida inconstitucionalidade do tributo indevidamente recolhido. 2. Recurso especial provido. Acórdão sujeito ao regime do art. 543C do CPC e da Resolução STJ 08/08. (REsp 1167039/DF, Rel. Ministro TEORI ALBINO ZAVASCKI, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 25/08/2010, DJe 02/09/2010) TRIBUTÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. COMPENSAÇÃO TRIBUTÁRIA. LEI APLICÁVEL. VEDAÇÃO DO ART. 170A DO CTN. INAPLICABILIDADE A DEMANDA ANTERIOR À LC 104/2001. 1. A lei que regula a compensação tributária é a vigente à data do encontro de contas entre os recíprocos débito e crédito da Fazenda e do contribuinte. Precedentes. 2. Em se tratando de compensação de crédito objeto de controvérsia judicial, é vedada a sua realização "antes do trânsito em julgado da respectiva decisão judicial", conforme prevê o art. 170A do CTN, vedação que, todavia, não se aplica a ações judiciais propostas em data anterior à vigência desse dispositivo, introduzido pela LC 104/2001. Precedentes. 3. Recurso especial provido. Acórdão sujeito ao regime do art. 543C do CPC e da Resolução STJ 08/08. (REsp 1164452/MG, Rel. Ministro TEORI ALBINO ZAVASCKI, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 25/08/2010, DJe 02/09/2010) Na hipótese dos autos, o Mandado de Segurança nº 2001.61.00.0276539, por meio do qual se postulou o reconhecimento do credito utilizado, foi impetrado apenas em 31/10/2001, conforme consulta ao sítio da Justiça Federal no Estado de São Paulo: Fl. 143DF CARF MF Processo nº 10880.915140/200673 Acórdão n.º 3201003.695 S3C2T1 Fl. 144 9 É de salientar que nem mesmo o contribuinte questiona o fato de que as compensações deixaram de ser aceitas exclusivamente em razão da vedação imposta pelo art. 170A do CTN (portanto, compensação não declarada), aduzindo, quanto a isto, que tal limitação apenas seria aplicável aos fatos geradores ocorridos após a vigência da redação do referido artigo. Não é esse, como visto, o entendimento do STJ. Assim, nos termos do §13 do art. 74 da Lei nº 9.430/96, o rito processual previsto no Decreto Lei nº 70.235/72 não é cabível na presente espécie: Art. 74. O sujeito passivo que apurar crédito, inclusive os judiciais com trânsito em julgado, relativo a tributo ou contribuição administrado pela Secretaria da Receita Federal, passível de restituição ou de ressarcimento, poderá utilizálo na compensação de débitos próprios relativos a quaisquer tributos e contribuições administrados por aquele Órgão (...) § 6oA declaração de compensação constitui confissão de dívida e instrumento hábil e suficiente para a exigência dos débitos indevidamente compensados. § 7oNão homologada a compensação, a autoridade administrativa deverá cientificar o sujeito passivo e intimálo a efetuar, no prazo de 30 (trinta) dias, contado da ciência do ato que não a homologou, o pagamento dos débitos indevidamente compensados. § 9oÉ facultado ao sujeito passivo, no prazo referido no § 7o, apresentar manifestação de inconformidade contra a não homologação da compensação. § 10. Da decisão que julgar improcedente a manifestação de inconformidade caberá recurso ao Conselho de Contribuintes. § 11. A manifestação de inconformidade e o recurso de que tratam os §§ 9oe 10 obedecerão ao rito processual do Decreto no70.235, de 6 de março de 1972, e enquadramse no disposto noinciso III do art. 151 da Lei no5.172, de 25 de outubro de 1966 Fl. 144DF CARF MF Processo nº 10880.915140/200673 Acórdão n.º 3201003.695 S3C2T1 Fl. 145 10 Código Tributário Nacional, relativamente ao débito objeto da compensação. § 12. Será considerada não declarada a compensação nas hipóteses: (...) II em que o crédito: (...) d) seja decorrente de decisão judicial não transitada em julgado; ou (...) § 13. O disposto nos §§ 2oe 5oa 11 deste artigo não se aplica às hipóteses previstas no § 12 deste artigo. Não obstante ser claro o não cabimento da Manifestação de Inconformidade, não se pode afastar o fato de que foi concedido ao contribuinte o prazo de 30 (trinta) dias para apresentação da Manifestação de Inconformidade e, mais do que isso, o acórdão da DRJ, a despeito de afirmar ser hipótese de COMPENSAÇÃO NÃO DECLARADA, afirmou textualmente que "configuramse os requisitos de admissibilidade da Manifestação de Inconformidade apresentada pelo sujeito passivo" e considerou " improcedente a manifestação de inconformidade, mantendose o Despacho Decisório de fls. 1". Pontuo que não se trata de hipótese na qual a decisão administrativa poderia suplantar disposição legal, atribuindo à defesa apresentada efeitos não previstos em lei. Trata se, outrossim, de evidente nulidade formal incorrida pela Autoridade Lançadora, ocasionada, como dito, em razão de informação equivocada prestada pelo contribuinte e, portanto, passível de retificação. Logo, em se tratando de hipótese de não cabimento de Manifestação de Inconformidade, resta prejudicada a análise dos argumentos do contribuinte acerca da ocorrência de homologação tácita. Ademais, o despacho decisório de não homologação e não de não declaração, como prevê a lei foi proferido em razão de erro do contribuinte que não informou, em sua declaração, que os créditos utilizados tinham origem em ação judicial não transitada em julgado. Assim, voto por NEGAR PROVIMENTO ao Recurso Voluntário e declarar a NULIDADE FORMAL do Acórdão recorrido, devendo os autos retornarem à Autoridade Preparadora para que, em face das informações trazidas pelo contribuinte em sede de Manifestação de Inconformidade e consoante juízo de conveniência e oportunidade, possa efetuar a revisão da sua decisão, nos termos do art.149 do CTN, tratando corretamente a hipótese como compensação não declarada. É como voto. Tatiana Josefovicz Belisário Relatora Fl. 145DF CARF MF Processo nº 10880.915140/200673 Acórdão n.º 3201003.695 S3C2T1 Fl. 146 11 Fl. 146DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 10410.001165/98-81
Turma: 3ª TURMA/CÂMARA SUPERIOR REC. FISCAIS
Câmara: 3ª SEÇÃO
Seção: Câmara Superior de Recursos Fiscais
Data da sessão: Thu Mar 15 00:00:00 UTC 2018
Data da publicação: Thu Jun 21 00:00:00 UTC 2018
Ementa: Assunto: Normas Gerais de Direito Tributário
Período de apuração: 01/01/1996 a 31/12/1996
CRÉDITO PRESUMIDO DE IPI. AQUISIÇÕES DESONERADAS DE PIS E COFINS. INCLUSÃO NA BASE DE CÁLCULO.
É lícita a inclusão, na base de cálculo do crédito presumido de IPI, dos valores pertinentes às aquisições de insumos (matérias-primas, produtos intermediários e material de embalagem) que não sofreram a incidência da contribuição para o PIS e da Cofins (pessoas físicas e cooperativas).
Assunto: Processo Administrativo Fiscal
Período de apuração: 01/01/1996 a 31/12/1996
STJ. RECURSOS REPETITIVOS. OBSERVÂNCIA OBRIGATÓRIA.
As decisões do Superior Tribunal de Justiça (STJ) submetidas à sistemática dos recursos repetitivos, transitadas em julgado, devem ser reproduzidas nos julgamentos do CARF.
Numero da decisão: 9303-006.511
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em conhecer do Recurso Especial e, no mérito, em negar-lhe provimento.
(assinado digitalmente)
Rodrigo da Costa Pôssas - Presidente em exercício e Relator
Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros Andrada Márcio Canuto Natal, Tatiana Midori Migiyama, Charles Mayer de Castro Souza (Suplente convocado), Demes Brito, Luiz Eduardo de Oliveira Santos, Érika Costa Camargos Autran, Vanessa Marini Cecconello e Rodrigo da Costa Pôssas.
Nome do relator: RODRIGO DA COSTA POSSAS
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AGROINDUSTRIAL VALE DO CAMARAGIBE) ASSUNTO: NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO Período de apuração: 01/01/1996 a 31/12/1996 CRÉDITO PRESUMIDO DE IPI. AQUISIÇÕES DESONERADAS DE PIS E COFINS. INCLUSÃO NA BASE DE CÁLCULO. É lícita a inclusão, na base de cálculo do crédito presumido de IPI, dos valores pertinentes às aquisições de insumos (matériasprimas, produtos intermediários e material de embalagem) que não sofreram a incidência da contribuição para o PIS e da Cofins (pessoas físicas e cooperativas). ASSUNTO: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL Período de apuração: 01/01/1996 a 31/12/1996 STJ. RECURSOS REPETITIVOS. OBSERVÂNCIA OBRIGATÓRIA. As decisões do Superior Tribunal de Justiça (STJ) submetidas à sistemática dos recursos repetitivos, transitadas em julgado, devem ser reproduzidas nos julgamentos do CARF. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em conhecer do Recurso Especial e, no mérito, em negarlhe provimento. (assinado digitalmente) Rodrigo da Costa Pôssas Presidente em exercício e Relator Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros Andrada Márcio Canuto Natal, Tatiana Midori Migiyama, Charles Mayer de Castro Souza (Suplente convocado), Demes Brito, Luiz Eduardo de Oliveira Santos, Érika Costa Camargos Autran, Vanessa Marini Cecconello e Rodrigo da Costa Pôssas. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 41 0. 00 11 65 /9 8- 81 Fl. 216DF CARF MF Processo nº 10410.001165/9881 Acórdão n.º 9303006.511 CSRFT3 Fl. 217 2 Relatório Tratase de Recurso Especial de Divergência interposto tempestivamente pela Fazenda Nacional contra o Acórdão nº 20175.393, de 20/09/2001, proferido pela 1ª Câmara do antigo Segundo Conselho de Contribuintes, conforme ementa: "NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO As Instruções Normativas são norma complementares das leis. Não podem transpor, inovar ou modificar o texto da norma que complementam. IPI CRÉDITO PRESUMIDO NA EXPORTAÇÃO A base de cálculo do crédito presumido será determinada mediante a aplicação, sobre o valor total das aquisições de matériasprimas, produtos intermediários, e material de embalagem referidos no art. 1º da Lei nº 9.363, de 13.12.96, do percentual correspondente à relação entre a receia de exportação e a receita operacional bruta do produtor exportador (art. 2º da Lei nº 9.363/96). A lei citada referese a "valor total" e não prevê qualquer exclusão. As Instruções Normativas SRF nºs 23/97 e 103/97 inovaram o texto da Lei nº 9.363, de 13.12.96, ao estabelecerem que o crédito presumido de IPI será calculado, exclusivamente, em relação às aquisições, efetuadas de pessoas jurídicas, sujeitas às Contribuições ao PIS/PASEP e à COFINS (IN SRF nº 23/97). Tais exclusões somente poderiam ser feitas mediante Lei ou Medida Provisória, visto que as instruções normativas são normas complementares das leis (art. 100 do CTN) e não podem transpor, inovar ou modificar o texto da norma que complementam. TAXA SELIC Aplicase sobre os ressarcimentos, conforme reiterada jurisprudência do Colegiado. Recurso Provido." No Recurso Especial, a Fazenda Nacional insurgiuse contra a inclusão das aquisições de insumos desonerados das contribuições para o PIS e Cofins, ou seja, de pessoas físicas e cooperativas de produtores rurais, na apuração do crédito presumido do IPI. O Recurso Especial foi admitido pelo Presidente da Primeira Câmara do antigo Segundo Conselho de Contribuintes, nos termos do Despacho nº 201819, de fls. 198/200. Em petição de fls. 208/209, o contribuinte alegou, em síntese, que a matéria em litígio foi resolvida por meio do Ato Declaratório nº 14/2011, da própria Procuradoria Geral da Fazenda Nacional. É o relatório. Voto Conselheiro Rodrigo da Costa Pôssas, Relator O recurso atende aos pressupostos de admissibilidade e deve ser conhecido. Fl. 217DF CARF MF Processo nº 10410.001165/9881 Acórdão n.º 9303006.511 CSRFT3 Fl. 218 3 Conforme acima relatado, a divergência jurisprudencial restou caracterizada em relação ao crédito presumido de IPI calculado sobre aquisições de insumos que não sofreram a incidência das contribuições PIS e Cofins. Sobre essa matéria, há que se destacar, de pronto, que, de acordo com o art. 62A do Anexo II do Regimento Interno do CARF (que corresponde ao § 2º do art. 65 do Regimento Interno do CARF, aprovado pela Portaria MF nº 343, de 2015), as decisões definitivas do Superior Tribunal de Justiça (STJ), proferidas na sistemática dos recursos repetitivos, devem ser reproduzidas pelos conselheiros no julgamento dos recursos no âmbito do CARF. Essa é a hipótese em que o STJ, em sede de recurso repetitivo versando sobre matéria idêntica à do recurso ora sob exame, decidiu o seguinte: "O crédito presumido de IPI, instituído pela Lei 9.363/96, não poderia ter sua aplicação restringida por força da Instrução Normativa SRF 23/97, ato normativo secundário, que não pode inovar no ordenamento jurídico, subordinandose aos limites do texto legal. ......................................................................................................... Conseqüentemente, sobressai a "ilegalidade" da instrução normativa que extrapolou os limites impostos pela Lei 9.363/96, ao excluir, da base de cálculo do benefício do crédito presumido do IPI, as aquisições (relativamente aos produtos oriundos de atividade rural) de matériaprima e de insumos de fornecedores não sujeito à tributação pelo PIS/PASEP e pela COFINS. É que: (i) "a COFINS e o PIS oneram em cascata o produto rural e, por isso, estão embutidos no valor do produto final adquirido pelo produtor exportador, mesmo não havendo incidência na sua última aquisição"; (ii) "o Decreto 2.367/98 Regulamento do IPI, posterior à Lei 9.363/96, não fez restrição às aquisições de produtos rurais"; e (iii) "a base de cálculo do ressarcimento é o valor total das aquisições dos insumos utilizados no processo produtivo (art. 2º), sem condicionantes" (REsp 586392/RN). A decisão foi proferida, justamente, em julgamento relativo a pedido de ressarcimento/compensação de crédito presumido de IPI de que trata a Lei n° 9.363, de 1996, em que atos normativos infralegais obstaculizavam a inclusão na base de cálculo do incentivo das compras realizadas junto a pessoas físicas e cooperativas. O entendimento do STJ já se encontra sumulado naquela Corte, verbis: "Súmula 494: O benefício fiscal do ressarcimento do crédito presumido do IPI relativo às exportações incide mesmo quando as matériasprimas ou os insumos sejam adquiridos de pessoa física ou jurídica não contribuinte do PIS/PASEP." Com essas considerações, em que pese a minha discordância quanto ao tratamento da matéria pelo STJ, por força regimental, curvome à decisão do STJ e passo a admitir a inclusão, na base de cálculo do crédito presumido de IPI, dos valores pertinentes às Fl. 218DF CARF MF Processo nº 10410.001165/9881 Acórdão n.º 9303006.511 CSRFT3 Fl. 219 4 aquisições de matériasprimas, produtos intermediários e material de embalagens, efetuadas junto a não contribuintes do PIS e da Cofins (pessoas físicas e cooperativas). Esse entendimento, contudo, não exime o interessado de comprovar que os bens adquiridos junto a não contribuintes do PIS e da Cofins se enquadrem na condição de insumos (matériaprima ou produto intermediário) e que sejam consumidos em contato direto com o produto, conforme se extrai da súmula CARF nº 19, que assim dispõe: "Súmula CARF nº 19: Não integram a base de cálculo do crédito presumido da Lei nº 9.363, de 1996, as aquisições de combustíveis e energia elétrica uma vez que não são consumidos em contato direto com o produto, não se enquadrando nos conceitos de matériaprima ou produto intermediário." (g. n.) Diante do exposto, voto por NEGAR PROVIMENTO ao recurso especial da Fazenda Nacional, com retorno dos autos à instância preparadora para a análise dos referidos créditos. É como voto. (assinado digitalmente) Rodrigo da Costa Pôssas Fl. 219DF CARF MF
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Numero do processo: 11065.100233/2005-96
Turma: 3ª TURMA/CÂMARA SUPERIOR REC. FISCAIS
Câmara: 3ª SEÇÃO
Seção: Câmara Superior de Recursos Fiscais
Data da sessão: Fri Jan 26 00:00:00 UTC 2018
Data da publicação: Thu Jun 07 00:00:00 UTC 2018
Ementa: Assunto: Processo Administrativo Fiscal
Período de apuração: 01/07/2005 a 30/09/2005
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO.
Verificada a existência de omissão no julgado, acolhem-se os embargos de declaração a fim sanar o vício.
CONTRIBUIÇÃO SOCIAL NÃO CUMULATIVA. RESSARCIMENTO. ATUALIZAÇÃO PELA TAXA SELIC. IMPOSSIBILIDADE.
Por expressa disposição legal, é vedada a correção monetária ou o abono de juros sobre os valores de PIS e de Cofins aproveitados mediante ressarcimento.
Embargos Acolhidos.
Numero da decisão: 9303-006.305
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em conhecer dos Embargos de Declaração e, no mérito, por maioria de votos, em acolhê-los para, rerratificando o Acórdão nº 9303-005.318, de 25 de julho de 2017, sanar a omissão apontada, com efeitos infringentes, para negar provimento ao recurso especial quanto à correção do ressarcimento pela taxa Selic. Vencidas as Conselheiras Tatiana Midori Migiyama, Érika Costa Camargos Autran e Vanessa Marini Cecconello, que conheceram e deram provimento ao recurso especial.
(assinado digitalmente)
Rodrigo da Costa Pôssas - Presidente em exercício e Relator
Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros Andrada Márcio Canuto Natal, Tatiana Midori Migiyama, Charles Mayer de Castro Souza (Suplente convocado), Demes Brito, Jorge Olmiro Lock Freire (Suplente convocado), Érika Costa Camargos Autran, Vanessa Marini Cecconello e Rodrigo da Costa Pôssas.
Nome do relator: Relator
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ASSUNTO: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL Período de apuração: 01/07/2005 a 30/09/2005 EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. Verificada a existência de omissão no julgado, acolhemse os embargos de declaração a fim sanar o vício. CONTRIBUIÇÃO SOCIAL NÃO CUMULATIVA. RESSARCIMENTO. ATUALIZAÇÃO PELA TAXA SELIC. IMPOSSIBILIDADE. Por expressa disposição legal, é vedada a correção monetária ou o abono de juros sobre os valores de PIS e de Cofins aproveitados mediante ressarcimento. Embargos Acolhidos. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em conhecer dos Embargos de Declaração e, no mérito, por maioria de votos, em acolhêlos para, rerratificando o Acórdão nº 9303005.318, de 25 de julho de 2017, sanar a omissão apontada, com efeitos infringentes, para negar provimento ao recurso especial quanto à correção do ressarcimento pela taxa Selic. Vencidas as Conselheiras Tatiana Midori Migiyama, Érika Costa Camargos Autran e Vanessa Marini Cecconello, que conheceram e deram provimento ao recurso especial. (assinado digitalmente) Rodrigo da Costa Pôssas Presidente em exercício e Relator Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros Andrada Márcio Canuto Natal, Tatiana Midori Migiyama, Charles Mayer de Castro Souza (Suplente AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 11 06 5. 10 02 33 /2 00 5- 96 Fl. 236DF CARF MF Processo nº 11065.100233/200596 Acórdão n.º 9303006.305 CSRFT3 Fl. 237 2 convocado), Demes Brito, Jorge Olmiro Lock Freire (Suplente convocado), Érika Costa Camargos Autran, Vanessa Marini Cecconello e Rodrigo da Costa Pôssas. Relatório Tratase de embargos de declaração interpostos em face do Acórdão 9303 005.318, com base no pressuposto regimental da omissão (art. 65, § 1º, I, do RICARF). Conforme se verifica no despacho de admissibilidade, o recurso especial do contribuinte foi integralmente admitido. Isso significa que a CSRF deveria ter se manifestado sobre as seguintes questões: a) incidência da contribuição sobre os valores relativos à cessão onerosa de créditos do ICMS; e b) correção monetária do ressarcimento da contribuição pela taxa Selic. Ocorre que o acórdão recorrido só se manifestou sobre a questão da incidência da contribuição sobre os valores resultantes da cessão onerosa de créditos do ICMS, omitindose quanto à correção pela taxa Selic. É o relatório. Voto Conselheiro Rodrigo da Costa Pôssas, Relator O recurso preenche os requisitos formais para sua admissibilidade e, portanto, merece ser conhecido pelo colegiado. Conforme se verifica no despacho de admissão dos embargos, no momento da formalização do acórdão foi constada a omissão quanto à apreciação da questão da correção do ressarcimento pela taxa Selic. Essa divergência jurisprudencial é de rápido deslinde. É que há expressa disposição legal sobre a matéria no art. 13 da Lei nº 10.833, de 29 de dezembro de 2003: Art. 13. O aproveitamento de crédito na forma do § 4º do art. 3º, do art. 4º e dos §§ 1º e 2º do art. 6º, bem como do § 2º, inciso II do § 4ºe § 5º do art. 12, não ensejará atualização monetária ou incidência de juros sobre os respectivos valores. O art. 15, inc. VI, da lei acima citada estendeu a vedação de atualização monetária aos valores ressarcidos a título de PIS. Assim, em estrita observância do princípio da legalidade, regente da atividade administrativa, é de se ratificar a decisão recorrida, que manteve o indeferimento ao pedido de atualização monetária do ressarcimento, e negar provimento ao recurso especial do contribuinte nesta parte. Fl. 237DF CARF MF Processo nº 11065.100233/200596 Acórdão n.º 9303006.305 CSRFT3 Fl. 238 3 Com esses fundamentos, acolho os embargos de declaração para sanar a omissão apontada e, no mérito, por negar provimento ao recurso especial quanto à correção do ressarcimento pela taxa Selic. É como voto. (assinado digitalmente) Rodrigo da Costa Pôssas Fl. 238DF CARF MF
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