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Numero do processo: 10283.010707/2002-29
Turma: Terceira Câmara
Seção: Segundo Conselho de Contribuintes
Data da sessão: Tue Aug 13 00:00:00 UTC 2013
Data da publicação: Mon Nov 18 00:00:00 UTC 2013
Ementa: Assunto: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins
Período de apuração: 01/01/1998 a 31/12/2001
Subvenções Governamentais. Natureza jurídica de Receita.
Os incentivos relativos ao Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - ICMS concedidos pelo Estado do amazonas às sociedades empresárias constitui receita da pessoa jurídica, e como tal devem ser escriturados.
Base de Cálculo - Alargamento - Aplicação de Decisão Inequívoca do STF - Possibilidade.
Nos termos regimentais, pode-se afastar aplicação de dispositivo de lei que tenha sido declarado inconstitucional por decisão plenária do Supremo Tribunal Federal.
Afastado o disposto no § 1º do art. 3º da Lei nº 9.718/98 por sentença proferida pelo plenário do Supremo Tribunal Federal, com trânsito em julgado, a base de cálculo da contribuição para a Cofins, até a vigência da Lei 10.833/2003, voltou a ser o faturamento, assim compreendido a receita bruta da venda de mercadorias, de serviços e de mercadorias e de serviços. A partir da vigência dessa lei, a base de cálculo da contribuição é o faturamento, mensal, assim entendido o total das receitas auferidas pela pessoa jurídica, independentemente, de sua denominação ou classificação contábil.
Recurso Especial do Procurador Negado.
Numero da decisão: 9303-002.355
Decisão:
Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso especial. Os Conselheiros Nanci Gama, Rodrigo Cardozo Miranda, Maria Teresa Martínez López e Susy Gomes Hoffmann votaram pelas conclusões.
Otacílio Dantas Cartaxo - Presidente
Henrique Pinheiro Torres - Relator
Participaram do presente julgamento os Conselheiros Henrique Pinheiro Torres, Nanci Gama, Júlio César Alves Ramos, Rodrigo Cardozo Miranda, Rodrigo da Costa Pôssas, Francisco Maurício Rabelo de Albuquerque Silva, Joel Miyazaki, Maria Teresa Martínez López, Susy Gomes Hoffmann e Otacílio Dantas Cartaxo.
Nome do relator: HENRIQUE PINHEIRO TORRES
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Alargamento da base de cálculo. Recorrente FAZENDA NACIONAL Interessado COMPONEL INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA. ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL COFINS Período de apuração: 01/01/1998 a 31/12/2001 Subvenções Governamentais. Natureza jurídica de Receita. Os incentivos relativos ao Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação ICMS concedidos pelo Estado do amazonas às sociedades empresárias constitui receita da pessoa jurídica, e como tal devem ser escriturados. Base de Cálculo Alargamento Aplicação de Decisão Inequívoca do STF Possibilidade. Nos termos regimentais, podese afastar aplicação de dispositivo de lei que tenha sido declarado inconstitucional por decisão plenária do Supremo Tribunal Federal. Afastado o disposto no § 1º do art. 3º da Lei nº 9.718/98 por sentença proferida pelo plenário do Supremo Tribunal Federal, com trânsito em julgado, a base de cálculo da contribuição para a Cofins, até a vigência da Lei 10.833/2003, voltou a ser o faturamento, assim compreendido a receita bruta da venda de mercadorias, de serviços e de mercadorias e de serviços. A partir da vigência dessa lei, a base de cálculo da contribuição é o faturamento, mensal, assim entendido o total das receitas auferidas pela pessoa jurídica, independentemente, de sua denominação ou classificação contábil. Recurso Especial do Procurador Negado. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 28 3. 01 07 07 /2 00 2- 29 Fl. 1821DF CARF MF Impresso em 18/11/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 20/09/2013 por CLEIDE LEITE, Assinado digitalmente em 24/09/2013 por OTA CILIO DANTAS CARTAXO, Assinado digitalmente em 20/09/2013 por HENRIQUE PINHEIRO TORRES 2 Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso especial. Os Conselheiros Nanci Gama, Rodrigo Cardozo Miranda, Maria Teresa Martínez López e Susy Gomes Hoffmann votaram pelas conclusões. Otacílio Dantas Cartaxo Presidente Henrique Pinheiro Torres Relator Participaram do presente julgamento os Conselheiros Henrique Pinheiro Torres, Nanci Gama, Júlio César Alves Ramos, Rodrigo Cardozo Miranda, Rodrigo da Costa Pôssas, Francisco Maurício Rabelo de Albuquerque Silva, Joel Miyazaki, Maria Teresa Martínez López, Susy Gomes Hoffmann e Otacílio Dantas Cartaxo. Relatório Por bem relatar os fatos, transcrevo o relatório do acórdão recorrido. Tratase de Auto de Infração cientificado ao contribuinte em 12/12/2002, lavrado para a exigência de diferenças entre o valor recolhido e o valor apurado como sendo devido pelo Fisco, da Cofins relativa aos períodos de apuração de janeiro de 1998 a dezembro de 2001. 0 valor da autuação atingiu a R$ 7.276.187,52, nele incluídos juros de mora e multa de oficio de 75%. Analisando os termos da Impugnação apresentada, a DRJ em Belém/PA, por meio do Acórdão n° 016048, de 15/05/2006, considerou o lançamento inteiramente procedente, em decisão assim ementada: COFINS. BASE DE CÁLCULO. EXCLUSÃO DO ICMS. EXPRESSA PREVISÃO LEGAL. Não é permitida a exclusão do ICMS, cobrado na condição de contribuinte e na condição de responsável tributário, da base de cálculo da COFINS por falta de previsão legal. 0 ICMS integra a base de cálculo a ser tributada pela contribuição em tela. SUBVENÇÕES. INCIDÊNCIA. Sendo as subvenções, tanto as para investimento quanto as correntes para custeio, integrantes, respectivamente, dos resultados nãooperacionais e operacionais das pessoas jurídicas, resulta que, em qualquer das situações, comporão a base de cálculo da Cofins. Fl. 1822DF CARF MF Impresso em 18/11/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 20/09/2013 por CLEIDE LEITE, Assinado digitalmente em 24/09/2013 por OTA CILIO DANTAS CARTAXO, Assinado digitalmente em 20/09/2013 por HENRIQUE PINHEIRO TORRES Processo nº 10283.010707/200229 Acórdão n.º 9303002.355 CSRFT3 Fl. 1.744 3 No Recurso Voluntário apresentado, a recorrente argumenta que é empresa estabelecida na Zona Franca de Manaus ZFM e, tendo suas vendas majoritariamente destinadas a compradores também estabelecidos nesse local, deveria ser beneficiada com as mesmas normas tributárias aplicadas aos estabelecimentos que, localizados fora da Zona Franca de Manaus, para lá — ZFM vendem as suas mercadorias e/ou produtos. Invoca em seu favor o disposto nos artigos 1° e 4° do Decreto Lei n° 288/67 (que, respectivamente, estabelece a ZFM e determina que a exportação de mercadorias de origem nacional para consumo ou industrialização na ZFM será, para fins tributários, equivalente à exportação para o estrangeiro), e o artigo 7° da Lei Complementar n° 70/91, com a redação dada pela Lei Complementar n° 85, de 15 de fevereiro de 1996 (Cofins), que isenta da contribuição as mercadorias destinadas ao exterior. Por outro lado, questionando a sua legalidade, se insurge contra os termos da letra a do § único do artigo 1° do Decreto n° 1.030, de 29/12/1993, que, regulamentando o citado artigo 7°, expressamente excluiu da isenção da Cofins as vendas efetuadas às empresas situadas na Zona Franca de Manaus. Diz que nem a Lei n° 9.718, de 1998, que promoveu alterações nas regras da Cofins, versou sobre as exportações, o que somente ocorreu com a edição da Medida Provisória n° 1.8586, de 29/06/1999, mais especificamente, no inciso I, do § 2°, do artigo 14, o qual veda expressamente a isenção da Cofins para as vendas destinadas às empresas situadas na ZFM. Mas, que, mesmo assim, esse dispositivo tivera suspensa a expressão "na Zona Franca de Manaus" pelo Supremo Tribunal Federal quando analisou os termos da ADIn n° 2.348/AM. Quanto a esse tópico, conclui a recorrente que tem direito à isenção à Cofins, seja no período anterior ou posterior à edição da Medida Provisória n° 2.03724, de 2000, visto que suas vendas são equiparadas à exportação a teor do disposto no artigo 4° do DL n° 288/67. Aduz, ainda, nas suas conclusões, que o fato de estar discutindo judicialmente a matéria referente ao período posterior à edição da citada Medida Provisória, somente impõe ainda mais o cancelamento do presente lançamento, ou ser suspenso até o julgamento final da medida judicial, a teor do que dispõe o artigo 151, IV e V do CTN. Os demais temas suscitados pela Recorrente são os de que: a) é ilegal o alargamento da base de cálculo da contribuição trazido pela Lei n° 9.718, de 1998; b) houve a inclusão indevida na base de cálculo de parcelas relativas às subvenções feitas pelo governo estadual com incentivos fiscais do ICMS; e d) houve a inclusão indevida na base de cálculo das parcelas do ICMS incidente sobre o montante das vendas. Cópia da Petição Inicial de Ação Declaratória de Inexistência de Obrigação Tributária, distribuída em 15/05/2001, às fls. Fl. 1823DF CARF MF Impresso em 18/11/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 20/09/2013 por CLEIDE LEITE, Assinado digitalmente em 24/09/2013 por OTA CILIO DANTAS CARTAXO, Assinado digitalmente em 20/09/2013 por HENRIQUE PINHEIRO TORRES 4 1.504/1.539, onde consta, no tópico "PEDIDO", verbis, que a interessada acionara o Poder Judiciário para que: (...) b) declare a inexistência de obrigação tributária cujo fundamento seja a incidência de Cofins e PIS/Pasep sobre as receitas da Autora com vendas efetuadas para a Zona Franca de Manaus de mercadorias destinadas ao consumo e à industrialização. As folhas 1.540/1.545 trazem cópia da Sentença em Primeiro Grau, proferida pela Justiça Federal do Estado da Amazônia em 03/06/2003, Processo Judicial n° 2001.32000031526, cuja parte final dispõe, verbis: Por tais fundamentos, JULGO PROCEDENTE o pedido de declaração de inexigibilidade das contribuições do PIS/PASEP e Cofins sobre as receitas auferidas pela Autora pelas vendas de mercadorias que produz destinadas à industrialização e ao consumo na Zona Franca de Manaus. Arrolamento de bens à fl. 1.587. Decidindo o feito, o Colegiado recorrido deu provimento parcial ao recurso voluntário, em acórdão assim ementado: ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA 0 FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL COFINS Período de apuração: 31/01/1998 a 31/12/2001 COFINS. BASE DE CALCULO. RECEITAS QUE NÃO AS DE VENDA DE MERCADORIAS E DE SERVIÇOS. Considerase como base de cálculo da contribuição os ingressos havidos na contabilidade da recorrente caracterizados como receitas, como, por exemplo, as receitas de aluguéis, financeiras, vendas de sucata, rendas diversas etc., compreendidos no período em que passou a vigorar a Lei n° 9.718, de 1998. COFINS. BASE DE CALCULO. ICMS INCLUÍDO NAS VENDAS. AUSÊNCIA DE PREVISÃO LEGAL PARA EXCLUSÃO. A exclusão da parcela do ICMS contido nas vendas só encontra previsão legal quando se tratar da modalidade "substituição tributária". LEI N° 9.718/98. ALARGAMENTO DA BASE DE CALCULO. INCONSTITUCIONALIDADE DECLARADA NA VIA INCIDENTAL. EFEITOS INTER PARTES. A inconstitucionalidade do § 1° do art. 3° da Lei n° 9.718/98, por ter sido declarada pelo STF na via incidental, cujos efeitos são inter partes, não pode ser aplicada pelos Conselhos de Contribuintes antes que sobrevenha Resolução Senatorial, súmula vinculante, ou ato do Secretário da Receita Federal ou Fl. 1824DF CARF MF Impresso em 18/11/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 20/09/2013 por CLEIDE LEITE, Assinado digitalmente em 24/09/2013 por OTA CILIO DANTAS CARTAXO, Assinado digitalmente em 20/09/2013 por HENRIQUE PINHEIRO TORRES Processo nº 10283.010707/200229 Acórdão n.º 9303002.355 CSRFT3 Fl. 1.745 5 do ProcuradorGeral da Fazenda Nacional, estendendo para todos os efeitos de tal inconstitucionalidade. COFINS. BASE DE CALCULO. INCENTIVO FISCAL. CRÉDITO FISCAL DO ICMS. NÃO INCLUSÃO. Não compõe o faturamento ou receita bruta, para fins de tributação da Cofins, o valor do incentivo fiscal concedido pelo Estado sob a forma de crédito fiscal, para redução na apuração do ICMS devido. COFINS. ISENÇÃO. ESTABELECIMENTO LOCALIZADO NA ZONA FRANCA DE MANAUS QUE EFETUA VENDAS PARA ESTABELECIMENTO LOCALIZADO NA PRÓPRIA ZONA FRANCA DE MANAUS. EQUIPARAÇÃO Â CONDIÇÃO DE ESTABELECIMENTO LOCALIZADO FORA DA ZONA FRANCA DE MANAUS. IMPOSSIBILIDADE. Descabida a pretensão de considerar equiparadas as operações de venda em que não houve a desinternação da Zona Franca de Manaus com aquelas em que houve a internação na Zona Franca de Manaus. COFINS ISENÇÃO. VENDAS PARA ESTABELECIMENTO LOCALIZADO NA ZONA FRANCA DE MANAUS. No artigo 7°, da Lei Complementar n° 70/91, regulamentado pela letra a do parágrafo único do artigo 1° do Decreto n° 1.030, de 1993, encontramse os fundamentos para a negativa da isenção da Cofins para as vendas a estabelecimentos localizados na Zona Franca de Manaus. Ementa COFINS ISENÇÃO. VENDAS PARA ESTABELECIMENTO LOCALIZADO NA ZONA FRANCA DE MANAUS RENÚNCIA À INSTÂNCIA ADMINISTRATIVA. CONCOMITÂNCIA DE OBJETO. SUMULA N° 1. Importa renúncia às instâncias administrativas a propositura pelo sujeito passivo de ação judicial por qualquer modalidade processual, antes ou depois do lançamento de oficio, com o mesmo objeto do processo administrativo. Recurso Voluntário Provido em Parte. Cientificada desse acórdão, a Fazenda Nacional apresentou recurso especial, fls. 1627 a 1646 onde, em apertada síntese, pede que a inclusão das subvenções de ICMS na base de cálculo da Cofins. O especial fazendário foi admitido, conforme despacho de fls. 1648 a 1650. Regularmente cientificado, o sujeito passivo apresentou, tempestivamente, contrarrazões ao apelo fazendário, fls. 1655 a 1665, e, ao seu turno, também apresentou recurso especial, fls. 1682 a 1692, por meio do qual requer a total improcedência do lançamento fiscal. Fl. 1825DF CARF MF Impresso em 18/11/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 20/09/2013 por CLEIDE LEITE, Assinado digitalmente em 24/09/2013 por OTA CILIO DANTAS CARTAXO, Assinado digitalmente em 20/09/2013 por HENRIQUE PINHEIRO TORRES 6 Por meio do despacho de fl. 1719, o então Presidente da Quarta Câmara da Terceira Seção de Julgamento do Carf negou seguimento ao especial do sujeito passivo. Esse despacho foi confirmado, na íntegra, em reexame necessário da lavra do Presidente da Câmara Superior de Recursos, fl. 1720. É o relatório. Voto Conselheiro Henrique Pinheiro Torres, Relator. O recurso é tempestivo e atende aos demais requisitos de admissibilidade, razão pela qual dele conheço. A teor do relatado, a matéria trazida a debate no apelo fazendário, cingese à questão da incidência da Cofins sobre incentivos fiscais, concedidos à autuada pelo Estado do Amazonas, incentivos esses que se caracterizariam como subvenções para investimentos, provenientes da isenção total ou parcial de ICMS, que seriam direcionados à reserva de capital. A Fazenda defende que tal benefício seria receita, e, como tal, passível de tributação pela Cofins, em sentido oposto é a defesa da autuada, que postula a não incidência da contribuição sobre tais incentivos. Este Colegiado já assistiu a grandes embates sobre esse tema, ora prevalecendo a posição defendida pelos contribuintes, ora a da Fazenda Nacional. Antes de adentrar na matéria em si, fazse necessário tecer alguns esclarecimentos sobre alguns equívocos acontecidos no decorrer dos julgamentos precedentes ao agora em pauta. O órgão julgador de primeira instância, no 1item 16 da fundamentação do acórdão, fl. 1561 dos autos papel, consignou, expressamente, que: não existiu tributação nessa matéria, mas tãosomente sobre valores do faturamento extraído das notas fiscais de vendas. Tal afirmação não encontra amparo nas provas acostadas aos autos, ao contrário, é por elas refutada, conforme se verifica da planilha de fls. 58 e 62 denominada: Base de Cálculo da contribuição as receitas referentes à rubrica da conta contábil 241030400002 Reserva Incent. Fiscais ICMS foram incluídas na base de cálculo da Cofins. Desta feita, errou a decisão de primeira instância ao avaliar as provas dos autos e concluir que os incentivos fiscais em comento não foram objeto de tributação no lançamento fiscal ora sob exame. Essa avaliação equivocada redundou no tangenciamento da questão trazida a debate na impugnação, o que legitimaria eventual alegação de nulidade da decisão da DRJ, por cerceamento de direito de defesa. Todavia, o sujeito passivo não contraditou essa afirmação da DRJ, preferiu não se valer do erro de procedimento do órgão julgador de primeira instância, e, ao invés de suscitar a preliminar de nulidade, optou por partir para a defesa de mérito, convalidando, assim, o vício de procedimento da decisão primeira. A seu turno, no relatório do acórdão recorrido, mais um equívoco, a transcrição da ementa da decisão de primeira instância não coincide com a ementa do acórdão da DRJ acostado aos autos: 1 16, Quanto A afirmação de que incentivos fiscais, que se caracterizariam como subvenções para investimento, concedidos A Impugnante, provenientes de isenção total ou parcial do ICMS, que seriam direcionados à reserva de capital, não poderiam ser considerados como receita, para efeito da Contribuição, digase que não existiu tributação nessa matéria, mas • tão somente sobre valores do faturamento extraídos das notas fiscais de vendas Fl. 1826DF CARF MF Impresso em 18/11/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 20/09/2013 por CLEIDE LEITE, Assinado digitalmente em 24/09/2013 por OTA CILIO DANTAS CARTAXO, Assinado digitalmente em 20/09/2013 por HENRIQUE PINHEIRO TORRES Processo nº 10283.010707/200229 Acórdão n.º 9303002.355 CSRFT3 Fl. 1.746 7 Ementa correta do acórdão 016048 – 2ª Turma da DRJ/BEL, fl. 1154: Assunto: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social Cofins Anocalendário: 1998, 1999, 2000, 2001 Ementa: COFINS. BASE DE CALCULO. EXCLUSÃO DO ICMS. EXPRESSA PREVISÃO LEGAL. Não é permitida a exclusão do ICMS, cobrado na condição de contribuinte e na condição de responsável tributário, da base de cálculo da COFINS por falta de previsão legal. O ICMS integra a base de cálculo a ser tributada pela contribuição em tela. BASE DE CALCULO. A base de cálculo da Cofins incide sobre o faturamento correspondente à receita bruta da pessoa jurídica.(Grifei). Lançamento Procedente Ementa do Acórdão 016048 – 2ª Turma da DRJ/BEL transcrita no relatório do acórdão recorrido: COFINS. BASE DE CÁLCULO. EXCLUSÃO DO ICMS. EXPRESSA PREVISÃO LEGAL. Não é permitida a exclusão do ICMS, cobrado na condição de contribuinte e na condição de responsável tributário, da base de cálculo da COFINS por falta de previsão legal. O ICMS integra a base de cálculo a ser tributada pela contribuição em tela. SUBVENÇÕES. INCIDÊNCIA. Sendo as subvenções, tanto as para investimento quanto as correntes para custeio, integrantes, respectivamente, dos resultados nãooperacionais e operacionais das pessoas jurídicas, resulta que, em qualquer das situações, comporão a base de cálculo da Cofins. Ora, cotejando a ementa real da DRJ com a sua reprodução no relatório do acórdão recorrido, notase que, na original não consta a parte da subvenção transcrita no indigitado relatório. Esse erro, indubitavelmente, contribuiu para levar o Colegiado a enfrentar a questão da incidência da contribuição sobre as receitas de subvenções retrocitada, sem analisar o efeito do não pronunciamento, ou melhor, do pronunciamento tangenciado da questão, no acórdão de primeira instância. De outro lado, nenhuma das partes fez uso do remédio processual adequado para corrigir os erros procedimentais das duas decisões precedentes. Tanto a Douta Procuradoria da Fazenda Nacional quanto o sujeito passivo, interpuseram recurso especial que servem para corrigir eventual erro de julgamento, mas não de procedimento. Assim, à mingua de manifestação das partes legitimadas acerca desses equívocos procedimentais, e tendo em vista que eles não causam prejuízo real ou presumido à Ordem Processual, a apresentação de recurso, pelas partes, apenas sobre questões de mérito, convalida os vícios apontados nas decisões de primeira e de segunda instâncias. Fl. 1827DF CARF MF Impresso em 18/11/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 20/09/2013 por CLEIDE LEITE, Assinado digitalmente em 24/09/2013 por OTA CILIO DANTAS CARTAXO, Assinado digitalmente em 20/09/2013 por HENRIQUE PINHEIRO TORRES 8 Feitos os necessários esclarecimentos, passo, sem mais delongas ao exame da controvérsia trazida no apelo Fazendário, qual seja, a da incidência ou não da Cofins sobre as dos valores atinentes a incentivos fiscais de ICMS, registrado na contabilidade da autuada na conta Reserva de Capital, que a recorrida caracterizou como subvenções para investimentos. Inicialmente, temse que o correto enquadramento contábil dos incentivos fiscais (subvenções) concedidos pelo Estado do Amazonas, destinados às sociedades empresárias industriais ou agroindustriais que lá se instalaram, deve ser feito como receitas não operacionais da pessoa jurídica, pelas razões seguintes. As subvenções governamentais são programas delineados, administrados e concedidos pelos governos (União, Estados, DF e Municípios) com o objetivo de incrementar operações, atrair investimentos para determinadas regiões pouco desenvolvidas e financiar a promoção de atividades de interesse público. Às empresas que se fixam em áreas carentes de desenvolvimento são concedidas reduções e isenções tributárias (subvenções) sobre suas operações, cuja concessão segue procedimento criterioso de aprovação da empresa interessada. Há outras modalidades de subsídios, tais como as subvenções governamentais para investimento em que a empresa beneficiária fica obrigada a reinvestir, sob determinadas condições, parte dos tributos desonerados de suas transações e a subvenção para custeio, também denominada de subvenção corrente para custeio ou subvenção operacional, esta modalidade de subvenção governamental é caracterizada pelo incentivo, em sua maioria de natureza tributária, concedido pelo poder público com o objetivo de incrementar a atividade operacional das empresas em decorrência de interesses do próprio governo. Dos conceitos acima, a conclusão acaciana a que se chega é que o incentivo fiscal dado pela Lei 2.826/2003, do Estado do Amazonas, é espécie de subvenção governamental. A classificação desse incentivo como subvenção governamental é encontrada, dentre outros, nos itens 62 e 413 do CPC nº 7. Como é de sabença de todos, a sigla CPC designa o Comitê de Pronunciamento Contábil, criado pela Resolução nº 1055/054 do Conselho Federal de Contabilidade, composto pelas seguintes entidades: ABRASCA; APIMEC NACIONAL; BOVESPA; Conselho Federal de Contabilidade; FIPECAFI; e IBRACON. 2 6. A subvenção governamental é também designada por: subsídio, incentivo fiscal, doação, prêmio, etc. 3 41. Certos empreendimentos gozam de incentivos tributários de imposto sobre a renda na forma de isenção ou redução do referido tributo, consoante prazos e condições estabelecidos em legislação específica. Esses incentivos atendem ao conceito de subvenção governamental 4 O CPC tem como objetivo "o estudo, o preparo e a emissão de Pronunciamentos Técnicos sobre procedimentos de Contabilidade e a divulgação de informações dessa natureza, para permitir a emissão de normas pela entidade reguladora brasileira, visando à centralização e uniformização do seu processo de produção, levando sempre em conta a convergência da Contabilidade Brasileira aos padrões internacionais". Fl. 1828DF CARF MF Impresso em 18/11/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 20/09/2013 por CLEIDE LEITE, Assinado digitalmente em 24/09/2013 por OTA CILIO DANTAS CARTAXO, Assinado digitalmente em 20/09/2013 por HENRIQUE PINHEIRO TORRES Processo nº 10283.010707/200229 Acórdão n.º 9303002.355 CSRFT3 Fl. 1.747 9 Releva ainda salientar que o CPC nº 07 foi aprovado, dentre outros, pela (o): CVM, deliberação CVM nº 555/08; CFC, Resolução CFC nº 1.143/08; Susep, Circular Susep nº 379/08 (anexo I). As subvenções governamentais consistentes em incentivos fiscais devem ser escrituradas como receita, a teor do item 42, abaixo transcrito: 42. O reconhecimento contábil dessa redução ou isenção tributária como subvenção para investimento é efetuado registrandose o imposto total no resultado como se devido fosse, em contrapartida à receita de subvenção equivalente, a serem demonstrados um deduzido do outro. A seu turno, o item 9 do CPC nº 07, dispõe ser irrelevante para o método de contabilização, a forma como a subvenção foi recebida, vejamos: 9. A forma como a subvenção é recebida não influencia no método de contabilização a ser adotado. Assim, por exemplo, a contabilização deve ser a mesma independentemente de a subvenção ser recebida em dinheiro ou como redução de passivo. Nessa linha de raciocínio, vêse que os incentivos relativos ao Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação ICMS concedidos pelo Estado do amazonas à sociedade empresária autuada constitui receita da pessoa jurídica, mais precisamente, receita não operacional, posto não ser fruto direto da alienação de um bem ou serviço relacionado à atividade fim da sociedade empresária. Resta então determinar se tal receita pode ser alcançada pela incidência da Cofins. Vejamos: Até o advento da Lei 9.718/1998, a base de cálculo dessa contribuição era a receita bruta decorrente da venda de bens, de serviços ou de bens e serviços (conceito de faturamento). Todavia, o §4 1º do art. 3º dessa Lei alterou o campo de incidência do PIS/Pasep e da Cofins, alargandoo, de modo a alcançar toda e qualquer receita auferida pela pessoa jurídica, independentemente do tipo de atividade por ela exercida e da classificação contábil das receitas. Desta forma, sob a égide desse dispositivo legal, dúvida não havia de que as receitas decorrentes da isenção ou concessão de créditos do Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação ICMS, comporiam a base de cálculo dessa contribuição. Correto, portanto, o lançamento fiscal. Acontece, porém, que o STF, em controle difuso, julgou inconstitucional esse dispositivo legal. Cabe então verificar os efeitos dessa decisão pretoriana sobre a tributação ora em exame. Entendo que o controle concreto de constitucionalidade tem efeito interpartes, não beneficiando nem prejudicando terceiros alheios à lide. Para que produza efeitos erga ominis, é preciso que o Senado Federal edite resolução suspendendo a execução do dispositivo de lei declarado inconstitucional pelo STF. Não desconheço que o Ministro Gilmar Mendes, há muito vem defendendo a desnecessidade do ato senatorial para dar efeitos gerais às decisões da Corte Maior, mas essa posição ainda não foi positivada no ordenamento jurídico Fl. 1829DF CARF MF Impresso em 18/11/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 20/09/2013 por CLEIDE LEITE, Assinado digitalmente em 24/09/2013 por OTA CILIO DANTAS CARTAXO, Assinado digitalmente em 20/09/2013 por HENRIQUE PINHEIRO TORRES 10 brasileiro, muito embora alguns passos importantes foram dados, como é o caso da súmula vinculante. De qualquer sorte, a resolução senatorial ainda se faz necessária, para estender efeitos de decisões interpartes a terceiros alheios à demanda. De outro lado, o regimento interno do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais trouxe a possibilidade de se estender as decisões do STF, em controle difuso, aos julgados administrativos, conforme preceitua a Portaria nº 256/2009, Anexo II, art. 62. Este dispositivo reproduz a mesma redação prevista no regimento anterior (art. 49, na redação dada pela Portaria nº 147/2007): É vedado afastar a aplicação de lei, exceto ... “I que já tenha sido declarado inconstitucional por decisão plenária definitiva do Supremo Tribunal Federal. Notese que tal dispositivo cria uma exceção à regra que veda este Colegiado afastar a aplicação de dispositivo legal, mas exige que a inconstitucionalidade desse dispositivo já tenha sido declarada por decisão definitiva do plenário do STF. Não basta qualquer decisão da Corte Maior, tem de ser de seu plenário, e, devese entender como definitiva a decisão que passa a nortear a jurisprudência desse tribunal nessa matéria. Em outras palavras, decisão definitiva, na acepção do art. 62 do RICARF é aquela reiterada, assentada na Corte. O caso dos autos, a meu sentir, amoldase, perfeitamente, à norma inserta no artigo 62 suso transcrito, posto que a questão da inconstitucionalidade do § 1º do art. 3º da Lei 9.718/1998 encontrase apascentada no Supremo Tribunal Federal, inclusive, fez parte de minuta de súmula vinculante, que não foi adiante por causa de outra decisão desse Tribunal, referindose à base de cálculo das contribuições devidas pelas seguradoras. Neste caso, houve certa confusão sobre o conceito de faturamento e de receita, o que levou o STF a não sumular a matéria sobre o alargamento da base de cálculo das contribuições, mas, de qualquer sorte, continua valendo a decisão no tocante à base de cálculo das contribuições incidentes sobre sociedades não financeiras ou seguradoras. Em outro giro, a PGFN por meio da Portaria nº 294/2010, autorizou seus procuradores a não mais recorrerem das decisões definitivas de tribunais superiores, como a do STF que reconheceu a inconstitucionalidade do denominado alargamento da base de cálculo das contribuições sociais. A edição dessa portaria corrobora o entendimento de se aplicar ao caso em exame a decisão plenária do STF sobre o indigitado alargamento da base de cálculo da Cofins.. O Carf apascentou a jurisprudência no sentido de estender a decisão do STF sobre o alargamento da base de cálculo das contribuições aos julgamentos administrativos. Aplicandose, pois ao caso ora em exame, a decisão do STF que julgou inconstitucional o alargamento da base de cálculo das contribuições sociais, até a vigência da Lei 10.833/2003, a base de cálculo da Cofins voltou a ser a receita bruta correspondente a faturamento, assim entendido como o produto da venda de bens, serviços ou de bens e de serviços relacionados à atividade operacional da pessoa jurídica. Por conseguinte, anteriormente à vigência dessa lei, as subvenções governamentais objeto destes autos não estavam incluídas na base de cálculo da Contribuição. Com essas considerações, voto no sentido de negar provimento ao recurso apresentado pela Fazenda Nacional. Henrique Pinheiro Torres Fl. 1830DF CARF MF Impresso em 18/11/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 20/09/2013 por CLEIDE LEITE, Assinado digitalmente em 24/09/2013 por OTA CILIO DANTAS CARTAXO, Assinado digitalmente em 20/09/2013 por HENRIQUE PINHEIRO TORRES
score : 1.0
Numero do processo: 10680.006200/2005-31
Turma: Primeira Câmara
Seção: Segundo Conselho de Contribuintes
Data da sessão: Fri May 08 00:00:00 UTC 2009
Ementa: CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS/PASEP
Exercício: 2002, 2003
PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL. PEREMPÇÃO.
O Recurso Voluntário interposto fora do prazo previsto no art. 33 do Decreto 70.235/72 impõe ao Julgador o seu não conhecimento face à ocorrência da perempção.
INTIMAÇÃO VIA POSTAL. VALIDADE
É válida a ciência da notificação por via postal realizada no domicílio fiscal eleito pelo contribuinte, confirmada com a assinatura do recebedor da correspondência, ainda que este não seja o representante legal do destinatário.
Recurso Voluntário Não Conhecido.
Numero da decisão: 2102-000.101
Decisão: Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em não conhecer do recurso, nos termos voto do Relator.
Nome do relator: ALEXANDRE GOMES
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Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS/PASEP Exercício: 2002, 2003 PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL. PEREMPÇÃO. O Recurso Voluntário interposto fora do prazo previsto no art. 33 do Decreto 70.235/72 impõe ao Julgador o seu não conhecimento face à ocorrência da perempção. INTIMAÇÃO VIA POSTAL. VALIDADE É válida a ciência da notificação por via postal realizada no domicílio fiscal eleito pelo contribuinte, confirmada com a assinatura do recebedor da correspondência, ainda que este não seja o representante legal do destinatário. Recurso Voluntário Não Conhecido. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em não conhecer do recurso, nos termos voto do Relator. (assinado digitalmente) WALBER JOSÉ DA SILVA – Presidente ad hoc. (assinado digitalmente) ALEXANDRE GOMES - Relator. EDITADO EM: 18/08/2014 Fl. 255DF CARF MF Impresso em 25/08/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 18/08/2014 por WALBER JOSE DA SILVA, Assinado digitalmente em 22/08/2014 por WALBER JOSE DA SILVA, Assinado digitalmente em 19/08/2014 por ALEXANDRE GOMES 2 Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Josefa Maria Coelho Marques, Walber José da Silva, Fabíola Cassiano Keramidas, Maurício Taveira e Silva, Fernando Luiz da Gama Lobo D'Eça, José Antonio Francisco, Gileno Gurjão Barreto Relatório Trata-se de Auto de Infração de PIS decorrente da verificação do cumprimento das obrigações tributárias por parte da Recorrente que resultou na constatação de Falta/Insuficiência de recolhimentos do tributo. Através de Termo de Inicio de Fiscalização, a Recorrente, foi instada a justificar e comprovar, mediante documentação hábil e inidônea, as diferenças existentes entre os valores informados a título de receita bruta constantes da ficha 14A da DIPJ 2002 no valor de R$ 627.453,83 e o valor da receita bruta consultada no sistema SICAF da Secretaria Estadual da Fazenda no valor de R$ 2.375.370,00, bem como as diferenças existentes entre os valores informados na DIPJ 2003 num total de R$ 522.903,66 e o valor consultado no SICAF da Secretaria da Fazenda Estadual, que apontava um valor de R$ 3.188.369,00. Em resposta ao TIAF (fls. 26) a Recorrente alegou em síntese: a) que em relação ao ano de 2001 deveria ser decotado o valor de R$ 8.195,97 referentes a devolução de mercadorias, e que os tributos devidos em relação ao saldo da diferença de receita bruta estariam incluídos no PAES e por isto não existira valor sujeito a imputação de penalidade ou lançamento de crédito tributário; b) que em relação ao ano de 2002 deveria ser decotado o valor de R$ 23.997,72, referentes a devolução de mercadorias, e que os tributos devidos em relação ao saldo da diferença de receita bruta estariam incluídos no PAES e por isto não existira valor sujeito a imputação de penalidade ou lançamento de crédito tributário; Após analise dos livros contábeis e verificada a existência de diferenças entre os valores escriturados de receita e os declarados em DIPJ, foi novamente intimada a Recorrente a justificar tais constatações (Termo de Intimação Fiscal 02, fls. 48). Esta intimação não foi respondida. Ante o silêncio da Recorrente, lavrou-se o Auto de Infração para a cobrança das diferenças apuradas. Intima em 12/05/2005 a Recorrente apresentou impugnação onde alegou: 1) que o “respectivo ato defeituoso não teve motivação; não preenche os requisitos legais de validade; não caracteriza a suposta infração que teria justificado a sua expedição; não indica sua data; o seu conteúdo fático legal, sendo correto e insofismável que a recorrente/impugnante sempre pagou suas obrigações decorrentes através de sua adesão ao PAES, bem como suas obrigações correntes...” 2) que haveria vicio de forma e de conteúdo no que diz respeito aos mencionados autos de infração, uma vez que não está perfeitamente formalizado, além de lhe Fl. 256DF CARF MF Impresso em 25/08/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 18/08/2014 por WALBER JOSE DA SILVA, Assinado digitalmente em 22/08/2014 por WALBER JOSE DA SILVA, Assinado digitalmente em 19/08/2014 por ALEXANDRE GOMES Processo nº 10680.006200/2005-31 Acórdão n.º 2102-000101 S3-C3T2 Fl. 101 3 faltar requisitos essenciais de validade (...) caracterizando-se a absoluta falta de liquidez e certeza, bem como, por efeito, da indispensável exigibilidade. 3) No mérito afirma que o auto de infração deixou de: (i) considerar as transferências entre a conta de vendas à vista para a conta de vendas à prazo, o que altera a base de calculo dos tributos; (ii) afastar as receitas ditas financeiras (iii) considerar que contabilmente o valor do mês da Base de Calculo decorre da diferença entre os débitos e créditos respectivamente considerados (iv) que a não consideração das devoluções importa em ausência de liquidez e certeza do lançamento. A DRJ de Belo Horizonte manteve o lançamento em decisão que assim foi ementada: Assunto: Contribuição para o PIS/PASEP Exercício: 2002 2003 Ementa: FORMALIDADE DO LANÇAMENTO Legítima a exigência de crédito tributário formalizado em auto de infração que satisfaça os requisitos legais e seja lavrado sem preterição do direito de defesa. EXECUÇÃO FISCAL Em sede de contencioso fiscal administrativo de primeira instancia, não se cuida de questões inerentes à execução fiscal. INCONSTITUCIONALIDADE A argüição de inconstitucionalidade não pode ser examinada na esfera administrativa, por transbordar os limites de sua competência. DEDUÇÕES DO FATURAMENTO As vendas a prazo e os juros não são deduzidos do faturamento para fins de cálculo do PIS. Desta decisão houve ciência em 22/03/2006, conforme se verifica do AR (fls. 228) que foi recebido na sede da Recorrente, na Rua Riachuelo, nº 1.778, Padre Eustáquio, Belo Horizonte- MG pelo Sr. Raimundo Jorge. Em 27/04/2007 o procurador da empresa declara ter tomado vista do processo, conforme se depreende da certidão juntada as folhas 229. Já em 23/05/07 a Recorrente apresenta Recurso Voluntário onde além de reprisar os argumentos lançados na Impugnação, alegando ainda que “esta se dando por intimada nesta data, do acórdão ora respeitosamente guerreado via deste RECURSO ADMINISTRATIVO ao CONSELHO DE CONTRIBUINTES, caracterizada a nulidade da intimação por não ter preenchido os requisitos legais, não ter sido feita pessoalmente, não ter sido recebida por que de direito, na forma do seu contrato social, sendo a titular da empresa recorrente, a pessoa de Lívia Gomes Cabral...” É o relatório. Fl. 257DF CARF MF Impresso em 25/08/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 18/08/2014 por WALBER JOSE DA SILVA, Assinado digitalmente em 22/08/2014 por WALBER JOSE DA SILVA, Assinado digitalmente em 19/08/2014 por ALEXANDRE GOMES 4 Voto Conselheiro Alexandre Gomes, Relator O presente Recurso é INTEMPESTIVO e dele não tomo conhecimento. Conforme exposto anteriormente a decisão da DRJ de Belo Horizonte foi encaminhada via correio para o endereço da Recorrente, sendo lá recebida em 22/03/2005. É de se registrar que o endereço consignado no AR que acompanhou a decisão é o mesmo que consta do Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica – CNPJ juntado as folhas 28. Em seu recurso alega apenas que a pessoa que recebeu o AR não possuía poderes para representar a empresa, o que tornaria nula a intimação, e que esta deveria ter sido endereçada, recebida e assinada pela Sra. Lívia Gomes Cabral, que é a representante legal da empresa. O Decreto 70.235/72, que normatiza o processo administrativo fiscal, assim estabelece os procedimentos de intimação: Art. 23. Far-se-á a intimação: I - pessoal, pelo autor do procedimento ou por agente do órgão preparador, na repartição ou fora dela, provada com a assinatura do sujeito passivo, seu mandatário ou preposto, ou, no caso de recusa, com declaração escrita de quem o intimar; (Redação dada pela Lei nº 9.532, de 1997) II - por via postal, telegráfica ou por qualquer outro meio ou via, com prova de recebimento no domicílio tributário eleito pelo sujeito passivo; (Redação dada pela Lei nº 9.532, de 1997) III - por meio eletrônico, com prova de recebimento, mediante: (Redação dada pela Lei nº 11.196, de 2005) a) envio ao domicílio tributário do sujeito passivo; ou (Incluída pela Lei nº 11.196, de 2005) b) registro em meio magnético ou equivalente utilizado pelo sujeito passivo. (Incluída pela Lei nº 11.196, de 2005) (...) § 3o Os meios de intimação previstos nos incisos do caput deste artigo não estão sujeitos a ordem de preferência. (Redação dada pela Lei nº 11.196, de 2005) O dispositivo legal citado autoriza a realização das intimações por via postal, inclusive expressamente determina não existir ordem de preferência. Quanto a ilegalidade de intimação por pessoa diversa do representante legal, melhor sorte não assiste ao recorrente, uma vez que o decreto exige apenas que a intimação seja endereçada ao domicilio do sujeito passivo. Fl. 258DF CARF MF Impresso em 25/08/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 18/08/2014 por WALBER JOSE DA SILVA, Assinado digitalmente em 22/08/2014 por WALBER JOSE DA SILVA, Assinado digitalmente em 19/08/2014 por ALEXANDRE GOMES Processo nº 10680.006200/2005-31 Acórdão n.º 2102-000101 S3-C3T2 Fl. 102 5 É este o entendimento sedimentado neste conselho através da sumula de nº 6, senão vejamos: “É válida a ciência da notificação por via postal realizada no domicílio fiscal eleito pelo contribuinte, confirmada com a assinatura do recebedor da correspondência, ainda que este não seja o representante legal do destinatário.” Por todo o exposto voto por não conhecer do Recurso, por intempestivo. (assinado digitalmente) ALEXANDRE GOMES Fl. 259DF CARF MF Impresso em 25/08/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 18/08/2014 por WALBER JOSE DA SILVA, Assinado digitalmente em 22/08/2014 por WALBER JOSE DA SILVA, Assinado digitalmente em 19/08/2014 por ALEXANDRE GOMES
score : 1.0
Numero do processo: 10980.007304/00-48
Turma: Terceira Câmara
Seção: Segundo Conselho de Contribuintes
Data da sessão: Thu Aug 15 00:00:00 UTC 2013
Data da publicação: Tue Sep 24 00:00:00 UTC 2013
Ementa: Assunto: Normas Gerais de Direito Tributário
Período de apuração: 31/07/1988 a 31/12/1995
NORMAS REGIMENTAIS. OBRIGATORIEDADE DE REPRODUÇÃO DO CONTEÚDO DE DECISÃO PROFERIDA PELO STF NO RITO DO ART. 543-B DO CPC.
Consoante art. 62-A do Regimento Interno do CARF, As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal e pelo Superior Tribunal de Justiça em matéria infraconstitucional, na sistemática prevista pelos artigos 543-B e 543-C da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973, Código de Processo Civil, deverão ser reproduzidas pelos conselheiros no julgamento dos recursos no âmbito do CARF.
NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO. PRESCRIÇÃO. DIREITO DE REPETIÇÃO DE INDÉBITO. TRIBUTOS SUJEITOS A LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO. TERMO INICIAL. DECISÃO PROFERIDA PELO STF NO JULGAMENTO DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 566.621/RS (RELATORA A MINISTRA ELLEN GRACIE).
Reconhecida a inconstitucionalidade do art. 4º, segunda parte, da LC 118/05, considerando-se válida a aplicação do novo prazo de cinco anos tão-somente às ações ajuizadas após o decurso da vacacio legis de 120 dias, ou seja, a partir de 9 de junho de 2005. Aplicação do art. 543-B, § 3º do CPC aos recursos sobrestados
Numero da decisão: 9303-002.416
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em dar provimento parcial ao recurso, nos termos do relatório e do voto que integram o presente julgado.
OTACÍLIO DANTAS CARTAXO - Presidente.
JÚLIO CÉSAR ALVES RAMOS - Relator.
EDITADO EM: 02/09/2013
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Otacílio Dantas Cartaxo, Henrique Pinheiro Torres, Júlio César Alves Ramos, Daniel Mariz Gudiño, Rodrigo da Costa Pôssas, Francisco Maurício Rabelo de Albuquerque Silva, Joel Miyazaki, Maria Teresa Martínez López, Susy Gomes Hoffmann e Nanci Gama.
Matéria: PIS - ação fiscal (todas)
Nome do relator: JULIO CESAR ALVES RAMOS
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OBRIGATORIEDADE DE REPRODUÇÃO DO CONTEÚDO DE DECISÃO PROFERIDA PELO STF NO RITO DO ART. 543B DO CPC. Consoante art. 62A do Regimento Interno do CARF, “As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal e pelo Superior Tribunal de Justiça em matéria infraconstitucional, na sistemática prevista pelos artigos 543B e 543C da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973, Código de Processo Civil, deverão ser reproduzidas pelos conselheiros no julgamento dos recursos no âmbito do CARF”. NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO. PRESCRIÇÃO. DIREITO DE REPETIÇÃO DE INDÉBITO. TRIBUTOS SUJEITOS A LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO. TERMO INICIAL. DECISÃO PROFERIDA PELO STF NO JULGAMENTO DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 566.621/RS (RELATORA A MINISTRA ELLEN GRACIE). “Reconhecida a inconstitucionalidade do art. 4º, segunda parte, da LC 118/05, considerandose válida a aplicação do novo prazo de cinco anos tão somente às ações ajuizadas após o decurso da vacacio legis de 120 dias, ou seja, a partir de 9 de junho de 2005. Aplicação do art. 543B, § 3º do CPC aos recursos sobrestados Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em dar provimento parcial ao recurso, nos termos do relatório e do voto que integram o presente julgado. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 98 0. 00 73 04 /0 0- 48 Fl. 301DF CARF MF Impresso em 26/09/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 02/09/2013 por JULIO CESAR ALVES RAMOS, Assinado digitalmente em 19/09/2 013 por OTACILIO DANTAS CARTAXO, Assinado digitalmente em 02/09/2013 por JULIO CESAR ALVES RAMOS 2 OTACÍLIO DANTAS CARTAXO Presidente. JÚLIO CÉSAR ALVES RAMOS Relator. EDITADO EM: 02/09/2013 Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Otacílio Dantas Cartaxo, Henrique Pinheiro Torres, Júlio César Alves Ramos, Daniel Mariz Gudiño, Rodrigo da Costa Pôssas, Francisco Maurício Rabelo de Albuquerque Silva, Joel Miyazaki, Maria Teresa Martínez López, Susy Gomes Hoffmann e Nanci Gama. Relatório Em exame recurso interposto pelo sujeito passivo tendo em vista que a decisão da Terceira Câmara do Segundo Conselho de Contribuintes lhe fora apenas parcialmente favorável. Com efeito, o colegiado entendeu que a prescrição do direito à restituição de indébito relativo a tributo sujeito a lançamento por homologação ocorre no prazo de cinco anos, e que este tem como termo inicial, nos casos de inconstitucionalidade do ato legal em que fundados os recolhimentos, a data de publicação do ato que a reconheça. No caso, tratase de recolhimentos de PIS efetuados sob os comandos legais dos decretosleis 2.445 e 2.449, sendo, pois, aquele ato a Resolução nº 49 do Senado Federal, publicada em 10 de outubro de 1995. O direito, porém, só alcançaria os recolhimentos indevidos realizados nos cinco anos anteriores ao ingresso do pedido administrativo. A decisão reconheceu também a semestralidade. O especial, assim como já o fizera o voluntário, postula que não haja a segunda restrição, ou seja, que todos os recolhimentos indevidos sejam alcançados, desde que o pedido tenha sido formulado até 10 de outubro de 2000. No caso, essa é a data do ingresso, de modo que o critério adotado pela Câmara reconheceu o direito quanto a recolhimentos efetuados até a data de 10 de outubro de 1995, exatamente como ocorreria se aplicado o entendimento de que o prazo de cinco anos se conta a partir de cada recolhimento. Como comprovação da divergência, foi apresentado acórdão exatamente na linha postulada, isto é, de que não há limitação quanto às datas dos recolhimentos, apenas quanto à do ingresso do pedido administrativo. O especial postulava ainda a revisão dos cálculos, mas quanto a isso não foi admitido. Em contrarazões, postula a Fazenda Nacional a manutenção do quanto decidido. Fl. 302DF CARF MF Impresso em 26/09/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 02/09/2013 por JULIO CESAR ALVES RAMOS, Assinado digitalmente em 19/09/2 013 por OTACILIO DANTAS CARTAXO, Assinado digitalmente em 02/09/2013 por JULIO CESAR ALVES RAMOS Processo nº 10980.007304/0048 Acórdão n.º 9303002.416 CSRFT3 Fl. 6 3 É o Relatório. Voto Conselheiro JÚLIO CÉSAR ALVES RAMOS Taxativamente demonstrada a divergência, entendo imperioso conhecer do recurso Como expus no relatório, aplicou a Câmara entendimento – de autoria do dr. Emanuel Dantas – que acaba por instituir uma segunda restrição ao direito do contribuinte. Deveras, consoante aquele entendimento, o sujeito passivo terá, no máximo, o mesmo que obteria se aplicada a tese oposta, isto é, de que o prazo é de cinco anos mas se conta a partir de cada recolhimento indevido realizado. E digo no máximo porque isso só ocorrerá se ele formalizar o seu pedido até 10 de outubro de 2000; caso perca esse prazo, perdeu todo o direito. Não concordo com esse entendimento, embora, como dito, ele tenha no caso concreto resultado no mesmo que se aplicado o que eu sempre partilhei e que foi, em meu entender, expressamente ratificado pela Lei Complementar 118/2005. Ocorre que a matéria não comporta mais discussões, em virtude do art. 62A do RICARF. Isso porque já definido pelo e. Supremo Tribunal Federal que a regra oriunda da Lei Complementar nº 118/2005 não é meramente interpretativa e, pois, não se aplica a pedidos de restituição que lhe sejam anteriores. Por ocasião do julgamento pelo Pleno do CARF, entre outros, do recurso extraordinário interposto no processo 13832.000210/9914, assim me pronunciei quanto à matéria: A matéria ora discutida, contagem do prazo para postularse restituição de quantias indevidamente recolhidas a título de tributo submetido à sistemática do lançamento por homologação, que tantos e tão acalorados debates já suscitou, encontrase inteiramente pacificada com o advento da decisão do colendo Supremo Tribunal Federal no julgamento do recurso extraordinário nº 566.621/RS. Nele discutiuse a constitucionalidade dos arts. 3º e 4º do referido diploma legal, que o pretendiam expressamente interpretativo de modo a poder ser aplicado mesmo às restituições requeridas judicialmente antes de sua publicação. Não se trata disso aqui, é certo, visto que a pretensão fazendária é apenas desconstituir a tese que prevaleceu no julgado administrativo segundo a qual o marco inicial é o dia de publicação de ato legal que “reconheceu” a inconstitucionalidade do dispositivo em que se baseou o recolhimento. Em outras palavras, não pugna a Fazenda pela aplicação retroativa da referida Lei, embora a forma de Fl. 303DF CARF MF Impresso em 26/09/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 02/09/2013 por JULIO CESAR ALVES RAMOS, Assinado digitalmente em 19/09/2 013 por OTACILIO DANTAS CARTAXO, Assinado digitalmente em 02/09/2013 por JULIO CESAR ALVES RAMOS 4 contagem do prazo prescricional por ela defendida isso implique. Isso não obstante, a ilustre Relatora no STF não deixa de enfrentar a discussão aqui posta. Com efeito, são suas palavras: “...Logo, aquela Corte firmou posição no sentido de que, também em tais situações de retenção e de reconhecimento do indébito em razão de inconstitucionalidade da lei instituidora, deverseia aplicar, sem ressalvas, a tese dos dez anos, conforme se vê dos ERESp 329.160/DF e ERESp 435.835/SC julgados pela Primeira Seção daquela Corte...” Assim, entendo eu, merece de fato reforma a decisão proferida, na medida em que aplicou entendimento não mais de acordo com a jurisprudência predominante no “tribunal ao qual cabe dar a interpretação definitiva da legislação federal”, nos dizeres da douta Ministra. Em suma, deve ser afastada a tese que demarca o início do prazo no “reconhecimento de inconstitucionalidade”. Ele é, sem mais discussão, a data de extinção do crédito tributário, consoante norma do art. 168, I do CTN como pretendido pela Procuradoria. O que isso implica, porém, não é, na inteireza, o que deseja a representação da Fazenda Nacional. Deveras, a mesma decisão reitera, como já se disse, que a interpretação que prevalecia no STJ era a dos cinco mais cinco mesmo para esses casos de declaração de inconstitucionalidade do ato legal instituidor ou majorador da exação. E que esse entendimento deve ser respeitado, em louvor ao princípio da segurança jurídica, quando a postulação seja anterior à edição da Lei Complementar. Sendo essa a expressa conclusão do acórdão, prolatado pelo STF já na sistemática do art. 543B do Código de Processo Civil, é obrigatória sua adoção pelos Conselheiros Membros do CARF, por força do art. 62A do Regimento Interno. No presente caso, indubitável que a petição do contribuinte deu entrada administrativamente em data bem anterior à edição daquela Lei Complementar. É de rigor, pois, reconhecer, que o termo inicial para contagem do prazo de cinco anos previsto no art. 168, I do CTN somente tem início após findo aquele que vem estipulado no art. 150, § 4º do mesmo Código. A aplicação ao caso concreto leva à conclusão de que não estava prescrito o direito do contribuinte à restituição de quantias atinentes a fatos geradores ocorridos anteriormente a 15 de dezembro de 1989, dado que o seu pedido ingressou administrativamente apenas em 15 de dezembro de 1999. Voto, assim, pelo não provimento do apelo fazendário de modo a manter o afastamento da prescrição com respeito aos recolhimentos efetuados pelo contribuinte, embora por fundamento diverso daquele adotado nos julgados já ocorridos. Aplicandose tal regra ao caso concreto, há de se afastar parte da prescrição reconhecida pela Câmara, pois tendo o pedido administrativo ingressado em 10 de outubro de Fl. 304DF CARF MF Impresso em 26/09/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 02/09/2013 por JULIO CESAR ALVES RAMOS, Assinado digitalmente em 19/09/2 013 por OTACILIO DANTAS CARTAXO, Assinado digitalmente em 02/09/2013 por JULIO CESAR ALVES RAMOS Processo nº 10980.007304/0048 Acórdão n.º 9303002.416 CSRFT3 Fl. 7 5 2000, estão hígidos todos os recolhimentos relativos a fatos geradores ocorridos até setembro de 1990, inclusive. Com essas considerações, voto por dar parcial provimento ao apelo do sujeito passivo para considerar prescrito o seu direito apenas com respeito aos recolhimentos relativos aos períodos de apuração outubro de 1988 a agosto de 1990, devendo a unidade executora apurar a materialidade do direito na forma já definida na decisão recorrida, isto é, mediante a aplicação da semestralidade, cujo reconhecimento não foi objeto de recurso. É como voto. JÚLIO CÉSAR ALVES RAMOS Relator Fl. 305DF CARF MF Impresso em 26/09/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 02/09/2013 por JULIO CESAR ALVES RAMOS, Assinado digitalmente em 19/09/2 013 por OTACILIO DANTAS CARTAXO, Assinado digitalmente em 02/09/2013 por JULIO CESAR ALVES RAMOS
score : 1.0
Numero do processo: 13841.000483/99-60
Turma: Segunda Câmara
Seção: Segundo Conselho de Contribuintes
Data da sessão: Thu Aug 22 00:00:00 UTC 2013
Data da publicação: Fri Nov 01 00:00:00 UTC 2013
Ementa: Assunto: Processo Administrativo Fiscal
Período de apuração: 07/03/1994 a 28/02/1999
REPRODUÇÃO DAS DECISÕES DEFINITIVAS DO STF, NA SISTEMÁTICA DO ART. 543-B, DO CPC.
No julgamento dos recursos no âmbito do CARF devem ser reproduzidas pelos Conselheiros as decisões definitivas de mérito proferidas pelo Supremo Tribunal Federal, na sistemática prevista pelo artigo 543-B da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973, Código de Processo Civil, em conformidade com o que estabelece o art. 62-A do Regimento Interno.
PRAZO DE DECADÊNCIA PARA REPETIÇÃO DO INDÉBITO TRIBUTÁRIO. RE 566.621
Segundo entendimento do Supremo Tribunal Federal, a aplicação plena do novo prazo de decadência para a repetição do indébito tributário, relativo aos tributos sujeitos ao lançamento por homologação, se aplica apenas aos casos em que o pedido de restituição ou compensação foi apresentado após 09.06.2005. Nas hipóteses em que o protocolo do pedido for anterior a esta data é que permanece o entendimento anterior, ou seja, cinco anos contados da homologação do pagamento indevido.
Recurso Voluntário Provido em Parte.
Numero da decisão: 3102-001.998
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em dar parcial provimento ao recurso voluntário, nos termos do voto da Relatora.
[assinado digitalmente]
Luis Marcelo Guerra de Castro - Presidente.
[assinado digitalmente]
Andréa Medrado Darzé - Relatora.
Participaram, ainda, da sessão de julgamento os conselheiros Nanci Gama, Ricardo Paulo Rosa, Álvaro Arthur Lopes de Almeida Filho e José Fernandes do Nascimento.
Matéria: PIS - proc. que não versem s/exigências de cred. Tributario
Nome do relator: ANDREA MEDRADO DARZE
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materia_s : PIS - proc. que não versem s/exigências de cred. Tributario
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ementa_s : Assunto: Processo Administrativo Fiscal Período de apuração: 07/03/1994 a 28/02/1999 REPRODUÇÃO DAS DECISÕES DEFINITIVAS DO STF, NA SISTEMÁTICA DO ART. 543-B, DO CPC. No julgamento dos recursos no âmbito do CARF devem ser reproduzidas pelos Conselheiros as decisões definitivas de mérito proferidas pelo Supremo Tribunal Federal, na sistemática prevista pelo artigo 543-B da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973, Código de Processo Civil, em conformidade com o que estabelece o art. 62-A do Regimento Interno. PRAZO DE DECADÊNCIA PARA REPETIÇÃO DO INDÉBITO TRIBUTÁRIO. RE 566.621 Segundo entendimento do Supremo Tribunal Federal, a aplicação plena do novo prazo de decadência para a repetição do indébito tributário, relativo aos tributos sujeitos ao lançamento por homologação, se aplica apenas aos casos em que o pedido de restituição ou compensação foi apresentado após 09.06.2005. Nas hipóteses em que o protocolo do pedido for anterior a esta data é que permanece o entendimento anterior, ou seja, cinco anos contados da homologação do pagamento indevido. Recurso Voluntário Provido em Parte.
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Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL Período de apuração: 07/03/1994 a 28/02/1999 REPRODUÇÃO DAS DECISÕES DEFINITIVAS DO STF, NA SISTEMÁTICA DO ART. 543B, DO CPC. No julgamento dos recursos no âmbito do CARF devem ser reproduzidas pelos Conselheiros as decisões definitivas de mérito proferidas pelo Supremo Tribunal Federal, na sistemática prevista pelo artigo 543B da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973, Código de Processo Civil, em conformidade com o que estabelece o art. 62A do Regimento Interno. PRAZO DE DECADÊNCIA PARA REPETIÇÃO DO INDÉBITO TRIBUTÁRIO. RE 566.621 Segundo entendimento do Supremo Tribunal Federal, a aplicação plena do novo prazo de decadência para a repetição do indébito tributário, relativo aos tributos sujeitos ao lançamento por homologação, se aplica apenas aos casos em que o pedido de restituição ou compensação foi apresentado após 09.06.2005. Nas hipóteses em que o protocolo do pedido for anterior a esta data é que permanece o entendimento anterior, ou seja, cinco anos contados da homologação do pagamento indevido. Recurso Voluntário Provido em Parte. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em dar parcial provimento ao recurso voluntário, nos termos do voto da Relatora. [assinado digitalmente] Luis Marcelo Guerra de Castro Presidente. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 13 84 1. 00 04 83 /9 9- 60 Fl. 565DF CARF MF Impresso em 01/11/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 24/09/2013 por ANDREA MEDRADO DARZE, Assinado digitalmente em 24/09/2013 por ANDREA MEDRADO DARZE, Assinado digitalmente em 29/10/2013 por LUIS MARCELO GUERRA DE CASTRO 2 [assinado digitalmente] Andréa Medrado Darzé Relatora. Participaram, ainda, da sessão de julgamento os conselheiros Nanci Gama, Ricardo Paulo Rosa, Álvaro Arthur Lopes de Almeida Filho e José Fernandes do Nascimento. Relatório Tratase de Recurso Voluntário interposto em face de decisão da DRJ em Campinas que julgou improcedente a Manifestação de Inconformidade apresentada, não reconhecendo o direito creditório e não homologando a compensação declarada, por entender que teria ocorrido a decadência do direito à repetição. A ora Recorrente apresentou, em 26/10/1999, Pedido de Restituição ao qual vinculou pedidos de compensação, relativos aos períodos de apuração 11/10/1988 e 15/05/1995. O indébito seria decorrente das diferenças entre a contribuição devida com base no faturamento do sexto mês anterior ao do fato gerador, conforme Lei Complementar nº 8, de 1970, e os valores recolhidos de acordo com os DecretosLei nºs 2.445 e 2.449, de 1988. A DRF de origem emitiu o despacho decisório não homologando as compensações declaradas, por entender que, relativamente aos períodos anteriores a 20/10/1944, teria operado a decadência do direito à repetição pela fluência de prazo superior a cinco anos entre as datas dos recolhimentos supostamente indevidos e as datas das Declarações de Compensação, quanto a o período posterior, o indeferimento decorreu da inexistência de saldo em favor da interessada a título de PIS, calculado com base na Lei Complementar nº 7/70. Cientificada do despacho, a interessada apresentou a manifestação de inconformidade, alegando, em apertada síntese, que seu direito creditório decorre da declaração de inconstitucionalidade dos DecretosLei nºs. 2.445 e 2.449, que teria resultado em recolhimento a maior, que o prazo para repetição de indébito é de dez anos, conforme entendimento pacificado no STJ. Tratou do direito à compensação, discorrendo sobre seu fundamentos constitucionais e legais. Defendeu a correção monetária sobre o indébito. Transcreveu jurisprudência para embasar suas alegações. A DRJ em Campinas julgou improcedente a Manifestação de Inconformidade apresentadas, também por entender que o prazo para pleitear a restituição dos tributos sujeitos ao lançamento por homologação é cinco anos. RESTITUIÇÃO/COMPENSAÇÃO. PRAZO PARA PEDIR. O direito de pleitear a restituição/compensação extinguese com o decurso do prazo de cinco anos, contado da data de extinção do crédito tributário. Irresignado, o contribuinte recorreu a este Conselho repetindo as razões da Manifestação de Inconformidade. É o relatório. Voto Fl. 566DF CARF MF Impresso em 01/11/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 24/09/2013 por ANDREA MEDRADO DARZE, Assinado digitalmente em 24/09/2013 por ANDREA MEDRADO DARZE, Assinado digitalmente em 29/10/2013 por LUIS MARCELO GUERRA DE CASTRO Processo nº 13841.000483/9960 Acórdão n.º 3102001.998 S3C1T2 Fl. 12 3 Conselheira Andréa Medrado Darzé. O recurso é tempestivo, atende as demais condições de admissibilidade e dele tomo conhecimento. Conforme é possível perceber do relato acima, o indeferimento do crédito pleiteado pelo ora Recorrente e a consequente não homologação da compensação declarada decorreu, exclusivamente, do reconhecimento da decadência do direito à repetição do indébito tributário. Pois bem. O Supremo Tribunal Federal, valendose da sistemática prevista no art. 543B, do CPC, pacificou, no RE 566.621, o entendimento de que inconstitucional a atribuição de feitos retroativos ao art. 3º da Lei Complementar nº 118/05, devendo sua aplicação plena se restringir às ações ajuizadas a partir de 09.06.05: DIREITO TRIBUTÁRIO. LEI INTERPRETATIVA. APLICAÇÃO RETROATIVA DA LEI COMPLEMENTAR Nº 118/05. DESCABIMENTO. VIOLAÇÃO À SEGURANÇA JURÍDICA. NECESSIDADE DE OBSERVÂNCIA DA VACACIO LEGIS. APLICAÇÃO DO PRAZO REDUZIDO PARA REPETIÇÃO OU COMPENSAÇÃO DE INDÉBITOS AOS PROCESSOS AJUIZADOS A PARTIR DE 9 DE JUNHO DE 2005. Quando do advento da LC 118/05, estava consolidada a orientação da Primeira Seção do STJ no sentido de que, para os tributos sujeitos a lançamento por homologação, o prazo para repetição ou compensação de indébito era de 10 anos contados do seu fato gerador, tendo em conta a aplicação combinada dos arts. 150, § 4º, 156, VII, e 168, I, do CTN. A LC 118/05, embora tenha se autoproclamado interpretativa, implicou inovação normativa, tendo reduzido o prazo de 10 anos contados do fato gerador para 5 anos contados do pagamento indevido. Lei supostamente interpretativa que, em verdade, inova no mundo jurídico deve ser considerada como lei nova. Inocorrência de violação à autonomia e independência dos Poderes, porquanto a lei expressamente interpretativa também se submete, como qualquer outra, ao controle judicial quanto à sua natureza, validade e aplicação. A aplicação retroativa de novo e reduzido prazo para a repetição ou compensação de indébito tributário estipulado por lei nova, fulminando, de imediato, pretensões deduzidas tempestivamente à luz do prazo então aplicável, bem como a aplicação imediata às pretensões pendentes de ajuizamento quando da publicação da lei, sem resguardo de nenhuma regra de transição, implicam ofensa ao princípio da segurança jurídica em seus conteúdos de proteção da confiança e de garantia do acesso à Justiça. Afastandose as aplicações inconstitucionais e resguardandose, no mais, a eficácia da norma, permitese a aplicação do prazo reduzido relativamente às ações ajuizadas após a vacatio legis, conforme entendimento consolidado por esta Corte no enunciado 445 da Súmula do Tribunal. O prazo de vacatio legis de 120 dias permitiu aos contribuintes não apenas que tomassem ciência do novo prazo, mas também que ajuizassem as ações necessárias à tutela dos seus direitos. Inaplicabilidade do art. 2.028 do Código Civil, Fl. 567DF CARF MF Impresso em 01/11/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 24/09/2013 por ANDREA MEDRADO DARZE, Assinado digitalmente em 24/09/2013 por ANDREA MEDRADO DARZE, Assinado digitalmente em 29/10/2013 por LUIS MARCELO GUERRA DE CASTRO 4 pois, não havendo lacuna na LC 118/08, que pretendeu a aplicação do novo prazo na maior extensão possível, descabida sua aplicação por analogia. Além disso, não se trata de lei geral, tampouco impede iniciativa legislativa em contrário. Reconhecida a inconstitucionalidade art. 4º, segunda parte, da LC 118/05, considerandose válida a aplicação do novo prazo de 5 anos tãosomente às ações ajuizadas após o decurso da vacatio legis de 120 dias, ou seja, a partir de 9 de junho de 2005. Aplicação do art. 543B, § 3º, do CPC aos recursos sobrestados. Recurso extraordinário desprovido. (RE 566621, Relator(a): Min. ELLEN GRACIE, Tribunal Pleno, julgado em 04/08/2011, DJe195 DIVULG 10102011 PUBLIC 11102011 EMENT VOL0260502 PP00273) Por conta disso, devese aplicar ao presente caso o art. 62A do Regimento Interno do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, o qual prescreve a necessidade de reprodução, pelos Conselheiros, das decisões definitivas de mérito proferidas pelo Superior Tribunal de Justiça, na sistemática dos recursos repetitivos: Art. 62A. As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal e pelo Superior Tribunal de Justiça em matéria infraconstitucional, na sistemática prevista pelos artigos 543B e 543C da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973, Código de Processo Civil, deverão ser reproduzidas pelos conselheiros no julgamento dos recursos no âmbito do CARF. Devese esclarecer que o caso concreto submetido à análise enquadrase perfeitamente ao precedente acima transcrito. Afinal, tratase de pedido de restituição de indébito tributário, relativo a tributo sujeito ao lançamento por homologação transmitido em 26/10/1999, ou seja, anteriormente a 09/06/2005. Neste contexto, não resta dúvida de que no caso sob análise permanece prevalecendo o prazo de 10 (dez) anos contados da data dos respectivos fatos geradores para a repetição. Isso porque o acórdão foi bastante claro ao prescrever aplicação plena do novo prazo de 5 (cinco) apenas às medidas ajuizadas a partir de 09.06.05, o que não é caso já que o protocolo foi feito em 26/10/1999. Por outro lado, os fatos geradores a que se referem o pedido ocorreram entre outubro de 1988 a maio de 1995, ou seja, exceção feita ao período de outubro de 1988 a setembro de 1989, todos os outros com menos de 10 anos do protocolo da medida administrativa. Pelo exposto, deve ser reconhecido o direito de pleitear a restituição de eventuais indébitos tributários no período de dez anos contados a partir dos fatos geradores indicados nos pedidos de restituição/compensação, ou seja, do período outubro de 1989 a maio de 1995. No que se refere propriamente ao mérito da restituição, como bem colocado pela Recorrente, o Supremo Tribunal Federal declarou a inconstitucionalidade da semestralidade da Contribuição ao PIS/PASEP estabelecidas pelos DecretosLeis 2.445/88 e 2.449/88, nos seguintes termos: EMENTA: CONSTITUCIONAL. ART. 55II DA CARTA ANTERIOR. CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS. DECRETOSLEIS 2.445 E 2.449, DE 1988. INCONSTITUCIONALIDADE. I CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS: SUA ESTRANEIDADE AO DOMÍNIO DOS TRIBUTOS E MESMO AQUELE, MAIS LARGO, DAS FINANÇAS PÚBLICAS. ENTENDIMENTO, Fl. 568DF CARF MF Impresso em 01/11/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 24/09/2013 por ANDREA MEDRADO DARZE, Assinado digitalmente em 24/09/2013 por ANDREA MEDRADO DARZE, Assinado digitalmente em 29/10/2013 por LUIS MARCELO GUERRA DE CASTRO Processo nº 13841.000483/9960 Acórdão n.º 3102001.998 S3C1T2 Fl. 13 5 PELO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, DA EC Nº 8/77 (RTJ 120/1190). II TRATO POR MEIO DE DECRETOLEI: IMPOSSIBILIDADE ANTE A RESERVA QUALIFICADA DAS MATÉRIAS QUE AUTORIZAVAM A UTILIZAÇÃO DESSE INSTRUMENTO NORMATIVO (ART. 55 DA CONSTITUIÇÃO DE 1969). INCONSTITUCIONALIDADE DOS DECRETOS LEIS 2.445 E 2.449, DE 1988, QUE PRETENDERAM ALTERAR A SISTEMÁTICA DA CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS. (RE 148754, Rel. Min. Carlos Velloso, Relator(a) p/ Acórdão: Min. Francisco Resek, Tribunal Pleno, julgado em 24/06/1993, DJ 04 031994 PP03290 EMENT VOL0173502 PP00175 RTJ VOL 0015003 PP00888) Posteriormente, relativamente ao PIS, o Senado Federal editou a Resolução 49/95, suspendendo a execução dos Decretos supracitados. Como consequência, a base de cálculo dessa Contribuição, voltou a ser o faturamento do sexto mês anterior à ocorrência do fato gerador, nos termos do art. 6º, da Lei Complementar nº 07/70. A exigência mantevese nesses moldes até a publicação da Medida Provisória no 1.212/95, quando a base de cálculo da Contribuição ao PIS passou a ser o faturamento do mês anterior. Sendo este o contexto normativo e jurisprudencial no qual se insere o crédito pleiteado, entendo, com base no art. 59 do PAF, que não há necessidade de se determinar a devolução do processo para a instância inferior analisar o mérito, sendo legítimo o reconhecimento do direito ao crédito da Recorrente nesta instância recursal, cabendo à autoridade de origem apenas a sua quantificação. Por fim, no que se refere ao pedido de correção do indébito tributário, importa esclarecer que o Superior Tribunal de Justiça, valendose da sistemática prevista no art. 543C, do CPC, pacificou, no RE 993.164, o entendimento de que deve incidir correção monetária, mediante aplicação da Taxa Selic, nos pedidos de ressarcimento quando a utilização do crédito é obstada por ato do Fisco: PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA. IPI. CRÉDITO PRESUMIDO PARA RESSARCIMENTO DO VALOR DO PIS/PASEP E DA COFINS. EMPRESAS PRODUTORAS E EXPORTADORAS DE MERCADORIAS NACIONAIS. LEI 9.363/96. INSTRUÇÃO NORMATIVA SRF 23/97. CONDICIONAMENTO DO INCENTIVO FISCAL AOS INSUMOS ADQUIRIDOS DE FORNECEDORES SUJEITOS À TRIBUTAÇÃO PELO PIS E PELA COFINS. EXORBITÂNCIA DOS LIMITES IMPOSTOS PELA LEI ORDINÁRIA. SÚMULA VINCULANTE 10/STF. OBSERVÂNCIA. INSTRUÇÃO NORMATIVA (ATO NORMATIVO SECUNDÁRIO). CORREÇÃO MONETÁRIA. INCIDÊNCIA. EXERCÍCIO DO DIREITO DE CRÉDITO POSTERGADO PELO FISCO. NÃO CARACTERIZAÇÃO DE CRÉDITO ESCRITURAL. TAXA SELIC. APLICAÇÃO. VIOLAÇÃO DO ARTIGO 535, DO CPC. INOCORRÊNCIA. (...) 12. A oposição constante de ato estatal, administrativo ou normativo, impedindo a utilização do direito de crédito de IPI (decorrente da aplicação do princípio constitucional da não Fl. 569DF CARF MF Impresso em 01/11/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 24/09/2013 por ANDREA MEDRADO DARZE, Assinado digitalmente em 24/09/2013 por ANDREA MEDRADO DARZE, Assinado digitalmente em 29/10/2013 por LUIS MARCELO GUERRA DE CASTRO 6 cumulatividade), descaracteriza referido crédito como escritural (assim considerado aquele oportunamente lançado pelo contribuinte em sua escrita contábil), exsurgindo legítima a incidência de correção monetária, sob pena de enriquecimento sem causa do Fisco (Aplicação analógica do precedente da Primeira Seção submetido ao rito do artigo 543C, do CPC: REsp 1035847/RS, Rel. Ministro Luiz Fux, julgado em 24.06.2009, DJe 03.08.2009). 13. A Tabela Única aprovada pela Primeira Seção (que agrega o Manual de Cálculos da Justiça Federal e a jurisprudência do STJ) autoriza a aplicação da Taxa SELIC (a partir de janeiro de 1996) na correção monetária dos créditos extemporaneamente aproveitados por óbice do Fisco (REsp 1150188/SP, Rel. Ministra Eliana Calmon, Segunda Turma, julgado em 20.04.2010, DJe 03.05.2010). 14. Outrossim, a apontada ofensa ao artigo 535, do CPC, não restou configurada, uma vez que o acórdão recorrido pronunciouse de forma clara e suficiente sobre a questão posta nos autos. Salientese, ademais, que o magistrado não está obrigado a rebater, um a um, os argumentos trazidos pela parte, desde que os fundamentos utilizados tenham sido suficientes para embasar a decisão, como de fato ocorreu na hipótese dos autos. 15. Recurso especial da empresa provido para reconhecer a incidência de correção monetária e a aplicação da Taxa Selic. 16. Recurso especial da Fazenda Nacional desprovido. 17. Acórdão submetido ao regime do artigo 543C, do CPC, e da Resolução STJ 08/2008. (REsp 993164/MG, Rel. Ministro LUIZ FUX, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 13/12/2010, DJe 17/12/2010) Este entendimento, inclusive, vincula este E. Conselho Administrativo de Recursos FiscaisMF, em face do que prescreve o art. 62A do RICARF. Como no presente caso restou configurada resistência pelo Fisco, é cabível a correção monetária, mediante aplicação da Taxa Selic, a partir da transmissão das respectivas declarações de compensação. Pelo exposto, voto por DAR PROVIMENTO PARCIAL ao recurso voluntário para que seja reconhecido o direito da ora Recorrente à restituição de eventuais indébitos tributários no período de dez anos contados a partir dos fatos geradores indicados nos pedidos de restituição/compensação (outubro de 1989 a maio de 1995), devidamente corrigidos pela Taxa SELIC a partir da data da transmissão das declarações de compensação, tomando por base seus cálculos e considerando a semestralidade da Contribuição ao PIS/Pasep, homologando a compensação até o limite dos valores dos créditos apurados. [assinado digitalmente] Andréa Medrado Darzé Fl. 570DF CARF MF Impresso em 01/11/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 24/09/2013 por ANDREA MEDRADO DARZE, Assinado digitalmente em 24/09/2013 por ANDREA MEDRADO DARZE, Assinado digitalmente em 29/10/2013 por LUIS MARCELO GUERRA DE CASTRO Processo nº 13841.000483/9960 Acórdão n.º 3102001.998 S3C1T2 Fl. 14 7 Fl. 571DF CARF MF Impresso em 01/11/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 24/09/2013 por ANDREA MEDRADO DARZE, Assinado digitalmente em 24/09/2013 por ANDREA MEDRADO DARZE, Assinado digitalmente em 29/10/2013 por LUIS MARCELO GUERRA DE CASTRO
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Numero do processo: 36902.000042/2003-85
Turma: Quinta Câmara
Seção: Segundo Conselho de Contribuintes
Data da sessão: Thu Apr 18 00:00:00 UTC 2013
Data da publicação: Fri May 24 00:00:00 UTC 2013
Ementa: Assunto: Obrigações Acessórias
Período de apuração:01/03/2001 a 30/03/2002
AUTO DE INFRAÇÃO. GFIPS. DADOS NÃO CORRESPONDENTES A FATOS GERADORES.
Constitui infração a empresa deixar de apresentar ou apresentar incorretamente à Secretaria da Receita Federal do Brasil e ao Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS, na forma, prazo e condições estabelecidos por esses órgãos, dados relacionados a fatos geradores, base de cálculo e valores devidos da contribuição previdenciária e outras informações de interesse do INSS ou do Conselho Curador do FGTS, conforme art. 32, inciso IV da Lei nº 8.212/91.
LEI 12.024/09 - ANISTIA DOS AGENTES PÚBLICOS
São anistiados os agentes públicos e os dirigentes de órgãos públicos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios a quem foram impostas penalidades pecuniárias pessoais, até a data de publicação da Lei 12.024/09, com base no art. 41 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991, revogado pela Lei nº 11.941, de 27 de maio de 2009.
Recurso Voluntário provido.
Numero da decisão: 2302-002.454
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
ACORDAM os membros da Segunda Turma da Terceira Câmara da Segunda Seção do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, por unanimidade de votos, em dar provimento ao recurso, nos termos do relatório e voto que integram o presente julgado.
Liége Lacroix Thomasi Presidente Substituta.
Juliana Campos de Carvalho Cruz - Relatora.
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Liége Lacroix Thomasi (Presidente Substituta de Turma), Manoel Coelho Arruda Júnior (Vice-presidente de turma), André Luís Mársico Lombardi, Arlindo da Costa e Silva e Juliana Campos de Carvalho Cruz.
Nome do relator: JULIANA CAMPOS DE CARVALHO CRUZ
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ementa_s : Assunto: Obrigações Acessórias Período de apuração:01/03/2001 a 30/03/2002 AUTO DE INFRAÇÃO. GFIPS. DADOS NÃO CORRESPONDENTES A FATOS GERADORES. Constitui infração a empresa deixar de apresentar ou apresentar incorretamente à Secretaria da Receita Federal do Brasil e ao Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS, na forma, prazo e condições estabelecidos por esses órgãos, dados relacionados a fatos geradores, base de cálculo e valores devidos da contribuição previdenciária e outras informações de interesse do INSS ou do Conselho Curador do FGTS, conforme art. 32, inciso IV da Lei nº 8.212/91. LEI 12.024/09 - ANISTIA DOS AGENTES PÚBLICOS São anistiados os agentes públicos e os dirigentes de órgãos públicos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios a quem foram impostas penalidades pecuniárias pessoais, até a data de publicação da Lei 12.024/09, com base no art. 41 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991, revogado pela Lei nº 11.941, de 27 de maio de 2009. Recurso Voluntário provido.
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conteudo_txt : Metadados => pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.4; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 6; dc:format: application/pdf; version=1.4; pdf:charsPerPage: 2184; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; access_permission:fill_in_form: true; pdf:encrypted: true; access_permission:can_modify: true; Content-Type: application/pdf | Conteúdo => S2C3T2 Fl. 214 1 213 S2C3T2 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS SEGUNDA SEÇÃO DE JULGAMENTO Processo nº 36902.000042/200385 Recurso nº Voluntário Acórdão nº 2302002.454 – 3ª Câmara / 2ª Turma Ordinária Sessão de 18 de abril de 2013 Matéria OBRIGAÇÃO ACESSÓRIA Recorrente JOSÉ UBALDINO ALVES PINTO JÚNIOR Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS Período de apuração:01/03/2001 a 30/03/2002 AUTO DE INFRAÇÃO. GFIPS. DADOS NÃO CORRESPONDENTES A FATOS GERADORES. Constitui infração a empresa deixar de apresentar ou apresentar incorretamente à Secretaria da Receita Federal do Brasil e ao Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço FGTS, na forma, prazo e condições estabelecidos por esses órgãos, dados relacionados a fatos geradores, base de cálculo e valores devidos da contribuição previdenciária e outras informações de interesse do INSS ou do Conselho Curador do FGTS, conforme art. 32, inciso IV da Lei nº 8.212/91. LEI 12.024/09 ANISTIA DOS AGENTES PÚBLICOS São anistiados os agentes públicos e os dirigentes de órgãos públicos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios a quem foram impostas penalidades pecuniárias pessoais, até a data de publicação da Lei 12.024/09, com base no art. 41 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991, revogado pela Lei nº 11.941, de 27 de maio de 2009. Recurso Voluntário provido. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. ACORDAM os membros da Segunda Turma da Terceira Câmara da Segunda Seção do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, por unanimidade de votos, em dar provimento ao recurso, nos termos do relatório e voto que integram o presente julgado. Liége Lacroix Thomasi – Presidente Substituta. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 36 90 2. 00 00 42 /2 00 3- 85 Fl. 145DF CARF MF Impresso em 04/06/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 14/05/2013 por JULIANA CAMPOS DE CARVALHO CRUZ, Assinado digitalmente em 14/05/2013 por JULIANA CAMPOS DE CARVALHO CRUZ, Assinado digitalmente em 16/05/2013 por LIEGE LACRO IX THOMASI 2 Juliana Campos de Carvalho Cruz Relatora. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Liége Lacroix Thomasi (Presidente Substituta de Turma), Manoel Coelho Arruda Júnior (Vicepresidente de turma), André Luís Mársico Lombardi, Arlindo da Costa e Silva e Juliana Campos de Carvalho Cruz. Fl. 146DF CARF MF Impresso em 04/06/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 14/05/2013 por JULIANA CAMPOS DE CARVALHO CRUZ, Assinado digitalmente em 14/05/2013 por JULIANA CAMPOS DE CARVALHO CRUZ, Assinado digitalmente em 16/05/2013 por LIEGE LACRO IX THOMASI Processo nº 36902.000042/200385 Acórdão n.º 2302002.454 S2C3T2 Fl. 215 3 Relatório Tratase o Auto de Infração de penalidade aplicada em face do agente público (Prefeito) em decorrência da Prefeitura Municipal de Porto Seguro não ter observado, no período de 03/2001 a 03/2002, à norma disposta no art. 32, inciso IV, da Lei nº 8.212/91 a qual impõe a obrigatoriedade da prefeitura municipal informar corretamente à Secretaria da Receita Federal do Brasil e ao Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço dados relacionados a fatos geradores, base de cálculo e valores devidos da contribuição previdenciária e outras informações de interesse do INSS ou do Conselho Curador do FGTS. Na ocasião, foi aplicada a multa estabelecida no art. 32, §5º, da Lei nº 8.212/91 c/c art. 284, inciso II e art. 373 do RPS, aprovado pelo Decreto nº 3.048/99 com redação dada pelo Decreto 4.729/03, cujos conteúdos normativos imputam o percentual de 100% (cem por cento) do valor devido relativo à contribuição não declarada. Cientificada da autuação, o autuado deixou transcorrer o prazo sem qualquer manifestação (fl. 26). À fl. 26 consta a decisão de 1ª instância a qual ratificou a multa aplicada (ar. 284, inciso II, do RPS aprovado pelo Decerto nº 3.048/99), julgando procedente a autuação. Intimado do julgado (fl. 28), interpôs, em tempo hábil, recurso voluntário (fls. 31/32) alegando que embora o Município de Porto Seguro tenha enviado ao Banco do Brasil a relação de funcionários admitidos para cadastramento do PASEP, a instituição financeira demorou para efetuar o cadastramento motivo pelo qual ensejou o atraso nas informações prestadas mediante GFIP. Ressaltou o contribuinte que o próprio programa do imposto não aceita a inclusão dos funcionários a não ser com o número do PASEP. Assegurou, ainda, ausência de prejuízo por parte do INSS, já que todos os recolhimentos foram efetuados. Por fim, pleiteou a desconstituição da multa. Encaminhados os autos ao CARF, o Conselheiro Marcos André Ramos Vieira converteu o julgamento em diligência determinando que o INSS analisasse a documentação acostada pelo Recorrente (fl. 69). Após duas diligências, foi constatado pelo chefe da seção do contencioso administrativo de Itabuna/BA que houve correção das GFIP's e que o motivo da incerteza decorreu do fato de ser comum as prefeituras municipais efetuarem os lançamentos contábeis pelo regime de caixa e as folhas de pagamento e serem elaboradas pelo regime de competência. Sugeriu, pelo bom senso e pelo princípio da razoabilidade, a correção da falta (fl. 112). Intimado o contribuinte para se manifestar sobre a diligência (fls. 69), não apresentou qualquer manifestação (fls. 114/115/116/117). Encaminhados os autos ao Conselho, mais uma vez foi convertido o julgamento em diligência com a finalidade de a Receita Federal verificar qual o momento ocorreu a correção da falta: se antes ou depois do auto de infração (fl. 125). Fl. 147DF CARF MF Impresso em 04/06/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 14/05/2013 por JULIANA CAMPOS DE CARVALHO CRUZ, Assinado digitalmente em 14/05/2013 por JULIANA CAMPOS DE CARVALHO CRUZ, Assinado digitalmente em 16/05/2013 por LIEGE LACRO IX THOMASI 4 Às fls. 128/129, informou a Receita Federal que auto de infração deveria ser considerado improcedente por força da publicação da Lei nº 12.024/09 cujo art. 12 anistiou os agentes públicos penalizados pelo art. 41 da Lei nº 8.212/01. Devolvidos os autos ao Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (fl. 131), segue o julgamento. Eis o relatório. Fl. 148DF CARF MF Impresso em 04/06/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 14/05/2013 por JULIANA CAMPOS DE CARVALHO CRUZ, Assinado digitalmente em 14/05/2013 por JULIANA CAMPOS DE CARVALHO CRUZ, Assinado digitalmente em 16/05/2013 por LIEGE LACRO IX THOMASI Processo nº 36902.000042/200385 Acórdão n.º 2302002.454 S2C3T2 Fl. 216 5 Voto Conselheira Juliana Campos de Carvalho Cruz, Relatora. Tratase de julgamento após diligência realizada pela Receita Federal, tal como exposto no relatório acima. O Auto de Infração em análise consiste no fato da Prefeitura Municipal de Porto Seguro não ter observado, no período de 03/2001 a 03/2002, a norma disposta no art. 32, inciso IV, da Lei nº 8.212/91 a qual impõe a obrigatoriedade de informar corretamente à Secretaria da Receita Federal do Brasil e ao Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço dados relacionados a fatos geradores, base de cálculo e valores devidos da contribuição previdenciária e outras informações de interesse do INSS ou do Conselho Curador do FGTS. No entanto, a responsabilidade pelo cumprimento da obrigação foi imposta ao gestor público, conforme documentos anexados às fls. 19/20. Ocorre que, em meados de 2009, com a publicação da Lei nº 12.024/09, foram anistiados os agentes públicos penalizados pelo art. 41 da Lei 8.212/91, assim prescreve: "Art. 12 São anistiados os agentes públicos e os dirigentes de órgãos públicos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios a quem foram impostas penalidades pecuniárias pessoais, até a data de publicação desta Lei, com base no art. 41 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991, revogado pela Lei nº 11.941, de 27 de maio de 2009." Tendo em vista que a infração imputada ao gestor público decorre do art. 41 da Lei nº 8.212/90, norma revogada pela Lei nº 12.024/09, com redação dada pela Lei nº 11.941/09, não há razão para prosseguir com a cobrança em face do Sr. José Ubaldino Alves Pinto Júnior, dirigente da Prefeitura Municipal de Porto Seguro. Por todo o exposto, Dou PROVIMENTO ao Recurso Voluntário, com fundamento no art. 12 da Lei 12.024/09, extinguindo a totalidade do crédito tributário. É como voto. Juliana Campos de Carvalho Cruz Fl. 149DF CARF MF Impresso em 04/06/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 14/05/2013 por JULIANA CAMPOS DE CARVALHO CRUZ, Assinado digitalmente em 14/05/2013 por JULIANA CAMPOS DE CARVALHO CRUZ, Assinado digitalmente em 16/05/2013 por LIEGE LACRO IX THOMASI 6 Fl. 150DF CARF MF Impresso em 04/06/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 14/05/2013 por JULIANA CAMPOS DE CARVALHO CRUZ, Assinado digitalmente em 14/05/2013 por JULIANA CAMPOS DE CARVALHO CRUZ, Assinado digitalmente em 16/05/2013 por LIEGE LACRO IX THOMASI
score : 1.0
Numero do processo: 13890.000627/2001-14
Turma: Segunda Turma Especial
Câmara: Segunda Câmara
Seção: Segundo Conselho de Contribuintes
Data da sessão: Tue Jun 02 00:00:00 UTC 2009
Data da publicação: Wed Sep 30 00:00:00 UTC 2015
Ementa: Assunto: Contribuição para o PIS/Pasep
Período de apuração: 04/07/1999 a 30/06/2000
SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA. GÁS LIQUEFEITO DE PETRÓLEO. RESSARCIMENTO. PROVA.
O ressarcimento da contribuição para o PIS paga sob o regime de substituição tributária, na aquisição de gás liquefeito de petróleo, está condicionado à comprovação de que a contribuição fora efetivamente apurada, retida e recolhida pelo substituto.
Numero da decisão: 2802-000.064
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros da Segunda Turma Especial da Segunda Seção de Julgamento, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso.
(assinado digitalmente)
Rodrigo da Costa Pôssas - Presidente.
(assinado digitalmente)
Hélcio Lafetá Reis - Relator ad hoc.
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Antônio Carlos Atulim (Presidente), Evandro Francisco Silva Araújo, Ivan Allegretti (Relator) e Adélcio Salvalágio.
Nome do relator: Hélcio Lafetá Reis
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ementa_s : Assunto: Contribuição para o PIS/Pasep Período de apuração: 04/07/1999 a 30/06/2000 SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA. GÁS LIQUEFEITO DE PETRÓLEO. RESSARCIMENTO. PROVA. O ressarcimento da contribuição para o PIS paga sob o regime de substituição tributária, na aquisição de gás liquefeito de petróleo, está condicionado à comprovação de que a contribuição fora efetivamente apurada, retida e recolhida pelo substituto.
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LTDA. Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS/PASEP Período de apuração: 04/07/1999 a 30/06/2000 SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA. GÁS LIQUEFEITO DE PETRÓLEO. RESSARCIMENTO. PROVA. O ressarcimento da contribuição para o PIS paga sob o regime de substituição tributária, na aquisição de gás liquefeito de petróleo, está condicionado à comprovação de que a contribuição fora efetivamente apurada, retida e recolhida pelo substituto. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros da Segunda Turma Especial da Segunda Seção de Julgamento, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso. (assinado digitalmente) Rodrigo da Costa Pôssas Presidente. (assinado digitalmente) Hélcio Lafetá Reis Relator ad hoc. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Antônio Carlos Atulim (Presidente), Evandro Francisco Silva Araújo, Ivan Allegretti (Relator) e Adélcio Salvalágio. Relatório AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 13 89 0. 00 06 27 /2 00 1- 14 Fl. 558DF CARF MF Impresso em 30/09/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 28/09/2015 por HELCIO LAFETA REIS, Assinado digitalmente em 28/09/2015 p or HELCIO LAFETA REIS, Assinado digitalmente em 29/09/2015 por RODRIGO DA COSTA POSSAS Processo nº 13890.000627/200114 Acórdão n.º 2802000.064 S2TE02 Fl. 559 2 Na condição de relator ad hoc neste processo, reproduzo o relatório elaborado pela DRJ Ribeirão Preto/SP, que muito bem descreve os fatos controvertidos nos autos: A interessada acima qualificada ingressou com o pedido à fl. 01, protocolado em 20/12/2001, solicitando o ressarcimento do montante de R$ 78.835,39 (setenta e oito mil, oitocentos e trinta e cinco reais e trinta e nove centavos) relativo à contribuição para o Programa de Integração Social (PIS) que teria pagado sob o regime de substituição tributária na aquisição de gás liquefeito de petróleo (GLP) diretamente de distribuidoras atacadistas e varejistas desse produto no período de 04 de julho de 1999 a 30 de junho de 2000. Para comprovar os valores reclamados, anexou ao seu pedido, as cópias das notas fiscais As fls. 144/349, bem como as planilhas às fls. 40, 41/42 e 43/45. As cópias das notas fiscais às fls. 46/143 e 350/368 são de períodos estranhos à restituição ora pleiteada. Por meio do Despacho Decisório n° 040, às fls. 377/383, datado de 26 de janeiro de 2006, a DRF em Piracicaba indeferiu o pedido de restituição sob os fundamento de que: a) o regime de substituição tributária para o GLP vigeu entre 28/09/1999 e 30/06/2000, contudo, em momento algum, existiu previsão legal para o ressarcimento dos valores retidos sob esse sistema para as pessoas jurídicas, consumidoras finais desse produto; b) ainda que houvesse tal previsão na IN SRF n° 06, de 1999, que regulamentou o ressarcimento da contribuição para o PIS sobre operações com derivados de petróleo, paga sob aquele regime, não haveria como atender o pedido da interessada pelo fato de ela não ter comprovado a retenção daquela contribuição, por parte das refinarias, e também pelo fato de não constar das notas fiscais apresentadas (cópias) o destaque de tal contribuição; e, d) uma de suas três fornecedoras, a Companhia Ultragaz S.A., tem como atividade econômica o comércio varejista de GLP e não a distribuição. Cientificada dessa decisão, inconformada com o indeferimento de seu pedido, a interessada interpôs a manifestação de inconformidade às fls. 388/401, requerendo a reforma daquele despacho decisório, para que lhe reconheça o direito de restituição/compensação do crédito financeiro reclamado, bem como a homologação da compensação declarada, alegando, em síntese, que: a) seu pedido está embasado na Lei n° 9.718, de 27 de novembro de 1998, art. 4°, parágrafo único, e na IN SRF n° 06, de 29 de janeiro de 1999, art. 2°, parágrafo único, e arts. 5° e 6°, §§ 2° ao 4'; b) o fato de constar no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) de que uma de suas fornecedoras está cadastrada sob o código nacional de atividade econômica (CNAE) como comerciante varejista de GLP não significa que ela não seja também distribuidora desse produto; c) a não citação do GLP na IN SRF n° 06, de 29 de janeiro de 1999, se deu pelo fato de que, quando do inicio da substituição tributária, Fl. 559DF CARF MF Impresso em 30/09/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 28/09/2015 por HELCIO LAFETA REIS, Assinado digitalmente em 28/09/2015 p or HELCIO LAFETA REIS, Assinado digitalmente em 29/09/2015 por RODRIGO DA COSTA POSSAS Processo nº 13890.000627/200114 Acórdão n.º 2802000.064 S2TE02 Fl. 560 3 em relação ao GLP, prevista na MP n° 1.8586, de 29 de julho de 1999, posteriormente alterada pela MP n° 1.991 18, de 09 de junho de 2000, que alterou o art. 40 da Lei n°9.718, de 1998, aquela instrução já havia sido editada; d) o indeferimento de seu pedido teria ofendido a Constituição Federal de 1988, por contrariar o CTN, art. 128, bem como o art. 150 da própria Constituição e a Lei n° 9.718, de 1998, que instituiu o regime de substituição tributária para as operações com combustíveis e derivados de petróleo; e, e) segundo seu entendimento, a Lei n° 9.990, de 21 de julho de 2000, que alterou o art. 4° da Lei n° 9.718, de 1998, ao informar as alíquotas praticadas nessas operações com derivados de petróleo teria autorizado as distribuidoras a deixar de destacar nas notas fiscais a base de cálculo do tributo e do valor a ser ressarcido. A decisão da DRJ Ribeirão Preto/SP que indeferiu o pedido restou ementada da seguinte forma: Assunto: Contribuição para o PIS/Pasep Período de apuração: 04/07/1999 a 30/06/2000 Ementa: SUBSTITUIÇÃO TRIBUTARIA. RESTITUIÇÃO/COMPENSAÇÃO. A restituição e/ou a compensação de contribuição para o PIS, paga sob o regime de substituição tributária, na aquisição de gás liquefeito de petróleo, está condicionada à comprovação de que a contribuição foi efetivamente apurada, retida e recolhida pelo substituto. Solicitação Indeferida Cientificado da decisão, o contribuinte interpôs Recurso Voluntário e reiterou seu pedido, repisando os mesmos argumentos de defesa. É o relatório. Voto Conselheiro Hélcio Lafetá Reis Relator ad hoc Considerando o teor da decisão final da turma julgadora, encaminho o presente voto, na condição de relator ad hoc, no mesmo sentido da DRJ Ribeirão Preto/SP, dispensandose a reprodução, neste voto, do inteiro teor do voto condutor do acórdão recorrido presente às fls. 461 a 464. Dessa forma, votase por NEGAR PROVIMENTO ao recurso. É o voto. (assinado digitalmente) Fl. 560DF CARF MF Impresso em 30/09/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 28/09/2015 por HELCIO LAFETA REIS, Assinado digitalmente em 28/09/2015 p or HELCIO LAFETA REIS, Assinado digitalmente em 29/09/2015 por RODRIGO DA COSTA POSSAS Processo nº 13890.000627/200114 Acórdão n.º 2802000.064 S2TE02 Fl. 561 4 Hélcio Lafetá Reis Relator ad hoc Fl. 561DF CARF MF Impresso em 30/09/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 28/09/2015 por HELCIO LAFETA REIS, Assinado digitalmente em 28/09/2015 p or HELCIO LAFETA REIS, Assinado digitalmente em 29/09/2015 por RODRIGO DA COSTA POSSAS
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Numero do processo: 11060.001795/2002-55
Turma: Segunda Câmara
Seção: Segundo Conselho de Contribuintes
Data da sessão: Fri Sep 21 00:00:00 UTC 2007
Ementa: Imposto sobre Produtos Industrializados -
IPI
Exercício: 1999, 2000, 2001
Ementa: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL.
DECISÃO ESTRANHA AO PROCESSO.
ANULAÇÃO.
Deve-se anular decisão da DRJ que julgou matéria
estranha ao processo, deixando de apreciar as
matérias efetivamente afeitas ao mesmo.
Recurso provido.
Numero da decisão: 202-18.352
Decisão: ACORDAM os Membros da SEGUNDA CÂMARA do SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBUINTES,por unanimidade de votos, em dar provimento ao recurso para anular a decisão de primeira instância.
Matéria: IPI- processos NT- créd.presumido ressarc PIS e COFINS
Nome do relator: Gustavo Kelly Alencar
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ementa_s : Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI Exercício: 1999, 2000, 2001 Ementa: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL. DECISÃO ESTRANHA AO PROCESSO. ANULAÇÃO. Deve-se anular decisão da DRJ que julgou matéria estranha ao processo, deixando de apreciar as matérias efetivamente afeitas ao mesmo. Recurso provido.
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I MINISTÉRIO DA FAZENDA SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBUINTESn\•w - SEGUNDA CÂMARA Processo n° 11060.001795/2002-55 • Recurso n° 136.902 Voluntário dth cottito,tes cnnselocuaMatéria IPI of....acto-sego Dihdo Acórdão n° 202-18.352 d'en--1-12.2(--- •amo' Sessão de 21 de setembro de 2007 Recorrente BIOAGRO INDÚSTRIA E COMÉRCIO AGROPECUÁRIO LTDA. Recorrida DRJ em Ribeirão Preto - SP Assunto: Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI Exercício: 1999, 2000, 2001 Ementa: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL. DECISÃO ESTRANHA AO PROCESSO. ANULAÇÃO. Deve-se anular decisão da DRJ que julgou matéria estranha ao processo, deixando de apreciar as matérias efetivamente afeitas ao mesmo. Recurso provido. Vistos, relatados e discutidos os Presentes autos. ACORDAM -os — Membros da SEGUNDA CÂMARA do SEGUNDO CONSELHO DE CO RIBUINTES, 'Por unanimidade de votos, em dar provimento ao recurso para anular a d isão de primeira instância. é cetg MF -SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBUINTESO OR/GINAL ANTONIO CARLOS AndLIM CONFERE COM Presidente araselia. Oq n ipt f_122— Nana Cláudia Silva Castro Mat. Siape 92136 G AVO a ALENCAR Rel or Parti 'param, ainda, do presente julgamento, os Conselheiros Maria Cristina Roza da Costa, Nadja Rodrigues Romero, Antonio Zomer, Ivan Allegretti (Suplente), Antônio Lisboa Cardoso e Maria Teresa Martínez L6pez. Processo n.° 11060.001795/2002-55 CCO2/CO2 Acórdão n.° 202-18.352 Fls. 2 " BUI"E St. 1F—SEG UCNODNOF EC Bratailla. ..k:ii 2- ROENSCEOrO ORIGINAL CONTRIBUINTES • Ivana Claudia Silva Castro Relatório "Mat. SISPe 92136 A interessada em epígrafe pediu o ressarcimento do saldo credor do IPI, acumulado no período em epígrafe, a ser utilizado na compensação dos débitos declarados. O pedido foi parcialmente deferido, sendo que a parcela glosada do crédito se deu por não existir base legal para o aproveitamento de créditos oriundos de insumos isentos, imunes ou tributados à aliquota zero, de qualquer natureza. Tempestivamente, a contribuinte apresentou sua manifestação de inconformidade basicamente alegando que a Lei n2 9.779/99 deve ser interpretada de acordo como princípio constitucional da não-cumulatividade, o qual não admitiria restrições infraconstitucionais, assim permitindo o creditamento em questão, conforme jurisprudência que cita. Para provar o alegado, pediu a realização de perícia que demonstre serem, os fertilizantes em questão, produtos industrializados, ainda que classificados na TIPI como NT. Encerrou solicitando o reconhecimento de seus créditos e o deferimento integral de seu pedido. Remetidos os autos à DRJ em Ribeirão Preto - SP, foi o indeferimento mantido, em decisão assim ementada: "Assunto: Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI Período de apuração: 01/01/1999 a 31/12/2001 DIREITO AO CRÉDITO. INSUMOS ISENTOS, NÃO TRIBUTADOS OU TRIBUTADOS À ALIQUOTA ZERO. É inadmissível, por total ausência de previsão legal, a apropriação, na escrita fiscal do sujeito passivo, de créditos do imposto alusivos a insumos isentos, não tributados ou sujeitos à alíquota zero, uma vez que inexiste montante do imposto cobrado na operação anterior. INCONSTITUCIONALIDADE. A autoridade administrativa é incompetente para declarar a inconstitucionalidade da lei e dos atos infralegais." Inconformada, apresenta recurso no qual requer a anulação da decisão da DRJ, por tratar de tema estranho à lide, notadamente, pois o que se requer é o creditamento de insumos tributados aplicados em produtos classificados como NT na TIPI. Além disso, os produtos são industrializados e por tal há o direito ao reconhecimento dos créditos relativos à aquisição de insumos. É o Relatório. r' Processo n.° 11060.001795/2002-55 CCO2/CO2 Acórdão n.° 202-18.352 MF - SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBUINTES CONFERE COMO ORIGINAL Fls. 3 Brasilla, „Saadi 2, , ON- Ivana Cláudia Silva Castro -- Mat. Slape 92136 Voto Conselheiro GUSTAVO KELLY ALENCAR, Relator Preenchidos os requisitos de admissibilidade, do recurso conheço. Assiste razão à contribuinte. A decisão da DRJ cuida da impossibilidade de creditamento do LPI incidente na aquisição de insumos isentos, imunes, tributados à aliquota zero e não tributados, matéria estranha ao presente feito, porque o pedido de ressarcimento se refere ao creditamento de insumos tributados e aplicados na industrialização de produtos classificados na TIPI como NT. Assim, dou provimento ao recurso para anular a decisão da DRJ, devendo ser proferida outra em seu lugar. Sala das Sessões, em 21 de setembro de 2007. Ák G L LENCAR Page 1 _0030100.PDF Page 1 _0030200.PDF Page 1
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Numero do processo: 11030.002643/2004-99
Turma: Segunda Câmara
Seção: Segundo Conselho de Contribuintes
Data da sessão: Thu May 07 00:00:00 UTC 2009
Data da publicação: Wed Sep 02 00:00:00 UTC 2015
Ementa: Assunto: Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI
Período de apuração: 01/10/2003 a 31/12/2003
CRÉDITO PRESUMIDO. RESSARCIMENTO. INSUMOS ADQUIRIDOS DE PESSOAS FÍSICAS.
Somente os insumos que se submeteram à incidência da contribuição na operação de aquisição pelo produtor-exportador compõem a base de cálculo do incentivo, situação essa em que não se incluem as aquisições junto a pessoas físicas.
Numero da decisão: 2101-000.093
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, pelo voto de qualidade, em negar provimento ao recurso no que tange aos insumos adquiridos de pessoa física. Vencidos os conselheiros Gustavo Kelly Alencar (Relator), Antônio Lisboa Cardoso, Domingos de Sá Filho e Maria Teresa Martinez López. Designado o conselheiro Antonio Zomer para redigir o voto vencedor.
(assinado digitalmente)
Rodrigo da Costa Pôssas - Presidente.
(assinado digitalmente)
Hélcio Lafetá Reis - Relator ad hoc.
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Caio Marcos Cândido (Presidente), Maria Cristina Roza da Costa, Gustavo Kelly Alencar, Antonio Zomer, Antônio Lisboa Cardoso, Maria Teresa Martinez López, Domingos de Sá Filho e Antônio Carlos Atulim.
Nome do relator: Hélcio Lafetá Reis
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ementa_s : Assunto: Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI Período de apuração: 01/10/2003 a 31/12/2003 CRÉDITO PRESUMIDO. RESSARCIMENTO. INSUMOS ADQUIRIDOS DE PESSOAS FÍSICAS. Somente os insumos que se submeteram à incidência da contribuição na operação de aquisição pelo produtor-exportador compõem a base de cálculo do incentivo, situação essa em que não se incluem as aquisições junto a pessoas físicas.
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Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS IPI Período de apuração: 01/10/2003 a 31/12/2003 CRÉDITO PRESUMIDO. RESSARCIMENTO. INSUMOS ADQUIRIDOS DE PESSOAS FÍSICAS. Somente os insumos que se submeteram à incidência da contribuição na operação de aquisição pelo produtorexportador compõem a base de cálculo do incentivo, situação essa em que não se incluem as aquisições junto a pessoas físicas. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, pelo voto de qualidade, em negar provimento ao recurso no que tange aos insumos adquiridos de pessoa física. Vencidos os conselheiros Gustavo Kelly Alencar (Relator), Antônio Lisboa Cardoso, Domingos de Sá Filho e Maria Teresa Martinez López. Designado o conselheiro Antonio Zomer para redigir o voto vencedor. (assinado digitalmente) Rodrigo da Costa Pôssas Presidente. (assinado digitalmente) Hélcio Lafetá Reis Relator ad hoc. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Caio Marcos Cândido (Presidente), Maria Cristina Roza da Costa, Gustavo Kelly Alencar, Antonio Zomer, Antônio Lisboa Cardoso, Maria Teresa Martinez López, Domingos de Sá Filho e Antônio Carlos Atulim. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 11 03 0. 00 26 43 /2 00 4- 99 Fl. 102DF CARF MF Impresso em 02/09/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 18/08/2015 por HELCIO LAFETA REIS, Assinado digitalmente em 18/08/2015 p or HELCIO LAFETA REIS, Assinado digitalmente em 31/08/2015 por RODRIGO DA COSTA POSSAS Processo nº 11030.002643/200499 Acórdão n.º 2101000.093 S2C1T1 Fl. 103 2 Relatório Na condição de relator ad hoc neste processo, reproduzo o relatório elaborado pela DRJ Porto Alegre/RS, que muito bem descreve os fatos controvertidos nos autos: Tratase de ressarcimento de crédito presumido do IPI, autorizado pela Lei n° 9.363, de 13/12/1996, em parte negado por despacho decisório da DRF de origem por tratarse de aquisições efetuadas a pessoas físicas. Na manifestação de inconformidade, a interessada esclarece que adquire pedras semipreciosas a garimpeiros e alega que só poderiam ser excluídas da base de cálculo do crédito presumido "as compras de matériaprima de pessoas físicas, se houvesse previsão legal, o que não há" e que o beneficio foi instituído para compensar os exportadores do PIS/Pasep e da Cofins incidente sobre toda a cadeia e não apenas sobre a última operação. A DRJ Porto Alegre/RS julgou improcedente a manifestação de inconformidade, tendo sido o acórdão ementado da seguinte forma: ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS IPI Período de apuração: 01/10/2003 a 31/12/2003 CRÉDITO PRESUMIDO. BASE DE CÁLCULO. Tãosomente as aquisições de insumos que sofrerem a incidência do PIS/Pasep e da Cofins geram direito ao crédito presumido do IPI instituído para ressarcimento dessas contribuições. Solicitação Indeferida Cientificado da decisão de primeira instância, o contribuinte interpôs Recurso Voluntário e requereu o reconhecimento do direito creditório, repisando os mesmos argumentos de defesa. É o relatório. Voto Conselheiro Hélcio Lafetá Reis Relator ad hoc O recurso é tempestivo, atende as demais condições de admissibilidade e dele tomase conhecimento. Considerando o teor da decisão constante da ata de julgamento, encaminho o presente voto, na condição de relator ad hoc, no mesmo sentido do voto exarado no acórdão nº Fl. 103DF CARF MF Impresso em 02/09/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 18/08/2015 por HELCIO LAFETA REIS, Assinado digitalmente em 18/08/2015 p or HELCIO LAFETA REIS, Assinado digitalmente em 31/08/2015 por RODRIGO DA COSTA POSSAS Processo nº 11030.002643/200499 Acórdão n.º 2101000.093 S2C1T1 Fl. 104 3 20219.239, de 6 de agosto de 2008, pelo mesmo redator designado neste processo, que versou sobre a mesma matéria controvertida nos presentes autos: Conselheiro ANTONIO ZOMER, Designado Cuido neste voto apenas da possibilidade de inclusão, na base de cálculo do crédito presumido do IPI, para ressarcimento da Contribuição para o PIS e da Cofins, dos insumos adquiridos de nãocontribuintes (pessoas físicas ou cooperativas). O crédito presumido de IPI foi instituído pela Medida Provisória nº 948, de 23/03/95, convertida na Lei nº 9.363/96, com a finalidade de estimular o crescimento das exportações do país, desonerando os produtos exportados dos impostos internos incidentes sobre suas matériasprimas e visando permitir maior competitividade destes no mercado internacional. O art. 12 da Lei nº 9.363/96 dispõe que o crédito presumido tem natureza de ressarcimento das contribuições incidentes sobre as aquisições de matérias primas, produtos intermediários e material de embalagem, para a utilização no processo produtivo, verbis: "Art. 12 A empresa produtora e exportadora de mercadorias nacionais fará jus a crédito presumido do Imposto sobre Produtos Industrializados, como ressarcimento das contribuições de que tratam as Leis Complementares nº 7, de 7 de setembro de 1970, 8, de 3 de dezembro de 1970, e 70, de 30 de dezembro de 1991, incidentes sobre as respectivas aquisições, no mercado interno, de matériasprimas, produtos intermediários e material de embalagem, para utilização no processo produtivo." (negritei) O Crédito Presumido é um beneficio fiscal, e sendo assim, a sua lei instituidora deve ser interpretada restritivamente, a teor do disposto no art. 111 do Código Tributário Nacional CTN, para que não se estenda a exoneração fiscal a casos semelhantes. Com efeito, tratandose de normas nas quais o Estado abre mão de determinada receita tributária, a interpretação não admite alargamentos do texto legal. Nesse sentido, Carlos Maximiliano, discorrendo sobre a hermenêutica das leis fiscais, ensina: "402 — III O rigor é maior em se tratando de disposição excepcional, de isenções ou abrandamentos de ônus em proveito de indivíduos ou corporações. Não se presume o intuito de abrir mão de direitos inerentes à autoridade suprema. A outorga deve ser feita em termos claros, irretorquíveis; ficar provada até a evidência, e se não estender além das hipóteses figuradas no texto; jamais será inferida de fatos que não indiquem irresistivelmente a existência da concessão ou de um contrato que a envolva. No caso, não tem cabimento o brocardo célebre; na dúvida, se decide contra as isenções totais ou parciais, e a favor do fisco; ou, melhor, presumese não haver o Estado aberto mão de sua autoridade para exigir tributos." Destarte, a empresa paga o tributo embutido no preço de aquisição do insumo e recebe, posteriormente, a quantia Fl. 104DF CARF MF Impresso em 02/09/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 18/08/2015 por HELCIO LAFETA REIS, Assinado digitalmente em 18/08/2015 p or HELCIO LAFETA REIS, Assinado digitalmente em 31/08/2015 por RODRIGO DA COSTA POSSAS Processo nº 11030.002643/200499 Acórdão n.º 2101000.093 S2C1T1 Fl. 105 4 desembolsada sob a forma de crédito presumido compensável com o IPI e, na impossibilidade de compensação, na forma de ressarcimento em espécie. O art. 1º, retrotranscrito, restringe o beneficio ao "ressarcimento de contribuições [...] incidentes nas respectivas aquisições", referindose o legislador ao PIS e à Cofins incidentes sobre as operações de vendas faturadas pelo fornecedor para a empresa produtora e exportadora, ou seja, nesse caso, se as vendas de insumos efetuadas pelo fornecedor não sofreram a incidência das contribuições, não há como enquadrálas no dispositivo legal. Há quem sustente que o percentual de cálculo do incentivo (5,37%) é superior ao empregado no cálculo das contribuições que visa ressarcir e que, por isso, o incentivo alcançaria todas as aquisições, inclusive aquelas que não sofreram a incidência das referidas contribuições. Entretanto, o fato de o crédito presumido visar a desoneração de mais de uma etapa da cadeia produtiva não autoriza que se interprete extensivamente a norma, concedendo o incentivo a todas as aquisições efetuadas pelo contribuinte. Alfredo Augusto Becker, ao se referir à interpretação extensiva, assim se manifestou: "... na extensão não há interpretação, mas criação de regra jurídica nova. Com efeito, o intérprete constata que o fato por ele focalizado não realiza a hipótese de incidência da regra jurídica; entretanto, em virtude de certa analogia, o intérprete estende ou alarga a hipótese de incidência da regra jurídica de modo a abranger o fato por ele focalizado. Ora, isto é criar regra jurídica nova, cuja hipótese de incidência passa a ser alargada pelo intérprete e que não era a hipótese de incidência da regra jurídica velha." (negritei) Ora, se a interpretação extensiva cria regra jurídica nova, é claro que sua aplicação é vedada pelo art. 111 do CTN, quando se trata de incentivo fiscal. Assim, não há como ampliar o disposto no art. 1º da Lei nº 9.363/96, que limita expressamente o incentivo fiscal ao ressarcimento das contribuições incidentes sobre as aquisições do produtorexportador, não o estendendo a todas as aquisições da cadeia comercial do produto. Desta forma, se em alguma etapa anterior da cadeia produtiva do insumo houve o pagamento de PIS e de Cofins, o ressarcimento tal como foi concebido não alcança esse pagamento específico. Se fosse assim não haveria necessidade de a norma especificar que se trata de ressarcimento das contribuições incidentes sobre as respectivas aquisições, ou, o que dá no mesmo, incidentes sobre as aquisições do produtor exportador. Reforça tal entendimento o fato de o art. 52 da Lei nº 9.363/96 prever o imediato estorno da parcela do incentivo a que faz jus o produtorexportador quando houver restituição ou compensação da contribuição para o PIS e da Cofins pagas pelo fornecedor de matériasprimas na etapa anterior, ou seja, o estorno da parcela Fl. 105DF CARF MF Impresso em 02/09/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 18/08/2015 por HELCIO LAFETA REIS, Assinado digitalmente em 18/08/2015 p or HELCIO LAFETA REIS, Assinado digitalmente em 31/08/2015 por RODRIGO DA COSTA POSSAS Processo nº 11030.002643/200499 Acórdão n.º 2101000.093 S2C1T1 Fl. 106 5 de incentivo que corresponda às aquisições de fornecedor que obteve a restituição ou compensação dos referidos tributos. Ora, se há imposição legal para estornar a correspondente parcela de incentivo na hipótese em que a contribuição paga pelo fornecedor foilhe, posteriormente, restituída, não se pode utilizar, no cálculo do incentivo, as aquisições em que este mesmo fornecedor não arca COM o tributo na venda do insumo. Pensar de outra forma levaria à conclusão absurda de que o legislador considera, no cálculo do incentivo, o valor dos insumos adquiridos de fornecedor nãocontribuinte, que não pagou a contribuição, e nega esse direito quando há o pagamento com posterior restituição. As duas situações são em tudo semelhantes, mas na primeira haveria direito ao incentivo sem que houvesse o ônus do pagamento da contribuição e na segunda não. Ressaltese, ainda, que a norma incentivadora também prevê, em seu art. 3º, que a apuração da Receita Bruta, da Receita de Exportação e do valor das aquisições de insumos será efetuada nos termos das normas que regem a incidência da contribuição para o PIS e da Cofins, tendo em vista o valor constante da respectiva nota fiscal de venda emitida pelo fornecedor ao produtorexportador. A vinculação legal da apuração do montante das aquisições às normas de regência das contribuições e ao valor da nota fiscal do fornecedor confirma o entendimento de que devem ser consideradas, no cálculo do incentivo, somente as aquisições de insumos que sofreram a incidência direta das contribuições. A negação dessa premissa tornaria supérflua a disposição do art. 3º da Lei nº 9.363/96, contrariando o principio elementar do direito que prega que a lei não contém palavras vãs. Portanto, o que se vê é que o legislador foi judicioso ao elaborar a norma que deu origem ao incentivo, definindo sua natureza jurídica, os beneficiários, a forma de cálculo, os percentuais e a base de cálculo, não havendo razão para o intérprete supor que a lei disse menos do que deveria e crie, em conseqüência, exceções à regra geral, alargando o incentivo fiscal para hipóteses não previstas. Ademais, o Poder Judiciário já se manifestou contrariamente à inclusão das aquisições de nãocontribuintes no cálculo do crédito presumido de 1P1, conforme se depreende do Acórdão AGTR 32877CE, julgado em 28/11/2000, pela Quarta Turma do TRF da 5ª Região, sendo relator o Desembargador Federal Napoleão Maia Filho, cuja ementa tem o seguinte teor: "TRIBUTÁRIO. LEI 9.363/96. CRÉDITO PRESUMIDO DO IPI A TÍTULO DE RESSARCIMENTO DO PIS/PASEP E DA COFINS EM PRODUTOS ADQUIRIDOS DE PESSOAS FÍSICAS E/OU RURAIS QUE NÃO SUPORTARAM O PAGAMENTO DAQUELAS CONTRIBUIÇÕES. AUSÊNCIA DE FUMUS BONI JURES AO CREDITAMENTO. Fl. 106DF CARF MF Impresso em 02/09/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 18/08/2015 por HELCIO LAFETA REIS, Assinado digitalmente em 18/08/2015 p or HELCIO LAFETA REIS, Assinado digitalmente em 31/08/2015 por RODRIGO DA COSTA POSSAS Processo nº 11030.002643/200499 Acórdão n.º 2101000.093 S2C1T1 Fl. 107 6 I. Tratandose de ressarcimento de exações suportadas por empresa exportadora, tal como se dá com o beneficio instituído pelo art. 1º da Lei 9.363/96, somente poderá haver o crédito respectivo se o encargo houver sido efetivamente suportado pelo contribuinte. 1. Sendo as exações PIS/PASEP e COFINS incidentes apenas sobre as operações com pessoas jurídicas, a aquisição de produtos primários de pessoas físicas não resulta onerada pela sua cobrança, daí porque impraticável o crédito de seus valores, sob a forma de ressarcimento, por não ter havido a prévia incidência ..." O mesmo entendimento foi esposado pelo Desembargador Federal do TRF da 5ª Região, no AGTR 33341PE, Processo nº 2000.05.00.0560937, que, à certa altura do seu despacho, asseverou: 'A pretensão ao crédito presumido do IPI, previsto no art. 1º da Lei 9.363, de 13.12.96, pressupõe, nos termos da nota referida, o ressarcimento das contribuições de que tratam as leis complementares nº 07, de 07 de setembro de 1970; 08, de 03 de dezembro de 1970; e 70, de 30 de dezembro de 1991, incidentes sobre as respectivas aquisições, no mercado interno, de matérias primas, produtos intermediários e material de embalagem' utilizados no processo produtivo do pretendente. ºOra, na conformidade do que dispõem as leis complementares a que a Lei n 9.363/96 faz remição, somente as pessoas jurídicas estão obrigadas ao recolhimento das contribuições conhecidas por PIS, PASEP, e COFINS, instituídas por aqueles diplomas, sendo intuitivo que apenas sobre o valor dos produtos a estas adquiridos pelo contribuinte do IPI possa ele se ressarcir do valor daquelas contribuições a fim de se compensar com o crédito presumido do imposto em referência. Não recolhendo os fornecedores, quando pessoas físicas, aquelas contribuições, segue não ser dado ao produtor industrial adquirente de seus produtos, compensarse de valores de contribuições inexistentes nas operações mercantis de aquisição, pois o crédito presumido do IPI autorizado pela Lei n°9.363/96 tem por fundamento o ressarcimento daquelas contribuições, que são recolhidas pelas pessoas jurídicas ...." Essas decisões judiciais evidenciam o acerto do entendimento aqui exposto, no sentido de que não há incidência da norma jurídica instituidora do crédito presumido do IPI para ressarcimento do PIS e da Cofins, quando estas contribuições não forem exigíveis nas operações de aquisição, no mercado interno, de matériasprimas, produtos intermediários e material de embalagem, para utilização no processo produtivo da empresa produtora e exportadora. Ante o exposto, nego provimento ao recurso quanto aos insumos adquiridos de nãocontribuintes, por entender que estes custos Fl. 107DF CARF MF Impresso em 02/09/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 18/08/2015 por HELCIO LAFETA REIS, Assinado digitalmente em 18/08/2015 p or HELCIO LAFETA REIS, Assinado digitalmente em 31/08/2015 por RODRIGO DA COSTA POSSAS Processo nº 11030.002643/200499 Acórdão n.º 2101000.093 S2C1T1 Fl. 108 7 não devem integrar a base de cálculo do crédito presumido do IPI. Diante do exposto, o voto é encaminhado no sentido de negar provimento ao recurso. É o voto. (assinado digitalmente) Hélcio Lafetá Reis Relator ad hoc Fl. 108DF CARF MF Impresso em 02/09/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 18/08/2015 por HELCIO LAFETA REIS, Assinado digitalmente em 18/08/2015 p or HELCIO LAFETA REIS, Assinado digitalmente em 31/08/2015 por RODRIGO DA COSTA POSSAS
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Numero do processo: 13983.000210/2001-12
Turma: Quarta Câmara
Seção: Segundo Conselho de Contribuintes
Data da sessão: Wed Nov 18 00:00:00 UTC 2009
Data da publicação: Fri Jul 10 00:00:00 UTC 2015
Ementa: Assunto: Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI
Período de apuração: 01/07/2001 a 30/09/2001
CRÉDITO PRESUMIDO DE IPI PARA DESONERAÇÃO DO PIS E DA COFINS. LEI N º 9.363/96.
A base de cálculo do crédito presumido será determinada mediante a aplicação, sobre o valor total das aquisições de matérias-primas, produtos intermediários e material de embalagem, referidos no art. 1º da Lei nº 9.363, de 13/12/96, do percentual correspondente à relação entre a receita de exportação e a receita operacional bruta do produtor exportador (art. 2º da Lei nº 9.363/96), sendo irrelevante ter havido ou não incidência das contribuições na etapa anterior, pelo que as aquisições de matérias-primas, produtos intermediários e material de embalagem de pessoas físicas e cooperativas estão amparadas pelo benefício. (Ac. CSRF/02-01.336).
Recurso Especial do Contribuinte Provido.
Numero da decisão: 9303-000.461
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do Colegiado, por maioria de votos, em dar provimento ao recurso para reconhecer o direito à inclusão na base de cálculo do crédito presumido do IPI das aquisições de pessoas físicas e de cooperativas. Vencidos os Conselheiros Henrique Pinheiro Torres, Gilson Macedo Rosenburg Filho, José Adão Vitorino de Morais e Carlos Alberto Freitas Barreto (Relator), que negavam provimento. A Conselheira Susy Gomes Hoffmann declarou-se impedida de votar.
Carlos Alberto Freitas - Presidente e Relator
Participaram do presente julgamento os Conselheiros Henrique Pinheiro Torres, Nanci Gama, Judith do Amaral Marcondes Armando, Gilson Macedo Rosenburg Filho, Dalton Cesar Cordeiro de Miranda, José Adão Vitorino de Morais, Maria Teresa Martínez López, Leonardo Siade Manzan e Carlos Alberto Freitas Barreto.
Nome do relator: Relator
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LEI N º 9.363/96. A base de cálculo do crédito presumido será determinada mediante a aplicação, sobre o valor total das aquisições de matériasprimas, produtos intermediários e material de embalagem, referidos no art. 1º da Lei nº 9.363, de 13/12/96, do percentual correspondente à relação entre a receita de exportação e a receita operacional bruta do produtor exportador (art. 2º da Lei nº 9.363/96), sendo irrelevante ter havido ou não incidência das contribuições na etapa anterior, pelo que as aquisições de matériasprimas, produtos intermediários e material de embalagem de pessoas físicas e cooperativas estão amparadas pelo benefício. (Ac. CSRF/0201.336). Recurso Especial do Contribuinte Provido. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado, por maioria de votos, em dar provimento ao recurso para reconhecer o direito à inclusão na base de cálculo do crédito presumido do IPI das aquisições de pessoas físicas e de cooperativas. Vencidos os Conselheiros Henrique Pinheiro Torres, Gilson Macedo Rosenburg Filho, José Adão Vitorino de Morais e Carlos Alberto Freitas Barreto (Relator), que negavam provimento. A Conselheira Susy Gomes Hoffmann declarouse impedida de votar. Carlos Alberto Freitas Presidente e Relator AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 13 98 3. 00 02 10 /2 00 1- 12 Fl. 261DF CARF MF Impresso em 10/07/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 17/06/2015 por CLEUZA TAKAFUJI, Assinado digitalmente em 18/06/2015 por CARLOS ALBERTO FREITAS BARRETO Processo nº 13983.000210/200112 Acórdão n.º 9303000.461 CSRFT3 Fl. 262 2 Participaram do presente julgamento os Conselheiros Henrique Pinheiro Torres, Nanci Gama, Judith do Amaral Marcondes Armando, Gilson Macedo Rosenburg Filho, Dalton Cesar Cordeiro de Miranda, José Adão Vitorino de Morais, Maria Teresa Martínez López, Leonardo Siade Manzan e Carlos Alberto Freitas Barreto. Relatório Versam os autos sobre pedido de ressarcimento de crédito presumido de IPI, de que trata a Lei 9.363/1996. A Câmara recorrida negou provimento ao recurso voluntário, não reconhecendo, dentre outros, o direito à inclusão, na base de cálculo do incentivo, do valor pertinente às matériasprimas, produtos intermediários e ou material de embalagem adquiridos de não contribuintes, mais especificamente, de pessoas físicas e cooperativas. A Contribuinte recorreu desse decisum, sendolhe dado seguimento, apenas, quanto à matéria relativa às aquisições de pessoas físicas e cooperativas, segundo Despacho de fls. 235/236. Devidamente cientificada, a Fazenda Nacional apresentou contrarrazões, sendo os autos encaminhados a esta Câmara Superior. O julgamento deste recurso tem como paradigma o Recurso nº 223.228, julgado na sessão imediatamente anterior a esta, sendolhe aplicada a mesma tese daquele julgado, nos termos do art. 47 do anexo II do Regimento Interno do CARF, aprovado pela Portaria MF nº 256, de 22 de junho de 2009. Em apertada síntese, este é o relatório. Voto Conselheiro Carlos Alberto Freitas Barreto, Relator O recurso merece ser conhecido por ser tempestivo e atender aos pressupostos de admissibilidade previstos no Regimento Interno da Câmara Superior de Recursos Fiscais. Não obstante, pessoalmente, defenda o entendimento de que o direito ora em discussão não deva ser reconhecido, este voto segue as disposições do § 2º, in fine, do art. 47 do anexo II do Regimento Interno do CARF, aprovado pela Portaria MF nº 256, de 22 de junho de 2009. Para tanto, adoto a tese do julgamento do recurso nº 223.228, paradigma para o caso em discussão, na parte relativa à inclusão, na base de cálculo do crédito presumido, do valor das aquisições de matériasprimas, produtos intermediários e ou material de embalagem adquiridos de pessoas físicas e de cooperativas. “Para melhor elucidar a questão, mister transcreverse o dispositivo que criou referido benefício para fomento das exportações, qual seja, o art. 1º, da Lei n.º 9.363/96: Fl. 262DF CARF MF Impresso em 10/07/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 17/06/2015 por CLEUZA TAKAFUJI, Assinado digitalmente em 18/06/2015 por CARLOS ALBERTO FREITAS BARRETO Processo nº 13983.000210/200112 Acórdão n.º 9303000.461 CSRFT3 Fl. 263 3 Art. 1º A empresa produtora e exportadora de mercadorias nacionais fará jus a crédito presumido do Imposto sobre Produtos Industrializados, como ressarcimento das contribuições de que tratam as Leis Complementares nºs 7, de 7 de setembro de 1970, 8, de 3 de dezembro de 1970, e 70, de 30 de dezembro de 1991, incidentes sobre as respectivas aquisições, no mercado interno, de matériasprimas, produtos intermediários e material de embalagem, para utilização no processo produtivo. Parágrafo único. O disposto neste artigo aplicase, inclusive, nos casos de venda a empresa comercial exportadora com o fim específico de exportação para o exterior. Pois bem, o objetivo da lei é bastante claro: desonerar a carga tributária do PIS e da Cofins, incidentes em cascata, nas mercadorias destinadas à exportação. Aliás, declinado objetivo veio expresso na Exposição de Motivos da Lei nº 9.363/96. Tratase da Exposição de Motivos nº 120, de 23 de março de 1995, confirmada pela Mensagem nº 175, do Excelentíssimo Senhor Presidente da República, que precedeu a MP nº 948, que assim verbera: A Medida Provisória n.º 905, de 21 de fevereiro de 1995, dispôs sobre a desoneração fiscal da COFINS e PIS/PASEP incidente sobre os insumos, objetivando possibilitar a redução dos custos e o aumento da competitividade dos produtos brasileiros exportados, dentro da premissa básica da diretriz política do setor, no sentido de que não se deve exportar tributos. Em seu elemento motriz, a proposta em comento dispunha que sobredita desoneração deveria ser feita mediante ressarcimento em dinheiro desses encargos a favor do exportador nacional. 2. Sendo as contribuições da COFINS e PIS/PASEP incidentes em cascata, sobre todas as etapas do processo produtivo, parece mais razoável que a desoneração corresponda não apenas à última etapa do processo produtivo, mas sim às duas etapas antecedentes, o que revela que a alíquota a ser aplicada deve ser elevada para 5,37%, atenuando ainda mais a carga tributária incidente sobre os produtos exportados, e se revelando compatível com a necessidade de ajuste fiscal. (Grifouse) Ora, a redação não permite devaneios. Negar o crédito sob a argumentação de que não incidiu PIS e Cofins na última etapa de produção, ou representa desconhecimento da lei, ou uma tentativa falaciosa de negar o crédito a que o contribuinte tem direito. Note que a própria Exposição de Motivos diz que foram consideradas as últimas DUAS etapas do processo produtivo. É exatamente por isso que se fixou uma alíquota de 5,37%, pois representa a carga tributária das mencionadas contribuições nas duas últimas etapas do processo produtivo (1,0265)² – 1= 0,0537 ou 5,37%. Fl. 263DF CARF MF Impresso em 10/07/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 17/06/2015 por CLEUZA TAKAFUJI, Assinado digitalmente em 18/06/2015 por CARLOS ALBERTO FREITAS BARRETO Processo nº 13983.000210/200112 Acórdão n.º 9303000.461 CSRFT3 Fl. 264 4 Por fim, cabe frisar que, mais uma vez a lei é cristalina quanto à base de cálculo do incentivo. Senão vejamos: Art.2º A base de cálculo do crédito presumido será determinada mediante a aplicação, sobre o valor total das aquisições de matériasprimas, produtos intermediários e material de embalagem referidos no artigo anterior, do percentual correspondente à relação entre a receita de exportação e a receita operacional bruta do produtor exportador. (Grifo nosso) Ora, é evidente que o termo “valor total” não comporta nenhuma exclusão. Caso contrário, não seria valor total! Não é preciso maiores delongas para chegarse à conclusão, portanto, de que as exclusões previstas nas IN’s SRF nºs 23 e 103, ambas de 1997, são absolutamente ilegais, pois somente a lei, strictu sensu, poderia prever tais exclusões; jamais uma norma complementar, consoante art. 100, I, do CTN. Frisese, ainda, que a Egrégia Segunda Turma já solucionou a matéria de forma acertada e definitiva, consoante demonstra a ementa do Aresto abaixo transcrita: IPI. CRÉDITO PRESUMIDO DE IPI REFERENTE AO PIS E A COFINS. A base de cálculo do crédito presumido será determinada mediante a aplicação, sobre o valor total das aquisições de matériasprimas, produtos intermediários e material de embalagem, referidos no art. 1º da Lei nº 9.363, de 13.12.96, do percentual correspondente à relação entre a receita de exportação e a receita operacional bruta do produtor exportador (art. 2º da Lei nº 9.363/96), sendo irrelevante ter havido ou não incidência das contribuições na etapa anterior, pelo que as aquisições de matériasprimas, produtos intermediários e material de embalagem de pessoas físicas e cooperativas estão amparadas pelo benefício. (Ac. CSRF/0201.336, Designado para redigir o voto vencedor o Conselheiro Rogério Gustavo Dreyer). Nos termos do voto paradigma transcrito linhas acima, voto no sentido de dar provimento ao recurso apresentado pelo contribuinte. Carlos Alberto Freitas Barreto Fl. 264DF CARF MF Impresso em 10/07/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 17/06/2015 por CLEUZA TAKAFUJI, Assinado digitalmente em 18/06/2015 por CARLOS ALBERTO FREITAS BARRETO
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Numero do processo: 13981.000069/2001-78
Turma: Terceira Câmara
Seção: Segundo Conselho de Contribuintes
Data da sessão: Wed Nov 18 00:00:00 UTC 2009
Data da publicação: Fri Aug 28 00:00:00 UTC 2015
Ementa: Assunto: Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI
Período de apuração: 01/10/2000 a 31/12/2000
CRÉDITO PRESUMIDO DE IPI PARA DESONERAÇÃO DO PIS E DA COFINS.
A base de cálculo do crédito presumido será determinada mediante a aplicação, sobre o valor total das aquisições de matérias-primas, produtos intermediários e material de embalagem, referidos no art. 1º da Lei nº 9.363, de 13.12.96, do percentual correspondente à relação entre a receita de exportação e a receita operacional bruta do produtor exportador (art. 2º da Lei nº 9.363/96), sendo irrelevante ter havido ou não incidência das contribuições na etapa anterior, pelo que as aquisições de matérias-primas, produtos intermediários e material de embalagem de pessoas físicas e cooperativas estão amparadas pelo benefício. (Ac. CSRF/02-01.336).
Recurso Especial do Procurador Negado.
Numero da decisão: 9303-000.458
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do Colegiado, por maioria de votos, em negar provimento ao recurso especial. Vencidos os Conselheiros Henrique Pinheiro Torres, Gilson Macedo Rosenburg Filho, José Adão Vitorino de Morais e Carlos Alberto Freitas Barreto (Relator), que davam provimento.
Carlos Alberto Freitas Barreto - Presidente e Relator
Participaram do presente julgamento os Conselheiros Henrique Pinheiro Torres, Nanci Gama, Judith do Amaral Marcondes Armando, Susy Gomes Hoffmann, Gilson Macedo Rosenburg Filho, Rodrigo Cardozo Miranda, José Adão Vitorino de Morais, Maria Teresa Martínez López, Leonardo Siade Manzan e Carlos Alberto Freitas Barreto.
Nome do relator: Relator
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ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS IPI Período de apuração: 01/10/2000 a 31/12/2000 CRÉDITO PRESUMIDO DE IPI PARA DESONERAÇÃO DO PIS E DA COFINS. A base de cálculo do crédito presumido será determinada mediante a aplicação, sobre o valor total das aquisições de matériasprimas, produtos intermediários e material de embalagem, referidos no art. 1º da Lei nº 9.363, de 13.12.96, do percentual correspondente à relação entre a receita de exportação e a receita operacional bruta do produtor exportador (art. 2º da Lei nº 9.363/96), sendo irrelevante ter havido ou não incidência das contribuições na etapa anterior, pelo que as aquisições de matériasprimas, produtos intermediários e material de embalagem de pessoas físicas e cooperativas estão amparadas pelo benefício. (Ac. CSRF/0201.336). Recurso Especial do Procurador Negado. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado, por maioria de votos, em negar provimento ao recurso especial. Vencidos os Conselheiros Henrique Pinheiro Torres, Gilson Macedo Rosenburg Filho, José Adão Vitorino de Morais e Carlos Alberto Freitas Barreto (Relator), que davam provimento. Carlos Alberto Freitas Barreto Presidente e Relator Participaram do presente julgamento os Conselheiros Henrique Pinheiro Torres, Nanci Gama, Judith do Amaral Marcondes Armando, Susy Gomes Hoffmann, Gilson AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 13 98 1. 00 00 69 /2 00 1- 78 Fl. 274DF CARF MF Impresso em 28/08/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 20/08/2015 por CLEUZA TAKAFUJI, Assinado digitalmente em 24/08/2015 por CARLOS ALBERTO FREITAS BARRETO Processo nº 13981.000069/200178 Acórdão n.º 9303000.458 CSRFT3 Fl. 276 2 Macedo Rosenburg Filho, Rodrigo Cardozo Miranda, José Adão Vitorino de Morais, Maria Teresa Martínez López, Leonardo Siade Manzan e Carlos Alberto Freitas Barreto. Relatório Versam os autos sobre pedido de ressarcimento de crédito presumido de IPI, de que trata a Lei 9363/1996. A Câmara recorrida deu provimento ao recurso voluntário e, dentre outros, reconheceu o direito à inclusão, na base de cálculo do incentivo, do valor pertinente às matériasprimas, produtos intermediários e ou material de embalagens adquiridos de não contribuintes, mais especificamente, de pessoas físicas e de cooperativas. A Procuradoria da Fazenda Nacional recorreu desse decisum, no tocante à inclusão, na base de cálculo do crédito presumido, do valor pertinente às matériasprimas, produtos intermediários e ou material de embalagens adquiridos de não contribuintes. O apelo fazendário foi admitido pelo presidente da Câmara recorrida. O sujeito passivo apresentou, tempestivamente, contrarrazões. O julgamento deste recurso tem como paradigma o Recurso nº 223.228, julgado na sessão imediatamente anterior a esta, sendolhe aplicado mesma conclusão daquele julgado, nos termos do art. 47 do anexo II do Regimento Interno do CARF, aprovado pela Portaria MF nº 256, de 22 de junho de 2009 Em apertada síntese, este é o relatório. Voto Conselheiro Carlos Alberto Freitas Barreto, Relator O recurso merece ser conhecido por ser tempestivo e atender aos pressupostos de admissibilidade previstos no Regimento Interno da Câmara Superior de Recursos Fiscais. Não obstante, pessoalmente, defenda o entendimento de que o direito ora em discussão não deva ser reconhecido, este voto segue as disposições do § 2º, in fine, do art. 47 do anexo II do Regimento Interno do CARF, aprovado pela Portaria MF nº 256, de 22 de junho de 2009. Para tanto, adoto a tese do julgamento do recurso nº 223.228, paradigma para o caso em discussão, na parte relativa à inclusão, na base de cálculo do crédito presumido, do valor das aquisições de matériasprimas, produtos intermediários e ou material de embalagem adquiridos de pessoas físicas e de cooperativas. “Para melhor elucidar a questão, mister transcreverse o dispositivo que criou referido benefício para fomento das exportações, qual seja, o art. 1º, da Lei n.º 9.363/96: Art. 1º A empresa produtora e exportadora de mercadorias nacionais fará jus a crédito presumido do Imposto sobre Produtos Industrializados, como ressarcimento das contribuições de que tratam as Leis Complementares nºs 7, de 7 Fl. 275DF CARF MF Impresso em 28/08/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 20/08/2015 por CLEUZA TAKAFUJI, Assinado digitalmente em 24/08/2015 por CARLOS ALBERTO FREITAS BARRETO Processo nº 13981.000069/200178 Acórdão n.º 9303000.458 CSRFT3 Fl. 277 3 de setembro de 1970, 8, de 3 de dezembro de 1970, e 70, de 30 de dezembro de 1991, incidentes sobre as respectivas aquisições, no mercado interno, de matériasprimas, produtos intermediários e material de embalagem, para utilização no processo produtivo. Parágrafo único. O disposto neste artigo aplicase, inclusive, nos casos de venda a empresa comercial exportadora com o fim específico de exportação para o exterior. Pois bem, o objetivo da lei é bastante claro: desonerar a carga tributária do PIS e da Cofins, incidentes em cascata, nas mercadorias destinadas à exportação. Aliás, declinado objetivo veio expresso na Exposição de Motivos da Lei nº 9.363/96. Tratase da Exposição de Motivos nº 120, de 23 de março de 1995, confirmada pela Mensagem nº 175, do Excelentíssimo Senhor Presidente da República, que precedeu a MP nº 948, que assim verbera: A Medida Provisória n.º 905, de 21 de fevereiro de 1995, dispôs sobre a desoneração fiscal da COFINS e PIS/PASEP incidente sobre os insumos, objetivando possibilitar a redução dos custos e o aumento da competitividade dos produtos brasileiros exportados, dentro da premissa básica da diretriz política do setor, no sentido de que não se deve exportar tributos. Em seu elemento motriz, a proposta em comento dispunha que sobredita desoneração deveria ser feita mediante ressarcimento em dinheiro desses encargos a favor do exportador nacional. 2. Sendo as contribuições da COFINS e PIS/PASEP incidentes em cascata, sobre todas as etapas do processo produtivo, parece mais razoável que a desoneração corresponda não apenas à última etapa do processo produtivo, mas sim às duas etapas antecedentes, o que revela que a alíquota a ser aplicada deve ser elevada para 5,37%, atenuando ainda mais a carga tributária incidente sobre os produtos exportados, e se revelando compatível com a necessidade de ajuste fiscal. (Grifouse) Ora, a redação não permite devaneios. Negar o crédito sob a argumentação de que não incidiu PIS e Cofins na última etapa de produção, ou representa desconhecimento da lei, ou uma tentativa falaciosa de negar o crédito a que o contribuinte tem direito. Note que a própria Exposição de Motivos diz que foram consideradas as últimas DUAS etapas do processo produtivo. É exatamente por isso que se fixou uma alíquota de 5,37%, pois representa a carga tributária das mencionadas contribuições nas duas últimas etapas do processo produtivo (1,0265)² – 1= 0,0537 ou 5,37%. Por fim, cabe frisar que, mais uma vez a lei é cristalina quanto à base de cálculo do incentivo. Senão vejamos: Fl. 276DF CARF MF Impresso em 28/08/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 20/08/2015 por CLEUZA TAKAFUJI, Assinado digitalmente em 24/08/2015 por CARLOS ALBERTO FREITAS BARRETO Processo nº 13981.000069/200178 Acórdão n.º 9303000.458 CSRFT3 Fl. 278 4 Art.2º A base de cálculo do crédito presumido será determinada mediante a aplicação, sobre o valor total das aquisições de matériasprimas, produtos intermediários e material de embalagem referidos no artigo anterior, do percentual correspondente à relação entre a receita de exportação e a receita operacional bruta do produtor exportador. (Grifo nosso) Ora, é evidente que o termo “valor total” não comporta nenhuma exclusão. Caso contrário, não seria valor total! Não é preciso maiores delongas para chegarse à conclusão, portanto, de que as exclusões previstas nas IN’s SRF nºs 23 e 103, ambas de 1997, são absolutamente ilegais, pois somente a lei, strictu sensu, poderia prever tais exclusões; jamais uma norma complementar, consoante art. 100, I, do CTN. Frisese, ainda, que a Egrégia Segunda Turma já solucionou a matéria de forma acertada e definitiva, consoante demonstra a ementa do Aresto abaixo transcrita: IPI. CRÉDITO PRESUMIDO DE IPI REFERENTE AO PIS E A COFINS. A base de cálculo do crédito presumido será determinada mediante a aplicação, sobre o valor total das aquisições de matériasprimas, produtos intermediários e material de embalagem, referidos no art. 1º da Lei nº 9.363, de 13.12.96, do percentual correspondente à relação entre a receita de exportação e a receita operacional bruta do produtor exportador (art. 2º da Lei nº 9.363/96), sendo irrelevante ter havido ou não incidência das contribuições na etapa anterior, pelo que as aquisições de matériasprimas, produtos intermediários e material de embalagem de pessoas físicas e cooperativas estão amparadas pelo benefício. (Ac. CSRF/0201.336, Designado para redigir o voto vencedor o Conselheiro Rogério Gustavo Dreyer) (...).” Nos termos do voto paradigma transcrito linhas acima, voto no sentido de negar provimento ao recurso apresentado pela Fazenda Nacional. Carlos Alberto Freitas Barreto Fl. 277DF CARF MF Impresso em 28/08/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 20/08/2015 por CLEUZA TAKAFUJI, Assinado digitalmente em 24/08/2015 por CARLOS ALBERTO FREITAS BARRETO
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