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Numero do processo: 11080.929215/2009-24
Turma: Terceira Turma Especial da Terceira Seção
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Tue Oct 23 00:00:00 UTC 2012
Data da publicação: Wed Nov 07 00:00:00 UTC 2012
Ementa: Assunto: Normas Gerais de Direito Tributário
Período de apuração: 01/09/2003 a 30/09/2003
COMPENSAÇÃO. REQUISITOS.
É vedada a compensação de débitos com créditos desvestidos dos atributos de liquidez e certeza.
Recurso Voluntário Negado
Direito Creditório Não Reconhecido
Numero da decisão: 3803-003.583
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
ACORDAM os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso, nos termos do relatório e votos que integram o presente julgado.
(assinado digitalmente)
Alexandre Kern - Presidente e Relator
Participaram ainda do presente julgamento os conselheiros Belchior Melo de Sousa, Hélcio Lafetá Reis, João Alfredo Eduão Ferreira, Juliano Eduardo Lirani e Jorge Victor Rodrigues.
Nome do relator: ALEXANDRE KERN
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decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. ACORDAM os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso, nos termos do relatório e votos que integram o presente julgado. (assinado digitalmente) Alexandre Kern - Presidente e Relator Participaram ainda do presente julgamento os conselheiros Belchior Melo de Sousa, Hélcio Lafetá Reis, João Alfredo Eduão Ferreira, Juliano Eduardo Lirani e Jorge Victor Rodrigues.
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conteudo_txt : Metadados => pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.4; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 5; dc:format: application/pdf; version=1.4; pdf:charsPerPage: 1794; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; access_permission:fill_in_form: true; pdf:encrypted: true; access_permission:can_modify: true; Content-Type: application/pdf | Conteúdo => S3TE03 Fl. 67 1 66 S3TE03 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS TERCEIRA SEÇÃO DE JULGAMENTO Processo nº 11080.929215/200924 Recurso nº 4 Voluntário Acórdão nº 3803003.583 – 3ª Turma Especial Sessão de 23 de outubro de 2012 Matéria COFINS PAGAMENTO INDEVIDO OU A MAIOR PEDIDO DE RESTITUIÇÃO DECLARAÇÃO DE COMPENSAÇÃO Recorrente INDÚSTRIA DE TINTAS CORFIX LTDA. Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL Período de apuração: 01/09/2003 a 30/09/2003 PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL. ALEGAÇÕES APRESENTADAS SOMENTE NO RECURSO. PRECLUSÃO. Consideramse precluídos, não se tomando conhecimento, os argumentos não submetidos ao julgamento de primeira instância, apresentados somente na fase recursal. ÔNUS DA PROVA. FATO CONSTITUTIVO DO DIREITO NO QUAL SE FUNDAMENTA A AÇÃO. INCUMBÊNCIA DO INTERESSADO. Cabe ao interessado a prova dos fatos que tenha alegado. ASSUNTO: NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO Período de apuração: 01/09/2003 a 30/09/2003 COMPENSAÇÃO. REQUISITOS. É vedada a compensação de débitos com créditos desvestidos dos atributos de liquidez e certeza. Recurso Voluntário Negado Direito Creditório Não Reconhecido Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. ACORDAM os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso, nos termos do relatório e votos que integram o presente julgado. (assinado digitalmente) Alexandre Kern Presidente e Relator AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 11 08 0. 92 92 15 /2 00 9- 24 Fl. 67DF CARF MF Impresso em 07/11/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 23/10/2012 por ALEXANDRE KERN, Assinado digitalmente em 23/10/2012 por A LEXANDRE KERN 2 Participaram ainda do presente julgamento os conselheiros Belchior Melo de Sousa, Hélcio Lafetá Reis, João Alfredo Eduão Ferreira, Juliano Eduardo Lirani e Jorge Victor Rodrigues. Relatório INDÚSTRIA DE TINTAS CORFIX LTDA. transmitiu Declaração de Compensação – Dcomp com vistas à extinção de débitos própios, montantes a 11.295,22, com direito creditório advindo de pagamento indevido ou a maior de Cofins do período de apuração 01/09/2003 a 30/09/2003. O Despacho Decisório Eletrônico nº 848646869 não reconheceu o direito creditório, nem homologou a compensação, porque o pagamento indigitado na Dcomp foi integralmente utilizado “...para quitação de débitos do contribuinte, não restando crédito disponível para compensação dos débitos informados no PER/DCOMP.” Em reclamação de fls. 2 a 11, o declarante defendeu pugnou pela suspensão da exigibilidade dos débitos em aberto. No mérito, contesta o DDE, alegando que constatou a existência de valores pagos a maior a título das contribuições para o PIS e para a Cofins. Afirma que houve tributação indevida sobre valores repassados a terceiros, que deveriam ter sido excluídos da base tributável da contribuição com base no disposto no art. 3º , §2°, inciso III, da Lei nº 9.718, de 27 de novembro de 1998, o que teria gerado indébitos compensáveis. Transcreve decisões judiciais que iriam ao encontro de suas alegações. A DRJ/POA2ª Turma julgou a Manifestação de Inconformidade improcedente por falta de provas do indébito, nos termos do Acórdão nº 10.26.673, de 4 de agosto de 2012, fls. 37 a 39, cuja ementa teve a seguinte redação: Assunto: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social – Cofins Período de apuração: 01/09/2003 a 30/09/2003 Ementa: DIREITO CREDITÓRIO INEXISTÊNCIA Não havendo comprovação de pagamento indevido, não há como homologar a compensação declarada. Manifestação de Inconformidade Improcedente Direito Creditório Não Reconhecido Cuidase agora de recurso voluntário contra a decisão da 2ª Turma da DRJ/POA. O arrazoado de fls. 42 a 63, após preliminar de suspensão de exigibilidade dos débitos que emergiram inadimplidos como decorrência da não homologação da compensação e síntese dos fatos relacionados com a lide, discorre sobre a base de cálculo das Contribuições Sociais após a edição da Lei nº 9.718, de 1998, para insistir na tese de que houve tributação indevida sobre valores repassados a terceiros, que deveriam ter sido excluídos da base tributável da contribuição com base no disposto no art. 3º , §2°, inciso III. Rechaça a possibilidade de norma do poder executivo dispor sobre a base de cálculo de contribuições, invocando excertos de doutrina em profusão. Entende desnecessária qualquer norma regulamentado da eficácia da referida norma de exclusão. Aduz que o dispositivo em questão só foi revogada pela Medida Provisória nº 1.991, de 9 de junho de 2000, que publicada no Diário Oficial da União do dia 10 de junho de 2000. Em face do vacatio legis nonagesimal, entende que teria direito à restituição de pagamentos efetuados até agosto de 2000. Mais excertos de doutrina. Fl. 68DF CARF MF Impresso em 07/11/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 23/10/2012 por ALEXANDRE KERN, Assinado digitalmente em 23/10/2012 por A LEXANDRE KERN Processo nº 11080.929215/200924 Acórdão n.º 3803003.583 S3TE03 Fl. 68 3 Discorre sobre seu direito à compensação e sobre o princípio da irretroatividade tributária para defender a ocorrência de uma anomia legal entre a Data da Resolução do Senado Federal nº 49, de 09 de outubro de 1995, que suspendeu a execução do DecretoLei nº 2.445, de 29 de junho de 1988, e do DecretoLei nº 2.449, de 21 de julho de 1988, e a promulgação da Lei nº 9.715, de 25 de novembro de 1998. Lembra da inocorrência da repristinação da Lei Complementar nº 7, de 7 de setembro de 1970. Retoma a dissertação sobre o direito à compensação. Lança mais excertos de doutrina. Ao final, requer: a) provimento ao presente Recurso Voluntário, com a conseqüente reforma da decisão, nos termos expostos; b) reconhecimento do direito líquido e certo da contribuinte de compensar a importância recolhida indevidamente; c) reconhecimento do direito creditório da mesma e para que seja homologada a compensação objeto do presente; O processo administrativo correspondente foi materializado na forma eletrônica, razão pela qual todas as referências a folhas dos autos pautarseão na numeração estabelecida no processo eletrônico. É o Relatório. Voto Conselheiro Alexandre Kern, Relator Presentes os pressupostos recursais, a petição de fls. 42 a 63 merece ser conhecida como recurso voluntário contra o Acórdão DRJPOA2ª Turma nº 10.26.673, de 4 de agosto de 2010. Matéria controversa Controvertese direito creditório, em tese, advindo da tributação indevida sobre valores repassados a terceiros, que deveriam ter sido excluídos da base tributável da contribuição com base no disposto no art. 3º , §2°, inciso III, da Lei nº 9.718, de 1998. Não se conhecerá da inovação recursal a respeito da impossibilidade de norma do poder executivo dispor sobre a base de cálculo de contribuições aplicação do princípio da estrita legalidade em matéria tributária (item III.2 da peça recursal), e da tese da anomia legal entre a data de publicação da Resolução do Senado Federal nº 49 e a promulgação da Lei nº 9.715, de 1998 (itens III.6 em diante). Por preclusas, deixo de conhecêlas, haja vista que em nenhum momento da peça reclmatória de fls. 2 a 11 o manifestante tratara dessas matérias. Vejase, a propósito, o teor do artigo 473 do CPC, verbis: "é defeso à parte discutir, no curso do processo, as questões já decididas, a cujo respeito se operou a preclusão." Fl. 69DF CARF MF Impresso em 07/11/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 23/10/2012 por ALEXANDRE KERN, Assinado digitalmente em 23/10/2012 por A LEXANDRE KERN 4 Na lição de Chiovenda, repetida por Luiz Guilherme Marioni e Sérgio Cruz Arenhart, temse que:1 ... a preclusão consiste na perda, ou na extinção ou na consumação de uma faculdade processual. Isso pode ocorrer pelo fato: i) de não ter a parte observado a ordem assinalada pela lei ao exercício da faculdade, como os termos peremptórios ou a sucessão legal das atividades e das exceções; ii) de ter a parte realizado atividade incompatível com o exercício da faculdade, como a proposição de uma exceção incompatível com outra, ou a prática de ato incompatível com a intenção de impugnar uma decisão; iii) de ter a parte já exercitado validamente a faculdade.” A cada uma das situações acima corresponde, respectivamente, os três tipos de preclusão: a temporal, a lógica e a consumativa. No caso em tela ocorreu a preclusão temporal, consistente na perda da oportunidade que a recorrente teve para questionar tais matérias. Ultrapassada aquela etapa, extinguese o direito de levantála agora, nesta fase recursal. Mérito – direito à restituição de indébitos pela falta de exclusão da base de cálculo da Contribuição dos valores que tenham sido transferidos para outra pessoa jurídica De plano, destaco que não há, nos autos, qualquer início de prova de que o contribuinte, ora recorrente, tenha, efetivamente deixado de proceder à exclusão a que se refere a norma do art. 3º , §2°, inciso III, da Lei nº 9.718, de 1998, e que invoca como fundamento do indébito,ora controvertido. À míngua da comprovação dos atributos de liquidez e certeza do crédito oposto em compensação tributária, corretos a DDE e a decisão recorrida. Incidentalmente e evitando adentrar o mérito da discussão a respeito da eficácia da norma referida (plena, ou dependente de norma regulamentadora), admitamos, ad argumentandum tantum, que a referida norma tivesse produzido efeitos até o fim do período nonagesimal da vacatio legis da MP nº 1.99118, de 2000, em 9 de setembro de 2000, e que o contribuinte, ora recorrente, tenha direito à restituição da importância paga a maior a título de Cofins por não ter deduzido da base de cálculo os valores transferidos a terceiros. A descuidada peça recursal não atentou para o fato de que o pagamento indigitado na Dcomp referese a período de apuração (01/09/2003 a 30/09/2003) posterior 09/09/2000, em já não mais vigia a norma de exclusão, o que fulmina definitivamente qualquer pretensão do recorrente. Nego provimento ao recurso. 1 MARIONI, Luiz Guilherme e ARENHART, Sérgio Cruz Arenhart. Manual do Processo do Conhecimento. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2004, p. 665, apud CHIOVENDA, Giuseppe. "Cosa giudicata e preclusione", in Saggi di diritto processuale civile. Milano: Giuffrè, 1993, vol. 3, p. 233. Fl. 70DF CARF MF Impresso em 07/11/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 23/10/2012 por ALEXANDRE KERN, Assinado digitalmente em 23/10/2012 por A LEXANDRE KERN Processo nº 11080.929215/200924 Acórdão n.º 3803003.583 S3TE03 Fl. 69 5 Sala das Sessões, em 23 de outubro de 2012 Alexandre Kern Fl. 71DF CARF MF Impresso em 07/11/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 23/10/2012 por ALEXANDRE KERN, Assinado digitalmente em 23/10/2012 por A LEXANDRE KERN
score : 1.0
Numero do processo: 10494.000660/2008-03
Turma: Segunda Turma Ordinária da Terceira Câmara da Terceira Seção
Câmara: Terceira Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Tue Nov 27 00:00:00 UTC 2012
Data da publicação: Mon Jan 07 00:00:00 UTC 2013
Ementa: Assunto: Normas de Administração Tributária
Período de apuração: 11/09/2003 a 22/08/2007
PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL. PRECLUSÃO.
Considera-se não impugnada a matéria que não tenha sido expressamente contestada na impugnação, não competindo ao CARF apreciá-la.
Recursos de Ofício e Voluntário Negados
Numero da decisão: 3302-001.870
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento aos recursos de ofício e voluntário, nos termos do voto do relator.
(assinado digitalmente)
WALBER JOSÉ DA SILVA - Presidente e Relator.
EDITADO EM: 01/12/2012
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Walber José da Silva, José Antonio Francisco, Fabiola Cassiano Keramidas, Maria da Conceição Arnaldo Jacó, Alexandre Gomes e Gileno Gurjão Barreto.
Nome do relator: WALBER JOSE DA SILVA
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decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento aos recursos de ofício e voluntário, nos termos do voto do relator. (assinado digitalmente) WALBER JOSÉ DA SILVA - Presidente e Relator. EDITADO EM: 01/12/2012 Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Walber José da Silva, José Antonio Francisco, Fabiola Cassiano Keramidas, Maria da Conceição Arnaldo Jacó, Alexandre Gomes e Gileno Gurjão Barreto.
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conteudo_txt : Metadados => pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.4; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 6; dc:format: application/pdf; version=1.4; pdf:charsPerPage: 1589; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; access_permission:fill_in_form: true; pdf:encrypted: true; access_permission:can_modify: true; Content-Type: application/pdf | Conteúdo => S3C3T2 Fl. 2 1 1 S3C3T2 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS TERCEIRA SEÇÃO DE JULGAMENTO Processo nº 10494.000660/200803 Recurso nº De Ofício e Voluntário Acórdão nº 3302001.870 – 3ª Câmara / 2ª Turma Ordinária Sessão de 27 de novembro de 2012 Matéria AUTO DE INFRAÇÃO TRIBUTOS E MULTAS ADUANEIRAS Recorrentes CIEX DO BRASIL INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE PRODUTOS CIRÚRGICOS LTDA FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: NORMAS DE ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA Período de apuração: 11/09/2003 a 22/08/2007 PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL. PRECLUSÃO. Considerase não impugnada a matéria que não tenha sido expressamente contestada na impugnação, não competindo ao CARF apreciála. Recursos de Ofício e Voluntário Negados Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento aos recursos de ofício e voluntário, nos termos do voto do relator. (assinado digitalmente) WALBER JOSÉ DA SILVA Presidente e Relator. EDITADO EM: 01/12/2012 Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Walber José da Silva, José Antonio Francisco, Fabiola Cassiano Keramidas, Maria da Conceição Arnaldo Jacó, Alexandre Gomes e Gileno Gurjão Barreto. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 49 4. 00 06 60 /2 00 8- 03 Fl. 487DF CARF MF Impresso em 07/01/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 01/12/2012 por WALBER JOSE DA SILVA, Assinado digitalmente em 01/12/2012 por WALBER JOSE DA SILVA Processo nº 10494.000660/200803 Acórdão n.º 3302001.870 S3C3T2 Fl. 3 2 Relatório Trata o presente processo de autos de infração lavrados para exigência de crédito tributário referente a tributos aduaneiros (II, IPI Importação, PIS Importação e Cofins Importação) e as multas previstas no inciso I, do art. 83, da Lei nº 4.502/64, e no parágrafo único do art. 88 da MP nº 2.15835/2001. Conforme Relatório de Auditoria Fiscal (fls.128/185), a empresa Recorrente subfaturou o valor de mercadorias importadas com o fito se eximirse do pagamento dos tributos aduaneiro, além da remessa indevida de divisas para o exterior. Tempestivamente a contribuinte insurgese contra a exigência fiscal do II, do IPI, do PIS Importação e da Cofins Importação, acrescidos de juros de mora e da multa de ofício, conforme impugnação às fls. 320/350, cujos argumentos de defesa estão sintetizados no relatório do acórdão recorrido às fls. 374/379. Não impugnou o lançamento das multas previstas no inciso I, do art. 83, da Lei nº 4.502/64, e no parágrafo único do art. 88 da MP nº 2.15835/2001. Nos termos do Acórdão nº 0720.756, de 20/08/2010, a DRJ em Florianópolis SC deu parcial provimento à impugnação para exonerar parte do crédito tributário (tributos e multas) pelas seguintes razões (fls. 373/389): 1) erro no cálculo do valor aduaneiro das DI nºs. 06/02266259, 06/03599715 e 06/03621192; 2) falta de prova de que o valor aduaneiro foi subfaturado nas DI nºs. 07/09033430 e 07/11264530. Ciente da decisão de primeira instância em 09/09/2010, conforme AR de fl. 405, a empresa autuada interpôs recurso voluntário em 05/10/2010, no qual repisa os argumentos da impugnação, que podem ser resumidos nos seguintes tópicos: a) Nulidade do procedimento administrativo por falta de intimação do Mandado de Procedimento Fiscal; b) Nulidade ou invalidade do procedimento por desatendimento ao quanto regam as Portarias RFB nº 4.066/2007 e 11.371/2007 e artigo 196, parágrafo único, do Código Tributário Nacional. Falta de prorrogação do Mandado de Procedimento Fiscal; c) Nulidade do Auto de Infração em face do vício da prova obtida; d) Nulidade do procedimento administrativo por desatenção a regra do artigo 22, § 1° da Lei n. 97.784/99; e e) O erro no arbitramento da valoração aduaneira e conseqüente erro no arbitramento da base de cálculo do PIS e da COFINS. Inovando os argumentos trazidos na impugnação, a Recorrente contesta o lançamento das multas fiscais e aduaneiras sob o fundamento de que as mesmas não podem Fl. 488DF CARF MF Impresso em 07/01/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 01/12/2012 por WALBER JOSE DA SILVA, Assinado digitalmente em 01/12/2012 por WALBER JOSE DA SILVA Processo nº 10494.000660/200803 Acórdão n.º 3302001.870 S3C3T2 Fl. 4 3 incidir simultaneamente e que a multa aduaneira deve ser de 1% sobre o valor das mercadorias importadas e declaradas com erro nas respectivas DI. No dia 31/03/2011, a Recorrente apresenta requerimento desistindo parcialmente do recurso voluntário por ter incluído os débitos de II, IPI, PIS e Cofins no parcelamento especial da Lei nº 11.941/09. Permanecendo o recurso voluntário quanto ao crédito tributário relativo às multas previstas no inciso I, do art. 83, da Lei nº 4.502/64, e no parágrafo único do art. 88 da MP nº 2.15835/2001 (fls. 448/456). A DRF em Florianópolis recorreu de ofício da decisão que exonerou parte do crédito tributário lançado (tributos e multas). Na forma regimental, o processo foi distribuído a este Conselheiro Relator. É o Relatório do essencial. Voto Conselheiro WALBER JOSÉ DA SILVA, Relator. Os recursos voluntário e de ofício atendem aos requisitos legais de admissibilidade. Deles se conhece. No recurso voluntário a Recorrente renova as preliminares de nulidade do lançamento e do processo, suscitadas na impugnação. Entende a Recorrente que o lançamento é nulo porque: 1) o Mandado de Procedimento Fiscal não respeitou as determinações contidas na Portaria RFB n° 4.006/2007. Defende que não teve cientificação do MPF ou de suas prorrogações, além de esse instrumento ter extrapolado seu prazo de validade; 2) existe vício nas provas obtidas porque as mesmas foram coletadas de forma irregular, sem amparo em mandado judicial, e que as declarações do sócio foram tomadas sem acompanhamento de seu advogado; 3) ocorreu infringência ao disposto no parágrafo 1°, do artigo 22, da Lei n° 97.784/99, porque no processo foi utilizado documentos redigidos em língua estrangeira sem a respectiva tradução. Sem razão a Recorrente. Quanto aos supostos vícios no Mandado de Procedimento Fiscal é imperioso esclarecer que o mesmo é um instrumento de controle administrativo e tem como objetivo regular a execução dos procedimentos fiscais no âmbito da RFB, e não aborda aspectos relacionados com a competência para constituição do crédito tributário pelo lançamento ou com os elementos intrínsecos do auto de infração. Fl. 489DF CARF MF Impresso em 07/01/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 01/12/2012 por WALBER JOSE DA SILVA, Assinado digitalmente em 01/12/2012 por WALBER JOSE DA SILVA Processo nº 10494.000660/200803 Acórdão n.º 3302001.870 S3C3T2 Fl. 5 4 É imprescindível destacar que o regramento acerca do Mandado de Procedimento Fiscal não se sobrepõe à atividade vinculada e obrigatória a que estão submetidos os agentes tributários. A obrigatoriedade do lançamento tributário, sob pena de responsabilidade funcional, constatada irregularidade cometida pelo sujeito passivo da obrigação tributária, deflui do Código Tributário Nacional, arts. 3º e 142, §único, conforme transcrição a seguir. “Art. 3º. Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada”. (grifos acrescidos) (...) “Art.142. Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário pelo lançamento, (...) Parágrafo único. A atividade administrativa de lançamento é vinculada e obrigatória, sob pena de responsabilidade funcional”. Como não poderia deixar de ser, tem se sedimentado neste Conselho Administrativo de Recursos Fiscais o entendimento no sentido de que, sendo o MPF instrumento de mero controle administrativo, eventuais irregularidades em sua emissão ou utilização não têm o condão de macular o auto de infração. Cito, a título exemplificativo, os seguintes acórdãos nºs. 20177.567, de 17/03/04; 20177.576, de 13/04/04; 20177.665, de 16/06/04 e 20177.931, de 19/10/04. No caso concreto, o MPF foi regularmente emitido, dele a Recorrente tomou ciência e o trabalho fiscal foi concluído dentro do prazo de validade do mesmo, conforme bem disse a decisão recorrida. Por esta razão, adoto e ratifico integralmente os fundamentos da decisão recorrida. Também são absolutamente infundadas as alegações da recorrente de que houve vício na coleta das provas por falta de mandado judicial e por ter seu sóciogerente prestado declarações ao fisco sem a presença de advogado. Como bem disse a decisão recorrida, cujos fundamentos adoto integralmente, não há determinação legal que obrigue a conduta dos agentes do Fisco na forma postulada pela Recorrente. Quanto à necessidade de tradução dos documentos em língua estrangeira acostados aos autos, foi muito bem a decisão recorrida ao demonstrar que a tradução fica a critério da autoridade fazendária, inclusive a julgadora. No caso concreto, não há necessidade de realizar tradução porque os documentos acostados aos autos tratam de assuntos ligados ao comércio internacional, cuja linguagem, especialmente em inglês, é de conhecimento dos agentes fazendários que militam na área aduaneira, inclusive neste CARF. Pelas razões acima suscitadas, voto no sentido de rejeitar as preliminares de nulidade suscitadas pela Recorrente. Fl. 490DF CARF MF Impresso em 07/01/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 01/12/2012 por WALBER JOSE DA SILVA, Assinado digitalmente em 01/12/2012 por WALBER JOSE DA SILVA Processo nº 10494.000660/200803 Acórdão n.º 3302001.870 S3C3T2 Fl. 6 5 Quanto ao mérito, o erro de cálculo existente foi retificado pela decisão recorrida. Já os argumentos sobre a improcedência do lançamento das multas não podem ser conhecidos deste Colegiado porque não fizeram parte da impugnação e, portanto, não foram objeto de apreciação pela decisão recorrida. A impugnação estabelece a fase litigiosa do procedimento e o momento de sua apresentação é aquele estabelecido no art. 15 do Decreto no 70.235/72. O art. 17 deste mesmo diploma legal reza que “considerarseá não impugnada a matéria que não tenha sido expressamente contestada pelo impugnante”. O CARF é competente para julgar recursos de decisões de primeira instância. Se não houve decisão de primeira instância sobre as multas lançadas e controladas neste processo, não tem o CARF competência para a sua apreciação. É o que estabelece o art. 1º do Regimento Interno do CARF (Portaria MF nº 256/09), abaixo reproduzido: Art. 1° Compete aos órgãos julgadores do CARF o julgamento de recursos de ofício e voluntários de decisão de primeira instância, bem como os recursos de natureza especial, que versem sobre tributos administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil. Relativamente ao Recurso de Ofício, também não vejo reparos a fazer na decisão recorrida porque se trata (i) de erro de fato no cálculo do valor aduaneiro e (ii) falta de prova de que o valor declarado nas DI estavam subfaturados. Em ambos os casos, a verdade material foi prontamente restabelecida e, consequentemente, excluído o crédito tributário indevidamente lançado. Corretas as razões da decisão recorrida que levaram à exclusão do crédito tributário No mais, com fulcro no art. 50, § 1o, da Lei no 9.784/19991, adoto e ratifico os fundamentos do acórdão de primeira instância. Por tais razões, voto no sentido de negar provimento ao recurso de ofício e, na parte conhecida, também negar provimento ao voluntário. (assinado digitalmente) WALBER JOSÉ DA SILVA Relator 1 Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos, quando: [. . .] § 1o A motivação deve ser explícita, clara e congruente, podendo consistir em declaração de concordância com fundamentos de anteriores pareceres, informações, decisões ou propostas, que, neste caso, serão parte integrante do ato. Fl. 491DF CARF MF Impresso em 07/01/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 01/12/2012 por WALBER JOSE DA SILVA, Assinado digitalmente em 01/12/2012 por WALBER JOSE DA SILVA Processo nº 10494.000660/200803 Acórdão n.º 3302001.870 S3C3T2 Fl. 7 6 Fl. 492DF CARF MF Impresso em 07/01/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 01/12/2012 por WALBER JOSE DA SILVA, Assinado digitalmente em 01/12/2012 por WALBER JOSE DA SILVA
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Numero do processo: 13888.000332/00-53
Turma: PLENO DA CÂMARA SUPERIOR REC. FISCAIS
Câmara: Pleno
Seção: Câmara Superior de Recursos Fiscais
Data da sessão: Wed Aug 29 00:00:00 UTC 2012
Data da publicação: Wed Feb 06 00:00:00 UTC 2013
Ementa: Assunto: Normas Gerais de Direito Tributário
Período de apuração: 01/10/1992 a 30/09/1995
PIS. PRAZO PARA PEDIDO DE REPETIÇÃO DE INDÉBITO. MATÉRIA DECIDIDA NO STF NA SISTEMÁTICA DO ART. 543-B DO CPC. TEORIA DOS 5+5 PARA PEDIDOS PROTOCOLADOS ANTES DE 09 DE JUNHO DE 2005.
O art. 62-A do RICARF obriga a utilização da regra do RE nº 566.621/RS, decidido na sistemática do art. 543-B do Código de Processo Civil, o que faz com que se deva adotar a teoria dos 5+5 para os pedidos administrativos protocolados antes de 09 de junho de 2005.
Essa interpretação entende que o prazo de 5 anos para se pleitear a restituição de tributos, previsto no art. 168, inciso I, do CTN, só se inicia após o lapso temporal de 5 anos para a homologação do pagamento previsto no art. 150, §4o, do CTN, o que resulta, para os tributos lançados por homologação, em um prazo para a repetição do indébito de 10 anos após a ocorrência do fato gerador.
Como o pedido administrativo de repetição de PIS foi protocolado em 14/4/2000, permanece o direito de se pleitear a restituição pretendida, já que engloba apenas tributos com fatos geradores ocorridos após 14/4/1990.
Recurso extraordinário negado.
Numero da decisão: 9900-000.816
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso, mantendo o direito à restituição dado pelo acórdão recorrido, e determinando o retorno dos autos à unidade de origem para exame das demais questões.
(Assinado digitalmente)
Otacílio Dantas Cartaxo - Presidente
(Assinado digitalmente)
Luiz Eduardo de Oliveira Santos Relator
EDITADO EM : 21/11/2012
Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros Otacílio Dantas Cartaxo, Marcos Tranchesi Ortiz que substituiu Susy Gomes Hoffmann, Valmar Fonseca de Menezes, Alberto Pinto Souza Júnior, Francisco de Sales Ribeiro de Queiroz, João Carlos de Lima Júnior, Jorge Celso Freire da Silva, José Ricardo da Silva, Karem Jureidini Dias,Valmir Sandri, Luiz Eduardo de Oliveira Santos, Elias Sampaio Freire, Gonçalo Bonet Allage, Gustavo Lian Haddad, Manoel Coelho Arruda Junior, Marcelo Oliveira, Maria Helena Cotta Cardozo, Rycardo Henrique Magalhães de Oliveira, Henrique Pinheiro Torres, Francisco Maurício Rabelo de Albuquerque Silva, Júlio César Alves Ramos, Maria Teresa Martinez Lopez, Nanci Gama, Rodrigo Cardozo Miranda, Rodrigo da Costa Possas e Mercia Helena Trajano Damorim que substituiu Marcos Aurélio Pereira Valadão.
Matéria: PIS - proc. que não versem s/exigências de cred. Tributario
Nome do relator: LUIZ EDUARDO DE OLIVEIRA SANTOS
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ASSUNTO: NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO Período de apuração: 01/10/1992 a 30/09/1995 PIS. PRAZO PARA PEDIDO DE REPETIÇÃO DE INDÉBITO. MATÉRIA DECIDIDA NO STF NA SISTEMÁTICA DO ART. 543B DO CPC. TEORIA DOS 5+5 PARA PEDIDOS PROTOCOLADOS ANTES DE 09 DE JUNHO DE 2005. O art. 62A do RICARF obriga a utilização da regra do RE nº 566.621/RS, decidido na sistemática do art. 543B do Código de Processo Civil, o que faz com que se deva adotar a teoria dos 5+5 para os pedidos administrativos protocolados antes de 09 de junho de 2005. Essa interpretação entende que o prazo de 5 anos para se pleitear a restituição de tributos, previsto no art. 168, inciso I, do CTN, só se inicia após o lapso temporal de 5 anos para a homologação do pagamento previsto no art. 150, §4o, do CTN, o que resulta, para os tributos lançados por homologação, em um prazo para a repetição do indébito de 10 anos após a ocorrência do fato gerador. Como o pedido administrativo de repetição de PIS foi protocolado em 14/4/2000, permanece o direito de se pleitear a restituição pretendida, já que engloba apenas tributos com fatos geradores ocorridos após 14/4/1990. Recurso extraordinário negado. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso, mantendo o direito à restituição dado pelo acórdão recorrido, e determinando o retorno dos autos à unidade de origem para exame das demais questões. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 13 88 8. 00 03 32 /0 0- 53 Fl. 368DF CARF MF Impresso em 06/02/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 14/12/2012 por LUIZ EDUARDO DE OLIVEIRA SANTOS, Assinado digitalmente em 17/12/2012 por OTACILIO DANTAS CARTAXO, Assinado digitalmente em 14/12/2012 por LUIZ EDUARDO DE OLI VEIRA SANTOS 2 (Assinado digitalmente) Otacílio Dantas Cartaxo Presidente (Assinado digitalmente) Luiz Eduardo de Oliveira Santos – Relator EDITADO EM : 21/11/2012 Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros Otacílio Dantas Cartaxo, Marcos Tranchesi Ortiz que substituiu Susy Gomes Hoffmann, Valmar Fonseca de Menezes, Alberto Pinto Souza Júnior, Francisco de Sales Ribeiro de Queiroz, João Carlos de Lima Júnior, Jorge Celso Freire da Silva, José Ricardo da Silva, Karem Jureidini Dias,Valmir Sandri, Luiz Eduardo de Oliveira Santos, Elias Sampaio Freire, Gonçalo Bonet Allage, Gustavo Lian Haddad, Manoel Coelho Arruda Junior, Marcelo Oliveira, Maria Helena Cotta Cardozo, Rycardo Henrique Magalhães de Oliveira, Henrique Pinheiro Torres, Francisco Maurício Rabelo de Albuquerque Silva, Júlio César Alves Ramos, Maria Teresa Martinez Lopez, Nanci Gama, Rodrigo Cardozo Miranda, Rodrigo da Costa Possas e Mercia Helena Trajano Damorim que substituiu Marcos Aurélio Pereira Valadão. Relatório Tratase de recurso extraordinário ao pleno da Câmara Superior de Recursos Fiscais CSRF, com fundamento no artigo 9º do antigo Regimento Interno da Câmara Superior de Recursos Fiscais RICSRF, aprovado pela Portaria MF nº 147, de 25 de junho de 2007. Observese que, embora não esteja previsto no atual Regimento Interno do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais RICARF, aprovado pela Portaria MF nº 256, de 22 de junho de 2009, os recursos extraordinários interpostos contra acórdãos proferidos até 30 de junho de 2009 serão, por força do artigo 4° do mesmo Regimento, processados de acordo com o rito previsto no RICSRF. O Acórdão no 0203779 da 2a Turma da Câmara Superior de Recursos Fiscais (fls. 275 a 277v) reconheceu o direito do contribuinte pleitear, em 14/04/2000, repetição de PIS referente a fatos geradores ocorridos de 01/10/1992 a 30/09/1995. A Fazenda Nacional apresentou tempestivamente recurso extraordinário (fls. 281 a 300), onde afirma que somente é possível se pleitear a repetição do indébito no prazo de 5 anos após o recolhimento indevido. Para comprovar a divergência, indicou, como paradigma, o Acórdão CSRF/0400.810, da 4ª Turma da Câmara Superior de Recursos Fiscais, julgado em 03 de março de 2008, cuja ementa se transcreve: PEDIDO DE RESTITUIÇÃO – ILL – O direito de pleitear a restituição de tributo indevido, pago espontaneamente, perece com o decurso do prazo de cinco anos, contados da data de Fl. 369DF CARF MF Impresso em 06/02/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 14/12/2012 por LUIZ EDUARDO DE OLIVEIRA SANTOS, Assinado digitalmente em 17/12/2012 por OTACILIO DANTAS CARTAXO, Assinado digitalmente em 14/12/2012 por LUIZ EDUARDO DE OLI VEIRA SANTOS Processo nº 13888.000332/0053 Acórdão n.º 9900000.816 CSRFPL Fl. 6 3 extinção do crédito tributário, sendo irrelevante que o indébito tenha por fundamento inconstitucionalidade ou simples erro (art. 165, incisos I e II, e 168, inciso I, do CTN, e entendimento do Superior Tribunal de Justiça). Recurso Especial do Procurador Provido. O recurso foi admitido pelo despacho de fls. 301 a 302, que considerou a divergência jurisprudencial comprovada. Devidamente cientificado, o sujeito passivo apresentou contrarrazões, onde pugna pela manutenção da decisão recorrida. É o relatório. Voto Conselheiro Luiz Eduardo de Oliveira Santos, Relator Data do pedido: 14/04/2000. Fatos Geradores: 01/10/1992 a 30/09/1995. O presente recurso extraordinário é tempestivo, e preenche os demais requisitos de admissibilidade, tendo em vista que a recorrente logrou demonstrar a divergência jurisprudencial suscitada. Portanto, dele conheço. Discutese qual o prazo para se pleitear a restituição dos tributos lançados por homologação, especificamente no caso de tributo declarado inconstitucional. Nessa situação, o CARF está obrigatoriamente vinculado ao posicionamento dos Tribunais Superiores nos termos do art. 62A do anexo II do RICARF, segundo o qual se deve reproduzir o conteúdo das decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal e pelo Superior Tribunal de Justiça em matéria infraconstitucional, na sistemática prevista pelos artigos 543B e 543C da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973, Código de Processo Civil. Isso porque, no Recurso Extraordinário n° 566.621/RS, julgado em 11/10/2011, com trânsito em julgado em 17/11/2011, o STF decidiu que (a) considerase o prazo de 5 anos tãosomente às ações ajuizadas após o decurso da vacatio legis de 120 dias da LC 118/05, ou seja a partir de 9 de junho de 2005, e (b) para os demais casos, aplicase a posição do STJ de que o prazo para repetição ou compensação de indébito era de 10 anos contados da ocorrência do fato gerador, tendo em conta a aplicação combinada dos arts. 150, § 4o, 156, VII, e 168, I do CTN. Não há que se falar em tratamento diverso do acima exposto para o caso de inconstitucionalidade de lei. Nesse sentido: no RESP nº 1.002.932SP, de 05/11/2009, em regime de Recurso Repetitivo, o Ministro Relator, Luiz Fux, faz expressa referência, em seu voto (fls. 6 e 7) à jurisprudência do STJ, reproduzindo o ERESP n° 4.35835SC, nos termos a seguir: Fl. 370DF CARF MF Impresso em 06/02/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 14/12/2012 por LUIZ EDUARDO DE OLIVEIRA SANTOS, Assinado digitalmente em 17/12/2012 por OTACILIO DANTAS CARTAXO, Assinado digitalmente em 14/12/2012 por LUIZ EDUARDO DE OLI VEIRA SANTOS 4 ... 2. Não há que se falar em prazo prescricional a contar de declaração de inconstitucionalidade pelo STF ou da Resolução do Senado. ... o Supremo Tribunal Federal confirma essa afirmação, no RE nº 566.621 RS, de 11/10/2011, da relatoria da Ministra Ellen Gracie, em que é definido o critério de aplicação da tese dos 5 + 5 anos, em detrimento da redação dada ao art. 168 do CTN pela Lei Complementar n° 118, de 2005, e, à fl. 11 do voto, é também referida a jurisprudência consolidada do STJ, nos termos a seguir: ... é que a União invoca precedentes relativos a questões específicas, como tributos retidos no regime de substituição tributária e tributos inconstitucionais, em que chegou a haver, é verdade, alguma dúvida quanto à aplicação da regra geral dos 10 anos, mas que não perdurou. Logo, aquela Corte [STJ] firmou posição no sentido de que, também em tais situações de retenção e de reconhecimento do indébito em razão da inconstitucionalidade de lei instituidora, deverseia aplicar, sem ressalvas, a tese dos dez anos, conforme se vê dos EREsp 329.160/DF e EREsp 435.835/SC, julgados pela Primeira Seção daquela Corte. Aliás, nada melhor do que o próprio STJ para reconhecer que se tratava de jurisprudência consolidada. esse entendimento foi confirmado pelo próprio STJ, quando adaptou sua jurisprudência à decisão do STF, conforme RESP n° 1.269.570MG, de 23/05/2012, da relatoria do Ministro Mauro Campbell, em que se esclarece que a única alteração foi referente à data da mudança de critério, qual seja, para pedidos a partir da vigência da Lei Complementar n° 118, de 2005. Salientese, adicionalmente, que a expressão "ações ajuizadas" na decisão referida deve ser entendida como a realização do pedido de repetição de valor à autoridade competente para tal, o que inclui o processo administrativo, no âmbito da Administração Tributária. No presente caso, o pedido de repetição do indébito ocorreu antes de 09 de junho de 2005 e, portanto, aplicase o prazo de 10 anos a partir da ocorrência do fato gerador. Como o pedido foi feito em 14/04/2000, estava apto a pleitear a restituição de tributos com fatos geradores ocorridos após 14/04/1990. Dessa forma, como o pleito se refere a fatos geradores ocorridos de 01/10/1992 a 30/09/1995, o direito não estava fulminado pelo transcurso do prazo fatal. Assim, voto no sentido de conhecer do recurso extraordinário da Fazenda Nacional para, no mérito, negarlhe provimento, determinando o retorno dos autos à unidade de origem para exame das demais questões. (Assinado digitalmente) Luiz Eduardo de Oliveira Santos Fl. 371DF CARF MF Impresso em 06/02/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 14/12/2012 por LUIZ EDUARDO DE OLIVEIRA SANTOS, Assinado digitalmente em 17/12/2012 por OTACILIO DANTAS CARTAXO, Assinado digitalmente em 14/12/2012 por LUIZ EDUARDO DE OLI VEIRA SANTOS Processo nº 13888.000332/0053 Acórdão n.º 9900000.816 CSRFPL Fl. 7 5 Fl. 372DF CARF MF Impresso em 06/02/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 14/12/2012 por LUIZ EDUARDO DE OLIVEIRA SANTOS, Assinado digitalmente em 17/12/2012 por OTACILIO DANTAS CARTAXO, Assinado digitalmente em 14/12/2012 por LUIZ EDUARDO DE OLI VEIRA SANTOS
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Numero do processo: 10380.913359/2009-11
Turma: Terceira Turma Especial da Primeira Seção
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Wed Oct 03 00:00:00 UTC 2012
Data da publicação: Tue Oct 23 00:00:00 UTC 2012
Ementa: Assunto: Normas Gerais de Direito Tributário
Exercício: 2008
ESTIMATIVAS. PAGAMENTO INDEVIDO OU A MAIOR. RESTITUIÇÃO E COMPENSAÇÃO.
O art. 11 da Instrução Normativa RFB nº 900, de 2008, que admite a restituição ou a compensação de valor pago a maior ou indevidamente de estimativa, é preceito de caráter interpretativo das normas materiais que definem a formação do indébito na apuração anual do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica ou da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, aplicando-se, portanto, aos PER/DCOMP originais transmitidos anteriormente a 1º de janeiro de 2009 e que estejam pendentes de decisão administrativa. (SCI Cosit nº 19, de 2011)
Numero da decisão: 1803-001.528
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, dar provimento parcial ao recurso voluntário, para reconhecer a possibilidade de formação de indébitos em recolhimentos por estimativa, mas sem homologar a compensação, por ausência de análise do mérito pela autoridade preparadora, com o consequente retorno dos autos ao órgão de origem, para verificação da existência, suficiência e disponibilidade do crédito pretendido em compensação, nos termos do relatório e votos que integram o presente julgado.
(assinado digitalmente)
Selene Ferreira de Moraes - Presidente
(assinado digitalmente)
Sérgio Rodrigues Mendes - Relator
Participaram do presente julgamento os Conselheiros Selene Ferreira de Moraes, Meigan Sack Rodrigues, Walter Adolfo Maresch, Victor Humberto da Silva Maizman, Sérgio Rodrigues Mendes e Viviani Aparecida Bacchmi.
Nome do relator: SERGIO RODRIGUES MENDES
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Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO Exercício: 2008 ESTIMATIVAS. PAGAMENTO INDEVIDO OU A MAIOR. RESTITUIÇÃO E COMPENSAÇÃO. O art. 11 da Instrução Normativa RFB nº 900, de 2008, que admite a restituição ou a compensação de valor pago a maior ou indevidamente de estimativa, é preceito de caráter interpretativo das normas materiais que definem a formação do indébito na apuração anual do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica ou da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, aplicando se, portanto, aos PER/DCOMP originais transmitidos anteriormente a 1º de janeiro de 2009 e que estejam pendentes de decisão administrativa. (SCI Cosit nº 19, de 2011) AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 38 0. 91 33 59 /2 00 9- 11 Fl. 61DF CARF MF Impresso em 23/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 05/10/2012 por SERGIO RODRIGUES MENDES, Assinado digitalmente em 05/10/2 012 por SERGIO RODRIGUES MENDES, Assinado digitalmente em 18/10/2012 por SELENE FERREIRA DE MORAES Processo nº 10380.913359/200911 Acórdão n.º 1803001.528 S1TE03 Fl. 57 2 Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, dar provimento parcial ao recurso voluntário, para reconhecer a possibilidade de formação de indébitos em recolhimentos por estimativa, mas sem homologar a compensação, por ausência de análise do mérito pela autoridade preparadora, com o consequente retorno dos autos ao órgão de origem, para verificação da existência, suficiência e disponibilidade do crédito pretendido em compensação, nos termos do relatório e votos que integram o presente julgado. (assinado digitalmente) Selene Ferreira de Moraes Presidente (assinado digitalmente) Sérgio Rodrigues Mendes Relator Participaram do presente julgamento os Conselheiros Selene Ferreira de Moraes, Meigan Sack Rodrigues, Walter Adolfo Maresch, Victor Humberto da Silva Maizman, Sérgio Rodrigues Mendes e Viviani Aparecida Bacchmi. Fl. 62DF CARF MF Impresso em 23/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 05/10/2012 por SERGIO RODRIGUES MENDES, Assinado digitalmente em 05/10/2 012 por SERGIO RODRIGUES MENDES, Assinado digitalmente em 18/10/2012 por SELENE FERREIRA DE MORAES Processo nº 10380.913359/200911 Acórdão n.º 1803001.528 S1TE03 Fl. 58 3 Relatório Por bem retratar os acontecimentos do presente processo, adoto o Relatório do acórdão recorrido (fls. 23verso e 24): Trata o presente processo da Declaração de Compensação – DCOMP, de fls. 01/04, apresentada em 13/03/2008, por meio eletrônico, através do aplicativo PER/DCOMP 3.3, na qual a interessada, acima identificada, alega possuir crédito contra a Fazenda Pública no valor original de R$ 1.613.727,14, decorrente de pagamento indevido da antecipação do imposto de renda da pessoa jurídica IRPJ, no valor de R$ 1.876.090,74, referente ao período de apuração de julho de 2005. Utilizando o crédito que alega possuir [R$ 974,41 – fls. 2 e 4], a interessada busca extinguir, por compensação, débitos de CSRF CSLL/COINS/PIS/PASEP, período de apuração 2ª quinzena de fevereiro de 2008. Foi proferido o Despacho Decisório de fl. 05/06, o qual não homologou a compensação, sob o fundamento de que o crédito pleiteado não existe, vez que o pagamento foi integralmente utilizado para quitação de débitos do contribuinte, não restando crédito disponível para compensação dos débitos informado no PER/DCOMP. O enquadramento legal mencionado no Despacho Decisório é o seguinte: artigos 165 e 170 da lei nº 5.172, de 25/10/1966 (Código Tributário Nacional – CTN) e art. 74 da Lei nº 9.430 de 27 de dezembro de 1996. Inconformada, a interessada interpôs a manifestação de inconformidade de fls. 09/18, na qual alega, em síntese, o seguinte: Em 31/08/2005, a TERMOCEARÁ, ao efetuar a apuração mensal dos resultados da empresa, efetuou o recolhimento de R$ 1.876.090,74, referente ao IRPJ do período de julho de 2005. Ocorre que, ao findar o ano, finalizado o período de apuração do IRPJ, foi apurado que a contribuinte teve, em verdade, um prejuízo fiscal. Desta forma, inexistindo lucro no período de apuração de 2005, não se configurou a situação hipotética descrita na norma tributária apta a configurar a incidência do IRPJ. Assim, o valor recolhido por estimativa, referente à apuração realizada no mês de julho de 2005, foi, de fato, indevido, conforme constatado no fechamento do período de apuração anual em 2005, como dito, houve prejuízo fiscal. E, sendo indevido, a TERMOCEARÁ utilizouse desse crédito para compensar valores a pagar no ano de 2008, sendo que a presente PER/DCOMP utilizouse de parte desses créditos. Na Declaração de Informações EconômicoFiscais da Pessoa Jurídica (DIPJ) de 2006 consta, expressamente, que a contribuinte teve um prejuízo fiscal no anobase de 2005, não havendo que se cogitar, pois, em incidência de imposto de renda, vez que não houve rendimento algum no ano de 2005. Na pág. 05 da DIPJ 2006 há a seguinte informação: LUCRO LIQUIDO DO PERÍODO DE APURAÇÃO...................... 73.173.069,26 Ou seja, na DIPJ de 2006, consta expressamente que a contribuinte teve prejuízo fiscal, não havendo que se cogitar, pois, em incidência de imposto de renda, vez que não houve rendimento tributável no ano de 2005. Fl. 63DF CARF MF Impresso em 23/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 05/10/2012 por SERGIO RODRIGUES MENDES, Assinado digitalmente em 05/10/2 012 por SERGIO RODRIGUES MENDES, Assinado digitalmente em 18/10/2012 por SELENE FERREIRA DE MORAES Processo nº 10380.913359/200911 Acórdão n.º 1803001.528 S1TE03 Fl. 59 4 Referido prejuízo também foi devidamente informado na DCTF retificadora, enviada em 27/10/2009 pela contribuinte. Isto posto, dúvidas não restam de que o crédito existe, decorrente da inexistência rendimento tributável, em face do prejuízo fiscal devidamente comprovado e informado na DIPJ 2006 e na DCTF Retificadora (anobase de 2005). Assim, comprovada a existência de créditos, a Instrução Normativa RFB nº 900 autoriza a compensação com outros débitos administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, razão pela qual requer a revisão do despacho que não homologou a compensação pleiteada pela TERMOCEARÁ. 2. A decisão da instância a quo foi assim ementada (fls. 23): Assunto: Normas Gerais de Direito Tributário Exercício: 2008 COMPENSAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE DE APROVEITAMENTO DE PAGAMENTO DE ESTIMATIVA COMO CRÉDITO. As estimativas efetivamente recolhidas são antecipações do tributo devido ao final do anocalendário. Em consequência, passível de restituição somente é o saldo negativo apurado na Declaração de Ajuste Anual. Manifestação de Inconformidade Improcedente Direito Creditório Não Reconhecido 3. Cientificada da referida decisão em 27/07/2010 (fls. 26), a tempo, em 26/08/2010, apresenta a interessada Recurso de fls. 27 a 39, instruído com os documentos de fls. 40 a 54, nele reiterando os argumentos anteriormente expendidos. 4. É o que importa relatar. Em mesa para julgamento. Fl. 64DF CARF MF Impresso em 23/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 05/10/2012 por SERGIO RODRIGUES MENDES, Assinado digitalmente em 05/10/2 012 por SERGIO RODRIGUES MENDES, Assinado digitalmente em 18/10/2012 por SELENE FERREIRA DE MORAES Processo nº 10380.913359/200911 Acórdão n.º 1803001.528 S1TE03 Fl. 60 5 Voto Conselheiro Sérgio Rodrigues Mendes, Relator Atendidos os pressupostos formais e materiais, tomo conhecimento do Recurso. 5. A decisão recorrida, de fls. 23 a 24verso não homologou a compensação declarada mediante Pedido de Ressarcimento ou Restituição/Declaração de Compensação (Per/DComp), com fundamento no art. 10 da Instrução Normativa SRF nº 600, de 28 de dezembro de 2005. 6. Observo, contudo, a superveniência do entendimento contido na Solução de Consulta Interna Cosit nº 19, de 5/12/2011, assim ementada: ASSUNTO: NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO ESTIMATIVAS. PAGAMENTO INDEVIDO OU A MAIOR. RESTITUIÇÃO E COMPENSAÇÃO. O art. 11 da IN RFB nº 900, de 2008, que admite a restituição ou a compensação de valor pago a maior ou indevidamente de estimativa, é preceito de caráter interpretativo das normas materiais que definem a formação do indébito na apuração anual do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica ou da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, aplicandose, portanto, aos PER/DCOMP originais transmitidos anteriormente a 1º de janeiro de 2009 e que estejam pendentes de decisão administrativa. 7. Esse entendimento, porém, tem por pressuposto a ocorrência de erro no cálculo ou no recolhimento da estimativa, não abrangendo a mera mudança de opção (com base na receita bruta e acréscimos ou em balanços ou balancetes de suspensão ou redução). 8. Claro está, também, que o sujeito passivo, quando do encerramento do ano calendário, deve confrontar, apenas, as estimativas que considerou devidas, sob pena de duplo aproveitamento do mesmo crédito. 9. Dessa forma, a homologação expressa exige que o sujeito passivo comprove, perante a autoridade administrativa que o jurisdiciona: (a) o erro cometido no cálculo ou no recolhimento da estimativa; (b) a sua adequação para a formação do indébito; e (c) a correspondente disponibilidade, mediante prova de que já não se valeu desse indébito para liquidação do IRPJ devido no ajuste anual ou para formação do correspondente saldo negativo. Fl. 65DF CARF MF Impresso em 23/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 05/10/2012 por SERGIO RODRIGUES MENDES, Assinado digitalmente em 05/10/2 012 por SERGIO RODRIGUES MENDES, Assinado digitalmente em 18/10/2012 por SELENE FERREIRA DE MORAES Processo nº 10380.913359/200911 Acórdão n.º 1803001.528 S1TE03 Fl. 61 6 Conclusão Em face do exposto, e considerando tudo o mais que dos autos consta, voto no sentido de DAR PROVIMENTO PARCIAL ao recurso voluntário, para reconhecer a possibilidade de formação de indébitos em recolhimentos por estimativa, mas sem homologar a compensação, por ausência de análise do mérito pela autoridade preparadora, com o consequente retorno dos autos ao órgão de origem, para verificação da existência, suficiência e disponibilidade do crédito pretendido em compensação. É como voto. (assinado digitalmente) Sérgio Rodrigues Mendes Fl. 66DF CARF MF Impresso em 23/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 05/10/2012 por SERGIO RODRIGUES MENDES, Assinado digitalmente em 05/10/2 012 por SERGIO RODRIGUES MENDES, Assinado digitalmente em 18/10/2012 por SELENE FERREIRA DE MORAES
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Numero do processo: 10725.000540/99-01
Turma: Terceira Câmara
Seção: Segundo Conselho de Contribuintes
Data da sessão: Tue Sep 15 00:00:00 UTC 2009
Data da publicação: Mon Jan 07 00:00:00 UTC 2013
Ementa: Assunto: Contribuição para o PIS/Pasep
Período de apuração: 31/01/1993 a 30/09/1995
DECADÊNCIA.
O prazo decadencial para a Fazenda Nacional constituir o crédito pertinente à contribuição para o Programa de Integração Social - PIS é de 05 anos, contados nos termos do CTN.
Recurso Especial do Procurador Negado.
Numero da decisão: 9303-000.229
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso especial.
Carlos Alberto Freitas Barreto - Presidente
Henrique Pinheiro Torres - Relator
Participaram do presente julgamento os Conselheiros Henrique Pinheiro Torres, Nanci Gama, Judith do Amaral Marcondes Armando, Susy Gomes Hoffmann, Gilson Macedo Rosenburg Filho, Dalton Cesar Cordeiro de Miranda, José Adão Vitorino de Morais, Maria Teresa Martínez López, Leonardo Siade Manzan e Carlos Alberto Freitas Barreto.
Matéria: PIS - ação fiscal (todas)
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decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso especial. Carlos Alberto Freitas Barreto - Presidente Henrique Pinheiro Torres - Relator Participaram do presente julgamento os Conselheiros Henrique Pinheiro Torres, Nanci Gama, Judith do Amaral Marcondes Armando, Susy Gomes Hoffmann, Gilson Macedo Rosenburg Filho, Dalton Cesar Cordeiro de Miranda, José Adão Vitorino de Morais, Maria Teresa Martínez López, Leonardo Siade Manzan e Carlos Alberto Freitas Barreto.
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ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS/PASEP Período de apuração: 31/01/1993 a 30/09/1995 DECADÊNCIA. O prazo decadencial para a Fazenda Nacional constituir o crédito pertinente à contribuição para o Programa de Integração Social PIS é de 05 anos, contados nos termos do CTN. Recurso Especial do Procurador Negado. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso especial. Carlos Alberto Freitas Barreto Presidente Henrique Pinheiro Torres Relator Participaram do presente julgamento os Conselheiros Henrique Pinheiro Torres, Nanci Gama, Judith do Amaral Marcondes Armando, Susy Gomes Hoffmann, Gilson Macedo Rosenburg Filho, Dalton Cesar Cordeiro de Miranda, José Adão Vitorino de Morais, Maria Teresa Martínez López, Leonardo Siade Manzan e Carlos Alberto Freitas Barreto. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 72 5. 00 05 40 /9 9- 01 Fl. 466DF CARF MF Impresso em 10/01/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 07/12/2012 por CLEUZA TAKAFUJI, Assinado digitalmente em 11/12/2012 por HENRIQUE PINHEIRO TORRES, Assinado digitalmente em 28/12/2012 por CARLOS ALBERTO FREITAS BARRETO 2 Relatório Por bem descrever os fatos, adoto o Relatório do acórdão recorrido: A empresa acima identificada foi autuada em 22/04/99, por falta de recolhimento da contribuição para o PIS nos períodos de janeiro de 1993 a setembro de 1995. Segundo a descrição dos fatos a contribuinte teria utilizado da base de cálculo como definida na LC nº 7/70, pois não incluiu as receitas financeiras nem as variações monetárias ativas, porém aplicou a alíquota de 0,65%, como definida nos DecretosLeis nºs 2.445 e 2.449/88, quando o correto seria calcular a contribuição com base nos referidos decretos (PIS receita operacional) ou com base na lei complementar (PIS/faturamento). Em sua impugnação apresentada tempestivamente a interessada defende que no período alcançado pela ação fiscal a contribuição para o PIS deveria ser calculada com base na receita operacional, pois a impugnante não efetivou qualquer discussão judicial contra os referidos decretosleis, os quais embora considerados inconstitucionais possuíam plena eficácia. Sobre possíveis diferenças existentes nos valores recolhidos estas são tanto a favor do fisco como a favor da impugnante as quais poderão ser ratificadas por meio de novo levantamento fiscal que aponta um crédito a seu favor no valor de R$25.835,74 o qual por força da Lei nº 8.383/91 poderá ser compensado por iniciativa do próprio contribuinte. Além dos créditos acima alegados, a defendente contesta também pelo não aproveitamento pelo fisco de créditos oriundos do Processo de Parcelamento nº 13731.000002/9486. Como o auto de infração foi lavrado no dia 22/04/99, a impugnante defende a tese de que parte da autuação já estaria contaminada pela decadência. Ataca ainda em sua peça impugnatória a cobrança da multa de ofício à alíquota de 75%, bem como dos juros de mora cobrados pela taxa SELIC. A 5ª Turma de Julgamento da DRJ/Rio de Janeiro – RJ, julgou o lançamento procedente em parte em decisão assim ementada: “Ementa: DECADÊNCIA – Tendo sido constituído o crédito tributário dentro do prazo de dez anos, contados do primeiro dia do exercício seguinte àquele em o lançamento poderia ter sido efetuado, nos termos da Lei nº 8.212/91, não se caracteriza a decadência. FALTA DE RECOLHIMENTO – Comprovada a falta de recolhimento do PIS sobre o faturamento, em virtude de diferença de alíquota entre 0,65% e 0,70%, calculadas sobre a Fl. 467DF CARF MF Impresso em 10/01/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 07/12/2012 por CLEUZA TAKAFUJI, Assinado digitalmente em 11/12/2012 por HENRIQUE PINHEIRO TORRES, Assinado digitalmente em 28/12/2012 por CARLOS ALBERTO FREITAS BARRETO Processo nº 10725.000540/9901 Acórdão n.º 9303000.229 CSRFT3 Fl. 437 3 base de cálculo preconizada pela LC 07/70, o valor deve ser exigido de acordo com a legislação de regência. BASE LEGAL – Os Decretosleis 2.445 e 2.449, ambos de 1988, não revogaram a Lei Complementar 07/70, apenas a alteraram. A Resolução 49 de 1995, do Senado Federal, suspendeu a execução somente daqueles decretosleis declarados inconstitucionais pelo Poder Judiciário. MULTA DE OFÍCIO – A multa de ofício é uma penalidade pecuniária aplicada pela infração cometida, não havendo que se falar na vedação constitucional à instituição de tributo com efeito confiscatório prevista no artigo 150, inciso IV da Constituição. JUROS DE MORA. TAXA REFERENCIAL E SELIC – Os juros de mora destinamse a indenizar a Fazenda Nacional em decorrência da impontualidade do sujeito passivo no adimplemento da obrigação tributária, reportandose o lançamento à legislação aplicável no período compreendido entre o seu vencimento original e o efetivo pagamento do débito. PROVA DOCUMENTAL – A prova documental será apresentada na impugnação, precluindo o direito de fazêlo em outro momento processual. PERÍCIA DENEGADA – A perícia se reserva à elucidação de pontos duvidosos que requerem conhecimentos especializados para o deslinde de litígio, não se justificando a sua realização quando o fato probando puder ser demonstrado pela juntada de documentos. NORMAS LEGAIS. ILEGALIDADE. COMPETÊNCIA – A apreciação de argüição de ilegalidade de normas legais compete ao Poder Judiciário, não cabendo à autoridade Administrativa discutir tais matérias. SUSTENTAÇÃO ORAL. DO REPRESENTANTE LEGAL DA PESSOA JURÍDICA. É indeferido de plano, o pedido para sustentação oral do representante legal da contribuinte no âmbito da 1ª instância do contencioso administrativo fiscal, por falta de previsão legal.” Cientificada da decisão supra, a interessada apresenta tempestivamente Recurso Voluntário dirigido a este Colegiado, onde além de reiterar suas razões de defesa já apresentadas na fase impugnatória, levanta também a tese do cerceamento do direito de defesa em função do indeferimento dos pedidos de perícia e apresentação de provas documentais e da sustentação oral.” A Câmara a quo deu provimento parcial ao recurso. O acórdão foi assim ementado: Fl. 468DF CARF MF Impresso em 10/01/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 07/12/2012 por CLEUZA TAKAFUJI, Assinado digitalmente em 11/12/2012 por HENRIQUE PINHEIRO TORRES, Assinado digitalmente em 28/12/2012 por CARLOS ALBERTO FREITAS BARRETO 4 PIS. FALTA DE RECOLHIMENTO. Não logrando comprovar que os recolhimentos efetuados encontravam compatibilidade com a LC nº 7/70 ou com os DecretosLeis nºs 2.445 2.449, reconhecidos inconstitucionais, cabe ao fisco exigir possíveis diferenças de recolhimento com base em legislação que se encontra em vigor no momento do lançamento. ENCARGOS LEGAIS. Estando a multa de ofício e os juros de mora lançados em compatibilidade com as normas legais plenamente em vigor não há como contestar suas exigências. DECADÊNCIA. A natureza tributária das contribuições sociais colocaas, no gênero, como espécies sujeitas ao lançamento por homologação. Aplicamse a elas, portanto, as disposições do art. 150 do Código Tributário Nacional. O § 4º do mencionado artigo trata do prazo de homologação do lançamento aí entendido aquele concedido à Administração para manifestarse quanto à antecipação de pagamento efetuada pelo sujeito passivo. Recurso provido em parte. A Fazenda Nacional dissentiu da decisão que lhe foi desfavorável e apresentou recurso especial, fls. 348/354, por meio do qual requereu a reforma do acórdão vergastado para que se restabelecesse a decisão da Primeira Instância Administrativa. O recurso foi admitido pelo Presidente da 3ª Câmara do Segundo Conselho de Contribuintes, despacho às fls. 358, no que tange ao prazo decadencial para apurar e constituir o crédito do PIS. O sujeito passivo apresentou contrarrazões às fls. 371/381. É o Relatório. Voto Conselheiro Henrique Pinheiro Torres, Relator O recurso da Fazenda Nacional é tempestivo e atende aos demais requisitos de admissibilidade, dele conheço. A teor do relatado, a matéria devolvida a este Colegiado cingese ao prazo extintivo para lançar a contribuição para o Programa de Integração Social – PIS: se de 10 anos como previsto no art. 45 da Lei nº 8.212/1991 ou se de 05 anos como prevê o CTN. Nessa matéria, o meu posicionamento era no sentido de que predita contribuição estava sujeita ao prazo decadencial estabelecido no art. 45 da Lei nº 8.212/1991. Todavia, em virtude da Súmula Vinculante nº 08 do STF, e da remansosa jurisprudência de todas as Turmas da Câmara Superior de Recursos Fiscais, adoto o prazo limite de cinco anos para a Fazenda Nacional constituir o crédito tributário pertinente à contribuição para o Programa de Integração Social PIS, nos termos do Código Tributário Nacional. Fl. 469DF CARF MF Impresso em 10/01/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 07/12/2012 por CLEUZA TAKAFUJI, Assinado digitalmente em 11/12/2012 por HENRIQUE PINHEIRO TORRES, Assinado digitalmente em 28/12/2012 por CARLOS ALBERTO FREITAS BARRETO Processo nº 10725.000540/9901 Acórdão n.º 9303000.229 CSRFT3 Fl. 438 5 Com essas considerações, voto no sentido de negar provimento ao recurso apresentado pela Fazenda Nacional. Henrique Pinheiro Torres Fl. 470DF CARF MF Impresso em 10/01/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 07/12/2012 por CLEUZA TAKAFUJI, Assinado digitalmente em 11/12/2012 por HENRIQUE PINHEIRO TORRES, Assinado digitalmente em 28/12/2012 por CARLOS ALBERTO FREITAS BARRETO
score : 1.0
Numero do processo: 10580.728734/2009-73
Turma: Primeira Turma Ordinária da Quarta Câmara da Segunda Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Thu Jun 21 00:00:00 UTC 2012
Data da publicação: Mon Jan 07 00:00:00 UTC 2013
Ementa: Assunto: Contribuições Sociais Previdenciárias
Período de apuração: 01/01/2005 a 31/12/2006
AUTO DE INFRAÇÃO - DESCUMPRIMENTO DE OBRIGAÇÃO ACESSÓRIA - RUBRICA ESPECÍFICA. ARRECADAÇÃO PARCIAL. INEXISTÊNCIA DA INFRAÇÃO. Não se configura a infração consistente em deixar de arrecadar mediante desconto das remunerações, as contribuições dos segurados, quando o sujeito passivo deixa de arrecadar apenas as contribuições incidentes sobre verbas que entende não serem passíveis de tributação.
Recurso Voluntário Provido.
Numero da decisão: 2401-002.528
Decisão: Acordam os membros do colegiado, por maioria de votos, dar provimento ao recurso. Vencidos os conselheiros Kleber Ferreira de Araújo e Elaine Cristina Monteiro e Silva Vieira, que negavam.
Elias Sampaio Freire - Presidente
Marcelo Freitas de Souza Costa Relator
Participaram do presente julgamento os conselheiros: Elias Sampaio Freire; Rycardo Henrique Magalhães de Oliveira; Kleber Ferreira de Araújo; Igor de Araújo Soares, Elaine Cristina Monteiro e Silva Vieira e Marcelo Freitas de Souza Costa.
Nome do relator: MARCELO FREITAS DE SOUZA COSTA
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ementa_s : Assunto: Contribuições Sociais Previdenciárias Período de apuração: 01/01/2005 a 31/12/2006 AUTO DE INFRAÇÃO - DESCUMPRIMENTO DE OBRIGAÇÃO ACESSÓRIA - RUBRICA ESPECÍFICA. ARRECADAÇÃO PARCIAL. INEXISTÊNCIA DA INFRAÇÃO. Não se configura a infração consistente em deixar de arrecadar mediante desconto das remunerações, as contribuições dos segurados, quando o sujeito passivo deixa de arrecadar apenas as contribuições incidentes sobre verbas que entende não serem passíveis de tributação. Recurso Voluntário Provido.
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decisao_txt : Acordam os membros do colegiado, por maioria de votos, dar provimento ao recurso. Vencidos os conselheiros Kleber Ferreira de Araújo e Elaine Cristina Monteiro e Silva Vieira, que negavam. Elias Sampaio Freire - Presidente Marcelo Freitas de Souza Costa Relator Participaram do presente julgamento os conselheiros: Elias Sampaio Freire; Rycardo Henrique Magalhães de Oliveira; Kleber Ferreira de Araújo; Igor de Araújo Soares, Elaine Cristina Monteiro e Silva Vieira e Marcelo Freitas de Souza Costa.
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ARRECADAÇÃO PARCIAL. INEXISTÊNCIA DA INFRAÇÃO. Não se configura a infração consistente em deixar de arrecadar mediante desconto das remunerações, as contribuições dos segurados, quando o sujeito passivo deixa de arrecadar apenas as contribuições incidentes sobre verbas que entende não serem passíveis de tributação. Recurso Voluntário Provido. Acordam os membros do colegiado, por maioria de votos, dar provimento ao recurso. Vencidos os conselheiros Kleber Ferreira de Araújo e Elaine Cristina Monteiro e Silva Vieira, que negavam. Elias Sampaio Freire Presidente Marcelo Freitas de Souza Costa – Relator AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 58 0. 72 87 34 /2 00 9- 73 Fl. 149DF CARF MF Impresso em 07/01/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 11/12/2012 por AMARILDA BATISTA AMORIM, Assinado digitalmente em 13/12/2 012 por MARCELO FREITAS DE SOUZA COSTA, Assinado digitalmente em 18/12/2012 por ELIAS SAMPAIO FREIRE 2 Participaram do presente julgamento os conselheiros: Elias Sampaio Freire; Rycardo Henrique Magalhães de Oliveira; Kleber Ferreira de Araújo; Igor de Araújo Soares, Elaine Cristina Monteiro e Silva Vieira e Marcelo Freitas de Souza Costa. Fl. 150DF CARF MF Impresso em 07/01/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 11/12/2012 por AMARILDA BATISTA AMORIM, Assinado digitalmente em 13/12/2 012 por MARCELO FREITAS DE SOUZA COSTA, Assinado digitalmente em 18/12/2012 por ELIAS SAMPAIO FREIRE Processo nº 10580.728734/200973 Acórdão n.º 2401002.528 S2C4T1 Fl. 150 3 Relatório Tratase de Auto de Infração lavrado contra o contribuinte acima identificado, com fundamento na inobservância da obrigação tributária acessória prevista na Lei nº 8.212/1991, no art. 30, I, “a”, que consiste em deixar de arrecadar, mediante desconto das remunerações, as contribuições dos segurados empregados. De acordo com o Relatório Fiscal, a empresa não efetuou o desconto relativo à parte dos segurados incidente sobre as bolsas de estudo a dependentes de empregados (ajuda escolar) que lhe prestaram serviços. Inconformada com a decisão de fls. 94/103, a empresa apresentou recurso onde alega em apertada síntese; Que bolsa de estudos paga aos dependentes dos trabalhadores não representa ganho econômico ao empregado e, ainda que assim o fosse, não seriam eles habituais, o que impede a concretização da regra matriz de incidência tributária; Defende que os valores lançados não representam ganhos financeiros para os empregados, mas, sim, para o Estado, a quem a Constituição Federal impôs o dever de prover ensino infantil e fundamental a todos os cidadãos; Afirma que a Consolidação das Leis do Trabalho CLT dispõe expressamente que a educação concedida sob a forma de matrícula, mensalidade, material didático , em estabelecimento próprio ou de terceiro, não deve ser considerada como salário. É o que se depreende da leitura do já citado artigo 458 da CLT, segundo o qual não será considerada como salário a seguinte utilidade concedidas pelo empregador: (...) "educação, em estabelecimento de ensino próprio ou de terceiros, compreendendo os valores relativos a matrícula, mensalidade, anuidade, livros e material didático". Que a isenção prevista no artigo 28, §9°, "t" da Lei 8.212/91 abarca também os supostos ganhos obtidos com bolsas de estudo concedidas a dependentes dos empregados das pessoas jurídicas. No que se refere à interpretação literal das normas isentivas, impendese esclarecer o real significado da expressão "interpretase literalmente" contida no artigo 111 do CTN. Interpretar uma norma de forma literal não significa restringir a interpretação, mas sim interpretar com liberdade sem violar o comando da norma, de forma capaz de garantir a finalidade à qual a norma se propõe dentro do ordenamento jurídico em que foi e em que se encontra inserida. Entende que o artigo 28, § 9º da Lei no 8.212/91, retira da prestação educacional concedida pelo empregador qualquer natureza salarial e, levando em consideração a natureza assistencial da prestação de ensino concedida pela Recorrente, no lugar do Estado, não há como se caracterizar a educação dos dependentes de professores e empregados como salário indireto, mesmo porque a utilidade concedida não objetivou remunerálos, efetivamente, pois o valor da bolsa não é deduzido do salário. Cita doutrina e jurisprudência para defender este entendimento. Fl. 151DF CARF MF Impresso em 07/01/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 11/12/2012 por AMARILDA BATISTA AMORIM, Assinado digitalmente em 13/12/2 012 por MARCELO FREITAS DE SOUZA COSTA, Assinado digitalmente em 18/12/2012 por ELIAS SAMPAIO FREIRE 4 Requer o acolhimento do recurso para reformar a decisão de primeira instância ante patente não incidência de contribuições previdenciárias sobre as bolsas de estudos concedidas aos dependentes dos empregados, por não representarem ganhos, não serem habituais e por estarem abarcadas pela isenção prevista no art. 28, § 9º, “t” da Lei 8212/91. É o relatório. Fl. 152DF CARF MF Impresso em 07/01/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 11/12/2012 por AMARILDA BATISTA AMORIM, Assinado digitalmente em 13/12/2 012 por MARCELO FREITAS DE SOUZA COSTA, Assinado digitalmente em 18/12/2012 por ELIAS SAMPAIO FREIRE Processo nº 10580.728734/200973 Acórdão n.º 2401002.528 S2C4T1 Fl. 151 5 Voto Conselheiro Marcelo Freitas de Souza Costa Relator O recurso é tempestivo e estão presentes os pressupostos de admissibilidade. O presente autuação foi efetuado em face da recorrente não efetuar o desconto relativo à parte dos segurados incidente sobre as bolsas de estudo a dependentes de empregados (ajuda escolar). Aduz a recorrente que tais valores não estão sujeitos à incidência de contribuições, posto que desvinculados dos salários de seus funcionários e desta forma, não haveria porque fazer o desconto de contribuições sobre estas verbas. Em que pese o entendimento da fiscalização acerca da suposta infração cometida, entendo não ser procedente a autuação ora sob análise. É que em recente julgamento proferido pela Câmara Superior do CARF nos autos do processo 37166.000545/200718, objeto de Recurso Especial da Fazenda Nacional, a matéria trazida nos presentes autos foi tratada, tendo como decisão o entendimento de que não há a ocorrência de infração, quando a empresa não efetua o desconto de rubrica que entende não se tratar de fato gerador, havendo o recolhimento quanto as demais. Vejamos como foi tratado o assunto naquela Turma da Câmara Superior, através do voto condutor proferido pelo Conselheiro Francisco Assis de Oliveira Júnior: .... Destaquese que a controvérsia trazida a esta Turma da Câmara Superior limitase a existência ou não de contrariedade à lei no tocante à decisão recorrida ter considerado que não caracteriza a infração prevista na alínea “a”, inciso I, do art. 30 da Lei nº 8.212, de 1991, o fato de a empresa ter deixado de arrecadar a parte devida pelo segurado empregado no tocante a rubricas específicas que a empresa inicialmente entendeu não se constituir em fatos geradores das contribuições previdenciárias. Registrese que o auto de infração, no tocante às contribuições previdenciárias, tem como fato gerador o não cumprimento de obrigação acessória, assim compreendida aquela que decorre da legislação tributária e tem por objeto as prestações, positivas ou negativas, nela previstas e de interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos. Tais obrigações têm natureza instrumental, isto é, prestamse a auxiliar a execução das atividades arrecadadora e fiscalizadora dos entes tributantes, contudo, e isso não pode deixar de ser rememorado, são autônomas, inexistindo, nesse contexto, o sentido de que o acessório segue o principal, conforme bem ressaltado pela Fazenda Nacional. Fl. 153DF CARF MF Impresso em 07/01/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 11/12/2012 por AMARILDA BATISTA AMORIM, Assinado digitalmente em 13/12/2 012 por MARCELO FREITAS DE SOUZA COSTA, Assinado digitalmente em 18/12/2012 por ELIAS SAMPAIO FREIRE 6 O dispositivo contrariado referese “a”, inciso I, do art. 30 da Lei nº 8.212, de 1991: Art. 30. A arrecadação e o recolhimento das contribuições ou de outras importâncias devidas à Seguridade Social obedecem às seguintes normas: (Redação dada pela Lei n° 8.620, de 5.1.93) I a empresa é obrigada a: a) arrecadar as contribuições dos segurados empregados e trabalhadores avulsos a seu serviço, descontandoas da respectiva remuneração; O acórdão recorrido definiu que a empresa descumpriu a legislação previdenciária ao deixar de descontar de seus empregados o percentual que seria devido em relação à rubrica prêmios e bonificações pagos por meio do cartão de crédito administrado pela empresa Incentive House S.A . Assentese que o descumprimento da obrigação acessória reportase a uma ilicitude de natureza formal. A lei descreve uma ação que, no momento em que o agente pratica a situação descrita, independentemente do resultado, caracteriza a ofensa à lei autorizando a conversão da obrigação acessória em uma obrigação principal em razão da necessária aplicação da penalidade pecuniária. Segundo penso, não assiste razão à Fazenda Nacional. Conforme consta no relatório fiscal da infração, fl. 6, a ação praticada pela empresa não se subsume à norma descrita pela lei. De acordo com o texto legal, a infração consiste em não arrecadar as contribuições, o que de fato não ocorreu, pois em relação às demais rubricas o sujeito passivo cumpriu a norma, deixando de efetuar o desconto apenas em relação ao que considerou não se constituiu fato gerador da obrigação previdenciária. Conforme tenho sustentado em outros julgamentos, não creio que o tratamento isolado em relação às diversas rubricas que compõe o salário de contribuição revelese como a forma correta de aplicação da norma. Creio que a solução mais adequada deve considerar a regra matriz relacionada efetivamente à definição de qual seria a base de cálculo das contribuições previdenciárias. Nesse sentido, observamos que à luz do que dispõe o inciso I do art. 22 da Lei nº 8.212, de 1991, o elemento jurídico a ser considerado para efeito de análise do do cumprimento da obrigação referese à remuneração total paga, devida ou creditada aos segurados pelo empregador: Art. 22. A contribuição a cargo da empresa, destinada à Seguridade Social, além do disposto no art. 23, é de: 6 I vinte por cento sobre o total das remunerações pagas, devidas ou creditadas a qualquer título, durante o mês, aos segurados empregados e trabalhadores avulsos que lhe prestem serviços, destinadas a retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua forma, Fl. 154DF CARF MF Impresso em 07/01/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 11/12/2012 por AMARILDA BATISTA AMORIM, Assinado digitalmente em 13/12/2 012 por MARCELO FREITAS DE SOUZA COSTA, Assinado digitalmente em 18/12/2012 por ELIAS SAMPAIO FREIRE Processo nº 10580.728734/200973 Acórdão n.º 2401002.528 S2C4T1 Fl. 152 7 inclusive as gorjetas, os ganhos habituais sob a forma de utilidades e os adiantamentos decorrentes de reajuste salarial, quer pelos serviços efetivamente prestados, quer pelo tempo à disposição do empregador ou tomador de serviços, nos termos da lei ou do contrato ou, ainda, de convenção ou acordo coletivo de trabalho ou sentença normativa. (Redação dada pela Lei nº 9.876, de 1999). Vêse, portanto, que, se eventualmente o sujeito passivo não recolhe o tributo em relação a determinada rubrica que acredita não ter incidência da contribuição previdenciária, tal fato não implica em descumprimento da obrigação de arrecadação em relação à remuneração vista de maneira integral. Em verdade, o fracionamento dessas rubricas revelase necessário para identificação dos requisitos estabelecidos para verificação da não incidência do salário de contribuição em conformidade com as inúmeras previsões do § 9º do art. 28 da Lei nº 8.212, de 1991. Contudo, o conjunto de situações específicas que caracterizam a contraprestação onerosa do empregado pela empresa em nada altera a natureza jurídica de cada uma dessas rubricas que são, em seu conjunto, a remuneração devida ao segurado. Em outras palavras, cada rubrica é espécie do gênero remuneração. Desse modo, se houve arrecadação, isto é, desconto da parte do segurado em relação às demais rubricas, não há que se falar em obrigação descumprida no tocante a uma rubrica específica. Ante o exposto VOTO no sentido de NEGAR PROVIMENTO AO RECURSO ESPECIAL interposto pela FAZENDA NACIONAL No presente caso, temos a mesma situação, já que a os valores pagos não foram lançados na contabilidade da empresa como parte integrante da remuneração, ou seja, tais valores não eram entendidos pela empresa como sujeitos à incidência de contribuições previdenciárias, sendo certo que com relação às demais rubricas houve o desconto e recolhimento. Ante ao exposto, VOTO no sentido de CONHECER DO RECURSO e no mérito DARLHE PROVIMENTO Marcelo Freitas de Souza Costa Fl. 155DF CARF MF Impresso em 07/01/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 11/12/2012 por AMARILDA BATISTA AMORIM, Assinado digitalmente em 13/12/2 012 por MARCELO FREITAS DE SOUZA COSTA, Assinado digitalmente em 18/12/2012 por ELIAS SAMPAIO FREIRE
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Numero do processo: 11613.000058/2009-16
Turma: Segunda Turma Ordinária da Segunda Câmara da Terceira Seção
Câmara: Segunda Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Thu Nov 29 00:00:00 UTC 2012
Data da publicação: Mon Jan 07 00:00:00 UTC 2013
Ementa: Assunto: Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico - CIDE
Data do fato gerador: 22/10/2008, 12/11/2008
NAFTA UTILIZADA POR CENTRAL PETROQUÍMICA. DESTINAÇÃO CARACTERIZADA. FORMULAÇÃO RESIDUAL DE GASOLINA.
Restando comprovado nos autos que a nafta importada não se destina à produção de gasolina, mas sim à produção de petroquímicos básicos, ficando caracterizada a formulação residual de gasolina como subproduto necessário ao processo produtivo, não há porque excluir a nafta petroquímica importada do benefício da tributação da CIDE à alíquota zero, previsto no §3º do art. 5º da Lei nº 10.336/2001, regulamentado pelo Decreto nº. 4.940/2003.
Recurso de ofício negado.
Numero da decisão: 3202-000.602
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso de ofício. Os Conselheiros Rodrigo Cardozo Miranda e Gilberto de Carsto Moreira Júnior declararam-se impedidos. Fez sustentação oral, pela contribuinte, o advogado Luiz Paulo Romano, OAB/DF nº. 14.303.
Irene Souza da Trindade Torres Presidente e Relatora
Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros Irene Souza da Trindade Torres, Luís Eduardo Garrossino Barbieri, Charles Mayer de Castro Souza, Thiago Moura de Albuquerque Alves e Adriana Oliveira e Ribeiro.
Nome do relator: IRENE SOUZA DA TRINDADE TORRES
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DESTINAÇÃO CARACTERIZADA. FORMULAÇÃO RESIDUAL DE GASOLINA. Restando comprovado nos autos que a nafta importada não se destina à produção de gasolina, mas sim à produção de petroquímicos básicos, ficando caracterizada a formulação residual de gasolina como subproduto necessário ao processo produtivo, não há porque excluir a nafta petroquímica importada do benefício da tributação da CIDE à alíquota zero, previsto no §3º do art. 5º da Lei nº 10.336/2001, regulamentado pelo Decreto nº. 4.940/2003. Recurso de ofício negado. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso de ofício. Os Conselheiros Rodrigo Cardozo Miranda e Gilberto de Carsto Moreira Júnior declararamse impedidos. Fez sustentação oral, pela contribuinte, o advogado Luiz Paulo Romano, OAB/DF nº. 14.303. Irene Souza da Trindade Torres – Presidente e Relatora Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros Irene Souza da Trindade Torres, Luís Eduardo Garrossino Barbieri, Charles Mayer de Castro Souza, Thiago Moura de Albuquerque Alves e Adriana Oliveira e Ribeiro. Relatório AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 11 61 3. 00 00 58 /2 00 9- 16 Fl. 335DF CARF MF Impresso em 07/01/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 21/12/2012 por IRENE SOUZA DA TRINDADE TORRES, Assinado digitalmente em 21/12/2012 por IRENE SOUZA DA TRINDADE TORRES 2 Trata a lide de Auto de Infração lavrado contra a empresa BRASKEM S/A (fls. 02/09), em 24/04/2009, para constituição de crédito tributário, no valor total de R$ 25.988.052,70, relativo à Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico – CIDE Combustível, aí inclusos o principal e os acréscimos legais (multa de ofício de 75% e juros de mora). De acordo com a descrição dos fatos constante do Auto de Infração, a contribuinte promoveu a importação de nafta petroquímica, por meio das DI nº 08/16724711, de 22/10/2008, e nº 08/18011267, de 12/11/2008, deixando de recolher a Cidecombustível, apesar da qualidade de indústria petroquímica produtora de gasolina. Afirma a autoridade autuante que a concessão da isenção da Cide Combustível está condicionada à comprovação da utilização da nafta petroquímica na produção de produtos petroquímicos que não sejam aqueles constantes do art. 3º da Lei nº 10.336/2001, quais sejam: i. gasolina e suas correntes, ii. diesel e suas correntes, iii. querosene de avião e outros querosenes, iv. óleos combustíveis, v. gás liquefeito de petróleo, inclusive o derivado de gás natural e de nafta e vi. álcool etílico combustível. Aduz ainda, que, por meio do “Relatório de Produção de Gasolina Automotiva nos Processos Industriais da Braskem/Unib” e da “Relação entre a Venda de Gasolina Automotiva e a Importação de Nafta pela Braskem/Unib”, ambos elaborados por empresa independente a pedido da interessada, temse confirmado que a contribuinte, efetivamente, produz gasolina a partir de naftas e que, “desta forma (...) a empresa fica impedida de comprovar a não utilização de Nafta na produção, pois, como é um fato futuro a utilização de Nafta importada, (...) somente se a Braskem S/A não produzisse gasolina é que seria capaz de se ter uma efetiva comprovação da não utilização exigida “ para a concessão da isenção. Inconformada, a autuada apresentou impugnação (fls. 34/57), cujas alegações de defesa bem assim sintetizou a autoridade julgadora a quo: “a) a requerente é empresa petroquímica, não tendo como finalidade precípua a produção de gasolina automotiva, sendo que durante o processo de fabricação dos produtos petroquímicos, a gasolina é obtida residualmente como subproduto, que em parte é utilizada no próprio processo produtivo, sendo recolhida a Cide quando da venda da outra parcela deste combustível; b) o Decreto n° 4.940/2003 reduziu a zero a alíquota da Cide na importação de correntes de hidrocarbonetos líquidos não destinados à formulação de gasolina ou diesel, dentre elas, a nafta petroquímica; c) o Decreto nº 6.683/2008. publicado em 10/12/2008, confirma que a mera produção residual de gasolina decorrente da industrialização de nafta, em volume até 12% da produção total, não afasta a aplicação da alíquota zero, referente à Cide na importação; d) a autuação deve basearse na realidade dos fatos ocorridos, sendo ilegal o uso da presunção como meio de prova, ou seja, que a importação de nafta tenha sido destinada à produção de gasolina e não de produtos petroquímicos, não havendo prova dessa alegação, mas mera interpretação subjetiva; e) a compensação de valores eventualmente recolhidos a título de Cide na importação não seria instrumento eficaz e justo para estabelecer a neutralidade tributária, pois o montante de tributos federais devidos seria bem menor do que o Fl. 336DF CARF MF Impresso em 07/01/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 21/12/2012 por IRENE SOUZA DA TRINDADE TORRES, Assinado digitalmente em 21/12/2012 por IRENE SOUZA DA TRINDADE TORRES Processo nº 11613.000058/200916 Acórdão n.º 3202000.602 S3C2T2 Fl. 321 3 total da Cide paga na importação, de modo que a requerente ficaria com um saldo credor cuja compensação seria impossível; f) o objetivo do legislador ao instituir a dispensa de recolhimento da Cide na importação de nafta petroquímica é o de favorecer a indústria petroquímica, setor estratégico da indústria nacional, elo inicial de extensa cadeia produtiva; g) é inaplicável a taxa Selic, para cálculo dos juros de mora, em razão da sua inconstitucionalidade.” A DRJFortaleza/CE, em sessão realizada em 30/09/2009, decidiu converter o julgamento em diligência, para que fossem respondidos os quesitos formulados às fls. 114/115, o que culminou com a elaboração do Parecer Técnico constante às fls. 208/219. Diante dos elementos constantes dos autos, aquela DRJ julgou procedente a impugnação (fls. 293/311), em decisão cuja ementa abaixo reproduzse: Assunto: Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico CIDE Data do fato gerador: 12/11/2008 NAFTA UTILIZADA POR CENTRAL PETROQUÍMICA. DESTINAÇÃO CARACTERIZADA. FORMULAÇÃO RESIDUAL DE GASOLINA. Restando comprovado que a nafta importada foi efetivamente destinada à o produção de produtos petroquímicos, a formulação residual de gasolina, demonstrada nos autos por prova pericial como inerente ao ciclo produtivo destes, não tem o condão de descaracterizar a incidência de alíquota zero. Impugnação procedente. Crédito tributário exonerado. Da decisão, recorre a DRJFortaleza/CE de ofício, em razão de o crédito tributário exonerado ser superior ao limite de alçada É o Relatório. Voto Conselheira Irene Souza da Trindade Torres, Relatora Ao teor do relatado, chegam os autos, para apreciação deste Colegiado, em razão de recurso de ofício interposto pela DRJFortaleza/CE, por haver aquele órgão julgador exonerado a contribuinte BRASKEM S/A de crédito tributário em valor superior ao limite de alçada. Fl. 337DF CARF MF Impresso em 07/01/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 21/12/2012 por IRENE SOUZA DA TRINDADE TORRES, Assinado digitalmente em 21/12/2012 por IRENE SOUZA DA TRINDADE TORRES 4 A autuação deveuse ao fato de ter a Fiscalização entendido que a nafta petroquímica importada pela contribuinte, pelo fato desta produzir gasolina, não estaria albergada pela isenção prevista no §4º do art. 5º da Lei nº. 10.336/2001. Dispõe a Lei nº. 10.336/2001: Art. 1o Fica instituída a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico incidente sobre a importação e a comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados, e álcool etílico combustível (Cide), a que se refere os arts. 149 e 177 da Constituição Federal, com a redação dada pela Emenda Constitucional nº33, de 11 de dezembro de 2001. Art. 2o São contribuintes da Cide o produtor, o formulador e o importador, pessoa física ou jurídica, dos combustíveis líquidos relacionados no art. 3o. ......................................................................................................... Art. 3o A Cide tem como fatos geradores as operações, realizadas pelos contribuintes referidos no art. 2o, de importação e de comercialização no mercado interno de: I – gasolinas e suas correntes; II diesel e suas correntes; III – querosene de aviação e outros querosenes; IV óleos combustíveis (fueloil); V gás liqüefeito de petróleo, inclusive o derivado de gás natural e de nafta; e VI álcool etílico combustível ......................................................................................................... Art. 5o A Cide terá, na importação e na comercialização no mercado interno, as seguintes alíquotas específicas:(Redação dada pela Lei nº 10.636, de 2002) ................................................................................................... § 1o Aplicamse às correntes de hidrocarbonetos líquidos que, pelas suas características físicoquímicas, possam ser utilizadas exclusivamente para a formulação de diesel, as mesmas alíquotas específicas fixadas para o produto § 2o Aplicamse às demais correntes de hidrocarbonetos líquidos utilizadas para a formulação de diesel ou de gasolinas as mesmas alíquotas específicas fixadas para gasolinas. § 2o Aplicamse às correntes de hidrocarbonetos líquidos as mesmas alíquotas específicas fixadas para gasolinas. (Redação dada pela Lei nº 10.833, de 2003) § 3o As correntes de hidrocarbonetos líquidos não destinadas à produção ou formulação de gasolinas ou diesel serão Fl. 338DF CARF MF Impresso em 07/01/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 21/12/2012 por IRENE SOUZA DA TRINDADE TORRES, Assinado digitalmente em 21/12/2012 por IRENE SOUZA DA TRINDADE TORRES Processo nº 11613.000058/200916 Acórdão n.º 3202000.602 S3C2T2 Fl. 322 5 identificadas mediante marcação, nos termos e condições estabelecidos pela ANP. § 3o O Poder Executivo poderá dispensar o pagamento da Cide incidente sobre as correntes de hidrocarbonetos líquidos não destinados à formulação de gasolina ou diesel, nos termos e condições que estabelecer, inclusive de registro especial do produtor, formulador, importador e adquirente. (Redação dada pela Lei nº 10.833, de 2003) 4o Fica isenta da Cide a nafta petroquímica, importada ou adquirida no mercado interno, destinada à elaboração, por central petroquímica, de produtos petroquímicos não incluídos no caput deste artigo, nos termos e condições estabelecidos pela ANP. §4o Os hidrocarbonetos líquidos de que trata o § 3o serão identificados mediante marcação, nos termos e condições estabelecidos pela ANP. (Redação dada pela Lei nº 10.833, de 2003) § 5o Presumese como destinado a produção de gasolina nafta, adquirida ou importada na forma do § 4o, cuja utilização na elaboração do produto ali referido não seja comprovada.(Revogado pela Lei nº 10.833, de 2003) § 6o Na hipótese do § 5o a Cide incidente sobre a nafta será devida na data de sua aquisição ou importação, pela central petroquímica. (Revogado pela Lei nº 10.833, de 2003) Logo de plano, é de se notar que, à época da ocorrência dos fatos geradores, em 2008, não mais estava vigente a isenção na importação ou na aquisição no mercado interno da nafta petroquímica, prevista no §4º do art. 5º da Lei nº. 10.336/2001, em razão da alteração promovida pela Lei nº 10.833/2003. Demais disso, restaram, ainda, revogados os §§5º e 6º do art. 5º da Lei nº 10.336/2001, de forma que, àquela época, não mais existia a presunção legal adotada pela Fiscalização, a qual alicerçou o entendimento de que a nafta importada destinava se à produção de gasolina. Assim, resta perquirir se, à época dos fatos geradores, a contribuinte fazia jus à dispensa de pagamento da CIDE prevista no §3º do art. 5º da Lei nº. 10.336/2001, a qual foi regulamentada pelo Decreto nº. 4.940/2003. O Decreto nº 4.940/2003, em seu art. 1º, reduziu a zero as alíquotas da CIDE Combustíveis incidente na importação e na comercialização sobre as correntes de hidrocarbonetos líquidos não destinadas à formulação de gasolina ou diesel, constantes da relação que indica. Dentre os códigos elencados, encontrase, logo de plano, o código 2710.11.41, correspondente à nafta petroquímica, produto objeto da importação ora analisada. Vejase: Decreto nº. 4.940/2003 O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe confere o art. 84, inciso IV, da Constituição, e tendo em vista o disposto no § 3o do art. 5o da Lei no 10.336, de 19 de dezembro de 2001, Fl. 339DF CARF MF Impresso em 07/01/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 21/12/2012 por IRENE SOUZA DA TRINDADE TORRES, Assinado digitalmente em 21/12/2012 por IRENE SOUZA DA TRINDADE TORRES 6 DECRETA: Art. 1o Ficam reduzidas a zero as alíquotas da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (CIDECombustíveis) incidente na importação e na comercialização sobre as correntes de hidrocarbonetos líquidos não destinadas à formulação de gasolina ou diesel, constantes da seguinte relação: Código NCM Produto 2710.11.41 Nafta petroquímica Assim, a nafta petroquímica, classificada no código 2710.11.41, não destinada à formulação de gasolina ou diesel, estava, à época dos fato geradores, tributada à alíquota zero. Vejase que, pela redação do § 3º da Lei nº 10.336/2001, a dispensa de pagamento prevista por aquela lei e regulamentada pelo Decreto nº.4.940/2003, somente seria aplicável às correntes de hidrocarbonetos líquidos não destinados à formulação de gasolina ou diesel. Pois bem, no caso concreto, entendeu a Fiscalização que, pelo fato de a contribuinte produzir gasolina, desde já estaria impossibilitada à comprovação de que a nafta importada não se destinava à formulação de gasolina. Vejase o que afirmou a autoridade autuante: (...) A Braskem S/A apresentou um Relatório de Produção de Gasolina Automotiva nos Processos Industriais da Braskem/Unib e a Relação entre a Venda de Gasolina Automotiva e a Importação de Nafta pela Braskem/Unib ambos desenvolvidos por empresa independente, a pedido da própria interessada. Nesses relatórios, tem se a confirmação de que a Braskem, efetivamente, produz gasolina a partir de naftas. Desta forma, e segundo entendimento da Inspetoria da Receita Federal do Porto de Aratu, a empresa fica impedida de comprovar a não utilização da Nafta na produção de gasolina, pois como é um fato futuro, a utilização da Nafta importada, o entendimento é de que somente se a Braskem S/A não produzisse gasolina é que seria capaz de se ter uma efetiva comprovação da não utilização exigida. (...) (Negrito não constante do original) Ao meu sentir, tal entendimento se mostra equivocado. O fato de a Braskem produzir gasolina não afasta, por si só, a possibilidade do benefício da tributação à alíquota zero. Isso porque somente a nafta petroquímica destinada à produção de gasolina é que estaria fora do benefício. O texto da lei fala em destinação, ou seja, aquela nafta reservada para o fim de produzir gasolina. Destinar, no Dicionário Aurélio, quer dizer determinar com antecipação, fixar previamente, designar, reservar para certo fim. Vejase, então, que, para estar excluída do benefício, é preciso que a nafta petroquímica seja destinada à finalidade de produzir gasolina, o que é diferente da nafta que, incidentalmente, produza gasolina como subproduto resultante do processo produtivo, como é o caso. Fl. 340DF CARF MF Impresso em 07/01/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 21/12/2012 por IRENE SOUZA DA TRINDADE TORRES, Assinado digitalmente em 21/12/2012 por IRENE SOUZA DA TRINDADE TORRES Processo nº 11613.000058/200916 Acórdão n.º 3202000.602 S3C2T2 Fl. 323 7 O Parecer Técnico de fls. 208/219, elaborado em razão da diligência solicitada pela DRJ, deixa claro que “a atividade principal da Braskem é a produção de insumos básicos petroquímicos (Eteno, Propeno, Butenos, etc), além de utilidades (águas industriais, nitrogênio, ar comprimido, vapor de alta e média pressão, etc) para atender às necessidades de diversas outras indústrias instaladas [no] Complexo Industrial” e que, de acordo com as características e condições do processo industrial analisado, é obrigatória a produção de gasolina “como forma de utilização completa de todas as correntes obtidas”. Referido Parecer afirma, ainda, que “ a formulação de gasolina a partir dos subprodutos gerados durante o processamento é necessária como forma de maximizar economicamente todo o processo envolvendo a Nafta Petroquímica. A não formulação de gasolina, com os subprodutos, conduz a usos menos nobres desses citados subprodutos (queima como combustível).” E mais: que “a quantidade total de Gasolina produzida, tomandose como base apenas a nafta petroquímica processada, encontrase sempre abaixo de 10% do volume total da Nafta Petroquímica adquirida.” Assim, restou claramente comprovado nos autos que a nafta petroquímica importada não se destinava à formulação de gasolina, conforme entendeu a Fiscalização, mas sim à produção de petroquímicos básicos (eteno, propeno, butenos, etc). Na produção desses petroquímicos são gerados vários subprodutos, dentre os quais a gasolina, cuja formulação se mostra como resultado necessário à obtenção dos referidos petroquímicos básicos, como forma de maximixação dos processos produtivos. Destarte, acertada a declaração de voto constante à fls. 301/311, a qual demonstra, claramente, a inviabilidade de se transferir ao contribuinte o ônus de comprovação de utilização futura do produto, que sofre a ação de diversos mecanismos de controle impostos pela Administração Pública. Vejase: “(...) dentre as correntes [de hidrocarbonetos] referidas nos incs. I e II do art. 3º existem aquelas que tanto podem ser utilizadas na produção de gasolina ou diesel, como também para outras finalidades. Assim, os §§ 3º e 4º, do art. 5º, da mesma lei, com a alteração introduzida pela Lei nº 10.833/03 vieram reforçar que: Art. 5º [...]. [...]. § 3º O Poder Executivo poderá dispensar o pagamento da Cide incidente sobre as correntes de hidrocarbonetos líquidos não destinados à formulação de gasolina ou diesel, nos termos e condições que estabelecer, inclusive de registro especial do produtor, formulador, importador e adquirente. § 4º Os hidrocarbonetos líquidos de que trata o § 3º serão identificados mediante marcação, nos termos e condições estabelecidos pela ANP. [Destaquei]. Duas conclusões podem ser tiradas de imediato desses dispositivos: Fl. 341DF CARF MF Impresso em 07/01/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 21/12/2012 por IRENE SOUZA DA TRINDADE TORRES, Assinado digitalmente em 21/12/2012 por IRENE SOUZA DA TRINDADE TORRES 8 1ª) a possibilidade da dispensa de pagamento da Cide, a que a lei se refere no § 3º, está imediatamente relacionada ao produto “hidrocarbonetos líquidos não destinados à formulação de gasolina ou diesel” e não à qualidade do sujeito passivo; 2ª) a lei procurou garantir o controle da concessão da dispensa quando no § 4º tratou de determinar que os hidrocarbonetos líquidos, sobre os quais ocorreu a dispensa da Cide, fossem marcados “nos termos e condições estabelecidos pela ANP”. Antes mesmo da publicação da Lei nº 10.336/01, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíves (ANP), entidade integrante da Administração Federal Indireta, órgão regulador da indústria do petróleo, gás natural, seus derivados e biocombustíveis, vinculado ao Ministério de Minas e Energia, no uso das atribuições que lhe foram conferidas pela já referenciada Lei nº 9.478/97, havia editado a Portaria ANP nº 274, de 01/11/01 (DOU 05/11/01), onde, entre outras, estabeleceu a definição de Produtos de Marcação Compulsória (PMC) (art. 1º, inc. II) e determinou a obrigatoriedade de marcação dos PMC, tanto pelos produtores nacionais como pelos importadores e que a marcação de PMC importado deveria ocorrer no local e no momento de sua internação no País (art. 2º, caput, e § 2º). Registrese que no site da ANP pode ser encontrada a seguinte explicação para a marcação compulsória de produtos1: MARCAÇÃO COMPULSÓRIA DE PRODUTOS APRESENTAÇÃO A Lei nº 10.336, de 19 de dezembro de 2001, estabelece que correntes de hidrocarbonetos líquidos não destinados à formulação de gasolina ou diesel poderão ser dispensados de contribuição da Cidecombustíveis se forem identificados mediante marcação nos termos e condições estabelecidos pela ANP. A ANP denomina as correntes de hidrocarbonetos líquidos não destinados à formulação de gasolina ou diesel como Produtos de Marcação Compulsória (PMC). A marcação consiste na adição de marcador aos PMC no momento de sua internação no País, ou na saída da unidade produtora ou da distribuidora. As amostras de gasolina coletadas em postos revendedores de combustíveis pelo Programa de Monitoramento da Qualidade dos Combustíveis (PMQC) da ANP, pela fiscalização da Agência e por órgãos conveniados com a ANP são encaminhadas para o laboratório (contratado pela ANP para realização de análises do PMQC) mais próximo do local da coleta e submetidas à análise de detecção de presença de marcador. [Sublinhei] 1 http://www.anp.gov.br/?pg=16344&m=&t1=&t2=&t3=&t4=&ar=&ps=&cachebust=1317040002139. Consulta realizada em 26/09/11. Fl. 342DF CARF MF Impresso em 07/01/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 21/12/2012 por IRENE SOUZA DA TRINDADE TORRES, Assinado digitalmente em 21/12/2012 por IRENE SOUZA DA TRINDADE TORRES Processo nº 11613.000058/200916 Acórdão n.º 3202000.602 S3C2T2 Fl. 324 9 Atualmente, o art. 2º, inc. I, da Resolução ANP nº 13, de 09/06/09 (DOU 10/06/09) (que alterou o art. 1º, inc. II, da Portaria ANP nº 274/01) traz a definição técnica de PMC, nos seguintes termos: Art. 2º Para os fins desta Resolução ficam estabelecidas as seguintes definições: I Produtos de Marcação Compulsória (PMC) hidrocarbonetos derivados de frações resultantes do processamento de petróleo, de gás natural, de frações de indústrias petroquímicas, passíveis de serem utilizados como dissolventes de substâncias sólidas e/ou líquidas, puros ou em mistura, cuja faixa de destilação tenha seu ponto inicial de ebulição superior a 25ºC e ponto final de ebulição inferior a 280ºC, com exceção de qualquer tipo de gasolina, querosene de aviação ou óleo diesel especificados pela ANP; A resolução acima referida, que estabelece os requisitos necessários para o cadastramento de empresas interessadas em fornecer produto marcador, exercendo suas atividades no âmbito da marcação dos PMC indicados pela ANP, entre outras disposições também define no inc. VII, do mesmo art. 2º que o ponto de marcação é o local determinado pela ANP, onde é realizada a adição de marcador e abrange as unidades dos produtores nacionais, portos, terminais, estações aduaneiras e pontos de fronteira com o País. Interessante também trazer à lume parte do preâmbulo dessa Resolução ANP nº 13/09: [...] Considerando que a Lei nº 10.336, de 19 de dezembro de 2001, alterada pela Lei nº 10.833, de 29 de dezembro de 2003, estabelece, em seu art. 5º, § 4º, que os hidrocarbonetos líquidos não destinados à formulação de gasolina ou diesel serão identificados mediante marcação, nos termos e condições estabelecidos pela ANP; e Considerando que a Portaria ANP nº 274, de 1º de novembro de 2001, estabelece a obrigatoriedade de adição de marcador a solventes e a derivados de petróleo eventualmente indicados pela ANP, bem como a proibição da presença de marcador na gasolina. [...]. Vejase que essa introdução da resolução deixa bastante claro que o controle da destinação dos hidrocarbonetos líquidos será realizado mediante a marcação, ficando proibida a presença de tais marcadores na gasolina. No âmbito do Poder Executivo, com amparo legal do § 3º, do art. 5º, da Lei nº 10.336/01, também foi editado o Decreto nº 4.940, de 29/12/03, cujo art. 1º reduz a zero as alíquotas da CIDECombustíveis incidente na importação e na comercialização sobre as correntes de hidrocarbonetos líquidos não destinadas à formulação de gasolina ou diesel, constantes da relação que divulga. Entre os Fl. 343DF CARF MF Impresso em 07/01/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 21/12/2012 por IRENE SOUZA DA TRINDADE TORRES, Assinado digitalmente em 21/12/2012 por IRENE SOUZA DA TRINDADE TORRES 10 códigos elencados está o 2710.11.41, nafta petroquímica, produto objeto da importação aqui tratada. Mais uma vez, percebese que a redução a zero das alíquotas da Cide diz respeito aos produtos elencados e não à qualidade do sujeito passivo, como, aliás, não poderia deixar de ser, uma vez que um Decreto não pode extrapolar o que a lei determina. O benefício foi concedido para as correntes de hidrocarbonetos líquidos não destinadas à formulação de gasolina ou diesel, que são relacionadas no Decreto nº 4.940/03, importados por qualquer empresa autorizada pela ANP para tal, e não apenas para as centrais petroquímicas. O fato de uma empresa produzir gasolina ou diesel não afasta, por si só, a possibilidade dela vir a ser beneficiária da alíquota zero no produto importado, nafta petroquímica, com mais razão ainda se essa empresa for uma Central de MatériaPrima Petroquímica (CPQ). (...) O modo de viabilizar a concessão do benefício que a lei instituiu, sem que ocorra prejuízo aos controles a cargo da Administração Pública, é um problema que deve ser resolvido no âmbito desta e que não pode ser imposto como ônus ao contribuinte. Em particular, no que se refere a nafta petroquímica, temse que esse produto tanto pode ser utilizado para a formulação de gasolina ou diesel como no processo produtivo de uma CPQ [Central de MatériaPrima Petroquímica]. É o que se depreende do Ato Declaratório Interpretativo (ADI) SRF nº 34, de 28/12/04 que dispõe sobre a classificação fiscal da “nafta normalparafina”, da “normalparafina” e da “parafina”, bem como sobre a incidência ou não da Cide sobre essas mercadorias, estabelecendo no seu art. 1º que: Art. 1º A nafta petroquímica denominada “nafta normalparafina” classificase no código 2710.11.41 da Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM). § 1º A “nafta normalparafina” não deve ser tomada como equivalente a quaisquer querosenes e pode servir à formulação de gasolina ou diesel. § 2º Na hipótese de servir à formulação de gasolina ou diesel, a “nafta normalparafina” está sujeita à incidência da Contribuição de Intervenção do Domínio Econômico (Cide Combustíveis), instituída pela Lei nº 10.336, de 19 de dezembro de 2001, e regulada pela Instrução Normativa SRF nº 107, de 28 de dezembro de 2001. [...]. Notese que embora o ADI acima referenciado afirme a existência de uma nafta petroquímica denominada “nafta normalparafina” que serve para a formulação de gasolina ou diesel, o usual é que a nafta seja utilizada principalmente como matériaprima da indústria petroquímica ("nafta petroquímica" ou "nafta não energética") na produção de eteno e propeno, além de outras frações líquidas, como benzeno, tolueno e xilenos. Fl. 344DF CARF MF Impresso em 07/01/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 21/12/2012 por IRENE SOUZA DA TRINDADE TORRES, Assinado digitalmente em 21/12/2012 por IRENE SOUZA DA TRINDADE TORRES Processo nº 11613.000058/200916 Acórdão n.º 3202000.602 S3C2T2 Fl. 325 11 É o que explica o glossário disponível no site da ANP2, que classifica a nafta em apenas dois tipos: a nafta petroquímica ou nãoenergética e nafta energética, assim consignando: Nafta Derivado de petróleo utilizado principalmente como matériaprima da indústria petroquímica ("nafta petroquímica" ou "nafta nãoenergética") na produção de eteno e propeno, além de outras frações líquidas, como benzeno, tolueno e xilenos. A nafta energética é utilizada para geração de gás de síntese através de um processo industrial (reformação com vapor d'água). Este gás é utilizado na produção do gás canalizado doméstico. Nafta Petroquímica Ver Nafta. De qualquer modo, levando em conta o teor do ADI e do glossário da ANP, o que temos, no caso da naftapetroquímica, é um mesmo código de NCM abarcando um produto que pode servir a mais de uma utilização, sendo que em uma delas (utilização em gasolina ou diesel) ocorre a tributação normal e na outra (utilização como matériaprima em CPQ), redução a zero das alíquotas da Cidecombustíveis. Ora, essa questão, de um mesmo código de NCM dar guarida a produtos diversos, distintos nas suas qualidades intrínsecas ou extrínsecas é um problema enfrentado rotineiramente pelas autoridades administrativas encarregadas do controle aduaneiro e não representa nenhuma novidade na área. Relembrese, embora não tenha relação direta com o caso, mas apenas como exemplo, que foi em razão desse tipo de dificuldade que foi instituída, pela IN SRF nº 80, de 27/12/96, a Nomenclatura de Valor Aduaneiro e Estatística (NVE), de modo a poder distinguir produtos, que apesar de estarem classificados dentro de um mesmo subitem da NCM, na verdade possuem características que os distinguem substancialmente uns dos outros e que, justamente por essas diferenças, apresentam se com valores ou especificidades bastante distintos, fazendo com que, para que não haja prejuízo ao controle do valor aduaneiro e aos dados estatísticos de comércio exterior, o produto, para além da sua identificação em um determinado código da NCM, seja desdobrado em atributos e especificações. Voltando a fazer referência a controles a cargo da ANP, temse que esse órgão estabeleceu, no que diz respeito especificamente à naftapetroquímica, a regulamentação para a sua importação por meio da Portaria ANP nº 32, de 23/02/00 (DOU 24/02/00). É pertinente destacar que, referida portaria estabelece no seu art. 1º, caput e parágrafo único que “fica sujeito à prévia e expressa autorização da ANP a importação de nafta petroquímica” e que “somente será autorizada a importação de nafta petroquímica que seja destinada ao uso exclusivo como matériaprima para o processo produtivo de Central de MatériaPrima Petroquímica”. Por seu turno, os arts. 3º e 4º da mesma norma definem que: 2 http://www.anp.gov.br/?id=582#n. Consulta realizada em 23/09/11. Fl. 345DF CARF MF Impresso em 07/01/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 21/12/2012 por IRENE SOUZA DA TRINDADE TORRES, Assinado digitalmente em 21/12/2012 por IRENE SOUZA DA TRINDADE TORRES 12 Art. 3º. A autorização mencionada no artigo 1° fica condicionada a: I cadastramento da empresa ou do consórcio de empresas junto à ANP; e II anuência prévia da ANP, para cada carga de nafta petroquímica a ser importada. Art. 4º. O importador poderá solicitar autorização da ANP para uma programação semestral de importação de nafta petroquímica, ficando, na hipótese de deferimento dessa solicitação, dispensado da anuência de que trata o inciso II do artigo anterior. § 1º A solicitação de autorização mencionada no caput deste artigo deverá ser enviada à ANP com uma antecedência mínima de 30 (trinta) dias em relação à data prevista para o início da importação. § 2º O importador poderá solicitar mais de uma autorização semestral para a importação de nafta petroquímica, desde que possua contratos com mais de uma CPQ. Convém trazer à luz também o disposto no art. 11 da mesma Portaria ANP nº 32/00, que preconiza, in verbis: Art. 11. Quando a importação não for realizada diretamente por uma CPQ, o importador deverá instruir a solicitação de anuência prévia para cada carga ou a solicitação de autorização para uma programação semestral, com o pedido de aquisição da nafta petroquímica firmado entre o mesmo e uma CPQ. Notese que o código 2710.11.41 (“naftas para petroquímica”) se encontra elencado entre aqueles produtos sujeitos a licenciamento não automático, tendo como órgão anuente a ANP, situação que já se observava na data do fato gerador e que atualmente se encontra divulgada por meio da Portaria Secex nº 23, de 14/07/113. Vêse, portanto, que só são deferidas licenças de importação de nafta petroquímica para as empresas cadastradas (em caráter precário), junto à ANP. Essas empresas, autorizadas a importar, não precisam ser Centrais de MatériaPrima Petroquímica, mas têm que importar sob a condição de que a mercadoria será destinada ao uso exclusivo como matériaprima para o processo produtivo daquelas centrais, fazendo prova disso o(s) contrato(s) firmado(s) entre importador e CPQ. Ou seja, a autorização da importação de naftapetroquímica, materializada por meio do deferimento da Licença de Importação, pelo órgão da Administração Federal Indireta, legalmente instituído para tal, permite que no momento do despacho aduaneiro a autoridade da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) encontre respaldo para presumir que o produto foi importado por empresa autorizada pela ANP para tal atividade e que será destinado exclusivamente como matéria prima para o processo produtivo de Central de MatériaPrima Petroquímica, conforme exigência prévia condicionante do deferimento para a autorização de 3 Vide http://www.mdic.gov.br//arquivos/dwnl_1305913858.pdf (consulta realizada em 26/09/11). Fl. 346DF CARF MF Impresso em 07/01/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 21/12/2012 por IRENE SOUZA DA TRINDADE TORRES, Assinado digitalmente em 21/12/2012 por IRENE SOUZA DA TRINDADE TORRES Processo nº 11613.000058/200916 Acórdão n.º 3202000.602 S3C2T2 Fl. 326 13 importação, expressa no parágrafo único do art. 1º, c/c o teor dos arts. 3º e 4ºda referenciada Portaria ANP nº 32/00, todos já transcritos. Notese que, no mesmo sentido, o art. 6º da IN SRF nº 680, de 02/10/06 determina que: Art. 6º A verificação do cumprimento das condições e exigências específicas a que se refere o art. 512 do Decreto nº 4.543, de 26 de dezembro de 2002, inclusive daquelas que exijam inspeção da mercadoria, conforme estabelecido pelos competentes órgãos e agências da administração pública federal, será realizada exclusivamente na fase do licenciamento da importação. Observese que as disposições do art. 512, do Decreto nº 4.543/02, referidas no art. 6º da IN acima citado, encontramse atualmente exaradas nos mesmos termos no art. 572, do Decreto nº 6759/09, que revogou aquele: Art. 572. Quando se tratar de mercadoria sujeita a controle especial, a depósito ou a pagamento de qualquer ônus financeiro ou cambial, o desembaraço aduaneiro dependerá do prévio cumprimento dessas exigências (DecretoLei nº 37, de 1966, arts. 47 e 48, com a redação dada pelo DecretoLei no 2.472, de 1988, art. 2º). Vêse pelo que até agora foi explicado que a importação seja de nafta petroquímica, em particular, ou de petróleo e qualquer de seus derivados, em geral, é uma operação que se submete a um controle rigoroso por parte das legislação nacional, desde a Constituição Federal, até normas infralegais. Tal qual acontece na importação de outros produtos sensíveis, como por exemplo armas e munições, certos insumos farmacêuticos..., o produto em comento somente recebe licença para ser importado após análise prévia do órgão anuente (licenciamento não automático). Não havendo razões para se concluir pela irregularidade na emissão da Licença de Importação, essa deve ser acatada no momento do despacho aduaneiro, sem prejuízo de controles a posteriori dos órgãos, no âmbito de suas respectivas atribuições legais. Ou seja, não se quer com isso, por óbvio, afastar o poder/dever das autoridades competentes de verificar posteriormente se não há desvios que descaracterizem o benefício fiscal concedido, mas, repitase, o modo de viabilizar a concessão do benefício que a lei instituiu, sem que ocorra prejuízo aos controles a cargo da Administração Pública é um problema que deve ser resolvido no âmbito desta e que não pode ser imposto como ônus ao contribuinte. Notese que a marcação compulsória das correntes de hidrocarbonetos líquidos não destinados à formulação de gasolina ou diesel objetiva viabilizar uma fiscalização a posteriori da destinação que foi dada ao produto, mas não representa garantia que não haverá desvios. Assim, não há meios de previamente provar qual o destino que será dado àqueles produtos. Se existissem esses meios, não seria necessário todo o aparato de controle que foi instituído para tal pela ANP, não tendo sentido fazer exigência de Fl. 347DF CARF MF Impresso em 07/01/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 21/12/2012 por IRENE SOUZA DA TRINDADE TORRES, Assinado digitalmente em 21/12/2012 por IRENE SOUZA DA TRINDADE TORRES 14 provas sobre “o uso futuro do produto”, sob pena de inviabilizar o benefício fiscal instituído por lei.” Desta forma, não vislumbro qualquer fundamento que alicerce o afastamento do benefício previsto no §3º do art. 5º da Lei nº. 10.336/2001, regulamento pelo Decreto nº. 4.940/2003, razão pela qual entendo como acertada a decisão proferida em primeira instância. Pelo exposto, NEGO PROVIMENTO ao recurso de ofício. É como voto. Irene Souza da Trindade Torres Fl. 348DF CARF MF Impresso em 07/01/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 21/12/2012 por IRENE SOUZA DA TRINDADE TORRES, Assinado digitalmente em 21/12/2012 por IRENE SOUZA DA TRINDADE TORRES
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Numero do processo: 10166.005682/2009-54
Turma: Primeira Turma Ordinária da Primeira Câmara da Segunda Seção
Câmara: Primeira Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Wed Nov 21 00:00:00 UTC 2012
Data da publicação: Mon Dec 10 00:00:00 UTC 2012
Ementa: Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física - IRPF
Exercício: 2006
PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL. RECURSO VOLUNTÁRIO QUE NÃO CONTESTA A DECISÃO DE PRIMEIRA INSTÂNCIA.
O recurso voluntário, total ou parcial, objetiva contestar a decisão de primeira instância. No caso, o contribuinte pede remissão de débitos, cuja apreciação não é da competência do CARF, mas da Delegacia da Receita Federal do Brasil da circunscrição do domicílio do contribuinte.
Recurso não conhecido.
Numero da decisão: 2101-001.984
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em não conhecer do recurso.
(assinado digitalmente)
___________________________________
Luiz Eduardo de Oliveira Santos - Presidente
(assinado digitalmente)
___________________________________
José Raimundo Tosta Santos Relator
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Luiz Eduardo de Oliveira Santos (Presidente), José Raimundo Tosta Santos, Alexandre Naoki Nishioka, Célia Maria de Souza Murphy, Gilvanci Antonio de Oliveira Sousa e Gonçalo Bonet Allage.
Nome do relator: JOSE RAIMUNDO TOSTA SANTOS
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RECURSO VOLUNTÁRIO QUE NÃO CONTESTA A DECISÃO DE PRIMEIRA INSTÂNCIA. O recurso voluntário, total ou parcial, objetiva contestar a decisão de primeira instância. No caso, o contribuinte pede remissão de débitos, cuja apreciação não é da competência do CARF, mas da Delegacia da Receita Federal do Brasil da circunscrição do domicílio do contribuinte. Recurso não conhecido. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em não conhecer do recurso. (assinado digitalmente) ___________________________________ Luiz Eduardo de Oliveira Santos Presidente (assinado digitalmente) ___________________________________ José Raimundo Tosta Santos – Relator Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Luiz Eduardo de Oliveira Santos (Presidente), José Raimundo Tosta Santos, Alexandre Naoki Nishioka, Célia Maria de Souza Murphy, Gilvanci Antonio de Oliveira Sousa e Gonçalo Bonet Allage. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 16 6. 00 56 82 /2 00 9- 54 Fl. 67DF CARF MF Impresso em 11/12/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 22/11/2012 por JOSE RAIMUNDO TOSTA SANTOS, Assinado digitalmente em 05/1 2/2012 por LUIZ EDUARDO DE OLIVEIRA SANTOS, Assinado digitalmente em 22/11/2012 por JOSE RAIMUNDO TO STA SANTOS 2 Relatório O recurso voluntário em exame pretende a reforma do Acórdão nº 0346.049 (fl. 29), que, por unanimidade de votos, julgou procedente a impugnação ao lançamento do IRPF relativo ao exercício de 2006, anocalendário de 2005. Consoante descrição dos fatos que o contribuinte efetuou dedução indevida a título de despesas médicas no montante de R$ 38.809,56, e que somente comprovou a despesa médica relacionada ao SERPRO, no valor de R$ 3.590,04. Em sua impugnação de fls. 03/04, acompanhada dos documentos de fls. 05/07, o autuado alega que: que não encontrou os recibos para comprovar as despesas médicas informadas na Declaração; que não tem condições financeiras de pagar o imposto devido, pois recebe o valor de R$ 1.110,63 e mantêm o sustento de três filhos. Por isso, solicita o perdão da dívida. A decisão recorrida possui a seguinte ementa: ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA FÍSICA IRPF Exercício: 2006 DEDUÇÃO INDEVIDA DE DESPESAS MÉDICAS. FALTA DE COMPROVAÇÃO. A falta de comprovação por documentação hábil e idônea dos valores informados a título de dedução de despesas médicas na Declaração do Imposto de Renda importa na manutenção da glosa. Impugnação Improcedente Crédito Tributário Mantido Em seu apelo ao CARF (fls. 37/38), o recorrente alega que a esposa está com um câncer no sistema nervoso central desde 08/09/2011; que a mesma não possui plano de saúde e está sendo atendida pela rede pública; que toda a estrutura familiar encontrase abalada emocionalmente e financeiramente; ratifica a total incapacidade de pagar o imposto devido e pede o perdão do crédito tributário. Junta aos autos documentos para comprovar a doença da esposa e de algumas despesas médicas atuais. É o relatório. Voto Conselheiro José Raimundo tosta Santos Fl. 68DF CARF MF Impresso em 11/12/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 22/11/2012 por JOSE RAIMUNDO TOSTA SANTOS, Assinado digitalmente em 05/1 2/2012 por LUIZ EDUARDO DE OLIVEIRA SANTOS, Assinado digitalmente em 22/11/2012 por JOSE RAIMUNDO TO STA SANTOS Processo nº 10166.005682/200954 Acórdão n.º 2101001.984 S2C1T1 Fl. 68 3 De acordo com as normas reguladoras do processo administrativo fiscal, o recurso voluntário, interposto pelo contribuinte, prestase a contestar a decisão da Delegacia da Receita Federal do Brasil de Julgamento que tenha mantido, no todo ou em parte, o crédito tributário dele exigido, a teor do artigo 73 do Decreto n.° 7.574, de 2011, a seguir transcrito: “Art. 73.O recurso voluntário total ou parcial, que tem efeito suspensivo, poderá ser interposto contra decisão de primeira instância contrária ao sujeito passivo, no prazo de trinta dias, contados da data da ciência da decisão (Decreto n. 70.235, de 1972, art. 33).” Não é o que se observa no presente processo. Em sua peça recursal o contribuinte não questiona, em momento algum, a decisão de primeira instância, que manteve o crédito tributário dele exigido. Pelo contrário, não se manifestando quanto ao mérito da decisão, pede que se reconheça a remissão da sua dívida. Com efeito, as questões suscitadas pelo recorrente não são dirigidas à infração apontada pela autoridade lançadora: glosa de despesas médicas do exercício de 2006. O interessado apenas noticia a respeito da grave doença em sua esposa, diagnosticada no ano de 2011, e junta documentos a esse respeito, razão pela qual entendo que não há matéria de fato ou de direito a ser apreciado por este Colegiado. O Regimento Interno da Secretaria da Receita Federal do Brasil, aprovado pela Portaria MF n° 587, de 2010, estipula a competência quanto ao controle dos valores relativos à extinção de créditos tributários, assim prevendo, em seu artigo 220: “Art. 220. Às Delegacias da Receita Federal do Brasil DRF, Alfândegas da Receita Federal do Brasil ALF e Inspetorias da Receita Federal do Brasil IRF de Classes "Especial A", "Especial B" e "Especial C", quanto aos tributos administrados pela RFB, inclusive os destinados a outras entidades e fundos, compete, no âmbito da respectiva jurisdição, no que couber, desenvolver as atividades de arrecadação, controle e recuperação do crédito tributário, de análise dos dados de arrecadação e acompanhamento dos maiores contribuintes, de atendimento e interação com o cidadão, de comunicação social, de fiscalização, de controle aduaneiro, de tecnologia e segurança da informação, de programação e logística, de gestão de pessoas, de planejamento, avaliação, organização, modernização, e, especificamente: [...] XI controlar os valores relativos à constituição, suspensão, extinção e exclusão de créditos tributários”. Nesse sentido já decidiu este Tribunal Administrativo: “REMISSÃO. ART. 14 DA LEI Nº 11.941/2009. AUSÊNCIA DE LIDE NO CONTENCIOSO ADMINISTRATIVO. Não cabe a esta Turma de Julgamento deferir, ou não, o pedido de remissão, à luz do art. 14 da Lei nº 11.941/2009. No momento em que o contribuinte pede a aplicação da remissão, está indiretamente reconhecendo a liquidez e certeza do crédito tributário lançado, pedindo que sobre ele incida a remissão legal, ou seja, não há contencioso sobre a procedência do lançamento, mas apenas o pedido do favor legal. Assim, não cabe à Turma de Julgamento deferir, ou não, tal benefício, o qual deve ser apreciado pela autoridade preparadora que jurisdiciona o contribuinte (Delegacia da Receita Federal do Brasil). Recurso não conhecido.” Fl. 69DF CARF MF Impresso em 11/12/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 22/11/2012 por JOSE RAIMUNDO TOSTA SANTOS, Assinado digitalmente em 05/1 2/2012 por LUIZ EDUARDO DE OLIVEIRA SANTOS, Assinado digitalmente em 22/11/2012 por JOSE RAIMUNDO TO STA SANTOS 4 (CARF, 2ª Seção, 2ª Turma da 1ª Câmara, Acórdão 210201.249, de 15/04/2011, grifouse) Em face ao exposto, não conheço do recurso. (assinado digitalmente) José Raimundo Tosta Santos Fl. 70DF CARF MF Impresso em 11/12/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 22/11/2012 por JOSE RAIMUNDO TOSTA SANTOS, Assinado digitalmente em 05/1 2/2012 por LUIZ EDUARDO DE OLIVEIRA SANTOS, Assinado digitalmente em 22/11/2012 por JOSE RAIMUNDO TO STA SANTOS
score : 1.0
Numero do processo: 15540.000014/2008-59
Turma: Primeira Turma Ordinária da Terceira Câmara da Primeira Seção
Câmara: Terceira Câmara
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Wed Sep 12 00:00:00 UTC 2012
Data da publicação: Mon Oct 01 00:00:00 UTC 2012
Ementa: Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Jurídica - IRPJ
Exercício: 2003
Ementa:
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. OMISSÃO. ACOLHIMENTO.
Embargos declaratórios que se acolhe para suprir a omissão apontada, re-ratificando-se a parte conclusiva do voto condutor.
Numero da decisão: 1301-001.047
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, acolher os embargos de declaração, para suprir a omissão, nos termos do relatório e voto preferidos pelo Relator.
documento assinado digitalmente
Alberto Pinto Souza Junior
Presidente
documento assinado digitalmente
Wilson Fernandes Guimarães
Relator
Participaram do presente julgamento os Conselheiros Alberto Pinto Souza Junior, Paulo Jakson da Silva Lucas, Wilson Fernandes Guimarães, Valmir Sandri, Edwal Casoni de Paula Fernandes Júnior e Guilherme Pollastri Gomes da Silva.
Nome do relator: WILSON FERNANDES GUIMARAES
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decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, acolher os embargos de declaração, para suprir a omissão, nos termos do relatório e voto preferidos pelo Relator. documento assinado digitalmente Alberto Pinto Souza Junior Presidente documento assinado digitalmente Wilson Fernandes Guimarães Relator Participaram do presente julgamento os Conselheiros Alberto Pinto Souza Junior, Paulo Jakson da Silva Lucas, Wilson Fernandes Guimarães, Valmir Sandri, Edwal Casoni de Paula Fernandes Júnior e Guilherme Pollastri Gomes da Silva.
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OMISSÃO. ACOLHIMENTO. Embargos declaratórios que se acolhe para suprir a omissão apontada, re ratificandose a parte conclusiva do voto condutor. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, acolher os embargos de declaração, para suprir a omissão, nos termos do relatório e voto preferidos pelo Relator. “documento assinado digitalmente” Alberto Pinto Souza Junior Presidente “documento assinado digitalmente” Wilson Fernandes Guimarães Relator Participaram do presente julgamento os Conselheiros Alberto Pinto Souza Junior, Paulo Jakson da Silva Lucas, Wilson Fernandes Guimarães, Valmir Sandri, Edwal Casoni de Paula Fernandes Júnior e Guilherme Pollastri Gomes da Silva. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 15 54 0. 00 00 14 /2 00 8- 59 Fl. 1011DF CARF MF Impresso em 03/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 18/09/2012 por WILSON FERNANDES GUIMARAES, Assinado digitalmente em 18/0 9/2012 por WILSON FERNANDES GUIMARAES, Assinado digitalmente em 21/09/2012 por ALBERTO PINTO SOUZA J UNIOR Processo nº 15540.000014/200859 Acórdão n.º 1301001.047 S1C3T1 Fl. 995 2 Relatório Trata o presente de embargos de declaração interpostos tempestivamente pela FAZENDA NACIONAL. Alega a embargante (fls. 991/993) que esta Primeira Turma Ordinária, ao prolatar o acórdão nº 130100.713, sessão de 19 de outubro de 2011, incorreu em omissão, vez que “não restou claro do acórdão qual seria a natureza do vício apontado, se de índole formal ou material”. O julgado objeto de embargos restou assim ementado: LANÇAMENTO DE OFÍCIO. PESSOA JURÍDICA EXTINTA. ERRO NA IDENTIFICAÇÃO DO SUJEITO PASSIVO. A pessoa jurídica formal e regularmente extinta não tem existência no mundo jurídico, e deve ser excluída do pólo passivo de lançamento efetuado após sua liquidação. Sendo a pessoa jurídica extinta o único sujeito passivo apontado pelo Fisco no lançamento, não pode este subsistir. Aduz a Fazenda Nacional que “a distinção quanto à natureza do vício que ensejou a nulidade é de suma importância para delimitar os efeitos da decisão”, visto que “o prazo para a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extinguese no prazo de cinco anos contados, no caso de anulação por vício formal, a partir da data em que a decisão tornouse definitiva, nos termos do art. 173, II, do CTN, enquanto que no vício material conta se o prazo a partir da regra geral de decadência”. É o Relatório. Fl. 1012DF CARF MF Impresso em 03/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 18/09/2012 por WILSON FERNANDES GUIMARAES, Assinado digitalmente em 18/0 9/2012 por WILSON FERNANDES GUIMARAES, Assinado digitalmente em 21/09/2012 por ALBERTO PINTO SOUZA J UNIOR Processo nº 15540.000014/200859 Acórdão n.º 1301001.047 S1C3T1 Fl. 996 3 Voto Conselheiro Wilson Fernandes Guimarães Atendidos os requisitos de admissibilidade, conheço do apelo. Esclareço, inicialmente, que merece acolhimento os embargos interpostos pela Fazenda, eis que a ausência de pronunciamento, no acórdão atacado, acerca da natureza do vício propulsor da nulidade do lançamento tributário, implica indefinição sobre a possibilidade de aplicação das disposições do inciso II do art. 173 do Código Tributário Nacional, abaixo transcrito. Art. 173. O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extinguese após 5 (cinco) anos, contados: [...] II da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal, o lançamento anteriormente efetuado. [...] Em que pese o fato de que, em determinadas circunstâncias, a indicação equivocada do sujeito passivo da obrigação tributária pode representar vício meramente formal, passível até mesmo desconsideração no que tange aos efeitos jurídicos do ato praticado1, penso que no caso vertente a situação seja outra. Com efeito, o acórdão embargado dá conta de que a Fiscalização identificou como sujeito passivo da obrigação tributária pessoa jurídica que já se encontrava extinta em momento anterior ao início do procedimento fiscal. Em tal situação, não seria exagero afirmar que não só o ato de lançamento tributário revelouse substancialmente nulo, mas todo o procedimento administrativo anterior a ele, eis que impulsionado contra pessoa inexistente no mundo jurídico. Tratase, pois, a meu ver, de vício inibidor da realização de novo lançamento na forma proposta pelo inciso II do art. 173 do Código Tributário Nacional, antes referido. Assim, conduzo meu voto no sentido de acolher os embargos de declaração interpostos para, suprindo a omissão alegada, ratificar a nulidade do feito fiscal, sendo inexistente, no caso, o vício formal. 1 Entendo que relativamente à ação fiscal que foi desenvolvida com perfeito conhecimento do verdadeiro sujeito passivo da obrigação, inclusive com o exercício, por este, do direito de defesa, havendo, tãosomente, equívoco na identificação feita na peça acusatória, descabe a decretação da nulidade do ato administrativo. Fl. 1013DF CARF MF Impresso em 03/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 18/09/2012 por WILSON FERNANDES GUIMARAES, Assinado digitalmente em 18/0 9/2012 por WILSON FERNANDES GUIMARAES, Assinado digitalmente em 21/09/2012 por ALBERTO PINTO SOUZA J UNIOR Processo nº 15540.000014/200859 Acórdão n.º 1301001.047 S1C3T1 Fl. 997 4 “documento assinado digitalmente” Wilson Fernandes Guimarães Relator Fl. 1014DF CARF MF Impresso em 03/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 18/09/2012 por WILSON FERNANDES GUIMARAES, Assinado digitalmente em 18/0 9/2012 por WILSON FERNANDES GUIMARAES, Assinado digitalmente em 21/09/2012 por ALBERTO PINTO SOUZA J UNIOR
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Numero do processo: 10768.005208/2007-81
Turma: Terceira Turma Especial da Primeira Seção
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Thu Sep 13 00:00:00 UTC 2012
Data da publicação: Fri Nov 30 00:00:00 UTC 2012
Ementa: Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Jurídica - IRPJ
Ano-calendário: 2005
EMBARGOS DECLARATÓRIOS.
Devem ser rejeitados, os embargos declaratórios quando inexistente no Acórdão contradição ou omissão apontada pela Embargante no acórdão alvejado (Art. 65 do RI-CARF), que deve permanecer tal como foi lavrado, e o inconformismo da parte embargante deve ser manifestado pela via recursal própria conforme determina o Processo Administrativo Fiscal.
Numero da decisão: 1803-001.504
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros da 3ª Turma Especial da 4ª Câmara da 1ª Seção do CARF, por unanimidade de votos, rejeitar os embargos apresentados pela Fazenda Nacional, nos termos do relatório e voto que acompanham o presente julgado.
Selene Ferreira de Moraes
Presidente
(Assinado Digitalmente)
Sérgio Luiz Bezerra Presta
Relator
(Assinado Digitalmente)
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Viviani Aparecida Bacchmi, Sérgio Luiz Bezerra Presta, Sérgio Rodrigues Mendes, Meigan Sack Rodrigues, Selene Ferreira de Moraes. Ausente justificadamente o Conselheiro Walter Adolfo Maresch.
Matéria: DCTF - Multa por atraso na entrega da DCTF
Nome do relator: SERGIO LUIZ BEZERRA PRESTA
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ementa_s : Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Jurídica - IRPJ Ano-calendário: 2005 EMBARGOS DECLARATÓRIOS. Devem ser rejeitados, os embargos declaratórios quando inexistente no Acórdão contradição ou omissão apontada pela Embargante no acórdão alvejado (Art. 65 do RI-CARF), que deve permanecer tal como foi lavrado, e o inconformismo da parte embargante deve ser manifestado pela via recursal própria conforme determina o Processo Administrativo Fiscal.
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decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros da 3ª Turma Especial da 4ª Câmara da 1ª Seção do CARF, por unanimidade de votos, rejeitar os embargos apresentados pela Fazenda Nacional, nos termos do relatório e voto que acompanham o presente julgado. Selene Ferreira de Moraes Presidente (Assinado Digitalmente) Sérgio Luiz Bezerra Presta Relator (Assinado Digitalmente) Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Viviani Aparecida Bacchmi, Sérgio Luiz Bezerra Presta, Sérgio Rodrigues Mendes, Meigan Sack Rodrigues, Selene Ferreira de Moraes. Ausente justificadamente o Conselheiro Walter Adolfo Maresch.
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Devem ser rejeitados, os embargos declaratórios quando inexistente no Acórdão contradição ou omissão apontada pela Embargante no acórdão alvejado (Art. 65 do RICARF), que deve permanecer tal como foi lavrado, e o inconformismo da parte embargante deve ser manifestado pela via recursal própria conforme determina o Processo Administrativo Fiscal. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros da 3ª Turma Especial da 4ª Câmara da 1ª Seção do CARF, por unanimidade de votos, rejeitar os embargos apresentados pela Fazenda Nacional, nos termos do relatório e voto que acompanham o presente julgado. Selene Ferreira de Moraes Presidente (Assinado Digitalmente) Sérgio Luiz Bezerra Presta Relator (Assinado Digitalmente) Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Viviani Aparecida Bacchmi, Sérgio Luiz Bezerra Presta, Sérgio Rodrigues Mendes, Meigan Sack Rodrigues, Selene Ferreira de Moraes. Ausente justificadamente o Conselheiro Walter Adolfo Maresch. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 76 8. 00 52 08 /2 00 7- 81 Fl. 100DF CARF MF Impresso em 30/11/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 07/11/2012 por SERGIO LUIZ BEZERRA PRESTA, Assinado digitalmente em 26/1 1/2012 por SELENE FERREIRA DE MORAES, Assinado digitalmente em 07/11/2012 por SERGIO LUIZ BEZERRA PR ESTA 2 Relatório Tratase de embargos de declaração (fls.93 e segs dos autos) em que se alega omissão no Acórdão nº 180301.012, proferido pela 3ª Turma Especial, da 4ª Câmara, da 1ª Seção do CARF (fls. 86 a 90), na sessão de 03 de agosto de 2011, que entendeu “DAR PROVIMENTO ao recurso voluntário” interposto pela SCHLUMBERGER SERV DE PETROLEO LTDA, sob argumentos assim ementados: “ASSUNTO: NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO Ano calendário: 2005 DCTF DECLARAÇÃO DE DÉBITOS E CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS FEDERAIS. MULTA POR ATRASO. A penalidade legal prevista por entrega intempestiva de DCTF deve ser afastada, quando se verifica que houve problema com o sistema de transmissão da Receita Federal do Brasil”. A Embargante justificou da seguinte forma a apresentação dos presentes embargos, “verbis”: “(...) Como se pode constatar, a decisão afastou a penalidade aplicada, sob o fundamento de que houve problema com o sistema de transmissão da Receita Federal do Brasil (RFB). Entretanto, a decisão mostra se omissa e contraditória, tendo em vista que inexiste nos autos qualquer comprovação de falha no sistema de transmissão da RFB na data limite (08/09/2005) para a entrega da DCTF do mês de julho de 2005, ao contrário, o próprio contribuinte reconhece ter cometido a falha e não atribui, nem prova a responsabilidade do problema à RFB (conforme se infere do seu requerimento dirigido ao Sr. Delegado da Receita Federal no Rio de Janeiro). Com efeito, a decisão recorrida utilizou como fundamento, para atribuir a alegada falha à Receita Federal, o Ato Declaratório Executivo SRF n. 24/2005, publicado no DOU de 12/04/2005, abaixo transcrito: (...) Assim, tratando o caso dos autos de entrega de DCTF relativa ao mês de julho de 2005, com data limite em 08/09/2005, resta evidente que a hipótese do presente processo não está amparada pelo Ato Declaratório Executivo SRF n. 24/2005, publicado no DOU de 12/04/2005, não cabendo aplicá la na espécie, o que demonstra a contradição no acórdão. Ressaltese que a simples alegação de falha no sistema da Receita Federal do Brasil destituída de prova impede que seja excluída a penalidade aplicada pelo atraso na entrega da DCTF, uma vez que o ônus da prova incumbe ao contribuinte, nos termos do art. 333, II do CPC. Restando, também, omissa a decisão que ignorou a inexistência nos autos de qualquer comprovação de problema com o sistema de transmissão da Receita Federal do Brasil, não havendo qualquer Ato Declaratório Executivo reconhecendo falha no sistema ou comprovação pelo contribuinte de falha no sistema da Receita Federal do Brasil. Fl. 101DF CARF MF Impresso em 30/11/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 07/11/2012 por SERGIO LUIZ BEZERRA PRESTA, Assinado digitalmente em 26/1 1/2012 por SELENE FERREIRA DE MORAES, Assinado digitalmente em 07/11/2012 por SERGIO LUIZ BEZERRA PR ESTA Processo nº 10768.005208/200781 Acórdão n.º 1803001.504 S1TE03 Fl. 101 3 Ao contrário, o próprio contribuinte admite ter cometido falha ao transmitir a DCTF, conforme se depreende do seu requerimento dirigido ao Sr. Delegado da Receita Federal no Rio de Janeiro: ‘ILMO. SR. DR. DELEGADO DA RECEITA FEDERAL DO RIO DE JANEIRO. SCHLUMBERGER SERVIÇOS DE PETRÓLEO LTDA., sociedade com sede na cidade do Rio de Janeiro na (...), tendo em vista a impossibilidade de apresentação da Declaração de Contribuição de Tributos Federais DCTF, pela via eletrônica e ainda o prazo para realização de tal ato; vem apresentar o presente requerimento objetivando o recebimento e processamento das informações devidas pela contribuinte e relativas as contribuições administradas por essa r. Secretaria de Receita Federal. Requer, outrossim, a abertura, se necessário do procedimento administrativo fiscal para regularização de eventual falha formal cometida pela contribuinte. Anexa se a presente cópia da declaração e disquete com as informações digitalizadas da DCTF’. Portanto, a decisão recorrida está maculada pelo vício de contradição e omissão, na medida em que ignorou a inexistência de comprovação de falha no sistema de transmissão da Receita Federal do Brasil e utilizou como fundamento Ato Declaratório Executivo referente a período distinto, apesar de, ao contrário, haver o contribuinte admitido o cometimento de falha ao transmitir a DCTF. Os Embargos de Declaração, quando o julgado contém omissão/contradição, são aceitos por este Conselho, como medida salutar do regular desenvolvimento do processo, como se demonstra: (...) A necessidade de fundamentação das decisões judiciais (artigo 93, inciso IX, da Constituição Federal) se estende às decisões administrativas. Trata se de garantia do direito de ampla defesa com vistas a possibilitar às partes aferir a imparcialidade do julgador, bem como a legalidade e a justiça das decisões. Ante o exposto, requer a União sejam conhecidos e acolhidos os presentes embargos de declaração, a fim de sanar/retificar os vícios acima apontados e prequestionar as matérias que não foram objeto de análise expressa no acórdão embargado”. Em síntese, é o relatório. Voto Conselheiro SERGIO LUIZ BEZERRA PRESTA O recurso é tempestivo e preenche os demais requisitos de admissibilidade, devendo ser conhecido. Fl. 102DF CARF MF Impresso em 30/11/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 07/11/2012 por SERGIO LUIZ BEZERRA PRESTA, Assinado digitalmente em 26/1 1/2012 por SELENE FERREIRA DE MORAES, Assinado digitalmente em 07/11/2012 por SERGIO LUIZ BEZERRA PR ESTA 4 Observando o que estão presentes os requisitos legais nos embargos protocolados pela Procuradoria Geral da Fazenda Nacional, razão pela qual devem ser conhecidos, porém não podem ser providos; senão vejamos: Conforma se depreende do relatório, a Embargante ingressou com o presente recurso visando sanar alegado suposto vício de omissão constante do Acórdão nº 180301.012. Deixando de lado os aspectos referentes à matéria que foi julgada, passo a analisar somente o ponto que poderiam gerar a suposta omissão alegada pela Embargante, eis que os presentes embargos não consistem no remédio adequado para reapreciar matéria já discutida. Antes de adentrar nos mérito, fazse necessário trazer a tona as determinações expressas do art. 65 do Regimento Interno do CARF, que trata dos Embargos de Declaração no âmbito do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, conforme pode ser visto abaixo: “Art. 65. Cabem embargos de declaração quando o acórdão contiver obscuridade, omissão ou contradição entre a decisão e os seus fundamentos, ou for omitido ponto sobre o qual devia pronunciarse a turma”. Passando ao mérito dos presentes embargos não consigo vislumbrar obscuridade, omissão ou contradição entre a decisão e os seus fundamentos integrantes do Acórdão nº 180301.012. Vejo que houve um equivoco da Embargante, que identificou o Ato Declaratório Executivo SRF n° 24/2005, publicado no DOU de 12/04/2005 como fundamento e não como exemplo de que no ano de 2005 vários os problemas técnicos ocorram no sistema de recepção e transmissão de declarações da RFB. Por conta deste erro de interpretação, não vislumbro onde está configurada, nos presentes embargos, qualquer uma das hipóteses previstas no Art. 65 do Regimento Interno do CARF, muito menos a omissão da fundamentação. Diante do exposto, observando tudo que consta nos autos constato não haver os vícios previstos no Art. 65 do Regimento Interno do CARF (omissão, contradição ou obscuridade) na decisão prolatada por esta 3ª Turma Especial, na sessão de 03/08/2011, consubstanciada através do Acórdão nº. 180301.012. O recurso interposto, sob o rótulo de embargos de declaração, objetiva discutir a correção do julgado, tendo, pois, nítido caráter infringente. Logo, caso entenda ser necessário, deverá a parte inconformada recorrer utilizandose dos meios adequados, razão pela qual voto no sentido de conhecer aos Embargos, mas negarlhe provimento, devendo o acórdão alvejado permanecer tal como foi exarado. Sergio Luiz Bezerra Presta – Relator (Assinado digitalmente) Fl. 103DF CARF MF Impresso em 30/11/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 07/11/2012 por SERGIO LUIZ BEZERRA PRESTA, Assinado digitalmente em 26/1 1/2012 por SELENE FERREIRA DE MORAES, Assinado digitalmente em 07/11/2012 por SERGIO LUIZ BEZERRA PR ESTA Processo nº 10768.005208/200781 Acórdão n.º 1803001.504 S1TE03 Fl. 102 5 Fl. 104DF CARF MF Impresso em 30/11/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 07/11/2012 por SERGIO LUIZ BEZERRA PRESTA, Assinado digitalmente em 26/1 1/2012 por SELENE FERREIRA DE MORAES, Assinado digitalmente em 07/11/2012 por SERGIO LUIZ BEZERRA PR ESTA
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