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Numero do processo: 19647.000879/2003-73
Turma: Terceira Turma Especial da Primeira Seção
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Wed Feb 23 00:00:00 UTC 2011
Ementa: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA JURÍDICA IRPJ
Ano calendário: 1997
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. EFEITO MODIFICATIVO.
VIABILIDADE.
É cabível a modificação de julgado impugnado por embargos de declaração quando verificada naquele a ocorrência de omissão.
OBSCURIDADE. OCORRÊNCIA.
Configurada a obscuridade no acórdão recorrido, devem ser acolhidos os embargos para corrigila.
Numero da decisão: 1803-000.836
Decisão: Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, acolher os embargos da Fazenda Nacional, com efeitos infringentes, para negar provimento ao recurso, rerratificando-se o acórdão n° 1804-00019.
Matéria: IRPJ - auto eletrônico (exceto glosa de comp.prej./LI)
Nome do relator: Selene Ferreira de Moraes
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ementa_s : IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA JURÍDICA IRPJ Ano calendário: 1997 EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. EFEITO MODIFICATIVO. VIABILIDADE. É cabível a modificação de julgado impugnado por embargos de declaração quando verificada naquele a ocorrência de omissão. OBSCURIDADE. OCORRÊNCIA. Configurada a obscuridade no acórdão recorrido, devem ser acolhidos os embargos para corrigila.
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conteudo_txt : Metadados => pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.4; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 3; dc:format: application/pdf; version=1.4; pdf:charsPerPage: 1479; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; access_permission:fill_in_form: true; pdf:encrypted: true; access_permission:can_modify: true; Content-Type: application/pdf | Conteúdo => S1TE03 Fl. 289 1 288 S1TE03 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS PRIMEIRA SEÇÃO DE JULGAMENTO Processo nº 19647.000879/200373 Recurso nº 161.910 Voluntário Acórdão nº 180300.836 – 3ª Turma Especial Sessão de 23 de fevereiro de 2011 Matéria IRPJ Recorrente FAZENDA NACIONAL Recorrida 4ª TURMA ESPECIAL ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA JURÍDICA IRPJ Anocalendário: 1997 EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. EFEITO MODIFICATIVO. VIABILIDADE. É cabível a modificação de julgado impugnado por embargos de declaração quando verificada naquele a ocorrência de omissão. OBSCURIDADE. OCORRÊNCIA. Configurada a obscuridade no acórdão recorrido, devem ser acolhidos os embargos para corrigila. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, acolher os embargos da Fazenda Nacional, com efeitos infringentes, para negar provimento ao recurso, rerratificandose o acórdão n° 180400019. (assinado digitalmente) Selene Ferreira de Moraes – Presidente e Relatora. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Walter Adolfo Maresch, Marcelo Fonseca Vicentini, Sérgio Luiz Bezerra Presta, Sérgio Rodrigues Mendes, Benedicto Celso Benício Júnior, Selene Ferreira de Moraes. Fl. 3DF CARF MF Emitido em 09/03/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 04/03/2011 por SELENE FERREIRA DE MORAES Assinado digitalmente em 04/03/2011 por SELENE FERREIRA DE MORAES Processo nº 19647.000879/200373 Acórdão n.º 180300.836 S1TE03 Fl. 290 2 Relatório Tratase de embargos de declaração (fls.283/284) em que se alega obscuridade no Acórdão nº 180400019, proferido pela 4ª Turma Especial, da 4ª Câmara, da 1ª Seção do CARF, 3ª Turma Especial, da 4ª Câmara, da 1ª Seção do CARF relativamente às seguintes matérias: • O acórdão embargado deu parcial provimento ao recurso voluntário interposto pelo contribuinte, apenas “para excluir os juros calculados com base na TRD no período de 4/02 a 29/07/1991”. • Ocorre que, no período em questão – fevereiro a julho de 1991 o lançamento tributário não aplicou a título de juros de mora a TRD, mas sim os juros legais de 1% a.m., conforme se verifica no “Demonstrativo de Multa e Juros de Mora”, às fls. 10. • O julgamento afigurase como extra petita, pois enfrentou questão alheia ao presente processo. • A rigor, o recurso do contribuinte deveria ser integralmente improvido, devendose destacar que a sua manutenção, no sentido do parcial provimento, provoca dúvidas que podem influenciar a execução do julgado. Cumpre, pois, afastar essa obscuridade, deixandose claro que não há qualquer ilegalidade na aplicação dos juros de mora pelo lançamento em tela, especialmente com base na TRD. É o relatório. Voto Conselheira Selene Ferreira de Moraes O recurso é tempestivo e preenche os demais requisitos de admissibilidade, devendo ser conhecido. As alegações da embargante são inteiramente procedentes. O colegiado deu provimento parcial ao recurso para excluir os juros calculados com base na TRD, no período de 4/02 a 29/07/1991. Ocorre porém que no lançamento foram computados os juros legais de 1% a.m., não tendo sido aplicado ao caso concreto a TRD. É pacífico nos tribunais superiores o entendimento acerca da possibilidade da modificação de julgado impugnado por embargos de declaração quando verificada naquele a ocorrência de omissão, obscuridade ou contradição, conforme jurisprudência abaixo: Fl. 4DF CARF MF Emitido em 09/03/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 04/03/2011 por SELENE FERREIRA DE MORAES Assinado digitalmente em 04/03/2011 por SELENE FERREIRA DE MORAES Processo nº 19647.000879/200373 Acórdão n.º 180300.836 S1TE03 Fl. 291 3 “PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. OMISSÃO. OCORRÊNCIA. ATRIBUIÇÃO DE EFEITOS INFRINGENTES. (ISS. ARRENDAMENTO MERCANTIL. OBRIGAÇÃO DE FAZER. QUESTÃO PREJUDICIAL AO EXAME DO RECURSO ESPECIAL (ALEGAÇÃO DE VIOLAÇÃO AOS ARTIGOS 535, DO CPC, 110 DO CTN C/C 1º, § ÚNICO, DA LEI 6.099/74, E 12 DO DECRETOLEI 406/68). APLICAÇÃO DO ART. 543, § 2º, DO CPC. REMESSA AO STF PARA APRECIAÇÃO DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. FUNDAMENTO CONSTITUCIONAL AUTÔNOMO PREJUDICIAL AO EXAME DO RECURSO ESPECIAL). 1. É cabível a modificação de julgado impugnado por embargos de declaração quando verificada naquele a ocorrência de omissão, nos termos do art. 535 do CPC. (EERESP 200602485605 – DJE DATA: 25/05/2009) PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. RECURSO ESPECIAL. DECISÃO QUE DÁ PROVIMENTO À APELAÇÃO. ERRO DE DIGITAÇÃO NO DISPOSITIVO DO ACÓRDÃO. INTERESSE DA APELADA EM RECORRER. EXECUÇÃO FISCAL. FALTA DE PAGAMENTO DE TRIBUTO. NÃOCONFIGURAÇÃO, POR SI SÓ, NEM EM TESE, DE SITUAÇÃO QUE ACARRETA A RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA DOS SÓCIOS. DISSOLUÇÃO IRREGULAR. RESPONSABILIZAÇÃO PESSOAL DE SÓCIO DE SOCIEDADE LIMITADA SEM PODERES DE ADMINISTRAÇÃO. INVIABILIDADE. RESPONSABILIZAÇÃO DO SÓCIOGERENTE. VIABILIDADE. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO ACOLHIDOS COM EFEITOS INFRINGENTES, PARA CONHECER DO RECURSO ESPECIAL E DAR PARCIAL PROVIMENTO. (EDRESP 200601334205, DJE DATA: 04/02/2009)” Ante todo o exposto, acolho os embargos, com efeitos infringentes, para negar provimento ao recurso, rerratificandose o acórdão n° 180400019. (assinado digitalmente) Selene Ferreira de Moraes Fl. 5DF CARF MF Emitido em 09/03/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 04/03/2011 por SELENE FERREIRA DE MORAES Assinado digitalmente em 04/03/2011 por SELENE FERREIRA DE MORAES
score : 1.0
Numero do processo: 16327.914241/2009-31
Turma: Primeira Turma Ordinária da Segunda Câmara da Primeira Seção
Câmara: Segunda Câmara
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Wed Mar 22 00:00:00 UTC 2017
Data da publicação: Mon May 15 00:00:00 UTC 2017
Ementa: Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Jurídica - IRPJ
Data do fato gerador: 31/12/2006
PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL. JUNTADA DE PROVAS POSTERIOR AO JULGAMENTO. IMPOSSIBILIDADE.
O momento de apresentação de provas está determinado nas normas que regem o processo administrativo fiscal. Não é possível acatar provas e documentos após o início do julgamento e muito menos após a conclusão do julgamento.
Numero da decisão: 1201-001.610
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, conhecer do Ofício enviado pela Delegacia de origem, mas ratificar o julgado anterior, para determinar o cumprimento da decisão proferida no Acórdão 1201-001021.
(assinado digitalmente)
ROBERTO CAPARROZ DE ALMEIDA - Presidente.
(assinado digitalmente)
LUIS FABIANO ALVES PENTEADO - Relator.
.
EDITADO EM: 23/04/2017
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Roberto Caparroz de Almeida (Presidente), Luis Fabiano Alves Penteado, Paulo Cezar Fernandes de Aguiar, Luis Henrique Marotti Toselli, Eva Maria Los, Luiz Paulo Jorge Gomes e José Carlos de Assis Guimarães.
Nome do relator: LUIS FABIANO ALVES PENTEADO
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ementa_s : Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Jurídica - IRPJ Data do fato gerador: 31/12/2006 PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL. JUNTADA DE PROVAS POSTERIOR AO JULGAMENTO. IMPOSSIBILIDADE. O momento de apresentação de provas está determinado nas normas que regem o processo administrativo fiscal. Não é possível acatar provas e documentos após o início do julgamento e muito menos após a conclusão do julgamento.
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Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA JURÍDICA IRPJ Data do fato gerador: 31/12/2006 PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL. JUNTADA DE PROVAS POSTERIOR AO JULGAMENTO. IMPOSSIBILIDADE. O momento de apresentação de provas está determinado nas normas que regem o processo administrativo fiscal. Não é possível acatar provas e documentos após o início do julgamento e muito menos após a conclusão do julgamento. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, conhecer do Ofício enviado pela Delegacia de origem, mas ratificar o julgado anterior, para determinar o cumprimento da decisão proferida no Acórdão 1201001021. (assinado digitalmente) ROBERTO CAPARROZ DE ALMEIDA Presidente. (assinado digitalmente) LUIS FABIANO ALVES PENTEADO Relator. . AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 16 32 7. 91 42 41 /2 00 9- 31 Fl. 277DF CARF MF 2 EDITADO EM: 23/04/2017 Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Roberto Caparroz de Almeida (Presidente), Luis Fabiano Alves Penteado, Paulo Cezar Fernandes de Aguiar, Luis Henrique Marotti Toselli, Eva Maria Los, Luiz Paulo Jorge Gomes e José Carlos de Assis Guimarães. Relatório O presente caso trata de manifestação de inconformidade decorrente do Despacho Decisório nº (de rastreamento) 848708577 que foi considerada intempestiva e, conseqüentemente, não conheceu o mérito. Em síntese, a discussão surge da data de ciência da decisão que, segundo a Receita Federal do Brasil consta em 19/10/2009, e para o Recorrente ocorreu dia 20/10/2009, motivo pelo qual apresentou a manifestação de inconformidade 19/11/2009. Quanto ao mérito, em razão da intempestividade do citado recurso, a autoridade não homologou o direito ao crédito relativo à compensação declarada na DCOMP nº 26924.48492.190209.1.7.041085. Na Fundamentação da decisão, a autoridade informa que, consoante os sistemas de controle da RFB, o valor recolhido em DARF, em 30/03/2007, de R$ 12.133.737,16, código de receita 2390 (IRPJ ENTIDADES FINANCEIRAS – AJUSTE ANUAL), relativo ao período de apuração de 31/12/2006, do qual seria parte o montante de R$ 8.408.026,25 declarado na DCOMP como indevido ou a maior (fl. 23), fora integralmente utilizado na quitação de débito de IRPJ do referido período, não restando, assim, crédito disponível para a liquidação do débito declarado para compensação. Sendo assim, apurou valor devedor consolidado para pagamento ate 30/10/2009, referente ao debito indevidamente compensado mediante a referida DCOMP, no montante de R$9.800.548,96 de principal R$ 1.150.584,44 de juros e de R$1.960.109,79 de multa. A 8ª Turma da DRJ/SP1, julgou intempestiva a manifestação de inconformidade e não conheceu do mérito. O Contribuinte apresentou recurso voluntário trazendo diversos argumentos relacionados à tempestividade do Recurso. Ao analisar o Recurso Voluntário do contribuinte que, preliminarmente, insurgiuse contra a declarada intempestividade da Manifestação de Inconformidade, esta turma decidiu pela nulidade da decisão da DRJ, vez que diante da divergência das alegações da contribuinte e da DRJ quanto à data do recebimento do AR 20/10/2009 e 19/10/2009 respectivamete, a única forma de dirimir tal dúvida seria por meio do próprio comprovante de AR devidamente assinado e datado, documento o qual não fora juntado aos autos. Os autos do processo foram encaminhados à DRF para posterior encaminhamento à DRJ para julgamento do mérito. Fl. 278DF CARF MF Processo nº 16327.914241/200931 Acórdão n.º 1201001.610 S1C2T1 Fl. 256 3 Ocorre que a própria DRF apresentou o Despacho de Encaminhamento n. 049/2015 nos autos que traz a seguinte informação e pedido: " (...) 3. Ocorre que, em consulta ao sistema SUCOP Imagem, foi encontrado o AR referente ao Despacho Decisório de rastreamento 848708677, com data de recebimento e assinatura do recebedor. Este AR já se encontra anexado aos presentes autos (fl. 272) e nele consta a data de recebimento de 19/10/2009. 4. Diante disso, e levando em conta que a data de recebimento atestada no referido AR confirma a intempestividade da Impugnação da contribuinte, sugiro que o presente processo retorne ao CARF para reconsideração do julgamento." É o relatório Voto Conselheiro LUIS FABIANO ALVES PENTEADO Relator Primeiramente, cabe esclarecer que o Recurso Voluntário da contribuinte já fora julgado por esta Turma de Julgamento que determinou a nulidade da decisão da DRJ e ordenou o julgamento de mérito em primeira instância administrativa. Numa seqüência lógica do exposto no parágrafo acima, resta claro que esta Turma somente deveria voltar a apreciar este processo em eventual Embargos de Declaração. O simples despacho da DRF de origem que solicita "reconsideração" da decisão desta turma, não se encontra no rol de hipóteses que possa levar o processo à novo julgamento pela Turma de Julgamento do CARF, pois, inexiste previsão neste sentido no PAF ou no próprio Regimento deste Conselho. Por fim, em homenagem ao Princípio do Contraditório, ainda que tal despacho da DRF fosse suficiente para provocar nova análise do caso, temos que o argumento trazido se pauta em localização e juntada de documento (prova) aos autos em data posterior não somente ao início do julgamento, mas posterior ao encerramento dele, ao arrepio das regras do PAF. Conclusão Fl. 279DF CARF MF 4 Nestes termos, CONHEÇO do OFÍCIO enviado pela Delegacia de origem e RATIFICO o JULGADO ANTERIOR para DETERMINAR o cumprimento da decisão proferida no acórdão 1201001.021. É como voto. (assinado digitalmente) Luis Fabiano Alves Penteado Relator Fl. 280DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 10970.000693/2009-63
Turma: 2ª TURMA/CÂMARA SUPERIOR REC. FISCAIS
Câmara: 2ª SEÇÃO
Seção: Câmara Superior de Recursos Fiscais
Data da sessão: Mon Dec 12 00:00:00 UTC 2016
Data da publicação: Wed Feb 08 00:00:00 UTC 2017
Ementa: Assunto: Contribuições Sociais Previdenciárias
Período de apuração: 01/10/2007 a 30/09/2008
APLICAÇÃO DE PENALIDADE. PRINCÍPIO DA RETROATIVIDADE BENIGNA. LEI Nº 8.212/1991, COM A REDAÇÃO DADA PELA MP 449/2008, CONVERTIDA NA LEI Nº 11.941/2009. PORTARIA PGFN/RFB Nº 14 DE 04 DE DEZEMBRO DE 2009.
Na aferição acerca da aplicabilidade da retroatividade benigna, não basta a verificação da denominação atribuída à penalidade, tampouco a simples comparação entre dispositivos, percentuais e limites. É necessário, antes de tudo, que as penalidades sopesadas tenham a mesma natureza material, portanto que sejam aplicáveis ao mesmo tipo de conduta.
O cálculo da penalidade deve ser efetuado em conformidade com a Portaria PGFN/RFB nº 14 de 04 de dezembro de 2009, se mais benéfico para o sujeito passivo.
Recurso Especial do Procurador Provido.
Numero da decisão: 9202-004.860
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em conhecer do Recurso Especial da Fazenda Nacional e, no mérito, em dar-lhe provimento. Votou pelas conclusões a conselheira Patrícia da Silva.
(assinado digitalmente)
Luiz Eduardo de Oliveira Santos - Presidente em exercício e Relator
Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros Luiz Eduardo de Oliveira Santos (Presidente em exercício), Maria Helena Cotta Cardozo, Patrícia da Silva, Elaine Cristina Monteiro e Silva Vieira, Ana Paula Fernandes, Heitor de Souza Lima Junior, Gerson Macedo Guerra e Rita Eliza Reis da Costa Bacchieri.
Nome do relator: LUIZ EDUARDO DE OLIVEIRA SANTOS
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PRINCÍPIO DA RETROATIVIDADE BENIGNA. LEI Nº 8.212/1991, COM A REDAÇÃO DADA PELA MP 449/2008, CONVERTIDA NA LEI Nº 11.941/2009. PORTARIA PGFN/RFB Nº 14 DE 04 DE DEZEMBRO DE 2009. Na aferição acerca da aplicabilidade da retroatividade benigna, não basta a verificação da denominação atribuída à penalidade, tampouco a simples comparação entre dispositivos, percentuais e limites. É necessário, antes de tudo, que as penalidades sopesadas tenham a mesma natureza material, portanto que sejam aplicáveis ao mesmo tipo de conduta. O cálculo da penalidade deve ser efetuado em conformidade com a Portaria PGFN/RFB nº 14 de 04 de dezembro de 2009, se mais benéfico para o sujeito passivo. Recurso Especial do Procurador Provido. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em conhecer do Recurso Especial da Fazenda Nacional e, no mérito, em darlhe provimento. Votou pelas conclusões a conselheira Patrícia da Silva. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 97 0. 00 06 93 /2 00 9- 63 Fl. 149DF CARF MF Processo nº 10970.000693/200963 Acórdão n.º 9202004.860 CSRFT2 Fl. 0 2 (assinado digitalmente) Luiz Eduardo de Oliveira Santos Presidente em exercício e Relator Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros Luiz Eduardo de Oliveira Santos (Presidente em exercício), Maria Helena Cotta Cardozo, Patrícia da Silva, Elaine Cristina Monteiro e Silva Vieira, Ana Paula Fernandes, Heitor de Souza Lima Junior, Gerson Macedo Guerra e Rita Eliza Reis da Costa Bacchieri. Relatório O presente recurso foi objeto de julgamento na sistemática prevista no art. 47, §§ 1º e 2º, do RICARF, aprovado pela Portaria MF 343, de 09 de junho de 2015. Portanto, adoto o relatório objeto do processo paradigma deste julgamento, n° 10380.005876/200753. A divergência em exame reportase à aplicação do princípio da retroatividade benigna previsto no artigo 106, inciso II, alínea “c”, do CTN, em face das penalidades aplicadas às contribuições previdenciárias, previstas na Lei nº 8.212/1991, com as alterações promovidas pela MP 449/2008, convertida na Lei nº 11.941/2009. A Fazenda Nacional interpôs recurso especial requerendo que a retroatividade benigna fosse aplicada, essencialmente, pelos critérios constantes na Portaria PGFN/RFB nº 14 de 04 de dezembro de 2009. Cientificado, o sujeito passivo não apresentou contrarrazões. É o relatório. Voto Conselheiro Luiz Eduardo de Oliveira Santos Relator Este processo foi julgado na sistemática dos recursos repetitivos, regulamentada pelo art. 47, §§ 1º e 2º, do RICARF, aprovado pela Portaria MF 343, de 09 de junho de 2015. Portanto, ao presente litígio aplicase o decidido no Acórdão 9202004.792, de 12/12/2016, proferido no julgamento do processo 10380.005876/200753, paradigma ao qual o presente processo foi vinculado. Transcrevese, como solução deste litígio nos termos regimentais, o inteiro teor do voto proferido naquela decisão (Acórdão 9202004.792): O Recurso Especial interposto pela Fazenda Nacional é tempestivo e atende aos demais pressupostos de admissibilidade, portanto deve ser conhecido. Fl. 150DF CARF MF Processo nº 10970.000693/200963 Acórdão n.º 9202004.860 CSRFT2 Fl. 0 3 Cingese a controvérsia às penalidades aplicadas às contribuições previdenciárias, previstas na Lei nº 8.212/1991, com as alterações promovidas pela MP nº 449/2008, convertida na Lei nº 11.941/2009, quando mais benéfica ao sujeito passivo. A solução do litígio decorre do disposto no artigo 106, inciso II, alínea “a” do CTN, a seguir transcrito: Art. 106. A lei aplicase a ato ou fato pretérito: I em qualquer caso, quando seja expressamente interpretativa, excluída a aplicação de penalidade à infração dos dispositivos interpretados; II tratandose de ato não definitivamente julgado: a) quando deixe de definilo como infração; b) quando deixe de tratálo como contrário a qualquer exigência de ação ou omissão, desde que não tenha sido fraudulento e não tenha implicado em falta de pagamento de tributo; c) quando lhe comine penalidade menos severa que a prevista na lei vigente ao tempo da sua prática. (grifos acrescidos) De inicio, cumpre registrar que a Câmara Superior de Recursos Fiscais (CSRF), de forma unânime pacificou o entendimento de que na aferição acerca da aplicabilidade da retroatividade benigna, não basta a verificação da denominação atribuída à penalidade, tampouco a simples comparação entre dispositivos, percentuais e limites. É necessário, basicamente, que as penalidades sopesadas tenham a mesma natureza material, portanto sejam aplicáveis ao mesmo tipo de conduta. Assim, a multa de mora prevista no art. 61 da Lei nº 9.430, de 1996, não é aplicável quando realizado o lançamento de ofício, conforme consta do Acórdão nº 9202004.262 (Sessão de 23 de junho de 2016), cuja ementa transcrevese: AUTO DE INFRAÇÃO OBRIGAÇÃO ACESSÓRIA MULTA APLICAÇÃO NOS LIMITES DA LEI 8.212/91 C/C LEI 11.941/08 APLICAÇÃO DA MULTA MAIS FAVORÁVEL RETROATIVIDADE BENIGNA NATUREZA DA MULTA APLICADA. A multa nos casos em que há lançamento de obrigação principal lavrados após a MP 449/2008, convertida na lei 11.941/2009, mesmo que referente a fatos geradores anteriores a publicação da referida lei, é de ofício. AUTO DE INFRAÇÃO DE OBRIGAÇÃO PRINCIPAL E ACESSÓRIA COMPARATIVO DE MULTAS APLICAÇÃO DE PENALIDADE. RETROATIVIDADE BENIGNA. Fl. 151DF CARF MF Processo nº 10970.000693/200963 Acórdão n.º 9202004.860 CSRFT2 Fl. 0 4 Na aferição acerca da aplicabilidade da retroatividade benigna, não basta a verificação da denominação atribuída à penalidade, tampouco a simples comparação entre percentuais e limites. É necessário, basicamente, que as penalidades sopesadas tenham a mesma natureza material, portanto sejam aplicáveis ao mesmo tipo de conduta. Se as multas por descumprimento de obrigações acessória e principal foram exigidas em procedimentos de ofício, ainda que em separado, incabível a aplicação retroativa do art. 32A, da Lei nº 8.212, de 1991, com a redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009, eis que esta última estabeleceu, em seu art. 35A, penalidade única combinando as duas condutas. A legislação vigente anteriormente à Medida Provisória n° 449, de 2008, determinava, para a situação em que ocorresse (a) recolhimento insuficiente do tributo e (b) falta de declaração da verba tributável em GFIP, a constituição do crédito tributário de ofício, acrescido das multas previstas nos arts. 35, II, e 32, § 5o, ambos da Lei n° 8.212, de 1991, respectivamente. Posteriormente, foi determinada, para essa mesma situação (falta de pagamento e de declaração), apenas a aplicação do art. 35A da Lei n° 8.212, de 1991, que faz remissão ao art. 44 da Lei n° 9.430, de 1996. Portanto, para aplicação da retroatividade benigna, resta necessário comparar (a) o somatório das multas previstas nos arts. 35, II, e 32, § 5o, ambos da Lei n° 8.212, de 1991, e (b) a multa prevista no art. 35A da Lei n° 8.212, de 1991. A comparação de que trata o item anterior tem por fim a aplicação da retroatividade benigna prevista no art. 106 do CTN e, caso necessário, a retificação dos valores no sistema de cobrança, a fim de que, em cada competência, o valor da multa aplicada no AIOA somado com a multa aplicada na NFLD/AIOP não exceda o percentual de 75%. Prosseguindo na análise do tema, também é entendimento pacífico deste Colegiado que na hipótese de lançamento apenas de obrigação principal, a retroatividade benigna será aplicada se, na liquidação do acórdão, a penalidade anterior à vigência da MP 449, de 2008, ultrapassar a multa do art. 35A da Lei n° 8.212/91, correspondente aos 75% previstos no art. 44 da Lei n° 9.430/96. Caso as multas previstas nos §§ 4º e 5º do art. 32 da Lei nº 8.212, de 1991, em sua redação anterior à dada pela MP 449 (convertida na Lei 11.941, de 2009), tenham sido aplicadas isoladamente descumprimento de obrigação acessória sem a imposição de penalidade pecuniária pelo descumprimento de obrigação principal deverão ser comparadas com as penalidades previstas no art. 32A da Lei nº 8.212, de 1991, bem assim no caso de competências em que o lançamento da obrigação principal tenha sido atingida pela decadência. Neste sentido, transcrevese excerto do voto unânime proferido no Acórdão nº 9202004.499 (Sessão de 29 de setembro de 2016): Fl. 152DF CARF MF Processo nº 10970.000693/200963 Acórdão n.º 9202004.860 CSRFT2 Fl. 0 5 Até a edição da MP 449/2008, quando realizado um procedimento fiscal, em que se constatava a existência de débitos previdenciários, lavravase em relação ao montante da contribuição devida, notificação fiscal de lançamento de débito NFLD. Caso constatado que, além do montante devido, descumprira o contribuinte obrigação acessória, ou seja, obrigação de fazer, como no caso de omissão em GFIP (que tem correlação direta com o fato gerador), a empresa era autuada também por descumprimento de obrigação acessória. Nessa época os dispositivos legais aplicáveis eram multa art. 35 para a NFLD (24%, que sofria acréscimos dependendo da fase processual do débito) e art. 32 (100% da contribuição devida em caso de omissões de fatos geradores em GFIP) para o Auto de infração de obrigação acessória. Contudo, a MP 449/2008, convertida na lei 11.941/2009, inseriu o art. 32A, o qual dispõe o seguinte: “Art. 32A. O contribuinte que deixar de apresentar a declaração de que trata o inciso IV do caput do art. 32 desta Lei no prazo fixado ou que a apresentar com incorreções ou omissões será intimado a apresentála ou a prestar esclarecimentos e sujeitarseá às seguintes multas: I – de R$ 20,00 (vinte reais) para cada grupo de 10 (dez) informações incorretas ou omitidas; e II – de 2% (dois por cento) ao mêscalendário ou fração, incidentes sobre o montante das contribuições informadas, ainda que integralmente pagas, no caso de falta de entrega da declaração ou entrega após o prazo, limitada a 20% (vinte por cento), observado o disposto no § 3o deste artigo. § 1o Para efeito de aplicação da multa prevista no inciso II do caput deste artigo, será considerado como termo inicial o dia seguinte ao término do prazo fixado para entrega da declaração e como termo final a data da efetiva entrega ou, no caso de nãoapresentação, a data da lavratura do auto de infração ou da notificação de lançamento. § 2o Observado o disposto no § 3o deste artigo, as multas serão reduzidas: I – à metade, quando a declaração for apresentada após o prazo, mas antes de qualquer procedimento de ofício; ou II – a 75% (setenta e cinco por cento), se houver apresentação da declaração no prazo fixado em intimação. Fl. 153DF CARF MF Processo nº 10970.000693/200963 Acórdão n.º 9202004.860 CSRFT2 Fl. 0 6 § 3o A multa mínima a ser aplicada será de: I – R$ 200,00 (duzentos reais), tratandose de omissão de declaração sem ocorrência de fatos geradores de contribuição previdenciária; e II – R$ 500,00 (quinhentos reais), nos demais casos.” Entretanto, a MP 449, Lei 11.941/2009, também acrescentou o art. 35A que dispõe o seguinte, “Art. 35A. Nos casos de lançamento de ofício relativos às contribuições referidas no art. 35 desta Lei, aplicase o disposto no art. 44 da Lei no 9.430, de 27 de dezembro de 1996.” O inciso I do art. 44 da Lei 9.430/96, por sua vez, dispõe o seguinte: “Art. 44. Nos casos de lançamento de ofício, serão aplicadas as seguintes multas: I de 75% (setenta e cinco por cento) sobre a totalidade ou diferença de imposto ou contribuição nos casos de falta de pagamento ou recolhimento, de falta de declaração e nos de declaração inexata “ Com a alteração acima, em caso de atraso, cujo recolhimento não ocorrer de forma espontânea pelo contribuinte, levando ao lançamento de ofício, a multa a ser aplicada passa a ser a estabelecida no dispositivo acima citado, ou seja, em havendo lançamento da obrigação principal (a antiga NFLD), aplicase multa de ofício no patamar de 75%. Essa conclusão levanos ao raciocínio que a natureza da multa, sempre que existe lançamento, referese a multa de ofício e não a multa de mora referida no antigo art. 35 da lei 8212/91. Contudo, mesmo que consideremos que a natureza da multa é de "multa de ofício" não podemos isoladamente aplicar 75% para as Notificações Fiscais NFLD ou Autos de Infração de Obrigação Principal AIOP, pois estaríamos na verdade retroagindo para agravar a penalidade aplicada. Por outro lado, com base nas alterações legislativas não mais caberia, nos patamares anteriormente existentes, aplicação de NFLD + AIOA (Auto de Infração de Obrigação Acessória) cumulativamente, pois em existindo lançamento de ofício a multa passa a ser exclusivamente de 75%. Tendo identificado que a natureza da multa, sempre que há lançamento, é de multa de ofício, considerando o princípio da retroatividade benigna previsto no art. 106. inciso II, alínea “c”, do Código Tributário Nacional, há Fl. 154DF CARF MF Processo nº 10970.000693/200963 Acórdão n.º 9202004.860 CSRFT2 Fl. 0 7 que se verificar a situação mais favorável ao sujeito passivo, face às alterações trazidas. No presente caso, foi lavrado AIOA julgada, e alvo do presente recurso especial, prevaleceu o valor de multa aplicado nos moldes do art. 32A. No caso da ausência de informação em GFIP, conforme descrito no relatório a multa aplicada ocorreu nos termos do art. 32, inciso IV, § 5º, da Lei nº 8.212/1991 também revogado, o qual previa uma multa no valor de 100% (cem por cento) da contribuição não declarada, limitada aos limites previstos no § 4º do mesmo artigo. Face essas considerações para efeitos da apuração da situação mais favorável, entendo que há que se observar qual das seguintes situações resulta mais favorável ao contribuinte: · Norma anterior, pela soma da multa aplicada nos moldes do art. 35, inciso II com a multa prevista no art. 32, inciso IV, § 5º, observada a limitação imposta pelo § 4º do mesmo artigo, ou · Norma atual, pela aplicação da multa de setenta e cinco por cento sobre os valores não declarados, sem qualquer limitação, excluído o valor de multa mantido na notificação. Levando em consideração a legislação mais benéfica ao contribuinte, conforme dispõe o art. 106 do Código Tributário Nacional (CTN), o órgão responsável pela execução do acórdão deve, quando do trânsito em julgado administrativo, efetuar o cálculo da multa, em cada competência, somando o valor da multa aplicada no AI de obrigação acessória com a multa aplicada na NFLD/AIOP, que não pode exceder o percentual de 75%, previsto no art. 44, I da Lei n° 9.430/1996. Da mesma forma, no lançamento apenas de obrigação principal o valor das multa de ofício não pode exceder 75%. No AI de obrigação acessória, isoladamente, o percentual não pode exceder as penalidades previstas no art. 32A da Lei nº 8.212, de 1991. Observese que, no caso de competências em que a obrigação principal tenha sido atingida pela decadência (pela antecipação do pagamento nos termos do art. 150, § 4º, do CTN), subsiste a obrigação acessória, isoladamente, relativa às mesmas competências, não atingidas pela decadência posto que regidas pelo art. 173, I, do CTN, e que, portanto, deve ter sua penalidade limitada ao valor previsto no artigo 32A da Lei nº 8.212, de 1991. Fl. 155DF CARF MF Processo nº 10970.000693/200963 Acórdão n.º 9202004.860 CSRFT2 Fl. 0 8 Cumpre ressaltar que o entendimento acima está em consonância com o que dispõe a Instrução Normativa RFB nº 971, de 13 de novembro de 2009, alterada pela Instrução Normativa RFB nº 1.027 em 22/04/2010, e no mesmo diapasão do que estabelece a Portaria PGFN/RFB nº 14 de 04 de dezembro de 2009, que contempla tanto os lançamentos de obrigação principal quanto de obrigação acessória, em conjunto ou isoladamente. Neste passo, para os fatos geradores ocorridos até 03/12/2008, a autoridade responsável pela execução do acórdão, quando do trânsito em julgado administrativo, deverá observar a Portaria PGFN/RFB nº 14 de 04 de dezembro de 2009 que se reporta à aplicação do princípio da retroatividade benigna previsto no artigo 106, inciso II, alínea “c”, do CTN, em face das penalidades aplicadas às contribuições previdenciárias nos lançamentos de obrigação principal e de obrigação acessória, em conjunto ou isoladamente, previstas na Lei nº 8.212/1991, com as alterações promovidas pela MP 449/2008, convertida na Lei nº 11.941/2009. De fato, as disposições da referida Portaria, a seguir transcritas, estão em consonância com a jurisprudência unânime desta 2ª Turma da CSRF sobre o tema: Portaria PGFN/RFB nº 14 de 04 de dezembro de 2009 Art. 1º A aplicação do disposto nos arts. 35 e 35A da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, com a redação dada pela Lei nº 11.941, de 27 de maio de 2009, às prestações de parcelamento e aos demais débitos não pagos até 3 de dezembro de 2008, inscritos ou não em Dívida Ativa, cobrados por meio de processo ainda não definitivamente julgado, observará o disposto nesta Portaria. Art. 2º No momento do pagamento ou do parcelamento do débito pelo contribuinte, o valor das multas aplicadas será analisado e os lançamentos, se necessário, serão retificados, para fins de aplicação da penalidade mais benéfica, nos termos da alínea "c" do inciso II do art. 106 da Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966 Código Tributário Nacional (CTN). § 1º Caso não haja pagamento ou parcelamento do débito, a análise do valor das multas referidas no caput será realizada no momento do ajuizamento da execução fiscal pela ProcuradoriaGeral da Fazenda Nacional (PGFN). § 2º A análise a que se refere o caput darseá por competência. § 3º A aplicação da penalidade mais benéfica na forma deste artigo darseá: I mediante requerimento do sujeito passivo, dirigido à autoridade administrativa competente, informando e comprovando que se subsume à mencionada hipótese; ou Fl. 156DF CARF MF Processo nº 10970.000693/200963 Acórdão n.º 9202004.860 CSRFT2 Fl. 0 9 II de ofício, quando verificada pela autoridade administrativa a possibilidade de aplicação. § 4º Se o processo encontrarse em trâmite no contencioso administrativo de primeira instância, a autoridade julgadora fará constar de sua decisão que a análise do valor das multas para verificação e aplicação daquela que for mais benéfica, se cabível, será realizada no momento do pagamento ou do parcelamento. Art. 3º A análise da penalidade mais benéfica, a que se refere esta Portaria, será realizada pela comparação entre a soma dos valores das multas aplicadas nos lançamentos por descumprimento de obrigação principal, conforme o art. 35 da Lei nº 8.212, de 1991, em sua redação anterior à dada pela Lei nº 11.941, de 2009, e de obrigações acessórias, conforme §§ 4º e 5º do art. 32 da Lei nº 8.212, de 1991, em sua redação anterior à dada pela Lei nº 11.941, de 2009, e da multa de ofício calculada na forma do art. 35A da Lei nº 8.212, de 1991, acrescido pela Lei nº 11.941, de 2009. § 1º Caso as multas previstas nos §§ 4º e 5º do art. 32 da Lei nº 8.212, de 1991, em sua redação anterior à dada pela Lei nº 11.941, de 2009, tenham sido aplicadas isoladamente, sem a imposição de penalidade pecuniária pelo descumprimento de obrigação principal, deverão ser comparadas com as penalidades previstas no art. 32A da Lei nº 8.212, de 1991, com a redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009. § 2º A comparação na forma do caput deverá ser efetuada em relação aos processos conexos, devendo ser considerados, inclusive, os débitos pagos, os parcelados, os nãoimpugnados, os inscritos em Dívida Ativa da União e os ajuizados após a publicação da Medida Provisória nº 449, de 3 de dezembro de 2008. Art. 4º O valor das multas aplicadas, na forma do art. 35 da Lei nº 8.212, de 1991, em sua redação anterior à dada pela Lei nº 11.941, de 2009, sobre as contribuições devidas a terceiros, assim entendidas outras entidades e fundos, deverá ser comparado com o valor das multa de ofício previsto no art. 35A daquela Lei, acrescido pela Lei nº 11.941, de 2009, e, caso resulte mais benéfico ao sujeito passivo, será reduzido àquele patamar. Art. 5º Na hipótese de ter havido lançamento de ofício relativo a contribuições declaradas na Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social (GFIP), a multa aplicada limitarseá àquela prevista no art. 35 da Lei nº 8.212, de 1991, com a redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009. Fl. 157DF CARF MF Processo nº 10970.000693/200963 Acórdão n.º 9202004.860 CSRFT2 Fl. 0 10 Em face ao exposto, dou provimento ao recurso para que a retroatividade benigna seja aplicada em conformidade com a Portaria PGFN/RFB nº 14 de 04 de dezembro de 2009. Em face do acima exposto, voto por conhecer do Recurso Especial da Fazenda Nacional e, no mérito, darlhe provimento, para que a retroatividade benigna seja aplicada em conformidade com a Portaria PGFN/RFB nº 14 de 04 de dezembro de 2009. (assinado digitalmente) Luiz Eduardo de Oliveira Santos Fl. 158DF CARF MF
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Numero do processo: 13710.000013/00-14
Turma: Primeira Turma Ordinária da Segunda Câmara da Primeira Seção
Câmara: Segunda Câmara
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Wed Feb 15 00:00:00 UTC 2017
Data da publicação: Fri Mar 10 00:00:00 UTC 2017
Ementa: Assunto: Normas de Administração Tributária
Data do fato gerador: 29/03/1996
RECOLHIMENTO A MAIOR. IRPJ. APURAÇÃO ANUAL.
Cabe reconhecer como direito creditório de recolhimento a maior o saldo restante de recolhimento via DARF de IRPJ apuração anual, em valor superior ao apurado em DIPJ, deduzido dos valores que foram alocados em pagamentos de estimativas mensais do ano-calendário subsequente.
Numero da decisão: 1201-001.569
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em dar parcial provimento ao Recurso Voluntário, nos termos do voto da Relatora.
(documento assinado digitalmente)
ROBERTO CAPARROZ DE ALMEIDA - Presidente.
(documento assinado digitalmente)
EVA MARIA LOS - Relator.
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Roberto Caparroz de Almeida (Presidente), Eva Maria Los, José Carlos de Assis Guimarães, Luis Henrique Marotti Toselli, Luiz Paulo Jorge Gomes, Paulo Cezar Fernandes de Aguiar, José Roberto Adelino. Ausente o Conselheiro Luis Fabiano Alves Penteado.
Nome do relator: EVA MARIA LOS
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IRPJ. APURAÇÃO ANUAL. Cabe reconhecer como direito creditório de recolhimento a maior o saldo restante de recolhimento via DARF de IRPJ apuração anual, em valor superior ao apurado em DIPJ, deduzido dos valores que foram alocados em pagamentos de estimativas mensais do anocalendário subsequente. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em dar parcial provimento ao Recurso Voluntário, nos termos do voto da Relatora. (documento assinado digitalmente) ROBERTO CAPARROZ DE ALMEIDA Presidente. (documento assinado digitalmente) EVA MARIA LOS Relator. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Roberto Caparroz de Almeida (Presidente), Eva Maria Los, José Carlos de Assis Guimarães, Luis Henrique Marotti Toselli, Luiz Paulo Jorge Gomes, Paulo Cezar Fernandes de Aguiar, José Roberto Adelino. Ausente o Conselheiro Luis Fabiano Alves Penteado. Relatório Trata o processo de Pedido de Restituição de R$281.070,40 de "Saldos remanescentes dos exercícios de 1995 a 1997 recolhimento por estimativa a maior do que o AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 13 71 0. 00 00 13 /0 0- 14 Fl. 544DF CARF MF Processo nº 13710.000013/0014 Acórdão n.º 1201001.569 S1C2T1 Fl. 3 2 apurado no lucro real", e Pedido de Compensação com débitos de R$18.067,65 de 2172 Cofins e R$3.914,66 de 8109 PIS, vencídos em 15/12/1999. Data do protocolo em 04/01/2000. 2. Às págs. 17/18 demonstração do crédito requerido de IRPJ e CSLL; às págs. 19/39, cópias dos DARF de recolhimentos; às págs. 40/78, DIPJs dos anoscalendário 1995, 1996 e 1997; às págs.79/85, listagens de confirmação dos recolhimentos obtidas no sistema da RFB. 3. Às págs. 90/104, Pedidos de Compensação protocolados em 15/02/2000, 23/11/2000, 04/01/2000. 4. Às págs. 172/178, Parecer Conclusivo nº 171/2010 e Despacho Decisório da Delegacia da Receita Federal no Rio de Janeiro DRF/RJO reconheceu parcialmente o direito creditório no valor de R$265.026,16, e homologouse as compensações de fls. 02, 82, 85 a 87 do processo, assim como as Declarações de Compensação Dcomp do processo nº 12448.720148/201074, fl. 165, até o limite de crédito reconhecido. 5. As compensações estão demonstradas à págs. 179/195. 6. O contribuinte apresentou manifestação de inconformidade de págs. 228/229, com os documentos de págs. 230/314, que foi encaminhado à Delegacia da Receita Federal de Julgamento DRJ/RJO I, que requereu as providências contidas na Resolução 157 da 12ª Turma e cumpridas às págs. 322/376 e cientificadas ao contribuinte, que se manifestou conforme págs. 380/381. 7. A DRF/RJ1 emitiu o Acórdão nº 1246.432, de 17 de maio de 2012, págs. 418/423, considerando a manifestação de inconformidade procedente em parte, nos seguintes termos: Em sessão desta data, da qual participaram, também, os julgadores Ângela Castaño Mariño, Ney Câmara de Castro e Ylza Maria Lemos de Souza e Lima, ACORDAM os membros da 1ª Turma de Julgamento da DRJ/RJ01, por unanimidade de votos, nos termos do Relatório e do Voto que passam a integrar o presente julgado, DAR PROVIMENTO PARCIAL à manifestação de inconformidade, mantendo o reconhecimento parcial do direito creditório, conforme Despacho Decisório – Parecer Conclusivo nº 171/2010 (fls. 172/177), m as reconhecendo a homologação tácita da DCOMP de fl. 95 (com a extinção dos débitos nela declarados). Desta decisão cabe recurso, no prazo de trinta dias de sua ciência, ao Conselho Administrativo de Recursos Fiscais. 8. Cientificado em 27/08/2012 (pág. 424) o contribuinte apresentou o Recurso Voluntário postado em 25/09/2012, págs. 510/517, tempestivamente, em que expõe o cerne do Recurso: 13. Motivado pela indevida cobrança (decorrente do Acórdão DRJ RJO I) o recorrente aditou, em 27/8/2012, a manifestação apresentada em 10/8/2011 à DRJ /RJO I. 14. Mencionado aditamento encontrase pendente de apreciação pela DRF/RJOl. Fl. 545DF CARF MF Processo nº 13710.000013/0014 Acórdão n.º 1201001.569 S1C2T1 Fl. 4 3 15. Aduziuse em suma que o direito creditório relativo ao ex.l996/ac 1995 era relativo ao pagamento a maior de R$63.596,66.de IRPJ em 29/03/1996 conforme DARF no valor de R$250.381,00 (doc.4) bem como o valor total dos direitos creditórios pleiteados seria mais que suficientes para extinguir os todos débitos informados em todas as DCOMPs apresentadas conforme fls.293, remanescendo ainda um saldo de direito creditório: 45. Isto posto, pedese: a) o reconhecimento de R$63.596,66, como valor a restituir oriundo do pagamento a maior do IRPJ ex.96/ac 95; b) o cancelamento da Cartacobrança de fls.338/344; c) a extinção in totum por compensação de todos os débitos listados na planilha de fls .293; d) o reconhecimento como crédito do valor das parcelas pagas do parcelamento realizado em ago/2005 relativo a inscrição em dívida ativa n° 70 7 05 00227194. 16.Portanto, o direito creditório pleiteado e relativo ao ex. 1996/ac 1995 dizia respeito a pagamento a maior de IRPJ, ou seja, NÃO dizia respeito a saldo negativo de IRPJ 17. O pagamento a maior ocorreu em 29/03/1996, quando foi pago um DARF no valor de R$250.381,00 (código 2430, já anexado) quando na realidade deveriam ter sido pagos R$186.784,34, conforme Ficha 08 CALCULO DO IMPOSTO DE RENDA PJ EM GERAL, constante às fls.137 deste processo. 18. Este direito creditório no valor de R$ 63.596,66 não foi reconhecido uma vez que tanto o Despacho Decisório Parecer Conclusivo n"171/2010 quanto o Despacho de fls. 298/303, exarado em 21/06/2011, consideraram erroneamente que sua origem seria saldo negativo de IRPJ! 19. Somente depois da apresentação do aditamento foi que o recorrente tomou ciência do Acórdão nu1246432, ora recorrido. 20. O recorrido Acórdão incorre nos mesmos equívocos daqueles outros dois despachos:_ (...) 28. Diante do exposto, pedese a. que o aditamento de 27/8/2012 seja apreciado pela DRJ/RJO 1 e, se for o caso, consequentemente seja devolvido o prazo para interpor Recurso Voluntário; ou Fl. 546DF CARF MF Processo nº 13710.000013/0014 Acórdão n.º 1201001.569 S1C2T1 Fl. 5 4 b. alternativamente, naquilo o recorrente tenha sucumbido no Acórdão n°1246.432 seja o aditamento de 27/8/2012 recebido como Recurso Voluntário. 9. Às págs. 499/502, Requerimento, em 21/09/2012. 10. À pág. 535, Esclarecimento da Divisão de Orientação e Análise Tributária equipe de Compensação da DRF RJO I. Voto Conselheiro Eva Maria Los 11. O contribuinte recorre do Acórdão nº 1246.432, de 17 de maio de 2012, que manteve o não reconhecimento do direito creditório a que alega ter direito, no valor de R$63.596,66, referentes a recolhimento a maior de IRPJ anual do anocalendário 1995, em 29/03/1996 conforme DARF no valor de R$250.381,00 (doc.4 sic doc 5?); afirma que não se trata de saldo negativo mas de pagamento a maior no DARF no valor de R$250.381,00 (código 2430, já anexado) quando na realidade deveriam ter sido pagos R$186.784,34, conforme Ficha 08 CALCULO DO IMPOSTO DE RENDA PJ EM GERAL, constante às fls.137 deste processo. 12. O aditamento à manifestação de inconformidade apresentado em 27/08/2012, a que se refere a Recorrente, está às págs. 429/434, e requer, em síntese: a) o reconhecimento de R$63.596,66, como valor a restituir oriundo do pagamento a maior do IRPJ ex.96/ac 95; b) o cancelamento da Cartacobrança de fls.338/344; c) a extinção in totum por compensação de todos os débitos listados na planilha de fls.293; d) o reconhecimento como crédito do valor das parcelas pagas do parcelamento realizado em ago/2005 relativo a inscrição em dívida ativa nº 70 7 05 00227194. 1 R$63.596,66, como valor a restituir oriundo do pagamento a maior do IRPJ 96/ 95 1.1 DOCUMENTOS APRESENTADOS QUANDO DO PEDIDO DE RESTITUIÇÃO E COMPENSAÇÃO: 13. Pág. 17, planilha Valores a Compensar IR e CSLL, anocalendário 1995, informa total de R$119.711,59 de recolhimentos de estimativas cód. 2362; R$250.381,00 de recolhimento IRPJ anual cód 2430; que na DIPJ o valor devido foi R$313.743,37 (soma das linhas 15. ()Imposto Devido Base Rec.Bruta e Acrésc.ou Bal.Susp./Redução R$126.959,03, e 17. IMPOSTO DE RENDA A PAGAR R$186.784,34, da Ficha 08 Cálculo do IR, pág. 47), resultando crédito de recolhimento a maior de R$56.349,22, que requer a interessada. 14. À pág. 25, cópia DARF R$250.381,00, vencimento e pagamento 29/03/1996, cód 2430 IRPJ PJ OBRIGADAS AO LUCRO REALENTIDADES NÃO FINANCEIRAS Fl. 547DF CARF MF Processo nº 13710.000013/0014 Acórdão n.º 1201001.569 S1C2T1 Fl. 6 5 DECLARAÇÃO DE AJUSTE, "Diferença (quota unica) apurada na Declaração de Rendimentos do anocalendário 1995, " 15. Às págs. 40/57, IRPJ 96/95 retificadora, entregue em 27/12/1999, consignando IRPJ Lucro Real a pagar de R$186.784,34. 1.2 PARECER CONCLUSIVO Nº 171/2010 E DESPACHO DECISÓRIO DA DRF/RJO 16. O Parecer Conclusivo nº 171/2010 da DRF/RJO concluiu que: No ano calendário 1995, a interessada apresentou na DIPJ, exercício 1996,extrato de fl. 137, imposto de renda a pagar no valor de R$ 186.784,34. Portanto, não há saldo negativo de IRPJ a ser restituído. Cabe observar que o recolhimento efetuado por meio de darf, no valor de R$250.381,00, discriminado na tabela de fl. 09, foi alocado aos débitos concernentes ao ajuste anual, apurado no ano calendário 1995, bem como às estimativas relativas ao ano calendário 1996, conforme demonstra o extrato de fl. 138. 17. Às fls. 137/138 (conforme carimbo) mas agora págs. 145/146, consta que: a. o IRPJ a pagar apurado na DIPJ retificadora foi efetivamente R$186.784,14; b. dos R$250.381,00, recolhidos em DARF em 29/03/1996 de IRPJ anual, foram alocados R$232.342,66, restando disponíveis R$18.038,34. i. As alocações foram: Para quitar os seguinte débitos cód 2430 IRPJ ano 95 186.784,34 cód 2362 est IRPJ 04/1996 13.610,59 cód 2362 est IRPJ est 05/1996 13.506,69 cód 2362 est IRPJ est 06/1996 14.456,08 cód 2362 est IRPJ est 07/1996 6.126,55 Subtotal 234.484,25 a. As alocações para quitar débitos de estimativas do ano calendário 1996, estão confirmadas, conforme a seguir: IRPJ Alocações pág. 146 DIPJ pág.149 Pagto confirm RFB Obs. jan/96 11.883,50 11.883,50 pág. 149 (141 no papel) fev/96 10.383,88 10.393,88 " mar/96 9.757,49 9.757,49 " abr/96 13.610,59 13.610,59 0,00 pág. 150 mai/96 13.506,69 13.506,69 0,00 " jun/96 14.456,08 14.456,08 0,00 " jul/96 6.126,55 14.725,58 8.599,03 " ago/96 14.138,58 14.138,58 " set/96 13.425,04 13.425,04 pág. 151 Fl. 548DF CARF MF Processo nº 13710.000013/0014 Acórdão n.º 1201001.569 S1C2T1 Fl. 7 6 out/96 14.085,92 14.085,92 " nov/96 16.687,62 16.687,62 " dez/96 14.589,57 14.589,57 " Total 47.699,91 161.250,54 113.560,63 ii. Nas quais foram utilizados: Valores consumidos nas alocações cód 2430 IRPJ ano 95 186.784,34 cód 2362 est IRPJ 04/1996 13.610,59 cód 2362 est IRPJ est 05/1996 12.841,50 cód 2362 est IRPJ est 06/1996 13.490,18 cód 2362 est IRPJ est 07/1996 5.616,05 Subtotal 232.342,66 18. Restou evidente que, do valor recolhido de cód 2430, R$250.381,00, restaram disponíveis R$18.038,34, que o Despacho Decisório não reconheceu como direito creditório. 19. Contudo, o valor que a litigante requereu, pág. foi de R$56.349,22 de recolhimento a maior no cód. 22430, em 29/03/1996. 20. A autoridade administrativa deve se limitar ao valor que o contribuinte requereu e dessa forma, tendo sido requeridos R$56.349,22 e deste valor, tendo sido alocados R$47.699,91 para quitar estimativas do ano 1996, como demonstrado, o saldo de crédito a reconhecer, relativo ao IRPJ anual de 1995, recolhido a maior em 29/03/1996 resulta em R$8.649,31. 1.3 O ACÓRDÃO DRJ RJOI 21. O Acórdão DRJ/RJO I afirmou, pág. 420, Voto: "(...) no ano calendário 1995, o interessado apurou IRPJ a apagar, não havendo saldo negativo a ser restituído." 22. Pág. 421: "Junta darf (fls. 255/260) e DIPJ (fls. 253/254) do ano calendário de 1995, entregue em 29/04/1996. A DIPJ entregue em 29/04/1996, conforme consulta de fls. 316/317, foi cancelada e substituída pela declaração entregue em 27/12/1999. O valor pago a título de estimativa não traduz a existência de crédito contra a Fazenda Nacional. Quando efetuada nos exatos termos dispostos na lei, a estimativa é considerada uma antecipação do tributo devido no encerramento do período de apuração, não gerando direito à restituição ou compensação enquanto não apurada a existência de crédito no encerramento do período (saldo negativo)." 23. Dos fatos expostos se evidencia que a DRJ não tomou conhecimento de que o contribuinte havia apresentado Pedido de Restituição de valor do IRPJ apuração anual do ano calendário 1995, que teria sido a maior, e sequer analisou. 1.4 CONCLUSÃO 24. Da leitura do Acórdão DRJ/RJO I e do Esclarecimento da Divisão de Orientação e Análise Tributária Equipe de Compensação da DRF RJO I à pág. 535, evidenciase que restou não homologada a Declaração de Compensação Dcomp nº 05454.85465.080306.1.3.023850, de pág. 173, com total de débitos de R$30.9953,84 (fls. 50/43 do processo nº 12448.720148/201074, apensado). Fl. 549DF CARF MF Processo nº 13710.000013/0014 Acórdão n.º 1201001.569 S1C2T1 Fl. 8 7 Do exposto, VOTO por não dar provimento ao recurso de ofício e dar provimento parcial ao recurso voluntário, para reconhecer o direito creditório de recolhimento a maior de R$8.649,31, em 29/03/1996 e a compensação dos débitos em aberto até o limite desse crédito (documento assinado digitalmente) Eva Maria Los Relator Fl. 550DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 10880.004996/00-37
Turma: PLENO DA CÂMARA SUPERIOR REC. FISCAIS
Câmara: Pleno
Seção: Câmara Superior de Recursos Fiscais
Data da sessão: Thu Dec 15 00:00:00 UTC 2016
Data da publicação: Tue Mar 21 00:00:00 UTC 2017
Ementa: Assunto: Outros Tributos ou Contribuições
Período de apuração: 01/03/1990 a 31/03/1992
Data do pedido: 29/03/2000
CONTRIBUIÇÃO PARA O FUNDO DE INVESTIMENTO SOCIAL - FINSOCIAL. TRIBUTO SUJEITO A LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO. RESTITUIÇÃO/COMPENSAÇÃO. DIES A QUO E PRAZO PARA EXERCÍCIO DO DIREITO. ARTIGO 62-A, DO REGIMENTO INTERNO DO CARF.
O CARF está vinculado às decisões definitivas de mérito proferidas pelo STF e STJ, na sistemática prevista nos artigos 543-B e 543-C, do CPC (art. 62-A do RICARF). Assim, conforme entendimento firmado pelo STF no RE nº 566.621, bem como aquele esposado pelo STJ no REsp nº 1.002.932, para os pedidos de restituição/compensação de tributos sujeitos a lançamento por homologação, como no caso em tela, formalizados antes da vigência da Lei Complementar nº 118, de 2005, ou seja, antes de 09/06/2005, o prazo para o contribuinte pleitear restituição/compensação é de cinco anos, conforme o artigo 150, § 4º, do CTN, somado ao prazo de cinco anos, previsto no artigo 168, I, desse mesmo código.
SÚMULA CARF Nº 91: Ao pedido de restituição pleiteado administrativamente antes de 9 de junho de 2005, no caso de tributo sujeito a lançamento por homologação, aplica-se o prazo prescricional de 10 (dez) anos, contado do fato gerador.
Numero da decisão: 9900-000.999
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em conhecer do Recurso Extraordinário da Fazenda Nacional e, no mérito, em negar-lhe provimento, com retorno dos autos à unidade de origem, nos termos do voto da relatora.
(assinado digitalmente)
Rodrigo da Costa Possas - Presidente em exercício do CARF
(assinado digitalmente)
Maria Helena Cotta Cardozo - Relatora
Participaram do presente julgamento os Conselheiros André Mendes de Moura, Marcos Aurélio Pereira Valadão, Adriana Gomes Rêgo, Cristiane Silva Costa, Rafael Vidal de Araújo, Luís Flávio Neto, Demetrius Nichele Macei (suplente convocado em substituição à conselheira Daniele Souto Rodrigues Amadio), Heitor de Souza Lima Junior, Rita Eliza Reis da Costa Bacchieri, Maria Helena Cotta Cardozo, Luiz Eduardo de Oliveira Santos, Gerson Macedo Guerra, Elaine Cristina Monteiro e Silva Vieira, Ana Paula Fernandes, Júlio César Alves Ramos, Tatiana Midori Migiyama, Vanessa Marini Cecconello, Érika Costa Camargos Autran, Andrada Marcio Canuto Natal, Demes Brito, Charles Mayer de Castro Souza e Rodrigo da Costa Possas (Presidente em exercício do CARF). Ausente a Conselheira Patricia da Silva. Ausentes, justificadamente, os Conselheiros Carlos Alberto Freitas Barreto (Presidente) e Daniele Souto Rodrigues Amadio.
Nome do relator: MARIA HELENA COTTA CARDOZO
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EPP ASSUNTO: OUTROS TRIBUTOS OU CONTRIBUIÇÕES Período de apuração: 01/03/1990 a 31/03/1992 Data do pedido: 29/03/2000 CONTRIBUIÇÃO PARA O FUNDO DE INVESTIMENTO SOCIAL FINSOCIAL. TRIBUTO SUJEITO A LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO. RESTITUIÇÃO/COMPENSAÇÃO. DIES A QUO E PRAZO PARA EXERCÍCIO DO DIREITO. ARTIGO 62A, DO REGIMENTO INTERNO DO CARF. O CARF está vinculado às decisões definitivas de mérito proferidas pelo STF e STJ, na sistemática prevista nos artigos 543B e 543C, do CPC (art. 62A do RICARF). Assim, conforme entendimento firmado pelo STF no RE nº 566.621, bem como aquele esposado pelo STJ no REsp nº 1.002.932, para os pedidos de restituição/compensação de tributos sujeitos a lançamento por homologação, como no caso em tela, formalizados antes da vigência da Lei Complementar nº 118, de 2005, ou seja, antes de 09/06/2005, o prazo para o contribuinte pleitear restituição/compensação é de cinco anos, conforme o artigo 150, § 4º, do CTN, somado ao prazo de cinco anos, previsto no artigo 168, I, desse mesmo código. SÚMULA CARF Nº 91: Ao pedido de restituição pleiteado administrativamente antes de 9 de junho de 2005, no caso de tributo sujeito a lançamento por homologação, aplicase o prazo prescricional de 10 (dez) anos, contado do fato gerador. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em conhecer do Recurso Extraordinário da Fazenda Nacional e, no mérito, em negarlhe provimento, com retorno dos autos à unidade de origem, nos termos do voto da relatora. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 88 0. 00 49 96 /0 0- 37 Fl. 365DF CARF MF 2 (assinado digitalmente) Rodrigo da Costa Possas Presidente em exercício do CARF (assinado digitalmente) Maria Helena Cotta Cardozo Relatora Participaram do presente julgamento os Conselheiros André Mendes de Moura, Marcos Aurélio Pereira Valadão, Adriana Gomes Rêgo, Cristiane Silva Costa, Rafael Vidal de Araújo, Luís Flávio Neto, Demetrius Nichele Macei (suplente convocado em substituição à conselheira Daniele Souto Rodrigues Amadio), Heitor de Souza Lima Junior, Rita Eliza Reis da Costa Bacchieri, Maria Helena Cotta Cardozo, Luiz Eduardo de Oliveira Santos, Gerson Macedo Guerra, Elaine Cristina Monteiro e Silva Vieira, Ana Paula Fernandes, Júlio César Alves Ramos, Tatiana Midori Migiyama, Vanessa Marini Cecconello, Érika Costa Camargos Autran, Andrada Marcio Canuto Natal, Demes Brito, Charles Mayer de Castro Souza e Rodrigo da Costa Possas (Presidente em exercício do CARF). Ausente a Conselheira Patricia da Silva. Ausentes, justificadamente, os Conselheiros Carlos Alberto Freitas Barreto (Presidente) e Daniele Souto Rodrigues Amadio. Relatório Tratase de Pedido de Restituição/Compensação de Contribuições para o Fundo de Investimento Social Finsocial, relativas aos períodos de apuração de 01/03/1990 a 31/03/1992 (fls. 10 a 19), tendo em vista a declaração de inconstitucionalidade da majoração da alíquota prevista na Lei nº 7.689, de 1988. O pedido foi formalizado em 29/03/2000 (fls. 01). Em sessão plenária de 17/06/2008, a Terceira Turma da Câmara Superior de Recursos Fiscais julgou o Recurso Especial nº 301125.941, interposto pela Fazenda Nacional, proferindose a decisão consubstanciada no Acórdão nº 0305.838 (fls. 130 a 134), assim ementado: “ASSUNTO: OUTROS TRIBUTOS OU CONTRIBUIÇÕES CONTRIBUIÇÃO PARA O FINSOCIAL. PRAZO PARA REQUERER A RESTITUIÇÃO/COMPENSAÇÃO. Resguardada minha opinião, adoto, no caso presente, a jurisprudência pacificada por esta Turma no sentido de que, o prazo de cinco anos para requerer a restituição ou a compensação dos valores indevidamente recolhidos a titulo de contribuição ao Finsocial, deve ser contado a partir da data da publicação da MP n° 1.110, de 31 de agosto de 1995. Recurso especial negado.” A decisão foi assim registrada: “ACORDAM os membros da Terceira Turma da Câmara Superior de Recursos Fiscais, por maioria de votos, NEGAR provimento ao recurso especial e determinar o retorno dos autos à Delegacia da Receita Federal de origem, para apreciação as demais matérias, nos termos do relatório e voto que passam a Fl. 366DF CARF MF Processo nº 10880.004996/0037 Acórdão n.º 9900000.999 CSRFPL Fl. 366 3 integrar o presente julgado. As Conselheiras Anelise Daudt Prieto, e Judith do Amaral Marcondes acompanharam a Conselheira Relatora pelas suas conclusões quanto ao prazo para pleitear o direito." Cientificada do acórdão em 06/07/2009 (fls. 136), a Fazenda Nacional interpôs, na mesma data, o Recurso Extraordinário de fls. 138 a 162, visando a revisão do julgado pelo Pleno. O recurso está fundamentado no artigo 9º, c/c art. 43, do Regimento Interno da Câmara Superior de Recursos Fiscais, aprovado pela Portaria MF nº 147, de 2007, c/c os arts. 4º e 7º, do Regimento Interno do CARF, aprovado pela Portaria MF nº 256, de 2009. Como paradigma, foi indicado o acórdão CSRF 0400.810, colacionandose a respectiva ementa, conforme a seguir: “PEDIDO DE RESTITUIÇÃO – ILL – O direito de pleitear a restituição de tributo indevido, pago espontaneamente, perece com o decurso do prazo de cinco anos, contados da data de extinção do crédito tributário, sendo irrelevante que o indébito tenha por fundamento inconstitucionalidade ou simples erro (art. 165, incisos I e II , e 168, inciso I, do CTN, e entendimento do Superior Tribunal de Justiça). Recurso Especial do Procurador Provido” Ao Recurso Extraordinário foi dado seguimento, conforme o Despacho nº 910000.117, de 14/01/2011 (fls. 164/165). Em seu Recurso Extraordinário, a Fazenda Nacional requer, em síntese, que o apelo seja admitido e, no mérito, que seja reconhecida a decadência do direito à restituição do Finsocial, contado o prazo de cinco anos a partir da data de cada pagamento indevido eventualmente comprovado. Cientificado do Recurso Extraordinário da Fazenda Nacional em 1º/04/2011 (efls. 177), o Contribuinte ofereceu, em 14/04/2011, as Contrarrazões de efls. 178 a 186, pugnando pela aplicação do prazo de dez anos, contados da data do pagamento indevido. Voto Conselheira Maria Helena Cotta Cardozo Relatora Inicialmente, registrese que o Recurso Extraordinário não estava previsto no Regimento Interno do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais RICARF, aprovado pela Portaria MF nº 256, de 2009, vigente à época da interposição do apelo. Entretanto, como no presente caso o acórdão recorrido foi prolatado antes de 30/06/2009, o Recurso Extraordinário deve ser processado de acordo com o rito previsto no antigo Regimento Interno da Câmara Superior de Recursos Fiscais, aprovado pela Portaria MF nº 147, de 2007, nos termos do artigo 4º, do RICARF aprovado pela Portaria MF nº 256, de 2009. Fl. 367DF CARF MF 4 O Recurso Extraordinário é tempestivo e atende aos demais requisitos de admissibilidade, portanto dele conheço. As Contrarrazões, oferecidas tempestivamente, pugnam pelo não provimento do apelo. Tratase de Pedido de Restituição/Compensação de Contribuições para o Fundo de Investimento Social Finsocial, relativas aos períodos de apuração de 01/03/1990 a 31/03/1992, tendo em vista a declaração de inconstitucionalidade da majoração da alíquota prevista na Lei nº 7.689, de 1988. O pedido foi formalizado em 29/03/2000. A divergência entre os acórdãos recorrido e paradigma cingese, basicamente, à fixação da data inicial para a contagem do prazo para o Contribuinte pleitear restituição/compensação. No acórdão recorrido, aplicase o prazo de cinco anos, contados de 31/08/1995, data da publicação da Medida Provisória 1.110, de 30/08/1995. A Fazenda Nacional, por sua vez, pede que seja aplicado o prazo de cinco anos, contados da data dos pagamentos indevidos. Conforme o artigo 62, § 2º, do Anexo II, do Regimento Interno do CARF, aprovado pela Portaria MF nº 343, de 2015, esta Corte Administrativa deve reproduzir as decisões definitivas de mérito proferidas pelo STF e STJ, na sistemática prevista nos artigos 543B e 543C, do antigo CPC Código de Processo Civil (de 1973), ou dos artigos 1.036 a 1.041, do novo CPC (de 2015). No que tange ao objeto do presente recurso, houve pronunciamento do STF no julgamento do RE nº 566.621, com repercussão geral, bem como do STJ no julgamento do REsp nº 1.002.932, com efeito repetitivo, ao qual o CARF deve se curvar, conforme expressa disposição regimental. O entendimento exarado pelas Cortes Superiores é no sentido de que o prazo para o contribuinte pleitear restituição/compensação de tributos sujeitos a lançamento por homologação, como no caso, para os pedidos protocolados antes da vigência da Lei Complementar 118, de 2005, ou seja, antes de 09/06/2005, é de cinco anos, conforme o artigo 150, § 4º, do CTN, somado ao prazo de cinco anos, previsto no artigo 168, I, desse mesmo código. O acórdão do Supremo Tribunal Federal restou assim ementado: “DIREITO TRIBUTÁRIO – LEI INTERPRETATIVA – APLICAÇÃO RETROATIVA DA LEI COMPLEMENTAR Nº 118/2005 – DESCABIMENTO –VIOLAÇÃO À SEGURANÇA JURÍDICA – NECESSIDADE DE OBSERVÂNCIA DA VACACIO LEGIS – APLICAÇÃO DO PRAZO REDUZIDO PARA REPETIÇÃO OU COMPENSAÇÃO DE INDÉBITOS AOS PROCESSOS AJUIZADOS A PARTIR DE 9 DE JUNHO DE 2005. Quando do advento da LC 118/05, estava consolidada a orientação da Primeira Seção do STJ no sentido de que, para os tributos sujeitos a lançamento por homologação, o prazo para repetição ou compensação de indébito era de 10 anos contados do seu fato gerador, tendo em conta a aplicação combinada dos arts. 150, § 4º, 156, VII, e 168, I, do CTN. A LC 118/05, embora tenha se autoproclamado interpretativa, implicou inovação normativa, tendo reduzido o prazo de 10 anos contados do fato gerador para 5 anos contados do pagamento indevido. Fl. 368DF CARF MF Processo nº 10880.004996/0037 Acórdão n.º 9900000.999 CSRFPL Fl. 367 5 Lei supostamente interpretativa que, em verdade, inova no mundo jurídico deve ser considerada como lei nova. Inocorrência de violação à autonomia e independência dos Poderes, porquanto a lei expressamente interpretativa também se submete, como qualquer outra, ao controle judicial quanto à sua natureza, validade e aplicação. A aplicação retroativa de novo e reduzido prazo para a repetição ou compensação de indébito tributário estipulado por lei nova, fulminando, de imediato, pretensões deduzidas tempestivamente à luz do prazo então aplicável, bem como a aplicação imediata às pretensões pendentes de ajuizamento quando da publicação da lei, sem resguardo de nenhuma regra de transição, implicam ofensa ao princípio da segurança jurídica em seus conteúdos de proteção da confiança e de garantia do acesso à Justiça. Afastando se as aplicações inconstitucionais e resguardando se, no mais, a eficácia da norma, permite se a aplicação do prazo reduzido relativamente às ações ajuizadas após a vacatio legis, conforme entendimento consolidado por esta Corte no enunciado 445 da Súmula do Tribunal. O prazo de vacatio legis de 120 dias permitiu aos contribuintes não apenas que tomassem ciência do novo prazo, mas também que ajuizassem as ações necessárias à tutela dos seus direitos. Inaplicabilidade do art. 2.028 do Código Civil, pois, não havendo lacuna na LC 118/05, que pretendeu a aplicação do novo prazo na maior extensão possível, descabida sua aplicação por analogia. Além disso, não se trata de lei geral, tampouco impede iniciativa legislativa em contrário. Reconhecida a inconstitucionalidade do art. 4º, segunda parte, da LC 118/05, considerando se válida a aplicação do novo prazo de 5 anos tão somente às ações ajuizadas após o decurso da vacatio legis de 120 dias, ou seja, a partir de 9 de junho de 2005. Aplicação do art. 543B, §3º, do CPC aos recursos sobrestados. Recurso extraordinário desprovido.” O entendimento acima foi inclusive sumulado, conforme a seguir: Súmula CARF nº 91: Ao pedido de restituição pleiteado administrativamente antes de 9 de junho de 2005, no caso de tributo sujeito a lançamento por homologação, aplicase o prazo prescricional de 10 (dez) anos, contado do fato gerador. Em síntese, os Contribuintes teriam o prazo de dez anos, a contar do fato gerador, para pleitear a restituição/compensação. Assim, no caso em apreço, o Contribuinte protocolou seu pedido em 29/03/2000, portanto o direito não estaria extinto até 29/03/1990. Como os pagamentos objeto do pedido referemse a fatos geradores ocorridos de 31/03/1990 a 31/03/1992, concluise que todos os valores são passíveis de restituição/compensação. Fl. 369DF CARF MF 6 Diante do exposto, NEGO provimento ao Recurso Extraordinário interposto pela Fazenda Nacional, determinando o retorno dos autos à Unidade de Origem, para exame das demais questões objeto do pedido. (assinado digitalmente) Maria Helena Cotta Cardozo Fl. 370DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 10711.726386/2013-43
Turma: Primeira Turma Ordinária da Segunda Câmara da Terceira Seção
Câmara: Segunda Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Tue Feb 21 00:00:00 UTC 2017
Data da publicação: Tue May 09 00:00:00 UTC 2017
Ementa: Assunto: Obrigações Acessórias
Data do fato gerador: 03/06/2009
OBRIGAÇÃO ACESSÓRIA. INOBSERVÂNCIA AO PRAZO ESTABELECIDO PREVISTO EM NORMA. AUSÊNCIA DE PRESTAÇÃO DE INFORMAÇÃO.
É obrigação do contribuinte prestar informações sobre a desconsolidação de carga dentro dos prazos previstos no artigo 22 c/c o artigo 50 da IN SRF nº 800/2007, sob pena de sujeitar-se à aplicação da multa prevista no artigo 107, inciso I, IV, alínea "e", do Decreto Lei nº 37/66.
MULTA POR ATRASO NA PRESTAÇÃO DE INFORMAÇÃO SOBRE A CARGA. APLICAÇÃO POR MANIFESTO DE CARGA. IMPOSSIBILIDADE. ÔNUS DA PROVA DO CONTRIBUINTE.
A multa regulamentar sancionadora da infração por omissão ou atraso na prestação de informação sobre a carga transportada por empresa de transporte internacional de carga deve ser aplicada uma única vez por viagem do veículo transportador e não por cada manifesto de carga da mesma viagem. Contudo, se não estiverem presentes nos autos informações suficientes que comprovem a penalização por cada manifesto de carga, não há como cancelar o lançamento.
Recurso Voluntário Negado.
Numero da decisão: 3201-002.551
Decisão: Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao Recurso Voluntário.
(assinado digitalmente)
WINDERLEY MORAIS PEREIRA - Presidente Substituto e Relator
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros Winderley Morais Pereira (Presidente), Jose Luiz Feistauer de Oliveira, Mercia Helena Trajano Damorim, Cassio Schappo, Ana Clarissa Masuko dos Santos Araujo, Pedro Rinaldi De Oliveira Lima, Paulo Roberto Duarte Moreira, Tatiana Josefovicz Belisario.
Nome do relator: WINDERLEY MORAIS PEREIRA
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ementa_s : Assunto: Obrigações Acessórias Data do fato gerador: 03/06/2009 OBRIGAÇÃO ACESSÓRIA. INOBSERVÂNCIA AO PRAZO ESTABELECIDO PREVISTO EM NORMA. AUSÊNCIA DE PRESTAÇÃO DE INFORMAÇÃO. É obrigação do contribuinte prestar informações sobre a desconsolidação de carga dentro dos prazos previstos no artigo 22 c/c o artigo 50 da IN SRF nº 800/2007, sob pena de sujeitar-se à aplicação da multa prevista no artigo 107, inciso I, IV, alínea "e", do Decreto Lei nº 37/66. MULTA POR ATRASO NA PRESTAÇÃO DE INFORMAÇÃO SOBRE A CARGA. APLICAÇÃO POR MANIFESTO DE CARGA. IMPOSSIBILIDADE. ÔNUS DA PROVA DO CONTRIBUINTE. A multa regulamentar sancionadora da infração por omissão ou atraso na prestação de informação sobre a carga transportada por empresa de transporte internacional de carga deve ser aplicada uma única vez por viagem do veículo transportador e não por cada manifesto de carga da mesma viagem. Contudo, se não estiverem presentes nos autos informações suficientes que comprovem a penalização por cada manifesto de carga, não há como cancelar o lançamento. Recurso Voluntário Negado.
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decisao_txt : Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao Recurso Voluntário. (assinado digitalmente) WINDERLEY MORAIS PEREIRA - Presidente Substituto e Relator Participaram da sessão de julgamento os conselheiros Winderley Morais Pereira (Presidente), Jose Luiz Feistauer de Oliveira, Mercia Helena Trajano Damorim, Cassio Schappo, Ana Clarissa Masuko dos Santos Araujo, Pedro Rinaldi De Oliveira Lima, Paulo Roberto Duarte Moreira, Tatiana Josefovicz Belisario.
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conteudo_txt : Metadados => pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.4; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 4; dc:format: application/pdf; version=1.4; pdf:charsPerPage: 1785; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; access_permission:fill_in_form: true; pdf:encrypted: true; producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; access_permission:can_modify: true; pdf:docinfo:producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; Content-Type: application/pdf | Conteúdo => S3C2T1 Fl. 2 1 1 S3C2T1 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS TERCEIRA SEÇÃO DE JULGAMENTO Processo nº 10711.726386/201343 Recurso nº 1 Voluntário Acórdão nº 3201002.551 – 2ª Câmara / 1ª Turma Ordinária Sessão de 21 de fevereiro de 2017 Matéria OBRIGAÇÃO ACESSÓRIA. MULTA POR ATRASO NA PRESTAÇÃO DE INFORMAÇÃO SOBRE CARGA Recorrente CEVA FREIGHT MANAGEMENT DO BRASIL LTDA. Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS Data do fato gerador: 03/06/2009 OBRIGAÇÃO ACESSÓRIA. INOBSERVÂNCIA AO PRAZO ESTABELECIDO PREVISTO EM NORMA. AUSÊNCIA DE PRESTAÇÃO DE INFORMAÇÃO. É obrigação do contribuinte prestar informações sobre a desconsolidação de carga dentro dos prazos previstos no artigo 22 c/c o artigo 50 da IN SRF nº 800/2007, sob pena de sujeitarse à aplicação da multa prevista no artigo 107, inciso I, IV, alínea "e", do Decreto Lei nº 37/66. MULTA POR ATRASO NA PRESTAÇÃO DE INFORMAÇÃO SOBRE A CARGA. APLICAÇÃO POR MANIFESTO DE CARGA. IMPOSSIBILIDADE. ÔNUS DA PROVA DO CONTRIBUINTE. A multa regulamentar sancionadora da infração por omissão ou atraso na prestação de informação sobre a carga transportada por empresa de transporte internacional de carga deve ser aplicada uma única vez por viagem do veículo transportador e não por cada manifesto de carga da mesma viagem. Contudo, se não estiverem presentes nos autos informações suficientes que comprovem a penalização por cada manifesto de carga, não há como cancelar o lançamento. Recurso Voluntário Negado. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao Recurso Voluntário. (assinado digitalmente) WINDERLEY MORAIS PEREIRA Presidente Substituto e Relator AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 71 1. 72 63 86 /2 01 3- 43 Fl. 127DF CARF MF Processo nº 10711.726386/201343 Acórdão n.º 3201002.551 S3C2T1 Fl. 3 2 Participaram da sessão de julgamento os conselheiros Winderley Morais Pereira (Presidente), Jose Luiz Feistauer de Oliveira, Mercia Helena Trajano Damorim, Cassio Schappo, Ana Clarissa Masuko dos Santos Araujo, Pedro Rinaldi De Oliveira Lima, Paulo Roberto Duarte Moreira, Tatiana Josefovicz Belisario. Relatório Tratase de processo referente à exigência de multa pelo descumprimento da obrigação de prestar informação sobre veículo, operação realizada ou carga transportada, na forma e no prazo estabelecidos pela Secretaria da Receita Federal do Brasil. A irregularidade identificada consta do tópico "Dos Fatos", parte da Descrição dos Fatos do Auto de Infração. Segundo o relatado, consistiu na prestação intempestiva de informação referente ao conhecimento eletrônico (CE) ali indicado, o que acarretou no bloqueio automático do conhecimento no sistema Carga, conforme extrato anexado aos autos. Diante dos fatos apurados, a fiscalização entendeu configurada a infração tipificada no art. 107, IV, “e”, do DecretoLei nº 37/1966, com redação dada pela Lei nº 10.833/2003, e aplicou a multa ali cominada. Não conformada com a exigência, a contribuinte apresentou Impugnação, cujos argumentos de defesa foram assim sintetizados pela DRJ: a) Princípio da razoabilidade. O atraso incorrido pela impugnante não causou embaraço ao controle aduaneiro, eis que as informações foram prestadas com suficiente antecedência da chegada do navio ao porto, o que comprova, também, o fato de a autuada não ter agido com intuito de cometer qualquer infração. Dessa forma, a aplicação de multa no presente caso ofende ao princípio da razoabilidade, que impõe à Administração Pública o dever de agir com bom senso, prudência e moderação, levando em conta a relação de proporcionalidade entre os meios empregados e a finalidade a ser alcançada, bem como as circunstâncias que envolvem a prática do ato. b) Bis in Idem. A impugnante foi penalizada mais de uma vez pela mesma conduta, uma vez que foram cobradas multas pelo atraso na entrega de informações referentes a cargas transportadas no mesmo navio/viagem, conforme processos administrativos indicados, não podendo subsistir mais de uma penalidade para o mesmo fato, conforme estabelece a legislação de regência. Assim, se infração houve, nesses casos só poderia ser aplicada multa uma única vez, consoante já decidiu a própria Receita Federal na Solução de Consulta Interna (SCI) nº 8, de 14/2/2008. Ao final a impugnante requer que seja cancelado o lançamento ou, subsidiariamente, que seja aplicado o entendimento de que só é cabível uma multa em relação a cada navio/viagem, excluindose as penalidades excedentes. A DRJ/Fortaleza julgou improcedente a impugnação apresentada, mantendo a exigência da penalidade nos termos do Acórdão 08033.143. No recurso voluntário foram repisadas as alegações trazidas na impugnação. É o relatório. Fl. 128DF CARF MF Processo nº 10711.726386/201343 Acórdão n.º 3201002.551 S3C2T1 Fl. 4 3 Voto Winderley Morais Pereira, Relator. O julgamento deste processo segue a sistemática dos recursos repetitivos, regulamentada pelo art. 47, §§ 1º e 2º, do RICARF, aprovado pela Portaria MF 343, de 09 de junho de 2015. Portanto, ao presente litígio aplicase o decidido no Acórdão 3201002.523, de 21 de fevereiro de 2017, proferido no julgamento do processo 10711.724209/201241, paradigma ao qual o presente processo foi vinculado. Transcrevese, como solução deste litígio, nos termos regimentais, o entendimento que prevaleceu naquela decisão, (Acórdão 3201002.523): "Conforme o Direito Tributário, a legislação, as provas, documentos e petições apresentados aos autos deste procedimento administrativo e, no exercício dos trabalhos e atribuições profissionais concedidas aos Conselheiros, conforme portaria de condução e Regimento Interno deste Conselho, apresento e relato o seguinte voto. Por conter matéria preventa desta 3.ª Seção do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais e considerando o tempestivo Recurso Voluntário, dele conheço. A alegação da fiscalização de 'Não Prestação de Informação sobre Carga Transportada' e a consequente aplicação de multa de R$ 5.000,00 prevista no Art. 107 do DL 37/66, em razão do descumprimento do prazo previsto na IN RFB 800/2007, Art. 22, ocorreu em razão da fiscalização ter constatado que o contribuinte era consignatário e deveria ter cumprido o prazo em no máximo até 29/07/09 às 07:58, sendo que desconsolidou o mercante agregado HBL de fls. 23 e 24 às 18:00 do mesmo dia 29. Conforme alegação de bis in idem do contribuinte em seu Recurso Voluntário, a autuação seria atrelada a dois outros autos de infração, Processos Administrativos de n°. 10711.724.250/201218 e 10711.724.251/201262, com os mesmos fatos e penalidade. Vencido no voto de diligência, para que fossem juntadas aos autos cópias dos mencionados processos e fosse verificada a possibilidade da duplicidade da pena, conforme Resolução por mim proposta na sessão de Janeiro deste ano, é certo que devo proceder à análise do mérito desta lide. Em que pese existir precedente favorável à situação do contribuinte, como o encontrado no Acórdão 3102001.988 deste Conselho, que determinou que a multa regulamentar sancionadora da infração por omissão ou atraso na prestação de informação sobre a carga transportada por empresa de transporte internacional de carga deve ser aplicada uma única vez por viagem do veículo transportador e não por cada manifesto de carga da mesma viagem, como fora consignado na autuação, não houve comprovação da existência de duplicidade ou do bis in idem, tampouco argumentos capazes de prejudicar o lançamento fiscal ou contradizer os argumentos utilizados pela turma de origem que afirmou 'que as multas aplicadas foram decorrentes de condutas similares, porém, relativas a fatos distintos'. Fl. 129DF CARF MF Processo nº 10711.726386/201343 Acórdão n.º 3201002.551 S3C2T1 Fl. 5 4 Mas cópias dos Autos de Infração, um demonstrativo analítico, com os registros relativos às operações tratadas em cada processo apontado no recurso, não foram juntados pelo contribuinte. Esta situação (não juntada de documentos ou provas) diverge do previsto no Art. 16, inciso III e §4º, do inciso V , do Decreto nº 70.235/72, bem como do artigo 373, inciso II, do Código de Processo Civil. Nestes termos, considerando que a Recorrente deixou de comprovar suas alegações, não há como acolher o pedido de nulidade do lançamento suscitado pela contribuinte. Restam prejudicados os demais argumentos do contribuinte, pois todos são decorrentes da alegação de bis in idem, exceto pela alegação de aplicação do princípio da razoabilidade, o que certamente teria valia porque é um princípio constitucional, contudo, está correta a fundamentação legal do lançamento, vigente e aplicável aos fatos narrados. O lançamento capitulou corretamente a multa regulamentar pela não prestação de informação sobre veículo ou carga transportada, ou sobre operações que executar, prevista no artigo 107, inciso IV, alínea "e", do Decreto Lei º 37/66, com a redação dada pelo artigo 77 da Lei nº 10.833/2003, pelo fato da Recorrente ter prestado informações sobre a desconsolidação da carga fora do preceitos e prazos previstos nos artigo 22 e 50, da Instrução Normativa SRF nº 800/2007. Assim, deve ser aplicada a multa prevista pela letra “e” do inciso IV, art. 107 do Decreto nº 37, isso é, no montante de R$ 5.000,00 (cinco mil reais). Diante do exposto, votase por NEGAR PROVIMENTO ao Recurso Voluntário para manter o lançamento em uma só multa no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais)." Quanto à questão do bis in idem, da mesma forma que no caso do paradigma a contribuinte não juntou ao presente processo "cópias dos Autos de Infração, um demonstrativo analítico, com os registros relativos às operações tratadas em cada processo apontado no recurso". Não comprovada a ocorrência de duplicidade da exigência, não há como acolher o pleito de nulidade do presente lançamento. Aplicandose a decisão do paradigma ao presente processo, em razão da sistemática prevista nos §§ 1º e 2º do art. 47 do RICARF, negase provimento ao recurso voluntário. assinado digitalmente Winderley Morais Pereira Fl. 130DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 17878.000094/2007-85
Turma: Terceira Turma Especial da Primeira Seção
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Wed Nov 10 00:00:00 UTC 2010
Ementa: NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO
Exercício: 2003
COMPENSAÇÃO. EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO.
LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO.
Para efeito de interpretação do inciso I do art.168 da Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966 - Código Tributário Nacional (CTN), a extinção do crédito tributário ocorre, no caso de tributo sujeito a lançamento por homologação, no momento do pagamento antecipado de que trata o § 1º do art. 150 da
referida Lei.
ASSUNTO: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL
Exercício: 2003
ALEGAÇÕES DE INCONSTITUCIONALIDADE DE LEI.
O Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) não é competente para se pronunciar sobre a inconstitucionalidade de lei tributária (Súmula nº 2).
Numero da decisão: 1803-000.665
Decisão: Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em negar
provimento ao Recurso, nos termos do relatório e votos que integram o presente julgado.
Nome do relator: Sérgio Rodrigues Mendes
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ementa_s : NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO Exercício: 2003 COMPENSAÇÃO. EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO. LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO. Para efeito de interpretação do inciso I do art.168 da Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966 - Código Tributário Nacional (CTN), a extinção do crédito tributário ocorre, no caso de tributo sujeito a lançamento por homologação, no momento do pagamento antecipado de que trata o § 1º do art. 150 da referida Lei. ASSUNTO: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL Exercício: 2003 ALEGAÇÕES DE INCONSTITUCIONALIDADE DE LEI. O Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) não é competente para se pronunciar sobre a inconstitucionalidade de lei tributária (Súmula nº 2).
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Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO Exercício: 2003 COMPENSAÇÃO. EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO. LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO. Para efeito de interpretação do inciso I do art.168 da Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966 - Código Tributário Nacional (CTN), a extinção do crédito tributário ocorre, no caso de tributo sujeito a lançamento por homologação, no momento do pagamento antecipado de que trata o § 1º do art. 150 da referida Lei. ASSUNTO: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL Exercício: 2003 ALEGAÇÕES DE INCONSTITUCIONALIDADE DE LEI. O Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) não é competente para se pronunciar sobre a inconstitucionalidade de lei tributária (Súmula nº 2). Fl. 1DF CARF MF Emitido em 23/11/2010 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 17/11/2010 por SERGIO RODRIGUES MENDES Assinado digitalmente em 19/11/2010 por SERGIO RODRIGUES MENDES, 23/11/2010 por SELENE FERREIRA DE M ORAES 2 Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao Recurso, nos termos do relatório e votos que integram o presente julgado. (assinado digitalmente) Selene Ferreira de Moraes - Presidente (assinado digitalmente) Sérgio Rodrigues Mendes - Relator Participaram do presente julgamento os Conselheiros Selene Ferreira de Moraes, Benedicto Celso Benício Júnior, Walter Adolfo Maresch, Marcelo Fonseca Vicentini, Sérgio Rodrigues Mendes e Luciano Inocêncio dos Santos. Fl. 2DF CARF MF Emitido em 23/11/2010 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 17/11/2010 por SERGIO RODRIGUES MENDES Assinado digitalmente em 19/11/2010 por SERGIO RODRIGUES MENDES, 23/11/2010 por SELENE FERREIRA DE M ORAES Processo nº 17878.000094/2007-85 Acórdão n.º 1803-00.665 S1-TE03 Fl. 706 3 Relatório Por bem retratar os acontecimentos do presente processo, adoto o Relatório do acórdão recorrido (fls. 489 a 494): I) Das compensações declaradas 1. Versa o presente processo sobre manifestação de inconformidade contra Despacho Decisório proferido pela DRF/Volta Redonda-RJ, em 22/02/2008, que não homologou compensações de débitos de IRPJ e CSLL, vinculadas a direito creditório oriundo de saldo negativo de CSLL, apurado na DIPJ/2003, ano calendário 2002, no valor de R$ 38.216,00, informadas nas Declarações de Compensação a seguir relacionadas: [...]. II) Do despacho decisório 3. Os fatos e fundamentos jurídicos consignados no referido Despacho Decisório (fls. 263/267), são, em suma, os seguintes: [...]; 3.5. o saldo negativo informado na ficha 17, linha 42, da DIPJ (fls. 60), no valor de R$ 38.216,00, é composto das seguintes parcelas: Contribuição Mensal Paga por Estimativa - linha 38 (R$ 33.053,22) e Contribuição Retida na Fonte por Órgão Público - linha 41 (R$ 24.548,75); 3.6. quanto às retenções, tomou-se como base o rol da ficha "CSLL Retida na Fonte" informado na DCOMP n° 12773.15698.210907.1.7.03-7306 (fls. 106/116), o qual foi utilizado para confronto, seja com as informações do Sistema SIEF/DIRF (fls. 158/186), seja com os comprovantes de rendimentos que informam as retenções na fonte ocorridas no período (fls. 196/258), tendo a interessada como beneficiária; 3.7. dessa análise resultou na elaboração da tabela de fls. 264/265, intitulada "Retenção Efetuada por Órgão Público", que reproduz as informações sobre os valores das retenções contidas na mencionada DCOMP, no Sistema SIEF, e nos comprovantes de rendimentos, além de consignar o valor da retenção admitido; 3.8. na apuração das retenções efetuadas pelos órgãos públicos utilizou o autor do Parecer os percentuais previstos na Instrução Normativa SRF/STN/SFC n° 23/2001 (fls. 156/157), vigente à época da ocorrência dos fatos geradores; 3.9. comprova-se, assim, que o valor da CSLL retida na fonte por órgãos públicos (linha 42) corresponde a R$ 5.351,90; 3.10. no que concerne à comprovação da CSLL por estimativa, tomando-se como referência a ficha 16 da DIPJ/2003 — "Cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido Mensal por Estimativa" (fls. 56/59) — nota-se que foram apurados débitos, sob o código 2484, para os meses de setembro, outubro e novembro/2002; 3.11. da consulta às respectivas DCTF (fls. 118/120), observa-se que: Fl. 3DF CARF MF Emitido em 23/11/2010 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 17/11/2010 por SERGIO RODRIGUES MENDES Assinado digitalmente em 19/11/2010 por SERGIO RODRIGUES MENDES, 23/11/2010 por SELENE FERREIRA DE M ORAES 4 a) a estimativa do período de apuração setembro/2002 vincula-se à compensação com saldo negativo de período anterior (PA: 31/12/1996); b) para a estimativa outubro/2002 não há crédito vinculado, restando, por conseguinte, saldo a pagar; c) a estimativa novembro/2002 vincula-se a duas espécies de créditos, quais sejam, pagamento via DARF, no valor de R$ 955,01, e compensação mediante entrega da DCOMP n° 16912.30203.280307.1.7.03-3150, no valor de R$ 3.511,71, restando, então, o saldo a pagar de R$ 12.334,13; 3.12. com respeito à estimativa setembro/2002, conclui-se que, por decurso do prazo de 5 (cinco) anos, operou-se a decadência do direito de a interessada pleitear essa compensação mediante a utilização do saldo negativo do exercício 1997, ano calendário 1996; 3.13. intimada a esclarecer a forma de utilização do saldo negativo do exercício 1997 (fls. 125/126), a interessada apresentou demonstrativos (fls.191/195), esclarecendo sobre a impossibilidade de apresentação dos documentos que respaldam a apuração desse saldo negativo (fls. 190); 3.14. o débito de outubro/2002, por sua vez, não se encontra extinto por nenhuma das formas admitidas, razão pela qual o valor de R$ 8.154,84 restou glosado da CSLL mensal paga por estimativa (linha 38); 3.15. o débito relativo ao período de apuração novembro/2002 foi parcialmente quitado, seja por pagamento, devidamente confirmado, inclusive quanto à sua disponibilidade, conforme extratos do Sistema SIEF/FISCEL (fls. 260 e 261), seja mediante compensação por intermédio da DCOMP n° 16912.30203.280307.1.7.03-3150, em conformidade com as novas regras pelas quais as compensações de débitos de mesma natureza foram igualadas às demais compensações, e todas submetidas à homologação da Receita Federal (art. 74, da Lei n° 9.430/1996, com a redação dada pelo art. 49 da Medida Provisória n° 66/2002, posteriormente convertida na Lei n° 10.637/2002); 3.16. por conseguinte, procedeu-se, no período de apuração novembro/2002, à glosa do Imposto de Renda Mensal (sic) Pago por Estimativa (linha 38), no valor de R$ 12.334,13; 3.17. deve ser esclarecido que, por força dos citados dispositivos legais, não mais é admitida, a partir do 4° trimestre de 2002, a compensação de débitos, ainda que de mesma natureza, com saldos negativos de exercícios anteriores, logo não assiste razão à interessada em suas alegações de fls. 04/09; 3.18. conclui-se, pois, pela inexistência de saldo negativo a compensar, fato que resulta em CSLL a pagar no montante de R$ 9.567,35, devendo ser salientado que, os débitos das declarações ativas antes relacionados encontram-se confessados por força da Medida Provisória n° 135/2003, vigente a partir de 30/10/2003, posteriormente convertida na Lei n° 10.833/2003; [...]; 3.20. em face do exposto, decidiu a Sra. Delegada da DRF/Volta Redonda-RJ por: a) não homologar as compensações dos débitos referidos, em razão da inexistência de direito creditório, b) exigir, com base nos artigos 26, § 4°, e 29, da Instrução Normativa SRF n° 600/2005, por meio de Carta de Cobrança e DARF, os valores confessados e Fl. 4DF CARF MF Emitido em 23/11/2010 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 17/11/2010 por SERGIO RODRIGUES MENDES Assinado digitalmente em 19/11/2010 por SERGIO RODRIGUES MENDES, 23/11/2010 por SELENE FERREIRA DE M ORAES Processo nº 17878.000094/2007-85 Acórdão n.º 1803-00.665 S1-TE03 Fl. 707 5 indevidamente compensados, com a data de vencimento corrigida, com o acréscimo dos encargos moratórios; [...]. III) Da manifestação de inconformidade 4. Inconformada com a decisão proferida pela DRF/Volta Redonda-RJ, da qual tomou ciência em 25/02/2008 (fls. 282), apresentou a interessada, em 05/03/2008, a manifestação de inconformidade de fls. 292/303, instruída com os documentos de fls. 304/483, argumentando, em síntese, que: 4.1. as compensações originaram-se de créditos decorrentes de saldo negativo de CSLL do ano-calendário 2002, formado por excessos em sua retenção feita por órgãos públicos, bem como por excessos na apuração da CSLL sob o regime de estimativa; 4.2. a DRF/Volta Redonda-RJ glosou tais compensações, fundamentando sua decisão em duas suposições: ocorrência de decadência do direito de pleitear a compensação e inexistência de recolhimentos indevidos passíveis de compensação; 4.3. quanto à decadência, tecendo considerações acerca das disposições dos artigos 150, § 1º, 156, inciso II, 168, 170 e 172, todos do CTN, sustenta que, para os tributos sujeitos a lançamento por homologação o Superior Tribunal de Justiça - STJ tem mantido entendimento segundo o qual, na ausência de homologação expressa, o prazo somente se inicia após decorridos 5 (cinco) anos da ocorrência do fato gerador, pois é neste momento que se considera extinto o crédito tributário; 4.4. acrescenta, ainda, que, com isso, na prática, tem-se 10 (dez) anos para a repetição, 5 (cinco) dos quais relativos à homologação tácita e 5 (cinco) de prazo decadencial propriamente dito; 4.5. o entendimento da DRF/Volta Redonda-RJ contraria frontalmente a posição adotada pelo STJ, na medida em que o IRPJ e a CSLL são tributos sujeitos ao lançamento por homologação, devendo, pois, submeter-se ao prazo de 10 anos a que faz referência a jurisprudência do STJ; 4.6. tal posicionamento, que se apóia no prazo prescricional de 5 (cinco) anos para a compensação dos pagamentos indevidamente efetuados a título de IRPJ, recolhidos na sistemática de "retenção na fonte", afronta a jurisprudência pacificada do STJ e nega vigência aos artigos 156, inciso I, e 168, inciso I, do CTN; 4.7. assim, somente é possível admitir-se a extinção do direito de pleitear a restituição ou compensação de indébito com base no artigo 168, inciso I, do CTN, dispositivo esse que possui interpretação peculiar em se tratando de tributos sujeitos a lançamento por homologação; 4.8. o termo final do prazo prescricional corresponde à data em que a Fazenda Pública homologa expressa ou tacitamente o pagamento efetuado pelo contribuinte, portanto, qualquer entendimento diverso conduziria o intérprete à ilegalidade e, por conseguinte, ao cerceamento do direito de o contribuinte obter a devolução/compensação de tributos indevidamente recolhidos; 4.9. sobre a suposta inexistência de créditos a compensar, outro argumento utilizado pela DRF/Volta Redonda-RJ para não homologar as compensações realizadas, a Receita Federal deixou de considerar não só as retenções sofridas pela Fl. 5DF CARF MF Emitido em 23/11/2010 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 17/11/2010 por SERGIO RODRIGUES MENDES Assinado digitalmente em 19/11/2010 por SERGIO RODRIGUES MENDES, 23/11/2010 por SELENE FERREIRA DE M ORAES 6 interessada, como também os excessos de recolhimento da CSLL no regime de apuração por estimativa; [...]. A decisão da instância a quo foi assim ementada (fls. 487): ASSUNTO: NORMAS DE ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA Ano-calendário: 2002 PRELIMINAR DE REALIZAÇÃO DE PERÍCIA. DISPENSA. Indefere-se o pedido de perícia que não atende aos requisitos exigidos pelo Decreto n° 70.235/1972 (art. 16), que regula o Processo Administrativo Fiscal, o qual determina a nomeação de perito e a formulação de quesitos. ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO LÍQUIDO - CSLL Ano-calendário: 2002 COMPENSAÇÃO DE DÉBITOS DE TRIBUTOS COM SALDO CREDOR DE CSLL APURADO NA DIPJ. COMPROVAÇÃO PARCIAL DO IRRF E DOS PAGAMENTOS POR ESTIMATIVA. INEXISTÊNCIA DO DIREITO CREDITÓRIO. A inexistência de direito creditório de CSLL informado na DIPJ/2003, passível de compensação com débitos da própria contribuição e do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica, constatada em face da comprovação parcial, tanto das retenções efetuadas por órgãos públicos, como do efetivo pagamento do imposto de renda (sic) mensal por estimativa, conduz à não homologação das compensações declaradas em PER/DCOMP. Rest/Ress. Indeferido - Comp. não homologada. Cientificada da referida decisão em 23/07/2009 (fls. 508), a tempo, em 20/08/2009, apresenta a interessada Recurso de fls. 509 a 522, instruído com os documentos de fls. 523 a 703, nele argumentando, em síntese: a) que a Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça afastou, por inconstitucionalidade, a aplicação nas normas de prescrição contidas na Lei Complementar n° 118, de 2005; b) que há, efetivamente, comprovação documental e inconfundível para a totalidade dos créditos utilizados pela Recorrente, oriundos do saldo negativo da contribuição no ano de 1996; c) que é possível apurar o valor exato do Saldo Negativo de IRPJ (sic) do ano-calendário 1996 a partir da DIPJ 1997; d) que se mostra necessário, ainda, demonstrar como as antecipações da CSLL de 1996, que compõem, ao final, o saldo negativo desse ano, foram compensadas; e e) que faz anexar cópia de todos os recolhimentos por estimativa realizados desde o ano-calendário de 1992, período no qual surgiu o primeiro Saldo Negativo de CSLL aproveitado, e todas as DIPJs correspondentes. Fl. 6DF CARF MF Emitido em 23/11/2010 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 17/11/2010 por SERGIO RODRIGUES MENDES Assinado digitalmente em 19/11/2010 por SERGIO RODRIGUES MENDES, 23/11/2010 por SELENE FERREIRA DE M ORAES Processo nº 17878.000094/2007-85 Acórdão n.º 1803-00.665 S1-TE03 Fl. 708 7 Em mesa para julgamento. Voto Conselheiro Sérgio Rodrigues Mendes, Relator Atendidos os pressupostos formais e materiais, tomo conhecimento do Recurso. Conforme se verificou, quatro são os motivos das glosas procedidas no saldo negativo da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) declarado no exercício de 2003, no valor de R$ 38.216,00, composto das seguintes parcelas: Contribuição Mensal Paga por Estimativa - linha 38 (R$ 33.053,22) e Contribuição Retida na Fonte por Órgão Público - linha 41 (R$ 24.548,75): a) parte da CSLL por estimativa (setembro de 2002) compensada com saldo negativo de período anterior já prescrito (exercício de 1997, ano- calendário de 1996) e sem documentos que respaldassem a apuração desse crédito (glosa de R$ 8.097,53); b) parte da CSLL por estimativa (outubro de 2002) não vinculada a qualquer crédito (glosa de R$ 8.154,84); c) parte da CSLL paga por estimativa (novembro de 2002) apenas parcialmente quitada (glosa de R$ 12.334,13); e d) retenções efetuadas por órgãos públicos em montante menor que o declarado (R$ 5.351,90 em vez de R$ 24.548,75). Em seu Recurso, manifesta-se a Recorrente, expressamente, apenas com relação ao motivo descrito na alínea "a" acima. Prescrição do crédito objeto de compensação (estimativa de setembro de 2002) A contenda, quanto a esse ponto, ficou resolvida, em definitivo, com a edição da Lei Complementar nº 118, de 9 de fevereiro de 2005, que, em seu art. 3º, veio interpretar o inciso I do art. 168 do CTN, do seguinte modo (grifou-se): Art. 3º Para efeito de interpretação do inciso I do art.168 da Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966 – Código Tributário Nacional, a extinção do crédito tributário ocorre, no caso de tributo sujeito a lançamento por homologação, no momento do pagamento antecipado de que trata o § 1º do art. 150 da referida Lei. No que se refere à alegada inconstitucionalidade dessa Lei Complementar, em especial, o seu art. 4º, incide na espécie a Súmula Carf nº 2, de seguinte teor: O CARF não é competente para se pronunciar sobre a inconstitucionalidade de lei tributária. Fl. 7DF CARF MF Emitido em 23/11/2010 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 17/11/2010 por SERGIO RODRIGUES MENDES Assinado digitalmente em 19/11/2010 por SERGIO RODRIGUES MENDES, 23/11/2010 por SELENE FERREIRA DE M ORAES 8 Por fim, em contraponto ao entendimento manifestado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) (tese dos cinco mais cinco), sobejamente transcrito pela Recorrente (fls. 513 a 515), releva anotar que o Supremo Tribunal Federal (STF) já externou em, pelo menos, duas oportunidades, nos Agravos Regimentais nos Agravos de Instrumentos nºs 64.773-SP e 69.363-SP, a correta inteligência dos artigos do Código Tributário Nacional (CTN) que tratam de prazo para pleitear restituição, tendo assentado que: A cláusula subordinada e condicional de ulterior homologação do pagamento em nada influi no raciocínio, porque ela funciona como ressalva em garantia dos interesses fazendários; em segundo lugar, porque, tratando-se de condição resolutiva, a relação jurídica está formada e perdura, até que se realize a condição (v. Clóvis, com. art. 119). No caso, a condição não se verificou e o direito resultante do pagamento se tornou definitivamente invulnerável: o negócio não se resolveu e sua eficácia não cessou (...). Segue-se do exposto que não é da homologação do pagamento, expresso ou tácito, que flui o prazo prescricional de cinco anos, senão do pagamento mesmo, que, no caso, ocorreu em 1967 (...). Ficam, por conseguinte, prejudicados os argumentos, demonstrativos e documentos relativos à suposta existência e composição do saldo negativo do exercício de 1997, ano-calendário de 1996. Conclusão Em face do exposto, e considerando tudo o mais que dos autos consta, voto no sentido de NEGAR PROVIMENTO AO RECURSO. É como voto. (assinado digitalmente) Sérgio Rodrigues Mendes Fl. 8DF CARF MF Emitido em 23/11/2010 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 17/11/2010 por SERGIO RODRIGUES MENDES Assinado digitalmente em 19/11/2010 por SERGIO RODRIGUES MENDES, 23/11/2010 por SELENE FERREIRA DE M ORAES
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Numero do processo: 35564.003354/2006-17
Turma: 2ª TURMA/CÂMARA SUPERIOR REC. FISCAIS
Câmara: 2ª SEÇÃO
Seção: Câmara Superior de Recursos Fiscais
Data da sessão: Wed Jan 25 00:00:00 UTC 2017
Data da publicação: Tue Mar 21 00:00:00 UTC 2017
Numero da decisão: 9202-000.080
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Resolvem os membros do colegiado, converter o julgamento do recurso em diligência à Unidade de Origem, para que esta informe os débitos relativos ao presente processo que foram objeto de desistência, para que fossem incluídos no parcelamento da Lei nº 11.941 de 2009, e, caso aplicável, proceda ao apartamento dos autos, com retorno à relatora para prosseguimento.
(assinado digitalmente)
Luiz Eduardo de Oliveira Santos - Presidente em exercício
(assinado digitalmente)
Rita Eliza Reis da Costa Bacchieri - Relatora
Participaram do presente julgamento os Conselheiros Maria Helena Cotta Cardozo, Patrícia da Silva, Elaine Cristina Monteiro e Silva Vieira, Ana Paula Fernandes, Heitor de Souza Lima Junior, Fábio Piovesan Bozza (suplente convocado), Rita Eliza Reis da Costa Bacchieri, Luiz Eduardo de Oliveira Santos.
Nome do relator: RITA ELIZA REIS DA COSTA BACCHIERI
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Resolvem os membros do colegiado, converter o julgamento do recurso em diligência à Unidade de Origem, para que esta informe os débitos relativos ao presente processo que foram objeto de desistência, para que fossem incluídos no parcelamento da Lei nº 11.941 de 2009, e, caso aplicável, proceda ao apartamento dos autos, com retorno à relatora para prosseguimento. (assinado digitalmente) Luiz Eduardo de Oliveira Santos Presidente em exercício (assinado digitalmente) Rita Eliza Reis da Costa Bacchieri Relatora Participaram do presente julgamento os Conselheiros Maria Helena Cotta Cardozo, Patrícia da Silva, Elaine Cristina Monteiro e Silva Vieira, Ana Paula Fernandes, Heitor de Souza Lima Junior, Fábio Piovesan Bozza (suplente convocado), Rita Eliza Reis da Costa Bacchieri, Luiz Eduardo de Oliveira Santos. RE SO LU ÇÃ O G ER A D A N O P G D -C A RF P RO CE SS O 3 55 64 .0 03 35 4/ 20 06 -1 7 Fl. 1879DF CARF MF Processo nº 35564.003354/200617 Resolução nº 9202000.080 CSRFT2 Fl. 1.879 2 Relatório: No presente processo discutese a Notificação Fiscal de Lançamento de Débito NFLD nº 370120477 para cobrança de contribuições devidas à Seguridade Social correspondentes à parte da empresa, para financiamento dos benefícios concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade laborativa decorrentes dos riscos ambientais do trabalho STA e as destinadas aos terceiros (Salário Educação, Incra, SESI e Senai). Período de autuação 04/2004 a 03/2006. Em sede de impugnação (fls. 66/69) o Contribuinte contesta parte do lançamento, Esclarece que por ser a empresa formada por vários estabelecimentos, em relação ao período de 05 a 11/2004 e 01 a 08/2005 apresentou GFIP centralizada pela Matriz, e por ter deixado de recolher alguns FGTS foi obrigada a apresentar GFIP meramente informativa, acarretando a acumulação indevida na base de cálculo da matriz com as filiais: O Sr. Auditor Fiscal da Previdência Social procedeu ao levantamento do débito, por estabelecimento, referente ao período de abril de 2004 à março de 2006, com base na GFIP — Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social. Acontece que no período de maio de 2004 a novembro de 2004 e de janeiro de 2005 a agosto de 2005, parte do período do levantamento, o contribuinte apresentou GFIP centralizada pela MATRIZ, e como a empresa deixou de efetuar o recolhimento de alguns FGTS — Fundo de Garantia por Tempo de Serviço foi obrigada a apresentar GFIP meramente informativa quando efetuava o recolhimento individualizado, assim é que o levantamento da MATRIZ no período de maio de 2004 a novembro de 2004 e de janeiro de 2005 a agosto de 2005 foram acumulados indevidamente as bases de cálculo da matriz com as filiais resultando daí valores que embora conste no levantamento não são devidos pelo estabelecimento MATRIZ. Apresentou nesta oportunidade planilhas e documentos (fls. 70/262) para demonstrar quais seriam as bases de cálculo da contribuição. Requereu a apuração do valor efetivamente devido para realização do respectivo parcelamento do débito. Atendendo a diligência do "Serviço de Contencioso Administrativo Previdenciário" (fls. 265) a fiscalização se manifestou no seguinte sentido (fls. 269 e seguintes): 1Em resposta ao despacho de fls .265, informamos ter esta fiscalização haver consultado , em 04.12.06, as retificações de Gfip 's no sistema GfipWeb, onde constatamos que as últimas Gfip's exportadas para as competências objeto desta defesa, ou seja, as que se encontram válidas, possuem valores infinitamente menores que as utilizadas no levantamento ou as apresentadas pelo contribuinte em sua defesa , prejudicando a apreciação da defesa , cf se verifica na tabela abaixo: ... Fl. 1880DF CARF MF Processo nº 35564.003354/200617 Resolução nº 9202000.080 CSRFT2 Fl. 1.880 3 Em DecisãoNotificação nº 21.401.4/0038/2006 a Receita Previdenciária julgou o lançamento procedente sob o fundamento de que os documentos apresentados não correspondem ao que se apurou em análise ao sistema informatizado. As GFIP/SEFIP não são válidas, em razão de retificações posteriores. Explica: 10. 0 defendente referese a GFIP meramente informativa, quando na realidade, significa que a nova GFIP/SEFIP (retificadora) substituiu as informações contidas no seu cadastro independentemente do código de recolhimento e do FPAS, inclusive as informações provenientes de GRFP — Guia Rescisória do FGTS e Informações à Previdência Social e formulários retificadores — RDE, RDT e RRD. Assim, se existirem duas ou mais GFIP/SEFIP apresentadas numa determinada competência (até versão 7.0 do SEFIP ou apresentada em meio papel), a nova GFIP/SEFIP, gerada em versão igual ou superior a 8.0, substituirá todas as GFIP/SEFIP contidas no cadastro da Previdência, naquela competência, excetuandose as GFIP/SEFIP com códigos de recolhimento 650/904 (reclamatória trabalhista), pois, para estes códigos de recolhimento, somente há substituição com a entrega de uma GFIP/SEFIP com o código de recolhimento 650 e a identificação precisa do mesmo processo/vara/período. 11. Da planilha constante da defesa em que são informados os valores Base de Cálculo NFLD, GFIPSEFIP Matriz e Valor referente às FILIAIS, por competência, confirmamse apenas os valores da Base de Cálculo da Matriz pelas cópias das folhas de pagamento, pois conforme exposto nos itens anteriores, a última retificação enviada pelo contribuinte substitui totalmente as declarações anteriores. Não foram apresentadas na defesa as folhas de pagamento das filiais. Da mesma forma, não se confirmam os valores constantes nas demais planilhas apresentadas na defesa. Os valores constantes das GFIP/SEFIP válidas (fls. 269/270) não correspondem ao que é informado na defesa, tampouco ao que foi apresentado durante a ação fiscal na empresa. Recurso Voluntário juntado Às fls. 295/299 onde foram reiterados os argumentos de defesa, destaca ter havido mero erro na apresentação de informações e requer o cancelamento do lançamento por ser ilíquido e incerto o tributo exigido. Antes do julgamento do recurso foi requerida nova diligência à fiscalização, tendo a auditora fiscal solicitado (fls. 610/613): a) Qual a correta remuneração (salário contribuição) efetivamente paga, creditada ou devida aos segurados empregados? Folhas de pagamento e resumos? GFIPWEB ? DAD ? Livro Diário? b) Mantida a Base de Cálculo lançada no DAD, justificar a origem das diferenças entre os valores do DAD e os documentos anexados pela empresa (matriz e filiais) e/ou examinados pela fiscalização. c) No caso de retificação, justificar e elaborar planilha DE / PARA do salário de contribuição, por estabelecimento. d) Cabe apuração complementar sobre os pagamentos efetuados aos contribuintes individuais, período de 04/2006 a 03/2006 e das Fl. 1881DF CARF MF Processo nº 35564.003354/200617 Resolução nº 9202000.080 CSRFT2 Fl. 1.881 4 diferenças apontadas na planilha FP x DAD — comp. 04/2004, 13/2004 e 09/2005 (matriz)? e) Há outras diferenças a serem apuradas nas filiais, tendo em vista os documentos de fls. 353/427? Em resposta à diligência foi esclarecido pela fiscalização (fls. 616): 1 A empresa Isaac Salomão Sayeg Cia. Ltda foi auditada por esta fiscalização em 30.06.2006. Nessa ocasião, efetuamos o presente levantamento com base na documentação então apresentada pela empresa. Encerrado o procedimento fiscal, efetuado o levantamento, entregues as NFLD's, a empresa iniciou uma série de retificações ns Gfip que serviram de base ao levantamento, e recentemente anexou uma série de documentos não exibidos na ocasião do levantamento, (embora instada a fazêlo). Procedemos ao exame da documentação anexada e não vemos motivos para duvidar de sua autenticidade, o que dá ensejo à retificação do presente débito com base nas folhas de pagamento ora apresentadas. Tais folhas, no entanto, no entender dessa auditoria, devem corresponder a Gfip's de igual valor. Em 15.12.2006 (despacho fls 270), após compulsar o sistema GfipWeb, chamamos a atenção para o fato de a empresa entregar essa documentação com valores totalmente diferentes daqueles constantes do nosso levantamento e mesmo da defesa dela, empresa. Mesmo alertada para o fato de que, à partir da versão 8.0 do Sefip, apenas a última Gfip entregue é válida, devendo conter toda a movimentação da competência correspondente, a empresa insiste em efetuar constantes retificações nas mesmas com valores normalmente correspondentes a um único empregado. Consultamos o sistema GfipWeb novamente em 26.06.2007, e tal problema continua. Não vemos condições de efetuar a retificação do débito baseados em documentos não acompanhados das Gfip correspondentes, corretamente entregues. Sugerimos assim, que seja o contribuinte oficialmente inteirado do fato de que deve retificar as Gfip de modo que constem do sistema com valor correto, para que possamos proceder à retificação de seu débito. 2 À vista da documentação ora anexada pela empresa, informamos que cabe apuração complementar nas competências mencionadas no item "d" de fls. 613. Não observamos outras diferenças a serem apuradas nas filiais. Os autos foram enviados a este Conselho Administrativo de Recursos Fiscais. A 4ª Câmara / 3ª Turma aplicando a preclusão delimitou a lide apenas ao período de 05 à 11/2004 e 01 à 08/2005 (impugnação parcial) e assim, por unanimidade dos votos, anulou por vício material parte do lançamento haja vista erro na apuração da base de cálculo; e de ofício, por maioria, determinou o recalculo da multa de mora. O acórdão 240300.245 recebeu a seguinte decisão: ACORDAM os membros do colegiado, no mérito I) Por unanimidade de votos, em acatar a nulidade do lançamento para as competências 05 a 11/2004 e 01 a 08/2005 referente ao estabelecimento matriz, CNPJ: 62.924.493/000103. II) Por maioria de votos, em dar provimento Fl. 1882DF CARF MF Processo nº 35564.003354/200617 Resolução nº 9202000.080 CSRFT2 Fl. 1.882 5 parcial ao recurso, para que se recalcule a multa de mora, com base na redação dada pela lei 11.941/2009 ao Art. 35, caput, da Lei 8.212/91, com a prevalência da mais benéfica ao Contribuinte. Vencidos na questão de multa de mora os conselheiros Paulo Maurício Pinheiro Monteiro e Núbia Moreira Barros Mazza. A Fazenda Nacional opôs embargos de declaração sob a alegação de omissão do julgado em relação ao fato de o contribuinte ter reconhecido ser devedor de parte do débito anulado pelo Colegiado, afinal na impugnação teria sido discutido apenas a diferença na base apurada. Os embargos não foram conhecidos pelo presidente da Turma. Antes do trânsito em julgado da decisão administrativa, por ainda estar no prazo de apresentação do Recurso Especial, o Contribuinte protocolizou, em 08/2011, petição de fls. 652 requerendo a desistência da Impugnação e do Recurso Voluntário interpostos, renunciando a discussão travada no presente feito, uma vez que aderiu ao Parcelamento da Lei nº 11.941/09. A Fazenda Nacional, intimada em 06/10/2011 do despacho que não conheceu seus embargos, interpôs recurso especial de divergência. Preliminarmente requer o cancelamento do acórdão proferido pela câmara a quo em face do pedido de parcelamento: considerando que o contribuinte optou por parcelar o débito e expressamente desistiu do direito sobre o qual se funda o recurso voluntário, sendo essa atitude uma confissão irretratável de dívida, consolidouse a exigência original constante da NFLD. Ressalta que o cancelamento expresso do acórdão fazse necessário para se evitar dúvidas acerca da consolidação do débito constante na NFLD e da impossibilidade de acórdão 2403 00.245 produzir efeitos. No que tange ao mérito argui divergência em relação as seguinte matérias: 1) Da preclusão em relação à discussão de parte dos valores declarados nulos: considerando que o Contribuinte em sede de impugnação reconhece e apresenta documentos por meio do qual atesta ser devedor de parte do débito discutido a nulidade não poderia abranger esses valores confessados haja vista ter se operado a preclusão deste direito. Nesse sentido, ao apreciar de oficio matéria não expressamente impugnada, a Turma recorrida findou por proferir decisão ultra petita, eis que deixou de observar os precisos contornos da lide fixados pelo Contribuinte por ocasião da impugnação. 2) Inexistência de vício material: argumenta que erros na apuração da base de cálculo, ainda que ocorram, não inquinam de nulidade o lançamento podendo ser revisto o valor lançado. Subsidiariamente requer seja reconhecido o erro como formal. 3) Multa: questiona o critério adotado na aplicação do princípio da retroatividade benigna previsto no artigo 106, inciso II, alínea “c”, do CTN, em face das penalidades aplicadas às contribuições previdenciárias, previstas na Lei nº 8.212/1991, com as alterações promovidas pela MP 449/2008, convertida na Lei nº 11.941/2009. Antes do exame de admissibilidade do Recurso da União, o Contribuinte, em 02/10/2010, protocolizou petição de fls. 690 a 691 informando que o mesmo procedimento de fiscalização deu origem a NFLD 37.012.0477, objeto do presente processo e a NFLD 37.012.0469 onde são exigidas as contribuições previdenciárias relativas a parcela retida dos segurados empregados e não recolhidas na época própria discussão trava nos autos do processo nº 35564.003353/200664. Argumenta que estamos diante de processos conexos pois Fl. 1883DF CARF MF Processo nº 35564.003354/200617 Resolução nº 9202000.080 CSRFT2 Fl. 1.883 6 as bases de cálculo das contribuições exigidas em ambos seria a mesma. Assim, considerando que neste ultimo processo também há manifestação em retorno de diligência no sentido de haver erro na apuração da base de cálculo, requer o Contribuinte: a) seja convertido o julgamento dos presentes autos em diligência, a fim de que a Contribuinte demonstre, nos presentes autos, e em observância ao princípio da verdade material, a correta apuração da Base de Cálculo do tributo aqui discutido, juntando os documentos necessários para tanto; b) ou, acaso não seja esse o entendimento de Vossa Excelência, tendo se em vista que os autos do Processo Administrativo n° 35564.003353/200664 encontramse pendentes de julgamento na Delegacia Regional de Julgamento 2 (DRJ2), em São Paulo — SP 2), requer seja aguardado o desfecho do citado processo, para que, com a posterior remessa do mesmo a essa Egrégia Corte, seja efetuada a reunião dos feitos, com o seu julgamento conjunto, uma vez que existente a conexão entre as matérias objeto dos processos administrativos mencionados. Em contrarrazões de fls. 715/724 o Contribuinte: a) esclarece que seu pedido de parcelamento se limitou aos valores que entedia como devidos valores declarados, não tendo desistido do que já foi reconhecido como indevido pelo acórdão recorrido. Defende ainda o não conhecimento do recurso quanto a este ponto haja vista a ausência de acórdão paradigma; b) inexiste preclusão e é patente o vício material na medida em que a base de cálculo não foi apurada corretamente, conforme reconhecido pela fiscalização nas declarações dadas às duas diligências realizadas; e c) quanto a multa, com base no art. 106 do CTN, requer a aplicação do art. 61 da Lei nº 9.430/96. É o relatório. Voto: Conselheira Rita Eliza Reis da Costa Bacchieri Relatora Argui a União que o acórdão recorrido deve ser cancelado em razão da petição de fls. 652, por meio da qual o Contribuinte comunica a inclusão de débitos no parcelamento especial instituído pela Lei nº 11.941/09 e expressamente requer a desistência das peças de impugnação e Recurso Voluntário, renunciando a discussão travada no presente feito. Para a Recorrente o contribuinte exerceu a faculdade prevista na lei tendo optado por confessar ser devedor do débitos em litígio. Em contrarrazões o Contribuinte pede o não conhecimento do recurso e esclarece que sua renúncia foi parcial tendo requerido o parcelamento apenas do que foi por ele declarado, defende ainda o não conhecimento do recurso em relação a essa matéria por ausência de acórdão paradigma. Fl. 1884DF CARF MF Processo nº 35564.003354/200617 Resolução nº 9202000.080 CSRFT2 Fl. 1.884 7 Inicialmente, devese destacar que a matéria em questão, por se tratar de fato posterior ao julgamento do Recurso Voluntário e que portanto não compõe o acórdão recorrido e considerando seus impactos diretos sobre a lide, deve ser conhecida por este Colegiado como matéria preliminar que no entendimento desta Relatora dispensaria o exame de admissibilidade. Assim, diante das informações prestadas pelas partes se faz necessário o saneamento do processo. Isso porque, em regra, as normas que instituem o parcelamento possuem como requisito para realização da opção que o contribuinte desista formalmente dos processos administrativos e judiciais eventualmente em curso. Além do requisito legal temos ainda a determinação do art. 78 do Regimento Interno deste Conselho Portaria MF nº 343/15, mais especificamente dos parágrafos 3º, 4º e 5º que dispõem: Art. 78. Em qualquer fase processual o recorrente poderá desistir do recurso em tramitação. § 1º A desistência será manifestada em petição ou a termo nos autos do processo. § 2º O pedido de parcelamento, a confissão irretratável de dívida, a extinção sem ressalva do débito, por qualquer de suas modalidades, ou a propositura pelo contribuinte, contra a Fazenda Nacional, de ação judicial com o mesmo objeto, importa a desistência do recurso. § 3º No caso de desistência, pedido de parcelamento, confissão irretratável de dívida e de extinção sem ressalva de débito, estará configurada renúncia ao direito sobre o qual se funda o recurso interposto pelo sujeito passivo, inclusive na hipótese de já ter ocorrido decisão favorável ao recorrente. § 4º Havendo desistência parcial do sujeito passivo e, ao mesmo tempo, decisão favorável a ele, total ou parcial, com recurso pendente de julgamento, os autos deverão ser encaminhados à unidade de origem para que, depois de apartados, se for o caso, retornem ao CARF para seguimento dos trâmites processuais. § 5º Se a desistência do sujeito passivo for total, ainda que haja decisão favorável a ele com recurso pendente de julgamento, os autos deverão ser encaminhados à unidade de origem para procedimentos de cobrança, tornandose insubsistentes todas as decisões que lhe forem favoráveis. Destaco que nos casos como dos autos onde há requerimento de parcelamento esta Câmara Superior tem decido por conhecer do Recurso da Fazenda Nacional, para no mérito declarar a definitividade do débito nos moldes em que efetuado pelo lançamento. Ocorre que a Lei nº 11.941/09 inovou e deu ao contribuinte a opção de realizar o parcelamento parcial de débitos, inclusive com o desmembramento de auto de infração. Diante dos elementos juntados aos autos, e considerado a afirmação do Contribuinte de que sua renuncia seria parcial, julgo necessário que seja apurado qual o valor efetivamente parcelado, informando especialmente se houve pedido de parcelamento em relação aos fatos geradores do Fl. 1885DF CARF MF Processo nº 35564.003354/200617 Resolução nº 9202000.080 CSRFT2 Fl. 1.885 8 período de maio a novembro de 2004 e janeiro à agosto de 2005, aplicando se for o caso o que determina o §4º do citado art. 78 do RICARF. Assim, proponho a conversão do julgamento em diligência à unidade de origem para que seja feito o levantamento de quais os débitos foram expressamente indicados pelo Contribuinte quando da formalização da sua adesão ao parcelamento, procedendo se pertinente o saneamento do processo com a aplicação do art. 78, §4º do nosso Regimento. (assinado digitalmente) Rita Eliza Reis da Costa Bacchieri Fl. 1886DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 11080.934342/2009-45
Turma: 3ª TURMA/CÂMARA SUPERIOR REC. FISCAIS
Câmara: 3ª SEÇÃO
Seção: Câmara Superior de Recursos Fiscais
Data da sessão: Wed Dec 07 00:00:00 UTC 2016
Data da publicação: Tue Mar 21 00:00:00 UTC 2017
Ementa: Assunto: Contribuição para o PIS/Pasep
Período de apuração: 01/08/2005 a 31/08/2005
CONTRATOS. PREÇO PREDETERMINADO. ÍNDICE DE REAJUSTE. DESCARACTERIZAÇÃO.
Incumbe à empresa postulante à manutenção na sistemática cumulativa da contribuição a demonstração de que o índice empregado cumpre os requisitos legais, expressamente a de que a variação dos custos efetivamente ocorrida seria igual ou superior à praticada com base no índice contratualmente definido.
Recurso Especial do Procurador Provido.
Numero da decisão: 9303-004.528
Decisão: Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em conhecer do Recurso Especial da Fazenda Nacional e, no mérito, por voto de qualidade, em dar-lhe provimento, vencidos os conselheiros Tatiana Midori Migiyama, Erika Costa Camargos Autran, Charles Mayer de Castro Souza (Suplente convocado) e Vanessa Marini Cecconello, que lhe negaram provimento.
(assinado digitalmente)
Rodrigo da Costa Pôssas - Presidente em exercício e Relator
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros Rodrigo da Costa Pôssas, Júlio César Alves Ramos, Tatiana Midori Migiyama, Andrada Márcio Canuto Natal, Demes Brito, Érika Costa Camargos Autran, Charles Mayer de Castro Souza e Vanessa Marini Cecconello.
Nome do relator: RODRIGO DA COSTA POSSAS
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PREÇO PREDETERMINADO. CORREÇÃO. IGPM. Recorrente FAZENDA NACIONAL Interessado COMPANHIA ESTADUAL DE GERAÇÃO E TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA CEEEGT ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS/PASEP Período de apuração: 01/08/2005 a 31/08/2005 CONTRATOS. PREÇO PREDETERMINADO. ÍNDICE DE REAJUSTE. DESCARACTERIZAÇÃO. Incumbe à empresa postulante à manutenção na sistemática cumulativa da contribuição a demonstração de que o índice empregado cumpre os requisitos legais, expressamente a de que a variação dos custos efetivamente ocorrida seria igual ou superior à praticada com base no índice contratualmente definido. Recurso Especial do Procurador Provido. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em conhecer do Recurso Especial da Fazenda Nacional e, no mérito, por voto de qualidade, em darlhe provimento, vencidos os conselheiros Tatiana Midori Migiyama, Erika Costa Camargos Autran, Charles Mayer de Castro Souza (Suplente convocado) e Vanessa Marini Cecconello, que lhe negaram provimento. (assinado digitalmente) Rodrigo da Costa Pôssas Presidente em exercício e Relator Participaram da sessão de julgamento os conselheiros Rodrigo da Costa Pôssas, Júlio César Alves Ramos, Tatiana Midori Migiyama, Andrada Márcio Canuto Natal, Demes Brito, Érika Costa Camargos Autran, Charles Mayer de Castro Souza e Vanessa Marini Cecconello. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 11 08 0. 93 43 42 /2 00 9- 45 Fl. 879DF CARF MF Processo nº 11080.934342/200945 Acórdão n.º 9303004.528 CSRFT3 Fl. 3 2 Relatório Tratase de Recurso Especial apresentado pela Fazenda Nacional contra o Acórdão nº 3803005.973, que julgou o recurso voluntário interposto pela contribuinte contra a não homologação de compensação declarada (PER/DCOMP). A compensação está lastreada em crédito oriundo de pagamento de contribuição supostamente efetuado a maior, em razão de apuração efetuada na sistemática nãocumulativa. O colegiado a quo entendeu, em síntese, que a correção dos preços pelo IGP M não descaracteriza a natureza de preço predeterminado para os efeitos da tributação pelas contribuições cumulativas, incidentes sobre contratos de longo prazo firmados antes de 31 de outubro de 2003, conforme previsão contida no inciso XI, b, do artigo 10 e inciso V do artigo 15 da Lei nº10.833/2003. Com esse entendimento, ficou caracterizado o pagamento a maior em razão da apuração da contribuição na sistemática não cumulativa. Para comprovar a divergência de interpretação necessária ao conhecimento do seu recurso, a Fazenda Nacional aponta decisões que enfrentaram exatamente a mesma situação mesmo setor econômico, mesmo índice em discussão e concluíram de modo antagônico. Após, sobrevieram contrarrazões em que o sujeito passivo defende o acerto da decisão questionada e pugna pela sua manutenção. É o Relatório. Voto Conselheiro Rodrigo da Costa Pôssas, Relator O julgamento deste processo segue a sistemática dos recursos repetitivos, regulamentada pelo art. 47, §§ 1º e 2º, do RICARF, aprovado pela Portaria MF 343, de 09 de junho de 2015. Portanto, ao presente litígio aplicase o decidido no Acórdão 9303004.467, de 07/12/2016, proferido no julgamento do processo 11080.909061/201179, paradigma ao qual o presente processo foi vinculado. Transcrevese, como solução deste litígio, nos termos regimentais, o entendimento que prevaleceu naquela decisão (Acórdão 9303004.467): O recurso cumpre os requisitos regimentais para que seja apreciado; dele conheço. Começo com o registro de que concordo com quase todos os fundamentos da decisão recorrida, da lavra do douto e coerente ex Fl. 880DF CARF MF Processo nº 11080.934342/200945 Acórdão n.º 9303004.528 CSRFT3 Fl. 4 3 membro desta casa, o dr. Belchior Melo de Souza. De fato, apenas discordo dele quando vislumbra diferença semântica relevante entre as locuções presentes na lei ("reajuste em função de ...") e no ato normativo que buscou regulamentar o assunto ("reajuste em percentual ... "). Para mim, nenhuma diferença há aí: reajuste "em função de" quer dizer exatamente "aplicando o percentual previsto no" índice. O que se tem de ver é se o índice cumpre os requisitos da lei, isto é, refletir "a variação ponderada dos custos dos insumos utilizados, nos termos do inciso II do §1º do art. 27 da Lei nº 9.069, de 29 de junho de 1995". É que, como já reiteradamente transcrito, a norma que temos de aplicar autoriza a adoção de dois critérios alternativos e mutuamente excludentes para fixação do reajuste do preço: pode ele expressar a variação dos custos ou se basear em índice que reflita a variação ponderada dos custos dos insumos utilizados. Por "variação dos custos", entendo eu, quer o ato legal se referir à variação efetivamente ocorrida e devidamente apurada pela empresa em sua escrita contábil. Já o índice que se empregue pode, em princípio, ser qualquer um objeto do acordo celebrado com o cliente, mas não pode superar a efetiva variação dos custos. A meu sentir, a norma sob análise decorre das especificidades do setor em discussão. Como é bem sabido, tratase de uma atividade essencialmente monopolizada, na qual prestador e tomador acordam condições que prevalecerão por períodos de tempo bastante longos. Nesses casos, inexistente um "mercado fixador", o preço é contratualmente definido, especificando o contrato também a forma de reajuste que o preserve dos efeitos inflacionários. Outra especificidade do setor diz com o elevado aporte de capital necessário a sua exploração, o que o fez, até há duas décadas, exclusivamente estatal. A privatização do setor, ocorrida nos idos dos anos 90 do século passado, exigia, por isso, que se garantisse (até onde possível) uma remuneração ao capital privado suficiente a estimular o seu ingresso. E na fixação desse percentual, obviamente, um fator essencial é a "margem de contribuição", no dizer dos contabilistas, ou o markup, na dos economistas: em ambos as acepções, a diferença entre o preço e o custo (unitário, na primeira; marginal, na segunda). E tal diferença, sabidamente, é influenciada pela tributação que incida sobre o setor. É por isso que o legislador, a meu ver acertadamente, previu que o reajuste do preço em percentual "compatível" com a variação efetiva dos custos, por si só, não afetaria a forma de tributação pelas contribuições PIS e COFINS que vigia quando os contratos foram assinados. A rigor, tal regra limitaria a correção dos preços à efetiva variação ocorrida nos custos, mas o legislador a ampliou ao deferir que fosse usado índice, desde que ele refletisse a variação ponderada dos custos dos insumos utilizados. É importante aqui considerar, como minudentemente feito no voto do dr. Belchior, a diferença entre reajuste, recomposição e repactuação. Citoo: Fl. 881DF CARF MF Processo nº 11080.934342/200945 Acórdão n.º 9303004.528 CSRFT3 Fl. 5 4 Nesse passo, importa identificar três formas de fixação de preços nos contratos em andamento: a repactuação ou revisão, a recomposição e o reajuste. A autorizada doutrina de Marçal Justen Filho1 define o que vêm a ser recomposição e reajuste. “A recomposição é o procedimento destinado a avaliar a ocorrência de evento que afeta a equação econômico financeira do contrato e promove adequação das cláusulas contratuais aos parâmetros necessários para recompor o equilíbrio original. Já o reajuste é procedimento automático, em que a recomposição se produz sempre que ocorra a variação de certos índices, independentemente de averiguação efetiva do desequilíbrio” A recomposição, também chamada de revisão, decorre de fatos imprevisíveis: caso de força maior, caso fortuito, fato do príncipe ou álea econômica extraordinária. O reajuste objetiva reconstituir os preços praticados no contrato em razão de fatos previsíveis, é dizer, álea econômica ordinária, no momento da contratação, ante a realidade existente, como a variação inflacionária. Por decorrência, o reajuste deve retratar a alteração dos custos de produção a fim de manter as condições efetivas da proposta contratual, embora muitas vezes não alcance este desiderato relativamente a certo segmento ou agente econômico. A repactuação visa à adequação dos preços contratuais aos novos preços de mercado e, no âmbito da Administração Pública Federal, encontrase regulamentada no art. 5º do Decreto nº 2.271, de 7 de julho de 19972. A possibilidade de repactuação prevista neste decreto não se faz acompanhar de disciplina acerca dos seus efeitos tributários, valendo a citação apenas para destacar a definição do signo repactuação. Novamente, em nada posso divergir dessa conceituação, mas tampouco posso concordar com a conclusão que dela extrai meu celebrado colega: para mim, a possibilidade de o contrato estabelecer cláusula de alteração em consequência de mudança tributária que venha a afetar o preço, implementada posteriormente à assinatura do contrato, está exatamente a validar o meu entendimento. É que ela seria totalmente desnecessária (ao menos no tocante às contribuições em tela) se fosse possível mantêlo no regime cumulativo pela aplicação de qualquer índice contratual, pois, nesse caso, nunca haveria impacto tributário do reajuste. Penso que, ao contrário, ela pode se dar (caso a correção pelo índice leve à tributação não cumulativa) o que atrai o procedimento de recomposição. Divirjo, portanto, dos que entendem (como parece ser a conclusão da decisão recorrida) que a autorização legal esteja a permitir que a 1 Filho, Marçal Justen. Comentários à lei de licitações e contratos administrativos. São Paulo: Dialética, 10. ed., 2004, p. 389. 2 Art. 5º Os contratos de que trata este Decreto, que tenham por objeto a prestação de serviços executados de forma contínua poderão, desde que previsto no edital, admitir repactuação visando à adequação aos novos preços de mercado, observados o interregno mínimo de um ano e a demonstração analítica da variação dos componentes dos custos do contrato, devidamente justificada. Fl. 882DF CARF MF Processo nº 11080.934342/200945 Acórdão n.º 9303004.528 CSRFT3 Fl. 6 5 empresa adote um determinado índice e não mais precise averiguar se ele é inferior ou superior à efetiva variação dos seus custos. É óbvio que se for inferior, não estará autorizada a deixar de aplicar o índice contratualmente previsto para reajuste. Aplicamse, nesse caso, as disposições contratuais relativas à recomposição e/ou repactuação, conforme didaticamente exposto pelo dr. Belchior em seu voto. O que isso não implica, porém, é que, em qualquer caso, mantém se o regime cumulativo, pois não é isso o que diz o ato legal. Necessário, pois, provar. Quando se trata de lançamento de ofício, essa prova, a meu sentir, há de ser exigida e desconstituída fundamentadamente pela fiscalização para que possa ser mantido o lançamento. Já nos casos, como o presente, em que é a própria empresa quem postula administrativamente a sistemática cumulativa, ela deve ser a primeira peça a instruir o seu pleito. No presente caso, do relatório da decisão recorrida e da leitura da íntegra do processo, não encontro qualquer prova, no entanto, ainda que a empresa tenha afirmado em seu recurso voluntário que: "(...) em nenhum momento foram aferidos os custos de produção do contribuinte no período fiscalizado. Nesse caso, mesmo considerando que o IGPM desfigura o conceito normativo de preço predeterminado, não poderia ter sido ignorada outra prerrogativa legal, a qual estabelece um percentual não superior ao acréscimo do custo de produção". Como já repetidamente afirmado, tal prova competia a ela, postulante, e não à fiscalização. Fora isso, a defesa da empresa lastreiase essencialmente no ato da ANEEL, que efetivamente afirma que o IGPM cumpre o requisito legal relativo à tributação aqui discutida. Isso não obstante, rejeito o argumento, pois a competência da ANEEL não alcança matéria tributária. Com efeito, entre as atribuições daquela agência reguladora, exaustivamente elencadas na própria lei que a criou3, nada há acerca da tributação incidente sobre o setor. Assim, as Notas Técnicas e as Resoluções daquela agência reguladora aplicamse às questões inerentes à geração e à distribuição de energia elétrica e às atividades correlatas. Sua competência, pois, restringese à seara dos contratos, dos preços da energia e da remuneração das concessionárias e permissionárias desses serviços públicos. Por óbvio, entre tais atribuições está dizer que possa ser contratualmente previsto o IGPM. O que não pode é dizer que isso implica tal ou qual consequência tributária. No presente caso, como já afirmado, embora postule a compensação, nada trouxe a empresa que comprovasse a adequação do índice aos ditames legais. Voto, pois, por dar provimento ao recurso da Fazenda Nacional. 3 Lei 9.427/96, arts. 3º e 4º Fl. 883DF CARF MF Processo nº 11080.934342/200945 Acórdão n.º 9303004.528 CSRFT3 Fl. 7 6 Aplicandose a decisão do paradigma ao presente processo, em razão da sistemática prevista nos §§ 1º e 2º do art. 47 do RICARF, conheço do recurso especial da Fazenda Nacional, e, no mérito, doulhe provimento. assinado digitalmente Rodrigo da Costa Pôssas Fl. 884DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 10855.722674/2013-94
Turma: Segunda Turma Ordinária da Segunda Câmara da Segunda Seção
Câmara: Segunda Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Tue Feb 07 00:00:00 UTC 2017
Data da publicação: Tue Mar 14 00:00:00 UTC 2017
Ementa: Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física - IRPF
Ano-calendário: 2009
DIRPF. DEDUÇÕES. COMPROVAÇÃO. REGULAMENTO DO IMPOSTO DE RENDA/RIR 1999.
Todas as deduções na base de cálculo do imposto previstas pela legislação estão sujeitas a comprovação ou justificação, a juízo da autoridade lançadora (Decreto-Lei n° 5.844, de 1943, art. 11, § 3°).
DESPESAS MÉDICAS.
Poderão ser deduzidos os pagamentos referentes a despesas médicas efetuados pelo contribuinte, relativos ao próprio tratamento e ao de seus dependentes, desde que comprovados mediante documentação hábil e idônea.
A fiscalização pode exigir a comprovação do efetivo pagamento da despesa.
Na ocorrência de tratamento continuado, com sessões semanais e pagamento em espécie e havendo comprovação de saques realizados durante o tratamento, que cobrem os valores dos recibos mensais, pode se considerar comprovado o efetivo pagamento.
Numero da decisão: 2202-003.670
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, dar provimento ao recurso.
(Assinado digitalmente)
Marco Aurélio de Oliveira Barbosa Presidente
(Assinado digitalmente)
Cecilia Dutra Pillar - Relatora
Participaram do presente julgamento os Conselheiros Marco Aurélio de Oliveira Barbosa (Presidente), Júnia Roberta Gouveia Sampaio, Dílson Jatahy Fonseca Neto, Rosemary Figueiroa Augusto, Martin da Silva Gesto, Cecília Dutra Pillar e Márcio Henrique Sales Parada.
Nome do relator: CECILIA DUTRA PILLAR
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DEDUÇÕES. COMPROVAÇÃO. REGULAMENTO DO IMPOSTO DE RENDA/RIR 1999. Todas as deduções na base de cálculo do imposto previstas pela legislação estão sujeitas a comprovação ou justificação, a juízo da autoridade lançadora (DecretoLei n° 5.844, de 1943, art. 11, § 3°). DESPESAS MÉDICAS. Poderão ser deduzidos os pagamentos referentes a despesas médicas efetuados pelo contribuinte, relativos ao próprio tratamento e ao de seus dependentes, desde que comprovados mediante documentação hábil e idônea. A fiscalização pode exigir a comprovação do efetivo pagamento da despesa. Na ocorrência de tratamento continuado, com sessões semanais e pagamento em espécie e havendo comprovação de saques realizados durante o tratamento, que cobrem os valores dos recibos mensais, pode se considerar comprovado o efetivo pagamento. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, dar provimento ao recurso. (Assinado digitalmente) Marco Aurélio de Oliveira Barbosa – Presidente AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 85 5. 72 26 74 /2 01 3- 94 Fl. 117DF CARF MF 2 (Assinado digitalmente) Cecilia Dutra Pillar Relatora Participaram do presente julgamento os Conselheiros Marco Aurélio de Oliveira Barbosa (Presidente), Júnia Roberta Gouveia Sampaio, Dílson Jatahy Fonseca Neto, Rosemary Figueiroa Augusto, Martin da Silva Gesto, Cecília Dutra Pillar e Márcio Henrique Sales Parada. Relatório Trata o presente processo de Notificação de Lançamento relativa ao Imposto sobre a Renda das Pessoas Físicas, decorrente de revisão da Declaração de Ajuste Anual do IRPF do exercício de 2010, ano calendário de 2009, em que foram glosados pagamentos a título de contribuições a previdência privada e diversos pagamentos de despesas médicas. A contribuinte apresentou impugnação parcial ao lançamento, somente com relação aos pagamentos à profissional Fabiana Regina Ferreira Pinto, que totalizaram R$ 7.200,00. Conforme planilha de fls. 56 e extrato de processo de fl. 65, o valor de R$ 2.334,75 de imposto relativo à parte não impugnada foi transferido para outro processo. A Notificação de Lançamento, fls. 48/54, motivou a glosa das despesas com Fabiana Regina Ferreira Pinto, relativas a sessões de fisioterapia, da seguinte forma: a) no fato dos recibos apresentados não trazerem o endereço do local da prestação dos serviços, não satisfazendo, portanto às exigências contidas no art. 80, inc. III, do RIR/99 (Regulamento do Imposto de Renda Decreto nº 3.000/1999); b) que, visando comprovar que as despesas médicas foram pagas em espécie, a contribuinte apresentou extratos bancários, entretanto não há correspondência entre os recibos apresentados e os registros dos extratos, concluindo que não restaram comprovados os pagamentos efetuados. Na impugnação a interessada anexa novamente os recibos da profissional e uma declaração informando que os serviços foram prestados em domicílio e os pagamentos realizados em espécie. A 9ª Turma da Delegacia da Receita Federal do Brasil de Julgamento em Belo Horizonte (MG), julgou procedente em parte a impugnação e manteve parte do crédito tributário, conforme acórdão de fls. 71/75, do qual reproduzo apenas as partes do voto que esclarecem a lide: (...) No caso destes autos, a contribuinte foi intimada a comprovar a efetividade dos pagamentos declarados à profissional Fabiana Regina Ferreira Pinto e, em relação a esses pagamentos, apresentou os mesmos recibos os quais não possuem o endereço da profissional. Juntou ainda uma declaração da fisioterapeuta Fabiana Regina Ferreira Pinto informando que a contribuinte foi sua Fl. 118DF CARF MF Processo nº 10855.722674/201394 Acórdão n.º 2202003.670 S2C2T2 Fl. 118 3 paciente em sistema Home Care e, na residência da mesma e informa a residência da impugnante e a sua própria. Da análise dos extratos bancários apresentados, constantes do dossiê fiscal, frente aos recibos aqui anexados, encontrase equivalência de saque em valores e datas para o recibo do dia 30/03/2009 – valor de R$650,00, recibo do dia 29/05/2009 – valor de R$600,00 e recibo do dia 21/12/2009 valor de R$500,00. Isso perfaz o valor de R$1.750,00 que pose ser acatado como despesas médicas comprovadas. (...) Ante o exposto, voto por considerar procedente em parte a impugnação ao lançamento consubstanciado na presente Notificação de Lançamento, exercício 2010, ano calendário 20009 e manter parcialmente o imposto suplementar que passa para o valor de R$1.498,74 (mil quatrocentos e noventa e oito reais e setenta e quatro centavos). Cientificada dessa decisão por via postal em 10/02/2014, (A.R. de fls. 80), a interessada apresentou Recurso Voluntário em 26/02/2014 (fls. 82 e seguintes), alegando em síntese que seu procedimento está amparado na lei e os documentos anexados, que novamente apresenta, juntamente com uma planilha demonstrativa da equivalência entre o saque e o pagamento à profissional, efetuados ao final de cada mês do ano de 2009, estão em perfeita consonância com o direito aplicável, não podendo simplesmente se aceitar alguns e desprezar os demais. Requer que à vista das provas, este E. Conselho acolha seu recurso e declare a nulidade do débito fiscal reclamado. É o Relatório. Voto Conselheira Cecilia Dutra Pillar, relatora. O recurso é tempestivo e atende às demais formalidades legais, portanto dele conheço. O presente recurso resumese à controvérsia acerca da não aceitação pela Autoridade Fiscal, das provas do efetivo pagamento, em espécie, de tratamento fisioterápico realizado em domicílio pela profissional Fabiana Regina Ferreira Pinto. Na decisão de primeira instância, apenas as despesas dos meses de 03/2009, 05/2009 e 12/2009 foram consideradas regulares, pois os recibos coincidiam em datas e valores com retiradas comprovadas por meio de extratos bancários apresentados. Em sede de recurso voluntário a contribuinte demonstra os saques efetuados em conta do Banco do Brasil S/A e como foram utilizados para realizar os pagamentos. Reconheço que o Decreto 70.235/72, que regulamenta o processo administrativo fiscal, limita a apresentação posterior de provas, restringindoa aos casos previstos no § 4º do seu art. 16, porém a jurisprudência deste Conselho vem se consolidando no sentido de que essa regra geral não impede que o julgador conheça e analise novos documentos Fl. 119DF CARF MF 4 ofertados após a defesa inaugural, em observância aos princípios da verdade material e da instrumentalidade dos atos administrativos, sobretudo quando são capazes de rechaçar em parte ou integralmente a pretensão fiscal, bem como se prestam a corroborar alegações suscitadas desde o início do processo. Nesse sentido os seguintes acórdãos da 2ª Turma da Câmara Superior de Recursos Fiscais: 9202002.587, 920201.633, 920202.162 e 920201.914. Examinando o conjunto probatório constante dos autos, verificase a ocorrência de tratamento continuado, com sessões semanais (em média duas por semana datas das sessões identificadas às fls. 03/26), que o pagamento foi realizado em espécie e os recibos consolidavam as sessões de cada mês. Não há dúvidas quanto ao tratamento realizado, nem que houve o pagamento em numerário à profissional. O valor pago por sessão durante todo o ano de 2009 foi de R$ 50,00. Nas condições em que realizados os serviços, entendo ser plenamente possível que a paciente tenha alcançado valores à profissional durante o mês, à medida de suas disponibilidades e/ou da necessidade da profissional, com a emissão do recibo no final do mês. Os saques em conta corrente, comprovados pelos extratos bancários e conciliados com os valores dos recibos, são compatíveis com os pagamentos realizados, mesmo que não sejam equivalentes em datas, haja vista a possibilidade acima aventada dos desembolsos se darem durante o mês e a emissão do recibo ocorrer ao final do mês, englobando todas as sessões realizadas naquele período. A situação em exame espelha a ocorrência de tratamento continuado, com sessões semanais e pagamento em espécie. Houve comprovação de saques realizados durante o tratamento, que cobrem os valores dos recibos mensais, podendo se considerar comprovado o efetivo pagamento. Assim, tenho como comprovada a origem dos desembolsos realizados pela declarante para suportar as despesas com sessões de fisioterapia durante o ano calendário de 2009. CONCLUSÃO Diante do exposto, voto por dar provimento ao recurso voluntário, para cancelar a glosa de dedução de despesas médicas no valor em discussão nestes autos. (Assinado digitalmente) Cecilia Dutra Pillar Relatora Fl. 120DF CARF MF
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