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Numero do processo: 10920.001573/98-46
Turma: Segunda Turma Ordinária da Segunda Câmara da Terceira Seção
Câmara: Segunda Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Thu Jul 08 00:00:00 UTC 2004
Ementa: FINSOCIAL - SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA.
É direito do contribuinte, segundo as normas que regem o PAF, ver
apreciada as questões em duas instâncias administrativas. Não tendo
sido a matéria analisada pela autoridade julgadora de Primeira
Instância, devolvem-se os autos para que saneamento de tal
omissão.
EMBARGOS ACOLHIDOS E PROVIDOS POR UNANIMIDADE
Numero da decisão: 301-30.691
Decisão: DECIDEM os Membros da Primeira Câmara do Terceiro Conselho de Contribuintes, por unanimidade de votos, acolher e dar provimento aos embargos de declaração, para retificar o Acórdão n° 301-30.691, a fim de excluir do seu conteúdo a apreciação do mérito da questão e ratificar o disposto quanto ao prazo para pleitear a restituição, devolvendo-se o processo A DRJ para apreciação do mérito, nos termos do voto do Relator.
Matéria: Finsocial -proc. que não versem s/exigências cred.tributario
Nome do relator: Valmar Fonseca de Menezes
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Embargada : Primeira Câmara do Terceiro Conselho de Contribuintes FINSOCIAL - SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA. É direito do contribuinte, segundo as normas que regem o PAF, ver apreciada as questões em duas instâncias administrativas. Não tendo sido a matéria analisada pela autoridade julgadora de Primeira Instância, devolvem-se os autos para que saneamento de tal omissão. 111 EMBARGOS ACOLHIDOS E PROVIDOS POR UNANIMIDADE. Vistos, relatados e discutidos os presentes embargos de declaração interpostos por: PROCURADORIA DA FAZENDA NACIONAL. DECIDEM os Membros da Primeira Câmara do Terceiro Conselho de Contribuintes, por unanimidade de votos, acolher e dar provimento aos embargos de declaração, para retificar o Acórdão n° 301-30.691, a fim de excluir do seu conteúdo a apreciação do mérito da questão e ratificar o disposto quanto ao prazo para pleitear a restituição, devolvendo-se o processo A DRJ para apreciação do mérito, nos termos do voto do Relator. Brasília-DF, em 08 de julho de 2004 • ow:N‘ OTACILIO D • • S CARTAXO Presidente • • V • 4AR erl CA DE MENEZES Relator Participaram, ainda, do presente julgamento, os seguintes Conselheiros: ROBERTA MARIA RIBEIRO ARAGÃO, CARLOS HENRIQUE ICLASER FILHO, ATALINA RODRIGUES ALVES, JOSÉ LUIZ NOVO ) ROSSARI, LUIZ ROBERTO DOMINGO e JOSÉ LENCE CARLUCI. t111C/ 1 . • MINISTÉRIO DA FAZENDA " • TERCEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES PRIMEIRA CÂMARA EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO ACÓRDÃO N°301-30.691 Processo N° : 10920.001573/98-46 Recurso N° : 126.846 Embargante : PROCURADORIA DA FAZENDA NACIONAL RELATÓRIO Por bem descrever os fatos, adoto o relatório da decisão recorrida, que transcrevo, a seguir. "Por meio dos documentos às folhas 01 a 07, formulou a contribuinte acima qualificada pedido de restituição/compensação 110 de créditos contra a Fazenda Nacional, associados ao FINSOCIAL recolhido acima da alíquota de 0,5% nos meses-calendário de outubro de 1989 a abril de 1992. Na apreciação do pleito, manifestou-se a Delegacia da Receita Federal em Joinville/SC pelo seu deferimento parcial ("Despacho Decisório Sasit n.° 295/99", às folhas 147 a 149), manifestando discordância apenas quanto aos critérios de atualização monetária dos créditos da contribuinte. Irresignada com tal deferimento parcial, encaminhou a contribuinte a manifestação de inconformidade às folhas 150 a 152, na qual defende, com base em entendimentos dos Conselhos de Contribuintes, ter sido irregular o expurgo, na atualização de seus créditos, de índices de correção monetária referentes aos meses de março a maio de 1990 (respectivamente, 84,32%, 44,80% e 7,87%)." • A Delegacia de Julgamento proferiu decisão, nos termos da ementa transcrita adiante: "Assunto: Normas Gerais de Direito Tributário Período de apuração: 04/10/1989 a 15/04/1992 Ementa: PEDIDO DE RESTITUIÇÃO E COMPENSAÇÃO, PRAZO DECADENCIAL — O direito de pleitear a restituição ou compensação extingüe-se com o decurso do prazo decadencial de cinco anos, contado da data do pagamento indevido. Solicitação Indeferida" 2 . - MINISTÉRIO DA FAZENDA TERCEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES PRIMEIRA CÂMARA EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO ACÓRDÃO N° 301-30.691 Processo N° : 10920.001573/98-46 Recurso N° : 126.846 Inconformada, a contribuinte recorre a este Conselho, repisando argumentos expendidos na peça impugnatória, constando, à fl. 179, Acórdão desta Câmara, que deu provimento ao recurso, e, à fls. 189, embargos de declaração interpostos pela Fazenda Nacional, sob a alegação de que: • A decisão recorrida — da DRJ Florianópolis — apenas se deteve na análise da questão relativa ao prazo decadencial para se formular pleito de compensação/restituição do FINSOCIAL recolhido; • O acórdão embargado, além de afastar a aludida preliminar, adentrou no mérito da questão, Para assentar que seriam devidos expurgos inflacionários nos moldes da Norma de Execução Conjunta COSIT/COSAR n° 08/97, devendo ser inserido nos cálculos de correção os expurgos nela não contidos; • O acórdão embargado, pois, se mostrou contraditório, eis que não poderia adentrar na análise da aplicação dos expurgos inflacionários, sob pena de clara e indiscutível usurpação da competência da Primeira Instância, havendo, portanto, supressão de instância. Os embargos foram acolhidos, pelo despacho da Presidência desta Câmara, nos autos, em virtude do que estão sendo submetidos, no mérito, à apreciação deste Colegiado. No mérito, a questão a ser apreciada é o fato de que o voto condutor do acórdão embargado adentrou no mérito da questão da restituição/compensação, com suposta supressão instância, motivo pelo qual a douta Procuradoria da Fazenda Nacional entende que deva o mesmo ser reformado para se limitar à apreciação apenas da matéria concernente ao prazo para pleitear á restituição/compensação. É o relatório. 3 . - MINISTÉRIO DA FAZENDA TERCEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES PRIMEIRA CÂMARA EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO ACÓRDÃO N°301-30.691 Processo N° : 10920.001573/98-46 Recurso N° : 126.846 VOTO Os embargos, tendo sido acolhidos, nos termos do Regimento deste Conselho, passam a ser conhecidos. Resta exaustivamente comprovado que, de fato, o voto condutor se pronunciou sobre matéria que não foi objeto de análise por parte da decisão da Delegacia de Julgamento. Cabe-nos, pois, apenas, a apreciação da questão processual • acerca de tal possibilidade. O Processo Administrativo Fiscal - nos termos do que dispõe a Constituição Federal e o próprio Decreto 70.235/72 - está estruturado de forma a garantir ao contribuinte o direito constitucional à ampla defesa e ao contraditório. Ora, diante de tal premissa, forçoso se é verificar que, no caso em análise, de fato, foi suprimido do contribuinte o direito de ter sido o seu pleito, no mérito, apreciado pela 1 Instância Julgadora, com todos os eventos decorrentes de tal situação, inclusive a possibilidade de obter resultado processual mais favorável que aquele propiciado por este Colegiado. O mesmo prejuízo processual — analogicamente — foi imputado à Fazenda Nacional, ora embargante. Reproduzamos o artigo 59 do Decreto n° 70.235/72: "Art. 59. São nulos: • I - os atos e termos lavrados por pessoa incompetente; II - os despachos e decisões proferidos por autoridade incompetente ou com preterição do direito de defesa." Entendo que a supressão de instância, por se constituir em cerceamento de direito de defesa, ferindo frontalmente as disposições processuais, implica nulidade do decisum proferido. Para afastar, pois, tal possibilidade, entendo que deva o Acórdão embargado ser retificado para excluir do seu conteúdo a apreciação do mérito da questão, e ratificando-se o disposto quanto ao prazo para pleitear o direito à restituição/compensação, nos termos do voto proferido, devendo o processo ser devolvido à Delegacia de Julgamento para a sua apreciação quanto ao mérito. 4 - MINISTÉRIO DA FAZENDA TERCEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES PRIMEIRA CÂMARA EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO ACÓRDÃO N° 301-30.691 Processo N° : 10920.001573/98-46 Recurso N° : 126.846 Desta forma, devem os embargos serem providos. É como voto. Sala das Sessões, em 0/de julho de 2004 V • M • 001ECA )E MENEZES - Relator 411 41 5 _0000200.PDF _0000300.PDF _0000400.PDF _0000500.PDF _0000600.PDF _0000700.PDF _0000800.PDF _0000900.PDF _0001000.PDF Page 1 _0001100.PDF Page 1 _0001200.PDF Page 1 _0001300.PDF Page 1 _0001400.PDF Page 1
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Numero do processo: 13826.000051/98-57
Turma: PLENO DA CÂMARA SUPERIOR REC. FISCAIS
Câmara: Pleno
Seção: Câmara Superior de Recursos Fiscais
Data da sessão: Tue Aug 28 00:00:00 UTC 2012
Ementa: OUTROS TRIBUTOS OU CONTRIBUIÇÕES
Período de apuração: 01/01/1990 a 31/03/1992
CONCOMITÂNCIA ENTRE AS ESFERAS JUDICIAL E ADMINISTRATIVA. Pelo princípio constitucional da unidade de jurisdição, as medidas submetidas à apreciação do Judiciário prejudicam o conhecimento por este órgão do Poder Executivo. Inteligência da Súmula CARF nº 01. Se o processo administrativo versar sobre objeto, pedido ou causa de pedir em parte diversa da matéria submetida ao Poder Judiciário, a tutela jurisdicional atípica (administrativa) deve ser prestada para o pleito cuja discussão não é concomitante.
Numero da decisão: 9100-000.327
Decisão: Acordam os membros do colegiado, por unanimidade, em dar parcial provimento ao Recurso.
Matéria: Finsocial -proc. que não versem s/exigências cred.tributario
Nome do relator: Karem Jureidini Dias
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ementa_s : OUTROS TRIBUTOS OU CONTRIBUIÇÕES Período de apuração: 01/01/1990 a 31/03/1992 CONCOMITÂNCIA ENTRE AS ESFERAS JUDICIAL E ADMINISTRATIVA. Pelo princípio constitucional da unidade de jurisdição, as medidas submetidas à apreciação do Judiciário prejudicam o conhecimento por este órgão do Poder Executivo. Inteligência da Súmula CARF nº 01. Se o processo administrativo versar sobre objeto, pedido ou causa de pedir em parte diversa da matéria submetida ao Poder Judiciário, a tutela jurisdicional atípica (administrativa) deve ser prestada para o pleito cuja discussão não é concomitante.
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ASSUNTO: OUTROS TRIBUTOS OU CONTRIBUIÇÕES Período de apuração: 01/01/1990 a 31/03/1992 CONCOMITÂNCIA ENTRE AS ESFERAS JUDICIAL E ADMINISTRATIVA. Pelo princípio constitucional da unidade de jurisdição, as medidas submetidas à apreciação do Judiciário prejudicam o conhecimento por este órgão do Poder Executivo. Inteligência da Súmula CARF nº 01. Se o processo administrativo versar sobre objeto, pedido ou causa de pedir em parte diversa da matéria submetida ao Poder Judiciário, a tutela jurisdicional atípica (administrativa) deve ser prestada para o pleito cuja discussão não é concomitante. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade, em dar parcial provimento ao Recurso. (ASSINADO DIGITALMENTE) Otacílio Dantas Cartaxo Presidente. (ASSINADO DIGITALMENTE Karem Jureidini Dias Relatora. EDITADO EM: 26/11/2012 Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Otacílio Dantas Cartaxo, Susy Gomes Hoffmann, Valmar Fonseca de Menezes, Alberto Pinto Souza Júnior, Francisco de Sales Ribeiro de Queiroz, João Carlos de Lima Júnior, Jorge Celso Freire da Silva, José Ricardo da Silva, Karem Jureidini Dias,Valmir Sandri, Luiz Eduardo de Oliveira Santos, Elias Sampaio Freire, AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 13 82 6. 00 00 51 /9 8- 57 Fl. 463DF CARF MF Documento de 5 página(s) assinado digitalmente. Pode ser consultado no endereço https://cav.receita.fazenda.gov.br/eCAC/publico/login.aspx pelo código de localização EP27.0717.12515.Q1QR. Consulte a página de autenticação no final deste documento. 2 Gonçalo Bonet Allage, Gustavo Lian Haddad, Manoel Coelho Arruda Junior, Marcelo Oliveira, Maria Helena Cotta Cardozo, Rycardo Henrique Magalhães de Oliveira, Henrique Pinheiro Torres, Francisco Maurício Rabelo de Albuquerque Silva, Júlio César Alves Ramos, Maria Teresa Martinez Lopez, Nanci Gama, Rodrigo Cardozo Miranda, Rodrigo da Costa Possas, Marcos Aurélio Pereira Valadão. Relatório Tratase de Recurso Extraordinário interposto pela Fazenda Nacional (fls.366/384), em face do Acórdão CSRF/0304.916, da Terceira Turma da Câmara Superior de Recursos Fiscais. O processo trata de pedido de restituição/compensação de crédito originário de pagamentos referentes ao FINSOCIAL, relativos ao período de apuração de agosto de 1990 a março de 1992. O pedido foi apresentado em 02/03/1998. Em sede de Recurso Especial, a Câmara Superior de Recursos Fiscais negou provimento ao Recurso da Fazenda Nacional, por entender aplicável o prazo de 5 anos contados da MP nº 1.110, de 31/10/1995, que foi o primeiro ato emanado pelo Poder Executivo a reconhecer o caráter indevido do recolhimento do FINSOCIAL à alíquota superior a 0,5%. O acórdão restou assim ementado: FINSOCIAL — MAJORAÇÃO DE ALÍQUOTAS — INCONSTITUCIONALIDADE DECLARADA PELO STF — PEDIDO DE RESTITUIÇÃO — PRAZO DECADENCIAL É de 5 anos o prazo deferido ao contribuinte para pleitear a restituição das parcelas de tributos pagas a maior em virtude de lei declarada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal — STF em ação direta, ou com a suspensão, pelo Senado Federal, da lei declarada inconstitucional, na via indireta, através do pedido de restituição/compensação perante a autoridade administrativa. Por esta razão, o termo a quo tem início na data da publicação da MP n.° 1.110, em 31/10/95 — p. 013397, eis que foi o primeiro ato emanado do Poder Executivo a reconhecer o caráter indevido do recolhimento do FINSOCIAL à alíquota superior a 0,5%. PRECEDENTES: AC. CSRF/03 04.227, 30131.406, 30131404 e 30131.321. RECURSO ESPECIAL NEGADO Em face do mencionado acórdão, a Fazenda Nacional opôs embargos de declaração, o qual foi rejeitado pelo despacho de fls. 363/364. A Fazenda Nacional interpôs, então, Recurso Extraordinário, no qual requer a reforma do acórdão recorrido na parte em que “desconsiderou a existência de ação judicial transitada em que se discutiu a mesma matéria tratada neste procedimento administrativo e não observou o inteiro teor de decisão judicial definitiva em favor da União prolatada naquele processo judicial, sob o fundamento de que o decisorium na órbita judiciária não impede discussão no fluxo administrativo” (fls. 369). Como paradigma, a Recorrente aponta diversos julgados da Câmara Superior de Recursos Fiscais, nos quais é reconhecida a concomitância entre processo administrativo e judicial. Fl. 464DF CARF MF Documento de 5 página(s) assinado digitalmente. Pode ser consultado no endereço https://cav.receita.fazenda.gov.br/eCAC/publico/login.aspx pelo código de localização EP27.0717.12515.Q1QR. Consulte a página de autenticação no final deste documento. Processo nº 13826.000051/9857 Acórdão n.º 9100000.327 CSRFPL Fl. 464 3 Em Despacho de admissibilidade de fls. 686/687, foi dado seguimento ao Recurso da Fazenda Nacional. Após o retorno de AR, o contribuinte foi cientificado via edital, não tendo apresentado contrarrazões, conforme informação de fls. 392/397. É o relatório. Voto Conselheira Karem Jureidini Dias Delimitando a lide, o Recurso Extraordinário versa sobre a concomitância entre o processo administrativo e o processo judicial. A Recorrente argumenta, citando acórdãos da Câmara Superior de Recursos Fiscais da Primeira e Segunda Turmas, que a concomitância do processo administrativo fiscal com o processo judicial implica em renúncia à discussão no âmbito administrativo. Já no acórdão recorrido, há menção, em seu relatório, ao processo judicial transitado em julgado em favor da Fazenda Nacional, porém, o entendimento acolhido pela Terceira Turma da Câmara Superior de Recursos Fiscais foi o de que “o decisorium na órbita judiciária não impede discussão no fluxo administrativo, sendo esse último autônomo para interpretar da mais perfeita forma e justiça que entender”. Nesse passo, decidiu que o marco inicial para a formalização dos pedidos de restituição seria o da publicação da Medida Provisória 1.110/95, sendo o dies ad quem o de 31/08/2000. Em face da comprovada divergência, conheço do Recurso Especial da Fazenda Nacional. Inicialmente, esclareço que em razão de o sistema jurídico brasileiro ter adotado o princípio da jurisdição una (artigo 5º, inciso XXXV, da Constituição Federal), não se mostra possível a concomitância entre ação judicial e processo administrativo envolvendo a discussão do mesmo direito sobre os mesmos fatos. De um lado, o Poder Judiciário é a instância responsável por decidir questões a ele requeridas e a lei não pode dele excluir a apreciação de qualquer lesão ou ameaça a direito; de outro lado, também é fato que é dever da administração zelar pela legalidade de seus atos, o que se faz, in casu, por meio do processo administrativo, em que lhe é possível rever a prática destes atos, ratificandoos, ajustandoos ou anulandoos, conforme o caso, antes que o contribuinte, no âmbito tributário, sofra constrição de seus bens ou qualquer medida coativa por parte do Estado. A compatibilização dessas premissas, no âmbito do sistema jurídico brasileiro, que privilegiou a jurisdição una, prevê o controle de legalidade pelo processo administrativo fiscal, mas impede a concomitância. Para a caracterização da concomitância entre o processo judicial e o processo administrativo, não importa o momento em que a ação judicial foi ajuizada, se antes ou depois do lançamento de ofício. Este, inclusive, é entendimento consolidado pelo Conselho Administrativo de Recursos Fiscais na Súmula CARF nº 01: Fl. 465DF CARF MF Documento de 5 página(s) assinado digitalmente. Pode ser consultado no endereço https://cav.receita.fazenda.gov.br/eCAC/publico/login.aspx pelo código de localização EP27.0717.12515.Q1QR. Consulte a página de autenticação no final deste documento. 4 Importa renúncia às instâncias administrativas a propositura pelo sujeito passivo de ação judicial por qualquer modalidade processual, antes ou depois do lançamento de ofício, com o mesmo objeto do processo administrativo, sendo cabível apenas a apreciação, pelo órgão de julgamento administrativo, de matéria distinta da constante do processo judicial. Em razão do teor da mencionada Súmula, não restam dúvidas de que a concomitância entre processo administrativo e processo judicial importa em renúncia à discussão na seara administrativa. Tem razão a Fazenda Nacional neste ponto. Desta forma, o órgão julgador administrativo, em qualquer instância, deve analisar o processo administrativo apenas nos pontos que não se refiram especificamente àqueles tratados no âmbito do Poder Judiciário, inclusive sob pena de cerceamento do direito de defesa do contribuinte. Devese verificar, portanto, se são equivalentes os objetos discutidos nas esferas judicial e administrativa. No presente processo administrativo, até o momento, a discussão travada nos autos limitouse ao prazo prescricional para pleitear pagamentos referentes ao FINSOCIAL do período de agosto/1990 a março/1992, correspondentes a valores calculados a alíquotas superiores a 0,5%, cujas majorações foram declaradas inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal. Conforme informações trazidas pela Recorrente, que se refere aos documentos de fls. 323/334, no ano de 2001, o mesmo contribuinte formulou Mandado de Segurança, de nº 2001.61.11.0019677, objetivando a compensação de valores indevidamente recolhidos a título de FINSOCIAL, com parcelas de quaisquer tributos. Entretanto, conforme acórdão do TRF3 (juntado ao presente processo às fls. 330/333), a referida ação foi julgada extinta, com julgamento de mérito, tendo sido reconhecida a prescrição dos valores reclamados a título de FINSOCIAL, uma vez que recolhidos no período de agosto de 1991 a março de 1992. Nesse sentido, reproduzo a ementa do acórdão do TRF3 (fls. 331): TRIBUTÁRIO. PROCESSUAL CIVIL. COMPENSAÇÃO DE TRIBUTOS. PRESCRIÇÃO. 1. O Código Tributário Nacional estabelece o prazo de 5 (cinco) anos para a extinção do direito do contribuinte pleitear a restituição de tributo pago indevidamente ou a maior (artigo 168) e determina a contagem a partir da data da extinção do crédito tributário (artigo 168, inciso I). 2. Conforme jurisprudência firmada nesta Terceira Turma, o termo inicial do prazo previsto no artigo 168 do CTN é a data do recolhimento, inclusive dos tributos lançados por homologação. 3. Somente podem ser compensados os valores recolhidos nos cinco anos que antecedem a propositura da ação. 4. Apelação da União e Remessa Oficial providas. Às fls. 332, consta certidão de trânsito em julgado do acórdão supracitado. Verifico, portanto, que houve trânsito em julgado em relação aos períodos de agosto de 1991 a março de 1992, já que, conforme afirma a própria Recorrente, apenas estes são objeto do processo judicial. Já o período de agosto de 1990 a julho de 1991 não está abrangido pelo trânsito em julgado, razão pela qual possível a discussão na órbita administrativa. Fl. 466DF CARF MF Documento de 5 página(s) assinado digitalmente. Pode ser consultado no endereço https://cav.receita.fazenda.gov.br/eCAC/publico/login.aspx pelo código de localização EP27.0717.12515.Q1QR. Consulte a página de autenticação no final deste documento. Processo nº 13826.000051/9857 Acórdão n.º 9100000.327 CSRFPL Fl. 465 5 Quanto à parte não abarcada pela concomitância entre processo judicial e administrativo, entendo que deve ser mantido o acórdão recorrido, uma vez que o Recurso Extraordinário da Fazenda Nacional não impugna o termo inicial do prazo prescricional adotado pela referida decisão, recorrendo tão somente em relação à concomitância. Conforme se verifica às fls. 367 do processo, nas razões de Recurso Extraordinário, a própria d. Procuradoria relata que a restituição requerida pelo contribuinte abrangera o período de agosto/1990 a março/1992 e, a seguir menciona que foi objeto de medida judicial transitada em julgado, o período compreendido entre agosto/1991 e março/1992. Desta forma, a tutela na seara administrativa fica mantida para o período de agosto de 1990 a julho de 1991. Sobre este aspecto, de se consignar que além de inexistir recurso no que tange a esse período, o pleito de restituição foi apresentado pelo contribuinte em março de 1998, portanto, antes dos 10 anos do fato gerador, nos termos das decisões do Superior Tribunal de Justiça e do Supremo Tribunal Federal, na sistemática dos artigos 543B e 543C do Código de Processo Civil. Pelo exposto, voto por DAR PARCIAL PROVIMENTO ao Recurso Extraordinário da Fazenda Nacional, a fim de reconhecer a existência da concomitância entre processo administrativo e processo judicial, no que tange ao período compreendido entre agosto de 1991 e março de 1992, pelo que não há que existir decisão administrativa em relação a este período de restituição. Para os demais períodos (agosto de 1990 a julho de 1991), fica ratificada a decisão recorrida. Karem Jureidini Dias Relatora Fl. 467DF CARF MF Documento de 5 página(s) assinado digitalmente. Pode ser consultado no endereço https://cav.receita.fazenda.gov.br/eCAC/publico/login.aspx pelo código de localização EP27.0717.12515.Q1QR. Consulte a página de autenticação no final deste documento. PÁGINA DE AUTENTICAÇÃO O Ministério da Fazenda garante a integridade e a autenticidade deste documento nos termos do Art. 10, § 1º, da Medida Provisória nº 2.200-2, de 24 de agosto de 2001 e da Lei nº 12.682, de 09 de julho de 2012. Documento produzido eletronicamente com garantia da origem e de seu(s) signatário(s), considerado original para todos efeitos legais. Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001. Histórico de ações sobre o documento: Documento juntado por KAREM JUREIDINI DIAS em 27/11/2012 18:13:42. Documento autenticado digitalmente por KAREM JUREIDINI DIAS em 28/11/2012. Documento assinado digitalmente por: OTACILIO DANTAS CARTAXO em 12/03/2013 e KAREM JUREIDINI DIAS em 28/11/2012. Esta cópia / impressão foi realizada por MARIA MADALENA SILVA em 27/07/2017. Instrução para localizar e conferir eletronicamente este documento na Internet: EP27.0717.12515.Q1QR Ministério da Fazenda 1) Acesse o endereço: https://cav.receita.fazenda.gov.br/eCAC/publico/login.aspx 2) Entre no menu "Outros". 3) Selecione a opção "eAssinaRFB - Validação e Assinatura de Documentos Digitais". 4) Digite o código abaixo: 5) O sistema apresentará a cópia do documento eletrônico armazenado nos servidores da Receita Federal do Brasil. página 1 de 1 Página inserida pelo Sistema e-Processo apenas para controle de validação e autenticação do documento do processo nº 138260000519857. Por ser página de controle, possui uma numeração independente da numeração constante no processo.
score : 1.0
Numero do processo: 13807.006847/2001-53
Turma: Segunda Turma Ordinária da Primeira Câmara da Terceira Seção
Câmara: Primeira Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Tue Nov 27 00:00:00 UTC 2012
Ementa: OUTROS TRIBUTOS OU CONTRIBUIÇÕES
Período de apuração: 01/11/1989 a 31/12/1990
Embargos de Declaração. Cabem embargos de declaração quando verificada obscuridade, contradição ou for omitido ponto sobre o qual devia pronunciar-se o Colegiado. Não podem ser acolhidos para rediscussão de matéria.
Embargos Rejeitados.
Numero da decisão: 3102-01.671
Decisão: Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em não conhecer do recurso, nos termos do relatório e votos que integram o presente julgado.
Matéria: Finsocial -proc. que não versem s/exigências cred.tributario
Nome do relator: Álvaro Arthur Lopes de Almeida Filho
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Cabem embargos de declaração quando verificada obscuridade, contradição ou for omitido ponto sobre o qual devia pronunciar- se o Colegiado. Não podem ser acolhidos para rediscussão de matéria. .'rv> Embargos Rejeitados. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em não conhecer do recurso, nos termos do relatório e votos que integram o presente julgado. (assinado digitalmente) Luis Marcelo Guerra de Castro - Presidente. (assinado digitalmente) Álvaro Arthur L. de Almeida Filho - Relator EDITADO EM: 06/12/2012 Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Luiz Marcelo Guerra de Castro (Presidente da Turma), Ricardo Paulo Rosa, Nanei Gama, Winderley Morais Pereira, Álvaro Arthur Lopes de Almeida Filho e Helder Massaaki Kanamaru. Relatório Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 17/12/2012 por ÁLVARO ARTHUR LOPES DE ALMEIDA FILHO. Assinado digitalmen te em 17/12/2012 por ÁLVARO ARTHUR LOPES DE ALMEIDA FILHO Impresso em 14/03/2013 por EUNICE AUGUSTO MARIANO - VERSO EM BRANCO Fl. 1181SP SÃO PAULO DEINF Impresso em 05/06/2013 por EUNICE AUGUSTO MARIANO - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 27/03/2013 por NELSON UBALDO RIBEIRO DF CARF MF I I . 1131 Processo n° 13807.006847/2001-53 S3-C1T2 Acórdão n.° 3102-001.671 Fl. 1.060 Nos termos do art. 65 1 do Regimento interno do CARF aprovado pela" Portaria MF n°. 256/2009 cabem embargos quando o acórdão contiver obscuridade, omissão ou contradição. No caso em liça, percebe-se que não há contradição, omissão ou obscuridade no acórdão, identifica-se que a pretensão da embargante é simplesmente discutir mais uma vez o mérito da questão, qual seja, a aplicação da SELIC a partir de janeiro de 1996, em créditos reconhecidos proferida sem observar da lei n a . 9250/95. Ante o exposto, não conheço dos embargos de declaração. Sala de sessões 27 de novembro de 2012. (assinado digitalmente) Álvaro Arthur L. de Almeida Filho - Relator 1 Art. 65. Cabem embargos de declaração quando o acórdão contiver obscuridade, omissão ou contradição entre a decisão e os seus fundamentos, ou for omitido ponto sobre o qual devia pronunciar-se a turma Documento assinado digitalmente conforme MP n" 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 17/12/2012 por ÁLVARO ARTHUR LOPES DE ALMEIDA FILHO. Assinado digitalmen te em 17/12/2012 por ÁLVARO ARTHUR LOPES DE ALMEIDA FILHO Impresso em 14/03/2013 por EUNICE AUGUSTO MARIANO - VERSO FM BRANCO Fl. 1182SP SÃO PAULO DEINF Impresso em 05/06/2013 por EUNICE AUGUSTO MARIANO - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 27/03/2013 por NELSON UBALDO RIBEIRO MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS TERCEIRA SEÇÃO - PRIMEIRA CÂMARA Processo n°: B^O}-O06^4>/ câoCi- 6 3 para providências cabíveis. Encaminhem-se os autos à Ü//IAJ. • c ^ C x n ^ ( X u À £ ) - S P BSB., \(f Eunice Augusjolvlariano Siape 0094473 Fl. 1183SP SÃO PAULO DEINF Impresso em 05/06/2013 por EUNICE AUGUSTO MARIANO - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 27/03/2013 por NELSON UBALDO RIBEIRO
score : 1.0
Numero do processo: 12466.000795/97-19
Turma: Terceira Turma Ordinária da Quarta Câmara da Terceira Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Wed Sep 25 00:00:00 UTC 2013
Data da publicação: Wed Oct 23 00:00:00 UTC 2013
Ementa: Assunto: Processo Administrativo Fiscal
Período de apuração: 30/08/1994 a 30/12/1996
AUSÊNCIA DE PROVA DO ILÍCITO. FIXAÇÃO DE ALÍQUOTA PONDERADA PELA FISCALIZAÇÃO.
Compete o titular de o procedimento fiscal produzir as provas suficientes para esclarecer e imputar o ilícito tributário, no caso concreto fazia-se necessário demonstrar a necessidade do ajuste aduaneiro aos preços praticados pelo contribuinte, ausente impõe em cancelar o lançamento. A Administração fiscal deve exigir o tributo nos termos da legislação em vigor, não detém o condão de fixar alíquotas, principalmente, quando essa é determinada por média aritmética.
Numero da decisão: 3403-002.463
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, negar provimento ao Recurso de Ofício. Ausente o Conselheiro Ivan Allegretti. Sustentou pela recorrente o Dr. Daniel Lacasa Maya, OAB nº 163.222/SP.
Antonio Carlos Atulim - Presidente.
Domingos de Sá Filho - Relator.
Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros: Antonio Carlos Atulim, Domingos de Sá Filho, Alexandre Kern, Rosaldo Trevisan, Ivan Allegretti (ausente) e Marcos Tranchesi Ortiz.
Matéria: Finsocial -proc. que não versem s/exigências cred.tributario
Nome do relator: DOMINGOS DE SA FILHO
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ementa_s : Assunto: Processo Administrativo Fiscal Período de apuração: 30/08/1994 a 30/12/1996 AUSÊNCIA DE PROVA DO ILÍCITO. FIXAÇÃO DE ALÍQUOTA PONDERADA PELA FISCALIZAÇÃO. Compete o titular de o procedimento fiscal produzir as provas suficientes para esclarecer e imputar o ilícito tributário, no caso concreto fazia-se necessário demonstrar a necessidade do ajuste aduaneiro aos preços praticados pelo contribuinte, ausente impõe em cancelar o lançamento. A Administração fiscal deve exigir o tributo nos termos da legislação em vigor, não detém o condão de fixar alíquotas, principalmente, quando essa é determinada por média aritmética.
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decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, negar provimento ao Recurso de Ofício. Ausente o Conselheiro Ivan Allegretti. Sustentou pela recorrente o Dr. Daniel Lacasa Maya, OAB nº 163.222/SP. Antonio Carlos Atulim - Presidente. Domingos de Sá Filho - Relator. Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros: Antonio Carlos Atulim, Domingos de Sá Filho, Alexandre Kern, Rosaldo Trevisan, Ivan Allegretti (ausente) e Marcos Tranchesi Ortiz.
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IMPORTADORA E EXPORTADORA COIMEX Interessado FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL Período de apuração: 30/08/1994 a 30/12/1996 AUSÊNCIA DE PROVA DO ILÍCITO. FIXAÇÃO DE ALÍQUOTA PONDERADA PELA FISCALIZAÇÃO. Compete o titular de o procedimento fiscal produzir as provas suficientes para esclarecer e imputar o ilícito tributário, no caso concreto faziase necessário demonstrar a necessidade do ajuste aduaneiro aos preços praticados pelo contribuinte, ausente impõe em cancelar o lançamento. A Administração fiscal deve exigir o tributo nos termos da legislação em vigor, não detém o condão de fixar alíquotas, principalmente, quando essa é determinada por média aritmética. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, negar provimento ao Recurso de Ofício. Ausente o Conselheiro Ivan Allegretti. Sustentou pela recorrente o Dr. Daniel Lacasa Maya, OAB nº 163.222/SP. Antonio Carlos Atulim Presidente. Domingos de Sá Filho Relator. Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros: Antonio Carlos Atulim, Domingos de Sá Filho, Alexandre Kern, Rosaldo Trevisan, Ivan Allegretti (ausente) e Marcos Tranchesi Ortiz. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 12 46 6. 00 07 95 /9 7- 19 Fl. 3838DF CARF MF Impresso em 23/10/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 15/10/2013 por DOMINGOS DE SA FILHO, Assinado digitalmente em 15/10/2013 por ANTONIO CARLOS ATULIM, Assinado digitalmente em 15/10/2013 por DOMINGOS DE SA FILHO 2 Relatório Tratase de Recurso de Ofício da decisão que cancelou o crédito tributário constituído decorrente de suposta declaração a menor do valor aduaneiro pela importação de veículos referentes ao Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI e do Imposto de Importação – II dos fatos geradores dos períodos de apuração de 30.08.1994 a 30.12.1996. Com vista uma apresentação sistemática e abrangente deste feito, aproveita se o relatório da decisão recorrida. “Relatório. 0 presente processo trata dos Autos de Infração de fls. 01/35 lavrados para a exigência do Imposto de Importação, juros de mora e multa de oficio no valor de R$9.489.803,29, e do Imposto sobre Produtos Industrializados, juros de mora e multa de oficio no valor de R$2.922.695,64, totalizando um crédito tributário no valor de R$12.412.498,93. A empresa Suzuki do Brasil foi intimada da autuação como responsável solidária. Segundo relato da fiscalização a autuação foi originada da constatação de declaração de valor aduaneiro a menor nas importações realizadas pela importadora acima qualificada nos anos de 1994 e 1995, embora o período fiscalizado, de acordo com as intimações feitas (fls. 61,48, 49, 55, 69), tenha abrangido os anos de 1993 a 1997. A importadora realizou importações de veículos da marca Suzuki e a autoridade aduaneira, suspeitando que existisse vinculação com o exportador que influenciasse o preço da transação, intimou à autuada e a empresa Suzuki do Brasil para prestar informações e comprovar que os valores aduaneiros atendiam aos preceitos do Acordo de Valoração Aduaneira. A operação comercial consistia em a empresa Suzuki do Brasil determinar a introdução dos veículos de sua marca através da importadora Coimex. Após a importação, as mercadorias eram vendidas aos revendedores autorizados da Suzuki conforme disposto em contrato, sendo que a empresa Suzuki do Brasil cobrava destas revendedoras uma diferença entre o preço de venda determinado para as revendedoras e o valor faturado pela Coimex a titulo de "consultoria técnicoadministrativa". Pelas informações prestadas pelas interessadas foi afastada a hipótese de vinculação entre importador e exportador, todavia a fiscalização concluiu que deveria ser ajustado o valor aduaneiro nos termos do art. 8. °, parágrafo 1. 0, do Acordo de valoração Aduaneira, promulgado pelo Decreto n.° 92.930/86 com o acréscimo dos valores de prestação de serviços cobrados da Suzuki do Brasil As revendedoras por serviços de assessoria técnica administrativa, com base no exame dos seguintes contratos e documentos: Contrato entre a Coimex e a Suzuki do Brasil: comprova que a transação era feita entre a Suzuki do Brasil e seus revendedores, atuando a Coimex como mera intermediária para obtenção dos Fl. 3839DF CARF MF Impresso em 23/10/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 15/10/2013 por DOMINGOS DE SA FILHO, Assinado digitalmente em 15/10/2013 por ANTONIO CARLOS ATULIM, Assinado digitalmente em 15/10/2013 por DOMINGOS DE SA FILHO Processo nº 12466.000795/9719 Acórdão n.º 3403002.463 S3C4T3 Fl. 15 3 benefícios do FUNDAP. A Coimex agia sempre por conta e ordem da Suzuki do Brasil (fls. 91/117). Contratos entre a Suzuki do Brasil e os revendedores da Suzuki: a primeira se declara como única e exclusiva importadora e distribuidora de veículos Suzuki e aparecem clausulas em que o poder de citar preços é sempre da primeira (fls. 77/90). Contrato de Prestação de Serviços de Consultoria Técnica Administrativa: firmado entre a Suzuki do Brasil e as revendedoras cobrando a diferença entre o preço real de venda e o faturado pela Coimex (fls. 118/121). Notas fiscais de serviços prestados emitidos pela Suzuki do Brasil para seus revendedores onde são cobradas importâncias a titulo de "Assessoria Técnica Administrativa". Termo de Diligência realizada na empresa Suzuki do Brasil as fls. 70/71. Com base nestas provas, a fiscalização buscou os valores correspondentes as referidas prestações de serviços que constavam em notas fiscais de serviços emitidas pela Suzuki do Brasil para seus diversos revendedores e os listou como valor tributável do Imposto de Importação as fls. 09/10 e do IPI as fls. 26, todas do Auto de Infração. As fls. 74/76 constam relações com os valores mensais de faturamento de serviço apurados em diligência fiscal realizada na empresa Suzuki do Brasil nos anos de 1994, 1995 e 1996, bem como a demonstração da alíquota de IPI obtida através da média ponderada dos modelos importados no período. Livro Registro de Notas Fiscais de Serviços Prestados da empresa Suzuki do Brasil e notas fiscais de serviços prestados foram juntados as fls. 128/196. A responsabilidade pelas obrigações tributárias foram atribuída importadora Coimex e a Suzuki do Brasil com base no art. 31 do DecretoLei n.° 37/66 e art. 124, I, do Código Tributário. Atribui responsabilidade à empresa Coimex por infração ao Regulamento do IPI, Decreto n.° 87.981/82, e considera a empresa Suzuki também responsável pelo tributo por entender que esta promoveu a entrada dos veículos no território nacional. Intimadas da autuação, as interessadas apresentaram impugnações, alegando o que segue: COIMEX: 1 A impugnante é empresa comercial denominada de "trading company" e comercializa vários produtos importados, a destacar os veículos da marca Suzuki. A partir do mês de junho de 1996 foi intimada várias vezes pela Receita Federal a apresentar documentos e esclarecimentos quanto à possível vinculação da Fl. 3840DF CARF MF Impresso em 23/10/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 15/10/2013 por DOMINGOS DE SA FILHO, Assinado digitalmente em 15/10/2013 por ANTONIO CARLOS ATULIM, Assinado digitalmente em 15/10/2013 por DOMINGOS DE SA FILHO 4 mesma com o exportador que afetasse o valor das importações. Foi comprovada a inexistência de vinculação e que o valor das transações não foi afetado. Todavia a fiscalização entendeu proceder aos ajustes previstos no art. 8. ° do Acordo de Valoração. 2 Preliminarmente protesta pela nulidade do Auto de Infração pelas seguintes razões: 2.a) 0 Auto de Infração, como ato administrativo de lançamento deve conter os pressupostos de validade que lhe são intrínsecos, identificando além do fato descrito em lei como gerador da obrigação tributária e o estabelecimento de vinculo entre esse fato e determinada pessoa, é imperativo que o lançamento quantifique o montante devido, determinando a base de cálculo e alíquota aplicada à espécie. No entanto com base em presunção os agentes fiscais concluíram que a cobrança de consultoria técnica administrativa por parte da empresa Suzuki do Brasil era uma complementação de preço justificando os ajustes do valor da importação declarado pela impugnante por ocasião do desembaraço aduaneiro. Na elaboração do auto, com base nestas suposições, foram colhidos os valores de prestação de serviços lançados pela Suzuki sem análise, já que dentre os lançamentos efetuados constam serviços de assistência técnica e de reparos nos veículos de propriedade de pessoas físicas. Junta cópia das notas fiscais as fls. 377/389. Além disto, para obtenção das alíquotas de IPI foi elaborada uma média ponderada das alíquotas vigentes de IPI para cada tipo de veiculo importado a cada ano calendário. Depreendese, disto tudo, que o processo previsto no Acordo de Valoração Aduaneira foi completamente desprezado, pois não foi sequer verificada a correspondência entre o preço de compra e venda dos veículos praticados pela impugnante e os dos serviços prestados pela empresa Suzuki do Brasil. Não existem provas nos autos desta correspondência, obrigando a impugnante a fazer prova negativa, o que não se admite, em regra, no direito brasileiro. Tal procedimento contraria o parágrafo 3 •0 do art. 8.° do referido Acordo. Não é permitido ao Agente Fiscal, na elaboração do lançamento, extrapolar os limites da lei que regula a atividade administrativa. A criação de uma alíquota média de IPI demonstra desrespeito ao principio da legalidade. 2. b) 0 lançamento não pode ser revisto sendo nos termos dos arts. 145 e 149 do CTN e nenhuma das hipóteses ali descritas ocorreu no caso em apreço. Nos termos também do art. 447 do Regulamento Aduaneiro a eventual exigência de crédito tributário deve ser formalizada até cinco dias contados do término da conferência. Defende o ato de homologação expressa do lançamento no momento do desembaraço aduaneiro. 3 No mérito alega que não há vinculação entre a impugnante e o exportador. A fiscalização de maneira confusa menciona que a empresa Suzuki do Brasil é a importadora, todavia é inquestionável que a impugnante é a importadora, estando indicada em todos os documentos da importação. A fiscalização afirma que a interessada é mera intermediária, no entanto não existe contrato de intermediação com o exportador. 0 fato é que Fl. 3841DF CARF MF Impresso em 23/10/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 15/10/2013 por DOMINGOS DE SA FILHO, Assinado digitalmente em 15/10/2013 por ANTONIO CARLOS ATULIM, Assinado digitalmente em 15/10/2013 por DOMINGOS DE SA FILHO Processo nº 12466.000795/9719 Acórdão n.º 3403002.463 S3C4T3 Fl. 16 5 a impugnante importa e comercializa os veículos da marca Suzuki sob licença da empresa Suzuki do Brasil que é a detentora dos direitos de importação desses produtos. Relata a atividade operacional das importações por ser uma empresa fundapeana. 4 As situações determinantes de ajustes descritas no art. 8. ° do Acordo não se identificam com a forma de realização das operações efetivamente praticadas. Assim devem ser adicionados ao valor de transação os montantes pagos direta ou indiretamente pelo importador ao exportador, ou seja, os valores despendidos pelo importador em função da aquisição da mercadoria, mesmo que a titulo de direitos por uso de marca, participação nos resultados, etc. No entanto estes encargos são exclusivamente aquela intrínseca importação e efetivamente suportados pelo importador. Os fiscais cometeram equívocos atribuindo aos revendedores autorizados à condição de importadores dos veículos e em outros momentos afirmam que a Suzuki do Brasil é a importadora. 5 As inclusões no valor da transação determinadas pelo Acordo de Valoração Aduaneira são aquelas exclusivamente inerentes à importação. Sendo a base de cálculo o meio de dimensionamento do aspecto material da hipótese do imposto e deve ser relacionado ao fato legalmente previsto como gerador da obrigação tributária. Neste sentido inadmissível que os valores pagos pelos concessionários da marca à Suzuki do Brasil, em contraprestação de serviços prestados pela segunda aos primeiros, enquadrarseiam em uma das situações determinantes de ajuste do valor aduaneiro nos moldes do art. 8. °. A fiscalização não pode estabelecer qualquer vinculo entre as vendas dos automóveis pela impugnante e a prestação de serviços pela Suzuki do Brasil. Ademais se cada cobrança a titulo de serviços fosse referente a cada unidade de veiculo vendido, seria injustificável a adoção de uma alíquota de IPI determinada por média ponderada. 6 A impugnante trata também dos fatos geradores do H e IPI e o principio • da legalidade a que deve se ater a administração tributária. 7 Foi também indevidamente aplicada à penalidade prevista no art. 44, I, da Lei n.° 9.430/96, prevista somente para casos de prática de condutas ilícitas, de natureza punitiva e não moratória. No entanto a infração praticada alegada no Auto de Infração consiste em mero pagamento de tributos fora do prazo. 8 Ao final, requer o cancelamento do Auto de Infração. SUZUKI DO BRASIL: 1 A impugnante é distribuidora exclusiva de automóveis da marca Suzuki no Brasil, sendo, por conseqüência, a única detentora dos direitos de uso dessa marca, bem como dos direitos de importação e comercialização desses produtos. Contratou a importadora Coimex, por questões logísticas e Fl. 3842DF CARF MF Impresso em 23/10/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 15/10/2013 por DOMINGOS DE SA FILHO, Assinado digitalmente em 15/10/2013 por ANTONIO CARLOS ATULIM, Assinado digitalmente em 15/10/2013 por DOMINGOS DE SA FILHO 6 operacionais, para importação de veículos. A impugnante tinha o encargo de adotar as providências necessárias ao incremento das vendas de veículos desta marca, o que abrange a determinação, coordenação e apoio A. implementação de estratégias administrativas, técnicas e publicitárias, uniformes em todo o território nacional, necessárias ao aumento da participação desses produtos no mercado. Para tanto cobrava dos revendedores o preço da prestação de seus serviços de assessoria e consultoria técnico administrativa, através de notas fiscais fatura. 2 Preliminarmente alega os seguintes argumentos: 2. a) Ilegitimidade passiva: a impugnante executa atividades e cobra pelos serviços de assistência técnica, administrativa e comercial, na medida em que cabe a ela o incremento das vendas de veículos da marca Suzuki. Já a empresa Coimex é a responsável pela importação dos veículos cobrando dos revendedores varejistas o preço dos veículos por ela vendidos. A fiscalização baseada nas suposições de que os valores cobrados pela impugnante dos revendedores fosse um complemento dos valores aduaneiros, colheu os valores das prestações de serviços que constavam nos livros fiscais municipais para, sobre eles, calcular os tributos que entenderam devidos. Com base nestas mesmas suposições entenderam que a impugnante teria interesse comum nas importações dos veículos efetuadas pela Coimex e, por esta razão, também seria contribuinte e responsável pelas obrigações tributárias. No entanto a impugnante não procedeu à importação dos veículos nem determinou como estas importações se realizariam. Sua função era apenas de indicar as quantidades, modelos e os lapsos de tempo em que os produtos seriam absorvidos pelos consumidores, controlando o estoque destes produtos para prejudicar a todos os envolvidos na distribuição. Não pode a autoridade aduaneira exigir tributos sobre fatos e de pessoas não expressamente descritas em lei. Os atos administrativos devem estar estritos ao principio da legalidade. São inaplicáveis os arts. 128 e 14, I do CTN. 0 art. 82 do RA caracteriza as situações de interesse comum. 2. b) Protesta pela inexistência dos pressupostos de validade do lançamento e da impossibilidade de revisão do lançamento utilizando os mesmo argumentos trazidos pela importadora Coimex em sua impugnação e transcritos nos itens 2.a) e 2.b) acima. 3 No mérito aborda as mesmas questões trazidas pela impugnante Coimex, acrescentando, ainda, a interpretação da Decisão COSIT n.° 14 e 15, ambas de 15/12/1997, que tratam da constituição de acréscimo ao valor aduaneiro de valores pagos pelas concessionárias As detentoras do uso da marca no pais pelos serviços efetivamente contratados e prestados no Brasil, desde que estas comissões sejam assumidas pelo exportador. 4 Contesta, pelos mesmos argumentos que a Coimex, a aplicação da multa de oficio. Junta notas fiscais de serviços prestados As fls. 467/478. Fl. 3843DF CARF MF Impresso em 23/10/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 15/10/2013 por DOMINGOS DE SA FILHO, Assinado digitalmente em 15/10/2013 por ANTONIO CARLOS ATULIM, Assinado digitalmente em 15/10/2013 por DOMINGOS DE SA FILHO Processo nº 12466.000795/9719 Acórdão n.º 3403002.463 S3C4T3 Fl. 17 7 0 processo foi encaminhado A DRJ/Rio de Janeiro, competente para julgamento A época da impugnação, a qual converteu o julgamento em diligência conforme despacho de fls. 487/488, onde solicita que a autoridade lançadora esclareçam os motivos pelos quais 1.0) recusaram como "valorcritério" do Acordo de Valoração, a lista de preços de fabricantes estrangeiros que a Coimex informou ter apresentado, 2. °) concluíram que os valores pagos pelas concessionárias A Suzuki do Brasil constituíam comissões pela importação, indicando como elementos probatórios serviços de assistência técnico administrativa que não tenham sido efetivamente contratados e prestados e 3.0) apuraram o IPI mediante aplicação de alíquota média sobre os valores mensais da receita de serviços da Suzuki, ao invés de aplicar a alíquota própria de cada modelo de veiculo sobre o valor do serviço correspondente. Solicita também que se pronunciem sobre as manifestações das impugnantes acerca dos valores que correspondem à prestação de serviços de assistência técnica e reparos de veículos de propriedade de pessoas físicas e jurídicas que os adquiriram de revendedores autorizados, especialmente em relação às notas fiscais de fls. 376/388. A autoridade lançadora, então, intimou as autuadas a prestarem informações acerca dos serviços de assistência técnica, cálculo do rateio das despesas destes serviços, dos valores de venda dos veículos, entre outros esclarecimentos referentes a estas despesas e valores de importação. As impugnantes forneceram às respostas As fls. 494/495, 538/539, 542/546, informando, basicamente, que não possuem documentos contábeis com o citado rateio, reforçando os argumentados apresentados nas impugnações quanto aos procedimentos de venda e dos serviços prestados. Após estas respostas fornecidas pelas impugnantes, a fiscalização junta à informação de fls. 547/548, esclarecendo o que segue: 1) que a lista de preços não foi aceita pois se enquadram em nenhuma das hipóteses elencadas no art.8, § 2, b, do Acordo de valoração Aduaneira. 2) os valores foram considerados como "comissão de importação" porque são despesas suportadas pelo comprador e se tratam de comissões cobradas diretamente e ligadas com a importação do veiculo. Não há evidências de que os serviços foram realmente prestados, a não ser as notas fiscais em que nada ficou constatado. 3) não identificaram na contabilidade valores que pudessem ser ligados diretamente a despesas de assistência técnica e reparos das concessionárias. Não existem condições de se saber se as despesas de fls. 376/388 foram executadas e reembolsadas através das notas de serviço, pois não há explicação na contabilidade sobre o assunto. Fl. 3844DF CARF MF Impresso em 23/10/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 15/10/2013 por DOMINGOS DE SA FILHO, Assinado digitalmente em 15/10/2013 por ANTONIO CARLOS ATULIM, Assinado digitalmente em 15/10/2013 por DOMINGOS DE SA FILHO 8 4) os tributos foram apurados pela média, porque se aplicassem a alíquota de IPI para cada importação e depois efetuassem a soma, teriam o mesmo valor se usassem a média. A média é neutra e as impugnantes não demonstram o contrário. Com estas informações e tendo em vista a mudança de competência das Delegacias de Julgamento, o processo foi encaminhado a esta DRJ/Florianópolis para julgamento. Em sessão de 26/04/2002 o presente processo foi julgado, tendo sido exarado o Acórdão n.° 770, que encontrase as fls. 551/590, cujo resultado foi à manutenção do lançamento, nos termos das seguintes ementas: Assunto: Processo Administrativo Fiscal Período de apuração: 30/08/1994 a 30/12/1996 Ementa: NULIDADE DA AÇÃO FISCAL. Não provada violação das disposições contidas no art. 142 do CTN, nem dos arts. 10 e 59 do Decreto no 70.235, de 1972, não há que se falar em nulidade. DIREITO DE DEFESA. CERCEAMENTO. INOCORRÊNCIA. Estando o procedimento fiscal realizado em estrita observância as suas normas de regência, não há que se falar em cerceamento do direito de defesa. ARGÜIÇÃO DE ILEGALIDADE E INCONSTITUCIONALIDADE. INCOMPETÊNCIA DAS INSTÂNCIAS ADMINISTRATIVAS PARA APRECIAÇÃO. As autoridades administrativas estão obrigadas a observância da legislação tributária vigente no Pais, sendo incompetentes para a apreciação de argüições de inconstitucionalidade e ilegalidade de atos legais regularmente editados. Assunto: Normas Gerais de Direito Tributário Período de apuração: 30/08/1994 a 30/12/1996 Ementa: SOLIDARIEDADE PASSIVA Caracterizase a solidariedade passiva tributária entre o representante exclusivo para comercialização de veículos de determinada marca e terceiro importador (mandatário para os efeitos legais), quando este terceiro, ainda que seja uma trading, realiza em nome próprias importações e revendas de veículos dessa marca. Contratos firmados entre a representante exclusiva e diversas concessionárias, mencionando a intervenção desse terceiro nas transações comerciais reforçam a comprovação da solidariedade. PRAZO DECADENCIAL. VALOR ADUANEIRO. FORMALIZAÇÃO DA EXIGÊNCIA. Nos lançamentos por homologação, o direito de a Fazenda Pública apurar e constituir seus créditos relativos aos tributos aduaneiros extinguese depois de cinco anos, contados do fato gerador. Fl. 3845DF CARF MF Impresso em 23/10/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 15/10/2013 por DOMINGOS DE SA FILHO, Assinado digitalmente em 15/10/2013 por ANTONIO CARLOS ATULIM, Assinado digitalmente em 15/10/2013 por DOMINGOS DE SA FILHO Processo nº 12466.000795/9719 Acórdão n.º 3403002.463 S3C4T3 Fl. 18 9 0 Valor Aduaneiro encontrase no escopo das matérias atinentes ao despacho aduaneiro passíveis de revisão por parte da autoridade fiscal. 0 prazo de cinco dias para a liberação da mercadoria anteriormente ao desembaraço, tratase de período de tempo procedimental, relativo somente ao despacho aduaneiro, não se constituindo em prazo decadencial de formalização da exigência tributária. REVISÃO DE OFÍCIO. Agindo o contribuinte em desacordo com a legislação tributária aplicável, a autoridade administrativa, por dever de oficio, deve proceder à revisão e se for o caso, exigir, por meio do lançamento, os tributos que deixaram de ser pagos, além dos demais acréscimos legais cabíveis. MULTA DE OFICIO. É cabível a exigência da multa de oficio, quando constatado a não recolhimento de tributos após o seu vencimento. Assunto: Imposto sobre a Importação II Período de apuração: 30/08/1994 a 30/12/1996 Ementa: VALOR ADUANEIRO. AJUSTES AO VALOR DE TRANSAÇÃO. ACRÉSCIMO. CABIMENTO. Integram o valor aduaneiro, as parcelas cobradas das concessionárias, sempre vinculadas à revenda de veículos importados, tendo por objeto a prestação de serviços pela representante da exportadora no Pais a essas concessionárias, relativos às atividades comerciais de concessão comercial de veículos automotores de vias terrestres, notadamente, ao licenciamento do uso diversificado da marca, expressões e sinais de propaganda dentre outros. INCIDÊNCIA DO IPI NA IMPORTAÇÃO. MAJORAÇÃO DA BASE DE CALCULO. FATO GERADOR. 0 fato gerador do IPI na importação constitui o desembaraço aduaneiro de produto de procedência estrangeira, cuja base de cálculo é o valor que servir ou que serviria de base para o cálculo dos tributos aduaneiros, por ocasião do despacho de importação, acrescido do montante desses tributos e dos encargos cambiais efetivamente pagos pelo importador ou dele exigíveis. Uma vez majorado o valor de transação de mercadoria importada, em decorrência dos ajustes previsto no AVA, resta exigir de oficio a diferença do respectivo crédito tributário. As fls. 599/836 as interessadas apresentaram recurso voluntário ao Conselho de Contribuintes repisando os argumentos de suas impugnações, acrescentando, ainda, contra a decisão de 1.a instancia, as seguintes alegações: Fl. 3846DF CARF MF Impresso em 23/10/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 15/10/2013 por DOMINGOS DE SA FILHO, Assinado digitalmente em 15/10/2013 por ANTONIO CARLOS ATULIM, Assinado digitalmente em 15/10/2013 por DOMINGOS DE SA FILHO 10 i) a autoridade julgadora se pronunciou sobre pontos que não foram alegados pela defesa, tais como cerceamento de defesa e não cumulatividade do IPI; ii) deixou de se manifestar sobre pontos fundamentais ao deslinde da questão tais como falta de previsão legal para fixação de alíquota média de IPI e o acréscimo ao valor de transação de valores pagos por outras pessoas em razão de serviços de assistência técnica e de reparo em veículos; iii) apesar de ter afastado o motivo determinante da lavratura do auto de infração, vinculação entre exportador e importador, manteve a exigência fiscal. 0 Conselho de Contribuintes, em sessão de 25/01/2005, exarou o Acórdão n.° 30236.621, rejeitando a preliminar de nulidade, dando provimento ao recurso impetrado pelas interessadas, com base nas Decisões Cosif n.'s 14 e 15/97 (fls. 933/973). A Procuradoria da Fazenda Nacional apresentou recurso especial contra esse acórdão a Câmara Superior de Recursos Fiscais alegando contrariedade a evidência das provas e violação do art. 8. °, 1, d, do AVA, requerendo o restabelecimento do acórdão de primeira instancia (fls. 975/981). A empresa Coimex apresentou as ContraRazões as fls. 990/1002. A Câmara Superior de Recursos Fiscais, em sessão de 25/02/2008, proferiu o Acórdão n.° 302128.097, acolhendo a preliminar de nulidade dos atos processuais a partir da decisão de primeira instancia, para que outra seja proferida, desta vez abordando todas as questões trazidas nas impugnações, em especial as questões referentes à falta de previsão legal para fixação de alíquota média de IPI, o acréscimo ao valor de transação de valores pagos a Suzuki por outras pessoas que não as concessionárias, determinando, ainda, a ciência das interessadas da diligência efetuada, devendo ser reaberto prazo para impugnações complementares (acórdão As fls. 1027/1033). Cientificadas as atuadas, as mesmas apresentaram as impugnações de fls.1042/1074, salientando o descabimento do argumento da fiscalização quanto A base legal para a recusa do valor critério, artigo 1, § 2.b, do AVA, quando este dispositivo se aplica somente se houver vinculação entre exportador e importador, fato este afastado pela própria fiscalização. Repisam, também, os argumentos referentes Às comissões que não estão vinculadas As importações e da utilização de alíquota média para cálculo do IPI. Salientam que nos autos constam documentos contábeis relativos À emissão de fatura, cópias de folhas de pagamento referentes os prestadores de serviço (contratados, exatamente, para sua execução) e balancetes analíticos, oferecendo, portanto, documentação suporte eficiente para evidenciar a prestação de serviços, contrariando as alegações a fiscalização quanto À falta de prova da prestação de serviços. A empresa Suzuki do Brasil junta os seguintes Fl. 3847DF CARF MF Impresso em 23/10/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 15/10/2013 por DOMINGOS DE SA FILHO, Assinado digitalmente em 15/10/2013 por ANTONIO CARLOS ATULIM, Assinado digitalmente em 15/10/2013 por DOMINGOS DE SA FILHO Processo nº 12466.000795/9719 Acórdão n.º 3403002.463 S3C4T3 Fl. 19 11 documentos: balancete, demonstrativo de resultado, fichas de empregados, folhas de pagamento e DIPJ's, As fls. 1075/1620. E o relatório”. Sobreveio decisão da DRJ, ora recorrida de ofício, cancelando o lançamento em decorrência de: “Há que se ressaltar que é dever da autoridade lançadora instruir os autos com todos os elementos de prova que entender necessários à comprovação do ilícito tributário, não competindo À autoridade julgadora substituir o papel daquela autoridade preenchendo as lacunas da autuação. Por estas razões já entendo que são improcedentes os lançamentos dos tributos exigidos, e por conseqüência, dos acréscimos legais. Mas ainda há que destacar a total ilegalidade da eleição de alíquota média de IPI, obtida por média ponderada das alíquotas de IN incidentes sobre determinados modelos de veículos em determinados intervalos de tempo. Ora, muito não há o que se dizer sobre tal procedimento, totalmente equivocado da fiscalização. Pelo principio basilar da legalidade, a autoridade fiscal deve exigir a obrigação tributária, no caso o IPI, nos termos da legislação em vigor, fazendo incidir sobre o valor aduaneiro da mercadoria importado a alíquota aplicável para cada produto, em função justamente da seletividade deste tributo. A fiscalização não comprovou, e nem poderia visto inexistir, o fundamento legal para aferição de média ponderada de alíquotas de IPI. Finalmente, por entender que não houve a competente demonstração da necessidade de ajuste do valor aduaneiro dos veículos importados, que, destaquese, sequer foram relacionados com as importações efetuadas, e ainda pela ilegalidade da aplicação de alíquota média de IPI, julgo IMPROCEDENTE os lançamentos a que se referem os autos de infração do presente processo”. É o relatório. Voto Conselheiro Domingos de Sá Filho, relator. Impõe o conhecimento do presente recurso porque presentes estão os pressupostos de admissibilidade, constatado que o valor desonerado ultrapassa o valor fixado para efeitos de alçada. Fl. 3848DF CARF MF Impresso em 23/10/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 15/10/2013 por DOMINGOS DE SA FILHO, Assinado digitalmente em 15/10/2013 por ANTONIO CARLOS ATULIM, Assinado digitalmente em 15/10/2013 por DOMINGOS DE SA FILHO 12 Acusação inicial motivadora do auto de infração é de que a Cia Importadora e Exportadora Coimex ao importar veículos da marca Suzuki tivesse vinculação com o exportador capaz de influenciar no preço da transação. Face os contratos de representação dos veículos no Brasil pela Suzuki do Brasil foi arrolada como devedora solidária. As empresas intimadas a prestar informações demonstraram e comprovaram que os valores aduaneiros atendiam os preceitos do Acordo de Valoração Aduaneira. Posteriormente, a mesma Autoridade Atuante abandonou acusação de vinculação do importador com o exportador e concluiu que deveria ser ajustado o valor aduaneiro nos termo do art. 8º, parágrafo 1º, do Acordo de Valoração aduaneira, promulgado pelo Decreto nº 92.930/86, acrescendo os valores referentes à prestação de serviços cobrados pela Suzuki do Brasil das revendedoras por serviços de assessoria técnica administrativa com base nos contratos e o livro de registro de prestação de serviços. Acolheuse a preliminar de nulidade do auto de infração. A meu sentir andou bem o Julgador de Piso, como restou assentado na decisão. Assim, a decisão deve ser mantida pelos seus próprios fundamentos, que também adoto: “E ainda mais inconsistente é a análise da fiscalização no que diz respeito ao próprio valor aduaneiro que se pretende ajustar. Sequer a fiscalização individualizou e correlacionou os veículos importados com os respectivos serviços que integrariam, ou deveriam integrar, a base de cálculos dos tributos devidos na importação. 0 lançamento deve conter os pressupostos legais, no fiel cumprimento do art. 142 do Código Tributário Nacional, in verbis: Art. 142. Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário pelo lançamento, assim entendido o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo o caso, propor a aplicação da penalidade cabível. (grifei) Ainda que se pudesse admitir a tributação dos valores que não foram acrescidos ao valor de transação, ou seja, calculando os tributos somente pela diferença do valor acrescido, a exigência da obrigação tributária deve se dar dentro da legalidade, atendendo aos demais critérios para a constituição do crédito tributário. Estou me referindo, inicialmente, ao fato gerador dos tributos. No caso do Imposto de Importação, a data do registro da DI, nos termos do art. 19 do CTN combinado com o art. 23 do DecretoLei n.° 37/66, a data considerada como tendo ocorrido o fato gerador para efeitos de cálculo do tributo é a data do registro da declaração. No relatório fiscal estão relacionados diversos valores agrupados por mês, valores estes, como já disse, retirados do livro de registros de serviços prestados pela Suzuki do Brasil. Além de que estes valores de serviços não foram devidamente relacionados com os respectivos valores aduaneiros dos veículos Fl. 3849DF CARF MF Impresso em 23/10/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 15/10/2013 por DOMINGOS DE SA FILHO, Assinado digitalmente em 15/10/2013 por ANTONIO CARLOS ATULIM, Assinado digitalmente em 15/10/2013 por DOMINGOS DE SA FILHO Processo nº 12466.000795/9719 Acórdão n.º 3403002.463 S3C4T3 Fl. 20 13 importados, não houve, também, a indicação da data destas importações. Conseqüentemente o lançamento não foi devidamente constituído no que diz respeito À demonstração da matéria tributável correspondente ao fato gerador da obrigação tributária. Há que se ressaltar que é dever da autoridade lançadora instruir os autos com todos os elementos de prova que entender necessários à comprovação do ilícito tributário, não competindo à autoridade julgadora substituir o papel daquela autoridade preenchendo as lacunas da autuação. Por estas razões já entendo que são improcedentes os lançamentos dos tributos exigidos, e por conseqüência, dos acréscimos legais. Mas ainda há que destacar a total ilegalidade da eleição de alíquota média de IPI, obtida por média ponderada das alíquotas de IN incidentes sobre determinados modelos de veículos em determinados intervalos de tempo. Ora, muito não há o que se dizer sobre tal procedimento, totalmente equivocado da fiscalização. Pelo principio basilar da legalidade, a autoridade fiscal deve exigir a obrigação tributária, no caso o IPI, nos termos da legislação em vigor, fazendo incidir sobre o valor aduaneiro da mercadoria importado a alíquota aplicável para cada produto, em função justamente da seletividade deste tributo. A fiscalização não comprovou, e nem poderia visto inexistir, o fundamento legal para aferição de média ponderada de alíquotas de IPI. Finalmente, por entender que não houve a competente demonstração da necessidade de ajuste do valor aduaneiro dos veículos importados, que, destaquese, sequer foram relacionados com as importações efetuadas, e ainda pela ilegalidade da aplicação de alíquota média de IPI, julgo IMPROCEDENTE os lançamentos a que se referem os autos de infração do presente processo”. Sendo assim, voto no sentido de manter a decisão recorrida e negar provimento ao recurso. É como voto. Domingos de Sá Filho Fl. 3850DF CARF MF Impresso em 23/10/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 15/10/2013 por DOMINGOS DE SA FILHO, Assinado digitalmente em 15/10/2013 por ANTONIO CARLOS ATULIM, Assinado digitalmente em 15/10/2013 por DOMINGOS DE SA FILHO 14 Fl. 3851DF CARF MF Impresso em 23/10/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 15/10/2013 por DOMINGOS DE SA FILHO, Assinado digitalmente em 15/10/2013 por ANTONIO CARLOS ATULIM, Assinado digitalmente em 15/10/2013 por DOMINGOS DE SA FILHO
score : 1.0
Numero do processo: 10331.000145/00-41
Turma: 3ª TURMA/CÂMARA SUPERIOR REC. FISCAIS
Câmara: 3ª SEÇÃO
Seção: Câmara Superior de Recursos Fiscais
Data da sessão: Wed Nov 09 00:00:00 UTC 2011
Ementa: RETIFICAÇÃO DE INEXATIDÃO MATERIAL FINSOCIAL.
PEDIDO DE RESTITUIÇÃO/COMPENSAÇÃO. RETIFICAÇÃO DE ERRO MATERIAL. PEDIDO EFETUADO EM 27 DE DEZEMBRO DE 2000. PRAZO. TERMO INICIAL. MEDIDA PROVISÓRIA N° 1.110/95 (31 DE AGOSTO DE 1995). RETIFICAÇÃO DA DECISÃO ANTERIOR PARA CONSIDERAR EXTINTO O DIREITO DO CONTRIBUINTE. RECURSO ESPECIAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO.
Considerando-se que, em verdade, o pedido de restituição deu-se em 27 de dezembro de 2000, e tendo em vista o meu entendimento de que, em tal caso, o termo inicial do respectivo prazo é o dia da publicação da Medida Provisória n° 1.110/95, retifico minha decisão anterior, para dar pela extinção do direito do contribuinte à restituição/compensação do FINSOCIAL, e não prover o recurso especial do contribuinte.
Numero da decisão: 9303-001.794
Decisão: ACORDAM os membros da 3ª Turma da Câmara Superior de Recursos FISCAIS, por unanimidade de votos, conhecer e acolher os embargos de declaração para sanar a contradição existente no acórdão CSRF n° 0305.517, nos termos do voto da Relatora. O Conselheiro Corintho Oliveira Machado participou do julgamento em substituição ao
Conselheiro Marcos Aurélio Pereira Valadão, ausente momentaneamente.
Matéria: Finsocial -proc. que não versem s/exigências cred.tributario
Nome do relator: Susy Gomes Hoffmann
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PEDIDO DE RESTITUIÇÃO/COMPENSAÇÃO. RETIFICAÇÃO DE ERRO MATERIAL. PEDIDO EFETUADO EM 27 DE DEZEMBRO DE 2000. PRAZO. TERMO INICIAL. MEDIDA PROVISÓRIA N° 1.110/95 (31 DE AGOSTO DE 1995). RETIFICAÇÃO DA DECISÃO ANTERIOR PARA CONSIDERAR EXTINTO O DIREITO DO CONTRIBUINTE. RECURSO ESPECIAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO. Considerandose que, em verdade, o pedido de restituição deuse em 27 de dezembro de 2000, e tendo em vista o meu entendimento de que, em tal caso, o termo inicial do respectivo prazo é o dia da publicação da Medida Provisória n° 1.110/95, retifico minha decisão anterior, para dar pela extinção do direito do contribuinte à restituição/compensação do FINSOCIAL, e não prover o recurso especial do contribuinte. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. ACORDAM os membros da 3ª Turma da Câmara Superior de Recursos FFIISSCCAAIISS, por unanimidade de votos, conhecer e acolher os embargos de declaração para sanar a contradição existente no acórdão CSRF n° 0305.517, nos termos do voto da Relatora. O Conselheiro Corintho Oliveira Machado participou do julgamento em substituição ao Conselheiro Marcos Aurélio Pereira Valadão, ausente momentaneamente. (assinado digitalmente) Otacílio Dantas Cartaxo Fl. 569DF CARF MF Impresso em 06/07/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 08/06/2012 por SUSY GOMES HOFFMANN, Assinado digitalmente em 13/06/2012 por OTACILIO DANTAS CARTAXO, Assinado digitalmente em 08/06/2012 por SUSY GOMES HOFFMANN Processo nº 10331.000145/0041 Acórdão n.º 910301.794 CSRFT3 Fl. 2 2 Presidente (assinado digitalmente) Susy Gomes Hoffmann Relatora Participaram do julgamento os Conselheiros Henrique Pinheiro Torres, Nanci Gama, Júlio César Alves Ramos, Rodrigo Cardozo Miranda, Rodrigo da Costa Pôssas, Francisco Maurício Rabelo de Albuquerque Silva, Marcos Aurélio Pereira Valadão, Maria Teresa Martínez López, Susy Gomes Hoffmann e Otacílio Dantas Cartaxo. Relatório O processo em epígrafe versa sobre pedido de restituição de valores pagos a maior a título de contribuição ao Finsocial, concernente ao período de setembro de 1989 a março de 1992, com base na declaração de inconstitucionalidade da alíquota superior a 0,5%, promovida pelo STF. Inicialmente indeferido o seu pleito pela Delegacia da Receita Federal de Julgamento, em julgamento de recurso voluntário interposto pelo contribuinte, a antiga Terceira Câmara do Terceiro Conselho de Contribuintes negoulhe provimento, conforme a seguinte ementa: FINSOCIAL. PEDIDO DE RESTITUIÇÃO/COMPENSAÇÃO EFETIVADO EM 27/12/2000. MATÉRIA COMPREENDIDA NA COMPETÊNCIA DESTE CONSELHO. INCONSTITUCIONALIDADE RECONHECIDA PELO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. PRESCRIÇÃO DO DIREITO DE RESTITUIÇÃO/COMPENSAÇÃO. INÍC10 DA CONTAGEM DE PRAZO. MEDIDA PROVISÓRIA N° 1.110/95, PUBLICADA EM 31/08/1995. CARACTERIZADA A DECADÊNCIA É DE SE MANTER A DECISÃO PROFERIDA EM PRIMEIRA INSTANCIA. Recurso negado. Considerouse como termo inicial para a contagem do prazo de cinco anos para o pedido de restituição a data da edição da Medida Provisória n° 1110/95 (31 de agosto de 1995). O contribuinte interpôs recurso especial interpôs recurso especial, com fundamento em divergência jurisprudencial, argumentando no sentido de que o prazo para o pedido de restituição/compensação da contribuição ao Finsocial iniciouse com a edição da Medida Provisória n° 162136, de 10 de junho de 1998. A Procuradoria da Fazenda Nacional apresentou contrarrazões (fls. 526/534). Fl. 570DF CARF MF Impresso em 06/07/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 08/06/2012 por SUSY GOMES HOFFMANN, Assinado digitalmente em 13/06/2012 por OTACILIO DANTAS CARTAXO, Assinado digitalmente em 08/06/2012 por SUSY GOMES HOFFMANN Processo nº 10331.000145/0041 Acórdão n.º 910301.794 CSRFT3 Fl. 3 3 Em julgamento do recurso especial, fui designada para redigir o voto vencedor. Interposto, pela Fazenda Nacional, recurso extraordinário (fls. 555/563), o ilustre Conselheiro Antonio Praga, à época presidente da Câmara Superior de Recursos Fiscais, preferiu despacho nos seguintes termos: “Ao apreciar a matéria, evidenciase erro material no julgado. Cristalino o posicionamento da ConselheiraRelatora, às fls. 543 do Acórdão em comento, no sentido de que o contribuinte protocolizou seu pedido de restituição em 27 de dezembro de 2000, data essa constante tanto na capa dos autos como no protocolo do pleito à fl. 01, verso. A I. Conselheira designada para redigir o VotoVencedor assentou que o pedido do contribuinte se deu em 31 de agosto de 2000 e que, portanto, não teria ocorrido a decadência do direito de pleitear a restituição/compensação ora em lide. Cristalino o erro material, a ser sanado pela C. Terceira Turma da CSRF. Pelos fatos acima, deixase de apreciar o extraordinário interposto. Ciência Representação da Procuradoria da Fazenda Nacional. Após, sejam os autos encaminhados à Conselheira SUZY (sic) GOMES HOFFMANN para nova inclusão em pauta de julgamento para o devido saneamento.” Voto Conselheira Susy Gomes Hoffmann, Relatora Quanto ao tema versado nos autos, o meu entendimento é no sentido de que o prazo para o pedido de restituição deve ser computado em 05 (cinco) anos a contar da publicação da Medida Provisória nº 1.110 ocorrida em 31 de agosto de 1995, vencendose o prazo em 31 de agosto de 2000. Conforme se depreende do meu voto (fls. 548/551), considerei que o pedido de restituição fora formulado em data anterior a 31/08/2000, de modo que, com isso, a decadência não haveria ocorrido. No entanto, em verdade, o pedido ocorreu em 27 de dezembro de 2000. Evidente, destarte, o erro material, o qual, aliás, influenciou o deslinde do caso. Tendo como parâmetro aquela data, e sob o entendimento de que o prazo decadencial teve como termo inicial a publicação da Medida Provisória n° 1.110/95 (31 de agosto de 1995), é de se concluir pela extinção do direito do contribuinte Fl. 571DF CARF MF Impresso em 06/07/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 08/06/2012 por SUSY GOMES HOFFMANN, Assinado digitalmente em 13/06/2012 por OTACILIO DANTAS CARTAXO, Assinado digitalmente em 08/06/2012 por SUSY GOMES HOFFMANN Processo nº 10331.000145/0041 Acórdão n.º 910301.794 CSRFT3 Fl. 4 4 Diante do exposto, retifico a decisão de fls. 548/555, no sentido de negar provimento ao recurso especial interposto pelo contribuinte, com fundamento na ocorrência da decadência do direito de restituição pleiteado no presente processo. Sala das Sessões, em 09 de novembro de 2011 (assinado digitalmente) Susy Gomes Hoffmann Fl. 572DF CARF MF Impresso em 06/07/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 08/06/2012 por SUSY GOMES HOFFMANN, Assinado digitalmente em 13/06/2012 por OTACILIO DANTAS CARTAXO, Assinado digitalmente em 08/06/2012 por SUSY GOMES HOFFMANN
score : 1.0
Numero do processo: 13963.000166/98-31
Turma: Segunda Câmara
Seção: Terceiro Conselho de Contribuintes
Data da sessão: Wed Feb 28 00:00:00 UTC 2007
Data da publicação: Wed Feb 28 00:00:00 UTC 2007
Ementa: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física - IRPF
Período de apuração: 01/09/1989 a 30/11/1991
Ementa: FINSOCIAL – RESTITUIÇÃO COISA JULGADA
A sentença definitiva em ação judicial produz efeitos nos estritos termos em que foi prolatada.
A atualização monetária do valor a ser restituído deve ser feita nos moldes aplicados pela SRF, como determinado na decisão judicial.
RECURSO VOLUNTÁRIO NEGADO.
Numero da decisão: 302-38.458
Decisão: ACORDAM os Membros da SEGUNDA CÂMARA do TERCEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES, por unanimidade de votos, negar provimento ao recurso, nos termos do voto do relator.
Matéria: Finsocial -proc. que não versem s/exigências cred.tributario
Nome do relator: PAULO AFFONSECA DE BARROS FARIA JÚNIOR
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ementa_s : Imposto sobre a Renda de Pessoa Física - IRPF Período de apuração: 01/09/1989 a 30/11/1991 Ementa: FINSOCIAL – RESTITUIÇÃO COISA JULGADA A sentença definitiva em ação judicial produz efeitos nos estritos termos em que foi prolatada. A atualização monetária do valor a ser restituído deve ser feita nos moldes aplicados pela SRF, como determinado na decisão judicial. RECURSO VOLUNTÁRIO NEGADO.
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Recorrida DRJ-FLORIANÓPOLIS/SP • Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física - IRPF Período de apuração: 01/09/1989 a 30/11/1991 Ementa: F1NSOCIAL — RESTITUIÇÃO COISA JULGADA A sentença definitiva em ação judicial produz efeitos nos estritos termos em que foi prolatada. A atualização monetária do valor a ser restituído deve ser feita nos moldes aplicados pela SRF, como determinado na decisão judicial. RECURSO VOLUNTÁRIO NEGADO. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. ACORDAM os Membros da SEGUNDA CÂMARA do TERCEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES, por unanimidade de votos, negar provimento ao recurso, nos termos do voto do relator. at&CA\ JUDI r 13 fi AMARAL MARCONDES ARMAN — Presidente Processo n.°13963.000166/98-31 CCO3/CO2 Acórdão n.° 302-38.458 Fls. 678 E/5 PAULO AFFONSECA D BARROS FARIA JÚNIOR - Relator Participaram, ainda, do presente julgamento, os Conselheiros: Elizabeth Emílio de Moraes Chieregatto, Corintho Oliveira Machado, Rosa Maria de Jesus da Silva Costa de Castro, Mércia Helena Trajano D'Amorim e Luciano Lopes de Almeida Moraes. Ausentes o Conselheiro Luis Antonio Flora e a Procuradora da Fazenda Nacional Maria Cecilia Barbosa. • • Processo n.° 13963.000166/98-31 CCO31CO2,e Acerai) n.°302-38.458 Fls. 679 Relatório Adoto o Relatório do Acórdão 7.127, de 16/12/2005, da 4' Turma da DRJ (fls.631/634) por bem descrever os fatos. "Por meio dos documentos de fls. 1 e 2, formulou a contribuinte acima qualificada pedido de compensação de créditos contra a Fazenda Nacional reconhecidos na decisão judicial n' 94.80.00423-2, referentes ao FINSOCIAL, com débitos da Contribuição para o Programa de Integração Social — PIS/PASEP, da Contribuição para o financiamento da Seguridade Social — COFINS e do Imposto de Renda Retido na Fonte - IRRF. Na apreciação do pleito, a Delegacia da Receita Federal em Florianópolis/SC, mediante Despacho Decisório de fls. 561 a 564, deferiu em parte o pedido de compensação pleiteado pela interessada A unidade de origem, confrontando os pagamentos apresentados • pela contribuinte com os valores devidos na época, a título de FINSOCIAL, em conformidade com a decisão judicial que transitou em julgado em 27.05.1998, apurou um crédito no valor de R$ 88.209,92, atualizado até 01.01.1996 (vide planilhas de fls. 559 e 560). Este crédito foi compensado com os valores requeridos pela contribuinte (fl. 431 a 435), restando um saldo remanescente de R$ 9.026,06, a título de IRRF, referente aos meses de dezembro de 1998 a janeiro de 1999, de acordo com os demonstrativos de fls. 565 a 576, para o qual foi emitida a carta de cobrança de fl. 610. Irresignada, a contribuinte apresentou a manifestação de inconformidade de fls. 613 a 615, na qual contesta os cálculos efetuados pela autoridade a quo, alegando que os pagamentos indevidos do F1NSOCIAL eram suficientes para quitação integral de todos os débitos relacionados em seu pedido de compensação. Protesta pela apresentação, por parte da Receita Federal, "da comprovação de dados/fonte utilizada nesse cálculo de apuração dos créditos de Finsocial, o qual denota supostos faturamentos mensais, respectivas aliquotas e valores contidos em DARFs de recolhimento, além de não demonstrar como atualizados, especialmente a partir da vigência • da Taxa SEL1C (a partir de 01.01.1996), os montantes desses mesmos créditos até sua compensação final com os débitos em questão." (fl. 614). Requer, também, a juntada de documentação e dados posteriores que venham a ser obtidos, a fim de demonstrar os equívocos inerentes aos cálculos do fisco. Por fim, alega que, "ainda que fossem os saldos supostamente remanescentes, assim apontados e ora exigidos como devedores, o respectivo pedido e decorrente formalização da compensação em comento, legalmente prevista hipótese de extinção de todos estes débitos — art. 156 do CT1V; com a assim definitiva quitação dos mesmos, verificou-se ainda no decorrer de 1998 e 1999, com o que prescrita/decaída qualquer pretensão do Fisco Federal em ora cobrar alguma suposta diferença: ora, em 2005, por ter sido tal compensação formalizada ainda em 1998/1999 e assim homologada, por decurso de prazo (5 anos após), não há mais como pretender cobrar eventuais saldos remanescentes." 1)Requer, assim, o cancelamento da presente exi ência/cobrança, face à extinção integral nos termos dos incisos II e V do art. 156 do CTN." . . Processo n.°13963.000166/98-31 CCO3/CO2 Acárclao n.°302-38.458 Fls. 680 Em Recurso Voluntário de fls. 642/646, mais documentos anexados, tempestivo e com garantia de instância, que leio em Sessão, são renovadas as argüições antes deduzidas. O presente Recurso contem 3 volumes tendo sido distribuído a este Relator conforme despacho de fls. 676, nada mais existindo nos Autos a respeito do litígio. ts? É o Relatório. e o - - _ Processo n.° 13963.000166/98-31 CCO31CO2 Acendllo n.° 302-38.458 Fls. 681 Voto Conselheiro Paulo Affonseca de Barros Faria Júnior, Relator Conheço do Recurso, por reunir as condições de admissibilidade. A teor do relatado, a questão a ser aqui debatida cinge-se aos chamados expurgos inflacionários. A meu sentir, razão não assiste à Reclamante, pois é inadmissível, na esfera administrativa, corrigir-se monetariamente os indébitos de que a Recorrente seria titular, com índices superiores aos estabelecidos nas normas legais da espécie, porquanto falece a este Colegiado competência para admitir tal procedimento, vez não ser legislador positivo. Esse entendimento é corroborado pelo Supremo Tribunal Federal, a exemplo da decisão exarada nos autos da Suspensão de Segurança SS n° 1853/DF cujo excerto transcreve-se abaixo: "O Exm° Sr. Ministro Carlos Velloso ressaltou que "A jurisprudência do STF Otem-se posicionado no sentido de que a correção monetária, em matéria fiscal, é sempre dependente de lei que a preveja, não sendo facultado ao Poder Judiciário aplicá-la onde a lei não determina, sob pena de substituir-se o legislador (V: RE n° 234.003/RS, Re1 Ministro Mauricio Corrêa, DJ 19.05.2000)". Desse modo, a correção monetária dos indébitos, até 31/12/1995, deverá se ater aos índices formadores dos coeficientes da tabela anexa à Norma de Execução Conjunta SRF/COSIT/COSAR n° 08, de 27/06/97, que correspondem àqueles previstos nas normas legais da espécie, bem como aos admitidos pela Administração, com base nos pressupostos do Parecer AGU n° 01/96, para os períodos anteriores à vigência da Lei n° 8.383/91, quando não havia previsão legal expressa para a correção monetária de indébitos. A partir de 01/01/96, sobre os indébitos passa a incidir exclusivamente juros equivalentes à Taxa Referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia - SELIC para títulos federais, acumulada mensalmente, até o mês anterior ao da compensação ou restituição e de 1% relativamente ao mês em que estiver sendo efetuada, por força do art. 39, § O 4°, da Lei n°9.250/95. Assim foi calculada a atualização dos valores, como se vê demonstrado a fls. 559/560. A Recte, limitou-se a questionar os cálculos realizados pelo fisco de forma genérica, alegando, em síntese, que não haveria comprovação para os valores considerados. Do exame dos autos, verifica-se que os cálculos foram elaborados com base em documentação, única e exclusivamente, fornecida pela própria impugnante. Em razão de concordar com os argumentos esposados pela decisão recorrida, adoto e transcrevo trechos da mesma que se entrelaçam com o meu entendimento sobre a presente lide. "Em resposta a Intimação Fiscal n2 2005/0065 (fl. 442), a contribuinte apresentou cópia das declarações anuais da pessoa jurídica, assim como documentos dos respectivos livros contábeis que, nas suas próprias palavras "atestam as bases de cálculo da C/[ • • Processo n.° 13963.000166/98 -31 CCO3/CO2. Acórdão n.° 302-38.458 Fls. 682 contribuição para o Finsocial no período de 09/1989 a 11/1991." (cópias juntadas às fls. 475 a 558). As bases de cálculo da contribuição foram extraídas da escrituração da contribuinte, cujas cópias se encontram anexadas às fls. 498 a 558 (sumarizados à fl. 489, para o ano-base 1989) e das DIPJ referentes aos anos-base 1990 e 1991(fls. 487 e 480 verso). O valor da contribuição devida foi calculado aplicando-se a aliquota de 0,5% sobre a base de cálculo correspondente @ara todo o período, obedecendo à decisão judicial). Confrontando o valor da contribuição devido com o efetivamente pago, de acordo com os DARF de fls. 8 a 19, foram obtidos os valores pagos a maior, os quais foram atualizados pelos índices constantes da tabela de fl. 559, que está em consonância com a determinação judicial contida às fls. 303 e 304. O valor do crédito apurado a favor da contribuinte foi de R$ 88.209,73, atualizado até 01.01.1996 (vide fl. 560). Quanto aos débitos a serem compensados, cabe ressaltar que a planilha de fl. 3, juntada na petição inicial, foi substituída, a pedido da interessada (fl. 430), pela planilha de fls. • 431 a 435. Tais valores foram compensados com o crédito do FINSOCIAL, conforme indicado nos demonstrativos de fls. 565 a 576, remanescendo débitos a título de IRRF, relativos aos meses de dezembro de 1998 a janeiro de 1999, no valor de R$ 9.026,06. Como sê vê, os cálculos elaborados pela delegacia de origem estão fundamentados na escrituração contábil, nas DIPJ, em planilhas e DARF apresentados pela própria contribuinte. Além disso, as alíquotas e índices de correção estão de acordo com o estabelecido na decisão judicial. Assim, quisesse a impugnante contestar as planilhas elaboradas pelo fisco, deveria apontar especificamente que valores foram equivocadamente apurados, indicando as razões de sua insurgência e os elementos de prova que corroborassem cada um dos supostos erros de cálculo, e não se limitar a alegações genéricas, como o fez. Quanto à juntada de provas, ressalte-se que somente é admitida até o prazo legal de impugnação, ressalvado os casos previstos no § 4 2 do art. 16 do Decreto tf 70.235/1972, cujo deferimento depende da presença das circunstâncias estabelecidas no referido dispositivo • (impossibilidade de apresentação durante o prazo de impugnação, por conta de "força maior", "fato ou direito superveniente" etc.). Nestes termos, mantém-se a homologação parcial do pedido de compensação conforme apurado pela delegacia de origem. Quanto ao Aviso de Cobrança, cumpre esclarecer, de pronto, que não cabe qualquer manifestação por parte desta autoridade julgadora, eis que não é meio formal de constituição de crédito tributário. É tão-somente, como o próprio nome diz, um "aviso" de que existem valores inadimplidos, extraídos estes de lançamentos de oficio ou de declarações entregues pelo contribuinte (como no caso que aqui se tem). Trata-se de ato preparatório, antecedente ao envio do débito para a PFN, destinado a dar uma última oportunidade ao contribuinte para adimplir espontaneamente a obrigação ou então comprovar o já pagamento ou a existência de outra forma de extinção, o parcelamento, etc. No caso em concreto, o referido Aviso de Cobrança foi expedido em razão de a compensação pleiteada pela contribuinte ter sido concedida parcialmente, restando valores a j serem adimplidos. No que se refere às alegações de prescriçã /decadência, nenhum dois , e • . • PrOCCSSO ri? 13963.000166/98-31 CCO31CO2 Ackrdâo n.° 302-38.458 Fls. 683 institutos se aplica ao caso em análise. Como se trata de créditos passíveis de cobrança, não há que se falar em decadência (perda do direito de constituir o crédito mediante lançamento). Da mesma forma, como houve a impugnação da compensação homologada parcialmente, eventuais cobranças estão suspensas até a decisão administrativa final." Face ao exposto, nego provimento ao Recurso. Sala das Sessões, em 28 de fevereiro de 2007 ' -----9-. PAULO AFF NSECA DE BA OS — ARIA JÚNIOR - Relator • •
score : 1.0
Numero do processo: 13707.001178/00-08
Turma: Segunda Câmara
Seção: Terceiro Conselho de Contribuintes
Data da sessão: Wed Jun 21 00:00:00 UTC 2006
Data da publicação: Wed Jun 21 00:00:00 UTC 2006
Ementa: CONTRIBUIÇÃO PARA O FINSOCIAL. PRAZO PARA REQUERER A RESTITUIÇÃO.
Considerando que os textos legais têm pressuposto de legalidade e de constitucionalidade, o prazo de cinco anos para requerer a restituição dos valores indevidamente recolhidos a título de contribuição ao Finsocial, deve ser contado a partir da data da publicação da MP 1.110, de 31 de agosto de 1995.
RECURSO VOLUNTÁRIO PROVIDO.
Numero da decisão: 302-37660
Decisão: ACORDAM os Membros da Segunda Câmara do Terceiro Conselho
de Contribuintes, por maioria de votos, dar provimento ao recurso para afastar a decadência retornando-se os autos à Repartição de origem para apreciação das demais questões de mérito, na forma do relatório e voto que passam a integrar o presente julgado. Vencidas as Conselheiras Elizabeth Emílio de Moraes Chieregatto e Judith do Amaral Marcondes Armando que negavam provimento.
Matéria: Finsocial -proc. que não versem s/exigências cred.tributario
Nome do relator: Rosa Maria de Jesus da Silva Costa de Castro
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TERCEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES SEGUNDA CÂMARA Processo n° : 13707.001178/00-08 Recurso n° : 133.230 Acórdão n° : 302-37.660 Sessão de : 21 de junho de 2006 Recorrente : HIMATER MATERIAIS E EQUIPAMENTOS LTDA. Recorrida : DRJ/R10 DE JANEIRO/RJ CONTRIBUIÇÃO PARA O FINSOCIAL PRAZO PARA REQUERER A RESTITUIÇÃO. Considerando que os textos legais têm pressuposto de legalidade e de constitucionalidade, o prazo de cinco anos para requerer a restituição dos valores indevidamente recolhidos a titulo de contribuição ao Finsocial, deve ser contado a partir da data da • publicação da MP 1.110, de 31 de agosto de 1995. RECURSO VOLUNTÁRIO PROVIDO. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. ACORDAM os Membros da Segunda Câmara do Terceiro Conselho de Contribuintes, por maioria de votos, dar provimento ao recurso para afastar a decadência retornando-se os autos à Repartição de origem para apreciação das demais • questões de mérito, na forma do relatório e voto que passam a integrar o presente julgado. Vencidas as Conselheiras Elizabeth Emílio de Moraes Chieregatto e Judith do Amaral Marcondes Armando que negavam provimento. CAA. C"n- • JUDIÇO AMARAL MARCONDES A NDO Presicient ROSA MARI DE JESUSESUS DA SILVA COSTA DE CASTRO Relatora Formalizado em: 12 JUL 2006 Participaram, ainda, do presente julgamento, os Conselheiros: Paulo Affonseca de Barros Faria Júnior, Corintho Oliveira Machado, Mércia Helena Trajano D'Amorim, Luciano Lopes de Almeida Moraes e Luis Antonio Flora. Esteve presente a Procuradora da Fazenda Nacional Maria Cecilia Barbosa. tmc •• Processo n° : 13707.001178/00-08 • Acórdão n° : 302-37.660 RELATÓRIO Trata-se de pedido de restituição cumulado com compensações protocolizadas a partir de 28 de abril de 2000, em decorrência de valores supostamente recolhidos a maior a titulo de Finsocial. O relatório constante da decisão recorrida explicita, com clareza os fatos ocorridos e os argumentos aduzidos nos presentes autos. Dessa feita, peço vénia para reproduzir seus termos: "2. A DERAT/RJO indeferiu o direito creditário pleiteado (fls. 47/48) entendendo pela decadência do direito de o contribuinte ao crédito pleiteado, tendo em vista a data de protocolização do 1111 pedido, 28/04/2000, e o disposto no Ato Declaratório SRF n°96/99. 3. Cientificada em 18/01/2002, a requerente apresentou manifestação de inconformidade em 05/02/2002 (fls. 50 a 61) contra o despacho decisório proferido, argumentando, em síntese, que: • O Parecer COS1T n° 4/99 dispõe que a decadência do direito de reaver pagamento de tributo se dá transcorridos cinco anos a partir do ato administrativo que reconheceu ser o mesmo indevido, tendo o Conselho de Contribuintes decidido no mesmo sentido; • O ato administrativo que reconheceu indevido o aumento de alíquota cobrado pela Administração foi a IN/SRF n°31, de abril de 1997. Assim, dá-se a decadência do direito reclamado em • abril de 2002; • Por outro lado, ainda que o Ato Declaratório invocado pela Delegacia prevalecesse, a interpretação daquele órgão foi inadequada, pois se tratando de tributo cujo lançamento se opera mediante homologação (artigo 150 do C77V), como é o caso do FINSOCIAL, a data de extinção do crédito tributário não coincide com a de recolhimento; • Nos tributos lançados por homologação, o recolhimento efetuado pelo contribuinte é uma antecipação determinada por lei, imprestável à extinção do crédito tributário correspondente. A extinção se dá por ocasião de expressa homologação por parte da autoridade fiscal ou, na sua falta, transcorridos cinco anos a partir da antecipação avida (artigo 150, § 4° do CTN — homologação tácita); 2 Processo n° : 13707.001178/00-08 • Acórdão n° : 302-37.660 • A teor do artigo 168 do CTN, o direito de reclamar um indébito fiscal só se extingue com o decurso de cinco anos da data da extinção do crédito tributário, e isso só ocorre, nos tributos aqui reclamados, no prazo de cinco anos da homologação. Esse é o entendimento do STJ, acolhido pelo Conselho de Contribuintes; • A questão da inconstitucionalidade das normas que fundamentariam os pagamentos indevidos resta superada pelos Tribunais, inclusive administrativos, acolhendo a SRF o posicionamento firmado pela Excelsa Corte, editando a referida IN, cujo artigo 1° dispensa a constituição de créditos tributários correspondentes; • Conforme o artigo 66 da Lei n° 8.383/91 e a 1N/SRF n°21/97, o indébito suportado pela requerente pode ser compensado com tributos e contribuições por ela devidos junto à SRF, tendo assim entendido o Conselho de Contribuintes; • Registre-se que a IN/SRF 32/97 convalida a compensação do F1NSOCIAL no pagamento da COF1NS, independentemente de requerimento administrativo; • Diversas normas dispõem sobre a correção monetária e os juros dos pagamentos indevidos, para fins de compensação/restituição; • Pelo exposto, requer seja julgado procedente a presente impugnação, sendo deferido o pedido de compensação, na forma da IN/SRF n° 21/97." Através de Acórdão unânime, proferido pela i. 5' Turma da Delegacia de Julgamento em Belo Horizonte/MG, foi indeferida a solicitação efetuada pela Interessada, conforme razões explicitadas no Parecer PGFN/CAT n° 1.538, de 18 • de outubro de 1999. Cientificada do teor da decisão acima em 23 de maio de 2005, a Interessada apresentou Recurso Voluntário, endereçado a este Colegiado, no dia 17 de junho do mesmo ano. Nesta peça processual, a Interessada reitera os argumentos anteriormente aduzidos e acrescenta que não cabe a aplicação do disposto na Lei Complementar n° 118/2005, conforme entendimento adotado pelo Superior Tribunal de Justiça. Ressalte-se que, provavelmente por mero descuido, a Interessada anexou, às fls. 110 "Relação de Bens e Direitos para Arrolamento", a qual não é necessária, pois não há necessidade de se garantir qualquer crédito a favor do Erário. É o relatório. 3 ,. ., . Processo n° : 13707.001178/00-08 • Acórdão n° : 302-37.660 VOTO Conselheira Rosa Maria de Jesus da Silva Costa de Castro, Relatora . O Recurso preenche os requisitos de admissibilidade, portanto, dele conheço. Como é cediço, o Supremo Tribunal Federal (STF), em sessão plenária realizada em dezembro de 1992, quando do julgamento do Recurso Extraordinário n° 150.764-1/PE, declarou a inconstitucionalidade incidental de todos os dispositivos que aumentaram a aliquota do Finsocial (Leis n° 7.787/89; 7.787/89; e, 8.147/90), reconhecendo a constitucionalidade unicamente da aliquota de incidência originária, equivalente a 0,5% sobre a receita bruta de venda de • mercadorias. "CONTRIBUIÇÃO SOCIAL-PARÁMETROS-NORMAS DE REGÊNCL4-FINSOCL4L-BALIZAMENTO TEMPORAL. A teor do disposto no art. 195 da Constituição Federal, incumbe à sociedade, como um todo, financiar, de forma direta e indireta, nos termos da lei, a seguridade social, atribuindo-se aos empregadores a participação mediante bases de incidência próprias - folha de salários, o faturamento e o lucro. Em norma de natureza constitucional transitória, emprestou-se ao FINSOCIAL característica de contribuição, jungindo-se a imperatividade das regras insertas no Decreto-Lei n° 1940/82, com as alterações ocorridas até a promulgação da Carta de 1988, ao espaço de tempo relativo à edição da lei prevista no referido artigo. Conflita com as disposições constitucionais - artigos 195 do corpo permanente e 56 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias - preceito de lei que, a título de viabilizar o texto constitucional, toma de III empréstimo, por simples remissão, a disciplina do FINSOCIAL. Incompatibilidade manifesta do art. 90 da Lei n° 7689/88 com o Diploma Fundamental, no que discrepa do texto constitucional". Em função do pronunciamento acima transcrito, entendo que seria dever do Estado restituir ex officio os montantes de que se locupletou indevidamente em razão de exigências inconstitucionais (assim declaradas pelo Supremo Tribunal Federal e pelo Senado Federal), sob pena de se incorrer em enriquecimento ilícito, vedado pela nossa Carta Magna. A contrário senso, porém, o Poder Executivo editou a Medida Provisória (MP n° 1.110/95), sucessivamente reeditada, literalmente proibindo o Erário de restituir as parcelas pagas indevidamente pelos contribuintes a título de contribuição ao ç iFinsociat(i 4 k • Processo n° : 13707.001178/00-08 • Acórdão n° : 302-37.660 Somente em junho de 1998 modificou-se o teor dessa norma legal para admitir a restituição, a requerimento do lesado, dos valores indevidamente recolhidos: Medida Provisória n°1.621-35 "Art. 18. Ficam dispensados a constituição de créditos da Fazenda Nacional, a inscrição como Dívida Ativa da União, o ajuizamento da respectiva execução fiscal, bem assim cancelados o lançamento e a inscrição, relativamente: iii - à contribuição ao Fundo de Investimento Social - FINSOCIAL, exigida das empresas exclusivamente vendedoras de mercadorias e mistas, com fundamento no art. 9° da Lei n° 7.689, de 1988, na alíquota superior a zero vírgula cinco por cento, conforme Leis n's 7.787, de 30 de junho de 1989, 7.894, de 24 de novembro de 1989, e 8.147, de 28 de dezembro de 1990, acrescida do adicional de zero vírgula um por cento sobre os fatos geradores relativos ao exercício de 1988, nos termos do art. 22 do Decreto-Lei n° 2.397, de 21 de dezembro de 1987; § 2° O disposto neste artigo não implicará restituição de quantias pagas." Medida Provisória n° 1.621-36 "Art. 18. Ficam dispensados a constituição de créditos da Fazenda Nacional, a inscrição como Dívida Ativa da União, o ajuizamento da respectiva execução fiscal, bem assim cancelados o lançamento e a inscrição, relativamente: iii - à contribuição ao Fundo de Investimento Social - FINSOCIAL, 111 exigida das empresas exclusivamente vendedoras de mercadorias e mistas, com fundamento no art. 9° da Lei n° 7.689, de 1988, na alíquota superior a zero vírgula cinco por cento, conforme Leis n°s 7.787, de 30 de junho de 1989, 7.894, de 24 de novembro de 1989, e 8.147, de 28 de dezembro de 1990, acrescida do adicional de zero vírgula um por cento sobre os fatos geradores relativos ao exercício de 1988, nos termos do art. 22 do Decreto-Lei n° 2.397, de 21 de dezembro de 1987; § 2° O disposto neste artigo não implicará restituição ex officio de quantias pagas." Ora, visto que os textos legais têm pressuposto de legalidade e de constitucionalidade, entendo que o prazo de cinco anos para requerer a restituição dos valores indevidamente recolhidos a titulo de contribuição ao Finsocial, some e .4 Processo n° : 13707.001178/00-08 • Acórdão n° : 302-37.660 poderia começar a ser contado a partir dessa modificação no texto da norma legal, ou seja, a partir de 10 de junho de 1998. Nesse esteio, o prazo somente se encerra em 10 de junho de 2003. A jurisprudência deste E. Terceiro Conselho de Contribuintes tem se manifestado favoravelmente a tese ora esposada, conforme se verifica pela transcrição dos acórdãos exemplificativos abaixo: "FINSOCIAL. RESTITUIÇÃO. DECADÊNCIA. MP 1.110/95 E MP 1.621-36/98. O prazo para o pleito de restituição de contribuição para o FINSOCIAL paga a maior é de cinco anos, contado da data da publicação da MP 1.621-36, de 10/06/98, que alterou o par. 2° do art. 17 da MP 1.110/96." (Acórdão n° 301-30.834, da lavra do eminente Conselheiro Luiz Sérgio Fonseca) • "FINSOCIAL. RESTITUIÇÃO. DECADÊNCIA. MP 1.110/95 E MP 1.621-36/98. O prazo para o pleito de restituição de contribuição para o FINSOCIAL paga a maior é de cinco anos, contado da data da publicação da MP 1.621-36, de 10/06/98, que alterou o par. 2° do art. 17 da MP 1.110/96." (Acórdão n° 301-30.834, da lavra do eminente Conselheiro Carlos Henrique Klaser Filho) é uníssona e torrencial no sentido de autorizar a restituição de valores indevidamente recolhidos a título de Finsocial, quando solicitados pelo contribuinte até cinco anos a contar de 10 de junho de 1998 (ou seja, desde que a solicitação seja efetuada até 10 de junho de 2003). Partindo da premissa que a solicitação efetuada pela Interessada foi protocolizada em 28 de abril de 2000, entendo que o mesmo é tempestivo e, portanto, • deve ser conhecido e provido. Nada obstante todo o acima exposto, considerando que: (i) esta Câmara possui jurisprudência pacífica no sentido de que o prazo de cinco anos para que o contribuinte solicite a restituição dos valores indevidamente recolhidos a titulo de contribuição ao Finsocial, deve ser contado a partir da data da publicação da MP 1.110, de 31 de agosto de 1995; (ii) a adoção dessa jurisprudência para o caso especifico não traz qualquer prejuízo à Interessada, voto no sentido de dar provimento ao Recurso Voluntário segundo a forma preconizada pela jurisprudência adotada por esta Câmara (ressalvadas minha convicções sobre o assunto). Sala da.$)es , em 21 eterno de 2006 aja d gai 7-70 ROSA MARIA DE JESUS DA SILVA COSTA DE CASTRO Relat a 6 Page 1 _0009100.PDF Page 1 _0009200.PDF Page 1 _0009300.PDF Page 1 _0009400.PDF Page 1 _0009500.PDF Page 1
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Numero do processo: 13706.000203/00-00
Turma: Terceira Câmara
Seção: Terceiro Conselho de Contribuintes
Data da sessão: Wed Mar 22 00:00:00 UTC 2006
Data da publicação: Wed Mar 22 00:00:00 UTC 2006
Ementa: FINSOCIAL. Pedido de Restituição/Compensação efetivado em 25/01/2000. Matéria compreendida na competência deste Conselho. Inconstitucionalidade reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal. Prescrição do direito de restituição/compensação. Início da contagem de prazo. Medida provisória nº 1.110/95, publicada em 31/08/1995. Afastada a arguição de decadência. devolve-se o processo a repartição de origem para julgar as demais questões de mérito.
Numero da decisão: 303-32.969
Decisão: ACORDAM os Membros da Terceira Câmara do Terceiro Conselho de Contribuintes, por maioria de votos, rejeitar a argüição de decadência do direito de a contribuinte pleitear a restituição da Contribuição para o Finsocial paga a maior, vencidos os Conselheiros Anelise Daudt Prieto e Zenaldo Loibman. Por unanimidade de votos, determinar a devolução do processo à autoridade julgadora de primeira instância competente para apreciar as demais questões de mérito, na forma do relatório e voto que passam a integrar o presente julgado.
Matéria: Finsocial -proc. que não versem s/exigências cred.tributario
Nome do relator: SÍLVIO MARCOS BARCELOS FIUZA
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Pedido de Restituição/Compensação efetivado em 25/01/2000. Matéria compreendida na competência deste Conselho. Inconstitucionalidade reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal. Prescrição do direito de restituição/compensação. Inicio da contagem de prazo. Medida provisória n° 1.110/95, publicada em ir 31/08/1995. Afastada a arguição de decadência, devolve-se o processo a repartição de origem para julgar as demais questões de mérito. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. ACORDAM os Membros da Terceira Câmara do Terceiro Conselho de Contribuintes, por maioria de votos, rejeitar a argüição de decadência do direito de a contribuinte pleitear a restituição da Contribuição para o Finsocial paga a maior, vencidos os Conselheiros Anelise Daudt Prieto e Zenaldo Loibman. Por unanimidade de votos, determinar a devolução do processo à autoridade julgadora de primeira instância competente para apreciar as demais questões de mérito, na forma do relatório e voto que passam a integrar o presente julgado. • ANEL) E DAUDT PRIETO Preside( O <------------• Ale SILVIO À • •S BARCELOS FIÚZA Relator Formalizado em: 27 JUN 2006 Participaram, ainda, do presente julgamento, os Conselheiros: Nanci Gama, Marciel Eder Costa, Nilton Luiz Bartoli, Sérgio de Castro Neves e Tarásio Campelo Borges. RZ Processo n° : 13706.000203/00-00 Acórdão n° : 303-32.969 RELATÓRIO Trata o presente processo, exclusivamente, de Pedido de Restituição/Compensação do contribuinte para o FINSOCIAL, relativo ao período de apuração de janeiro de 1990 a março de 1992, efetivado em 25 de janeiro de 2000. A autoridade fiscal indeferiu o pedido (fls. 49/50), sob a alegação de que o direito para pleitear a restituição extingue-se com o decurso de prazo de 5 (cinco) anos, contados da data da extinção do crédito tributário, consoante determina o art. 165,1 e 168,1 da Lei 5.172/66 e no Ato Declaratório SRF n° 96/99. Cientificada da decisão, o ora recorrente apresentou manifestação de inconformidade (fls. 53/58), alegando, em síntese que: • - O Finsocial é um tributo cujo lançamento se dá por homologação. Nestes casos, o prazo qüinqüenal deve ser contado a partir da homologação do lançamento do crédito tributário. Se a lei não fixar prazo para homologação, será ele de 5 anos a contar da ocorrência do fato gerador. Sendo assim, o fato gerador só começa a correr após decorridos 5 anos da data do fato gerador, somado mais 5 anos; - O direito de pleitear a restituição, perante a autoridade administrativa, em virtude de lei que se tenha por inconstitucional, somente nasce com a Declaração de 1nconstitucionalidade pelo STF, conforme Decisão do STJ. - Incorreu em erro do Sr. Delegado ao cancelar Decisão anterior, sob alegação de mudança de posicionamento por parte da SRF. Da mesma maneira que a mudança de interpretação, por parte da Administração, que não se confunde com erro de direito, não se presta como fundamento para a revisão do lançamento tributário, não poderia também ensejar um cancelamento de uma decisão anterior, fillcrada esta 13 na interpretação vigente à época em que foi proferida, ou seja, baseada no entendimento da SRF manifestado através do Parecer Cosit 58/98; - Requereu a improcedência do despacho que determinou o indeferimento do pedido de restituição/compensação, restabelecendo seu legítimo direito à restituição e compensação dos valores pagos a maior a título de Finsocial. A DRF de Julgamento no rio de Janeiro — RJ, através do Acórdão N° 6.560 de 29/10/2004, indeferiu a pretensão da ora recorrente, nos seguintes termos, que a seguir se transcreve: "A Manifestação de Inconformidade apresentada é tempestiva, e reúne os demais requisitos de admissibilidade, portanto dela conheço. Em que pesem as alegações da contribuinte, entendemos que não tricabem reparos ao despacho decisório que indeferi o pedido de restituição. 2 Processo n° : 13706.000203/00-00 Acórdão n° : 303-32.969 O FINSOCIAL é contribuição sujeita a lançamento por homologação, pois cabe ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa. Assim, cumpre esclarecer em que data deve-se considerar extinto o crédito tributário, no caso do lançamento por homologação. A solução está contida de forma suficientemente clara no § 1° do artigo 150 do CTN: "Art. 150. O lançamento por homologação, que ocorre quanto aos tributos cuja legislação atribua ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa, opera-se pelo ato em que a referida autoridade, tomando conhecimento da atividade assim exercida pelo obrigado, expressamente a homologa. § 1° O pagamento antecipado pelo obrigado nos termos deste artigo • extingue o crédito, sob condição resolutória da ulterior homologação do lançamento." Para melhor compreender o significado deste dispositivo, citemos a lúcida lição de ALBERTO XAVIER: " ... a condição resolutiva permite a eficácia imediata do ato jurídico, ao contrário da condição suspensiva, que opera o diferimento dessa eficácia. Dispõe o artigo 119 do Código Civil que "se for resolutiva a condição, enquanto esta se não realizar, vigorará o ato jurídico, podendo exercer-se desde o momento deste o direito por ele estabelecido; mas, manifestada a condição, para todos os efeitos, se extingue o direito a que ela se opõe". Ora, sendo a eficácia do pagamento efetuado pelo contribuinte imediata, imediato é o seu efeito liberatório, imediato é o efeito extintivo, imediata é a extinção definitiva do crédito. O que na figura da condição resolutiva sucede é que a eficácia entretanto produzida pode ser destruída com efeitos retroativos se a condição se implementar." (Do Lançamento, Teoria Geral do Ato e do 1111 Processo Tributário Editora Forense, 1998, pág. 98/99). O pagamento antecipado, portanto, extingue o crédito tributário e é a partir da sua data que se conta o prazo em que se extingue o direito de pleitear a restituição. Ademais, faz-se mister ressaltar que as decisões administrativas devem respeitar o disposto no AD SRF n° 96/1999, como norma integrante da legislação tributária, in verbis: "Dispõe sobre o prazo para repetição de indébito relativa a tributo ou contribuição pago com base em lei posteriormente declarada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal no exercício dos controles difuso e concentrado. 3 • Processo n° : 13706.000203/00-00 Acórdão n° : 303-32.969 "O Secretário do Receito Federal, no uso de suas atribuições, e tendo em vista o teor do Parecer PGFN/CAT n° 1.538. de 1999, declara: 1 — o prazo para que o Contribuinte possa pleitear a restituição de tributo ou contribuição pago indevidamente ou em valor maior que o devido, inclusive na hipótese de o pagamento ter sido efetuado com base em lei posteriormente declarado inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal em ação declaratória ou em recurso extraordinário, extingue-se após o transcurso do prazo de 5 (cinco) anos, contado da data da extinção do crédito tributário — arts. 165, 1, e 168, 1, da Lei n°5,172, de 25 de outubro de 1966 (Código Tributário Nacional)." (g.n) Observe-se que esse ato normativo tem caráter vinculante para a administração tributária, a partir de sua publicação, conforme os arts. 100, inc. I, e 103, inc. I, do C -TN, sob pena de responsabilidade fimeional. • Ressalte-se, ainda, que a Administração Pública está pautada pelo principio da legalidade, que significa que o administrador público está, em toda a sua atividade funcional, sujeito aos mandamentos da lei e às exigências do bem comum, e deles não pode se afastar ou desviar, sob pena de praticar ato inválido e expor-se a responsabilidade disciplinar e civil, conforme o caso. Por fim, cabe esclarecer que a afirmação de que o Delegado incorreu em erro ao cancelar Decisão anterior, sob alegação de mudança de posicionamento por parte da SRF, sem informar que Decisão seria esta e sem trazer aos autos qualquer documentação e/ou demais elementos de prova, de que tratam os artigos 15 e 16 do Decreto n° 70.235/72, configura-se mera alegação. Devendo ficar registrado, que quando da protocolização do processo, em 25/01/2000, já se encontrava em vigor o AD 96 de 26/11/99. Por todos os fundamentos expostos, VOTO no sentido de indeferir a solicitação da contribuinte de pleitear a restituição das parcelas da contribuição para o • Finsocial. Presidente e Relator — Marcos Soares da Mota e Silva". A recorrente foi intimada a tomar conhecimento dessa Decisão prolatada, através da INTIMAÇÃO datada de 07/12/2004 (fls. 66), e que conforme Histórico do Objeto Postado da ECT que repousa às fls. 67, foi devidamente recebido em 13/12/2003, tendo apresentado Recurso Voluntário em 17/12/2004, documentos às fls. 68 a 73. Em seu arrazoado, a recorrente reiterou todos os argumentos apresentados à autoridade a quo, para demonstrar sua insatisfação quanto ao indeferimento de sua pretensão por tida decadência do direito de pleitear a compensação pretendida. Transcreveu jurisprudências em seu socorro, para demonstrar a garantia do seu direito ao crédito que diz ser líquido e certo, pleiteando por fim, que fosse afastada a preliminar de decadência do direito de restituição do FINSOCIAL, para que lhe seja restituído o valor pago a maior. É o relatório. t:Pt Processo n° : 13706.000203/00-00 Acórdão n° : 303-32.969 VOTO Conselheiro Silvio Marcos Barcelos Fiúza, Relator Concluo então, que em vista de que foi a recorrente intimada a tomar conhecimento da Decisão prolatada pela DRF de Julgamento do Rio de Janeiro- RJ, através da INTIMAÇÃO datada de 07/12/2004 (fls. 66), e que conforme Histórico do Objeto Postado da ECT que repousa às fls. 67, foi devidamente recebido em 13/12/2003, tendo apresentado Recurso Voluntário em 17/12/2004, documentos às fls. 68 a 73 e Despacho expresso às fls. 74, ser tempestivo o Recurso, e estando revestido das demais formalidades legais para sua admissibilidade, sendo matéria de apreciação no âmbito deste Terceiro Conselho, bem como, após verificação e declaração do próprio recorrente, comprovou-se que não houve concomitância por opção da 411 recorrente pela esfera judicial quanto ao assunto ora vergastado. A controvérsia precipua trazida aos autos cinge-se à ocorrência (ou não) da decadência (prescrição) do direito do recorrente de pleitear a restituição/compensação dos valores que pagou a mais em razão do aumento reputado inconstitucional. O pedido de restituição/compensação formulado pelo recorrente tem fundamento na inconstitucionalidade das normas que majoraram a aliquota do FINSOCIAL, declarada pelo Colendo Supremo Tribunal Federal no julgamento do RE n° 150.764-PE ocorrido em 16.12.1992, tendo o acórdão sido publicado em 02.03.1993, e cuja decisão transitou em julgado em 04.05.1993. Com a edição em 31.8.1995 da Medida Provisória n° 1.110, de 30.8.1995 e devidamente publicada no DOU em 31/08/1995, que, após sucessivas reedições, foi convertida na Lei n° 10.522, de 19.7.2002 110 Dentre outras providências, a Medida Provisória em seu Artigo 17, dispensou a Fazenda Nacional de constituir créditos, inscrever na Dívida Ativa, ajuizar execução fiscal, bem como autorizou o cancelamento do lançamento e a inscrição relativamente a tributos e contribuições julgados inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal, ou ilegais, em última instância, pelo Superior Tribunal de Justiça. Assim sendo, entre o rol do citado artigo em seu Inciso III, encontrava-se a contribuição para o FINSOCIAL. Quando dispensa a constituição de créditos, a inscrição na Divida Ativa, o ajuizamento de execução fiscal, cancelando o lançamento e a inscrição relativos ao que foi exigido a titulo de FINSOCIAL na aliquota acima de 0,5%, com fundamento nas Leis 7.689/88, 7.787/89, 7.894 89 e 8.147/90, a Medida Provisória Processo n° : 13706.000203/00-00 Acórdão n° : 303-32.969 reconheceu expressamente a declaração de inconstitucionalidade das citadas normas proferida pelo STF no julgamento do RE n° 150.764-PE. Portanto, não se pode argumentar que o fato da majoração das aliquotas do FINSOCIAL se encontrar no rol do artigo 17 não significa necessariamente o reconhecimento de sua inconstitucionalidade, já que todos os demais tributos relacionados no aludido artigo 17 já tinham, ao tempo da edição da MP, sido declarados inconstitucionais, inclusive com efeito erga omnes. Ademais, verifica-se que a DRF de Julgamento do rio de Janeiro — RJ, em seu Acórdão ora referenciado, se manifestou exclusivamente quanto a decadência (extinção do direito do recorrente de requerer a restituição). Diante do exposto, a nosso juizo, o prazo prescricional/decadencial teve seu inicio de contagem na data da publicação no DOU da MP n° 1.110/95, qual 1111 seja, 31/08/1995, como também tem sido este o entendimento da maioria desta Câmara, portanto, é tempestivo o pedido de restituição/compensação formulado pela recorrente, já que proposto em 25/01/2000, de forma que, VOTO para afastar a decadência e encaminhar o processo à repartição de origem para julgar as demais questões de mérito. É como voto. Sala das Se -e , em 22 de março de 2006 SILVIO MA C e 1AR LOS FIÚZA - Relator 6 Page 1 _0024000.PDF Page 1 _0024100.PDF Page 1 _0024200.PDF Page 1 _0024300.PDF Page 1 _0024400.PDF Page 1
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Numero do processo: 13707.002535/99-03
Turma: Terceira Câmara
Seção: Terceiro Conselho de Contribuintes
Data da sessão: Thu Feb 24 00:00:00 UTC 2005
Data da publicação: Thu Feb 24 00:00:00 UTC 2005
Ementa: FINSOCIAL - MAJORAÇÕES DE ALÍQUOTA - LEIS Nº 7.787, 7.894/89 e 8.147/90 - INCONSTITUCIONALIDADE DECLARADA PELO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - PEDIDO DE RESTITUIÇÃO DE VALORES PAGOS A MAIOR - PRAZO - DECADÊNCIA DIES A QUO E DIES AD QUEM.
O dies a quo para a contagem do prazo decadencial do direito de pedir restituição de valores pagos a maior é a data em que o contribuinte viu seu direito reconhecido pela administração tributária, no caso a da publicação da MP nº 1.110/95, que se deu em 31/08/1995. Tal prazo, de cinco (5) anos, estendeu-se até 01/08/2000 (dies ad quem).
RECURSO VOLUNTÁRIO PROVIDO.
Numero da decisão: 303-31.904
Decisão: ACORDAM os Membros da Terceira Câmara do Terceiro Conselho de Contribuintes, por maioria de votos, rejeitar a argüição de decadência do direito de o contribuinte pleitear a restituição da contribuição para o Finsocial pago a maior, vencidos os conselheiros Anelise Daudt Prieto, Zenaldo Loibman e Carlos Fernando Figueiredo Barros e, por unanimidade de votos, determinar a devolução do processo à autoridade julgadora de primeira instância para apreciar as demais questões de mérito, na forma do relatório e voto que passam a integrar o presente julgado.
Matéria: Finsocial -proc. que não versem s/exigências cred.tributario
Nome do relator: SÉRGIO DE CASTRO NEVES
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RECORRIDA : DRJ/RIO DE JANEIRO/RJ FINSOCIAL — MAJORAÇÕES DE ALÍQUOTA — LEIS WS 7.787/89, 7.894/89 e 8.147/90 — INCONSTITUCIONALIDADE • DECLARADA PELO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL — PEDIDO DE RESTITUIÇÃO DE VALORES PAGOS A MAIOR — PRAZO — DECADÊNCIA — DIES A QUO e DIES AD QUEM. O dies a quo para a contagem do prazo decadencial do direito de pedir restituição de valores pagos a maior é a data em que o contribuinte viu seu direito reconhecido pela administração tributária, no caso a da publicação da MP n° 1.110/95, que se deu em 31/08/1995. Tal prazo, de cinco (05) anos, estendeu-se até 31/08/2000 (dies ad quem). RECURSO VOLUNTÁRIO PROVIDO. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. ACORDAM os Membros da Terceira Câmara do Terceiro Conselho de Contribuintes, por maioria de votos, rejeitar a argüição de decadência do direito de o contribuinte pleitear a restituição da contribuição para o Finsocial pago a maior, vencidos os Conselheiros Anelise Daudt Prieto, Zenaldo Loibman e Carlos Fernando Figueiredo Barros e, por unanimidade de votos, determinar a devolução do processo à autoridade julgadora de primeira instância para apreciar as demais questões de mérito, na forma do relatório e voto que passam a integrar o presente julgado. Brasília-DF, em 24 de fevereiro de 2005 MA/3 . • MINISTÉRIO DA FAZENDA TERCEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES TERCEIRA CÂMARA • RECURSO N° : 128.043 - ACÓRDÃO N° : 303-31.904 i0 —.-4 /..ELISE D U 40 DT PRIETO Presidente SÉRGIO DE CAS O NEVES Relator Participaram, ainda, do presente julgamento, os seguintes Conselheiros: NANCI • GAMA, SILVIO MARCOS BARCELOS FIÚZA, MARCIEL EDER COSTA e NILTON LUIZ BARTOLI. Esteve presente a Procuradora da Fazenda Nacional MARIA CECILIA BARBOSA. .. 110 2 . • MINISTÉRIO DA FAZENDA TERCEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES TERCEIRA CÂMARA RECURSO N° : 128.043 ACÓRDÃO N° : 303-31.904 RECORRENTE : CASA DO CONSTRUTOR E MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO LTDA. RECORRIDA : DRJ/R10 DE JANEIRO/RJ RELATOR(A) : SÉRGIO DE CASTRO NEVES RELATÓRIO Versa o processo sobre requerimento dirigido pelo sujeito passivo identificado na epígrafe à Secretaria da Receita Federal solicitando restituição e eventualmente compensação de recolhimentos por ele efetuados a título de contribuição para o FINSOCIAL a alíquotas superiores a 0,5%, posteriormente consideradas avessas ao comando constitucional pelo Egrégio Supremo Tribunal Federal, julgado este que veio a redundar na edição da Medida Provisória n". 1.110, de 30.08.95. O requerimento foi indeferido por despacho da repartição jurisdicionante, que considerou extinto o direito do contribuinte de pleitear a repetição, ex vi do Ato Declaratório SRF no. 096/99, cujo entendimento é o de que o prazo para tal reclamação se extingue transcorridos cinco anos da data da extinção do crédito tributário (isto é, do pagamento), independentemente da posterior declaração de inconstitucionalidade de sua imposição. O contribuinte, irresignado, impugnou o despacho decisório, contestando a inteligência exarada no citado Ato Declaratório SRF quanto à contagem inicial do litigado prazo decadencial. Teve, entretanto, indeferida sua pretensão pela• autoridade julgadora de P. instância, com base na interpretação estabelecida pelo prefalado Ato Declaratório. De tal decisão ora recorre a este Conselho ratificando a argumentação expenflida em sua peça impugnatória. Qi t relatório. 3 MINISTÉRIO DA FAZENDA TERCEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES TERCEIRA CÂMARA RECURSO N° : 128.043 • ACÓRDÃO N° : 303-31.904 VOTO A matéria em apreço já é de comezinho conhecimento dos ilustres Senhores Conselheiros, eis que têm-se avolumado os recursos voluntários impetrados sobre este assunto, em processos em tudo semelhantes. Transcreverei, passim, para perfilhá-lo, o voto do insigne Conselheiro Paulo Roberto Cuco Antunes, da Egrégia 2' Câmara deste Conselho, no • Acórdão tf. 302-31.531, de 11/11/2004, em que se julgou caso idêntico ao presente. É de domínio público que o E. Supremo Tribunal Federal, no julgamento do R.E. 150.764-PE, em data de 16/12/1992, com Acórdão publicado em 02/03/1993, declarou a inconstitucionalidade da majoração de aliquota do FINSOCIAL, realizada a partir da Lei n° 7.787/89, estabilizando-se a referida aliquota em 0,5%. Limita-se a lide trazida a exame e decisão deste Colegiado à ocorrência ou não da perda (decadência) do direito da Recorrente de pleitear a restituição, ou mesmo compensação, de valores pagos a maior, em decorrência das majorações da referida aliquota do Finsocial, declaradas inconstitucionais. A matéria já foi exaustivamente analisada no âmbito do E. Segundo Conselho de Contribuintes e, também agora, pelas Câmaras deste Terceiro Conselho, em função da mudança de competência para sua apreciação, havendo marcante controvérsia de entendimentos sobre o tema. li De tudo quanto já se escreveu a respeito, no âmbito desses Colegiados, existindo inúmeras teses sustentadas e até exaustivamente defendidas, de parte a parte, sem querer entrar na discussão sobre os diversos entendimentos já colhidos, parece-me mais ajustada à legalidade a corrente que se posiciona no sentido de que o início da contagem do prazo decadencial (05 anos), no caso dos recolhimentos da Contribuição para o Finsocial que aqui se discute, tenha início, efetivamente, a partir da data da publicação da Medida Provisória n° 1.110/95, em 31 de agosto de 1995. Assim sendo, é entendimento deste Relator que o prazo para a formal4ação do pedido de restituição de quantia paga a maior, em razão da indevicIta majoração da aliquota do Finsocial antes indicada, estendeu-se até o dia 3‘ gosto de 2000, inclusive. A perda do direito do contribuinte de requerer at/ 4 .. . ‘ MINISTÉRIO DA FAZENDA TERCEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES TERCEIRA CÂMARA RECURSO N° : 128.043 ACÓRDÃO N° : 303-31.904 restituição devida só se consuma, de fato, a partir de 1° de setembro de 2000, inclusive. Esse entendimento vai, com certeza, ao encontro da tese sustentada pela Recorrente no litígio que aqui se pretende decidir. ( ) Apenas sintetizando, é certo que em determinado momento a própria administração tributária, por intermédio da Coordenação Geral do Sistema de Tributação - COSIT, da Secretaria da Receita Federal — M. Fazenda, • veio a adotar como marco inicial para contagem do prazo objetivando o pedido de restituição em questão, a data da Medida Provisória n° 1.110/95. (PARECER COSIT N° 58, de 27 de outubro de 1998) Tal posicionamento prevaleceu até a edição do Ato Declaratório SRF n° 096, de 26/11/1999 (DOU de 30/11/99), pelo qual a mesma Administração veio a mudar de entendimento sobre tal matéria, que passou a ser o seguinte: "I — o prazo para que o contribuinte possa pleitear a restituição de tributo ou contribuição pago indevidamente ou em valor maior que o devido, inclusive na hipótese de o pagamento ter sido efetuado com base em lei posteriormente declarada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal em ação declaratória ou em recurso extraordinário, extingue-se após o transcurso do prazo de 5 (cinco) anos, contado da data da 110 extinção do crédito tributário — arts. 165, I, e 168, I, da Lei 5.172, de 25 de outubro de 1966 (Código Tributário Nacional)." Como se verifica, a Administração Pública Federal esteve a adotar, em momentos distintos, dois entendimentos diversos, sobre a mesma questão, desde a edição da M.P. n°. 1110/95 já citada. Um posicionamento configurado pelo Parecer COSIT n° 58, de 1998 e, posteriormente, o do Ato Declaratório SRF n° 96, de 1999, inteiramente conflitantes. Mas, o que de importante deve ficar aqui destacado é que o Governo Federal, com o advento da MP n° 1.110/95, admitiu a inaplicabilidade das aliquotas majoradas, da Contribuição para o Finsocial, em razão da declarasgo de inconstitucionalidade, pelo E. Supremo Tribunal Federal, de tais majorações. A partir de então — e só a partir de então — surgiu para os coo t uintes o fato jurídico, a oportunidade legal, para que pudessem requerer s _ " MINISTÉRIO DA FAZENDA TERCEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES TERCEIRA CÂMARA RECURSO N° : 128.043 ACÓRDÃO N° : 303-31.904 a restituição (repetir o indébito), ou mesmo compensação, dos valores indevidamente pagos a título de contribuição para o Finsocial, com aliquotas excedentes a 0,5% (meio por cento). Estabeleceu-se, desde então, sem qualquer dúvida, o marco inicial da contagem do prazo decadencial para o pedido de restituição/compensação pelos contribuintes que efetuaram, de boa fé e com observância do dever legal, os pagamentos indevidos, com base nas aliquotas majoradas, acima de 0,5%, nas épocas indicadas, da referida Contribuição para o FINSOCIAL. Quer-me parecer que, com relação aos princípios da segurança • jurídica e do interesse público, que também abarcam o da isonomia fiscal, o posicionamento estampado no Ato Declaratório SRF n° 96, de 26/11/99 não é, certamente, o mais correto. Forçoso se torna reconhecer que o indeferimento do pleito da Recorrente, como aconteceu nas esferas de julgamento até aqui percorridas, tem o efetivo significado de que a empresa recebeu tratamento desigual em relação à diversas outras empresas que tiveram seu pleito homologado pela Secretaria da Receita Federal, apenas porque deram entrada em seu requerimento de restituição e/ou compensação anteriormente à edição do Ato Declaratório SRF n° 96199, ou seja, na vigência do Parecer COSIT n o 58/98. De fato, reconheça-se, tal diferenciação, que decorre de mudança de posicionamento da administração tributária, que não pode produzir influencia sobre os órgãos colegiados de julgamento administrativo, como é o caso dos Conselhos de Contribuintes, é incompatível com o princípio da isonomia 10 tributária. Entende este Relator, portanto, que independentemente do entendimento ou posicionamento ou interpretação da administração tributária estampados, seja no Parecer COSIT 58/98 ou no Ato Declaratório SRF n° 096/99, os quais não vinculam este Conselho de Contribuintes, o marco inicial para a contagem do prazo decadencial (05 anos) para a formalização dos pedidos de restituições das citadas Contribuições pagas a maior, é mesmo a data da publicação da referida M.P. n° 1.110/95, ou seja, em 31 de 'agosto de 1995, estendendo-se o período legal deferido ao contribuinte até 31 de agosto de 2000, inclusive sendo este o "dies ad quem". Conseqüentemente, só foram atingidos pela iDe dência os pedidos formulados, em casos da espécie, a partir de 1° de setem de 2000. 6 . • MINISTÉRIO DA FAZENDA TERCEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES TERCEIRA CÂMARA RECURSO N° : 128.043 ACÓRDÃO N° : 303-31.904 • No caso dos autos, constata-se que o pleito da Recorrente [não foi] alcançado, portanto, pela decadência apontada na Decisão recorrida. Ante o exposto, voto no sentido de dar provimento ao Recurso Voluntário aqui em exame, reformando a Decisão de primeira instância para fms de afastar a decadência aplicada no presente caso. Reformada a Decisão recorrida, devem retornar os autos à instância "a quo" para que sejam analisadas as demais circunstâncias do pedido de restituição formulado pela Recorrente. Por estar inteiramente de acordo tanto com a argumentação quanto • com a conclusão do arguto e minucioso voto aqui condensado é que rogo ao nobre colega Dr. Paulo Cuco Antunes a devida vênia para adotá—lo como meu. Sala das Sessões, sin 24 de fevereiro de 2005 OL SÉRGIO DE CASTRO VtS - Relator 7 Page 1 _0021200.PDF Page 1 _0021300.PDF Page 1 _0021400.PDF Page 1 _0021500.PDF Page 1 _0021600.PDF Page 1 _0021700.PDF Page 1
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Numero do processo: 13708.000874/2002-11
Turma: Primeira Câmara
Seção: Terceiro Conselho de Contribuintes
Data da sessão: Wed Feb 23 00:00:00 UTC 2005
Data da publicação: Wed Feb 23 00:00:00 UTC 2005
Ementa: TRIBUTO PAGO INDEVIDAMENTE — COMPENSAÇÃO — DIREITO CREDITÓRIO — COMPETÊNCIA PARA APRECIAÇÃO RECURSAL — Por deter a competência residual para o julgamento de direitos creditórios não relacionados aos tributos deferidos ora ao Primeiro, ora ao Segundo Conselhos, declina-se a competência julgadora para apreciação da lide ao Terceiro Conselho de Contribuintes, dentro de sua competência residual prevista no Regimento Interno dos Conselhos de Contribuintes.
Numero da decisão: 103-21.855
Decisão: ACORDAM os Membros das Terceira Câmara do Primeiro Conselho de
Contribuintes, por unanimidade de votos, DECLINAR DA COMPETÊNCIA para julgamento do recurso voluntário versando sobre restituição de contribuição ao FINSOCIAL a favor do Terceiro Conselho de Contribuintes, nos termos do relatório e voto que passam a integrar o presente julgado.
Matéria: Finsocial -proc. que não versem s/exigências cred.tributario
Nome do relator: Alexandre Barbosa Jaguaribe
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Recorrida : 53 TURMA/DRJ-RIO DE JANEIRO/RJ I Sessão de : 23 de fevereiro de 2005 Acórdão n°. :103-21.855 TRIBUTO PAGO INDEVIDAMENTE — COMPENSAÇÃO — DIREITO CREDITÓRIO — COMPETÊNCIA PARA APRECIAÇÃO RECURSAL — Por deter a competência residual para o julgamento de direitos creditórios não relacionados aos tributos deferidos ora ao Primeiro, ora ao Segundo Conselhos, declina-se a competência julgadora para apreciação da lide ao Terceiro Conselho de Contribuintes, dentro de - sua competência residual prevista no Regimento Interno dos Conselhos de Contribuintes. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos de recurso interposto por CASTROL BRASIL LTDA., ACORDAM os Membros das Terceira Câmara do Primeiro Conselho de Contribuintes, por unanimidade de votos, DECLINAR DA COMPETÊNCIA para julgamento do recurso voluntário versando sobre restituição de contribuição ao FINSOCIAL a favor do Terceiro Conselho de Contribuintes, nos termos do relatório e voto que passam a integrar o presente julgado. k 1"11 1.......2,NE0:ER PRESIDENT ALEXANDItØtBOSA JAGUARIBE RELATO FORMALIZADO EM: 3 OkMAR 2005 Participaram, ainda, do presente julgamento, os seguintes Conselheiros: ALOYSIO JOSÉ PERCINIO DA SILVA, MÁRCIO MACHADO CALDEIRA, MAURÍCIO PRADO DE ALMEIDA, PAULO JACINTO DO NASCIMENTO, MILTON PÊSS e VICTOR LUÍS DE SALLES FREIRE. if !nu - 03/034.15 4' el -414 • r. MINISTÉRIO DA FAZENDA ,:n.t" PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES . ; :f .vi:•> TERCEIRA CÂMARA Processo n°. :13708.000874/2002-11 Acórdão n°. :103-21.855 Recurso n°. :137.306 Recorrente : CASTROL BRASIL LTDA. RELATÓRIO 1.Trata o presente processo, formalizado em 10/04/2002, de pedido de reconhecimento do crédito de FINSOCIAL, no valor de R$ 836.891,56, o qual o contribuinte pretende seja restituído, conforme documento de fls. 1, acompanhado ainda dos documentos de fls. 2 a 33. 2.Analisando o pleito pela DIORT/SERAT/RJO, o mesmo foi indeferido conforme despacho decisório de fls. 51, com base no conteúdo do Parecer Conclusivo n°. 78/02 de fls. 49/50, ou seja, com fulcro no AD SRF n°. 096/99 e no Parecer PGFN/CAT/N°. 1.538/99, em razão de que o direito de pleitear a restituição extingue-se pelo transcurso do prazo de 5 anos, contados da data da extinção do crédito tributário; 3. lrresignada com a decisão da autoridade administrativa local, da qual tomou ciência por via postal em 19/09/2002 (fls. 52/verso), a interessada apresentou manifestação de inconformidade em 03/10/2002 (fls. 53 a 61), alegando em síntese: 3.1. É empresa mercantil e foi contribuinte do FINSOCIAL, tendo pago referido tributo com base nas alíquotas majoradas, declaradas inconstitucionais pelo STF; 3.2. A IN SRF n°. 31/97, publicada em 10/04/1997, reconheceu a inconstitucionalidade das majorações e vedou a constituição de crédito tributário de • FINSOCIAL em alíquota superior a 0,5%; 3.3. Nessas condições, sabido é que o prazo decadencial iniciou-se a partir desse ato administrativo que reconheceu a inconstitucionalidade das majorações, ingressando o interessado com pedido de restituição, med* nte compensação, o qual mu- 03/03/05 2 efk.45. t% •-• . MINISTÉRIO DA FAZENDA ."51 3.Nt PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES TERCEIRA CÂMARA Processo n°. :13708.000874/2002-11 Acórdão n°. :103-21.855 foi indeferido pela autoridade fiscal que o jurisdiciona, em decisão que não merece prosperar; 3.4. O art. 168 do CTN prevê o prazo de 5 anos para pedir a restituição e o art. 165 as hipóteses. Porém, tal dispositivo contém lacunas. Logo cabe à doutrina e a jurisprudência realizar interpretação analógica; 3.5. O art. 964 do Cód. Civil determina que aquele que recebe o que não era devido, fica obrigado a restituir; 3.6. Havendo lacuna legal quanto às hipóteses de restituição em decorrência de declaração de inconstitucionalidade, é certo que o intérprete deve sanar tal lacuna, ante à proibição do enriquecimento sem causa; 3.7. Se a lei civil aplicável às relações particulares, prevê o direito de restituir quantia paga indevidamente, mais razão há para que a Administração Pública, que se rege pela supremacia do interesse público sobre o provado, aplique tal dispositivo; 3.8. A administração pública tem o dever de arrecadar o tributo previsto em Lei. Contudo, sendo a Lei considerada inconstitucional, impende, por outro lado, seja o valor recolhido restituído, sob pena de enriquecimento ilícito; 3.9. Cita teses doutrinárias que ilustram sua tese sobre enriquecimento 3.10. A ânsia de sanar a lacuna legal decorre do § único do art. 1° da CF/88, pois o bem estar público está acima do privado. 3.11. A conseqüência do Estado de Direito é a segurança jurídica. Assim, o contribuinte tem a garantia de que pagará os tributo exigidos legalmente; fms — 03/03/05 3 -44 •- 9: MINISTÉRIO DA FAZENDA „Nt PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES TERCEIRA CÂMARA Processo n°. :13708.000874/2002-11 Acórdão n°. :103-21.855 3.12. Ninguém pode deixar de pagar tributos por entendê-los corno inconstitucionais, pois presume-se que as leis tenham sido validamente editadas, de acordo com a Lei Magna; 3.13. Premiar o entendimento de que o prazo decadencial de 5 anos deve ter sua contagem iniciada a partir da data de extinção do crédito tributário é pretender que o contribuinte desconfie da regularidade das leis, pleiteando, desde logo, • a restituição, vez que, ante a morosidade do Judiciário, certamente a declaração de inconstitucionalidade não virá até o término desse prazo; 3.14. Por esta razão, pugna o interessado pela contagem do prazo decadencial a partir da declaração de inconstitucionalidade da Lei, juntando doutrina para corroborar essa idéia; 3.15. O Parecer COSIT n°. 58/98, nos itens 25 e 26, aborda o tema de forma semelhante; 3.16. Não pretende o interessado que não seja estabelecido prazo para a realização do pedido de restituição, pois, até mesmo a propositura de ação nesse sentido tem prazo prescricional. Trata-se de reconhecer que o pleito é exercitável a partir do momento em que é reconhecida com indevida a exação, no caso, da publicação do Ato Administrativo que reconheceu como indevidas as majorações. A partir desde momento é que passa a transcorrer o prazo decadencial; 3.17. Há que se interpretar a situação fática. O CTN estabelece que, para situações conflituosas, utiliza-se o art. 165, III. No caso, inexiste ação condenatória, mas existe relação conflituosa quanto ao imposto recolhido, o qual somente a partir da decisão com efeito erga onnnes nascerá o direito Pa restituição, no caso, o ato administrativo que reconhece como indevida a cobrança da exação, dispensado-a como foi a IN SRF 31/97 de 10/04/1997, que é o termo a quo para ims — 03/03/05 4 MINISTÉRIO DA FAZENDA • •=-n ..4( PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES TERCEIRA CÂMARA Processo n°. :13708.000874/2002-11 Acórdão n°. :103-21.855 contagem do prazo decadencial. Junta jurisprudência do Conselho de Contribuintes em socorro a essa última tese. A Delegacia da Receita Federal de Julgamento do Rio de Janeiro, via da sua 5' Turma, julgou improcedente a impugnação. "Assunto: Normas Gerais de Direito Tributário Período de apuração: 01/01/1988 a 31/12/1988 Ementa: PRAZO DECADENCIAL PARA REPETIÇÃO DE INDÉBITO — TERMO INICIAL - O prazo para que o contribuinte possa pleitear a restituição de tributo ou contribuição pago indevidamente ou em valor maior que o devido, inclusive na hipótese de o pagamento ter sido efetuado com base em lei posteriormente declarada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal em ação declaratória ou em recurso extraordinário, extingue-se após o transcurso do prazo de 5 (cinco) anos, contado da data da extinção do crédito tributário, inclusive na hipótese de tributos lançados por homologação, conforme preceitua o art. 150, § 1° do CTN. Solicitação Indeferida." • lrresignada, manejou o Recurso Ordinário, onde, em síntese, repetiu as argumentações expendidas em sede de impugnação. É o relatório. • Ints —03/03/05 5 - -:" MINISTÉRIO DA FAZENDA PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES • TERCEIRA CÂMARA Processo n°. :13708.000874/2002-11 Acórdão n°. :103-21.855 VOTO Conselheiro ALEXANDRE BARBOSA JAGUARIBE, Relator O recurso é tempestivo e preenche as demais condições para a sua admissibilidade. Dele conheço. Trata-se de pedido de restituição do FINSOCIAL, das majorações de alíquotas inseridas pelo Decreto-lei n° 2.397/89; e, pelas Leis 7.787/89; 7.894/89 e 8.147/90, as quais foram declaradas inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal, em 12/12/92, no Recurso Extraordinário n° 150.764-1, as quais, posteriormente, ficaram dispensadas de serem constituídas, via lançamento de ofício, no exercício de 1988, pela Instrução Normativa SRF n° 31/97, publicada em 10/04/97. • Não adentro no mérito da discussão, nesta Câmara e assim o faço porque entendo-a incompetente para desatar a lide. Em verdade, à luz do Regimento Interno dos Conselhos de Contribuintes, a competência para conhecer de restituição •e/ou compensação se conecta, necessariamente, com a natureza do direito creditório ou, por outras palavras, com a especificação do tributo repetido. No caso, o FINSOCIAL não está especificamente citado na competência do Primeiro e nem na do Segundo Conselho. Assim, por não estar especificamente citado na competência, nem deste Primeiro Conselho, nem da competência do Segundo Conselho, em face da competência residual do Terceiro Conselho, por força do art. 90, I, Parágrafo Único e XIX da Portaria 55, a ele compete dirimir a lide. - 03/03/V5 6 as' I. 44 r; MINISTÉRIO DA FAZENDA PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES ' TERCEIRA CÂMARA Processo n°. :13708.000874/2002-11 Acórdão n°. :103-21.855 Voto assim por declinar a competência para o julgamento ao citado Terceiro Conselho de Contribuintes, excepcionando assim a competência do Primeiro Conselho e, via de conseqüência, desta Câmara. Sala de Sessões — , em 23 de fevereiro de 2005 ALEXANDRE B B SA JAGUARIBE • m.,_03103/05 7 Page 1 _0004500.PDF Page 1 _0004700.PDF Page 1 _0004900.PDF Page 1 _0005100.PDF Page 1 _0005300.PDF Page 1 _0005500.PDF Page 1
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