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Numero do processo: 11050.000577/2003-01
Turma: Sétima Turma Especial
Câmara: Sétima Câmara
Seção: Primeiro Conselho de Contribuintes
Data da sessão: Wed Sep 20 00:00:00 UTC 2006
Data da publicação: Wed Sep 20 00:00:00 UTC 2006
Numero da decisão: 107-00.626
Decisão: RESOLVEM os Membros da Sétima Câmara do Primeiro Conselho de Contribuintes, por unanimidade de votos, CONVERTER o julgamento do recurso em diligência., nos termos do voto do relator.
Matéria: IRPJ - glosa de compensação de prejuízos fiscais
Nome do relator: Renata Sucupira Duarte
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Numero do processo: 10675.004812/2004-87
Turma: Sétima Turma Especial
Câmara: Sétima Câmara
Seção: Primeiro Conselho de Contribuintes
Data da sessão: Thu Jan 31 00:00:00 UTC 2013
Data da publicação: Mon May 20 00:00:00 UTC 2013
Ementa: Assunto: Processo Administrativo Fiscal
Período de apuração: 01/01/2003 a 31/03/2004
INCONSTITUCIONALIDADE. INCOMPETÊNCIA.
Nos termos da Súmula CARF nº 2, o CARF não é competente para se pronunciar sobre a inconstitucionalidade de lei tributária
Recurso Voluntário Negado.
Numero da decisão: 3301-001.708
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso voluntário, nos termos do voto da relatora.
[assinado digitalmente]
Rodrigo da Costa Pôssas - Presidente.
[assinado digitalmente]
Andréa Medrado Darzé - Relatora.
Participaram ainda da sessão de julgamento os conselheiros Rodrigo da Costa Pôssas (presidente), José Adão Vitorino de Morais, Maria Teresa Martinez Lopez, Paulo Guilherme Déroulède e Antônio Lisboa Cardoso.
Matéria: PIS - ação fiscal (todas)
Nome do relator: ANDREA MEDRADO DARZE
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AUTO DE INFRAÇÃO Recorrente CCO Construtora Centro Oeste Ltda Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS/PASEP Período de apuração: 01/01/2003 a 31/03/2004 INSUMOS. NÃO CUMULATIVIDADE. Sob o regime de incidência não cumulativa e para fins de dedução de créditos, para verificar se determinado bem ou serviço pode ser qualificado como insumo, é necessário analisar seu grau de inerência (um tem a ver com o outro) com a produção ou o produto, e o grau de relevância desta inerência (em que medida um é efetivamente importante para o outro ou se é apenas um vínculo fugaz sem maiores consequências). ASSUNTO: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL Período de apuração: 01/01/2003 a 31/03/2004 INCONSTITUCIONALIDADE. INCOMPETÊNCIA. Nos termos da Súmula CARF nº 2, “o CARF não é competente para se pronunciar sobre a inconstitucionalidade de lei tributária” Recurso Voluntário Negado. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso voluntário, nos termos do voto da relatora. [assinado digitalmente] Rodrigo da Costa Pôssas Presidente. [assinado digitalmente] Andréa Medrado Darzé Relatora. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 67 5. 00 48 12 /2 00 4- 87 Fl. 125DF CARF MF Impresso em 20/05/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 23/04/2013 por ANDREA MEDRADO DARZE, Assinado digitalmente em 23/04/2013 por ANDREA MEDRADO DARZE, Assinado digitalmente em 08/05/2013 por RODRIGO DA COSTA POSSAS 2 Participaram ainda da sessão de julgamento os conselheiros Rodrigo da Costa Pôssas (presidente), José Adão Vitorino de Morais, Maria Teresa Martinez Lopez, Paulo Guilherme Déroulède e Antônio Lisboa Cardoso. Relatório Tratase de Recurso Voluntário interposto em face de decisão da DRJ do Rio de Janeiro I que julgou procedente o lançamento, por entender que as despesas relacionadas pela ora Recorrente não podem ser consideradas como "insumo", uma vez que este termo não pode ser interpretado como todo e qualquer bem ou serviço que gera despesa necessária para a atividade da empresa, mas, tãosomente, como aqueles bens e serviços que, adquiridos de pessoa jurídica domiciliada no País, efetivamente sejam aplicados ou consumidos na fabricação do produto ou no serviço prestado. A ora Recorrente foi notificada da lavratura de Auto de Infração para lhe exigir o montante de R$ $ 2.912,40, a título de Contribuição para o Programa de Integração Social PIS, e R$ 2.184,26 de multa, acrescido, ainda, de juros de mora, relativa aos períodos de janeiro de 2003 a março de 2004. De acordo com a fiscalização, referidos valores decorreriam do fato de a ora Recorrente, na apuração do PIS não cumulativo, ter abatido, indevidamente, créditos calculados sobre gastos com bens e serviços não enquadrados na definição de insumos, os quais estão discriminados por períodos de apuração na planilha de fl. 25. A dedução de tais créditos foi glosada, uma vez que a fiscalização entendeu não ter sido demonstrado que os desembolsos se relacionavam a itens necessários ao processo de produção. Contra a exigência, a contribuinte apresentou impugnação alegando, em apertada síntese, que (i) todas as despesas se destinaram a auxiliar o seu processo produtivo, compondo, ainda que de forma indireta, em alguns casos, os custos de produção e prestação de serviços, o que já seria suficiente para caracterizálas como insumos; (ii) os valores da multa proporcional e dos juros incidentes sobre o valor do principal são abusivos, configurando confisco, o qual é vedado pela Constituição Federal. A DRJ do Rio de Janeiro I julgou o lançamento procedente nos seguintes termos: DEDUÇÃO DE CRÉDITOS. INSUMOS. INCIDÊNCIA NÃO CUMULATIVA. Sob o regime de incidência não cumulativa e para fins de dedução de créditos, o termo "insumo" não pode ser interpretado como todo e qualquer bem ou serviço necessário para a atividade da pessoa jurídica, mas, tão somente, aqueles bens ou serviços adquiridos de pessoa jurídica que sejam intrínsecos à atividade e aplicados ou consumidos na fabricação do produto ou no serviço prestado. DIFERENÇAS ENTRE OS VALORES ESCRITURADOS E OS DECLARADOS OU PAGOS. Constatadas diferenças entre os valores escriturados e os declarados e/ou pagos, as mesmas devem ser exigidas através de lançamento de oficio. Fl. 126DF CARF MF Impresso em 20/05/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 23/04/2013 por ANDREA MEDRADO DARZE, Assinado digitalmente em 23/04/2013 por ANDREA MEDRADO DARZE, Assinado digitalmente em 08/05/2013 por RODRIGO DA COSTA POSSAS Processo nº 10675.004812/200487 Acórdão n.º 3301001.708 S3C3T1 Fl. 11 3 Lançamento Procedente. Irresignada, a contribuinte recorreu a este Conselho repetindo as razões da sua Impugnação. É o relatório. Voto Conselheira Andréa Medrado Darzé. O recurso é tempestivo, atende as demais condições de admissibilidade e dele tomo conhecimento. Conforme é possível perceber do relato acima, a presente controvérsia versa, essencialmente, sobre a definição do conceito de insumo para fins de reconhecimento do direito ao crédito de Contribuição ao PIS no regime não cumulativo. Afinal, apenas depois de estabelecido o conteúdo e alcance é que será possível afirmar, com segurança se as despesas com matérias de escritório, informática, material de higiene e limpeza copa/cozinha e deslocamento de funcionário geram crédito no caso específico da atividade da Recorrente. Alternativamente, a Recorrente requer, ainda, o cancelamento da multa e dos juros aplicados, uma vez que, no seu entender, eles violariam o princípio constitucional do não confisco. Conceito de insumo Pois bem. A nãocumulatividade da Contribuição ao PIS foi instituída pela Lei nº 10.637/02, a qual permite o desconto de créditos sobre (i) bens e serviços adquiridos de pessoa jurídica domiciliada no País e sobre (ii) custos e despesas incorridos, pagos ou creditados a pessoa jurídica domiciliada no País. Neste sentido, o artigo 3º, da Lei nº 10.637/02, estabelece que: Art. 3º Do valor apurado na forma do art. 2º a pessoa jurídica poderá descontar créditos calculados em relação a: I – bens adquiridos para revenda, exceto em relação às mercadorias e aos produtos referidos: a) no inciso III do § 3º do art. 1º desta Lei; e b) nos §§ 1º e 1ºA do art. 2º desta Lei; II – bens e serviços, utilizados como insumo na prestação de serviços e na produção ou fabricação de bens ou produtos destinados à venda, inclusive combustíveis e lubrificantes, exceto em relação ao pagamento de que trata o art. 2º da Lei nº 10.485, de 3 de julho de 2002, devido pelo fabricante ou importador, ao concessionário, pela intermediação ou entrega dos veículos classificados nas posições 87.03 e 87.04 da TIPI; Nos termos do referido dispositivo legal, o valor devido a título de Contribuição ao PIS será apurado pela aplicação da alíquota de 1,65%, sobre a base de cálculo Fl. 127DF CARF MF Impresso em 20/05/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 23/04/2013 por ANDREA MEDRADO DARZE, Assinado digitalmente em 23/04/2013 por ANDREA MEDRADO DARZE, Assinado digitalmente em 08/05/2013 por RODRIGO DA COSTA POSSAS 4 definida no artigo 1º, da Lei nº 10.637/021, e, do valor apurado, a pessoa jurídica poderá descontar créditos em relação a bens e serviços utilizados como insumos na prestação de serviços e na produção ou fabricação de bens ou produtos destinados à venda. Desse modo, é possível observar que o direito creditório do sujeito passivo surge com a aquisição de insumos que serão utilizados no desenvolvimento de sua atividade. Ao dispor sobre o conceito de insumo contemplado na sistemática não cumulativa da Contribuição ao PIS e da COFINS, Natanael Martins nos explica que ele “está relacionado ao fato de determinado bem ou serviço ter sido utilizado, ainda que de forma indireta, na atividade de fabricação do produto ou com a finalidade de prestar um determinado serviço”. 2 De fato, a definição de insumo, para fins de apuração da Contribuição ao PIS e da COFINS, se relaciona com a ideia de relação intrínseca entre os bens e serviços adquiridos e a atividade desenvolvida pela pessoa jurídica, os quais devem refletir, ainda que mediatamente, na receita/faturamento sobre o qual incidirá referidas contribuições. Neste contexto, sempre deverá ser considerado como o insumo o bem ou serviço que seja necessário ao desenvolvimento da atividade da pessoa jurídica ou para a existência do processo produtivo ou do produto, ou ainda, que contribua para que estes (processo e produto) tenham determinadas características. Neste sentido, são os ensinamentos de Marco Aurélio Greco: Vale dizer, “utilizar como insumo” é extrair dos bens ou dos serviços todas as utilidades que lhes sejam próprias para o fim de fazer com que o processo produtivo ou o produto destinado a venda existam ou tenham as características almejadas. Vale dizer, fazer com que – no específico contexto da atividade econômica desenvolvida pelo contribuinte – processo e produto sejam o que são. (...) A análise feita leva a uma conclusão preliminar no sentido de deverse considerar “utilizados como insumo” para fins de não cumulatividade de PIS/COFINS todos os elementos físicos ou funcionais – o que abrange bens, serviços e utilidades deles decorrentes, ligados aos fatores de produção (capital e trabalho), adquiridos ou obtidos pelo contribuinte e onerados pelas contribuições – que sejam relevantes para o processo de produção ou fabricação, ou para o produto, em função dos quais resultará a receita ou o faturamento onerados pelas contribuições.3 Tecidos esses comentários e tomando de empréstimo as terminologias utilizadas por esses autores, concluímos que para que um determinado bem ou serviço seja 1 Art. 1º A contribuição para o PIS/Pasep tem como fato gerador o faturamento mensal, assim entendido o total das receitas auferidas pela pessoa jurídica, independentemente de sua denominação ou classificação contábil. Produção de efeito § 1º Para efeito do disposto neste artigo, o total das receitas compreende a receita bruta da venda de bens e serviços nas operações em conta própria ou alheia e todas as demais receitas auferidas pela pessoa jurídica. § 2º A base de cálculo da contribuição para o PIS/Pasep é o valor do faturamento, conforme definido no caput. 2 MARTINS, Natanael. O conceito de insumos na sistemática nãocumulativa do PIS e da COFINS. In PIS COFINS: questões atuais e polêmicas. São Paulo: Quartier Latin, 2005, p. 207. 3 GRECO, Marco Aurélio. Conceito de Insumo à luz da legislação de PIS/COFINS. Revista Fórum de Direito Tributário – RFDT. Julho/Agosto de 2008, v. 34, pp. 1620. Fl. 128DF CARF MF Impresso em 20/05/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 23/04/2013 por ANDREA MEDRADO DARZE, Assinado digitalmente em 23/04/2013 por ANDREA MEDRADO DARZE, Assinado digitalmente em 08/05/2013 por RODRIGO DA COSTA POSSAS Processo nº 10675.004812/200487 Acórdão n.º 3301001.708 S3C3T1 Fl. 12 5 considerado como insumo, devese analisar seu grau de inerência (um tem a ver com o outro) com a produção ou o produto, e o grau de relevância desta inerência “(em que medida um é efetivamente importante para o outro, ou se é apenas um vínculo fugaz sem maiores consequências)”.4 Neste ponto, vale ressaltar que a definição do conceito de insumo proposta pela Instrução Normativa SRF nº 404/04 para fins de apuração da Contribuição ao PIS e da COFINS, na sistemática não cumulativa, é manifestamente ilegal, na medida em que estabelece restrição não prescrita na lei. Eis sua formula textual: Art. 8º Do valor apurado na forma do art. 7º, a pessoa jurídica pode descontar créditos, determinados mediante a aplicação da mesma alíquota, sobre os valores: I – das aquisições efetuadas no mês: a) de bens para revenda, exceto em relação às mercadorias e aos produtos referidos nos incisos III e IV do § 1º do art. 4º; b) de bens e serviços, inclusive combustíveis e lubrificantes, utilizados como insumos: b.1) na produção ou fabricação de bens ou produtos destinados à venda; ou b.2) na prestação de serviços; (...) § 4º Para os efeitos da alínea “b” do inciso I do caput, entende se como insumos: I utilizados na fabricação ou produção de bens destinados à venda: a) a matériaprima, o produto intermediário, o material de embalagem e quaisquer outros bens que sofram alterações, tais como o desgaste, o dano ou a perda de propriedades físicas ou químicas, em função da ação diretamente exercida sobre o produto em fabricação, desde que não estejam incluídas no ativo imobilizado; b) os serviços prestados por pessoa jurídica domiciliada no País, aplicados ou consumidos na produção ou fabricação do produto; II utilizados na prestação de serviços: a) os bens aplicados ou consumidos na prestação de serviços, desde que não estejam incluídos no ativo imobilizado; e b) os serviços prestados por pessoa jurídica domiciliada no País, aplicados ou consumidos na prestação do serviço. (...) 4 GRECO, Marco Aurélio. Op. cit. p. 17. Fl. 129DF CARF MF Impresso em 20/05/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 23/04/2013 por ANDREA MEDRADO DARZE, Assinado digitalmente em 23/04/2013 por ANDREA MEDRADO DARZE, Assinado digitalmente em 08/05/2013 por RODRIGO DA COSTA POSSAS 6 § 9º Aplicase ao PIS/Pasep nãocumulativo de que trata a Lei nº 10.637, de 2002, o disposto: I na alínea "b" do inciso I do caput, e nos §§ 4º, 5º e 6º, a partir de 1º de janeiro de 2003; e II na alínea "e" do inciso II e no inciso III do caput, a partir de 1º de fevereiro de 2004. Como é possível perceber, a Receita Federal do Brasil pretendeu, com a promulgação da referida Instrução Normativa, limitar o alcance de legislação ordinária (Lei nº 10.833/08). Entretanto, por se tratar de veículo introdutor secundário, não se sustentam os comandos que são manifestamente contrários aos da norma de superior hierarquia que lhe empresta fundamento de validade (a lei). Ademais, ainda que fosse possível a alteração das Leis nºs 10.637/02 e 10.833/03 por norma de inferior hierarquia, o que se admite apenas para argumentar, não se pode olvidar que a Instrução Normativa SRF nº 404/04, ao equiparar a definição de insumo para fins de nãocumulatividade da Contribuição ao PIS e da COFINS, com o de insumo para fins de nãocumulatividade de IPI e ICMS, incorreu em manifesto equívoco. De fato, a presente equiparação não tem qualquer sustentação jurídica, uma vez que a não cumulatividade aplicável ao PIS e à COFINS não tem o mesmo perfil da empregada ao IPI e ao ICMS. Isso porque, no caso do IPI e do ICMS, o referencial para se analisar o conceito de insumo, é um objeto físico (produto). De forma diferente, no caso da COFINS, o referencial é a atividade e processo de produzir e fabricar, sendo que a partir dessa referência que se identificará quais os bens e serviços serão considerados insumos. Por outro lado, enquanto o IPI e ICMS incidem sobre o produto/mercadoria, a COFINS incide sobre o faturamento da pessoa jurídica, o que demonstra que o universo de elementos abrangidos pela nãocumulatividade de COFINS é mais amplo do que o de IPI/ICMS. Sobre a inaplicabilidade da Instrução Normativa SRF nº 404/04, face às diferenças existentes entre os insumos de COFINS e os insumos de IPI e ICMS, Ricardo Mariz de Oliveira ensina que: Com efeito, essa interpretação está assentada, ou ao menos influenciada determinantemente, pelo conceito de matérias primas, produtos intermediários e materiais de embalagem que geram créditos de IPI, e também de ICMS. Acontece que as leis destes dois impostos não admitem, como fazem as Leis nº 10.637 e 10.833, a dedução ou o crédito relativo a insumos em geral, pois restringem os créditos aos valores devidos na operação imediatamente anterior sobre apenas alguns tipos de insumos, que são exatamente as matériasprimas, os produtos intermediários e os materiais de embalagem. Sem ser necessário adentrar em qualquer discussão relativa à extensão dos créditos de IPI e de ICMS, para se poder distingui los das deduções relativas a insumos para efeito de quantificação da COFINS e da contribuição ao PIS, basta ver que, quanto ao IPI, a redução dos créditos a apenas os três grupos de insumos deriva de expressa disposição da respectiva legislação, enquanto que no ICMS as leis que o regem têm Fl. 130DF CARF MF Impresso em 20/05/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 23/04/2013 por ANDREA MEDRADO DARZE, Assinado digitalmente em 23/04/2013 por ANDREA MEDRADO DARZE, Assinado digitalmente em 08/05/2013 por RODRIGO DA COSTA POSSAS Processo nº 10675.004812/200487 Acórdão n.º 3301001.708 S3C3T1 Fl. 13 7 disposições inteiramente diversas das contidas nas Leis nº 10.637 e 10.833. Além disso, em benefício da citada instrução normativa sequer existe uma disposição legal que diga que, para a identificação dos insumos que geram dedução da COFINS e da contribuição ao PIS, deva ser aplicada subsidiariamente a legislação do IPI, como ocorre com o crédito presumido estabelecido pela Lei nº 9.363, de 13.12.1996, neste caso por força de expressa determinação do parágrafo único do art. 3º. Portanto, o que dizem as mencionadas instruções normativas quanto a que somente são insumos as matériasprimas, os produtos intermediários, as embalagens e quaisquer outros bens que sofram alteração, carece inteiramente de base legal. Esse ato fazendário somente teria validade jurídica se a lei expressamente tivesse permitido a dedução exclusivamente quanto a matériasprimas, produtos intermediários, materiais de embalagem e outros bens sob aquele requisito, em vez de autorizála abertamente sobre insumos destinados à produção de bens e serviços.5 Neste contexto, não resta dúvida de que a restrição estabelecida pela Instrução Normativa SRF nº 404/04 não encontra amparo legal, motivo pelo qual não poderá sequer ter seus dispositivos considerados pelo órgão julgador. No caso em análise, a Recorrente é pessoa jurídica que se dedica à atividade de construção civil. Por outro lado, pretende ver reconhecido o direito ao crédito de Contribuição ao PIS relativo às despesas com material de escritório/informática, material de limpeza e higiene, copa/cozinha e refeitório, viagem e estadia de funcionários. Ocorre que tais bens e serviços não guardam inerência com a atividade desenvolvida pela empresa (construção civil), tampouco podem ser considerados efetivamente importantes para a sua produção, razão pela qual eles não geram direito ao crédito no caso concreto. Como bem pontuado por Marco Aurélio Greco, comparativamente com o objeto social da Recorrente, o material de escritório/informática, material de limpeza e higiene, copa/cozinha e refeitório, viagem e a estadia de funcionários apresentam apenas um vínculo fugaz sem maiores consequências para a produção/produto, não sendo, portanto, contemplados pela regra de não cumulatividade. Notese que, a despeito da conclusão jurídica ser a mesma, os argumentos aqui expostos são totalmente diferentes dos apresentados pela DRJ. Com efeito, diversamente do que fico decidido no acórdão recorrido, o critério jurídico que deve ser analisado para fins de identificar se determinado bem ou serviço da direito ao crédito é a inerência, a essencialidade para o produto/produção. Não a sua aplicação direta no produto final. Afinal, como já ressaltado, entendemos que as restrições prescritas pela IN SRF nº 404/04 são manifestamente ilegais. Inconstitucionalidades 5 OLIVEIRA, Ricardo Mariz. Aspectos Relacionados à “Nãocumulatividade” da COFINS e da Contribuição ao PIS. In PISCOFINS: questões atuais e polêmicas. São Paulo: Quartier Latin, 2005, p. 43/44. Fl. 131DF CARF MF Impresso em 20/05/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 23/04/2013 por ANDREA MEDRADO DARZE, Assinado digitalmente em 23/04/2013 por ANDREA MEDRADO DARZE, Assinado digitalmente em 08/05/2013 por RODRIGO DA COSTA POSSAS 8 Por outro lado, deixo de apreciar a alegação de inconstitucionalidade na cobrança da multa e do juros, por violação ao princípio do não confisco e da capacidade contributiva, por se tratar de matéria que escapa à competência deste tribunal administrativo: Súmula CARF nº 2: O CARF não é competente para se pronunciar sobre a inconstitucionalidade de lei tributária. Pelo exposto, voto por NEGAR PROVIMENTO ao recurso voluntário. [Assinado digitalmente] Andréa Medrado Darzé Fl. 132DF CARF MF Impresso em 20/05/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 23/04/2013 por ANDREA MEDRADO DARZE, Assinado digitalmente em 23/04/2013 por ANDREA MEDRADO DARZE, Assinado digitalmente em 08/05/2013 por RODRIGO DA COSTA POSSAS
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Numero do processo: 10840.002846/2002-16
Turma: Sétima Turma Especial
Câmara: Sétima Câmara
Seção: Primeiro Conselho de Contribuintes
Data da sessão: Mon Sep 15 00:00:00 UTC 2008
Data da publicação: Mon Sep 15 00:00:00 UTC 2008
Ementa: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA JURÍDICA - IRPJ
ANO-CALENDÁRIO: 1997
RESTITUIÇÃO. TRIBUTOS SUJEITOS AO LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO. DECADÊNCIA.
O direito de o contribuinte pleitear a restituição de tributo pago
indevidamente ou em valor maior que o devido extingue-se no prazo de cinco anos, contados da data da extinção do crédito tributário, assim considerada, para os tributos sujeitos ao lançamento por homologação, a data do pagamento antecipado.
Numero da decisão: 197-00.009
Decisão: ACORDAM os Membros da Sétima Turma Especial do Primeiro Conselho de
Contribuintes, por maioria de votos, NEGAR provimento ao recurso, nos termos do relatório e voto que passam a integrar o preá, nte julgado. Vencido o Conselheiro Leonardo Lobo de Almeida.
Matéria: Simples- proc. que não versem s/exigências cred.tributario
Nome do relator: SELENE FERREIRA DE MORAES
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" ---••• . • 1." a. CCOVT97 E1 'C'44à MINISTÉRIO DA FAZENDA ..io;,•-•.;: i PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES t "a Y>--Ç - •-." SÉTIMA TURMA ESPECIAL Processo n° 10840.002846/2002-16 Recurso n° 157.300 Voluntário Matéria TRPJ E OUTROS - Ex.: 1998 Acórdão n° 197-0009 Sessão de 15 de setembro de 2008 Recorrente COLÉGIO ITAMARATI LTDA Recorrida 5* TURMA/DRJ-SÃO PAULO/SP I Assumo: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA JURÍDICA - IRPJ ANO-CALENDÁRIO: 1997 RESTITUIÇÃO. TRIBUTOS SUJEITOS AO LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO. DECADÊNCIA. O direito de o contribuinte pleitear a restituição de tributo pago indevidamente ou em valor maior que o devido extingue-se no prazo de cinco anos, contados da data da extinção do crédito tributário, assim considerada, para os tributos sujeitos ao lançamento por homologação, a data do pagamento antecipado. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos de recurso interposto por COLÉGIO ITAMARATI LTDA. ACORDAM os Membros da Sétima Turma Especial do Primeiro Conselho de Contribuintes, por maioria de votos, NEGAR provimento ao recurso, nos termos do relatório e voto que passam a integrar o preá, nte julgado. Vencido o Conselheiro Leonardo Lobo de Almeida. , f . n w / MARCO 1 I i IUS NEDER DE LIMAIt Presidente illenn--- -: ::--- -ii ERREIRA DE MORAES Relatora i • Processo n° 10840.002846/2002-16 CCOI/T97 Acórdão n.° 197-00009 Fls. 2 Formalizado em: 31 OUT 2008 Participou, ainda, do presente julgamento, a Conselheira Lavinia Moraes de Almeida Nogueira Junqueira. Relatório Trata-se de pedido de restituição e compensação formulado pela recorrente, tendo por objeto recolhimentos de COF1NS, CSLL, PIS e IRPJ, nos meses de fevereiro e março de 1997. O pedido foi indeferido pela Delegacia da Receita Federal em Ribeirão Preto/SP por despacho decisório, assim ementado (fls. 27): "COFINS/PIS/CSWIRPJ PEDIDO DE RESTITUIÇÃO Prescreve em cinco anos o direito de o contribuinte requerer restituição de imposto que porventura tenha pago a maior. Lei n° 5.172/66-CTN" Foi interposta manifestação de inconformidade contra o despacho decisório (fls. 31/39), a qual foi indeferida pela Delegacia da Receita Federal de Julgamento nos seguintes termos: "COMPENSAÇÃO. DECADÊNCIA. O direito de pleitear a restituição de pagamentos indevidos para compensação com créditos vincendos decai no prazo de cinco anos contados da data de extinção do crédito Tributário." Contra a decisão interpôs a contribuinte o Recurso Voluntário em foco (fls. 63/71), no qual alega em síntese que: a) A decisão impugnada afronta os artigos 150 e 168 do Código Tributário Nacional, vez que determina a aplicação de prazo distinto daquele previsto por tais dispositivos legais quanto a recuperação de valores indevidamente recolhidos a título de tributos sujeitos a lançamento por homologação. b) Nos casos de tributos sujeitos ao regime de lançamento por homologação, a antecipação do pagamento não extingue o crédito tributário, porquanto o valor recolhido ao fisco foi calculado pelo próprio contribuinte, daí a necessidade de o mesmo ser homologado posteriormente pela autoridade administrativa competente. c) Com relação ao caso concreto em estudo, o prazo para recuperação dos valores recolhidos somente teve início no dia seguinte ao decurso de 5 (anos) da ocorrência do fato gerador. Esta é a posição do Superior Tribunal de Justiça. 20/ Processo n° 10840.002846/2002-16 CCOI/T97 Acórdão n.° 197-00009 Fls. 3 d) Finalmente, resta a conclusão pela inaplicabilidade das disposições constantes da Lei Complementar n°118/2005, tendo em vista que a referida lei não pode retroagir. É o relatório. Voto Conselheira - SELENE FERREIRA DE MORAES, Relatora. O recurso é tempestivo e preenche os demais requisitos de admissibilidade, devendo ser conhecido. A questão fundamental é a fixação do prazo de que dispõe o contribuinte para pleitear a restituição de tributos e contribuições pagos indevidamente ou a maior. Assim dispõe o art. 168 do Código Tributário Nacional: "Art. 168. O direito de pleitear a restituição extingue-se com o decurso do prazo de 5 (cinco) anos, contados: 1— nas hipóteses dos incisos I e II do art. 165, da data da extinção do crédito tributário;" A regra deve ser interpretada em conjunto com aquela inscrita no art. 150, 1°, do CTIV, que dispõe: "Art. 150. O lançamento por homologação, que ocorre quanto aos tributos cuja legislação atribua ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa, opera-se pela ato em que a referida autoridade, tomando conhecimento da atividade assim exercida pelo obrigado, expressamente a homologa. 1 o. O pagamento antecipado pelo obrigado nos termos deste artigo extingue o crédito, sob condição resolutória da ulterior homologação do lançamento." O pagamento antecipado do tributo extingue o crédito tributário, sendo neste momento o dies a quo do prazo qüinqüenal para pleitear a restituição de valores indevidamente recolhidos. Há várias decisões desse C. Conselho de Contribuintes no mesmo sentido: "NORMAS PROCESSUAIS — RESTITUIÇÃO E COMPENSAÇÃO DE INDÉBITO — CONTAGEM DO PRAZO DE DECADÊNCIA — INTELIGÊNCIA DO ART. 168 DO CTN — O prazo para pleitear a restituição ou compensação de tributos pagos indevidamente é sempre de 5 (cinco) anos, distinguindo-se o inicio de sua contagem em razão da forma em que se exterioriza o indébito. Se o indébito exsurge da Processo n° 10840.00284612002-16 CCOI/T97 Acórdão n.° 197-00009 Fls. 4 iniciativa unilateral do sujeito passivo, calcado em situação fática não relacionada com norma declarada inconstitucional, o prazo para pleitear a restituição ou a 6 compensação tem inicio a partir da data do pagamento que se considera indevido (extinção do crédito tributário)"— Recurso Voluntário n°. 118473, 2° Conselho. "IRPJ — PEDIDO DE RESTITUIÇÃO E COMPENSAÇÃO — CONTAGEM DE PRAZO DE DECADENCIA — O prazo para que o contribuinte possa pleitear a restituição de tributo ou contribuição pago indevidamente ou em valor maior que o devido, extingue-se após o transcurso do prazo de cinco anos, contado da data da extinção do crédito tributário — art. 165. I e 168, Ida Lei 5172 de 25 de outubro de 1966 (CIN). Tratando-se de imposto antecipado ao devido na declaração, com esta se inicia a contagem do prazo decadencial" — Recurso Voluntário n°. 138.512, 1° Conselho. "IRPJ — PEDIDO DE RESTITUIÇÃO — PRAZO — DECADÊNCIA — É de cinco anos o prazo decadencial para se pleitear a restituição do indébito tributário, contado da data da extinção do crédito tributário (art. 168 —CTN)" — Recurso Voluntário n°. 139.211, 1° Conselho. "DECADÊNCIA DO DIREITO CREDITÓRIO — TERMO DE INÍCIO — O prazo para que o contribuinte possa pleitear a restituição de tributo ou contribuição pagos indevidamente ou em valor maior do que o devido, extingue-se após o transcurso do prazo de 5 anos, contados da data da extinção do crédito tributário — art. 165, I e 168. I do Código Tributário NacionaL Tratando-se de imposto antecipado devido na declaração, com esta se inicia a contagem do prazo decadenciaL " — Recurso Voluntário n. 133.096, 1° Conselho. No tocante ao entendimento acolhido pelo STJ, é oportuno transcrevermos trecho do voto proferido pela Conselheira Sandra Maria Faroni no recurso n° 157.071, apreciado em sessão datada de 6 de março do corrente ano: "Como se vê, como regra geral, em casos de pagamento indevido ou a maior, o direito de pleitear a restituição se extingue com o prazo de cinco anos contados da data da extinção do crédito. Em se tratando de tributos sujeitos à modalidade de lançamento por homologação, o pagamento efetuado pelo sujeito passivo extingue o crédito sob condição resolutória o que significa dizer que, feito o pagamento, os efeitos da extinção do crédito se operam desde logo, estando sujeitos a serem resolvidos se não homologado o procedimento do contribuinte, expressa ou tacitamente. Não se desconhecem as manifestações do STJ no sentido de que, nos casos de tributos sujeitos a lançamento por homologação, o termo inicial para a contagem do prazo de cinco anos é a data em que se considera homologado o lançamento (tese dos "cinco mais cinco" que predomina no ST.O. Essa tese, todavia, peca pela falha de dar à condição resolutória efeitos de condição suspensiva, elevando o prazo para até 10 anos. 021/4 , . . ' Processo n° 10840.00284612002-16 CCOI/T97 Acórdão n.° 197-00009 Fls. 5 A correta interpretação para a contagem do prazo para pleitear a restituição, a meu ver, é aquela que vem sendo dada pelo Conselho de Contribuintes..." Considerando que o pedido foi protocolizado em 24 de julho de 2002, e diz respeito a pagamentos efetuados entre fevereiro e março de 1997, extinto se encontrava o direito do contribuinte de pleitear a restituição. Conseqüentemente, inexistindo direito creditório reconhecido, não pode ser homologada a compensação, não havendo reparos a fazer na decisão pronunciada pela Delegacia da Receita Federal de Julgamento de Ribeirão Preto (SP). Ante o exposto, verificada a decadência do direito de postular a restituição, conheço do recurso para negar-lhe provimento. Sala das Sessões —DF, em 15 de setembro de 2008 • DE MORAES 5 Page 1 _0004600.PDF Page 1 _0004700.PDF Page 1 _0004800.PDF Page 1 _0004900.PDF Page 1
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Numero do processo: 10980.004231/2001-49
Turma: Sétima Turma Especial
Câmara: Sétima Câmara
Seção: Primeiro Conselho de Contribuintes
Data da sessão: Mon Feb 02 00:00:00 UTC 2009
Data da publicação: Mon Feb 02 00:00:00 UTC 2009
Ementa: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA JURÍDICA - IRPJ
EXERCÍCIO: 1997
NULIDADE. COMPETÊNCIA DO AUDITOR FISCAL. HABILITAÇÃO PROFISSIONAL DE CONTADOR. INEXIGÊNCIA.
Súmula 1°CC n° 8: O Auditor Fiscal da Receita Federal é competente para proceder ao exame da escrita fiscal da pessoa
jurídica, não lhe sendo exigida a habilitação profissional de
contador.
DESPESAS COM PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS - Legitima a glosa de despesas registradas a titulo de serviços quando não restar comprovado que correspondem a bens ou serviços efetivamente recebidos e que os mesmos eram necessários, normais e usuais na atividade da empresa.
INCONSTITUCIONALIDADE. SÚMULA 1° CC N° 2.
O Primeiro Conselho de Contribuintes não é competente para se
pronunciar sobre a inconstitucionalidade de lei tributária.
PREJUÍZOS FISCAIS. LIMITE DE COMPENSAÇÃO - SÚMULA 1° CC N° 3.
Para a determinação da base de cálculo do Imposto de Renda das
Pessoas Jurídicas e da Contribuição Social sobre o Lucro, a partir do ano-calendário de 1995, o lucro líquido ajustado poderá ser reduzido em, no máximo, trinta por cento, tanto em razão da
compensação de prejuízo, como em razão da compensação da base de cálculo negativa.
TAXA SELIC. SÚMULA 1° CC N°4.
A partir de 1° de abril de 1995, os juros moratórios incidentes
sobre débitos tributários administrados pela Secretaria da Receita Federal são devidos, no período de inadimplência, à taxa
referencial do Sistema Especial de Liquidação e Custódia - SELIC para títulos federais.
MULTA QUALIFICADA. DESCABIMENTO.
A apresentação de declarações inexatas, por si só, não comporta a
imputação de evidente intuito de fraude, sonegação ou conluio
para fins de aplicação da multa qualificada. Descabe a aplicação
da multa qualificada quando, mesmo tendo informado receitas a
menor, as receitas foram apuradas pela fiscalização a partir dos
valores escriturados no Lalur. Nos termos da Sumula n° 14 deste
Primeiro Conselho, a simples apuração de omissão de receita ou
de rendimentos, por si só, não autoriza a qualificação da multa de oficio, sendo necessária a comprovação do evidente intuito de
fraude do sujeito passivo.
Numero da decisão: 197-00.127
Decisão: ACORDAM os Membros da Sétima Turma Especial do Primeiro Conselho de
Contribuintes, por unanimidade de votos, DAR provimento PARCIAL ao recurso, para reduzir a multa de oficio a 75°%, nos termos do relatório e voto que passam a integrar o presente o julgado.
Matéria: IRPJ - restituição e compensação
Nome do relator: SELENE FERREIRA DE MORAES
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ementa_s : IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA JURÍDICA - IRPJ EXERCÍCIO: 1997 NULIDADE. COMPETÊNCIA DO AUDITOR FISCAL. HABILITAÇÃO PROFISSIONAL DE CONTADOR. INEXIGÊNCIA. Súmula 1°CC n° 8: O Auditor Fiscal da Receita Federal é competente para proceder ao exame da escrita fiscal da pessoa jurídica, não lhe sendo exigida a habilitação profissional de contador. DESPESAS COM PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS - Legitima a glosa de despesas registradas a titulo de serviços quando não restar comprovado que correspondem a bens ou serviços efetivamente recebidos e que os mesmos eram necessários, normais e usuais na atividade da empresa. INCONSTITUCIONALIDADE. SÚMULA 1° CC N° 2. O Primeiro Conselho de Contribuintes não é competente para se pronunciar sobre a inconstitucionalidade de lei tributária. PREJUÍZOS FISCAIS. LIMITE DE COMPENSAÇÃO - SÚMULA 1° CC N° 3. Para a determinação da base de cálculo do Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas e da Contribuição Social sobre o Lucro, a partir do ano-calendário de 1995, o lucro líquido ajustado poderá ser reduzido em, no máximo, trinta por cento, tanto em razão da compensação de prejuízo, como em razão da compensação da base de cálculo negativa. TAXA SELIC. SÚMULA 1° CC N°4. A partir de 1° de abril de 1995, os juros moratórios incidentes sobre débitos tributários administrados pela Secretaria da Receita Federal são devidos, no período de inadimplência, à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e Custódia - SELIC para títulos federais. MULTA QUALIFICADA. DESCABIMENTO. A apresentação de declarações inexatas, por si só, não comporta a imputação de evidente intuito de fraude, sonegação ou conluio para fins de aplicação da multa qualificada. Descabe a aplicação da multa qualificada quando, mesmo tendo informado receitas a menor, as receitas foram apuradas pela fiscalização a partir dos valores escriturados no Lalur. Nos termos da Sumula n° 14 deste Primeiro Conselho, a simples apuração de omissão de receita ou de rendimentos, por si só, não autoriza a qualificação da multa de oficio, sendo necessária a comprovação do evidente intuito de fraude do sujeito passivo.
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I .:r MINISTÉRIO DA FAZENDA mintã PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES '';'42-90;:t>ÉS TIMA TURMA ESPECIAL Processo o° 10980.004231/2001-49 Recurso o° 162.036 Voluntário Matéria IRPJ e OUTRO - Ex.: 1997 Acórdão e 197000127 Sessão de 2 de fevereiro de 2009 Recorrente WALESEG EMPRESA DE SEGURANÇA E VIGILÂNCIA LTDA Recorrida la TURMA/DRJ CURITIBA/PR ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA JURÍDICA - IRPJ EXERCÍCIO: 1997 NULIDADE. COMPETÊNCIA DO AUDITOR FISCAL. HABILITAÇÃO PROFISSIONAL DE CONTADOR. INEXIGÊNCIA. Súmula 1°CC n° 8: O Auditor Fiscal da Receita Federal é competente para proceder ao exame da escrita fiscal da pessoa jurídica, não lhe sendo exigida a habilitação profissional de contador. DESPESAS COM PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS - Legitima a glosa de despesas registradas a titulo de serviços quando não restar comprovado que correspondem a bens ou serviços efetivamente recebidos e que os mesmos eram necessários, normais e usuais na atividade da empresa. INCONSTITUCIONALIDADE. SÚMULA 1°CC N° 2. O Primeiro Conselho de Contribuintes não é competente para se pronunciar sobre a inconstitucionalidade de lei tributária. PREJUÍZOS FISCAIS. LIMITE DE COMPENSAÇÃO - SÚMULA 1° CC N° 3. Para a determinação da base de cálculo do Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas e da Contribuição Social sobre o Lucro, a partir do ano-calendário de 1995, o lucro líquido ajustado poderá ser reduzido em, no máximo, trinta por cento, tanto em razão da compensação de prejuízo, como em razão da compensação da base de cálculo negativa. TAXA SELIC. SÚMULA 1° CC N°4. A partir de 1° de abril de 1995, os juros moratórios incidentes sobre débitos tributários administrados pela Secretaria da Receita Processo n°10980.004231/2001-49 CC01/797 Acórdão n.°197000127 F1s. 2 Federal são devidos, no período de inadimplência, à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e Custódia - SELIC para títulos federais. MULTA QUALIFICADA. DESCABIMENTO. • A apresentação de declarações inexatas, por si só, não comporta a imputação de evidente intuito de fraude, sonegação ou conluio para fins de aplicação da multa qualificada. Descabe a aplicação da multa qualificada quando, mesmo tendo informado receitas a menor, as receitas foram apuradas pela fiscalização a partir dos valores escriturados no Lalur. Nos termos da Sumula n° 14 deste Primeiro Conselho, a simples apuração de omissão de receita ou de rendimentos, por si só, não autoriza a qualificação da multa de oficio, sendo necessária a comprovação do evidente intuito de fraude do sujeito passivo. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos de recurso interposto por WALESEG EMPRESA DE SEGURANÇA E VIGILÂNCIA LTDA. ACORDAM os Membros da Sétima Turma Especial do Primeiro Conselho de Contribuintes, por unanimidade de votos, DAR provimento PARCIAL ao recurso, para reduzir a multa de oficio a 75°4, nos t . do relatório e voto que passam a integrar o presente julgado. 'ri INICIUS NEDER DE LIMA Pre idente -~Fr- E FERREIRA DE MORAES Relatora Formalizado em: 2 MAR 2009 Participaram, ainda, do presente julgamento, os Conselheiros Lavínia Moraes de Almeida Nogueira Junqueira e Leonardo Lobo de Almeida. Relatório Trata-se de autos de infração de IRPJ e CSLL, lavrados em decorrência de procedimento de fiscalização externa, no montante de R$ 88.695,34 e 75.615,36. A fiscalização apontou as seguintes infrações: 2 Processo e 10980.004231/2001-49 CCOI/T97 Acórdão n.°197000127 Fls. 3 • Custos ou despesas não comprovadas, nos períodos de apuração 07/1996, 08/1996, 09/1996 e 12/1996. • Contribuições ou doações que não satisfazem os requisito legais, nos períodos de apuração de 06/1996, 07/1996 e 08/1996. • Prejuízos compensados indevidamente, acima do limite legal de 30% do lucro líquido ajustado, nos períodos de apuração de 04/1996, 05/1996, 06/1996, 08/1996, 10/1996 e 11/1996. • Lucros não declarados, nos períodos de apuração de 11/1996 e 12/1996. Foi aplicada multa qualificada, pelo fato da contribuinte ter apresentado a DIPJ relativa ao ano de 1996, integralmente com valores zerados, como se não tivesse auferido receitas. Irresignada com a exigência, a contribuinte apresentou impugnação, onde apresentou as seguintes razões: (i) nulidade do lançamento por falta de credenciamento no CRC; (ii) as despesas com prestação de serviços estão comprovadas por notas fiscais; (iii) inconstitucionalidade da MP n° 812/1994, que introduziu a limitação da compensação de prejuízos fiscais; (iv) quanto aos lucros não declarados, não cometeu qualquer tipo de fraude, mas apenas compensou prejuízos auferidos em anos anteriores; (v) inconstitucionalidade da Selic; (vi) multa com caráter confiscatório. A Delegacia de Julgamento considerou o lançamento procedente com base nos seguintes fundamentos: • O Auditor Fiscal da Receita Federal detém competência outorgada por lei para realizar a fiscalização e efetuar o lançamento. • Para a dedutibilidade de despesas com serviços prestados por terceiros, não é suficiente • a simples apresentação de nota fiscal, sendo necessário que esta descreva de forma precisa os serviços realizados, tomando possível a verificação da necessidade e normalidade da despesa. • A compensação de prejuízos fiscais é limitada a 30% do lucro líquido ajustado. • Incidem juros de mora equivalentes à Selic, em relação aos débitos de qualquer natureza para com a Fazenda Nacional. • O fato de que a empresa, apesar de ter apurado lucro real no respectivo demonstrativo registrado no Lalur, apresentou declaração de rendimentos totalmente "zerada" como se estivesse na condição de "sem movimento", caracteriza o evidente intuito de fraude. Contra a decisão, interpôs a contribuinte o presente Recurso Voluntário, no qual alega em síntese que: a) Não é suficiente a simples nomeação pelo Poder Público para que o agente fiscal tenha capacidade técnica e legal para exercer tal função, mas sim que este seja regulamente habilitado no respectivo Conselho Regional de Contabilidade. Processo n°10980.004231/2001-49 CC01/197 Acórdão n.° 197000127 Fls. 4 b) As despesas com manutenção ou locação de veículos estão devidamente comprovadas documentalmente, sendo que o simples fato de a empresa emitir cheques nominais a si própria, nos valores correspondentes aos discriminados nas respectivas notas fiscais de prestação de serviços ou despesas, para pagamento dos seus prestadores de serviços ou fornecedores em dinheiro, não caracteriza infração alguma, mas apenas concede uma benesse a estes. c) Inconstitucionalidade do art. 42 da Lei n° 8.981/1995, por ofensa aos princípios da anterioridade, irretroatividade da lei, do direito adquirido e da capacidade contributiva, aos arts. 43,44 e 110 do CTN. d) O simples fato de a empresa apresentar lucros e não testificar em sua Declaração de Imposto de Renda, não caracteriza a fraude, se apenas e tão somente compensou integralmente os lucros destes meses com os prejuízos acumulados nas competências anteriores. Não há como prevalecer a imposição pelas razões já colacionadas acerca da limitação da compensação de prejuízos. e) Inconstitucionalidade do art. 3 ( e parágrafo primeiro da Lei n° 9.718/1998, por pretender ampliar o conceito de faturamento empregado pela Constituição Federal. O Inconstitucionalidade e ilegalidade da utilização da Selic. g) Não podem prevalecer as multas de 75% e 150% por apresentarem caráter confiscatório. h) Em algumas competências em que prestou serviços a diversos órgãos públicos, teve valores retidos para pagamento do IRPJ e da CSLL, a autuada obteve prejuízos financeiros, pagando indevidamente valores aos Fisco Federal, os quais não foram considerados pela fiscalização. É o relatório. Voto Conselheira - SELENE FERREIRA DE MORAES, Relatora. O recurso é tempestivo e preenche os demais requisitos de admissibilidade, devendo ser conhecido. Muitas das matérias argüidas pela recorrente já encontram-se sumuladas pelo Primeiro Conselho de Contribuintes. A seguir reproduzimos o teor das súmulas aplicáveis ao presente caso: Processo n° 10980.004231/200149 CCO 1/T97 Acórdão n.° 197000127 FLS. 5 Súmula 1•CC n" 2: O Primeiro Conselho de Contribuintes não é competente para se pronunciar sobre a inconstitucionalidade de lei tributária. Súmula .PCC e 3: Para a determinação da base de cálculo do Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas e da Contribuição Social sobre o Lucro, a partir do ano-calendário de 1995, o lucro líquido ajustado poderá ser reduzido em, no máximo, trinta por cento, tanto em razão da compensação de prejuízo, como em razão da compensação da base de cálculo negativa. Súmula I" CC n° 4: A partir de 1° de abril de 1995, os juros morató rios incidentes sobre débitos tributários administrados pela Secretaria da Receita Federal são devidos, no período de inadimplência, à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e Custódia - SELIC para títulos federais. Súmula 1°CC n" 8: O Auditor Fiscal da Receita Federal é competente para proceder ao exame da escrita fiscal da pessoa jurídica, não lhe sendo exigida a habilitação profissional de contador. No tocante à glosa das despesas com serviços, a recorrente aduz que as despesas com manutenção ou locação de veículos estão devidamente comprovadas documentalmente, sendo que o simples fato de a empresa emitir cheques nominais a si própria, nos valores correspondentes aos discriminados nas respectivas notas fiscais de prestação de serviços ou despesas, para pagamento dos seus prestadores de serviços ou fornecedores em dinheiro, não caracteriza infração alguma. Primeiramente, deve ser observado que a contribuinte foi intimada a apresentar comprovantes do pagamento, da efetiva realização do serviço, e da necessidade para a consecução dos objetivos da empresa, de várias despesas com prestação de serviços de terceiros, e não só com manutenção ou locação de veículos (fls. 182/183). As cópias dos documentos apresentados encontram-se às fls. 161/166, 171, 175/179. Com base em tal documentação a fiscalização efetuou a glosa das despesas com base nos seguintes fundamentos: "Todas as cópias de cheques apresentados, com exceção da referente ao pagamento do recibo n° 064 de SPB Serviços de Vigilância Ltda. (ITEM 1.2), estão nominais ao próprio emitente, ou seja, sacados no caixa, conforme afirmado pela empresa em resposta a intimação. A empresa não apresentou cópia da nota fiscal referente ao ITEM 1 2. A empresa não comprovou a efetiva realização dos serviços, e não apresentou as informações sobre os serviços solicitada na intimação de 14/03/01, impossibilitando a comprovação da necessidade do serviço para a atividade da empresa." De fato, a empresa apenas apresentou um simples recibo para comprovar as despesas com serviços de vigilância prestados por pessoa jurídica. O documento hábil para comprovar a despesa é a nota fiscal. . . Processo n°10980.004231/200149 CCO1 /T97 Acórdão n.° 197000127 Fls. 6 A nota fiscal, apesar de ser documento hábil a comprovar a despesa, não é por si só suficiente para assegurar a dedutibilidade. Além da observância das exigências legais da documentação, uma despesas somente poderá ser considerada como operacional e dedutivel a despesa para a qual for demonstrada a estrita conexão do gasto com a atividade explorada pela pessoa jurídica, revestindo-se do caráter de usualidade, normalidade e necessidade para a manutenção da atividade e produção dos rendimentos. O fato de que os cheques utilizados para o pagamentos das despesas foram sacados no caixa, pela própria recorrente, aliado à falta de apresentação da documentação complementar solicitada detalhadamente pela fiscalização, sem qualquer justificativa por parte da contribuinte, caracteriza a infração e legitima a glosa efetuada. Assim, não há reparos a fazer na decisão recorrida, cujas conclusões a seguir reproduzimos: "21. Por meio do termo constante nas lis. 182/183, o fisco intimou a autuada a fazer a efetiva comprovação das despesas em questão, inclusive indicando a forma como tal comprovação poderia ser efetuada em cada caso, conforme as particularidades específicas de cada um, como, por exemplo, em se tratando de despesas de propaganda, informando o tipo de propaganda executada, o período de divulgação etc. Em sua resposta (lis. 184/185). a autuada limitou-se a informar não possuir outros elementos para a efetivação da prova além das respectivas notas fiscais, e que os pagamentos foram feitos em espécie, cujo dinheiro foi obtido mediante saque no mesmo valor das notas fiscais. 22. Na peça de defesa, igualmente a autuada deixou de apresentar provas da efetiva prestação dos serviços em questão, prova essa que entende estar efetivada com a simples apresentação das notas fiscais. 24. Como se depreende dos termos do art. 242 e seu parágrafo único do R1R/1994 e é entendimento pacífico na jurisprudência relativa ao 1RPJ, os serviços prestados por terceiros somente são dedutíveis quando embasados em documentação idônea, que os descreva de forma precisa, tornando possível a verificação dos atributos da "necessidade" e da "normalidade", e venha acompanhada de prova da efetiva prestação dos serviços e do respectivo pagamento do preço". (-) 26. Dessa forma, não tendo ficado demonstrada a efetividade da prestação dos serviços nem o pagamento do respectivo preço, afigura- se correta a glosa da despesa em questão." Por fim, resta analisar o cabimento da aplicação da multa qualificada de 150%. A Delegacia de Julgamento entendeu que a apresentação de declaração de rendimentos totalmente "zerada", como se a empresa estivesse na condição de "sem movimento" caracteriza o evidente intuito de fraude. . . Processo e 10980.004231/200149 CCOUT97 Acórdão ri." 197000127 F1s. 7 — Por sua vez, a recorrente afirma que o simples fato de a empresa apresentar lucros e não testificar em sua Declaração de Imposto de Renda, não caracteriza a fraude, urna vez que compensou integralmente os lucros destes meses com os prejuízos acumulados nas competências anteriores. Neste ponto, deve ser acolhida a argumentação da contribuinte. A súmula no 14 deste Primeiro Conselho pacificou o entendimento de que a simples apuração de omissão de receita ou de rendimentos, por si sé, não autoriza a qualificação da multa de oficio, sendo necessária a comprovação do evidente intuito de fraude do sujeito passivo. Os elementos coletados pela fiscalização não são suficientes para comprovar o evidente intuito de fraude da recorrente. Ante o exposto, voto por dar provimento parcial ao recurso, para reduzir a multa qualificada de 150%, aplicada sobre os lucros não declarados, para 75%. Sala das Sessões - DF, em 2 de fevereiro de 2009 IRA DE MORAES 7 Page 1 _0038100.PDF Page 1 _0038200.PDF Page 1 _0038300.PDF Page 1 _0038400.PDF Page 1 _0038500.PDF Page 1 _0038600.PDF Page 1
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Numero do processo: 10865.000384/99-76
Turma: Sétima Turma Especial
Câmara: Sétima Câmara
Seção: Primeiro Conselho de Contribuintes
Data da sessão: Mon Dec 08 00:00:00 UTC 2008
Data da publicação: Mon Dec 08 00:00:00 UTC 2008
Ementa: Imposto sobre a Renda de Pessoa Jurídica - IRPJ
Exercício: 1993, 1994, 1995, 1996
Ementa: PAF — INEXATIDÃO MATERIAL DA DECISÃO DA 1ª INSTÂNCIA — NÃO CONHECIMENTO DO RECURSO — não se conhece de Recurso Voluntário interposto contra decisão da DRJ que, reconhecendo o direito do contribuinte, contém pequena inexatidão material em sua ementa.
Numero da decisão: 197-00.079
Decisão: ACORDAM os Membros da Sétima Turma Especial do Primeiro Conselho de
Contribuintes, por unanimidade de votos, NÃO CONHECER do recurso por falta de objeto, nos termos do relatório e voto que passam a integrar o presente julgado.
Matéria: IRF- que ñ versem s/ exigência de cred. trib. (ex.:restit.)
Nome do relator: LEONARDO LOBO DE ALMEIDA
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I esh/•.tei MINISTÉRIO DA FAZENDA tY PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES SÉTIMA CÂMARA Processo n• 10865.000384/99-76 Recurso n° 155.070 Voluntário Matéria IRPJ e OUTRO - Exs.: 1993 a 1996 Acórdão n° 197-00079 Sessão de 8 de dezembro de 2008 Recorrente AUDIPLAN S/C LTDA Recorrida 2. TURMA/DRJ-RIBEIRÃO PRETO/SP Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Jurídica - IRPJ Exercício: 1993, 1994, 1995, 1996 Ementa: PAF — INEXATIDÃO MATERIAL DA DECISÃO DA 1 a INSTÂNCIA — NÃO CONHECIMENTO DO RECURSO — não se conhece de Recurso Voluntário interposto contra decisão da DRJ que, reconhecendo o direito do contribuinte, contém pequena inexatidão material em sua ementa. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos de recurso interposto por, AUDIPLAN S/C LTDA. ACORDAM os Membros da Sétima Turma Especial do Primeiro Conselho de Contribuintes, por unanimidade de votos, NÃO CONHECER do recurso por falta de objeto, nos termos do relatório e v• to 'ue passam a integrar o presente julgado. M *7S VINICIUS NEDER DE LIMA Presidente LavC LEONARDO LOBO DE ALMEIDA Relator Formalizado em: 2 O MAR 2009 Participou, ainda, do presente julgamento, a Conselheira Selene Ferreira de Moraes. Ausente justificadamente a Conselheira Lavinia Moraes de Almeida Nogueira Junqueira. //// Processo n° 10865.000384/99-76 CO 1/C07 Acórdão n.° 107-00079 Fls. 2 Relatório Trata o presente processo de pedido de restituição feito pelo contribuinte alegando possuir crédito decorrente de pagamento a maior de Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) sobre receitas de prestação de serviços, relativo aos anos-calendário de 1993 a 1997, que não teriam sido compensadas com o que havia sido retido de seus sócios, por ocasião da distribuição de lucros. O interessado havia feito anteriormente, em 25/05/1998, pedido de compensação dos referidos créditos com débitos de CSLL e IRPJ, que deu origem ao processo 10865.000678/98-26. Com a inclusão de tais débitos no REFIS, restou ao Recorrente solicitar a restituição de seus créditos através deste processo, ora sub examen. A DRF em Limeira/SP reconheceu parcialmente o direito do Recorrente (fls. 47/50), autorizando a devolução dos pagamentos realizados após 11/03/1994, em razão de o pedido de restituição ter sido protocolado em 11/03/1999. Além disso, a empresa não teria efetuado recolhimentos, a título de retenção na distribuição de lucros, em períodos anteriores a 19/10/1994. Apresenta o contribuinte manifestação de inconformidade (fls. 55/222), argumentando, em apertada síntese, que (i) teria realizado distribuições de lucros, com a respectiva retenção de tributos, ao longo dos anos de 1993 e 1994; e (ii) o prazo a ser considerado para a restituição deveria ser 25/05/2003, considerando que, na verdade, a data do protocolo do pedido original teria sido em 25/05/1998. Junta farta documentação que, em seu entender, suportaria suas alegações. A 23 Turma da DRJ Ribeirão Preto/SP, por unanimidade de votos, acatou a tese do Recorrente quanto à decadência, mas, no mérito, indeferiu a solicitação, por não restar demonstrado que houve retenções antes de outubro de 1994, sendo impossível autorizar a restituição. Contudo, apesar de a inconformidade do contribuinte restringir-se ao período excluído pela DRF, ou seja, o ano de 1993 e, o ano de 1994 até 11/3, a ementa de tal decisum erroneamente mencionou também o restante do ano de 1994, bem como os anos de 1995 e 1996, que já haviam sido reconhecidos pela DRF. Entendendo ter sido prejudicado pela DRJ, recorre o interessado a este 1° Conselho de Contribuintes (fls. 228/231), argumentando, em resumo, que deveria ser mantido o seu direito de crédito de parte de 1994 e dos anos calendários de 1995 e 1996, já deferido conforme decisão da DRF-Limeira, de 27/11/2001. O recurso havia sido originalmente encaminhado à 4' Câmara do 1° Conselho de Contribuintes, porém, considerando a competência definida no art. 20, I, "li', do Regimento Interno c/c o art. 2° da Portaria MF 92/08, foi redistribuído para esta 7" Turma Especial. É o relatório. 2 • . Processo n° 10865.000384/99-76 CCOI/C07 Acórdão n.° 107-00079 Fls. 3 Voto Conselheiro — LEONARDO LOBO DE ALMEIDA, Relator O recurso é tempestivo, mas não atende aos demais requisitos de admissibilidade, pois não houve sucumbência do contribuinte, in casu. Isto porque, como visto, em seu apelo, o ora recorrente limita-se a discutir o cabimento da restituição quantos aos períodos posteriores a 19/10/1994, direito este que já havia sido reconhecido e deferido pela DRF Limeira/SP, não se instaurando, portanto, litígio administrativo quanto a este ponto. O que se verifica é que a DRJ labutou em equivoco por ocasião da redação da ementa de seu acórdão, pois, em seu próprio relatório (fls. 50) consta que "o pedido foi feito apenas referente ao ano calendário de 1993 e parte de 1994 (...)" Tal inexatidão material deve ser corrigida, de oficio ou a requerimento da parte, pelo próprio órgão que proferiu a decisão atacada, nada havendo a prover neste Conselho de Contribuintes. Isto posto, não conheço do recurso. Sala das Sessões - DF, em 8 de dezembro de 2008 c- a Lel LEONARDO LOBO DE ALMEját" 3 Page 1 _0056000.PDF Page 1 _0056100.PDF Page 1
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Numero do processo: 11080.015036/2002-31
Turma: Sétima Turma Especial
Câmara: Sétima Câmara
Seção: Primeiro Conselho de Contribuintes
Data da sessão: Tue Dec 09 00:00:00 UTC 2008
Data da publicação: Tue Dec 09 00:00:00 UTC 2008
Ementa: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA JURÍDICA - IRPJ
ANO-CALENDÁRIO: 1995, 1996, 1997
RESTITUIÇÃO. SALDO NEGATIVO. APURAÇÃO ANUAL. DECADÊNCIA.
O prazo para que o contribuinte possa pleitear a restituição de
tributo ou contribuição pago indevidamente ou em valor maior
que o devido, extingue-se após o transcurso do prazo de cinco
anos, contado da data da extinção do crédito tributário - arts. 165 I e 168 Ida Lei 5172 de 25 de outubro de 1966 (CTN). No caso
dos saldos negativos de IRPJ e CSLL relativos aos anos de 1995
e 1996, o direito de compensar ou restituir iniciou-se em abril de 1996 e 1997 respectivamente (Lei 8.981/95 art. 40 - Lei n°
9.065/95 art. 1º).
RESTITUIÇÃO. SALDO NEGATIVO. APURAÇÃO TRIMESTRAL. DECADÊNCIA.
O direito de o contribuinte pleitear a restituição de tributo pago indevidamente ou em valor maior que o devido extingue-se no
prazo de cinco anos, contados da data da extinção do crédito
tributário, assim considerada, para os tributos sujeitos ao
lançamento por homologação, a data do pagamento antecipado.
Numero da decisão: 197-00.087
Decisão: ACORDAM os Membros da Sétima Turma Especial do Primeiro Conselho de
Contribuintes, por maioria de votos, NEGAR provimento ao recurso, nos termos do relatório e voto que passam a integrar o presente julgado. Vencido o Conselheiro Leonardo Lobo de Almeida.
Matéria: IRPJ - restituição e compensação
Nome do relator: SELENE FERREIRA DE MORAES
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I MINISTÉRIO DA FAZENDA ,71fr:?..2n 1?". PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES SÉTIMA TURMA ESPECIAL Processo n° 11080.015036/2002-31 Recurso n° 158.860 Voluntário Matéria IRPJ e OUTRO - Exs.: 2002,2003 Acórdão n° 197-00087 Sessão de 9 de dezembro de 2008 Recorrente LAÇADOR COMÉRCIO DE ALIMENTOS LTDA Recorrida 5' TURMA/DRJ-PORTO ALEGRE/RS ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA JURÍDICA - IRPJ ANO-CALENDÁRIO: 1995, 1996, 1997 RESTITUIÇÃO. SALDO NEGATIVO. APURAÇÃO ANUAL. DECADÊNCIA. O prazo para que o contribuinte possa pleitear a restituição de tributo ou contribuição pago indevidamente ou em valor maior que o devido, extingue-se após o transcurso do prazo de cinco anos, contado da data da extinção do crédito tributário - arts. 165 I e 168 Ida Lei 5172 de 25 de outubro de 1966 (C'TN). No caso dos saldos negativos de IRPJ e CSLL relativos aos anos de 1995 e 1996, o direito de compensar ou restituir iniciou-se em abril de 1996 e 1997 respectivamente (Lei 8.981/95 art. 40 - Lei n° 9.065/95 art. 10). RESTITUIÇÃO. SALDO NEGATIVO. APURAÇÃO TRIMESTRAL. DECADÊNCIA. O direito de o contribuinte pleitear a restituição de tributo pago indevidamente ou em valor maior que o devido extingue-se no prazo de cinco anos, contados da data da extinção do crédito tributário, assim considerada, para os tributos sujeitos ao lançamento por homologação, a data do pagamento antecipado. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos de recurso interposto por LAÇADOR COMÉRCIO DE ALIMENTOS LTDA. ACORDAM os Membros da Sétima Turma Especial do Primeiro Conselho de Contribuintes, por maioria de votos, NEGAR provimento ao recurso, nos termos do relatório e voto que passam a integrar o presente julgado. Vencido o Conselheiro Leonardo Lobo de Almeida. Processo n° 11080.015036/2002-31 CCOUT97 Acórdão n.° 197-00087 Fls. 2 MARyiVINICIUS NEDER DE LIMA Presidente rrc•r • S eraiiihajt Relatora Formalizado em: 20 MAR 2009 Participou, ainda, do presente julgamento, a Conselheira Lavinia Moraes de Almeida Nogueira Junqueira. Relatório Trata-se de pedido de compensação tendo por objeto créditos de IRPJ e CSLL estimativa, recolhidos entre fevereiro de 1995 e abril de 1997, efetuado em 6/11/2002, no valor total de R$ 148.750,78. O pedido foi indeferido pela Delegacia da Receita Federal nos seguintes termos (fls. 176/177): "o.) não há como considerar indevido o pagamento cujo correspondente débito consta em DIPJ e/ou DCTF na condição de devido, justamente o que ocorre com os pagamentos das estimativas do IRPJ e da CSLL dos anos-calendário de 1995 a 1997 listadas. (..) ainda que fossem indevidos, em 06/11/2002, data de formalização do presente processo, o direito de pleitear a restituição/utilização na compensação de pagamentos efetuados em data anterior a 06/11/1997 já havia sido alcançado pela decadência, situação em que se encontram aqueles mesmos pagamentos citados no item anterior, os quais foram efetuados entre 20/02/1995 e 30/04/1997." Foi interposta manifestação de inconformidade contra o despacho decisório (fls. 163/169), a qual foi indeferida pela Delegacia da Receita Federal de Julgamento com base nos seguintes fundamentos: • O direito de pleitear a restituição ou a compensação de valores pagos a maio ou indevidamente extingue-se em cinco anos, contado da data do pagamento. • É acertada a decisão da DRF quando diz que as estimativas pagas eram devidas e, por isso não podem ser objeto de restituição/compensação. Esses pagamentos geraram saldos negativos de IRPJ e CSLL No caso presente, as Declarações de Informações Processo n°11080.015036/2002-31 CCOI/T97 Acórdão n.' 197-00087 Fls. 3 Econômico-Fiscais da Pessoa Jurídica apontam a realização de compensações de saldos negativos. - Contra a decisão, interpôs a contribuinte o presente Recurso Voluntário, no qual alega em síntese que: a) Diante da homologação tácita, dispõe o contribuinte do prazo de dez anos para postular a restituição/compensação, a partir do fato gerador, cinco dos quais relativos à homologação tácita e os outros cinco ao prazo prescricional propriamente dito. b) Não pode prevalecer a decisão exarada no despacho n° 1.082 de 26/10/2006, eis que diametralmente oposta à legislação vigente ao tempo do pedido de compensação, bem como totalmente contrária aos julgados proferidos pelos tribunais pátrios em casos análogos. É o relatório. • Voto Conselheira - SELENE FERREIRA DE MORAES, Relatora A questão fundamental é a fixação do prazo de que dispõe o contribuinte para pleitear a restituição de tributos e contribuições pagos indevidamente ou a maior. Assim dispõe o art. 168 do Código Tributário Nacional: "Art. 168. O direito de pleitear a restituição extingue-se com o decurso do prazo de 5 (cinco) anos, contados: 1— nas hipóteses dos incisos 1 e II do art. 165, da data da extinção do crédito tributário;" A regra deve ser interpretada em conjunto com aquela inscrita no art. 150, § 1°, do CTN, que dispõe: "Art. 150. O lançamento por homologação, que ocorre quanto aos tributos cuja legislação atribua ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa, opera-se pela ato em que a referida autoridade, tomando conhecimento da atividade assim exercida pelo obrigado, expressamente a homologa. § 1°. O pagamento antecipado pelo obrigado nos termos deste artigo extingue o crédito, sob condição resolutó ria da ulterior homologação do lançamento." Processo e 11080.015036/2002-31 CC01/797 Acórdão o. 197-00087 Fk 4 O pagamento antecipado do tributo extingue o crédito tributário sendo neste momento o dies a quo do prazo qüinqüenal para pleitear a restituição de valores indevidamente recolhidos. Há várias decisões desse C. Conselho de Contribuintes no mesmo sentido: "NORMAS PROCESSUAIS — RESTITUIÇÃO E COMPENSAÇÃO DE INDÉBITO — CONTAGEM DO PRAZO DE DECADÊNCIA — INTELIGÊNCIA DO ART. 168 DO CTN — O prazo para pleitear a restituição ou compensação de tributos pagos indevidamente é sempre de 5 (cinco) anos, distinguindo-se o inicio de sua contagem em razão da forma em que se exterioriza o indébito. Se o indébito exsurge da iniciativa unilateral do sujeito passivo, calcado em situação fálica não relacionada com norma declarada inconstitucional, o prazo para pleitear a restituição ou a 6 compensação tem inicio a partir da data do pagamento que se considera indevido (extinção do crédito tributário)" — Recurso Voluntário n°. 118473, 2° Conselho. IRPJ — PEDIDO DE RESTITUIÇÃO E COMPENSAÇÃO — CONTAGEM DE PRAZO DE DECADÊNCIA — O prazo para que o contribuinte possa pleitear a restituição de tributo ou contribuição pago indevidamente ou em valor maior que o devido, extingue-se após o transcurso do prazo de cinco anos, contado da data da extinção do crédito tributário — art. 165, 1 e 168. Ida Lei 5172 de 25 de outubro de 1966 (CTN). Tratando-se de imposto antecipado ao devido na declaração, com esta se inicia a contagem do prazo decadencial" — Recurso Voluntário C. 138.512, 1° Conselho. IRPJ — PEDIDO DE RESTITUIÇÃO — PRAZO — DECADÊNCIA — É de cinco anos o prazo decadencial para se pleitear a restituição do indébito tributário, contado da data da extinção do crédito tributário (art. 168 —CTIV)" — Recurso Voluntário n". 139.211, 1° Conselho. DECADÊNCIA DO DIREITO CREDITÓRIO — TERMO DE INÍCIO — O prazo para que o contribuinte possa pleitear a restituição de tributo ou contribuição pagos indevidamente ou em valor maior do que o devido, extingue-se após o transcurso do prazo de 5 anos, contados da data da extinção do crédito tributário — art. 165, I e 168, I do Código Tributário Nacional. Tratando-se de imposto antecipado devido na declaração, com esta se inicia a contagem do prazo decadenciat " — Recurso Voluntário n. 133.096, 1° Conselho." No tocante ao entendimento acolhido pelo STJ, é oportuno transcrevermos trecho do voto proferido pela Conselheira Sandra Maria Faroni no recurso n° 157.071, apreciado em sessão datada de 6 de março do corrente ano: "Como se vé, como regra geral, em casos de pagamento indevido ou a maior, o direito de pleitear a restituição se extingue com o prazo de cinco anos contados da data da extinção do crédito. Em se tratando de tributos sujeitos à modalidade de lançamento por homologação, o pagamento efetuado pelo sujeito passivo extingue o crédito sob condição resolutória o que significa dizer que, feito o pagamento, os efeitos da extinção do crédito se operam desde logo, or Processo n° 11080.015036/2002-31 CCO I /T97 Acórdão n.° 197-00087 Fls. 5 estando sujeitos a serem resolvidos se não homologado o procedimento do contribuinte, expressa ou tacitamente. Não se desconhecem as manifistaçães do STJ no sentido de que, nos casos de tributos sujeitos a lançamento por homologação, o termo inicial para a contagem do prazo de cinco anos é a data em que se considera homologado o lançamento (tese dos "cinco mais cinco" que predomina no ST.7. Essa tese, todavia, peca pela falha de dar à condição resolutó ria efeitos de condição suspensiva, elevando o prazo •para até 10 anos. A correta interpretação para a contagem do prazo para pleitear a restituição, a meu ver, é aquela que vem sendo dada pelo Conselho de Contribuintes..." No presente caso, apesar a recorrente pleitear valores recolhidos sobre base de cálculo estimada, o pedido de compensação deve ser analisado como solicitação de restituição dos saldos negativos apurados em 31/12/1995, 31/12/1996 e 30/04/1997. Na hipótese de compensação de saldos negativos relativos aos anos calendário de 1995 e 1996, apurados anualmente, deve ser levado em consideração o art. 40 da Lei n° 8.981/1995, com a redação dada pela Lei n° 9.065/1995, que permitiu a compensação com valores a serem pagos nos meses subseqüentes ao fixado para a entrega da declaração de ajuste anual, in verbis: "Art. 40. O saldo do imposto apurado em 31 de dezembro será: 1- pago em quota única até o último dia útil do mês de janeiro do ano subseqüente, se positivo; II - compensado com o imposto a ser pago a partir do mês de abril do ano subseqüente, se negativo, assegurada a alternativa de requerer, após a entrega da declaração de rendimentos, a restituição do montante pago a maior." O art. 4° da Lei n°8.541/1992 fixou o prazo nos seguintes termos: " Art. 3° A pessoa jurídica, tributada com base no lucro real, deverá apurar mensalmente os seus resultados, com observância da legislação comercial e fiscal. Art. 4° As pessoas jurídicas de que trata o art. 3°, desta lei, deverão apresentar, até o último dia útil do mês de abril de cada ano, declaração anual demonstrando os resultados mensais auferidos no ano-calendário anterior." A Quinta Câmara deste Egrégio Conselho já firmou posicionamento no sentido de que o termo inicial do prazo para pleitear a restituição de saldos negativos de IRPJ e CSLL, apurados nos anos de 1992 a 1999, é o mês seguinte ao fixado para a entrega da declaração, conforme ementas a seguir reproduzidas: Processo n° 11080.015036/2002-31 CCOI/T97 Acórdão n.° 197-00087 Fls. 6 "RESTITUIÇÃO E COMPENSAÇÃO - CONTAGEM DO PRAZO DE DECADÊNCIA - O prazo para que o contribuinte possa pleitear a restituição de tributo ou contribuição pago indevidamente ou em valor maior que o devido; extingue-se após o transcurso do prazo de cinco anos, contado da data da extinção do crédito tributário - arts. 165 1 e 168 Ida Lei 5172 de 25 de outubro de 1966 (C7'N). No caso do saldo negativo de IR!'] relativo ao ano calendário de 1.995 (real anual), o direito de compensar ou restituir iniciou-se em abril de 1.996 (Lei 8981/95 art. 40 — Lei n° 9.065/95 art. I°).Recurso provido. (Acórdão 105-16671; 5° Câmara do 1° Conselho de Contribuintes — sessão de 13/09/2007)." RESTITUIÇÃO E COMPENSAÇÃO - CONTAGEM DO PRAZO DE DECADÊNCIA - O prazo para que o contribuinte possa pleitear a restituição de tributo ou contribuição pago indevidamente ou em valor maior que o devido; extingue-se após o transcurso do prazo de cinco anos, contado da data da extinção do crédito tributário - arts. 165 1 e 168 Ida Lei 5172 de 25 de outubro de 1966 (CTIV). No caso do saldo negativo de IRPJ/CSLL (real anual), o direito de compensar ou restituir inicia-se em abril de cada ano (Lei 9.430/96 art. 6° / RIR199 ARE 858 § 1 0 INCISO II). O fato de créditos de o contribuinte terem coexistido com débitos para com a Fazenda Pública em data pretérita ao pedido, não implica no direito de compensação sem a ação do sujeito passivo. Recurso negado. (Acórdão 105-16978; 5° Câmara do 1° Conselho de Contribuintes — sessão de 18/04/2008)." RESTITUIÇÃO E COMPENSAÇÃO - CONTAGEM DO PRAZO DE DECADÊNCIA - O prazci, para que o contribuinte possa pleitear a restituição de tributo ou contribuição pago indevidamente ou em valor maior que o devido; extingue-se após o transcurso do prazo de cinco anos, contado da data da extinção do crédito tributário - arts. 165 I e 168 Ida Lei 5172 de 25 de outubro de 1966 (C77V). No caso do saldo negativo de IRPJ/CSLL (real anual), o direito de compensar ou restituir inicia-se em abril de cada ano até 1.999 e em janeiro a partir 2.000 (Lei 9.430/96 art. 6° / RIR/99 ART. 858 ff 1° INCISO 11 — AD SRF 03/2000). O prazo para rehficar a DIPJ é o mesmo que o fisco dispõe para rever o lançamento. No caso de lançamento por homologação é de cinco anos a contar dos fatos geradores. (Lei n°5.172/66 art. 150 § 4°-. AC CSRF/01-03.692 de 10.12.01). Recurso negado. (Acórdão 105- 16976; 5° Câmara do 1° Conselho de Contribuintes — sessão de 17/04/2008)." Assim, a empresa tributada com base no lucro real apurado anualmente poderia compensar os saldos negativos de 1RPJ e CSLL relativos ao exercícios encerrados em 31/12/1995 e 31/12/1996, com débitos vendveis a partir de 10 de maio de 1996 e 1° de maio de 1997. Os saldos negativos de 1RPJ e CSLL relativos aos anos calendário de 1995 e 1996, somente poderiam ter sido restituídos/compensados até 30/04/1996 e 30/04/1997, respectivamente. O direito de postular a restituição dos saldos negativos de 1RPJ e CSLL referentes a estes anos teve seu dies a quo em 01/05/1996 e 01/05/1997, e o dies ad quem em 30/04/2001 e 30/04/2002. Processo n° 11080.015036/2002-31 CCO I /F97 Acórdão n.° 197-00087 Fls. 7 Por conseguinte, o pedido de compensação efetuado em 06/11/2002 não pode prosperar, uma vez que, nesta data já havia decorrido o prazo previsto no inciso I do artigo 168 do Código Tributário Nacional, e o direito de pleitear restituição/compensação já estava fulminado pela decadência. No tocante aos pagamentos efetuados em 1997, deve ser reproduzida a decisão de primeira instância: "Já no ano calendário 1997 a empresa apurou seus resultados também pelo Lucro Real, mas agora em períodos trimestrais. Os pagamentos realizados em 1997 sâo relativos ao primeiro trimestre, o que faz com que o prazo decadencial se inicie em 01/04/1997. Também fulminados pela decadência, portanto." No caso dos valores pagos no primeiro trimestre de 1997, o direito de postular a restituição dos saldos negativos de IRPJ e CSLL teve seu dies a quo em 01/05/1997 e o dies ad quem em 30/04/2002. Ante o exposto, conheço do recurso para negar-lhe provimento. Sala das Sessões - DF, em 9 de dezembro de 2008 FERREIRA DEMO • 7 Page 1 _0059800.PDF Page 1 _0059900.PDF Page 1 _0060000.PDF Page 1 _0060100.PDF Page 1 _0060200.PDF Page 1 _0060300.PDF Page 1
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Numero do processo: 10120.005558/2005-91
Turma: Sétima Turma Especial
Câmara: Sétima Câmara
Seção: Primeiro Conselho de Contribuintes
Data da sessão: Mon Feb 02 00:00:00 UTC 2009
Data da publicação: Mon Feb 02 00:00:00 UTC 2009
Ementa: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA JURÍDICA - IRPJ
Ano-calendário: 2001
LUCRO INFLACIONÁRIO REALIZADO.
É válida a adoção das informações constantes do SAPLI para apuração de crédito tributário concernente à realização de lucro inflacionário. Não logrando o contribuinte comprovar a incorreção dos dados lançados no SAPLI, é de se considerar válido o lançamento.
LUCRO INFLACIONÁRIO. FALTA DE APLICAÇÃO DA DIFERENÇA IPC/BTNF AO SALDO EM 31.12.89. O índice que representa o diferencial entre o IPC e o BTNF deveria ser aplicado ao saldo de lucro inflacionário
existente em 31.12.89. A realização do valor assim resultante era exigível a partir do ano-calendário de 1993, portanto, a falta dessa correção autoriza o fisco a exigi-la como integrante do saldo a realizar em 31.12.95.
Numero da decisão: 197-00.114
Decisão: Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, negar
provimento ao recurso, nos termo§/floy6dario e voto que integram o presente julgado.
Matéria: IRPJ - AF - lucro real (exceto.omissão receitas pres.legal)
Nome do relator: SELENE FERREIRA DE MORAES - Redatora ad hoc
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ementa_s : IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA JURÍDICA - IRPJ Ano-calendário: 2001 LUCRO INFLACIONÁRIO REALIZADO. É válida a adoção das informações constantes do SAPLI para apuração de crédito tributário concernente à realização de lucro inflacionário. Não logrando o contribuinte comprovar a incorreção dos dados lançados no SAPLI, é de se considerar válido o lançamento. LUCRO INFLACIONÁRIO. FALTA DE APLICAÇÃO DA DIFERENÇA IPC/BTNF AO SALDO EM 31.12.89. O índice que representa o diferencial entre o IPC e o BTNF deveria ser aplicado ao saldo de lucro inflacionário existente em 31.12.89. A realização do valor assim resultante era exigível a partir do ano-calendário de 1993, portanto, a falta dessa correção autoriza o fisco a exigi-la como integrante do saldo a realizar em 31.12.95.
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conteudo_txt : Metadados => date: 2011-01-07T11:11:14Z; pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.6; pdf:docinfo:title: ; xmp:CreatorTool: CNC PRODUÇÃO; Keywords: ; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; subject: ; dc:creator: CNC Solutions; dcterms:created: 2011-01-07T11:11:14Z; Last-Modified: 2011-01-07T11:11:14Z; dcterms:modified: 2011-01-07T11:11:14Z; dc:format: application/pdf; version=1.6; xmpMM:DocumentID: uuid:c121e891-eec8-4991-ab20-e82d26744900; Last-Save-Date: 2011-01-07T11:11:14Z; pdf:docinfo:creator_tool: CNC PRODUÇÃO; access_permission:fill_in_form: true; pdf:docinfo:keywords: ; pdf:docinfo:modified: 2011-01-07T11:11:14Z; meta:save-date: 2011-01-07T11:11:14Z; pdf:encrypted: false; modified: 2011-01-07T11:11:14Z; cp:subject: ; pdf:docinfo:subject: ; Content-Type: application/pdf; pdf:docinfo:creator: CNC Solutions; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; creator: CNC Solutions; meta:author: CNC Solutions; dc:subject: ; meta:creation-date: 2011-01-07T11:11:14Z; created: 2011-01-07T11:11:14Z; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 6; Creation-Date: 2011-01-07T11:11:14Z; pdf:charsPerPage: 1407; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; meta:keyword: ; Author: CNC Solutions; producer: CNC Solutions; access_permission:can_modify: true; pdf:docinfo:producer: CNC Solutions; pdf:docinfo:created: 2011-01-07T11:11:14Z | Conteúdo => Acordam os membros ..,do Colegiado, por unanimidade de votos, negar provimento ao recurso, nos termo§/floy6dario e voto que integram o presente julgado. S1-TE07 Fl. 1 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS PRIMEIRA SEÇÃO DE JULGAMENTO Processo n° 10120.005558/2005-91 Recurso n° 161.631 Voluntário Acórdão n° 197-00.114 — 7. Turma Especial Sessão de 02 de fevereiro de 2009 Matéria IRPJ Recorrente CARAMURU ARMAZÉNS GERAIS LTDA. Recorrida 2a TURMA/DRJ-BRASÍLIA/DF ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA JURÍDICA - IRPJ Ano-calendário: 2001 LUCRO INFLACIONÁRIO REALIZADO. É válida a adoção das informações constantes do SAPLI para apuração de crédito tributário concernente à realização de lucro inflacionário. Não logrando o contribuinte comprovar a incorreção dos dados lançados no SAPLI, é d e se considerar válido o lançamento. LUCRO INFLACIONÁRIO. FALTA DE APLICAÇÃO DA DIFERENÇA IPC/BTNF AO SALDO EM 31.12.89. O índice que representa o diferencial entre o IPC e o BTNF deveria ser aplicado ao saldo de lucro inflacionário existente em 31.12.89. A realização do valor assim resultante era exigível a partir do ano-calendário de 1993, portanto, a falta dessa correção autoriza o fisco a exigi-la como integrante do saldo a realizar em 31.12.95. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. MareasNinfchrs Neder de Lima - Presidente e rg"-J Ferreira de Moraes - Relatara Ad Hoc EDITADO EM: 08/11/2010 Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Marcos Vinícius Neder de Lima, Selene Ferreira de Moraes, Lavínia Moraes de Almeida Nogueira Junqueira e Leonardo Lobo de Almeida. Relatório Por bem descrever os fatos relativos ao contencioso, adoto o relato do órgão julgador de primeira instância até aquela fase: "Em relação à pessoa jurídica supracitada foi lavrado o auto de infração de IRPJ às fls. 48/55, referente ao ano-calendário 2001, com crédito tributário de R$ 6.168,94 (sendo os juros calculados até 31/08/2005) e com redução de prejuízo fiscal apurado para R$ 0,00. 2,0 lançamento decorreu de ausência de adição ao lucro líquido do período, na determinação do lucro real, do lucro inflacionário realizado, não sendo observado o percentual mínimo de realização de 10%aa incidente sobre o saldo a realizar remanescente em 31/12/1995. 3. Cientificado do lançamento em 12/09/2005, conforme cópia do AR à fl. 82, o sujeito passivo apresentou a impugnação às fl. 74, em 14/09/2005, onde alegou, em síntese, o que segue: Do lançamento com base em planilha eletrônica Sapli - o nascimento da obrigação tributária é acontecimento que deve se amoldar ao art. 142 do CTN, bem assim ao Decreto no. 70.235/72 (PAF) e ao art. 5o. da IN SRF no. 94/97, cabendo a verificação da ocorrência do fato gerador e a identificação da matéria tributável. Conforme art. 90 do PAF, o lançamento deve se fazer acompanhar de todos os elementos de prova indispensáveis à comprovação da ocorrência inequívoca do fato gerador. No caso, nada se comprovou sobre a existência de lucro inflacionário, porquanto nenhuma prova material válida foi coligida aos autos, a não ser registros do controle interno do Fisco, que além de não espelharem a realidade, podem estar impregnados de erros. Cabe à autoridade administrativa o ônus de provar a inveracidade dos fatos, nos termos do parágrafo 2o. do art. 9o. do Decreto-Lei no. 1.598/77. Segundo o Conselho, o Sapli somente serve para demonstrar a falta ou insuficiência de tributos quando baseados em provas concretas. A anexação apenas de planilhas do Sapli impedem a autuada de se defender, acarretando a nulidade do presente feito nos termos do art. 59 do PAF. Para a apuração do lucro inflacionário são necessários no mínimo os seguintes requisitos: prova da existência do saldo credor da correção monetária à vista da contabilidade e a opção manifestada pela empresa que comprove o diferimento do saldo credor. Não houve prova do saldo credor e muito menos do seu diferimento. Não reconhece a existência de lucro inflacionário; Da ficção do lucro inflacionário na apuração do IRPJ - não se pode incluir o lucro inflacionário na base de cálculo do IRPJ, pois é mero dado contábil, sem expressão econômico-financeira, além de não possuir disponibilidade para a empresa e sócios. Jamais poderá ser distribuído aos sócios e acionistas e, 4 Processo n° 10120.005558/2005-91 S1-TE07 Acórdão n.° 197-00.114 Fl. 2 conseqüentemente, ser considerado fato gerador do IRPJ, conforme art. 43 do CTN. Apenas quando o lucro for materializado, por ocasião de fusão, incorporação, cisão total ou encerramento das atividades, é que constituirá fato gerador, fato que, no caso, não ocorreu; DA lei no. 8.200/91 e a não obrigatoriedade de seu art. 3o. — a Lei no. 8.200/91, que embasa o lançamento, buscou corrigir os efeitos da Lei no. 8088/90, deixando ao alvedrio dos contribuintes a adoção de sua sistemática. Todavia, o Decreto no. 332//91, extrapolou o conteúdo da Lei no. 8.200/91, tornando obrigatória a incorporação do lucro inflacionário na base de cálculo do IRPJ Admitir que lei editada posteriormente regule fatos já ocorridos é o mesmo que implodir o sistema jurídico. Há decisões na esfera judicial e administrativa (Conselho de Contribuintes) nesse sentido;" A Delegacia de Julgamento considerou o lançamento procedente, em decisão assim ementada: "LUCRO INFLACIONÁRIO A REALIZAR. Consta dos autos prova suficiente da existência de saldo de lucro inflacionário não realizado em 31/12/1995, decorrente do saldo credor da correção monetária do ano 1990 referente à diferença IPC/BTNF." Contra a decisão, interpôs a contribuinte o presente Recurso Voluntário, em que tece as seguintes considerações: a) Não foi comprovada a existência do lucro inflacionário, porquanto nenhuma prova material válida foi coligida aos autos do processo, a não ser registros do próprio controle interno do Fisco, que, no entender da recorrente não espelham a realidade, além da possibilidade de estarem impregnados de erros. b) As planilhas SAPLI, por si só, não fazem prova de nenhuma infração. c) Para a apuração de lucro inflacionário não realizado são necessários no mínimo, os seguintes requisitos: a prova da existência de saldo credor de correção monetária apurada à vista da contabilidade; e a opção manifestada pela empresa, à vista do LALUR e da DIPJ, que comprove o diferimento do saldo credor. d) O lançamento é nulo porque a recorrente não reconhece a existência de lucro inflacionário, e ante a precária, senão inexistente comprovação da irregularidade pelo autuante. e) O lucro inflacionário é mero dado contábil, sem expressão econômica ou financeira, incapaz de somar-se à determinação do lucro real para efeito da apuração do IRPJ. Somente quando e se esse pretenso lucro for efetivamente materializado, por ocasião de fusão, incorporação, cisão total ou encerramento de atividades, é que se constituirá fato gerador do IRPJ. f) A Lei n° 8.200/1991, que embasa a autuação ora atacada, buscou corrigir os efeitos da Lei n° 8.088/90, contudo, não o fez de forma compulsória, deixando ao alvedrio dos contribuintes a adoção de sua sistemática. O Decreto n° 332/91 extrapolou o conteúdo da Lei n° 8.200/1991 ao tornar obrigatória a incorporação do lucro inflacionário na base de cálculo do IRPJ. É o relatório. Voto Conselheira Selene Ferreira de Moraes - Relatora Ad Hoc O recurso é tempestivo e preenche os demais requisitos de admissibilidade, devendo ser conhecido. Primeiramente cumpre observar que o SAPLI demonstra a evolução do lucro inflacionário e respectivas realizações desde o ano de 1980, com o cálculo das correções monetárias do lucro inflacionário acumulado a realizar, sendo alimentado pelos dados fornecidos pelos próprios contribuintes em suas declarações. Ou seja, consolida os dados de todas as declarações anteriormente entregues. Corroborando esse entendimento citamos as decisões abaixo: IRPJ — LUCRO INFLACIONÁRIO — SAPLI — O Sapli é controle do lucro inflacionário conforme informações prestadas pelo contribuinte. Assim, para contraditá-lo deve o contribuinte fazer prova. (Recurso Voluntário n° 132139, 1° CC, 8° Câmara) PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL - SÁPLI - CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO - BASES NEGATIVAS - RETIFICAÇÃO - Restando evidente a coincidência entre os valores constantes do Sapli e aqueles apresentados na declaração de rendimentos do contribuinte, cabe à recorrente fazer prova de que os saldos transportados apresentam equívocos. (Recurso Voluntário n° 131244, 1° CC, 5 8 Câmara). Objetivando refutar os fundamentos expostos no lançamento, deveria a recorrente discutir a existência material do lucro inflacionário, ou seja, fazer prova contábil de que ele não existiu de fato. No presente caso, conforme documentação acostada aos autos, apenas o fisco fundamente e comprova as razões da autuação, ao passo que a recorrente não traz a colação quaisquer documentos comprovando a inexistência material do lucro inflacionário. Processo n° 10120.005558/2005-91 S1-TE07 Acórdão n.° 197-00.114 Fl, 3 Acerca da matéria em questão, qual seja, não realização de lucro inflacionário, vejamos os julgados a seguir: "IRPJ LUCRO INFLACIONÁRIO REALIZADO A MENOR — Procede a exigência originada de lucro inflacionário realizado a menor, quando o sujeito passivo não logra infirmar as constatações do Fisco constantes de demonstrativos juntados aos autos, onde resulta determinada importância não oferecida à tributação face à legislação que rege a matéria, mormente, quando as alegações apresentadas pelo contribuinte são desprovidas das comprovações necessárias. Recurso negado. (Recurso Voluntário n° 134509, 1° CC, 8° Câmara). IRPJ - LUCRO INFLACIONÁRIO NÃO REALIZADO - A não realização do percentual obrigatório de lucro inflacionário de exercícios anteriores sujeita o infrator a que a mesma seja realizada de oficio, com as sanções correspondentes. (Recurso Voluntário n° 133712, 1° CC, 6° Câmara). Desta forma, em total conformidade como os fatos e provas trazidos pela fiscalização, entendo que deve ser mantido o auto de infração em comento. Afirma a recorrente que a Lei n° 8.200/1991 buscou corrigir os efeitos da Lei n° 8.088/90, contudo, não o fez de forma compulsória. Tal dispositivo legal assim dispõe: "Art. 3 0 A parcela da correção monetária das demonstrações financeiras relativa ao período-base de 1990, que corresponder à diferença verificada no ano de 1990 entre a variação do índice de Preços ao Consumidor - IPC e a variação do BTN Fiscal, terá o seguinte tratamento fiscal: - poderá ser deduzida na determinação do lucro real, em quatro períodos-base, a partir de 1993, à razão de vinte e cinco por cento ao ano, quando se tratar de saldo devedor; - será computada na determinação do lucro real, a partir do período-base de 1993, de acordo com o critério utilizado para a determinação do lucro inflacionário realizado, quando se tratar de saldo credor. A propósito, entendo que, neste ponto, não assiste razão à recorrente. Na verdade, a opção existia, mas apenas para a correção monetária especial do ativo imobilizado. Neste sentido, não há qualquer discussão jurisprudencial: Número do Recurso: 135722 Câmara: SÉTIMA CÂMARA Data da Sessão: 23/02/2005 Relator: Luiz Martins Valero Decisão: Acórdão 107-07934 Ft-Fire-ri:a de Moraes. Ementa: (.) IRPJ - LUCRO INFLACIONÁRIO - FALTA DE APLICAÇÃO DA DIFERENÇA IPC/BTNF AO SALDO EM 31.12.89 - DECADÊNCIA - O índice que representa o Ofèrencial entre o IPC e o BTNF deveria ser aplicado ao saldo de lucro inflacionário existente em 31.12.89. A realização do valor assim resultante era exigível a partir do ano-calendário de 1993, portanto, a falta dessa correção autoriza o fisco a exigi-Ia como integrante do saldo a realizar em 31.12.95. Ante todo o exposto, nego provimento ao recurso. 6
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Numero do processo: 10735.003048/2004-71
Turma: Sétima Turma Especial
Câmara: Sétima Câmara
Seção: Primeiro Conselho de Contribuintes
Data da sessão: Mon Feb 02 00:00:00 UTC 2009
Data da publicação: Mon Feb 02 00:00:00 UTC 2009
Ementa: Contribuição Social sobre o Lucro Liquido - CSLL
Ano-calendário: 1999, 2000
Ementa: LIMITE DE 30% DO LUCRO PARA COMPENSAR BASE NEGATIVA DE CSLL Aplica-se a partir de 01/01/1995, mesmo em relação às bases negativas apuradas até 31/12/1994 (artigo 16 da Lei 9.065/96).
Numero da decisão: 197-00.119
Decisão: ACORDAM os Membros da Sétima Turma Especial do Primeiro Conselho de Contribuintes, por unanimidade de votos, NEGAR provimento ao recurso, nos termos do relatório e voto que passam a integrar o presente julgado.
Matéria: CSL- glosa compens. bases negativas de períodos anteriores
Nome do relator: LAVINIA MORAES DE ALMEIDA NOGUEIRA JUNQUEIRA
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MINISTÉRIO DA FAZENDA. *,,,z;...ort PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES ,:eirld'a). '`',11":"IN2 SÉTIMA TURMA ESPECIAL Processo n° 10735.003048/2004-71 Recurso n° 159.662 Voluntário Matéria CSLL - Exs.: 2000 e 2001 Acórdão n° 197-000119 Sessão de 02 de fevereiro de 2009 Recorrente HOTÉL PORTOBELLO S.A Recorrida r TURMA/DRJ-SÃO PAULO/SP I Assunto: Contribuição Social sobre o Lucro Liquido - CSLL Ano-calendário: 1999, 2000 Ementa: LIMITE DE 30% DO LUCRO PARA COMPENSAR BASE NEGATIVA DE CSLL - Aplica-se a partir de 01/01/1995, mesmo em relação às bases negativas apuradas até 31/12/1994 (artigo 16 da Lei 9.065/96). Vistos, relatados e discutidos os presentes autos de recurso interposto por,_ HOTEL PORTQBELLO S.A. ACORDAM os Membros da Sétima Turma Especial do Primeiro Conselho de Contribuintes, por una A id.. ee votos, NEGAR provimento ao recurso, nos termos do relatório e voto que pa II r grar o presente julgado. filr / ' I • f • 5 , " IUS NEDER DE LIMA • dent - , ‘),,,,,sa•;;__ —..ile dre; RAES DE ALMEIDA NOGUEIRA JUNQUEIRA #01. . mo Relatora 2 8 MAI 2009- Formalizado em: S. Participaram, ainda, do presente julgamento, os Conselheiros: Leonardo Lobo de Almeida e Selene Ferreira de Moraes. ki i , , Processo n° 10735.003048/2004-71 CCOIrrin Acórdão n.° 197-000119 Fls. 2 Relatório Em 23 de novembro de 2.004 foi lavrado o Auto de Infração de fls. 122/128 referente à base de cálculo da CSLL dos exercícios de 2000 e 2001, respectivamente, anos- calendário 1999 e 2000, no qual é feito o lançamento de oficio da CSLL compensada com base negativa de períodos anteriores acima do limite de 30% da base tributável do período. Foi lançado o valor do crédito tributário de R$ 118.251,51 (cento e dezoito mil duzentos e cinqüenta e um reais e cinqüenta e um centavos), dos quais R$ 48.839,56 (quarenta e oito mil oitocentos e trinta e nove reais e cinqüenta e seis centavos) dizem respeito à CSLL compensada indevidamente e não recolhida; R$ 32.782,29 (trinta e dois mil setecentos e oitenta e dois reais e vinte e nove centavos) correspondem aos juros de mora incidentes no período decorrido desde a data do vencimento do prazo para recolhimento até a data da lavratura do Auto de Infração; e R$ 36.629,66 (trinta e seis mil seiscentos e vinte e nove reais e sessenta e seis centavos) correspondem à multa de oficio aplica á ordem de 75% do valor do principal não recolhido. Em 06 de dezembro de 2.004, a recorrente recebeu a intimação do auto de infração, conforme AR de fls. 131, sendo apresentada a Impugnação ao Auto de Infração de fls. 135/138 em 29 de dezembro de 2.004. Na impugnação, a recorrente argumenta que os créditos tributários com os quais as bases tributáveis dos exercícios de 2.000 e 2.001 foram compensadas decorrem de bases negativas de exercícios anteriores a 1.995, estando, portanto, frente ao princípio irretroatividade da Lei, fora do âmbito de aplicação da Lei n.° 8.981/95, a qual estabeleceu, em seu artigo 58, a limitação de compensação da base negativa de anos anteriores a apenas 30% (trinta por cento) da base tributável do exercício em que a compensação é realizada. A recorrente defende que, devido ao fato de tratar-se de créditos constituídos anteriormente à Lei n.° 8.981/95, é aplicável ao caso o artigo 44 da Lei n.° 8.383/91, o qual permitia a compensação total da base negativa de anos anteriores com a eventual base tributável de CSLL apurada nos próximos anos Alega também a falta da ocorrência do fato gerador da CSLL com relação aos valores compensados, independentemente da compensação estar acima do limite acima exposto, pelo fato que, apesar de haver lucro tributável nos períodos de apuração, diante da existência de resultados negativos de períodos anteriores, não houve a disponibilidade jurídica do lucro, pois esse foi obrigatoriamente utilizado para compensar tais resultados negativos nos termos da legislação contábil a respeito (artigo 189 da Lei n.° 6.404/76). Junta, por fim, o inteiro teor do acórdão n.° 103.20.539/01 da 3° Câmara do 1° CC (fls. 139/148) como jurisprudência favorável no sentido de que as limitações expostas pelas Leis n.° 8.981/95 e n.° 9.065/95 caracterizam uma forma de antecipação de tributo. A impugnação foi aceita e, em 04 de maio de 2007, foi proferido acórdão da 7° Turma da DRJ do Rio de Janeiro I pela procedência do lançamento de oficio em votação unânime (fis. 161). 42 Processo n° 10735.003048/2004-71 CC01/797 Acórdão n.° 197-000119• F. 3 O voto da Ilma. Relatora (fls. 163/165) afasta a alegação de inexis ência de fato gerador da CSLL expondo, de início, que o Lucro Líquido não se confunde com o Lucro Tributável que serve de base de cálculo ao IR e à CSLL, sendo que a legislação contábil impõe limites à compensação dos resultados positivos do período com os eventuais resultados negativos de períodos anteriores. Esclarece ainda que o período de incidência do IRPJ e da CSLL é anual e a apuração de base negativa em períodos anteriores em nada influência no fato de que foi apurada base positiva nos períodos em discussão, a qual revela o acréscimo patrimonial disponível à contribuinte, tanto que foi utilizado para cobrir prejuízos passados. Em continuação, refuta também o argumento de irretroatividade da Lei, expondo que em matéria de compensação devem ser aplicadas as Leis vigentes sobre a matéria à época da compensação, sem que seja possível se falar em "direito adquirido" da contribuinte porque ao tempo da constituição do crédito a compensar vigiam outras regras. Explica, ainda, que as decisões do Conselho de Contribuintes não vinculam a autoridade julgadora de casos futuros similares, a qual deve proceder ao julgamento de forma vinculado com o exposto na Lei e verificando se os procedimentos realizados pela autoridade fiscalizadora estão de acordo com a Lei. Por fim, expõe que já houve, inclusive, manifestação o Supremo Tribunal Federal a respeito do tema em discussão, o qual se pronunciou pela constitucionalidade das normas que limitam a possibilidade de compensação do crédito tributário constituído em razão de prejuízos fiscais apurados em períodos anteriores no MS 95.0136433-O/MG da 2° Seção do TRF da 1° Região. Em 14 de maio de 2.007, foi emitida a intimação de fls. 167/169 acerca do teor da decisão acima citada, que foi recebida pela recorrente em 25 de maio desse ano, conforme se verifica do AR de fls. 174, o qual, inconformado, apresentou Recurso a esse Egrégio 1° Conselho de Contribuintes (fls. 170/172) em 01 de junho de 2.007 pleiteando o conhecimento e provimento do recurso para declarar a improcedência do Auto de Infração. A recorrente alega que errou a Il. Turma Julgadora da DRJ/RJ I ao determinar a aplicação da limitação da compensação de prejuízos fiscais de períodos passados a 30% do Lucro tributável dos períodos em questão devido ao fato de que os prejuízos fiscais compensados foram apurados antes da vigência da Lei n.° 9.065/95. Argumenta que o próprio texto do capta do artigo 16 desta Lei delimitou a aplicação do limite de compensação a 30% do Lucro tributável do período às bases negativas apuradas a partir do ano-calendário de 1.995, não havendo qualquer disposição legal que limite a compensação de bases negativas apuradas em anos-calendário anteriores. Expõe que, dentro desse entendimento, o próprio parágrafo 2° do artigo 510 do RIR/99 não tem suporte legal, estando em desacordo com o exposto no artigo 97 do CTN. Defende por fim que, além de não serem aplicáveis ao caso, as limitações expostas nos artigos 58 da lei n.° 8.981/95 e 16 da Lei n.° 9.065/95 são inconstitucionais por: 43 - n Processo n°10735.003048/2004-71 CCOI/T97 Acórdão n.° 197-000119• FIs. 4 "a) não considerar que as perdas atribuem no ativo um direito de compensação imediato que tem valor patrimonial, conflitando assim com o artigo 5° da Constituição Federal; b) Diverge também do artigo 110 do CTN que determina a aplicação obrigatória • ao direito tributário das definições de direito privado sobre o fato gerador do imposto, deixando de levar em conta o fato de que o art. 189 da Lei 6404 manda prioritariamente compensar contra o lucro os prejuízos dos exercícios anteriores; c) Na medida em que posterga uma dedução legítima, cria um verdadeiro empréstimo compulsório correspondendo ao tributo que deveria ser deduzido e não foi." O recurso foi conhecido e determinado o encaminhamento dos autos a este Egrégio 1° Conselho de Contribuintes no despacho de fls. 175 em 13 de junho de 2.007, sendo recebido em 09 de julho de 2.007. É o relatório. Voto Conselheira Lavinia Moraes de Almeida Nogueira Junqueira, Relatora O Recurso Voluntário é tempestivo, sendo que dele tomo conhecimento. De início, cabe consignar a impossibilidade deste Conselho de Contribuintes, órgão paritário para análise de dissídios administrativos, analisar argüição de inconstitucionalidade dos dispositivos legais que foram supedâneos da exigência fiscal objeto deste processo, conforme Súmula do 1 "Conselho de Contribuintes ri ° 2. "O Primeiro Conselho de Contribuintes não é competente para se pronunciar sobre a inconstitucionalidade de lei tributária." Assim, passo a analisar, nos limites da competência que este E. Conselho de Contribuintes me outorga, o mérito. Versa o presente recurso voluntário sobre a discussão em relação à trava dos 30% (trinta por cento) para o aproveitamento da base de cálculo de CSLL, em que a Recorrente pleiteia o seu direito adquirido de compensar em sua totalidade os prejuízos acumuladas (próprios e de incorporada) até 1994, sem a trava limitadora dos 30% (trinta por cento), o qual vigora desde 1995. Vale ressaltar que, a partir do marco temporal supracitado, não resta qualquer dúvida de que o aproveitamento de base negativa de CSLL está limitado a 30% da base de cálculo positiva do período. É como versa a Súmula do 1 ° Conselho de Contribuintes n ° 3. "Para a determinação da base de cálculo do Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas e da Contribuição Social sobre o Lucro, a partir do ano-calendário de 1995, o lucro líquido ajustado poderá ser reduzido em, no máximo, trinta por cento, tanto em razão da compensação de prejuízo, como em razão da compensação da base de cálculo negativa." A regra não é diferente para os prejuízos e as bases negativas apurados em anos- calendários anteriores. 4 Processo n° 10735.003048/2004-71 CC01/1"97 • Acórdão n.° 197-000119 Fls. 5 "I" Conselho de Contribuintes / la. Câmara/ACÓRDÃO 101-94.921 em 13.04.2005 IRPJ - Ex(s): 1996 IMPOSTO DE RENDA PESSOA JURÍDICA - AC 1995 PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL - DECLARAÇÃO DE INSCONSTITUCIONALIDADE E ILEGALIDADE - ÓRGÃO ADMINISTRATIVO - INCOMPETÊNCIA - O Conselho de Contribuintes, órgão administrativo, não possui competência legal para se manifestar sobre questões em que se alega a colisão da legislação de regência e a Constituição Federal, competência esta reservada com exclusividade ao Poder Judiciário pelo ordenamento jurídico pátrio (Constituição Federal, art. 102, I "a" e RI "b").LIMITAÇÃO LEGAL DA COMPENSAÇÃO DE PREJUÍZOS FISCAIS - A compensação de prejuízos fiscais se sujeita à trava de 30% do valor do lucro líquido ajustado. Aplica-se a trava mesmo em relação aos prejuízos apurados até 31/12/1994, posto que a lei alterou a apuração do Lucro Real dos períodos futuros e não a apuração do prejuízo fiscal pretérito. Recurso voluntário não provido. Por unanimidade de votos, NEGAR provimento ao recurso. Manoel Antonio Gadelha Dias - Presidente" (Publicado no DOU em: 01.07.2005)" "1° Conselho de Contribuintes / 7a. Câmara / ACÓRDÃO 107-08.661 em 27.07.2006 IRRT - EX: 1997 IRPJ - COMPENSAÇÃO DE PREJUÍZO FISCAL - TRAVA DE 30% A partir de 01.01.95, para efeito de determinar o lucro real, o lucro líquido ajustado pelas adições e exclusões previstas ou autorizadas — - — pela legislação do imposto de renda, poderá ser reduzido em no máximo 30% do lucro ajustado. 1RPJ - COMPENSAÇÃO DE PREJUÍZO FISCAL - TRAVA DE 30% - POSTERGAÇÃO DO PAGAMENTO DO IMPOSTO. Comprovada a postergação no pagamento do imposto, dá-se provimento ao recurso. Por unanimidade de votos, DAR provimento ao recurso. Declarou- se impedido de votar o Conselheiro Natanael Martins. Marcos Vinicius Neder de Lima - Presidente (Publicado no DOU em: 05.02.2007) Data vênia, aplica-se à apuração da base de cálculo da CSLL, a partir de 01/01/1995, o quanto dispõem o artigo 58 da Lei 8.981/95 e mais especificamente o artigo 16 da Lei 9.065/96: "Art 16. A base de cálculo da contribuição social sobre o lucro, quando negativa, apurada a partir do encerramento do ano-calendário de 1995, poderá ser compensada, cumulativamente com a base de cálculo negativa apurada até 31 de dezembro de 1994, com o resultado do período de apuração ajustado pelas adições e exclusões previstas na legislação da referida contribuição social, determinado em anos- calendário subseqüentes, observado o limite máximo de redução de trinta por cento, previsto no art. 58 da Lei 8.981, de 1995." Esse artigo de Lei encontra respaldo no Código Tributário Nacional. Apesar de a contribuinte ter a expectativa de compensar o crédito de prejuízo fiscal e a base negativa desde o ano em que incorre nesses prejuízos, a compensação fica pendente da futura existência de lucro, fato gerador efetivo da CSLL. É possível dizer, então, que aí se inicia um fato pendente (compensação) de um fato futuro (existência do lucro tributável), nos termos do artigo 105 do 5 • Processo n° 10735.003048/2004-71 CCOUT97 • Acórdão n.°197-000119 Fls. 6 Código Tributário Nacional. Assim, a forma pela qual a contribuinte poderá aproveitar o seu crédito ficará limitada à regra vigente no ano-calendário em que for auferido o lucro base para compensar o prejuízo. Não existe, neste caso, direito adquirido. À vista do exposto, NEGO PROVIMENTO ao recurso voluntário. Sala das Sessões - DF, em 02 de fevereiro de 2009 Or • • • ES DE ALMEDA NOGUEIRA JUNQUEIRA 6 Page 1 _0001000.PDF Page 1 _0001100.PDF Page 1 _0001200.PDF Page 1 _0001300.PDF Page 1 _0001400.PDF Page 1
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Numero do processo: 13884.002386/2002-16
Turma: Sétima Turma Especial
Câmara: Sétima Câmara
Seção: Primeiro Conselho de Contribuintes
Data da sessão: Mon Feb 02 00:00:00 UTC 2009
Data da publicação: Mon Feb 02 00:00:00 UTC 2009
Ementa: PEREMPÇÃO, Não se conhece do recurso interposto além do prazo fixado no artigo 33 do Decreto 70.235, de 1972, por perempto, mormente quando a recorrente não ataca a intempestividade.
Numero da decisão: 197-00.111
Decisão: Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, não conhecer do recurso, por intempestiva a impugnação, nos termos do relatório e voto que integram o presente julgado,
Matéria: DCTF_IRPJ - Auto eletronico (AE) lancamento de tributos e multa isolada (IRPJ)
Nome do relator: SELENE FERREIRA DE MORAES - Redatora ad hoc
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Numero do processo: 10725.001225/2004-01
Turma: Sétima Turma Especial
Câmara: Sétima Câmara
Seção: Primeiro Conselho de Contribuintes
Data da sessão: Mon Dec 08 00:00:00 UTC 2008
Data da publicação: Mon Dec 08 00:00:00 UTC 2008
Ementa: SISTEMA INTEGRADO DE PAGAMENTO DE IMPOSTOS E CONTRIBUIÇÕES DAS MICROEMPRESAS E DAS EMPRESAS DE PEQUENO PORTE— SIMPLES
EXERCÍCIO: 2004, 2005
EXCLUSÃO DO SIMPLES. PRECLUSÃO.
Não tendo havido manifestação de inconformidade quanto ao
despacho que indeferiu a inclusão retroativa no SIMPLES de que
tratou processo administrativo especifico, dentro dos trinta dias
da data da ciência do despacho, a discussão sobre esta matéria
encontra-se preclusa, nos termos do art. 15 do Decreto nº 70.235/72.
INDEFERIMENTO DE INCLUSÃO RETROATIVA NO SIMPLES. EFEITOS. O lançamento motivado por decisão que não admite a inclusão retroativa no Simples deverá abranger os fatos geradores ocorridos desde o momento em que se verificou a situação excludente.
MULTA DE OFÍCIO DE 75%. INCONSTITUCIONALIDADE.
Súmula 1°CC n° 2: O Primeiro Conselho de Contribuintes não é
competente para se pronunciar sobre a inconstitucionalidade de
lei tributária.
TAXA SELIC. CABIMENTO.
Súmula 1° CC n° 4: A partir de 1º de abril de 1995, os juros
moratórios incidentes sobre débitos tributários administrados pela Secretaria da Receita Federal são devidos, no período de
inadimplência, à taxa referencial do Sistema Especial de
Liquidação e Custódia - SEL1C para títulos federais.
Numero da decisão: 197-00.078
Decisão: ACORDAM os Membros da Sétima Turma Especial do Primeiro Conselho de
Contribuintes, por unanimidade- votos, NEGAR provimento ao recurso, nos termos do relatório e voto que passam a integrar o presente julgado.
Matéria: CSL - ação fiscal (exceto glosa compens. bases negativas)
Nome do relator: SELENE FERREIRA DE MORAES
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PRECLUSÃO. Não tendo havido manifestação de inconformidade quanto ao despacho que indeferiu a inclusão retroativa no SIMPLES de que tratou processo administrativo especifico, dentro dos trinta dias da data da ciência do despacho, a discussão sobre esta matéria encontra-se preclusa, nos termos do art. 15 do Decreto n" 70.235/72. INDEFERIMENTO DE INCLUSÃO RETROATIVA NO SIMPLES. EFEITOS. O lançamento motivado por decisão que não admite a inclusão retroativa no Simples deverá abranger os fatos geradores ocorridos desde o momento em que se verificou a situação excludente. MULTA DE OFÍCIO DE 75%. 1NCONSTITUCIONA LIDADE. Súmula 1°CC ri° 2: O Primeiro Conselho de Contribuintes não é competente para se pronunciar sobre a inconstitucionalidade de lei tributária. TAXA SELIC. CABIMENTO. Súmula 1° CC n° 4: A partir de 1" de abril de 1995, os juros moratórios incidentes sobre débitos tributários administrados pela Secretaria da Receita Federal são devidos, no período de inadimplência, à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e Custódia - SEL1C para títulos federais. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos de recurso interposto por M.M.DA ROSA FERREIRA COMÉRCIO E SERVIÇOS DE TELEFONIA. .. . , 1'ot~ n" 10725.00122512004-01 C'C'0 VI 97 AcAnião n7197-00078 EM 2 ACORDAM os Membros da Sétima Turma Especial do Primeiro Conselho de Contribuintes, por unanimidade- votos, NEGAR provimento ao recurso, nos termos do relatório e voto que passam a i lar- o presente julgado. / é jofMA ' INICIUS NEDER DE LIMA Pres .ente _ ./. .1 e:_srrt__A010 I 11 r e-- RREIRA DE MORAES Relatora 2o MAR 2009 Participou, ainda, do presente julgamento, o Conselheiro Leonardo Lobo de Almeida. Ausente, justificadamente a Conselheira Lavinia Moraes de Almeida Nogueira Junqueira. . Relatório Trata-se de auto de infração de CSLL decorrente da apuração de diferenças entre o valor escriturado c o declarado, no montante de R$ 2.453,89. Irresignada com a exigência, a contribuinte apresentou impugnação, alegando que: (i) foi excluída do Simples por ter a SRF entendido que sua atividade era de corretagem; (ii) que a lide se resolverá quando comprovar que tem direito à permanecer na sistemática do Simples, (iii) que não foram levados em conta os valores recolhidos pela sistemática do Simples; (iv) que a multa não pode ultrapassar 20% do valor de tributo exigido; (v) a taxa de juros calculada pela Selic é inaplicável. A Delegacia de Julgamento cancelou em parte a exigência, com base nos seguintes fundamentos: a) A contribuinte não foi excluida do Simples, mas não teve deferido seu pedido de inclusão retroativa do Simples pela DRF/Campos de Goitacazes. Em nenhum momento a contribuinte havia sido incluída no sistema. b) Nos autos específicos c próprios para a contribuinte apresentasse as suas razões contra o indeferimento de sua inclusão retroativa não foi interposta manifestação de inconformidade. c) Havendo decisão definitiva na esfera administrativa quanto à não inclusão retroativa no Simples, não pode a DRJ apreciar novamente, em sede de processo de lançamento de oficio, as razões que postulam o direito ao regime. 1 • Proce.so n' 10725 001225/2004-01 CC01/797 Acórdão n197-00078 Fls 3 d) Com relação aos anos calendário de 2003 e 2004 o lucro foi apurado pela sistemática do lucro presumido, sendo que a fiscalização limitou-se a cotejar as receitas declaradas com as receitas escrituradas, não tendo a contribuinte se insurgido diretamente contra a autuação. c) A exigência da multa e dos juros decorre de expressa disposição legal. t) I lá que se corrigir o lapso da autuação no que toca aos pagamentos feitos pela sistemática do Simples, cancelando-se parcialmente a exigência. Contra a decisão, interpôs a contribuinte o presente Recurso Voluntário, no qual alega em síntese que: a) A decisão é nula por ter cerceado o direito de defesa da recorrente ao não deferir a produção de prova requerida. b) A recorrente não incorre em nenhuma das hipóteses de exclusão apontadas no despacho decisório SACAT constante do processo n° 10725.001204/2002-16. c) Embora exista autorização contratual para realização de serviços de consertos c manutenção de aparelhos celulares, a própria fiscalização atestou que a recorrente apenas auferiu receita exclusivamente decorrente de venda de mercadorias. d) Sendo certo o direito da recorrente à opção pelo Simples e indevida e ilegal sua exclusão, as guias de recolhimento já anexadas aos autos comprovam que a recorrente , cumpriu com todas as suas obrigações fiscais. c) Caso efetivamente exista a divergência na base de cálculo, apenas os valores recolhidos a menor sob a sistemática do Simples devem ser exigidos, nunca os valores apurados fora desta sistemática. f) Como comprova a FCJP da recorrente, esta optou pelo Simples cm 22/06/1998, mas foi comunicada de sua exclusão apenas em 25/07/2003. Os tributos excedentes só poderiam ser exigidos em face dos fatos geradores ocorridos a partir da comunicação da exclusão. g) A multa de 75% é absurda e desproporcional e a taxa Selic é inconstitucional. É o relatório. Voto Conselheira - SELEN E FERREIRA DE MORAES, Relatora O recurso é tempestivo e preenche os demais requisitos de admissibilidade, devendo ser conhecido. . . Proctsso e 10725.0012252004-01 CCO 1/1'97 Acórdão n.• 197-00078 as 4 Alega a recorrente que o indeferimento da perícia cerceou o seu direito de defesa. Como muito bem salientado na decisão de primeira instância, a recorrente não apresentou manifestação de inconformidade contra o despacho exarado no processo na 10725.001204/2002-16, por meio do qual foi indeferido o pedido de inclusão de oficio no Simples, retroativa a 26106/1998. Não tendo havido a manifestação de inconfonnidade no processo administrativo • especifico que indeferiu a inclusão no Simples, a discussão sobre esta matéria encontra-se preclusa. Este é o entendimento que vem prevalecendo neste Egrégio Primeiro Conselho de Contribuintes, conforme ementa a seguir reproduzida: "EXCLUSÃO DO SIMPLES — PRECLUSÃO. Não tendo havido manifestação de inconformidade quanto à exclusão do SIMPLES de que tratou processo administrativo especifico, dentro dos trinta dias da data da ciência do Ato Declaratório, a discussão sobre esta matéria encontra-se preclusa, nos termos do art. 15 do Decreto n" 70.235/72 ".(Actirdão n°107-08871, de 24/01/2007) Por conseguinte não há que se falar em cerceamento do direito de defesa da decisão que indeferiu perícia relativa a matéria já preciosa na esfera administrativa. No tocante à diferença apurada pela fiscalização entre os valores declarados e aqueles escriturados, a recorrente apenas se insurgiu quanto à fonna de apuração, reafirmando que o montante devido deve ser calculado com base na sistemática do Simples. Alega ainda a recorrente que os tributos excedentes só poderiam ser exigidos em face dos fatos geradores ocorridos a partir da comunicação da exclusão, que ocorreu em 25/07/2003. Neste ponto também não há reparos a fazer na decisão de primeira instância, cujas conclusões a seguir transcrevemos: "(...) Por nunca ler estado inclusa no sistema, como também por ter sido decidido formalmente que ela não poderia se valer de uma inclusão retroativa, a impugnante, em realidade, já estava desde de sua constituição (1998) obrigada a apurar seus tributos e contribuições por qualquer outra forma admitida na lei, exceto a do Simples. Portanto, não há reparo ao fato de a fiscalização ter abrangido em sua fiscalização os fatos geradores anteriores à data do indeferimento da solicitação de inclusão retroativa no Simples feita pela impugnante." Por fim, não podem prosperar também as argüições relativas ao cabimento da multa de 75% e da taxa Selic, em face das súmulas do Primeiro Conselho de Contribuintes, a seguir reproduzidas: • -Procas.so n' 10725.001225/2004-01 000/597 Acórdão n " 197-00078 Fls. 5 "Súmula 1"CC n° 2: O Primeiro Conselho de Contribuintes não é competente para se pronunciar sobre a inconstitucionalidade de lei tributária. Súmula 1° CC n" 4: A partir de 1"de abril de 1995, os juros moraiários incidentes sobre débitos tributários administrados pela Secretaria da Receita Federal são devidos, no período de inadimplência, à taxa referencial do Sistema Especial de ~fação e Custódia - SEL1C para titulas _federais." Ante o exposto, conheço do recurso para negar-lhe provimento. Sala das Sessões - DF, em 8 de dezembro de 2008. ..siostatiatnew s MORAES • Page 1 _0029000.PDF Page 1 _0029100.PDF Page 1 _0029200.PDF Page 1 _0029300.PDF Page 1
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