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Numero do processo: 13984.000667/2004-60
Turma: Primeira Turma Ordinária da Segunda Câmara da Segunda Seção
Câmara: Segunda Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Fri Sep 30 00:00:00 UTC 2011
Ementa: Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural ITR
Exercício: 2000
ITR. ÁREA DE INTERESSE ECOLÓGICO Não incide o imposto sobre
imóvel inteiramente localizado em área de preservação permanente
transformada em Parque Nacional instituído por Decreto Federal.
Numero da decisão: 2201-001.312
Decisão: Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade dar provimento ao recurso.
Matéria: ITR - ação fiscal - outros (inclusive penalidades)
Nome do relator: Eduardo Tadeu Farah
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ÁREA DE INTERESSE ECOLÓGICO Não incide o imposto sobre imóvel inteiramente localizado em área de preservação permanente transformada em Parque Nacional instituído por Decreto Federal. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade dar provimento ao recurso. Assinado Digitalmente Francisco Assis de Oliveira Júnior Presidente. Assinado Digitalmente Eduardo Tadeu Farah Relator. Participaram do presente julgamento, os Conselheiros: Pedro Paulo Pereira Barbosa, Rayana Alves de Oliveira França, Eduardo Tadeu Farah, Rodrigo Santos Masset Lacombe, Gustavo Lian Haddad e Francisco Assis de Oliveira Júnior (Presidente). Relatório Fl. 1DF CARF MF Emitido em 27/10/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 14/10/2011 por EDUARDO TADEU FARAH, Assinado digitalmente em 18/10/2011 por FRANCISCO ASSIS DE OLIVEIRA JU, Assinado digitalmente em 14/10/2011 por EDUARDO TADEU FARAH 2 Contra o contribuinte acima identificado foi lavrado Auto de Infração (fls. 14/22), relativo ao Imposto Territorial Rural – ITR, exercício 2000, no qual se apurou crédito tributário no valor total de R$ 18.767,30, calculados até julho de 2004, incidente sobre o imóvel rural denominado “Fazenda Santa Bárbara”, com NIRF nº 2.916.2513, localizado no município de Bom Jardim da Serra/SC. A fiscalização glosou a área de utilização limitada/reserva legal informada na DITR/2000, em virtude do não cumprimento dos requisitos estabelecidos na lei para sua exclusão da incidência do imposto. Cientificado do lançamento, o autuado apresentou tempestivamente Impugnação, alegando, conforme se extrai do relatório de primeira instância, que: É proprietário de duas glebas de terras: sendo uma com 4.361.000,00 m2, localizada no município de Bom Jardim da Serra e outra com 3.000.000,00 m2, localizada em Uburici, totalizando 7.361.000,00 m2, por serem confrontantes, são declaradas conjuntamente; O imóvel está localizado dentro do Parque Nacional de São Joaquim, criado pelo Decreto Presidencial nº 50.922, de 06 de julho de 1961; O Parque ainda não foi demarcado e os limites também não foram estabelecidos, conforme Lei Federal nº 4.589/2001; Embora não determinado os limites do Parque, há restrição de uso pelas autoridades ambientais e Ministério Público Federal; Em 09 de julho de 1998, encaminhou requerimento ao Ibama para obter autorização de um Plano de Manejo, para corte de pinheiros, entretanto obteve resposta que o imóvel está inserido no Parque Nacional, havendo restrições de uso dos recursos naturais ali existentes; Apresentou a declaração do ITR/2000 conforme orientações das autoridades ambientais; A documentação anexada aos autos comprova que a área total do imóvel está inserida dentro do Parque Nacional; O artigo 3º do Decreto nº 50.922/61, diz que as terras, flora, fauna e belezas naturais, constitutivas do Parque, inclusive as propriedades públicas particulares, por ele abrangidas, ficam desde logo, sujeitas ao regime estabelecido pelo Código Florestal e o Decreto nº 84.017/79, que regulamenta os Parques Nacionais Brasileiros, dispõe no artigo 1º § 1º que as áreas geográficas abrangidas pelos Parques Nacionais serão objeto de preservação permanente; Por outro lado, abstraindo o aspecto de Parque, o imóvel possui extensas trechos de preservação permanente, como definido no art. 2º do Código Florestal; Solicita exame pericial no imóvel ou prazo para juntada de laudo a ser elaborado por profissional habilitado; Por último, requer cancelamento do Auto de Infração. Fl. 2DF CARF MF Emitido em 27/10/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 14/10/2011 por EDUARDO TADEU FARAH, Assinado digitalmente em 18/10/2011 por FRANCISCO ASSIS DE OLIVEIRA JU, Assinado digitalmente em 14/10/2011 por EDUARDO TADEU FARAH Processo nº 13984.000667/200460 Acórdão n.º 220101.312 S2C2T1 Fl. 2 3 A 1ª Turma da DRJ em Campo Grande/MS julgou integralmente procedente o lançamento, consubstanciado nas ementas abaixo transcritas: PROVA PERICIAL A autoridade julgadora de primeira instância determinará, de ofício ou a requerimento do impugnante, a realização de diligências ou perícias, somente, quando entendêla necessárias, indeferindo as que considerar prescindíveis ou impraticável. ÁREA DE RESERVA LEGAL. Não reconhecida como de interesse ambiental nem comprovada a protocolização tempestiva do requerimento do Ato Declaratório junto ao IBAMA ou órgão conveniado, bem como não cumprida a exigência legal de averbação da área de reserva legal à margem da inscrição da matrícula do imóvel no cartório de registro de imóveis competente, deve ser mantida a glosa efetuada pela fiscalização. Lançamento Procedente Intimado da decisão de primeira instância em 11/06/2008 (fl. 121), Saulo Nunes Domessiano apresenta tempestivamente Recurso Voluntário, formulando o pedido nos seguintes termos: ... e reiterando todas as alegações anteriores do processo, requer que o Egrégio Conselho de Contribuintes, dê provimento ao recurso, para determinar o cancelamento do Auto de Infração em razão da inclusão do imóvel do recorrente nos limites do Parque Nacional de São Joaquim, ou, se não puder desde logo conhecer do mérito em favor do recorrente, para anular a decisão de 1° grau, por cerceamento de defesa, determinando o deferimento de prazo para a apresentação de Laudo Técnico. O processo foi incluído na pauta de julgamento da Primeira Câmara do antigo Terceiro Conselho de Contribuintes do dia 10/07/2008, tendo o Colegiado decidido converter o julgamento em diligência para as providências assim indicadas na conclusão do voto: É de se notar que o cerne da presente controvérsia consiste em verificar se a área do contribuinte está inserida no Parque Nacional de São Joaquim. A DRJ entendeu que tal prova seria desnecessária para formação da convicção dos julgadores. Entendo, no entanto, que tal elucidação é essencial ao deslinde da presente controvérsia. Conforme se verifica dos autos, ao mesmo tempo em que o contribuinte é impedido de implementar plano de manejo em razão da sua propriedade estar inserida em Parque Nacional (fls. 48), ele não pode se beneficiar quando da apuração do tributo em razão de aspectos formais. Aliás, ressaltese que o próprio IBAMA às fls. 50 informa que o imóvel denominado de Fazenda Santa Bárbara, localizado na estrada das Vacas Gordas, localidade de Santa Bárbara, no município de Bom Jardim da Serra — SC, código do CCIR 812013005096 Fl. 3DF CARF MF Emitido em 27/10/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 14/10/2011 por EDUARDO TADEU FARAH, Assinado digitalmente em 18/10/2011 por FRANCISCO ASSIS DE OLIVEIRA JU, Assinado digitalmente em 14/10/2011 por EDUARDO TADEU FARAH 4 9 com área de 736,1 hectares, de propriedade do Senhor Saulo Nunes Domessiano, encontrase na sua totalidade, dada a sua localização, dentro da área destinada ao Parque Nacional de São Joaquim. Assim, em homenagem aos princípios da verdade material e da ampla defesa, voto no sentido de converter o julgamento em diligência para que seja realizada a perícia requerida pelo contribuinte desde a sua impugnação, com resposta aos quesitos apresentados. Além disso, a fim de contribuir na solução da controvérsia, entendo que o IBAMA deve ser intimado a se manifestar quanto ao objeto da perícia, notadamente para confirmar a informação contida às fls. 50. Sala das Sessões, em 10 de julho de 2008 Em cumprimento da diligência, vieram aos autos os documentos de fls. 93/114. É o relatório. Voto Conselheiro EDUARDO TADEU FARAH, Relator O recurso é tempestivo e reúne os demais requisitos de admissibilidade, portanto, dele conheço. Segundo se colhe dos autos o lançamento é decorrente de glosa de área declarada na DITR/2000 como sendo de utilização limitada/reserva legal. A autoridade recorrida ao analisar a Impugnação apresentada pelo contribuinte indeferiu o pedido de perícia, bem como manteve o lançamento sob o argumento de que não consta dos autos, além do competente Ato Declaratório Ambiental, a averbação da área de reserva legal à margem da matrícula do imóvel. Asseverou, ainda, a autoridade recorrida que ante a ausência do ato de desapropriação do imóvel estéril é a alegação de que a propriedade está inserida nos limites do Parque Nacional de São Joaquim. Contudo, em sua peça recursal, insiste o contribuinte na tese de que seu imóvel “... encontrase na sua totalidade, dada a sua localização, dentro da área destinada ao Parque Nacional de São Joaquim”. Pois bem, compulsandose os aos autos, mais precisamente os documentos colacionados por meio da diligência proposta pela Primeira Câmara do antigo Terceiro Conselho de Contribuintes, fls. 93/114, verificase: 1 Decreto Presidencial nº 50.922, de 6 de julho de 1961 criando o Parque Nacional de São Joaquim, no Estado de Santa Catarina: O Presidente da Republica, usando da atribuição que lhe confere o artigo 87, item I, da Constituição Federal e tendo em vista o Fl. 4DF CARF MF Emitido em 27/10/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 14/10/2011 por EDUARDO TADEU FARAH, Assinado digitalmente em 18/10/2011 por FRANCISCO ASSIS DE OLIVEIRA JU, Assinado digitalmente em 14/10/2011 por EDUARDO TADEU FARAH Processo nº 13984.000667/200460 Acórdão n.º 220101.312 S2C2T1 Fl. 3 5 disposto no seu art. 175 e nos arts 5º, 9º, 10° e 56° do Código Florestal, DECRETA: Art. 1. Fica criado, no Estado de Santa Catarina, abrangendo terras dos municípios de São Joaquim, Urubici, Bom Retiro e Orleans, o Parque Nacional de São Joaquim (P.N.S.J.), subordinado ao Serviço Florestal do Ministério da Agricultura. Art. 2. O Parque, ora criado, terá a área aproximada de 49.300 ha. e a seguinte linha divisória: Partindo da Vila de Bom Jardim da Sena, na confluência do Rio Cachoeirinha com o Pelotas, sobe por esse, na direção norte, cerca de 21 kms, onde, inflexionando para N.O. e seguindo acidentes naturais, passa por limites entre os municípios de Silo Joaquim e Urubici, chegando ao ponto extremo lesteoeste do parque, situado a E. da vila de Pericó. Desse ponto, continuando por acidentes naturais e seguindo uma direção geral N.E., paralelamente ao grande contraforte Oeste do Morro da Igreja, vai encontrar a grande escarpa, onde termina o limite Norte do Parque. Descendo daquela, na altura das cabeceiras do rio Braço Direito, segue por acidentes naturais, contornando o sopê da escarpa, no município de Orleans, até a altura da Serra do Oratório, onde galga novamente a escarpa, no município de São Joaquim. Desse ponto, seguindo pelos rios Quinze Dias e Cachoeirinha, alcança o rio Pelotas, que constitui o limite Sul da área e fecha as divisas do Parque. Art. 3. As terras, flora, fauna e belezas naturais, constitutivas do Parque, inclusive propriedade públicas e particulares, por ele abrangidas, ficam, desde logo, sujeitas ao regime estabelecido pelo Código Florestal vigente. Art. 4. A Administração do Parque Nacional de São Joaquim e as atividades a ele eretas serão exercidas por técnicos e servidores federais, lotados no Serviço Florestal e, na falta desses, por outros servidores, em idêntica condições, pertencentes ao Quadro de Pessoal do Ministério da Agricultura. Art. 5. As despesas, a serem realizadas com os serviços preliminares de criação e instalação do Parque Nacional de são Joaquim (P.N.S.J.), correrão à conta da verba própria existente no orçamento do Ministério da Agricultura para o corrente exercício. Art. 6. Fica o Ministério da Agricultura autorizado a promover atendimentos com as autoridades estaduais e municipais, com dirigentes de entidades públicas e particulares, objetivando doações e desapropriações de áreas situadas no perímetro do Parque. Art. 7.0 Ministério da Agricultura baixará, dentro do prazo de 60 dias, a partir da publicação deste Decreto, o Regimento do Fl. 5DF CARF MF Emitido em 27/10/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 14/10/2011 por EDUARDO TADEU FARAH, Assinado digitalmente em 18/10/2011 por FRANCISCO ASSIS DE OLIVEIRA JU, Assinado digitalmente em 14/10/2011 por EDUARDO TADEU FARAH 6 Parque Nacional e as instruções que se fizerem necessárias ao seu cumprimento. Art. 8. O presente Decreto entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário. Brasília, em 6 de julho de 1961; 140° da Independência e 73° da República. JÂNIO QUADROS 2 Ofício nº 05/98 do IBAMA – Superintendência Estadual em Santa Catarina, Parque Nacional de São Joaquim, datado de 13 de julho de 1998, proibindo a execução do plano de manejo (fl. 48): Em resposta ao questionamento de sua correspondência tenho a informar: 1°) O Parque Nacional de São Joaquim foi criado pelo Dec.n° 50.922 de 11/07/98, abrangendo terras de Urubici, Bom Jardim da Serra, GrãoPará e Orleans; 2°) De acordo com a descrição de V.Senhoria não tenho dúvidas em localizar sua propriedade dentro do perímetro do Parque Nacional; 3°) O Regulamento dos Parques Nacionais Brasileiros foi aprovado pelo Dec. 84.017 de 21 de setembro de 1979. Através do citado regulamento, houve a definição de Parques Nacionais, entendidos como as áreas extensas e delimitadas, dotadas de atributos naturais excepcionais, objeto de preservação permanente, submetidas à condição de inalienabilidade e indisponibilidade no seu todo (parágr. 10, do art. 10). No parágrafo 2° do mesmo artigo, definese que o objetivo principal dos Parques Nacionais reside na preservação dos ecossistemas naturais englobados contra quaisquer alterações que os desvirtuem. Assim sendo, fica entendido que não se poderá permitir Plano de Manejo para extração e utilização econômica de araucária dentro da Unidade de Conservação. Entretanto, neste segundo semestre de 1998 o Poder Público começa a adotar alguma medida buscando a regularização fundiária do Parque Nacional de São Joaquim, utilizando em indenizações as compensações financeiras do licenciamento do Gasoduto BrasilBolívia para indenizações. Todavia, como esses recursos não serão suficientes para todas indenizações que se fazem necessárias, deverá haver critérios de prioridades de pagamento, os quais ainda não foram definidos. Contudo, nada nos permite afirmar que a sua propriedade será beneficiada com tais recursos. Sendo o que havia, colocamonos ao vosso dispor para esclarecimentos que se fizerem necessários. Parque Nacional de São Joaquim Fl. 6DF CARF MF Emitido em 27/10/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 14/10/2011 por EDUARDO TADEU FARAH, Assinado digitalmente em 18/10/2011 por FRANCISCO ASSIS DE OLIVEIRA JU, Assinado digitalmente em 14/10/2011 por EDUARDO TADEU FARAH Processo nº 13984.000667/200460 Acórdão n.º 220101.312 S2C2T1 Fl. 4 7 3 Ofício nº 017104/PARRA/SC do IBAMA – Representação no Estado de Santa Catarina, Parque Nacional de São Joaquim, datado de 04 de agosto de 2004, confirmando que a totalidade do imóvel encontrase inserida na área destinada ao Parque Nacional de São Joaquim (fl. 106): Em resposta a solicitação do proprietário, declaramos para que se produza efeito legais, que o imóvel denominado de Fazenda Santa Bárbara localizado na estrada das Vacas Gordas, localidade de Santa Bárbara, no município de Bom Jardim da Serra SC, código do CCIR 8120130050969 com área de 736,1 hectares, de propriedade do Senhor Saulo Nunes Domessiano, encontrase na sua totalidade, dada a sua localização, dentro da área destinada ao Parque Nacional de São Joaquim. Sem mais, subscrevemonos abaixo. 4 Oficio n.° 38/2009/PARNA SÃOJOAQUIM do Ministério do Meio Ambiente, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, datado de 14 de abril de 2009, reafirmando que a totalidade do imóvel encontrase nos limites da área destinada ao Parque Nacional de São Joaquim (fl. 107): Em resposta a sua solicitação informamos que o imóvel denominado "Fazenda Santa Bárbara" está localizado na estrada geral para a Santa Bárbara, no município de Bom Jardim da Serra, estado de Santa Catarina, código do CC1R n°812013.0050969, com área de 736,1 hectares, de propriedade do requerente, e encontrase totalmente dentro da área destinada a implantação do Parque Nacional de São Joaquim. 5 Atestado Técnico do Engenheiro Agrônomo Breno Cesa Bessa Dutra declarando que a área de 736,1 ha situase dentro do limite do Parque Nacional de São Joaquim, bem como a referida área encontrase inapta à agricultura (fl. 99). ATESTADO TÉCNICO Atesto que o imóvel, do Sr. Saulo Nunes Domessiano, na Fazenda Santa Bárbara, Município de Bom Jardim da Serra e Urubici, SC, possui a área de 736,1ha e se situa dentro do limite do Parque Nacional de São Joaquim. De acordo com a planta topográfica planimétrica do agrimensor José Luiz silva, o terreno não apresenta características agronômicas importantes, com baixa fertilidade sendo de acordo com as convenções as áreas de mato (365 105ha), campo nativo (303,3ha), banhado (17,5ha) e APP (60,17) ha. Através das considerações técnicas, obedecendo ao estabelecido no Manual para Levantamento Utilitário do meio físico e Classificação de terras no sistema de áreas cultiváveis a referida área é inapta a agricultura. Pelo que se depreende dos excertos reproduzidos não há dúvidas que a totalidade do imóvel encontrase nos limites da área destinada ao Parque Nacional de São Fl. 7DF CARF MF Emitido em 27/10/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 14/10/2011 por EDUARDO TADEU FARAH, Assinado digitalmente em 18/10/2011 por FRANCISCO ASSIS DE OLIVEIRA JU, Assinado digitalmente em 14/10/2011 por EDUARDO TADEU FARAH 8 Joaquim e, de acordo com o § 1º, alínea b, do art. 10, da Lei n° 9.393/1996 a área de interesse ecológico para a proteção dos ecossistemas deve ser excluída da área tributável do imóvel: Art. 10. A apuração e o pagamento do ITR serão efetuados pelo contribuinte, independentemente de prévio procedimento da administração tributária, nos prazos e condições estabelecidos pela Secretaria da Receita Federal, sujeitandose a homologação posterior. § 1º Para os efeitos de apuração do ITR, considerarseá: I VTN, o valor do imóvel, excluídos os valores relativos a: a) construções, instalações e benfeitorias; b) culturas permanentes e temporárias; c) pastagens cultivadas e melhoradas; d) florestas plantadas; II área tributável, a área total do imóvel, menos as áreas: a) de preservação permanente e de reserva legal, previstas na Lei nº 4.771, de 15 de setembro de 1965, com a redação dada pela Lei nº 7.803, de 18 de julho de 1989; b) de interesse ecológico para a proteção dos ecossistemas, assim declaradas mediante ato do órgão competente, federal ou estadual, e que ampliem as restrições de uso previstas na alínea anterior; Portanto, o imóvel objeto da contenda encontrase efetivamente inserido em área de Parque Nacional e, por conseguinte, inaproveitável para prática agrícola. Esse entendimento encontrase precedentes neste Conselho Administrativo, consoante à ementa transcrita: ITR. Imóvel situado em área de Parque Nacional. Sendo economicamente inaproveitável por determinação legal (Lei nº 4.771/65, art. 5º, parág. único) não oferece matéria passível de tributação. (Acórdão 20300175) Em relação à exigência do ADA, relativamente ao exercício de 2000, este Conselho Administrativo já se manifestou. Tratase da Súmula nº 41: A não apresentação do Ato Declaratório Ambiental (ADA) emitido pelo IBAMA, ou órgão conveniado, não pode motivar o lançamento de ofício relativo a fatos geradores ocorridos até o exercício de 2000. Ante a todo o exposto, voto no sentido de DAR provimento ao recurso. Assinado Digitalmente Eduardo Tadeu Farah Fl. 8DF CARF MF Emitido em 27/10/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 14/10/2011 por EDUARDO TADEU FARAH, Assinado digitalmente em 18/10/2011 por FRANCISCO ASSIS DE OLIVEIRA JU, Assinado digitalmente em 14/10/2011 por EDUARDO TADEU FARAH Processo nº 13984.000667/200460 Acórdão n.º 220101.312 S2C2T1 Fl. 5 9 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS SEGUNDA CÂMARA DA SEGUNDA SEÇÃO DE JULGAMENTO Processo nº: 13984.000667/200460 Recurso nº: 336.866 TERMO DE INTIMAÇÃO Em cumprimento ao disposto no § 3º do art. 81 do Regimento Interno do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, aprovados pela Portaria Ministerial nº 256, de 22 de junho de 2009, intimese o (a) Senhor (a) Procurador (a) Representante da Fazenda Nacional, credenciado junto a Segunda Câmara da Segunda Seção, a tomar ciência do Acórdão nº 220101.312. Brasília/DF, 30 de setembro de 2011 ______________________________________ FRANCISCO ASSIS DE OLIVEIRA JUNIOR Presidente da Segunda Câmara / Segunda Seção Ciente, com a observação abaixo: (......) Apenas com ciência (......) Com Recurso Especial (......) Com Embargos de Declaração Data da ciência: _______/_______/_________ Procurador (a) da Fazenda Nacional Fl. 9DF CARF MF Emitido em 27/10/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 14/10/2011 por EDUARDO TADEU FARAH, Assinado digitalmente em 18/10/2011 por FRANCISCO ASSIS DE OLIVEIRA JU, Assinado digitalmente em 14/10/2011 por EDUARDO TADEU FARAH
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Numero do processo: 10840.003152/2005-49
Turma: Segunda Turma Ordinária da Segunda Câmara da Primeira Seção
Câmara: Segunda Câmara
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Tue Oct 18 00:00:00 UTC 2011
Data da publicação: Tue Oct 18 00:00:00 UTC 2011
Ementa: SISTEMA INTEGRADO DE PAGAMENTO DE IMPOSTOS E CONTRIBUIÇÕES DAS MICROEMPRESAS E DAS EMPRESAS DE PEQUENO PORTE SIMPLES
Ano-calendário: 2005
SIMPLES. AVIAÇÃO AGRÍCOLA É vedada a opção quando se verifica que, para a constituição de pessoa jurídica cuja atividade seja aplicação de defensivos agrícola por via aérea é obrigatório, por normativo aplicável, é obrigatório que um dos sócios seja
engenheiro agrônomo.
Numero da decisão: 1202-000.609
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar
provimento ao recurso, nos termos do relatório e votos que integram o presente julgado.
Matéria: Simples- proc. que não versem s/exigências cred.tributario
Nome do relator: Nereida de Miranda Finamore Horta
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Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: SISTEMA INTEGRADO DE PAGAMENTO DE IMPOSTOS E CONTRIBUIÇÕES DAS MICROEMPRESAS E DAS EMPRESAS DE PEQUENO PORTE SIMPLES Anocalendário: 2005 SIMPLES. AVIAÇÃO AGRÍCOLA É vedada a opção quando se verifica que, para a constituição de pessoa jurídica cuja atividade seja aplicação de defensivos agrícola por via aérea é obrigatório, por normativo aplicável, é obrigatório que um dos sócios seja engenheiro agrônomo. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso, nos termos do relatório e votos que integram o presente julgado. (documento assinado digitalmente) Nelson Losso Filho Presidente. (documento assinado digitalmente) Nereida de Miranda Finamore Horta Relatora Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Nelson Losso Filho, Carlos Alberto Donassolo, Viviane Vidal Wagner, Nereida de Miranda Finamore Horta, Geraldo Valentim Neto e Orlando Jose Gonçalves Bueno. Relatório Fl. 1DF CARF MF Impresso em 15/02/2012 por ANDREA FERNANDES GARCIA - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 29/01/2012 por NEREIDA DE MIRANDA FINAMORE HO, Assinado digitalmente em 13/02/2012 por NELSON LOSSO FILHO, Assinado digitalmente em 29/01/2012 por NEREIDA DE MIRANDA FINAMO RE HO Processo nº 10840.003152/200549 Acórdão n.º 120200.609 S1C2T2 Fl. 81 2 Tratase nesses autos de recurso interposto pela contribuinte empresa APLITEC AERO AGRÍCOLA LTDA. , pelo qual requer a revisão da decisão contida no Ato Declaratório Executivo (ADE) nº 68, de 25 de novembro de 2005, o qual a excluiu do Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte (SIMPLES). Como consta do referido ADE, a exclusão: a) deuse via representação fiscal; b) a partir de dezembro de 2005; e c) foi motivada pela atividade exercida pela interessada de aplicações de defensivos agrícolas por via aérea e representações comerciais em geral, a qual é atividade de engenharia, vedada pelo art. 9°, XIII da Lei n° 9.317/96. Na Manifestação de Inconformidade/Impugnação, a impugnante: 1 – Argumentou que sua atividade não está vedada porque não está contida na legislação em comento (qual seja artigo 9º, inciso XIII, da Lei nº 9317/1996) e que seu objeto social também não está inserido no disposto do mesmo normativo, nem mesmo como assemelhados. 2 Esclareceu que a cláusula 8ª do seu Contrato Social dispõe sobre a obrigatoriedade de manutenção do engenheiro agrônomo habilitado junto ao CREA – Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, dada exigências do DAC – Deparmento de Aviação Civil. Contudo, a responsabilidade pela contratação e supervisão de engenheiro agrônomo fica por conta das contratantes, que fiscalizam sua atividade. 3 – Para comprovar que a exigência do DAC acima não engloba empresas constituídas antes de 2002, juntou cópia de contrato social da empresa SOCANA AVIAÇÃO AGRÍCOLA LTDA. que atua no mesmo ramo de atividade e que foi constituída em outubro de 2002, onde não consta a exigência do DAC. 4 – Alega que a responsabilidade técnica pelas aplicações de defensivos é dos contratantes, como consta de cláusula dos contratos de prestação de serviços. Portanto, a atividade propriamente dita da interessada não depende de serviço profissional de engenheiro, assemelhado ou qualquer outra profissão, cujo exercício dependa de habilitação profissional legalmente exigida. 5 – Da mesma forma, os pilotos podem ser de responsabilidade da contratante ou podem ser contratados pela Recorrente como autônomos ou prestadores de serviços. Mediante Acórdão lavrado pela 1ª Turma da Delegacia de Julgamento de Ribeirão Preto DRJ RPO, foi mantido o indeferimento tendo em vista que: 1 – A atividade da interessada está prevista no Decretolei nº 917, de 7 de outubro de 1969¸o qual foi regulamentado pelo Decreto nº 87.765, de 22 de dezembro de 1981. O parágrafo único do artigo 5º do referido Decreto dispõe que os candidatos ao curso de Aviação Agrícola deverão ser titulares de licença de piloto comercial ou privado. 2 – Pelos dispositivos legais apresentados, temse que a atividade exercida pela interessada pode ser realizada somente por engenheiro agrônomo, piloto habilitado em aviação agrícola e técnico em agropecuária com curso de executor técnico em aviação agrícola. 3 – Em relação à retroatividade da lei, consoante o artigo 24 da Instrução Normativa da SRF n° 355, de 2003, para as empresas que tenham optado pela sistemática do Fl. 2DF CARF MF Impresso em 15/02/2012 por ANDREA FERNANDES GARCIA - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 29/01/2012 por NEREIDA DE MIRANDA FINAMORE HO, Assinado digitalmente em 13/02/2012 por NELSON LOSSO FILHO, Assinado digitalmente em 29/01/2012 por NEREIDA DE MIRANDA FINAMO RE HO Processo nº 10840.003152/200549 Acórdão n.º 120200.609 S1C2T2 Fl. 82 3 SIMPLES até 27 de julho de 2001, prevalece a regra de transição, a partir do mês subsequente àquele em que se proceder à exclusão ou a partir de, no máximo, 1º de janeiro de 2002 4 – Indefere, por fim, a solicitação da interessada. Regularmente intimada da decisão supra mencionada em 13 de maio de 2005 (AR), a Interessada apresentou Recurso Voluntário assinado em 10 de junho do mesmo ano. Nessa ocasião reiterou os argumentos apresentados na Manisfestação de Inconformidade/Impugnação apresentada anteriormente, anexando jurisprudência administrativa sobre o assunto, e solicitando prazo para apresentação de novas provas ou mesmo uma alteração contratual com a exclusão do sócio engenheiro agrônomo, para dirimir dúvidas quanto à sua atividade estar inserida na sistemática do SIMPLES. Esse colegiado resolveu na sessão de 6 de abril de 2010 pela conversão em diligência nos termos da Resolução nº 120200.036, para que a recorrente comprovasse qual a relação jurídica entre o engenheiro agrônomo responsável pela prescrição do receituário agronômico e pela aplicação dos defensivos (nos termos da Resolução do CREA n° 344, de 27 de julho de 1990) e a sua empresa. Em resposta à diligência, a interessada informou em correspondência datada de 3 de novembro de 2010 (fls 611 e 612) que: “...aplicação de defensivos agrícolas, necessita de um engenheiro agrônomo que sempre vem a ser um engenheiro vinculado com empresa contratante e nunca através do engenheiro agrônomo da empresa ora interessada, conforme documentos anexos. Cabe ressaltar que a empresa interessada é composta em seu quadro societário de um engenheiro agrônomo o Sr. Marco Antônio Ranal, que integra referida sociedade apenas na função de sócio proprietário, sendo que não utiliza sua qualificação de engenheiro agrônomo para prescrição e aplicação de defensivos agrícolas, cabendo esta função exclusivamente aos engenheiros agrônomos indicados pelos contratantes e sem vínculos com a empresa interessada. Ainda, quanto a participação de um engenheiro agrônomo no quadro societário da aludida empresa, esta se faz necessária por determinação ANAC ao estabelecer exigências para a regularização da respectiva atividade empresarial. Contudo, muito embora o engenheiro agrônomo supra identificado, realmente participe do quadro societário da empresa interessada APLITEC AERO AGRICOLA LTDA, este não é responsável pela prescrição do receituário agronômico e aplicação dos defensivos, em conformidade com a argumentação supra devidamente comprovada pelos documentos acostados.” É o relatório Fl. 3DF CARF MF Impresso em 15/02/2012 por ANDREA FERNANDES GARCIA - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 29/01/2012 por NEREIDA DE MIRANDA FINAMORE HO, Assinado digitalmente em 13/02/2012 por NELSON LOSSO FILHO, Assinado digitalmente em 29/01/2012 por NEREIDA DE MIRANDA FINAMO RE HO Processo nº 10840.003152/200549 Acórdão n.º 120200.609 S1C2T2 Fl. 83 4 Voto Conselheira Nereida de Miranda Finamore Horta O Recurso preenche os requisitos de admissibilidade, portanto, dele conheço. Conforme relatado, o presente processo trata de pedido de reinclusão no Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte (SIMPLES), diante da edição do Ato Declaratório Executivo n° 68, de 25 de novembro de 2005, (fls. 28) que concluiu pela realização, por parte da Interessada, de atividade vedada, qual seja, a execução de aplicações de defensivos agrícolas por via aérea que é atividade de engenheiro agrônomo, pilotos devidamente licenciados pelo Ministério da Aeronáutica e técnicos em agropecuária. Na sessão de 6 de abril de 2010, esse colegiado resolveu pela conversão em diligência para que se verificasse a responsabilidade de um engenheiro, profissão regulamentada, na aplicação dos defensivos. Em resposta à diligência, a recorrente confirmou que a responsabilidade da prescrição e a aplicação dos defensivos é feita pelos engenheiros responsáveis que os clientes contratam, apesar de um dos sócios ser engenheiro agrônomo. Explicou que um dos sócios é engenheiro agrônomo por determinação da ANAC. Em pesquisa da legislação sobre aviação agrícola, ficou constatado que a obrigatoriedade de se ter um engenheiro agrônomo advém do Ministério da Agricultura através do Decreto nº 86.765, de 22 de dezembro de 1981, que regulamenta o DecretoLei nº 917/1969, o qual dispõe sobre o Emprego da Aviação Agrícola no País, a saber: “Art. 5º Toda empresa que, sob qualquer forma, inclua a exploração da aviação agrícola em seus objetivos, ou a realize em consonância com os interesses de sua exploração agropecuária, fica obrigada ao registro no Ministério da Agricultura. Art. 6º As empresas somente poderão obter registro e operar em Território Nacional, desde que atendam às seguintes exigências: I ter autorização de funcionamento do Ministério da Aeronáutica; II possuir engenheiro agrônomo, responsável pela coordenação das atividades a serem desenvolvidas com o emprego da aviação agrícola, devidamente registrado no CREA; III possuir pilotos devidamente licenciados pelo Ministério da Aeronáutica e portadores de certificado de conclusão do curso de aviação agrícola, desenvolvido ou reconhecido pelo Ministério da Agricultura e devidamente homologado pelo Departamento de Aviação Civil DAC; IV possuir responsáveis pela execução dos trabalhos de campo, que deverão ser técnicos em agropecuária, de nível médio, Fl. 4DF CARF MF Impresso em 15/02/2012 por ANDREA FERNANDES GARCIA - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 29/01/2012 por NEREIDA DE MIRANDA FINAMORE HO, Assinado digitalmente em 13/02/2012 por NELSON LOSSO FILHO, Assinado digitalmente em 29/01/2012 por NEREIDA DE MIRANDA FINAMO RE HO Processo nº 10840.003152/200549 Acórdão n.º 120200.609 S1C2T2 Fl. 84 5 possuidores de curso de executor técnico em aviação agrícola, desenvolvido ou reconhecido pelo Ministério da Agricultura; V possuir aeronave equipada dentro dos padrões técnicos estabelecidos pelos Ministérios da Agricultura e da Aeronáutica. Art. 7º O pedido de registro das empresas deverá ser dirigido ao Delegado Federal de Agricultura do Ministério da Agricultura, nos Estados, e instruído com os seguintes elementos: I contrato social ou documento equivalente; II certidão do ato de autorização, expedida pelo órgão competente do Ministério da Aeronáutica; III certidão de registro no CREA; IV número de inscrição no Cadastro Geral de Contribuintes; V registro na Junta Comercial; VI prova de contrato de trabalho do Engenheiro Agrônomo responsável pela atividade aeroagrícola; VII relação das aeronaves a serem utilizadas pela empresa; VIII prova de registro da propriedade das aeronaves, de acordo com o que preceitua o Código Brasileiro do Ar. Art. 8º Qualquer alteração ocorrida na documentação de que trata o artigo anterior, posteriormente ao registro, deverá ser comunicada ao Ministério da Agricultura, no prazo máximo de 30 (trinta) dias. Em sendo obrigatório para o registro e para que opere no Território Nacional que haja um engenheiro agrônomo vinculado à empresa de defensivos agrícolas, consoante determinação do Ministério da Agricultura, atual Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, estamos sim diante de uma atividade vedada pelo artigo 9º, inciso XIII, da Lei nº 9317/1996. A obrigatoriedade imposta vincula a responsabilidade do engenheiro, enquanto profissão regulamentada, sua tarefa não é simplesmente aplicar o defensivo, via aérea, mas ter um engenheiro agrônomo que coordene essas tarefas, como disposto no normativo acima. O artigo 9°, inciso XIII, da Lei n° 9.317, de 1996, dispõe que: "Artigo 9o Não poderá optar pelo SIMPLES a pessoa jurídica: (...) XIII que preste serviços profissionais de corretor, representante comercial, despachante, ator, empresário, diretor ou produtor de espetáculos, cantor, músico, dançarino, médico, dentista, enfermeiro, veterinário, engenheiro, arquiteto, físico, químico, economista, contador, auditor, consultor, estatístico, administrador, Fl. 5DF CARF MF Impresso em 15/02/2012 por ANDREA FERNANDES GARCIA - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 29/01/2012 por NEREIDA DE MIRANDA FINAMORE HO, Assinado digitalmente em 13/02/2012 por NELSON LOSSO FILHO, Assinado digitalmente em 29/01/2012 por NEREIDA DE MIRANDA FINAMO RE HO Processo nº 10840.003152/200549 Acórdão n.º 120200.609 S1C2T2 Fl. 85 6 programador, analista de sistema, advogado, psicólogo, professor, jornalista, publicitário, fisicultor ou assemelhados, e de qualquer outra profissão cujo exercício dependa de habilitação profissional legalmente exigida; (grifei) Desse modo, com base nessa obrigatoriedade, não é possível transferir a responsabilidade do engenheiro ao seus clientes, uma vez que o Ministério obriga a empresa a ter um engenheiro agrônomo responsável pela coordenação dessas atividades. Pelo exposto, voto por Negar provimento ao Recurso Voluntário, para manter o Ato Declaratório Executivo DRF/SOR nº.788, de 2 de agosto de 2004, referente à exclusão do SIMPLES. (documento assinado digitalmente) Nereida de Miranda Finamore Horta Relatora Fl. 6DF CARF MF Impresso em 15/02/2012 por ANDREA FERNANDES GARCIA - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 29/01/2012 por NEREIDA DE MIRANDA FINAMORE HO, Assinado digitalmente em 13/02/2012 por NELSON LOSSO FILHO, Assinado digitalmente em 29/01/2012 por NEREIDA DE MIRANDA FINAMO RE HO
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Numero do processo: 11020.722018/2011-13
Turma: Segunda Turma Extraordinária da Terceira Seção
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Mon May 05 00:00:00 UTC 2025
Data da publicação: Thu Jun 05 00:00:00 UTC 2025
Ementa: Assunto: Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI
Período de apuração: 01/01/2006 a 31/12/2010
IPI. SUSPENSÃO. ART. 39, I, II E § 2º DA LEI Nº 9.532/97.
As saídas de mercadorias de estabelecimento industrial destinadas à exportação somente poderão sair com suspensão do IPI nas hipóteses das operações que atendam aos requisitos da legislação do IPI e aquelas atinentesao despacho aduaneiro e ao regime especial de trânsito aduaneiro, ambos de exportação, quando tais operações requerem controle aduaneiro sobre mercadorias cujo destino é a exportação direta.
Não cabe ao julgador administrativo estender o rol das hipóteses de suspensão prevista no art. 39 da Lei n° 9.532/97 ao cumprimento de outros requisitos a cargo de terceiros empresa comercial exportadora, não previstas em Lei. Aplicação do art. 111 caput e inciso I, do CTN.
REFRIGERANTES, REFRESCOS E NÉCTARES DA POSIÇÃO 2202.10.00.
ATO DECLARATÓRIO.EFEITOS RETROATIVOS. IMPOSSIBILIDADE.
A redução de 50% das alíquotas do IPI prevista para os produtos da posição 2202.10.00 depende de prévia emissão de ato declaratório da Secretaria da Receita Federal.
Assunto: Processo Administrativo Fiscal
Período de apuração: 01/01/2006 a 31/12/2010
ÔNUS DA PROVA. FATO CONSTITUTIVO DO DIREITO NOQUAL SE FUNDAMENTA A AÇÃO.
Cabe ao interessado a prova dos fatos que tenha alegado.
Numero da decisão: 3002-003.593
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao Recurso Voluntário.
Assinado Digitalmente
GISELA PIMENTA GADELHA DANTAS – Relator
Assinado Digitalmente
Renato Câmara Ferro Ribeiro de Gusmão – Presidente
Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros Gisela Pimenta Gadelha, Keli Campos de Lima, Luiz Carlos de Barros Pereira, Luiz Felipe de Rezende Martins Sardinha, Neiva Aparecida Baylon, Renato Câmara Ferro Ribeiro de Gusmão (Presidente)
Nome do relator: GISELA PIMENTA GADELHA
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SUSPENSÃO. ART. 39, I, II E § 2º DA LEI Nº 9.532/97. As saídas de mercadorias de estabelecimento industrial destinadas à exportação somente poderão sair com suspensão do IPI nas hipóteses das operações que atendam aos requisitos da legislação do IPI e aquelas atinentes ao despacho aduaneiro e ao regime especial de trânsito aduaneiro, ambos de exportação, quando tais operações requerem controle aduaneiro sobre mercadorias cujo destino é a exportação direta. Não cabe ao julgador administrativo estender o rol das hipóteses de suspensão prevista no art. 39 da Lei n° 9.532/97 ao cumprimento de outros requisitos a cargo de terceiros empresa comercial exportadora, não previstas em Lei. Aplicação do art. 111 caput e inciso I, do CTN. REFRIGERANTES, REFRESCOS E NÉCTARES DA POSIÇÃO 2202.10.00. ATO DECLARATÓRIO. EFEITOS RETROATIVOS. IMPOSSIBILIDADE. A redução de 50% das alíquotas do IPI prevista para os produtos da posição 2202.10.00 depende de prévia emissão de ato declaratório da Secretaria da Receita Federal. Assunto: Processo Administrativo Fiscal Período de apuração: 01/01/2006 a 31/12/2010 ÔNUS DA PROVA. FATO CONSTITUTIVO DO DIREITO NO QUAL SE FUNDAMENTA A AÇÃO. Cabe ao interessado a prova dos fatos que tenha alegado. Fl. 9193DF CARF MF Original D O C U M E N T O V A L ID A D O ACÓRDÃO 3002-003.593 – 3ª SEÇÃO/2ª TURMA EXTRAORDINÁRIA PROCESSO 11020.722018/2011-13 2 ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao Recurso Voluntário. Assinado Digitalmente GISELA PIMENTA GADELHA DANTAS – Relator Assinado Digitalmente Renato Câmara Ferro Ribeiro de Gusmão – Presidente Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros Gisela Pimenta Gadelha, Keli Campos de Lima, Luiz Carlos de Barros Pereira, Luiz Felipe de Rezende Martins Sardinha, Neiva Aparecida Baylon, Renato Câmara Ferro Ribeiro de Gusmão (Presidente) RELATÓRIO Trata-se de Recurso Voluntário interposto em face do acórdão que julgou improcedente a impugnação oposta em face do auto de infração relativo a créditos de IPI, no valor total de R$ 1.201781,07, apurado no período de 01/01/2006 a 31/12/2010. O Relatório Fiscal informa o descumprimento dos requisitos necessários à suspensão do IPI e, ainda, alega que teria havido a comercialização no mercado interno, de produtos sem o destaque de IPI ou com recolhimento a menor, vejamos: Fl. 9194DF CARF MF Original D O C U M E N T O V A L ID A D O ACÓRDÃO 3002-003.593 – 3ª SEÇÃO/2ª TURMA EXTRAORDINÁRIA PROCESSO 11020.722018/2011-13 3 Regularmente intimado, o interessado apresentou Impugnação, na qual, em síntese, alegou que as provas acostadas seriam capazes de demonstrar a ocorrência da exportação via balcão; que o produto MARABÁ possui registros regulares junto ao Ministério da Agricultura e que os produtos com NCM 2205 e 2208 teriam alíquota zero. Também alega a inexistência de fraude com o consequente afastamento da multa de 75%. Em julgamento, acordaram os membros da 2ª Turma, por unanimidade de votos, julgar improcedente impugnação para manter o crédito tributário exigido: ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS - IPI Período de apuração: 01/01/2006 a 31/12/2010 SUSPENSÃO. VENDAS COM FIM ESPECÍFICO DE EXPORTAÇÃO. REQUISITOS LEGAIS. COMPROVAÇÃO. As vendas à comercial exportadora poderão sair com a suspensão do IPI, se atendidos os requisitos legais da venda com fim específico de exportação, que exigem a comprovação de que foram remetidos diretamente para embarque ou para recinto alfandegado, por conta ordem da empresa comercial exportadora, sendo que tais condições devem ser aferidas ao tempo da venda ao exportador. A comprovação da exportação dos produtos não constitui hipótese de caracterização do fim específico de exportação. PRODUTOS CLASSIFICADOS NO CÓDIGO 2202.1000 DA TIPI. BENEFÍCIO DA REDUÇÃO DE 50% NA ALÍQUOTA APLICÁVEL. DESCUMPRIMENTO DOS REQUISITOS NECESSÁRIOS. A redução da alíquota de que trata a Nota Complementar NC 22-1 da TIPI, relativa aos refrigerantes e refrescos, contendo suco de fruta ou extrato de sementes de guaraná, classificados no código 2202.1000, que atendam aos padrões de identidade e qualidade exigidos pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e estejam registrados no órgão competente desse Ministério, não é auto aplicável apenas em razão do produto industrializado. O contribuinte deve atender aos padrões de identidade e qualidade exigidos pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e possuir, ele próprio, registro no órgão competente desse Ministério. Impugnação Improcedente Crédito Tributário Mantido Irresignado, o Recorrente interpôs Recurso Voluntário, reiterando os argumentos anteriormente apresentados em sede de impugnação. Fl. 9195DF CARF MF Original D O C U M E N T O V A L ID A D O ACÓRDÃO 3002-003.593 – 3ª SEÇÃO/2ª TURMA EXTRAORDINÁRIA PROCESSO 11020.722018/2011-13 4 É o relatório. VOTO Gisela Pimenta Gadelha Dantas, Conselheira Relatora. Requisitos para suspensão do IPI na exportação: O Relatório Fiscal informa que para haver fruição da suspensão do IPI na saída do produto da indústria, é preciso existir remessa direta dos produtos para embarque de exportação ou recinto alfandegário. Informa ainda que em resposta à intimação fiscal, o contribuinte teria declarado que os produtos vendidos para empresas comerciais exportadoras nos anos-calendário de 2006 a 2010, foram remetidos para depósitos próprios na sede de cada empresa comercial exportadora, restando caracterizado, assim, o descumprimento do requisito a que estaria condicionada a suspensão do IPI nas operações realizadas. Em sentido contrário, a Recorrente informa que a exportação via balcão se dá por conta e ordem, havendo regramento específico para a desoneração do IPI com respaldo na IN da RFB nº 1252 e que pela análise das provas juntadas seria possível verificar a ocorrência de fato da exportação. É o que passo a analisar. No presente caso, impõe-se perquirir se saídas de bebidas alcoólicas do estabelecimento industrial da recorrente atenderam aos requisitos para gozar do benefício da suspensão do IPI nos exatos termos requeridos pelo art. 39 da Lei nº 9.532/97. A legislação que disciplina o cerne do litígio encontra-se no art. 39 da Lei nº 9.532/97, in verbis: Art. 39. Poderão sair do estabelecimento industrial, com suspensão do IPI, os produtos destinados à exportação, quando: I - adquiridos por empresa comercial exportadora, com o fim específico de exportação; II -remetidos a recintos alfandegados ou a outros locais onde se processe o despacho aduaneiro de exportação. Fl. 9196DF CARF MF Original D O C U M E N T O V A L ID A D O ACÓRDÃO 3002-003.593 – 3ª SEÇÃO/2ª TURMA EXTRAORDINÁRIA PROCESSO 11020.722018/2011-13 5 § 1º Fica assegurada a manutenção e utilização do crédito do IPI relativo às matérias primas, produtos intermediários e material de embalagem utilizados na industrialização dos produtos a que se refere este artigo. §2º - Consideram-se adquiridos com o fim específico de exportação os produtos remetidos diretamente do estabelecimento industrial para embarque de exportação ou para recintos alfandegados, por conta e ordem da empresa comercial exportadora. § 3º A empresa comercial exportadora fica obrigada ao pagamento do IPI que deixou de ser pago na saída dos produtos do estabelecimento industrial, nas seguintes hipóteses: a) transcorridos 180 dias da data da emissão da nota fiscal de venda pelo estabelecimento industrial, não houver sido efetivada a exportação; b) os produtos forem revendidos no mercado interno; c) ocorrer a destruição, o furto ou roubo dos produtos. § 4º Para efeito do parágrafo anterior, considera-se ocorrido o fato gerador e devido o IPI na data da emissão da nota fiscal pelo estabelecimento industrial. Destaco um trecho do voto vencedor, proferido nos autos do Processo nº 11444.000808/200779, pelo Conselheiro Paulo Roberto Duarte Moreira na sessão de 25 de maio de 2017, vejamos: “Identificam-se 04 (quatro) possibilidades de operações que permitem a operação, e os procedimentos necessários. 1ª operação suspensa - art. 39, I e § 2º, primeira parte. O estabelecimento vende a mercadoria industrializada à comercial exportadora, que a remete diretamente do estabeleci mento industrial para embarque de exportação por sua conta e ordem. Esta condição "por conta e ordem" exige que a comercial exportadora providencie os trâmites legais para saída da mercadoria vendida para importador no exterior. A "remessa para embarque de exportação" significa que a mercadoria seguirá diretamente do estabelecimento industrial para o ponto em que se dará sua saída com destino ao exterior. Pressupõe, portanto, operação com todos os trâmites de exportação realizado, quais sejam, o despacho, o desembaraço e o início de trânsito aduaneiro de exportação, com as cautelas legais, em atendimento aos comandos dos arts. 11, incisos II e III e 12 da IN SRF 28/1994. Especialmente quanto ao trânsito até o ponto de saída no território nacional, é realizado sob o regime aduaneiro especial de trânsito aduaneiro que prevê uma s érie de cautelas que visam garantir a integridade da carga transportada. Assim, a le Fl. 9197DF CARF MF Original D O C U M E N T O V A L ID A D O ACÓRDÃO 3002-003.593 – 3ª SEÇÃO/2ª TURMA EXTRAORDINÁRIA PROCESSO 11020.722018/2011-13 6 gislação requer transportadora previamente habilitada a operar com carga sob controle aduaneiro, exigência de assunção de responsabilidades pelos tributos suspensos mediante a assinatura de Termo de Responsabilidade, aposição de lacres, determinação de rota e horário pa ra chegada a serem cumpridos, finalizando com a conclusão de trânsito no momento de embarque de exportação, conforme as disposições da IN SRF 248/2002. 2ª operação suspensa - art. 39, I e § 2º, segunda parte. O estabelecimento vende a mercadoria industrializada à comercial exportadora, que a remete diretamente do estabelecimento industrial para recinto alfandegado por sua conta e ordem. Nesta situação a condição "por conta e ordem" exige que a comercial exportadora providencie tão só o envio para recinto alfandegado local sob controle aduaneiro, com legislação específica que atribui ao depositário a responsabilidade para a guarda e entrega da mercadoria para embarque de exportação (quando assim determinar a comercial exportadora). O controle da entrada, permanência e saída da mercadoria para embarque de exportação é realizado pelo administrador do recinto, do qual sairá mediante despacho e desembaraço aduaneiro de exportação e, se for o caso, do trânsito aduaneiro. Somente difere da primeira operação no fato de que não sai do estabelecimento industrial sob controle aduaneiro, uma vez que este se inicia na entrada no recinto alfandegado. 3ª operação suspensa - art. 39, II, primeira parte. O estabelecimento industrial remete a mercadoria fabricada com destino à exportação para recinto alfandegado por sua conta e ordem. Nesta situação, ainda que tenha sido realizada uma venda direta para o exterior (pelo contribuinte fabricante), a esta não será remetida diretamente; permanecerá depositada em recinto alfandegado sob controle aduaneiro. Pressupõe tão só que a mercadoria esteja depositada aguardando os procedimentos de embarque com destino ao exterior. O controle aduaneiro e a saída para embarque terá o mesmo procedimento descrito na "2ª operação suspensa". 4ª operação suspensa - art. 39, II, segunda parte. O contribuinte vende a mercadoria industrializada em seu estabelecimento à adquirente no exterior em operação de exportação, remetendo-a diretamente para os locais onde se processa o despacho aduaneiro. O termo "remetido ... a outros locais onde se processa o despacho aduaneiro de exportação” significa que a mercadoria seguirá diretamente do estabelecimento industrial para um local alfandegado diferente de recinto alfandegado no qual se concluirá os trâmites de despacho aduaneiro com fins à exportação de mercadoria vendida em operação de exportação.” No presente caso, as mercadorias vendidas para empresa comercial exportadora foram entregues na sede das próprias empresas, conforme atestado pela própria Recorrente, em resposta a intimação fiscal, vejamos: Fl. 9198DF CARF MF Original D O C U M E N T O V A L ID A D O ACÓRDÃO 3002-003.593 – 3ª SEÇÃO/2ª TURMA EXTRAORDINÁRIA PROCESSO 11020.722018/2011-13 7 Nesse sentido, entendo que não foi cumprido o requisito legal para que a saída do produto pudesse usufruir da suspensão do IPI. Assim, inclusive, tem entendimento este Egrégio Conselho Administrativo, vejamos: ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS IPI Período de apuração: 01/01/2002 a 31/08/2003 IPI. SUSPENSÃO. ART. 39, I, II E § 2º DA LEI Nº 9.532/97. As saídas de mercadorias de estabelecimento industrial destinadas à exportação somente poderão sair com suspensão do IPI nas hipóteses das operaç ões que atendam aos requisitos da legislação do IPI e aquelas atinentes ao despacho aduaneiro e ao regime especial de trânsito aduaneiro, ambos de exportação, quando tais operações requerem controle aduaneiro sobre mercadorias cujo destino é a exportação direta. Não cabe ao julgador administrativo estender o rol das hipóteses de suspensão prevista no art. 39 da Lei n° 9.532/97 ao cumprimento de outros requisitos a cargo de terceiros empresa comercial exportadora, não previstas em Lei. Aplicação do art. 111 caput e inciso I, do CTN. [...](Acórdão nº 3201002.867 – 2ª Câmara / 1ª Turma Ordinária Sessão de 25 de maio de 2017 Matéria Imposto sobre Produtos Industrializados) Bebidas classificadas nas posições 2205 e 2208, sem o destaque do IPI na nota fiscal: A Norma Complementar NC nº 221 à Tabela de Incidência do IPI TIPI tem a seguinte redação: Fl. 9199DF CARF MF Original D O C U M E N T O V A L ID A D O ACÓRDÃO 3002-003.593 – 3ª SEÇÃO/2ª TURMA EXTRAORDINÁRIA PROCESSO 11020.722018/2011-13 8 “NC (221). Ficam reduzidas de cinquenta por cento as alíquotas do IPI relativas aos refrigerantes e refrescos, contendo suco de fruta ou extrato de sementes de guaraná, classificados no código 2202.10.00, que atendam aos padrões de identidade e qualidade exigidos pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e estejam registrados no órgão competente desse Ministério.” Já o art. 65 do Decreto n° 4.544, de 26 de dezembro de 2002 (RIPI/2002), vigente à época dos fatos, exigia declaração prévia da SRF, hoje RFB: “Art. 65. Haverá redução: I das alíquotas de que tratam as Notas Complementares NC (211) e NC (22- 1) da TIPI, que serão declaradas, em cada caso, pela SRF, após audiência do órgão competente do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento MAPA, quanto ao cumprimento dos requisitos previstos para a concessão do benefício;(...)” Portanto, inexistindo a declaração de que trata o dispositivo acima, não há co mo dar guarida à pretensão recursal, tanto que a Portaria Interministerial nº 113, de 04 de março de 1977, obriga o órgão local da Receita Federal a informar os antecedentes fiscais do requerente no processo que deverá ser encaminhado ao órgão local do Ministério da A gricultura, com posterior retorno para a emissão do competente Ato Declaratório, evidencia ndo a necessidade de prévia expedição do ato administrativo como condição ao aproveitam ento da redução (a redução de alíquotas aqui tratada foi estabelecida no Decreto nº 75.569, de 25 de abril de 1975). Confira-se: Art. 1º. Consideram-se incluídos no destaque ("ex") constante do Anexo V do Decreto nº 75.659, de 25 de abril de 1975, com a redação que lhe foi dada pelo Decreto nº 75.808, de 2 de junho de 1975, os refrigerantes e refrescos, naturais, que contenham extrato de sem ente, de acordo com os padrões fixados pelo Ministério da Agricultura, e que possuam "Certificado de Regis tro" expedido pelo órgão competente daquele Ministério. Fl. 9200DF CARF MF Original D O C U M E N T O V A L ID A D O ACÓRDÃO 3002-003.593 – 3ª SEÇÃO/2ª TURMA EXTRAORDINÁRIA PROCESSO 11020.722018/2011-13 9 Art. 2º. A redução de alíquota conferida pelo artigo 1º do Decreto número 75.659, de 25 de abril de 1975, relativas a bebidas incluídas no destaque constante no Ane xo a que se refere o artigo anterior, será declarada pela Secretaria da Receita Fede ral, em cada caso, após audiência do órgão competente do Ministério da Agricultur a quanto à conformidade do produto com as características exigidas nos padrões de identidade e qualidade estabelecidas pelo Decreto número 73.267, de 6 de dezembr o de 1973, e pelos atos complementares baixados por aquele Ministério. Art. 3º. Os Ministros da Fazenda e Agricultura expedirão as normas complementares necessárias à execução do disposto neste Decreto. Art. 4º. Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação, salvo quanto ao disposto em seu artigo 2º, que vigorará a partir de 1 de novembro de 1976. Nesse sentido vem decidindo este Egrégio Conselho Administrativo, vejamos: ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS IPI Período de apuração: 01/01/2005 a 31/12/2008 REFRIGERANTES, REFRESCOS E NÉCTARES DA POSIÇÃO 2202.10.00. REDUÇÃO DE ALÍ QUOTA. CONDIÇÕES. ATO DECLARATÓRIO. PRODUÇÃO DE EFEITOS RETROATIVOS. IM POSSIBILIDADE. A redução de 50% das alíquotas do IPI prevista para os produtos da posição 2202.10.00 depende de prévia emissão de ato declaratório da Secretaria da Receita Federal. Recurso Especial do Contribuinte negado. (Acórdão nº 9303005.438 – 3ª Turma Sessão de 26 de julho de 2017) Produtos da classificação NCM 2202.1000 da TIPI, sem o destaque do IPI ou com destaque inferior ao efetivamente devido: Segundo consta no Relatório Fiscal, a Recorrente teria informado que na troca do aplicativo de emissão de notas fiscais teria havido falhas na parametrização, ocasionando a emissão de notas fiscais sem o destaque de IPI. Para algumas notas a empresa comprovou o lançamento de IPI com a emissão de nota fiscal complementar, e para outras teria demonstrado tratar-se de alíquota zero. Sendo certo que as demais notas fiscais não comprovadas foram objeto de lançamento (anexo II - fls. 432/447), não deve haver reparo no lançamento quanto este item, tendo em vista que é ônus da Recorrente comprovar a materialidade dos fatos alegados. Fl. 9201DF CARF MF Original D O C U M E N T O V A L ID A D O ACÓRDÃO 3002-003.593 – 3ª SEÇÃO/2ª TURMA EXTRAORDINÁRIA PROCESSO 11020.722018/2011-13 10 Conclusão: Por todo o acima exposto, voto no sentido de negar provimento ao Recurso Voluntário. É como voto. Assinado Digitalmente GISELA PIMENTA GADELHA DANTAS Fl. 9202DF CARF MF Original Acórdão Relatório Voto
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Numero do processo: 13334.000276/2009-12
Turma: Primeira Turma Especial da Terceira Seção
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Tue Nov 27 00:00:00 UTC 2012
Data da publicação: Thu Dec 27 00:00:00 UTC 2012
Ementa: Assunto: Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI
Exercício: 2009
REDUÇÃO DE ALÍQUOTA DO IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS - RECONHECIMENTO
O benefício da redução de alíquota do Imposto Sobre Produtos Industrializados - IPI incide sobre refrigerantes somente pode ser reconhecida após a apresentação do pleito na SRF.
Numero da decisão: 3801-001.600
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso, nos termos do relatorio e votos que integram o presente julgado.
(assinado digitalmente)
Flavio de Castro Pontes - Presidente.
(assinado digitalmente)
SIDNEY EDUARDO STAHL - Relator.
EDITADO EM: 18/12/2012
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros, José Luiz Bordignon, Sidney Eduardo Stahl, Marcos Antonio Borges, Paulo Antonio Caliendo Velloso da Silveira, Maria Inês Caldeira Pereira da Silva Murgel e Flávio De Castro Pontes (Presidente).
Nome do relator: SIDNEY EDUARDO STAHL
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Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso, nos termos do relatorio e votos que integram o presente julgado. (assinado digitalmente) Flavio de Castro Pontes Presidente. (assinado digitalmente) SIDNEY EDUARDO STAHL Relator. EDITADO EM: 18/12/2012 Participaram da sessão de julgamento os conselheiros, José Luiz Bordignon, Sidney Eduardo Stahl, Marcos Antonio Borges, Paulo Antonio Caliendo Velloso da Silveira, Maria Inês Caldeira Pereira da Silva Murgel e Flávio De Castro Pontes (Presidente). AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 13 33 4. 00 02 76 /2 00 9- 12 Fl. 212DF CARF MF Impresso em 27/12/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 19/12/2012 por SIDNEY EDUARDO STAHL, Assinado digitalmente em 19/12/2012 por SIDNEY EDUARDO STAHL, Assinado digitalmente em 20/12/2012 por FLAVIO DE CASTRO PONTES 2 Relatório Trata o presente processo administrativo de pedido de reconhecimento e declaração de redução de alíquota do IPI – exercício de 2009 – realizado em 03.11.2009 (fls. 1/3) incidente sobre a produção de refrigerantes, com base no artigo 65 do Decreto nº 4.544/02 (Regulamento do IPI de 2002), mais precisamente nos termos da Norma Complementar “NC 221”, que embora indeferido por despacho decisório da autoridade administrativa, sob o fundamento de ausência de fundamentação legal (fls. 103), restou parcialmente deferido pela Delegacia da Receita Federal de Julgamento de origem (fls. 157/162), em sede de manifestação de inconformidade, para reconhecer a referida redução apenas a partir do efetivo protocolo do pedido administrativo perante a Delegacia da Receita Federal de origem. Para a exata verificação acerca das características do refrigerante produzido pelo contribuinte e adequação aos termos da “NC 221”, a autoridade fiscal de origem requereu às fls. 17 a manifestação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA, que por sua vez atestou às fls. 22 que o referido produto, registrado em 05.05.2009, “enquadrase aos Padrões de Identidade e Qualidade exigidos por este Ministério”. Os autos do processo transitaram por diferentes órgãos da Receita Federal, onde foram requeridas informações relativas à regularidade e antecedentes fiscais do contribuinte, até finalmente serem remetidos à Delegacia da Receita Federal em Niterói – RJ, onde foi proferido o despacho decisório de fls. 103, que após discorrer acerca da legislação do IPI desde o Decreto nº 75.659/75, e diversas outras normas que lhe seguiram posteriormente, indeferiu o pedido de declaração para a redução da alíquota por entender que o Decreto nº 7.212/2010 (Regulamento do IPI) “nada dispõe acerca da prévia declaração da Secretaria da Receita Federal do Brasil em relação ao disposto na Nota Complementar NC (221) da TIPI.” Inconformado, apresentou o contribuinte manifestação de inconformidade às fls105/118, que foi julgada parcialmente procedente através do acórdão de fls. 157/162, assim ementado: “Assunto: Imposto Sobre Produtos Industrializados – IPI Exercício: 2009 IPI. REDUÇÃO DE ALÍQUOTA. NC (221). RECONHECIMENTO É de se reconhecer, a partir da data de protocolo do pedido, o direito à redução de alíquota para refrigerante que atenda Às condições da NC (221) da TIPI e que, à data de apresentação do pleito perante a Receita Federal, encontravase devidamente registrado no órgão competente do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Manifestação de Inconformidade Procedente em Parte. Sem Crédito em Litígio” O acórdão acima entendeu que embora após o advento do Regulamento do IPI de 2010 (Decreto nº 7.212/2010) realmente não haja a necessidade de declaração pela Receita Federal para o aproveitamento da alíquota reduzida nos termos da NC 221, diante do Fl. 213DF CARF MF Impresso em 27/12/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 19/12/2012 por SIDNEY EDUARDO STAHL, Assinado digitalmente em 19/12/2012 por SIDNEY EDUARDO STAHL, Assinado digitalmente em 20/12/2012 por FLAVIO DE CASTRO PONTES Processo nº 13334.000276/200912 Acórdão n.º 3801001.600 S3TE01 Fl. 214 3 pedido do contribuinte deveria ter sido proferida manifestação quanto ao direito pleiteado. Nesse sentido, manifestado o entendimento de que “(...) no caso específico da declaração da redução de alíquota com amparo na NC (221), o ato declaratório deve retroagir seus efeitos à data do protocolo, na Receita Federal, do pedido de redução da alíquota, desde que, nesta data, já se encontre devidamente registrado perante o MAPA.” O entendimento da DRJ de origem acima consubstanciase, essencialmente, no argumento de que a desoneração relativa à alíquota com base no NC 221 não é autoaplicável, dependendo de manifestação do contribuinte para a sua fruição. Nesse sentido restou consignado no voto condutor no acórdão recorrido que “Essa manifestação ser concretiza com a apresentação do pedido de redução de alíquota perante a Receita Federal, órgão competente para declarar o direito a essa redução. Ocorre que, por tratarse de um benefício, sua utilização é opcional, sendo que apenas a partir da formalização do pleito perante a administração tributária fica consignada a vontade do contribuinte de usufruir a redução. Desta forma, não vejo como retroagir o direito à redução de alíquota à data de registro do refrigerante no Ministério da Agricultura.” Discordando do posicionamento acima, apresenta o contribuinte o Recurso Voluntário de fls. 178/192 através do qual requer seja reconhecida a redução da alíquota do refrigerante objeto desses autos a partir da data do seu registro no “MAPA”, e não a partir da data do protocolo do pedido administrativo, pois entende que o direito à redução da alíquota deve ser apenas declarado pela autoridade administrativa através do ato competente, que por sua vez, apenas confirma direito objetivo e preexistente, e não o constitui. Entende que “O direito à aplicação da alíquota reduzida decorre apenas e tão somente do reconhecimento dos critérios vinculados ao PRODUTO (...)” É o relatório. Fl. 214DF CARF MF Impresso em 27/12/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 19/12/2012 por SIDNEY EDUARDO STAHL, Assinado digitalmente em 19/12/2012 por SIDNEY EDUARDO STAHL, Assinado digitalmente em 20/12/2012 por FLAVIO DE CASTRO PONTES 4 Voto Conselheiro Sidney Eduardo Stahl, O recurso é tempestivo e reúne os demais pressupostos de admissibilidade, razão pela qual dele se conhece. A questão sob análise cingese à momento que se autoriza a redução de alíquota do IPI incidente sobre a produção de refrigerantes e refrescos. Se, conforme a RFB, somente a partir da formalização do pleito perante a própria SRF ou a partir do registro do produto no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA, nos termos apontados pela contribuinte. O pedido do contribuinte encontra fundamento no artigo 65 do Decreto nº 4.544/02 cumulado com a Norma Complementar “NC 221”, que assim dispõe: “Art. 65. Haverá redução: I das alíquotas de que tratam as Notas Complementares NC (211) e NC (221) da TIPI, que serão declaradas, em cada caso, pela SRF, após audiência do órgão competente do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento MAPA, quanto ao cumprimento dos requisitos previstos para a concessão do beneficio;” “NC (221) Ficam reduzidas de cinqüenta por cento as alíquotas do IPI relativas aos refrigerantes e refrescos, contendo suco de fruta ou extrato de sementes de guaraná, classificados no código 2202.10.00, que atendam aos padrões de identidade e qualidade exigidos pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e estejam registrados no órgão competente desse Ministério.” Não há no presente processo qualquer negativa por parte do fisco quanto à fruição da redução de alíquota por parte do contribuinte, somente o momento em que a redução de alíquota pode ser aproveitada é que é objeto de discussão. O benefício, como visto, foi instituído conforme o artigo 65 do Decreto nº 4.544/02 cumulado com a Norma Complementar “NC 221, supra citado. A norma não informa que a SRF pode determinar o momento em que se possa utilizar o benefício, mas é claro que o contribuinte precisa do respectivo ato declaratório emitido pela SRF porque a norma estabelece que cabe a SRF declarar que a empresa está apta a utilizálo, ouvido o Ministério competente. A declaração por parte da Receita Federal é cumprimento de obrigação acessória fundamental à fruição do benefício. O inadimplemento da obrigação acessória prejudica o sujeito ativo na medida em que deixa de cumprir a finalidade controlística para a qual foi criada e priva o contribuinte da benesse constante da prestação principal com efeitos ex tunc do seu protocolo, porque a lei a exige. Fl. 215DF CARF MF Impresso em 27/12/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 19/12/2012 por SIDNEY EDUARDO STAHL, Assinado digitalmente em 19/12/2012 por SIDNEY EDUARDO STAHL, Assinado digitalmente em 20/12/2012 por FLAVIO DE CASTRO PONTES Processo nº 13334.000276/200912 Acórdão n.º 3801001.600 S3TE01 Fl. 215 5 Portanto, em razão da redução da alíquota do IPI nos termos do artigo 65 do Decreto nº 4.544/02 e da “NC (221)” estar condicionada à qualidade dos produtos contemplados em referidas normas atestado pelo MAPA e à declaração da Secretaria da Receita Federal até a expedição do Decreto nº 7.212, de 15 de junho de 2010. Como a opção do contribuinte ocorre somente quando do pedido realizado na SRF, o prazo para usufruir desse benefício igualmente só pode ocorrer a partir do protocolo do pleito, como corretamente decidiu a DRJ. Desse modo, voto no sentido de negar provimento ao Recurso Voluntário (assinado digitalmente) Sidney Eduardo Stahl, Fl. 216DF CARF MF Impresso em 27/12/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 19/12/2012 por SIDNEY EDUARDO STAHL, Assinado digitalmente em 19/12/2012 por SIDNEY EDUARDO STAHL, Assinado digitalmente em 20/12/2012 por FLAVIO DE CASTRO PONTES
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Numero do processo: 13334.000151/2009-84
Turma: Primeira Turma Especial da Terceira Seção
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Tue Nov 27 00:00:00 UTC 2012
Data da publicação: Thu Dec 27 00:00:00 UTC 2012
Ementa: Assunto: Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI
Exercício: 2009
REDUÇÃO DE ALÍQUOTA DO IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS - RECONHECIMENTO
O benefício da redução de alíquota do Imposto Sobre Produtos Industrializados - IPI incide sobre refrigerantes somente pode ser reconhecida após a apresentação do pleito na SRF.
Numero da decisão: 3801-001.598
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso, nos termos do relatorio e votos que integram o presente julgado.
(assinado digitalmente)
Flavio de Castro Pontes - Presidente.
(assinado digitalmente)
SIDNEY EDUARDO STAHL - Relator.
EDITADO EM: 18/12/2012
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros, José Luiz Bordignon, Sidney Eduardo Stahl, Marcos Antonio Borges, Paulo Antonio Caliendo Velloso da Silveira, Maria Inês Caldeira Pereira da Silva Murgel e Flávio De Castro Pontes (Presidente).
Nome do relator: SIDNEY EDUARDO STAHL
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decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso, nos termos do relatorio e votos que integram o presente julgado. (assinado digitalmente) Flavio de Castro Pontes - Presidente. (assinado digitalmente) SIDNEY EDUARDO STAHL - Relator. EDITADO EM: 18/12/2012 Participaram da sessão de julgamento os conselheiros, José Luiz Bordignon, Sidney Eduardo Stahl, Marcos Antonio Borges, Paulo Antonio Caliendo Velloso da Silveira, Maria Inês Caldeira Pereira da Silva Murgel e Flávio De Castro Pontes (Presidente).
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Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso, nos termos do relatorio e votos que integram o presente julgado. (assinado digitalmente) Flavio de Castro Pontes Presidente. (assinado digitalmente) SIDNEY EDUARDO STAHL Relator. EDITADO EM: 18/12/2012 Participaram da sessão de julgamento os conselheiros, José Luiz Bordignon, Sidney Eduardo Stahl, Marcos Antonio Borges, Paulo Antonio Caliendo Velloso da Silveira, Maria Inês Caldeira Pereira da Silva Murgel e Flávio De Castro Pontes (Presidente). AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 13 33 4. 00 01 51 /2 00 9- 84 Fl. 217DF CARF MF Impresso em 27/12/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 19/12/2012 por SIDNEY EDUARDO STAHL, Assinado digitalmente em 19/12/2012 por SIDNEY EDUARDO STAHL, Assinado digitalmente em 20/12/2012 por FLAVIO DE CASTRO PONTES 2 Relatório Trata o presente processo administrativo de pedido de reconhecimento e declaração de redução de alíquota do IPI – exercício de 2009 – realizado em 01.06.2009 (fls. 1/2) incidente sobre a produção de refrigerantes, com base no artigo 65 do Decreto nº 4.544/02 (Regulamento do IPI de 2002), mais precisamente nos termos da Norma Complementar “NC 221”, que embora indeferido por despacho decisório da autoridade administrativa, sob o fundamento de ausência de fundamentação legal (fls. 107/111), restou parcialmente deferido pela Delegacia da Receita Federal de Julgamento de origem (fls. 162/167), em sede de manifestação de inconformidade, para reconhecer a referida redução apenas a partir do efetivo protocolo do pedido administrativo perante a Delegacia da Receita Federal de origem. Para a exata verificação acerca das características do refrigerante produzido pelo contribuinte e adequação aos termos da “NC 221”, a autoridade fiscal de origem requereu às fls. 17 a manifestação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA, que por sua vez atestou às fls. 22 que o referido produto, registrado em 05.05.2009, “enquadrase aos Padrões de Identidade e Qualidade exigidos por este Ministério”. Os autos do processo transitaram por diferentes órgãos da Receita Federal, onde foram requeridas informações relativas à regularidade e antecedentes fiscais do contribuinte, até finalmente serem remetidos à Delegacia da Receita Federal em Niterói – RJ, onde foi proferido o despacho decisório de fls. 107/111, que após discorrer acerca da legislação do IPI desde o Decreto nº 75.659/75, e diversas outras normas que lhe seguiram posteriormente, indeferiu o pedido de declaração para a redução da alíquota por entender que o Decreto nº 7.212/2010 (Regulamento do IPI) “nada dispõe acerca da prévia declaração da Secretaria da Receita Federal do Brasil em relação ao disposto na Nota Complementar NC (221) da TIPI.” Inconformado, apresentou o contribuinte manifestação de inconformidade às fls115/128, que foi julgada parcialmente procedente através do acórdão de fls. 162/167, assim ementado: “Assunto: Imposto Sobre Produtos Industrializados – IPI Exercício: 2009 IPI. REDUÇÃO DE ALÍQUOTA. NC (221). RECONHECIMENTO É de se reconhecer, a partir da data de protocolo do pedido, o direito à redução de alíquota para refrigerante que atenda Às condições da NC (221) da TIPI e que, à data de apresentação do pleito perante a Receita Federal, encontravase devidamente registrado no órgão competente do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Manifestação de Inconformidade Procedente em Parte. Sem Crédito em Litígio” Fl. 218DF CARF MF Impresso em 27/12/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 19/12/2012 por SIDNEY EDUARDO STAHL, Assinado digitalmente em 19/12/2012 por SIDNEY EDUARDO STAHL, Assinado digitalmente em 20/12/2012 por FLAVIO DE CASTRO PONTES Processo nº 13334.000151/200984 Acórdão n.º 3801001.598 S3TE01 Fl. 219 3 O acórdão acima entendeu que embora após o advento do Regulamento do IPI de 2010 (Decreto nº 7.212/2010) realmente não haja a necessidade de declaração pela Receita Federal para o aproveitamento da alíquota reduzida nos termos da NC 221, diante do pedido do contribuinte deveria ter sido proferida manifestação quanto ao direito pleiteado. Nesse sentido, manifestado o entendimento de que “(...) no caso específico da declaração da redução de alíquota com amparo na NC (221), o ato declaratório deve retroagir seus efeitos à data do protocolo, na Receita Federal, do pedido de redução da alíquota, desde que, nesta data, já se encontre devidamente registrado perante o MAPA.” O entendimento da DRJ de origem acima consubstanciase, essencialmente, no argumento de que a desoneração relativa à alíquota com base no NC 221 não é autoaplicável, dependendo de manifestação do contribuinte para a sua fruição. Nesse sentido restou consignado no voto condutor no acórdão recorrido que “Essa manifestação ser concretiza com a apresentação do pedido de redução de alíquota perante a Receita Federal, órgão competente para declarar o direito a essa redução. Ocorre que, por tratarse de um benefício, sua utilização é opcional, sendo que apenas a partir da formalização do pleito perante a administração tributária fica consignada a vontade do contribuinte de usufruir a redução. Desta forma, não vejo como retroagir o direito à redução de alíquota à data de registro do refrigerante no Ministério da Agricultura.” Discordando do posicionamento acima, apresenta o contribuinte o Recurso Voluntário de fls. 182/196 através do qual requer seja reconhecida a redução da alíquota do refrigerante objeto desses autos a partir da data do seu registro no “MAPA”, e não a partir da data do protocolo do pedido administrativo, pois entende que o direito à redução da alíquota deve ser apenas declarado pela autoridade administrativa através do ato competente, que por sua vez, apenas confirma direito objetivo e preexistente, e não o constitui. Entende que “O direito à aplicação da alíquota reduzida decorre apenas e tão somente do reconhecimento dos critérios vinculados ao PRODUTO (...)” É o relatório. Fl. 219DF CARF MF Impresso em 27/12/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 19/12/2012 por SIDNEY EDUARDO STAHL, Assinado digitalmente em 19/12/2012 por SIDNEY EDUARDO STAHL, Assinado digitalmente em 20/12/2012 por FLAVIO DE CASTRO PONTES 4 Voto Conselheiro Sidney Eduardo Stahl, O recurso é tempestivo e reúne os demais pressupostos de admissibilidade, razão pela qual dele se conhece. A questão sob análise cingese à momento que se autoriza a redução de alíquota do IPI incidente sobre a produção de refrigerantes e refrescos. Se, conforme a RFB, somente a partir da formalização do pleito perante a própria SRF ou a partir do registro do produto no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA, nos termos apontados pela contribuinte. O pedido do contribuinte encontra fundamento no artigo 65 do Decreto nº 4.544/02 cumulado com a Norma Complementar “NC 221”, que assim dispõe: “Art. 65. Haverá redução: I das alíquotas de que tratam as Notas Complementares NC (211) e NC (221) da TIPI, que serão declaradas, em cada caso, pela SRF, após audiência do órgão competente do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento MAPA, quanto ao cumprimento dos requisitos previstos para a concessão do beneficio;” “NC (221) Ficam reduzidas de cinqüenta por cento as alíquotas do IPI relativas aos refrigerantes e refrescos, contendo suco de fruta ou extrato de sementes de guaraná, classificados no código 2202.10.00, que atendam aos padrões de identidade e qualidade exigidos pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e estejam registrados no órgão competente desse Ministério.” Não há no presente processo qualquer negativa por parte do fisco quanto à fruição da redução de alíquota por parte do contribuinte, somente o momento em que a redução de alíquota pode ser aproveitada é que é objeto de discussão. O benefício, como visto, foi instituído conforme o artigo 65 do Decreto nº 4.544/02 cumulado com a Norma Complementar “NC 221, supra citado. A norma não informa que a SRF pode determinar o momento em que se possa utilizar o benefício, mas é claro que o contribuinte precisa do respectivo ato declaratório emitido pela SRF porque a norma estabelece que cabe a SRF declarar que a empresa está apta a utilizálo, ouvido o Ministério competente. A declaração por parte da Receita Federal é cumprimento de obrigação acessória fundamental à fruição do benefício. O inadimplemento da obrigação acessória prejudica o sujeito ativo na medida em que deixa de cumprir a finalidade controlística para a qual foi criada e priva o contribuinte da benesse constante da prestação principal com efeitos ex tunc do seu protocolo, porque a lei a exige. Fl. 220DF CARF MF Impresso em 27/12/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 19/12/2012 por SIDNEY EDUARDO STAHL, Assinado digitalmente em 19/12/2012 por SIDNEY EDUARDO STAHL, Assinado digitalmente em 20/12/2012 por FLAVIO DE CASTRO PONTES Processo nº 13334.000151/200984 Acórdão n.º 3801001.598 S3TE01 Fl. 220 5 Portanto, em razão da redução da alíquota do IPI nos termos do artigo 65 do Decreto nº 4.544/02 e da “NC (221)” estar condicionada à qualidade dos produtos contemplados em referidas normas atestado pelo MAPA e à declaração da Secretaria da Receita Federal até a expedição do Decreto nº 7.212, de 15 de junho de 2010. Como a opção do contribuinte ocorre somente quando do pedido realizado na SRF, o prazo para usufruir desse benefício igualmente só pode ocorrer a partir do protocolo do pleito, como corretamente decidiu a DRJ. Desse modo, voto no sentido de negar provimento ao Recurso Voluntário (assinado digitalmente) Sidney Eduardo Stahl, Fl. 221DF CARF MF Impresso em 27/12/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 19/12/2012 por SIDNEY EDUARDO STAHL, Assinado digitalmente em 19/12/2012 por SIDNEY EDUARDO STAHL, Assinado digitalmente em 20/12/2012 por FLAVIO DE CASTRO PONTES
score : 5.5659075
Numero do processo: 13738.000198/2001-48
Turma: Segunda Turma Especial da Terceira Seção
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Tue Feb 14 00:00:00 UTC 2012
Ementa: IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS - IPI
Exercício: 2001
IPI. PRODUTO ENQUADRADO NA NC 221 DA TIPI. REDUÇÃO DA
ALÍQUOTA DO IMPOSTO. EFEITOS TEMPORAIS.
Impõe seja reconhecido o direito à redução da alíquota do IPI para produto que atenda às condições da NC 221 da TIPI a partir da data de seu registro junto ao órgão competente, no caso, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento MAPA.
Recurso ao qual se dá provimento.
Numero da decisão: 3802-000.853
Decisão: Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em dar
provimento ao recurso, nos termos do relatório e do voto que integram o presente julgado.
Nome do relator: FRANCISCO JOSE BARROSO RIOS
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ementa_s : IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS - IPI Exercício: 2001 IPI. PRODUTO ENQUADRADO NA NC 221 DA TIPI. REDUÇÃO DA ALÍQUOTA DO IMPOSTO. EFEITOS TEMPORAIS. Impõe seja reconhecido o direito à redução da alíquota do IPI para produto que atenda às condições da NC 221 da TIPI a partir da data de seu registro junto ao órgão competente, no caso, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento MAPA. Recurso ao qual se dá provimento.
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Recorrida Fazenda Nacional ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS IPI Exercício: 2001 IPI. PRODUTO ENQUADRADO NA NC 221 DA TIPI. REDUÇÃO DA ALÍQUOTA DO IMPOSTO. EFEITOS TEMPORAIS. Impõe seja reconhecido o direito à redução da alíquota do IPI para produto que atenda às condições da NC 221 da TIPI a partir da data de seu registro junto ao órgão competente, no caso, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento MAPA. Recurso ao qual se dá provimento. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em dar provimento ao recurso, nos termos do relatório e do voto que integram o presente julgado. (assinado digitalmente) Regis Xavier Holanda Presidente. (assinado digitalmente) Francisco José Barroso Rios Relator. EDITADO EM: 27/02/2012 Participaram, ainda, da presente sessão de julgamento, os conselheiros Cláudio Augusto Gonçalves Pereira, José Fernandes do Nascimento e Solon Sehn. Ausente o Conselheiro Bruno Maurício Macedo Curi. Relatório Fl. 152DF CARF MF Impresso em 08/03/2012 por NALI DA COSTA RODRIGUES - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 27/02/2012 por FRANCISCO JOSE BARROSO RIOS, Assinado digitalmente em 27/ 02/2012 por FRANCISCO JOSE BARROSO RIOS, Assinado digitalmente em 07/03/2012 por REGIS XAVIER HOLAND A 2 Tratase de recurso voluntário interposto contra decisão da 3a Turma da DRJ Juiz de Fora (fls. 102/107), a qual, por unanimidade de votos, deferiu em parte a solicitação formulada pela interessada, nos seguintes termos: Acordam os membros da 3ª Turma de Julgamento, por unanimidade de votos, DEFERIR EM PARTE a solicitação contida na manifestação de inconformidade apresentada, para reconhecer o direito à redução de alíquota pleiteada a partir de 24/04/2001, data de protocolo do pedido perante a Receita Federal, nos termos explanados no voto. Fica ressalvado o direito à interposição de recurso voluntário, à Terceira Seção do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, no prazo de trinta dias contados a partir da ciência desta decisão. O correspondente acórdão foi assim ementado: ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS IPI Exercício: 2001 IPI. REDUÇÃO DE ALÍQUOTA. NC (221). RECONHECIMENTO. É de se reconhecer, a partir da data de protocolo do pedido, o direito à redução de alíquota para refrigerante que atenda às condições da NC (22 1) da TIPI e que, à data de apresentação do pleito perante a Receita Federal, encontravase devidamente registrado no órgão competente Ministério da Agricultura. Manifestação de Inconformidade Procedente em Parte Por bem descrever os fatos, adoto o relatório objeto da decisão recorrida, a seguir transcrito na sua integralidade: Cuida o presente processo de pedido de redução de alíquota do IPI incidente sobre refrigerantes e refrescos nos termos da Nota Complementar 221, incluída na Tabela de Incidência do IPI pelo Decreto nº 84.637, de 16 de abril de 1980. O requerente declara que fabrica e engarrafa o preparado líquido para refrigerante de laranja, marca Schin, registrado perante o Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento sob o número RJ07000 000111 (fl. 03). De acordo com o Despacho Decisório de fls. 32/36 a autoridade fiscal indeferiu o pleito em razão de falta de amparo legal para a expedição de Ato Declaratório para reconhecimento da redução pleiteada, em função da publicação do Decreto 7.212, de 2010 (RIPI/2010), que aboliu a necessidade de declaração da receita federal para este fim. Regularmente intimada da decisão (A.R. à fl. 85), mas inconformada, a contribuinte formulou a reclamação de fls. 39 a 52. Alegou, em resumo, que possui direito à redução de alíquota pleiteada desde a data do registro do produto perante o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. A ciência da decisão em comento ocorreu em 05/07/2011 (ver AR de fls. 119). Inconformada, a interessada apresentou, em 01/08/2011 (fls. 121), o recurso voluntário de fls. 121/133, onde requer seja reconhecido seu direito à aplicação da alíquota reduzida do IPI para o produto PREPARADO LÍQUIDO PARA REFRIGERANTE DE LARANJA ADOÇADO a partir de 08/02/2000. Para tanto, alega o seguinte: Fl. 153DF CARF MF Impresso em 08/03/2012 por NALI DA COSTA RODRIGUES - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 27/02/2012 por FRANCISCO JOSE BARROSO RIOS, Assinado digitalmente em 27/ 02/2012 por FRANCISCO JOSE BARROSO RIOS, Assinado digitalmente em 07/03/2012 por REGIS XAVIER HOLAND A Processo nº 13738.000198/200148 Acórdão n.º 380200.853 S3TE02 Fl. 153 3 a) que fora reconhecido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA, desde 08/02/2000, que o produto em tela se encontrava em conformidade com os padrões de identidade, qualidade e composição exigidos; b) que os critérios objetivos fixados na Norma Complementar NC 221 da TIPI teriam sido cumpridos a contento e reconhecidos na data da concessão do registro – em 08/02/2000 – pelo MAPA; c) que a função precípua da RFB seria de natureza declaratória, qual seja, expedir o ato declaratório almejado, já que o exame concernente ao atendimento das disposições da NC 221, diante das características do produto, é feita pelo MAPA, como, aliás, consignado na própria decisão recorrida; fundamentase no artigo 2o do Decreto 78.289/76 e no artigo 65 do Decreto 4.544/02; d) que “o Ato Declaratório mencionado no artigo 65 do Decreto 4.544/02 não constitui direito, mas sim declara publicamente a sua utilização”; e) que o direito constituído (reconhecido pelo MAPA) e a declaração pública desse direito não se confundem; f) que o benefício vinculado às características objetivas do produto deveria ser reconhecido a partir de sua concessão, em 08/02/2000; g) se alberga no Parecer Normativo CST no 154/75; e, h) que a adoção das alíquotas definidas na TIPI é obrigatória, uma vez atendidos os critérios objetivos do produto. É o relatório. Voto Conselheiro Francisco José Barroso Rios O recurso é tempestivo e preenche os demais requisitos de admissibilidade, devendo, pois, ser conhecido. A legitimidade do direito já foi muito bem examinada pela decisão de primeira instância, a qual, no entanto, entendeu que o ato declaratório correspondente ao reconhecimento da redução tributária deveria se referir à data da solicitação do pleito junto à então Secretaria da Receita Federal. E é esse o único ponto da controvérsia, ou seja, se o ato declaratório deveria se referir a essa data ou se ao dia em que fora atestado, pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA, que o produto se encontrava em conformidade com os padrões de identidade, qualidade e composição exigidos. Por entender que o ato declaratório expedido pela Receita Federal não constitui direito, mas sim simplesmente o declara, penso que assiste razão à recorrente. Com efeito, entendo que o artigo 2o do Decreto no 78.289/76 e o artigo 336 do RIPI de 1979, ao Fl. 154DF CARF MF Impresso em 08/03/2012 por NALI DA COSTA RODRIGUES - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 27/02/2012 por FRANCISCO JOSE BARROSO RIOS, Assinado digitalmente em 27/ 02/2012 por FRANCISCO JOSE BARROSO RIOS, Assinado digitalmente em 07/03/2012 por REGIS XAVIER HOLAND A 4 mencionarem que as reduções de alíquotas de que tratam as Normas Complementares 211 e 222 da TIPI eram declaradas pela Secretaria da Receita Federal, demonstram o caráter declaratório das normas em evidência. Essa questão, no meu entender, não carece de maiores discussões, até porque qualquer que seja o resultado do julgamento deste processo, seu resultado será inócuo. É que a demanda diz respeito ao exercício de 2001, tendo já há muito decaído o direito de o fisco constituir qualquer crédito tributário relativamente ao citado período (isso considerando também o fato de a redução tributária já haver sido formalmente reconhecida, para os fatos geradores ocorridos a partir de 24 de abril de 2001, mediante a publicação do Ato Declaratório Executivo no 61, de 21/06/2011 – v. fls. 111/113). Tal particularidade, me parece, poderia até representar uma falta de interesse de agir quando da apresentação do recurso voluntário para este Conselho. De toda sorte, não podendo afirmar com certeza que o julgamento do feito é irrelevante, opto por acolher o recurso da interessada. Por todo o exposto, voto para dar provimento ao recurso voluntário interposto pela recorrente. Sala de Sessões, em 14 de fevereiro de 2012. (assinado digitalmente) Francisco José Barroso Rios – Relator Fl. 155DF CARF MF Impresso em 08/03/2012 por NALI DA COSTA RODRIGUES - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 27/02/2012 por FRANCISCO JOSE BARROSO RIOS, Assinado digitalmente em 27/ 02/2012 por FRANCISCO JOSE BARROSO RIOS, Assinado digitalmente em 07/03/2012 por REGIS XAVIER HOLAND A
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Numero do processo: 11075.002503/2006-66
Turma: Segunda Turma Especial da Terceira Seção
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Tue Mar 25 00:00:00 UTC 2014
Ementa: IMPOSTO SOBRE A IMPORTAÇÃO - II
Data do fato gerador: 03/08/2006
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. OMISSÕES.
A alegação de omissão de ponto sobre o qual deveria pronunciar-se a turma, confere ao recurso de embargos de declaração sua admissibilidade.
NORMAS PROCEDIMENTAIS. APLICAÇÃO.
As normas jurídicas de natureza procedimental têm imediata aplicação, independentemente da data da ocorrência dos fatos geradores do tema litigioso.
PROVA. LAUDOS TÉCNICOS. CONVICÇÃO DO JULGADOR.
O julgador é livre para formar sua convicção no momento em que aprecia as provas acostadas aos autos do processo, inclusive no caso de laudos técnicos produzidos por instituições do setor privado.
CLASSIFICAÇÃO. COMPETÊNCIA. NORMAS JURÍDICAS VINCULADAS. Classificação fiscal de mercadorias é assunto da competência de órgãos do Ministério da Fazenda, independentemente do tipo e da natureza da mercadoria cuja classificação se busca. Normas relacionadas à identificação das mercadorias têm aplicação limitada à fase de identificação da mercadoria. Daí por diante, a solução do litígio se dá mediante fiel observância às Regras Gerais para Interpretação do Sistema Harmonizado bem como às Regras Gerais Complementares.
MERCADORIA INCORRETAMENTE CLASSIFICADA NA NCM. PENALIDADE. A incorreta classificação de mercadoria na Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM) é fato típico da multa cominada no artigo 84, inciso I, da Medida Provisória 2.158-35, de 24 de agosto de 2001, c/c Lei 10.833, de 29 de dezembro de 2003, artigo 69 e artigo 81, inciso IV.
Numero da decisão: 3802-002.769
Decisão: ACORDAM os membros do Colegiado, por unanimidade, em negar provimento aos embargos de declaração.
Nome do relator: WALDIR NAVARRO BEZERRA
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OMISSÕES. A alegação de omissão de ponto sobre o qual deveria pronunciarse a turma, confere ao recurso de embargos de declaração sua admissibilidade. NORMAS PROCEDIMENTAIS. APLICAÇÃO. As normas jurídicas de natureza procedimental têm imediata aplicação, independentemente da data da ocorrência dos fatos geradores do tema litigioso. PROVA. LAUDOS TÉCNICOS. CONVICÇÃO DO JULGADOR. O julgador é livre para formar sua convicção no momento em que aprecia as provas acostadas aos autos do processo, inclusive no caso de laudos técnicos produzidos por instituições do setor privado. CLASSIFICAÇÃO. COMPETÊNCIA. NORMAS JURÍDICAS VINCULADAS. Classificação fiscal de mercadorias é assunto da competência de órgãos do Ministério da Fazenda, independentemente do tipo e da natureza da mercadoria cuja classificação se busca. Normas relacionadas à identificação das mercadorias têm aplicação limitada à fase de identificação da mercadoria. Daí por diante, a solução do litígio se dá mediante fiel observância às Regras Gerais para Interpretação do Sistema Harmonizado bem como às Regras Gerais Complementares. MERCADORIA INCORRETAMENTE CLASSIFICADA NA NCM. PENALIDADE. A incorreta classificação de mercadoria na Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM) é fato típico da multa cominada no artigo 84, inciso I, da AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 11 07 5. 00 25 03 /2 00 6- 66 Fl. 124DF CARF MF Original Documento de 7 página(s) assinado digitalmente. Pode ser consultado no endereço https://cav.receita.fazenda.gov.br/eCAC/publico/login.aspx pelo código de localização EP05.0623.10010.FBR6. Consulte a página de autenticação no final deste documento. Documento de 7 página(s) assinado digitalmente. Pode ser consultado no endereço https://cav.receita.fazenda.gov.br/eCAC/publico/login.aspx pelo código de localização EP05.0623.10010.FBR6. Consulte a página de autenticação no final deste documento. 2 Medida Provisória 2.15835, de 24 de agosto de 2001, c/c Lei 10.833, de 29 de dezembro de 2003, artigo 69 e artigo 81, inciso IV. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. ACORDAM os membros do Colegiado, por unanimidade, em negar provimento aos embargos de declaração. (assinado digitalmente) Mercia Helena Trajano Damorim Presidente. (assinado digitalmente) Waldir Navarro Bezerra Relator. Participaram da presente sessão de julgamento, os conselheiros Bruno Maurício Macedo Curi, Cláudio Augusto Gonçalves Pereira, Francisco José Barroso Rios, Mercia Helena Trajano Damorim, Solon Sehn e Waldir Navarro Bezerra. Relatório Tratase de embargos de declaração opostos pela RYGON COMÉRCIO IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO LTDA, ora embargante, contra termos em que foi proferido o Acórdão nº 3802000.664, de 30 de agosto de 2011, desta Segunda Turma Especial, que por unanimidade de votos, negou provimento ao recurso voluntário formalizado pelo sujeito passivo, nos termos do acórdão assim ementado: ASSUNTO: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL Data do fato gerador: 03/08/2006 CERCEAMENTO DO DIREITO DE DEFESA – NÃO CONVERSÃO DO JULGAMENTO EM DILIGÊNCIA Não há que se falar em cerceamento do direito de defesa quando os autos retinem os elementos necessários à formação da convicção do julgador, dado que o laudo constante do processo, para fins de classificação fiscal, é suficiente. ASSUNTO: CLASSIFICAÇÃO DE MERCADORIAS FARINHA DE TRIGO FORTIFICADA. A mercadoria "Farinha de trigo fortificada com ácido fólico e ferro contendo 0,19% de cloreto de sódio (sal) e traços de ácido ascórbico (vitamina C)" classificase no código NCM 1101.00.10, conforme Regras Gerais de Interpretação do Sistema Harmonizado. MULTA POR ERRO DE CLASSIFICAÇÃO FISCAL Fl. 125DF CARF MF Original Documento de 7 página(s) assinado digitalmente. Pode ser consultado no endereço https://cav.receita.fazenda.gov.br/eCAC/publico/login.aspx pelo código de localização EP05.0623.10010.FBR6. Consulte a página de autenticação no final deste documento. Documento de 7 página(s) assinado digitalmente. Pode ser consultado no endereço https://cav.receita.fazenda.gov.br/eCAC/publico/login.aspx pelo código de localização EP05.0623.10010.FBR6. Consulte a página de autenticação no final deste documento. Processo nº 11075.002503/200666 Acórdão n.º 3802002.769 S3TE02 Fl. 125 3 Cabível a multa por classificação incorreta da mercadoria na Nomenclatura Comum do Mercosul, conforme prevê o inciso I do artigo 84 da MP 2.15835, de 2001. MULTA DE 75% ART. 44 DA LEI 9.430, DE 1996 DO IMPOSTO QUE DEIXOU DE SER RECOLHIDO EM RAZÃO DE ERRO DE CLASSIFICAÇÃO. INAPLICABILIDADE DO ADI SRF Nº 13, DE 2002 O Ato Declaratório Interpretativo SRF nº 13, de 2002, não exclui a incidência de multa de oficio em razão de erro de classificação. ASSUNTO: NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO JUROS DE MORA. TAXA SELIC, LEGALIDADE. SÚMULA N° 4 DO CARF. Nos termos da Súmula n° 04 do CARF, a partir de 1° de abril de 1995, os juros moratórias incidentes sobre débitos tributários administrados pela Receita Federal do Brasil são devidos, no período de inadimplência, à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e Custódia Selic para títulos federais. Recurso Voluntário Negado. Cientificada da referida decisão em 06/02/2012 (conforme AR anexado as fl. 114 do processo eletrônico), a interessada interpôs, em 09/02/2012 (data da postagem no Correio – fls.118/119) tempestivamente, portanto, dado que respeitado o prazo de 05 (cinco) dias prescrito pelo artigo 65, § 1o, do Anexo I do RICARF, os Embargos de Declaração que fez sob o argumento da existência de omissões no acórdão referenciado. O presente processo trata de infração decorrente de classificação fiscal incorreta com lançamentos de Imposto de Importação, juros de mora, multa de oficio, multa por classificação fiscal incorreta e multa por falta de licença de importação. A autuação fiscal se refere à DI n° 06/09139783, em que a contribuinte autuada importara mercadoria descrita como mistura destinada à fabricação de pães ou de outros produtos de padaria e classificou a mesma no código NCM/SH 1901.20.00. Submetidas as mercadorias para exame laboratorial, constatouse que as mesmas não eram misturas e pastas para a preparação de produtos de padaria, pastelaria e da indústria de bolachas e biscoitos, e sim farinha de trigo fortificada com ácido fólico, ferro e contendo cloreto de sódio (sal). Cita a Nota Explicativa do Sistema Harmonizado referente a posição 1101, sendo que o produto é classificado no código 1101.00.10. Uma vez que a mercadoria importada difere da descrita em Certificado de Origem, procedeuse à cobrança de tributos. Conforme relatado, no acórdão relativo ao julgamento de segunda instância que negou provimento ao recurso voluntário, a embargante assevera ter verificado três omissões, quais sejam: 1) aplicação retroativa da Norma de Execução Coana 3, de 2006; 2) identificação da mercadoria por laboratório particular, sem fé pública; Fl. 126DF CARF MF Original Documento de 7 página(s) assinado digitalmente. Pode ser consultado no endereço https://cav.receita.fazenda.gov.br/eCAC/publico/login.aspx pelo código de localização EP05.0623.10010.FBR6. Consulte a página de autenticação no final deste documento. Documento de 7 página(s) assinado digitalmente. Pode ser consultado no endereço https://cav.receita.fazenda.gov.br/eCAC/publico/login.aspx pelo código de localização EP05.0623.10010.FBR6. Consulte a página de autenticação no final deste documento. 4 3) da “incompetência” do Ministério da Fazenda para regular este procedimento, uma vez que a matéria seria da alçada do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Por fim, argumenta que tais fatos merecem ser aclarados, que os Embargos de Declaração seja conhecido e dado provimento para sanar as omissões elencadas. Esse seria, portanto o motivo dos presentes aclaratórios solicitados. Voto Assim, com esteio em alegadas omissões passo à análise do mérito dos embargos. Os embargos interpostos são tempestivos e preenchem os requisitos de admissibilidade previsto no art. 65 do RICARF, assim, deles tomo conhecimento. Não obstante a tempestividade do recurso, os embargos opostos pela reclamante não deverão ser acolhidos dada a inexistência de propaladas omissões em que se funda o recurso em tela, conforme verificaremos na sequência. a) Da aplicação retroativa da Norma de Execução Coana nº 3, de 3 de agosto de 2006: Neste tópico, como podemos verificar no voto condutor do Acórdão, onde em seu parágrafo final, fica esclarecido que foi analisado a aplicação da norma, conforme extrato do texto abaixo transcrito: (...) O que temos é que as normas acima foram suporte para a base de autuação fiscal, sendo irrelevantes as alegações acerca do Ato Declaratório Coana n° 2/2006 e da Norma de Execução Coana n° 3/2006 (grifamos). Mesmo assim, se alguma dúvida eventualmente se apresenta quanto à natureza dessa norma de execução, sua ementa é reveladora, verbis: “Dispõe sobre procedimentos de fiscalização no curso do despacho aduaneiro de importação de prémisturas destinadas à fabricação de pães ou de outros produtos de padaria, pastelaria ou da indústria de bolachas e biscoitos”. As Normas de Execução, são atos que disciplinam e uniformizam a interpretação do Órgão com relação a determinados dispositivos legais. Em resumo, são atos interpretativos internos da Receita Federal do Brasil. O objetivo das Normas de Execução é expor a interpretação mais adequada para determinada legislação préexistente. E ao fazer isso, nada de novo cria, apenas indica que a administração deve aplicar a legislação de acordo com o entendimento neles consignado. Assim, não há se falar em descabida aplicação retroativa, porquanto as normas jurídicas de natureza procedimental têm imediata aplicação, independentemente da data da ocorrência dos fatos geradores do tema litigioso. Logo, nenhuma mácula ou omissão Fl. 127DF CARF MF Original Documento de 7 página(s) assinado digitalmente. Pode ser consultado no endereço https://cav.receita.fazenda.gov.br/eCAC/publico/login.aspx pelo código de localização EP05.0623.10010.FBR6. Consulte a página de autenticação no final deste documento. Documento de 7 página(s) assinado digitalmente. Pode ser consultado no endereço https://cav.receita.fazenda.gov.br/eCAC/publico/login.aspx pelo código de localização EP05.0623.10010.FBR6. Consulte a página de autenticação no final deste documento. Processo nº 11075.002503/200666 Acórdão n.º 3802002.769 S3TE02 Fl. 126 5 restou impregnada ao lançamento do crédito tributário decorrente do uso da Norma de Execução Coana nº 3, de 2006. b) Identificação da mercadoria levada a efeito por laboratório particular, sem fé pública: Transcrevemos abaixo trecho do voto condutor do Acórdão, onde detectamos que o tema deste item também foi analisado pelo relator: (...) Há legislação especifica que diferencia farinha de trigo fortificada e mistura para pães. Tal legislação vem a ser o próprio Sistema Harmonizado e a Tarifa Externa Comum. 0 Ministério da Agricultura define o conceito de mistura para pães e farinha de trigo fortificada. Todavia, esta competência é de definição do conceito do produto agropecuário. Todavia, a análise especifica da mercadoria importada é de competência de laboratório conveniado à Receita Federal, que é o órgão responsável pelo controle aduaneiro e pela fiscalização das atividades de importação de mercadorias. 0 certificado de origem previa a importação de massa para pães. Todavia, conforme visto neste Voto, a mercadoria efetivamente importada não era massa para pães, e sim farinha de trigo fortificada, sendo que a empresa impugnante classificara a mercadoria incorretamente (...)(grifamos). Quanto a alegada fé pública, não é necessariamente exigida nos documentos apresentados como prova no processo administrativo fiscal. Quando aprecia as provas acostadas aos autos do processo, o julgador é livre para formar sua convicção a teor do disposto no artigo 29 do Decreto 70.235, de 6 de março de 1972 . No caso concreto, o único motivo pelo qual o sujeito passivo se insurge, objetivamente, contra a identificação das mercadorias pelo Laboratório de Análises privado, é a reclamada supremacia de normas específicas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, mas elas já foram oportunamente consideradas e expressamente citadas na elaboração dos laudos de análises. c) da “incompetência” do Ministério da Fazenda para regular este procedimento, matéria da alçada do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento: Do mesmo modo, transcrevemos abaixo trecho do voto condutor do Acórdão embargado, onde o assunto foi muito bem abordado: (...) Há legislação especifica que diferencia farinha de trigo fortificada e mistura para pães. Tal legislação vem a ser o próprio Sistema Harmonizado e a Tarifa Externa Comum. 0 Ministério da Agricultura define o conceito de mistura para pães e farinha de trigo fortificada. Todavia, esta competência é Fl. 128DF CARF MF Original Documento de 7 página(s) assinado digitalmente. Pode ser consultado no endereço https://cav.receita.fazenda.gov.br/eCAC/publico/login.aspx pelo código de localização EP05.0623.10010.FBR6. Consulte a página de autenticação no final deste documento. Documento de 7 página(s) assinado digitalmente. Pode ser consultado no endereço https://cav.receita.fazenda.gov.br/eCAC/publico/login.aspx pelo código de localização EP05.0623.10010.FBR6. Consulte a página de autenticação no final deste documento. 6 de definição do conceito do produto agropecuário (...) (grifamos). O Ministério da Agricultura define o conceito de mistura para pães e farinha de trigo fortificada. Todavia, esta competência está no sentido de determinação do conceito do produto agropecuário. É institucional que o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento tem competência para regular os assuntos inerentes à agricultura, à pecuária e ao abastecimento. Independentemente de qualquer norma jurídica, a própria lógica da estrutura administrativa do Estado brasileiro nos conduz a essa óbvia conclusão. Nada obstante, a classificação fiscal de qualquer mercadorias é tema da competência de órgãos do Ministério da Fazenda, inclusive para os casos de produtos agrícolas e agropecuários. Nos casos de produtos agrícolas e agropecuários, as normas do ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento têm aplicação subsidiária; elas têm relevância apenas na eliminação de dúvidas acerca da correta identificação das mercadorias. Nessa e em todas as lides cujo mérito envolve a classificação de mercadorias, a solução deve ser alcançada com fiel observância às Regras Gerais para Interpretação do Sistema Harmonizado bem como às Regras Gerais Complementares. Conclusão: Como ficou demonstrado, todas essas matérias elencadas pela embargante foram enfrentadas no julgamento de segunda instância, e entendo que não são merecedores de reparos, os fundamentos daquela decisão deste colegiado. Por todo o exposto, diante da não caracterização das alegadas omissões no Acórdão vergastado, proponho sejam conhecidos os embargos opostos pela interessada, mas contudo rejeitadoos. Sala de sessões, em 25 de março de 2014. (assinado digitalmente) Waldir Navarro Bezerra De acordo. Diante da argumentação supra, e com fundamento no § 3° do artigo 65 do Anexo II do Regimento Interno do CARF (Portaria MF no 256, de 22/06/2009)1, não admito os embargos de declaração opostos pelo sujeito passivo. 1 Art. 65. Cabem embargos de declaração quando o acórdão contiver obscuridade, omissão ou contradição entre a decisão e os seus fundamentos, ou for omitido ponto sobre o qual devia pronunciarse a turma. [...] Fl. 129DF CARF MF Original Documento de 7 página(s) assinado digitalmente. Pode ser consultado no endereço https://cav.receita.fazenda.gov.br/eCAC/publico/login.aspx pelo código de localização EP05.0623.10010.FBR6. Consulte a página de autenticação no final deste documento. Documento de 7 página(s) assinado digitalmente. Pode ser consultado no endereço https://cav.receita.fazenda.gov.br/eCAC/publico/login.aspx pelo código de localização EP05.0623.10010.FBR6. Consulte a página de autenticação no final deste documento. Processo nº 11075.002503/200666 Acórdão n.º 3802002.769 S3TE02 Fl. 127 7 (assinado digitalmente) Mércia Helena Trajano Damorim Presidente § 3° O despacho do presidente será definitivo se declarar improcedentes as alegações suscitadas, sendo submetido à deliberação da turma em caso contrário. Fl. 130DF CARF MF Original Documento de 7 página(s) assinado digitalmente. Pode ser consultado no endereço https://cav.receita.fazenda.gov.br/eCAC/publico/login.aspx pelo código de localização EP05.0623.10010.FBR6. Consulte a página de autenticação no final deste documento. Documento de 7 página(s) assinado digitalmente. Pode ser consultado no endereço https://cav.receita.fazenda.gov.br/eCAC/publico/login.aspx pelo código de localização EP05.0623.10010.FBR6. Consulte a página de autenticação no final deste documento. PÁGINA DE AUTENTICAÇÃO O Ministério da Fazenda garante a integridade e a autenticidade deste documento nos termos do Art. 10, § 1º, da Medida Provisória nº 2.200-2, de 24 de agosto de 2001 e da Lei nº 12.682, de 09 de julho de 2012. A página de autenticação não faz parte dos documentos do processo, possuindo assim uma numeração independente. Documento produzido eletronicamente com garantia da origem e de seu(s) signatário(s), considerado original para todos efeitos legais. Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001. Histórico de ações sobre o documento: Documento juntado ao processo em 29/03/2014 15:22:00 por WALDIR NAVARRO BEZERRA. Documento assinado digitalmente em 16/05/2014 15:10:00 por MERCIA HELENA TRAJANO DAMORIM e Documento assinado digitalmente em 04/04/2014 10:35:00 por WALDIR NAVARRO BEZERRA. Esta cópia / impressão foi realizada por MARIA MADALENA SILVA em 05/06/2023. Instrução para localizar e conferir eletronicamente este documento na Internet: EP05.0623.10010.FBR6 Código hash do documento, recebido pelo sistema e-Processo, obtido através do algoritmo sha1: D59028C1D58CA5FC1F7C682E858C84D87B83E986 Ministério da Fazenda 1) Acesse o endereço: https://cav.receita.fazenda.gov.br/eCAC/publico/login.aspx 2) Entre no menu "Legislação e Processo". 3) Selecione a opção "e-AssinaRFB - Validar e Assinar Documentos Digitais". 4) Digite o código abaixo: 5) O sistema apresentará a cópia do documento eletrônico armazenado nos servidores da Receita Federal do Brasil. página 1 de 1 Página inserida pelo Sistema e-Processo apenas para controle de validação e autenticação do documento do processo nº 11075.002503/2006-66. Por ser página de controle, possui uma numeração independente da numeração constante no processo.
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Numero do processo: 10850.908554/2011-61
Turma: Primeira Turma Ordinária da Terceira Câmara da Terceira Seção
Câmara: Terceira Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Wed Apr 18 00:00:00 UTC 2018
Data da publicação: Mon Jun 11 00:00:00 UTC 2018
Ementa: Assunto: Contribuição para o PIS/Pasep
Data do fato gerador: 31/07/2001
PIS. BASE DE CÁLCULO. INCONSTITUCIONALIDADE DO § 1º DO ART. 3º DA LEI Nº 9.718/1998. FATURAMENTO. RECEITA OPERACIONAL. Entende-se por faturamento, para fins de identificação da base de cálculo do PIS e da COFINS, o somatório das receitas oriundas da atividade operacional da pessoa jurídica, ou seja, aquelas decorrentes da prática das operações típicas previstas no seu objeto social.
RECEITA DE SUBVENÇÃO DA LEI N° 9.479/1997. SUBVENÇÃO PARA CUSTEIO. A receita da subvenção concedida pela Lei n° 9.479/1997 às usinas beneficiadoras de borracha integra a base de cálculo do PIS e da COFINS, por se tratar de subvenção para custeio.
Recurso Voluntário Negado.
Numero da decisão: 3301-004.602
Decisão: Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso voluntário, nos termos do relatório e do voto que integram o presente julgado.
(assinado digitalmente)
José Henrique Mauri - Presidente e Relator.
Participaram da presente sessão de julgamento os conselheiros José Henrique Mauri (Presidente), Marcelo Costa Marques d'Oliveira, Renato Vieira de Avila (Suplente convocado), Valcir Gassen, Liziane Angelotti Meira, Antonio Carlos da Costa Cavalcanti Filho, Ari Vendramini e Semíramis de Oliveira Duro.
Nome do relator: JOSE HENRIQUE MAURI
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RESTITUIÇÃO. ALARGAMENTO DA BC. Recorrente Braslatex Indústria e Comércio de Borrachas Ltda. Recorrida Fazenda Nacional ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS/PASEP Data do fato gerador: 31/07/2001 PIS. BASE DE CÁLCULO. INCONSTITUCIONALIDADE DO § 1º DO ART. 3º DA LEI Nº 9.718/1998. FATURAMENTO. RECEITA OPERACIONAL. Entendese por faturamento, para fins de identificação da base de cálculo do PIS e da COFINS, o somatório das receitas oriundas da atividade operacional da pessoa jurídica, ou seja, aquelas decorrentes da prática das operações típicas previstas no seu objeto social. RECEITA DE SUBVENÇÃO DA LEI N° 9.479/1997. SUBVENÇÃO PARA CUSTEIO. A receita da subvenção concedida pela Lei n° 9.479/1997 às usinas beneficiadoras de borracha integra a base de cálculo do PIS e da COFINS, por se tratar de subvenção para custeio. Recurso Voluntário Negado. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso voluntário, nos termos do relatório e do voto que integram o presente julgado. (assinado digitalmente) José Henrique Mauri Presidente e Relator. Participaram da presente sessão de julgamento os conselheiros José Henrique Mauri (Presidente), Marcelo Costa Marques d'Oliveira, Renato Vieira de Avila (Suplente convocado), Valcir Gassen, Liziane Angelotti Meira, Antonio Carlos da Costa Cavalcanti Filho, Ari Vendramini e Semíramis de Oliveira Duro. Relatório AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 85 0. 90 85 54 /2 01 1- 61 Fl. 202DF CARF MF Processo nº 10850.908554/201161 Acórdão n.º 3301004.602 S3C3T1 Fl. 3 2 Tratase de Pedido Eletrônico de Restituição de crédito da Contribuição para o PIS/Pasep. A DRF de São José do Rio Preto (SP), por meio do despacho decisório, indeferiu o pedido, em razão do recolhimento indicado no PER/DCOMP ter sido integralmente utilizado para quitação de débito confessado pelo contribuinte. Cientificada do despacho, a empresa apresentou a manifestação de inconformidade, nesses termos: · Preliminarmente, requer a reunião deste processo com outros que tratam da mesma matéria e têm os mesmos fundamentos; · No mérito, defende que o recolhimento indevido decorre da inconstitucionalidade do art. 3º, §1º, da Lei nº 9.718/1998, já declarada pelo STF em sede de repercussão geral; · Alega que a autoridade administrativa não analisou a causa do recolhimento indevido (a inconstitucional ampliação da base de cálculo pelo art. 3º, § 1º da Lei nº 9.718); · Sustenta que a decisão do STF, no RE nº 585.235, deve ser observada, obrigatoriamente, pela autoridade administrativa; · Reiterou que é devido o crédito pleiteado no PER/DCOMP, por se tratar de PIS/COFINS calculado sobre receita que não integra o seu faturamento. Anexou à sua manifestação de inconformidade: planilha demonstrativa do pagamento indevido de PIS/COFINS sobre receitas financeiras, cópia de parte do livro diário e termos de abertura e encerramento. A 4ª Turma da DRJ/POR indeferiu a manifestação de inconformidade, nos termos do Acórdão nº 14042.479. A DRJ rejeitou a reunião de processos solicitada, por dois motivos: para pedidos de restituição, a reunião de processos em um só deve ser realizada apenas quando tenham por base o mesmo crédito, o que não é o caso dos processos relacionados pela interessada, pois cada um se refere a um determinado período de apuração, implicando em créditos distintos e os elementos de prova são distintos para cada fato gerador, ou seja, as provas de um processo não aproveitam aos demais. Quanto ao mérito, a negativa do reconhecimento do crédito se deu em virtude da ausência de prova do pagamento indevido; da nãovinculação da autoridade administrativa ao RE nº 585.235; da ausência de DCTF retificadora e da cópia parcial do livro diário apresentada, que não permitiria apurar a base de cálculo com as exclusões pretendidas, para se chegar ao valor devido e comparálo com o valor recolhido. Em seu recurso voluntário, a empresa: Fl. 203DF CARF MF Processo nº 10850.908554/201161 Acórdão n.º 3301004.602 S3C3T1 Fl. 4 3 · Reitera o pedido de reunião deste processo com outros 38 processos que tratam da mesma matéria: recolhimentos indevidos de PIS e COFINS, apurados em diversos meses, decorrentes da majoração da base de cálculo pelo art. 3º, § 1º, da Lei nº 9.718/98. · Alega que é inconteste que a DCTF não é o único meio de prova da existência de crédito passível de restituição, nem o art. 165 do CTN nem o art. 74 da Lei nº 9.430/96 condicionam o reconhecimento do crédito à retificação de declarações. · Faz a juntada do seu livro razão, que entende ser suficiente para comprovar o recolhimento indevido. · Sustenta que a base de cálculo do PIS e da COFINS deveria ter sido composta por valores correspondentes ao seu faturamento, ou seja, os ingressos que correspondem às suas receitas de vendas de mercadorias e prestação de serviços e não por suas receitas financeiras. Esta Turma de Julgamento converteu o julgamento em diligência, Resolução n° 3301000.384, de 28 de junho de 2017, para verificar os argumentos da Recorrente no tocante à inclusão das receitas financeiras na base de cálculo do PIS e da COFINS. Nessa oportunidade, foi solicitado à Unidade de Origem que: examinasse a escrita fiscal da Recorrente, para identificar a indevida inclusão das receitas financeiras indicadas no Livro Diário, na base de cálculo do PIS e da COFINS, em decorrência da aplicação do cálculo do art. 3º, § 1º da Lei nº 9.718/98 e apontasse a exatidão do valor pleiteado pelo Recorrente, bem como se a utilização deste foi efetivamente realizada. Na informação fiscal resultante da diligência, esclarece a autoridade fiscal que o valor da receita apontada pelo contribuinte como indevidamente tributada pela contribuição seria a Receita de Subvenção da Lei n° 9.479/1997. Cientificado do encerramento da diligência, não houve manifestação da empresa. É o relatório. Voto Conselheiro José Henrique Mauri, Relator. O julgamento deste processo segue a sistemática dos recursos repetitivos, regulamentada pelo art. 47, §§ 1º e 2º, do Anexo II do RICARF, aprovado pela Portaria MF 343, de 09 de junho de 2015. Portanto, ao presente litígio aplicase o decidido no Acórdão 3301004.594, de 18 de abril de 2018, proferido no julgamento do processo 10850.906106/201122, paradigma ao qual o presente processo foi vinculado. Transcrevese, como solução deste litígio, nos termos regimentais, o entendimento que prevaleceu naquela decisão (Acórdão 3301004.594): Fl. 204DF CARF MF Processo nº 10850.908554/201161 Acórdão n.º 3301004.602 S3C3T1 Fl. 5 4 "O recurso voluntário é tempestivo e reúne os pressupostos legais de interposição, dele, portanto, tomo conhecimento. No tocante à reunião dos processos, entendo que não há nada a se deferir, pois 20 (vinte) dos processos listados foram convertidos em diligência (publ. 21/07/2014) e julgados em acórdãos de procedência para a Recorrente (publ. 27/03/2015), tendo em vista a confirmação dos créditos. Os demais processos citados pela Recorrente em seu recurso são repetitivos, que estão vinculados ao julgamento deste presente processo (paradigma), em decorrência do § 2º do art. 47 do anexo II da Portaria MF nº 343/2015. MÉRITO Inconstitucionalidade do art. 3º, § 1º da Lei nº 9.718/98 O alcance do termo faturamento abarcando a atividade empresarial típica restou assente no RE nº 585.235/MG, no qual se reconheceu a repercussão geral do tema concernente ao alargamento da base de cálculo do PIS e da COFINS prevista no §1º do art. 3º da Lei nº 9.718/98, reafirmando a jurisprudência consolidada pelo STF: RECURSO. Extraordinário. Tributo. Contribuição social. PIS. COFINS. Alargamento da base de cálculo. Art. 3º, §1º da Lei nº 9.718/98. Inconstitucionalidade. Precedentes do Plenário (RE nº 346.084/PR, Rel. orig. Min. ILMAR GALVÃO, DJ DE 1º.9.2006; REs nº 357.950/RS, 358.273/RS e 390.840/MG, Rel. Min. MARCO AURÉLIO, DJ de 15.8.2006). Repercussão Geral do tema. Reconhecimento pelo Plenário. Recurso improvido. É inconstitucional a ampliação da base de cálculo do PIS e da COFINS prevista no art. 3º, §1º, da Lei nº 9.718/98. No voto, o Ministro Cezar Peluso consignou: O recurso extraordinário está submetido ao regime de repercussão geral e versa sobre tema cuja jurisprudência é consolidada nesta Corte, qual seja, a inconstitucionalidade do §1º do art. 3º da Lei nº 9.718/98, que ampliou o conceito de receita bruta, violando, assim, a noção de faturamento pressuposta na redação original do art. 195, I, b, da Constituição da República, e cujo significado é o estrito de receita bruta das vendas de mercadorias e da prestação de serviços de qualquer natureza, ou seja, soma das receitas oriundas do exercício das atividades empresariais... Observese outros precedentes da Corte Suprema: RE 683.334 AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, DJ 13/08/2012, RE 390.840, Rel. Min. Marco Aurelio, DJ 15/08/2006 e ainda, no mesmo sentido: RE 608.830 AgR; RE 621.652AgR; RE 371.258AgR; AI 716.675AgR AgR; AI 799.578 AgR; RE 656.284; ARE 643.823/PR; AI 776; ARE 645.618; RE 630.728; 621.675; RE 390.840; RE 654.840 e RE 641.052. Dessa forma, considerase receita bruta ou faturamento o que decorre da venda de mercadorias, da venda de serviços ou de mercadorias e serviços, não se considerando receita de natureza diversa. É o resultado econômico da Fl. 205DF CARF MF Processo nº 10850.908554/201161 Acórdão n.º 3301004.602 S3C3T1 Fl. 6 5 atividade empresarial estatutária (operacional), que constitui a base de cálculo do PIS. O art. 62, § 1º, I, do Regimento Interno do CARF, aprovado pela Portaria MF nº 343 de 9 de junho de 2015, dispõe que: Art. 62. Fica vedado aos membros das turmas de julgamento do CARF afastar a aplicação ou deixar de observar tratado, acordo internacional, lei ou decreto, sob fundamento de inconstitucionalidade. § 1º O disposto no caput não se aplica aos casos detratado, acordo internacional, lei ou ato normativo: I que já tenha sido declarado inconstitucional por decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal; Logo, o entendimento do STF deve ser aplicado no presente caso, para afastar a tributação do PIS e da COFINS exigida com base no disposto no art. 3º, §1º, da Lei n.º 9.718/1998. Nesse contexto, esta Turma converteu o julgamento em diligência para verificar a indevida inclusão das receitas nãooperacionais na base de cálculo do PIS, conforme reclamado pela Recorrente. Todavia, a diligência demonstrou que a receita supostamente não integrante do faturamento é Receita de Subvenção da Lei n° 9.479/1997. Dessa forma, entendo que não assiste razão ao apelo, porquanto considero tal receita operacional, logo integrante do faturamento da Recorrente. É do que trato a seguir. Receita de Subvenção da Lei n° 9.479/1997 Afirmou a Recorrente que o valor de R$ 30.705,00 foi recebido em maio de 1999 na qualidade de usina beneficiadora credenciada, nos termos da Lei n° 9.479/1997. A Lei nº 9.479/1997 concedeu subvenção econômica a produtores de borracha natural. Confirase: Art. 1º Fica o Poder Executivo autorizado a conceder subvenção econômica aos produtores nacionais de borracha natural, com o objetivo de incentivar a comercialização da produção nacional. § 1º A subvenção corresponderá à diferença entre os preços de referência das borrachas nacionais e os dos produtos congêneres no mercado internacional, acrescidos das despesas de nacionalização. Fl. 206DF CARF MF Processo nº 10850.908554/201161 Acórdão n.º 3301004.602 S3C3T1 Fl. 7 6 § 2º Os preços de referência das borrachas nacionais, para efeito de cálculo da subvenção econômica, serão aqueles fixados pelo Poder Executivo e em vigor na data da publicação desta Lei, podendo ser revistos periodicamente. § 3º Os preços dos produtos congêneres no mercado internacional serão apurados e divulgados periodicamente pelo Poder Executivo, com base nas cotações das principais bolsas de mercadorias internacionais. Art. 2º A subvenção econômica de que trata o artigo anterior: I terá a duração de oito anos; II será de até R$ 0,90 (noventa centavos de real) por quilograma de borracha do tipo Granulado Escuro Brasileiro nº 1 (GEB1), sendo que, para os demais tipos de borracha, este teto sofrerá os ágios e deságios correspondentes; III sofrerá rebates, respectivamente, de vinte por cento, quarenta por cento, sessenta por cento e oitenta por cento, a partir do final do quarto, do quinto, do sexto e do sétimo anos de vigência desta Lei, sobre o teto de que trata o inciso anterior. Parágrafo único. Os rebates referidos no inciso III deste artigo só poderão ser aplicados à subvenção incidente sobre a borracha oriunda de seringais nativos da região amazônica na medida em que forem implantados pelo Poder Executivo os programas de que trata o art. 7º. As condições operacionais para pagamento e controle da subvenção foram dispostas pelo Decreto n° 2.348/1997: Art. 1º A subvenção econômica de que trata a Lei nº 9.479, de 12 de agosto de 1997, corresponderá à diferença entre: I os preços de referência das borrachas nacionais fixados na Portaria nº 187, de 29 de junho de 1995, do Ministério da Fazenda, publicada no Diário Oficial da União em 30 de junho de 1995; e II os preços dos produtos congêneres no mercado internacional, tomandose como base referencial o da borracha tipo Standard Malaysian Rubber nº 10 (SMR 10), acrescidos das despesas de nacionalização. § 1º O Ministério da Agricultura e do Abastecimento, responsável pelo pagamento da subvenção econômica, publicará o valor da subvenção devida por quilograma de cada um dos tipos de borracha constantes da Portaria de que trata o inciso I deste artigo, tendo em conta: a) a média aritmética das cotações médias diárias da borracha natural do tipo Standard Malaysian Rubber nº 10 (SMR10), equivalente ao tipo Granulado Escuro Brasileiro nº 1º (GEB1), nas bolsas de mercadorias de Singapura, Kuala Lumpur e Fl. 207DF CARF MF Processo nº 10850.908554/201161 Acórdão n.º 3301004.602 S3C3T1 Fl. 8 7 Londres nos quinze dias anteriores ao da publicação dos preços, com as respectivas cotações das moedas de negociação em dólar americano; b) que a conversão cambial do dólar americano de que trata a alínea anterior, para a moeda brasileira, deverá ser realizada com base na cotação daquela moeda na véspera da publicação dos preços; c) as despesas de nacionalização relativas a impostos, encargos sociais, seguros, frete, adicional de frete, armazenagem e outras prevalentes à época de apuração e publicação dos preços. § 2º Os valores das subvenções publicados pelo Ministério da Agricultura e do Abastecimento prevalecerão até a véspera da publicação dos novos valores. Art. 2º A subvenção econômica de que trata o artigo anterior: I terá a duração de oito anos; II será de até R$0,90 (noventa centavos de real) por quilograma de borracha do tipo Granulado Escuro Brasileiro nº 1 (GEB1), sendo que, para os demais tipos de borracha, este teto sofrerá os ágios e deságios correspondentes; Ill sofrerá rebates, respectivamente, de vinte por cento, quarenta por cento, sessenta por cento e oitenta por cento, a partir do final do quarto, do quinto, do sexto e do sétimo anos de vigência da Lei nº 9.479, de 1997, sobre o teto de que trata o inciso anterior, observado o que dispõe o parágrafo único do art. 2º da mencionada Lei; IV para efeito de cálculo dos ágios e deságios e dos correspondentes rebates nos preços dos demais tipos de borracha, conforme estabelecem os incisos I e Il anteriores, será tomado como referencial o preço da borracha tipo GEB 1 e guardada a correlação de preços constantes da Portaria de que trata o inciso I do art. 1º deste Decreto. Art. 3º São beneficiárias da subvenção econômica de que trata este Decreto os extrativistas, cultivadores ou beneficiadores, sejam pessoas físicas ou jurídicas, dedicados à produção de borracha natural no País. Parágrafo único. A fruição do benefício a pessoas jurídicas fica condicionada à comprovação, junto ao Ministério da Agricultura e do Abastecimento, de sua capacidade jurídica e regularidade fiscal. Art. 4º O pagamento da subvenção econômica aos beneficiários será feito por intermédio das usinas beneficiadoras credenciadas pelo Ministério da Agricultura e do Abastecimento, mediante: I apresentação do pedido de ressarcimento da subvenção ao Ministério da Agricultura e do Abastecimento, acompanhado de relação contendo o nome do produtor, seu Cadastro de Pessoas Fl. 208DF CARF MF Processo nº 10850.908554/201161 Acórdão n.º 3301004.602 S3C3T1 Fl. 9 8 Físicas CPF ou Cadastro Geral de Contribuinte CGC, local de produção ou de extração, tipo da borracha natural correspondente, quantidade do produto adquirido, em quilogramas, o preço respectivo pago ao produtor, os números e as datas das notas fiscais representativas das transações efetivadas; II cópia das notas fiscais de venda da borracha beneficiada às indústrias consumidoras do produto, acompanhada da comprovação do aceite e da certificação do tipo de borracha comercializado, fornecida pela compradora final. § 1º O pagamento de que trata este artigo será efetivado pelo Ministério da Agricultura e do Abastecimento no prazo de dez dias, contados a partir da data de recebimento do pedido, respeitados os limites por tipo de borracha comercializado prevalentes na data de efetivação da transação, considerada para esse efeito a data constante da nota fiscal respectiva. § 2º O pagamento de subvenção relativa à compra de borracha de pessoas jurídicas produtoras estará condicionado à satisfação da condição estabelecida no parágrafo único do artigo anterior. Art. 5º As usinas beneficiadoras, credenciadas pelo Ministério da Agricultura e do Abastecimento, manterão em seus arquivos uma via das notas fiscais emitidas pelos produtores de borracha natural, ou documento legal equivalente, contendo no verso o atestado do beneficiário de recebimento da subvenção econômica correspondente. Parágrafo único. Os documentos comprobatórios de que trata este artigo serão conservados pelas usinas beneficiadoras em boa ordem, no próprio lugar onde forem contabilizadas as operações, à disposição dos agentes incumbidos do controle interno e externo e dos órgãos ou entidades responsáveis pela subvenção. Art. 6º O Ministério da Agricultura e do Abastecimento: I estabelecerá, em ato normativo, as condições para credenciamento das usinas beneficiadoras de borracha; II orientará as pessoas jurídicas sobre a forma de apresentação da comprovação de que trata o parágrafo único do art. 3º deste Decreto; III registrará e controlará os pagamentos efetuados e gerenciará o provimento dos recursos necessários à concessão da subvenção; IV estabelecerá normas complementares de controle, visando a boa e regular aplicação dos recursos. Parágrafo único. Dentre as condições para credenciamento das usinas beneficiadoras constará a de comprovação de sua capacidade jurídica e regularidade fiscal. Fl. 209DF CARF MF Processo nº 10850.908554/201161 Acórdão n.º 3301004.602 S3C3T1 Fl. 10 9 A subvenção era paga ao beneficiador de borracha natural, pessoa física ou jurídica, cadastrado junto à Secretaria de Produção e Comercialização do Ministério da Agricultura e do Abastecimento, que comprovasse a compra da borracha natural bruta do produtor e posterior exportação ou venda da borracha beneficiada para empresas da indústria consumidora final. E quanto ao pagamento da subvenção, o montante correspondia à quantidade de produto comercializado e comprovado, multiplicado pelo valor unitário da subvenção definida pelo Ministério da Agricultura. Nos termos da Resolução CFC nº 1.305, de 25 de novembro de 2010, por meio da qual o Conselho Federal de Contabilidade (CFC) aprovou a NBC TG 07 (R1), “Subvenção governamental é uma assistência governamental geralmente na forma de contribuição de natureza pecuniária, mas não só restrita a ela, concedida a uma entidade normalmente em troca do cumprimento passado ou futuro de certas condições relacionadas às atividades operacionais da entidade”. A subvenção deve ser tratada como receita pela entidade beneficiada: 12. Uma subvenção governamental deve ser reconhecida como receita ao longo do período e confrontada com as despesas que pretende compensar, em base sistemática, desde que atendidas as condições desta Norma. A subvenção governamental não pode ser creditada diretamente no patrimônio líquido. Entendo que apenas as subvenções para investimento podem ser consideradas nãooperacionais. É o dispõe o art. 44 da Lei n° 4.506/64: Art. 44. Integram a receita bruta operacional: I O produto da venda dos bens e serviços nas transações ou operações de conta própria; II O resultado auferido nas operações de conta alheia; III As recuperações ou devoluções de custos, deduções ou provisões; IV As subvenções correntes, para custeio ou operação, recebidas de pessoas jurídicas de direito público ou privado, ou de pessoas naturais. Por sua vez, o Parecer Normativo CST nº 112, de 29 de dezembro de 1978 (DOU de 11/01/1979), distingue subvenção de custeio e subvenção para investimento: 2.11 – Uma das fontes para se pesquisar o adequado conceito de SUBVENÇÕES PARA INVESTIMENTO é o Parecer Normativo CST nº 2/78 (DOU de 16.01.78). Fl. 210DF CARF MF Processo nº 10850.908554/201161 Acórdão n.º 3301004.602 S3C3T1 Fl. 11 10 No item 5.1 do Parecer encontramos, por exemplo, menção de que a SUBVENÇÃO para INVESTIMENTO seria a destinada à aplicação em bens ou direitos. Já no item 7, subentendese um confronto entre as SUBVENÇÕES PARA CUSTEIO ou OPERAÇÃO e as SUBVENÇÕES PARA INVESTIMENTO, tendo sido caracterizadas as primeiras pela não vinculação a aplicações específicas. Já o Parecer Normativo CST nº 143/73 (DOU de 16.10.73), sempre que se refere a investimento complementao com a expressão em ativo fixo. Desses subsídios podemos inferir que SUBVENÇÃO PARA INVESTIMENTO é a transferência de recursos para uma pessoa jurídica com a finalidade de auxiliá la, não nas suas despesas, mas sim, na aplicação específica em bens ou direitos para implantar ou expandir empreendimentos econômicos. Essa concepção está inteiramente de acordo com o próprio § 2º do art. 38 do DL 1.598/77. 2.12 – Observase que a SUBVENÇÃO PARA INVESTIMENTO apresenta características bem marcantes, exigindo até mesmo perfeita sincronia da intenção do subvencionador com a ação do subvencionado. Não basta apenas o “animus” de subvencionar para investimento. Impõe se, também, a efetiva e específica aplicação da subvenção, por parte do beneficiário, nos investimentos previstos na implantação ou expansão do empreendimento econômico projetado. Por outro lado, a simples aplicação dos recursos decorrentes da subvenção em investimento não autoriza a sua classificação como SUBVENÇÃO PARA INVESTIMENTO. (...) 3.6 Há, também, uma modalidade de redução do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias (ICM), utilizada por vários Estados da Federação como incentivo fiscal, que preenche todos os requisitos para ser considerada como SUBVENÇÃO PARA INVESTIMENTO. A mecânica do benefício fiscal consiste no depósito, em conta vinculada, de parte do ICM devido em cada mês. Os depósitos mensais, obedecidas as condições estabelecidas, retornam à empresa para serem aplicados na implantação ou expansão de empreendimento econômico. Em alguns casos que tivemos oportunidade de examinar, esse tipo de subvenção é sempre previsto em lei, da qual consta expressamente a sua destinação para o investimento; o retorno das parcelas depositadas só se efetiva após comprovadas as aplicações no empreendimento econômico; e o titular do empreendimento é o beneficiário da subvenção. (...) I – As SUBVENÇÕES CORRENTES PARA CUSTEIO OU OPERAÇÃO integram a resultado operacional da pessoa jurídica; as SUBVENÇÕES PARA INVESTIMENTO, o resultado não operacional. Fl. 211DF CARF MF Processo nº 10850.908554/201161 Acórdão n.º 3301004.602 S3C3T1 Fl. 12 11 Do exposto, concluise que a subvenção da Lei n° 9.479/1997 é de custeio, porquanto a Recorrente recebeu em dinheiro, por kg de borracha beneficiada vendida. A atividade do contribuinte, conforme cláusula quarta de seu contrato social, é a indústria de látex e produtos de borracha, comércio, importação e exportação de produtos de borracha. Ao contrário do que alega, tal receita não pode ser classificada como receita financeira, porque não decorre da aplicação de recursos financeiros. Isso porque o Decreto nº 3.000/1999, no art. 373 c/c art. 375, parágrafo único, elenca como “receitas financeiras” os juros, o desconto, o lucro na operação de reporte e os rendimentos de aplicações financeiras de renda fixa, além das variações monetárias, em função da taxa de câmbio ou de índices ou coeficientes aplicáveis, por disposição legal ou contratual. Em suma, na qualidade de usina beneficiadora credenciada, a receita da subvenção concedida pela Lei n° 9.479/1997 é receita operacional tributável pelo PIS. Conclusão Do exposto, voto por negar provimento ao recurso voluntário" Importa registrar que nos autos ora em apreço, a situação fática e jurídica encontra correspondência com a verificada no paradigma, de tal sorte que o entendimento lá esposado pode ser perfeitamente aqui aplicado tanto à COFINS quanto à Contribuição para o PIS/Pasep. Aplicandose a decisão do paradigma ao presente processo, em razão da sistemática prevista nos §§ 1º e 2º do art. 47 do Anexo II do RICARF, o Colegiado decidiu negar provimento ao recurso voluntário. (assinado digitalmente) José Henrique Mauri Fl. 212DF CARF MF
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Numero do processo: 10850.906107/2011-77
Turma: Primeira Turma Ordinária da Terceira Câmara da Terceira Seção
Câmara: Terceira Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Wed Apr 18 00:00:00 UTC 2018
Data da publicação: Mon Jun 11 00:00:00 UTC 2018
Ementa: Assunto: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins
Data do fato gerador: 31/05/1999
COFINS. BASE DE CÁLCULO. INCONSTITUCIONALIDADE DO § 1º DO ART. 3º DA LEI Nº 9.718/1998. FATURAMENTO. RECEITA OPERACIONAL. Entende-se por faturamento, para fins de identificação da base de cálculo do PIS e da COFINS, o somatório das receitas oriundas da atividade operacional da pessoa jurídica, ou seja, aquelas decorrentes da prática das operações típicas previstas no seu objeto social.
RECEITA DE SUBVENÇÃO DA LEI N° 9.479/1997. SUBVENÇÃO PARA CUSTEIO. A receita da subvenção concedida pela Lei n° 9.479/1997 às usinas beneficiadoras de borracha integra a base de cálculo do PIS e da COFINS, por se tratar de subvenção para custeio.
Recurso Voluntário Negado.
Numero da decisão: 3301-004.595
Decisão: Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso voluntário, nos termos do relatório e do voto que integram o presente julgado.
(assinado digitalmente)
José Henrique Mauri - Presidente e Relator.
Participaram da presente sessão de julgamento os conselheiros José Henrique Mauri (Presidente), Marcelo Costa Marques d'Oliveira, Renato Vieira de Avila (Suplente convocado), Valcir Gassen, Liziane Angelotti Meira, Antonio Carlos da Costa Cavalcanti Filho, Ari Vendramini e Semíramis de Oliveira Duro.
Nome do relator: JOSE HENRIQUE MAURI
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RESTITUIÇÃO. ALARGAMENTO DA BC. Recorrente Braslatex Indústria e Comércio de Borrachas Ltda. Recorrida Fazenda Nacional ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL COFINS Data do fato gerador: 31/05/1999 COFINS. BASE DE CÁLCULO. INCONSTITUCIONALIDADE DO § 1º DO ART. 3º DA LEI Nº 9.718/1998. FATURAMENTO. RECEITA OPERACIONAL. Entendese por faturamento, para fins de identificação da base de cálculo do PIS e da COFINS, o somatório das receitas oriundas da atividade operacional da pessoa jurídica, ou seja, aquelas decorrentes da prática das operações típicas previstas no seu objeto social. RECEITA DE SUBVENÇÃO DA LEI N° 9.479/1997. SUBVENÇÃO PARA CUSTEIO. A receita da subvenção concedida pela Lei n° 9.479/1997 às usinas beneficiadoras de borracha integra a base de cálculo do PIS e da COFINS, por se tratar de subvenção para custeio. Recurso Voluntário Negado. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso voluntário, nos termos do relatório e do voto que integram o presente julgado. (assinado digitalmente) José Henrique Mauri Presidente e Relator. Participaram da presente sessão de julgamento os conselheiros José Henrique Mauri (Presidente), Marcelo Costa Marques d'Oliveira, Renato Vieira de Avila (Suplente convocado), Valcir Gassen, Liziane Angelotti Meira, Antonio Carlos da Costa Cavalcanti Filho, Ari Vendramini e Semíramis de Oliveira Duro. Relatório AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 85 0. 90 61 07 /2 01 1- 77 Fl. 192DF CARF MF Processo nº 10850.906107/201177 Acórdão n.º 3301004.595 S3C3T1 Fl. 3 2 Tratase de Pedido Eletrônico de Restituição de crédito da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social Cofins. A DRF de São José do Rio Preto (SP), por meio do despacho decisório, indeferiu o pedido, em razão do recolhimento indicado no PER/DCOMP ter sido integralmente utilizado para quitação de débito confessado pelo contribuinte. Cientificada do despacho, a empresa apresentou a manifestação de inconformidade, nesses termos: · Preliminarmente, requer a reunião deste processo com outros que tratam da mesma matéria e têm os mesmos fundamentos; · No mérito, defende que o recolhimento indevido decorre da inconstitucionalidade do art. 3º, §1º, da Lei nº 9.718/1998, já declarada pelo STF em sede de repercussão geral; · Alega que a autoridade administrativa não analisou a causa do recolhimento indevido (a inconstitucional ampliação da base de cálculo pelo art. 3º, § 1º da Lei nº 9.718); · Sustenta que a decisão do STF, no RE nº 585.235, deve ser observada, obrigatoriamente, pela autoridade administrativa; · Reiterou que é devido o crédito pleiteado no PER/DCOMP, por se tratar de PIS/COFINS calculado sobre receita que não integra o seu faturamento. Anexou à sua manifestação de inconformidade: planilha demonstrativa do pagamento indevido de PIS/COFINS sobre receitas financeiras, cópia de parte do livro diário e termos de abertura e encerramento. A 4ª Turma da DRJ/POR indeferiu a manifestação de inconformidade, nos termos do Acórdão nº 14042.462. A DRJ rejeitou a reunião de processos solicitada, por dois motivos: para pedidos de restituição, a reunião de processos em um só deve ser realizada apenas quando tenham por base o mesmo crédito, o que não é o caso dos processos relacionados pela interessada, pois cada um se refere a um determinado período de apuração, implicando em créditos distintos e os elementos de prova são distintos para cada fato gerador, ou seja, as provas de um processo não aproveitam aos demais. Quanto ao mérito, a negativa do reconhecimento do crédito se deu em virtude da ausência de prova do pagamento indevido; da nãovinculação da autoridade administrativa ao RE nº 585.235; da ausência de DCTF retificadora e da cópia parcial do livro diário apresentada, que não permitiria apurar a base de cálculo com as exclusões pretendidas, para se chegar ao valor devido e comparálo com o valor recolhido. Em seu recurso voluntário, a empresa: Fl. 193DF CARF MF Processo nº 10850.906107/201177 Acórdão n.º 3301004.595 S3C3T1 Fl. 4 3 · Reitera o pedido de reunião deste processo com outros 38 processos que tratam da mesma matéria: recolhimentos indevidos de PIS e COFINS, apurados em diversos meses, decorrentes da majoração da base de cálculo pelo art. 3º, § 1º, da Lei nº 9.718/98. · Alega que é inconteste que a DCTF não é o único meio de prova da existência de crédito passível de restituição, nem o art. 165 do CTN nem o art. 74 da Lei nº 9.430/96 condicionam o reconhecimento do crédito à retificação de declarações. · Faz a juntada do seu livro razão, que entende ser suficiente para comprovar o recolhimento indevido. · Sustenta que a base de cálculo do PIS e da COFINS deveria ter sido composta por valores correspondentes ao seu faturamento, ou seja, os ingressos que correspondem às suas receitas de vendas de mercadorias e prestação de serviços e não por suas receitas financeiras. Esta Turma de Julgamento converteu o julgamento em diligência, Resolução n° 3301000.367, de 28 de junho de 2017, para verificar os argumentos da Recorrente no tocante à inclusão das receitas financeiras na base de cálculo do PIS e da COFINS. Nessa oportunidade, foi solicitado à Unidade de Origem que: examinasse a escrita fiscal da Recorrente, para identificar a indevida inclusão das receitas financeiras indicadas no Livro Diário, na base de cálculo do PIS e da COFINS, em decorrência da aplicação do cálculo do art. 3º, § 1º da Lei nº 9.718/98 e apontasse a exatidão do valor pleiteado pelo Recorrente, bem como se a utilização deste foi efetivamente realizada. Na informação fiscal resultante da diligência, esclarece a autoridade fiscal que o valor da receita apontada pelo contribuinte como indevidamente tributada pela contribuição seria a Receita de Subvenção da Lei n° 9.479/1997. Cientificado do encerramento da diligência, não houve manifestação da empresa. É o relatório. Voto Conselheiro José Henrique Mauri, Relator. O julgamento deste processo segue a sistemática dos recursos repetitivos, regulamentada pelo art. 47, §§ 1º e 2º, do Anexo II do RICARF, aprovado pela Portaria MF 343, de 09 de junho de 2015. Portanto, ao presente litígio aplicase o decidido no Acórdão 3301004.594, de 18 de abril de 2018, proferido no julgamento do processo 10850.906106/201122, paradigma ao qual o presente processo foi vinculado. Transcrevese, como solução deste litígio, nos termos regimentais, o entendimento que prevaleceu naquela decisão (Acórdão 3301004.594): Fl. 194DF CARF MF Processo nº 10850.906107/201177 Acórdão n.º 3301004.595 S3C3T1 Fl. 5 4 "O recurso voluntário é tempestivo e reúne os pressupostos legais de interposição, dele, portanto, tomo conhecimento. No tocante à reunião dos processos, entendo que não há nada a se deferir, pois 20 (vinte) dos processos listados foram convertidos em diligência (publ. 21/07/2014) e julgados em acórdãos de procedência para a Recorrente (publ. 27/03/2015), tendo em vista a confirmação dos créditos. Os demais processos citados pela Recorrente em seu recurso são repetitivos, que estão vinculados ao julgamento deste presente processo (paradigma), em decorrência do § 2º do art. 47 do anexo II da Portaria MF nº 343/2015. MÉRITO Inconstitucionalidade do art. 3º, § 1º da Lei nº 9.718/98 O alcance do termo faturamento abarcando a atividade empresarial típica restou assente no RE nº 585.235/MG, no qual se reconheceu a repercussão geral do tema concernente ao alargamento da base de cálculo do PIS e da COFINS prevista no §1º do art. 3º da Lei nº 9.718/98, reafirmando a jurisprudência consolidada pelo STF: RECURSO. Extraordinário. Tributo. Contribuição social. PIS. COFINS. Alargamento da base de cálculo. Art. 3º, §1º da Lei nº 9.718/98. Inconstitucionalidade. Precedentes do Plenário (RE nº 346.084/PR, Rel. orig. Min. ILMAR GALVÃO, DJ DE 1º.9.2006; REs nº 357.950/RS, 358.273/RS e 390.840/MG, Rel. Min. MARCO AURÉLIO, DJ de 15.8.2006). Repercussão Geral do tema. Reconhecimento pelo Plenário. Recurso improvido. É inconstitucional a ampliação da base de cálculo do PIS e da COFINS prevista no art. 3º, §1º, da Lei nº 9.718/98. No voto, o Ministro Cezar Peluso consignou: O recurso extraordinário está submetido ao regime de repercussão geral e versa sobre tema cuja jurisprudência é consolidada nesta Corte, qual seja, a inconstitucionalidade do §1º do art. 3º da Lei nº 9.718/98, que ampliou o conceito de receita bruta, violando, assim, a noção de faturamento pressuposta na redação original do art. 195, I, b, da Constituição da República, e cujo significado é o estrito de receita bruta das vendas de mercadorias e da prestação de serviços de qualquer natureza, ou seja, soma das receitas oriundas do exercício das atividades empresariais... Observese outros precedentes da Corte Suprema: RE 683.334 AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, DJ 13/08/2012, RE 390.840, Rel. Min. Marco Aurelio, DJ 15/08/2006 e ainda, no mesmo sentido: RE 608.830 AgR; RE 621.652AgR; RE 371.258AgR; AI 716.675AgR AgR; AI 799.578 AgR; RE 656.284; ARE 643.823/PR; AI 776; ARE 645.618; RE 630.728; 621.675; RE 390.840; RE 654.840 e RE 641.052. Dessa forma, considerase receita bruta ou faturamento o que decorre da venda de mercadorias, da venda de serviços ou de mercadorias e serviços, não se considerando receita de natureza diversa. É o resultado econômico da Fl. 195DF CARF MF Processo nº 10850.906107/201177 Acórdão n.º 3301004.595 S3C3T1 Fl. 6 5 atividade empresarial estatutária (operacional), que constitui a base de cálculo do PIS. O art. 62, § 1º, I, do Regimento Interno do CARF, aprovado pela Portaria MF nº 343 de 9 de junho de 2015, dispõe que: Art. 62. Fica vedado aos membros das turmas de julgamento do CARF afastar a aplicação ou deixar de observar tratado, acordo internacional, lei ou decreto, sob fundamento de inconstitucionalidade. § 1º O disposto no caput não se aplica aos casos detratado, acordo internacional, lei ou ato normativo: I que já tenha sido declarado inconstitucional por decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal; Logo, o entendimento do STF deve ser aplicado no presente caso, para afastar a tributação do PIS e da COFINS exigida com base no disposto no art. 3º, §1º, da Lei n.º 9.718/1998. Nesse contexto, esta Turma converteu o julgamento em diligência para verificar a indevida inclusão das receitas nãooperacionais na base de cálculo do PIS, conforme reclamado pela Recorrente. Todavia, a diligência demonstrou que a receita supostamente não integrante do faturamento é Receita de Subvenção da Lei n° 9.479/1997. Dessa forma, entendo que não assiste razão ao apelo, porquanto considero tal receita operacional, logo integrante do faturamento da Recorrente. É do que trato a seguir. Receita de Subvenção da Lei n° 9.479/1997 Afirmou a Recorrente que o valor de R$ 30.705,00 foi recebido em maio de 1999 na qualidade de usina beneficiadora credenciada, nos termos da Lei n° 9.479/1997. A Lei nº 9.479/1997 concedeu subvenção econômica a produtores de borracha natural. Confirase: Art. 1º Fica o Poder Executivo autorizado a conceder subvenção econômica aos produtores nacionais de borracha natural, com o objetivo de incentivar a comercialização da produção nacional. § 1º A subvenção corresponderá à diferença entre os preços de referência das borrachas nacionais e os dos produtos congêneres no mercado internacional, acrescidos das despesas de nacionalização. Fl. 196DF CARF MF Processo nº 10850.906107/201177 Acórdão n.º 3301004.595 S3C3T1 Fl. 7 6 § 2º Os preços de referência das borrachas nacionais, para efeito de cálculo da subvenção econômica, serão aqueles fixados pelo Poder Executivo e em vigor na data da publicação desta Lei, podendo ser revistos periodicamente. § 3º Os preços dos produtos congêneres no mercado internacional serão apurados e divulgados periodicamente pelo Poder Executivo, com base nas cotações das principais bolsas de mercadorias internacionais. Art. 2º A subvenção econômica de que trata o artigo anterior: I terá a duração de oito anos; II será de até R$ 0,90 (noventa centavos de real) por quilograma de borracha do tipo Granulado Escuro Brasileiro nº 1 (GEB1), sendo que, para os demais tipos de borracha, este teto sofrerá os ágios e deságios correspondentes; III sofrerá rebates, respectivamente, de vinte por cento, quarenta por cento, sessenta por cento e oitenta por cento, a partir do final do quarto, do quinto, do sexto e do sétimo anos de vigência desta Lei, sobre o teto de que trata o inciso anterior. Parágrafo único. Os rebates referidos no inciso III deste artigo só poderão ser aplicados à subvenção incidente sobre a borracha oriunda de seringais nativos da região amazônica na medida em que forem implantados pelo Poder Executivo os programas de que trata o art. 7º. As condições operacionais para pagamento e controle da subvenção foram dispostas pelo Decreto n° 2.348/1997: Art. 1º A subvenção econômica de que trata a Lei nº 9.479, de 12 de agosto de 1997, corresponderá à diferença entre: I os preços de referência das borrachas nacionais fixados na Portaria nº 187, de 29 de junho de 1995, do Ministério da Fazenda, publicada no Diário Oficial da União em 30 de junho de 1995; e II os preços dos produtos congêneres no mercado internacional, tomandose como base referencial o da borracha tipo Standard Malaysian Rubber nº 10 (SMR 10), acrescidos das despesas de nacionalização. § 1º O Ministério da Agricultura e do Abastecimento, responsável pelo pagamento da subvenção econômica, publicará o valor da subvenção devida por quilograma de cada um dos tipos de borracha constantes da Portaria de que trata o inciso I deste artigo, tendo em conta: a) a média aritmética das cotações médias diárias da borracha natural do tipo Standard Malaysian Rubber nº 10 (SMR10), equivalente ao tipo Granulado Escuro Brasileiro nº 1º (GEB1), nas bolsas de mercadorias de Singapura, Kuala Lumpur e Fl. 197DF CARF MF Processo nº 10850.906107/201177 Acórdão n.º 3301004.595 S3C3T1 Fl. 8 7 Londres nos quinze dias anteriores ao da publicação dos preços, com as respectivas cotações das moedas de negociação em dólar americano; b) que a conversão cambial do dólar americano de que trata a alínea anterior, para a moeda brasileira, deverá ser realizada com base na cotação daquela moeda na véspera da publicação dos preços; c) as despesas de nacionalização relativas a impostos, encargos sociais, seguros, frete, adicional de frete, armazenagem e outras prevalentes à época de apuração e publicação dos preços. § 2º Os valores das subvenções publicados pelo Ministério da Agricultura e do Abastecimento prevalecerão até a véspera da publicação dos novos valores. Art. 2º A subvenção econômica de que trata o artigo anterior: I terá a duração de oito anos; II será de até R$0,90 (noventa centavos de real) por quilograma de borracha do tipo Granulado Escuro Brasileiro nº 1 (GEB1), sendo que, para os demais tipos de borracha, este teto sofrerá os ágios e deságios correspondentes; Ill sofrerá rebates, respectivamente, de vinte por cento, quarenta por cento, sessenta por cento e oitenta por cento, a partir do final do quarto, do quinto, do sexto e do sétimo anos de vigência da Lei nº 9.479, de 1997, sobre o teto de que trata o inciso anterior, observado o que dispõe o parágrafo único do art. 2º da mencionada Lei; IV para efeito de cálculo dos ágios e deságios e dos correspondentes rebates nos preços dos demais tipos de borracha, conforme estabelecem os incisos I e Il anteriores, será tomado como referencial o preço da borracha tipo GEB 1 e guardada a correlação de preços constantes da Portaria de que trata o inciso I do art. 1º deste Decreto. Art. 3º São beneficiárias da subvenção econômica de que trata este Decreto os extrativistas, cultivadores ou beneficiadores, sejam pessoas físicas ou jurídicas, dedicados à produção de borracha natural no País. Parágrafo único. A fruição do benefício a pessoas jurídicas fica condicionada à comprovação, junto ao Ministério da Agricultura e do Abastecimento, de sua capacidade jurídica e regularidade fiscal. Art. 4º O pagamento da subvenção econômica aos beneficiários será feito por intermédio das usinas beneficiadoras credenciadas pelo Ministério da Agricultura e do Abastecimento, mediante: I apresentação do pedido de ressarcimento da subvenção ao Ministério da Agricultura e do Abastecimento, acompanhado de relação contendo o nome do produtor, seu Cadastro de Pessoas Fl. 198DF CARF MF Processo nº 10850.906107/201177 Acórdão n.º 3301004.595 S3C3T1 Fl. 9 8 Físicas CPF ou Cadastro Geral de Contribuinte CGC, local de produção ou de extração, tipo da borracha natural correspondente, quantidade do produto adquirido, em quilogramas, o preço respectivo pago ao produtor, os números e as datas das notas fiscais representativas das transações efetivadas; II cópia das notas fiscais de venda da borracha beneficiada às indústrias consumidoras do produto, acompanhada da comprovação do aceite e da certificação do tipo de borracha comercializado, fornecida pela compradora final. § 1º O pagamento de que trata este artigo será efetivado pelo Ministério da Agricultura e do Abastecimento no prazo de dez dias, contados a partir da data de recebimento do pedido, respeitados os limites por tipo de borracha comercializado prevalentes na data de efetivação da transação, considerada para esse efeito a data constante da nota fiscal respectiva. § 2º O pagamento de subvenção relativa à compra de borracha de pessoas jurídicas produtoras estará condicionado à satisfação da condição estabelecida no parágrafo único do artigo anterior. Art. 5º As usinas beneficiadoras, credenciadas pelo Ministério da Agricultura e do Abastecimento, manterão em seus arquivos uma via das notas fiscais emitidas pelos produtores de borracha natural, ou documento legal equivalente, contendo no verso o atestado do beneficiário de recebimento da subvenção econômica correspondente. Parágrafo único. Os documentos comprobatórios de que trata este artigo serão conservados pelas usinas beneficiadoras em boa ordem, no próprio lugar onde forem contabilizadas as operações, à disposição dos agentes incumbidos do controle interno e externo e dos órgãos ou entidades responsáveis pela subvenção. Art. 6º O Ministério da Agricultura e do Abastecimento: I estabelecerá, em ato normativo, as condições para credenciamento das usinas beneficiadoras de borracha; II orientará as pessoas jurídicas sobre a forma de apresentação da comprovação de que trata o parágrafo único do art. 3º deste Decreto; III registrará e controlará os pagamentos efetuados e gerenciará o provimento dos recursos necessários à concessão da subvenção; IV estabelecerá normas complementares de controle, visando a boa e regular aplicação dos recursos. Parágrafo único. Dentre as condições para credenciamento das usinas beneficiadoras constará a de comprovação de sua capacidade jurídica e regularidade fiscal. Fl. 199DF CARF MF Processo nº 10850.906107/201177 Acórdão n.º 3301004.595 S3C3T1 Fl. 10 9 A subvenção era paga ao beneficiador de borracha natural, pessoa física ou jurídica, cadastrado junto à Secretaria de Produção e Comercialização do Ministério da Agricultura e do Abastecimento, que comprovasse a compra da borracha natural bruta do produtor e posterior exportação ou venda da borracha beneficiada para empresas da indústria consumidora final. E quanto ao pagamento da subvenção, o montante correspondia à quantidade de produto comercializado e comprovado, multiplicado pelo valor unitário da subvenção definida pelo Ministério da Agricultura. Nos termos da Resolução CFC nº 1.305, de 25 de novembro de 2010, por meio da qual o Conselho Federal de Contabilidade (CFC) aprovou a NBC TG 07 (R1), “Subvenção governamental é uma assistência governamental geralmente na forma de contribuição de natureza pecuniária, mas não só restrita a ela, concedida a uma entidade normalmente em troca do cumprimento passado ou futuro de certas condições relacionadas às atividades operacionais da entidade”. A subvenção deve ser tratada como receita pela entidade beneficiada: 12. Uma subvenção governamental deve ser reconhecida como receita ao longo do período e confrontada com as despesas que pretende compensar, em base sistemática, desde que atendidas as condições desta Norma. A subvenção governamental não pode ser creditada diretamente no patrimônio líquido. Entendo que apenas as subvenções para investimento podem ser consideradas nãooperacionais. É o dispõe o art. 44 da Lei n° 4.506/64: Art. 44. Integram a receita bruta operacional: I O produto da venda dos bens e serviços nas transações ou operações de conta própria; II O resultado auferido nas operações de conta alheia; III As recuperações ou devoluções de custos, deduções ou provisões; IV As subvenções correntes, para custeio ou operação, recebidas de pessoas jurídicas de direito público ou privado, ou de pessoas naturais. Por sua vez, o Parecer Normativo CST nº 112, de 29 de dezembro de 1978 (DOU de 11/01/1979), distingue subvenção de custeio e subvenção para investimento: 2.11 – Uma das fontes para se pesquisar o adequado conceito de SUBVENÇÕES PARA INVESTIMENTO é o Parecer Normativo CST nº 2/78 (DOU de 16.01.78). Fl. 200DF CARF MF Processo nº 10850.906107/201177 Acórdão n.º 3301004.595 S3C3T1 Fl. 11 10 No item 5.1 do Parecer encontramos, por exemplo, menção de que a SUBVENÇÃO para INVESTIMENTO seria a destinada à aplicação em bens ou direitos. Já no item 7, subentendese um confronto entre as SUBVENÇÕES PARA CUSTEIO ou OPERAÇÃO e as SUBVENÇÕES PARA INVESTIMENTO, tendo sido caracterizadas as primeiras pela não vinculação a aplicações específicas. Já o Parecer Normativo CST nº 143/73 (DOU de 16.10.73), sempre que se refere a investimento complementao com a expressão em ativo fixo. Desses subsídios podemos inferir que SUBVENÇÃO PARA INVESTIMENTO é a transferência de recursos para uma pessoa jurídica com a finalidade de auxiliá la, não nas suas despesas, mas sim, na aplicação específica em bens ou direitos para implantar ou expandir empreendimentos econômicos. Essa concepção está inteiramente de acordo com o próprio § 2º do art. 38 do DL 1.598/77. 2.12 – Observase que a SUBVENÇÃO PARA INVESTIMENTO apresenta características bem marcantes, exigindo até mesmo perfeita sincronia da intenção do subvencionador com a ação do subvencionado. Não basta apenas o “animus” de subvencionar para investimento. Impõe se, também, a efetiva e específica aplicação da subvenção, por parte do beneficiário, nos investimentos previstos na implantação ou expansão do empreendimento econômico projetado. Por outro lado, a simples aplicação dos recursos decorrentes da subvenção em investimento não autoriza a sua classificação como SUBVENÇÃO PARA INVESTIMENTO. (...) 3.6 Há, também, uma modalidade de redução do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias (ICM), utilizada por vários Estados da Federação como incentivo fiscal, que preenche todos os requisitos para ser considerada como SUBVENÇÃO PARA INVESTIMENTO. A mecânica do benefício fiscal consiste no depósito, em conta vinculada, de parte do ICM devido em cada mês. Os depósitos mensais, obedecidas as condições estabelecidas, retornam à empresa para serem aplicados na implantação ou expansão de empreendimento econômico. Em alguns casos que tivemos oportunidade de examinar, esse tipo de subvenção é sempre previsto em lei, da qual consta expressamente a sua destinação para o investimento; o retorno das parcelas depositadas só se efetiva após comprovadas as aplicações no empreendimento econômico; e o titular do empreendimento é o beneficiário da subvenção. (...) I – As SUBVENÇÕES CORRENTES PARA CUSTEIO OU OPERAÇÃO integram a resultado operacional da pessoa jurídica; as SUBVENÇÕES PARA INVESTIMENTO, o resultado não operacional. Fl. 201DF CARF MF Processo nº 10850.906107/201177 Acórdão n.º 3301004.595 S3C3T1 Fl. 12 11 Do exposto, concluise que a subvenção da Lei n° 9.479/1997 é de custeio, porquanto a Recorrente recebeu em dinheiro, por kg de borracha beneficiada vendida. A atividade do contribuinte, conforme cláusula quarta de seu contrato social, é a indústria de látex e produtos de borracha, comércio, importação e exportação de produtos de borracha. Ao contrário do que alega, tal receita não pode ser classificada como receita financeira, porque não decorre da aplicação de recursos financeiros. Isso porque o Decreto nº 3.000/1999, no art. 373 c/c art. 375, parágrafo único, elenca como “receitas financeiras” os juros, o desconto, o lucro na operação de reporte e os rendimentos de aplicações financeiras de renda fixa, além das variações monetárias, em função da taxa de câmbio ou de índices ou coeficientes aplicáveis, por disposição legal ou contratual. Em suma, na qualidade de usina beneficiadora credenciada, a receita da subvenção concedida pela Lei n° 9.479/1997 é receita operacional tributável pelo PIS. Conclusão Do exposto, voto por negar provimento ao recurso voluntário" Importa registrar que nos autos ora em apreço, a situação fática e jurídica encontra correspondência com a verificada no paradigma, de tal sorte que o entendimento lá esposado pode ser perfeitamente aqui aplicado tanto à COFINS quanto à Contribuição para o PIS/Pasep. Aplicandose a decisão do paradigma ao presente processo, em razão da sistemática prevista nos §§ 1º e 2º do art. 47 do Anexo II do RICARF, o Colegiado decidiu negar provimento ao recurso voluntário. (assinado digitalmente) José Henrique Mauri Fl. 202DF CARF MF
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Numero do processo: 10850.908545/2011-70
Turma: Primeira Turma Ordinária da Terceira Câmara da Terceira Seção
Câmara: Terceira Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Wed Apr 18 00:00:00 UTC 2018
Data da publicação: Mon Jun 11 00:00:00 UTC 2018
Ementa: Assunto: Contribuição para o PIS/Pasep
Data do fato gerador: 31/10/2000
PIS. BASE DE CÁLCULO. INCONSTITUCIONALIDADE DO § 1º DO ART. 3º DA LEI Nº 9.718/1998. FATURAMENTO. RECEITA OPERACIONAL. Entende-se por faturamento, para fins de identificação da base de cálculo do PIS e da COFINS, o somatório das receitas oriundas da atividade operacional da pessoa jurídica, ou seja, aquelas decorrentes da prática das operações típicas previstas no seu objeto social.
RECEITA DE SUBVENÇÃO DA LEI N° 9.479/1997. SUBVENÇÃO PARA CUSTEIO. A receita da subvenção concedida pela Lei n° 9.479/1997 às usinas beneficiadoras de borracha integra a base de cálculo do PIS e da COFINS, por se tratar de subvenção para custeio.
Recurso Voluntário Negado.
Numero da decisão: 3301-004.601
Decisão: Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso voluntário, nos termos do relatório e do voto que integram o presente julgado.
(assinado digitalmente)
José Henrique Mauri - Presidente e Relator.
Participaram da presente sessão de julgamento os conselheiros José Henrique Mauri (Presidente), Marcelo Costa Marques d'Oliveira, Renato Vieira de Avila (Suplente convocado), Valcir Gassen, Liziane Angelotti Meira, Antonio Carlos da Costa Cavalcanti Filho, Ari Vendramini e Semíramis de Oliveira Duro.
Nome do relator: JOSE HENRIQUE MAURI
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decisao_txt : Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso voluntário, nos termos do relatório e do voto que integram o presente julgado. (assinado digitalmente) José Henrique Mauri - Presidente e Relator. Participaram da presente sessão de julgamento os conselheiros José Henrique Mauri (Presidente), Marcelo Costa Marques d'Oliveira, Renato Vieira de Avila (Suplente convocado), Valcir Gassen, Liziane Angelotti Meira, Antonio Carlos da Costa Cavalcanti Filho, Ari Vendramini e Semíramis de Oliveira Duro.
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RESTITUIÇÃO. ALARGAMENTO DA BC. Recorrente Braslatex Indústria e Comércio de Borrachas Ltda. Recorrida Fazenda Nacional ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS/PASEP Data do fato gerador: 31/10/2000 PIS. BASE DE CÁLCULO. INCONSTITUCIONALIDADE DO § 1º DO ART. 3º DA LEI Nº 9.718/1998. FATURAMENTO. RECEITA OPERACIONAL. Entendese por faturamento, para fins de identificação da base de cálculo do PIS e da COFINS, o somatório das receitas oriundas da atividade operacional da pessoa jurídica, ou seja, aquelas decorrentes da prática das operações típicas previstas no seu objeto social. RECEITA DE SUBVENÇÃO DA LEI N° 9.479/1997. SUBVENÇÃO PARA CUSTEIO. A receita da subvenção concedida pela Lei n° 9.479/1997 às usinas beneficiadoras de borracha integra a base de cálculo do PIS e da COFINS, por se tratar de subvenção para custeio. Recurso Voluntário Negado. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso voluntário, nos termos do relatório e do voto que integram o presente julgado. (assinado digitalmente) José Henrique Mauri Presidente e Relator. Participaram da presente sessão de julgamento os conselheiros José Henrique Mauri (Presidente), Marcelo Costa Marques d'Oliveira, Renato Vieira de Avila (Suplente convocado), Valcir Gassen, Liziane Angelotti Meira, Antonio Carlos da Costa Cavalcanti Filho, Ari Vendramini e Semíramis de Oliveira Duro. Relatório AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 85 0. 90 85 45 /2 01 1- 70 Fl. 182DF CARF MF Processo nº 10850.908545/201170 Acórdão n.º 3301004.601 S3C3T1 Fl. 3 2 Tratase de Pedido Eletrônico de Restituição de crédito da Contribuição para o PIS/Pasep. A DRF de São José do Rio Preto (SP), por meio do despacho decisório, indeferiu o pedido, em razão do recolhimento indicado no PER/DCOMP ter sido integralmente utilizado para quitação de débito confessado pelo contribuinte. Cientificada do despacho, a empresa apresentou a manifestação de inconformidade, nesses termos: · Preliminarmente, requer a reunião deste processo com outros que tratam da mesma matéria e têm os mesmos fundamentos; · No mérito, defende que o recolhimento indevido decorre da inconstitucionalidade do art. 3º, §1º, da Lei nº 9.718/1998, já declarada pelo STF em sede de repercussão geral; · Alega que a autoridade administrativa não analisou a causa do recolhimento indevido (a inconstitucional ampliação da base de cálculo pelo art. 3º, § 1º da Lei nº 9.718); · Sustenta que a decisão do STF, no RE nº 585.235, deve ser observada, obrigatoriamente, pela autoridade administrativa; · Reiterou que é devido o crédito pleiteado no PER/DCOMP, por se tratar de PIS/COFINS calculado sobre receita que não integra o seu faturamento. Anexou à sua manifestação de inconformidade: planilha demonstrativa do pagamento indevido de PIS/COFINS sobre receitas financeiras, cópia de parte do livro diário e termos de abertura e encerramento. A 4ª Turma da DRJ/POR indeferiu a manifestação de inconformidade, nos termos do Acórdão nº 14042.470. A DRJ rejeitou a reunião de processos solicitada, por dois motivos: para pedidos de restituição, a reunião de processos em um só deve ser realizada apenas quando tenham por base o mesmo crédito, o que não é o caso dos processos relacionados pela interessada, pois cada um se refere a um determinado período de apuração, implicando em créditos distintos e os elementos de prova são distintos para cada fato gerador, ou seja, as provas de um processo não aproveitam aos demais. Quanto ao mérito, a negativa do reconhecimento do crédito se deu em virtude da ausência de prova do pagamento indevido; da nãovinculação da autoridade administrativa ao RE nº 585.235; da ausência de DCTF retificadora e da cópia parcial do livro diário apresentada, que não permitiria apurar a base de cálculo com as exclusões pretendidas, para se chegar ao valor devido e comparálo com o valor recolhido. Em seu recurso voluntário, a empresa: Fl. 183DF CARF MF Processo nº 10850.908545/201170 Acórdão n.º 3301004.601 S3C3T1 Fl. 4 3 · Reitera o pedido de reunião deste processo com outros 38 processos que tratam da mesma matéria: recolhimentos indevidos de PIS e COFINS, apurados em diversos meses, decorrentes da majoração da base de cálculo pelo art. 3º, § 1º, da Lei nº 9.718/98. · Alega que é inconteste que a DCTF não é o único meio de prova da existência de crédito passível de restituição, nem o art. 165 do CTN nem o art. 74 da Lei nº 9.430/96 condicionam o reconhecimento do crédito à retificação de declarações. · Faz a juntada do seu livro razão, que entende ser suficiente para comprovar o recolhimento indevido. · Sustenta que a base de cálculo do PIS e da COFINS deveria ter sido composta por valores correspondentes ao seu faturamento, ou seja, os ingressos que correspondem às suas receitas de vendas de mercadorias e prestação de serviços e não por suas receitas financeiras. Esta Turma de Julgamento converteu o julgamento em diligência, Resolução n° 3301000.375, de 28 de junho de 2017, para verificar os argumentos da Recorrente no tocante à inclusão das receitas financeiras na base de cálculo do PIS e da COFINS. Nessa oportunidade, foi solicitado à Unidade de Origem que: examinasse a escrita fiscal da Recorrente, para identificar a indevida inclusão das receitas financeiras indicadas no Livro Diário, na base de cálculo do PIS e da COFINS, em decorrência da aplicação do cálculo do art. 3º, § 1º da Lei nº 9.718/98 e apontasse a exatidão do valor pleiteado pelo Recorrente, bem como se a utilização deste foi efetivamente realizada. Na informação fiscal resultante da diligência, esclarece a autoridade fiscal que o valor da receita apontada pelo contribuinte como indevidamente tributada pela contribuição seria a Receita de Subvenção da Lei n° 9.479/1997. Cientificado do encerramento da diligência, não houve manifestação da empresa. É o relatório. Voto Conselheiro José Henrique Mauri, Relator. O julgamento deste processo segue a sistemática dos recursos repetitivos, regulamentada pelo art. 47, §§ 1º e 2º, do Anexo II do RICARF, aprovado pela Portaria MF 343, de 09 de junho de 2015. Portanto, ao presente litígio aplicase o decidido no Acórdão 3301004.594, de 18 de abril de 2018, proferido no julgamento do processo 10850.906106/201122, paradigma ao qual o presente processo foi vinculado. Transcrevese, como solução deste litígio, nos termos regimentais, o entendimento que prevaleceu naquela decisão (Acórdão 3301004.594): Fl. 184DF CARF MF Processo nº 10850.908545/201170 Acórdão n.º 3301004.601 S3C3T1 Fl. 5 4 "O recurso voluntário é tempestivo e reúne os pressupostos legais de interposição, dele, portanto, tomo conhecimento. No tocante à reunião dos processos, entendo que não há nada a se deferir, pois 20 (vinte) dos processos listados foram convertidos em diligência (publ. 21/07/2014) e julgados em acórdãos de procedência para a Recorrente (publ. 27/03/2015), tendo em vista a confirmação dos créditos. Os demais processos citados pela Recorrente em seu recurso são repetitivos, que estão vinculados ao julgamento deste presente processo (paradigma), em decorrência do § 2º do art. 47 do anexo II da Portaria MF nº 343/2015. MÉRITO Inconstitucionalidade do art. 3º, § 1º da Lei nº 9.718/98 O alcance do termo faturamento abarcando a atividade empresarial típica restou assente no RE nº 585.235/MG, no qual se reconheceu a repercussão geral do tema concernente ao alargamento da base de cálculo do PIS e da COFINS prevista no §1º do art. 3º da Lei nº 9.718/98, reafirmando a jurisprudência consolidada pelo STF: RECURSO. Extraordinário. Tributo. Contribuição social. PIS. COFINS. Alargamento da base de cálculo. Art. 3º, §1º da Lei nº 9.718/98. Inconstitucionalidade. Precedentes do Plenário (RE nº 346.084/PR, Rel. orig. Min. ILMAR GALVÃO, DJ DE 1º.9.2006; REs nº 357.950/RS, 358.273/RS e 390.840/MG, Rel. Min. MARCO AURÉLIO, DJ de 15.8.2006). Repercussão Geral do tema. Reconhecimento pelo Plenário. Recurso improvido. É inconstitucional a ampliação da base de cálculo do PIS e da COFINS prevista no art. 3º, §1º, da Lei nº 9.718/98. No voto, o Ministro Cezar Peluso consignou: O recurso extraordinário está submetido ao regime de repercussão geral e versa sobre tema cuja jurisprudência é consolidada nesta Corte, qual seja, a inconstitucionalidade do §1º do art. 3º da Lei nº 9.718/98, que ampliou o conceito de receita bruta, violando, assim, a noção de faturamento pressuposta na redação original do art. 195, I, b, da Constituição da República, e cujo significado é o estrito de receita bruta das vendas de mercadorias e da prestação de serviços de qualquer natureza, ou seja, soma das receitas oriundas do exercício das atividades empresariais... Observese outros precedentes da Corte Suprema: RE 683.334 AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, DJ 13/08/2012, RE 390.840, Rel. Min. Marco Aurelio, DJ 15/08/2006 e ainda, no mesmo sentido: RE 608.830 AgR; RE 621.652AgR; RE 371.258AgR; AI 716.675AgR AgR; AI 799.578 AgR; RE 656.284; ARE 643.823/PR; AI 776; ARE 645.618; RE 630.728; 621.675; RE 390.840; RE 654.840 e RE 641.052. Dessa forma, considerase receita bruta ou faturamento o que decorre da venda de mercadorias, da venda de serviços ou de mercadorias e serviços, não se considerando receita de natureza diversa. É o resultado econômico da Fl. 185DF CARF MF Processo nº 10850.908545/201170 Acórdão n.º 3301004.601 S3C3T1 Fl. 6 5 atividade empresarial estatutária (operacional), que constitui a base de cálculo do PIS. O art. 62, § 1º, I, do Regimento Interno do CARF, aprovado pela Portaria MF nº 343 de 9 de junho de 2015, dispõe que: Art. 62. Fica vedado aos membros das turmas de julgamento do CARF afastar a aplicação ou deixar de observar tratado, acordo internacional, lei ou decreto, sob fundamento de inconstitucionalidade. § 1º O disposto no caput não se aplica aos casos detratado, acordo internacional, lei ou ato normativo: I que já tenha sido declarado inconstitucional por decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal; Logo, o entendimento do STF deve ser aplicado no presente caso, para afastar a tributação do PIS e da COFINS exigida com base no disposto no art. 3º, §1º, da Lei n.º 9.718/1998. Nesse contexto, esta Turma converteu o julgamento em diligência para verificar a indevida inclusão das receitas nãooperacionais na base de cálculo do PIS, conforme reclamado pela Recorrente. Todavia, a diligência demonstrou que a receita supostamente não integrante do faturamento é Receita de Subvenção da Lei n° 9.479/1997. Dessa forma, entendo que não assiste razão ao apelo, porquanto considero tal receita operacional, logo integrante do faturamento da Recorrente. É do que trato a seguir. Receita de Subvenção da Lei n° 9.479/1997 Afirmou a Recorrente que o valor de R$ 30.705,00 foi recebido em maio de 1999 na qualidade de usina beneficiadora credenciada, nos termos da Lei n° 9.479/1997. A Lei nº 9.479/1997 concedeu subvenção econômica a produtores de borracha natural. Confirase: Art. 1º Fica o Poder Executivo autorizado a conceder subvenção econômica aos produtores nacionais de borracha natural, com o objetivo de incentivar a comercialização da produção nacional. § 1º A subvenção corresponderá à diferença entre os preços de referência das borrachas nacionais e os dos produtos congêneres no mercado internacional, acrescidos das despesas de nacionalização. Fl. 186DF CARF MF Processo nº 10850.908545/201170 Acórdão n.º 3301004.601 S3C3T1 Fl. 7 6 § 2º Os preços de referência das borrachas nacionais, para efeito de cálculo da subvenção econômica, serão aqueles fixados pelo Poder Executivo e em vigor na data da publicação desta Lei, podendo ser revistos periodicamente. § 3º Os preços dos produtos congêneres no mercado internacional serão apurados e divulgados periodicamente pelo Poder Executivo, com base nas cotações das principais bolsas de mercadorias internacionais. Art. 2º A subvenção econômica de que trata o artigo anterior: I terá a duração de oito anos; II será de até R$ 0,90 (noventa centavos de real) por quilograma de borracha do tipo Granulado Escuro Brasileiro nº 1 (GEB1), sendo que, para os demais tipos de borracha, este teto sofrerá os ágios e deságios correspondentes; III sofrerá rebates, respectivamente, de vinte por cento, quarenta por cento, sessenta por cento e oitenta por cento, a partir do final do quarto, do quinto, do sexto e do sétimo anos de vigência desta Lei, sobre o teto de que trata o inciso anterior. Parágrafo único. Os rebates referidos no inciso III deste artigo só poderão ser aplicados à subvenção incidente sobre a borracha oriunda de seringais nativos da região amazônica na medida em que forem implantados pelo Poder Executivo os programas de que trata o art. 7º. As condições operacionais para pagamento e controle da subvenção foram dispostas pelo Decreto n° 2.348/1997: Art. 1º A subvenção econômica de que trata a Lei nº 9.479, de 12 de agosto de 1997, corresponderá à diferença entre: I os preços de referência das borrachas nacionais fixados na Portaria nº 187, de 29 de junho de 1995, do Ministério da Fazenda, publicada no Diário Oficial da União em 30 de junho de 1995; e II os preços dos produtos congêneres no mercado internacional, tomandose como base referencial o da borracha tipo Standard Malaysian Rubber nº 10 (SMR 10), acrescidos das despesas de nacionalização. § 1º O Ministério da Agricultura e do Abastecimento, responsável pelo pagamento da subvenção econômica, publicará o valor da subvenção devida por quilograma de cada um dos tipos de borracha constantes da Portaria de que trata o inciso I deste artigo, tendo em conta: a) a média aritmética das cotações médias diárias da borracha natural do tipo Standard Malaysian Rubber nº 10 (SMR10), equivalente ao tipo Granulado Escuro Brasileiro nº 1º (GEB1), nas bolsas de mercadorias de Singapura, Kuala Lumpur e Fl. 187DF CARF MF Processo nº 10850.908545/201170 Acórdão n.º 3301004.601 S3C3T1 Fl. 8 7 Londres nos quinze dias anteriores ao da publicação dos preços, com as respectivas cotações das moedas de negociação em dólar americano; b) que a conversão cambial do dólar americano de que trata a alínea anterior, para a moeda brasileira, deverá ser realizada com base na cotação daquela moeda na véspera da publicação dos preços; c) as despesas de nacionalização relativas a impostos, encargos sociais, seguros, frete, adicional de frete, armazenagem e outras prevalentes à época de apuração e publicação dos preços. § 2º Os valores das subvenções publicados pelo Ministério da Agricultura e do Abastecimento prevalecerão até a véspera da publicação dos novos valores. Art. 2º A subvenção econômica de que trata o artigo anterior: I terá a duração de oito anos; II será de até R$0,90 (noventa centavos de real) por quilograma de borracha do tipo Granulado Escuro Brasileiro nº 1 (GEB1), sendo que, para os demais tipos de borracha, este teto sofrerá os ágios e deságios correspondentes; Ill sofrerá rebates, respectivamente, de vinte por cento, quarenta por cento, sessenta por cento e oitenta por cento, a partir do final do quarto, do quinto, do sexto e do sétimo anos de vigência da Lei nº 9.479, de 1997, sobre o teto de que trata o inciso anterior, observado o que dispõe o parágrafo único do art. 2º da mencionada Lei; IV para efeito de cálculo dos ágios e deságios e dos correspondentes rebates nos preços dos demais tipos de borracha, conforme estabelecem os incisos I e Il anteriores, será tomado como referencial o preço da borracha tipo GEB 1 e guardada a correlação de preços constantes da Portaria de que trata o inciso I do art. 1º deste Decreto. Art. 3º São beneficiárias da subvenção econômica de que trata este Decreto os extrativistas, cultivadores ou beneficiadores, sejam pessoas físicas ou jurídicas, dedicados à produção de borracha natural no País. Parágrafo único. A fruição do benefício a pessoas jurídicas fica condicionada à comprovação, junto ao Ministério da Agricultura e do Abastecimento, de sua capacidade jurídica e regularidade fiscal. Art. 4º O pagamento da subvenção econômica aos beneficiários será feito por intermédio das usinas beneficiadoras credenciadas pelo Ministério da Agricultura e do Abastecimento, mediante: I apresentação do pedido de ressarcimento da subvenção ao Ministério da Agricultura e do Abastecimento, acompanhado de relação contendo o nome do produtor, seu Cadastro de Pessoas Fl. 188DF CARF MF Processo nº 10850.908545/201170 Acórdão n.º 3301004.601 S3C3T1 Fl. 9 8 Físicas CPF ou Cadastro Geral de Contribuinte CGC, local de produção ou de extração, tipo da borracha natural correspondente, quantidade do produto adquirido, em quilogramas, o preço respectivo pago ao produtor, os números e as datas das notas fiscais representativas das transações efetivadas; II cópia das notas fiscais de venda da borracha beneficiada às indústrias consumidoras do produto, acompanhada da comprovação do aceite e da certificação do tipo de borracha comercializado, fornecida pela compradora final. § 1º O pagamento de que trata este artigo será efetivado pelo Ministério da Agricultura e do Abastecimento no prazo de dez dias, contados a partir da data de recebimento do pedido, respeitados os limites por tipo de borracha comercializado prevalentes na data de efetivação da transação, considerada para esse efeito a data constante da nota fiscal respectiva. § 2º O pagamento de subvenção relativa à compra de borracha de pessoas jurídicas produtoras estará condicionado à satisfação da condição estabelecida no parágrafo único do artigo anterior. Art. 5º As usinas beneficiadoras, credenciadas pelo Ministério da Agricultura e do Abastecimento, manterão em seus arquivos uma via das notas fiscais emitidas pelos produtores de borracha natural, ou documento legal equivalente, contendo no verso o atestado do beneficiário de recebimento da subvenção econômica correspondente. Parágrafo único. Os documentos comprobatórios de que trata este artigo serão conservados pelas usinas beneficiadoras em boa ordem, no próprio lugar onde forem contabilizadas as operações, à disposição dos agentes incumbidos do controle interno e externo e dos órgãos ou entidades responsáveis pela subvenção. Art. 6º O Ministério da Agricultura e do Abastecimento: I estabelecerá, em ato normativo, as condições para credenciamento das usinas beneficiadoras de borracha; II orientará as pessoas jurídicas sobre a forma de apresentação da comprovação de que trata o parágrafo único do art. 3º deste Decreto; III registrará e controlará os pagamentos efetuados e gerenciará o provimento dos recursos necessários à concessão da subvenção; IV estabelecerá normas complementares de controle, visando a boa e regular aplicação dos recursos. Parágrafo único. Dentre as condições para credenciamento das usinas beneficiadoras constará a de comprovação de sua capacidade jurídica e regularidade fiscal. Fl. 189DF CARF MF Processo nº 10850.908545/201170 Acórdão n.º 3301004.601 S3C3T1 Fl. 10 9 A subvenção era paga ao beneficiador de borracha natural, pessoa física ou jurídica, cadastrado junto à Secretaria de Produção e Comercialização do Ministério da Agricultura e do Abastecimento, que comprovasse a compra da borracha natural bruta do produtor e posterior exportação ou venda da borracha beneficiada para empresas da indústria consumidora final. E quanto ao pagamento da subvenção, o montante correspondia à quantidade de produto comercializado e comprovado, multiplicado pelo valor unitário da subvenção definida pelo Ministério da Agricultura. Nos termos da Resolução CFC nº 1.305, de 25 de novembro de 2010, por meio da qual o Conselho Federal de Contabilidade (CFC) aprovou a NBC TG 07 (R1), “Subvenção governamental é uma assistência governamental geralmente na forma de contribuição de natureza pecuniária, mas não só restrita a ela, concedida a uma entidade normalmente em troca do cumprimento passado ou futuro de certas condições relacionadas às atividades operacionais da entidade”. A subvenção deve ser tratada como receita pela entidade beneficiada: 12. Uma subvenção governamental deve ser reconhecida como receita ao longo do período e confrontada com as despesas que pretende compensar, em base sistemática, desde que atendidas as condições desta Norma. A subvenção governamental não pode ser creditada diretamente no patrimônio líquido. Entendo que apenas as subvenções para investimento podem ser consideradas nãooperacionais. É o dispõe o art. 44 da Lei n° 4.506/64: Art. 44. Integram a receita bruta operacional: I O produto da venda dos bens e serviços nas transações ou operações de conta própria; II O resultado auferido nas operações de conta alheia; III As recuperações ou devoluções de custos, deduções ou provisões; IV As subvenções correntes, para custeio ou operação, recebidas de pessoas jurídicas de direito público ou privado, ou de pessoas naturais. Por sua vez, o Parecer Normativo CST nº 112, de 29 de dezembro de 1978 (DOU de 11/01/1979), distingue subvenção de custeio e subvenção para investimento: 2.11 – Uma das fontes para se pesquisar o adequado conceito de SUBVENÇÕES PARA INVESTIMENTO é o Parecer Normativo CST nº 2/78 (DOU de 16.01.78). Fl. 190DF CARF MF Processo nº 10850.908545/201170 Acórdão n.º 3301004.601 S3C3T1 Fl. 11 10 No item 5.1 do Parecer encontramos, por exemplo, menção de que a SUBVENÇÃO para INVESTIMENTO seria a destinada à aplicação em bens ou direitos. Já no item 7, subentendese um confronto entre as SUBVENÇÕES PARA CUSTEIO ou OPERAÇÃO e as SUBVENÇÕES PARA INVESTIMENTO, tendo sido caracterizadas as primeiras pela não vinculação a aplicações específicas. Já o Parecer Normativo CST nº 143/73 (DOU de 16.10.73), sempre que se refere a investimento complementao com a expressão em ativo fixo. Desses subsídios podemos inferir que SUBVENÇÃO PARA INVESTIMENTO é a transferência de recursos para uma pessoa jurídica com a finalidade de auxiliá la, não nas suas despesas, mas sim, na aplicação específica em bens ou direitos para implantar ou expandir empreendimentos econômicos. Essa concepção está inteiramente de acordo com o próprio § 2º do art. 38 do DL 1.598/77. 2.12 – Observase que a SUBVENÇÃO PARA INVESTIMENTO apresenta características bem marcantes, exigindo até mesmo perfeita sincronia da intenção do subvencionador com a ação do subvencionado. Não basta apenas o “animus” de subvencionar para investimento. Impõe se, também, a efetiva e específica aplicação da subvenção, por parte do beneficiário, nos investimentos previstos na implantação ou expansão do empreendimento econômico projetado. Por outro lado, a simples aplicação dos recursos decorrentes da subvenção em investimento não autoriza a sua classificação como SUBVENÇÃO PARA INVESTIMENTO. (...) 3.6 Há, também, uma modalidade de redução do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias (ICM), utilizada por vários Estados da Federação como incentivo fiscal, que preenche todos os requisitos para ser considerada como SUBVENÇÃO PARA INVESTIMENTO. A mecânica do benefício fiscal consiste no depósito, em conta vinculada, de parte do ICM devido em cada mês. Os depósitos mensais, obedecidas as condições estabelecidas, retornam à empresa para serem aplicados na implantação ou expansão de empreendimento econômico. Em alguns casos que tivemos oportunidade de examinar, esse tipo de subvenção é sempre previsto em lei, da qual consta expressamente a sua destinação para o investimento; o retorno das parcelas depositadas só se efetiva após comprovadas as aplicações no empreendimento econômico; e o titular do empreendimento é o beneficiário da subvenção. (...) I – As SUBVENÇÕES CORRENTES PARA CUSTEIO OU OPERAÇÃO integram a resultado operacional da pessoa jurídica; as SUBVENÇÕES PARA INVESTIMENTO, o resultado não operacional. Fl. 191DF CARF MF Processo nº 10850.908545/201170 Acórdão n.º 3301004.601 S3C3T1 Fl. 12 11 Do exposto, concluise que a subvenção da Lei n° 9.479/1997 é de custeio, porquanto a Recorrente recebeu em dinheiro, por kg de borracha beneficiada vendida. A atividade do contribuinte, conforme cláusula quarta de seu contrato social, é a indústria de látex e produtos de borracha, comércio, importação e exportação de produtos de borracha. Ao contrário do que alega, tal receita não pode ser classificada como receita financeira, porque não decorre da aplicação de recursos financeiros. Isso porque o Decreto nº 3.000/1999, no art. 373 c/c art. 375, parágrafo único, elenca como “receitas financeiras” os juros, o desconto, o lucro na operação de reporte e os rendimentos de aplicações financeiras de renda fixa, além das variações monetárias, em função da taxa de câmbio ou de índices ou coeficientes aplicáveis, por disposição legal ou contratual. Em suma, na qualidade de usina beneficiadora credenciada, a receita da subvenção concedida pela Lei n° 9.479/1997 é receita operacional tributável pelo PIS. Conclusão Do exposto, voto por negar provimento ao recurso voluntário" Importa registrar que nos autos ora em apreço, a situação fática e jurídica encontra correspondência com a verificada no paradigma, de tal sorte que o entendimento lá esposado pode ser perfeitamente aqui aplicado tanto à COFINS quanto à Contribuição para o PIS/Pasep. Aplicandose a decisão do paradigma ao presente processo, em razão da sistemática prevista nos §§ 1º e 2º do art. 47 do Anexo II do RICARF, o Colegiado decidiu negar provimento ao recurso voluntário. (assinado digitalmente) José Henrique Mauri Fl. 192DF CARF MF
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