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Numero do processo: 10640.903342/2008-67
Turma: Terceira Turma Extraordinária da Primeira Seção
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Thu May 09 00:00:00 UTC 2019
Data da publicação: Thu May 30 00:00:00 UTC 2019
Ementa: Assunto: Normas de Administração Tributária
Exercício: 2001
MANIFESTAÇÃO DE INCONFORMIDADE NÃO CONHECIDA. NÃO INSTAURAÇÃO DA FASE LITIGIOSA DO PROCEDIMENTO.
A manifestação de inconformidade não conhecida não instaura a fase litigiosa do procedimento, não suspende a exigibilidade do crédito tributário e nem pode ser objeto de decisão, por não se subordinar ao processo administrativo fiscal. A manifestação de inconformidade em procedimento de Per/DComp deve ter como objeto a matéria contra a não homologação da compensação
Numero da decisão: 1003-000.711
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em NÃO CONHECER do Recurso Voluntário, nos termos do relatório e votos que integram o presente julgado.
(assinado digitalmente)
Carmen Ferreira Saraiva Presidente
(assinado digitalmente)
Mauritânia Elvira de Sousa Mendonça - Relatora
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Carmen Ferreira Saraiva (Presidente), Bárbara Santos Guedes, Mauritânia Elvira de Sousa Mendonça e Wilson Kazumi Nakayama.
Nome do relator: MAURITANIA ELVIRA DE SOUSA MENDONCA
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decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em NÃO CONHECER do Recurso Voluntário, nos termos do relatório e votos que integram o presente julgado. (assinado digitalmente) Carmen Ferreira Saraiva Presidente (assinado digitalmente) Mauritânia Elvira de Sousa Mendonça - Relatora Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Carmen Ferreira Saraiva (Presidente), Bárbara Santos Guedes, Mauritânia Elvira de Sousa Mendonça e Wilson Kazumi Nakayama.
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Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: NORMAS DE ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA Exercício: 2001 MANIFESTAÇÃO DE INCONFORMIDADE NÃO CONHECIDA. NÃO INSTAURAÇÃO DA FASE LITIGIOSA DO PROCEDIMENTO. A manifestação de inconformidade não conhecida não instaura a fase litigiosa do procedimento, não suspende a exigibilidade do crédito tributário e nem pode ser objeto de decisão, por não se subordinar ao processo administrativo fiscal. A manifestação de inconformidade em procedimento de Per/DComp deve ter como objeto a matéria contra a não homologação da compensação Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em NÃO CONHECER do Recurso Voluntário, nos termos do relatório e votos que integram o presente julgado. (assinado digitalmente) Carmen Ferreira Saraiva – Presidente (assinado digitalmente) Mauritânia Elvira de Sousa Mendonça Relatora Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Carmen Ferreira Saraiva (Presidente), Bárbara Santos Guedes, Mauritânia Elvira de Sousa Mendonça e Wilson Kazumi Nakayama. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 64 0. 90 33 42 /2 00 8- 67 Fl. 321DF CARF MF 2 Relatório Tratase de recurso voluntário contra Acórdão de 09330.88, proferido pela 2ª Turma da DRJ/FJA, que não conheceu da Manifestação de Inconformidade e nem do direito creditório pleiteado. Em resumo, versa o presente processo sobre Dcomp n° 01888.30994.011007.1.7.024672 visando a compensação dos débitos nela declarados com saldo negativo de IRPJ, anocalendário de 2000. Todavia, a DRFUberlândia/MG emitiu Despacho Decisório eletrônico, no qual não homologou a compensação pleiteada, sob o argumento de que o saldo negativo declarado na Dcomp era diferente do constante na DIPJ, in verbis: Cientificada, a Recorrente apresentou manifestação de inconformidade alegando que a não homologação ocorrido devido ao desencontro de informações e juntou Demonstrações de Resultados, DIPJs, Planilhas de Valores e DARFs demonstrando, supostamente, o recolhimento de tributos a maior e passíveis de compensações, em seus valores originais. Ao apreciar a referida manifestação de inconformidade, a DRJ entendeu por bem não conhecêla, cuja ementa da decisão segue transcrita: ASSUNTO: NORMAS DE ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA Exercício: 2001 MANIFESTAÇÃO DE INCONFORMIDADE Não se instaurando a fase litigiosa, a manifestação de inconformidade não pode ser conhecida. Manifestação de Inconformidade Não Conhecida Direito Creditório Não Reconhecido Inconformada, a Recorrente interpôs Recurso Voluntário visando a reforma da decisão e alegou: "A prevalecer a tese do julgador, o fato deve ser reduzido a situação anterior, qual seja, prevalece o valor declarado da Fl. 322DF CARF MF Processo nº 10640.903342/200867 Acórdão n.º 1003000.711 S1C0T3 Fl. 3 3 DIPJ, o qual foi devidamente` pago de acordo com os DARSs em anexo. Levandose em consideração que a tributação levada a efeito na DIRPJ é com base no lucro real, cujo valor apurado foi de R$ 24.687,96, e, de acordo com os DARFs em anexo, o valor pago importa no total de R$ 30.107,08, muito além daquele devido. Em consequência, resta aqui, o saldo negativo de R$ 5.419,12, devidamente comprovado, já que tais documentos se encontram de posse da Receita Federal. Não cabe aqui qualquer outro tipo de discussão, por se tratar do período já prescrito, até porque, o voto do relator a quo é pautado na DIRPJ, a qual tem como base o lucro real ali declarado. Ora, se o valor pago é maior do aquele apurado na DIPJ, não existe crédito tributário em favor do Erário, e sim do contribuinte, o qual pode ser compensado nos exercícios futuros. Assim, a Fiscalização deve considerar os pagamentos efetuados e, em consequência, o saldo negativo de R$ 5.419,12, até porque estes são os documentos de posse da fiscalização. Até por coerência, outro critério aqui não pode ser adotado. Face ao exposto, o Recorrente espera seja julgado procedente seu recursos e extinto a exigência do crédito tributário apurado pela fiscalização. É o relatório. Voto Conselheira Mauritânia Elvira de Sousa Mendonça, Relatora. Compulsando os autos, verifico que o recurso voluntário é tempestivo e cumpre com os demais requisitos legais de admissibilidade previstos nas normas de regência, razão pela qual dele tomo conhecimento e passo a apreciálo. Conforme já relatado, o presente processo versa sobre declaração de compensação não homologada. Todavia, a manifestação de inconformidade interposta pelo Recorrente não foi conhecida pela DRJ. Sobre o não conhecimento da manifestação de inconformidade pela decisão primeira instância de julgamento, o Decreto nº 7.574, de 29 de setembro de 2011, determina: Fl. 323DF CARF MF 4 Art.56. A impugnação, formalizada por escrito, instruída com os documentos em que se fundamentar e apresentada em unidade da Secretaria da Receita Federal do Brasil com jurisdição sobre o domicílio tributário do sujeito passivo, bem como, remetida por via postal, no prazo de trinta dias, contados da data da ciência da intimação da exigência, instaura a fase litigiosa do procedimento (Decreto no 70.235, de 1972, arts. 14 e 15). [...] Por seu turno, a Lei nº 9.430, de 27 de dezembro de 1996, delimita o objeto da lide no caso de Per/DComp: Art. 74. [...] § 7o Não homologada a compensação, a autoridade administrativa deverá cientificar o sujeito passivo e intimálo a efetuar, no prazo de 30 (trinta) dias, contado da ciência do ato que não a homologou, o pagamento dos débitos indevidamente compensados. [...] § 9 o É facultado ao sujeito passivo, no prazo referido no § 7o, apresentar manifestação de inconformidade contra a não homologação da compensação. [...] § 18. No caso de apresentação de manifestação de inconformidade contra a não homologação da compensação, fica suspensa a exigibilidade da multa de ofício de que trata o § 17, ainda que não impugnada essa exigência, enquadrandose no disposto no inciso III do art. 151 da Lei no 5.172, de 25 de outubro de 1966 Código Tributário Nacional. Conforme legislação citada, a manifestação de inconformidade em procedimento de Per/DComp deve ter como objeto a matéria contra a não homologação da compensação. Nesta toada, o art. 16 e o art. 17 do Decreto nº 70.235/72, bem como o § 11 do art. 74 da Lei nº 9.430/96, determinam que a manifestação de inconformidade deve mencionar os motivos de fato e de direito em que se fundamenta, os pontos de discordância e as razões e provas que possuir, sendo considerada não impugnada a matéria que não tenha sido expressamente contestada na peça de defesa. Como em sua petição, a Recorrente não apresentou matéria contra a não homologação da compensação específica, a manifestação de inconformidade foi considerada não conhecida, e por essa razão não foi instaurada a fase litigiosa do procedimento, não houve a suspensão da exigibilidade do crédito tributário e nem pode ser objeto de decisão, por não se subordinar ao processo administrativo fiscal (art. 14, art. 15 e art. 21 do Decreto nº 70.235, de 06 de março de 1972 e § 11 do art. 74 da Lei nº 9.430, de 27 de dezembro de 1996). Destarte, transcrevese trecho do acórdão de piso, cujos fundamentos de fato e direito são acolhidos de plano nessa segunda instância de julgamento (art. 50 da Lei nº 9.784, de 29 de janeiro de 1999): Fl. 324DF CARF MF Processo nº 10640.903342/200867 Acórdão n.º 1003000.711 S1C0T3 Fl. 4 5 "O saldo negativo de IRPJ relativo ao anocalendário 2000, declarado como crédito na Dcomp n° 01888.30994.011007.1.7.024672, não guarda relação com o constante da DIPJ respectiva, e a empresa em sua manifestação de inconformidade não apresenta nenhuma argumentação que possa lhe socorrer, visto que nessa peça ela trata tão somente de saldos negativos a partir do anocalendário 2001. Assim, nos termos do artigo 17 do Decreto 70.235/72 que estabelece que "considerarseá não impugnada a matéria que não tenha sido expressamente contestada pelo impugnante", voto por não conhecer a manifestação de inconformidade". Ante o exposto, voto em NÃO CONHECER do recurso voluntário. (assinado digitalmente) Mauritânia Elvira de Sousa Mendonça Fl. 325DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 19647.009581/2006-71
Turma: Terceira Turma Extraordinária da Segunda Seção
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Thu Apr 25 00:00:00 UTC 2019
Data da publicação: Wed May 22 00:00:00 UTC 2019
Ementa: Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física - IRPF
Ano-calendário: 2001
IRPF. OMISSÃO DE RENDIMENTOS RECEBIDOS DE PESSOAS JURÍDICAS
Constatado que o sujeito passivo obteve rendimentos tributáveis recebidos de pessoas jurídicas, não tributados no ajuste anual do imposto de renda, há de ser mantida a omissão lançada a esse título.
IRPF. RENDIMENTOS BRUTOS TRIBUTÁVEIS
O imposto de renda retido na fonte, embora possa ser compensado na declaração de ajuste anual com o imposto devido calculado, deve compor os rendimentos brutos tributáveis
IRPF. DEDUÇÃO DE DESPESAS MÉDICAS. NECESSIDADE DE COMPROVAÇÃO DA ORIGEM DOS DISPÊNDIOS.
Na declaração de ajuste anual são dedutíveis, desde que comprovado o efetivo pagamento, as despesas médicas atestadas em documentos hábeis e idôneos, e que atendam aos requisitos legais.
Afasta-se a glosa das despesas que o contribuinte comprova ter cumprido os requisitos exigidos para a dedutibilidade, apresentando os comprovantes de realização dos dispêndios.
DOCUMENTO IDÔNEO APRESENTADO EM FASE RECURSAL
Admite-se documentação que pretenda comprovar direito subjetivo de que é titular o contribuinte, quando em confronto com a ação do Estado, ainda que apresentada a destempo.
DECISÕES ADMINISTRATIVAS E JUDICIAIS. EFEITOS.
As decisões administrativas e judiciais não se constituem em normas gerais, razão pela qual seus julgados não se aproveitam em relação a qualquer outra ocorrência, senão àquela objeto da decisão, à exceção das decisões do STF sobre inconstitucionalidade da legislação.
Numero da decisão: 2003-000.076
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em dar provimento parcial ao recurso, somente para restabelecer a dedução com despesas médicas alusivas ao Plano de Saúde Excelsior pagos em favor dos filhos Ana Carolina de Albuquerque Vasconcelos de Sá e José Umberto Maranhão de Albuquerque Neto, no valor de R$ 925,96, da base de cálculo do imposto de renda ano-calendário 2001.
Sheila Aires Cartaxo Gomes - Presidente
Wilderson Botto - Relator.
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Sheila Aires Cartaxo Gomes (Presidente), Wilderson Botto e Francisco Ibiapino Luz.
Nome do relator: WILDERSON BOTTO
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ementa_s : Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física - IRPF Ano-calendário: 2001 IRPF. OMISSÃO DE RENDIMENTOS RECEBIDOS DE PESSOAS JURÍDICAS Constatado que o sujeito passivo obteve rendimentos tributáveis recebidos de pessoas jurídicas, não tributados no ajuste anual do imposto de renda, há de ser mantida a omissão lançada a esse título. IRPF. RENDIMENTOS BRUTOS TRIBUTÁVEIS O imposto de renda retido na fonte, embora possa ser compensado na declaração de ajuste anual com o imposto devido calculado, deve compor os rendimentos brutos tributáveis IRPF. DEDUÇÃO DE DESPESAS MÉDICAS. NECESSIDADE DE COMPROVAÇÃO DA ORIGEM DOS DISPÊNDIOS. Na declaração de ajuste anual são dedutíveis, desde que comprovado o efetivo pagamento, as despesas médicas atestadas em documentos hábeis e idôneos, e que atendam aos requisitos legais. Afasta-se a glosa das despesas que o contribuinte comprova ter cumprido os requisitos exigidos para a dedutibilidade, apresentando os comprovantes de realização dos dispêndios. DOCUMENTO IDÔNEO APRESENTADO EM FASE RECURSAL Admite-se documentação que pretenda comprovar direito subjetivo de que é titular o contribuinte, quando em confronto com a ação do Estado, ainda que apresentada a destempo. DECISÕES ADMINISTRATIVAS E JUDICIAIS. EFEITOS. As decisões administrativas e judiciais não se constituem em normas gerais, razão pela qual seus julgados não se aproveitam em relação a qualquer outra ocorrência, senão àquela objeto da decisão, à exceção das decisões do STF sobre inconstitucionalidade da legislação.
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OMISSÃO DE RENDIMENTOS RECEBIDOS DE PESSOAS JURÍDICAS Constatado que o sujeito passivo obteve rendimentos tributáveis recebidos de pessoas jurídicas, não tributados no ajuste anual do imposto de renda, há de ser mantida a omissão lançada a esse título. IRPF. RENDIMENTOS BRUTOS TRIBUTÁVEIS O imposto de renda retido na fonte, embora possa ser compensado na declaração de ajuste anual com o imposto devido calculado, deve compor os rendimentos brutos tributáveis IRPF. DEDUÇÃO DE DESPESAS MÉDICAS. NECESSIDADE DE COMPROVAÇÃO DA ORIGEM DOS DISPÊNDIOS. Na declaração de ajuste anual são dedutíveis, desde que comprovado o efetivo pagamento, as despesas médicas atestadas em documentos hábeis e idôneos, e que atendam aos requisitos legais. Afastase a glosa das despesas que o contribuinte comprova ter cumprido os requisitos exigidos para a dedutibilidade, apresentando os comprovantes de realização dos dispêndios. DOCUMENTO IDÔNEO APRESENTADO EM FASE RECURSAL Admitese documentação que pretenda comprovar direito subjetivo de que é titular o contribuinte, quando em confronto com a ação do Estado, ainda que apresentada a destempo. DECISÕES ADMINISTRATIVAS E JUDICIAIS. EFEITOS. As decisões administrativas e judiciais não se constituem em normas gerais, razão pela qual seus julgados não se aproveitam em relação a qualquer outra AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 19 64 7. 00 95 81 /2 00 6- 71 Fl. 89DF CARF MF 2 ocorrência, senão àquela objeto da decisão, à exceção das decisões do STF sobre inconstitucionalidade da legislação. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em dar provimento parcial ao recurso, somente para restabelecer a dedução com despesas médicas alusivas ao Plano de Saúde Excelsior pagos em favor dos filhos Ana Carolina de Albuquerque Vasconcelos de Sá e José Umberto Maranhão de Albuquerque Neto, no valor de R$ 925,96, da base de cálculo do imposto de renda anocalendário 2001. Sheila Aires Cartaxo Gomes Presidente Wilderson Botto Relator. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Sheila Aires Cartaxo Gomes (Presidente), Wilderson Botto e Francisco Ibiapino Luz. Relatório Autuação e Impugnação Trata o presente processo, de exigência de IRPF apurada no ano calendário de 2001, exercício de 2002, no valor de R$ 26.875,42, já acrescido de multa de ofício e juros de mora, conforme se depreende auto de infração constante dos autos (fls. 32/39). Por bem descrever os fatos e as razões da impugnação, adoto o relatório da decisão de primeira instância – Acórdão nº 1125.793, proferido pela 1ª Turma da Delegacia da Receita Federal de Julgamento em Recife DRJ/REC (fls. 53/61), o qual transcrevo a seguir: Contra o contribuinte acima identificado foi lavrado Auto de Infração, fls. 30 a 36, relativamente ao anocalendário de 2001, para exigência do seguinte crédito tributário.: IRPF Suplementar 10.670,78 Juros de Mora (calculados até 09/2006) 8.201,56 Multa de Oficio (75%) 8.003,08 Total do crédito tributário lançado 26.875,42 Conforme se verifica nas fls. 33 e 35 a 36, o auto de infração foi decorrente de: Omissão de rendimentos recebidos de pessoas jurídicas, decorrentes de trabalho sem vínculo empregatício, relativamente aos rendimentos parcialmente não declarados, pagos pela Prefeitura de Joaquim Nabuco (R$ 3.830,75), em confronto com a Declaração do Imposto Retido na Fonte DIRF da fonte Fl. 90DF CARF MF Processo nº 19647.009581/200671 Acórdão n.º 2003000.076 S2C0T3 Fl. 90 3 pagadora e comprovante de rendimentos que o contribuinte apresentou em 03/11/2005; Dedução indevida com dependentes. Intimado não apresentou comprovantes relativos a Adriana Rodrigues Maurício e Adriano Rodrigues Maurício; Dedução indevida de despesas com instrução. Intimado apresentou comprovante de despesas já utilizado pelo cônjuge que declara em separado; Dedução indevida de despesas médicas. Intimado, não comprovou satisfatoriamente as despesas declaradas. Não incluiu entre os documentos cheques nominais e extratos bancários, ficando sem comprovação o efetivo pagamento das despesas, além do que a despesa com a Excelsior Med. Ltda. já foi usada pela titular do plano médico em sua própria declaração; Dedução indevida a título de livro Caixa. Intimado a comprovar e prestar esclarecimentos, não apresentou o livro Caixa escriturado nem prestou quaisquer esclarecimentos a respeito. 3. Cientificado do Auto de Infração, o contribuinte apresentou a impugnação de fls. 01 a 11, argumentando, em síntese, que; 3.1. os rendimentos auferidos em 2001 foram decorrentes do transporte de “passageiro” em veiculo próprio, serviço prestado à Prefeitura de Joaquim Nabuco PE, além de outros rendimentos tributáveis auferidos “na Assembléia Legislativa do Estado de Pernambuco e na Câmara Municipal dos Palmares”; 3.2. algumas das deduções glosadas não foram resolvidas por falta de comunicação, já que o auto de infração diz as correspondências com AR solicitando comprovação foram entregues, no entanto, nunca foram recebidas; 3.3. houve locação de dois ônibus para transporte de passageiros, sendo um veículo conduzido pelo contribuinte e o outro por motorista contratado, conforme contrato anexo, “inclusive aceito e considerado as informações nele contidas pelo agente autuante na época da autuação” (sic); 3.4. conforme entendimento da própria Receita Federal, através dos Parecer e Normativos 236/71 e 122/74, os quais transcreve, apenas o rendimentos de um dos veículos locados à Prefeitura de Joaquim Nabuco PE, seria passível da redução prevista no art. 47 do RIR/99, naquele caso em que o contribuinte é o condutor; 3.5. aos contribuintes nessa situação é permitido deduzir independentemente de comprovação, como despesas necessárias ao exercício da atividade profissional, 60% ou 40% sobre os rendimentos brutos declarados, percebidos do transporte de carga ou de passageiros, respectivamente; 3.6. para que se mantivesse a dedução das despesas relativas aos dois veículos haveria necessidade da equiparação do contribuinte à pessoa jurídica, fato não acontecido nem considerado. Entende Fl. 91DF CARF MF 4 se, portanto, que o rendimento de locação de um dos veículos, aquele dirigido pelo contribuinte, seu proprietário, enquadrase perfeitamente na norma citada; 3.7. como o contrato previa a locação de dois veículos por R$ 72.000,00, 0 aluguel de cada um deles seria de R$ 36.000,00; 3.8. no informe de rendimentos da Prefeitura de Joaquim Nabuco PE consta R$ 68.169,25 com retenção de IRRF de R$ 3.830,75; 3,9. “se verificarmos que o valor do Imposto de Renda na Fonte é igual ao valor considerado como Omissão de Rendimentos Recebidos de Pessoa Jurídica, vamos deduzir que o Rendimento informado pela Prefeitura de Joaquim Nabuco para a Receita Federal R$ 72.000,00 considerou o valor correto, quando para o contribuinte o Informe de Rendimentos deduziu do Rendimento Total a parcela do imposto retido”; 3.10. os seus rendimentos tributáveis deveriam ser R$ 36.000,00 de locação do veículo com motorista contratado, R8 21.600,00 de locação do veículo com o motorista sendo contribuinte (= R$ 36.000,00 40% de abatimento fiscal), e R$ 10.860,00 de outros rendimentos declarados, sendo o total dos rendimentos tributáveis do contribuinte de R$ 68.460,00; 3.11. partindose desse rendimento tributável de R$ 68.460,00, e considerando dedução com dependentes (dois filhos) no valor de R$ 2.160,00, com despesas com instrução (dois filhos) de R$ 3.400,00, despesas médicas (plano de saúde) de R$ 2.255,40 e contribuição à previdência oficial de R$ 613,58, o imposto calculado seria de R$ 12.188,53; deduzindose o IRRF de R$ 4.938,40 e imposto apurado e recolhido de R$ 2.094,75, o saldo do imposto a pagar seria de R$ 5.155,38; 3.12. em relação à glosa de dependentes, aduz que julgou que seria possível a dedução de parentes seus que vivem às suas expensas, os quais foram glosados, Confirma, entretanto, a dedução dos seus filhos legítimos Ana Carolina de Albuquerque Vasconcelos e Sá e José Umberto de Albuquerque Neto; 3.13. quanto as despesas com instrução, quando da intimação apresentou duas cópias repetidas do recibo do mesmo dependente, mas nesse momento apresenta a declaração do Colégio Damas relativamente aos seus filhos e dependentes, apesar do recibo constar no nome do cônjuge do impugnante, os dependentes não constam da sua declaração de ajuste anual do ano de 2001 em anexo, além do que há orientação no “módulo de ajuda” da Declaração do Imposto de Renda que o cônjuge que incluir os filhos como dependentes deduzir as despesas com instrução ainda que o recibo esteja em nome do outro cônjuge; 3.14. em relação às despesas do plano de saúde “Ajuda” do programa da declaração 2001/2002 informa que o cônjuge que incluir o filho como dependente na declaração pode deduzir as despesas médicas ainda que o recibo esteja em nome do outro cônjuge; Fl. 92DF CARF MF Processo nº 19647.009581/200671 Acórdão n.º 2003000.076 S2C0T3 Fl. 91 5 3.15. o livro Caixa pode ser dispensado desde que o contribuinte declare rendimentos de serviço de transporte nas condições previstas no art. 47 do RIR/99; 3.16. requer a improcedência parcial do lançamento, apurando o imposto a pagar de R$ 5.155,38 Acórdão de Primeira Instância Ao apreciar a impugnação apresentada, a DRJ/REC, registrou que o contribuinte acatou as glosas de dependentes, não havendo, pois, contencioso administrativo sobre tais glosas. E, após apreciar os pontos efetivamente impugnados – (i) despesas médicas; (ii) despesas com instrução; (iii) dedução de livro caixa; e (iv) omissão de rendimentos – por unanimidade, julgou procedente em parte o lançamento para restabelecer apenas as despesas com instrução até o valor de R$ 3.400,00, equivalente à soma dos limites individuais gastos com os filhos José Umberto e Ana Carolina, e por conseguinte, alterar o valor do imposto suplementar de RS 10.670,78 para R$ 9.735,78, a ser exigido com os acréscimos legais (multa de oficio e juros de mora), observandose que o contribuinte na impugnação já acatou o IR suplementar no valor de RS 5.155,38, sobre o qual não há mais contencioso. Recurso Voluntário Cientificado da decisão em 03/06/2009 (fls. 63), o contribuinte interpôs em 29/06/2009 recurso voluntário (fls. 68/86), reiterando os argumentos lançados na impugnação, quais sejam: 1 Do Fato e Enquadramento Legal, glosa indevida nos termos: “OMISSÃO DE RENDIMENTOS RECEBIDOS DE PESSOAS JURIDICAS" Dúbio, o entendimento do fisco, creio, pois foram contratados dois ônibus, conforme foi provado pelo signatário onde a tributação desses rendimentos deveria resultar como Pessoa Jurídica, sujeito a Contribuição Social do PIS e CONFINS, ao invés do Imposto de Renda Retido na FontePessoa Física, conforme preceitua o seu art. 150, § 1°, inciso ll. Portanto, nos casos de exploração conjunta da atividade, haja ou não copropriedade do veículo, porque passa de individual para social o exercício da atividade econômica, devendo a “sociedade de fato” resultante ser tributada como pessoa jurídica (PNCST n° 122/74). Nesse sentido, o Conselho de Contribuintes a exemplo do seguinte Acórdão: “SERVIÇOS DE TRANSPORTES DE CARGA Equipara se a pessoa jurídica, como empresa individual, o contribuinte que explore o serviço de transporte de cargas com mais de um caminhão" (Ac. 1° CC 1042.149/81). Outrossim, esclarece este signatário, que só nos meses de novembro e dezembro de 2001, é que teve rendimentos do cargo comissionado da Fl. 93DF CARF MF 6 Assembleia Legislativa, sendo os demais meses do ano calendário em discussão, esteve à disposição da Secretaria Municipal de Educação Prefeitura Municipal de Joaquim Nabuco. 2 “DEDUÇÃO DE DESPESAS MÉDICAS" Tendo sido prejudicado conforme a observação do MD. Sr. Relator, ítem 9, sobre documento apresentado por esse contribuinte, da Saúde Excelsior às (fl. 19), o qual não discrimina os seus dependentes/beneficiários, sofrendo então glosa pela RFB; que, por desconhecimento à Legislação do Imposto de Renda, veio acarretar em prejuízo, quando da minha impugnação, portanto, foi desconsiderado também, as despesas médicas declaradas, representadas pelos valores de R$ 1.800,00 (hum mil e oitocentos reais) e R$ 2.000,00 (dois mil reais), constante às (fl. 17 e 18) do processo ora em discussão (docs. xerox em anexo). Ao final pugna pela improcedência da autuação fiscal, e junta aos autos, em especial e por relevante, dentre outros, o extrato do Plano de Saúde Excelsior vigente no período de 01/2001 a 12/2001 (fls. 70/72). Processo distribuído para julgamento em Turma Extraordinária, tendo sido observadas as disposições do art. 23B, do Anexo II do RICARF, aprovado pela Portaria MF nº 343/15, e suas alterações. É o relatório. Voto Conselheiro Wilderson Botto Relator Admissibilidade O recurso é tempestivo e atende aos demais pressupostos de admissibilidade, razão pela qual dele conheço. Inicialmente, vale salientar, que nessa seara recursal, o Recorrente não se insurgiu contra as glosas da “dedução de dependente” e “dedução de livro caixa”, razão pela qual tornouse definitiva a decisão vergastada no particular, importando na manutenção e subsistência da autuação em relação aos aludidos pontos ora incontroversos. Feito o registro acima, passo à análise da peça recursal. Preliminares Não foram alegadas questões preliminares no recurso voluntário. Mérito Fl. 94DF CARF MF Processo nº 19647.009581/200671 Acórdão n.º 2003000.076 S2C0T3 Fl. 92 7 Da dedução com despesas médicas Insurgese, o Recorrente, contra a glosa das despesas médicas declaradas alusivas ao plano de Saúde Excelsior, este pago por sua esposa no valor integral de R$ 2.255,40. Junta novamente, os recibos relativos aos tratamentos odontológico, por ele realizado, no valor de R$ 2.000,00 (fls. 74), e fonoaudiológico de seu filho José Umberto, no valor de R$ 1.800,00 (fls. 73). Uma vez instado a comprovar os dispêndios realizados com os aludidos tratamentos, o Recorrente não apresentou os comprovantes hábeis e idôneos em sede de diligência, e também nada manifestou na impugnação, quedandose silente. Assim, diante da ausência de impugnação específica por parte do Recorrente, a matéria ora apresentada constituise inovação recursal, impedindo sobremaneira sua apreciação nesse momento processual diante da preclusão operada. Portanto mantémse a glosa no particular. Já em relação ao plano de Saúde Excelsior, revelase notar que a DRJ/REC não questiona o dispêndio ou mesmo exige eventual comprovação do valor pago de R$ 2.255,40, mas motiva a glosa tão somente diante da impossibilidade de apurar se, entre os beneficiários dos pagamentos do plano de saúde, encontramse os filhos do Recorrente (fls. 57): 7. Relativamente à despesa com o plano de saúde, no valor de R$ 2.255,00, o contribuinte apresentou o documento de fl. 19, em nome da sua esposa, a Sra. Liliane Coutinho de Albuquerque, com indica 07 prestações pagas no valor de R$ 322,20 cada, totalizando os R$ 2.255,00, ao referido plano em 2001. (...) 9. Observase, porém, que, embora o contribuinte queira atribuir tais pagamentos a planos de saúde dos seus dois filhos e dependentes, o referido documento de fl. 19 não discrimina os beneficiários dos pagamentos do plano de saúde, não sendo possível, simplesmente com o documento apresentado (fl. 19), atestar que os valores pagos, que estão em nome da Sra. Liliane Coutinho de Albuquerque, referemse também ao pagamento de planos de saúde dos filhos do casal e dependentes do contribuinte, Portanto, mantémse a glosa integral das despesas médicas. E visando comprovar suas alegações, o Recorrente traz aos autos instruindo sua peça recursal, o extrato completo emitido pelo plano de saúde no período de 01/2001 a 12/2001 (fls. 70/72), onde podese claramente verificar a relação dos beneficiários vinculados ao plano e os aportes individuais contratados e discriminados a cada um dos beneficiários, a saber (fls. 71/72): Liliane Coutinho de Albuquerque e Sá – titular – 7 x 89,87 = R$ 629,09 Antonio Elizaldo de Vasconcelos e Sá – titular – 7 x 100,05 = R$ 700,35 Jose Umberto M Albuquerque Neto – dependente – 7 x 66,14 = R$ 462,98 Ana Carolina A Vasconcelos e Sá – dependente – 7 x 66,14 = R$ 462,98 Fl. 95DF CARF MF 8 TOTAL (629,09 + 700,35 + 462,98 + 462,98) = R$ 2.255,40 Nessa perspectiva, e diante do quadro que se afigura, entendo ser razoável a admissão da prova documental que pretenda comprovar direito subjetivo de que é titular o contribuinte quando, em confronto com a ação do Estado, ainda se apresentada em fase recursal, tudo em homenagem, dentre outros, e em especial, aos princípios da ampla defesa, da verdade material e do formalismo moderado. Assim sendo, uma vez discriminado os beneficiários do plano – dentre os quais, os filhos do Recorrente – bem como individualizado o dispêndio realizado na contratação para cada um dos beneficiários, afasto a glosa das despesas médicas relativas ao plano de saúde pagos em prol dos filhos José Umberto e Ana Carolina, no valor de R$ 925,96. Da omissão de rendimentos recebidos de pessoas jurídicas O Recorrente explora a atividade de transporte de pessoas via a utilização de dois veículos próprios (ônibus), os quais encontramse locados à Prefeitura de Joaquim Nabuco, para transporte de passageiros, no valor de R$ 72.000,00, ao teor do contrato firmado (fls. 28/31), sendo o aluguel de cada um deles o valor de R$ 36.000,00. Um desses veículos é guiado por motorista contratado e o outro pelo próprio Recorrente, conforme registrado na peça recursal. Alega, ainda, que aos contribuintes nessa situação é permitido deduzir independentemente de comprovação, como despesas necessárias ao exercício da atividade profissional, 60% ou 40% sobre os rendimentos brutos declarados, percebidos do transporte de carga ou de passageiros, respectivamente; e para que se mantivesse a dedução das despesas relativas aos dois veículos haveria necessidade da equiparação do contribuinte à pessoa jurídica, fato não acontecido nem considerado. Entende, portanto, que o rendimento de locação de um dos veículos, aquele por ele dirigido, na qualidade de proprietário, enquadrase perfeitamente na hipótese da tributação do art. 47 do RIR/99, aplicável aos rendimentos em comento. Contudo, razão não assiste ao Recorrente. Considerando que a peça recursal não trouxe novos argumentos, somente reiterando os termos da impugnação, adoto como razão de decidir os fundamentos da decisão recorrida (fls. 59/60), mediante transcrição dos excertos abaixo, à luz do disposto no § 3º do art. 57 do Anexo II do RICARF, aprovado pela Portaria MF nº 343/2015– RICARF: 13. O contribuinte declarou como rendimentos tributáveis R$ 3.900,00, sem IRRF, da Câmara Municipal CNPJ 11.223.534/000101, R$ 6.960,62, com IRRF de R$ 1.107,65, da Assembléia Legislativa do Estado de Pemambuco, e R$ 68.169,25, com IRRF de R$ 3.830,75, da Prefeitura Municipal de Joaquim Nabuco, totalizando R$ 79.029,87 de rendimentos tributáveis e R$ 4.938,40 de IRRF. 14. A fiscalização, através de DIRF e de comprovante de rendimentos, conforme descrição contida no demonstrativo das infrações de fl. 36, identificou que o contribuinte omitiu R$ 3.830,75, os quais correspondem ao mesmo valor do IRRF da fonte Prefeitura Municipal de Joaquim Nabuco, cuja DIRF informa rendimentos de RS 72.000,00. 15. Na impugnação, o contribuinte traz pleito novo em relação ao declarado, uma vez que não informou na sua DIRPF que Fl. 96DF CARF MF Processo nº 19647.009581/200671 Acórdão n.º 2003000.076 S2C0T3 Fl. 93 9 houvesse rendimentos isentos e nãotributáveis da Prefeitura de Joaquim Nabuco, e muito menos que fossem oriundos de parcela isenta de transporte de passageiros, tal como alega em sua defesa. Todos os seus rendimentos declarados da Prefeitura de Joaquim Nabuco foram declarados como tributáveis, sendo a omissão, identificada pela fiscalização, decorrente de exclusão por parte do contribuinte do IRRF dos rendimentos tributáveis brutos dessa mesma fonte, conforme foi verificado em DIRF, não sendo objeto desta autuaçao glosa de rendimentos declarados como isentos. 16. O contribuinte apresenta pleito que implicaria retificação da sua declaração de ajuste após o início do procedimento fiscal e que não diz respeito à presente autuação, ainda assim, a título de verificação da verdade material, percebese que o contrato apresentado pelo contribuinte referente ao ano de 2001, conforme documentos de fls. 26 a 29, indica que o Sr. Antônio Elizaldo de Vasconcelos e Sá, na condição de contratante, era “casado, comerciante” e “residente e domiciliado na cidade do Recife PE, na Rua Celestino Neves, n° 127, Aparamento 104, Bairro de Iputinga” (grifei) tendo sido locados os 02 ônibus de sua propriedade para “transporte de estudantes da Usina Pumaty e dos Engenhos: Bom Gosto, Pumatyzinho, Serra Nova, Jaqueira, Machado, Saudade, Colombo e Ribingudo; no percurso de ida e volta, ficando os ônibus agregados à Prefeitura Municipal de Joaquim Nabuco e à disposição da Secretaria Municipal de Educação”. Informa, ainda, o mesmo contrato, fl.6, na cláusula quarta, que correriam por conta do contratado os motoristas condutores dos veículos.. 17. Na sua DIRPF, fl. 42, também informou endereço em Recife, assim como nesta mesma cidade foi identificado pela fiscalização o domicílio do contribuinte, conforme se verifica no Auto de Infração, fl. 30, e documentos de fis. 38 e 40. I8. Além do contribuinte não ter provado que de fato era o motorista de um dos ônibus, os elementos constantes dos autos não convergem para o convencimento deste julgador das suas alegações, nos termos previstos no art. 29 do Decreto 70.235/72, pois o contribuinte, com profissão de comerciante, era residente em Recife, com esposa e filhos residindo, e estes estudando, em Recife, enquanto o contrato dizia respeito ao transporte de estudantes de ida e volta de Usina e Engenhos da Zona da Mata de Pemambuco, ficando os veículos “agregados à Prefeitura Municipal de Joaquim Nabuco e à disposição da Secretaria Municipal de Educação”, o que significa o contribuinte, em sendo um dos motoristas, como defendido pelo mesmo, teria que estar todos os dias também à disposição e a serviço da Prefeitura Municipal de Joaquim NabucoPE, mesmo morando em Recife PE, sem falar que também obteve rendimentos do trabalho assalariado da Assembléia Legislativa de Pemambuco, com sede em RecifePE, nos meses de novembro e dezembro de 2001, conforme a DIRF de fl. 49. Fl. 97DF CARF MF 10 Denotase, portanto, diante da ausência de suporte probatório consistente em contrário, não ser verossímil que o Recorrente, residente e domiciliado em Recife, pudesse estar diariamente à disposição integral da Prefeitura de Joaquim Nabuco para prestação direta e exclusiva dos serviços contratados. Milita ainda em seu desfavor, o fato de que nos meses de novembro e dezembro de 2001 – portanto durante a vigência do contrato celebrado – ter percebido rendimentos da Assembleia Legislativa de Pernambuco. Nada obstante, ainda que os fatos restassem claramente concisos, vale salientar que não há como repartir o valor unitário contratado – metade gozando do benefício tributário e a outra parte excluída – com a exploração da atividade de transporte que deve ser considerada integralmente para fins de tributação, até porque não há precificação separada dos veículos locados, uma vez que o contrato celebrado com a municipalidade previu apenas o valor global de R$ 72.000,00, sobre o qual incidiu o IRPF no valor de R$ 3.830,75, sendo este o objeto da omissão de rendimentos apurada. Por fim, vale salientar que o entendimento jurisprudencial administrativo trazido para justificar as pretensões recursais é improfícuo, pois, as decisões mesmo que colegiadas, sem um normativo legal que lhe atribua eficácia, não se traduzem em normas complementares do Direito Tributário, e somente vinculam as partes envolvidas no litígio por ela resolvido. Conclusão Ante o exposto, voto por conhecer do recurso, para no mérito DARLHE PROVIMENTO PARCIAL, nos termos do voto em epígrafe, somente para restabelecer a dedução com despesas médicas alusivas ao Plano de Saúde Excelsior pagos em favor dos filhos Ana Carolina de Albuquerque Vasconcelos de Sá e José Umberto Maranhão de Albuquerque Neto, no valor de R$ 925,96, da base de cálculo do imposto de renda anocalendário 2001, exercício 2002. É como voto (assinado digitalmente) Wilderson Botto Fl. 98DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 10530.002265/2004-40
Turma: Primeira Turma Ordinária da Primeira Câmara da Segunda Seção
Câmara: Primeira Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Wed Dec 01 00:00:00 UTC 2010
Ementa: Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural - ITR
Exercício: 2000
Ementa:
PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL — ARGÜIÇÃO DE ERRO DE
IDENTIFICAÇÃO DO SUJEITO PASSIVO
Para que a imposição tributária seja atribuída a outrem, necessária a apresentação de provas capazes de respaldar a alegada propriedade de terceiros, quanto ao imóvel objeto do auto de inflação
ITR —ÁREA DE PASTAGEM - ÍNDICE DE LOTAÇÃO PECUÁRIA
Não restando comprovado o quantitativo de cabeças de gado diverso daquele informado na DITR, este deve refletir no cálculo da área de pastagem
VALOR DA TERRA NUA- VTN ARBITRAMENTO - TABELA SIPT
A fixação do Valor da Terra Nua (VTN) pela lei, para a formalização do lançamento do ITR, tem como efeitos principais criar uma presunção, juris tantum em favor da Fazenda Pública , invertendo o ônus da prova caso o contribuinte se insurja contra o valor de pauta estabelecido na legislação A fixação do VTN, por meio de informações sobre preços de terras, advindos de sistemas instituídos pela Secretaria da Receita Federal, encontra respaldo
no mandamento do artigo 14 da Lei nº 9.393, de 1996.
VTN DECLARADO SUBAVALIAÇÃO
A subavaliação materializa-se pela simples constatação de diferença considerável entre o VTN declarado pelo sujeito passivo e aquele veiculado na tabela SIPT para as terras da área em que se encontra o imóvel rural, não necessitando o fisco de outros meios de prova que o autorize o arbitramento do VTN.
VTN LAUDO TÉCNICO DE AVALIAÇÃO
A autoridade administrativa competente poderá rever o VTN, que vier a ser questionado, com base em laudo técnico emitido por entidade de reconhecida capacidade técnica ou profissional devidamente habilitado, desde que demonstrados os elementos suficientes ao embasamento da revisão.
Deverá ser mantido o VTN arbitrado pela fiscalização, na Luta de
documentação hábil para comprovar o valor declarado do imóvel e suas características particulares desfavoráveis, que o justificassem.
Preliminar Rejeitada.
Recurso Negado.
Numero da decisão: 2101-000.879
Decisão: ACORDAM Os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em
rejeitar a preliminar suscitada e, no mérito, em negar provimento ao recurso, nos termos do voto da Relatora.
Matéria: ITR - notific./auto de infração eletrônico - valor terra nua
Nome do relator: ANA NEYLE OLIMPIO HOLANDA
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ementa_s : Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural - ITR Exercício: 2000 Ementa: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL — ARGÜIÇÃO DE ERRO DE IDENTIFICAÇÃO DO SUJEITO PASSIVO Para que a imposição tributária seja atribuída a outrem, necessária a apresentação de provas capazes de respaldar a alegada propriedade de terceiros, quanto ao imóvel objeto do auto de inflação ITR —ÁREA DE PASTAGEM - ÍNDICE DE LOTAÇÃO PECUÁRIA Não restando comprovado o quantitativo de cabeças de gado diverso daquele informado na DITR, este deve refletir no cálculo da área de pastagem VALOR DA TERRA NUA- VTN ARBITRAMENTO - TABELA SIPT A fixação do Valor da Terra Nua (VTN) pela lei, para a formalização do lançamento do ITR, tem como efeitos principais criar uma presunção, juris tantum em favor da Fazenda Pública , invertendo o ônus da prova caso o contribuinte se insurja contra o valor de pauta estabelecido na legislação A fixação do VTN, por meio de informações sobre preços de terras, advindos de sistemas instituídos pela Secretaria da Receita Federal, encontra respaldo no mandamento do artigo 14 da Lei nº 9.393, de 1996. VTN DECLARADO SUBAVALIAÇÃO A subavaliação materializa-se pela simples constatação de diferença considerável entre o VTN declarado pelo sujeito passivo e aquele veiculado na tabela SIPT para as terras da área em que se encontra o imóvel rural, não necessitando o fisco de outros meios de prova que o autorize o arbitramento do VTN. VTN LAUDO TÉCNICO DE AVALIAÇÃO A autoridade administrativa competente poderá rever o VTN, que vier a ser questionado, com base em laudo técnico emitido por entidade de reconhecida capacidade técnica ou profissional devidamente habilitado, desde que demonstrados os elementos suficientes ao embasamento da revisão. Deverá ser mantido o VTN arbitrado pela fiscalização, na Luta de documentação hábil para comprovar o valor declarado do imóvel e suas características particulares desfavoráveis, que o justificassem. Preliminar Rejeitada. Recurso Negado.
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RiEciAmENTo Process o n" 10530..002265/2004-40 Recurso nú 140 579 Voluntário Acórdão u" 2101-00.879 — 1" Camara / 1' Turma Ordinitria Sessão de 1 de dezembro de 2010 Matéria ITR Recorrente MONICA SAIVIPA10 CERQUEIRA LIMA Recorrida 1" - 1 - UR M A/DRI-RECI1 , E/PE Assunto: Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural - ITR Exercício: 2000 ifienta: PRO(TSSO ADMINISTRATIVO FISCAL — ARGÜIÇÃO URRO DE IDENTII.ICAÇÃO DO SUJEITO PASSIVO Para que a imposição tributária seja atribuida a outrem, necessária a apresentação de provas capazes de respaldar a alegada propriedade de terceiros, quanto ao imóvel objeto do auto de inflação ITR — AREA DE PASTAGEM - INDICE DE LOTAÇÃO PECU ARIA Não restando complovado o quantitativo de cabeças de gado dive' so daquele informado na Df FR, este deve refletir no cálculo da área de pastagem VALOR DA TERRA NUA- VTN ARBITRAMENTO - TABELA STPT A ,fixação do Valor da Terra Nua (VTN) pela lei, para a formalização do lançamento do 1TR, tem como efeitos principais criar uma presunção ,juris tan/not e.m favor da Fazenda Páblica , invertendo o ônus da prova caso o contribuinte se insurja contra o valor de pauta estabelecido na legislação A fixação do ViN , por meio de informações sobre preços de terras, advindos de sistemas instituidos pela Secretaria da Receita Federal, encontra respaldo no mandamento do artigo 14 da Lei n" 9.393, de 1996., VTN DECLARADO SIJBAVAIÁAÇÃO A snbavaliação materializa-se pela simples constatação de diferenç a . considerável entre o VTN declarado pelo sujeito passivo e aquele veiculado na tabela S1PT para as terms da álea em que se encontra o imóvel rural, não necessitando o fisco de outros meios dc prova que o autorize o arbitramento do VTN. VTN LAUDO TÉCNICO DE AVALIA(„,A0 A autoridade administrativa competente poderá Fever O VTN, que vier a ser questionado, com base ern laudo técnico emitido pot entidade de reconhecida capacidade técnica ou profissional devidamente habilitado, desde que demonstrados os elementos suficientes ao enibasamento da revisão. Deverá ser mantido o VTN arbitrado pela fiscalização, na Luta de documentação hábil para comprovar o valor declarado do imóvel e suas características particulares desfavoráveis, que o justificassent. Pre] imi tar Rejeitada.. Recurso Negado, Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. ACOR DA M Os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em rejeitar a preliminar suscitada e, no mérito, em negar provimento ao recurso, nos termos do voto da Relatora. MARCOS CANT) •presidente yld Olímpio folanda Relatora Editado em: 08.02,2011 Participaram do presente julgamento os Conselheiros Ana -Neyle Olimpio Holanda, Caio Marcos Cândido, Alexandre Naoki Nishioka, lose Raimundol'osta. dos Santos, Odmir Fernandes e Gonçalo Bonet .Allage. Relatório Trata o presente processo de auto de infiação qUe diz respeito a imposto sobre a propriedade territoiial rural (ITR), referente ao imóvel Fazenda Lagoa dos Ovos, localizada no Município de Curayd (BA), por meio do qual se exige do sujeito passivo acima identilicado o montante de R$ 3363,24, a titulo de imposto, acrescido da multa de oficio equivalente a 75% do valor do tributo apurado, além de :linos de mora, em face da glosa de valores apresentados na declaracão do tributo, no exercicio 2000, com supedâneo nos artigos 8",§ 2', 10, § I", inciso V, "b" e § 3", 11 e 14 da Lei n" 9.393, de 19/11/1996, artigos 24 e 25, inciso IT, da Instrução Normativa SRF n" 73, de 18/07/2000, e Instrução kspeoi ai INCRA n" 19, de 19/05/1980, aprovada pela Portaria do Ministro de Estado da Agricultura n" 145, de 1980, nos seguintes moldes: I) Area de Pastagem — 4.020,00 ha paw 3.460,00 ha; 2 ne 105 30 0022651200 1 -10 S2-C1 Ii Acin (kio ii " 2 11 01-00.8 79 VI . 61 ) Valor da Tona Nua R$ 5 000,00 para R$ 211 140,00 A laviatura do auto de infraçdo deu-se pela constata0o do aumeato indevido no Grau de Utilização (Gil), por in formação na D1TR, exercieio 2000, de area utilizada como pastagons em valor superior à calculada con forme indices de Rendimentos Mínimos para Pecuária, exigidos no artigo 10, § 1', inciso V, alinea "h" da Lei n' 9 393, de 1996, e fixados polo artigo 24, §1 0, da IN SRF IV 73, dc 18/07/2000, como sendo os estabelecidos na Tabela 5 da instrução Especial NCR A n° 19, de 1980, aprovada pela Portaria do Ministro de Estado da Agricultura n' 145, de 1980.. 0 valor da area de pastagens foi recalculado corn base nas informaçOes sobre o rebanho prestadas pelo próprio eontribuinte na Ficha 6 - Atividade Pccuaria 'I am por que o sujeito passivo, regularmente in -timado, nao comprovou que o valor da terra nua declarado corresponde ao preço de mercado cm 01/01/2000, por isso, considerou-se para o fim de apuração do 1TR o VTN de R$ 45,00/ha informado pelo Sistema dc Preços de Tetras, aprovado pela Portaria SRI' n" 447, de 28/03/2002, nos termos do artigo 14 da I ei n' 9 393, de 1996 Fin contraposição, foi apresentada a impugnação de ils. 16 a 17.. 4. Submetida a lide a .julgamento, Os membros da V [ulna da. Delegacia da Receita Federal dc Julgarneato em Recife ('P17) acordfflam por dar o lançamento corno ptocedente, resumindo o seu entendimento nos forums da ementa a seguir transcrita: ASSUNTO IMPOS70 SOBRE, A PROPRIEDAD.E TERREIORIAL IT!? 1vercicio - 2000 AREA DE .PASTAGENS. &DICE DE RENDIML170 Para fins de ealcuh) do tí (11.1 dc utilização do imóvel ;"!Hai, considela-se area servida de pastagem a menor (wire a declarada pelo contribuinte e a obtida pelo quociente entre a quanridade de cabeças do rebanho ajustada e o indiee de lotação minima ÁREAS DE PAST:AGE -1f ANIMALS. pr/loyit DE COMPROV10. Dove .ser mantida a ■.'2,-lo.sa do valor deelarado a Pluto de area de pastagem, qnando não-comprovada pelo contribuinte, recalculando-se, (..onseqiientemente, o IT!?, devendo a dileVença apurada ser acrescida das COÍnmaÇOe legais, por meio de lançamento oficio suplementar VALOR DA TER/IA NUA ACEITO PARA O CA LCULO DO FIR Não scrá aceito o valor da terra nua declarado quando este for inkrioi à me'dia dos valores constantes do Sistema Nacional de Preços de Terra utilizado como base para o lançamento de ()lick). PEDIDO DE PERÍCIA E DILIGENCIA INDEFERIMLNTO Estando presentes nos autos todos os elementos de (,)rivicção necessários a adequada solução da lide, iiiddc.Te-se, por pi escindivel, o pedido de realizaçao de pet iela e diligencia, mormente quando .sairsjaz O requisito..s. previsto.s na legilay'io de regalcla Lançamento Pt ocedente 5.. Intimado aos 10/10/2007, o sujeito passivo apresenta sua irresignacao por meio de recurs() voluntário tempestivo (li s, 41 a 42).. 6, No apelo interposto, o sujeito passivo apresenta, em sillies°, os seguintes argumentos dc defesa: I em preliminar, ono dc identificação do sujeito passivo, vez clue o imovel em questão pertence ao espólio dc Maria Amélia de Cerqueira Lima; TI -- no merit°, que, em razão das secas fieqüentes da região ei ). que se situa o imóvel, o índice de lotação minima da zona de pecuária varia muito, impossibilitando a observância do índice minim() exigido no cálculo da area dc pastagem; Ill - Os imóveis rurais da região possuem valor irrisorio, sendo que o V - 1 -N apurado no auto de infração é uma distorção da realidade; IV — a comprovação do erro do VTN atribuído, pelo alto custo, ern razão da necessária contratação de profissional qual i licado, esta acima das suas possibilidades tinanceiras.. 7.. A.o final, defende o provimento do recurso para o cancelamento do auto de infração guerreado. S, S ubmetidos os autos a .julgamento na Primeira Turma Ord inária da Segunda Camara da Terceira Seção do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais do Ministerio da. Fazenda, os membros do colegiado decidiram por diligência, corn o escopo de que Mônica. Sampaio Cerqueira Lima, seja intimada a apresentar a cópia integral do processo de inventário acompanhada de Certidão de Objeto e Pé do espólio de Maria Amélia de Cerqueira I ima . 9.. Intimado aos 24/08/2009, após transcorrido o prazo estabelecido pa Intimação n' 141/2009, fT 55, 0 sujeito passivo não al)rescirtou nenhum dos documentos solicitados ou prestou quaisquor esciarecimentos, Após as providências adotadas, ViCralll os autos a julgamento nesse colcgiado, de acordo com as determinações dc competência veiculadas pela Portaria MF n" 256, de 22/06/2009, em seu artigo 3 0, O Relatório. Voto Conselheira Ana Neyle Olímpio Holanda, Relatora 0 recurso preenche os requisitos para sua admissibilidade, Me tomo conheci lrlent0 O objeto do presente processo é o auto de inflação para cobrança de valores que dizem respeito a imposto sobre a propriedade territorial rural (11 R), id:create ao imovel 4 occ;:so n" 10530. 002265/2004-40 S2C1 II A col ao n '' 2101-00..879 I I 65 fazenda Lagoa dos Ovos, localizada 110 Município de Curaça. (BA), em thee da. glosa de valores apresentados na declaração do tributo, no exercício 2000, nos seguintes moldes: i) Area de Pastagem 4.020,00 ha para 3.460,00 ha; e ii) Valor da Terra Nua — R$ 5.000,00 para R$ 211..140,00. Ern contraposição ao lançamento, preliminarmente, alega a recorrente a sti a . nulidade, com espeque no argumento de erro de identificação do sujeito passivo, vez que o imóvel em questão pertence ao espolio de Maria Amélia de Ccrqueira - 1 al a•gum.entação fora apresentada desde a impugnação, por fah em primeiro julgamento, a Primeira Turma Ordindria da Segunda Camara da Terceira Seco do Conselho Administrativo de Recursos Fiseais do Ministério da Fazenda decidiu por diligência, com o escopo d.e clue 'Monica Sampaio Cerquei ía Lima, seja intimada a apresenta i .. a cop -la integral do Processo de inveinario aeo.mpanhada de Certidão d.e Objeto e Pé do espólio de Maria Amélia. de (.:`,er queira Lima. Devidamente intimada, a recorrente não aduziu ao caderno processual os elementos de prova necessários a respaldar a alegada propriedade de terceiros, quanto ao imóvel objeto do auto de infração.. Por tal, deixamos de acatar as considerações acerca de erro de identificação CIO sujeito passivo.. Ultrapassada a preliminar, passamos à analise das questões de mérito.. A. lavratura do auto de infração fez-se sob o argumento de que, conforme informações prestadas pelo sujeito passivo na declaração de ITR, quando tratou da atividade pecuaria, á Area de Pastagem foi calculada em valor superior aquela Obtida nos moldes dos Indices de Rend ii Mínimos para a Pecuária, exigidos no artigo 10, § 1", V, b, da Lei n" 9.393, de 19/11/1996, e fixados pelo artigo 24, § 1", da Instrução Normativa SRF n" 73, de 18/07/2000, nos segui Ines termos: Art. 24. As áreas do imóvel servidas de pastazem e as exploradas com extrativismo estdo sujeitas, respectivamente a indices de lotação por tona de peemiria e de rendimento pot' J)i 0(i eynyttivo I" .Aplit.?..m).--Ae, até ulterior ato em contrário, as- indices constanies das rabelas i7 6 .3 (indices de Rendimentos pant Produtos. Vegetais e Florestais) e n" 5 (indices de Pendimentos Mínimos para Pecuária), aprovados pela Instakiio :Especial IN(.71?A n" 19, de 28 de maio de 1980 e Portaria n" .145, de 28 de maio de 1980, do Ministro de Estado da Agricultura (Aneyos respectivamente) (destaques da transcrição) O sujeito passivo inform= ern sua declaração de ITR, exercício 200, que eram mantidos na propriedade rural 700 (setecentos) animais de grande porte e 660 (seiscentos e sessenta) animais de médio porte.. Fin decorrência do que dispõe a Instrução Normativa SRF n" 43, de 07/05/1997, a Area Servida de Pastagem admitida pela fiscalização foi a Mellor entre a Area de Pastagem Declarada QUADRO 10 -- DISTRIBUIÇÁO DA AREA UTILIZADA ITEM 08, da declarac5o de 1TR, exercício 2000, e a Area de Pasta2em Cale!" 'ado. — F1CHA 06 — ATIVIDADE 'PECUÁR.IA - ITEM 09, do mesmo tOrmulario.. O valor da Area dc Pastagem Calculada 1Oi obtido pelo quociente entre o número de cabeças do rebanho ajustado e o índice de lota0o minima (rendimento), por zona pee uáii. a. Também aqui, nao trouxe a recorrente elementos de prova capazes de contraditar o auto de intiayao, pelo que, deve ser mantida a Area de Pastagem calcula da pela tisealizayao. A recorrente também se insurge contra a a1tera0o do VTN declarado, tendo a autoridade fiscal Observado aquele valor veiculado na tabela do Sistema de Preços de Terms (Siff), instituída pela Portaria SRF n°447, de 28/03/2002, A fixaçiio do VTN, por meio de informayiks sobre preços de terras, advindos de sistemas instituidos pela Secretaria da Receita Federal, encontra respaldo 110 mandamento do artigo 14 da Lei ri" 9.393, de 19/11/1996, nos seguintes termos: Art 14 .1\1 -o caso de falta de entrega do DIA.0 ou do DIA T, bem como de sir/avaliação ou prestação de irOrmaçOes ineyatas, incorretas ou fiaudulentas, a Secretaria da Receita Federal mweederri à determinação e ao lançamento de oficio do imposto, considerando informações sobre preços de tetras constantes de sistema a ser por ela instituído, e 0.5 dados area total, area tributavel e gnat de utilização do imóvel„ apuradas em procedimento.s de fiscalização determina indica os móvel, e preços de r. As informações sobre preços de terra observarão os critérios estabelecidos no art. 12, 1, inciso .11 da Lei n" 8.629, de 25 de fevereiro de 1993, e considerarão levantamentos realizados pelas Secretarias de Azricultura das Unidades Federadas ou dos Hunicipios. (destaques da transcriyao) Por seu turno, no artigo 12, § 1 0, inciso 11 da Lei n" 8.629, de os patiimetros para justa indenizaçao em desapropriaçOes pant aspectos que devem ser considerados para a dcterminaç5o do val01 que serum levados em conta pela Secretaria da Receita Federal pa terras, para fins de base de calculo do 1TR, Cain a seguinte dicçao: 25/02/1. )93, (rue fetbrma agraria, da terra nua do ra a ..fixacao dos Artigo 12 Considera-se justa a indenização que permita ao desapropriado o reposicão, em .seu patrimônio, do valor. do bem (Inc perdeu por interesse social I" - A identificação do valor do bem a s -ei. indenizado sera leita, preklenciafinente„ corn base nos seguimes referenciajs t&wieos e mcreadológicos„ entre °taros usualmente ernpregado.s: 1 - valor deJs benfeitorias ff leis e 17000sárias-, descontada a depteciação conforme o estado de conservação; 11- valor da terra nun, observados os segitiates. as localiza ('do do imóvel; capacidade potencial da terra; dimensão do imóvel. (destaques da transcriçzio) Process.° I 05=10 002265/200440 S2-C1 I c6rcrio o " 2101-00.879 F! 66 A Portaria S -RF n" 447, de 28/03/2002, em seu artigo 3", indica as Secretarias de Agi icultuna dos Fstados ou entidades correlatas como fontes das informações sobre os valores das terras que sera() inseridos para a foi inação da tabela do SIPT, Ai t. 3". A alimenta(do do SIP1' COM OS valot es de terras e demais dodos recebidos das ,S'eerelarias Agricultura on enticlade.s cot-relator, e corn as valores de te Til nua da base de declaty4...iies ITR, se i ri. etetliada pela Cojis e pelas Super intendencias Regionais da Federal. Diante do desencontro entre o VTN declarado e aquele arbitrado pela nsealiza0o, caberia ao sujei to passivo a apresentação de laudo técnico de avaliação do imóvel, que se presta como prova, no sentido de o sujeito passivo contraditar 0 VIM constante do I ançamento. Para a atribuição do guerreado YIN- foram consideradas as características gerais da legião onde estava localizada a propriedade rural. A fixação legal do -VTN, pata a. formalização do lançamento do IIR , tem como efeitos principais criar uma presunção juris 01-0 favor da Fazenda Publica, invertendo O ônits da prova caso o contribuinte se insurja contra o valor de pauta estabelecido na legislação, sendo as instancias administrativas de . julgamento o foro competente para tal. discussão, A possibilidade de contraditório fica patenteada pela apresentação do laudo• de avaliação, permitindo ao sujeito passivo a apresentação de instrumento no qual reste cornprovado existir em sua propriedade características peculiares que a distingam das demais da. região, it vista do qual, poderá a autoridade administrativa rever o VTN que fora atribuído ao imóvel rural. Assim, o laudo de avaliação que preencha os -requisitos legais é o meio baba para que a. autoridade administrativa possa rever o VTN questionado pelo contribuinte, e, por se configurar em prova de fimdamental importância para o deslinde dos casos em que estej a. presente tal questionamento, o laudo de técnico dc avaliação deverá fornecer elementos suficientes ao embasamento di revisão do VTN, demonstrando que o imóvel possui peculiaridadeS especificas que o distingue dos demais da região. Na espécie, deixou o sujeito passivo de carrear aos autos qualquer documento hábil a col -AK:id itar O VTN arbitrado, que deve ser mantido, Forte no exposto, somos por negar provimento ao recurso voluntário apresentado Sala das Sessões, em 1 de dezembro de 2010 V1 Iolanda ._Alra 7
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Numero do processo: 10880.690836/2009-24
Turma: Primeira Turma Ordinária da Segunda Câmara da Terceira Seção
Câmara: Segunda Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Wed Mar 27 00:00:00 UTC 2019
Data da publicação: Mon May 20 00:00:00 UTC 2019
Ementa: Assunto: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins
Data do fato gerador: 14/11/2002
MAJORAÇÃO DA ALÍQUOTA PELO ART. 8º DA LEI 9.718/98. CONSTITUCIONALIDADE.
As turmas do Carf não têm competência para afastar dispositivo legal por inconstitucionalidade, salvo exceções previstas, que não se caracterizam para o art. 8º da Lei 9.718/98. O STF já declarou, em rito de repercussão geral, a desnecessidade de Lei complementar para majorar as alíquotas de Pis e Cofins, RE 527602.
Assunto: Processo Administrativo Fiscal
Data do fato gerador: 14/11/2002
INTIMAÇÃO. DOMICÍLIO FISCAL.
É válida a ciência da notificação por via postal realizada no domicílio fiscal eleito pelo contribuinte, confirmada com a assinatura do recebedor da correspondência, ainda que este não seja o representante legal do destinatário. Aplicação da súmula Carf nº 9.
Assunto: Normas Gerais de Direito Tributário
Data do fato gerador: 14/11/2002
COMPENSAÇÃO. AUSÊNCIA DE PROVA.
O direito à restituição/ressarcimento/compensação deve ser comprovado pelo contribuinte, porque é seu o ônus. Na ausência da prova, em vista dos requisitos de certeza e liquidez, conforme art. 170 do CTN, o pedido deve ser negado.
Recurso Voluntário Conhecido em Parte, e Negado.
Numero da decisão: 3201-005.186
Decisão: Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em não conhecer da matéria relativa à prescrição e, na parte conhecida, em negar provimento ao Recurso Voluntário.
(assinatura digital)
Charles Mayer de Castro Souza - Presidente e Relator.
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Charles Mayer de Castro Souza (Presidente), Paulo Roberto Duarte Moreira, Tatiana Josefovicz Belisário, Marcelo Giovani Vieira, Pedro Rinaldi de Oliveira Lima, Leonardo Correia Lima Macedo, Leonardo Vinícius Toledo de Andrade, Laércio Cruz Uliana Júnior.
Nome do relator: CHARLES MAYER DE CASTRO SOUZA
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camara_s : Segunda Câmara
ementa_s : Assunto: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins Data do fato gerador: 14/11/2002 MAJORAÇÃO DA ALÍQUOTA PELO ART. 8º DA LEI 9.718/98. CONSTITUCIONALIDADE. As turmas do Carf não têm competência para afastar dispositivo legal por inconstitucionalidade, salvo exceções previstas, que não se caracterizam para o art. 8º da Lei 9.718/98. O STF já declarou, em rito de repercussão geral, a desnecessidade de Lei complementar para majorar as alíquotas de Pis e Cofins, RE 527602. Assunto: Processo Administrativo Fiscal Data do fato gerador: 14/11/2002 INTIMAÇÃO. DOMICÍLIO FISCAL. É válida a ciência da notificação por via postal realizada no domicílio fiscal eleito pelo contribuinte, confirmada com a assinatura do recebedor da correspondência, ainda que este não seja o representante legal do destinatário. Aplicação da súmula Carf nº 9. Assunto: Normas Gerais de Direito Tributário Data do fato gerador: 14/11/2002 COMPENSAÇÃO. AUSÊNCIA DE PROVA. O direito à restituição/ressarcimento/compensação deve ser comprovado pelo contribuinte, porque é seu o ônus. Na ausência da prova, em vista dos requisitos de certeza e liquidez, conforme art. 170 do CTN, o pedido deve ser negado. Recurso Voluntário Conhecido em Parte, e Negado.
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decisao_txt : Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em não conhecer da matéria relativa à prescrição e, na parte conhecida, em negar provimento ao Recurso Voluntário. (assinatura digital) Charles Mayer de Castro Souza - Presidente e Relator. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Charles Mayer de Castro Souza (Presidente), Paulo Roberto Duarte Moreira, Tatiana Josefovicz Belisário, Marcelo Giovani Vieira, Pedro Rinaldi de Oliveira Lima, Leonardo Correia Lima Macedo, Leonardo Vinícius Toledo de Andrade, Laércio Cruz Uliana Júnior.
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CONSTITUCIONALIDADE. As turmas do Carf não têm competência para afastar dispositivo legal por inconstitucionalidade, salvo exceções previstas, que não se caracterizam para o art. 8º da Lei 9.718/98. O STF já declarou, em rito de repercussão geral, a desnecessidade de Lei complementar para majorar as alíquotas de Pis e Cofins, RE 527602. ASSUNTO: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL Data do fato gerador: 14/11/2002 INTIMAÇÃO. DOMICÍLIO FISCAL. É válida a ciência da notificação por via postal realizada no domicílio fiscal eleito pelo contribuinte, confirmada com a assinatura do recebedor da correspondência, ainda que este não seja o representante legal do destinatário. Aplicação da súmula Carf nº 9. ASSUNTO: NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO Data do fato gerador: 14/11/2002 COMPENSAÇÃO. AUSÊNCIA DE PROVA. O direito à restituição/ressarcimento/compensação deve ser comprovado pelo contribuinte, porque é seu o ônus. Na ausência da prova, em vista dos requisitos de certeza e liquidez, conforme art. 170 do CTN, o pedido deve ser negado. Recurso Voluntário Conhecido em Parte, e Negado. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 88 0. 69 08 36 /2 00 9- 24 Fl. 81DF CARF MF Processo nº 10880.690836/200924 Acórdão n.º 3201005.186 S3C2T1 Fl. 0 2 Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em não conhecer da matéria relativa à prescrição e, na parte conhecida, em negar provimento ao Recurso Voluntário. (assinatura digital) Charles Mayer de Castro Souza Presidente e Relator. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Charles Mayer de Castro Souza (Presidente), Paulo Roberto Duarte Moreira, Tatiana Josefovicz Belisário, Marcelo Giovani Vieira, Pedro Rinaldi de Oliveira Lima, Leonardo Correia Lima Macedo, Leonardo Vinícius Toledo de Andrade, Laércio Cruz Uliana Júnior. Relatório Trata o presente processo de Declaração de Compensação apresentada pelo Contribuinte em meio, pela qual pretendeu quitar os débitos próprio, com supostos créditos decorrentes de recolhimento indevido de Cofins. Apreciando o pedido formulado, a unidade de origem emitiu Despacho Decisório, no qual se pronunciou pela NÃO HOMOLOGAÇÃO, por inexistência de crédito da compensação declarada. Cientificada da solução dada à declaração de compensação apresentada, a insurgente, por intermédio de representante constituído, interpôs a Manifestação de Inconformidade, apresentando, resumidamente, as seguintes alegações: Inicialmente, com base no art. 151, III, do CTN, assevera que o débito constante da não homologação da compensação está suspenso. Preliminarmente, alega que o despacho decisório foi recebido e assinado, via postal, por pessoa não credenciada e não habilitada (balconista) para receber qualquer correspondência da Insurgente. Ademais, articula que somente o representante legal, sócio gerente, poderia ter recebido tal correspondência, ainda mais por tratarse de intimação para pagamento. Corrobora seu entendimento citando o art. 215 do CPC e jurisprudência. Ademais, entendendo que a ciência do DD em tela assemelhase à intimação processual, e que a partir desta é que resta possibilitado o exercício do contraditório, não observados os lindes estabelecidos para tal ato foi cerceada a defesa da Manifestante e, assim, seria nulo o ato processual praticado. Tratando dos fatos, após longo relato acerca das normas e normativos envolvidos com o PER/DCOMP, ataca o mecanismo eletrônico denominado PER/DCOMP que sustenta ser verdadeiro empecilho para o fim de aproveitamento de crédito tributário decorrente de discussão judicial. Quanto à matéria de direito, aduz que a majoração de alíquota da COFINS decorrente Fl. 82DF CARF MF Processo nº 10880.690836/200924 Acórdão n.º 3201005.186 S3C2T1 Fl. 0 3 da Lei nº 9.718/98 é manifestamente inconstitucional e ilegal, contrariando, inclusive, princípios assegurados em sede constitucional, decorrendo de tal vício o crédito ora pleiteado pela Insurgente. Em complemento, sustenta que a Emenda Constitucional nº 20/98, posterior à supracitada lei, não teve o condão de validar os dispositivos desta que, ao tempo de sua entrada em vigor, eram desconformes à Constituição. De outra banda, escorandose na tese dos “cinco mais cinco”, sustenta que a Manifestante efetuou a repetição do indébito da COFINS dentro do prazo prescricional, atacando, pois, a interpretação introduzida pela Lei Complementar nº 118/05. Ante o que expõe, requer o provimento da Manifestação intentada para o fim de reformar o DD. Requer, por fim, observância da suspensão da exigibilidade do crédito tributário, consoante previsto no art. 151, III, do CTN. A manifestação de inconformidade foi julgada improcedente pelo colegiado a quo, nos termos do Acórdão nº 16035.480. No Recurso Voluntário, a empresa reitera os argumentos da Manifestação de Inconformidade. Acrescenta: que o crédito é liquído e certo, pela inconstitucionalidade dos dispositivos legais apontados; que o prazo para o pedido de restituição não teria sido ultrapassado, considerandose 5 anos para homologação, mais 5 anos para a prescrição do pedido. É o relatório. Voto Conselheiro Charles Mayer de Castro Souza, Relator O julgamento deste processo segue a sistemática dos recursos repetitivos, regulamentada pelo art. 47, §§ 1º e 2º, do Anexo II do RICARF, aprovado pela Portaria MF 343, de 09 de junho de 2015. Portanto, ao presente litígio aplicase o decidido no Acórdão 3201005.184, de 27 de março de 2019, proferido no julgamento do processo 10880.690838/200913, paradigma ao qual o presente processo foi vinculado. Transcrevemse, como solução deste litígio, nos termos regimentais, os entendimentos que prevaleceram naquela decisão (Acórdão 3201005.184): "O recurso é tempestivo, cf envelope de postagem à fl. 56, e atende aos requisitos de admissibilidade. 1 Delimitação do litígio Fl. 83DF CARF MF Processo nº 10880.690836/200924 Acórdão n.º 3201005.186 S3C2T1 Fl. 0 4 O fundamento do Despacho Decisório foi a ausência de disponibilidade do Darf apontado pelo contribuinte como crédito. Não se aplicou a prescrição do pedido, e portanto, não há interesse de agir nesta matéria. Embora a decisão recorrida tenha discorrido sobre a questão, também não a utilizou como fundamento, conforme o seguinte excerto (fl. 46): 5.3. Com isso, ainda que desimportante para o caso sub examine, tendo em vista que o presente PER/DCOMP foi apresentado dentro do prazo legal, tal entendimento não pode prosperar vez que, hodiernamente, revelase cabalmente superado. Assim, não conheço da matéria. 2 – Preliminar Ciência a pessoa não sócia A recorrente pede a nulidade da ciência do Despacho Decisório, por ter sido feita a balconista da empresa, e não a seus sócios. Tal matéria já se encontra sumulada no Carf: Súmula CARF nº 9 É válida a ciência da notificação por via postal realizada no domicílio fiscal eleito pelo contribuinte, confirmada com a assinatura do recebedor da correspondência, ainda que este não seja o representante legal do destinatário. As Turmas do Carf devem acompanhar as súmulas, cf. art. 72 do regimento interno. Desse modo, o pedido deve ser negado. 3 – Inconstitucionalidade da legislação pertinente O alegado crédito da recorrente teria duas origens: a a inconstitucionalidade da majoração de alíquota da Cofins, de 2% para 3% (art. 8º da Lei 9.718/98), por necessidade de Lei Complementar, e a inconstitucionalidade da ampliação da base de cálculo, cf. §1º do artigo 3º da Lei 9.718/98. É consabido que a ampliação da base de cálculo, no §1º do art. 3º, foi efetivamente afastada do arcabouço legal brasileiro, por decisão do Supremo Tributnal Federal (RE 346.084 e outros), por resolução do Senado, e revogada pela Lei 11.941/2009. A majoração das alíquotas, por outro lado, não foi considerada inconstitucional. As turmas do Carf não podem afastar previsão legal por inconstitucionalidade, cf. súmula: Súmula CARF nº 2 O CARF não é competente para se pronunciar sobre a inconstitucionalidade de lei tributária. Fl. 84DF CARF MF Processo nº 10880.690836/200924 Acórdão n.º 3201005.186 S3C2T1 Fl. 0 5 As exceções são previstas no artigo 62, as quais não se configuram para esta matéria. Pelo contrário, a majoração da alíquota foi considerada constitucional pelo STFno RE 527602, julgado no regime de repercussão geral (art. 543B do CPC/73). Copio a parte da ementa que é pertinenbte: PIS E COFINS – LEI Nº 9.718/98 – ENQUADRAMENTO NO INCISO I DO ARTIGO 195 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, NA REDAÇÃO PRIMITIVA. Enquadrado o tributo no inciso I do artigo 195 da Constituição Federal, é dispensável a disciplina mediante lei complementar. Portanto, não assiste razão à recorrente neste ponto. 4 – Certeza e liquidez do crédito A DCTF é o instrumento formal para confissão de débito, no lançamento por homologação (Decretolei 2.124/84), de modo que o crédito tributário representado pelo valor integral do Darf foi formalmente constituído. A DCTF retificadora apresentada antes de qualquer procedimento de ofício tem o mesmo valor da original, e a substitui integralmente, porque a motivação da alteração é espontânea. Todavia, após qualquer procedimento de ofício, a retificação da DCTF incide em ausência de espontaneidade, caracterizando vício de motivação, e por isso, exige comprovação material. Confirase a Instrução Normativa RFB 786/2007: Art. 11. A alteração das informações prestadas em DCTF será efetuada mediante apresentação de DCTF retificadora, elaborada com observância das mesmas normas estabelecidas para a declaração retificada. § 1º A DCTF retificadora terá a mesma natureza da declaração originariamente apresentada, substituindo a integralmente, e servirá para declarar novos débitos, aumentar ou reduzir os valores de débitos já informados ou efetivar qualquer alteração nos créditos vinculados. Instruções Normativas posteriores mantém o mesmo teor. Assim, estando o crédito tributário formalmente constituído, para que se possa retificálo, após os procedimentos de ofício, é necessária prova de sua inexatidão. É preciso demonstrar, documentalmente, a composição da Base de Cálculo e as deduções permitidas em lei, com os livros oficiais, tais como Diário, Razão, ou qualquer escrituração ou documento legal que se revista do caráter de prova. A escrituração contábil/fiscal difere de meras planilhas quanto à confiabilidade, posto que possuem requisitos de registros e temporalidade. Além disso, a própria contabilidade Fl. 85DF CARF MF Processo nº 10880.690836/200924 Acórdão n.º 3201005.186 S3C2T1 Fl. 0 6 não prescinde de ser lastreada em documentos do relacionamento da empresa com terceiros, tais como notas fiscais e contratos, a conferir veracidade ao registro. Esses aspectos da força probante dos documentos são tratados nos artigos 219 e 226 do Código Civil: Art. 219. As declarações constantes de documentos assinados presumemse verdadeiras em relação aos signatários. Parágrafo único. Não tendo relação direta, porém, com as disposições principais ou com a legitimidade das partes, as declarações enunciativas não eximem os interessados em sua veracidade do ônus de proválas. (...) Art. 226. Os livros e fichas dos empresários e sociedades provam contra as pessoas a que pertencem, e, em seu favor, quando, escriturados sem vício extrínseco ou intrínseco, forem confirmados por outros subsídios. Parágrafo único. A prova resultante dos livros e fichas não é bastante nos casos em que a lei exige escritura pública, ou escrito particular revestido de requisitos especiais, e pode ser ilidida pela comprovação da falsidade ou inexatidão dos lançamentos. A obrigação de conservar os registros até que prescrevam os direitos reclamados com base neles, consta do Código Tributário Nacional, §único do artigo 195: Art. 195. Para os efeitos da legislação tributária, não têm aplicação quaisquer disposições legais excludentes ou limitativas do direito de examinar mercadorias, livros, arquivos, documentos, papéis e efeitos comerciais ou fiscais, dos comerciantes industriais ou produtores, ou da obrigação destes de exibilos. Parágrafo único. Os livros obrigatórios de escrituração comercial e fiscal e os comprovantes dos lançamentos neles efetuados serão conservados até que ocorra a prescrição dos créditos tributários decorrentes das operações a que se refiram. Temse ainda o DecretoLei 486/69, art. 4º: Art 4º O comerciante é ainda obrigado a conservar em ordem, enquanto não prescritas eventuais ações que lhes sejam pertinentes, a escrituração, correspondência e demais papéis relativos à atividade, ou que se refiram a atos ou operações que modifiquem ou possam vir a modificar sua situação patrimonial. Fechando o arcabouço legal pertinente, temse ainda que, em se tratando de pedido de restituição e consequente Fl. 86DF CARF MF Processo nº 10880.690836/200924 Acórdão n.º 3201005.186 S3C2T1 Fl. 0 7 compensação, o ônus da prova é do contribuinte, conforme art. 36 da Lei 9.784/991, art. 373, I do CPC2. No presente caso, não houve retificação da DCTF, mas a recorrente invoca a certeza do crédito apenas brandindo as alegadas inconstitucionalidades. A recorrente não apresenta nenhuma comprovação material do crédito, mesmo depois de cientificada dessa exigência pela decisão recorrida. Desse modo, não há materialidade para o crédito, ainda que a tese da ampliação da base de cálculo, perpetrada pelo §1º do art. 3º da Lei 9.718/98, seja inaplicável. Portanto, ausente a certeza e liquidez do crédito, conforme exigível pelo artigo 170 do CTN, o pedido deve ser negado. 5 Conclusão Pelo exposto, voto por não conhecer da matéria relativa à prescrição, e da parte conhecida, por negar provimento ao recurso." Importa registrar que nos autos ora em apreço, a situação fática e jurídica encontra correspondência com a verificada no paradigma, de tal sorte que o entendimento lá esposado pode ser perfeitamente aqui aplicado. Aplicandose a decisão do paradigma ao presente processo, em razão da sistemática prevista nos §§ 1º e 2º do art. 47 do Anexo II do RICARF, o colegiado decidiu por não conhecer da matéria relativa à prescrição e, na parte conhecida, negar provimento ao recurso voluntário. (assinado digitalmente) Charles Mayer de Castro Souza 1 Art. 36. Cabe ao interessado a prova dos fatos que tenha alegado, sem prejuízo do dever atribuído ao órgão competente para a instrução e do disposto no art. 37 desta Lei. 2 Art. 373. O ônus da prova incumbe: I ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito; Fl. 87DF CARF MF Processo nº 10880.690836/200924 Acórdão n.º 3201005.186 S3C2T1 Fl. 0 8 Fl. 88DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 10860.721986/2012-21
Turma: 3ª TURMA/CÂMARA SUPERIOR REC. FISCAIS
Câmara: 3ª SEÇÃO
Seção: Câmara Superior de Recursos Fiscais
Data da sessão: Tue Apr 16 00:00:00 UTC 2019
Data da publicação: Wed May 15 00:00:00 UTC 2019
Ementa: Assunto: Normas de Administração Tributária
Data do fato gerador: 31/12/2007
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. ERRO MATERIAL
Presentes os pressupostos regimentais, devem ser acolhidos os embargos de declaração.
Numero da decisão: 9303-008.499
Decisão:
Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em conhecer e acolher os Embargos de Declaração, sem efeitos infringentes, para sanar o erro material determinando o desentranhamento das fls. 10.093 a 10.123.
(assinado digitalmente)
Rodrigo da Costa Pôssas - Presidente
(assinado digitalmente)
Érika Costa Camargos Autran- Relatora
Participaram do presente julgamento os Conselheiros Andrada Márcio Canuto Natal, Tatiana Midori Migiyama, Luiz Eduardo de Oliveira Santos, Demes Brito, Jorge Olmiro Lock Freire, Érika Costa Camargos Autran, Vanessa Marini Cecconello, Rodrigo da Costa Pôssas.
Nome do relator: ERIKA COSTA CAMARGOS AUTRAN
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ementa_s : Assunto: Normas de Administração Tributária Data do fato gerador: 31/12/2007 EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. ERRO MATERIAL Presentes os pressupostos regimentais, devem ser acolhidos os embargos de declaração.
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decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em conhecer e acolher os Embargos de Declaração, sem efeitos infringentes, para sanar o erro material determinando o desentranhamento das fls. 10.093 a 10.123. (assinado digitalmente) Rodrigo da Costa Pôssas - Presidente (assinado digitalmente) Érika Costa Camargos Autran- Relatora Participaram do presente julgamento os Conselheiros Andrada Márcio Canuto Natal, Tatiana Midori Migiyama, Luiz Eduardo de Oliveira Santos, Demes Brito, Jorge Olmiro Lock Freire, Érika Costa Camargos Autran, Vanessa Marini Cecconello, Rodrigo da Costa Pôssas.
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ASSUNTO: NORMAS DE ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA Data do fato gerador: 31/12/2007 EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. ERRO MATERIAL Presentes os pressupostos regimentais, devem ser acolhidos os embargos de declaração. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em conhecer e acolher os Embargos de Declaração, sem efeitos infringentes, para sanar o erro material determinando o desentranhamento das fls. 10.093 a 10.123. (assinado digitalmente) Rodrigo da Costa Pôssas Presidente (assinado digitalmente) Érika Costa Camargos Autran Relatora Participaram do presente julgamento os Conselheiros Andrada Márcio Canuto Natal, Tatiana Midori Migiyama, Luiz Eduardo de Oliveira Santos, Demes Brito, Jorge AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 86 0. 72 19 86 /2 01 2- 21 Fl. 10166DF CARF MF 2 Olmiro Lock Freire, Érika Costa Camargos Autran, Vanessa Marini Cecconello, Rodrigo da Costa Pôssas. Relatório Tratase de Embargos de Declaração interpostos, tempestivamente, pela Fazenda Nacional contra os Acórdãos n.º 9303006.994, de 14 de junho de 2018, fls. 10.093 a 10.123 e fls. 10.124 a 10.152, cujas ementas foram vazadas nos seguintes termos: Acórdão de fls. 10.093 a 10.123: Assunto: Normas de Administração Tributária Data do fato gerador: 31/12/2007 MULTA. ARQUIVOS DIGITAIS. APRESENTAÇÃO EXTEMPORÂNEA OU COM INCORREÇÕES. RETROATIVIDADE BENIGNA. PENALIDADE. MENOS GRAVOSA. A luz do art. 106 do CTN, às infrações tributárias pendentes de decisão definitiva, assim como no direito penal, aplicase a lei intermediária que, posteriormente à data da infração, estabeleça penalidade mais benéfica à contribuinte, mesmo que essa lei já não esteja mais em vigor por ocasião da sua aplicação. Assim, deve ser observado o disposto no artigo 57 da Medida Provisória n°. 2.15835/2001, com redação atribuída pela Lei nº 12.766/2012, afastandose os artigos 11 e 12 da Lei nº 8.212/91, que comina pena mais severa ao Contribuinte que apresentou arquivo magnético com incorreção nas informações ou perdeu o prazo para apresentação dos mesmos. PEDIDO DE PARCELAMENTO. DESISTÊNCIA DO RECURSO. RENÚNCIA AO DIREITO EM QUE SE FUNDA O PLEITO. EFEITOS. Solicitada a inclusão de todos os créditos discutidos em parcelamento federal, deve aplicar o art.78, §§2 e 3 do RICARF, não devendo ser conhecido o Recurso Especial do Contribuinte. Consta da respectiva decisão: Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em conhecer do Recurso Especial e, no mérito, cm negarlhe provimento Fl. 10167DF CARF MF Processo nº 10860.721986/201221 Acórdão n.º 9303008.499 CSRFT3 Fl. 10.167 3 Acórdão de fls. 10.124 a 10.152: ASSUNTO: NORMAS DE ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA Data do fato gerador: 31/12/2007 MULTA. ARQUIVOS DIGITAIS. APRESENTAÇÃO EXTEMPORÂNEA OU COM INCORREÇÕES. RETROATIVIDADE BENIGNA. PENALIDADE. MENOS GRAVOSA. A luz do art. 106 do CTN, às infrações tributárias pendentes de decisão definitiva, assim como no direito penal, aplicase a lei intermediária que, posteriormente à data da infração, estabeleça penalidade mais benéfica à contribuinte, mesmo que essa lei já não esteja mais em vigor por ocasião da sua aplicação. Assim, deve ser observado o disposto no artigo 57 da Medida Provisória n°. 2.15835/2001, com redação atribuída pela Lei n° 12.766/2012, afastandose os artigos 11 e 12 da Lei n° 8.21291, que comina pena mais severa ao Contribuinte que apresentou arquivo magnético com incorreção nas informações ou perdeu o prazo para apresentação dos mesmos. Consta da respectiva decisão: Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em conhecer do Recurso Especial e, no mérito, em negarlhe provimento. A Recorrente, ora Embargante, interpôs Recurso Especial de divergência objetivando a reforma do Acórdão proferido pela Segunda Turma Ordinária da Quarta Câmara da Terceira Seção de Julgamento deste CARF, em razão do provimento da aplicação da retroatividade benigna prevista no art. 106 da Lei nº 5.172/1966 – Código Tributário Nacional CTN, cancelando a aplicação da multa cominada no art. 12, inc. II da Lei n.º 8.218/1991, e aplicando a multa prevista no art. 57, inc. III, da Medida Provisória nº 2.15835/ 2001, com a redação da Lei nº 12.766/2012, de 0,2% (dois décimos por cento) sobre o faturamento do mês anterior ao da entrega dos arquivos digitais. Fl. 10168DF CARF MF 4 Ao apreciar o Recurso Especial de divergência, entretanto, foram prolatados dois acórdãos (fls.10.093 a 10.123 e fls. 10.124 a 10.152) com a mesma numeração (9303 006.994). Em razão do flagrante erro material, a ora Embargante/PGFN opôs embargos de declaração visando sanar o vício apontado, alertando que há nos autos dois acórdãos com a mesma numeração (9303006.994) e que, da leitura dos acórdãos prolatados, em um deles, foi destacado que a matéria divergente suscitada pelo sujeito passivo em seu recurso, restou prejudicada em razão de o mesmo ter solicitado a desistência do recurso administrativo, em face da adesão ao parcelamento federal. Aduz que, por outro lado, no outro acórdão de recurso especial constante dos autos, não há qualquer referência ao recurso especial do sujeito passivo, tendo sido tratado apenas o recurso especial da Fazenda Nacional. Os Embargos foram admitidos conforme despacho de fls. 10.163 a 10.165. É o Relatório. Voto Conselheira Érika Costa Camargos Autran Relatora Os Embargos Declaratórios são tempestivos e apontam o vício, merecendo ser conhecidos. O Colegiado decidiu em sede de Recurso Especial por unanimidade de votos, em conhecer do Recurso Especial da Fazenda e, no mérito, em negarlhe provimento. Quanto ao Recurso Especial do Contribuinte esta relatora informa que: “O Recurso Especial do Contribuinte não foi admitido, conforme despacho de fls. 9483 a 9487, sob o argumento que não ficou comprovada a divergência jurisprudencial. Inconformado com a decisão que não admitiu o Recurso Especial, o Contribuinte interpôs agravo às fls. 9500 a 9506, sendo que estes foram acolhidos para dar seguimento ao Recurso Especial relativamente à Fl. 10169DF CARF MF Processo nº 10860.721986/201221 Acórdão n.º 9303008.499 CSRFT3 Fl. 10.168 5 contagem do prazo decadencial e rejeitados quanto à necessidade de mandado de procedimento fiscal específico para análise de obrigação acessória. O Contribuinte protocolou petição (fls. 9554 e 9555) em que manifesta a desistência parcial do processo administrativo em questão, tendo em vista opção pelo parcelamento dos débitos em questão nos termos do Programa Especial de Regularização Tributária (PERT).” Em petição de fls. 10077, o Contribuinte informa que: VOLKSWAGEN DO BRASIL INDÚSTRIA DE VEÍCULOS AUTOMOTORES LTDA, por seu advogado, vem, respeitosamente, reiterar que, para efeito do que dispõe a Lei nº 13.496/2017, fruto da conversão da MP nº 783/2017, optou pela desistência parcial do PROCESSO ADMINISTRATIVO em referência, tendo em vista que optou pelo parcelamento dos débitos em questão nos termos do Programa Especial de Regularização Tributária (PERT), conforme petição anexa apresentada em 29.08.p.p. (doc. j.). Ressalta, outrossim, que serão adimplidos apenas os valores mantidos pelo acórdão nº 3402003.079, multa no montante de 0,2% (dois décimos por cento) sobre o faturamento do estabelecimento autuado do mês anterior ao da entrega dos arquivos digitais1, os quais foram objeto do recurso especial interposto pela Requerente, sendo que a discussão administrativa continua em relação aos valores cancelados e que são objeto do recurso especial da PFN. Verificase que o contribuinte desistiu do processo, e claramente dispõe que a discussão administrativa continua em relação aos valores cancelados e que são objeto do Recurso Especial da PFN. Assim, somente foi analisado o Recurso Especial da Fazenda Nacional. Fl. 10170DF CARF MF 6 No entanto, quando da formalização do acordão ao anexar o documento no e processo esta relatora anexou o documento original onde continha à ementa que tratava da desistência do Contribuinte. O Serpoj pediu para corrigir a decisão, pois, como se tratava somente do Recurso Especial da Fazenda a ementa teria que ser retirada. Ao anexar o acordão correto, não foi possível excluir o documento antigo, por não ter a relatora perfil de acesso para excluir o documento. Assim, foi somente incluído o documento novo, para que o órgão competente fizesse a exclusão do documento antigo. No entanto, não foi isso que ocorreu. E o processo ficou com os dois acórdãos anexados Diante disto, requer que seja o processo seja devolvido ao órgão competente para excluir o documento de fls.10093 a 10123. Portanto, acolho os embargos, sem efeitos infringentes para a fim de sanar o erro material nos termos acima expostos, para desentranhamento do documento de fls 10093 a 10123. É como voto. (assinado digitalmente) Érika Costa Camargos Autran Fl. 10171DF CARF MF
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Numero do processo: 13888.001110/2005-15
Turma: 3ª TURMA/CÂMARA SUPERIOR REC. FISCAIS
Câmara: 3ª SEÇÃO
Seção: Câmara Superior de Recursos Fiscais
Data da sessão: Wed Mar 20 00:00:00 UTC 2019
Data da publicação: Fri May 03 00:00:00 UTC 2019
Ementa: Assunto: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins
Data do fato gerador: 28/02/2005
CUSTOS/DESPESAS. CANA-DE-AÇÚCAR. CRÉDITOS. APROVEITAMENTO. POSSIBILIDADE.
Os custos/despesas com a cana-de-açúcar incorridos com as oficinas, tais como: combustíveis, lubrificantes, consumo de água, materiais de manutenção e materiais elétricos nas oficinas de serviços de limpeza operativa, de serviços auxiliares, de serviços elétricos, de caldeiraria e de serviços mecânicos e automotivos para as máquinas, equipamentos e veículos utilizados no processo produtivo da cana-de-açúcar; materiais elétricos para emprego nas atividades: balança de cana; destilaria de álcool; ensacamento de açúcar; fabricação de açúcar; fermentação; geração de energia (turbo gerador); geração de vapor (caldeiras); laboratório teor de sacarose; lavagens de cana/ residuais; mecanização industrial; preparo e moagem; recepção e armazenagem; transporte industrial; tratamento do caldo; captação de água; rede de restilo; refinaria granulado.
DESPESAS. MANUTENÇÃO. CRÉDITOS. APROVEITAMENTO. POSSIBILIDADE.
As despesas com manutenção: materiais de manutenção, materiais elétricos, peças, ferramentas, serviços mecânicos e automotivos para máquinas, equipamentos e veículos, despesas com combustíveis, custos com serviços de manutenção de equipamentos e instalações geram créditos passíveis de desconto do valor da contribuição calculada sobre o faturamento mensal e/ ou de ressarcimento/compensação do saldo credor.
DESPESAS/CUSTOS. ARRENDAMENTO. TERRA. PESSOA JURÍDICA. PRODUÇÃO. MATÉRIA-PRIMA. CRÉDITOS. APROVEITAMENTO. POSSIBILIDADE.
Os custos/despesas incorridos com arrendamento rural de terras, de pessoas jurídicas, para produção da matéria-prima destinada à produção/fabricação dos produtos, objetos da atividade econômica explorada pelo contribuinte, geram créditos passíveis de desconto do valor da contribuição calculada sobre o faturamento mensal e/ ou de ressarcimento/compensação do saldo credor.
Numero da decisão: 9303-008.303
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em conhecer do Recurso Especial da Fazenda Nacional e, no mérito, em negar-lhe provimento. Acordam, ainda, por unanimidade de votos, em conhecer do Recurso Especial do Contribuinte e, no mérito, por maioria de votos, em dar-lhe provimento parcial, para reconhecer o crédito sobre as despesas com arrendamento de terras de pessoas jurídicas, vencidas as conselheiras Tatiana Midori Migiyama, Érika Costa Camargos Autran e Vanessa Marini Cecconello, que lhe deram provimento.
(assinado digitalmente)
Rodrigo da Costa Pôssas Presidente em exercício e relator.
Participaram do presente julgamento os Conselheiros Rodrigo da Costa Pôssas, Andrada Márcio Canuto Natal, Tatiana Midori Migiyama, Luiz Eduardo de Oliveira Santos, Demes Brito, Jorge Olmiro Lock Freire, Érika Costa Camargos Autran, Vanessa Marini Cecconello.
Nome do relator: RODRIGO DA COSTA POSSAS
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INDÚSTRIA E COMÉRCIO ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL COFINS Data do fato gerador: 28/02/2005 CUSTOS/DESPESAS. CANADEAÇÚCAR. CRÉDITOS. APROVEITAMENTO. POSSIBILIDADE. Os custos/despesas com a canadeaçúcar incorridos com as oficinas, tais como: combustíveis, lubrificantes, consumo de água, materiais de manutenção e materiais elétricos nas oficinas de serviços de limpeza operativa, de serviços auxiliares, de serviços elétricos, de caldeiraria e de serviços mecânicos e automotivos para as máquinas, equipamentos e veículos utilizados no processo produtivo da canadeaçúcar; materiais elétricos para emprego nas atividades: balança de cana; destilaria de álcool; ensacamento de açúcar; fabricação de açúcar; fermentação; geração de energia (turbo gerador); geração de vapor (caldeiras); laboratório teor de sacarose; lavagens de cana/ residuais; mecanização industrial; preparo e moagem; recepção e armazenagem; transporte industrial; tratamento do caldo; captação de água; rede de restilo; refinaria granulado. DESPESAS. MANUTENÇÃO. CRÉDITOS. APROVEITAMENTO. POSSIBILIDADE. As despesas com manutenção: materiais de manutenção, materiais elétricos, peças, ferramentas, serviços mecânicos e automotivos para máquinas, equipamentos e veículos, despesas com combustíveis, custos com serviços de manutenção de equipamentos e instalações geram créditos passíveis de desconto do valor da contribuição calculada sobre o faturamento mensal e/ ou de ressarcimento/compensação do saldo credor. DESPESAS/CUSTOS. ARRENDAMENTO. TERRA. PESSOA JURÍDICA. PRODUÇÃO. MATÉRIAPRIMA. CRÉDITOS. APROVEITAMENTO. POSSIBILIDADE. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 13 88 8. 00 11 10 /2 00 5- 15 Fl. 890DF CARF MF Processo nº 13888.001110/200515 Acórdão n.º 9303008.303 CSRFT3 Fl. 891 2 Os custos/despesas incorridos com arrendamento rural de terras, de pessoas jurídicas, para produção da matériaprima destinada à produção/fabricação dos produtos, objetos da atividade econômica explorada pelo contribuinte, geram créditos passíveis de desconto do valor da contribuição calculada sobre o faturamento mensal e/ ou de ressarcimento/compensação do saldo credor. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em conhecer do Recurso Especial da Fazenda Nacional e, no mérito, em negarlhe provimento. Acordam, ainda, por unanimidade de votos, em conhecer do Recurso Especial do Contribuinte e, no mérito, por maioria de votos, em darlhe provimento parcial, para reconhecer o crédito sobre as despesas com arrendamento de terras de pessoas jurídicas, vencidas as conselheiras Tatiana Midori Migiyama, Érika Costa Camargos Autran e Vanessa Marini Cecconello, que lhe deram provimento. (assinado digitalmente) Rodrigo da Costa Pôssas Presidente em exercício e relator. Participaram do presente julgamento os Conselheiros Rodrigo da Costa Pôssas, Andrada Márcio Canuto Natal, Tatiana Midori Migiyama, Luiz Eduardo de Oliveira Santos, Demes Brito, Jorge Olmiro Lock Freire, Érika Costa Camargos Autran, Vanessa Marini Cecconello. Relatório Tratase de recursos especiais interpostos tempestivamente pela Fazenda Nacional e pelo contribuinte contra o Acórdão nº 3401002.937, de 18/03/2015, proferido pela Primeira Turma Ordinária da Quarta Câmara da Terceira Seção deste Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF). O Colegiado da Câmara Baixa, por maioria de votos, deu provimento parcial ao recurso voluntário do contribuinte, nos termos da ementa transcrita, na parte que interessa às matérias em litígio nesta fase recursal: "ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO a PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL COFINS Período de apuração: 01/03/2005 a 31/03/2005 CRÉDITOS A DESCONTAR. INCIDÊNCIA NÃO CUMULATIVA. INSUMOS. PROCESSO PRODUTIVO. UTILIZAÇÃO. Para efeitos de apuração dos créditos da Cofins não cumulativa, entendese que produção de bens não se restringe ao conceito de fabricação ou de industrialização; e que insumos utilizados na fabricação ou na produção de bens destinados venda não se restringe apenas às matérias primas, aos produtos intermediários, ao material de embalagem e quaisquer outros Fl. 891DF CARF MF Processo nº 13888.001110/200515 Acórdão n.º 9303008.303 CSRFT3 Fl. 892 3 bens que sofram alterações, tais como o desgaste, o dano ou a perda de propriedades físicas ou químicas, em função da ação diretamente exercida sobre o produto em fabricação, mas alcança os fatores necessários para o processo de produção ou de prestação de serviços e obtenção da receita tributável, desde que não estejam incluídas no ativo imobilizado. CRÉDITOS A DESCONTAR. INCIDÊNCIA NÃO CUMULATIVA. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. PROCESSO PRODUTIVO. UTILIZAÇÃO. Os serviços diretamente utilizados no processo de produção dos bens dão direito ao creditamento do PIS não cumulativo e da COFINS não cumulativo incidente em suas aquisições. CRÉDITOS A DESCONTAR. INCIDÊNCIA NÃO CUMULATIVA. AQUISIÇÃO DE COMBUSTÍVEIS. A aquisição de combustíveis gera direito a crédito quando utilizado como insumo no processo de produção dos bens vendidos e que geraram receita tributável. CRÉDITOS A DESCONTAR. INCIDÊNCIA NÃO CUMULATIVA. RENÚNCIA FISCAL. INTERPRETAÇÃO RESTRITIVA. DESPESAS COM ALUGUEL DE PROPRIEDADE RURAL. Não há como reconhecer o direito à apuração de créditos do PIS não cumulativo e da COFINS não cumulativo em relação as despesas de aluguel de propriedade rural, por falta de expressa autorização em Lei. CRÉDITOS A DESCONTAR. INCIDÊNCIA NÃO CUMULATIVA. DESPESAS DE EXPORTAÇÃO. Em relação as despesas de exportação, apenas as despesas de frete do produto destinado à venda, ou de armazenagem, geram direito ao crédito do Cofins ou do Pis não cumulativo." Intimada do acórdão, a Fazenda Nacional interpôs recurso especial, suscitando divergência, quanto ao direito de o contribuinte aproveitar créditos sobre os custos/despesas com cana de açúcar, com armazenagem, e com manutenção. Alega, em síntese, que, ao contrário do entendimento do Colegiado da Câmara Baixa, os custos/despesas correspondentes (i) a despesas com canadeaçúcar, (ii) com armazenagem e (iii) com manutenção não constituem insumos do processo industrial do contribuinte, nos termos do inciso II do art. 3º da Lei nº 10.833/2003 e, consequentemente, não geram créditos passíveis de dedução do valor da contribuição calculada sobre o faturamento mensal. Segundo seu entendimento o conceito de insumos corresponde a matériasprimas, produtos intermediários e a materiais de embalagem. Assim, as glosas dos créditos aproveitados indevidamente pelo contribuinte, efetuadas pela Fiscalização e revertidas no acórdão recorrido, devem ser mantidas. Fl. 892DF CARF MF Processo nº 13888.001110/200515 Acórdão n.º 9303008.303 CSRFT3 Fl. 893 4 No recurso especial, a Fazenda Nacional impugnou expressamente o aproveitamento dos créditos reconhecidos, no acórdão recorrido, sobre os custos/despesas incorridos com bens e serviços, a seguir discriminados: I) despesas com canadeaçúcar: I.1) oficinas: combustíveis, lubrificantes, consumo de água, materiais de manutenção e materiais elétricos nas oficinas de serviços de limpeza operativa, de serviços auxiliares, de serviços elétricos, de caldeiraria e de serviços mecânicos e automotivos para as máquinas, equipamentos e veículos utilizados no processo produtivo da canadeaçúcar; materiais elétricos para emprego nas atividades: balança de cana; destilaria de álcool; ensacamento de açúcar; fabricação de açúcar; fermentação; geração de energia (turbo gerador); geração de vapor (caldeiras); laboratório teor de sacarose; lavagens de cana residuais; mecanização industrial; preparo e moagem; recepção e armazenagem; transporte industrial; tratamento do caldo; captação de água; rede de restilo; refinaria granulado. II) despesas com armazenagem: materiais de manutenção, materiais de acondicionamento, materiais elétricos, lubrificantes e combustíveis empregados nas atividades de estocagem de produtos semiacabados. III) despesas com manutenção: materiais de manutenção, materiais elétricos, peças, ferramentas, serviços mecânicos e automotivos para máquinas, equipamentos e veículos, despesas com combustíveis, custos com serviços de manutenção de equipamentos e instalações. Por meio do Despacho de Admissibilidade às fls. 344e/346e, o Presidente da 4ª Câmara da 3ª Seção admitiu o recurso especial da Fazenda Nacional. Notificado do acórdão da Câmara Baixa, do recurso especial da Fazenda Nacional e do despacho da sua admissibilidade, o contribuinte interpôs recurso especial, suscitando divergência, quanto ao aproveitamento de créditos sobre as seguintes matérias: i) despesas com arrendamento de terras de pessoas jurídicas; ii) despesas portuárias e de estadia nas operações de exportação, alegando, em síntese, que as despesas com arrendamento de terras para produção de matéria se enquadram no conceito de insumos, nos termos do inciso II do art. 3º da Lei nº 10.833/2003, e que as despesas portuárias e de estadia incorridas com exportação, tanto podem ser enquadradas como insumos. nos termos desse mesmo dispositivo legal, ou ainda como despesa, na operação de venda, cujo direito ao crédito está previsto no inciso IX, desse mesmo artigo. Por meio do Despacho de Admissibilidade às fls. 867e/877e, o Presidente da 3ª Seção admitiu o recurso especial do contribuinte. Tanto a Fazenda Nacional como o contribuinte apresentaram contrarrazões aos recursos especiais interpostos por cada um deles, ambos pugnando pela manutenção do acórdão recorrido, na parte que beneficiou um e outro, respectivamente. Em síntese é o relatório. Fl. 893DF CARF MF Processo nº 13888.001110/200515 Acórdão n.º 9303008.303 CSRFT3 Fl. 894 5 Voto Conselheiro Rodrigo da Costa Pôssas, Relator. Em relação ao recurso especial da Fazenda Nacional, ao contrário do entendimento do contribuinte, considero que os paradigmas apresentados atendem ao disposto no art. 67 do Anexo II do RICARF; assim, deve ser conhecido. A Lei nº 10.833/2003 que instituiu o regime não cumulativo para a Cofins, assim dispunha, quanto aos insumos e aproveitamento de créditos, no período dos fatos geradores dos créditos, objeto do ressarcimento/compensação em discussão: "Art. 3º Do valor apurado na forma do art. 1º a pessoa jurídica poderá descontar créditos calculados em relação a: (...). II bens e serviços, utilizados como insumo na prestação de serviços e na produção ou fabricação de bens ou produtos destinados à venda, inclusive combustíveis e lubrificantes, exceto em relação ao pagamento de que trata o art. 2º da Lei nº 10.485, de 3 de julho de 2002, devido pelo fabricante ou importador, ao concessionário, pela intermediação ou entrega dos veículos classificados nas posições 87.03 e 87.04 da Tipi. (...). IX armazenagem de mercadoria e frete na operação de venda, nos casos dos incisos I e II, quando o ônus for suportado pelo vendedor. (...)." De acordo com a interpretação literal desses dispositivos legais, apenas os custos incorridos com os insumos (matériaprima, produtos intermediários e material de embalagem) utilizados diretamente no processo de produção/fabricação dos bens ou produtos vendidos (inciso II) e as despesas de armazenagem de mercadorias e de fretes na operação de venda geram créditos passíveis de desconto do valor da contribuição calculada sobre o faturamento mensal. No entanto, no julgamento do REsp 1.221.170/PR, em sede de recurso repetitivo, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) ampliou o conceito de insumos, para efeito de aproveitamento de créditos do PIS e da Cofins, reconhecendo como tal, os custos e despesas empregados direta ou indiretamente no processo de produção/fabricação de bens destinados a venda pelo contribuinte. Consoante a decisão do STJ "o conceito de insumo deve ser aferido à luz dos critérios de essencialidade ou relevância, ou seja, considerandose a impossibilidade ou a importância de determinado item bem ou serviço para o desenvolvimento da atividade econômica desempenhada pelo Contribuinte". Fl. 894DF CARF MF Processo nº 13888.001110/200515 Acórdão n.º 9303008.303 CSRFT3 Fl. 895 6 Em face da decisão do STJ, a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional expediu a Nota SEI nº 63/2018/CRJ/PGACET/PGFNMF que autoriza seus procuradores a dispensa de contestar e recorrer com fulcro no art. 19, IV, da Lei n° 10.522, de 2002, e art. 2º, V, da Portaria PGFN n° 502, de 2016, contra decisão desfavorável à União Federal, quanto ao conceito de insumos e respectivo direito de se aproveitar créditos sobre tais insumos, nos termos definidos no julgamento do referido REsp pelo STJ, observada a particularidade do processo produtivo de cada contribuinte. No presente caso, o contribuinte tem como objetivo econômico e social, dentre outros, a produção e comercialização, inclusive exportação, de açúcar de canade açúcar, de álcool carburante e demais derivados da produção agrícola, bem como a produção de parte da própria matériaprima, ou seja, da canadeaçúcar. No recurso especial, a Fazenda Nacional suscitou divergência, quanto ao direito de o contribuinte aproveitar créditos sobre despesas com: i) com canadeaçúcar; ii) com armazenagem. e, iii) com manutenção. No entanto, em face do disposto no § 2º do art. 62, do Anexo II, do RICARF, c/c a Nota SEI nº 63/2018/CRJ/PGACET/PGFNMF da PGFN, e a Portaria PGFN n° 502, de 2016, adotase para o presente caso a decisão do STJ, no REsp nº 1.221.170/PR, para negar provimento ao recurso especial da Fazenda Nacional, mantendose a decisão recorrida que reconheceu o direito de o contribuinte apurar créditos sobre: I) despesas com canadeaçúcar: I.1) oficinas: combustíveis, lubrificantes, consumo de água, materiais de manutenção e materiais elétricos nas oficinas de serviços de limpeza operativa, de serviços auxiliares, de serviços elétricos, de caldeiraria e de serviços mecânicos e automotivos para as máquinas, equipamentos e veículos utilizados no processo produtivo da canadeaçúcar; materiais elétricos para emprego nas atividades: balança de cana; destilaria de álcool; ensacamento de açúcar; fabricação de açúcar; fermentação; geração de energia (turbo gerador); geração de vapor (caldeiras); laboratório teor de sacarose; lavagens de cana residuais; mecanização industrial; preparo e moagem; recepção e armazenagem; transporte industrial; tratamento do caldo; captação de água; rede de restilo; refinaria granulado. II) despesas com armazenagem: materiais de manutenção, materiais de acondicionamento, materiais elétricos, lubrificantes e combustíveis empregados nas atividades de estocagem de produtos semiacabados. III) despesas com manutenção: materiais de manutenção, materiais elétricos, peças, ferramentas, serviços mecânicos e automotivos para máquinas, equipamentos e veículos, despesas com combustíveis, custos com serviços de manutenção de equipamentos e instalações. Quanto ao recurso especial do contribuinte, sua apresentação também atende aos requisitos do art. 67 do Anexo II do RICARF; assim, deve ser conhecido. O litígio oposto nesta fase recursal abrange o aproveitamento de créditos sobre (i) as despesas com arrendamento de terras de pessoas jurídicas e (ii) sobre as despesas portuárias e de estadia nas operações de exportações. Fl. 895DF CARF MF Processo nº 13888.001110/200515 Acórdão n.º 9303008.303 CSRFT3 Fl. 896 7 Os custos/despesas com arrendamento rural de terras, de pessoas jurídicas sujeitas ao pagamento da contribuição, destinadas à produção da própria matériaprima, cana deaçúcar, utilizada na produção/fabricação dos produtos, objetos da atividade econômica do contribuinte, se enquadram na definição de insumos, dada pelo STJ no REsp nº 1.221.170/PR, utilizada anteriormente para fundamentar o improvimento do recurso especial da Fazenda Nacional. Assim, tais custos/despesas se enquadram no inciso do art. 3º, da Lei nº 10.833/2003, e geram créditos da contribuição passíveis de desconto da contribuição calculada sobre o faturamento mensal. Já as despesas portuárias e de estadia incorridas, nas operações de exportação dos produtos produzidos/fabricados, devem ter revertidas as glosas efetuadas pela Fiscalização sobre tais despesas e mantidas pelo Colegiado da Câmara Baixa. Essas despesas não podem ser enquadradas como insumo, nem mesmo à luz do REsp nº 1.221.170/PR, tampouco em atos da RFB ou da PGFN. Assim, deve ser reconhecido o direito do contribuinte aproveitar créditos sobre as despesas incorridas com arrendamento rural de terras de pessoas jurídicas para a produção de matériaprima (canadeaçúcar). Em face do exposto, NEGO PROVIMENTO ao recurso especial da Fazenda Nacional e DOU PROVIMENTO PARCIAL ao recurso especial do contribuinte, somente para reconhecer o crédito sobre as despesas com arrendamento de terras de pessoas jurídicas. (assinado digitalmente) Rodrigo da Costa Pôssas Fl. 896DF CARF MF Processo nº 13888.001110/200515 Acórdão n.º 9303008.303 CSRFT3 Fl. 897 8 Fl. 897DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 10680.915652/2009-39
Turma: Primeira Turma Ordinária da Terceira Câmara da Primeira Seção
Câmara: Terceira Câmara
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Thu Apr 18 00:00:00 UTC 2019
Data da publicação: Wed May 22 00:00:00 UTC 2019
Ementa: Assunto: Normas de Administração Tributária
Ano-calendário: 2006
RECOLHIMENTO DE ESTIMATIVAS A MAIOR QUE O DEVIDO. RESTITUIÇÃO/COMPENSAÇÃO. POSSIBILIDADE. APLICAÇÃO DA SÚMULA CARF Nº 84.
O valor do recolhimento a titulo de estimativa que supera o valor devido a titulo de antecipação do imposto de renda (ou da contribuição social sobre o lucro) de acordo com as regras previstas na legislação aplicável é passível de compensação/restituição como pagamento indevido de tributo.
PEDIDO DE COMPENSAÇÃO NÃO HOMOLOGADO. COMPETÊNCIA DA UNIDADE DE ORIGEM.
Reconhece-se a possibilidade de se compensar indébito de estimativa mensal das pessoas jurídicas que apuram imposto de renda pelo lucro real, mas sem homologar a compensação, para não suprimir a competência da Unidade de Origem no que concerne à análise do direito creditório.
Numero da decisão: 1301-003.863
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em dar provimento parcial ao recurso para afastar a negativa do pedido de compensação com base no fundamento de não ser possível restituir/compensar valores pagos a maior a título de estimativa mensal de pessoa jurídica tributada pelo lucro real, e determinar o retorno dos autos à unidade de origem para que analise as demais questões de mérito do direito creditório requerido e emita despacho decisório complementar, retomando-se, a partir daí, o rito processual de praxe, nos termos do voto da relatora. O julgamento deste processo segue a sistemática dos recursos repetitivos. Portanto, aplica-se o decidido no julgamento do processo nº10680.913407/2009-97, paradigma ao qual o presente processo foi vinculado.
(Assinado digitalmente)
Fernando Brasil de Oliveira Pinto - Presidente e Relator.
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Roberto Silva Júnior, José Eduardo Dornelas Souza, Nelso Kichel, Carlos Augusto Daniel Neto, Giovana Pereira de Paiva Leite, Amélia Wakako Morishita Yamamoto, Bianca Felícia Rothschild e Fernando Brasil de Oliveira Pinto.
Nome do relator: FERNANDO BRASIL DE OLIVEIRA PINTO
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RESTITUIÇÃO/COMPENSAÇÃO. POSSIBILIDADE. APLICAÇÃO DA SÚMULA CARF Nº 84. O valor do recolhimento a titulo de estimativa que supera o valor devido a titulo de antecipação do imposto de renda (ou da contribuição social sobre o lucro) de acordo com as regras previstas na legislação aplicável é passível de compensação/restituição como pagamento indevido de tributo. PEDIDO DE COMPENSAÇÃO NÃO HOMOLOGADO. COMPETÊNCIA DA UNIDADE DE ORIGEM. Reconhecese a possibilidade de se compensar indébito de estimativa mensal das pessoas jurídicas que apuram imposto de renda pelo lucro real, mas sem homologar a compensação, para não suprimir a competência da Unidade de Origem no que concerne à análise do direito creditório. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. 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AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 68 0. 91 56 52 /2 00 9- 39 Fl. 74DF CARF MF Processo nº 10680.915652/200939 Acórdão n.º 1301003.863 S1C3T1 Fl. 3 2 (Assinado digitalmente) Fernando Brasil de Oliveira Pinto Presidente e Relator. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Roberto Silva Júnior, José Eduardo Dornelas Souza, Nelso Kichel, Carlos Augusto Daniel Neto, Giovana Pereira de Paiva Leite, Amélia Wakako Morishita Yamamoto, Bianca Felícia Rothschild e Fernando Brasil de Oliveira Pinto. Relatório Trata o presente processo de Pedido de Compensação protocolado através de DCOMP, que pleiteia compensação de crédito oriundo de estimativa mensal. O pedido de compensação foi indeferido através de Despacho Decisório Eletrônico, sob o argumento de que o crédito informado no PER/DCOMP, por tratar se de pagamento a título de estimativa mensal de pessoa jurídica tributada pelo lucro real, somente poderia ser utilizado na dedução do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) ou da Contribuição Social sobre o Lucro Liquido (CSLL) devida ao final do período de apuração ou para compor o saldo negativo de IRPJ ou CSLL do período. Da Manifestaçã de Inconformidade A empresa apresentou manifestação de inconformidade, onde alegou: primeiramente, o impugnante deu destaque à fundamentação legal; no que tange aos dispositivos do CTN, vêse que se limitam a garantir ao contribuinte o direito de haver a restituição do tributo que houver recolhido a maior, direito este que a requerente exerceu por meio da apresentação da DCOMP originária da decisão ora contestada; passandose ao exame da Lei nº 9.430, de 1996, art.74, vêse que o aspecto a que se refere o despacho e que embasou o indeferimento da compensação realizada pela requerente é o inciso IX do § 3°, que só veio a ser incluído na lei pela MP 449/08; a compensação realizada pela requerente ocorreu à época em que não havia lei alguma impedindo a prática pelas pessoas jurídicas da compensação mensal entre débitos e créditos resultantes da aplicação do regime de estimativa; claramente impossível, portanto, a aplicação retroativa ao ano em questão da MP 449/08, a teor dos arts. 105 e 106 do CTN; quanto ao art. 10 da IN/SRF 600/05, sustenta a requerente que, de acordo com o art. 97 do CTN e a própria Constituição Federal, somente lei formal poderá criar obrigações tributárias, ou limitações ao exercício de direito pelos contribuintes. Instruções Normativas são meras normas Fl. 75DF CARF MF Processo nº 10680.915652/200939 Acórdão n.º 1301003.863 S1C3T1 Fl. 4 3 complementares às leis, não podendo estabelecer imposições ou óbices de natureza tributária não previstos em lei. embora o despacho decisório nada tenha oposto à forma regular com que se operou a compensação, não a tendo homologado exclusivamente com base na tese da impossibilidade de realizações mensais, quer a requerente basearse na jurisprudência do Conselho de Contribuintes que sempre admitiu esta periodicidade; vale lembrar que a determinação da MP 449, que deu origem ao citado inciso IX do § 3o do art. 74 da Lei nº 9.430, de 1996, não foi acolhida pelo Projeto de Lei de Conversão n°2/09, já remetido à sanção presidencial pela Mensagem 25/09, de 12/05/09. Portanto, além de não poder retroagir à data em que se deu a compensação objeto deste litígio, o dispositivo trazido à luz pela MP 449/09 perderá, necessariamente, a eficácia, quer pela sanção do PL de Conversão, quer pelo decurso do prazo, caso seja o referido PL vetado; na conclusão, destacou a manifestante que a legislação indicada pelo despacho decisório ora atacado, ou não é aplicável à hipótese sob exame, ou é posterior à compensação realizada pelo contribuinte, não lhe podendo, portanto, ser imposta, em face do princípio da irretroatividade das leis, em geral e, especialmente, das normas tributárias, excetuada a hipótese de retroatividade benigna; a mais, a imposição de comportamento tributário, por meio de Instrução Normativa, sem lei formal que lhe dê respaldo, não é admitida pela legislação tributária brasileira, desde a Constituição, passando pelo Código Tributário Nacional (art. 97); em consequência, espera e requer o contribuinte que seja a presente Manifestação de Inconformidade conhecida e provida, modificandose o Despacho Decisório para que seja homologada a compensação declarada. A DRJ julgou improcedente a manifestação sob o fundamento de que o crédito, a título de pagamento indevido ou a maior de estimativa mensal, somente pode ser utilizado na dedução do IRPJ ou da CSLL devida ao final do período de apuração em que houve o pagamento indevido ou para compor o saldo negativo do período, de acordo com a norma vigente. Transcrevese ementa do acórdão da DRJ: ASSUNTO: NORMAS DE ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA Exercício: 2007 PAGAMENTO INDEVIDO OU A MAIOR ESTIMATIVA MENSAL De acordo com a norma vigente, a pessoa jurídica tributada pelo lucro real anual que efetuar pagamento indevido ou a maior de Imposto de Renda ou de Contribuição Social a título de estimativa mensal, somente poderá utilizar o valor pago ou retido na dedução do IRPJ ou da CSLL devida ao final do período de apuração em que houve a retenção ou pagamento indevido ou para compor o saldo negativo do período. Fl. 76DF CARF MF Processo nº 10680.915652/200939 Acórdão n.º 1301003.863 S1C3T1 Fl. 5 4 Do Recurso Voluntário Em 14/12/2011, o contribuinte tomou ciência da decisão da DRJ, conforme Aviso de Recebimento dos Correios. Ainda inconformada, em 12/01/2012 a empresa apresentou Recurso Voluntário (fls. 5072), no qual: Declara que apura IRPJ e CSLL pelo lucro real e, recolhe os valores de estimativa mensal e que, mês a mês, levanta balencete, o qual transcreve em seu Livro Diário, e que evidencia os pagamentos excessivos realizados com base na estimativa; Acrescenta que nem o Despacho Decisório, nem o acórdão recorrido, discutem ou põem em dúvida o acerto dos excedentes compensados e que limitamse a justificar seu procedimento com base na IN SRF 460/2004 e IN SRF 600/2005 e no art. 74, inc. IX da Lei n.9.784/96; Em seguida, destaca que os limites da lide dizem respeito à questão de direito e reitera os argumentos trazidos na manifestação de inconformidade. Por fim, requer que seja reconhecido o direito à compensação pleiteada. É o relatório. Voto Conselheiro Fernando Brasil de Oliveira Pinto, Relator. O julgamento deste processo segue a sistemática dos recursos repetitivos, regulamentada pelo art. 47, §§ 1º, 2º e 3º, do Anexo II, do RICARF, aprovado pela Portaria MF 343, de 09 de junho de 2015. Portanto, ao presente litígio aplicase o decidido no Acórdão nº 1301003.853, de 18/04/2019, proferido no julgamento do Processo nº10680.913407/200997, paradigma ao qual o presente processo fica vinculado. Transcrevese, como solução deste litígio, nos termos regimentais, o entendimento que prevaleceu naquela decisão (Acórdão nº 1301003.853): O recurso é tempestivo e atende aos demais requisitos de admissibilidade, portanto, dele conheço. Após ter seu pedido de compensação indeferido sob o fundamento de que pagamento a titulo de estimativa mensal, somente poderia ser utilizado na dedução do IRPJ ou da CSLL devidos ao final do período de apuração ou para compor o saldo negativo de IRPJ/CSLL do período, a empresa apresentou manifestação de inconformidade reiterando seu direito à compensação de estimativas mensais. A manifestação de inconformidade foi julgada improcedente pela DRJ, e o contribuinte apresenta recurso voluntário onde reitera que em razão de pagamentos indevidos de estimativa mensal, Fl. 77DF CARF MF Processo nº 10680.915652/200939 Acórdão n.º 1301003.863 S1C3T1 Fl. 6 5 conforme apuração em balancetes mensais, teria direito à compensação dos valores pagos em excesso. No presente processo, o pedido de compensação foi indeferido liminarmente através de Despacho Decisório Eletrônico, sob o fundamento de se tratar de pagamento de estimativa mensal. A Unidade de Origem sequer analisou o mérito do direito creditório, tampouco deu oportunidade ao contribuinte para apresentar documentos que comprovassem o recolhimento indevido a título de estimativa mensal. Há de se fazer a distinção entre compensação de pagamento de estimativa mensal devido e que deveria compor o saldo negativo ao final do anocalendário, daquele pagamento efetuado em valores superiores ao que a lei determina para fins de cálculo de estimativa mensal. Com efeito, entendo ser possível a compensação/restituição de recolhimento a título de estimativa mensal, desde que caracterizado o indébito, nos termos da Súmula CARF nº 84, in verbis: Súmula CARF nº 84:É possível a caracterização de indébito, para fins de restituição ou compensação, na data do recolhimento de estimativa. Todavia, para fins de homologação da DCOMP, fazse mister a apreciação do direito creditório, ou seja, a comprovação por parte do contribuinte de que o pagamento foi calculado e efetivado em valores acima daqueles prescritos em lei. Dessarte, entendo não ser possível homologar, nesse momento, a compensação declarada pelo Contribuinte, uma vez que a única questão submetida ao contraditório nos autos foi a possibilidade (ou não) de compensação de pagamento da estimativa recolhida a maior. Além do que, tal fato implicaria supressão da competência da Unidade de Origem para análise do direito creditório. Nesse sentido, considerando ser possível a restituição/compensação de recolhimento de estimativa mensal, desde que reste caracterizado o indébito, voto no sentido de retornar o processo à Unidade de Origem para examinar o mérito do pedido, nos termos do art. 170 do CTN e proferir Despacho Decisório complementar. Posteriormente, podese seguir o rito processual habitual. Diante de todo o acima exposto, voto por conhecer do Recurso Voluntário, e DARLHE PARCIAL PROVIMENTO para reconhecer a possibilidade de compensar recolhimentos a título de estimativa mensal de IRPJ ou CSLL, desde que reste caracterizado o indébito, nos termos da Súmula CARF nº 84, mas sem homologar a compensação, com o conseqüente retorno dos autos à jurisdição da contribuinte, para que a Unidade de Origem analise o mérito do pedido e emita despacho decisório complementar, prosseguindose assim, o processo de praxe. Fl. 78DF CARF MF Processo nº 10680.915652/200939 Acórdão n.º 1301003.863 S1C3T1 Fl. 7 6 Aplicandose a decisão do paradigma ao presente processo, em razão da sistemática prevista nos §§ 1º, 2º e 3º do art. 47, do Anexo II, do RICARF, voto por conhecer do Recurso Voluntário, e DARLHE PARCIAL PROVIMENTO para reconhecer a possibilidade de compensar recolhimentos a título de estimativa mensal de IRPJ ou CSLL, desde que reste caracterizado o indébito, nos termos da Súmula CARF nº 84, mas sem homologar a compensação, com o conseqüente retorno dos autos à jurisdição da contribuinte, para que a Unidade de Origem analise o mérito do pedido e emita despacho decisório complementar, prosseguindose assim, o processo de praxe. (Assinado digitalmente) Fernando Brasil de Oliveira Pinto Fl. 79DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 10730.002171/2008-48
Turma: Primeira Turma Ordinária da Primeira Câmara da Segunda Seção
Câmara: Primeira Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Thu Oct 21 00:00:00 UTC 2010
Ementa: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA FÍSICA - IRPF
Exercício: 2004
OMISSÃO DE RENDIMENTOS
As exclusões estabelecidas pelo art 1º, da Lei 8.852/94, são exclusões do conceito de remuneração, não são exclusões do rendimento ou hipóteses de isenção ou de não inidôneo a do MIT
Recurso Voluntario Negado.
Numero da decisão: 2101-000.840
Decisão: ACÓRDÃO os membros do Colegiado, por unanimidade, em NEGAR
provimento ao recurso, nos termos do voto do Re tor. —
Matéria: IRPF- auto de infração eletronico (exceto multa DIRPF)
Nome do relator: Odmir Fernandes
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conteudo_txt : Metadados => date: 2011-03-10T13:08:20Z; pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 8; pdf:PDFVersion: 1.6; pdf:docinfo:title: ; xmp:CreatorTool: CNC PRODUÇÃO; Keywords: ; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; subject: ; dc:creator: CNC Solutions; dcterms:created: 2011-03-10T13:08:20Z; Last-Modified: 2011-03-10T13:08:20Z; dcterms:modified: 2011-03-10T13:08:20Z; dc:format: application/pdf; version=1.6; xmpMM:DocumentID: uuid:8bb88e3a-6dbb-475e-973a-359e2017a49d; Last-Save-Date: 2011-03-10T13:08:20Z; pdf:docinfo:creator_tool: CNC PRODUÇÃO; access_permission:fill_in_form: true; pdf:docinfo:keywords: ; pdf:docinfo:modified: 2011-03-10T13:08:20Z; meta:save-date: 2011-03-10T13:08:20Z; pdf:encrypted: false; modified: 2011-03-10T13:08:20Z; cp:subject: ; pdf:docinfo:subject: ; Content-Type: application/pdf; pdf:docinfo:creator: CNC Solutions; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; creator: CNC Solutions; meta:author: CNC Solutions; dc:subject: ; meta:creation-date: 2011-03-10T13:08:20Z; created: 2011-03-10T13:08:20Z; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 4; Creation-Date: 2011-03-10T13:08:20Z; pdf:charsPerPage: 1117; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; meta:keyword: ; Author: CNC Solutions; producer: CNC Solutions; access_permission:can_modify: true; pdf:docinfo:producer: CNC Solutions; pdf:docinfo:created: 2011-03-10T13:08:20Z | Conteúdo => I' S — Relatot 0 ( 1 1 EDIT , DO EM.: 1.0/02/2011 SI-CI II INIISTRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO 1W RECURSOS FISCAIS SEGUNDA SEÇÃO DE itILGAMENTO Processo n" 10730.002171/2008-48 Recurso la" 169.910 Voluntario Acórchio n" 2101 -00.840 – 1" Câmara / 1" Turma Ordinária Sessiio de 21 de ounibro de 20l() Matéria TRPF Recorrente Eli ober de Aquino Alves Recorrida 1 a Turrna/DR."-lt i() de Janeiro II/R.1 ASSONTO: IMPOST() SOBRE A RENDA DE PESSOA FÍSICA - I RPF Exercício: 2004 OMISSÀO DE RENDIMENTOS As exclusões estabelecidas pelo art 1 0, da Lei 8.852/94, sdo exclusões do conceit() de remuneraçdo, não sdo exclusões do rend imento ou hipóteses de iseneão ou de não ineidônei a do MIT Reall - so Voluntario Negado.. Vistos, relatados e discuti dos os presentes autos ACÓRDÃO os membros do Colegiado, por unanimidade, em NEGAR provimento ao recurso, nos termos do voto do Re tor. — ) Marcos Cándido Participaram da. sessdo de julgamento os Conselheiros Alexandre Naoki Nishioka, Ana -Neyle Olimpio Holanda, Caio Marcos Cândido, Gonçalo Bonet Allap -,e, José Raimundo Tosta Santos e Odmir Fernandes, Relatório I rata-se de Recurso Volunti'lrio da decisdo da I Turma de Julgamento da 1)R.F- do Rio de Janeiro II, que manteve a exigacia do .I.RPF do exercicio de 2004, decorrente da ornissao de rendimentos recebidos sob o titulo de adicional por tempo de ( C/ VIÇO e compensacao Ofgdnica., no valor de R.$ R$ 16,634,16. A dccisao recorrida manteve a exigência ern razdo de o rendimento recebido - adicional por tempo dc serviço e compensaçao orgânica ser tributado e de nib o haver a e.xclusao prevista na alinea 'd e n", Hi , do art. 1" , cial ,ei 8.852/94. Nas razões de recurso sustenta, ern síntese que ado houve omissao Os renclientos, objeto da autuacao, decorrem do adicional por tempo de sí .'iço e eompcnsaçâo organica, recebidos do Exercito Brasileiro, lido sujeitos ao impost°, na forma do art 1 0,111, n, da Lei n 8.852/94. Voto Conselheiro Odmir Fernandes, Relator O recurso preenche os requisitos de admissibilidade e deve ser conhecido.. Sustenta o Recorrente que os rendimentos ditos omitidos deconem do adicional por lampo de serviço e compensacao orgânica, recebidos do exercito, no sujeitos ao imposto na forma do art. I' n, da. Lei n, 8.852/94. A decisao recorrida entendeu que a exclusdo prevista no art.. 1 0, III, da Lei 8.852/94, é do conceito de remuneraydo, sem excluir o rendimento da tributacao. Veiamos a disposicao normativa da alined "d e n", incise 111, do art. 1. 0, da Lei 8.852/94, e o paragralb primeiro, "Art. Para os i.1(41.o,s desta Lei, a retribukáo pecuniária devida no administração publica direta, indireta e fandacional de qualquer do.s Poderes da Uniao compreende- - cony) vencin•rento hás (GO a) a Ten ilnikáo a que Ne re/ere o art 40 da Lei n" 8 112, de 11 de dezembro de 1990, devida pelo efilivo exercicio do cargo. para os servidores civis poi cla rag idos. c) o .salario básico estipulado e/I1 pianos ou tabelas de retribui0o Op nas contratos de trabalho, convenyies, acordos dissidio.s coletivos, para os empregados de empresas públicas, de sociedades de economia mista, de slurs .subsidiárias, controladas ou coligadas, ou de quaiyquer ernpresas ou entidades de cujo capital ou patrimOnio o poder publico tenha o commie direto err indireto, inclusive ern virtude de incorporaçao ao pati inuinio public°, 2 10730 0()2 71/2008-18 S2-CI TI ii ' 2[01-00.840 21 2 11 como vencimemos, a soma do vencimento héisico com as vantagens permanentes relativas ao cargo, empiego, posto ou gt aduação ; .111 - conto remunerocao, a soma dos vencimentos com os adicionais de caráter. individual e demais vainagors, nestas eompreendidas U.s relativas é natureza ou ao local de trabalho e a prevista no art 62 da Lei n" 8 112, de 1990, ou outra paga sob () li1C.S1110 fiindainento„5endo excluída: a) &cit. ias, ofiaa de Custo eia rerzão de nrudançü de scch ou indenização de transporte; c) auxiliolardamento, (1) gratificação de compensação orgânica, que se refere o aft 18 da Lei a" 8.237, de 1991; ,s al io famil i a ; 1) ,,..:,,ratific.a(lio ou (ldieional nata/n/°, OH décimo-terceiro salário, g) abono pecuniário t«soltai/te da converscio de até 1/3 (um terço) das férias, hi) adicional ou auxilio (atalidade; I) adicional funeral, j) adicional de férias, até o limire de 1/3 (um levy)) sobre retribuição habitual, 1) adicional pela pre.stação de -serviço extraordinário, tiara Wender situtty7;e,s - excepcionais e temporát ias, obedecidos os. limites de duração previsurs. em lei, contratos, r(,....z,,ularnernos, convenções, acordos ou dissidios coletivos e desde que o valor pogo uno execyla em mais de 50% (cinqiienta por cento) o estipuhrdol.)ara a hora de trabalho na fornada normal; in) adieirmal notur no, en quanto o serviço permanece; sendo prestado em horário que fint(/amenie sua concessão, n) adicional por tempo de serviço; conversão de liecnca-prétnio ern peclinia lacultada par a os crypt egados de empresa pública ou sociedade de economia ¡Instil por ato normativo, estatutário OU regulamentar anterior a If' de tIvera/co 0 de 1994, p) adieional de insalubridade, de periculosidade ou pelo exercicio de utividades penosas percebido &frame o pet iodo Cm que o beneficiário estiver sujeito às condi(5e,s ou aos riscos que dcram causa é sua concessão; (I) hora repouso e alinienta0i7o e adicional de sobreaviso, a Tie .se ieferem, respectivainente, O inciso II do ail 3" 0 o inciso II do art, 6" da L.4 n' 5.811, de Ii de outubro de 1972, outras parcelas cujo caráter indenizatório esteja definido cai lei, ou Ncia reconhecido, no ambit() das Cinpies-us pidVicas 0 sociedades de economia mIStO , poi- ato do Poder Exceutivo § 1" 0 disposto no in.ciso 111 abrange adiantamentos desprovidos de natureza. indenizatória. 0 adicional poi tempo de ,servieo 0 a gratificacilo de compeasaei:io 01 pdmiicu, previsto na alinea "d co", Ill, do art, 1 0 , da Lei 8.852/94, fluo significa dispensa da tributaçao do rendimento pelo imposto de renda na pessoa fisica. Observe-se que o paragrafo primeiro, ao estabelecer que todas as alinens, de "a" a "r" do referindo inciso, decorreu] de adiantamentos. , "desprovido de iratureza indenizato] ia", esta se referindo à rellittflefa(a0, a "soma dos' vencimentos cow os adiciona es C/c eafáter individual c demails vantagens, neqas compreendidas as relativas d natureza ou ao local dc trabalho previsto no inciso 111, Por essa razao, a expressao "exclusao", referida no dispositivo, nib o significa exclusao do rendimento, mas exclusio do conceito de remu.nerayao. Direito sistema e ifto texto de lei, o conjunto das disposições normativos, coin Os prineipios, cmiccitos e regras, dai porque no contexto, o dispositivo nos conduz ao entendimento esposado pela decisao Recorrida. Basta ligeira leitura ao dispositivo para ver que existem outras verbas citadas na mesma disposiyiio non ativa, a exemplo das &arias, ajuda de custo, salatio de tamilia, que possuem isençao do imposto; outras, a exemplo do d6cimo terceiro salário, no mesmo texto, com tributayao e, exclusiva na fOrite, sem permitir sequer o ajuste ou a compensaçao do imposto pogo .ria declara0o anual de rendimentos.. Ante o exposto, conheço e nego provimento ao recurso para manter a. decisao recorrida e a autuaçao. 4
score : 1.0
Numero do processo: 10880.691569/2009-11
Turma: Primeira Turma Ordinária da Quarta Câmara da Primeira Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Wed Mar 20 00:00:00 UTC 2019
Data da publicação: Wed May 15 00:00:00 UTC 2019
Numero da decisão: 1401-000.631
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Resolvem os membros do colegiado, por unanimidade de votos, converter o julgamento em diligência nos termos do voto do Relator. O julgamento deste processo segue a sistemática dos recursos repetitivos. Portanto, aplica-se o decidido no julgamento do processo nº 10880.914743/2009-09, paradigma ao qual o presente processo foi vinculado.
(assinado digitalmente)
Luiz Augusto de Souza Gonçalves - Presidente e Relator.
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Abel Nunes de Oliveira Neto, Daniel Ribeiro Silva, Cláudio de Andrade Camerano, Luciana Yoshihara Arcangelo Zanin, Carlos André Soares Nogueira, Letícia Domingues Costa Braga, Eduardo Morgado Rodrigues, Luiz Augusto de Souza Gonçalves (presidente).
Nome do relator: LUIZ AUGUSTO DE SOUZA GONCALVES
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Resolvem os membros do colegiado, por unanimidade de votos, converter o julgamento em diligência nos termos do voto do Relator. O julgamento deste processo segue a sistemática dos recursos repetitivos. Portanto, aplicase o decidido no julgamento do processo nº 10880.914743/200909, paradigma ao qual o presente processo foi vinculado. (assinado digitalmente) Luiz Augusto de Souza Gonçalves Presidente e Relator. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Abel Nunes de Oliveira Neto, Daniel Ribeiro Silva, Cláudio de Andrade Camerano, Luciana Yoshihara Arcangelo Zanin, Carlos André Soares Nogueira, Letícia Domingues Costa Braga, Eduardo Morgado Rodrigues, Luiz Augusto de Souza Gonçalves (presidente). Relatório O contribuinte apresentou o PER/Dcomp nº 16037.87817.301007.1.7.041060, por meio do qual formalizou o Pedido de Restituição/Ressarcimento de crédito decorrente de pagamento indevido ou a maior de IRPJ relativo ao ajuste do lucro real anual relativo ao ano calendário 2003. O recolhimento indevido ou a maior teria sido feito por meio de DARF, código 2390, arrecadado em 27/02/2004, no valor de R$ 1.929.979,42, sendo R$ R$ 1.910.870,71 de principal e R$ 19.108,71 de juros. RE SO LU ÇÃ O G ER A D A N O P G D -C A RF P RO CE SS O 1 08 80 .6 91 56 9/ 20 09 -1 1 Fl. 274DF CARF MF Processo nº 10880.691569/200911 Resolução nº 1401000.631 S1C4T1 Fl. 3 2 O crédito formalizado por meio do PER nº 16037.87817.301007.1.7.041060 foi aproveitado nas seguintes Declarações de Compensação DComp: PER/DComp Processo Total compensado R$ 24220.76480.290405.1.3.046174 10880.914743/200909 1.760.055,41 16037.87817.301007.1.7.041060 10880.691569/200911 230.838,16 07523.80467.130505.1.3.047665 10880.925775/200921 151.744,99 40164.67039.150605.1.3.044117 10880.925776/200976 36.995,97 29760.34694.301107.1.3.040089 10880.998793/200922 195.569,23 Por meio de Despacho Decisório, a Delegacia Especial de Administração Tributária em São Paulo DERAT/SP cotejou o DARF em comento com o débito de IRPJ relativo ao ajuste do lucro real de 2003 declarado em DCTF. O débito declarado era de R$ 1.929.979,41. Assim, a DERAT/SP reconheceu parcialmente o crédito solicitado, no valor original de R$ 0,01. A decisão da DERAT/SP afetou todas as compensações acima mencionadas. Irresignado, o contribuinte manejou a manifestação de inconformidade, por meio da qual, em síntese, alegou: 1) Que o despacho decisório não homologou as referidas compensações porque o pagamento indevido ou a maior não foi informado na DCTF original e o recolhimento e a PER/DCOMP utilizaram código de receita diferente do informado na DCTF; 2) Que no ano calendário de 2003, na DIPJ, apurou saldo negativo de IRPJ e mesmo assim recolheu o montante de R$ 1.929.979,42 a título de IRPJ ajuste anual do AC2003, comprovando o recolhimento indevido do IRPJ; 3) Que no caso em questão, em função do que dispõe o princípio da legalidade e o princípio da verdade material, não ocorreram as circunstâncias que a própria lei estabelece como necessárias a gerar a incidência tributária, ocorrendo, na verdade, preenchimento equivocado da DCTF (erro formal), no campo débito apurado, onde na original foi incluído incorretamente o montante de R$ 1.910.870,71, sendo que o correto seria “zero”. Também, o código de receita foi informado incorretamente “2430”, que corresponde ao IRPJ de PJ obrigadas ao lucro real – entidades não financeiras, enquanto tanto o recolhimento quanto à informação no PER/DCOMP indicam tratarse de IRPJ – 2390 PJ obrigadas ao lucro real – entidades financeiras. Tal fato ocorreu em função do próprio programa DCTF; 4) Que o CARF, reiteradamente, tem decidido em favor dos contribuintes, no tocante ao “erro de fato”, consoante acórdãos anexados. Ao final, pugnou pelo acolhimento da manifestação de inconformidade, pelo reconhecimento integral do crédito pleiteado e pela homologação das compensações declaradas. A instância de piso julgou improcedente a manifestação de inconformidade. A ementa do acórdão ora combatido restou consignada nos seguintes termos: ASSUNTO: NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO Ano calendário: 2003 COMPENSAÇÃO. REQUISITOS. A certeza e a liquidez dos créditos são requisitos indispensáveis para a compensação autorizada por lei. Fl. 275DF CARF MF Processo nº 10880.691569/200911 Resolução nº 1401000.631 S1C4T1 Fl. 4 3 ASSUNTO: NORMAS DE ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA Ano calendário: 2003 INDÉBITO TRIBUTÁRIO. RETIFICAÇÃO DE DCTF. NECESSIDADE DE COMPROVAÇÃO DE ERRO MATERIAL. O erro do valor do débito apontado na DCTF, de cuja retificação resulte crédito ao sujeito passivo, precisa ser comprovado mediante apresentação de documentos hábeis. DECLARAÇÃO DE COMPENSAÇÃO. PAGAMENTO INDEVIDO OU A MAIOR. UTILIZAÇÃO PARCIAL. COMPENSAÇÃO HOMOLOGADA EM PARTE. Mantémse o despacho decisório que homologou parcialmente a compensação quando constatado, sobre a parte não homologada, que parte do recolhimento indicado como fonte de crédito foi utilizado na quitação de débito confessado em DCTF. ASSUNTO: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL Anocalendário: 2003 IMPUGNAÇÃO. ALEGAÇÃO. PROVAS. A impugnação deve estar instruída com todos os documentos e provas que possam fundamentar as contestações de defesa. Não têm valor as alegações desacompanhadas de documentos comprobatórios, quando for este o meio pelo qual devam ser provados os fatos alegados. PEDIDO DE DILIGÊNCIA. REQUISITOS LEGAIS. É ônus do interessado juntar aos autos os elementos de prova que possui, não podendo dele se eximir mediante solicitação de diligência. Não se admite pedido de diligência sem os motivos que a justifiquem e sem a formulação dos quesitos referentes aos exames desejados. Manifestação de Inconformidade Improcedente Direito Creditório Não Reconhecido Irresignado, o contribuinte interpôs recurso voluntário, no qual, após reiterar os argumentos lançados na Manifestação de Inconformidade acerca da legitimidade do crédito pleiteado, pede: a vinculação dos processos número 10880.914743/200909, 10880.691569/200911, 10880.925775/200921, 10880.925776/200976 e 10880. 998793/200922: aduz o contribuinte que o crédito formalizado no PER/DComp nº 24220.76480.290405.1.3.046174, foi utilizado parcialmente nas diversas Declarações de Compensação acima mencionadas e, portanto, os processos devem ser julgados em conjunto. a retificação de ofício do débito declarado na Declaração de Compensação que compõe o PER/DComp nº 24220.76480.290405.1.3.046174: alega que o débito declarado no valor de R$ 1.535.010,87, relativo ao IRPJ devido no 1º trimestre de 2005, está errado (erro de fato) e que o valor correto seria de R$ 1.205.291,50. A diferença decorreria de IRRF no valor de R$ 329.719,37, que teria deixado de ser considerado na apuração do débito declarado no PER/DComp. Para instruir esse pedido, juntou a DIPJ 2006 e a DCTF de março/2005. a apreciação dos elementos de prova juntados em sede de recurso voluntário, em respeito ao princípio da verdade material: considerando a decisão da DRJ que julgou improcedente a Manifestação de Inconformidade devido à ausência de provas da liquidez e certeza do crédito pleiteado, o contribuinte juntou no recurso voluntário novos elementos de prova que, a seu ver, comprovam o dito crédito. Em relação à legitimidade do crédito, o Fl. 276DF CARF MF Processo nº 10880.691569/200911 Resolução nº 1401000.631 S1C4T1 Fl. 5 4 contribuinte juntou a DIPJ retificadora do anocalendário 2003, demonstrativos do lucro líquido e do lucro real, livro razão, DARF com os recolhimentos das estimativas de IRPJ e a DCTF retificadora. Ao final, o recorrente requer que seja dado provimento ao recurso voluntário e, caso não seja este o entendimento, que se converta o julgamento em diligência para que seja apurado o crédito pleiteado. Era o que havia a relatar. Voto Conselheiro Luiz Augusto de Souza Gonçalves, Relator. O julgamento deste processo segue a sistemática dos recursos repetitivos, regulamentada pelo art. 47, §§ 1º, 2º e 3º, do Anexo II, do RICARF, aprovado pela Portaria MF 343, de 09 de junho de 2015. Portanto, ao presente litígio aplicase o decidido na Resolução nº1401000.630, de 20/03/2019, proferida no julgamento do Processo nº 10880.914743/2009 09, paradigma ao qual o presente processo fica vinculado. Transcrevese, como solução deste litígio, nos termos regimentais, o entendimento que prevaleceu naquela decisão (Resolução nº1401000.630): O recurso voluntário é tempestivo e preenche os demais requisitos legais. Dele, tomo conhecimento. Para que se tenha uma compreensão clara dos fatos relativos ao presente processo, é preciso colocálos em ordem cronológica. Inicialmente, o contribuinte apresentou o PER/DComp nº 24220.76480. 290405.1.3.046174, por meio do qual formalizou pedido de repetição de indébito de pagamento indevido ou a maior de IRPJ relativo ao ajuste do lucro real do anocalendário 2003, no montante de R$ 1.929.979,42, em valores originais. Como relatado acima, o crédito formalizado por meio do PER/DComp nº 24220.76480.290405.1.3.046174 foi aproveitado em diversas Declarações de Compensação. De acordo com a DIPJ/2004 (anocalendário 2003), o contribuinte teria apurado um saldo negativo de IRPJ no ano de 2003. Uma vez que não haveria IRPJ a pagar no ajuste de 2003, o pagamento efetuado seria inteiramente indevido. Na ficha 12A da DIPJ/2004 original, o contribuinte declarou os seguintes valores: Imposto sobre o lucro real (alíquota de 15%) R$ 3.331.267,83 Imposto sobre o lucro real (adicional) R$ 2.196.845,22 Programa de Alimentação do Trabalhador (R$ 1.545,69) IRRF (R$ 2.025.065,38) IR mensal pago por estimativa (R$ 3.866.744,25) Fl. 277DF CARF MF Processo nº 10880.691569/200911 Resolução nº 1401000.631 S1C4T1 Fl. 6 5 Imposto de Renda a Pagar (R$ 365.242,27) Em 31/10/2008, antes do Despacho Decisório, o contribuinte retificou a DIPJ/2004 e a ficha 12A passou a ter os seguintes valores: Imposto sobre o lucro real (alíquota de 15%) R$ 3.331.267,83 Imposto sobre o lucro real (adicional) R$ 2.196.845,22 Programa de Alimentação do Trabalhador (R$ 1.545,69) IRRF (R$ 2.025.065,38) IR mensal pago por estimativa (R$ 3.567.546,53) Imposto de Renda a Pagar (R$ 66.044,55) No Despacho Decisório nº 821099104, a DERAT/SP deferiu parcialmente o pedido de repetição e homologou parcialmente as compensações declaradas tendo em vista que o DARF teria sido quase integralmente utilizado no pagamento de débito de IRPJ declarado em DCTF. O deferimento parcial somou apenas R$ 0,01, tendo em vista que o débito declarado na DCTF original era de R$ 1.929.979,41. O Despacho Decisório foi emitido em 18/02/2009 e a ciência deste ocorreu em 04/03/2009. No dia 13/03/2009, após a ciência do Despacho Decisório relativo ao PER/DComp nº 24220.76480.290405.1.3.046174, o contribuinte apresentou uma DCTF retificadora, por meio da qual alterou o débito de IRPJ lucro real / ajuste anual anocalendário 2003 para R$ 0,01. A este débito, vinculou o DARF sob análise. É relevante que, antes do Despacho Decisório que tratou da formalização do crédito objeto de pedido de repetição, o contribuinte tenha retificado a DIPJ/2004 e alterado a apuração do IRPJ a Recolher, que passou de R$ 365.242,27 para R$ 66.044,55. Em que pese a vultosa discrepância no montante de IRPJ a Recolher, o fato de se apurar saldo negativo de IRPJ indicaria, a princípio, que o recolhimento de IRPJ relativo ao ajuste anual configuraria pagamento indevido ou a maior, passível de repetição de indébito. Contudo, não é a DIPJ que constitui débito ou crédito. É na DCTF que o contribuinte constitui seus débitos. E a DCTF original entregue pelo contribuinte apresentava um débito de IRPJ relativo ao anocalendário de 2003 no valor de R$ 1.929.979,41. A retificação da DCTF com o débito declarado de IRPJ relativo ao ajuste do lucro real do anocalendário 2003 foi posterior à ciência do mencionado Despacho Decisório. Até o momento em que a fiscalização apreciou o PER/DComp, a DCTF indicava o débito de IRPJ de R$ 1.929.979,41. Como se viu, diante da situação fáticojurídica posta para análise da fiscalização, bastou o cotejamento do DARF com o débito em DCTF para indeferir praticamente todo o crédito pleiteado. Dentro do escopo do procedimento de verificação do direito creditório pleiteado, não havia necessidade de se realizar um procedimento fiscal complexo, voltado para a apuração do IRPJ do anocalendário 2003. Afinal, juridicamente, o débito de IRPJ havia sido espontaneamente constituído e pago pelo contribuinte. Fl. 278DF CARF MF Processo nº 10880.691569/200911 Resolução nº 1401000.631 S1C4T1 Fl. 7 6 É justamente por essa razão que, nesses casos, para que se demonstre a liquidez e certeza do crédito pleiteado, deve o contribuinte juntar robustos elementos de prova para desconstituir o débito formalizado por meio da DCTF que estava valendo no momento do procedimento fiscal. Neste sentido é reiterada a jurisprudência deste Conselho, como se pode ver nos seguintes julgados: ÔNUS DO CONTRIBUINTE DE DEMONSTRAR A LIQUIDEZ E CERTEZA DE SEU CRÉDITO. É do Contribuinte interessado na compensação de tributos demonstrar a liquidez e certeza do crédito que alega possuir, trazendo aos autos não apenas as DCTFs mas também documentação que possa fazer prova ou ser indício do direito creditório.PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL. ÔNUS DA COMPROVAÇÃO DA EXISTÊNCIA DE CRÉDITO TRIBUTÁRIO LÍQUIDO E CERTO.O direito creditório consistente em pagamentos indevidos somente pode ser reconhecido se o contribuinte comprovar sua liquidez e certeza, por meio da apresentação de guias e demonstrativos das bases de cálculo, devidamente suportados pelos livros contábeis. (Acórdão nº 3302 006.401, de 13/12/2018, relatoria do conselheiro Gilson Macedo Rosenburg Filho) COMPENSAÇÃO. DIREITO CREDITÓRIO. ÔNUS DA PROVA. Constatada a inexistência do direito creditório por meio de informações prestadas pelo interessado à época da transmissão da Declaração de Compensação, cabe a este o ônus de comprovar que o crédito pretendido já existia naquela ocasião. (Acórdão nº 3201001.713, Rel. Cons. Daniel Mariz Gudiño, 3/1/2015) PER/DCOMP. RETIFICAÇÃO DA DCTF. DESPACHO DECISÓRIO. NECESSIDADE DE COMPROVAÇÃO DO ERRO. ÔNUS DO SUJEITO PASSIVO. O contribuinte, a despeito da retificação extemporânea da Dctf, tem direito subjetivo à compensação, desde que apresente prova da liquidez e da certeza do direito de crédito. A simples retificação, desacompanhada de qualquer prova, não autoriza a homologação da compensação. (Acórdão nº 3802002.345, Rel. Cons. Solon Sehn, Sessão de 29/01/2014) DÉBITO INFORMADO EM DCTF. NECESSIDADE DE COMPROVAÇÃO DO ERRO. A simples retificação de DCTF para alterar valores originalmente declarados, desacompanhada de documentação hábil e idônea, não pode ser admitida para modificar Despacho Decisório. COMPENSAÇÃO. DIREITO CREDITÓRIO. ÔNUS DA PROVA. Constatada a inexistência do direito creditório por meio de informações prestadas pelo interessado à época da transmissão da Declaração de Compensação, cabe a este o ônus de comprovar que o Fl. 279DF CARF MF Processo nº 10880.691569/200911 Resolução nº 1401000.631 S1C4T1 Fl. 8 7 crédito pretendido já existia naquela ocasião. (Acórdão nº 3302002.124, Rel. Cons. Alexandre Gomes,Sessão de 22/05/2013). Na primeira instância, o contribuinte não apresentou nenhuma documentação que desse suporte à retificação da DCTF. Não foi por outra razão que a DRJ julgou improcedente a manifestação de inconformidade. Diante da decisão da DRJ de julgar improcedente a Manifestação de Inconformidade por ausência de provas, o contribuinte apresentou novas provas e pugnou pelo conhecimento destas em razão do Princípio da Verdade Material. Tenho que este princípio não deve ser compreendido como uma autorização para a apresentação a qualquer tempo de novos elementos probatórios, em frontal ofensa aos princípios do devido processo legal e da igualdade. Afinal, o legislador, ponderou os princípios mencionados e realizou uma concordância prática entre estes ao instituir a regra geral de preclusão e suas exceções conforme disposto no artigo 16 do Decreto nº 70.235/72 (PAF). Todavia, entendo que subsumemse à hipótese do artigo 16, § 4º, "c", do PAF os casos como o presente, no qual (i) a matéria controversa é eminentemente probatória e o ônus probatório é do contribuinte; (ii) o procedimento de fiscalização foi singelo, limitandose ao cotejamento entre o DARF indicado no PER/DComp e o débito declarado em DCTF; (iii) não houve a oportunidade de o contribuinte apresentar os seus elementos de prova acerca do saldo negativo de IRPJ antes do Despacho Decisório; (iv) a DRJ entendeu que as provas que instruíram a Manifestação de Inconformidade (a DIPJ e a DCTF retificadoras) eram insuficientes para comprovar a liquidez e certeza do crédito; e (v) o contribuinte, dialogando com a decisão da instância de piso, trouxe os elementos de prova que entende serem necessárias, diante da ratio decidendi que fundamentou o acórdão da DRJ. Assim, tomo conhecimento das provas juntadas e passo a analisálas. No que tange à comprovação do saldo negativo de IRPJ, que redundaria em inexistência de débito de IRPJ relativo ao ajuste do lucro real do anocalendário 2003 e, por consequência, ao pagamento indevido de R$ 1.929.979,42, o contribuinte apresentou demonstrativos da composição do lucro líquido e do lucro real, bem como um relatório denominado "Livro Razão movimento mensal", além dos comprovantes de recolhimento. Conversão do julgamento em diligência. Diante da apresentação de novos documentos em sede de recurso voluntário, penso que seria prudente converter o presente julgamento em diligência, pelas razões que passo a expor. Primeiro, é de se relembrar que a DERAT/SP não teve oportunidade de analisar os documentos apresentados pelo contribuinte em sede de recurso voluntário. Isso traz um prejuízo para a apreciação da certeza e liquidez do crédito pleiteado, pois a DERAT/SP não pode realizar os procedimentos típicos de auditoria fiscal, que são de sua competência, Fl. 280DF CARF MF Processo nº 10880.691569/200911 Resolução nº 1401000.631 S1C4T1 Fl. 9 8 como a verificação de documentos de suporte, a análise dos lançamentos, o cruzamento de informações em bases de dados internas e externas e os pedidos de esclarecimentos que são normais na verificação da apuração do IRPJ devido por uma pessoa jurídica submetida ao lucro real. Segundo, é de se destacar que os relatórios e demonstrativos apresentados pelo contribuinte não estão assinados pelo responsável legal da empresa e pelo contador. O "Livro Razão movimento mensal", por exemplo, tem apenas 12 páginas e assemelhase mais a um balancete do que à escrituração comercial a que estão obrigadas as sociedades corretoras de seguros, nos termos da Circular SUSEP nº 29, de 28 de dezembro de 1989, que instituiu o Plano de contas das Sociedades Corretoras de seguros. A citada norma da Superintendência de Seguros Privados SUSEP exige, por exemplo, que a escrituração deve ser completa, com registro de todos os atos e fatos que modifiquem a composição patrimonial, conforme as normas contábeis geralmente aceitas, e que a escrituração seja acompanhada de notas explicativas. O "Livro Razão movimento mensal" não tem lançamentos individualizados, nem por totais diários ou mesmo mensais, e não está assinado. Ressaltese, também, que o contribuinte, sendo uma Sociedade Anônima, está sujeito às normas atinentes à escrituração e às demonstrações financeiras nos termos da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976 (Lei das Sociedades por Ações). Os documentos apresentados não se enquadram nas exigências das normas de regência acerca da escrituração contábil e fiscal. O Demonstrativo do Lucro Líquido, que corresponderia à Demonstração do Resultado do Exercício DRE, não está assinado e não há referência de que esteja transcrito no Livro Diário. O Demonstrativo do Lucro Real não está assinado e não há indicação de que componha o Livro de Apuração do Lucro Real LALUR. A título de exemplo, acerca da importância da apresentação integral do LALUR, considerando as fortes posições em swaps cambiais registrados no "Livro Razão movimento mensal", seria de se olhar na Parte B do Livro se há controle de saldos de adições de perdas indedutíveis, nos termos do artigo 772 do Decreto nº 3.000/99, que estava vigendo na época dos fatos geradores. Terceiro, a própria inconsistência das informações prestadas nas DIPJ/2004 (original e retificadora) e dos débitos declarados em DCTF (original e retificadora) traz dúvidas acerca da liquidez e certeza do crédito pleiteado. Quarto, para coroar, os próprios elementos probatórios trazidos aos autos pelo contribuinte não corroboram de forma harmônica o crédito pleiteado, como passo a expor. Como se viu, a DIPJ/2004 retificadora apresentou um resultado negativo de IRPJ a Recolher no valor de R$ 66.044,55. Contudo, não é esse o resultado apurado no demonstrativo do lucro real. Fl. 281DF CARF MF Processo nº 10880.691569/200911 Resolução nº 1401000.631 S1C4T1 Fl. 10 9 Vejamos uma tabela comparativa: DIPJ retificadora (Ficha 12A) Demonstrativo do Lucro Real IR apurado R$ 5.528.113,05 R$ 5.528.113,05 PAT (R$ 1.545,69) (R$ 1.545,69) Estimativas (R$ 3.567.546,53) (R$ 3.069.051,18) IRRF (R$ 2.025.065,38) (R$ 2.025.065,38) IR a Recolher (R$ 66.044,55) R$ 432.450,80 Enquanto a DIPJ apresenta um saldo negativo de R$ 66.044,55, o documento juntado pelo contribuinte apresenta um saldo positivo de R$ 432.450,80. Diante das fragilidades dos documentos apresentados e das divergências entre as declarações e os elementos probatórios juntados, proponho que o presente julgamento seja convertido em diligência e os autos sejam encaminhados à delegacia de origem para que a autoridade administrativa realize o procedimento de diligência com o seguinte escopo: 1 Cotejar o relatório "Livro Razão movimento mensal" e o demonstrativo de composição do lucro líquido com a contabilidade e verificar se o lucro antes da provisão de imposto de renda registrado na contabilidade é de R$ 20.168.022,93; 2 Cotejar o Livro de Apuração do Lucro Real com o demonstrativo do lucro real e demais elementos probatórios que entender necessários para verificar qual o efetivo montante do lucro real e se, de fato, o contribuinte apurou saldo negativo de IRPJ a Recolher no ano calendário 2003 e qual o valor correto; 3 Elaborar relatório dos procedimentos adotados e das conclusões a que tiver chegado. Dar ciência ao contribuinte para que se manifeste em 30 dias. Após a diligência, o processo deverá retornar a este Conselho para julgamento. É como voto. Aplicandose a decisão do paradigma ao presente processo, em razão da sistemática prevista nos §§ 1º, 2º e 3º do art. 47, do Anexo II, do RICARF, voto pela conversão do julgamento em diligência nos termos do voto do Relator. Diante das fragilidades dos documentos apresentados e das divergências entre as declarações e os elementos probatórios juntados, proponho que o presente julgamento seja convertido em diligência e os autos sejam encaminhados à delegacia de origem para que a autoridade administrativa realize o procedimento de diligência com o seguinte escopo: 1 Cotejar o relatório "Livro Razão movimento mensal" e o demonstrativo de composição do lucro líquido com a contabilidade e verificar se o lucro antes da provisão de imposto de renda registrado na contabilidade é de R$ 20.168.022,93; 2 Cotejar o Livro de Apuração do Lucro Real com o demonstrativo do lucro real e demais elementos probatórios que entender necessários para verificar qual o efetivo Fl. 282DF CARF MF Processo nº 10880.691569/200911 Resolução nº 1401000.631 S1C4T1 Fl. 11 10 montante do lucro real e se, de fato, o contribuinte apurou saldo negativo de IRPJ a Recolher no anocalendário 2003 e qual o valor correto; 3 Elaborar relatório dos procedimentos adotados e das conclusões a que tiver chegado. Dar ciência ao contribuinte para que se manifeste em 30 dias. Após a diligência, o processo deverá retornar a este Conselho para julgamento. (assinado digitalmente) Luiz Augusto de Souza Gonçalves Fl. 283DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 10580.902449/2014-98
Turma: Primeira Turma Ordinária da Quarta Câmara da Terceira Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Mon Feb 25 00:00:00 UTC 2019
Data da publicação: Tue May 07 00:00:00 UTC 2019
Ementa: Assunto: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins
Data do fato gerador: 31/12/2000
PIS E COFINS. BASE DE CÁLCULO. INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS.
A declaração de inconstitucionalidade do § 1º do art. 3º da Lei Federal 9.718/1998 não alcança as receitas operacionais das instituições financeiras, de forma que devem compor a base de cálculo das contribuições ao PIS e Cofins, em razão de provirem do exercício de suas atividades empresariais.
JUROS SOBRE CAPITAL PRÓPRIO. EXCLUSÃO. POSSIBILIDADE.
Durante a vigência da redação original da Lei Federal 9.718/1998, a remuneração sobre juros sobre o capital próprio, a despeito de ser tratada como receita financeira, não pode ser considerada uma receita típica de instituições financeiras, vez que se trata de efetiva receita decorrente de participações societárias perante outras pessoas jurídicas, não se coadunando com o objeto social da Recorrente.
Numero da decisão: 3401-005.883
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em dar parcial provimento ao recurso, para reconhecer os créditos em relação a juros sobre o capital próprio, em função do REsp 1.104.184/RS, e receitas de locação de imóveis. O Conselheiro Leonardo Ogassawara de Araújo Branco acompanhou o relator pelas conclusões. O Conselheiro Leonardo Ogassawara de Araújo Branco indicou a intenção de apresentar Declaração de Voto, o que foi feito no processo paradigma.
(assinado digitalmente)
Rosaldo Trevisan - Presidente e Relator
Participaram do presente julgamento os conselheiros Mara Cristina Sifuentes, Tiago Guerra Machado, Lazaro Antônio Souza Soares, Maria Eduarda Alencar Câmara Simões, Carlos Henrique de Seixas Pantarolli, Rodolfo Tsuboi, Leonardo Ogassawara de Araújo Branco e Rosaldo Trevisan (Presidente).
Nome do relator: ROSALDO TREVISAN
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Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL COFINS Data do fato gerador: 31/12/2000 PIS E COFINS. BASE DE CÁLCULO. INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS. A declaração de inconstitucionalidade do § 1º do art. 3º da Lei Federal 9.718/1998 não alcança as receitas operacionais das instituições financeiras, de forma que devem compor a base de cálculo das contribuições ao PIS e Cofins, em razão de provirem do exercício de suas atividades empresariais. JUROS SOBRE CAPITAL PRÓPRIO. EXCLUSÃO. POSSIBILIDADE. Durante a vigência da redação original da Lei Federal 9.718/1998, a remuneração sobre juros sobre o capital próprio, a despeito de ser tratada como “receita financeira”, não pode ser considerada uma receita típica de instituições financeiras, vez que se trata de efetiva receita decorrente de participações societárias perante outras pessoas jurídicas, não se coadunando com o objeto social da Recorrente. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em dar parcial provimento ao recurso, para reconhecer os créditos em relação a juros sobre o capital próprio, em função do REsp 1.104.184/RS, e receitas de locação de imóveis. O Conselheiro Leonardo Ogassawara de Araújo Branco acompanhou o relator pelas conclusões. O Conselheiro Leonardo Ogassawara de Araújo Branco indicou a intenção de apresentar Declaração de Voto, o que foi feito no processo paradigma. (assinado digitalmente) Rosaldo Trevisan Presidente e Relator AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 58 0. 90 24 49 /2 01 4- 98 Fl. 153DF CARF MF Processo nº 10580.902449/201498 Acórdão n.º 3401005.883 S3C4T1 Fl. 3 2 Participaram do presente julgamento os conselheiros Mara Cristina Sifuentes, Tiago Guerra Machado, Lazaro Antônio Souza Soares, Maria Eduarda Alencar Câmara Simões, Carlos Henrique de Seixas Pantarolli, Rodolfo Tsuboi, Leonardo Ogassawara de Araújo Branco e Rosaldo Trevisan (Presidente). Relatório Tratase de Recurso Voluntário contra decisão da DRJ/POR, que considerou insubsistente a Manifestação de Inconformidade contra despacho decisório que indeferiu pedido de restituição de COFINS. Do Pedido de Compensação e do Despacho Decisório O contribuinte pleiteou compensação, referente a pagamento efetuado indevidamente ou a maior, transmitido através de PER. Em despacho decisório, o pedido foi indeferido sob a alegação que o “recolhimento apontado como origem do crédito encontrase integralmente alocado ao débito informado pelo contribuinte, não restando qualquer saldo de pagamento a ser restituído. ” Da Manifestação de Inconformidade O Recorrente apresentou manifestação de inconformidade, argumentando o seguinte: 1. O Supremo Tribunal Federal declarou incidentalmente a inconstitucionalidade do alargamento da base de cálculo do PIS e da Cofins, contida no §1º do artigo 3º da Lei nº 9.718, de 1998 e que o presente pedido de restituição se mostra subsistente, pois os recolhimentos da contribuição em tela foram realizados nos estritos lindes do artigo 3º, §1º da Lei nº 9.718/1998, cujo descompasso com o sistema normativo acabou por provocar o recolhimento a maior nesse tocante e, por conseguinte, não há como prosperar o indeferimento do presente pedido de restituição. 2. O STF declarou a inconstitucionalidade do §1º do art. 3º da Lei 9.718/98 porque reconheceu que as contribuições sociais ao PIS e à Cofins só poderiam incidir sobre o faturamento das empresas, assim entendida “a receita bruta das vendas de mercadorias, de mercadorias e serviços e de serviços de qualquer natureza”, não podendo incluir na base de cálculo receitas não operacionais. 3. O conceito de faturamento não varia em função do objeto social de cada contribuinte, pois a base de cálculo ficaria sujeita a um grau de incerteza absolutamente incompatível com uma obrigação tributária. Assim sendo, não há qualquer relação de identidade entre o conceito de faturamento com a atividade principal dos contribuintes. Fl. 154DF CARF MF Processo nº 10580.902449/201498 Acórdão n.º 3401005.883 S3C4T1 Fl. 4 3 4. Mesmo que se entenda que as receitas financeiras auferidas por instituições financeiras têm natureza de receita de prestação de serviços, integrando o conceito de faturamento, o que se admite apenas para argumentar, não podem integrar referida base de cálculo as receitas financeiras decorrentes da aplicação de seus recursos próprios e ou de terceiros em hipóteses que não envolvam intermediação financeira. 5. A base de cálculo, deveria ficar restrita somente às receitas auferidas no exercício de seu objeto social, com a prestação de serviços bancários, tais como administração de fundos de investimentos, assessoria em operações de fusão e aquisição, intermediação financeira e concessão de crédito, dentre outras atividades. 6. As receitas financeiras obtidas com a aplicação de seu próprio capital de giro e capital de terceiros, bem como em razão da remuneração dos depósitos compulsórios realizados junto ao Banco Central e aplicações próprias, realizadas no seu único e exclusivo interesse, sem intermediação, não configuram prestação de serviços, uma vez que ninguém presta serviço para si próprio. Junto com a impugnação, o recorrente apresentou planilhas de cálculo, e balancete analítico do mês de referência. Da Decisão de Primeiro Grau O colegiado a quo julgou improcedente a manifestação de inconformidade, nos termos do Acórdão 14061.557. Do Recurso Voluntário Irresignado, o contribuinte apresentou Recurso, reprisando as razões apresentadas na Manifestação de Inconformidade. É o relatório. Voto Conselheiro Rosaldo Trevisan, Relator O julgamento deste processo segue a sistemática dos recursos repetitivos, regulamentada pelo art. 47, §§ 1º e 2º, do Anexo II do RICARF, aprovado pela Portaria MF 343, de 09 de junho de 2015. Portanto, ao presente litígio aplicase o decidido no Acórdão 3401005.809, de 25 de fevereiro de 2019, proferido no julgamento do processo 10580.902382/201491, paradigma ao qual o presente processo foi vinculado. Transcrevemse, como solução deste litígio, nos termos regimentais, os entendimentos que prevaleceram naquela decisão (Acórdão 3401005.809): "Da Admissibilidade Fl. 155DF CARF MF Processo nº 10580.902449/201498 Acórdão n.º 3401005.883 S3C4T1 Fl. 5 4 O Recurso é tempestivo e reúne os demais requisitos de admissibilidade; de modo que tomo seu conhecimento. Do Mérito O núcleo do litígio reside na forma de aplicação da declaração de inconstitucionalidade do §1º do art. 3º da Lei Federal 9718/1998 pelo STF – quando do julgamento do RE nº 585.235, sob a forma do art. 543B, do CPC, sobre o alargamento da base de cálculo das contribuições PIS e COFINS, no que tange às instituições financeiras. Naquela oportunidade, restou pacificado que, para fins de incidência cumulativa das contribuições sociais, o faturamento é o resultado das atividades típicas, ou seja, que decorram do objeto social do contribuinte. Como não poderia ser diferente, esse vem sendo o entendimento adotado nessa Seção, e na Câmara Superior de Recursos Fiscais: ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL COFINS Período de apuração: 01/02/1999 a 31/12/2000 COFINS. FATURAMENTO. LEI 9.784/98 [SIC]. BASE DE CÁLCULO. INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS. Consoante entendimento firmado pelo STF, as receitas operacionais obtidas pelas instituições financeiras, decorrentes de sua atividade fim, integram o conceito de receita bruta utilizado pelo art. 3º da Lei nº 9.718/98. RECUPERAÇÃO DE ENCARGOS E DESPESAS E REVERSÃO DE PROVISÕES OPERACIONAIS. Lançamentos que não representes ingressos de receita oriundos das atividades típicas das instituições financeiras não podem ser alcançados pela incidência da COFINS. (Acórdão nº 3201004.445, Relatora Tatiana Josefovicz Belisário, sessão de 27.11.2018) ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS/PASEP Data do fato gerador: 31/01/2004 PIS/PASEP. BASE DE CÁLCULO. LEI 9.718/98. INCONSTITUCIONALIDADE. DECISÃO STF. REPERCUSSÃO GERAL. Fl. 156DF CARF MF Processo nº 10580.902449/201498 Acórdão n.º 3401005.883 S3C4T1 Fl. 6 5 As decisões proferidas pelo Supremo Tribunal Federal, reconhecidas como de Repercussão Geral, sistemática prevista no artigo 543B do Código de Processo Civil, deverão ser reproduzidas no julgamento do recurso apresentado pelo contribuinte. Artigo 62A do Regimento Interno do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais. Declarado inconstitucional o § 1º do caput do artigo 3º da Lei 9.718/98, integra a base de cálculo da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social COFINS e da Contribuição para o PIS/Pasep o faturamento mensal, representado pela receita bruta advinda das atividades operacionais típicas da pessoa jurídica. (Acórdão nº 9303002.934, Redator designado: Ricardo Paulo Rosa, sessão de 03.06.2014). Acertadamente, a decisão ora recorrida destacou que as atividades operacionais das instituições financeiras se encontram elencadas no Plano de Conta COSIF, nos termos emanados pelo Banco Central do Brasil: O Plano Contábil das Instituições do Sistema Financeiro Nacional, instituído pela Circular do Banco Central do Brasil nº 1.273, de 29 de dezembro de 1987, traz em seu Capítulo 1 Normas Básicas, Seção 17 Receitas e Despesas, item 3, que as rendas obtidas tanto com as operações ativas como com a prestação de serviços, ambas referentes a atividades típicas, regulares e habituais da instituição financeira, são classificadas como operacionais. Confirase: 3 As rendas operacionais representam remunerações obtidas pela instituição em suas operações ativas e de prestação de serviços, ou seja, aquelas que se referem a atividades típicas, regulares e habituais. (grifos nossos) No Cosif, as contas de receitas operacionais são divididas em: 7.1 RECEITAS OPERACIONAIS 7.1.1.00.001 Rendas de Operações de Crédito 7.1.2.00.004 Rendas de Arrendamento Mercantil 7.1.3.00.007 Rendas de Câmbio 7.1.4.00.000 Rendas de Aplicações Interfinanceiras de Liquidez 7.1.5.00.003 Rendas com Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos Fl. 157DF CARF MF Processo nº 10580.902449/201498 Acórdão n.º 3401005.883 S3C4T1 Fl. 7 6 7.1.7.00.009 Rendas de Prestação de Serviços 7.1.8.00.002 Rendas de Participações 7.1.9.00.005 Outras Receitas Operacionais (...) Portanto, em uma instituição financeira as receitas financeiras decorrem de serviços prestados aos clientes (financiamentos, empréstimos, operações de câmbio na importação ou exportação, colocação e negociação de títulos e valores mobiliários, aplicações e investimentos, capitalização, seguros, arrendamento mercantil, administração de planos de previdência privada e tantas outras mais) não constituindo mero ganho financeiro como acontece em outras empresas. São, portanto, receitas operacionais, que compõem a base de cálculo do PIS e da Cofins. (...) Especificamente quanto a instituições financeiras e contribuintes a ela equiparadas por força do artigo 22, § 1° da Lei 8.212/91, devese entender por faturamento os ganhos obtidos com operações financeiras realizadas por tais entidades, quanto à captação, movimentação e aplicação de ativos que proporcionem alguma forma de ganho pecuniário, posto não ser outro o objeto social de tais sociedades. Observando o caso concreto, tratase de instituição financeira que tem por objeto social “efetuar operações bancárias em geral, inclusive câmbio”. Esse, portanto, é o limite das atividades típicas que devem ser objeto de escrutínio para sua inclusão na base de cálculo das contribuições sociais. No presente processo, a Recorrente pleiteia crédito de COFINS no montante calculado sobre a diferença entre a totalidade de receitas operacionais e a receita de prestação de serviços bancários (conta 7.1.7.00.00.9), entendendo, a despeito do entendimento acima esposado, que somente as atividades de prestação de serviços bancários poderiam vir a ser objeto de incidência das contribuições sociais, ignorando que a atividade bancária per si não se restringe, por óbvio, aos serviços prestados aos clientes. Adicionese aos argumentos anteriores que a própria Lei Federal 9.718/1998 partiu da premissa que as receitas financeiras geradas nas atividades das instituições bancárias eram tributadas, quando previu, em seus parágrafos 5º e 6º, hipóteses específicas de dedução: Fl. 158DF CARF MF Processo nº 10580.902449/201498 Acórdão n.º 3401005.883 S3C4T1 Fl. 8 7 I no caso de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras, distribuidoras de títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil e cooperativas de crédito: a) despesas incorridas nas operações de intermediação financeira; b) despesas de obrigações por empréstimos, para repasse, de recursos de instituições de direito privado; c) deságio na colocação de títulos; d) perdas com títulos de renda fixa e variável, exceto com ações; e) perdas com ativos financeiros e mercadorias, em operações de hedge; II no caso de empresas de seguros privados, o valor referente às indenizações correspondentes aos sinistros ocorridos, efetivamente pago, deduzido das importâncias recebidas a título de cosseguro e resseguro, salvados e outros ressarcimentos. III no caso de entidades de previdência privada, abertas e fechadas, os rendimentos auferidos nas aplicações financeiras destinadas ao pagamento de benefícios de aposentadoria, pensão, pecúlio e de resgates; IV no caso de empresas de capitalização, os rendimentos auferidos nas aplicações financeiras destinadas ao pagamento de resgate de títulos. Assim, todas as receitas decorrentes da atividade bancária, seja pela prestação de serviços, seja pela fruição de resultados financeiros dos ativos próprios e de terceiros, devem ser tributadas pelas contribuições sociais, observadas das deduções acima. Por outro lado, a remuneração sobre juros sobre o capital próprio, a despeito de ser tratada como “receita financeira”, não pode ser considerada uma receita típica de instituições financeiras, vez que se trata de efetiva receita decorrente de participações societárias perante outras pessoas jurídicas, não se coadunando com o objeto social da Recorrente, nos termos do RE 1.104.184/RS, do STJ, julgado sob efeitos do artigo 543C do antigo CPC. Sob a mesma ótica, não é possível admitir na base de cálculo das contribuições as receitas decorrentes da locação de imóveis, eis que essa atividade não se encontra contemplada no seu contrato social. Fl. 159DF CARF MF Processo nº 10580.902449/201498 Acórdão n.º 3401005.883 S3C4T1 Fl. 9 8 Tratase, portanto, de resultados que não decorre da atividade bancária, de forma que a parcela do lançamento referente a essa rubrica deve ser cancelada. Por todo o exposto, conheço do Recurso, e doulhe parcial provimento para afastar a glosa sobre as receitas decorrentes da remuneração de juros sobre o capital próprio e locação de imóveis próprios." Importa registrar que nos autos ora em apreço, a situação fática e jurídica encontra correspondência com a verificada no paradigma, de tal sorte que o entendimento lá esposado pode ser perfeitamente aqui aplicado. . Da mesma forma, a Declaração de Voto do Conselheiro Leonardo Ogassawara de Araújo Branco, apresentada no processo paradigma, é extensível ao presente processo. Aplicandose a decisão do paradigma ao presente processo, em razão da sistemática prevista nos §§ 1º e 2º do art. 47 do Anexo II do RICARF, o colegiado decidiu por conhecer do recurso voluntário, e darlhe parcial provimento para reconhecer os créditos em relação a juros sobre o capital próprio, em função do REsp 1.104.184/RS, e receitas de locação de imóveis. (assinado digitalmente) Rosaldo Trevisan Fl. 160DF CARF MF Processo nº 10580.902449/201498 Acórdão n.º 3401005.883 S3C4T1 Fl. 10 9 Fl. 161DF CARF MF
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