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Numero do processo: 16327.907039/2008-72
Turma: Segunda Turma Ordinária da Primeira Câmara da Terceira Seção
Câmara: Primeira Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Thu Nov 10 00:00:00 UTC 2011
Numero da decisão: 3102-000.186
Decisão: Acordam os membros da Segunda Turma Ordinária da Primeira Câmara da Terceira Seção, por unanimidade de votos, em converter o julgamento cm diligência, nos termos do voto do relator.
Nome do relator: ÁLVARO ARTHUR LOPES DE ALMEIDA FILHO-Redator designado ad hoc
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Acordam os membros da Segunda Turma Ordinária da Primeira Camara da Terceira Seção, po r! inanimidade de votos, cm converter o julgamento cm diligência. nos termos do voto do relator. O ROSA - Presidente em exercício AkA5t"Âni AL ALVARO ART! IUR LOPES DE ALMEIDA FIL110 - Redator designado ad hoc RIC.f\R EDITADO EM: 24/02/2015 Participaram da sessão de julgamento os conselheiros Luis Marcelo Guerra de Castro (Presidente). Ricardo Paulo Rosa, Luciano Pontes de Maya Gomes, Winderley Morais Pereira, Alvaro Arthur Lopes de Almeida Filho e Nanci Gama. Relatório O recurso voluntário visa a reforma do acórdão IV 05-31.736 da 3" Turma da DR.J/CPS, que entendeu pela improcedência da manifestação de inconformidade. Observando o relato da decisão recorrida é possível constatar que: Fl. 185DF CARF MF Impresso em 22/05/2015 por MARIA MADALENA SILVA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 21/05/2015 por FERNANDO ANDRADE SILVA "Trata-se de Despacho Decisório que não homologou Declaração de Compensação eletrônica. Na fimdamentação do ato, consul: A partir das características do DARF discrinintacio no PER/DCOMP (wink' identificado, foram localifados um ou mais pagamentos, abaixo relacionados, mas integralmente utilizados para quitação de débitos cio contribuinte, não restando crédito disponivel para compensação dos débitos informados no PER/DCOMP. Diante da inexistência do crédito, Ni10 HOMOLOGO compensa cão declarada. Cietztificada, a interessada apresentou Manifestação de Inconformidade alegando, em síntese, que: Antes da clentonstração da origem do crédito, cabe uma explicação sobre as Operações ale Crédito cliquadas entre a Requerente e setts clientes, bent COMO a incidência do 10F sobre tais opernções. A Requerente, Instituição Financeira, efetuou operações de crédito (empréstimo) com &versos clientes (pessoas jurídicas). Para icus operações, o art. 7 0, J, 'ir', do Decreto 11 04.494/02 previu ct inchlêncict do 10E: Art. 70 A base (le cálculo e respectiva aliquot(' rechcida do 10F são (Lei n° 8.894, cie 1994, art. 1 0, pctrágrctfb único, e Lei n° 5.172. (le 1966, art. 64. inciso I): I - na operação de empréstimo, sob qualquer modalidade, inclusive abertura cie crédito: qucmcio ficar definido o valor do principal a ser utilizado pelo mutuário, a base de calculo é o principal entregue ou colocado sua disposição, ou quando previsto InUlS tie um pagamento, o valor do principal de cada lima das parcelas: I. mulucirio pessoa juridica: 0,0041% ao dia: O mesmo Decreto, no art. 7°, § 1°, limitou a incidência do JOE sobre as operações (le crédito financiamento ao 'valor resultante da aplicação da aliquot(' diária a cada valor de principal, prevista pw.a a operação, multiplicada por trezentos e sessenta e cinco dias (365 dias x 0.0041%). Tal limitação ocorre, inclusive, quando 116 prorrogação chi operação de crédito. E o que di:. o ,sç 7° do art. 7° do Decreto '1°4.494/02: §7° Na prorrogação, renovação, novação, coniposkão, consolidação, confissão de divhia e negócios assemelhados, de operação c/c crédito em que não haja substituição de devedor, a base de calculo cio JOE sera o valor não liquidado do operação cmteriornzente tributada, Sendo essa tributação con.siderctda complemental- a cmteriormente fella, aplicando-se a cdiquoia ent vigor A época do operação inicial. Conclusão: nOS operações de crédito (empréstimos) efetuadas pelct Requerente com setts clientes, o IOF devido é aquele relativo ao valor objeto do empré,slinto a aliqztota diária de 0,0041% (limitada (- 365 dias). 2 Fl. 186DF CARF MF Impresso em 22/05/2015 por MARIA MADALENA SILVA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 21/05/2015 por FERNANDO ANDRADE SILVA • Processo n" 16327.907039/2008-72 S3-(' Ill Resoluçüo n" 3102-000.186 11 2 0 ¡Wend° recolhimento a Hullo,' °correct sobre operaç7o cle credito, onde a Requerente recolheu valor de JOE em montante superior c't aliquotalliciA1111c1 previsict no decTelo chado no item (interior. 0 valor original indevidamenle 1(100 a titulo de 10F fin de: Roche Viiaminas (RS 1.029,96) (Vide phinillia de ccilculo do 10E e extrato da conta corrente demonstrando a retencao do 10E —Doc. 4). Tal equivoco ocorreu por erro de sistema, que considerou novamente lop el11 cadet prorragaça° do pra:o da operacao, dessa fin-ma nao limitou O cóleulo cio 1OF cité a aliquota nióxima de 0,0041% x 365 dias (Vide comprovcuiles da prorrogacao — Doc. 5). Dicunie disso, para que pudesse .fazer jus ao direi/, de restifiticao/compensaccio clos créditos decorrentes dos pagamentos a niaior de 10F, a Requerente apurou Os pagcunentos efetuados a maior, Oil seja, aquele.s cuja ctliquota aplicada uhrapassou o de 0,0041% x 365 dicts, previsto no Decreto do 10F. Por ser mera responscivel pela retençao do 10E a Requereine providenciou, ainda, a devolucao dos valores indevidamente reficlav aos clientes, acrescidos de juros e correçao moneiciria (Vide extrato da conic' corrente — Doc. 6). Logo, a Requerente demonstra (pie, de . fitio. assumiu o encargo . financeiro do recolhimento a maior do 10F indevidamente recolhido. rccao pela qual tern direho a sua restilitição/conipelisação. Vale ressallar que, o JOE discutido 170 presente processo (RS 1.029.96) .fin recolhido a maior em conjunto com o montante de RS 1.094,70 (),bem como coin outros débitos c/c JOE deCO1Teliles de c//versus relenOes ocorridas no mesmo period° de apuracao. o qual resultou no recolhimento de RS 1.033.541,79. A interessada. repisando ci alegacao c/c que o crédito utilizado /10 presente processo decorre de um 111e.S7110 recolhimento jó utilizado em um outro process°, requer que os dois processos sdani analisodos conjunicimente. Di: mais: E no caso em questao, nao ocorrercun as circunslcincicts que a própria lei estabelece como necessórias a gerar incidência tribinciria. o que ocorreu filY1111 dois egill.VOCos (i) 170 preenChillie1110 da DCTE especificcmzente 170 campo 'debito apurado' onde na via original . fbi preenchido valor maior do que o devido, equivoco este que a Requerente se prontificou em renficar (Doc. 7): (h) o outro equivoco decorreu do Pilo de que as Per/Dcomps ()firm), transmnidas de Prim, autónoina sem informal- o excito valor do credit() original. o qual é suficiente para efentar lais compensa0es. A Requerente comprova que ct totcllicktde do 1OF compensado decorre de pagamento inclevido, devichunente devolvhlo (10 tomach)r cio empréstimo. Dessa forma, o direito a ufilizacao do credit° de 10E aqui pleiteado é medida que se impõe. Ao Jim, ct contribuinte requer a reuniao dos processos que formalizara/n as declarações de compensucao que ten, O recolhimemo elf comum e a homologaçao das respectivas compensucôes." Analisada a impugnação ao auto de infração e a informação fiscal. decidiu a 3" Turma da DRJ/CPS pela improcedência da manifestação de inconformidade. con forme demonstra ementa abaixo: 3 Fl. 187DF CARF MF Impresso em 22/05/2015 por MARIA MADALENA SILVA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 21/05/2015 por FERNANDO ANDRADE SILVA ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE OPERAÇÕES DE CRÉDITO, CÂMBIO E SEGUROS OU RELATIVAS A TÍTULOS OU VALORES MOBILIÁRIOS - IOF Data do fi.ito gerador: 09/04/2003 DIREITO ('REDITO RIO. PROVA. O reconhecimento do direito creditório pleiteado requer a prova de sua exiWncia e montante, sem o que não pode ser restituído ou utilizado em compensação. Faltando ao conjunto probatório carreado aos autos pela interessada elemento que permita a verificação da existc?ncia de pagamento indevido ou a maior frente à legislação tributória, o direito creditório não pode ser admitido. Manifestação de Incoulbrmidade Improcedente I Direito Creclitório Não Reconhecido Inconformada com a decisão acima a contribuinte apresentou recurso voluntário alegando que: 1) Decorre o presente de DECOMP formulada pela recorrente visando compensar crédito de IOF com débito do mesmo imposto, a qual não foi homologada por inexistência de crédito; 2) 0 crédito é proveniente do recolhimento realizado com base em alíquota superior à prevista na legislação de 0,0041% (limitada a 365 dias). em operações de crédito realizadas junto a cliente pessoas jurídicas; 3) Realizou a retificação de sua DCTF para excluir R$ 1.029,96. indicados erroneamente corno débito do 10F, entretanto esse valor não foi reconhecido. pois a decisão recorrida entendeu necessário a comprovação do deposito inicial dos recursos emprestados. 4) Preliminarmente existe a necessidade do julgamento ser realizado em conjunto corn demais processos administrativos retèrentes a compensação de 10F, decorrentes de operações de mútuo bancário cujo o prazo ultrapassou 365 dias, relacionando todos os processo decididos pela DRJ/CPS, os quais se identi ficam quanto à matéria e aos elementos de prova, e foram julgados simultaneamente pela DRJ, obstando assim decisões distintas sobre a mesma matéria; 5) No mérito alega que foi reconhecida pela DRJ a limitação de 365(trezentos e sessenta e cinco) dias para a aplicação da alíquota diária do 10F, e que na respectiva decisão restou consignado que os valores guardam coerência numérica corn as alegações formuladas, entretanto, a decisão de piso, entendeu que não é possível identificar a concessão do empréstimo pela fatal de apresentação dos extratos constando o depósito inicial dos recursos emprestados. fundamentação essa que não poderia prosperar, já que a documentação é capaz de demonstrar o empréstimo e as renovações. Após os argumentos acima busca a recorre te, a reforma decisão recorrida para homologar integralmente a declaração de compensação; o relatório. 4 Fl. 188DF CARF MF Impresso em 22/05/2015 por MARIA MADALENA SILVA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 21/05/2015 por FERNANDO ANDRADE SILVA Processo 16327.907039/2008-72 S3-C1T 1 Resolucüo n" 3102-000.186 11. 3 Voto Conselheiro Alvaro Arthur Lopes de Almeida Filho — redator ad hoc Por intermédio do Despacho de e-folha 184, nos termos da disposição do art. I 7. do Regimento Interno do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais — RICARIH. aprovado pela Portaria MF 256, de 22 de junho de 2009, incumbiu-me o Presidente da Turma a formalizar a Resolução 3102-000.186, não entregue pelo relator original. Conselheiro Luciano Pontes de Maya Gomes, que não integra mais nenhum dos colegiados do CAM'. Desta forma, a elaboração deste voto deve refletir a posição adotada pelo relator original, que foi acompanhada, por unanimidade , pelos demais integrantes do colegiado. O recurso é tempestivo e atende aos demais requisitos para sua admissibilidade. Dele se tomou conhecimento. Antes de apreciar as razões recursais, foi demonstrado pela contribuinte, em sessão, que extratos necessários para apreciação do caso foram protocolados antes do julgamento, na sede do CARF, razão pela qual o presente julgamento deve ser convertido em diligência para que a Procuradoria da Fazenda Nacional seja intimada a tomar conhecimento dos documentos apresentados (e-folhas 176 a 183). Nestes termos, o colegiado converteu o julgamento em diligência para que a PFN seja intimada a tornar conhecimento dos documentos juntados aos autos após a apresentação do recurso voluntário. Posteriormente, os autos devem retornar ao CARL para prosseguimento. E estas são as considerações possíveis para suprir a inexistência do voto. Alva -o Arthur Lopes de Almeida Filho — Redator ad hoc Art. 17. Aos presidentes de turmas julgadoras do CARF incumbe dirigir, supervisionar, coordenar e orientar as atividades do respectivo órgão e ainda: III - designar redator ad hoc para formalizar decisões já proferidas, nas hipóteses em que o relator original esteja impossibilitado de fazê-lo ou nao mais componha o colegiado; 5 Fl. 189DF CARF MF Impresso em 22/05/2015 por MARIA MADALENA SILVA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 21/05/2015 por FERNANDO ANDRADE SILVA
score : 1.0
Numero do processo: 10730.012106/2007-40
Turma: 2ª TURMA/CÂMARA SUPERIOR REC. FISCAIS
Câmara: 2ª SEÇÃO
Seção: Câmara Superior de Recursos Fiscais
Data da sessão: Thu Mar 05 00:00:00 UTC 2015
Data da publicação: Mon Jun 01 00:00:00 UTC 2015
Ementa: Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física - IRPF
Exercício: 2004
RECURSO ESPECIAL. PRESSUPOSTO INTRÍNSECO. DIVERGÊNCIA JURISPRUDENCIAL. NÃO DEMONSTRAÇÃO. NÃO CONHECIMENTO.
Para conhecimento do Recurso Especial interposto sob o fundamento de existência de divergência jurisprudencial, deverá o interessado demonstrar fazer constar do recurso interpretação divergente da que lhe tenha dado outra Câmara ou a própria Câmara Superior de Recursos Fiscais.
Recurso especial não conhecido.
Numero da decisão: 9202-003.649
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em não conhecer do Recurso Especial da Fazenda Nacional.
(Assinado digitalmente)
Carlos Alberto Freitas Barreto - Presidente
(Assinado digitalmente)
Conselheiro Luiz Eduardo de Oliveira Santos, Redator-Designado AD HOC para formalização do acórdão.
Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros Carlos Alberto Freitas Barreto (Presidente), Maria Teresa Martínez López (Vice-Presidente), Luiz Eduardo de Oliveira Santos, Alexandre Naoki Nishioka, Marcelo Oliveira, Manoel Coelho Arruda Junior (Relator), Maria Helena Cotta Cardozo, Elaine Cristina Monteiro e Silva Vieira (suplente convocada) e Rycardo Henrique Magalhães de Oliveira.
Nome do relator: MANOEL COELHO ARRUDA JUNIOR
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ementa_s : Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física - IRPF Exercício: 2004 RECURSO ESPECIAL. PRESSUPOSTO INTRÍNSECO. DIVERGÊNCIA JURISPRUDENCIAL. NÃO DEMONSTRAÇÃO. NÃO CONHECIMENTO. Para conhecimento do Recurso Especial interposto sob o fundamento de existência de divergência jurisprudencial, deverá o interessado demonstrar fazer constar do recurso interpretação divergente da que lhe tenha dado outra Câmara ou a própria Câmara Superior de Recursos Fiscais. Recurso especial não conhecido.
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decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em não conhecer do Recurso Especial da Fazenda Nacional. (Assinado digitalmente) Carlos Alberto Freitas Barreto - Presidente (Assinado digitalmente) Conselheiro Luiz Eduardo de Oliveira Santos, Redator-Designado AD HOC para formalização do acórdão. Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros Carlos Alberto Freitas Barreto (Presidente), Maria Teresa Martínez López (Vice-Presidente), Luiz Eduardo de Oliveira Santos, Alexandre Naoki Nishioka, Marcelo Oliveira, Manoel Coelho Arruda Junior (Relator), Maria Helena Cotta Cardozo, Elaine Cristina Monteiro e Silva Vieira (suplente convocada) e Rycardo Henrique Magalhães de Oliveira.
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PRESSUPOSTO INTRÍNSECO. DIVERGÊNCIA JURISPRUDENCIAL. NÃO DEMONSTRAÇÃO. NÃO CONHECIMENTO. Para conhecimento do Recurso Especial interposto sob o fundamento de existência de divergência jurisprudencial, deverá o interessado demonstrar fazer constar do recurso interpretação divergente da que lhe tenha dado outra Câmara ou a própria Câmara Superior de Recursos Fiscais. Recurso especial não conhecido. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em não conhecer do Recurso Especial da Fazenda Nacional. (Assinado digitalmente) Carlos Alberto Freitas Barreto Presidente (Assinado digitalmente) Conselheiro Luiz Eduardo de Oliveira Santos, RedatorDesignado AD HOC para formalização do acórdão. AC ÓR Dà O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 73 0. 01 21 06 /2 00 7- 40 Fl. 101DF CARF MF Impresso em 08/06/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 26/05/2015 por AFONSO ANTONIO DA SILVA, Assinado digitalmente em 29/05/2 015 por CARLOS ALBERTO FREITAS BARRETO, Assinado digitalmente em 28/05/2015 por LUIZ EDUARDO DE OLIV EIRA SANTOS 2 Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros Carlos Alberto Freitas Barreto (Presidente), Maria Teresa Martínez López (VicePresidente), Luiz Eduardo de Oliveira Santos, Alexandre Naoki Nishioka, Marcelo Oliveira, Manoel Coelho Arruda Junior (Relator), Maria Helena Cotta Cardozo, Elaine Cristina Monteiro e Silva Vieira (suplente convocada) e Rycardo Henrique Magalhães de Oliveira. Relatório Tratase de Auto de Infração referente à glosa de despesas médicas, do exercício de 2004. O relatório fiscal informa que a contribuinte juntou os recibos de despesa médica sem a devida formalidade legal, pois esses estavam sem endereço e data legível. A fundamentação legal citada em sede de relatório foram os artigos 788, 835 a 839, 841, 844, 871 e 992 do Decreto nº 3000, de 26 de março de 1999. A contribuinte apresentou impugnação que teve seu provimento negado pela 1ª Turma da Delegacia da Receita Federal do Brasil de Julgamento do Rio de Janeiro II (RJ), acórdão nº 1320.691, de 25 de julho de 2008. Inconformada com a r. decisão, interpôs Recurso Voluntário, oportunidade que juntou os recibos com os devidos endereços e data, bem como juntou declaração reconhecida em cartório dos próprios profissionais, informando do serviço prestado, fls. 47 a 52. Diante do Recurso Voluntário, e das provas apresentadas, a 2ª Turma Ordinária, da 2ª Câmara, da 2ª Seção de Julgamento do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais deu provimento ao Recurso Voluntário, Acórdão nº 220200.661, do dia 18 de agosto de 2010. ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA FÍSICA IRPF Exercício: 2004 IRPF GLOSA DE DESPESAS MÉDICAS, É lícita a inversão do ônus da prova, determinando que o contribuinte prove a efetividade da prestação dos serviços e o correspondente pagamento pelas despesas médicas e afins, para fins de dedutibilidade do IRPF, Porém, em sendo apresentadas provas pelo contribuinte que permitam identificar a prestação dos serviços e o pagamento, inclusive com documentos passados pelos profissionais atestando a autenticidade dos recibos, o ônus da prova da inidoneidade de tais documentos caberá ao Fisco, já que a ele aproveita a contraprova do fato constitutivo de seu direito ao crédito tributário refletido no lançamento. Recurso provido. Ciente da decisão no dia 10/12/2010, a Fazenda Nacional interpôs Recurso Especial no dia 23/12/2010, conforme artigo 67, anexo II, do Regimento Interno do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, aprovado pela Portaria nº 256, de 22 de junho de 2009. Trouxe como paradigmas acórdãos que em seu entendimento contrapõem o posicionamento firmado no acórdão recorrido. Seguem as ementas: 10241.918 Fl. 102DF CARF MF Impresso em 08/06/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 26/05/2015 por AFONSO ANTONIO DA SILVA, Assinado digitalmente em 29/05/2 015 por CARLOS ALBERTO FREITAS BARRETO, Assinado digitalmente em 28/05/2015 por LUIZ EDUARDO DE OLIV EIRA SANTOS Processo nº 10730.012106/200740 Acórdão n.º 9202003.649 CSRFT2 Fl. 7 3 1RPF DESPESAS MÉDICAS São indedutíveis as despesas médicas cujos recibos não preencham as formalidades legais indispensáveis para sua aceitação. Recurso negado 0422.840 DESPESAS MÉDICAS COMPROVAÇÃO A validade da dedução de despesa médica depende da comprovação do efetivo dispêndio do contribuinte e, à luz do artigo 29, do Decreto n° 70.235, de 1972, na apreciação de provas a autoridade julgadora tem a prerrogativa de formar livremente sua convicção. Cabível a glosa de valores deduzidos a titulo de despesas médicas cuja prestação de serviços não foi comprovada. Preliminar rejeitada. Recurso negado. No pedido, a Fazenda Nacional requereu a procedência do Recurso Especial para reformar o r. acórdão recorrido e reestabelecer o lançamento em sua integralidade. A contribuinte, cientificada do Recurso Especial da Fazenda Nacional em 22/07/2011, apresentou contrarrazões no dia 03/08/2011, oportunidade que reiterou o alegado em Recurso Voluntário e juntou novamente os recibos e as declarações referentes às despesas médicas glosadas. É o relatório. Voto Conselheiro Luiz Eduardo de Oliveira Santos, RedatorDesignado AD HOC para formalização do acórdão. Pelo fato de o ConselheiroRelator Manoel Coelho Arruda Junior ter renunciado ao cargo antes da formalização do presente acórdão, eu, Luiz Eduardo de Oliveira Santos, nomeado para formalização reproduzo a seguir o voto por ele apresentado na sessão. O recurso foi tempestivamente interposto e preenche os requisitos de admissibilidade previstos nos artigos 67 e 68 do Regimento Interno do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, aprovado pela Portaria MF nº 256, de 22 de junho de 2009, assim passo a análise do mérito. Conforme relatado, em desfavor da contribuinte, RITA PEÇANHA DOS SANTOS, foi lavrada a notificação de lançamento relativa ao Imposto de Renda Pessoa Física Exercício 2004, anocalendário 2003, na qual se apurou crédito tributário no valor total de RS 11.260,75. De acordo com demonstrativo, foi glosado o valor de R$ 18.000,00, a título de despesas médicas, consoante descrição dos fatos e enquadramento legal. A decisão proferida pela a 2ª Turma Ordinária, da 2ª Câmara, da 2ª Seção de Julgamento do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais deu provimento ao Recurso Voluntário, Acórdão nº 220200.661, do dia 18 de agosto de 2010. ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA FÍSICA IRPF Fl. 103DF CARF MF Impresso em 08/06/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 26/05/2015 por AFONSO ANTONIO DA SILVA, Assinado digitalmente em 29/05/2 015 por CARLOS ALBERTO FREITAS BARRETO, Assinado digitalmente em 28/05/2015 por LUIZ EDUARDO DE OLIV EIRA SANTOS 4 Exercício: 2004 IRPF GLOSA DE DESPESAS MÉDICAS, É lícita a inversão do ônus da prova, determinando que o contribuinte prove a efetividade da prestação dos serviços e o correspondente pagamento pelas despesas médicas e afins, para fins de dedutibilidade do IRPF, Porém, em sendo apresentadas provas pelo contribuinte que permitam identificar a prestação dos serviços e o pagamento, inclusive com documentos passados pelos profissionais atestando a autenticidade dos recibos, o ônus da prova da inidoneidade de tais documentos caberá ao Fisco, já que a ele aproveita a contraprova do fato constitutivo de seu direito ao crédito tributário refletido no lançamento. Recurso provido. O fundamento para o provimento do Recurso Voluntário ficou registrado no voto condutor: [...] No caso em análise, analisando os recibos apresentados, verificase que eles trazem os elementos necessários para identificar o pagamento, bem como, quanto ao que tais recibos se referemse, igualmente exprimem tratarse de serviços especializados, dedutiveis. Além disso, para suprir requisitos faltantes dos recibos, sob a ótica Fiscal, o contribuinte, intimado, trouxe como prova declarações firmadas pelos profissionais, os quais ratificaram a efetiva prestação de serviços e sanearam as dúvidas iniciais que foram vislumbradas pela acuidade da fiscalização, nos recibos inicialmente apresentados. A Fazenda Nacional, em discordância com a decisão, interpôs Recurso Especial. A contribuinte, intimada, apresentou contrarrazões. Cumpre trazer de forma preliminar os acórdãos paradigmas que tratam da matéria em que foi apontada divergência como requisito essencial para interposição do recurso: 10241.918 1RPF DESPESAS MÉDICAS São indedutíveis as despesas médicas cujos recibos não preencham as formalidades legais indispensáveis para sua aceitação. Recurso negado 0422.840 DESPESAS MÉDICAS COMPROVAÇÃO A validade da dedução de despesa médica depende da comprovação do efetivo dispêndio do contribuinte e, à luz do artigo 29, do Decreto n° 70.235, de 1972, na apreciação de provas a autoridade julgadora tem a prerrogativa de formar livremente sua convicção. Cabível a glosa de valores deduzidos a titulo de despesas médicas cuja prestação de serviços não foi comprovada. Preliminar rejeitada. Recurso negado. Fl. 104DF CARF MF Impresso em 08/06/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 26/05/2015 por AFONSO ANTONIO DA SILVA, Assinado digitalmente em 29/05/2 015 por CARLOS ALBERTO FREITAS BARRETO, Assinado digitalmente em 28/05/2015 por LUIZ EDUARDO DE OLIV EIRA SANTOS Processo nº 10730.012106/200740 Acórdão n.º 9202003.649 CSRFT2 Fl. 8 5 Não obstante esse fato, é sabido que para a caracterização do dissídio jurisprudencial, nos termos dos artigos 541, parágrafo único, do Código de Processo Civil e 255, §§ 1º e 2º, do RISTJ e consolidado pelo RICSRF, fazse necessária a demonstração da similitude de panorama de fato e da divergência na interpretação do direito entre os acórdãos confrontados. Da análise dos dois paradigmas verificase que não há divergência na interpretação do direito entre os acórdãos, conforme se evidencia abaixo: pois, há convergência dos julgados em face do seguinte argumento: deve o sujeito passivo apresentar aos autos elementos suficientes para firmar a convicção de que os alegado pagamentos foram efetivamente realizados, por meio de documentos idôneos. Ademais, os paradigmas retratam situação fática diversa daquela constante dos autos do presente processo, pois se verifica que: (i) Ac. 10241918: houve a apresentação pelo contribuinte de recibos que não constaram nome do usuário CPF e inscrição no órgão profissional CRM do beneficiário: [...] Igualmente indedutiveis como despesas médicas, os valores cujos recibos não constem nome do usuário nem CPF e inscrição no órgão profissional CRM do beneficiário. (ii) Ac. 0422840: houve a apresentação pelo contribuinte de recibos que não comprovam a prestação de serviços: [...] Como, também, é claro que a autoridade fiscal, em caso de dúvidas ou suspeição quanto à idoneidade da documentação apresentada, pode e deve perquirir se os serviços efetivamente foram prestados ao declarante ou a seus dependentes, rejeitando de pronto àqueles que não identificam o pagador, os serviços prestados ou não identificam na forma da lei os prestadores de serviços ou quando esses não são considerados como dedução pela legislação. Recibos, por si só, não autorizam a dedução de despesas, mormente quando sobre o contribuinte recai a acusação de utilização de documentos inidôneos. Tendo em vista as dúvidas suscitadas acerca da autenticidade dos recibos de despesas médicas, caberia ao beneficiário do recibo provar que realmente efetuou o pagamento no valor nele constante, bem como o serviço prestado para que ficasse caracterizada a efetividade da despesa passível de dedução É certo que os documentos relacionados às despesas permitidas como dedução da base de cálculo do imposto sobre a renda não representam uma presunção absoluta a inquestionável, pois, sempre que necessário, a autoridade tributária poderá exigir do sujeito passivo a comprovação da sua efetividade. No caso, a autoridade fiscal solicitou e foi prontamente atendida pela Contribuinte, que, na oportunidade fez juntar declarações dos profissionais. Fl. 105DF CARF MF Impresso em 08/06/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 26/05/2015 por AFONSO ANTONIO DA SILVA, Assinado digitalmente em 29/05/2 015 por CARLOS ALBERTO FREITAS BARRETO, Assinado digitalmente em 28/05/2015 por LUIZ EDUARDO DE OLIV EIRA SANTOS 6 DISPOSITIVO Pelo exposto, voto no sentido de NÃO CONHECER do Recurso Especial interposto pela Fazenda Nacional. É o voto. (Assinado digitalmente) Luiz Eduardo de Oliveira Santos Fl. 106DF CARF MF Impresso em 08/06/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 26/05/2015 por AFONSO ANTONIO DA SILVA, Assinado digitalmente em 29/05/2 015 por CARLOS ALBERTO FREITAS BARRETO, Assinado digitalmente em 28/05/2015 por LUIZ EDUARDO DE OLIV EIRA SANTOS
score : 1.0
Numero do processo: 16327.002001/2005-69
Turma: 1ª TURMA/CÂMARA SUPERIOR REC. FISCAIS
Câmara: 1ª SEÇÃO
Seção: Câmara Superior de Recursos Fiscais
Data da sessão: Wed Nov 12 00:00:00 UTC 2014
Data da publicação: Tue May 26 00:00:00 UTC 2015
Ementa: Assunto: Processo Administrativo Fiscal
Ano-calendário: 2002
RECURSO ESPECIAL. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. NÃO CONHECIMENTO.
Não se conhece do recurso especial interposto pelo sujeito passivo em relação à matéria que não foi prequestionada (§ 3º, do art. 67, do Anexo II, da Portaria MF nº 256/2009)
Recurso Especial do Contribuinte Não Conhecido.
Numero da decisão: 9101-002.067
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros da1ª Turma da Câmara Superior de Recursos Fiscais, por unanimidade de votos, não conhecer do recurso especial interposto pelo sujeito passivo.
(Assinado digitalmente)
Carlos Alberto Freitas Barreto - Presidente
(Assinado digitalmente)
Leonardo de Andrade Couto - Redator Ad Hoc - Designado
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Marcos Aurélio Pereira Valadão, Valmir Sandri, Valmar Fonseca de Menezes, Antonio Carlos Guidoni Filho (Suplente Convocado), Jorge Celso Freire da Silva, Antonio Lisboa Cardoso (Suplente Convocado), Rafael Vidal de Araujo, João Carlos de Lima Junior, Paulo Roberto Cortez (Suplente Convocado) e Otacilio Dantas Cartaxo (Presidente à época do Julgamento). Ausente, justificadamente, a Conselheira Karem Jureidini Dias.
Nome do relator: JORGE CELSO FREIRE DA SILVA
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Interessado FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL Anocalendário: 2002 RECURSO ESPECIAL. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. NÃO CONHECIMENTO. Não se conhece do recurso especial interposto pelo sujeito passivo em relação à matéria que não foi prequestionada (§ 3º, do art. 67, do Anexo II, da Portaria MF nº 256/2009) Recurso Especial do Contribuinte Não Conhecido. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros da1ª Turma da Câmara Superior de Recursos Fiscais, por unanimidade de votos, não conhecer do recurso especial interposto pelo sujeito passivo. (Assinado digitalmente) Carlos Alberto Freitas Barreto Presidente (Assinado digitalmente) Leonardo de Andrade Couto Redator Ad Hoc Designado Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Marcos Aurélio Pereira Valadão, Valmir Sandri, Valmar Fonseca de Menezes, Antonio Carlos Guidoni Filho (Suplente Convocado), Jorge Celso Freire da Silva, Antonio Lisboa Cardoso (Suplente Convocado), Rafael Vidal de Araujo, João Carlos de Lima Junior, Paulo Roberto Cortez (Suplente Convocado) e Otacilio Dantas Cartaxo (Presidente à época do Julgamento). Ausente, justificadamente, a Conselheira Karem Jureidini Dias. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 16 32 7. 00 20 01 /2 00 5- 69 Fl. 1073DF CARF MF Impresso em 08/06/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 20/05/2015 por MOEMA NOGUEIRA SOUZA, Assinado digitalmente em 21/05/2015 por LEONARDO DE ANDRADE COUTO, Assinado digitalmente em 23/05/2015 por CARLOS ALBERTO FREITAS BARRE TO 2 Relatório Tratase de recurso especial de divergência interposto pelo sujeito passivo contra o Acórdão 10196.364 prolatado pela antiga 1ª Câmara do 1º CC e que, por unanimidade de votos, deu parcial provimento ao recurso voluntário anteriormente apresentado em decisão assim resumida: 1. que seja a conversão dos lucros para moeda nacional seja efetuada com base na taxa de câmbio na data do encerramento do respectivo período de apuração daqueles. 2. que seja efetuada a correção monetária dos saldos dos lucros e prejuízos acumulados, relativos aos anoscalendário subseqüentes, com base na variação do INPC — mexicano. 3. autorizar a compensação dos valores recolhidos a título de imposto de renda, no México, relativamente aos mesmos lucros tributados no Brasil, até o limite do artigo 26 da lei n° 9.249/1995. 4. excluir a tributação dos lucros auferidos no exterior pela controlada, pela CSLL, anteriormente à vigência da MP n° 1.8586/1999. 5. excluir a tributação da parcela correspondente à variação cambial, que compõe a equivalência patrimonial, objeto da segunda infração De acordo com a interessada, o Acórdão estaria divergente de outras decisões desta Corte para as quais seria possível a compensação dos excedentes de imposto pago no exterior com a CSLL devida sobre os lucros lá auferidos. Em juízo de admissibilidade, o então Presidente da 1ª Turma Ordinária da 1ª Câmara da 1ª Seção do CARF prolatou despacho, aprovado em despacho de reexame pelo Sr. Presidente da CSRF, no qual admite o recurso afirmando que na decisão questionada não teria sido expressamente autorizada a compensação arguida, enquanto no acórdão paradigma houve o reconhecimento expresso desse direito. Nas contrarrazões, a PGFN manifestase pelo não conhecimento do recurso especial, eis que a matéria não teria sido suscitada pela interessada nas peças de defesa anteriormente apresentadas, o que implicaria em preclusão, e como consequência não foi tratada no acórdão recorrido, não havendo assim que se falar em divergência. É o relatório. Voto Leonardo de Andrade Couto Redator Ad Hoc Designado Em face da necessidade de formalização da decisão proferida nos presentes autos, de competência da 1ª Turma da Câmara Superior de Recursos Fiscais e, tendo em vista que o Conselheiro Jorge Celso Freire da Silva, relator do processo, não mais integra o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, este Conselheiro foi designado Redator Ad Hoc pelo Presidente da 1ª Turma da CSRF, nos termos do item III, do art. 17, do Anexo II, do Regimento Interno do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, aprovado pela Portaria MF nº 256, de 22 de junho de 2009 (RICARF). Fl. 1074DF CARF MF Impresso em 08/06/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 20/05/2015 por MOEMA NOGUEIRA SOUZA, Assinado digitalmente em 21/05/2015 por LEONARDO DE ANDRADE COUTO, Assinado digitalmente em 23/05/2015 por CARLOS ALBERTO FREITAS BARRE TO Processo nº 16327.002001/200569 Acórdão n.º 9101002.067 CSRFT1 Fl. 1.074 3 O recurso é tempestivo e foi interposto por signatário devidamente legitimado. Entretanto, quanto aos demais requisitos formais de admissibilidade o despacho que o admitiu merece ser revisto. A questão crucial a ser analisada é que a decisão recorrida não tratou expressamente da compensação dos excedentes de imposto pago no exterior com a CSLL devida sobre os lucros lá auferidos. No recurso especial de divergência o dissenso se caracteriza quando duas ou mais decisões tratam uma mesma questão de forma diferente. Sob esse prisma, não haveria como suscitála se a decisão recorrida sequer abordou a matéria. Em outras palavras, a divergência estaria demonstrada se o Acórdão hostilizado tivesse se manifestado pela impossibilidade de compensação do imposto excedente pago no exterior com a CSLL devida sobre os respectivos lucros. A decisão omitiuse quanto a esse ponto, circunstância que deveria ter sido objeto de embargos de declaração pelo sujeito passivo. Sem tal providência, a omissão da decisão implicou na ausência de prequestionamento impedindo o prosseguimento do recurso. Do exposto, pelo fato da peça de defesa envolver matéria não prequestionada e, mais ainda, não ter sido caracterizada a divergência, voto por não conhecer do recurso especial interposto pelo sujeito passivo. (Assinado digitalmente) Leonardo de Andrade Couto Fl. 1075DF CARF MF Impresso em 08/06/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 20/05/2015 por MOEMA NOGUEIRA SOUZA, Assinado digitalmente em 21/05/2015 por LEONARDO DE ANDRADE COUTO, Assinado digitalmente em 23/05/2015 por CARLOS ALBERTO FREITAS BARRE TO
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Numero do processo: 15868.002097/2009-17
Turma: Terceira Turma Ordinária da Quarta Câmara da Segunda Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Tue Apr 16 00:00:00 UTC 2013
Data da publicação: Fri Jun 26 00:00:00 UTC 2015
Numero da decisão: 2403-000.150
Decisão: RESOLVEM os membros da 4ª câmara / 3ª turma ordinária da Segunda Sessão de Julgamento, por unanimidade de votos em converter o julgamento em diligência á Secretaria para informar o resultado do julgamento do processo nº 10820.002239/2005-37
Carlos Alberto Mees Stringari - Presidente
Ivacir Júlio de Souza - Relator
Nome do relator: IVACIR JULIO DE SOUZA
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decisao_txt : RESOLVEM os membros da 4ª câmara / 3ª turma ordinária da Segunda Sessão de Julgamento, por unanimidade de votos em converter o julgamento em diligência á Secretaria para informar o resultado do julgamento do processo nº 10820.002239/2005-37 Carlos Alberto Mees Stringari - Presidente Ivacir Júlio de Souza - Relator
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conteudo_txt : Metadados => pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.4; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 4; dc:format: application/pdf; version=1.4; pdf:charsPerPage: 2272; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; access_permission:fill_in_form: true; pdf:encrypted: true; producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; access_permission:can_modify: true; pdf:docinfo:producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; Content-Type: application/pdf | Conteúdo => S2C4T3 Fl. 2 1 1 S2C4T3 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS SEGUNDA SEÇÃO DE JULGAMENTO Processo nº 15868.002097/200917 Recurso nº Voluntário Resolução nº 2403000.150 – 4ª Câmara / 3ª Turma Ordinária Data 16 de abril de 2013 Assunto CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS Recorrente FUNDAÇÃO EDUCACIONAL ANDRADINA Recorrida FAZENDA NACIONAL RESOLVEM os membros da 4ª câmara / 3ª turma ordinária da Segunda Sessão de Julgamento, por unanimidade de votos em converter o julgamento em diligência á Secretaria para informar o resultado do julgamento do processo nº 10820.002239/200537 Carlos Alberto Mees Stringari Presidente Ivacir Júlio de Souza Relator RELATÓRIO O lançamento em comento é vinculado ao principal de n° 15868.002096/200964 que tratou de constituição de crédito em razão de a entidade ter entendido que estava amparada por ATO DECLARATÓRIO DE ISENÇÃO DE CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS. Em razão disto, não efetuou o recolhimento das citadas contribuições. Ocorre que o ATO em que se baseava, fora cancelado na forma do Ofício INSS/SERVREP N°° 21 421.0 /234/2005 com base na Decisão – Notificação DN n ° 21.021.0/001/2005, e assim, de ofício, na forma do registro nos itens 2.2.2 e 3.2 do Relatório Fiscal de fls. 30, a Autoridade Fiscal com base nos salários de contribuições declarados nas GFIPs da Recorrente, lavrou o presente Auto de Infração. Naquele lançamento principal, corroborando o procedimento de ação fiscal específica e parcial , no Termo de Início de Procedimento Fiscal , datado de 25/09/2009, de fls. 89, a Autoridade Autuante solicitou apenas Atas, Estatutos, CNAS, Ato Declaratório de Concessão de Isenção Previdenciária e GFIPs. Na seqüência, às fls. 91, o Termo de Encerramento de Procedimento Fiscal – TEPF, datado de 29/10/2009, confirma o lançamento com base nas GFIPs. RE SO LU ÇÃ O G ER A D A N O P G D -C A RF P RO CE SS O 1 58 68 .0 02 09 7/ 20 09 -1 7 Fl. 398DF CARF MF Impresso em 26/06/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 03/06/2015 por IVACIR JULIO DE SOUZA, Assinado digitalmente em 03/06/201 5 por IVACIR JULIO DE SOUZA, Assinado digitalmente em 23/06/2015 por CARLOS ALBERTO MEES STRINGARI Processo nº 15868.002097/200917 Resolução nº 2403000.150 S2C4T3 Fl. 3 2 Na forma do registro de fls. 292 daquele processo principal, a autoridade autuante revela na parte final do item “d” da Informação Fiscal colacionada, que o “ objetivo da lavratura do crédito foi com intuito de se precaver a decadência iminente”. A empresa apresentou impugnação onde alegou em apertada síntese cerceamento do direito de defesa, intempestividade da autuação, ilegitimidade de parte da impugnante, falta de liquidez do auto de infração, garantia do direito à imunidade, aplicação indevida de multas, juros extorsivos e ilegais e, necessidade de prova pericial: O Auto de Infração ora impugnado padece de nulidade insanável devido a falta do Termo de Encerramento da Auditoria Fiscal, condição prevista no art. 594 da Instrução Normativa 3/2005, com a redação dada pela IN MPS/SRP , n° 23 de 30/04/2007, em vigor à época do malsinado auto. Conclui afirmando que isto caracterizou cerceamento de defesa; Tem seus registros regulares no CNAS, e CEBAS; Que na forma dos artigos 150 , inciso IV, letra “C” e 195, §7° da CF, , arts. 9 e 14 do Código Tributário Nacional – CTN e art. 55 da Lei n 8.212/91 , é uma fundação sem fins lucrativos e imune ao pagamento de impostos e ao recolhimento de contribuições previdenciárias e acessórios; Que a impugnante tem direito adquirido à isenção quanto ao pagamento da cota patronal e seus acessórios; e Que são indevidas as cobranças de contribuições para INCRA , SESC, SENAC E SEBRAE; e Que o ATO que cancelou o reconhecimento da imunidade encontrase em fase de Recurso Administrativo neste Conselho sob o n° 10820.002239/200537; DA DECISÃO DE PRIMEIRA INSTÂNCIA Após analisar aos argumentos da impugnante, na forma do registro de fls.270 , a 7 ª Turma da Delegacia de Julgamento da Receita Federal do Brasil em Ribeirão Preto (SP) DRJ/RPO, em 28 de Junho de 2011, exarou o Acórdão n° 1434.403, mantendo procedente o lançamento. DO RECURSO VOLUNTÁRIO. A Recorrente interpôs Recurso Voluntário de fls. 366 onde não apresentando pontuais contrarazões às razões apresentadas pelo I. Julgador “ ad quod ”, simplesmente reitera na íntegra as alegações que fizera em sede de impugnação na expectativa de que o julgamento “ad quem” proceda às omitidas confrontações e assim , eventualmente, seus exordias argumentos possam prosperar. VOTO DA TEMPESTIVIDADE Conforme registros de fls. 306 o recurso é tempestivo DA ADMISSIBILIDADE Fl. 399DF CARF MF Impresso em 26/06/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 03/06/2015 por IVACIR JULIO DE SOUZA, Assinado digitalmente em 03/06/201 5 por IVACIR JULIO DE SOUZA, Assinado digitalmente em 23/06/2015 por CARLOS ALBERTO MEES STRINGARI Processo nº 15868.002097/200917 Resolução nº 2403000.150 S2C4T3 Fl. 4 3 A Recorrente alega que interpôs recurso contra decisão de cancelamento de sua isenção cujo o processo de n° 10820.002239/200537 estaria por ser julgado no âmbito deste Conselho. Consulta ao EProcesso revela que o sobredito processo na forma do Acórdão n° 20218.243, de 15 de agosto de 2007, por unanimidade, não fora conhecido pelos membros da Segunda Câmara do Segundo Conselho de Contribuintes, que na oportunidade declinaram da competência de julgamento para o Primeiro Conselheiro de Contribuintes., verbis: “ ACORDAM os Membros da SEGUNDA CÂMARA do SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBUINTES, por unanimidade de votos, em não conhecer do recurso, declinando a competência de julgamento para o Primeiro Conselheiro de Contribuintes.” A ementa do voto em apreço abaixo transcrita, revela a síntese dos argumentos que motivaram a decisão, verbis: “ Assunto: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social Cofins Período de apuração: 01/05/2000 a 31/12/2000 Ementa: ATO DECLARATÓRIO EXECUTIVO. SUSPENSÃO DE IMUNIDADE TRIBUTÁRIA. COMPETÊNCIA PARA JULGAMENTO. Compete ao Primeiro Conselho de Contribuintes julgar os recursos interpostos em processos fiscais relativos às contribuições, quando suas exigências estejam lastreadas, no todo ou em parte, em fatos cuja apuração serviram para determinar a prática de infração a dispositivos legais do Imposto de Renda, consoante disposto no art. 1° parágrafo único, do Decreto n° 2.191/97 e nos §§ 9° e 10 do art. 32 da Lei n° 9.430/96, que estabelecem que as impugnações contra o ato declaratório e contra a exigência de crédito tributário serão reunidas em um único processo, para serem decididas simultaneamente e que os procedimentos estabelecidos no artigo aplicamse, também, às hipóteses de suspensão de isenções condicionadas, quando a entidade beneficiária estiver descumprindo as condições ou requisitos impostos pela legislação de regência. Recurso não conhecido. ” Art. 1° parágrafo único, do Decreto n° 2.191/97 “ Art. 1º Fica transferida do Primeiro para o Segundo Conselho de Contribuintes do Ministério da Fazenda a competência para julgar os recursos interpostos em processos fiscais de que trata o art. 25 do Decreto nº.70.235, de 6 de março de 1972, alterado pela Lei nº 8.748, de 9 de dezembro de 1993, cuja matéria, objeto do litígio, decorra de lançamento de ofício das contribuições para o Programa de Integração Social PIS, para o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público PASEP, para o Fundo de Investimento Social FINSOCIAL e para o Financiamento da Seguridade Social COFINS. Parágrafo único. A competência para julgar os recursos interpostos em processos fiscais, relativos às contribuições de que trata o caput deste artigo, permanece no Primeiro Conselho de Contribuintes, quando suas exigências estejam lastreadas, no todo ou em parte, em fatos cuja apuração serviram para determinar a prática de infração a dispositivos legais do imposto de renda.” Fl. 400DF CARF MF Impresso em 26/06/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 03/06/2015 por IVACIR JULIO DE SOUZA, Assinado digitalmente em 03/06/201 5 por IVACIR JULIO DE SOUZA, Assinado digitalmente em 23/06/2015 por CARLOS ALBERTO MEES STRINGARI Processo nº 15868.002097/200917 Resolução nº 2403000.150 S2C4T3 Fl. 5 4 Relevante registrar que não consta colacionado nos autos qualquer elemento que registre definitiva decisão sobre o Ato Cancelatório em comento. DO DECRETO N 7.237/2010. Na forma do art. 45 do Decreto nº 7.237, de 20/07/2010, que regulamenta a Lei no 12.101, de 27 de novembro de 2009, os Atos Cancelatórios de Isenção não definitivamente julgados sejam encaminhados à unidade competente daquele para verificação do cumprimento dos requisitos da isenção, nos seguintes termos: “ Art.45.Os processos para cancelamento de isenção não definitivamente julgados em curso no âmbito do Ministério da Fazenda serão encaminhados à unidade competente daquele órgão para verificação do cumprimento dos requisitos da isenção na forma do rito estabelecido no art. 32 da Lei n 12.101, de 2009, , aplicada a legislação vigente à época do fato gerador.” Portanto, com fulcro no sobredito Decreto o processo em tela, juntamente com o principal, seráredirecionado para a Secretaria desta Câmara. CONCLUSÃO. Em razão a tudo que foi exposto, se faz necessário converter o julgamento em diligência à Secretaria para informar o resultado do julgamento do processo nº 10820.002239/200537. É como voto. Ivacir Júlio de Souza Relator Fl. 401DF CARF MF Impresso em 26/06/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 03/06/2015 por IVACIR JULIO DE SOUZA, Assinado digitalmente em 03/06/201 5 por IVACIR JULIO DE SOUZA, Assinado digitalmente em 23/06/2015 por CARLOS ALBERTO MEES STRINGARI
score : 1.0
Numero do processo: 13629.900051/2012-40
Turma: Segunda Turma Especial da Primeira Seção
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Wed Mar 25 00:00:00 UTC 2015
Data da publicação: Fri Aug 21 00:00:00 UTC 2015
Ementa: Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Jurídica - IRPJ
Ano-calendário: 2002
PER/DCOMP. RETIFICAÇÃO DA DCTF. PROVA DO DIREITO
CREDITÓRIO. AUSÊNCIA. COMPENSAÇÃO NÃO HOMOLOGADA.
O contribuinte tem direito subjetivo à compensação, desde que apresente prova da liquidez e da certeza do direito de crédito. Ausentes estes pressupostos, não cabe a homologação da extinção do débito confessado em PER/Dcomp.
DECLARAÇÃO DE COMPENSAÇÃO. PAGAMENTO
INDEVIDO OU A MAIOR. CRÉDITO NÃO COMPROVADO.
Não se admite a compensação se o contribuinte não comprovar a existência e suficiência do crédito postulado.
Numero da decisão: 1802-002.559
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso, nos termos do relatorio e votos que integram o presente julgado.
(assinado digitalmente)
José de Oliveira Ferraz Corrêa - Presidente.
(assinado digitalmente)
Luis Roberto Bueloni Santos Ferreira- Relator.
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: José de Oliveira Ferraz Corrêa, Ester Marques Lins de Sousa, Nelso Kichel, Gustavo Junqueira Carneiro Leão, Henrique Heiji Erbano (suplente convocado) e Luis Roberto Bueloni Santos Ferreira.
Nome do relator: LUIS ROBERTO BUELONI SANTOS FERREIRA
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ementa_s : Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Jurídica - IRPJ Ano-calendário: 2002 PER/DCOMP. RETIFICAÇÃO DA DCTF. PROVA DO DIREITO CREDITÓRIO. AUSÊNCIA. COMPENSAÇÃO NÃO HOMOLOGADA. O contribuinte tem direito subjetivo à compensação, desde que apresente prova da liquidez e da certeza do direito de crédito. Ausentes estes pressupostos, não cabe a homologação da extinção do débito confessado em PER/Dcomp. DECLARAÇÃO DE COMPENSAÇÃO. PAGAMENTO INDEVIDO OU A MAIOR. CRÉDITO NÃO COMPROVADO. Não se admite a compensação se o contribuinte não comprovar a existência e suficiência do crédito postulado.
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decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso, nos termos do relatorio e votos que integram o presente julgado. (assinado digitalmente) José de Oliveira Ferraz Corrêa - Presidente. (assinado digitalmente) Luis Roberto Bueloni Santos Ferreira- Relator. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: José de Oliveira Ferraz Corrêa, Ester Marques Lins de Sousa, Nelso Kichel, Gustavo Junqueira Carneiro Leão, Henrique Heiji Erbano (suplente convocado) e Luis Roberto Bueloni Santos Ferreira.
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Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA JURÍDICA IRPJ Anocalendário: 2002 PER/DCOMP. RETIFICAÇÃO DA DCTF. PROVA DO DIREITO CREDITÓRIO. AUSÊNCIA. COMPENSAÇÃO NÃO HOMOLOGADA. O contribuinte tem direito subjetivo à compensação, desde que apresente prova da liquidez e da certeza do direito de crédito. Ausentes estes pressupostos, não cabe a homologação da extinção do débito confessado em PER/Dcomp. DECLARAÇÃO DE COMPENSAÇÃO. PAGAMENTO INDEVIDO OU A MAIOR. CRÉDITO NÃO COMPROVADO. Não se admite a compensação se o contribuinte não comprovar a existência e suficiência do crédito postulado. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso, nos termos do relatorio e votos que integram o presente julgado. (assinado digitalmente) José de Oliveira Ferraz Corrêa Presidente. (assinado digitalmente) Luis Roberto Bueloni Santos Ferreira Relator. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: José de Oliveira Ferraz Corrêa, Ester Marques Lins de Sousa, Nelso Kichel, Gustavo Junqueira Carneiro Leão, Henrique Heiji Erbano (suplente convocado) e Luis Roberto Bueloni Santos Ferreira. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 13 62 9. 90 00 51 /2 01 2- 40 Fl. 118DF CARF MF Impresso em 21/08/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 13/07/2015 por LUIS ROBERTO BUELONI SANTOS FERREIRA, Assinado digitalmen te em 20/08/2015 por JOSE DE OLIVEIRA FERRAZ CORREA, Assinado digitalmente em 13/07/2015 por LUIS RO BERTO BUELONI SANTOS FERREIRA Processo nº 13629.900051/201240 Acórdão n.º 1802002.559 S1TE02 Fl. 3 2 Relatório Trata o presente processo de indeferimento de restituição declarada de IRPJ, proferido através de Despacho Decisório emitido pela Autoridade Administrativa que averiguou a utilização de pagamentos empregados na quitação de débitos do contribuinte, inexistindo crédito disponível a ser aproveitado no PER/DCOMP. Cientificada da decisão, a autuada apresentou Manifestação de Inconformidade em 07/03/2012, alegando recolhimento de crédito tributário a maior de IRPJ, informado no PER/DCOMP nº 01021.59866.131207.12.046459 e enviado em 13/12/2007, tendo sua compensação e vinculação efetuada no PER/DCOMP nº 01024.75966.140308.1.3.040820, enviado em 14/03/2008, razão pela qual pretende a compensação de débito de IPI. Informou ainda que a DCTF relativa ao 4º Trimestre de 2002 foi devidamente retificada, no prazo legal, em 03/01/2008. Requereu, por fim, o provimento à Manifestação de Inconformidade para que fosse realizada a compensação pleiteada. Do Acórdão da DRJ A 4ª Turma da DRJ/SP1 proferiu Acórdão 1652.487, em sessão de 8 de novembro de 2013, julgando improcedente a manifestação interposta. A D. Turma alegou que ao examinar as declarações prestadas pela autuada ao Fisco, pode verificar a inexistência do pretenso crédito declarado e requerido para a restituição, ou seja, a prova apresentada pela própria autuada demonstrou a inexistência do crédito. Afirmou ainda que a elaboração de DCTF retificadora não é suficiente para fazer prova em favor do Contribuinte, e que a Manifestação de Inconformidade deve vir sempre acompanhada das provas de seu direito. Com base nessa premissa julgou improcedente a Manifestação de Inconformidade, ante a falta de documentação hábil a demonstrar o suposto crédito alegado pela Autuada. Do Recurso Voluntário Inconformada, a Autuada apresentou Recurso Voluntário, alegando possui indébito tributário consubstanciado no pagamento a maior do tributo no período de apuração (31/12/2002); data de arrecadação (31/03/2003); código de receita 2098, correspondente ao lucro presumido; valor original utilizado R$ 30.765,75. Informou que o valor pago a maior corresponde a R$ 5.418,90, apresentado no PER/DCOMP nº 01021.59866.131207.1.2.046459 transmitido em 13/12/2007. Fl. 119DF CARF MF Impresso em 21/08/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 13/07/2015 por LUIS ROBERTO BUELONI SANTOS FERREIRA, Assinado digitalmen te em 20/08/2015 por JOSE DE OLIVEIRA FERRAZ CORREA, Assinado digitalmente em 13/07/2015 por LUIS RO BERTO BUELONI SANTOS FERREIRA Processo nº 13629.900051/201240 Acórdão n.º 1802002.559 S1TE02 Fl. 4 3 Alegou que para demonstrar o valor recolhido a maior, a ora recorrente procedeu a retificação da DCTF referente ao 4º trimestre de 2002, em 03/01/2008, onde apontou a existência do crédito tributário. Em relação à argumentação trazida no bojo do Acórdão recorrido, a autuada alegou que não foram apresentadas novas documentações, bem como provas do direito alegado, porque nada fora solicitado pela Administração Pública, bastando a retificação da DCTF para que fosse constituído seu crédito. É o Relatório. Voto Conselheiro Luis Roberto Bueloni Santos Ferreira, Relator. Da Tempestividade A ciência do Acórdão, por decurso de prazo, deuse em 05/12/2013 e o Recurso Voluntário foi apresentado em 06/01/2014, já que a data final para apresentação ocorreu em 04/01/2014, sábado. Desta forma, o recurso é tempestivo e dotado dos pressupostos para a sua admissibilidade. Portanto, dele tomo conhecimento. Primeiramente, cabe esclarecer que a compensação, hipótese expressa de extinção do crédito tributário (art. 156 do CTN), só poderá ser autorizada se os créditos do contribuinte em relação à Fazenda Pública, vencidos ou vincendos, se revestirem dos atributos de liquidez e certeza, a teor do disposto no caput do artigo 170 do CTN. Uma vez intimada da não homologação de seu pedido de compensação, a interessada somente poderá reduzir débito declarado em DCTF se apresentar prova inequívoca da ocorrência de erro de fato no seu preenchimento. A não comprovação da certeza e da liquidez do crédito alegado impossibilita a extinção de débitos para com a Fazenda Pública mediante compensação. No presente caso, a Recorrente procedeu a retificação da DCTF objetivando legitimar o crédito informado em DCOMP pretérita. A instância a quo entendeu que a compensação é indevida, pois o crédito existente já fora utilizado pela Recorrente para outras compensações. Em recurso, a Recorrente alega que o direito creditório existe, conforme demonstrado na DCTF, e caso fossem necessárias outras provas de seu crédito, deveria a Administração Pública têlas solicitado no momento oportuno. Entretanto é imperioso considerar que além da DCTF retificadora a Recorrente não juntou qualquer outra prova de seu alegado crédito. Fl. 120DF CARF MF Impresso em 21/08/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 13/07/2015 por LUIS ROBERTO BUELONI SANTOS FERREIRA, Assinado digitalmen te em 20/08/2015 por JOSE DE OLIVEIRA FERRAZ CORREA, Assinado digitalmente em 13/07/2015 por LUIS RO BERTO BUELONI SANTOS FERREIRA Processo nº 13629.900051/201240 Acórdão n.º 1802002.559 S1TE02 Fl. 5 4 A jurisprudência deste Conselho Administrativo de Recursos Fiscais – CARF está consolidada nesse sentido, admitindo a retificadora como prova de indébito tributário, desde que acompanhada de outras provas aptas a demonstrar a existência do crédito. Ementa. Assunto: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social – Cofins. Data do Fato Gerador: 30/09/2008. PER/DCOMP. RETIFICAÇÃO DA DCTF. PROVA DO DIREITO CREDITÓRIO. AUSÊNCIA. COMPENSAÇÃO NÃO HOMOLOGADA. O contribuinte, a despeito da ausência de retificação da DCTF, tem direito subjetivo à compensação, desde que apresente prova da liquidez e da certeza do direito de crédito. Ausentes estes pressupostos, não cabe a homologação da extinção do débito confessado em PER/Dcomp. Recurso Voluntário Negado. Crédito Tributário Mantido. Logo, o contribuinte tem direito subjetivo à compensação, desde que apresente prova da liquidez e certeza do direito de crédito. A simples retificação desacompanhada de prova não autoriza a homologação da compensação. Conclusão Face todo o exposto, voto por negar provimento ao recurso e manter integralmente a decisão de primeira instância, para não reconhecer o direito creditório e não homologar a PER/DCOMP. É o meu VOTO. (assinado digitalmente) Luis Roberto Bueloni Santos Ferreira Fl. 121DF CARF MF Impresso em 21/08/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 13/07/2015 por LUIS ROBERTO BUELONI SANTOS FERREIRA, Assinado digitalmen te em 20/08/2015 por JOSE DE OLIVEIRA FERRAZ CORREA, Assinado digitalmente em 13/07/2015 por LUIS RO BERTO BUELONI SANTOS FERREIRA
score : 1.0
Numero do processo: 13710.001621/00-47
Turma: 3ª TURMA/CÂMARA SUPERIOR REC. FISCAIS
Câmara: 3ª SEÇÃO
Seção: Câmara Superior de Recursos Fiscais
Data da sessão: Thu Nov 27 00:00:00 UTC 2014
Data da publicação: Fri May 22 00:00:00 UTC 2015
Ementa: Assunto: Normas Gerais de Direito Tributário
Período de apuração: 01/07/1988 a 30/07/1995
RESTITUIÇÃO. PRESCRIÇÃO.
Não configuradas a obscuridade e as omissões alegada pela embargante, na instrução dos autos, rejeitam-se os embargos de declaração opostos.
Embargos de Declaração Acolhidos sem Efeitos Infringentes
Numero da decisão: 9303-003.225
Decisão:
Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em conhecer e acolher os embargos de declaração, para rerratificar o acórdão embargado, mantida a decisão prolatada.
(assinado digitalmente)
CARLOS ALBERTO FREITAS BARRETO - Presidente.
(assinado digitalmente)
RODRIGO DA COSTA PÔSSAS - Relator.
Participaram do presente julgamento os Conselheiros Henrique Pinheiro Torres, Nanci Gama, Júlio César Alves Ramos, Ana Clarissa Masuko dos Santos Araújo, Rodrigo da Costa Pôssas, Francisco Maurício Rabelo de Albuquerque Silva, Joel Miyazaki, Fabiola Cassiano Keramidas, Maria Teresa Martínez López e Otacílio Dantas Cartaxo.
Nome do relator: RODRIGO DA COSTA POSSAS
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decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em conhecer e acolher os embargos de declaração, para rerratificar o acórdão embargado, mantida a decisão prolatada. (assinado digitalmente) CARLOS ALBERTO FREITAS BARRETO - Presidente. (assinado digitalmente) RODRIGO DA COSTA PÔSSAS - Relator. Participaram do presente julgamento os Conselheiros Henrique Pinheiro Torres, Nanci Gama, Júlio César Alves Ramos, Ana Clarissa Masuko dos Santos Araújo, Rodrigo da Costa Pôssas, Francisco Maurício Rabelo de Albuquerque Silva, Joel Miyazaki, Fabiola Cassiano Keramidas, Maria Teresa Martínez López e Otacílio Dantas Cartaxo.
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PRESCRIÇÃO. Não configuradas a obscuridade e as omissões alegada pela embargante, na instrução dos autos, rejeitamse os embargos de declaração opostos. Embargos de Declaração Acolhidos sem Efeitos Infringentes Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em conhecer e acolher os embargos de declaração, para rerratificar o acórdão embargado, mantida a decisão prolatada. (assinado digitalmente) CARLOS ALBERTO FREITAS BARRETO Presidente. (assinado digitalmente) RODRIGO DA COSTA PÔSSAS Relator. Participaram do presente julgamento os Conselheiros Henrique Pinheiro Torres, Nanci Gama, Júlio César Alves Ramos, Ana Clarissa Masuko dos Santos Araújo, AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 13 71 0. 00 16 21 /0 0- 47 Fl. 873DF CARF MF Impresso em 08/06/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 30/03/2015 por RODRIGO DA COSTA POSSAS, Assinado digitalmente em 30/03/2 015 por RODRIGO DA COSTA POSSAS, Assinado digitalmente em 21/04/2015 por CARLOS ALBERTO FREITAS BARR ETO 2 Rodrigo da Costa Pôssas, Francisco Maurício Rabelo de Albuquerque Silva, Joel Miyazaki, Fabiola Cassiano Keramidas, Maria Teresa Martínez López e Otacílio Dantas Cartaxo. Relatório Tratase de embargos de declaração (efls. 858 a 859) contra o Acórdão no 930301.751, de 9 de novembro de 2011, da 3ª Turma da Câmara Superior de Recursos Fiscais (efls. 378 a 379), que, relativamente a pedido de restituição do PIS, deu provimento ao recurso especial do contribuinte, nos termos de sua ementa, a seguir reproduzida: ASSUNTO: NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO Período de apuração: 01/07/1988 a 30/07/1995 RESTITUIÇÃO. PRESCRIÇÃO. Para os pedidos de restituição protocolizados antes da vigência da Lei Complementar nº 118/2005, o prazo prescricional é de 10 anos a partir do pagamento, conformidade com a tese cognominada de cinco mais cinco. As decisões do Superior Tribunal de Justiça, em sede recursos repetitivos, por força do art. 62A do Regimento Interno do CARF, devem ser observadas no Julgamento deste Tribunal Administrativo. RECURSO ESPECIAL DO CONTRIBUINTE PROVIDO Segundo o acórdão embargado, seria a seguinte a matéria do recurso: [...] A PGFN interpôs Recurso Especial a esta CSRF alegando, em síntese, que o direito de ação relativo ao exercício de um direito subjetivo de crédito decorrente de pagamento indevido é atribuído ao sujeito passivo e o termo inicial do prazo prescricional de 05 (cinco) anos (art. 168 do CTN) para exercêlo, começa da data da extinção do crédito tributário, operandose este tão logo efetue o pagamento indevido.. A embargante alegou haver erro no dispositivo, em relação ao seguinte: Assim, visto que a interessada protocolizou seu pedido de restituição em 21/05/2000, somente os pagamentos efetuados anteriormente a 10 anos dessa data estariam com o eventual direito de restituição extinto, tendo em vista terem sido alcançados pela prescrição. (...) Ante o exposto voto pelo provimento do recurso interposto pelo sujeito passivo. Deixando claro que, para os pagamentos anteriores a 21/05/1999, encontrase extinto o direito à restituição pleiteada. Fl. 874DF CARF MF Impresso em 08/06/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 30/03/2015 por RODRIGO DA COSTA POSSAS, Assinado digitalmente em 30/03/2 015 por RODRIGO DA COSTA POSSAS, Assinado digitalmente em 21/04/2015 por CARLOS ALBERTO FREITAS BARR ETO Processo nº 13710.001621/0047 Acórdão n.º 9303003.225 CSRFT3 Fl. 1.173 3 É o relatório. Voto De fato, o pedido foi protocolado em 21 de agosto de 2000 (efl. 6) e os períodos prescritos seriam os anteriores a 21 de agosto de 1990, havendo duplo erro matéria no acórdão, que indicou maio em vez de agosto e 1999 em vez de 1990. Além disso, o relatório referiuse a suposto recurso da PGFN, quando o recurso foi apresentado pelo contribuinte. Finalmente, observese, ainda, que o recurso da Interessada apenas referiuse aos períodos anteriores a 21 de agosto de 1995, abrangendo todos os períodos e não apenas parte, razão pela qual o acórdão teria, de fato, dado provimento parcial ao recurso especial. Dessa forma, devem ser afastados os embargos, uma vez que houve apenas lapso manifesto no acórdão, que deve ser corrigido de ofício, nos termos do art. 66 do Ricarf., passando a ter a seguinte redação: 1) Ementa ASSUNTO: NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO Período de apuração: 01/07/1988 a 30/07/1995 RESTITUIÇÃO. PRESCRIÇÃO. Para os pedidos de restituição protocolizados antes da vigência da Lei Complementar nº 118/2005, o prazo prescricional é de 10 anos a partir do pagamento, conformidade com a tese cognominada de cinco mais cinco. As decisões do Superior Tribunal de Justiça, em sede recursos repetitivos, por força do art. 62A do Regimento Interno do CARF, devem ser observadas no Julgamento deste Tribunal Administrativo. RECURSO ESPECIAL DO CONTRIBUINTE PROVIDO EM PARTE 2) Resultado do julgamento Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade, em dar provimento parcial ao Recurso Especial. Esteve presente ao julgamento o Dr. João Luiz Santarém Rodrigues, OAB/RJ 65.884, advogado do sujeito passivo. Fl. 875DF CARF MF Impresso em 08/06/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 30/03/2015 por RODRIGO DA COSTA POSSAS, Assinado digitalmente em 30/03/2 015 por RODRIGO DA COSTA POSSAS, Assinado digitalmente em 21/04/2015 por CARLOS ALBERTO FREITAS BARR ETO 4 3) Relatório A interessada interpôs Recurso Especial a esta CSRF alegando, em síntese, que o direito de ação relativo ao exercício de um direito subjetivo de crédito decorrente de pagamento indevido é atribuído ao sujeito passivo e o termo inicial do prazo prescricional de 05 (cinco) anos (art. 168 do CTN) para exercê lo, começa da data de homologação tácita do lançamento. 4) Voto Assim, visto que a interessada protocolizou seu pedido de restituição em 21/08/2000, somente os pagamentos efetuados anteriormente a 10 anos dessa data estariam com o eventual direito de restituição extinto, tendo em vista terem sido alcançados pela prescrição. No presente caso, houve a perda do direito a se pleitear a restituição para os pagamentos efetuados anteriormente a 21/08/1990, pois o pedido se deu em menos de 10 anos dos pagamentos indevidos para períodos posteriores à essa data. Portanto, em que pese a minha total discordância com tal entendimento, com fulcro no art. 62A do Anexo II à Portaria MF nº 256/09 (RICARF), deve ser reconhecida a aplicabilidade da tese dos cinco mais cinco, operandose a prescrição para pagamentos efetuados antes de 21/08/1990, conforme mencionado acima. Ante o exposto voto pelo provimento parcial do recurso interposto pelo sujeito passivo. Deixando claro que, para os pagamentos anteriores a 21/08/1990, encontrase extinto o direito à restituição pleiteada. À vista do exposto, conheço e acolho os embargos de declaração, para rerratificar o acórdão embargado, mantida a decisão prolatada. (assinado digitalmente) Rodrigo da Costa Pôssas Relator Fl. 876DF CARF MF Impresso em 08/06/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 30/03/2015 por RODRIGO DA COSTA POSSAS, Assinado digitalmente em 30/03/2 015 por RODRIGO DA COSTA POSSAS, Assinado digitalmente em 21/04/2015 por CARLOS ALBERTO FREITAS BARR ETO
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Numero do processo: 10814.006392/2005-12
Turma: Segunda Turma Ordinária da Primeira Câmara da Terceira Seção
Câmara: Primeira Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Thu Aug 11 00:00:00 UTC 2011
Ementa: IMPOSTO SOBRE A IMPORTAÇÃO - II
Data do fato gerador: 21/09/2000
ISENÇÃO DE CARÁTER SUBJETIVO. EXIGÊNCIAS.
Na vigência da Lei n° 9.069, de 1995, o reconhecimento de qualquer incentivo ou beneficio fiscal, relativos a tributos e contribuições administrados pela Secretaria da Receita Federal fica condicionada à comprovação pelo contribuinte, pessoa física ou jurídica, da quitação de tributos e contribuições federais. Não comprovada tal regularidade, afasta-se o beneficio.
MOMENTO DO RECONHECIMENTO
Em consonância com o art. 179 do CTN, a isenção em caráter especial é reconhecida a cada fato gerador, mediante aquiescência da autoridade tributária competente.
Recurso Voluntário Negado.
Numero da decisão: 3102-01.168
Decisão: Acordam os membros do Colegiado, por maioria de votos, em negar provimento ao recurso voluntário, nos termos do voto do Relator. Vencidos os Conselheiros Álvaro Arthur Lopes de Almeida Filho e Nanci Gama, que davam provimento. A conselheira Mara Cristina Sifuentes votou pelas conclusões.
Nome do relator: Luis Marcelo Guerra de Castro
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ementa_s : IMPOSTO SOBRE A IMPORTAÇÃO - II Data do fato gerador: 21/09/2000 ISENÇÃO DE CARÁTER SUBJETIVO. EXIGÊNCIAS. Na vigência da Lei n° 9.069, de 1995, o reconhecimento de qualquer incentivo ou beneficio fiscal, relativos a tributos e contribuições administrados pela Secretaria da Receita Federal fica condicionada à comprovação pelo contribuinte, pessoa física ou jurídica, da quitação de tributos e contribuições federais. Não comprovada tal regularidade, afasta-se o beneficio. MOMENTO DO RECONHECIMENTO Em consonância com o art. 179 do CTN, a isenção em caráter especial é reconhecida a cada fato gerador, mediante aquiescência da autoridade tributária competente. Recurso Voluntário Negado.
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EXIGÊNCIAS. Na vigência da Lei n° 9.069, de 1995, o reconhecimento de qualquer incentivo ou beneficio fiscal, relativos a tributos e contribuições administrados pela Secretaria da Receita Federal fica condicionada à comprovação pelo contribuinte, pessoa física ou jurídica, da quitação de tributos e contribuições federais. Não comprovada tal regularidade, afastase o beneficio. MOMENTO DO RECONHECIMENTO Em consonância com o art. 179 do CTN, a isenção em caráter especial é reconhecida a cada fato gerador, mediante aquiescência da autoridade tributária competente. Recurso Voluntário Negado. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado, por maioria de votos, em negar provimento ao recurso voluntário, nos termos do voto do Relator. Vencidos os Conselheiros Álvaro Arthur Lopes de Almeida Filho e Nanci Gama, que davam provimento. A conselheira Mara Cristina Sifuentes votou pelas conclusões (assinado digitalmente) Luis Marcelo Guerra de Castro Presidente e Relator Fl. 1DF CARF MF Emitido em 31/10/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 18/10/2011 por LUIS MARCELO GUERRA DE CASTRO, Assinado digitalmente em 1 8/10/2011 por LUIS MARCELO GUERRA DE CASTRO 2 Participaram do presente julgamento os Conselheiros Ricardo Rosa, Álvaro Almeida Filho, Mara Cristina Sifuentes, Nanci Gama e Luis Marcelo Guerra de Castro. Ausente, justificadamente, o Conselheiro Luciano Pontes de Maya Gomes. Relatório Por bem descrever a matéria litigiosa, adoto relatório que embasou o acórdão recorrido, que passo a transcrever: Trata o presente processo de pedido de restituição de Imposto de Importação alegadamente recolhido a maior, pago através de débito automático em contacorrente bancária na data do registro da DI nº 00/08994018, em 21/09/2003 (fls. 6/10), no valor de R$ 495,62 ( Quatrocentos e noventa e cinco reais e sessenta e dois centavos ). O pleito de reconhecimento de direito creditório está cumulado com o de compensação de tributos, conforme PER / DCOMP de nº 38485.24868.120805.1.3.04 0198, cujo extrato está anexado às fls. 163/164 dos autos, transmitida em 12/08/2005. Seguese um breve histórico dos fatos, conforme documentos nos autos. Seguese um breve histórico dos fatos, conforme documentos nos autos. Alega o interessado ter direito ao benefício fiscal concedido pelo art. 5º das Medidas Provisórias nºs. 193924 (de 06/01/00), 206837 (de 27/12/00) e 206838 (de 25/01/01), convertidas em Lei nº 10.182, de 12 de fevereiro de 2001. Tal benefício consiste na redução de 40 % (quarenta por cento) do imposto de importação, para empresas devidamente habilitadas quanto ao mesmo no Sistema Integrado de Comércio Exterior SISCOMEX, referindose especificamente à importação de partes, peças, componentes, conjuntos e subconjuntos, acabados e semiacabados, e pneumáticos, destinadas aos processos produtivos das empresas e dos fabricantes de produtos relacionados no art. 5º, § 1º I a X (veículos leves: automóveis e comerciais leves, ônibus, caminhões, etc). Por entender que não se beneficiou de isenção a que fazia jus, tendo, portanto, recolhido tributos a maior que o devido, vinculou ao pleito de restituição o de compensação do mesmo com tributos diversos. Voltemos à síntese dos fatos: PEDIDO DE RETIFICAÇÃO DE DI INDEFERIMENTO Em 21/09/2000 o interessado submeteu a despacho aduaneiro mercadorias beneficiárias da mencionada redução, pela Declaração de Importação nº 00/08994018, tendo deixado de pleitear o benefício em questão, e recolhido integralmente o Imposto de Importação. Em 11/08/2005, por requerimento de fls. 1/2, pleiteou a restituição do valor que entende recolhido a maior, no total de R$ 495,62 ( Quatrocentos e noventa e cinco reais e sessenta e dois centavos ), pelo Pedido de Restituição de Fl. 2DF CARF MF Emitido em 31/10/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 18/10/2011 por LUIS MARCELO GUERRA DE CASTRO, Assinado digitalmente em 1 8/10/2011 por LUIS MARCELO GUERRA DE CASTRO Processo nº 10814.006392/200512 Acórdão n.º 310201.168 S3C1T2 Fl. 2 3 fls. 1/2 e Pedido de Cancelamento de Declaração de Importação e Reconhecimento de Direito Creditório de fls. 3/4. Anexou às fls. 31 documento comprobatório fornecido pelo DECEX, segundo o qual a empresa está habilitada a fruir o benefício da Lei 10.182/2001 desde 18/01/2000. O processo tramitou, inicialmente, pela Inspetoria da Receita Federal em São Paulo – (IRFSP), para revisão aduaneira e eventual retificação de Declaração de Importação. Dentro do procedimento de análise da retificação prevista no art. 45 da In nº 680/2006, o contribuinte em tela foi intimado a apresentar as certidões negativas de débito (CND, FGTS e Dívida Ativa da União) abrangendo as datas de registro da DI.. Em atendimento ao termo em questão o contribuinte apresentou tempestivamente resposta onde se manifestou pelo não cabimento da exigência de certidões negativas no caso em tela e também que caberia à administração verificar internamente se a empresa estaria ou não em regularidade com os tributos administrados pela União. Tendo em vista o previsto no artigo 134 do Regulamento Aduaneiro vigente à época dos fatos, aprovado pelo Decreto nº 91.030, de 05/03/85, combinado com o artigo 60 da Lei 9.069, de 29/06/1995, entendeu a autoridade aduaneira que, da combinação dos dois dispositivo legais, fica caracterizado que a exigência de prova de quitação se renova a cada despacho objeto de redução pretendida e que a comprovação em questão deve ser feita pelo contribuinte, não se aplicando aqui o disposto no art. 37, da Lei 9.784/99. Em decorrência do exposto, foi indeferido o pedido de retificação da Declaração de Importação (fls. 81/83). Em 15/05/2008 foi proferido despacho indeferindo a retificação da Declaração de Importação (v. fls. 81/83) – Despacho Decisório IRF/SPO .. PEDIDO DE RECONSIDERAÇÃO DE DESPACHO DENEGATÓRIO DA RETIFICAÇÃO DE DI INDEFERIMENTO Ciente da decisão denegatória de seu pleito (retificação da DI), o interessado apresentou seu pedido de reconsideração de despacho. Apresentou, tempestivamente, seu pedido de reconsiderado de despacho para ser encaminhada ao Sr. InspetorChefe, nos termos do § 4º . art; nº 45 da IN/SRF nº 680/2006. Em seu pedido de reconsideração o impetrante manteve posição pelo não cabimento da exigência de certidão negativa no caso em tela. Fl. 3DF CARF MF Emitido em 31/10/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 18/10/2011 por LUIS MARCELO GUERRA DE CASTRO, Assinado digitalmente em 1 8/10/2011 por LUIS MARCELO GUERRA DE CASTRO 4 01 Argumentou que a Lei nº 10.182 não exige a apresentação de CND para fruição da redução do imposto, porém a Notícia Siscomex nº 21, de 23/07/2001 não deixa qualquer dúvida quanto a aplicabilidade do disposto no art. 60 da Lei nº 9.069, de 29/06/1995, para as retificações constantes no processo em tela. 02 Reapresentou jurisprudência das 1ª e 2ª Turmas do STJ, que , conforme já mencionado, ,não valem para o caso em tela, por tratarem de benefícios referentes a mercadorias beneficiadas por drawback, benefício este de caráter objetivo, e não à redução ora discutida, que é um benefício condicional do tipo objetivo subjetivo ou misto (vinculado à qualidade do importador e à destinação do bem). Diante do exposto, e levandose em conta o previsto no artigo 134 do Regulamento Aduaneiro vigente à época dos fatos, aprovado pelo Decreto nº 91.030, de 05/03/85, combinado com o artigo 60 da Lei 9.069, de 29/06/1995, foi mantido o indeferimento do pleito . O despacho denegatório do pleito encontrase às fls. 118/122– Despacho Decisório IRF/SPO nº 044/2009, de 10 de março de 2009. Tendo o interessado colocado diversos questionamentos quanto ao esgotamento administrativo de seu pedido de retificação de Declaração de Importação, após recurso ao Chefe da Unidade que o indeferiu inicialmente, foi solicitado pronunciamento da DIANA/SRRF08 , de 14 /04/2009 (fls. 123/124), cujo texto segue parcialmente transcrito: “O rito processual para o caso específico de recurso contra decisão que denega pedido de retificação de declaração de importação encontrase na IN SRF nº 680/06, em seu artigo 45: Art. 45. A retificação de declaração após o desembaraço aduaneiro, qualquer que tenha sido o canal de conferência aduaneira ou o regime tributário pleiteado, será realizada: I – de ofício, na unidade da SRF onde for apurada (...) II – mediante solicitação do importador, formalizada em processo (...) § 4º Do indeferimento do pleito de retificação caberá recurso, interposto no prazo de trinta dias, dirigido ao chefe da unidade da SRF onde foi proferida a decisão, nos termos dos artigos 56 a 65 da Lei nº 9;;784, de 29 de janeiro de 1999. ......................................................... Entretanto não há amparo legal para nova apreciação do assunto, já que a esfera administrativa se esgotou na decisão do InspetorChefe, conforme se conclui do parágrafo 4º do artigo da IN SRF 680/2006, acima transcrito.” (grifei) PEDIDO DE RECONHECIMENTO DE DIREITO CREDITÓRIO – INDEFERIMENTO Fl. 4DF CARF MF Emitido em 31/10/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 18/10/2011 por LUIS MARCELO GUERRA DE CASTRO, Assinado digitalmente em 1 8/10/2011 por LUIS MARCELO GUERRA DE CASTRO Processo nº 10814.006392/200512 Acórdão n.º 310201.168 S3C1T2 Fl. 3 5 Tendo o interessado tomado ciência do despacho decisório que manteve o indeferimento de seu pleito quanto à retificação da DI, e esgotado administrativamente o pedido de retificação, a providência seguinte , nos termos do artigo 58 da IN/RFB 900/2008, foi a apreciação relativa ao reconhecimento ou não do direito creditório e conseqüências. Com base na mesma argumentação que servira de base ao indeferimento de seu pedido de retificação de DI ( posteriormente objeto de pedido de reconsideração), e levando em conta o referido indeferimento, que implicou em não ficar caracterizado terem os recolhimentos sido feitos a maior que o devido, foi indeferido também o pedido de reconhecimento de direito creditório. (fls. 127/129) – Despacho Decisório IRF?SPOP nº 97/09, de 24 / 08 / 2009. COMPENSAÇÃO VINCULADA AO RECONHECIMENTO DO DIREITO CREDITÓRIO – NÃO HOMOLOGADA. O pleito de compensação de tributos consubstanciado na PER / DCOMP nº 38485.24868.120805.1.3.40198, cujo extrato encontrase anexado às fls 163/164 dos autos, também foi indeferido, já que estava vinculado ao reconhecimento do direito creditório aqui discutido, o que não ocorreu. A nãohomologação da compensação foi objeto do Despacho Decisório DRF/GUA/SEORT nº 49/2010,de 18 de janeiro de 2010 (fls. 167/169). Inconformado com o indeferimento de seus pleitos (reconhecimento de direito creditório e compensação de débitos), o interessado apresentou sua Manifestação de Inconformidade, tempestivamente. MANIFESTAÇÃO DE INCONFORMIDADE Analisandose a Manifestação de Inconformidade de fls. 132/145 – 171/186, constatase que são os seguintes os principais argumentos do recorrente: 01 – A Lei 10.182/01, que instituiu o benefício da redução de 40% do II na importação de determinados produtos , para empresas montadoras e dos fabricantes do setor automotivo não exige a apresentação de CND para a fruição da redução do imposto (comprovação já feita quando de sua habilitação ao regime , feita junto ao SECEX). 02 – Entende que não se aplica ao caso o art. 60 da Lei 9.069/95, que condiciona à apresentação de CND apenas a concessão ou reconhecimento de benefício fiscal. Entende que o dispositivo legal prevê a apresentação em somente uma das ocasiões, e ele já apresentara as CND’s quando da habilitação do benefício. 03 – Alega que, pela doutrina, lei posterior derroga lei anterior e lei especial derroga lei geral. Portanto, a Lei 10182/2001 teria Fl. 5DF CARF MF Emitido em 31/10/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 18/10/2011 por LUIS MARCELO GUERRA DE CASTRO, Assinado digitalmente em 1 8/10/2011 por LUIS MARCELO GUERRA DE CASTRO 6 prevalência sobre a Lei 9.069/1995, já que lei posterior derroga a anterior. Também a derrogaria por ser a Lei 9.069/1995 geral, e a lei 10182/2001 especial. 04 – Considera que caberia à Receita Federal aferir a regularidade fiscal do interessado, pela simples verificação de seus sistemas informatizados, conforme art. 37 da Lei nº 9.784/99; 05 – Reapresenta jurisprudência administrativa e judicial, que entende reforçar seu ponto de vista. 06 – Entende que, sendo legítimo seu pleito quanto ao reconhecimento do direito creditório referido, isso dá legitimidade a seu pleito a ele vinculado, de compensação de débitos diversos. Resumindose os fatos, o indeferimento do pleito quanto à retificação da DI e do reconhecimento do direito creditório prendeuse basicamente à não apresentação das CNDs (Certidões Negativas de Débito) à época do fato gerador, e a Manifestação de Inconformidade de fls. 132/145 também foca o mesmo assunto, ou seja, a pretendida inadmissibilidade de exigência de CNDs (Certidões Negativas de Débito) a cada despacho aduaneiro de importação onde seja pleiteado benefício de redução ou isenção de tributo. O não reconhecimento do direito creditório pleiteado pelo interessado, tira a legitimidade de seu pleito de compensação de débitos. Ponderando as razões aduzidas pela recorrente, juntamente com o consignado no voto condutor, decidiu o órgão de piso pelo indeferimento do pedido, conforme se observa na ementa abaixo transcrita: ASSUNTO: NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO Data do fato gerador: 21/09/2000 PEDIDO DE RESTITUIÇÃO DE IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO. ALEGAÇÃO DE RECOLHIMENTO A MAIOR POR NÃO UTILIZAÇÃO DA REDUÇÃO PREVISTA NA LEI 10.182/2001 (REGIME AUTOMOTIVO). NÃO RECONHECIDO O DIREITO CREDITÓRIO TENDO EM VISTA A NÃO COMPROVAÇÃO DE REGULARIDADE QUANDO AOS TRIBUTOS E CONTRIBUIÇÕES FEDERAIS À ÉPOCA DO FATO GERADOR. Conforme art. 165 da Lei nº 5..172, de 25 de outubro de 1966 (Código Tributário Nacional), cabe restituição de tributos recolhidos indevidamente ou a maior que o devido. Não caracterizado o recolhimento como indevido ou a maior que o devido, não cabe a restituição do mesmo ao sujeito passivo. APRESENTAÇÃO DE CNDs POR OCASIÃO DO DESPACHO ADUANEIRO DE MERCADORIA BENEFICIADA POR ISENÇÃO / REDUÇÃO DE CARÁTER SUBJETIVO OU MISTO. A concessão ou reconhecimento de qualquer incentivo ou benefício fiscal de caráter subjetivo (vinculado à qualidade do importador) ou misto (vinculado tanto à qualidade e destinação Fl. 6DF CARF MF Emitido em 31/10/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 18/10/2011 por LUIS MARCELO GUERRA DE CASTRO, Assinado digitalmente em 1 8/10/2011 por LUIS MARCELO GUERRA DE CASTRO Processo nº 10814.006392/200512 Acórdão n.º 310201.168 S3C1T2 Fl. 4 7 da mercadoria quanto à qualidade do importador), relativos a tributos e contribuições administrados pela Receita Federal fica condicionada à comprovação pelo contribuinte, pessoa física ou jurídica, da quitação de tributos e contribuições federais, sendo cabível o disposto no artigo 60 da Lei nº 9.069, de 29 de junho de 1995. Após tomar ciência da decisão de 1ª instância, comparece a interessada mais uma vez ao processo para, em sede de recurso voluntário, essencialmente, reiterar as alegações manejadas por ocasião da instauração da fase litigiosa. É o Relatório Voto Conselheiro Luis Marcelo Guerra de Castro, Relator Tomo conhecimento do presente recurso, que foi tempestivamente apresentado e trata de matéria afeta à competência desta Terceira Seção O ponto fulcral do litígio, como se percebe da leitura da ementa da decisão recorrida, é definir se, no momento do reconhecimento da isenção, o sujeito passivo reunia as condições exigidas pela legislação de regência. Para se chegar a tal definição é necessário que se responda a duas indagações: se o art. 60 da Lei nº 9.069/951 incide sobre a modalidade de isenção debatida e, caso incida, em qual momento se dá o reconhecimento da isenção de caráter subjetivo. Definido tal momento, definese, por consequência, quando o sujeito passivo deverá comprovar a quitação dos tributos federais. A redução em litígio encontrase prevista no art. 5º da Lei nº 10.181, de 2001, que criou o que se convencionou denominar “Novo Regime Automotivo”, em substituição àquele disciplinado pela Lei nº 9.449, de 1997, transcrevoos: Art. 5º Fica reduzido em quarenta por cento o imposto de importação incidente na importação de partes, peças, componentes, conjuntos e subconjuntos, acabados e semi acabados, e pneumáticos. §1oO disposto no caput aplicase exclusivamente às importações destinadas aos processos produtivos das empresas montadoras e dos fabricantes de: (...) X autopeças, componentes, conjuntos e subconjuntos necessários à produção dos veículos listados nos incisos I a IX, incluídos os destinados ao mercado de reposição. 1 Art. 60. A concessão ou reconhecimento de qualquer incentivo ou benefício fiscal, relativos a tributos e contribuições administrados pela Secretaria da Receita Federal fica condicionada à comprovação pelo contribuinte, pessoa física ou jurídica, da quitação de tributos e contribuições federais. Fl. 7DF CARF MF Emitido em 31/10/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 18/10/2011 por LUIS MARCELO GUERRA DE CASTRO, Assinado digitalmente em 1 8/10/2011 por LUIS MARCELO GUERRA DE CASTRO 8 §2o O disposto nos arts. 17 e 18 do DecretoLei no 37, de 18 de novembro de 1966, e no DecretoLei no 666, de 2 de julho de 1969, não se aplica aos produtos importados nos termos deste artigo, objeto de declarações de importações registradas a partir de 7 de janeiro de 2000. O parágrafo 2º acima transcrito, a meu ver, enumera taxativamente quais são as condições de caráter geral excepcionadas pela norma que disciplina especificamente os benefícios do Novo Regime Automotivo: exame de similaridade (art. 17 e 18 do DL nº 37/66)2 e transporte em navio de bandeira brasileira (art. 2º do DL nº 666/69)3: Como é possível verificar, o dispositivo é silente quanto às demais exigências de caráter geral, dentre as quais, evidentemente, está a comprovação da regularidade no pagamento dos tributos e contribuições, o que leva à conclusão de que tal exigência não foi afastada. Por outro lado, não vejo como aplicar a regra geral do art. 37 da Lei nº 9.784, de 19994 em detrimento da específica do art. 60 da Lei nº 9.069, de 1995, categórico ao determinar que o ônus de fazer prova da quitação de tributos federais é do Administrado. Subsistiria, portanto, dúvida acerca do momento em que o benefício é reconhecido, máxime em razão de que, a lei que o instituiu prevê a realização de um procedimento de habilitação prévia do importador, disciplinada no do seu art. 6º, que reza: (os grifos não constam do original) Art.6º A fruição da redução do imposto de importação de que trata esta Lei depende de habilitação específica no Sistema Integrado de Comércio Exterior SISCOMEX. Parágrafo único.A solicitação de habilitação será feita mediante petição dirigida à Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, contendo: Icomprovação de regularidade com o pagamento de todos os tributos e contribuições sociais federais; II cópia autenticada do cartão de inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica; III comprovação, exclusivamente para as empresas fabricantes dos produtos relacionados no inciso X do § 1o do artigo anterior, de que mais de cinqüenta por cento do seu faturamento líquido 2 Art. 17 A isenção do impôsto de importação somente beneficia produto sem similar nacional, em condições de substituir o importado. Art. 18 O Conselho de Política Aduaneira formulará critérios, gerais ou específicos, para julgamento da similaridade, à vista das condições de oferta do produto nacional, e observadas as seguintes normas básicas: 3 Art 2º Será feito, obrigatoriamente, em navios de bandeira brasileira, respeitado o princípio da reciprocidade, o transporte de mercadorias importadas por qualquer Órgão da administração pública federal, estadual e municipal, direta ou indireta inclusive emprêsas públicas e sociedades de economia mista, bem como as importadas com quaisquer favores governamentais e, ainda, as adquiridas com financiamento, total ou parcial, de estabelecimento oficial de crédito, assim também com financiamento externos, concedidos a órgãos da administração pública federal, direta ou indireta. 4 Art. 37. Quando o interessado declarar que fatos e dados estão registrados em documentos existentes na própria Administração responsável pelo processo ou em outro órgão administrativo, o órgão competente para a instrução proverá, de ofício, à obtenção dos documentos ou das respectivas cópias. Fl. 8DF CARF MF Emitido em 31/10/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 18/10/2011 por LUIS MARCELO GUERRA DE CASTRO, Assinado digitalmente em 1 8/10/2011 por LUIS MARCELO GUERRA DE CASTRO Processo nº 10814.006392/200512 Acórdão n.º 310201.168 S3C1T2 Fl. 5 9 anual é decorrente da venda desses produtos, destinados à montagem e fabricação dos produtos relacionados nos incisos I a X do citado § 1o e ao mercado de reposição. Diferentemente do que se tem invocado, não vejo como reconhecer que a comprovação levada a efeito no momento da habilitação ao regime dispense a importadora de comprovar a regularidade fiscal no momento do fato gerador. Para entender os efeitos da conclusão do procedimento realizado pela Secex, mais relevante do que o nome que lhe foi atribuído (habilitação) é preciso lembrar do que diz o art. 179 do Código Tributário Nacional (Lei nº 5.172/66): Art. 179. A isenção, quando não concedida em caráter geral, é efetivada, em cada caso, por despacho da autoridade administrativa, em requerimento com o qual o interessado faça prova do preenchimento das condições e do cumprimento dos requisitos previstos em lei ou contrato para concessão. § 1º Tratandose de tributo lançado por período certo de tempo, o despacho referido neste artigo será renovado antes da expiração de cada período, cessando automaticamente os seus efeitos a partir do primeiro dia do período para o qual o interessado deixar de promover a continuidade do reconhecimento da isenção. Com efeito, como é possível concluir, a partir da leitura conjunta dos dois dispositivos, o procedimento de habilitação constituise mais uma exigência para reconhecimento da isenção e, não o próprio reconhecimento do benefício. Em primeiro lugar, a leitura do caput do art. 179, lido conjuntamente com seu parágrafo 1º, deixa claro que a autoridade competente para reconhecimento do benefício deve ser manifestar a cada fato gerador ou, tratandose de tributo lançado por período certo, antes do encerramento de cada período. Ora, como é cediço, nos termos do art. 23 do DL 37/665, para efeito de cálculo do imposto de importação incidente sobre mercadoria despachada para consumo, considerase ocorrido o fato gerador na data do registro da correspondente DI. Assim, ainda que se admita que a Secretaria de Comércio Exterior possuísse competência para conceder isenção, certamente a habilitação não preencheria a exigência do dispositivo insculpido no art. 179 do CTN. Como se percebe, a habilitação ocorre uma única vez. Finalmente, mesmo se superada a exigência de manifestação prévia, equiparando a habilitação ao despacho da autoridade competente, não haveria como reconhecer a definitividade dessa manifestação. Cabe relembrar o que dizem o parágrafo 2º do art. 179 e o art. 155 do CTN: 5 Art. 23 Quando se tratar de mercadoria despachada para consumo, considerase ocorrido o fato gerador na data do registro, na repartição aduaneira, da declaração a que se refere o artigo 44. Fl. 9DF CARF MF Emitido em 31/10/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 18/10/2011 por LUIS MARCELO GUERRA DE CASTRO, Assinado digitalmente em 1 8/10/2011 por LUIS MARCELO GUERRA DE CASTRO 10 § 2º O despacho referido neste artigo não gera direito adquirido, aplicandose, quando cabível, o disposto no artigo 155. Art. 155. A concessão da moratória em caráter individual não gera direito adquirido e será revogado de ofício, sempre que se apure que o beneficiado não satisfazia ou deixou de satisfazer as condições ou não cumprira ou deixou de cumprir os requisitos para a concessão do favor, cobrandose o crédito acrescido de juros de mora: Ou seja, ainda que se considerasse que a isenção teria sido previamente concedida, verificado que a recorrente deixara de atender um dos requisitos para a sua concessão, revogado estaria o benefício. Com essas considerações, voto no sentido de negar provimento ao recurso voluntário. Sala das Sessões, em 11 de agosto de 2011 (assinado digitalmente) Luis Marcelo Guerra de Castro Fl. 10DF CARF MF Emitido em 31/10/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 18/10/2011 por LUIS MARCELO GUERRA DE CASTRO, Assinado digitalmente em 1 8/10/2011 por LUIS MARCELO GUERRA DE CASTRO
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Numero do processo: 16004.720516/2012-16
Turma: Segunda Turma Ordinária da Terceira Câmara da Terceira Seção
Câmara: Terceira Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Wed Jan 28 00:00:00 UTC 2015
Data da publicação: Tue Jun 02 00:00:00 UTC 2015
Ementa: Assunto: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins
Exercício: 2008, 2009, 2010
ANÁLISE DE INCONSTITUCIONALIDADE. ÂMBITO ADMINISTRATIVO. IMPOSSIBILIDADE.
É defeso aos julgadores administrativos analisar matéria de constitucionalidade. Aplicação da Súmula CARF nº 2: "O CARF não é competente para se pronunciar sobre a inconstitucionalidade de lei tributária."
ENTIDADE SEM FINS LUCRATIVOS. ATIVIDADES REMUNERADAS. CONTRAPRESTAÇÃO. POSSIBILIDADE
É permitido às entidades sem fins lucrativos desenvolver atividades remuneradas, isto é, obter uma contraprestação por parte de seus serviços. Tal entendimento é defendido na decisão proferida pelo Supremo Tribunal Federal nos autos da ADI 2028-5 (Ação Direta de Inconstitucionalidade), que suspendeu a eficácia dos dispositivos legais que descaracterizavam, como fins lucrativos, as entidades que prestavam serviço remunerado, quais sejam: arts. 1º, 4º, 5º e 7º da Lei nº 9.732/98.
COFINS. CONTRAPRESTAÇÃO. NÃO INCIDÊNCIA EM RELAÇÃO ÀS ATIVIDADES VINCULADAS AO OBJETO SOCIAL
O simples fato de a entidade sem fins lucrativos exigir contraprestação das atividades vinculadas a seu objeto social não é suficiente para determinar a incidência da COFINS. A isenção alcança a todas as receitas decorrentes do objeto social da entidade.
Recurso Voluntário Provido.
Numero da decisão: 3302-002.833
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por maioria de votos, em dar provimento ao recurso voluntário, nos termos do voto da Relatora. Vencidos os conselheiros Walber José da Silva e Maria da Conceição Arnaldo Jacó, que negavam provimento ao recurso.
Fez sustentação oral: Olívia Tonello Mendes Ferreira - OAB/DF 21776
(assinado digitalmente)
WALBER JOSÉ DA SILVA - Presidente.
(assinado digitalmente)
FABIOLA CASSIANO KERAMIDAS - Relatora.
EDITADO EM: 31/05/2015
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: WALBER JOSÉ DA SILVA (Presidente), MARIA DA CONCEIÇÃO ARNALDO JACÓ, FABIOLA CASSIANO KERAMIDAS, PAULO GUILHERME DEROULEDE, GILENO GURJÃO BARRETO, ANTONIO MARIO DE ABREU PINTO.
Nome do relator: FABIOLA CASSIANO KERAMIDAS
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ementa_s : Assunto: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins Exercício: 2008, 2009, 2010 ANÁLISE DE INCONSTITUCIONALIDADE. ÂMBITO ADMINISTRATIVO. IMPOSSIBILIDADE. É defeso aos julgadores administrativos analisar matéria de constitucionalidade. Aplicação da Súmula CARF nº 2: "O CARF não é competente para se pronunciar sobre a inconstitucionalidade de lei tributária." ENTIDADE SEM FINS LUCRATIVOS. ATIVIDADES REMUNERADAS. CONTRAPRESTAÇÃO. POSSIBILIDADE É permitido às entidades sem fins lucrativos desenvolver atividades remuneradas, isto é, obter uma contraprestação por parte de seus serviços. Tal entendimento é defendido na decisão proferida pelo Supremo Tribunal Federal nos autos da ADI 2028-5 (Ação Direta de Inconstitucionalidade), que suspendeu a eficácia dos dispositivos legais que descaracterizavam, como fins lucrativos, as entidades que prestavam serviço remunerado, quais sejam: arts. 1º, 4º, 5º e 7º da Lei nº 9.732/98. COFINS. CONTRAPRESTAÇÃO. NÃO INCIDÊNCIA EM RELAÇÃO ÀS ATIVIDADES VINCULADAS AO OBJETO SOCIAL O simples fato de a entidade sem fins lucrativos exigir contraprestação das atividades vinculadas a seu objeto social não é suficiente para determinar a incidência da COFINS. A isenção alcança a todas as receitas decorrentes do objeto social da entidade. Recurso Voluntário Provido.
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conteudo_txt : Metadados => date: 2015-06-01T00:41:06Z; pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.5; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; dcterms:created: 2015-06-01T00:41:06Z; Last-Modified: 2015-06-01T00:41:06Z; dcterms:modified: 2015-06-01T00:41:06Z; dc:format: application/pdf; version=1.5; xmpMM:DocumentID: uuid:187d9a48-8b51-4d65-a106-7f331842f219; Last-Save-Date: 2015-06-01T00:41:06Z; access_permission:fill_in_form: true; pdf:docinfo:modified: 2015-06-01T00:41:06Z; meta:save-date: 2015-06-01T00:41:06Z; pdf:encrypted: true; modified: 2015-06-01T00:41:06Z; Content-Type: application/pdf; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; meta:creation-date: 2015-06-01T00:41:06Z; created: 2015-06-01T00:41:06Z; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 10; Creation-Date: 2015-06-01T00:41:06Z; pdf:charsPerPage: 2188; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; access_permission:can_modify: true; pdf:docinfo:producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; pdf:docinfo:created: 2015-06-01T00:41:06Z | Conteúdo => S3C3T2 Fl. 10 1 9 S3C3T2 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS TERCEIRA SEÇÃO DE JULGAMENTO Processo nº 16004.720516/201216 Recurso nº Voluntário Acórdão nº 3302002.833 – 3ª Câmara / 2ª Turma Ordinária Sessão de 28 de janeiro de 2015 Matéria COFINS Recorrente PRO SAUDE ASSOCIAÇÃO BENEFICENTE DE ASSISTÊNCIASOCIAL Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL COFINS Exercício: 2008, 2009, 2010 ANÁLISE DE INCONSTITUCIONALIDADE. ÂMBITO ADMINISTRATIVO. IMPOSSIBILIDADE. É defeso aos julgadores administrativos analisar matéria de constitucionalidade. Aplicação da Súmula CARF nº 2: "O CARF não é competente para se pronunciar sobre a inconstitucionalidade de lei tributária." ENTIDADE SEM FINS LUCRATIVOS. ATIVIDADES REMUNERADAS. CONTRAPRESTAÇÃO. POSSIBILIDADE É permitido às entidades sem fins lucrativos desenvolver atividades remuneradas, isto é, obter uma contraprestação por parte de seus serviços. Tal entendimento é defendido na decisão proferida pelo Supremo Tribunal Federal nos autos da ADI 20285 (Ação Direta de Inconstitucionalidade), que suspendeu a eficácia dos dispositivos legais que descaracterizavam, como fins lucrativos, as entidades que prestavam serviço remunerado, quais sejam: arts. 1º, 4º, 5º e 7º da Lei nº 9.732/98. COFINS. CONTRAPRESTAÇÃO. NÃO INCIDÊNCIA EM RELAÇÃO ÀS ATIVIDADES VINCULADAS AO OBJETO SOCIAL O simples fato de a entidade sem fins lucrativos exigir contraprestação das atividades vinculadas a seu objeto social não é suficiente para determinar a incidência da COFINS. A isenção alcança a todas as receitas decorrentes do objeto social da entidade. Recurso Voluntário Provido. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 16 00 4. 72 05 16 /2 01 2- 16 Fl. 1950DF CARF MF Impresso em 08/06/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 31/05/2015 por FABIOLA CASSIANO KERAMIDAS, Assinado digitalmente em 01/0 6/2015 por WALBER JOSE DA SILVA, Assinado digitalmente em 31/05/2015 por FABIOLA CASSIANO KERAMIDAS 2 Acordam os membros do colegiado, por maioria de votos, em dar provimento ao recurso voluntário, nos termos do voto da Relatora. Vencidos os conselheiros Walber José da Silva e Maria da Conceição Arnaldo Jacó, que negavam provimento ao recurso. Fez sustentação oral: Olívia Tonello Mendes Ferreira OAB/DF 21776 (assinado digitalmente) WALBER JOSÉ DA SILVA Presidente. (assinado digitalmente) FABIOLA CASSIANO KERAMIDAS Relatora. EDITADO EM: 31/05/2015 Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: WALBER JOSÉ DA SILVA (Presidente), MARIA DA CONCEIÇÃO ARNALDO JACÓ, FABIOLA CASSIANO KERAMIDAS, PAULO GUILHERME DEROULEDE, GILENO GURJÃO BARRETO, ANTONIO MARIO DE ABREU PINTO. Relatório Tratase de Auto de Infração (AI), lavrado contra a Recorrente, pela fiscalização da Delegacia da Receita Federal do Brasil em São José do Rio Preto SP, em virtude da falta/insuficiência de recolhimentos da COFINS referentes aos anos calendários de 2008 e 2009, no valor de R$ 15.404.202,11 acrescidos de juros de mora de R$ 5.547.540,48, da multa de ofício de R$ 11.553.159,21, totalizando o crédito tributário no valor de R$ 32.504.911,91. Cientificada da autuação por AR (fl.1645) em 05/10/2012, a Recorrente apresentou a impugnação administrativa de fls. 1649, onde trouxe, os seguintes argumentos: (i) discussão da imunidade referente às Contribuições Sociais constante no art. 195, § 7º, da CF/88 das entidades beneficentes de assistência social; (ii) a incidência ou não da COFINS sobre as receitas de tais instituições, (iii) aplicabilidade do artigo 55 da Lei n. 8212/91 e ilegalidade da Lei n. 9718/98, (iv) refuta ainda a aplicabilidade da Solução de Divergência nº 1 da Coordenação – Geral de Tributação e (v) traz precedentes jurisprudenciais administrativos e judiciais que lhe favorecem. A Delegacia de Julgamento em Ribeirão Preto – SP pelo Acórdão 1440.611 – 3ª Turma da DRJRBO (fls. 1775/1782), considerou procedente o lançamento, nos seguintes termos: “ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL COFINS Anocalendário: 2008, 2009, 2010 Fl. 1951DF CARF MF Impresso em 08/06/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 31/05/2015 por FABIOLA CASSIANO KERAMIDAS, Assinado digitalmente em 01/0 6/2015 por WALBER JOSE DA SILVA, Assinado digitalmente em 31/05/2015 por FABIOLA CASSIANO KERAMIDAS Processo nº 16004.720516/201216 Acórdão n.º 3302002.833 S3C3T2 Fl. 11 3 COFINS. ISENÇÃO. MEDIDA PROVISÓRIA Nº 2.15835/2001. RECEITA DA ATIVIDADE PRÓPRIA. Somente as instituições de educação e de assistência social que preencham as condições e requisitos estatuídos em lei, são isentas da Cofins e exclusivamente com relação às receitas derivadas de suas atividades próprias. ASSUNTO: NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO Anocalendário: 2008, 2009, 2010 ARGUIÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE. COMPETÊNCIA. A arguição de inconstitucionalidade não pode ser oponível na esfera administrativa, por transbordar os limites de sua competência o julgamento da matéria, do ponto de vista constitucional. JUROS MORATÓRIOS. TAXA SELIC. LEGALIDADE. Legal a aplicação da taxa do Selic para fixação dos juros moratórios para recolhimento do crédito tributário em atraso. Impugnação Improcedente. Crédito Tributário Mantido Irresignada, a Recorrente interpôs recurso voluntário (às fls. 1790/1844), onde reiterou os termos de sua impugnação. É o relatório. Voto Conselheira FABIOLA CASSIANO KERAMIDAS O recurso atende aos pressupostos de admissibilidade, razão pela qual dele conheço. Conforme relatado, tratase de auto de infração lavrado para fim de exigir valores considerados pela fiscalização como “atividades não próprias” ou, conforme mencionado no v. acórdão recorrido: “Não se pode entender como próprias todas as atividades exercidas pelas instituições. Somente aquelas receitas oriundas de atividades que estão contidas num conjunto de atribuições inerentes a cada entidade, e que não impliquem nenhuma contraprestação, são receitas refratárias à Cofins.” De acordo com o objeto social da empresa, trazido pela fiscalização: Fl. 1952DF CARF MF Impresso em 08/06/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 31/05/2015 por FABIOLA CASSIANO KERAMIDAS, Assinado digitalmente em 01/0 6/2015 por WALBER JOSE DA SILVA, Assinado digitalmente em 31/05/2015 por FABIOLA CASSIANO KERAMIDAS 4 Fls. 1626 – Termo de Verificação Fiscal “ a PROSAÚDE é associação civil de direitoprivado, sem finslucrativos, filantrópico, com sede ... a PROSAÚDE tem as seguintes finalidades: prestar assistência à saúde de serviços médicohospitalares a quantos procurarem seus serviços, sem distinção de nacionalidade, raça, credo religioso, opinião política ou qualquer outra condição, tanto no regime de internação quanto ambulatorial; prestar assistência social por meio de asilos, creches e outras atividades que ajudem a comunidade a se realizar; desenvolver a pesquisa, tanto pura quanto aplicada, sobretudo em seus estabelecimentos, para favorecer o aperfeiçoamento das atividades de saúde; levar a efeito atividades de saúde comunitária, com prevenção da doença, orientação sanitária e imunização (art. 3o); para atingir suas finalidades a PROSAÚDE desenvolverá as seguintes atividades: desenvolver as atividades educacionais na saúde podendo fundar e manter escolas, faculdades e cursos em geral e franqueálos a quem de direito procurar, podendo inclusive conceder bolsas de estudo; prestar serviços em administração hospitalar, na modalidade de assessoria e/ou consultoria técnicas, diagnóstico e a administração propriamente dita, e outros serviços de saúde, a entidades congêneres ou não e também estabelecimentos próprios ou de terceiros, públicos ou privados; promover, coordenar e organizar congressos, simpósios e jornadas específicas na área da saúde (arts. 4o,incs. I, II e III); e o eventual resultado das atividades remuneradas deverá ser obrigatoriamente aplicada no desenvolvimento de suas atividades (art. 4o, parágrafo 1o).” Ao analisar as atividades informadas pela fiscalização como glosadas (fls. 1613/1614) 1, percebo que a questão aqui mencionada referese ao caráter contraprestacional das atividades, posto que se trata de receitas operacionais. Neste aspecto, a meu sentir, a discussão se resolve com a análise do conceito de receita própria, tendo em vista que a Recorrente não possuía o certificado expedido pelo respectivo Ministério da Saúde, da Educação e do Desenvolvimento Social e do Combate à Fome, que nos termos do artigo 21 e 29 da Lei no 12.101/09, afastou a restrição da isenção da tributação para as “receitas próprias”. Passo à analise dos tópicos discutidos nos autos. (i) Imunidade ou Isenção Registro que a Recorrente apresentou longo arrazoado sobre sua condição de imune, e toda a discussão doutrinária e jurisprudencial que alcança o § 7º do artigo 1952. Trouxe à baila as questões relativas à inconstitucionalidade formal e/ou material das leis ordinárias (especificamente da MP 2.15835, art. 14, inc. X) que, ao “regulamentar” o 1 Trecho do acórdão recorrido: "Conforme demonstrativos elaborados e juntados às fls. 1613/1614, pelos Auditoresfiscais, identificamse receitas que devem integrar a base de cálculo da Cofins." 2 "Art. 195. (...) §7° São isentas de contribuição para a seguridade social as entidades beneficentes de assistência social que atendam às exigências estabelecidas em lei." Fl. 1953DF CARF MF Impresso em 08/06/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 31/05/2015 por FABIOLA CASSIANO KERAMIDAS, Assinado digitalmente em 01/0 6/2015 por WALBER JOSE DA SILVA, Assinado digitalmente em 31/05/2015 por FABIOLA CASSIANO KERAMIDAS Processo nº 16004.720516/201216 Acórdão n.º 3302002.833 S3C3T2 Fl. 12 5 mencionado parágrafo 7º, teriam restringido a imunidade constitucional das entidades sem fins lucrativos. A questão atinente à constitucionalidade das Leis que dispõe sobre o assunto, não podem ser analisadas no foro administrativo, por expresso impedimento regimental. Trata se de entendimento sumulado neste Conselho, verbis: Súmula CARF nº 2: O CARF não é competente para se pronunciar sobre a inconstitucionalidade de lei tributária. Nestes termos, por estar impedida de analisar a constitucionalidade de leis que restrinjam o conceito de imunidade, deixo de analisar as razões trazidas pela Recorrente. Todavia, lembro que a tese, impossibilidade de lei ordinária restringir direito garantido constitucionalmente (inconstitucionalidade formal e material), é objeto de diversas Ações Diretas de Inconstitucionalidades – ADI, dentre elas a ADI 1.8023 DF, por meio da qual o Rel. Min. Sepúlveda Pertence suspendeu os §§ 1º e 2º, alínea ‘f’ do art. 12, caput do art. 13 e art. 14 da Lei nº 9.532/973 e a ADI 2.0285 e 2.0366, em que o Ministro Moreira Alves suspendeu os arts. 1º, 4º, 5º e 7º da Lei nº 9.732/98. (ii) Da Gratuidade Obrigatória Conforme esclarecido os agentes fiscais entendem que a atividade desenvolvida pela Recorrente teria que ser obrigatoriamente gratuita. Isto em razão da aplicação da Instrução Normativa – IN/SRF – 247/02. Nos termos da mencionada IN, o fato de parte de seus serviços ser remunerado, de existir uma contraprestação, seria razão para a incidência contribuição à COFINS. Define a Instrução Normativa n° 247/2002 em seu art. 47, verbis: "Art. 47. As entidades relacionadas no art. 9° desta Instrução Normativa: (...) II — são isentas da Cofins em relação às receitas derivadas de suas atividades próprias. (...) 3 "Trecho do voto do Ilmo. Min. Sepúlveda Pertence, que concedeu a medida liminar na Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 1.80203: (...) Inconstitucionalidade formal, porque a norma atinente à delimitação do objeto da imunidade supera a alçada à Lei Ordinária e se reserva segundo o parâmetro do precedente acolhido à Lei Complementar. Mas ao primeiro exame há também a constitucionalidade material: "rendimentos e ganhos de capital em aplicações financeiras" são renda, alcançados, depois, pela imunidade constitucional, quando beneficiada dela a instituição imune e, portanto, não suvtraíveis, sequer por lei complementar, do âmbito da vedação constitucional de tributar. Uma das informações prestadas questiona (sic) é se as aplicações do mercado financeiro são atividades próprias de instituição beneficiente sem finalidade lucrativa. Como antes ficou dito, o que descaracteriza, para o fim da imunidade, a instituição de fins não lucrativos não é que ela possa ter resultados financeiros positivos, mas, sim, que se destine a distribuir esses resultados como lucros a seus associados. Esse o quadro, defiro parcialmente a cautelar para o fim de suspender, até a decisão final da ação direta, a vigência do §1º e da alínea 'f' do §2º, ambos do art. 12, além dos art.13, caput, e 14, da Lei 9.532/97, indeferindoa quanto mais." Fl. 1954DF CARF MF Impresso em 08/06/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 31/05/2015 por FABIOLA CASSIANO KERAMIDAS, Assinado digitalmente em 01/0 6/2015 por WALBER JOSE DA SILVA, Assinado digitalmente em 31/05/2015 por FABIOLA CASSIANO KERAMIDAS 6 § 2° Consideramse receitas derivadas das atividades próprias somente aquelas decorrentes de contribuições, doações, anuidades ou mensalidades fixadas por lei, assembléia ou estatuto, recebidas de associados ou mantenedores, sem caráter contraprestacional direto, destinadas ao seu custeio e ao desenvolvimento dos seus objetivos sociais." – destaquei. O posicionamento que tenho externado em outros julgados similares4 é pela possibilidade de a entidade sem fins lucrativos desenvolver atividades remuneradas, isto é, obter uma contraprestação por parte de seus serviços. Tal entendimento é defendido na decisão proferida pelo Supremo Tribunal Federal nos autos da ADI 20285 (Ação Direta de Inconstitucionalidade), que suspendeu a eficácia dos dispositivos legais que descaracterizavam, como fins lucrativos, as entidades que prestavam serviço remunerado, quais sejam: arts. 1º, 4º, 5º e 7º da Lei nº 9.732/98. O entendimento da Suprema Corte – como não poderia deixar de ser – é no sentido de que as entidades filantrópicas podem e devem ter outra receita além daquela decorrente de doações, conforme voto proferido pelo Ministro Moreira Alves na mencionada ADI, verbis: “É evidente que tais entidades, para serem beneficentes, teriam de ser filantrópicas (por isso, o inciso II do artigo 55 da Lei 8.212/91, que continua em vigor, exige que a entidade “seja portadora do Certificado ou do Registro de Entidade de Fins Filantrópicos, fornecido pelo Conselho Nacional de Serviço Social, renovado a cada três anos”), mas não exclusivamente filantrópica, até porque as que o são não o são para o gozo de benefícios fiscais, e esse benefício concedido pelo § 7° do artigo 195 não o foi para estimular a criação de entidades exclusivamente filantrópicas, mas, sim, das que, também sendo filantrópicas sem o serem integralmente, atendessem às exigências legais para que se impedisse que qualquer entidade, que praticasse atos de assistência filantrópica a carentes, gozasse da imunidade, que é total, de contribuição para a seguridade social, ainda que não fosse reconhecida como de utilidade pública, seus dirigentes tivessem remuneração ou vantagens, ou se destinassem elas a fins lucrativos. Aliás, são essas entidades – que, por não serem exclusivamente filantrópicas, têm melhores condições de atendimento aos carentes a quem o prestam – que devem ter sua criação estimulada para o auxílio ao Estado nesse setor, máxime em época em que, como a atual, são escassas as doações para a manutenção das que se dedicam exclusivamente à filantropia. (...)” – destaquei. 4 RE 130.378 Relatora Conselheira Fabiola Cassiano Keramidas "COFINS – ENTIDADE SEM FINS LUCRATIVOS – ATIVIDADE DE ENSINO – CONCEITO DE ATIVIDADE PRÓPRIA As entidades sem fins lucrativos estão isentas do recolhimento da COFINS sobre a sua atividade própria (MP 2.15835, art. 14, inc. X, c/c o art. 13, inc. IV e Decreto 4.524/02, artigo 46, inc. II, parágrafo único). Devese entender como atividade própria todos os valores que são aplicados no desenvolvimento da atividade da entidade sem fins lucrativos. INCONSTITUCIONALIDADE DA LEI Nº 9.718/98 IMPOSSIBILIDADE DE APLICAÇÃO A Lei nº 9.718/98 já foi declarada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal – STF. Não é possível considerar devida, pelo contribuinte, contribuição decorrente de lei nula. RECURSO PROVIDO." Fl. 1955DF CARF MF Impresso em 08/06/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 31/05/2015 por FABIOLA CASSIANO KERAMIDAS, Assinado digitalmente em 01/0 6/2015 por WALBER JOSE DA SILVA, Assinado digitalmente em 31/05/2015 por FABIOLA CASSIANO KERAMIDAS Processo nº 16004.720516/201216 Acórdão n.º 3302002.833 S3C3T2 Fl. 13 7 Ainda, a interpretação pretendida pela Secretaria da Receita Federal vai de encontro com a própria legislação, que não apenas vislumbra a possibilidade de a entidade obter receitas, como prevê a destinação que estas receitas deverão ter. Neste está raciocínio o Ilmo. Min. Sepúlveda Pertence, ao analisar a ADI nº 1.80203, interposta contra dispositivo de lei que pretendeu tributar as receitas financeiras das entidades sem fins lucrativos, a saber: “A objeção de que as instituições de saúde de fins não lucrativos – objeto das normas discutidas – não integrariam categoria econômica é de recusar: conforme a própria característica de “entidades sem fins lucrativos” constante do art. 3º do art. 12 da lei questionada – “a que não apresente superavit em suas contas, ou caso os apresente em determinado exercício, destine o referido resultado integralmente ao incremento de seu ativo imobilizado” – faz claro que não as descaracteriza o exercício da atividade econômica, desde que o saldo positivo não se converta em lucro a ser distribuído aos associados.” – destaques no original, grifos meus. A meu sentir, é mais do que claro que, ao complementar a função do Estado, as entidades sem fins lucrativos, desenvolvem papel importantíssimo para a sociedade, correspondente à uma contribuição muito maior do que o tributo que deixaram de recolher. É uma atividade imprescindível e que, exatamente por isso, é – e tem que ser incentivada, sendo defeso à administração pública restringir direito constitucional e legalmente garantido. Neste sentido, tomo as sempre precisas lições de outro Conselheiro desta casa, Fernando da Gama Lobo D‘Eça5, a saber: “Sob o ponto de vista subjetivo de sua aplicação concreta, verificase que a imunidade tributária é concedida ‘intuitu personae’ às instituições de educação, de saúde e de assistência social sem fins lucrativos e, por consubstanciar uma exceção aos princípios da generalidade, da igualdade, da uniformidade e da universalidade da tributação, somente se justifica sob o primordial ‘interesse público’ existentes nas atividades e serviços por ela desenvolvidos e desinteressadamente prestados à coletividade, nas respectivas áreas sociais de atuação (saúde, educação, assistência social, cultura, habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência, desenvolvimento científico,artístico e tecnológico, desporto e lazer, etc) que, por corresponderem ao atendimento de ‘direitos sociais’ assegurados pela Constituição, o Estado tem o dever de prestar e de estimular (arts. 194,196, 205, 206, 208 e 215 a 218 da CF/88) e, se viesse a prestar com a mesma amplitude e eficiência do setor privado, ou a subvencionar na mesma medida, como deveria, incorreria em custos muito superiores ao valor da tributação inibida.” – destaquei. Ante o exposto, concluo pela suspensão dos dispositivos legais que permitiam à administração pública tributar as receitas advindas da contraprestação de serviços das entidades sem fins lucrativos. 5 in "PIS e COFINS à luz da jurisprudência do CARF Conselho Administrativo de Recursos Fiscais", MP Editora, artigo "Aspectos Constitucionais das Contribuições Sociais Incidentes Sobre a Receita e o Faturamento das Empresas", fls. 185/186. Fl. 1956DF CARF MF Impresso em 08/06/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 31/05/2015 por FABIOLA CASSIANO KERAMIDAS, Assinado digitalmente em 01/0 6/2015 por WALBER JOSE DA SILVA, Assinado digitalmente em 31/05/2015 por FABIOLA CASSIANO KERAMIDAS 8 (iii) Do Conceito de Atividade Própria Por fim, justifica a autuação a conceituação realizada pela fiscalização de atividade própria das entidades sem fins lucrativos. Para melhor compreensão, passo a apresentar brevemente a evolução histórica da legislação. A não incidência da COFINS em relação às atividades próprias das associações sem fins lucrativos já existia quando da vigência da contribuição ao FINSOCIAL, criada pelo DecretoLei nº 1.940/82. O Regulamento trazido pelo Decreto nº 92.698/86, retirava do campo de incidência do FINSOCIAL as receitas de operações próprias daquelas entidades, posto que as mesmas não se situavam no conceito de empresa a que se refere a citada matriz legal do FINSOCIAL. Com a declaração de inconstitucionalidade da contribuição ao FINSOCIAL e a conseqüente instituição da COFINS pela Lei Complementar nº 70/91, algumas dúvidas surgiram a respeito da incidência da COFINS em relação às receitas das associações, sindicatos, federações e confederações, organizações reguladoras de atividades profissionais e outras entidades classistas. Para dirimir tais dúvidas foi editado, pela Secretaria da Receita Federal SRF, o Parecer Normativo nº 05/92, que esclareceu que a COFINS (instituída e aplicável de acordo com as disposições contidas na Lei Complementar nº 70/91) não incidia sobre as contribuições, anuidades ou mensalidades fixadas por lei, assembléia ou estatutos das entidades sem fins lucrativos. Entretanto, o mesmo Parecer previu em seu item 6 que são incluídas, na base de cálculo da referida contribuição, as receitas decorrentes de prestação de serviço e/ou venda de mercadorias, mesmo que exclusivamente para seus associados. No ano de 1999, foi publicada a Medida Provisória nº 1.856 (29/06/99), posteriormente convertida na Medida Provisória nº 2.15835/01 (24/08/01), a qual em seu artigo 14, inciso X6, tratava especificamente da isenção da COFINS às atividades próprias das entidades sem fins lucrativos, referidas no artigo 13 daquele mesmo dispositivo legal (dentre elas, as associações civis). O dispositivo, por determinação legal, foi aplicado aos fatos geradores ocorridos a partir de 1o de fevereiro de 1999. 6 A Medida Provisória n° 1.8586, de 1999, e reedições (redação final MP 2.15835), assim dispôs em seu art. 14: "Art. 14. Em relação aos fatos geradores ocorridos a partir de 1° de fevereiro de 1999, são isentas da COFINS as receitas: (...) X relativas às atividades próprias das entidades a que se refere o art. 13." (Grifouse) O art. 13 citado, aponta essas entidades: “Art. 13. 1 templos de qualquer culto; II partidos políticos; III instituições de educação e de assistência social a que se refere o art. 12 da Lei No 9.532, de 10 de dezembro de 1997; IV instituições de caráter filantrópico, recreativo, cultural, científico e as associações, a que se refere o art. 15 da Lei No 9.532, de 1997; V sindicatos, federações e confederações; VI serviços sociais autônomos, criados ou autorizados por lei; VII conselhos de fiscalização de profissões regulamentadas; VIII fundações de direito privado e fundações públicas instituídas ou mantidas pelo Poder Público; IX condomínios de proprietários de imóveis residenciais ou comerciais; e X a Organização das Cooperativas Brasileiras OCB e as Organizações Estaduais de Cooperativas previstas no art. 105 e seu §1º da Lei nº 5.764, de 16 de dezembro de 1971." Fl. 1957DF CARF MF Impresso em 08/06/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 31/05/2015 por FABIOLA CASSIANO KERAMIDAS, Assinado digitalmente em 01/0 6/2015 por WALBER JOSE DA SILVA, Assinado digitalmente em 31/05/2015 por FABIOLA CASSIANO KERAMIDAS Processo nº 16004.720516/201216 Acórdão n.º 3302002.833 S3C3T2 Fl. 14 9 No âmbito administrativo, na intenção de complementar o entendimento da Secretaria da Receita Federal (PN nº 05/92), editouse a já mencionada Instrução Normativa SRF nº 247/02, a qual estabelece que define receita de atividade própria as receitas decorrentes de contribuições, doações, anuidades ou mensalidades, e exclui deste conceito as receitas de caráter contraprestacional, a saber: “Art. 47. As entidades relacionadas no art. 9º 7 desta Instrução Normativa: I – não contribuem para o PIS/Pasep incidente sobre o faturamento; e II – são isentas da Cofins em relação às receitas derivadas de suas atividades próprias. (...) § 2º Consideramse receitas derivadas das atividades próprias somente aquelas decorrentes de contribuições, doações, anuidades ou mensalidades fixadas por lei, assembléia ou estatuto, recebidas de associados ou mantenedores, sem caráter contraprestacional direto, destinadas ao seu custeio e ao desenvolvimento dos seus objetivos sociais.” – destquei. Assim, conforme o supra transcrito artigo e de acordo com o entendimento que vem sendo apresentado pelos Agentes Fiscais, este confirmado pela decisão de primeira instância administrativa8, a isenção da COFINS para as entidades sem fins lucrativos abrangeria apenas as receitas descritas nos termos da Instrução Normativa. As demais receitas auferidas pelas entidades sem fins lucrativos, incluindo àquelas de caráter contraprestacional ou financeiro, mesmo que estejam voltadas ao desenvolvimento do objeto social da entidade, sujeitamse ao recolhimento da COFINS. Desta forma, pareceme claro que o citado artigo da IN 247/02 alterou (na medida em que restringiu) o benefício tributário de isenção concedido às entidades sem fins lucrativos pelo artigo 14, inciso X, da Medida Provisória nº 2.15835/01 (i.e. isenção em relação às receitas de atividades próprias). Todavia, tal restrição não pode ser levada a efeito, uma vez que, nos termos do artigo 111, inciso II, do Código Tributário Nacional (CTN) a legislação tributária que dispõe sobre isenção deve ser interpretada de forma literal. Ademais, retirar o benefício fiscal resulta em criar exação, o que gera a conseqüência de criar tributo por instrução normativa, o que também não é possível. 7 Art. 9º São contribuintes do PIS/Pasep incidente sobre a folha de salários as seguintes entidades: ...omissis... IV – instituições de caráter filantrópico, recreativo, cultural, científico e as associações, que preencham as condições e requisitos do art. 15 da Lei nº 9.532, de 1997; (...) 8 ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL COFINS Período de apuração: 01/01/2000 a 31/12/2001 Consideramse receitas derivadas das atividades próprias somente aquelas decorrentes de contribuições, doações, anuidades ou mensalidades fixadas por lei, assembleia ou estatuto, recebidas de associados ou mantenedores, sem caráter contraprestacional direto, destinadas ao seu custeio e ao desenvolvimento dos seus objetivos sociais. A argüição de ilegalidade e de inconstitucionalidade não é oponível na esfera administrativa por transbordar os limites da sua competência. Lançamento Procedente Fl. 1958DF CARF MF Impresso em 08/06/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 31/05/2015 por FABIOLA CASSIANO KERAMIDAS, Assinado digitalmente em 01/0 6/2015 por WALBER JOSE DA SILVA, Assinado digitalmente em 31/05/2015 por FABIOLA CASSIANO KERAMIDAS 10 In casu, a Recorrente é entidade voltada única e exclusivamente à atividade de saúde, o que foi comprovado por seu contrato social e pela própria fiscalização que não fez qualquer ressalva a este respeito. Registrese que a autuação alcançou as receitas decorrentes de (a) atividades hospitalares; (b) atividades clínicas, de enfermagem; (c) de gestão hospitalar. etc. As mencionadas atividades, a meu sentir referemse ao objeto social da Recorrente, conceituandose como receitas decorrentes da “atividade própria”. Necessário mencionar que não há informação sobre o desvio da aplicação dos valores recebidos em contraprestação, no sentido de não terem sido aplicados no desenvolvimento das atividades da própria entidade. Em face do exposto, voto o sentido de DAR PROVIMENTO ao recurso voluntário para que seja reformada a r. decisão proferida pela DRJ porque (i) não há impedimento de as entidades sem fins lucrativos prestarem serviços remunerados; (ii) as receitas estão abarcadas pelo conceito de atividade própria da Recorrente. É como voto. Sala das Sessões, em (assinado digitalmente) FABIOLA CASSIANO KERAMIDAS Fl. 1959DF CARF MF Impresso em 08/06/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 31/05/2015 por FABIOLA CASSIANO KERAMIDAS, Assinado digitalmente em 01/0 6/2015 por WALBER JOSE DA SILVA, Assinado digitalmente em 31/05/2015 por FABIOLA CASSIANO KERAMIDAS
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Numero do processo: 19515.722078/2012-59
Turma: Segunda Turma Ordinária da Primeira Câmara da Primeira Seção
Câmara: Primeira Câmara
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Tue Mar 03 00:00:00 UTC 2015
Data da publicação: Wed Jun 03 00:00:00 UTC 2015
Ementa: Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Jurídica - IRPJ
Ano-calendário: 2007, 2008, 2009
RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA
Devem ser mantidos os Termos de Sujeição Passiva lavrados pela fiscalização quando ficar demonstrada a responsabilidade solidária dos impugnantes, nos termos do art. 135, III do CTN.
MULTA DE OFÍCIO E MULTA ISOLADA. APLICAÇÃO SIMULTÂNEA. INDEVIDO BIS IN IDEM. CANCELAMENTO DA MULTA ISOLADA. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 105 DO CARF.
Não se admite a imposição simultânea da multa de ofício e da multa isolada, sob pena de consolidação de indevido bis in idem.
Súmula CARF nº 105: A multa isolada por falta de recolhimento de estimativas, lançada com fundamento no art. 44 § 1º, inciso IV da Lei nº 9.430, de 1996, não pode ser exigida ao mesmo tempo da multa de ofício por falta de pagamento de IRPJ e CSLL apurado no ajuste anual, devendo subsistir a multa de ofício.
Recurso voluntário provido em parte
Crédito tributário exonerado em parte.
Numero da decisão: 1102-001.300
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
ACORDAM os membros da 2ª Turma Ordinária da 1a Câmara da Primeira Seção de Julgamento, por maioria de votos, dar parcial provimento ao recurso para cancelar as multas isoladas sobre estimativas não recolhidas, vencidos os conselheiros Jackson Mitsui e João Otávio Oppermann Thomé, que negavam provimento, nos termos do orelatório e vot que integram o presente julgado.
(assinado digitalmente)
João Otávio Oppermann Thomé - Presidente
(assinado digitalmente)
Francisco Alexandre dos Santos Linhares - Relator
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Ricardo Marozzi Gregório, Francisco Alexandre dos Santos Linhares, Jackson Mitsui, João Carlos de Figueiredo Neto, Antonio Carlos Guidoni Filho e João Otávio Oppermann Thomé.
Nome do relator: FRANCISCO ALEXANDRE DOS SANTOS LINHARES
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GLOSA DE DESPESAS Recorrente VERDURAMA COMÉRCIO ATACADISTA DE ALIMENTOS LTDA ( Responsáveis: ELOIZO GOMES AFONSO DURÃES e GENIVALDO MARQUES DOS SANTOS) Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA JURÍDICA IRPJ Anocalendário: 2007, 2008, 2009 RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA Devem ser mantidos os Termos de Sujeição Passiva lavrados pela fiscalização quando ficar demonstrada a responsabilidade solidária dos impugnantes, nos termos do art. 135, III do CTN. MULTA DE OFÍCIO E MULTA ISOLADA. APLICAÇÃO SIMULTÂNEA. INDEVIDO BIS IN IDEM. CANCELAMENTO DA MULTA ISOLADA. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 105 DO CARF. Não se admite a imposição simultânea da multa de ofício e da multa isolada, sob pena de consolidação de indevido bis in idem. Súmula CARF nº 105: A multa isolada por falta de recolhimento de estimativas, lançada com fundamento no art. 44 § 1º, inciso IV da Lei nº 9.430, de 1996, não pode ser exigida ao mesmo tempo da multa de ofício por falta de pagamento de IRPJ e CSLL apurado no ajuste anual, devendo subsistir a multa de ofício. Recurso voluntário provido em parte Crédito tributário exonerado em parte. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. ACORDAM os membros da 2ª Turma Ordinária da 1a Câmara da Primeira Seção de Julgamento, por maioria de votos, dar parcial provimento ao recurso para cancelar as multas isoladas sobre estimativas não recolhidas, vencidos os conselheiros Jackson Mitsui e AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 19 51 5. 72 20 78 /2 01 2- 59 Fl. 4141DF CARF MF Impresso em 08/06/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 02/06/2015 por FRANCISCO ALEXANDRE DOS SANTOS LINHARES, Assinado digital mente em 03/06/2015 por JOAO OTAVIO OPPERMANN THOME, Assinado digitalmente em 02/06/2015 por FRANCIS CO ALEXANDRE DOS SANTOS LINHARES Processo nº 19515.722078/201259 Acórdão n.º 1102001.300 S1C1T2 Fl. 3 2 João Otávio Oppermann Thomé, que negavam provimento, nos termos do orelatório e vot que integram o presente julgado. (assinado digitalmente) João Otávio Oppermann Thomé Presidente (assinado digitalmente) Francisco Alexandre dos Santos Linhares Relator Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Ricardo Marozzi Gregório, Francisco Alexandre dos Santos Linhares, Jackson Mitsui, João Carlos de Figueiredo Neto, Antonio Carlos Guidoni Filho e João Otávio Oppermann Thomé. Relatório Tratase de procedimento fiscal realizado na empresa VERDURAMA COMÉRCIO ATACADISTA DE ALIMENTOS LTDA, que, em decorrência das faltas apuradas, foram lavrados os seguintes autos de infração: 1. Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica IRPJ (fls. 1.807/1.808): Total do crédito tributário, R$ 80.135.854,47, incluídos o tributo, multa proporcional, multa isolada e juros de mora calculados até 12/2012. Fundamento legal citado nas fls.1.809/1.813 2.Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (fls.1.827/1.828): Total do crédito tributário, R$ 28.653.208,80, incluídos o tributo, multa proporcional, multa isolada e juros de mora calculados até 12/2012. Fundamento legal citado nas fls. 1.829, 1.831/1.833. Conforme Termo de Verificação Fiscal (Fls. 298 – 310), a autuação teve como base os seguintes fatos: Falta de atendimento às intimações (fls. 299 ) – pela falta de atendimento pelo sujeito passivo, nos prazos fixados pelas intimações, será aplicado o agravamento da penalidade, com fundamento no art. 44, §2º da Lei nº 9.430/96, sem prejuízo das demais penalidades; Arquivos da Contabilidade (fls. 299): a) o arquivo da escrituração contábil digital do ano calendário 2007 foi obtido através de diligência de coleta de arquivos contábeis; b) Os arquivos da escrituração contábil digital (ECD) dos anos calendário 2008 e 2009 foram obtidos através do SPED; Interposição de pessoas no quadro societário (fls. 302): [...] ficou caracterizada a interposição de pessoas no quadro Fl. 4142DF CARF MF Impresso em 08/06/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 02/06/2015 por FRANCISCO ALEXANDRE DOS SANTOS LINHARES, Assinado digital mente em 03/06/2015 por JOAO OTAVIO OPPERMANN THOME, Assinado digitalmente em 02/06/2015 por FRANCIS CO ALEXANDRE DOS SANTOS LINHARES Processo nº 19515.722078/201259 Acórdão n.º 1102001.300 S1C1T2 Fl. 4 3 societário, haja vista que o sócio minoritário Leadro Santos declarou que teve o seu nome usado, ao passo que o sócio majoritário Vilso do Nascimento não demonstrou possuir capacidade financeira para adquirir as cotas atribuídas ao seu nome; Formação de grupo econômico (fls. 300) – ficou evidente que as empresas SP Alimentação e Serviços Ltda. (CNPJ nº 02.293.852/000140), Verdurama Comércio Atacadista de Alimimentos Ltda. (CNPJ nº 00.567.949/000178) e Gourmaitre Cozinha Industrial (CNPJ nº 00.567.949/000178) fazem parte do mesmo grupo, com estreita ligação entre elas, pelos seguintes motivos: Houve intensa movimentação financeira entre as três empresa, no período de 2007 a 2009. O atual sócio da Verdurama o Sr. Vilson do Nascimento já foi sócio da SP Alimentação; O sócio da SP Alimentação Sr. Eloisio Gomes Afonso já foi sócio fundador da Verdurama; O sócio Sr. Valmir Rodrigues dos Santos já figurou como sócio da SP Alimentação e da Verduramra Constou na ação civil pública promovida pelo Ministério Público de São Paulo – Grupo Especial de Delitos Econômicos (GEDEC) em 02/05/2001 a citação de formação de grupo econômico , que reproduzimos: “ 1.2 O grupo SP Alimentação, composto faticamente por várias sociedades empresárias aparentemente independentes, é comandado pelo demandado Eloizio Gomes Afonso Durães. Havia estreita ligação entre as pessoas (sócios e procuradores) que assinavam cheques e movimentavam as contas bancárias da Verdurama, com outras empresas do grupo, principalmente a SP Alimentação e Serviçs Ltda. Nas informações extraídas do Sistema DIRF consta que receberam rendimentos com vínculo empregatício pelo código 0561 – Rendimentos do trabalho assalariado, nos anos calendários 2007, 2008 e 2009. Análise de compra e pagamentos – glosas (fls. 304) Notas fiscais inidôneas: Regularmente intimada em várias ocasiões, a fiscalizada não apresentou nenhum documento relativo às supostas compras e pagamentos efetuados junto a essas empresas. Outras informações complementares exigidas pela Intimações Fiscais nº Fl. 4143DF CARF MF Impresso em 08/06/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 02/06/2015 por FRANCISCO ALEXANDRE DOS SANTOS LINHARES, Assinado digital mente em 03/06/2015 por JOAO OTAVIO OPPERMANN THOME, Assinado digitalmente em 02/06/2015 por FRANCIS CO ALEXANDRE DOS SANTOS LINHARES Processo nº 19515.722078/201259 Acórdão n.º 1102001.300 S1C1T2 Fl. 5 4 10 e 20 também não foram atendidas, tais como a indicação do nome completo e CPD da pesssoa da empresa com quem foram fietos os contatos comerciais, a apresentaç~dao das cópias dos pedidos feitos, placa do veículo e nome completo e CPD do condutor, nome completo e CNPJ da transpordora se for o caso, conhecimento de transporte e comprovante de pagamento do frete, e a destinação dada às mercadorias adquiridas, com as correspondentes notas fiscais de saída ou de fornecimento de merenda ou cesta básica. Consequentemente, todas as supostas compras efetudas junto a essas empresas integraram indevidamente o custo das mercadorias vendidas dos anos calendários 2007 e 2008. Efetivamente, não foi possível identificar nenhum cheque que tenha sido realmente destinado a esses fornecedores. Dos pagamentos sem a identificação de beneficiário e a respectiva causa da operação (fls. 305) A fiscalizada contabilizou pagamento às empresas mencionada no item 9, conforme apurada na sua escrituração contábil figital. Foi intimada para apresentar a comprovação das efetivas aquisições realizadas junto à essas empresas, mediante documentação hábil e idôena, bem como as informações adicionais que corroborassem a efetividade das operações (intimações fiscais nº 19 e 20). Não houve qualquer manifestação ou atendimento ao que foi exigido Pagamentos sem a identificação de beneficiário e respectiva causa da operação. Na análise dos pagamentos das compras, feita por amostragem (em valor a partir de R$ 30.000,00 devido à grande quantidade de lançamentos), foi apurado que nenhum dos cheques foram efetivamente destinados às referidas empresas, muito pelo contrário, foram destinadas a pessoas físicas e jurídicas sem qualquer vínculo com os supostos fornecedores constantes na sua escrita contábil. Portanto, não sendo comprovada nenhuma das operações ou as suas respectivas causas, ficam os pagamentos sujeitos à incidência do imposto de renda exclusivamente na fonte, à alíquota de 35%, cabendo reajustamento da base de cálculo, nos termos do artito 61 e seus parágrados da Lei nº 8.981/1995. Os pagamentos realizados no período de 2007 a 2008, no montante de R$ 34.292.501,82 foram apurados conforme os quadros demonstrativos e consolidação juntados no anexo 10 deste Termo de Verificação. Compras não comprovadas realizadas em 2009 (fls. 306) Através da Intimação fiscal 21, foi exigida a comprovar a composição do lançamento a crédito de Fornecedores Diversos feito na linha 54216, e a débito de Ajuste de Resultado dos Exercícios Anteriores da sua Escrituração Contábil Digital de Fl. 4144DF CARF MF Impresso em 08/06/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 02/06/2015 por FRANCISCO ALEXANDRE DOS SANTOS LINHARES, Assinado digital mente em 03/06/2015 por JOAO OTAVIO OPPERMANN THOME, Assinado digitalmente em 02/06/2015 por FRANCIS CO ALEXANDRE DOS SANTOS LINHARES Processo nº 19515.722078/201259 Acórdão n.º 1102001.300 S1C1T2 Fl. 6 5 2009, pelo valor de R$ 3.976.566,38 (lançamento nº 11468) em 30/06/2009. Não apresentou qualquer comprovação. Pagamento sem causa feitos à Genova Ltda. (fls. 306) Apuramos na contabilidade vários lançamentos relativos aos supostos pagamentos efetuados nos meses de janeiro, fevereiro e março de 2007, nos valores de R$ 1.336.611,20, R$ 1.256.959,80 e R$ 1.379.702,40. Não sendo comprovadas nenhuma das operações, ficam os pagamentos sujeitos à incidência do imposto de renda exclusivamente na fonte, à alíquota de 35%, cabendo reajustamento da base de cálculo, nos termos do artito 61 e seus parágrados da Lei nº 8.981/1995; Glosa de despesas pagas e incorridas com outra empresa do mesmo grupo (fls. 307: tratamse, portanto, de despesas com material de uso e consumo da empresa ligada SP Alimentação e Serviços Ltda.. As despesas no montante de R$ 238.33180 serão tributadas como despesas não necessárias à atividade da emrpesa e à manutenção da respectiva fonte produtora. Contribuições PIS e COFINS (fls. 308): Nesse período na DCTF constaram débitos “zerados”. Será efetuado o lançamento de ofício para a exigência das contribuições do PIS e da COFINS pelo regime nãocumulativo Pelo fato de não ter apresentado a documentação comprobatória dos créditos PIS e COFINS do período de janeiro/2007 a setembro de 2008, todos foram glosados. No período de outubro/2008 a dezembro de 2009, tendo sido efetuado lançamento de ofício a partir da escrituração contábil. – (lavrados autos de infração à parte) Omissão de receitas financeiras (fls. 308): Foi intimada a comprovar e justificar o lançamento a crédito feito em conta de ajuste de resulta de exercícios anteriores, no valor de R$ 13.912.867,75 em 30/06/2009. Pelo fato de tratarse de juros calculados sobre contas a receber e por não ter justificado o motivo de não ter dado o tratamento contábil adequado, os referidos juros serão lançados de ofício como receita financeira do exercício Baixa indevida de estoques (fls. 309): a fiscalizada promoveu em 30/06/2009 a baixa deo seu estoque na conta 11030020001 – Mercadorias – São Paulo, o montante de R$ 9.023.433,62, como “perdas apuradas nos estoques de produtos deterioradas. Não foram apresentados o levantamento do inventário, o competente laudo da autoridade sanitária e nem tampouco o laudo da autoridade fiscal que tenha presenciado e constatado a destruição desses estoques. Será lançado de ofício como baixa indevida no custo das mercadorias vendidas do exercício. Aplicação de multa isolada (fls. 309): nos anoscalendário 2007, 2008, e 2009 a forma de tributação do lucro foi o lucro real. As bases de cálculo informadas na DIPJ pelos balancetes de suspensão ou redução, após os devidos ajustes das glosas de Fl. 4145DF CARF MF Impresso em 08/06/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 02/06/2015 por FRANCISCO ALEXANDRE DOS SANTOS LINHARES, Assinado digital mente em 03/06/2015 por JOAO OTAVIO OPPERMANN THOME, Assinado digitalmente em 02/06/2015 por FRANCIS CO ALEXANDRE DOS SANTOS LINHARES Processo nº 19515.722078/201259 Acórdão n.º 1102001.300 S1C1T2 Fl. 7 6 custos/despesas e omissão de receitas, superaram os valores das estimativas calculadas em função da receita bruta. Sujeição passiva solidária: conforme o que foi amplamente detalhado nos itens 6 – da interposição de pessoas no quadro societário e 7 – da formação de grupo econômico, a responsabilidade passiva solidária dos créditos tributários ora constituídos serão atribuídos ao verdadeiro controlador da Verdurama e mentar das infração praticadas, ELOIZO GOMES AGONSO DURÃES – CPF Nº 806.302.86868, também sócio e responsável perante a RFB da empresa SP Alimentação e Serviços Ltda., VILSON DO NASCIMENTO – CPF: 007.004.03892, sócio controlador com 99% das quotas do capital social, e GENIVALDO MARQUES DOS SANTOS – nº 093.310.46855 no período em que foi sócio e assinou pela empresa (01/01/2007 a 13/11/2008), nos termos dos artigos 124 e 135 do CTN. O Sr. GENIVALDO MARQUES DOS SANTOS apresentou a impugnação de fls. 3.943/3.947 em 18/01/2013, que pode ser assim sintetizada: Requerem que as notificações e intimações sejam feitas, exclusivamente, em nome de CARLOS VIEIRA COTRIM, OAB/SP 69.218 e enviadas pelo correio para o escritório situado na Rua Vergueiro; Ocorre que, apesar do Impugnante constar no quadro societário como "gerenteadministrador" e, ainda, ter assinado cheques pela empresa VERDURAMA, como apurado na fiscalização, este, na realidade, nunca atuou como sóciogerente; Tais fatos foram claramente esboçados na delação premiada realizada pelo Impugnante perante o Ministério Público, onde o mesmo relatou o "esquema de propinas" e "pagamentos indevidos", perpetrados pela empresa investigada; Os atos praticados pelo Impugnante na qualidade de "sócio gerente" da Verdurama, durante o período de 29/03/04 a 22/09/08 não podem ser considerados como "atos de gestão" ou "com excesso de poderes", pois o mesmo apenas conduzia os negócios da empresa como "testa de ferro"; O Impugnante é pessoa simples e os lucros indevidos das movimentações relatadas na fiscalização não geraram proveito direto ao seu patrimônio, mas sim, ao patrimônio dos reais responsáveis pelo esquema, nos amplos termos relatados ao Ministério Público Estadual; Registrese que a empresa Verdurama não se dissolveu após a saída do Impugnante do seu quadro societário. Nesse passo, aplicável o entendimento de que somente no caso de dissolução irregular, se poderia responsabilizar os sócios; Impõese a suspensão da exigibilidade do crédito tributário, em razão da presente impugnação, até o julgamento definitivo do procedimento fiscal; Fl. 4146DF CARF MF Impresso em 08/06/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 02/06/2015 por FRANCISCO ALEXANDRE DOS SANTOS LINHARES, Assinado digital mente em 03/06/2015 por JOAO OTAVIO OPPERMANN THOME, Assinado digitalmente em 02/06/2015 por FRANCIS CO ALEXANDRE DOS SANTOS LINHARES Processo nº 19515.722078/201259 Acórdão n.º 1102001.300 S1C1T2 Fl. 8 7 Protestase, provar o alegado por todos os meios admitidos em direito Já o Sr. ELOIZO GOMES AFONSO DURÃES apresentou impugnação de fls 3.964/3.978 em 22/01/2013, na qual alega: O Sr. Delegado da Receita Federal, que deveria ter assinado o auto de infração não o fez; tampouco autorizou seus subordinados (o chefe de equipe de fiscalização e o chefe de fiscalização) e muito menos autorizou o Sr. Fiscal, deixando, assim, de observar todos os pressupostos legais contidos no artigo 11 do Decreto 70235, pelo que, É NULO O LANÇAMENTO; Não tendo sido o auto de infração assinado pelo chefe do órgão expedidor ou por outro servidor autorizado, o Sr. Fiscal é incompetente para assinálo, motivo pelo qual impõese a nulidade do auto de infração conforme estabelece o artigo 59 do decreto 70.235; O Auto de Infração é passível de nulidade, eis que o Termo de Verificação Fiscal menciona diversos apensos NÃO RECEPCIONADOS pelo Defendente; Sem a consulta dos documentos, o Defendente está incapacitado de elaborar com perfeição sua defesa sendo visível o cerceamento de defesa ora praticado pelo Fisco; Houve ofensa aos princípios da legalidade, segurança jurídica, do contraditório e da oficialidade; Requer seja entregue cópia dos documentos que instruíram o presente processo ou seja disponibilizada vista dos autos à Defendente com consequente devolução de prazo a fim de elaborar e apresentar sua Defesa com perfeição sob pena de Cerceamento de Defesa; Reitera que o Sr. Eloizo retirouse da sociedade Verdurama em março de 2004 e não podendo ser penalizado mais de cinco anos após deixar a sociedade, com a lavratura do Termo de Sujeição Passiva Solidária eis que não gerencia a Verdurama desde sua saída do quadro societário; O fato do Sr. Eloizo continuar como pessoa autorizada a movimentar as contas bancária da Verdurama e o fato de manter conta de mútuo com pessoas ligadas na Verdurama em 30/06/2009, não significa que continua gerindo a empresa . Efetivamente, o presente Termo de Sujeição Passiva Solidária foi embasada em indícios e presunção que deve ser afastada em nome da Justiça; A responsabilidade solidária está descrita no artigo 124, do Código Tributário Nacional e através de sua leitura é evidente não existir qualquer compatibilidade com a sujeição passiva solidária atribuída ao Defendente, eis que NÃO É sócio Fl. 4147DF CARF MF Impresso em 08/06/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 02/06/2015 por FRANCISCO ALEXANDRE DOS SANTOS LINHARES, Assinado digital mente em 03/06/2015 por JOAO OTAVIO OPPERMANN THOME, Assinado digitalmente em 02/06/2015 por FRANCIS CO ALEXANDRE DOS SANTOS LINHARES Processo nº 19515.722078/201259 Acórdão n.º 1102001.300 S1C1T2 Fl. 9 8 administrador do sujeito passivo e não se enquadra em nenhum dos incisos existentes na referida norma; Resta claro que só existe solidariedade nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal pelo contribuinte VERDURAMA, o que não vem ao caso, já que o sujeito passivo é empresa constituída e o sócio compareceu para atender o procedimento fiscal; importante atentarse para o previsto no parágrafo único, do artigo 134, do Código Tributário Nacional, que prevê somente a aplicação das penalidades moratórias, o que significa dizer que o responsável tributário somente seria atingido pelo atraso no pagamento do tributo e não pelas penalidades decorrentes da infração efetivamente praticada pelo contribuinte, ressalvada a hipótese de existência de dolo do responsável tributário, que não foi o que ocorreu no caso em tela; Não se aplica ainda o disposto no inciso III, do artigo 135 do CTN, eis que o Sr. Eloizo não é diretor, gerente ou representante da pessoa jurídica de direito privado (Verdurama); não há como comprovar excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou estatuto pois NÃO É SÓCIO ADMINISTRADOR DA VERDURAMA DESDE 29/03/2004; Requer à Vossa Senhoria, acolha a preliminar aduzida, determinando a nulidade do procedimento fiscal; ou caso assim não entenda, entrega dos documentos (apensos) que acompanham auto de infração ou a disponibilização dos autos para vistas e assim devolver prazo para apresentar defesa sob pena de cerceamento de defesa; Protesta provar a veracidade do alegado por todos os meios de prova em direito admitidos; Requer, se digne Vossa Senhoria conhecer a presente Defesa e julgála totalmente procedente, declarando insubsistente o Termo de Sujeição Passiva Solidária . O Sr. VÍLSON DO NASCIMENTO apresentou a impugnação de fls. 3.986/3.996 em 29/01/2013, em que alega a nulidade do auto de infração e do Termo de Sujeição Passiva e requer a redução das penalidades aplicadas e a produção de todas as provas em direito admitidas. A empresa VERDURAMA COMÉRCIO ATACADISTA DE ALIMENTOS LTDA manifestou impugnação às fls. 3.998/4.005, protocolizada em 29/01/2013, na qual entende ser nulo o auto de infração e o Termo de Sujeição Passiva, requer a redução das penalidades aplicadas e produção de todas as provas em direito admitidas. A Delegacia da Receita Federal do Brasil de Julgamento em São Paulo I (SP) julgou as impugnações, conforme Acórdão às fls. 4021 4047 a seguir: Acórdão 1648.118 6ª Turma da DRJ/SP1 Fl. 4148DF CARF MF Impresso em 08/06/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 02/06/2015 por FRANCISCO ALEXANDRE DOS SANTOS LINHARES, Assinado digital mente em 03/06/2015 por JOAO OTAVIO OPPERMANN THOME, Assinado digitalmente em 02/06/2015 por FRANCIS CO ALEXANDRE DOS SANTOS LINHARES Processo nº 19515.722078/201259 Acórdão n.º 1102001.300 S1C1T2 Fl. 10 9 Sessão de 27 de junho de 2013 Processo 19515.722078/201259 Interessado VERDURAMA COMÉRCIO ATACADISTA DE ALIMENTOS LTDA CNPJ/CPF 00.567.949/000178 ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA JURÍDICA IRPJ Ano calendário: 2007, 2008, 2009 DESPESAS NÃO NECESSÁRIAS. O gasto com aquisição de produtos destinados a outra pessoa jurídica não pode ser contabilizado como despesa com material de uso e consumo. CUSTOS. FALTA DE COMPROVAÇÃO. Os custos contabilizados pelo contribuinte devem ser comprovados com documentos hábeis e idôneos. MULTA ISOLADA. Deve ser aplicada a multa isolada quando ficar demonstrado que o contribuinte apurou incorretamente o cálculo do imposto de renda mensal por estimativa. CSLL. DECORRÊNCIA. O decidido quanto ao lançamento do IRPJ deve nortear o lançamento do tributo decorrente. ASSUNTO: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL Ano calendário: 2007, 2008, 2009 IMPUGNAÇÃO INTEMPESTIVA. As impugnações apresentadas em desacordo com o prazo legal estabelecido pelas normas de regência não devem ser conhecidas. RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA Devem ser mantidos os Termos de Sujeição Passiva lavrados pela fiscalização quando ficar demonstrada a responsabilidade solidária dos impugnantes. Impugnação Improcedente Crédito Tributário Mantido Acórdão Fl. 4149DF CARF MF Impresso em 08/06/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 02/06/2015 por FRANCISCO ALEXANDRE DOS SANTOS LINHARES, Assinado digital mente em 03/06/2015 por JOAO OTAVIO OPPERMANN THOME, Assinado digitalmente em 02/06/2015 por FRANCIS CO ALEXANDRE DOS SANTOS LINHARES Processo nº 19515.722078/201259 Acórdão n.º 1102001.300 S1C1T2 Fl. 11 10 Vistos, discutidos e relatados os autos, os membros da 6ª Turma de Julgamento, por unanimidade de votos, nos termos do relatório e voto que fazem parte do presente julgado ACORDAM em: 1) Deixar de conhecer as impugnações apresentadas por VERDURAMA COMÉRCIO ATACADISTA DE ALIMENTOS LTDA e VÍLSON DO NASCIMENTO CPF nº 007.004.03892; 2) Considerar improcedentes as impugnações apresentadas por ELOIZO GOMES AFONSO DURÃES CPF n° 806.302.86868 e GENIVALDO MARQUES DOS SANTOS CPF n° 093.310.46855. Mediante a improcedência de ambas as impugnações, os responsáveis solidários ELOIZO GOMES AFONSO DURÃES e GENIVALDO MARQUES DOS SANTOS apresentaram, tempestivamente, recurso voluntário. Em seu recurso voluntário (fls. 4113 a 4138), ELOIZO GOMES AFONSO DURÃES apresentou os seguintes argumentos: A nulidade do acórdão pela falta de fundamentação das decisões; A nulidade pela falta do enquadramento legal autorizador de lançamento de ofício; A inaplicabilidade da multa isolada no caso; A inaplicabilidade da multa isolada pela atipicidade da conduta do contribuinte; A inaplicabilidade da multa isolada concomitantemente com as multas de ofício: dupla autuação pelo mesmo fato; O efeito confiscatório da autuação; A impossibilidade de atribuição de responsabilidade solidária ao caso. Já no recurso voluntário (fls. 4064 a 4071) do GENIVALDO MARQUES DOS SANTOS, foi aduzido que: O Recorrente não era administrador, gerente ou representante da empresa Verdurama Comércio Atacadista de Alimentos Ltda, portanto nunca participou de tomadas de decisões dentro da empresa. Não existem provas inequívocas de que o recorrente seria administrador da empresa, utilizandose, a fiscalização, apenas da presunção para atribuílo à sujeição passiva. A delação premiada feita pelo recorrente foi utilizada na fundamentação do acórdão de primeira instância como meio de prova, deveria, portanto, ser atribuído à delação o mesmo peso para dar provimento às considerações do delator. Fl. 4150DF CARF MF Impresso em 08/06/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 02/06/2015 por FRANCISCO ALEXANDRE DOS SANTOS LINHARES, Assinado digital mente em 03/06/2015 por JOAO OTAVIO OPPERMANN THOME, Assinado digitalmente em 02/06/2015 por FRANCIS CO ALEXANDRE DOS SANTOS LINHARES Processo nº 19515.722078/201259 Acórdão n.º 1102001.300 S1C1T2 Fl. 12 11 É o relatório. Voto Conselheiro Francisco Alexandre dos Santos Linhares – Relator Atendidos os pressupostos legais, tomo conhecimento dos recursos voluntários interpostos. Considerando a existência de dois recursos, serão analisados separadamente. No caso, tendo em vista que os recorrentes se limitaram a discorrer sobre sua respectiva responsabilidade solidária e sobre a multa isolada aplicada, restam preclusas as demais questões meritórias, razão pela qual não serão analisadas. Primeiramente, analisarseão os argumentos trazidos pelo Sr. ELOIZO GOMES AFONSO DURÃES. a) A nulidade do acórdão pela falta de fundamentação das decisões; Alega a recorrente que i) todos os tópicos impugnado pelo ora Recorrente foram simploriamente rebatidos pela decisão que ora se guerreia, limitandose a citar trechos de lei; ii) não lhes foram entregues as cópias integrais do processo administrativo; iii) é inadmissível que a decisão tenha se fundamentado em denúncia oferecida pelo Ministério Público, uma vez que se trata apenas do início da persecução criminal, não sendo indícios provas. No caso, não procedem os argumentos da recorrente. Tanto o Termo de Verificação Fiscal, quanto o Acórdão de 1ª instância estão suficientemente fundamentados, de forma a cientificar o recorrente de todos os fatos que lhe estão sendo imputados, garantindolhe o contraditório e a ampla defesa. A decisão de 1ª instância enfrentou devidamente os argumentos do recorrente, conforme se pode observar às fls. 4.042 – 4.047. Nos termos do art. 12 do Decreto 7.574/2012, são os atos e os termos lavrados por pessoa incompetente; e os despachos e decisões proferidos por autoridade incompetente ou com preterição do direito de defesa: Decreto 7.574/2012 Art. 12. São nulos (Decreto nº 70.235, de 1972, art. 59): I os atos e os termos lavrados por pessoa incompetente; e II os despachos e decisões proferidos por autoridade incompetente ou com preterição do direito de defesa Fl. 4151DF CARF MF Impresso em 08/06/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 02/06/2015 por FRANCISCO ALEXANDRE DOS SANTOS LINHARES, Assinado digital mente em 03/06/2015 por JOAO OTAVIO OPPERMANN THOME, Assinado digitalmente em 02/06/2015 por FRANCIS CO ALEXANDRE DOS SANTOS LINHARES Processo nº 19515.722078/201259 Acórdão n.º 1102001.300 S1C1T2 Fl. 13 12 Descabe a alegação de cerceamento do direito de defesa quando os argumentos trazidos pelo recorrente foram suficientemente abordados. Ademais, caberia à defesa, aduzir elementos jurídicos que demonstrassem que a não apreciação de determinado dispositivo legal influenciou substancial mente a decisão que lhe foi desfavorável. No entanto, não há em sua peça recursal argumentação alguma que fundamente a alegada omissão da autoridade julgadora Não há que se cogitar de nulidade do lançamento quando observados os requisitos previstos na legislação que rege o processo administrativo fiscal Não se verifica nulidade do procedimento fiscal, tampouco resta caracterizado cerceamento do direito de defesa, quando se encontra acostada aos autos farta documentação produzida pelo Fisco comprovando a prática do ilícito tributário, sobre a qual o sujeito passivo teve a oportunidade de se manifestar e apresentar suas contraprovas, durante o procedimento fiscal e após a instauração do contencioso administrativo. Quanto à não entrega dos apensos aos Termo de Verificação Fiscal, não há também como se falar em nulidade do julgamento. Conforme “AR” de fl. 3.938, o impugnante recebeu cópias do Termo de Verificação, dos anexos, do Termo de Sujeição Passiva Solidária, dos termos lavrados e dos autos de infração. Caso o interessado entendesse que os apensos citados no Termo de Verificação seriam importantes para a formulação de sua defesa, bastaria ter se dirigido a qualquer unidade da RFB, com o intuito de obter cópias destes documentos, tendo em vista que os autos são digitais. No que concerne à decisão ter se baseado na denúncia oferecida pelo Ministério Público contra o Recorrente, percebese pelo Termo de Verificação Fiscal que esta foi somente uma das fontes que embasaram o lançamento tributário, bem como a lavratura do Termo de Sujeição Passiva. Conforme a fiscalização atestou no TVF às fls. 300 302, houve a formação de grupo econômico e a interposição de pessoa no quadro societário. Desta forma, não procedem os argumentos do recorrente para anulação do acórdão recorrido. b) A nulidade pela falta do enquadramento legal autorizador de lançamento de ofício; Alega o recorrente a nulidade dos autos de infração lavrados pela falta de enquadramento legal das infrações cometidas. Mais uma vez, não merecem guarida os argumentos do recorrente. Nos autos de infração lavrados, foram sim apontados todos os dispositivos legais pertinentes indicadores, conforme se atestam no quadro “Enquadramento Legal”, o que afasta a alegação de nulidade. Fl. 4152DF CARF MF Impresso em 08/06/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 02/06/2015 por FRANCISCO ALEXANDRE DOS SANTOS LINHARES, Assinado digital mente em 03/06/2015 por JOAO OTAVIO OPPERMANN THOME, Assinado digitalmente em 02/06/2015 por FRANCIS CO ALEXANDRE DOS SANTOS LINHARES Processo nº 19515.722078/201259 Acórdão n.º 1102001.300 S1C1T2 Fl. 14 13 c) A inaplicabilidade da multa isolada pela atipicidade da conduta do contribuinte; O recorrente traz três tópicos acerca da multa isolada aplicada, os quais serão analisados conjuntamente. A VERDURAMA COMÉRCIO ATACADISTA DE ALIMENTOS LTDA foi optante do lucro real anual durante os anos calendário 2007, 2008 e 2009. Conforme atestou a fiscalização (fls. 309), as bases de cálculo informadas na DIPJ pelos balancetes de suspensão ou redução, após os devidos ajutes das glosas de custos/despesas e omissão de receitas, superaram os valores das estimativas calculadas em função da receita bruta. Desta forma, não há que se falar em redução ou suspensão do IRPJ nem da CSLL. Nos meses que que não recolheu o IPJ e CSLL por estimativa (relacionados nas letras “a”, “b” e “c”), fica sujeito à aplicação da multa isolada, prevista no inciso IV do artigo 957 do RIR/99. O recorrente, por sua vez, alega a inaplicabilidade de multa isolada em concomitância com a multa de ofício. Neste ponto, procede o argumento do recorrente. O bis in idem consiste na imposição de mais de uma penalidade pela prática de um mesmo fato por parte da pessoa punida. É vedada no sistema brasileiro, ainda que haja a possibilidade de enquadrar o fato em normas prescritivas das duas punições. Desta feita, não há dúvida de que a hipótese dos autos configura a ocorrência de bis in idem. A base para a imposição de ambas as multas é a idêntica. O não recolhimento antecipado por estimativa é infração que se consubstancia quando da apuração da falta de recolhimento da própria CSLL. Se houve falta de recolhimento do CSLL, houve inevitavelmente falta de recolhimento por estimativa. Não há que se impor ao mesmo fato duas punições diferentes, ainda que aquele mesmo fato, em tese, aparentemente, venha a subsumirse nas duas infrações. Desta forma, não pode ser cobrada concomitantemente a multa isolada e a multa de oficio na hipótese de falta de recolhimento de tributo apurado ao final do exercício e também pela falta de antecipação sob a forma estimada. Cobrase apenas a multa de oficio por falta de recolhimento de tributo. Nesse sentido, é a jurisprudência da Câmara Superior de Recursos Fiscais (CSRF), a qual é pacífica no sentido da impossibilidade de cobrança concomitante da multa isolada e multa de ofício após o encerramento do ano calendário: CSRF Processo nº 10980.005828/200534 Recurso nº 148.766 Especial do Contribuinte Acórdão nº 9101001.547 – 1ª Turma Fl. 4153DF CARF MF Impresso em 08/06/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 02/06/2015 por FRANCISCO ALEXANDRE DOS SANTOS LINHARES, Assinado digital mente em 03/06/2015 por JOAO OTAVIO OPPERMANN THOME, Assinado digitalmente em 02/06/2015 por FRANCIS CO ALEXANDRE DOS SANTOS LINHARES Processo nº 19515.722078/201259 Acórdão n.º 1102001.300 S1C1T2 Fl. 15 14 Sessão de 22 de janeiro de 2013 Matéria IRPJ e CSLL Recorrente Gonvarri Brasil Produtos Siderúrgicos S/A Interessado Fazenda Nacional ASSUNTO: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL Ano calendário: 2004, 2005 MULTA ISOLADA — FALTA DE RECOLHIMENTO DE ESTIMATIVA. O artigo 44 da Lei n° 9.430/96 preceitua que a multa de oficio deve ser calculada sobre a totalidade ou diferença de tributo, materialidade que não se confunde com o valor calculado sobre base estimada ao longo do ano. A jurisprudência da CSRF consolidouse no sentido de que não cabe a aplicação da multa isolada após o encerramento do período. Ante esse entendimento, não se sustenta a decisão que mantém a exigência da multa sobre o valor total das estimativas não recolhidas. CSRF Processo nº 19740.000361/200614 Recurso nº 160.337 Especial do Procurador Acórdão nº 9101001.820 – 1ª Turma Sessão de 20 de novembro de 2013 Matéria IRPJ / CONCOMITÂNCIA MULTAS Recorrente FAZENDA NACIONAL Interessado CQJR DISTRIBUIDORA DE TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS LTDA. ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA JURÍDICA IRPJ Anocalendário: 2001 APLICAÇÃO CONCOMITANTE DE MULTA DE OFICIO E MULTA ISOLADA NA ESTIMATIVA Incabível a aplicação concomitante de multa isolada por falta de recolhimento de estimativas no curso do período de apuração e de oficio pela falta de pagamento de tributo apurado no balanço. A infração relativa ao não recolhimento da estimativa mensal caracteriza etapa preparatória do ato de reduzir o imposto no final do ano. Pelo critério da consunção, a primeira conduta é meio de execução da segunda. O bem jurídico mais importante é sem dúvida a efetivação da arrecadação tributária, atendida Fl. 4154DF CARF MF Impresso em 08/06/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 02/06/2015 por FRANCISCO ALEXANDRE DOS SANTOS LINHARES, Assinado digital mente em 03/06/2015 por JOAO OTAVIO OPPERMANN THOME, Assinado digitalmente em 02/06/2015 por FRANCIS CO ALEXANDRE DOS SANTOS LINHARES Processo nº 19515.722078/201259 Acórdão n.º 1102001.300 S1C1T2 Fl. 16 15 pelo recolhimento do tributo apurado ao fim do anocalendário, e o bem jurídico de relevância secundária é a antecipação do fluxo de caixa do governo, representada pelo dever de antecipar essa mesma arrecadação. (Acórdão nº CSRF 40105838). Tal entendimento foi sumulado pelo CARF, conforme Súmula 105: Súmula CARF nº 105 : A multa isolada por falta de recolhimento de estimativas, lançada com fundamento no art. 44 § 1º, inciso IV da Lei nº 9.430, de 1996, não pode ser exigida ao mesmo tempo da multa de ofício por falta de pagamento de IRPJ e CSLL apurado no ajuste anual, devendo subsistir a multa de ofício. Por estes motivos, voto no sentido de cancelar a multa isolada descrita no item 5 do auto de infração de IRPJ (fls. 1812 – 1813) e no item 04 do auto de infração de CSLL (fls. 1832 – 1833). f) O efeito confiscatório da autuação; Quanto ao efeito confiscatório da autuação, não compete ao CARF analisar a constitucionalidade de leis, nos termos da Súmula 2 deste Conselho: Súmula CARF nº 2: O CARF não é competente para se pronunciar sobre a inconstitucionalidade de lei tributária. g) A impossibilidade de atribuição de responsabilidade solidária ao caso. A DRJ manteve a responsabilização do Sr. ELOIZO GOMES AFONSO DURÃES sob os seguintes argumentos: Conforme consta do Termo de Sujeição Passiva Solidária lavrado em face do Sr. Eloizo (fls. 1.799/1.801), a fiscalização entendeu: “que o verdadeiro controlador e gestor da Verdurama é o Sr. Eloizo Gomes Afonso Durães”, informaram ainda os autuantes: “Mesmo não constando mais no quadro societário da Verdurama, Eloizo Gomes Afonso Durães continuou gerenciando, de fato, a Verdurama” Para corroborar este entendimento a fiscalização fez remissão à denúncia oferecida pelo Ministério Público do Estado de São Paulo, em face do Sr. Eloizo, entre outros, que se encontra no anexo 6 do Termo de Verificação (fls. 565/644). Especificamente quanto à ligação existente entre o Sr. Eloizo e a empresa Verdurama o Ministério Público relatou os seguintes fatos, transcritos no Termo de Sujeição Passiva: d) em 30/11/2007. Eloíso Gomes Afonso Durâes foi avalista de "cédula de crédito bancário" em contrato entre a "Verdurama" e o Banco do Brasil (fls. 53 PIC 13/09); f) em 8/1/2008. Eloíso figurou como garantidor de mútuo feito pela "Verdurama" junto ao Bic Banco (fls. 38/41 PIC 13/09); g) em março de 2007. Eloíso figurou como fiador de financiamento feito pela "Verdurama" junto ao Banco do Brasil (fls. 42/48 PIC 13/09); h) em 24/10/2008. ELOISO foi surpreendido tendo no portamalas do veículo BMW, de placas FRA 5460 (SP), registrado em nome da "Verdurama", uma bolsa contendo RS 150 mil em espécie (fls. Fl. 4155DF CARF MF Impresso em 08/06/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 02/06/2015 por FRANCISCO ALEXANDRE DOS SANTOS LINHARES, Assinado digital mente em 03/06/2015 por JOAO OTAVIO OPPERMANN THOME, Assinado digitalmente em 02/06/2015 por FRANCIS CO ALEXANDRE DOS SANTOS LINHARES Processo nº 19515.722078/201259 Acórdão n.º 1102001.300 S1C1T2 Fl. 17 16 3410 PIC 7/08). As notas estavam dentro de um envelope com os dizeres: "De merenda Londrina para Rose Diretoria"; 69. Os fatos acima narrados demonstram a íntima relação mantida entre o Sr. Eloizo e a empresa Verdurama, mesmo após a retirada do impugnante dos quadros societários desta empresa. Afinal qual interesse teria uma pessoa física em assumir a responsabilidade pelo pagamento de dívidas contraídas por uma empresa estranha? Outro fato que demonstra esta ligação e ressalta a influência do Sr. Eloizo na empresa Verdurama, é a posse pelo impugnante de um automóvel de luxo de propriedade da Verdurama. 70. A administração da empresa Verdurama pelo Sr. Eloizo ficou evidenciada também pela existência de autorização expressa para que o impugnante pudesse movimentar contas bancárias da Verdurama, conforme destacado pela fiscalização (fl. 302): Ressaltase que apesar de não ser mais sócio da Verdurama, Eloizo Gomes Afonso Durães ainda figurou no cadastro dos bancos Daycoval, Pine e Safra como habilitado para assinar pela empresa. Por fim, o próprio sócio da empresa Verdurama Genivaldo Marques dos Santos em depoimento prestado à Polícia Civil de São Paulo em 26/04/2011 ratificou a atividade gerencial exercida pelo impugnante: afirma o declarante que quem gerenciava a Verdurama era Eloizo Durões, sócio majoritário da SP Alimentação. O recorrente afirma que não lhe pode ser estendida a responsabilidade solidária sobre o crédito tributário lançado sob os seguintes argumentos: a finalidade do art. 135 do CTN é garantir o adimplemento do crédito tributário, através da transferência da responsabilidade a terceira pessoa, que passa a responder pela dívida, o que, contudo só deverá ocorrer depois de esgotadas todas as possibilidades de recebimento do crédito tributário do sujeito passivo direto, o que se dará na fase de cobrança judicial do crédito, atividade de competência exclusiva da Procuradoria da Fazenda Nacional; a responsabilidade não fazer parte do lançamento, não sendo da competência desse mesmo CARF analisar o mérito da responsabilidade; No caso, entendo que os argumentos trazidos pelo recorrente não são suficientes para elidir a responsabilidade passiva que lhe foi imputada. Como descrito no TVF, o Sr. ELOIZO GOMES AFONSO DURÃES figurava como “sócio de fato” da empresa autuada, havendo diversos indícios de fraudes praticadas no decorrer dos anos calendário 2007, 2008 e 2009. Não somente os fatos indicados no acórdão recorrido, mas também outros apontados no Termo de Verificação Fiscal apontam a estruturação de um esquema de fraudes os quais responsabilizam o recorrente nos termos do art. 135, III do CTN: Fl. 4156DF CARF MF Impresso em 08/06/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 02/06/2015 por FRANCISCO ALEXANDRE DOS SANTOS LINHARES, Assinado digital mente em 03/06/2015 por JOAO OTAVIO OPPERMANN THOME, Assinado digitalmente em 02/06/2015 por FRANCIS CO ALEXANDRE DOS SANTOS LINHARES Processo nº 19515.722078/201259 Acórdão n.º 1102001.300 S1C1T2 Fl. 18 17 CTN Art. 135. São pessoalmente responsáveis pelos créditos correspondentes a obrigações tributárias resultantes de atos praticados com excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou estatutos: [[[.] III os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado. A interposição de pessoas no quadro societário, a formação de grupo econômico, a confusão patrimonial entre os sócios do Grupo SP Alimentação e Serviços Ltda., o controle das contas bancárias da empresa pelo recorrente, as estreitas relações havidas entre a Verdurama e a SP alimentação. O próprio recorrente admite que ainda geria a empresa em sua impugnação administrativa: “continuava como pessoa autorizada a movimentar as contas bancárias da Verdurama e o fato de manter conta de mútuo com pessoas ligadas na Verdurama, não significa que continua gerindo a empresa” (fls. 3978 – 3979) Importante inclusive destacar precedente da 3ª Câmara – 1ª Turma Ordinária da 1ª Seção, no qual se atribuiu a responsabilidade tributária o sócio de fato da contribuinte autuada por ter se verificado na fiscalização os poderes de gerência que o recorrente alega: Processo nº 10325.000978/200917 Recurso nº Voluntário Acórdão nº 1301001.670 – 3ª Câmara / 1ª Turma Ordinária Sessão de 25 de setembro de 2014 Matéria IRPJ/OMISSÃO DE RECEITA/DEPOSITO BANCARIO Recorrente:COMERCIAL DE CARNES IMPERATRIZ LTDA (Re sponsável Solidário: Roberto Agenor Gonçalves da Silva) Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA JURÍDIC A IRPJ Ano calendário: 2004, 2005 RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA. SÓCIO DE FATO E GERENTE DA SOCIEDADE. FUNDAMENTOS LEGAIS. CONSTATAÇÃO FÁTICA. PROCEDÊNCIA. Se a autoridade executora do procedimento de fiscalização logra êxito na demonstração da relação direta de determinada pessoa com a s situações que constituem fatos geradores das obrigações tributárias, resta configurada a responsabilidade tributária pelo crédito tributário constituído, sendo autorizada, assim, a Fl. 4157DF CARF MF Impresso em 08/06/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 02/06/2015 por FRANCISCO ALEXANDRE DOS SANTOS LINHARES, Assinado digital mente em 03/06/2015 por JOAO OTAVIO OPPERMANN THOME, Assinado digitalmente em 02/06/2015 por FRANCIS CO ALEXANDRE DOS SANTOS LINHARES Processo nº 19515.722078/201259 Acórdão n.º 1102001.300 S1C1T2 Fl. 19 18 inclusão de referida pessoa no polo passivo das obrigações constituídas por meio de Termo de Sujeição Pass iva Solidária. Responde pessoal e solidariamente pelo crédito tributário o sóci o de fato que constituiu e geriu a sociedade, praticando atos fraudulentos que ensejaram a falta de recolhimento dos tributos l ançados. PRECLUSÃO. De se destacar que se está atribuindo a responsabilidade tributária ao recorrente por fundamento no art. 135, III do CTN, por se estar convencido de que houve de fato infração à lei à medida que houve a interposição de pessoas no quadro societário, a formação de grupo econômico, a confusão patrimonial entre os sócios do Grupo SP Alimentação e Serviços Ltda. e o controle das contas bancárias da empresa pelo recorrente. Já no recurso voluntário (fls. 4064 a 4071) do GENIVALDO MARQUES DOS SANTOS, foi aduzido que: O Recorrente não era administrador, gerente ou representante da empresa Verdurama Comércio Atacadista de Alimentos Ltda, portanto nunca participou de tomadas de decisões dentro da empresa. Não existem provas inequívocas de que o recorrente seria administrador da empresa, utilizandose, a fiscalização, apenas da presunção para atribuílo à sujeição passiva. A delação premiada feita pelo recorrente foi utilizada na fundamentação do acórdão de primeira instância como meio de prova, deveria, portanto, ser atribuído à delação o mesmo peso para dar provimento às considerações do delator. Considerando ter tido participação direta nas atividades ilícitas da empresa autuada, além de exercer cargo de gerência e de administração, também entendo não ser possível afastar a responsabilidade do Sr. GENIVALDO MARQUES DOS SANTOS, nos termos do art. 135, III do CTN. As informações fornecidas pelo impugnante ao Ministério Público são de grande valia para a comprovação das irregularidades praticadas pela empresa Verdurama no âmbito cível/criminal, entretanto não socorrem o interessado no que toca à responsabilização solidária, tendo em vista que não há provas que se contraponham àquelas citadas em parágrafos anteriores que demonstram a ligação do impugnante com a empresa Verdurama. O fato de ter realizado a delação premiada junto ao Ministério Público se deveu ao fato de haver interceptações telefônicas lhe incriminando realizadas pela Polícia Federal do que à espontaneidade do recorrente de denunciar o esquema criminoso. Como administrador da companhia, mesmo que se fosse considerado “laranja”, beneficiavase do esquema criminoso montado, participando ativamente das práticas ilícitas perpetradas durante todo o período em que se deu o esquema, bem como da própria autuação. Fl. 4158DF CARF MF Impresso em 08/06/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 02/06/2015 por FRANCISCO ALEXANDRE DOS SANTOS LINHARES, Assinado digital mente em 03/06/2015 por JOAO OTAVIO OPPERMANN THOME, Assinado digitalmente em 02/06/2015 por FRANCIS CO ALEXANDRE DOS SANTOS LINHARES Processo nº 19515.722078/201259 Acórdão n.º 1102001.300 S1C1T2 Fl. 20 19 Desta forma, entendo que a Sujeição Passiva Solidária imputada pela fiscalização ao Sr. GENIVALDO MARQUES DOS SANTOS deva ser preservada, nos termos do art. 135, III do CTN. É como voto. (assinado digitalmente) Francisco Alexandre dos Santos Linhares Fl. 4159DF CARF MF Impresso em 08/06/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 02/06/2015 por FRANCISCO ALEXANDRE DOS SANTOS LINHARES, Assinado digital mente em 03/06/2015 por JOAO OTAVIO OPPERMANN THOME, Assinado digitalmente em 02/06/2015 por FRANCIS CO ALEXANDRE DOS SANTOS LINHARES
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Numero do processo: 11080.900084/2008-12
Turma: Terceira Turma Especial da Terceira Seção
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Wed Jan 28 00:00:00 UTC 2015
Data da publicação: Tue Jun 30 00:00:00 UTC 2015
Ementa: Assunto: Normas Gerais de Direito Tributário
Período de apuração: 01/12/1995 a 31/12/1995
COMPENSAÇÃO. CRÉDITO. PAGAMENTO A MAIOR. BASE DE CÁLCULO. EXCLUSÕES. INEFICÁCIA DO DISPOSITIVO LEGAL.
Os valores que, computados como receita, tenham sido transferidos para outra pessoa jurídica, previsto pela Lei nº 9.718/98, para fins de determinação da base de cálculo do PIS e da Cofins, não pode ser utilizado como argumento de defesa para reivindicar crédito no bojo de suposto pagamento efetuado anteriormente à vigência do dispositivo legal.
Numero da decisão: 3803-006.873
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso.
(assinado digitalmente)
Corintho Oliveira Machado - Presidente
(assinado digitalmente)
Belchior Melo de Sousa - Relator
Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros Corintho Oliveira Machado, Hélcio Lafetá Reis, Belchior Melo de Sousa, Paulo Renato Mothes de Moraes, Samuel Luiz Manzotti Riemma e Carolina Gladyer Rabelo.
Nome do relator: BELCHIOR MELO DE SOUSA
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Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL Período de apuração: 01/12/1995 a 31/12/1995 RESTITUIÇÃO. COMPENSAÇÃO. CONDIÇÃO. PROVA. CERTEZA E LIQUIDEZ DO CRÉDITO. A extinção de débitos mediante compensação declarada pelo sujeito passivo condicionase a ulterior comprovação da certeza do crédito utilizado. A ausência da prova da existência do pagamento impossibilita o conhecimento do recurso. ASSUNTO: NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO Período de apuração: 01/12/1995 a 31/12/1995 COMPENSAÇÃO. CRÉDITO. PAGAMENTO A MAIOR. BASE DE CÁLCULO. EXCLUSÕES. INEFICÁCIA DO DISPOSITIVO LEGAL. Os valores que, computados como receita, tenham sido transferidos para outra pessoa jurídica, previsto pela Lei nº 9.718/98, para fins de determinação da base de cálculo do PIS e da Cofins, não pode ser utilizado como argumento de defesa para reivindicar crédito no bojo de suposto pagamento efetuado anteriormente à vigência do dispositivo legal. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso. (assinado digitalmente) Corintho Oliveira Machado Presidente (assinado digitalmente) AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 11 08 0. 90 00 84 /2 00 8- 12 Fl. 90DF CARF MF Impresso em 30/06/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 27/02/2015 por BELCHIOR MELO DE SOUSA, Assinado digitalmente em 27/02/20 15 por BELCHIOR MELO DE SOUSA, Assinado digitalmente em 25/06/2015 por CORINTHO OLIVEIRA MACHADO 2 Belchior Melo de Sousa Relator Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros Corintho Oliveira Machado, Hélcio Lafetá Reis, Belchior Melo de Sousa, Paulo Renato Mothes de Moraes, Samuel Luiz Manzotti Riemma e Carolina Gladyer Rabelo. Relatório Trata o presente de recurso voluntário contra o acórdão da DRJ/Porto Alegre que considerou improcedente a manifestação de inconformidade Despacho decisório da DRF/Porto Alegre não homologou a compensação declarada pela Contribuinte por inexistência do crédito da Contribuição para o PIS/Pasep perante a Fazenda Nacional, não tendo o órgão de origem localizado o DARF indicado na DComp. Em manifestação de inconformidade a Interessada alegou que o crédito utilizado era decorrente de pagamento indevido sobre valores repassados a terceiros, que deveriam ter sido excluídos da base tributável, com base no art. 3°, § 2º, inciso III, da Lei 9.718/1998. Também foi alegado que houve burla à lei pela falta de regulamentação do dispositivo retrocitado, o que geraria majoração. Em julgamento da lide, a DRJ Porto Alegre considerou que o dispositivo legal invocado não atuou em sua eficácia, dada a falta de sua regulamentação pela RFB, tendo sido revogado em julho de 2000. Aduziu também que a Contribuinte não trouxe aos autos qualquer documento comprobatório dos repasses, e, portanto, do direito alegado. A decisão foi ementada com segue: ASSUNTO: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL Período de apuração: 01/01/2003 a 31/01/2003 RESTITUIÇÃO/COMPENSAÇÃO Direitos creditórios pleiteados via Declaração de Compensação — Nos termos do artigo 170 do Código Tributário Nacional, essencial a comprovação da liquidez e certeza dos créditos para a efetivação do encontro de contas. CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE O controle de constitucionalidade da legislação que fundamenta o lançamento é de competência exclusiva do Poder Judiciário e, no sistema difuso, centrado em última instância revisional no STF. Compensação não Homologada Cientificada da decisão em 27 de agosto de 2008, irresignada, a Interessada apresentou recurso voluntário em 25 de setembro de 2008, em que reitera os mesmos argumentos da manifestação de inconformidade, sustentando, adicionalmente, o seu direito com base na vacatio legis resultante da declaração de inconstitucionalidade da parte final do art. 15, in fine, da MP nº 1.212/95 (art. 18, in fine, da Lei nº 9.715/98). É o Relatório. Fl. 91DF CARF MF Impresso em 30/06/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 27/02/2015 por BELCHIOR MELO DE SOUSA, Assinado digitalmente em 27/02/20 15 por BELCHIOR MELO DE SOUSA, Assinado digitalmente em 25/06/2015 por CORINTHO OLIVEIRA MACHADO Processo nº 11080.900084/200812 Acórdão n.º 3803006.873 S3TE03 Fl. 91 3 Voto Conselheiro Belchior Melo de Sousa, Relator O recurso é tempestivo. Tenhase que somente no recurso voluntário foi apresentado o fundamento da ocorrência de vacatio legis, resultante da declaração de inconstitucionalidade da parte final do art. 15, in fine, da MP nº 1.212/95 (art. 18, in fine, da Lei nº 9.715/98), para sustentar a legitimidade do crédito utilizado na DComp. Esta matéria não foi prequestionada perante a primeira instância, não se tendo instaurado quanto a ela o litígio. Portanto, não pode ser conhecida. Na parte que se conhece, gizese que passou ao largo da observação do d. Julgador a quo que o motivo da não homologação da compensação declarada foi o DARF originador do crédito indicado na DComp não ter sido localizado. O DARF é do PA dezembro de 1995. Consta na DComp ter sido pago em 15 de fevereiro de 2003. Improvável que seja fato esta declaração. Daí o sistema não têlo localizado. Assim, apresentavase para a Manifestante, primeiramente, a necessidade de provar o seu recolhimento, ainda que tivesse ocorrido em janeiro de 1996. Esta prova haveria de estar presente para que a Manifestante pudesse sustentar qualquer argumento de pagamento a maior relativo a ele, além da demonstração contábil/fiscal do alegado indébito Em vista desse lapso, a manifestação de inconformidade poderia ter sido declarada inepta, podendo a decisão de primeira instância ter sido produzida apenas em torno desta prejudicial de mérito, na medida em que a mera prova da existência do pagamento, para contraporse ao resultado da busca feita pelos sistemas da RFB, estava ausente na peça. Entretanto, adentrou no mérito quanto ao fundamento jurídico do pretendido crédito, o art. 3º, § 2º, inciso III, da Lei nº 9.718/98. No recurso voluntário, novamente não há prova de que o DARF indicado existe. Sendo ele referente ao período de apuração dezembro de 1995, o teor da defesa pela exclusão, da base de cálculo, dos valores transferidos a terceiros computados como receitas, uma vez prevista por um uma lei promulgada e publicada anos após, 1998, não se coaduna com a pretensão da Recorrente. Pelo exposto, voto por negar provimento ao recurso. (assinado digitalmente) Belchior Melo de Sousa Fl. 92DF CARF MF Impresso em 30/06/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 27/02/2015 por BELCHIOR MELO DE SOUSA, Assinado digitalmente em 27/02/20 15 por BELCHIOR MELO DE SOUSA, Assinado digitalmente em 25/06/2015 por CORINTHO OLIVEIRA MACHADO 4 Fl. 93DF CARF MF Impresso em 30/06/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 27/02/2015 por BELCHIOR MELO DE SOUSA, Assinado digitalmente em 27/02/20 15 por BELCHIOR MELO DE SOUSA, Assinado digitalmente em 25/06/2015 por CORINTHO OLIVEIRA MACHADO
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