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Numero do processo: 14041.000180/2009-02
Turma: Segunda Turma Ordinária da Quarta Câmara da Segunda Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Wed Jan 23 00:00:00 UTC 2013
Data da publicação: Mon Mar 18 00:00:00 UTC 2013
Numero da decisão: 2402-000.319
Decisão: RESOLVEM os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em converter o julgamento em diligência. Declarou-se impedida a conselheira Ana Maria Bandeira.
Júlio César Vieira Gomes Presidente
Ronaldo de Lima Macedo Relator
Participaram do presente Julgamento os Conselheiros: Julio Cesar Vieira Gomes, Ana Maria Bandeira, Lourenço Ferreira do Prado, Ronaldo de Lima Macedo, Nereu Miguel Ribeiro Domingues e Thiago Taborda Simões.
Nome do relator: Não se aplica
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decisao_txt : RESOLVEM os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em converter o julgamento em diligência. Declarou-se impedida a conselheira Ana Maria Bandeira. Júlio César Vieira Gomes Presidente Ronaldo de Lima Macedo Relator Participaram do presente Julgamento os Conselheiros: Julio Cesar Vieira Gomes, Ana Maria Bandeira, Lourenço Ferreira do Prado, Ronaldo de Lima Macedo, Nereu Miguel Ribeiro Domingues e Thiago Taborda Simões.
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conteudo_txt : Metadados => pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.4; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 3; dc:format: application/pdf; version=1.4; pdf:charsPerPage: 1214; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; access_permission:fill_in_form: true; pdf:encrypted: true; access_permission:can_modify: true; Content-Type: application/pdf | Conteúdo => S2C4T2 Fl. 2 1 1 S2C4T2 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS SEGUNDA SEÇÃO DE JULGAMENTO Processo nº 14041.000180/200902 Recurso nº Voluntário Resolução nº 2402000.319 – 4ª Câmara / 2ª Turma Ordinária Data 23 de janeiro de 2013 Assunto Solicitação de Diligência Recorrente VIA ENGENHARIA S.A. Recorrida FAZENDA NACIONAL RESOLVEM os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em converter o julgamento em diligência. Declarouse impedida a conselheira Ana Maria Bandeira. Júlio César Vieira Gomes – Presidente Ronaldo de Lima Macedo– Relator Participaram do presente Julgamento os Conselheiros: Julio Cesar Vieira Gomes, Ana Maria Bandeira, Lourenço Ferreira do Prado, Ronaldo de Lima Macedo, Nereu Miguel Ribeiro Domingues e Thiago Taborda Simões. RE SO LU ÇÃ O G ER A D A N O P G D -C A RF P RO CE SS O 1 40 41 .0 00 18 0/ 20 09 -0 2 Fl. 351DF CARF MF Impresso em 18/03/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 14/02/2013 por RONALDO DE LIMA MACEDO, Assinado digitalmente em 14/02/20 13 por RONALDO DE LIMA MACEDO, Assinado digitalmente em 14/03/2013 por JULIO CESAR VIEIRA GOMES Processo nº 14041.000180/200902 Resolução nº 2402000.319 S2C4T2 Fl. 3 2 RELATÓRIO Tratase de lançamento fiscal decorrente do descumprimento de obrigação tributária principal, referente às contribuições devidas à Seguridade Social, incidentes sobre a remuneração dos segurados empregados, relativa à parcela desses segurados não descontada e não recolhida em época própria, referente ao período de 02/1997 a 04/1997. De acordo com o Relatório Fiscal (fls. 27/35), este lançamento foi efetuado em decorrência da anulação das NFLD’s nº 35.019.6095 e 35.019.6087 pelo Conselho de Recursos da Previdência Social (CRPS). A Recorrente interpôs impugnação (fls. 47/142) requerendo a total improcedência do lançamento. A Delegacia da Receita Federal do Brasil de Julgamento (DRJ) em Brasília/DF – por meio do Acórdão no 0343.961 da 7a Turma da DRJ/BSB (fls. 146/161) – considerou o lançamento fiscal procedente em sua totalidade, entendendo que: (i) na hipótese de lançamento substitutivo, o prazo decadencial é de 5 anos a contar da decisão definitiva que anulou o lançamento anterior; (ii) as decisões administrativas só são validas a partir da ciência do interessado; (iii) as duas empresas respondem solidariamente e sem benefício de ordem; (iv) é regular a notificação somente em face da Via Engenharia; (v) a Recorrente poderia ter elidido a sua responsabilidade, apresentando documentos, como não o fez, é correta a aplicação da aferição indireta; (vi) é devida a multa incidente sobre as contribuições previdenciárias não recolhidas; e (vii) as decisões colacionadas não constituem normas complementares de direito tributário. A Recorrente interpôs recurso voluntário (fls. 164/177) argumentando que: (i) o prazo decadencial contase 5 anos após a lavratura do acórdão que anulou os lançamentos anteriores por vício formal; (ii) o crédito já decaiu para o legítimo contribuinte; (iii) a autoridade tributária arbitrou quem seria o responsável pelo tributo e discricionariamente perdoou o contribuinte; e (iv) a Recorrente não é responsável solidário, não devendo sofrer a incidência da multa. A Delegacia da Receita Federal do Brasil (DRF) em Brasília/DF informa que o recurso interposto é tempestivo e encaminha os autos ao Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF) para processamento e julgamento (fls. 178/179). É o relatório. Fl. 352DF CARF MF Impresso em 18/03/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 14/02/2013 por RONALDO DE LIMA MACEDO, Assinado digitalmente em 14/02/20 13 por RONALDO DE LIMA MACEDO, Assinado digitalmente em 14/03/2013 por JULIO CESAR VIEIRA GOMES Processo nº 14041.000180/200902 Resolução nº 2402000.319 S2C4T2 Fl. 4 3 VOTO Conselheiro Ronaldo de Lima Macedo, Relator Analisando o processo, verificase que há questões que devem ser devidamente dirimidas pela autoridade administrativa competente (Fisco). Isto porque, um dos argumentos suscitados nas razões de recurso do contribuinte diz respeito à possível decadência do crédito tributário, levando em consideração o prazo previsto no art. 173, II, do CTN. Para que a contagem do prazo decadencial possa ser devidamente realizada, é mister que se tenha devidamente definido no processo qual a data em que o contribuinte foi notificado da decisão que anulou o lançamento anterior. No entanto, até o presente momento, tal data não foi devidamente comprovada. De acordo com o item 2 do Relatório Fiscal, a data da ciência da decisão que anulou o lançamento anterior teria ocorrido a partir de 18/02/2004, posto que esta data se refere à data da carta encaminhada pelo INSS à empresa, e não à efetiva data que esta obteve a ciência. “2. Cumpre observar que a ciência à Via Engenharia S.A da anulação das NFLDs mencionadas ocorreu a partir de 18/02/2004 (data da carta encaminhada pelo INSS/Serviço de Or. Gerenciamento de Recuperação de Créditos).” – destacouse Assim, é mister que o processo baixe em diligência para que a autoridade competente junte no processo cópia do AR (ou documento equivalente) que comprove a data em que o contribuinte foi notificado das decisões que anularam as NFLD’s nº 35.019.6095 e 35.019.6087. Requerse também que a carta encaminhada ao contribuinte, mencionada no item 2 do Relatório Fiscal, seja anexada ao processo. Caso a preliminar de decadência seja superada após a análise dos documentos apresentados pela fiscalização, poderá ser necessário analisar também o teor das notificações anuladas, bem como as decisões que as anularam. Assim, fazse oportuno requerer a juntada de cópia integral das NFLD’s nº 35.019.6095 e 35.019.6087. Em síntese, requerse: (i) cópia do AR (ou documento equivalente) que comprove a data em que o contribuinte foi notificado das decisões que anularam as NFLD’s nº 35.019.6095 e 35.019.6087; (ii) cópia da carta encaminhada ao contribuinte, mencionada no item 2 no Relatório Fiscal; e (iii) cópia integral dos autos relativos às NFLD’s nº 35.019.6095 e 35.019.6087. Por fim, após as providências solicitadas, o Fisco deverá dar ciência à Recorrente desta decisão e da sua manifestação, com os demonstrativos e cópias que se fizerem necessários, e concederá prazo de 30 (trinta) dias, da ciência, para que a Recorrente, caso deseje, apresente recurso complementar. Diante do exposto, voto no sentido de CONVERTER O JULGAMENTO EM DILIGÊNCIA para as providências solicitadas. Ronaldo de Lima Macedo. Fl. 353DF CARF MF Impresso em 18/03/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 14/02/2013 por RONALDO DE LIMA MACEDO, Assinado digitalmente em 14/02/20 13 por RONALDO DE LIMA MACEDO, Assinado digitalmente em 14/03/2013 por JULIO CESAR VIEIRA GOMES
score : 1.0
Numero do processo: 13706.002069/2007-57
Turma: Segunda Turma Ordinária da Terceira Câmara da Segunda Seção
Câmara: Terceira Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Tue Jan 22 00:00:00 UTC 2013
Data da publicação: Mon Mar 18 00:00:00 UTC 2013
Numero da decisão: 2302-000.197
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Resolvem os membros do colegiado, por unanimidade, em converter o julgamento em diligência nos termos do relatório e votos que integram o presente julgado.
Liege Lacroix Thomasi Relatora e Presidente Substituta
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros:Liege Lacroix Thomasi (Presidente), Andre Luis Marsico Lombardi, Arlindo da Costa e Silva, Manoel Coelho Arruda Junior, Juliana Campos de Carvalho Cruz, Adriana Sato.
Nome do relator: LIEGE LACROIX THOMASI
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Resolvem os membros do colegiado, por unanimidade, em converter o julgamento em diligência nos termos do relatório e votos que integram o presente julgado. Liege Lacroix Thomasi – Relatora e Presidente Substituta Participaram da sessão de julgamento os conselheiros:Liege Lacroix Thomasi (Presidente), Andre Luis Marsico Lombardi, Arlindo da Costa e Silva, Manoel Coelho Arruda Junior, Juliana Campos de Carvalho Cruz, Adriana Sato. RE SO LU ÇÃ O G ER A D A N O P G D -C A RF P RO CE SS O 1 37 06 .0 02 06 9/ 20 07 -5 7 Fl. 631DF CARF MF Impresso em 18/03/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 20/02/2013 por LIEGE LACROIX THOMASI, Assinado digitalmente em 20/02/201 3 por LIEGE LACROIX THOMASI Processo nº 13706.002069/200757 Erro! A origem da referência não foi encontrada. n.º 2302000.197 S2C3T2 Fl. 3 2 Relatório e Voto Trata o presente processo de auto de infração lavrado em desfavor do sujeito passivo acima identificado, em virtude do descumprimento do artigo 32, inciso IV, §5º, da Lei n.º 8.212/91 e artigo 225, inciso IV do Regulamento da Previdência Social, aprovado pelo Decreto n.º 3.048/99, com multa punitiva aplicada conforme dispõe o artigo 32, § 5º da Lei n.º 8.212/91 e artigo 284, inciso II, do Regulamento da Previdência Social, aprovado pelo Decreto n.º 3.048/99, por não ter informado nas Guias de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social – GFIP’s das competências de 01/1999 a 12/2004, todas as remunerações pagas aos segurados empregados a título de “auxilio filhos excepcionais, abonos indenizatórios e participação nos lucros e resultados”, assim como os valores pagos aos contribuintes individuais e os valores relativos ao saláriomaternidade nas competências de 03/2000 a 10/2002, conforme demonstrativos de fls. 63/343. Após a apresentação da defesa, DecisãoNotificação de fls.396/404, julgou procedente a autuação. Inconformado, o contribuinte apresentou recurso tempestivo onde alega em síntese, a decadência do período até 07/2000, que as infrações foram anteriores à incorporação da empresa, que as rubricas expostas não possuem natureza salarial e o mérito está sendo discutido nas notificações fiscais de lançamento de débito. Aduz que as contribuições relativas aos contribuintes individuais e saláriomaternidade foram parcialmente recolhidos, devendo a multa aplicada ser reduzida. Por fim, requer a extinção do crédito lançado. O recurso cumpriu com os requisitos de admissibilidade e merece ser conhecido, mas como a obrigação principal relativa as rubricas consideradas como salário de contribuição está sendo discutida em notificações próprias e somente após o julgamento das mesmas é que se poderá julgar este auto de infração, que trata do descumprimento de obrigação acessória decorrente daquela obrigação principal, o processo foi convertido em diligência através da Resolução n.º 2302000.073, de 02/12/2010, para que fosse julgado juntamente com as NFLD’s conexas. Entretanto, os autos retornaram para julgamento com apenas um Acórdão exarado pela Sexta Câmara do Segundo Conselho de Contribuintes em 03/07/2008, relativo às rubricas de salário indireto : “auxilio filhos excepcionais, complemento auxílio doença e abono”, consubstanciados na NFLD n.º 35.576.7686. As demais NFLD’s também conexas ao Auto de Infração ora examinado, de números 35.576.7678 e 35.576.7694, encontramse no CARF para julgamento, conforme telas de fls. 505/508 e informação de fls. 510. Por este motivo, entendo que, novamente, o julgamento deve ser convertido em diligência para que o Auto de Infração seja julgado conjuntamente com a notificações correlatas, ou caso já tenham sido proferidos Acórdãos, que os mesmos sejam anexados ao presente processo. Liege Lacroix Thomasi, Relatora Fl. 632DF CARF MF Impresso em 18/03/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 20/02/2013 por LIEGE LACROIX THOMASI, Assinado digitalmente em 20/02/201 3 por LIEGE LACROIX THOMASI
score : 1.0
Numero do processo: 11020.003339/2008-10
Turma: Segunda Turma Ordinária da Primeira Câmara da Segunda Seção
Câmara: Primeira Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Tue Jul 10 00:00:00 UTC 2012
Numero da decisão: 2102000.077
Decisão: Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em
CONVERTER o julgamento em diligência, nos termos do voto do relator. Fez sustentação oral o Dr. Rafael Lima Marques, OAB-RS
nº 46.963, patrono do recorrente.
Nome do relator: GIOVANNI CHRISTIAN NUNES CAMPOS
1.0 = *:*
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conteudo_txt : Metadados => pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.4; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 8; dc:format: application/pdf; version=1.4; pdf:charsPerPage: 1851; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; access_permission:fill_in_form: true; pdf:encrypted: true; access_permission:can_modify: true; Content-Type: application/pdf | Conteúdo => S2C1T2 Fl. 1 1 S2C1T2 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS SEGUNDA SEÇÃO DE JULGAMENTO Processo nº 11020.003339/200810 Recurso nº Resolução nº 2102000.077 – 1ª Câmara / 2ª Turma Ordinária Data 10 de julho de 2012 Assunto Solicitação de diligência Recorrente UNIMED NORDESTE RS SOCIEDADE COOPERATIVA SERVIÇOS MÉDICOS LTDA. Recorrida FAZENDA NACIONAL Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em CONVERTER o julgamento em diligência, nos termos do voto do relator. Fez sustentação oral o Dr. Rafael Lima Marques, OABRS nº 46.963, patrono do recorrente. Assinado digitalmente GIOVANNI CHRISTIAN NUNES CAMPOS Relator e Presidente. EDITADO EM: 19/07/2012 Participaram do presente julgamento os Conselheiros Atilio Pitarelli, Carlos André Rodrigues Pereira Lima, Giovanni Christian Nunes Campos, Núbia Matos Moura, Roberta de Azeredo Ferreira Pagetti e Rubens Maurício Carvalho. RELATÓRIO Em 3/09/2003, o contribuinte em epígrafe transmitiu Declaração de Compensação eletrônica n° 2772.83087.030903.1.3052401, informando compensação de débito de IRRF (0588 PA: 07/2003) com valores retidos, no mês de julho de 2003, pelas empresas tomadoras a título de serviços pessoais prestados por associados de cooperativas de trabalho, ambos no valor total de R$ 76.381,91. Tendo em vista o grande número de tomadores de serviços da contribuinte fiscalizada, foi solicitada a Demanda SRRF 10ª 0023/2004 ao Serpro, a fim de confirmar o Fl. 263DF CARF MF Impresso em 17/10/2012 por MARIA APARECIDA PEREIRA DOS SANTOS CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 19/07/2012 por GIOVANNI CHRISTIAN NUNES CAMPOS, Assinado digitalmente em 19/07/2012 por GIOVANNI CHRISTIAN NUNES CAMPOS 2 valor pretendido para a compensação. A demanda teve por objetivo apurar o somatório mensal do IRRF informado na Declaração de Imposto Retido na Fonte (Dirf) pelas fontes pagadoras em que constasse como beneficiário o CNPJ 87.827.689/000100 UNIMED NORDESTE RS SOCIEDADE COOP DE SERV MEDIC LTDA, individualizado por código de retenção, nos anoscalendário 1999 a 2003. O resultado da demanda para o ano 2003 está listado às fls. 55 a 73, enquanto que às fls. 74 a 88 encontrase a listagem individualizada por código de retenção no ano de 2003 e sua totalização mensal. A partir dessa apuração, a DRFBCaxias do Sul (RS) reconheceu o direito creditório do IRRF que constou nas DIRFs das fontes pagadoras (R$ 61.257,16– códigos de IRRF 3280 – R$ 31.240,67 e 1708 – R$ 30.016,49 ), homologando parcialmente os débitos que constaram na DCOMP acima. O contribuinte apresentou manifestação de inconformidade dirigida à Turma de Julgamento da DRJ e pediu que fosse reconhecido o crédito apurado, homologado o pedido de compensação realizado em sua integralidade, e argumentou, em síntese, que sofreu as retenções do IRRF, não podendo ser apenado por ausências de informação ou do pagamento do IRRF por parte das fontes pagadoras. Em 20/03/09, o julgamento foi convertido em diligência, para que a DRFB Caxias do Sul (RS) intimasse a reclamante para a apresentação dos comprovantes de retenção emitidos em seu nome pelas fontes pagadoras dos rendimentos. O contribuinte apresentou em meio magnético (CD) cópia dos comprovantes de rendimentos dos anoscalendário 2003 e 2004, além de cópia das notas fiscais dos mesmos períodos. Ainda apresentou, também em meio magnético (CD), planilha Excel contendo as informações dos comprovantes de rendimentos. A fiscalização efetuou conferência por amostragem, comparando os comprovantes digitalizados e os valores transpostos para as planilhas. “Assim, com base exclusivamente nos comprovantes de rendimentos apresentados, foi confeccionada planilha com o montante do crédito comprovado, conforme solicitado diligência” (fl. 222). Para o mês de julho de 2003, a fiscalização apurou o montante de R$ 19.667,93 e R$ 15.743,05, para os códigos 3280 e 1708, respectivamente. Em 24/09/09, o contribuinte tomou ciência do relatório de conclusão da diligência e foi intimado a manifestarse quanto ao resultado desta. Em resposta, o contribuinte ratificou a planilha elaborada no relatório, mas postulou a complementação da diligência, a fim de alcançar todas as retenções havidas, propondo que isso fosse realizado diretamente em sua contabilidade ou que fosse concedido um novo prazo para que pudesse apresentar as faturas que comprovariam ter de fato havido a retenção, ressaltando que, nessa última hipótese, que seriam milhares de documentos. A 5ª Turma da DRJ/POA, por unanimidade de votos, julgou procedente em parte a manifestação de inconformidade, em decisão consubstanciada no Acórdão n° 10 26.351, de 15 de julho de 2010, que restou assim fundamentado (fl. 230 – anverso e verso): (...) Entendo que o pedido de diligência complementar é incompatível com o atual momento do processo pois o ônus da prova é de quem alega (da contribuinte) e caberia a ela têla apresentado quando intimado pela administração. A análise da manifestação de inconformidade da contribuinte resume se fundamentalmente na forma de comprovação do direito creditório para fins de sua utilização na compensação. Fl. 264DF CARF MF Impresso em 17/10/2012 por MARIA APARECIDA PEREIRA DOS SANTOS CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 19/07/2012 por GIOVANNI CHRISTIAN NUNES CAMPOS, Assinado digitalmente em 19/07/2012 por GIOVANNI CHRISTIAN NUNES CAMPOS Processo nº 11020.003339/200810 Resolução n.º 2102000.077 S2C1T2 Fl. 2 3 A lei determina a obrigatoriedade de o contribuinte possuir o comprovante de retenção do imposto retido na fonte emitido em seu nome pela fonte pagadora para que possa compensálo. O art. 55 da Lei n° 7.450, de 23/12/85, estabelece o seguinte: Art 55 O imposto de renda retido na fonte sobre quaisquer rendimentos somente poderá ser compensado na declaração de pessoa física ou jurídica, se o contribuinte possuir comprovante de retenção emitido em seu nome pela fonte pagadora dos rendimentos. Essa também é a regra do § 2° do art. 943 do Decreto n°3.000, de 26/03/99 (Regulamento do Imposto de Renda) e do art. 4° da Instrução Normativa n° 119, de 28/12/00. A interessada não demonstrou, em sua defesa, ter envidado esforços para obter a totalidade dos comprovantes necessários emitidos pelas suas fontes pagadoras, o que seria a sua obrigação legal. Também não relatou qualquer óbice das fontes pagadoras para fornecer esses comprovantes, o que poderia justificar a impossibilidade de sua apresentação. Limitouse a colocar a sua contabilidade ã disposição da administração para que esta realizasse as comprovações exigidas. Não cabe a administração pública providenciar as provas que a contribuinte tem a obrigação de apresentar para ter reconhecido o seu direito, pois o ônus da prova é da contribuinte. A prova documental deveria ter sido apresentada inclusive já no momento da impugnação, como determina expressamente § 4° do art. 16 da Lei n° 70.235/72, conforme se transcreve a seguir: (...) Procedi à análise das planilhas e documentos apresentados pela contribuinte em meio magnético (DVD), a fim de verificar se todos os comprovantes oferecidos foram considerados na decisão da DRF/CXL. Conforme o caput e § 1° do art. 652 da Lei n° 3.000/99 (RIR) e no caput do art. 33 da Instrução Normativa SRF n° 600/05, o código de tributo que permite a compensação pleiteada, no presente caso, é o 3280 (IRRF —Remuneração Sobre Serviços Prestados por Associação de Cooperativa de Trabalho) e o reconhecimento de créditos porventura não considerados na decisão da DRF/CXL deve ser feito apenas para esse código. O valor homologado na compensação pela DRF/CXL, relativamente ao mas de julho/2003, foi superior ao informado pela contribuinte em sua planilha. Isso porque todos os comprovantes da contribuinte já estavam incluídos nesse valor homologado, com apenas uma exceção. Das três diferenças a maior constatadas na planilha da contribuinte para o código de tributo 3280, apenas uma não tinha correspondência em DIRF e, portanto, não foi considerada na decisão da DRF/CXL. As outras duas diferenças decorreram de erros da contribuinte, conforme se verifica na tabela abaixo. (...) Diante do exposto, voto pelo indeferimento da diligência complementar e pela procedência em parte da manifestação de inconformidade para que seja reconhecido o crédito de R$ 128,40 para a contribuinte. Fl. 265DF CARF MF Impresso em 17/10/2012 por MARIA APARECIDA PEREIRA DOS SANTOS CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 19/07/2012 por GIOVANNI CHRISTIAN NUNES CAMPOS, Assinado digitalmente em 19/07/2012 por GIOVANNI CHRISTIAN NUNES CAMPOS 4 O contribuinte foi intimado da decisão a quo em 06/08/2010. Irresignado, interpôs recurso voluntário em 1º/09/2010. No voluntário, o recorrente alega o que abaixo se transcreve: (...) 17. Em virtude disto [sujeição da retenção na fonte à alíquota de 1,5% sobre os valores pagos a cooperativas, na forma do art. 652 do Decreto nº 3.000/99], comprovou a origem do crédito, com as faturas apresentadas, por amostragem, onde há o destaque da retenção, para fins de aproveitar na compensação realizada, via PER/DCOMP, o valor retido. 18. Também, neste recurso, postula a realização de diligência, desta vez de forma completa, para comprovar a efetiva retenção sofrida, independente do comprovante emitido pela fonte pagadora, tudo em nome do principio da ampla defesa. 19. A requerente demonstrou ter sofrido retenções na fonte, a titulo de Imposto de Renda, as quais ocorreram com fundamento no art. 652 do RIR/99. 20. O fato das empresas contratantes não terem cumprido com sua obrigação acessória, de apresentar a DIRF, relativamente aos tributos retidos da recorrente, ou mesmo o comprovante de retenção, não lhe retira o direito creditório pretendido. 21. Não está correta, a decisão recorrida, ao dizer que a recorrente não comprovou o que alega, 22. Comprovou sim, apenas não juntou todas as faturas que geraram a retenção para não tumultuar o processo, com milhares de documentos. 23. E o fez seguindo orientação desse Conselho que, quando do julgamento do processo n° 11020001363200300, por parte da 2ª Seção, 2ª Turma, 2ª Câmara, envolvendo a mesma contribuinte, converteu o julgamento em diligência, conforme Resolução n° 2202 00052 (cuja cópia não dispõe, porque não disponibilizada), para dizer, em síntese, que cabe Delegacia de Fiscalização averiguar se de fato houve a efetiva retenção alegada, a despeito da apresentação do documento emitido pela fonte pagadora. A decisão foi neste sentido justamente para não tumultuar o processo com inúmeros documentos. 24. Em todas as faturas emitidas constam o destaque da retenção do imposto de renda, comprovando que a recorrente de fato não recebeu o valor retido pelas contratantes, fazendo jus à compensação realizada, basta verificála. 25. Repete: se as fontes pagadoras não informaram isto na DIRF (Declaração de Imposto Retido na Fonte) à Receita Federal, ou se deixaram de recolher os valores informados, ou ainda se recolheram com código de arrecadação errado, ou não apresentaram o comprovante de retenção recorrente, a despeito disto ter sido solicitado, são circunstâncias que em nada desnaturam ou retiram o direito à compensação pretendida pela recorrente. 26. O que precisa provar, a requerente, é que de fato foi retida de imposto, nos termos e na forma da lei, para, também com base na Fl. 266DF CARF MF Impresso em 17/10/2012 por MARIA APARECIDA PEREIRA DOS SANTOS CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 19/07/2012 por GIOVANNI CHRISTIAN NUNES CAMPOS, Assinado digitalmente em 19/07/2012 por GIOVANNI CHRISTIAN NUNES CAMPOS Processo nº 11020.003339/200810 Resolução n.º 2102000.077 S2C1T2 Fl. 3 5 mesma lei, postular a compensação, pena de consagrarse enriquecimento sem causa do Fisco. 27. E requer seja feito, pela via da Diligência, ou então juntará fotocópia de todas as faturas emitidas no período, que comprovam a retenção ter ocorrido. 28. São muitas faturas e cabia ao Fisco diligenciar para comprovar a origem do crédito. Por fim, pede o recorrente: 29. Em face de todo o exposto, preliminarmente requer seja anulada a decisão recorrida, por ter preterido o direito de defesa da recorrente, para que a mesma, antes de proferir o julgamento, o converta novamente em diligência, para que a mesma seja completamente cumprida, de sorte a apurar se as retenções alegadamente realizadas pela recorrente de fato ocorreram, consoante documentação anexada, deferindose, em decorrência, a compensação pretendida. 30. Superada a questão preliminar, pede esse Conselho assim proceda, ou seja, determine a diligência, de sorte que a Fiscalização verifique na contribuinte se de fato sofreu as retenções alegadas, independente dela possuir os documentos emitidos pelas fontes pagadoras, porquanto isto não logrou êxito em obter. 31. Se o requerimento imediatamente acima realizado não for atendido, pede seja intimada a recorrente para que a mesma anexe todas as faturas que comprovam a origem de seu crédito, as quais não foram anexadas apenas para não tumultuar o feito, e lotar esse órgão com tão expressivo número de documentos. 32. Em qualquer hipótese, postula seja dado provimento ao recurso, reformandose a decisão recorrida e, com isto, reconheçase como correta a compensação realizada, homologandoa integralmente. (...) É o relatório. VOTO Conselheiro Giovanni Christian Nunes Campos, Relator Declarase a tempestividade do apelo, já que o contribuinte foi intimado da decisão recorrida em 06/08/2010, sextafeira, e interpôs o recurso voluntário em 1º/09/2010, dentro do trintídio legal, este que teve seu termo final em 08/09/2010, quartafeira. Dessa forma, atendidos os demais requisitos legais, passase a apreciar o apelo, como discriminado no relatório. Antes de tudo, aqui não se aceita a tese da Turma de Julgamento da DRJ de que somente o imposto de renda retido na fonte que conste em comprovante de rendimentos seria Fl. 267DF CARF MF Impresso em 17/10/2012 por MARIA APARECIDA PEREIRA DOS SANTOS CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 19/07/2012 por GIOVANNI CHRISTIAN NUNES CAMPOS, Assinado digitalmente em 19/07/2012 por GIOVANNI CHRISTIAN NUNES CAMPOS 6 passível de compensação ou restituição, como se apreenderia de uma interpretação ligeira e isolada do art. 55 da Lei nº 7.450/85, como se transcreveu no relatório deste Acórdão. Primeiramente, a retenção do IRRF no caso dos pagamentos a contribuintes como o recorrente está regulada no art. 45 da Lei nº 8.541/92, onde se vê claramente que o IRRF à alíquota de 1,5% deve ser retido pela fonte pagadora e, no caso, a Cooperativa pode compensar com o IRRF por ocasião do pagamento dos rendimentos aos associados, não havendo qualquer menção que tal compensação somente pode ser feita se o contribuinte tiver o comprovante de rendimentos das fontes pagadoras, como se vê abaixo: Art. 45. Estão sujeitas à incidência do Imposto de Renda na fonte, à alíquota de 1,5%, as importâncias pagas ou creditadas por pessoas jurídicas a cooperativas de trabalho, associações de profissionais ou assemelhadas, relativas a serviços pessoais que lhes forem prestados por associados destas ou colocados à disposição.(Redação dada pela Lei nº 8.981, de 1995) § 1º O imposto retido será compensado pelas cooperativas de trabalho, associações ou assemelhadas com o imposto retido por ocasião do pagamento dos rendimentos aos associados.(Redação dada pela Lei nº 8.981, de 1995) § 2º O imposto retido na forma deste artigo poderá ser objeto de pedido de restituição, desde que a cooperativa, associação ou assemelhada comprove, relativamente a cada anocalendário, a impossibilidade de sua compensação, na forma e condições definidas em ato normativo do Ministro da Fazenda.(Redação dada pela Lei nº 8.981, de 1995) Dando prosseguimento, a exigência de apresentação de documento comprobatório de retenção pelas fontes pagadoras está hoje completamente regulada pelo art. 86 da Lei nº 8.981/95, abaixo transcrito, onde se vê que todo o ônus pela não disponibilização do comprovante de rendimentos recai sobre a fonte pagadora, somente atingindo o beneficiário do rendimento se esse beneficiarse de informação que sabe falsa, não havendo, registrese, qualquer imputação da impossibilidade de o beneficiário do rendimento não poder compensar o IRRF pela ausência do comprovante de rendimentos: Art. 86. As pessoas físicas ou jurídicas que efetuarem pagamentos com retenção do Imposto de Renda na fonte, deverão fornecer à pessoa física ou jurídica beneficiária, até o dia 31 de janeiro, documento comprobatório, em duas vias, com indicação da natureza e do montante do pagamento, das deduções e do Imposto de Renda retido no anocalendário anterior, quando for o caso. § 1º No documento de que trata este artigo, o imposto retido na fonte, as deduções e os rendimentos, deverão ser informados por seus valores em Reais. § 2º As pessoas físicas ou jurídicas que deixarem de fornecer aos beneficiários, dentro do prazo, ou fornecerem com inexatidão, o documento a que se refere este artigo, ficarão sujeitas ao pagamento de multa de cinqüenta Ufirs por documento. § 3º A fonte pagadora que prestar informação falsa sobre rendimentos pagos, deduções ou imposto retido na fonte, será aplicada multa de trezentos por cento sobre o valor que for indevidamente utilizável, como redução do Imposto de Renda a pagar ou aumento do imposto a Fl. 268DF CARF MF Impresso em 17/10/2012 por MARIA APARECIDA PEREIRA DOS SANTOS CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 19/07/2012 por GIOVANNI CHRISTIAN NUNES CAMPOS, Assinado digitalmente em 19/07/2012 por GIOVANNI CHRISTIAN NUNES CAMPOS Processo nº 11020.003339/200810 Resolução n.º 2102000.077 S2C1T2 Fl. 4 7 restituir ou compensar, independentemente de outras penalidades administrativas ou criminais. § 4º Na mesma penalidade incorrerá aquele que se beneficiar da informação, sabendo ou devendo saber da sua falsidade. E, como é de conhecimento geral, quando uma lei (art. 86 da Lei nº 8.981/95) regula completamente uma matéria de que tratava a lei anterior (art. 55 da Lei nº 7.450/85), a lei posterior revoga tacitamente a anterior, conforme comando do art. 2º, § 1º (parte final), do DecretoLei nº 4.657/42 (Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro). E tanto assim o é que a Delegacia da Receita Federal do Brasil de Caxias do Sul (RS), quando reconheceu parcialmente o direito creditório do contribuinte, o fez considerando as informações das DIRFs, não dando importância à emissão, ou não, dos comprovantes de rendimentos. E nessa linha, mesmo o art. 4º da IN SRF nº 119/2000 (O Comprovante Anual de Rendimentos Pagos ou Creditados e de Retenção de Imposto de Renda na Fonte Pessoa Jurídica será utilizado para comprovar o imposto de renda retido na fonte a ser deduzido ou compensado pela beneficiária dos rendimentos ou a ela restituído), citado como esteio pela decisão recorrida, apenas assevera que o comprovante anual de rendimentos deve ser utilizado para comprovar o IRRF a ser deduzido ou compensado pelo beneficiário dos rendimentos, não asseverando que a inexistência de tal comprovante impeça a dedução ou compensação, desde que obviamente o IRRF seja comprovado com outros meios hábeis de prova. A concluir a linha de raciocínio acima, vêse que a diligência determinada pela Turma de Julgamento para comprovar o IRRF que se pretendia compensado se limitou ao IRRF que constou em comprovantes de rendimentos, cujos valores foram bem inferiores àqueles que constaram nas informações das DIRFs (aqui certamente porque o recorrente recebe valores de uma grande quantidade de fontes pagadoras, com IRRF muitas vezes modesto, o que culmina com o não envio do comprovante de rendimentos à Cooperativa). Apesar de os valores que constavam nos comprovantes de rendimentos serem bem inferiores aos apurados a partir das DIRFs pela DRFB, nem assim a Turma de Julgamento orientou que a Delegacia da Receita Federal do Brasil de Caxias (RS) reapreciasse seu posicionamento, para reduzir o direito creditório aos valores comprovados via comprovante de retenção. Com as todas as considerações acima, vêse que o contribuinte beneficiário dos rendimentos pode compensar o IRRF que incidiu sobre os pagamentos por ele recebidos, desde que consiga comprovar, pelos meios admitidos em direito, que sofreu o ônus da retenção do IRRF. Assim, se as fontes pagadoras não informaram os valores em DIRF ou recolheram com códigos de arrecadação equivocados, isso, por si só, não desnatura o direito de o contribuinte à compensação do IRRF que incidiu sobre as receitas que percebeu e contabilizou. Indo mais além, entendo que a fiscalização não poderia apreciar o direito creditório unicamente a partir dos valores que constaram em DIRFs, mormente em um caso como o presente, em que o contribuinte recebe rendimentos de inúmeras fontes pagadoras, com IRRF a mais das vezes modesto, não sendo desarrazoado imaginar que múltiplas fontes pagadoras não emitiram os comprovantes de rendimentos (como se infere do resultado da diligência determinada pela DRJ) e não informaram os valores em DIRF. Assim, no momento em que o contribuinte disponibilizou as faturas, nas quais constam os valores líquidos, com o IRRF destacado, caberia a autoridade fiscal auditar também a partir delas, verificando sua contabilização, e inclusive, se fosse o caso, com intimação às fontes pagadoras para comprovação dos valores pagos ao recorrente e IRRF respectivo. Fl. 269DF CARF MF Impresso em 17/10/2012 por MARIA APARECIDA PEREIRA DOS SANTOS CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 19/07/2012 por GIOVANNI CHRISTIAN NUNES CAMPOS, Assinado digitalmente em 19/07/2012 por GIOVANNI CHRISTIAN NUNES CAMPOS 8 No caso presente, mesmo com a fiscalização a partir das DIRFs, fonte de informações de terceiros, claramente se percebe a insuficiência dessa investigação, mormente quando se vê que expressiva parcela do direito creditório já foi reconhecida a partir das próprias DIRFs. A autoridade fiscal deve ir além, pois parece claro que o direito creditório a ser reconhecido deve sobejar os valores constantes das DIRFs, pois, repisese, não parece desarrazoado imaginar que múltiplas fontes, a partir dos valores modestos do IRRF, não tenham prestado as informações em DIRFs. Ante o exposto, voto no sentido de converter o julgamento em diligência para que a autoridade fiscal apure o IRRF a partir das faturas emitidas pelo recorrente, inclusive, se for o caso, compulsando a contabilização do fiscalizado e intimando as fontes pagadoras, superando a mera análise a partir dos comprovantes de rendimentos ou das DIRFs. A autoridade que presidir a diligência acima deve produzir relatório circunstanciado de suas conclusões, dando ciência ao contribuinte, para, querendo, ofertar razões adicionais, no prazo de 20 dias. Superado tal prazo, com ou sem as razões adicionais do recorrente, devolver os autos a este Colegiado para prosseguimento do julgamento. Assinado digitalmente Giovanni Christian Nunes Campos Fl. 270DF CARF MF Impresso em 17/10/2012 por MARIA APARECIDA PEREIRA DOS SANTOS CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 19/07/2012 por GIOVANNI CHRISTIAN NUNES CAMPOS, Assinado digitalmente em 19/07/2012 por GIOVANNI CHRISTIAN NUNES CAMPOS
score : 1.0
Numero do processo: 13888.005521/2008-22
Turma: Segunda Turma Ordinária da Quarta Câmara da Terceira Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Tue Jan 31 00:00:00 UTC 2012
Data da publicação: Wed Mar 13 00:00:00 UTC 2013
Numero da decisão: 3402-000.507
Decisão: RESOLVEM os membros da 4ª câmara / 2ª turma ordinária da Terceira Seção de julgamento, por unanimidade de votos, converterem o julgamento do recurso em diligência, nos termos do voto do relator.
(assinado digitalmente)
GILSON MACEDO ROSENBURG FILHO Relator e Presidente Substituto.
Participaram, ainda, do presente julgamento, os Conselheiros João Carlos Cassuli Junior, Silvia de Brito Oliveira, Francisco Maurício Rabelo de Albuquerque Silva, Fernando Luiz da Gama Lobo D Eca e Mário César Fracalossi Bais (suplente).
RELATÓRIO
Como forma de elucidar os fatos ocorridos até a decisão da Delegacia da Receita Federal do Brasil de Julgamento, colaciono o relatório do Acórdão recorrido, in verbis:
Trata-se de lançamento de oficio, fls. 27 a 29, lavrado contra a contribuinte acima identificada, com a exigência do crédito tributário do Imposto sobre Produtos Industrializados IPI, no valor de R$ 20.622,29, incluídos multa de ofício no percentual de 75% e juros de mora calculados até 28/11/2008.
Na Descrição dos Fatos, fl. 109, o autuante relata que no procedimento fiscal de verificação do cumprimento das obrigações tributárias apurou insuficiência de declaração de IPI revisão interna, conforme termo de constatação interna nº 01.
Consta do termo de constatação fiscal nº 01, fls. 02 a 04, que:
a) a empresa pretendeu quitar débitos vencidos de COFINS, PIS e IPI através de compensações, com supostos créditos de PIS, que entendia terem sido pagos indevidamente com base nos Decretos-Lei n° 2.445/88 e 2.449/88, conforme Pedidos de Ressarcimento ou Restituição Declaração de Compensação PER/DCOMPs transmitidos em 23.12.2005, 13.04.2005 e 14.02.2005;
b)os débitos do IPI referente aos períodos do 3°/dec/05/2003 e ao l°/dec/04/2003, foram regularmente confessados nas DCTFs, fls. 112/114 e os débitos apurados nos períodos de março e janeiro de 2005 foram parcialmente declarados, fls. 115/116, portanto, estes últimos serão exigidos através de lançamento, acrescidos de juros e multa de ofício, conforme estabelece o artigo 44 da Lei n° 9.430/96;
c) o artigo 74 § 3º , inc. VI c/c § 12 da Lei n° 9.430/96, incluído pela Lei n° 11.051 de 2004, estabelece que serão consideradas não declaradas as compensações que se refiram a pedidos de restituição ou ressarcimento indeferidos pela autoridade competente da SRF;
d) estas compensações foram indeferidas pelas razões expostas no Despacho Decisório DRF/PCA n° 1354/2008, pela autoridade competente.
Cientificada da exigência fiscal em 24/03/2009, fl. 34, a autuada apresentou, em 22/04/2009, a impugnação de folhas 35 a 59, alegando, em síntese, que:
1) apresentou recurso administrativo contra o despacho decisório que considerou as compensação não declaradas, conforme indicado no próprio despacho. Portanto, a presente autuação fere direitos da Impugnante, especialmente, as garantias constitucionais do contraditório e da ampla defesa, devendo ser declarada nula;
2) os processos de restituição e de compensação (13890.000530/200110 e 13888.720639/200884) se encontram em trâmite em grau de recurso administrativo;
3) com a declaração de inconstitucionalidade dos Decretos-Lei nºs 2.445 e 2.449, de 1988, teria direito aos valores pagos a maior, em relação ao PIS calculado de acordo com a Lei Complementar (LC) nº 7, de 7 de setembro de 1970;
4) a multa é confiscatória, conforme julgados que transcreve, além de ferir os princípios constitucionais da proporcionalidade, da razoabilidade, da legalidade e da capacidade contributiva.
A 4ª Turma da Delegacia de Julgamento em Salvador (BA) julgou improcedente a impugnação, nos termos do Acórdão nº 15-29326, de 22 de dezembro de 2011, cuja ementa abaixo reproduzo:
ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS IPI
Data do fato gerador: 31/01/2005, 31/03/2005
COMPENSAÇÃO NÃO DECLARADA. LANÇAMENTO DE OFÍCIO.
Julgadas não declaradas as compensações informadas nas respectivas DCOMP, deve-se exigir de ofício as parcelas do débito de IPI que não estavam informadas em DCTF.
Impugnação improcedente
Crédito Tributário Mantido
Irresignado com a decisão a quo, o sujeito passivo apresentou recurso voluntário onde alega, em breve síntese, que:
a)A autuação prescreve que as compensações foram indeferidas pelas razões expostas no despacho decisório DRF/PCA nº 1354/2008. Contudo o Agente Fiscal não observou que, mesmo tendo sido indeferidas as compensações, o mencionado despacho decisório prescreveu o direito de a recorrente interpor o recurso administrativo cabível, nos termos do artigo 55 da Lei nº 9.784/99. O que, por certo, foi feito conforme cópia contida nos autos. Portanto, a presente autuação fere o direito da recorrente, especialmente as garantias constitucionais do contraditório e da ampla defesa, devendo ser declarada nula;
b)É ilegal o lançamento combatido, vez que o imposto com o qual foi compensado ainda é objeto de processo judicial em que está sendo questionado, o que impede o seu lançamento, vez que não há decisão definitiva sobre a exigibilidade ou não de tal tributo e também a respeito da existência de crédito para a recorrente, por ter feito o recolhimento a maior. Nesta linha, que seja declarado nulo o auto de infração que originou o presente processo;
c)A compensação feita pela recorrente com créditos provenientes do pagamento a maior de PIS é capaz de conferir o direito de ter reconhecido o pagamento do IPI que originou o Auto de infração correspondente ao vertente caso, estando tal imposto, dessa forma, quitado, não havendo nada a ser reclamado pelo Fisco.
Termina sua petição recursal requerendo a reforma da decisão vergastada para acolher as preliminares de nulidade e, caso não sejam deferidas as preliminares, que seja reconhecida a legalidade e regularidade da compensação do crédito referente ao pagamento a maior do PIS com o valor do IPI que deveria ser pago pela recorrente.
É o Relatório.
VOTO
Nome do relator: GILSON MACEDO ROSENBURG FILHO
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decisao_txt : RESOLVEM os membros da 4ª câmara / 2ª turma ordinária da Terceira Seção de julgamento, por unanimidade de votos, converterem o julgamento do recurso em diligência, nos termos do voto do relator. (assinado digitalmente) GILSON MACEDO ROSENBURG FILHO Relator e Presidente Substituto. Participaram, ainda, do presente julgamento, os Conselheiros João Carlos Cassuli Junior, Silvia de Brito Oliveira, Francisco Maurício Rabelo de Albuquerque Silva, Fernando Luiz da Gama Lobo D Eca e Mário César Fracalossi Bais (suplente). RELATÓRIO Como forma de elucidar os fatos ocorridos até a decisão da Delegacia da Receita Federal do Brasil de Julgamento, colaciono o relatório do Acórdão recorrido, in verbis: Trata-se de lançamento de oficio, fls. 27 a 29, lavrado contra a contribuinte acima identificada, com a exigência do crédito tributário do Imposto sobre Produtos Industrializados IPI, no valor de R$ 20.622,29, incluídos multa de ofício no percentual de 75% e juros de mora calculados até 28/11/2008. Na Descrição dos Fatos, fl. 109, o autuante relata que no procedimento fiscal de verificação do cumprimento das obrigações tributárias apurou insuficiência de declaração de IPI revisão interna, conforme termo de constatação interna nº 01. Consta do termo de constatação fiscal nº 01, fls. 02 a 04, que: a) a empresa pretendeu quitar débitos vencidos de COFINS, PIS e IPI através de compensações, com supostos créditos de PIS, que entendia terem sido pagos indevidamente com base nos Decretos-Lei n° 2.445/88 e 2.449/88, conforme Pedidos de Ressarcimento ou Restituição Declaração de Compensação PER/DCOMPs transmitidos em 23.12.2005, 13.04.2005 e 14.02.2005; b)os débitos do IPI referente aos períodos do 3°/dec/05/2003 e ao l°/dec/04/2003, foram regularmente confessados nas DCTFs, fls. 112/114 e os débitos apurados nos períodos de março e janeiro de 2005 foram parcialmente declarados, fls. 115/116, portanto, estes últimos serão exigidos através de lançamento, acrescidos de juros e multa de ofício, conforme estabelece o artigo 44 da Lei n° 9.430/96; c) o artigo 74 § 3º , inc. VI c/c § 12 da Lei n° 9.430/96, incluído pela Lei n° 11.051 de 2004, estabelece que serão consideradas não declaradas as compensações que se refiram a pedidos de restituição ou ressarcimento indeferidos pela autoridade competente da SRF; d) estas compensações foram indeferidas pelas razões expostas no Despacho Decisório DRF/PCA n° 1354/2008, pela autoridade competente. Cientificada da exigência fiscal em 24/03/2009, fl. 34, a autuada apresentou, em 22/04/2009, a impugnação de folhas 35 a 59, alegando, em síntese, que: 1) apresentou recurso administrativo contra o despacho decisório que considerou as compensação não declaradas, conforme indicado no próprio despacho. Portanto, a presente autuação fere direitos da Impugnante, especialmente, as garantias constitucionais do contraditório e da ampla defesa, devendo ser declarada nula; 2) os processos de restituição e de compensação (13890.000530/200110 e 13888.720639/200884) se encontram em trâmite em grau de recurso administrativo; 3) com a declaração de inconstitucionalidade dos Decretos-Lei nºs 2.445 e 2.449, de 1988, teria direito aos valores pagos a maior, em relação ao PIS calculado de acordo com a Lei Complementar (LC) nº 7, de 7 de setembro de 1970; 4) a multa é confiscatória, conforme julgados que transcreve, além de ferir os princípios constitucionais da proporcionalidade, da razoabilidade, da legalidade e da capacidade contributiva. A 4ª Turma da Delegacia de Julgamento em Salvador (BA) julgou improcedente a impugnação, nos termos do Acórdão nº 15-29326, de 22 de dezembro de 2011, cuja ementa abaixo reproduzo: ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS IPI Data do fato gerador: 31/01/2005, 31/03/2005 COMPENSAÇÃO NÃO DECLARADA. LANÇAMENTO DE OFÍCIO. Julgadas não declaradas as compensações informadas nas respectivas DCOMP, deve-se exigir de ofício as parcelas do débito de IPI que não estavam informadas em DCTF. Impugnação improcedente Crédito Tributário Mantido Irresignado com a decisão a quo, o sujeito passivo apresentou recurso voluntário onde alega, em breve síntese, que: a)A autuação prescreve que as compensações foram indeferidas pelas razões expostas no despacho decisório DRF/PCA nº 1354/2008. Contudo o Agente Fiscal não observou que, mesmo tendo sido indeferidas as compensações, o mencionado despacho decisório prescreveu o direito de a recorrente interpor o recurso administrativo cabível, nos termos do artigo 55 da Lei nº 9.784/99. O que, por certo, foi feito conforme cópia contida nos autos. Portanto, a presente autuação fere o direito da recorrente, especialmente as garantias constitucionais do contraditório e da ampla defesa, devendo ser declarada nula; b)É ilegal o lançamento combatido, vez que o imposto com o qual foi compensado ainda é objeto de processo judicial em que está sendo questionado, o que impede o seu lançamento, vez que não há decisão definitiva sobre a exigibilidade ou não de tal tributo e também a respeito da existência de crédito para a recorrente, por ter feito o recolhimento a maior. Nesta linha, que seja declarado nulo o auto de infração que originou o presente processo; c)A compensação feita pela recorrente com créditos provenientes do pagamento a maior de PIS é capaz de conferir o direito de ter reconhecido o pagamento do IPI que originou o Auto de infração correspondente ao vertente caso, estando tal imposto, dessa forma, quitado, não havendo nada a ser reclamado pelo Fisco. Termina sua petição recursal requerendo a reforma da decisão vergastada para acolher as preliminares de nulidade e, caso não sejam deferidas as preliminares, que seja reconhecida a legalidade e regularidade da compensação do crédito referente ao pagamento a maior do PIS com o valor do IPI que deveria ser pago pela recorrente. É o Relatório. VOTO
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(assinado digitalmente) GILSON MACEDO ROSENBURG FILHO – Relator e Presidente Substituto. Participaram, ainda, do presente julgamento, os Conselheiros João Carlos Cassuli Junior, Silvia de Brito Oliveira, Francisco Maurício Rabelo de Albuquerque Silva, Fernando Luiz da Gama Lobo D Eca e Mário César Fracalossi Bais (suplente). RE SO LU ÇÃ O G ER A D A N O P G D -C A RF P RO CE SS O 1 38 88 .0 05 52 1/ 20 08 -2 2 Fl. 183DF CARF MF Impresso em 13/03/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 21/02/2013 por GILSON MACEDO ROSENBURG FILHO, Assinado digitalmente em 2 1/02/2013 por GILSON MACEDO ROSENBURG FILHO Processo nº 13888.005521/200822 Resolução nº 3402000.507 S3C4T2 Fl. 101 2 RELATÓRIO Como forma de elucidar os fatos ocorridos até a decisão da Delegacia da Receita Federal do Brasil de Julgamento, colaciono o relatório do Acórdão recorrido, in verbis: Tratase de lançamento de oficio, fls. 27 a 29, lavrado contra a contribuinte acima identificada, com a exigência do crédito tributário do Imposto sobre Produtos Industrializados IPI, no valor de R$ 20.622,29, incluídos multa de ofício no percentual de 75% e juros de mora calculados até 28/11/2008. Na Descrição dos Fatos, fl. 109, o autuante relata que no procedimento fiscal de verificação do cumprimento das obrigações tributárias apurou insuficiência de declaração de IPI – revisão interna, conforme termo de constatação interna nº 01. Consta do termo de constatação fiscal nº 01, fls. 02 a 04, que: a) a empresa pretendeu quitar débitos vencidos de COFINS, PIS e IPI através de compensações, com supostos créditos de PIS, que entendia terem sido pagos indevidamente com base nos DecretosLei n° 2.445/88 e 2.449/88, conforme Pedidos de Ressarcimento ou Restituição Declaração de Compensação PER/DCOMPs transmitidos em 23.12.2005, 13.04.2005 e 14.02.2005; b)os débitos do IPI referente aos períodos do 3°/dec/05/2003 e ao l°/dec/04/2003, foram regularmente confessados nas DCTFs, fls. 112/114 e os débitos apurados nos períodos de março e janeiro de 2005 foram parcialmente declarados, fls. 115/116, portanto, estes últimos serão exigidos através de lançamento, acrescidos de juros e multa de ofício, conforme estabelece o artigo 44 da Lei n° 9.430/96; c) o artigo 74 § 3º , inc. VI c/c § 12 da Lei n° 9.430/96, incluído pela Lei n° 11.051 de 2004, estabelece que serão consideradas não declaradas as compensações que se refiram a pedidos de restituição ou ressarcimento indeferidos pela autoridade competente da SRF; d) estas compensações foram indeferidas pelas razões expostas no Despacho Decisório DRF/PCA n° 1354/2008, pela autoridade competente. Cientificada da exigência fiscal em 24/03/2009, fl. 34, a autuada apresentou, em 22/04/2009, a impugnação de folhas 35 a 59, alegando, em síntese, que: 1) apresentou recurso administrativo contra o despacho decisório que considerou as compensação não declaradas, conforme indicado no próprio despacho. Portanto, a presente autuação fere direitos da Impugnante, especialmente, as garantias constitucionais do contraditório e da ampla defesa, devendo ser declarada nula; 2) os processos de restituição e de compensação (13890.000530/200110 e 13888.720639/200884) se encontram em trâmite em grau de recurso administrativo; Fl. 184DF CARF MF Impresso em 13/03/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 21/02/2013 por GILSON MACEDO ROSENBURG FILHO, Assinado digitalmente em 2 1/02/2013 por GILSON MACEDO ROSENBURG FILHO Processo nº 13888.005521/200822 Resolução nº 3402000.507 S3C4T2 Fl. 102 3 3) com a declaração de inconstitucionalidade dos DecretosLei nºs 2.445 e 2.449, de 1988, teria direito aos valores pagos a maior, em relação ao PIS calculado de acordo com a Lei Complementar (LC) nº 7, de 7 de setembro de 1970; 4) a multa é confiscatória, conforme julgados que transcreve, além de ferir os princípios constitucionais da proporcionalidade, da razoabilidade, da legalidade e da capacidade contributiva. A 4ª Turma da Delegacia de Julgamento em Salvador (BA) julgou improcedente a impugnação, nos termos do Acórdão nº 1529326, de 22 de dezembro de 2011, cuja ementa abaixo reproduzo: ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS IPI Data do fato gerador: 31/01/2005, 31/03/2005 COMPENSAÇÃO NÃO DECLARADA. LANÇAMENTO DE OFÍCIO. Julgadas não declaradas as compensações informadas nas respectivas DCOMP, devese exigir de ofício as parcelas do débito de IPI que não estavam informadas em DCTF. Impugnação improcedente Crédito Tributário Mantido Irresignado com a decisão a quo, o sujeito passivo apresentou recurso voluntário onde alega, em breve síntese, que: a) A autuação prescreve que as compensações foram indeferidas pelas razões expostas no despacho decisório DRF/PCA nº 1354/2008. Contudo o Agente Fiscal não observou que, mesmo tendo sido indeferidas as compensações, o mencionado despacho decisório prescreveu o direito de a recorrente interpor o recurso administrativo cabível, nos termos do artigo 55 da Lei nº 9.784/99. O que, por certo, foi feito conforme cópia contida nos autos. Portanto, a presente autuação fere o direito da recorrente, especialmente as garantias constitucionais do contraditório e da ampla defesa, devendo ser declarada nula; b) É ilegal o lançamento combatido, vez que o imposto com o qual foi compensado ainda é objeto de processo judicial em que está sendo questionado, o que impede o seu lançamento, vez que não há decisão definitiva sobre a exigibilidade ou não de tal tributo e também a respeito da existência de crédito para a recorrente, por ter feito o recolhimento a maior. Nesta linha, que seja declarado nulo o auto de infração que originou o presente processo; c) A compensação feita pela recorrente com créditos provenientes do pagamento a maior de PIS é capaz de conferir o direito de ter reconhecido o pagamento do IPI que originou o Auto de infração correspondente ao vertente caso, estando tal imposto, dessa forma, quitado, não havendo nada a ser reclamado pelo Fisco. Termina sua petição recursal requerendo a reforma da decisão vergastada para acolher as preliminares de nulidade e, caso não sejam deferidas as preliminares, que seja reconhecida a legalidade e regularidade da compensação do crédito referente ao pagamento a maior do PIS com o valor do IPI que deveria ser pago pela recorrente. Fl. 185DF CARF MF Impresso em 13/03/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 21/02/2013 por GILSON MACEDO ROSENBURG FILHO, Assinado digitalmente em 2 1/02/2013 por GILSON MACEDO ROSENBURG FILHO Processo nº 13888.005521/200822 Resolução nº 3402000.507 S3C4T2 Fl. 103 4 É o Relatório. VOTO O recurso foi apresentado com observância do prazo previsto, bem como dos demais requisitos de admissibilidade. Sendo assim, dela tomo conhecimento e passo a apreciar. O “Termo de Constatação Fiscal, fls. 02/04, informa que as compensações tratadas nestes autos foram indeferidas pelas razões expostas no Despacho Decisório DRF/PCA n° 1354/2008. Já o despacho decisório em questão ressalta que os créditos pleiteados pelo recorrente e utilizado para compensar os débitos constituídos nestes autos, estão em discussão no processo nº 13890.000530/200110. Já me posicionei em outras ocasiões no sentido de que processo que trate de compensação, cujo crédito a ser utilizado esteja sendo discutido em outro processo administrativo, deve esperar a decisão do processo conhecido como “mãe”, aquele que contém o crédito pleiteado, para então poder ter seu desfecho final. Conforme já relatado, os créditos financeiros que o sujeito passivo pretende utilizar para quitar os débitos tributários constituídos nestes autos estão em debate no processo nº 13890.000530/200110. Em face dessa dependência, voto por converter o julgamento em diligência, determinando que acoste cópia da decisão definitiva proferida no processo nº 13890.000530/200110 e que seja elaborada planilha demonstrativa do valor do crédito a ser restituído de acordo com a decisão definitiva do processo acima citado. Depois de tomadas as providências requeridas, que sejam devolvidos os autos ao CARF para prosseguimento do rito processual. Sala das Sessões, 31/01/2012 GILSON MACEDO ROSENBURG FILHO Fl. 186DF CARF MF Impresso em 13/03/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 21/02/2013 por GILSON MACEDO ROSENBURG FILHO, Assinado digitalmente em 2 1/02/2013 por GILSON MACEDO ROSENBURG FILHO
score : 1.0
Numero do processo: 10469.720580/2007-96
Turma: Terceira Turma Ordinária da Quarta Câmara da Terceira Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Wed Aug 22 00:00:00 UTC 2012
Ementa: Contribuição para o Programa de Integração social - PIS. Período de apuração: 01/01/2003 a 31/01/2003, 01/03/2003 a 31/12/2003, 01/03/2004 a 31/03/2004, 01/05/2004 a 31/12/2005. Ementa: PRELIMINAR - NULIDADE DO AUTO DE INFRAÇÃO. Não há que se falar em nulidade do Auto de Infração quando este atende a todos as formalidades legais e o contribuinte tem acesso à detalhada descrição dos fatos e a todos os elementos e provas que o embasaram. Ementa: MANDADO DE PROCEDIMENTO FISCAL. O Mandado de Procedimento Fiscal, sob a égide da Portaria que o criou, é mero instrumento interno de planejamento e controle das atividades e procedimentos fiscais, não implicando nulidade do procedimento fiscal mesmo que haja eventuais falhas na emissão e trâmite desse instrumento. Ementa: AGRAVAMENTO DA MULTA. FALSA DECLARAÇÃO. Só cabível quando materializado o ilícito. Declaração prestada ao fisco, quando este pode verificar seu acerto, não tipifica a figura preconizada na doutrina penal. Ementa: REPRESENTAÇÃO FISCAL PARA FINS PENAIS. IMPUGNAÇÃO. O CARF não possui competência para apreciar impugnação de representação fiscal para fins penais, por se tratar de ato informativo e obrigatório do servidor que toma conhecimento de fato que, em tese, caracteriza ilícito penal e não estar sujeito ao rito do Decreto nº 70.235/72. Ementa: LANÇAMENTO DE OFÍCIO. INCIDÊNCIA DE JUROS DE MORA. LEGALIDADE. TAXA SELIC. Legitima a aplicação da taxa Selic, para a cobrança dos juros de mora, a partir de 1° de abril de 1995 (art. 13, da Lei n° 9.065/95), Súmula nº 4 do CARF. Ementa: MULTA. SANÇÃO FISCAL. A multa de ofício se revela sanção tributária. Sanção, como qualquer sanção jurídica, tem por finalidade dissuadir o possível devedor de eventual descumprimento da obrigação a que estiver sujeito e, assim estimular o cumprimento das obrigações acessórias e do pagamento da obrigação principal. Ementa: LANÇAMENTO DE OFÍCIO. CRÉDITO TRIBUTÁRIO. Constatada a inexistência de declaração obrigatória dos tributos devidos pelo contribuinte, impõe o lançamento com o objetivo de constituir o crédito tributário, art. 142 do CTN.
Numero da decisão: 3403-001.744
Decisão: Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, negar provimento ao recurso. Antonio Carlos Atulim - Presidente.
Matéria: Cofins - ação fiscal (todas)
Nome do relator: DOMINGOS DE SA FILHO
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conteudo_txt : Metadados => pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.4; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 6; dc:format: application/pdf; version=1.4; pdf:charsPerPage: 2274; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; access_permission:fill_in_form: true; pdf:encrypted: true; access_permission:can_modify: true; Content-Type: application/pdf | Conteúdo => S3C4T3 Fl. 1 1 S3C4T3 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS TERCEIRA SEÇÃO DE JULGAMENTO Processo nº 10469.720580/200796 Recurso nº Voluntário Acórdão nº 3403001.744 – 4ª Câmara / 3ª Turma Ordinária Sessão de 22 de agosto de 2012 Matéria COFINS/PIS Recorrente MPS CONSTRUÇÕES LTDA. Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: Contribuição para o Programa de Integração social PIS. Período de apuração: 01/01/2003 a 31/01/2003, 01/03/2003 a 31/12/2003, 01/03/2004 a 31/03/2004, 01/05/2004 a 31/12/2005. Ementa: PRELIMINAR NULIDADE DO AUTO DE INFRAÇÃO. Não há que se falar em nulidade do Auto de Infração quando este atende a todos as formalidades legais e o contribuinte tem acesso à detalhada descrição dos fatos e a todos os elementos e provas que o embasaram. Ementa: MANDADO DE PROCEDIMENTO FISCAL. O Mandado de Procedimento Fiscal, sob a égide da Portaria que o criou, é mero instrumento interno de planejamento e controle das atividades e procedimentos fiscais, não implicando nulidade do procedimento fiscal mesmo que haja eventuais falhas na emissão e trâmite desse instrumento. Ementa: AGRAVAMENTO DA MULTA. FALSA DECLARAÇÃO. Só cabível quando materializado o ilícito. Declaração prestada ao fisco, quando este pode verificar seu acerto, não tipifica a figura preconizada na doutrina penal. Ementa: REPRESENTAÇÃO FISCAL PARA FINS PENAIS. IMPUGNAÇÃO. O CARF não possui competência para apreciar impugnação de representação fiscal para fins penais, por se tratar de ato informativo e obrigatório do servidor que toma conhecimento de fato que, em tese, caracteriza ilícito penal e não estar sujeito ao rito do Decreto nº 70.235/72. Ementa: LANÇAMENTO DE OFÍCIO. INCIDÊNCIA DE JUROS DE MORA. LEGALIDADE. TAXA SELIC. Legitima a aplicação da taxa Selic, para a cobrança dos juros de mora, a partir de 1° de abril de 1995 (art. 13, da Lei n° 9.065/95), Súmula nº 4 do CARF. Fl. 805DF CARF MF Impresso em 10/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 11/09/2012 por DOMINGOS DE SA FILHO, Assinado digitalmente em 30/09/2012 por ANTONIO CARLOS ATULIM, Assinado digitalmente em 11/09/2012 por DOMINGOS DE SA FILHO 2 Ementa: MULTA. SANÇÃO FISCAL. A multa de ofício se revela sanção tributária. Sanção, como qualquer sanção jurídica, tem por finalidade dissuadir o possível devedor de eventual descumprimento da obrigação a que estiver sujeito e, assim estimular o cumprimento das obrigações acessórias e do pagamento da obrigação principal. Ementa: LANÇAMENTO DE OFÍCIO. CRÉDITO TRIBUTÁRIO. Constatada a inexistência de declaração obrigatória dos tributos devidos pelo contribuinte, impõe o lançamento com o objetivo de constituir o crédito tributário, art. 142 do CTN. Recurso Voluntário Negado. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, negar provimento ao recurso. Antonio Carlos Atulim Presidente. Domingos de Sá Filho Relator. Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros: Domingos de Sá Filho, Antonio Carlos Atulim, Robson José Bayerl, Rosaldo Trevisan, Marcos Tranchesi Ortiz e Raquel Motta Brandão Minatel. Relatório Tratase de auto de infração em decorrência da ausência de declaração e o recolhimento das contribuições para o PIS relativo aos períodos de apurações de: 01/01/2003 a 31/01/2003, 01/03/2003 a 31/12/2003, 01/03/2004 a 31/03/2004, 01/05/2004 a 31/12/2005. Sustenta a recorrente que trata de tributação reflexa decorrente dos mesmos fatos geradores que serviram para apurar Imposto de Renda Pessoa Jurídica e Imposto de Renda Retido na Fonte face o arbitramento do lucro por falta de apresentação da documentação contábil. Demonstra, também, irresignação da incidência da multa de ofício de 150%. Arguise em preliminar nulidade lançamento por decurso de prazo do Mandado de Procedimento Fiscal – MPF por decorrido mais de 120 dias do início da ação fiscal. Sustenta também a ilegalidade da utilização da Taxa Referencial do sistema de Liquidação e Custódia – Selic. Fl. 806DF CARF MF Impresso em 10/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 11/09/2012 por DOMINGOS DE SA FILHO, Assinado digitalmente em 30/09/2012 por ANTONIO CARLOS ATULIM, Assinado digitalmente em 11/09/2012 por DOMINGOS DE SA FILHO Processo nº 10469.720580/200796 Acórdão n.º 3403001.744 S3C4T3 Fl. 2 3 Afirma a competência dos Órgãos Colegiados para conhecimento da ilegalidade decretada pelo poder judiciário. Discute a improcedência da representação fiscal para fins penais e multa agravada. O credito tributário foi mantido na integra pelo julgador de piso. É o relatório. Voto Conselheiro Domingos de Sá Filho Relator. Satisfeitos os pressupostos de admissibilidade, tomo conhecimento do recurso. Das preliminares. Em relação ao decurso de prazo do Mandado de Procedimento Fiscal – MPF em razão de ter decorrido mais de 120 dias do início da ação fiscal. Não há como prosperar a sustentação de decurso de prazo do MPF, bem como, argüição de ter decorrido mais de 60 (sessenta) dias sem prorrogação, toda argumentação encontra despojada de suporte fático capaz de causar nulidade do lançamento. A contribuinte foi devidamente cientificada em 21 de setembro de 2007 da designação de outro auditor fiscal para a execução da fiscalização por meio MPF – fl. 02, bem como, d termo de encerramento às fls. 16 e 365. Andou muito bem o julgador de piso quando afirma: “Também no que se refere à argumentação da autuada de que não havia sido cientificada das prorrogações dos MPF e que o demonstrativo das modificações efetuadas no curso do procedimento fiscal, não consta no processo administrativo fiscal, estas igualmente carecem de suporte fático, uma vez que todas as prorrogações de MPF foram cientificadas à contribuinte, conforme se verifica por meio dos "AR" de fls.20 e 369, 31 e 380, 33 e 382, além de haverem sido comunicadas via Internet, conforme determina a Portaria SRF n° 3007, de 2001, art.7°, inciso VIII, estando também informado pela Internet, o quadro de validade de Prorrogação dos MPF, conforme se constata às fls.703 do processo”. Com esses fundamentos deve ser afastadas as preliminares de nulidade. No mérito. Razão alguma assiste a recorrente em sua longa impugnação, peça essa aproveitada como razão do recurso voluntário de aproximadamente 57 (cinquenta e sete) laudas, embora bem redigida, desprovida de conteúdo capaz de abalar o lançamento. Fl. 807DF CARF MF Impresso em 10/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 11/09/2012 por DOMINGOS DE SA FILHO, Assinado digitalmente em 30/09/2012 por ANTONIO CARLOS ATULIM, Assinado digitalmente em 11/09/2012 por DOMINGOS DE SA FILHO 4 A sustentação de que trata de lançamento reflexo não procede. O lançamento deuse estritamente com arrimo em notas fiscais de prestação de serviço, cujos demonstrativos elaborados pela fiscalização fazem parte desse processado. Documentos esses obtidos junto aos tomadores de serviços, pela leitura constatase em sua totalidade tratarse de Municípios e Órgãos da Administração Estadual, especificamente do Estado do Rio Grande do Norte. Em relação aos documentos fiscais que serviram para apuração do crédito tributário nenhuma linha de irresignação demonstrou a empresa recorrente, quedouse diante da farta documentação colecionada. Em verdade o que se discuti é o crédito tributário, inexistindo contrariedade há de ter como certo e liquido, motivo pelo qual deve mantido. Tenho como certo a manutenção do crédito tributário, o lançamento se revela consistente e está ancorado em documentos bons, por si só o torna sólido. Quando o contribuinte se queda inerte, deixa de entregar a documentação à fiscalização, essa busca subsídios em documentos obtidos de tomador em sua totalidade Órgãos públicos sem ser contrariado, razão alguma assiste, impõe o dever de lançar de ofício os valores deixados de serem declarados, constituídoos mediante auto de infração. Portanto, a prova produzida pela autoridade fiscal demonstra com precisão a matéria tributável, dando certeza e liquidez do crédito. Assim, deve ser mantida decisão atacada pelos seus próprios fundamentos, não merecendo qualquer reparo. Juros de Mora e Aplicação taxa Selic. Como é de conhecimento comum os juros moratórios têm caráter meramente compensatório e devem ser exigidos inclusive no período em que o crédito tributário estiver com sua exigibilidade suspensa pela impugnação administrativa. A cobrança de multa de mora e juros de mora encontra amparo legal no art. 61 da Lei nº 9.430/96, que assim estabelece, verbis: “Art. 61. Os débitos para com a União, decorrentes de tributos e contribuições administrados pela Secretaria da Receita Federal, cujos fatos geradores ocorrerem a partir de 1º de janeiro de 1997, não pagos nos prazos previstos na legislação específica, serão acrescidos de multa de mora, calculada à taxa de trinta e três centésimos por cento, por dia de atraso. [...] § 3º Sobre os débitos a que se refere este artigo incidirão juros de mora calculados à taxa a que se refere o § 3º do art. 5º, a partir do primeiro dia do mês subseqüente ao vencimento do prazo até o mês anterior ao do pagamento e de um por cento no mês de pagamento.” Sabese que a multa de mora não depende da análise de elemento subjetivo para ser aplicada, ou seja, não importa se o atraso ou falta de pagamento ocorreu por culpa ou Fl. 808DF CARF MF Impresso em 10/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 11/09/2012 por DOMINGOS DE SA FILHO, Assinado digitalmente em 30/09/2012 por ANTONIO CARLOS ATULIM, Assinado digitalmente em 11/09/2012 por DOMINGOS DE SA FILHO Processo nº 10469.720580/200796 Acórdão n.º 3403001.744 S3C4T3 Fl. 3 5 por força maior. Havendo o vencimento do débito sem que haja o pagamento, incide a multa moratória. A legalidade da cobrança de juros de mora com base na taxa Selic é matéria pacificada no âmbito deste Segundo Conselho de Contribuintes, assim como também é o entendimento de que ao julgador administrativo não compete apreciar a inconstitucionalidade de disposição legal. Estas matérias foram, inclusive, sumuladas pelo Segundo Conselho de Contribuintes, sendo bastante, para rebater as alegações da recorrente, a transcrição do enunciado das Súmulas nºs 4 do CARF. Portanto, incide sobre os débitos tributários para com a união Federal, não pagos nos prazos previstos em lei, aplicase juros de mora, calculados com base na Taxa Selic conforme dispõe a Súmula 4 do CARF: “Súmula CARF nº 4: A partir de 1º de abril de 1995, os juros moratórios incidentes sobre débitos tributários administrados pela Secretaria da Receita Federal são devidos, no período de inadimplência, à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e Custódia SELIC para títulos federais”. Assim como, é vedado o exame de inconstitucionalidade por força da Súmula CARf nº 2: “Súmula CARF nº 2: O CARF não é competente para se pronunciar sobre a inconstitucionalidade de lei tributária”. Multa de Ofício. A multa de ofício se revela sanção tributária. Como se sabe a sanção, como qualquer sanção jurídica, tem por finalidade dissuadir o possível devedor de eventual descumprimento da obrigação a que estiver sujeito e, assim estimular o cumprimento das obrigações acessórias e do pagamento da obrigação principal. O descumprimento da entrega de declarações no prazo e forma estabelecida abre as portas para aplicação da penalidade. No caso concreto a reclamação assenta quanto ao reconhecimento por parte da fiscalização de índices que justificasse o agravamento da pena em decorrência do contribuinte ter apresentado declarações de DCTF e ter apresentado DIPJ reiteradamente sem indicação dos valores devidos, bem como, receitas no período. Portanto, nesse ponto tenho que não assiste razão a recorrente, pois o reiteradamente revela estado de sonegação. O fato esse de apresentar declaração e declaração de Imposto de Renda sem indicação de receita e o valor devido das contribuições configura fraude capaz de alimentar imposição pena superior ao percentual de 75% (setenta e cinco por cento). REPRESENTAÇÃO PARA FINS PENAIS. Fl. 809DF CARF MF Impresso em 10/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 11/09/2012 por DOMINGOS DE SA FILHO, Assinado digitalmente em 30/09/2012 por ANTONIO CARLOS ATULIM, Assinado digitalmente em 11/09/2012 por DOMINGOS DE SA FILHO 6 O CARF não detém competência para examinar essa matéria. A representação para fins penais está sujeita a rito próprio, portanto, encontra submetida ao rito previsto pelo Decreto nº 70.235/72. De modo que, deixo de examinar essa matéria em sede recurso. Diante do exposto, conheço do recurso e nego provimento. É como voto. Domingos de Sá Filho Fl. 810DF CARF MF Impresso em 10/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 11/09/2012 por DOMINGOS DE SA FILHO, Assinado digitalmente em 30/09/2012 por ANTONIO CARLOS ATULIM, Assinado digitalmente em 11/09/2012 por DOMINGOS DE SA FILHO
score : 1.0
Numero do processo: 10855.002153/99-25
Turma: PLENO DA CÂMARA SUPERIOR REC. FISCAIS
Câmara: Pleno
Seção: Câmara Superior de Recursos Fiscais
Data da sessão: Wed Aug 29 00:00:00 UTC 2012
Data da publicação: Fri Apr 05 00:00:00 UTC 2013
Ementa: Assunto: Normas Gerais de Direito Tributário
Período de apuração: 01/07/1989 a 30/09/1995
PIS. TRIBUTOS SUJEITOS A LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO. DECADÊNCIA. RESTITUIÇÃO. COMPENSAÇÃO. ARTIGO 62A DO REGIMENTO INTERNO DO CARF.
Esta Corte Administrativa está vinculada às decisões definitivas de mérito proferidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), bem como àquelas proferidas pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) em Recurso Especial repetitivo. Assim, conforme entendimento firmado pelo STF no julgamento do RE nº 566.621, bem como aquele esposado pelo STJ no julgamento do REsp nº 1.002.932, para os pedidos de restituição/compensação de tributos sujeitos a lançamento por homologação - formalizados antes da vigência da Lei Complementar 118, de 2005, ou seja, antes do dia 09/06/2005 - o prazo para o sujeito passivo pleitear restituição/compensação, será de 5 (cinco) anos, previsto no artigo 150, § 4º, do Código Tributário Nacional (CTN), somado a 5 (cinco) anos, previsto no artigo 168, I, desse mesmo Código.
Numero da decisão: 9900-000.542
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
ACORDAM os membros do Pleno da Câmara Superior de Recursos Fiscais, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso.
(assinado digitalmente)
Otacílio Dantas Cartaxo - Presidente.
(assinado digitalmente)
Marcelo Oliveira - Relator
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Otacílio Dantas Cartaxo, Susy Gomes Hoffmann, Valmar Fonseca de Menezes, Alberto Pinto Souza Júnior, Francisco de Sales Ribeiro de Queiroz, João Carlos de Lima Júnior, Jorge Celso Freire da Silva, José Ricardo da Silva, Karem Jureidini Dias, Valmir Sandri, Luiz Eduardo de Oliveira Santos, Elias Sampaio Freire, Gonçalo Bonet Allage, Gustavo Lian Haddad, Manoel Coelho Arruda Junior, Marcelo Oliveira, Maria Helena Cotta Cardozo, Rycardo Henrique Magalhães de Oliveira, Henrique Pinheiro Torres, Francisco Maurício Rabelo de Albuquerque Silva, Júlio César Alves Ramos, Maria Teresa Martinez Lopez, Nanci Gama, Rodrigo Cardozo Miranda, Rodrigo da Costa Possas, Mercia Helena Trajano Damorim que substituiu Marcos Aurélio Pereira Valadão.
Nome do relator: MARCELO OLIVEIRA
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TRIBUTOS SUJEITOS A LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO. DECADÊNCIA. RESTITUIÇÃO. COMPENSAÇÃO. ARTIGO 62A DO REGIMENTO INTERNO DO CARF. Esta Corte Administrativa está vinculada às decisões definitivas de mérito proferidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), bem como àquelas proferidas pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) em Recurso Especial repetitivo. Assim, conforme entendimento firmado pelo STF no julgamento do RE nº 566.621, bem como aquele esposado pelo STJ no julgamento do REsp nº 1.002.932, para os pedidos de restituição/compensação de tributos sujeitos a lançamento por homologação formalizados antes da vigência da Lei Complementar 118, de 2005, ou seja, antes do dia 09/06/2005 o prazo para o sujeito passivo pleitear restituição/compensação, será de 5 (cinco) anos, previsto no artigo 150, § 4º, do Código Tributário Nacional (CTN), somado a 5 (cinco) anos, previsto no artigo 168, I, desse mesmo Código. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. ACORDAM os membros do Pleno da Câmara Superior de Recursos Fiscais, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso. (assinado digitalmente) Otacílio Dantas Cartaxo Presidente. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 85 5. 00 21 53 /9 9- 25 Fl. 287DF CARF MF Impresso em 08/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 09/03/2013 por MARCELO OLIVEIRA, Assinado digitalmente em 11/03/2013 por OTACILIO DANTAS CARTAXO, Assinado digitalmente em 09/03/2013 por MARCELO OLIVEIRA 2 (assinado digitalmente) Marcelo Oliveira Relator Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Otacílio Dantas Cartaxo, Susy Gomes Hoffmann, Valmar Fonseca de Menezes, Alberto Pinto Souza Júnior, Francisco de Sales Ribeiro de Queiroz, João Carlos de Lima Júnior, Jorge Celso Freire da Silva, José Ricardo da Silva, Karem Jureidini Dias, Valmir Sandri, Luiz Eduardo de Oliveira Santos, Elias Sampaio Freire, Gonçalo Bonet Allage, Gustavo Lian Haddad, Manoel Coelho Arruda Junior, Marcelo Oliveira, Maria Helena Cotta Cardozo, Rycardo Henrique Magalhães de Oliveira, Henrique Pinheiro Torres, Francisco Maurício Rabelo de Albuquerque Silva, Júlio César Alves Ramos, Maria Teresa Martinez Lopez, Nanci Gama, Rodrigo Cardozo Miranda, Rodrigo da Costa Possas, Mercia Helena Trajano Damorim que substituiu Marcos Aurélio Pereira Valadão. Fl. 288DF CARF MF Impresso em 08/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 09/03/2013 por MARCELO OLIVEIRA, Assinado digitalmente em 11/03/2013 por OTACILIO DANTAS CARTAXO, Assinado digitalmente em 09/03/2013 por MARCELO OLIVEIRA Processo nº 10855.002153/9925 Acórdão n.º 9900000.542 CSRFPL Fl. 3 3 Relatório Tratase de Recurso Extraordinário, fls. 0248 interposto dentro do prazo regimental pela nobre Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN) contra acórdão, fls. 0241, que decidiu em negar provimento ao recurso especial. O acórdão em questão possui as seguintes ementa e decisão: ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS/PASEP Período de apuração: 01/07/1989 a 30/09/1995 PIS. RESTITUIÇÃO/COMPENSAÇÃO. DECADÊNCIA. RESOLUÇÃO SF N° 49/1995. A contagem do prazo decadencial para pleitear a repetição de indevida incidência apenas se inicia a partir da data em que a norma foi declarada inconstitucional, vez que o sujeito passivo não poderia perder direito que não podia exercitar. Precedentes do STF. Recurso especial negado. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. ACORDAM os Membros da Primeira Turma da Câmara Superior de Recursos Fiscais, por maioria de votos, NEGAR provimento ao recurso especial, nos termos do relatório e voto que passam a integrar o presente julgado. Vencido o Conselheiro Gilson Macedo Rosenburg Filho que deu provimento ao recurso. Em seu recurso extraordinário a PGFN alega, em síntese, que: 1. O acórdão recorrido diverge da jurisprudência mantida pela Quarta Turma da Câmara Superior de Recursos Fiscais (CSRF/0400.810); 2. No acórdão recorrido foi decidido que o prazo prescricional para que o sujeito passivo possa pleitear a restituição e/ou compensação de valor pago indevidamente somente começa a fluir após a publicação da Resolução do Senado que reconhece e dá efeito erga omnes à declaração de inconstitucionalidade de lei ou a partir do ato da autoridade administrativa que concede ao contribuinte o efetivo direito de pleitear a restituição por considerar que somente a partir desta data é que surge o direito a repetição do valor pago indevidamente; Fl. 289DF CARF MF Impresso em 08/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 09/03/2013 por MARCELO OLIVEIRA, Assinado digitalmente em 11/03/2013 por OTACILIO DANTAS CARTAXO, Assinado digitalmente em 09/03/2013 por MARCELO OLIVEIRA 4 3. Porém, a Quarta Turma da CSRF, no acórdão paradigma, perfilhou entendimento diverso; 4. A Quarta Câmara decidiu que o direito de pleitear a restituição de tributo indevido, pago espontaneamente, perece com o decurso do prazo de cinco anos, contados da data de extinção do crédito tributário, considerado este como a data do pagamento, sendo irrelevante que o indébito tenha por fundamento inconstitucionalidade ou simples erro; 5. O acórdão recorrido diverge das determinações do CTN (Art. 156 e 168) e da Lei Complementar 118/2005 (Arts. 3º e 4º); 6. Em razão do exposto, roga pelo conhecimento e pelo provimento do seu recurso. Por despacho, fls. 0266, deuse seguimento ao recurso extraordinário. O sujeito passivo, devidamente intimado, não apresentou suas contra razões. Os autos retornaram ao Conselho, para análise e decisão. É o Relatório. Fl. 290DF CARF MF Impresso em 08/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 09/03/2013 por MARCELO OLIVEIRA, Assinado digitalmente em 11/03/2013 por OTACILIO DANTAS CARTAXO, Assinado digitalmente em 09/03/2013 por MARCELO OLIVEIRA Processo nº 10855.002153/9925 Acórdão n.º 9900000.542 CSRFPL Fl. 4 5 Voto Conselheiro Marcelo Oliveira, Relator. Acerca da admissibilidade do recurso extraordinário constatase que ao apreciar regra de norma geral acerca do prazo para repetição de indébito (art. 165, incisos I e II , e 168, inciso I, do CTN), ao contrário do decidido no acórdão recorrido, o acórdão paradigma considerou ser irrelevante que o indébito tenha por fundamento inconstitucionalidade ou simples erro. Portanto, demonstrado o dissídio jurisprudencial e preenchidas as demais formalidades, conheço do recurso extraordinário interposto pela Fazenda Nacional. Inicialmente, cabe salientar que, embora não esteja previsto no atual Regimento Interno do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (RICARF), aprovado pela Portaria MF nº 256, de 22/06/2009, o Recurso Extraordinário, referente a acórdão prolatado em sessão de julgamento ocorrida até 30/06/2009, será, nos termos do artigo 4º do RICARF, processado de acordo com o rito previsto no Regimento Interno da Câmara Superior de Recursos Fiscais, aprovado pela Portaria MF nº 147, de 25/06/2007. A divergência entre os acórdãos recorrido e paradigma cingese, basicamente, à fixação da data inicial para a contagem do prazo decadencial para o contribuinte pleitear restituição/compensação de valores. Para esclarecimento da questão, o(s) fato(s) geradores ocorreram em 07/1989 a 09/1995, fls. 003, e o pedido de restituição foi protocolado em 02/07/1999, fls. 001. A Fazenda Nacional pede que seja aplicado o prazo de cinco anos contados a partir da data de cada pagamento indevido eventualmente comprovado. No que tange ao objeto do presente recurso, houve pronunciamento do STF no julgamento do RE nº 566.621, bem como do STJ no julgamento do REsp nº 1.002.932, com efeito repetitivo, ao qual o CARF deve se curvar, conforme expressa disposição regimental. Conforme o artigo 62A do Regimento Interno do CARF, aprovado pela Portaria MF nº 256, de 2009, esta Corte Administrativa deve reproduzir as decisões definitivas de mérito proferidas pelo STF, bem como aquelas proferidas pelo STJ em sede de Recurso Especial repetitivo. O entendimento exarado pelas Cortes Superiores é no sentido de que o prazo para o contribuinte pleitear restituição/compensação de tributos sujeitos a lançamento por homologação será, para os pedidos de compensação protocolados antes da vigência da Lei Complementar 118, de 2005, ou seja, antes do dia 09/06/2005, o de 5 (cinco) anos, previsto no artigo 150, § 4º, do CTN, somado ao de 5 (cinco) anos, previsto no artigo 168, I, desse mesmo código. O acórdão do Supremo Tribunal Federal restou assim ementado: Fl. 291DF CARF MF Impresso em 08/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 09/03/2013 por MARCELO OLIVEIRA, Assinado digitalmente em 11/03/2013 por OTACILIO DANTAS CARTAXO, Assinado digitalmente em 09/03/2013 por MARCELO OLIVEIRA 6 “DIREITO TRIBUTÁRIO – LEI INTERPRETATIVA – APLICAÇÃO RETROATIVA DA LEI COMPLEMENTAR Nº 118/2005 – DESCABIMENTO –VIOLAÇÃO À SEGURANÇA JURÍDICA – NECESSIDADE DE OBSERVÂNCIA DA VACACIO LEGIS – APLICAÇÃO DO PRAZO REDUZIDO PARA REPETIÇÃO OU COMPENSAÇÃO DE INDÉBITOS AOS PROCESSOS AJUIZADOS A PARTIR DE 9 DE JUNHO DE 2005. Quando do advento da LC 118/05, estava consolidada a orientação da Primeira Seção do STJ no sentido de que, para os tributos sujeitos a lançamento por homologação, o prazo para repetição ou compensação de indébito era de 10 anos contados do seu fato gerador, tendo em conta a aplicação combinada dos arts. 150, § 4º, 156, VII, e 168, I, do CTN. A LC 118/05, embora tenha se autoproclamado interpretativa, implicou inovação normativa, tendo reduzido o prazo de 10 anos contados do fato gerador para 5 anos contados do pagamento indevido. Lei supostamente interpretativa que, em verdade, inova no mundo jurídico deve ser considerada como lei nova. Inocorrência de violação à autonomia e independência dos Poderes, porquanto a lei expressamente interpretativa também se submete, como qualquer outra, ao controle judicial quanto à sua natureza, validade e aplicação. A aplicação retroativa de novo e reduzido prazo para a repetição ou compensação de indébito tributário estipulado por lei nova, fulminando, de imediato, pretensões deduzidas tempestivamente à luz do prazo então aplicável, bem como a aplicação imediata às pretensões pendentes de ajuizamento quando da publicação da lei, sem resguardo de nenhuma regra de transição, implicam ofensa ao princípio da segurança jurídica em seus conteúdos de proteção da confiança e de garantia do acesso à Justiça. Afastando se as aplicações inconstitucionais e resguardando se, no mais, a eficácia da norma, permite se a aplicação do prazo reduzido relativamente às ações ajuizadas após a vacatio legis, conforme entendimento consolidado por esta Corte no enunciado 445 da Súmula do Tribunal. O prazo de vacatio legis de 120 dias permitiu aos contribuintes não apenas que tomassem ciência do novo prazo, mas também que ajuizassem as ações necessárias à tutela dos seus direitos. Inaplicabilidade do art. 2.028 do Código Civil, pois, não havendo lacuna na LC 118/05, que pretendeu a aplicação do novo prazo na maior extensão possível, descabida sua aplicação por analogia. Além disso, não se trata de lei geral, tampouco impede iniciativa legislativa em contrário. Reconhecida a inconstitucionalidade do art. 4º, segunda parte, da LC 118/05, considerando se válida a aplicação do novo prazo de 5 anos tão somente às ações ajuizadas após o decurso da vacatio legis de 120 dias, ou seja, a partir de 9 de junho de 2005. Fl. 292DF CARF MF Impresso em 08/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 09/03/2013 por MARCELO OLIVEIRA, Assinado digitalmente em 11/03/2013 por OTACILIO DANTAS CARTAXO, Assinado digitalmente em 09/03/2013 por MARCELO OLIVEIRA Processo nº 10855.002153/9925 Acórdão n.º 9900000.542 CSRFPL Fl. 5 7 Aplicação do art. 543B, §3º, do CPC aos recursos sobrestados. Recurso extraordinário desprovido.” Assim, no caso em apreço, como o contribuinte protocolou seu pedido de restituição/compensação no dia 02/07/1999, fls. 001, concluise que os pagamentos relativos aos fatos geradores que ocorreram após 02/07/1989 são passíveis de restituição e/ou compensação. CONCLUSÃO: Diante do exposto, NEGO PROVIMENTO ao Recurso Extraordinário interposto pela Fazenda Nacional, para afastar a decadência relativamente aos pagamentos referentes aos fatos geradores que ocorreram após 02/07/1989 e determinar o retorno dos autos à Autoridade Administrativa, para julgamento das demais questões objeto do pedido. (assinado digitalmente) Marcelo Oliveira Fl. 293DF CARF MF Impresso em 08/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 09/03/2013 por MARCELO OLIVEIRA, Assinado digitalmente em 11/03/2013 por OTACILIO DANTAS CARTAXO, Assinado digitalmente em 09/03/2013 por MARCELO OLIVEIRA
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Numero do processo: 19515.000138/2010-17
Turma: Primeira Turma Ordinária da Terceira Câmara da Primeira Seção
Câmara: Terceira Câmara
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Tue May 08 00:00:00 UTC 2012
Ementa: Imposto sobre a Renda de Pessoa Jurídica - IRPJ Ano-calendário: 2005 Ementa: ESPONTANEIDADE. PERDA DOS EFEITOS. A teor do que expressamente destacam as disposições do art. 138 do CTN, a instauração do respectivo procedimento fiscal exclui a espontaneidade das retificações pretendidas pela contribuinte, o que, entretanto, não impede a fiscalização de utilização das informações apresentadas para as providências que se façam necessárias para as apurações fiscais correspondentes. ARBITRAMENTO. POSSIBILIDADES. O Lançamento por arbitramento é hipótese excepcional disponível em nossos sistema tributário nacional, sendo utilizado nas hipóteses em que inexistam elementos alternativos disponíveis à fiscalização. No presente caso, apesar de inúmeras vezes intimada para a apresentação dos documentos fiscais respectivos, a contribuinte teria permanecido inerte, validando-se, assim, a utilização do arbitramento de lucros intentado pela fiscalização. MULTA DE OFÍCIO. QUALIFICAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. Verificando-se nos autos que o fundamento para a qualificação da multa de ofício aplicada é o mesmo utilizado para a aplicação do arbitramento da base de cálculo, inviável se verifica a sua manutenção, evitando-se, assim, a plicação da dupla penalidade pelas mesmas razões.
Numero da decisão: 1301-000.897
Decisão: Acordam os membros do colegiado, por unanimidade, DAR PARCIAL PROVIMENTO ao recurso voluntário, nos termos do relatório e voto do relator.
Nome do relator: CARLOS AUGUSTO DE ANDRADE JENIER
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Matéria IRPJ Recorrente BABY & KIDS COMERCIO DE ARTIGOS INFANTIS LTDA Recorrida FAZENDA NACIONAL Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Jurídica IRPJ Anocalendário: 2005 Ementa: ESPONTANEIDADE. PERDA DOS EFEITOS. A teor do que expressamente destacam as disposições do art. 138 do CTN, a instauração do respectivo procedimento fiscal exclui a espontaneidade das retificações pretendidas pela contribuinte, o que, entretanto, não impede a fiscalização de utilização das informações apresentadas para as providências que se façam necessárias para as apurações fiscais correspondentes. ARBITRAMENTO. POSSIBILIDADES. O Lançamento por arbitramento é hipótese excepcional disponível em nossos sistema tributário nacional, sendo utilizado nas hipóteses em que inexistam elementos alternativos disponíveis à fiscalização. No presente caso, apesar de inúmeras vezes intimada para a apresentação dos documentos fiscais respectivos, a contribuinte teria permanecido inerte, validandose, assim, a utilização do arbitramento de lucros intentado pela fiscalização. MULTA DE OFÍCIO. QUALIFICAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. Verificandose nos autos que o fundamento para a qualificação da multa de ofício aplicada é o mesmo utilizado para a aplicação do arbitramento da base de cálculo, inviável se verifica a sua manutenção, evitandose, assim, a plicação da dupla penalidade pelas mesmas razões. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade, DAR PARCIAL PROVIMENTO ao recurso voluntário, nos termos do relatório e voto do relator. Fl. 1DF CARF MF Impresso em 14/12/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 31/07/2012 por CARLOS AUGUSTO DE ANDRADE JENIER, Assinado digitalmente e m 31/07/2012 por CARLOS AUGUSTO DE ANDRADE JENIER, Assinado digitalmente em 06/09/2012 por ALBERTO P INTO SOUZA JUNIOR 2 (Assinado digitalmente) ALBERTO PINTO SOUZA JUNIOR Presidente. (Assinado digitalmente) CARLOS AUGUSTO DE ANDRADE JENIER Relator. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Alberto Pinto da Souza Junior, Paulo Jakson da Silva Lucas, Wilson Fernandes Guimarães, Valmir Sandri, Edwal Casoni de Paula Fernandes Júnior e Carlos Augusto de Andrade Jenier. Relatório Por bem retratar a realidade expressa nos autos, adoto o relatório apresentado pela r. decisão recorrida, no que menciona: DO PROCEDIMENTO FISCAL 1. Decorrente do trabalho de fiscalização realizado na pessoa jurídica indicada, relativo ao anocalendário de 2005, foi lavrado em 01/02/2010 (fl. 167), o auto de infração do Imposto de Renda (fls. 138 a 141), o auto de infração da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (fls. 145 a 148), o auto de infração da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (fls. 153 a 156) e o auto de infração da Contribuição para o PIS (fls. 161 a 164). O crédito tributário lançado foi de R$ 15.706.289,34 (quinze milhões, setecentos e seis mil, duzentos e oitenta e nove reais e trinta e quatro centavos), conforme abaixo demonstrado: IMPOSTO DE RENDA 2.013.943,72 JUROS DE MORA 1.035.794,40 MULTA PROPORCIONAL 2.265.686,68 TOTAL IRPJ 5.315.424,80 PROGRAMA INTEGRAÇÃO SOCIAL 538.685,26 JUROS DE MORA 285.036,87 MULTA PROPORCIONAL 606.020,86 TOTAL PIS 1.429.742,99 CONTRIBUIÇÃO SOCIAL S/ LUCRO LÍQUIDO 895.046,51 JUROS DE MORA 460.332,69 MULTA PROPORCIONAL 1.006.927,30 TOTAL CSLL 2.362.306,50 CONTRIBUIÇÃO p/ FINANCIAMENTO S. SOCIAL 2.486.239,94 JUROS DE MORA 1.315.555,23 MULTA PROPORCIONAL 2.797.019,88 TOTAL COFINS 6.598.815,05 TOTAL DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO 15.706.289,34 Fl. 2DF CARF MF Impresso em 14/12/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 31/07/2012 por CARLOS AUGUSTO DE ANDRADE JENIER, Assinado digitalmente e m 31/07/2012 por CARLOS AUGUSTO DE ANDRADE JENIER, Assinado digitalmente em 06/09/2012 por ALBERTO P INTO SOUZA JUNIOR Processo nº 19515.000138/201017 Acórdão n.º 1301000.897 S1C3T1 Fl. 2 3 2. Os fatos apurados pela Autoridade Lançadora estão descritos no Termo de Constatação e Verificação Fiscal (fls. 121 a 128), a seguir sintetizados. 3. A Autoridade Fiscal informou que o Contribuinte apresentou para o ano calendário de 2005 Declaração de Informações EconômicoFiscais da Pessoa Jurídica pelo regime de tributação simplificada pelo lucro presumido (fls. 10 a 18). Informou, também, que a fiscalização se originou de representação fiscal formalizada em decorrência de divergência constatada entre os valores de receita declarados em sua DIPJ/2006/AC2005 e os valores de receita escriturados nos livros fiscais apresentados por ocasião da fiscalização efetuada através do MPFF 08.1.90.002008003008, na qual o Contribuinte deixou de apresentar a escrituração comercial solicitada, o que impossibilitou a realização das 10 verificações preliminares obrigatórias dos tributos IRPJ, IRRF, CSLL, IPI, PIS e COFINS. 4. Na planilha DEMONSTRATIVO DA RECEITA MENSAL CF. LIVROS DE ENTRADAS E SAÍDAS POR ESTABELECIMENTO E POR CFOP, estão apresentados os totais dos valores escriturados nos livros de entradas e saídas da matriz e filiais (0002 a 0013). No quadro resumo de fl. 124, encontrase demonstrada a diferença apurada entre a receita bruta escriturada nos livros fiscais e a receita bruta declarada na DIPJ/06/05, com a adição da receita bruta registrada no livro de saída da filial 000433. 5. A Autoridade Fiscal observa que o Contribuinte foi intimado e reintimado diversas vezes, mas não apresentou os livros e documentos solicitados. 6. O Contribuinte, em 05/05/2009, entregou DCTFs retificadoras com valores alterados para o IRPJ, CSLL, PIS e COFINS, que, por já estar sob ação fiscal e sem espontaneidade, não produziram efeitos, conforme legislação citada. 7. Na mesma data, o Contribuinte também entregou DACON retificador, no qual se constatou um valor a maior de R$ 7.288.396,96, que foi presumido como sendo da filial 0014, da qual não foram apresentados os livros solicitados. 8. O Contribuinte foi alertado acerca do arbitramento de lucro em caso de não atendimento às intimações e da não apresentação dos livros e documentos solicitados, além do agravamento da multa de oficio (Termo de Constatação e Reintimação Fiscal de fls. 68 e 69). 9. A base de cálculo apurada consta da tabela de fl. 126 dos autos, com os ajustes e considerações pertinentes, conforme detalhado no citado termo fiscal. 10. Enquadramento legal: IRPJ — arts. 530, III, 532, do RIR/99; art. 16 da Lei n° 9.249/95 e art. 27, I, da Lei no 9.430/96. CSLL — Arts. 2° e §§ da Lei n° 7.689/88; art. 20 da Lei n° 9.249/95, art. 29 da Lei n° 9.430/96; art. 37 da Lei n° 10.637/02. Fl. 3DF CARF MF Impresso em 14/12/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 31/07/2012 por CARLOS AUGUSTO DE ANDRADE JENIER, Assinado digitalmente e m 31/07/2012 por CARLOS AUGUSTO DE ANDRADE JENIER, Assinado digitalmente em 06/09/2012 por ALBERTO P INTO SOUZA JUNIOR 4 COFINS — Art. 1° da LC n° 70/91; arts. 2°, 3° e 8° da Lei no 9.718/98, com as alterações da Medida Provisória n° 2.15835, de 24/08/2001, arts. 2°, inciso II e parágrafo único, 3°, 10, 22 e 51, do Decreto n° 4.524/02. PIS — Art. 1° e 3°, da LC no 07/70 ;arts. 2°, inciso I, alínea "a" e parágrafo único, 3°, 10, 22 e 51, do Decreto n° 4.524/02 DA IMPUGNAÇAO 11. Cientificada do auto de infração em 01/02/2010, o Contribuinte apresentou impugnação às fls. 178 a 196 em 02/03/2010, na qual fez a defesa a seguir sintetizada. 12. Inicialmente, a Impugnante disse que após o início do procedimento fiscal verificou algumas irregularidades em sua contabilidade e transmitiu DCTF’s e DACONs retificadoras. Dessa maneira, a Impugnante, mesmo reconhecendo não poder se beneficiar dos efeitos previstos no art. 138 do CTN, buscava registrar não ter havido dolo contra o Fisco, mas sim a imperfeição de sua contabilidade. Informa que não houve tempo hábil para refazer o livro caixa e o livro de inventário dentro do tempo estipulado, deixando, assim, de apresentálo à Fiscalização. 13. A seguir, a Impugnante defendeu a nulidade dos autos de infração lavrados, argumentando que a apuração da base de cálculo para fins de arbitramento do lucro foi baseada em informações constantes das declarações retificadoras por ela transmitidas, as quais não tem efeito, conforme o previsto no § 2° do art. 11 da IN RFB n° 903/08. 14. Diz a Impugnante que a movimentação financeira da contacorrente de um contribuinte não é critério para a identificação do seu lucro e, assim, é imprestável para a verificação de irregularidades na apuração dos tributos por ele devidos e para justificar a utilização de informações constantes em declarações s que não produziram efeitos. 15. Como as declarações retificadoras foram desconsideradas para fins tributários, não poderiam ser utilizados os seus valores na apuração da base de cálculo, já que são elementos inválidos e levam à nulidade dos autos lavrados. Tratase de erro material na identificação dos critérios para determinação da base de cálculo dos tributos, em violação do disposto no art. 142 do CTN. Cita entendimento doutrinário e do CARF — Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, os quais entende a Impugnante serem favoráveis a sua tese. 16. A Impugnante também mencionou que a utilização das informações das declarações retificadoras transmitidas teve como base uma presunção, o que também levaria à nulidade dos autos de infração. 17. Em seguida, a Impugnante defendeu que não cabia o arbitramento de seu lucro, pois estariam à disposição da Fiscalização os livros e documentos de sua escrituração comercial e fiscal, de modo a permitir a verificação da receita bruta e então apurar o lucro presumido, do qual é a Impugnante optante. 18. Sobre os valores do PIS e da COFINS, defende que devem ser o excluídos de suas bases de cálculo o valor do ICMS por ela pago, citando entendimentos doutrinários e jurisprudenciais que entende favoráveis a tese defendida. Fl. 4DF CARF MF Impresso em 14/12/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 31/07/2012 por CARLOS AUGUSTO DE ANDRADE JENIER, Assinado digitalmente e m 31/07/2012 por CARLOS AUGUSTO DE ANDRADE JENIER, Assinado digitalmente em 06/09/2012 por ALBERTO P INTO SOUZA JUNIOR Processo nº 19515.000138/201017 Acórdão n.º 1301000.897 S1C3T1 Fl. 3 5 19. Para a Impugnante, a multa agravada, no percentual de 112,5%, não se aplica ao caso, pois só é cabível quando o contribuinte não atende as intimações com intuito doloso e esse não é o caso dos autos. As intimações foram respondidas e apenas os livros Caixa e Registro de Inventário não foram refeitos por falta de tempo. Há, também, dúvida na identificação da conduta penalizada em questão, devendo se aplicar o previsto no art. 112 do CTN e reduzir a multa o para 75%. 20. Por fim, requereu a Impugnante o acolhimento da sua pretensão conforme acima exposto. Analisando as razões apresentadas pela contribuinte, entendeu a douta DRJ de origem pela IMPROCEDÊNCIA da impugnação apresentada, em acórdão assim colacionado: ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA JURIDICA IRPJ Anocalendário: 2005 LANÇAMENTO. NULIDADE. REQUISITOS PRESENTES. Não e nulo o auto de infração lavrado por autoridade competente e quando se verificam presentes no lançamento os requisitos exigidos pela legislação tributária. PERDA DA ESPONTANEIDADE. EFEITOS. De acordo com a legislação tributária, após o início do procedimento fiscal, o contribuinte perde a espontaneidade e fica sujeito às penalidades previstas para as infrações apuradas. LUCRO ARBITRADO. CABIMENTO. O contribuinte que deixar de apresentar à autoridade tributária os livros e documentos da escrituração comercial e fiscal, ou o Livro Caixa, fica sujeito ao arbitramento de seu lucro, conforme prescrito na legislação. COFINS. PIS. DEDUÇÃO DO ICMS DA BASE DE CÁLCULO DAS CONTRIBUIÇÕES. AUSÊNCIA DE BASE LEGAL. Não há base legal para a dedução do ICMS (que faz parte do preço do produto vendido e, portanto, integra o faturamento ou receita bruta de vendas) da base de cálculo da COFINS e do PIS. MULTA AGRAVADA. CABIMENTO. De acordo com a legislação tributária, é cabível o agravamento da multa de oficio nos casos em que a intimação para prestar esclarecimentos não é atendida, entendida essa falta como o comportamento do contribuinte que não explica, não elucida, não torna claro ou compreensível o motivo do não atendimento daquilo que é solicitado na intimação. TRIBUTAÇÃO REFLEXA. PIS, COFINS e CSLL. Aplicase aos lançamentos reflexos o decidido sobre o o lançamento que lhes deu origem, eis que possuem os mesmos elementos de prova. Impugnação Improcedente Crédito Tributário Mantido Fl. 5DF CARF MF Impresso em 14/12/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 31/07/2012 por CARLOS AUGUSTO DE ANDRADE JENIER, Assinado digitalmente e m 31/07/2012 por CARLOS AUGUSTO DE ANDRADE JENIER, Assinado digitalmente em 06/09/2012 por ALBERTO P INTO SOUZA JUNIOR 6 Devidamente intimada a contribuinte da referida decisão no dia 15/09/2010, apresenta ela então, no dia 15/10/2010, o seu competente Recurso Voluntário, repisando todos os argumentos trazidos em sua impugnação, e requerendo, ao final, a reforma da decisão de origem, nos termos e fundamentos ali então apresentados. Em rápida síntese, esse é o Relatório. Voto Conselheiro CARLOS AUGUSTO DE ANDRADE JENIER Sendo tempestivo o recurso interposto, dele conheço. Conforme se verifica da leitura dos elementos contidos nos autos, tratase da verificação de irregularidades nos registros contábeis/fiscais mantidos pela contribuinte, que, após a instauração do respectivo procedimento fiscal, passou a ser objeto de tentativas de retificação pelo sujeito passivo, buscando assim, em vão, atingir a regularidade de sua condição fiscal. A ineficácia das providências intentadas pela contribuinte, é relevante destacar, decorrem das expressas disposições contidas no Código Tributário Nacional, que, em seu art. 138, assim expressamente enuncia: Art. 138. A responsabilidade é excluída pela denúncia espontânea da infração, acompanhada, se for o caso, do pagamento do tributo devido e dos juros de mora, ou do depósito da importância arbitrada pela autoridade administrativa, quando o montante do tributo dependa de apuração. Parágrafo único. Não se considera espontânea a denúncia apresentada após o início de qualquer procedimento administrativo ou medida de fiscalização, relacionados com a infração. A questão relevante verificada no presente feito, decorre da verificação de que, não podendo as declarações retificadoras apresentadas pela contribuinte serem utilizadas a seu favor, com o objetivo de afastamento da aplicação das penalidades correspondentes, pretendia então a contribuinte que as referidas informações fossem “desconsideradas”, não podendo ser, portanto, de forma alguma utilizada pela Fazenda. Fl. 6DF CARF MF Impresso em 14/12/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 31/07/2012 por CARLOS AUGUSTO DE ANDRADE JENIER, Assinado digitalmente e m 31/07/2012 por CARLOS AUGUSTO DE ANDRADE JENIER, Assinado digitalmente em 06/09/2012 por ALBERTO P INTO SOUZA JUNIOR Processo nº 19515.000138/201017 Acórdão n.º 1301000.897 S1C3T1 Fl. 4 7 Ocorre que, ao contrário do que pretende fazer crer a recorrente, a vedação contidas nas disposições de regência, na verdade, atuam em seu desfavor, excluindo a espontaneidade após a instauração do procedimento fiscal, mas admitindo, a este, o acesso a todo e qualquer tipo de informação disponibilizada pela contribuinte para fins de apuração da efetiva verdade material da relação tributária. Nessas circunstâncias, a pretensão deduzida pela recorrente, no sentido de ver afastada a possibilidade de utilização das informações por ela “espontaneamente” apresentadas, de fato, não possui qualquer substrato legal, a garantir o sucesso da tese. Não bastasse, verificase ainda nos registros contidos nos autos, que, apesar de reiteradamente intimada para o oferecimento à fiscalização dos correspondentes registros contábeis de que deveria dispor, a contribuinte permaneceu inerte e silente, tentando, em vão, obstar a atuação da fiscalização. A partir dessas circunstâncias, e, tendo em vista a completa impossibilidade de obtenção das respectivas informações fiscais necessárias para a verificação das circunstâncias específicas relativas à regularidade das atividades por ela efetivadas, mesmo sendo repetidas vezes intimada, possibilitase à fiscalização, mesmo que em caráter excepcionalíssimo, a opção pelo arbitramento dos valores respectivos, o que, como se verifica, fora efetivamente utilizado. A respeito da válida possibilidade de aplicação do arbitramento pelas autoridades fiscais, relevante se faz o destaque às expressas disposições do art. 148 do CTN, que, sobre o assunto, inclusive, assim expressamente destaca: Art. 148. Quando o cálculo do tributo tenha por base, ou tome em consideração, o valor ou o preço de bens, direitos, serviços ou atos jurídicos, a autoridade lançadora, mediante processo regular, arbitrará aquele valor ou preço, sempre que sejam omissos ou não mereçam fé as declarações ou os esclarecimentos prestados, ou os documentos expedidos pelo sujeito passivo ou pelo terceiro legalmente obrigado, ressalvada, em caso de contestação, avaliação contraditória, administrativa ou judicial. Diante dessas circunstâncias, na hipótese excepcional apresentada nos presentes autos, verificase a regularidade da atuação fiscal que, somente após reiteradas intimações com solicitações de informações à contribuinte, utilizase, como elemento extremo, do lançamento por arbitramento, nos termos e limites expressamente previstos em nosso ordenamento jurídico pátrio. Em que pese todas as considerações apresentadas, entretanto, entendo que, especificamente em relação à determinação de qualificação da penalidade pecuniária apontado, assiste razão à recorrente, merecendo reparos, assim, a decisão exarada. Analisando os elementos dos autos, conforme aqui antes já apontado, verificase que, para a apuração do montante respectivo, com base na não apresentação da documentação fiscal respectiva pela contribuinte, a autoridade fiscal adotou o procedimento específico de arbitramento da base de cálculo, o que, só por si, já representa efetivo agravamento na apuração do montante, nos termos até então aqui admitidos. Ocorre que, sendo esse o fundamento para a aplicação do arbitramento pretendido, efetivamente, não pode, também por essa razão, ser mantida a qualificação da Fl. 7DF CARF MF Impresso em 14/12/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 31/07/2012 por CARLOS AUGUSTO DE ANDRADE JENIER, Assinado digitalmente e m 31/07/2012 por CARLOS AUGUSTO DE ANDRADE JENIER, Assinado digitalmente em 06/09/2012 por ALBERTO P INTO SOUZA JUNIOR 8 multa aplicada, sob pena de se estar a admitir, aqui, a aplicação de dupla penalidade pela mesma falta. Diante dessas razões, entendo pela necessidade de afastamento da qualificação da multa aplicada, devendo ela, assim, ser aplicada em seu montante regular, nos termos do Art. 44, I da Lei 9.430/96. Em face a todo o exposto, voto no sentido de DAR PARCIAL PROVIMENTO ao recurso voluntário interposto, determinando a desqualificação da multa aplicada e mantendo a decisão, assim, em todos os seus demais elementos. É como voto. (Assinado digitalmente) CARLOS AUGUSTO DE ANDRADE JENIER Relator Fl. 8DF CARF MF Impresso em 14/12/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 31/07/2012 por CARLOS AUGUSTO DE ANDRADE JENIER, Assinado digitalmente e m 31/07/2012 por CARLOS AUGUSTO DE ANDRADE JENIER, Assinado digitalmente em 06/09/2012 por ALBERTO P INTO SOUZA JUNIOR
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Numero do processo: 11065.723041/2011-09
Turma: Segunda Turma Ordinária da Terceira Câmara da Terceira Seção
Câmara: Terceira Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Tue Mar 19 00:00:00 UTC 2013
Data da publicação: Wed Apr 03 00:00:00 UTC 2013
Ementa: Assunto: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins
Período de apuração: 01/01/2009 a 31/10/2009
PRELIMINAR DE NULIDADE. LANÇAMENTO. UTILIZAÇÃO DE DADOS INFORMADOS EM DIMOF.
É legítima a utilização de dados existentes em Declaração de Informações sobre Movimentação Financeira (Dimof), para caracterizar a responsabilidade do sujeito passivo por infração à legislação tributária.
RETIFICAÇÃO FRAUDULENTA DE DCTFs.
A retificação fraudulenta de DCTFs, reduzindo débitos de tributos anteriormente informados nas declarações originais, justifica a formalização da exigência dos débitos indevidamente reduzidos e o lançamento da multa de ofício majorada, de 150%, por circunstância qualificativa (fraude).
EXCLUSÃO DA ESPONTANEIDADE.
O início do procedimento fiscal excluiu a espontaneidade do sujeito passivo em relação aos atos anteriores e, independentemente de intimação, a dos demais envolvidos nas infrações verificadas.
Recurso Voluntário Negado.
Numero da decisão: 3302-002.007
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso voluntário, nos termo do voto do relator
(assinado digitalmente)
WALBER JOSÉ DA SILVA - Presidente e Relator.
EDITADO EM: 24/03/2013
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Walber José da Silva, José Antonio Francisco, Fabiola Cassiano Keramidas, Maria da Conceição Arnaldo Jacó, Alexandre Gomes e Jonathan Barros Vita.
Nome do relator: WALBER JOSE DA SILVA
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decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso voluntário, nos termo do voto do relator (assinado digitalmente) WALBER JOSÉ DA SILVA - Presidente e Relator. EDITADO EM: 24/03/2013 Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Walber José da Silva, José Antonio Francisco, Fabiola Cassiano Keramidas, Maria da Conceição Arnaldo Jacó, Alexandre Gomes e Jonathan Barros Vita.
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LANÇAMENTO. UTILIZAÇÃO DE DADOS INFORMADOS EM DIMOF. É legítima a utilização de dados existentes em Declaração de Informações sobre Movimentação Financeira (Dimof), para caracterizar a responsabilidade do sujeito passivo por infração à legislação tributária. RETIFICAÇÃO FRAUDULENTA DE DCTFs. A retificação fraudulenta de DCTFs, reduzindo débitos de tributos anteriormente informados nas declarações originais, justifica a formalização da exigência dos débitos indevidamente reduzidos e o lançamento da multa de ofício majorada, de 150%, por circunstância qualificativa (fraude). EXCLUSÃO DA ESPONTANEIDADE. O início do procedimento fiscal excluiu a espontaneidade do sujeito passivo em relação aos atos anteriores e, independentemente de intimação, a dos demais envolvidos nas infrações verificadas. ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL COFINS Período de apuração: 01/01/2009 a 31/10/2009 PRELIMINAR DE NULIDADE. LANÇAMENTO. UTILIZAÇÃO DE DADOS INFORMADOS EM DIMOF. É legítima a utilização de dados existentes em Declaração de Informações sobre Movimentação Financeira (Dimof), para caracterizar a responsabilidade do sujeito passivo por infração à legislação tributária. RETIFICAÇÃO FRAUDULENTA DE DCTFs. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 11 06 5. 72 30 41 /2 01 1- 09 Fl. 1775DF CARF MF Impresso em 03/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 24/03/2013 por WALBER JOSE DA SILVA, Assinado digitalmente em 24/03/2013 por WALBER JOSE DA SILVA Processo nº 11065.723041/201109 Acórdão n.º 3302002.007 S3C3T2 Fl. 3 2 A retificação fraudulenta de DCTFs, reduzindo débitos de tributos anteriormente informados nas declarações originais, justifica a formalização da exigência dos débitos indevidamente reduzidos e o lançamento da multa de ofício majorada, de 150%, por circunstância qualificativa (fraude). EXCLUSÃO DA ESPONTANEIDADE. O início do procedimento fiscal excluiu a espontaneidade do sujeito passivo em relação aos atos anteriores e, independentemente de intimação, a dos demais envolvidos nas infrações verificadas. Recurso Voluntário Negado. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso voluntário, nos termo do voto do relator (assinado digitalmente) WALBER JOSÉ DA SILVA Presidente e Relator. EDITADO EM: 24/03/2013 Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Walber José da Silva, José Antonio Francisco, Fabiola Cassiano Keramidas, Maria da Conceição Arnaldo Jacó, Alexandre Gomes e Jonathan Barros Vita. Relatório Contra a empresa recorrente foi lavrado autos de infração para exigir o pagamento de PIS e de COFINS, relativos a fatos geradores ocorridos entre janeiro e outubro de 2009, tendo em vista que a Fiscalização constatou que a retificação fraudulenta de DCTFs zerando os débitos tributários originalmente declarados, consform descrito no Relatório Fiscal de fls. 1.558/1.584. Inconformada com a autuação a empresa interessada impugnou o lançamento, cujos fundamentos da contestação foram resumidos pela decisão recorrida nos seguintes termos: Em síntese o contribuinte faz as seguintes alegações: QUE o Auto de Infração parte de premissa falsa ao incluir o impugnante dentro do esquema ilícito doloso que objetivava a Fl. 1776DF CARF MF Impresso em 03/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 24/03/2013 por WALBER JOSE DA SILVA, Assinado digitalmente em 24/03/2013 por WALBER JOSE DA SILVA Processo nº 11065.723041/201109 Acórdão n.º 3302002.007 S3C3T2 Fl. 4 3 redução de tributos, pois foi vítima de quadrilha especializada (fls. 1591/1592). QUE a motivação da contratação de empresa especializada em assessoria tributária era para a apuração dos débitos e revisão de suas exigibilidades, como a extinção pela compensação/pagamento de débitos apurados com créditos escriturais específicos da Receita Federal (fl. 1592/1593). QUE não poderia imaginar o impugnante que a realização do trabalho acordado seria feita de forma ilícita, não convencional, à margem do procedimento fiscal correto e do contrato celebrado (fl. 1593). QUE o indivíduo que transmitiu as DCTFs retificadoras, Sr. Cláudio Alexandre, disse que o objetivo era a obtenção de CND – Certidão Negativa de Débitos, sendo que não houve solicitação do impugnante de expedição de qualquer tipo de certidão (fl. 1594). QUE inicialmente a sua posição de isentar a MP Consultoria não foi nenhuma demasia, tendo em vista a falta de elementos mais concretos dos ilícitos; somente após ter noção de toda a extensão das irregularidades que concluiu pelo envolvimento da MP Consultoria com o ilícito e pela máfé da contratada (fl. 1596). QUE o impugnante não obteria nenhum benefício se estivesse envolvido nas irregularidades, pois na época o valor total da sua dívida era de mais de setenta milhões, não fazendo sentido a empresa buscar economia por via tortuosa de menos de 10% do débito tributário – aproximadamente 4 milhões de reais (fl. 1597). QUE diante dos elementos que constam nos autos se evidencia que a empresa foi vítima de quadrilha de estelionatários, e, portanto, é demasiado o enquadramento do Auto de Infração em multa qualificada de 150%, invocando o art. 112, do Código Tributário Nacional – interpretação da maneira mais favorável ao acusado, em caso de dúvida (fl. 1598). QUE o procedimento investigativo fiscal, ao tomar informações financeiras dos investigados pela DIMOF, contaminou com vício insanável as provas, como se depreende da atual jurisprudência do STF (fls. 1600/1601). A 2a Turma de Julgamento da DRJ em Porto Alegre RS julgou procedente o lançamento, nos termos do Acórdão no 1034.746, de 06/10/2011, cuja ementa abaixo se transcreve. ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL COFINS Período de apuração: 01/01/2009 a 31/10/2009 LANÇAMENTO DE OFÍCIO. MANUTENÇÃO. Fl. 1777DF CARF MF Impresso em 03/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 24/03/2013 por WALBER JOSE DA SILVA, Assinado digitalmente em 24/03/2013 por WALBER JOSE DA SILVA Processo nº 11065.723041/201109 Acórdão n.º 3302002.007 S3C3T2 Fl. 5 4 Correta a constituição de crédito tributário, mediante lançamento de ofício, para a exigência de tributo que deixou de ser recolhido e declarado em DCTF. Não há discussão do crédito tributário se os valores apurados na fiscalização estão de acordo com os livros fiscais e contábeis da empresa. FRAUDE. MULTA QUALIFICADA. APLICABILIDADE. O intuito de fraude com base em esquema ilícito alicerçado em contrato com assessoria tributária com o objetivo de não cumprimento de obrigações tributárias, e com a informação da inexistência de contribuição devida, enseja a aplicação da multa de ofício qualificada. Percentual de multa de 150% previsto legalmente. EXCLUSÃO DA ESPONTANEIDADE. Iniciado qualquer procedimento administrativo ou medida de fiscalização não se fala em denúncia espontânea a apresentação de novos demonstrativos ou declarações por parte do contribuinte. DIMOF. NULIDADE. NÃO CABIMENTO. A DIMOF é uma declaração para uso da própria Receita Federal e traz como informação os montantes globais mensalmente movimentados, sem especificação da origem e destino dos recursos. Não há vedação de utilização dessa informação em procedimento investigativo fiscal. ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS/PASEP Período de apuração: 01/01/2009 a 31/10/2009 LANÇAMENTO DE OFÍCIO. MANUTENÇÃO. Correta a constituição de crédito tributário, mediante lançamento de ofício, para a exigência de tributo que deixou de ser recolhido ou declarado em DCTF. Não há discussão do crédito se os valores apurados na fiscalização estão de acordo com os livros fiscais e contábeis da empresa. FRAUDE. MULTA QUALIFICADA. APLICABILIDADE. O intuito de fraude com base em esquema ilícito alicerçado em contrato com assessoria tributária com o objetivo de não cumprimento de obrigações tributárias, e com a informação da inexistência de contribuição devida, enseja a aplicação da multa de ofício qualificada. Percentual de multa de 150% previsto legalmente. EXCLUSÃO DA ESPONTANEIDADE. Iniciado qualquer procedimento administrativo ou medida de fiscalização não se fala em denúncia espontânea a apresentação de novos demonstrativos ou declarações por parte do contribuinte. Fl. 1778DF CARF MF Impresso em 03/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 24/03/2013 por WALBER JOSE DA SILVA, Assinado digitalmente em 24/03/2013 por WALBER JOSE DA SILVA Processo nº 11065.723041/201109 Acórdão n.º 3302002.007 S3C3T2 Fl. 6 5 DIMOF. NULIDADE. NÃO CABIMENTO. A DIMOF é uma declaração para uso da própria Receita Federal e traz como informação os montantes globais mensalmente movimentados, sem especificação da origem e destino dos recursos. Não há vedação de utilização dessa informação em procedimento investigativo fiscal. Ciente desta decisão em 07/12/2011 (AR de fl. 1.760/1.761), a interessada ingressou, no dia 29/12/2011, com o recurso voluntário de fls. 1.762/1.770, no qual renova os argumentos da impugnação, acima resumidos. Na forma regimental, o recurso voluntário foi distribuído para relatar. É o Relatório. Voto Conselheiro WALBER JOSÉ DA SILVA, Relator. O recurso voluntário é tempestivo e atende aos demais preceitos legais. Dele se conhece. Como relatado, a recorrente apresentou DCTFs retificadoras, do período objeto da autuação, zerando o valor do PIS e da COFINS informados das declarações originais. A operação foi detectada pela RFB e instaurado procedimento fiscal para a sua apuração. O trabalho fiscal desenvolvido está bem descrito no Relatório Fiscal, integrante do auto de infração. Em seu protesto, a empresa autuada, basicamente, alega que as retificações das DCTF foram feitas sem o seu conhecimento e autorização, se constituindo em um golpe contra ela aplicado pelo conjunto de pessoas envolvidas na operação, pleiteando, ao final, o direito de declarar os débitos novamente e o cancelamento da autuação ou, no mínimo, a redução da multa que fora majorada indevidamente. O litígio instaurado não envolve o valor das contribuições lançadas, restringindose à questão da responsabilidade da recorrente pelas retificações fraudulentas das DCTFs. Sobre a alegação de nulidade do lançamento por ter os agentes do Fisco utilizado informações da Dimof para demonstrar movimentações financeiras das pessoas arroladas na investigação, não há nenhum óbice para a utilização dos dados da Dimof com esta finalidade, ainda mais que os valores movimentados não serviram de base para efetuar lançamento de tributos, embora também não exista vedação neste sentido. Portanto, não há reparos a fazer na decisão recorrida, nesta parte. Sobre o mérito, ou seja, a responsabilidade da recorrente pelas retificações fraudulentas das DCTF, não há nenhuma dúvida de que este fato ocorreu. Fl. 1779DF CARF MF Impresso em 03/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 24/03/2013 por WALBER JOSE DA SILVA, Assinado digitalmente em 24/03/2013 por WALBER JOSE DA SILVA Processo nº 11065.723041/201109 Acórdão n.º 3302002.007 S3C3T2 Fl. 7 6 Quanto à responsabilidade da recorrente, a decisão recorrida faz uma descrição impecável sobre o envolvimento da recorrente no esquema ilícito doloso, que ratifico, para concluir pela manutenção da majoração da multa de ofício, nos seguintes termos: Correta a aplicação da multa qualificada de 150%, prevista no art. 44, inciso II, da Lei nº 9.430, de 27/12/1996, quando concluímos pela responsabilidade da empresa no esquema detalhado no item anterior. Uma vez que as provas carreadas aos autos evidenciam a conduta fraudulenta com a participação do contribuinte, no sentido de se utilizar de esquema com o objetivo de impedir o conhecimento, por parte do fisco, da ocorrência do fato gerador. Eis o fundamento legal do art. 44: “Art. 44. Nos casos de lançamento de ofício, serão aplicadas as seguintes multas, calculadas sobre a totalidade ou diferença de tributo ou contribuição: I – de 75% sobre a totalidade ou diferença do imposto ou contribuição nos casos de falta de pagamento ou recolhimento, de falta de declaração e nos de declaração inexata (redação dada pela Lei nº 11.488/2007) § 1º. O percentual de multa que trata o inciso I do caput deste artigo será duplicado nos casos previstos artigos 71, 72 e 73 da Lei nº 4.502, de 30 de novembro de 1964, independentemente de outras penalidades administrativas ou criminais cabíveis.” (redação dada pela Lei nº 11.488/2007) O impugnante em sua defesa se restringe a alegar que teria sido vítima do esquema ilícito, o que em nosso entender não é crível, visto ter sido o responsável pela contratação dos serviços na busca da extinção dos débitos tributários. Não há dúvidas de que a empresa queria o resultado ilícito, ou seja, a extinção de seus débitos tributários, o que só poderia ocorrer de forma irregular, e assumiu o risco quando contratou os serviços da MP Consultoria, sem, conforme a sua versão, ter conhecimento de como a contratada iria proceder essa extinção. Como consta no relatório fiscal, o Código Penal em seu art. 18, inciso I, preceitua que há dolo “quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzilo”. O que nos leva a convicção de ser exatamente que ocorreu nesse caso. A tipificação da Lei nº 4.502/64 é caracterizada em seu art. 72 que trata de fraude: “Art. 72. Fraude é toda ação ou omissão dolosa tendente a impedir ou retardar, total ou parcialmente, a ocorrência do fato gerador da obrigação tributária principal, ou a excluir ou modificar as suas características essenciais, de modo a reduzir o montante do imposto devido, ou a evitar ou diferir o seu pagamento. Como se verifica, a figura jurídica de que se trata consiste na prática de ato doloso com a intenção de impedir o fisco de tomar conhecimento da ocorrência do fato gerador da obrigação tributária principal. Fl. 1780DF CARF MF Impresso em 03/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 24/03/2013 por WALBER JOSE DA SILVA, Assinado digitalmente em 24/03/2013 por WALBER JOSE DA SILVA Processo nº 11065.723041/201109 Acórdão n.º 3302002.007 S3C3T2 Fl. 8 7 Dessa forma, como a conduta descrita pela fiscalização caracteriza o intuito de fraude, pela tentativa do contribuinte de se furtar à tributação mediante o artifício de apresentação de declarações totalmente “zeradas”, como se não estivesse auferindo receitas, deve ser mantida a multa de 150%, eis que condizente com a legislação que rege a matéria. Uma vez que, diante dos elementos constantes dos autos, não existe dúvida quanto à capitulação legal dos fatos, à natureza ou às circunstâncias materiais do fato, ou à natureza ou extensão dos seus efeitos, à autoria, imputabilidade, ou punibilidade e à penalidade aplicável, ou à sua graduação, não cabe a aplicação do disposto no artigo 112 do CTN, como requer o impugnante. Por fim, a representação fiscal para fins penais foi formalizada através do processo nº 11065.723046/201123 No recurso voluntário a empresa autuada não trouxe nenhum fato novo ou prova nova capaz de infirmar o apurado pela Fiscalização e o acima dito pela decisão recorrida. Portanto, sem reparos a fazer na decisão recorrida. Sobre o pedido para cancelar as declarações retificadoras e fazer uma reconstituição dos débitos, como bem disse a decisão recorrida, não pode ser atendido em face do que dispõe o art. 138, Parágrafo Único, do CTN, e o art. 7º do Decreto nº 70.235/72, transcritos na decisão recorrida. No mais, com fulcro no art. 50, § 1o, da Lei no 9.784/19991, adoto e ratifico os fundamentos do acórdão de primeira instância. Por tais razões, voto no sentido de negar provimento ao recurso voluntário. (assinado digitalmente) WALBER JOSÉ DA SILVA Relator 1 Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos, quando: [. . .] § 1o A motivação deve ser explícita, clara e congruente, podendo consistir em declaração de concordância com fundamentos de anteriores pareceres, informações, decisões ou propostas, que, neste caso, serão parte integrante do ato. Fl. 1781DF CARF MF Impresso em 03/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 24/03/2013 por WALBER JOSE DA SILVA, Assinado digitalmente em 24/03/2013 por WALBER JOSE DA SILVA Processo nº 11065.723041/201109 Acórdão n.º 3302002.007 S3C3T2 Fl. 9 8 Fl. 1782DF CARF MF Impresso em 03/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 24/03/2013 por WALBER JOSE DA SILVA, Assinado digitalmente em 24/03/2013 por WALBER JOSE DA SILVA
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Numero do processo: 17883.000144/2006-74
Turma: Segunda Turma Ordinária da Primeira Câmara da Segunda Seção
Câmara: Primeira Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Thu Nov 22 00:00:00 UTC 2012
Data da publicação: Wed Mar 27 00:00:00 UTC 2013
Ementa: Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física - IRPF
Exercício: 2002, 2003
PRELIMINAR. INTIMAÇÃO. DOMICÍLIO FISCAL.
Em atenção ao enunciado nº 9 da Súmula do Primeiro Conselho de Contribuintes, é válida a intimação do contribuinte desde que enviada, com aviso de recebimento, ao seu domicílio fiscal, ainda que o aviso de recebimento tenha sido assinado por terceiros. A data de recebimento constante do AR deve ser a data considerada para fins de cômputo do prazo para Impugnação.
Numero da decisão: 2102-002.407
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em NEGAR provimento ao recurso.
Assinado Digitalmente
Giovanni Christian Nunes Campos - Presidente
Assinado Digitalmente
Roberta de Azeredo Ferreira Pagetti - Relatora
EDITADO EM: 05/12/2012
Participaram, ainda, do presente julgamento, os Conselheiros GIOVANNI CHRISTIAN NUNES CAMPOS (Presidente), RUBENS MAURICIO CARVALHO, NÚBIA MATOS MOURA, ROBERTA DE AZEREDO FERREIRA PAGETTI, EIVANICE CANÁRIO DA SILVA.
Nome do relator: ROBERTA DE AZEREDO FERREIRA PAGETTI
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decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em NEGAR provimento ao recurso. Assinado Digitalmente Giovanni Christian Nunes Campos - Presidente Assinado Digitalmente Roberta de Azeredo Ferreira Pagetti - Relatora EDITADO EM: 05/12/2012 Participaram, ainda, do presente julgamento, os Conselheiros GIOVANNI CHRISTIAN NUNES CAMPOS (Presidente), RUBENS MAURICIO CARVALHO, NÚBIA MATOS MOURA, ROBERTA DE AZEREDO FERREIRA PAGETTI, EIVANICE CANÁRIO DA SILVA.
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INTIMAÇÃO. DOMICÍLIO FISCAL. Em atenção ao enunciado nº 9 da Súmula do Primeiro Conselho de Contribuintes, é válida a intimação do contribuinte desde que enviada, com aviso de recebimento, ao seu domicílio fiscal, ainda que o aviso de recebimento tenha sido assinado por terceiros. A data de recebimento constante do AR deve ser a data considerada para fins de cômputo do prazo para Impugnação. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em NEGAR provimento ao recurso. Assinado Digitalmente Giovanni Christian Nunes Campos Presidente Assinado Digitalmente Roberta de Azeredo Ferreira Pagetti Relatora EDITADO EM: 05/12/2012 Participaram, ainda, do presente julgamento, os Conselheiros GIOVANNI CHRISTIAN NUNES CAMPOS (Presidente), RUBENS MAURICIO CARVALHO, NÚBIA MATOS MOURA, ROBERTA DE AZEREDO FERREIRA PAGETTI, EIVANICE CANÁRIO DA SILVA. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 17 88 3. 00 01 44 /2 00 6- 74 Fl. 183DF CARF MF Impresso em 28/03/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 25/03/2013 por ROBERTA DE AZEREDO FERREIRA PAGETTI, Assinado digitalment e em 25/03/2013 por ROBERTA DE AZEREDO FERREIRA PAGETTI, Assinado digitalmente em 27/03/2013 por GIO VANNI CHRISTIAN NUNES CAMPOS 2 Relatório Em face do contribuinte acima identificado foi lavrado o Auto de Infração de fls. 60/73 para exigência de IRPF em razão da classificação indevida de rendimentos na DIRPF, nos exercícios de 2002 e 2003. O crédito tributário então exigido somou R$ 60.210,55 (já incluídos aí a multa, os juros e a multa isolada por falta de recolhimento de carnêleão). Cientificada do lançamento, a contribuinte apresentou a impugnação de fls. 76/99, por meio da qual alegou, em síntese, que: tomara ciência do auto de infração em 08/11/2006, de forma que o prazo final para interposição de impugnação terminaria em 08/12/2006; manteve vinculo laborativo com organismo internacional (UNESCO), e assim, com base na legislação brasileira, bem como nos Tratados, Acordos e Convenções Internacionais, e em doutrina, estaria isenta do Imposto de Renda sobre os rendimentos recebidos do referido organismo; seria lógico e razoável que se reconhecesse a realidade dos fatos para efeito de efetivação das garantias e direitos fundamentais da contribuinte; houve violação aos princípios constitucionais da razoabilidade, da proporcionalidade e da capacidade contributiva quando do lançamento das multas consignadas no auto de infração; o tributo lançado teve efeito de confisco sobre a renda da contribuinte, dando azo à inconstitucionalidade insanável, devendose reformar o ato administrativo; o auto de infração deveria ser anulado, pois está eivado de ilegalidades e inconstitucionalidades. Na análise de suas alegações, os integrantes da DRJ no Rio de Janeiro decidiram por não conhecer da Impugnação, em razão de sua intempestividade. A contribuinte teve ciência de tal decisão e contra ela interpôs o Recurso Voluntário de fls. 146/171, por meio do qual reiterou os argumentos de mérito expostos em sua Impugnação, e trouxe preliminar defendendo a tempestividade da Impugnação, nos seguintes termos: Ab initio, ressaltase que a notificação a que se reporta a Fazenda não se operou na pessoa da recorrente, que, pela natureza e gravidade do fato, deveria ter sido cientificado do processo pessoalmente. Sem a notificação pessoal, diante de terceiros sem vinculo com a relação jurídica material, temse, pois, como inválido o ato notificatório. Além de inválido o ato, também é constrangedor, na medida em que a notificação se consubstanciou perante terceiros. Nesse diapasão, resulta evidenciada a nulidade do julgado que considerou intempestiva a impugnação, eis que a recorrente, de fato, foi cientificada da carta intimatória tãosomente no dia 08.11.2006. Fl. 184DF CARF MF Impresso em 28/03/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 25/03/2013 por ROBERTA DE AZEREDO FERREIRA PAGETTI, Assinado digitalment e em 25/03/2013 por ROBERTA DE AZEREDO FERREIRA PAGETTI, Assinado digitalmente em 27/03/2013 por GIO VANNI CHRISTIAN NUNES CAMPOS Processo nº 17883.000144/200674 Acórdão n.º 2102002.407 S2C1T2 Fl. 184 3 A Regional julgadora, ante ao nãorecebimento de notificação pessoal —que é um direito consagrado — deveria aceitar como certa a data manifestada pela recorrente, sob pena de ofensa ao principio da legalidade. Dada a flagrante ausência de intimação pessoal, presumese verdadeira a alegação da recorrente, motivo em virtude do qual requerser a declaração de nulidade do Acórdão n. 13.28.236 — 3' Turma da DRJ/RJ2, no que tange declaração de intempestividade. Em sendo assim, os autos deverão ser restituidos e Regional de origem, a fim de que enfrente as razões de mérito. Pugnou ainda pelo reconhecimento da nulidade de sua notificação da recorrente, com a devolução do feito é Regional de origem, a fim de que enfrentasse as razões de mérito. Os autos então foram remetidos a este Conselho para julgamento. É o Relatório. Voto Conselheira Roberta de Azeredo Ferreira Pagetti, Relatora A contribuinte teve ciência da decisão recorrida em 04/05/2010, como atesta o AR de fls. 145. O Recurso Voluntário foi interposto em 25.05.2010 (dentro do prazo legal para tanto), e preenche os requisitos legais por isso dele conheço. Conforme relatado, tratase de processo em que se discute lançamento para exigência de IRPF em razão da indevida classificação de rendimentos nas DIRPF apresentadas pela Recorrente para os Exercícios 2002 e 2003. Ofertada a Impugnação, a decisão recorrida decidiu por não conhecêla, utilizandose para tanto dos seguintes argumentos: Ressaltese, ainda, que domicilio tributário é o endereço postal eleito pelo(a) contribuinte junto A. Secretaria da Receita Federal e não se confunde, necessariamente, com a residência do contribuinte. Portanto, há que se considerar que a impugnante tomou ciência da notificação de lançamento ora discutida, conforme AR de fls. 74, na data de 06/11/2006, e não em data posterior, de modo que o prazo para impugnação passou a fluir a partir dessa data. Fl. 185DF CARF MF Impresso em 28/03/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 25/03/2013 por ROBERTA DE AZEREDO FERREIRA PAGETTI, Assinado digitalment e em 25/03/2013 por ROBERTA DE AZEREDO FERREIRA PAGETTI, Assinado digitalmente em 27/03/2013 por GIO VANNI CHRISTIAN NUNES CAMPOS 4 Da análise aos autos, constatase que a interessada apresentou sua impugnação na data de 08/12/2006, conforme protocolo de fls. 76. Confrontandose a data de ciência do lançamento (AR de fls. 74), qual seja, 06/11/2006, com a data de 08/12/2006, concluise que a impugnação ora apresentada é intempestiva, uma vez que protocolizada após trinta dias da data da ciência do lançamento em discussão. Portanto, uma vez expirado o prazo legal de até trinta dias para instauração do contraditório, .a defesa apresentada não caracteriza impugnação e, tampouco, instaura a fase litigiosa do processo. Por essa razão, o mérito das alegações por ventura nela veiculadas não comporta julgamento de primeira instância. Com efeito, o AR de fls. 74 demonstra que o Auto de Infração foi recebido no endereço da Recorrente no dia 06.11.2006. O endereço lá constante era exatamente aquele indicado pela própria Recorrente em sua Impugnação, de forma que estava correto. Afirma a Recorrente que a referida intimação não se deu no dia 06.11.2006, mas sim em 08.11.2006, data em que ela teve ciência pessoal do mencionado lançamento. Seu pedido, porém, vai de encontro ao disposto no Enunciado nº 9 da Súmula deste CARF, segundo o qual: É válida a ciência da notificação por via postal realizada no domicílio fiscal eleito pelo contribuinte, confirmada com a assinatura do recebedor da correspondência, ainda que este não seja o representante legal do destinatário. Em obediência ao art. 53 do Regimento Interno deste Conselho de Contribuintes, que determina a aplicação obrigatória das súmulas, deve ser afastada a pretensão da Recorrente, considerandose como válida sua intimação no dia 06.11.2006. Assim sendo, temse que o prazo de 30 dias para oferecimento da Impugnação findaria em 06.12.2006 – exatamente como constou da decisão recorrida. Tendo a Recorrente apresentado sua Impugnação após este prazo (em 08.12.2006), está correta a decisão recorrida que deixou de conhecêla por intempestividade. Diante do exposto, VOTO no sentido de NEGAR provimento ao Recurso. Assinado Digitalmente Roberta de Azeredo Ferreira Pagetti Fl. 186DF CARF MF Impresso em 28/03/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 25/03/2013 por ROBERTA DE AZEREDO FERREIRA PAGETTI, Assinado digitalment e em 25/03/2013 por ROBERTA DE AZEREDO FERREIRA PAGETTI, Assinado digitalmente em 27/03/2013 por GIO VANNI CHRISTIAN NUNES CAMPOS
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Numero do processo: 13746.000935/2002-94
Turma: Primeira Turma Ordinária da Terceira Câmara da Terceira Seção
Câmara: Terceira Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Tue Jun 26 00:00:00 UTC 2012
Ementa: CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS/PASEP Período de apuração: 01/10/1997 a 31/10/1997 PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL. NULIDADE. AUTO DE INFRAÇÃO. AUDITORIA EM DCTF. Nulo é o processo que não atende às formalidades prescritas em lei. Processo anulado ab initio.
Numero da decisão: 3301-001.501
Decisão: ACORDAM os membros da 3ª Câmara / 1ª Turma Ordinária da Terceira Seção de Julgamento, por maioria de votos, em dar provimento ao recurso, nos termos do relatorio e votos que integram o presente julgado. Vencido o Conselheiro José Adão Vitorino de Morais.
Nome do relator: ANTONIO LISBOA CARDOSO
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NULIDADE. AUTO DE INFRAÇÃO. AUDITORIA EM DCTF. Nulo é o processo que não atende às formalidades prescritas em lei. Processo anulado ab initio. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. ACORDAM os membros da 3ª Câmara / 1ª Turma Ordinária da Terceira Seção de Julgamento, por maioria de votos, em dar provimento ao recurso, nos termos do relatorio e votos que integram o presente julgado. Vencido o Conselheiro José Adão Vitorino de Morais. Rodrigo da Costa Pôssas Presidente Antônio Lisboa Cardoso Relator Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: José Adão Vitorino de Moraes, Antônio Lisboa Cardoso (relator), Amauri Amora Câmara Júnior, Andrea Medrado Darzé, Maria Teresa Martínez López e Rodrigo da Costa Pôssas (Presidente). Fl. 265DF CARF MF Impresso em 29/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 19/07/2012 por ANTONIO LISBOA CARDOSO, Assinado digitalmente em 09/08/20 12 por RODRIGO DA COSTA POSSAS, Assinado digitalmente em 19/07/2012 por ANTONIO LISBOA CARDOSO 2 Relatório Cuidase de recurso e face de acórdão da DRJ de que julgou parcialmente procedente o auto de infração decorrente de auditoria em DCTF do período de apuração de 01/10/97 a 31/10/97, tendo em vista a ocorrência “proc jud não comprova”. Segundo consta do acórdão recorrido, com a impugnação a interessada apresentou cópia da sentença da Ação Ordinária relativa ao processo nº 94.00136943 (ao invés de 97.00136943, declarado na DCTF), entretanto o referido crédito tributário não se encontrava com sua exigibilidade suspensa, tendo em vista que somente em 17/04/1998, ocorreu o trânsito em julgado da decisão do TRF da 2ª Região, reconhecendo a inconstitucionalidade dos DecretosLeis nº 2.445/88 e 2.449/88. A decisão recorrida manteve a exigência, contudo exonerou a Recorrente do pagamento da multa de ofício, com fulcro na retroatividade benigna, com fundamento no art. 18, da Lei nº 10.833/2003, conforme inferese da ementa a seguir reproduzida: Cientificada em De acordo com os documentos juntados aos autos, a Recorrente ingressou em 02/05/94, com a Ação Ordinária de Repetição de Indébito, nos autos do processo nº 97.02.237084, cuja respectiva v. sentença foi publicada em 10/10/96 (certidão à fl. 204, do processo digitalizado), na qual foi declarada a inconstitucionalidade dos mencionados DecretosLeis, condenando a União a restituir às diferenças relativas às majorações introduzidas na cobrança do PIS, in verbis: Cientificada em 11/07/2011 (AR – fl. 49, do processo digital), foi interposto o recurso voluntário de fls. 69 e seguintes, em 09/08/2011, aduzindo, em síntese, que apesar de Fl. 266DF CARF MF Impresso em 29/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 19/07/2012 por ANTONIO LISBOA CARDOSO, Assinado digitalmente em 09/08/20 12 por RODRIGO DA COSTA POSSAS, Assinado digitalmente em 19/07/2012 por ANTONIO LISBOA CARDOSO Processo nº 13746.000935/200294 Acórdão n.º 330101.501 S3C3T1 Fl. 266 3 ter ocorrido erro quanto ao número do processo no preenchimento da DCTF (transmitida em 03/02/98), de modo que o processo correto era 94.00136943, junto à 22ª Vara Federal do Rio de Janeiro, cuja sentença foi proferida em 10/09/96, e o acórdão do TRF da 2ª Região em 16/09/97 (trânsito em julgado em 17/04/98), assim sendo, quando da transmissão da DCTF (03/02/98) poderia realizar a compensação, nos termos do art. 66, da Lei nº 8.383/91. Com a finalidade de demonstrar a certeza do procedimento adotado por ela, cita a Súmula nº 15, do CARF: É o relatório. Voto Conselheiro Antônio Lisboa Cardoso, Relator O recurso é tempestivo e encontrase revestido das demais formalidades necessárias à sua admissibilidade, por isso dele conheço. No presente processo cuidase de recurso contra a decisão da DRJ do Rio de Janeiro (II), que julgou parcialmente procedente o auto de infração decorrente de auditoria em DCTF, transmitida em 03/02/98, constando a compensação do crédito tributário relativo ao PIS/Pasep do período de apuração de 01/10/97 a 31/10/97, utilizandose para tanto, o indébito do próprio PIS/Pasep recolhido sob à égide dos inconstitucionais Decretosleis nº 2.445/88 e 2.449/88, amparado em sentença proferida na Ação Ordinária de Repetição de Indébito objeto do processo nº 94.00136943, proferida pela 22ª Vara Federal do Rio de Janeiro, proferida em 16/09/97, publicada em 10/10/96, com o trânsito em julgado ocorrendo tão somente em 17/04/98. De acordo com a decisão recorrida o contribuinte, ora Recorrente, trouxe aos autos cópia da Sentença (fls. 11/13) exarada na Ação Exordial nº 94.00136943 (ao invés de 97.00136943, conforme constou da DCTF). Ora, o simples erro de fato quanto ao ano do processo não quer dizer que o processo não foi comprovado. Logo, a decisão recorrida julgou improcedente a impugnação sustentando que o crédito tributário não se encontrava com a exigibilidade suspensa, visto que não houve a comprovação do processo (“proc jud não comprova”), todavia, o processo não só existe como está devidamente comprovado nos autos, a saber o processo nº 94.00136943, que tramitou pela 22ª Vara Federal do Rio de Janeiro, conforme documento de fls. 11/13. Encontrado o processo, porque juntado aos autos pela Recorrente, a decisão recorrida sustenta que o decisum era tãosomente para a repetição dos pagamentos efetuados a maior, logo, não estava autorizada a promover as compensações pleiteadas. Fl. 267DF CARF MF Impresso em 29/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 19/07/2012 por ANTONIO LISBOA CARDOSO, Assinado digitalmente em 09/08/20 12 por RODRIGO DA COSTA POSSAS, Assinado digitalmente em 19/07/2012 por ANTONIO LISBOA CARDOSO 4 Portanto, a contribuinte apresentou impugnação com argumentos generalistas juntando documentos comprobatórios da existência de ação judicial. Em nenhum momento anterior ao auto de infração houve notificação à contribuinte sobre as divergências inicialmente apuradas, conforme exige o art. 142 do Código Tributário Nacional, que assim estabelece: Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário pelo lançamento, assim entendido o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo o caso, propor a aplicação da penalidade cabível”, acrescentando o seu parágrafo único que “A atividade administrativa de lançamento é vinculada e obrigatória, sob pena de responsabilidade funcional. A ausência desses elementos ou de algum deles, inquestionavelmente, dá causa à nulidade do lançamento por defeito de estrutura e não apenas por vício formal, caracterizado pela inobservância de uma formalidade exterior ou extrínseca necessária para a correta configuração desse ato jurídico. É lícito concluir que as investigações intentadas no sentido de determinar, aferir, precisar o fato que se pretendeu tributar anteriormente, revelamse incompatíveis com os estreitos limites dos procedimentos reservados ao saneamento do vício formal. Sob o pretexto de corrigir o vício detectado no auto de infração, não pode o Fisco intimar o contribuinte para apresentar informações, esclarecimentos, documentos etc. tendentes a apurar a matéria tributável. Se tais providências forem necessárias, significa que a obrigação tributária não estava definida e o vício apurado não seria apenas de forma, mas, sim, de estrutura ou da essência do ato praticado. A realização de diligências após o lançamento, em primeiro lugar deveria estar consubstanciada em determinação da autoridade superior, o que não se encontra nos autos. Outrossim, uma vez pronto e impugnado o auto de infração, a autoridade lançadora não tem mais competência para alterálo, como tentou fazer, ainda que em decorrência das razões trazidas pela impugnante que, para se defender daquilo que não tinha conhecimento, obrigouse a apresentar argumentos genéricos e não correspondentes à fundamentação legal e descrição contidas no auto de infração. Contudo, há que se lembrar que é vedado por lei a alteração do lançamento anterior, a título de “revisão”, só para mudar o critério jurídico adotado no lançamento primitivo. O que vejo na decisão proferida pela DRJ é que ao invés de anular o auto de infração a partir do momento que ficou comprovada a existência da ação judicial indicada pela contribuinte em sua DCTF, para, então, proceder ao lançamento pelos fundamentos jurídicos corretos, na tentativa de “validar” o auto de infração, simplesmente modificouse o critério jurídico. Relativamente à mudança de critério jurídico, peço vênia para introduzir parte do voto proferido pelo I. Conselheiro Neicyr de Almeida, (Ac. 10320.441) que assim dispõe: “Ainda sobre a temática, importa trazer à lume as lições sempre atuais do ínclito tributarista Rubens Gomes de Souza, na percepção aguda do ilustrado mestre Souto Maior Borges, in Lei Fl. 268DF CARF MF Impresso em 29/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 19/07/2012 por ANTONIO LISBOA CARDOSO, Assinado digitalmente em 09/08/20 12 por RODRIGO DA COSTA POSSAS, Assinado digitalmente em 19/07/2012 por ANTONIO LISBOA CARDOSO Processo nº 13746.000935/200294 Acórdão n.º 330101.501 S3C3T1 Fl. 267 5 Complementar Tributária, São Paulo, Ed. Rev. dos Tribs., 1975, acerca da melhor exegese do artigo 146 do C.T.N.: Antecipandose à vigência do CTN, Rubens Gomes de Souza ensinou que se o fisco, mesmo sem erro, tiver adotado uma conceituação jurídica e depois pretender substituíla por outra, não mais poderá fazêlo. E não o poderá porque, se fosse admissível que o fisco pudesse variar de critério em seu favor, para cobrar diferença de tributo, ou seja, se à Fazenda Pública fosse lícito variar de critério jurídico na valorização do “fato gerador”, por simples oportunidade, estarseia convertendo a atividade do lançamento em discricionária, e não vinculada.” Outrossim, somente para complementar o raciocínio, ao modificar o critério jurídico estaria a DRJ a constituir um novo auto de infração com outra motivação. Em face do exposto, e diante da manifesta omissão quanto às formalidades legais ou pela mudança de critério jurídico, voto no sentido de declarar a NULIDADE do auto de infração ab initio. Sala das Sessões, em 26 de junho de 2012 Antônio Lisboa Cardoso Fl. 269DF CARF MF Impresso em 29/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 19/07/2012 por ANTONIO LISBOA CARDOSO, Assinado digitalmente em 09/08/20 12 por RODRIGO DA COSTA POSSAS, Assinado digitalmente em 19/07/2012 por ANTONIO LISBOA CARDOSO
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