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Numero do processo: 16327.919587/2009-26
Turma: Segunda Turma Especial da Terceira Seção
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Tue Oct 14 00:00:00 UTC 2014
Data da publicação: Mon Oct 27 00:00:00 UTC 2014
Ementa: Assunto: Processo Administrativo Fiscal
Ano-calendário: 2006
CPMF. PER/DCOMP. MODIFICAÇÃO DO OBJETO DO PLEITO. INADMISSIBILIDADE.
O pedido de compensação delimita a amplitude de exame do direito creditório alegado pelo sujeito passivo quanto ao preenchimento dos requisitos de liquidez e de certeza necessários à extinção de créditos tributários.
Instaurado o contencioso, não se admite que o contribuinte altere o pedido mediante a modificação do direito creditório aduzido na declaração de compensação.
RETIFICAÇÃO DE PER/DCOMP
A declaração de compensação só pode ser retificada em razão de erro material e tem como data limite a expedição do despacho decisório que decide acerca da homologação ou não da compensação.
Recurso Voluntário Negado
Direito Creditório Não Reconhecido
Numero da decisão: 3802-003.698
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso, nos termos do relatório e do voto que integram o presente julgado.
(assinado digitalmente)
Mércia Helena Trajano Damorim - Presidente.
(assinado digitalmente)
Waldir Navarro Bezerra - Relator.
Participaram da presente sessão de julgamento os conselheiros Mércia Helena Trajano Damorim (Presidente), Bruno Maurício Macedo Curi, Cláudio Augusto Gonçalves Pereira, Francisco José Barroso Rios, Solon Sehn e Waldir Navarro Bezerra.
Efetuou sustentação oral pela recorrente a Dra. Priscila Fernandes Dalla Costa, OAB/SP nº. 306.114.
Nome do relator: WALDIR NAVARRO BEZERRA
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PER/DCOMP. MODIFICAÇÃO DO OBJETO DO PLEITO. INADMISSIBILIDADE. O pedido de compensação delimita a amplitude de exame do direito creditório alegado pelo sujeito passivo quanto ao preenchimento dos requisitos de liquidez e de certeza necessários à extinção de créditos tributários. Instaurado o contencioso, não se admite que o contribuinte altere o pedido mediante a modificação do direito creditório aduzido na declaração de compensação. RETIFICAÇÃO DE PER/DCOMP A declaração de compensação só pode ser retificada em razão de erro material e tem como data limite a expedição do despacho decisório que decide acerca da homologação ou não da compensação. Recurso Voluntário Negado Direito Creditório Não Reconhecido Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso, nos termos do relatório e do voto que integram o presente julgado. (assinado digitalmente) Mércia Helena Trajano Damorim Presidente. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 16 32 7. 91 95 87 /2 00 9- 26 Fl. 2181DF CARF MF Impresso em 27/10/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 24/10/2014 por WALDIR NAVARRO BEZERRA, Assinado digitalmente em 24/10/20 14 por WALDIR NAVARRO BEZERRA, Assinado digitalmente em 24/10/2014 por MERCIA HELENA TRAJANO DAMORIM 2 (assinado digitalmente) Waldir Navarro Bezerra Relator. Participaram da presente sessão de julgamento os conselheiros Mércia Helena Trajano Damorim (Presidente), Bruno Maurício Macedo Curi, Cláudio Augusto Gonçalves Pereira, Francisco José Barroso Rios, Solon Sehn e Waldir Navarro Bezerra. Efetuou sustentação oral pela recorrente a Dra. Priscila Fernandes Dalla Costa, OAB/SP nº. 306.114. Relatório Tratase de recurso voluntário interposto contra decisão da 14a Turma da DRJ de Ribeirão Preto – SP (fls. 2.062/2.075), a qual, por unanimidade de votos, julgou improcedente a manifestação de inconformidade formalizada pelo recorrente, nos termos do acórdão assim ementado: ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PROVISÓRIA SOBRE MOVIMENTAÇÃO OU TRANSMISSÃO DE VALORES E DE CRÉDITOS DIREITOS DE NATUREZA FINANCEIRA CPMF Anocalendário: 2006 DCOMP. NÃO HOMOLOGAÇÃO. PAGAMENTO A MAIOR. APROVEITAMENTO EM DCOMP ANTERIOR. DIREITO INEXISTENTE. As informações sobre o direito de crédito e os débitos compensados assinaladas em Declaração de Compensação integram a essência do encontro de contas entre contribuinte e Fazenda Pública e definem os limites da compensação, não podendo ser alterados em sede de manifestação de inconformidade. Não se homologa compensação de débito com direito de crédito já inteiramente comprometido em DCOMP anterior. Manifestação de Inconformidade Improcedente Direito Creditório Não Reconhecido Por bem descrever a matéria litigiosa, adoto relatório que embasou o acórdão recorrido, que passo a transcrever: A contribuinte apresentou Declaração de Compensação (nº 30275.75254.080906.1.3.048032) pretendendo a extinção de débito próprio com direito de crédito decorrente de suposto pagamento a maior de CPMF. Por meio de despacho decisório, a unidade local não homologou a compensação declarada por inexistência de crédito. Segundo a decisão, cruzamento de informações mantidas pela Administração Fiscal acusara que o pagamento indicado como efetuado a maior estava integralmente alocado a débito confessado em DCTF, não havendo, portanto, saldo disponível para suportar a compensação declarada. Fl. 2182DF CARF MF Impresso em 27/10/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 24/10/2014 por WALDIR NAVARRO BEZERRA, Assinado digitalmente em 24/10/20 14 por WALDIR NAVARRO BEZERRA, Assinado digitalmente em 24/10/2014 por MERCIA HELENA TRAJANO DAMORIM Processo nº 16327.919587/200926 Acórdão n.º 3802003.698 S3TE02 Fl. 2.182 3 Inconformada, a interessada interpôs manifestação de inconformidade reiterando o direito ao crédito e mencionando a retificação da DCTF à qual o pagamento fora alocado na íntegra. Referida manifestação foi julgada improcedente pela Delegacia de Julgamento da Receita Federal em Campinas. Entendeu a DRJ que a contribuinte não teria comprovado a liquidez e certeza do crédito aproveitado. Os autos subiram à segunda instância administrativa. O Conselho Administrativo de Recursos Fiscais deu provimento parcial ao recurso voluntário apresentado contra a decisão da DRJ Campinas, para que a compensação fosse novamente apreciada, havendo entendido aquele colegiado que a apresentação da DCTF retificadora alterando o valor do débito ao qual fora vinculado o pagamento indicado como feito a maior, desconstituiria a causa original da não homologação, impondose o novo exame do feito. Encaminhados os autos à origem, a unidade de jurisdição emitiu novo despacho decisório no qual informa que: A DCOMP nº 30275.75254.080906.1.3.048032, objeto deste processo, referese exclusivamente ao DARF de nº 2778236361, período de apuração 20/07/2006, código de receita 5869, no valor original de R$ 124.868.528,19, data de arrecadação 27/07/2006. Com base neste mesmo DARF o interessado apresentou ainda as seguintes Declarações de Compensação DCOMP: [seguese tabela com as compensações que teriam se utilizado do mesmo DARF, totalizando aproveitamento de R$ 382.254,54]. O despacho relata que a contribuinte foi intimada a apresentar documentos relativos ao alegado direito de crédito. Informa ainda a autoridade fiscal que a documentação apresentada comprovaria a cobrança indevida de CPMF dos clientes listado em tabela presente no despacho decisório, assim como do correspondentes estorno, em um total de R$ 232.772,07. A seguir, conclui o despacho decisório: O interessado comprovou um crédito de pagamento indevido ou a maior no valor de R$ 232.772,07 [...] mas transmitiu, utilizando este crédito, declarações de compensação em um valor original total de R$ 382.254,54 [...] Na PER/DCOMP nº 37533.58019.070806.1.3.049816, com informação do crédito relativo a PER/DCOMP nº 30275.75254.080906.1.3.048032, objeto deste processo, foi informado um crédito de R$ 53.318,23, totalmente utilizado na própria PER/DCOMP. Não restando crédito disponível, propomos a não homologação da PER/DCOMP nº 30275.75254.080906.1.3.048032. Fl. 2183DF CARF MF Impresso em 27/10/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 24/10/2014 por WALDIR NAVARRO BEZERRA, Assinado digitalmente em 24/10/20 14 por WALDIR NAVARRO BEZERRA, Assinado digitalmente em 24/10/2014 por MERCIA HELENA TRAJANO DAMORIM 4 Cientificada, a contribuinte apresentou manifestação de inconformidade argumentando que: a) o crédito em questão referese à CPMF recolhida a maior em razão de retenções indevidas sobre movimentações financeiras de diversos clientes, sendo o montante utilizado em diversas declarações de compensação; b) atendendo a intimação fiscal, foram apresentados apenas os documentos relativos à formação do direito de crédito aproveitado na DCOMP examinada e não o conjunto probatório de todo o crédito apurado no pagamento, discutido de resto nos demais processos de compensação; daí porque os valores comprovados não seriam suficientes para a homologação de todas as compensações; c) os documentos apresentados em atendimento à intimação fiscal comprovam a retenção indevida e o estorno dos valores aos correntistas deixando patente a assunção do ônus financeiro do pagamento a maior pela contribuinte; d) comprovado o pagamento indevido, a assunção do ônus financeiro pela contribuinte e o equívoco no preenchimento da DCOMP, resta demonstrado que o Manifestante possui o crédito pleiteado, não podendo persistir a não homologação da compensação por razões de ordem formal, tendo em vista o princípio da verdade material que deve nortear o processo administrativo fiscal. A ciência da decisão que manteve a exigência formalizada contra a recorrente ocorreu em 24/01/2014 (ciência eletrônica, fl. 2.084). Inconformada, a mesma apresentou, em 10/02/2014, o recurso voluntário de fls. 2.105/2.112, onde, além dos argumentos já aduzidos na primeira instância, ressalta que: a) inicialmente, informa que parte do débito exigido nestes autos, por apensamento do PAF nº 16327.915388/200949 (referente ao PER/DECOMP nº 01917.09539.240608.1.3.043215) que tem origem do mesmo DARF, foi quitado com os benefícios da anistia, anexandose a documentação comprobatória. b) a DRJ decidiu pela manutenção do despacho decisório, fundamentando o seu entendimento não pela análise da documentação comprobatória do crédito, mas pelo fato do Recorrente ter indicado em seu PER/DCOMP uma compensação inicial na qual o crédito informado já havia sido consumido. Justifica o seu entendimento em razão da impossibilidade de alteração das informações prestadas no PER/DCOMP, principalmente no que concerne às características do crédito declarado. Colaciona jurisprudência; c) da leitura da decisão recorrida, constatase que a autoridade julgadora retorna a análise de condições formais para o deferimento da compensação, ignorando o que já foi decidido pelo CARF, que privilegiou a comprovação da existência de crédito (Princípio da Verdade Material), em detrimento do erro da Declaração, que, naquela oportunidade, restringiase ao erro na DCTF; d) os autos retornaram a DEINF, que concluiu pela existência parcial.Todavia, a compensação aqui discutida mantevese não homologada, inobstante todos os esclarecimentos e comprovações realizadas em diversas oportunidades e repisadas na nova Manifestação de Inconformidade; Fl. 2184DF CARF MF Impresso em 27/10/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 24/10/2014 por WALDIR NAVARRO BEZERRA, Assinado digitalmente em 24/10/20 14 por WALDIR NAVARRO BEZERRA, Assinado digitalmente em 24/10/2014 por MERCIA HELENA TRAJANO DAMORIM Processo nº 16327.919587/200926 Acórdão n.º 3802003.698 S3TE02 Fl. 2.183 5 e) o Recorrente apresentou a documentação contábil e fiscal necessária à comprovação do recolhimento a maior, inclusive por se tratar de tributo retido e, posteriormente, devolvido aos correntistas a demonstração da assunção do ônus financeiro relativo à CPMF; este que era o objeto da demanda suscitada pelo CARF, nos termos do acórdão nº 330201.729, qual seja, que a Delegacia de origem apurasse a existência material do indébito. f) no caso em tela, de fato, o Recorrente incorreu em equívocos no preenchimento do PER/DECOMP ao indicar em sua Declaração de Compensação uma DCOMP inicial cuja discussão era totalmente independente desta, tanto que, já estava até mesmo homologada pela RFB; g) o simples fato de ter mencionado equivocadamente um PER/DCOMP inicial em seu pedido de compensação, fez com que toda a documentação acostada perdesse a importância, pois, muito embora tenha comprovado R$ 232.772,07 de crédito original, por ter mencionado no PER/DCOMP nº 37533.58019.070806.1.3.049816, que teria somente R$ 53.851,40 e que o referido montante teria sido totalmente consumido naquele PER/DCOMP já homologado, perdeu o direito ao restante do crédito. h) não bastasse isso, ao efetuar análise da documentação comprobatória limitada a um único pedido de compensação, atrelouo a todos os DECOMP transmitidos com o mesmo DARF, muito embora cada pedido de compensação possuísse discussão autônoma e com a documentação comprobatória pertinente acostada aos processos correspondentes; i) a parcela excedente do crédito é discutida em outros PAF que não possuem relação direta com a presente demanda e a cobrança, na hipótese de não homologação definitiva do crédito, ocorreu ou ocorrerá no processo próprio; daí porque, os valores aqui comprovados não seriam suficientes para a homologação de todas as compensações, mas somente do PER/DCOMP nº 30275.75254.080906.1.3.048032; j) face ao todo exposto, solicita que seja prevalecido a verdade material sobre a formal e cita jurisprudência do CARF neste sentido. Por fim, requer a retificação de ofício do PER/DCOMP nº. 37533.58019.070806.1.3.049816, com a exclusão da informação a cerca do PER/DCOMP inicial, nos termos do art. 147, §2º do CTN. Diante das razões expostas, que seja dado provimento ao seu recurso e o cancelamento da cobrança efetivada por meio dos PAFs nºs: 16327.920317/200968, 16327.917519/200922 e 16327.901452/201048. É o relatório. Voto Conselheiro Waldir Navarro Bezerra A ciência (eletrônica) da decisão recorrida se deu em 24/01/2014 (fl. 2.084). Por sua vez, o recurso voluntário foi apresentado em 10/02/2014, tempestivamente, portanto. Fl. 2185DF CARF MF Impresso em 27/10/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 24/10/2014 por WALDIR NAVARRO BEZERRA, Assinado digitalmente em 24/10/20 14 por WALDIR NAVARRO BEZERRA, Assinado digitalmente em 24/10/2014 por MERCIA HELENA TRAJANO DAMORIM 6 No mais, o recurso preenche aos demais requisitos de admissibilidade, devendo, pois, ser conhecido. Extraise dos autos que o Recorrente apresentou Declaração de Compensação nº 30275.75254.080906.1.3.048032, pretendendo a extinção de débito próprio com direito de crédito decorrente de suposto pagamento a maior de CPMF. A DRF de origem não homologou a compensação declarada por inexistência de crédito, não havendo, portanto, saldo disponível para suportar a compensação declarada. Inconformada, a interessada interpôs manifestação de inconformidade reiterando o direito ao crédito e mencionando a retificação da DCTF à qual o pagamento fora alocado na íntegra. Entendeu a DRJ que a contribuinte não teria comprovado a liquidez e certeza do crédito aproveitado. Então, os autos subiram à segunda instância administrativa. Consta dos autos que fora transmitida pela internet DCTF retificadora. Analisando todo o acima exposto, o CARF deu provimento parcial ao recurso voluntário apresentado, decidindo no sentido de que a compensação fosse novamente apreciada, havendo entendido que a apresentação da DCTF retificadora, alterando o valor do débito ao qual fora vinculado o pagamento indicado como feito a maior, desconstituiria a causa original da não homologação, impondose o novo exame do feito. Em cumprimento ao Acórdão nº 330201.729 (fls. 194/198), a unidade de jurisdição emitiu novo despacho decisório (fls. 1.89/1.893), onde relata que: (...) A DCOMP nº 30275.75254.080906.1.3.048032, objeto deste processo, referese exclusivamente ao DARF de nº 2778236361, período de apuração 20/07/2006, código de receita 5869, no valor original de R$ 124.868.528,19, data de arrecadação 27/07/2006. Com base neste mesmo DARF o interessado apresentou ainda as seguintes Declarações de Compensação DCOMP: [seguese tabela com as compensações que teriam se utilizado do mesmo DARF, totalizando aproveitamento de R$ 382.254,54]. Na sequência, conclui o despacho decisório: (...) O interessado comprovou um crédito de pagamento indevido ou a maior no valor de R$ 232.772,07, conforme item 1.5, mas transmitiu, utilizando este crédito, declarações de compensação em um valor original total de R$ 382.254,54, conforme itens 1.1 e 1.2. Na PER/DCOMP nº 37533.58019.070806.1.3.049816, com informação do crédito relativo a PER/DCOMP nº 30275.75254.080906.1.3.048032, objeto deste processo, foi informado um crédito de R$ 53.318,23, totalmente utilizado na própria PER/DCOMP. Não restando crédito disponível, propomos a não homologação da PER/DCOMP nº 30275.75254.080906.1.3.048032. Nesse contexto, assim se posicionou a decisão a quo, a respeito da compensação tratada na DCOMP nº 30275.75254.080906.1.3.048032: Fl. 2186DF CARF MF Impresso em 27/10/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 24/10/2014 por WALDIR NAVARRO BEZERRA, Assinado digitalmente em 24/10/20 14 por WALDIR NAVARRO BEZERRA, Assinado digitalmente em 24/10/2014 por MERCIA HELENA TRAJANO DAMORIM Processo nº 16327.919587/200926 Acórdão n.º 3802003.698 S3TE02 Fl. 2.184 7 (...) Como relatado, os autos retornam a esta Delegacia de Julgamento por força de acórdão prolatado pelo Conselho Administrativo de Recursos Fiscais que determinou novo exame da compensação declarada pela contribuinte. Entendeu aquele colegiado que a apresentação de DCTF retificadora teria alterado a situação jurídica na qual se baseara o despacho decisório de não homologação, devendose reexaminar a existência do direito creditório. Em novo despacho decisório, a unidade de origem reconheceu a existência de pagamento a maior. Porém, não haveria como homologar a presente declaração de compensação já que o direito de crédito estaria integralmente comprometido na absorção de débito declarado em outra DCOMP (g.n). O Recorrente, em seu recurso, alega que “a DRJ decidiu pela manutenção do despacho decisório, mantendo o argumento de que não haveria crédito disponível para a homologação pleiteada nestes autos, fundamentando o seu entendimento não pela análise da documentação comprobatória do crédito, mas pelo fato do Recorrente ter indicado em seu PER/DCOMP uma compensação inicial na qual todo o crédito informado já havia sido consumido; justifica o seu entendimento em razão da impossibilidade de alteração das informações prestadas no PER/DCOMP, principalmente no que concerne às características do crédito declarado” (...). E prossegue argumentando que “da leitura da decisão recorrida, constatase que a autoridade julgadora retorna a análise de condições formais para o indeferimento da compensação, ignorando o que já foi decidido pelo CARF, que privilegiou a comprovação da existência de crédito – Princípio da Verdade Material – em detrimento do erro da declaração, que, na oportunidade, restringiase ao erro na DCTF”, destaca trecho do voto do relator. Assevera ainda que o Recorrente apresentou a documentação contábil e fiscal necessária à comprovação do recolhimento a maior, inclusive a demonstração da assunção do ônus financeiro relativo à CPMF; esta que era o objeto da demanda suscitada pelo CARF, nos termos do Acórdão nº 330201.729, qual seja, que a Delegacia de origem apurasse a existência material do indébito. Aduz que no caso em tela, de fato, o Recorrente incorreu em equívocos no preenchimento do PER/DECOMP ao indicar em sua Declaração de Compensação uma DCOMP inicial cuja discussão era totalmente independente desta, tanto que, já estava até mesmo homologada pela RFB e o simples fato de ter mencionado equivocadamente um PER/DCOMP inicial em seu pedido de compensação, fez com que toda a documentação acostada perdesse a importância, pois, muito embora tenha comprovado R$ 232.772,07 de crédito original, por ter mencionado no PER/DCOMP nº 37533.58019.070806.1.3.049816, que teria somente R$ 53.851,40 e que o referido montante teria sido totalmente consumido naquele PER/DCOMP já homologado, perdeu o direito ao restante do crédito. Que a parcela excedente do crédito é discutida em outros PAF que não possuem relação direta com a presente demanda e a cobrança, na hipótese de não homologação definitiva do crédito, ocorreu ou ocorrerá no processo próprio; daí porque, os valores aqui comprovados não seriam suficientes para a homologação de todas as compensações, mas somente do PER/DCOMP nº 30275.75254.080906.1.3.048032; Fl. 2187DF CARF MF Impresso em 27/10/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 24/10/2014 por WALDIR NAVARRO BEZERRA, Assinado digitalmente em 24/10/20 14 por WALDIR NAVARRO BEZERRA, Assinado digitalmente em 24/10/2014 por MERCIA HELENA TRAJANO DAMORIM 8 Por fim, requer a retificação de ofício do PER/DCOMP nº. 37533.58019.070806.1.3.049816, com a exclusão da informação a cerca do PER/DCOMP inicial, nos termos do art. 147, §2º do CTN. Ressaltese que no recurso apresentado pelo Recorrente na época, bem como no Acórdão proferido pelo CARF, em nenhum momento foi noticiado a questão do alegado equívoco no preenchimento do PER/DECOMP. Naquela oportunidade, restringiase ao erro no preenchimento da DCTF e da retificadora, conforme se observa na ementa do Acórdão: CPMF. COMPENSAÇÃO. NÃO HOMOLOGAÇÃO. DCTF RETIFICADORA. EFEITOS. A DCTF retificadora, nas hipóteses em que é admitida pela legislação, substitui a original em relação aos débitos e vinculações declarados, sendo consequência de sua apresentação, após a não homologação de compensação por ausência de saldo de créditos na DCTF original, a desconstituição da causa original da não homologação, cabendo à autoridade fiscal apurar, por meio de despacho devidamente fundamentado, a liquidez e certeza do crédito do sujeito passivo. Agora, na presente discussão, a não homologação da compensação foi a conseqüência lógica em vista da não retificação da DCOMP, em momento apropriado, por parte do Recorrente. Não obstante, apresentou uma declaração de compensação cujo crédito informado inexiste na base de dados da Receita Federal, não podendo neste momento, em sede de contencioso, modificar o âmbito de seu pedido, como corretamente asseverou a instância recorrida. O Recorrente, em seu recurso, reafirma a existência de pagamento a maior e admite equívoco no preenchimento do PER/DCOMP, ao indicar em sua declaração de compensação uma DCOMP inicial cuja discussão era totalmente independente desta. Atinente a este fato, vejase trecho do Acórdão recorrido: (...) No caso, a contribuinte transmitiu sua DCOMP compensando débito com suposto crédito decorrente de pagamento indevido ou a maior, informando que as características do direito de crédito compensado estariam definidas em outra Declaração de Compensação. Com efeito, na DCOMP sob exame, a contribuinte assinala que o direito de crédito compensado fora informado em outra declaração de compensação, a de nº 37533.58019.070806.1.3.049816. Confirase (fl. 29)(...). Essa última DCOMP, documento traz, portanto, as características que definem a natureza e a dimensão do direito de crédito aproveitado na declaração de compensação ora em análise. A citada DCOMP que contém as características do pagamento indevido indica o montante do direito de crédito: R$ 53.318,23, como se vê na sequência (fl. 1.850) (...). Esse valor, como se vê, foi integralmente vinculado à compensação do débito informado naquela mesma declaração. Fl. 2188DF CARF MF Impresso em 27/10/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 24/10/2014 por WALDIR NAVARRO BEZERRA, Assinado digitalmente em 24/10/20 14 por WALDIR NAVARRO BEZERRA, Assinado digitalmente em 24/10/2014 por MERCIA HELENA TRAJANO DAMORIM Processo nº 16327.919587/200926 Acórdão n.º 3802003.698 S3TE02 Fl. 2.185 9 Ou seja, o direito de crédito cujo aproveitamento foi formalizado na DCOMP objeto do presente exame está inteiramente comprometido na compensação de outra dívida, não restando saldo disponível para outra compensação. Com efeito, temse, no caso presente, que a recorrente, na prática, busca alterar o objeto de análise do pleito balizado pelos dados declarados na DCOMP. Ainda que a interessada tenha apresentado prova do direito creditório reclamado, não há como, em sede de contencioso, modificar o objeto do pleito definido pela DCOMP. O documento intitulado Declaração de Compensação (DCOMP) se presta, assim, a formalizar o encontro de contas entre o contribuinte e a Fazenda Pública, por iniciativa do primeiro a quem cabe, portanto, a responsabilidade pelas informações sobre os créditos e os débitos, cabendo à autoridade tributária a sua necessária verificação e validação. De fato, o pedido de compensação delimita a amplitude de exame do direito creditório alegado pelo sujeito passivo quanto ao preenchimento dos requisitos de liquidez e de certeza necessários à extinção de créditos tributários. Instaurado o contencioso, não se admite que o contribuinte altere o pedido mediante a modificação do direito creditório aduzido na declaração de compensação, posto que tal procedimento desnature o próprio objeto do processo. Eventual manifestação da instância julgadora sobre a legitimidade de crédito tributário não admitido junto à autoridade responsável pelo exame de pedidos dessa natureza representaria verdadeira usurpação da competência da referida autoridade, o que também não se pode admitir. Como é sabido, pois essa matéria foi regrada por diversos atos da RFB ao normatizar o art. 74, da Lei nº 9.430/96, que tanto a alteração de qualquer uma das características do débito compensado como do pagamento afirmado como feito a maior (data de vencimento, data de recolhimento, valor, CNPJ, período de apuração, data do fato gerador, código de receita de tributo, etc), só podem ser efetivadas mediante a transmissão da correspondente DCOMP retificadora, respeitadas as condições estabelecidas pela legislação, entre elas a inexistência de despacho decisório que decida sobre a DCOMP original (art. 56 a 59 da IN SRF 600/2005 e 76 a 79, da IN RFB nº 900/2008). Para melhor esclarecer o acima descrito, destacase trecho do acórdão recorrido: (...) É esse quadro que dá sustentação ao novo despacho decisório emitido pela unidade local. A nova análise do direito de crédito encomendada pela decisão do CARF, resultou na verificação da existência de pagamento a maior cuja compensação não fora formalizada pela contribuinte na DCOMP que veiculou o direito de crédito limitandoo à cifra de R$ 53.318,24, inteiramente consumida na própria DCOMP n° 37533.58019.070806.1.3.04 9816. Pelas razões explicitadas acima, acerca da impossibilidade de alteração do encontro do crédito versos débito formalizados na DCOMP, não há como esse julgamento ampliar o montante do direito de crédito informado assim como não cabe, aqui, incluir no crédito compensado, parcela incluída em outro documento de arrecadação. Notese que o Fl. 2189DF CARF MF Impresso em 27/10/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 24/10/2014 por WALDIR NAVARRO BEZERRA, Assinado digitalmente em 24/10/20 14 por WALDIR NAVARRO BEZERRA, Assinado digitalmente em 24/10/2014 por MERCIA HELENA TRAJANO DAMORIM 10 pedido de compensação foi analisado pela autoridade administrativa concernente ao reclamado pagamento a maior ou indevido indicado na DCOMP, com respeito ao qual referida autoridade concluiu inexistir o direito alegado. Instaurado o litígio, não pode a recorrente afirmar que seu crédito seria outro, referente a uma outra compensação, questão completamente alheia ao objeto do litígio, cuja aceitação representaria, também, violação aos princípios do contraditório e da estabilidade da demanda. Cumpre destacar que a modificação do pedido apresenta grandes limitações no direito processual como um todo, como se vislumbra do disposto no artigo 264 do CPC, abaixo reproduzido: Art. 264. Feita a citação, é defeso ao autor modificar o pedido ou a causa de pedir, sem o consentimento do réu, mantendose as mesmas partes, salvo as substituições permitidas por lei.(Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973) Parágrafo único. A alteração do pedido ou da causa de pedir em nenhuma hipótese será permitida após o saneamento do processo. (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973). Com efeito, como é cediço, a compensação que, nos termos do art. 170 do CTN, pressupõe liquidez e certeza dos créditos, é levada a efeito por meio de declaração capaz de extinguir o débito tributário sob condição da sua ulterior homologação, nos termos dos parágrafos 1º e 2º do art. 74 da Lei nº 9.430, de 1996, conforme a redação que lhes foi fornecida pela Lei nº 10.637, de 2002. Portanto, cabe ao Fisco analisar se cabe ou não homologar uma compensação declarada. Noutro giro, os parágrafos sétimo a nono do mesmo art. 74 da mesma Lei nº 9.430, de 1996, incluídos pela Lei nº 10.833, de 20033, indicam as consequências da não homologação da DCOMP, bem assim o objeto do litígio instaurado em razão da apresentação de manifestação de inconformidade. Focado nesses parâmetros, entendo que o pleito do sujeito passivo não merece acolhida, pois não cabe a este Colegiado ir além da análise do ato de não homologação da Declaração de Compensação e tal ato, como decidido pelo acórdão recorrido, não merece reparo. Observamse vários julgados desta Corte que no caso do preenchimento dos dados do PER/DCOMP, cuja finalidade é a comunicação à administração tributária de um crédito e de um débito, os quais se extinguirão mutuamente, o erro na discriminação de qualquer um dos dois é claramente substancial, não podendo ser considerado simples erro formal. Neste sentido, quanto ao princípio da verdade material em detrimento do formalismo que deve nortear o processo administrativo fiscal, alegado pelo Recorrente, temos em conta que a DCOMP faz parte de maneira inseparável à compensação. A pesquisa da verdade material se dá em relação às informações assinaladas na DCOMP. Não se trata de investigar minuciosamente da existência ou não do pagamento a maior no montante mencionado pela contribuinte. No caso da compensação, as informações sobre o débito e o crédito inscritas na DCOMP, como dito, fazem parte da essência da compensação. Por fim, temos em conta ainda que como se sabe, tratandose a CMPF de tributo pago por terceiros, cabendo ao interessado, na condição de contribuinte de fato, tão somente a obrigação por seu recolhimento, o direito à sua restituição/compensação se subsume, a teor do disciplinado pelo art. 166 do CTN. O Recorrente juntou cópia de demonstrativo dos Fl. 2190DF CARF MF Impresso em 27/10/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 24/10/2014 por WALDIR NAVARRO BEZERRA, Assinado digitalmente em 24/10/20 14 por WALDIR NAVARRO BEZERRA, Assinado digitalmente em 24/10/2014 por MERCIA HELENA TRAJANO DAMORIM Processo nº 16327.919587/200926 Acórdão n.º 3802003.698 S3TE02 Fl. 2.186 11 extratos das contas correntes que receberam os créditos e dos valores estornados dos clientes, visando corroborar as suas alegações de que suportou o ônus de pagamento da CPMF indevidamente retida. Conclusão Sendo essas as considerações que reputo suficientes e necessárias à resolução da lide, voto no sentido de negar provimento ao recurso voluntário, mantendo a decisão recorrida. (assinado digitalmente) Waldir Navarro Bezerra Relator Fl. 2191DF CARF MF Impresso em 27/10/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 24/10/2014 por WALDIR NAVARRO BEZERRA, Assinado digitalmente em 24/10/20 14 por WALDIR NAVARRO BEZERRA, Assinado digitalmente em 24/10/2014 por MERCIA HELENA TRAJANO DAMORIM
score : 1.0
Numero do processo: 10920.002611/2005-87
Turma: Primeira Turma Especial da Segunda Seção
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Fri Jul 18 00:00:00 UTC 2014
Data da publicação: Fri Oct 31 00:00:00 UTC 2014
Ementa: Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física - IRPF
Exercício: 2001, 2002, 2003, 2004
PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL. RECURSO INTEMPESTIVO.
Não se conhece do recurso apresentado após o prazo de trinta dias contados da ciência da decisão de primeira instância.
Recurso Voluntário Não Conhecido
Numero da decisão: 2801-003.631
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, não conhecer do recurso, por intempestivo, nos termos do voto do Relator.
Assinado digitalmente
Tânia Mara Paschoalin - Presidente.
Assinado digitalmente
Marcelo Vasconcelos de Almeida - Relator.
Participaram do presente julgamento os Conselheiros: Tânia Mara Paschoalin, José Valdemir da Silva, Mara Eugenia Buonanno Caramico, Carlos César Quadros Pierre, Marcelo Vasconcelos de Almeida e Marcio Henrique Sales Parada.
Nome do relator: MARCELO VASCONCELOS DE ALMEIDA
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RECURSO INTEMPESTIVO. Não se conhece do recurso apresentado após o prazo de trinta dias contados da ciência da decisão de primeira instância. Recurso Voluntário Não Conhecido Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, não conhecer do recurso, por intempestivo, nos termos do voto do Relator. Assinado digitalmente Tânia Mara Paschoalin Presidente. Assinado digitalmente Marcelo Vasconcelos de Almeida Relator. Participaram do presente julgamento os Conselheiros: Tânia Mara Paschoalin, José Valdemir da Silva, Mara Eugenia Buonanno Caramico, Carlos César Quadros Pierre, Marcelo Vasconcelos de Almeida e Marcio Henrique Sales Parada. Relatório Por bem descrever os fatos, adotase o “Relatório” da decisão de 1ª instância (fls. 231/233 deste processo digital), reproduzido a seguir: AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 92 0. 00 26 11 /2 00 5- 87 Fl. 271DF CARF MF Impresso em 31/10/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 07/08/2014 por MARCELO VASCONCELOS DE ALMEIDA, Assinado digitalmente em 07/08/2014 por MARCELO VASCONCELOS DE ALMEIDA, Assinado digitalmente em 18/08/2014 por TANIA MARA PA SCHOALIN Processo nº 10920.002611/200587 Acórdão n.º 2801003.631 S2TE01 Fl. 272 2 Tratase de auto de infração (fls. 78 a 94), referente aos anos calendário 2000, 2001, 2002 e 2003, onde se exige do interessado Imposto sobre a Renda de Pessoa Física no valor de R$ 11.803,17, acrescido de multa de oficio de 75% e juros de mora. De acordo com o relatório de atividade fiscal de fls. 82 a 89, a presente autuação foi lavrada devido à apuração das seguintes infrações: a) Dedução indevida de despesas médicas: o contribuinte não comprovou as despesas médicas que declarou ter pagado a Tânia Maria de Oliveira e a José Ambrósio S. Neto nos anoscalendário 2000, 2001, 2002 e 2003, e parte das despesas médicas que declarou ter pagado a UNIMED/SC nos anoscalendário 2000 (comprovou apenas R$ 1.556,78 dos R$ 2.523,93 declarados) e 2003 (comprovou apenas R$ 250,99 dos R$ 1.524,58 declarados); b) Dedução indevida com dependentes: o contribuinte não comprovou a relação de dependência de Larissa Muriel Frontório (anoscalendário 2000, 2001, 2002 e 2003), Monja Lara Frontório (anoscalendário 2000, 2001, 2002 e 2003) e Mirelly Antonielle Frontório (anoscalendário 2002 e 2003); c) Dedução indevida de despesas com instrução: o contribuinte declarou despesas com cursos de idiomas (Ferpil Idiomas Ltda ME) como despesas dedutíveis nos anos calendário 2001, 2002 e 2003; das despesas declaradas com o Colégio Divina Providência, o contribuinte comprovou apenas R$ 1.873,20 no anocalendário 2001, R$ 1.518,00 no anocalendário 2002 e R$ 1.161,60 no anocalendário 2003; d) Dedução indevida de contribuição para previdência privada: o contribuinte comprovou apenas parte da dedução declarada a título de contribuição à previdência privada no anocalendário 2000 (declarou R$ 2.784,03, mas comprovou apenas R$ 260,10); e) Dedução indevida de pensão alimentícia: o contribuinte não comprovou que os valores declarados a titulo de pensão alimentícia judicial estavam amparados por decisão judicial ou acordo homologado judicialmente. Tendo em vista as infrações descritas acima, a autoridade lançadora revisou as declarações de ajuste anual dos anos calendário 2000, 2001, 2002 e 2003, efetuando as seguintes alterações: Fl. 272DF CARF MF Impresso em 31/10/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 07/08/2014 por MARCELO VASCONCELOS DE ALMEIDA, Assinado digitalmente em 07/08/2014 por MARCELO VASCONCELOS DE ALMEIDA, Assinado digitalmente em 18/08/2014 por TANIA MARA PA SCHOALIN Processo nº 10920.002611/200587 Acórdão n.º 2801003.631 S2TE01 Fl. 273 3 a) no anocalendário 2000, glosou toda dedução declarada a título de pensão alimentícia judicial, e glosou parte das deduções declaradas a título de dependentes e contribuição à previdência privada; b) no anocalendário 2001, glosou toda dedução declarada a título de pensão alimentícia judicial, e glosou parte das deduções declaradas a título de dependentes, despesas médicas e despesas com instrução; c) no anocalendário 2002, glosou toda dedução declarada a título de pensão alimentícia judicial, e glosou parte das deduções declaradas a título de dependentes, despesas médicas e despesas com instrução; d) no anocalendário 2003, glosou toda dedução declarada a título de pensão alimentícia judicial, e glosou parte das deduções declaradas a título de dependentes, despesas médicas e despesas com instrução. Ainda em seu relatório de atividade fiscal (fls. 82 a 89), a autoridade lançadora ressalva que não reduziu o valor declarado de despesas médicas no anocalendário 2000 (R$ 1.601,98), porque "existe o comprovante de pagamento à Unimed e ainda alguns descontos de despesas médicas em folha de pagamento". Inconformado com o lançamento, o contribuinte apresentou a impugnação de fls. 98 a 111. Na parte inicial de sua peça de defesa, o contribuinte transcreve os artigos 1°, incisos II e III, 3°, incisos I e III, 50, incisos II, XXXVI, LIV, LV, 6°, 37, caput, 205, 226, §4°, e 227, caput, da Constituição Federal, o artigo 4° do Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069/1990), e os artigos 1.694, §1°, 1.695, 1.696, 1.699 e 1709 do Código Civil (Lei n° 10.406/2002). Em seguida, contesta integralmente a autuação, alegando em síntese que: a) a prova da dependência das netas Larissa Muriel Frontório, Monia Lara Frontório e Mirelly Antonielle Frontório "já foi trazida aos autos e confirmada perante o Sr. Fiscal pelas declarações que indicam a hipossuficiência dos filhos do contribuinte em relação a manutenção das necessidades básicas de seus dependentes (netos do contribuinte)"; b) a dependência das netas Larissa Muriel Frontório, Monia Lara Frontório e Mirelly Antonielle Frontório ficou caracterizada de acordo com os dispositivos constitucionais e legais transcritos no inicio da impugnação; c) a comprovação da relação de dependência de netos não depende obrigatoriamente da comprovação da existência de guarda judicial; Fl. 273DF CARF MF Impresso em 31/10/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 07/08/2014 por MARCELO VASCONCELOS DE ALMEIDA, Assinado digitalmente em 07/08/2014 por MARCELO VASCONCELOS DE ALMEIDA, Assinado digitalmente em 18/08/2014 por TANIA MARA PA SCHOALIN Processo nº 10920.002611/200587 Acórdão n.º 2801003.631 S2TE01 Fl. 274 4 d) o direito ao pagamento de pensão alimentícia não precisa ser necessariamente reconhecido por sentença judicial; e) "Ir ao poder judiciário é uma das formas de garantir um direito, porém, sendo as partes maiores e capazes, tornase faculdade o reconhecimento dos alimentos em juízo, pois, no caso em tela, amigavelmente ocorreram os pagamentos"; f) "os critérios utilizados pelo Sr. Fiscal, são diferentes entre o Impugnante e os demais contribuintes", "pois quando o Sr. Fiscal questiona o valor a título de alimentos não declarado por sentença, deixa de considerar a liberalidade das partes, bem como o binômio chamado de necessidade e possibilidade na contribuição de alimentos pelo contribuinte"; g) deve "ser reconhecida a validade dos recibos apresentados pelo Impugnante, sob pena de estar dando tratamento diferenciado entre contribuintes"; h) a glosa de parte da dedução declarada a título de contribuição a previdência privada no anocalendário 2000 deve ser restabelecida, já que na "Declaração de Ajuste Anual — 2001, ano base 2000, no campo 07 Deduções — Contribuição à Prey. Privada e FAPI, foi indicado o recolhimento da importância de R$ 2.784,03"; i) "O auto de infração impugnado não apresenta motivação e fundamentação para exigência do suposto tributo"; j) o auditorfiscal autuante não buscou a verdade material; k) o auto de infração não identifica, de forma precisa e clara, quais dispositivos legais foram infringidos; l) a autoridade fiscal cometeu abuso de direito ao lavrar o auto de infração; m) a autuação foi fundamentada em motivo inexistente ou impróprio; n) é forçosa a conclusão de que não há segurança suficiente para a manutenção do presente auto de infração, nem que seja em respeito ao principio do in dubio contra fiscum; o) a multa de ofício aplicada fere o principio constitucional da vedação ao confisco; p) os juros aplicados no presente lançamento afrontam o disposto no §1°, do artigo 161, do Código Tributário, pois superam em muito a 1% (um por cento) ao mês; q) "Além de superarem a taxa máxima prevista no CTN, tais fatores são utilizados de maneira composta (capitalização de Juros), rechaçado pela lei e pelos Tribunais". Em razão destas alegações, o contribuinte pleiteia o "cancelamento/anulação" do presente auto de infração. Fl. 274DF CARF MF Impresso em 31/10/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 07/08/2014 por MARCELO VASCONCELOS DE ALMEIDA, Assinado digitalmente em 07/08/2014 por MARCELO VASCONCELOS DE ALMEIDA, Assinado digitalmente em 18/08/2014 por TANIA MARA PA SCHOALIN Processo nº 10920.002611/200587 Acórdão n.º 2801003.631 S2TE01 Fl. 275 5 Juntamente com a impugnação, o contribuinte apresentou procuração (fl. 112). O lançamento foi julgado procedente por intermédio do acórdão de fls. 230/240 deste processo digital. Cientificado da decisão de primeira instância em 04/05/2009 (fl. 244), o Interessado interpôs, em 10/06/2009, o recurso de fls. 248/268. Na peça recursal reitera os argumentos expendidos na impugnação e requer, ao final, “que seja determinado o cancelamento/anulação do Auto de Infração 0920200/00330/05, pela sua ineficácia ante aos vícios demonstrados no procedimento de fiscalização, para reconhecer como procedentes na sua totalidade os valores deduzidos com dependentes, despesas de instrução, contribuição para previdência privada e a título de pensão alimentícia”. Voto Conselheiro Marcelo Vasconcelos de Almeida, Relator As folhas citadas neste voto referemse à numeração do processo digital, que difere da numeração de folhas do processo físico. Aprecio, de início, a (in) tempestividade do recurso. O Decreto nº 70.235, de 06 de março de 1972, assim dispõe: Art. 5º Os prazos serão contínuos, excluindose na sua contagem o dia do início e incluindose o do vencimento. Parágrafo único. Os prazos só se iniciam ou vencem no dia de expediente normal no órgão em que corra o processo ou deva ser praticado o ato. (...) Art. 23. Farseá a intimação: (...) II por via postal, telegráfica ou por qualquer outro meio ou via, com prova de recebimento no domicílio tributário eleito pelo sujeito passivo; (Redação dada pela Lei nº 9.532, de 1997) (...) § 2° Considerase feita a intimação: (...) II no caso do inciso II do caput deste artigo, na data do recebimento ou, se omitida, quinze dias após a data da expedição da intimação; (Redação dada pela Lei nº 9.532, de 1997) (...) Fl. 275DF CARF MF Impresso em 31/10/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 07/08/2014 por MARCELO VASCONCELOS DE ALMEIDA, Assinado digitalmente em 07/08/2014 por MARCELO VASCONCELOS DE ALMEIDA, Assinado digitalmente em 18/08/2014 por TANIA MARA PA SCHOALIN Processo nº 10920.002611/200587 Acórdão n.º 2801003.631 S2TE01 Fl. 276 6 Art. 33. Da decisão caberá recurso voluntário, total ou parcial, com efeito suspensivo, dentro dos trinta dias seguintes à ciência da decisão. No caso concreto, a ciência ao contribuinte, do Acórdão da 5ª Turma de Julgamento da DRJ/FNS, se deu em 04/05/2009 (segundafeira), conforme Aviso de Recebimento – AR acostado aos autos em fl. 244, o que significa dizer que o prazo recursal iniciouse em 05/05/2009 (terçafeira), findandose em 03/06/2009 (quartafeira). Em 10/06/2009 (quartafeira) foi protocolado o recurso de fls. 248/268, ou seja, após transcorrido o prazo de 30 (trinta) dias da ciência da decisão de primeira instância. Caracterizada, portanto, a intempestividade do recurso apresentado. Face ao exposto, voto por não conhecer do recurso, por intempestivo. Assinado digitalmente Marcelo Vasconcelos de Almeida Fl. 276DF CARF MF Impresso em 31/10/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 07/08/2014 por MARCELO VASCONCELOS DE ALMEIDA, Assinado digitalmente em 07/08/2014 por MARCELO VASCONCELOS DE ALMEIDA, Assinado digitalmente em 18/08/2014 por TANIA MARA PA SCHOALIN
score : 1.0
Numero do processo: 13808.000687/2002-18
Turma: Primeira Turma Ordinária da Primeira Câmara da Segunda Seção
Câmara: Primeira Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Tue Sep 09 00:00:00 UTC 2014
Data da publicação: Thu Oct 16 00:00:00 UTC 2014
Ementa: Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física - IRPF
Ano-calendário: 1998
IRPF. SIGILO BANCÁRIO. LEI Nº 10.174/2001. RETROATIVIDADE. LEGALIDADE. SÚMULA CARF Nº 35.
O art. 11, § 3º, da Lei nº 9.311/1996, com a redação dada pela Lei nº10.174/2001, que autoriza o uso de informações da CPMF para a constituição do crédito tributário de outros tributos, aplica-se retroativamente.
OMISSÃO DE RENDIMENTOS. LANÇAMENTO COM BASE EM DEPÓSITOS BANCÁRIOS.
O art. 43 da Lei nº 9.430/1996, autoriza a presunção de omissão de rendimentos com base nos valores depositados em conta bancária para os quais o titular, regularmente intimado, não comprove, mediante documentação hábil e idônea, a origem dos recursos utilizados nessas operações.
Numero da decisão: 2101-002.562
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em afastar as preliminares e, no mérito, negar provimento ao recurso.
LUIZ EDUARDO DE OLIVEIRA SANTOS - Presidente.
MARIA CLECI COTI MARTINS - Relatora.
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: LUIZ EDUARDO DE OLIVEIRA SANTOS (Presidente), ALEXANDRE NAOKI NISHIOKA, MARIA CLECI COTI MARTINS, HEITOR DE SOUZA LIMA JUNIOR, CARLOS ANDRE RODRIGUES PEREIRA LIMA.
Nome do relator: MARIA CLECI COTI MARTINS
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SIGILO BANCÁRIO. LEI Nº 10.174/2001. RETROATIVIDADE. LEGALIDADE. SÚMULA CARF Nº 35. “O art. 11, § 3º, da Lei nº 9.311/1996, com a redação dada pela Lei nº10.174/2001, que autoriza o uso de informações da CPMF para a constituição do crédito tributário de outros tributos, aplicase retroativamente”. OMISSÃO DE RENDIMENTOS. LANÇAMENTO COM BASE EM DEPÓSITOS BANCÁRIOS. O art. 43 da Lei nº 9.430/1996, autoriza a presunção de omissão de rendimentos com base nos valores depositados em conta bancária para os quais o titular, regularmente intimado, não comprove, mediante documentação hábil e idônea, a origem dos recursos utilizados nessas operações. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em afastar as preliminares e, no mérito, negar provimento ao recurso. LUIZ EDUARDO DE OLIVEIRA SANTOS Presidente. MARIA CLECI COTI MARTINS Relatora. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 13 80 8. 00 06 87 /2 00 2- 18 Fl. 126DF CARF MF Impresso em 16/10/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 29/09/2014 por MARIA CLECI COTI MARTINS, Assinado digitalmente em 29/09/ 2014 por MARIA CLECI COTI MARTINS, Assinado digitalmente em 30/09/2014 por LUIZ EDUARDO DE OLIVEIRA SANTOS 2 Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: LUIZ EDUARDO DE OLIVEIRA SANTOS (Presidente), ALEXANDRE NAOKI NISHIOKA, MARIA CLECI COTI MARTINS, HEITOR DE SOUZA LIMA JUNIOR, CARLOS ANDRE RODRIGUES PEREIRA LIMA. Relatório O Recurso Voluntário visa reverter a decisão proferida no Acórdão 1737.285 5' Turma da DRJ/SP2 que manteve o crédito tributário conforme o lançamento fiscal. A ciência do Acórdão de Impugnação ocorreu em 29/03/2010. O Recurso Voluntário foi interposto em 26/04/2010. O recorrente repisa os mesmos argumentos da Impugnação, alegando, em suma, o que segue. a. Nulidade do lançamento por cerceamento do direito de defesa. O direito do contraditório deveria lhe ser garantido na fase instrutória do processo administrativo fiscal. b. Questiona a legalidade do lançamento com base exclusivamente nos depósitos bancários. c. R$ 20.000,00 corresponderia à reserva de poupança que havia constituído após alguns anos de trabalho. d. Parte dos recursos se referem à venda do táxi que era de sua propriedade, para saldar dívidas, e os depósitos em sua conta corrente referemse a intermediações na compra e venda de automóveis e de devolução de empréstimos que havia feito para obras sociais da igreja que frequenta. Contesta que tais valores sejam renda, pois parte já lhe pertencia e, portanto, já teriam sido tributados. e. A base cálculo da CPMF utilizada no caso do lançamento fiscal é mais abrangente que a base de cálculo do Imposto de Renda. Por isso, a legislação aplicável à época § 3° do art.11 da Lei 9.311/96, determinava que a Receita Federal se abstivesse de utilizar as informações prestadas na CPMF para o lançamento de outros tributos. Informa que a referida legislação foi modificada pela Lei 10174/2001 e que tal norma não alcança os fatos pretéritos. Ao final, requer (i) a suspensão da exigibilidade do auto de infração e imposição de multa tendo em vista o princípio da irretroatividade das leis; (ii) no mérito, a anulação definitiva do Auto de Infração e da multa (conforme o art. 144 do CTN), e (iii) que lhe seja oportunizada possibilidade de provar o alegado tendo em vista a dificuldade de se obter a microfilmagem dos cheques depositados em sua conta corrente no período objeto de análise. É o relatório. Fl. 127DF CARF MF Impresso em 16/10/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 29/09/2014 por MARIA CLECI COTI MARTINS, Assinado digitalmente em 29/09/ 2014 por MARIA CLECI COTI MARTINS, Assinado digitalmente em 30/09/2014 por LUIZ EDUARDO DE OLIVEIRA SANTOS Processo nº 13808.000687/200218 Acórdão n.º 2101002.562 S2C1T1 Fl. 3 3 Voto Conselheira MARIA CLECI COTI MARTINS O recurso é tempestivo, atende aos requisitos legais e dele conheço. A alegação de cerceamento ao direito de defesa não procede, pois ao contribuinte foi permitido juntar documentos comprobatórios do direito que alega tanto na constituição do crédito tributário quanto na fase litigiosa do processo, que se inicia com a impugnação tempestiva. O lançamento tributário com base em depósitos bancários cuja origem dos recursos não é justificada, é efetuado com base em uma presunção juris tantun, i.e., que comporta prova em contrário. Ocorre que, em nenhum momento o contribuinte juntou documentos que comprovariam os argumentos sobre a origem dos depósitos bancários em sua conta bancária. A existência de depósitos bancários que o contribuinte não conseguiu provar a origem se enquadra no conceito de renda conforme o artigo 849 do Decreto 3000/99: Art.849. Caracterizamse também como omissão de receita ou de rendimento, sujeitos a lançamento de ofício, os valores creditados em conta de depósito ou de investimento mantida junto a instituição financeira, em relação aos quais a pessoa física ou jurídica, regularmente intimada, não comprove, mediante documentação hábil ou idônea, a origem dos recursos utilizados nessas operações (Lei nº 9.430, de 1996, art. 42). Mais ainda, o parágrafo 1o. do art. 43 do CTN introduz o princípio pecunia nonolet. A tributação independe da origem, denominação, forma de percepção, condição jurídica, etc. da disponibilidade econômica auferida pelo contribuinte. Os depósitos bancários que o contribuinte falhou em justificar a origem se encaixam nesse conceito de renda para efeitos de tributação. O entendimento consolidado deste Conselho sobre a utilização das informações da CPMF para a constituição de crédito tributário de outros tributos está consignado na SÚMULA CARF n. 35, a seguir transcrita, e aplicase retroativamente. O art. 11, § 3º, da Lei nº 9.311/96, com a redação dada pela Lei nº 10.174/2001, que autoriza o uso de informações da CPMF para a constituição do crédito tributário de outros tributos, aplicase retroativamente. Observase que a lei 10.174, de 9 de janeiro de 2001, com vigência na data da publicação, autorizou a instauração de procedimentos fiscais com base em informações financeiras. A lei 10.174/2001 poderia ter limitado o período de investigação dos fatos geradores, mas não o fez. Assim, somente a partir da publicação da lei 10.174 foi possível instaurar procedimentos fiscais com base em informações financeiras dos contribuintes. Entretanto, em decorrência do prazo legal para a constituição do crédito tributário, conforme art. 173 da lei 5172/66 (Código Tributário Nacional), a aplicação da lei está restrita aos fatos geradores ocorridos há até 5 anos. Assim, considero legal o procedimento iniciado em 23/03/2001 que investigou os depósitos bancários relativos ao anocalendário 1998. Fl. 128DF CARF MF Impresso em 16/10/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 29/09/2014 por MARIA CLECI COTI MARTINS, Assinado digitalmente em 29/09/ 2014 por MARIA CLECI COTI MARTINS, Assinado digitalmente em 30/09/2014 por LUIZ EDUARDO DE OLIVEIRA SANTOS 4 Dado o exposto, voto por afastar as preliminares e, no mérito, em negar provimento ao recurso. MARIA CLECI COTI MARTINS Relatora Fl. 129DF CARF MF Impresso em 16/10/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 29/09/2014 por MARIA CLECI COTI MARTINS, Assinado digitalmente em 29/09/ 2014 por MARIA CLECI COTI MARTINS, Assinado digitalmente em 30/09/2014 por LUIZ EDUARDO DE OLIVEIRA SANTOS
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Numero do processo: 10935.906407/2012-05
Turma: Segunda Turma Especial da Terceira Seção
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Tue Mar 25 00:00:00 UTC 2014
Data da publicação: Thu Oct 16 00:00:00 UTC 2014
Ementa: Assunto: Processo Administrativo Fiscal
Data do fato gerador: 25/08/2009
PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL. PEDIDO DE RESTITUIÇÃO. NECESSIDADE DE DEMONSTRAÇÃO DA MATERIALIDADE DO CRÉDITO PLEITEADO PELO CONTRIBUINTE.
Por mais relevantes que sejam as razões de direito aduzidas pelo contribuinte, no rito da repetição do indébito é fundamental a comprovação da materialidade do crédito alegado. Diferentemente do lançamento tributário em que o ônus da prova compete ao Fisco, é dever do contribuinte comprovar que possui a materialidade do crédito.
Numero da decisão: 3802-002.705
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade, negar provimento ao recurso voluntário.
(assinado digitalmente)
Mércia Helena Trajano DAmorim - Presidente.
(assinado digitalmente)
Bruno Maurício Macedo Curi - Relator.
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros Mércia Helena Trajano D'amorim (Presidente), Waldir Navarro Bezerra, Claudio Augusto Gonçalves Pereira, Bruno Mauricio Macedo Curi, Francisco Jose Barroso Rios e Solon Sehn.
O conselheiro Solon Sehn declarou-se impedido.
Nome do relator: BRUNO MAURICIO MACEDO CURI
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ementa_s : Assunto: Processo Administrativo Fiscal Data do fato gerador: 25/08/2009 PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL. PEDIDO DE RESTITUIÇÃO. NECESSIDADE DE DEMONSTRAÇÃO DA MATERIALIDADE DO CRÉDITO PLEITEADO PELO CONTRIBUINTE. Por mais relevantes que sejam as razões de direito aduzidas pelo contribuinte, no rito da repetição do indébito é fundamental a comprovação da materialidade do crédito alegado. Diferentemente do lançamento tributário em que o ônus da prova compete ao Fisco, é dever do contribuinte comprovar que possui a materialidade do crédito.
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decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade, negar provimento ao recurso voluntário. (assinado digitalmente) Mércia Helena Trajano DAmorim - Presidente. (assinado digitalmente) Bruno Maurício Macedo Curi - Relator. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros Mércia Helena Trajano D'amorim (Presidente), Waldir Navarro Bezerra, Claudio Augusto Gonçalves Pereira, Bruno Mauricio Macedo Curi, Francisco Jose Barroso Rios e Solon Sehn. O conselheiro Solon Sehn declarou-se impedido.
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Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS/PASEP Data do fato gerador: 25/08/2009 PEDIDO DE RESTITUIÇÃO. PIS/PASEP. BASE DE CÁLCULO. EXCLUSÃO DO ICMS. DESCABIMENTO. Diante das regras vigentes, não é cabível pedido de restituição de PIS/PASEP que tenha por base a alegação de recolhimento a maior por inclusão do ICMS na base de cálculo. ASSUNTO: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL Data do fato gerador: 25/08/2009 PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL. PEDIDO DE RESTITUIÇÃO. NECESSIDADE DE DEMONSTRAÇÃO DA MATERIALIDADE DO CRÉDITO PLEITEADO PELO CONTRIBUINTE. Por mais relevantes que sejam as razões de direito aduzidas pelo contribuinte, no rito da repetição do indébito é fundamental a comprovação da materialidade do crédito alegado. Diferentemente do lançamento tributário em que o ônus da prova compete ao Fisco, é dever do contribuinte comprovar que possui a materialidade do crédito. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade, negar provimento ao recurso voluntário. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 93 5. 90 64 07 /2 01 2- 05 Fl. 62DF CARF MF Impresso em 16/10/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 14/10/2014 por BRUNO MAURICIO MACEDO CURI, Assinado digitalmente em 14/1 0/2014 por BRUNO MAURICIO MACEDO CURI, Assinado digitalmente em 14/10/2014 por MERCIA HELENA TRAJANO DAMORIM 2 (assinado digitalmente) Mércia Helena Trajano D’Amorim Presidente. (assinado digitalmente) Bruno Maurício Macedo Curi Relator. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros Mércia Helena Trajano D'amorim (Presidente), Waldir Navarro Bezerra, Claudio Augusto Gonçalves Pereira, Bruno Mauricio Macedo Curi, Francisco Jose Barroso Rios e Solon Sehn. O conselheiro Solon Sehn declarouse impedido. Relatório O contribuinte JUMBO ALIMENTOS LTDA. interpôs o presente Recurso Voluntário contra o Acórdão nº 0642.855, proferido em primeira instância pela 3ª Turma da DRJ de Curitiba/PR, que julgou improcedente o direito creditório pleiteado pelo sujeito passivo em sede de manifestação de inconformidade, rejeitandoa. Por bem explicitar os atos e fases processuais ultrapassados até o momento da análise da impugnação, adotase o relatório elaborado pela autoridade julgadora a quo: “Trata o processo de Despacho Decisório emitido pela DRF Cascavel/PR, em 03/01/2013, que indeferiu o pedido de restituição formulado por meio do Per/Dcomp nº 40654.00144.181010.1.2.049035, rastreamento nº 041907611, devido à inexistência de crédito pleiteado de R$ 5.728,92, uma vez que o pagamento de PIS/PASEP (Código 6912), do período de 31/07/2009, efetuado em 25/08/2009, estaria totalmente utilizado na extinção, por pagamento, de débito da contribuinte do mesmo fato gerador. Cientificada da decisão em 18/01/2013, a interessada apresentou Manifestação de Inconformidade, alegando, em síntese, a inconstitucionalidade da cobrança do PIS e da Cofins sem a exclusão do ICMS da base de cálculo. Diz que o conceito de faturamento trazido pela Lei nº 9.718, de 1998, não pode ser elastecido a ponto de abarcar o conceito de “ingresso”, por isso, o ICMS não integra a base de cálculo das contribuições, por se tratar de mero ingresso de recursos, os quais devem ser repassados ao fisco estadual, e que o Supremo Tribunal Federal – STF tem entendido que o valor do ICMS não pode compor a base de cálculo do PIS e da Cofins. Dessa forma, solicita que os créditos sejam restituídos, acrescidos de juros de mora, desde seu pagamento indevido até a data da restituição/compensação. É o relatório.” Indeferida a manifestação de inconformidade apresentada, o órgão julgador de primeira instância sintetizou as razões para a improcedência do direito creditório na forma da ementa que segue: ASSUNTO: NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO Data do fato gerador: 25/08/2009 Fl. 63DF CARF MF Impresso em 16/10/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 14/10/2014 por BRUNO MAURICIO MACEDO CURI, Assinado digitalmente em 14/1 0/2014 por BRUNO MAURICIO MACEDO CURI, Assinado digitalmente em 14/10/2014 por MERCIA HELENA TRAJANO DAMORIM Processo nº 10935.906407/201205 Acórdão n.º 3802002.705 S3TE02 Fl. 122 3 COFINS. PEDIDO DE RESTITUIÇÃO. INEXISTÊNCIA DO DIREITO CREDITÓRIO INFORMADO EM PER/DCOMP. Inexistindo o direito creditório informado em PER/DCOMP, é de se indeferir o pedido de restituição apresentado. EXCLUSÃO DO ICMS DA BASE DE CÁLCULO. Incabível a exclusão do valor devido a título de ICMS da base de cálculo das contribuições ao PIS/Pasep e à Cofins, pois aludido valor é parte integrante do preço das mercadorias e dos serviços prestados, exceto quando for cobrado pelo vendedor dos bens ou pelo prestador dos serviços na condição de substituto tributário. CONTESTAÇÃO DE VALIDADE DE NORMAS VIGENTES. JULGAMENTO ADMINISTRATIVO. COMPETÊNCIA. Compete à autoridade administrativa de julgamento a análise da conformidade da atividade de lançamento com as normas vigentes, às quais não se pode, em âmbito administrativo, negar validade sob o argumento de inconstitucionalidade ou ilegalidade. Manifestação de Inconformidade Improcedente Direito Creditório Não Reconhecido Cientificada acerca da decisão exarada pela 3ª Turma da DRJ de Curitiba, a interessada interpôs o presente Recurso Voluntário, no qual reitera os argumentos apresentados em sua manifestação de inconformidade. É o relatório. Voto Preenchidos os pressupostos de admissibilidade e tempestivamente interposto, nos termos do Decreto nº 70.235/72, conheço do Recurso e passo à análise das razões recursais. Da exclusão do ICMS da base de cálculo do PIS e da COFINS A Recorrente alega que possui direito de crédito amparada no fato de que incluiu, quando de sua apuração do PIS e da COFINS, o ICMS em sua base de cálculo; e que tal inclusão seria indevida, de modo que merece ser proporcionalmente restituída do montante decorrente desse procedimento. De início vale destacar que, ao invés de questionar a constitucionalidade da regra (o que levaria ao não conhecimento do presente Recurso), o contribuinte cerra sua discussão na extensão do conceito de faturamento – o que, na esteira da decisão proferida pelo STF no RE 346084, no qual se afastou a tributação sobre a receita bruta e se limitou ao faturamento, assim entendido como as receitas decorrentes de vendas de mercadorias e prestações de serviços. Desse modo, o recurso é passível de conhecimento. Fl. 64DF CARF MF Impresso em 16/10/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 14/10/2014 por BRUNO MAURICIO MACEDO CURI, Assinado digitalmente em 14/1 0/2014 por BRUNO MAURICIO MACEDO CURI, Assinado digitalmente em 14/10/2014 por MERCIA HELENA TRAJANO DAMORIM 4 Além disso, por mais que esteja sujeita ao regime não cumulativo do PIS e da COFINS, por entender que o conceito de faturamento deve ser apenas um (pois, independente do regime de tributação, temse em verdade dois únicos tributos, PIS e COFINS), comungo com o pressuposto de que o conceito de faturamento adotado com relação à lei 9.718 deve ser o mesmo válido também para os regimes das leis 10.637/2002 e 10.833/2003. A Recorrente fundamenta seu pleito defendendo que o ICMS não seria receita própria do sujeito passivo, o que implicaria na seguinte situação: Para tanto, espelhase em doutrina e em julgados que entendem que o ICMS não se enquadra no conceito de faturamento, por não representar vantagem do sujeito passivo, mas apenas receitas de terceiros. A DRJ, todavia, não acolheu o entendimento da Recorrente, pelo singelo fato de que as normas vigentes – às quais o julgador administrativo está adstrito – impõem a inclusão do ICMS na base de cálculo do PIS e da COFINS. Assim dispôs a decisão recorrida: “Pela manifestação de inconformidade apresentada, vêse, de pronto, que a pretensão da contribuinte implica negar efeito a disposição expressa de lei. Nesse contexto, cumpre registrar que não há na legislação de regência revisão para a exclusão do valor do ICMS das bases de cálculo do PIS e da Cofins, já que esse valor, ainda que assim não entenda a interessada, é parte integrante do preço das mercadorias e serviços vendidos, exceção feita para o ICMS recolhido mediante substituição tributária, pelo contribuinte substituto tributário, consoante se depreende da leitura dos arts. 2º e 3º da Lei nº 9.718, de 27 de novembro de 1998: (...)” Entendo que a DRJ está correta em suas considerações, apesar de uma pequena impropriedade ao se referir à lei 9.718/98 – pois o direito creditório decorre de PIS e COFINS recolhidos pela sistemática não cumulativa. As normas de direito vigentes, às quais o CARF está vinculado, impõem a inclusão do ICMS na base de cálculo do PIS e da COFINS. Nesse sentido, vejase o que dispõem as leis 10.637/2002 e 10.833/2003, que em matéria de ICMS autorizam a dedução somente no caso de exportação: Lei 10.637/2002 “Art. 1o A contribuição para o PIS/Pasep tem como fato gerador o faturamento mensal, assim entendido o total das receitas auferidas pela pessoa jurídica, independentemente de sua denominação ou classificação contábil. § 3o Não integram a base de cálculo a que se refere este artigo, as receitas: Fl. 65DF CARF MF Impresso em 16/10/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 14/10/2014 por BRUNO MAURICIO MACEDO CURI, Assinado digitalmente em 14/1 0/2014 por BRUNO MAURICIO MACEDO CURI, Assinado digitalmente em 14/10/2014 por MERCIA HELENA TRAJANO DAMORIM Processo nº 10935.906407/201205 Acórdão n.º 3802002.705 S3TE02 Fl. 123 5 VII decorrentes de transferência onerosa a outros contribuintes do Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação ICMS de créditos de ICMS originados de operações de exportação, conforme o disposto no inciso II do § 1o do art. 25 da Lei Complementar no 87, de 13 de setembro de 1996.” Lei 10.833/2003 “Art. 1o A Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social COFINS, com a incidência nãocumulativa, tem como fato gerador o faturamento mensal, assim entendido o total das receitas auferidas pela pessoa jurídica, independentemente de sua denominação ou classificação contábil. § 3o Não integram a base de cálculo a que se refere este artigo as receitas: VI decorrentes de transferência onerosa a outros contribuintes do Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação ICMS de créditos de ICMS originados de operações de exportação, conforme o disposto no inciso II do § 1o do art. 25 da Lei Complementar no 87, de 13 de setembro de 1996.” Logo, do ponto de vista normativo a Recorrente já não merece acolhida em seu pleito, ao menos no âmbito administrativo. E nem se diga que o conceito simples de faturamento, indicado no parágrafo 2o do artigo 1o das leis 10.637/2002 e10.833/2003, permitiria inferir que o ICMS incidente sobre as operações do próprio sujeito passivo, seria incompatível com a base de cálculo. Trata se de afastamento legal da base de cálculo, apenas para o caso excepcional do ICMS da exportação. E mesmo isso possui uma razão de ser, qual seja a desoneração das exportações. De todo modo, mesmo que se abstraia da letra fria das normas vigentes, ou se entenda que a dicção do inciso VI do § 3o do art. 1o das leis de regência da sistemática não cumulativa do PIS e da COFINS, entendo que não é cabível a exclusão do ICMS da base de cálculo dessas contribuições. E isso pela própria essência do ICMS. Desde que o STF entendeu, no RE 212209, que o ICMS compõe a própria base de cálculo, não restam dúvidas de que esse imposto integra o valor da operação. E não há, com a devida vênia a todos os entendimentos doutrinários e jurisprudenciais trazidos pela Recorrente, condições de se decompor o valor da operação entre itens que integrariam sua receita, e outros (em especial, o ICMS) que implicariam receitas de terceiros. É o que se verifica, inclusive, do julgado do RE em tela, no qual o Ministro Marco Aurélio, relator, confrontou o Min. Nelson Jobim, redator para o Acórdão. Abaixo segue o questionamento e a resposta: Fl. 66DF CARF MF Impresso em 16/10/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 14/10/2014 por BRUNO MAURICIO MACEDO CURI, Assinado digitalmente em 14/1 0/2014 por BRUNO MAURICIO MACEDO CURI, Assinado digitalmente em 14/10/2014 por MERCIA HELENA TRAJANO DAMORIM 6 Esse raciocínio foi acompanhado pelo STJ, o qual, nos Edcl no REsp no 1.413.129SP, firmou tal entendimento, conforme se verifica do aresto abaixo: PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO RECEBIDOS COMO AGRAVO REGIMENTAL. FUNGIBILIDADE. RECURSO ESPECIAL PROVIDO. PIS E COFINS. BASE DE CÁLCULO. INCLUSÃO DO ICMS. CONTRADIÇÃO E AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. NÃO OCORRÊNCIA. MATÉRIA EXCLUSIVAMENTE CONSTITUCIONAL. AFASTAMENTO. "Não procede ainda a afirmação de que a matéria de fundo é exclusivamente constitucional, pois o STJ conhece reiteradamente da questão e possui firme orientação de que a parcela relativa ao ICMS compõe a base de cálculo do PIS e da Cofins (Súmulas 68 e 94/STJ). Precedentes atuais: AgRg no REsp 1.106.638/RO, Rel. Ministra Eliana Calmon, Segunda Turma, DJe 15/5/2013; REsp 1.336.985/MS, Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, Segunda Turma, DJe 8/2/2013; AgRg no REsp 1.122.519/SC, Rel. Ministro Ari Pargendler, Primeira Turma, DJe 11/12/2012" (AgRg no Ag 1301160/SP, Rel. Ministro Herman Benjamin, Segunda Turma, DJe 12/6/2013). A propósito, valhome do Acórdão proferido no RESP 8.541, o qual serviu como paradigma para as Súmulas 68 (que consagra a inclusão do antigo ICM na base de cálculo do PIS) e também 94 (que consagra a inclusão do ICMS na base de cálculo do antigo Finsocial) do STJ. Nele o Min. Ilmar Galvão, Relator, aponta as seguintes razões: Fl. 67DF CARF MF Impresso em 16/10/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 14/10/2014 por BRUNO MAURICIO MACEDO CURI, Assinado digitalmente em 14/1 0/2014 por BRUNO MAURICIO MACEDO CURI, Assinado digitalmente em 14/10/2014 por MERCIA HELENA TRAJANO DAMORIM Processo nº 10935.906407/201205 Acórdão n.º 3802002.705 S3TE02 Fl. 124 7 Apesar de se referir ao antigo ICM, a discussão travada (assim como o raciocínio espelhado) remanesce atual, pelo que me valho dessas razões de decidir. Sem embargo, o fato de o ICMS ser tributo de repercussão jurídica não me parece promover diferenças relevantes para o deslinde da causa. A não cumulatividade é, ao fundo, uma sistemática de tributação, destinada a atender a um propósito particular de política econômica, com o fito de evitar a verticalização da cadeia produtiva. Assim leciona Alcides Jorge Costa em O ICM na Constituição e na Lei Complementar (Ed. Resenha Tributária, São Paulo, 1978). Entender que o ICMS, por ser de repercussão jurídica, não significa receita própria, implica conseqüências tão graves no âmbito daquele tributo, que é mesmo incogitável admitir isso para o PIS e a COFINS. Apenas à guisa de ilustração, trago outro exemplo, além da inclusão do ICMS na própria base de cálculo (que teria que ser revista, pois perderia sua razão de ser), que a inadimplência teria reflexos diametralmente opostos no ICMS se ele fosse considerado receita de terceiros. Esses reflexos, que podem ser suscitados como marginais ao PIS e à COFINS, em verdade guardam íntima relação com essas contribuições. Basta ver que, se o contribuinte considera que o ICMS é receita de terceiros, teria que observar todos os reflexos contábeis decorrentes disso – inclusive lançando a parcela de ICMS do seu preço em conta contábil própria, de receita de terceiros. De um modo ou de outro, seja do ponto de vista legal, de finalidade das normas, ou mesmo contábil, as próprias raízes do ICMS impedem que ele seja considerado receita de terceiros. E isso, em sede de PIS e COFINS, não pode ser considerado distinto, sob pena de instabilidade e insegurança jurídica absoluta. Os conceitos devem ser trabalhados de maneira uniforme. Por isso mesmo, no que toca os fundamentos do seu pedido de restituição, nego provimento ao Recurso Voluntário. Da ausência de comprovação da materialidade do crédito Ultrapassada a questão acima, o exame da materialidade do crédito do sujeito passivo também não resiste a uma análise mais acurada. Fl. 68DF CARF MF Impresso em 16/10/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 14/10/2014 por BRUNO MAURICIO MACEDO CURI, Assinado digitalmente em 14/1 0/2014 por BRUNO MAURICIO MACEDO CURI, Assinado digitalmente em 14/10/2014 por MERCIA HELENA TRAJANO DAMORIM 8 Apesar de o despacho decisório afirmar que o crédito argüido pelo sujeito passivo foi integralmente utilizado para pagamento de outros débitos, a Recorrente não demonstrou, por meio de documentos hábeis, que o montante pleiteado referese ao ICMS incluído de modo (a seu ver) indevido na base de cálculo do PIS e da COFINS. Isso se verificou na manifestação de inconformidade e também no presente Recurso Voluntário. Ora, o processo administrativo tributário em si é regido pelo princípio da verdade material, que busca, mais do que qualquer formalismo, a essência do que é levado a revisão administrativa. Assim é que, no que tange ao pedido de restituição, é de responsabilidade do sujeito passivo demonstrar, mediante a apresentação de provas hábeis e idôneas, a composição e a existência do crédito pleiteado junto à Fazenda Nacional, para que sejam aferidas (i) sua legitimidade e (ii) a materialidade do seu crédito, para os fins do art. 165 do CTN. Neste espeque, a Recorrente, mesmo instada a tanto pela DRJ, não acostou aos autos documentação suficiente para comprovação de que efetivamente o crédito pleiteado se refere à inclusão do ICMS na base de cálculo do PIS e da COFINS. Reiterese aqui, que no rito do processo de análise de pedidos de restituição, o sujeito passivo deve demonstrar a materialidade de seu crédito. Vale repisar que, diferentemente do processo de revisão do lançamento tributário, em que o ônus da prova compete ao fisco (demonstrando cabalmente as razões pelas quais o tributo deve ser exigido), no pedido de compensação o contribuinte deve demonstrar as razões pelas quais ele deve ser restituído no montante pleiteado. Assim sendo, não há nos autos fundamentos que legitimem a restituição pleiteada pela Recorrente, de modo que deve ser negado provimento ao presente Recurso Voluntário, não se reconhecendo o crédito requerido. Conclusão Ante todo o exposto, conheço do Recurso Voluntário para negarlhe provimento. (assinado digitalmente) Bruno Maurício Macedo Curi Fl. 69DF CARF MF Impresso em 16/10/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 14/10/2014 por BRUNO MAURICIO MACEDO CURI, Assinado digitalmente em 14/1 0/2014 por BRUNO MAURICIO MACEDO CURI, Assinado digitalmente em 14/10/2014 por MERCIA HELENA TRAJANO DAMORIM
score : 1.0
Numero do processo: 17883.000415/2009-34
Turma: Primeira Turma Especial da Primeira Seção
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Tue Oct 21 00:00:00 UTC 2014
Data da publicação: Fri Nov 07 00:00:00 UTC 2014
Ementa: Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Jurídica - IRPJ
Ano-calendário: 2004
Omissão de Receitas. Depósitos Bancários. Origem não Comprovada.
A presunção legal de omissão de receitas preceituada no artigo 42 da Lei n° 9.430/96 autoriza o lançamento tributário quando, devidamente intimada, a contribuinte não logre comprovar a origem dos recursos que ingressaram em suas contas bancárias.
Exclui-se da tributação os valores cujas origens foram devidamente comprovadas, tais como mera transferência de valores entre contas bancárias de mesma titularidade e receitas contabilizadas e consideradas na Demonstração de Resultados do período.
Ônus Da Prova. Presunção Legal.
Nos casos de lançamento tributário por presunção legal, o ônus da prova inverte-se e passa ao contribuinte fiscalizado a responsabilidade por descaracterizar o ilícito tributário.
Tributação Reflexa.
O decidido em relação à tributação do IRPJ deve acompanhar a autuação reflexa de CSLL.
Numero da decisão: 1801-002.146
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em dar provimento em parte ao recurso voluntário, nos termos do voto da Relatora.
(assinado digitalmente)
Ana de Barros Fernandes Wipprich Presidente e Relatora
Participaram da sessão de julgamento, os Conselheiros: Maria de Lourdes Ramirez, Fernando Daniel de Moura Fonseca, Neudson Cavalcante Albuquerque, Alexandre Fernandes Limiro, Rogério Aparecido Gil e Ana de Barros Fernandes Wipprich.
Nome do relator: ANA DE BARROS FERNANDES WIPPRICH
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ementa_s : Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Jurídica - IRPJ Ano-calendário: 2004 Omissão de Receitas. Depósitos Bancários. Origem não Comprovada. A presunção legal de omissão de receitas preceituada no artigo 42 da Lei n° 9.430/96 autoriza o lançamento tributário quando, devidamente intimada, a contribuinte não logre comprovar a origem dos recursos que ingressaram em suas contas bancárias. Exclui-se da tributação os valores cujas origens foram devidamente comprovadas, tais como mera transferência de valores entre contas bancárias de mesma titularidade e receitas contabilizadas e consideradas na Demonstração de Resultados do período. Ônus Da Prova. Presunção Legal. Nos casos de lançamento tributário por presunção legal, o ônus da prova inverte-se e passa ao contribuinte fiscalizado a responsabilidade por descaracterizar o ilícito tributário. Tributação Reflexa. O decidido em relação à tributação do IRPJ deve acompanhar a autuação reflexa de CSLL.
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conteudo_txt : Metadados => pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.4; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 8; dc:format: application/pdf; version=1.4; pdf:charsPerPage: 1912; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; access_permission:fill_in_form: true; pdf:encrypted: true; producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; access_permission:can_modify: true; pdf:docinfo:producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; Content-Type: application/pdf | Conteúdo => S1TE01 Fl. 2 1 1 S1TE01 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS PRIMEIRA SEÇÃO DE JULGAMENTO Processo nº 17883.000415/200934 Recurso nº Voluntário Acórdão nº 1801002.146 – 1ª Turma Especial Sessão de 21 de outubro de 2014 Matéria IRPJ e CSLL Depósitos Bancários não justificados Recorrente C TELES ENGENHARIA LTDA Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA JURÍDICA IRPJ Anocalendário: 2004 OMISSÃO DE RECEITAS. DEPÓSITOS BANCÁRIOS. ORIGEM NÃO COMPROVADA. A presunção legal de omissão de receitas preceituada no artigo 42 da Lei n° 9.430/96 autoriza o lançamento tributário quando, devidamente intimada, a contribuinte não logre comprovar a origem dos recursos que ingressaram em suas contas bancárias. Excluise da tributação os valores cujas origens foram devidamente comprovadas, tais como mera transferência de valores entre contas bancárias de mesma titularidade e receitas contabilizadas e consideradas na Demonstração de Resultados do período. ÔNUS DA PROVA. PRESUNÇÃO LEGAL. Nos casos de lançamento tributário por presunção legal, o ônus da prova invertese e passa ao contribuinte fiscalizado a responsabilidade por descaracterizar o ilícito tributário. TRIBUTAÇÃO REFLEXA. O decidido em relação à tributação do IRPJ deve acompanhar a autuação reflexa de CSLL. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em dar provimento em parte ao recurso voluntário, nos termos do voto da Relatora. (assinado digitalmente) AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 17 88 3. 00 04 15 /2 00 9- 34 Fl. 1021DF CARF MF Impresso em 07/11/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 30/10/2014 por ANA DE BARROS FERNANDES, Assinado digitalmente em 30/10/2 014 por ANA DE BARROS FERNANDES 2 Ana de Barros Fernandes Wipprich– Presidente e Relatora Participaram da sessão de julgamento, os Conselheiros: Maria de Lourdes Ramirez, Fernando Daniel de Moura Fonseca, Neudson Cavalcante Albuquerque, Alexandre Fernandes Limiro, Rogério Aparecido Gil e Ana de Barros Fernandes Wipprich. Relatório A empresa recorre do Acórdão nº 1239.863/11 exarado pela Terceira Turma de Julgamento da DRJ no Rio de Janeiro/RJ 1, efls. 322 a 335, que decidiu julgar procedente em parte os lançamentos tributários consubstanciados nos Autos de Infração lavrados para as exigências de IRPJ e CSLL, relativas ao anocalendário de 2004, por omissão de receitas evidenciada pelos créditos bancários cuja origem a autuada não logrou comprovar durante o procedimento fiscal, no valor integral de R$ 519.582,24 (incluídos multa de ofício e juros de mora). A Turma Julgadora de Primeira Instância reduziu as exigências fiscais de IRPJ e CSLL para R$ 16.408,23 e R$ 9.704,85 (mais os acréscimos legais), respectivamente, por recompor as bases de cálculo em virtude da empresa ter optado pelo regime de tributação do Lucro Real e na Impugnação aos lançamentos ter exibido a contabilidade completa Livros Razão, Diário, Registro de Apuração de ISS, Registro de Apuração de ICMS, Lalur , Notas Fiscais e haver demonstrado satisfatoriamente que grande parte dos depósitos bancários foram justificados pelas vendas registradas contabilmente. Apesar dos erros do contador responsável pela escrita da empresa em entregar a DIPJ/05 com valores zerados e durante a fiscalização nao exibir os livros contábeis e fiscais existentes, aquela Turma Julgadora verificou que na contabilidade da empresa registrouse corretamente as vendas e que a empresa apurou nos três primeiros semestres prejuízos fiscais, apresentando no 4º trimestre lucro, no valor de R$ 4.541,98, sobre o qual deverá ser exigidos os tributos, IRPJ e CSLL, não recolhidos. Após o cotejamento dos valores registrados contabilmente das vendas e os valores dos depósitos bancários discriminados no Anexo ao Termo de Intimação Fiscal de e fls. 59 e 60, a Turma Julgadora de Primeira Instância depurou os valores de depósitos bancários que não foram efetivamente justificados pela autuada e elaborou tabelas demonstrando os novos cálculos de IRPJ e CSLL devidos pela empresa fiscalizada. Extraio relevantes trechos do voto do arestocondutor: [...] O somatório trimestral da receita escriturada no Livro Registro de ISS consta na Demonstração do Resultado no livro Diário nos respectivos trimestres (fls. 298/304). Portanto, com base nos elementos descritos, é possível constatar que as notas fiscais relacionadas no Quadro III, à exceção das de n° 386 e n° 395, comprovam a origem dos créditos efetuados nas contas correntes do interessado e que a correspondente receita integrou o resultado do período trimestral. Convém observar que o interessado entregou a DIPJ original zerada em relação à demonstração do resultado, à demonstração do lucro real e ao cálculo do IRPJ (fls. 74/83). Além disso, não entregou as DCTFs referentes ao anocalendário sob exame (fl. 291). Fl. 1022DF CARF MF Impresso em 07/11/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 30/10/2014 por ANA DE BARROS FERNANDES, Assinado digitalmente em 30/10/2 014 por ANA DE BARROS FERNANDES Processo nº 17883.000415/200934 Acórdão n.º 1801002.146 S1TE01 Fl. 3 3 Entretanto, o § 2°. do art. 42 da Lei n° 9.430, de 1996 dispõe que os valores cuja origem houver sido comprovada, que não houverem sido computados na base de cálculo dos impostos e contribuições a que estiverem sujeitos, submeterseão às normas de tributação especificas, previstas na legislação vigente à época em que auferidos ou recebidos. Na Declaração de Informações EconômicoFiscais da Pessoa Jurídica DIPJ, observase que o interessado optou pelo Lucro Real trimestral como forma de tributação do IRPJ e da CSLL. A norma de tributação relativa à opção feita pelo interessado dispõe que o Lucro Real é o lucro liquido do período de apuração, ajustados pelas exclusões, adições ou compensações prescritas ou autorizadas (art. 6 °. do Decretolei n° 1.598, de 1977). Na apuração do lucro liquido contábil são considerados os custos e as despesas que contribuíram para a obtenção da receita do período. Nas demonstrações de resultado registradas no Livro Diário (fls. 298/304), verificase que o interessado apurou os seguintes resultados trimestrais: [tabela] Deste modo, em relação a este item VI, ora em análise, cujos créditos se referem à receita de serviços que foi incluída na apuração dos resultados trimestrais, deve ser mantido o lançamento apenas em relação do 4 °. trimestre, único período em que o interessado apurou lucro, base de cálculo do IRPJ e da CSLL, cujas alíquotas incidirão sobre o valor de R$ 4.541,98. Nesse ponto, cumpre registrar que, embora o referido lucro tenha sido informado na DIPJ retificadora, o lançamento deve ser mantido, pois a retificação ocorreu no curso do procedimento fiscal e, além disso, o interessado não entregou a DCTF do período correspondente. Assim, à base de cálculo mantida neste item, no valor de R$ 4.541,98 referente ao 4 °. trimestre, deverão ser acrescidos, em seus respectivos trimestres, os demais valores de omissão de receita cuja origem o interessado não logrou comprovar (itens I a V analisados anteriormente), conforme o Quadro VI a seguir: [tabelas] Pelas razões expostas, julgo o lançamento tributário procedente em parte, para manter as exigências fiscais dos Quadros VIII (IRPJ) e IX (CSLL), calculadas sobre a base de calculo mantida do Quadro VII, que devem ser acrescidas dos juros de mora e da multa de oficio de 75%. [...] QUADRO VIII (IRPJ) DEMONSTRATIVO SINTÉTICO TRIM VALOR LANÇADO VALOR EXONERADO VALOR MANTIDO 1T/2004 74.739,45 72.017,00 2.722,45 2T/2004 35.651,85 35.602,85 49,01 3T/2004 23.814,97 19.761,89 4.053,08 4T/2004 15.128,34 5.544,64 9.583,70 TOTAL 149.334,61 132.926,38 16.408,23 QUADRO IX (CSLL) DEMONSTRATIVO SINTÉTICO Fl. 1023DF CARF MF Impresso em 07/11/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 30/10/2014 por ANA DE BARROS FERNANDES, Assinado digitalmente em 30/10/2 014 por ANA DE BARROS FERNANDES 4 TRIM VALOR LANÇADO VALOR EXONERADO VALOR MANTIDO 1T/2004 29.066,20 27.432,73 1.633,47 2T/2004 14.994,66 14.965,26 29,40 3T12004 10.733,39 8.301,54 2.431,85 4T/2004 7.606,20 1.996,07 5.610,13 TOTAL 62.400,45 52.695,59 9.704,85 [...]" No que respeita aos valores dos créditos bancários cuja justificativa das origens trazidas pela impugnante que não foram admitidas no acórdão de Primeira Instância, cumpre salientar no votocondutor: "[...] Em resposta a intimação da autoridade lançadora, o interessado apresentou esclarecimentos para os 62 (sessenta e dois) créditos que, em síntese, conforme sua alegação se referem a: I — transferências de outra conta corrente do interessado do Banco Real: créditos identificados nas seqüências 1, 2, 3, 60, 61 e 62; II transferências de outra conta corrente do interessado do Banco do Brasil: créditos identificados nas seqüências 46, 48, 49 e 57; III transferências de outra conta corrente do interessado: créditos identificados nas seqüências 6, 8, 16, 17, 21, 37, 50, 51, 55, 58 e 59; IV — aviso de crédito/autorização de crédito do mesmo banco: créditos identificados nas seqüências 7 e 47; V — depósitos em dinheiro: créditos identificados nas seqüências 45 e 52; [...] Em relação aos créditos que o interessado alega se referirem a transferências de outra conta corrente de sua titularidade (itens I, II e III), assim como em relação ao aviso e à autorização de créditos do mesmo banco (item IV) e aos depósitos em dinheiro (item V), cumpre registrar que não foram trazidos aos autos elementos que pudessem comprovar a sua origem. Além disso, vale destacar que a autoridade lançadora registrou em seu termo de constatação que o Banco Santander, sucessor do Banco Real, informou ter localizado a conta corrente n° 7744621 da agência 0536, em nome do interessado, que não teve movimentação no anocalendário 2004 (fl. 223). Também encontra registro no termo de constatação que, em pesquisa realizada, a autoridade lançadora não localizou qualquer outra conta em qualquer outro banco que justificasse qualquer transferência (fl. 223). Assim, em relação aos créditos relacionados aos esclarecimentos prestados pelo interessado nos itens I a V, deve ser mantido o lançamento, pela falta de comprovação de sua origem. [...]" Fl. 1024DF CARF MF Impresso em 07/11/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 30/10/2014 por ANA DE BARROS FERNANDES, Assinado digitalmente em 30/10/2 014 por ANA DE BARROS FERNANDES Processo nº 17883.000415/200934 Acórdão n.º 1801002.146 S1TE01 Fl. 4 5 A empresa interpôs tempestivamente1 o Recurso de efls. 987, instruído com cópias de extratos bancários de conta de sua titularidade mantida no Banco Santander (antigo Banco Real), e fls. 1013 a 1019, cuja movimentação referese aos meses de outubro, novembro e dezembro de 2004, comprovando que aquela instituição financeira equivocouse ao informar à fiscalização que a recorrente não mantinha conta corrente no período fiscalizado. Requer o cancelamento dos Autos de Infração em razão da informação equivocada do Banco Santander que induziu o auditor fiscal a erros, e a revisão do procedimento fiscal. É o suficiente para o relatório. Passo ao voto. 1 AR – 08/02/12, efls. 986; Recurso – 07/03/12, efls. 987 Voto Conselheira Ana de Barros Fernandes Wipprich, Relatora Conheço do Recurso Voluntário, por tempestivo. A matéria considerada tributável na autuação para as exigências de IRPJ e CSLL consistiu em 62 créditos bancários relativos ao anocalendário de 2004, existentes em contas correntes da recorrente mantidas no Banco do Brasil S/A e no Banerj S/A (Anexo ao Termo de Intimação Fiscal de efls. 59 e 60), cujas origens não foram comprovadas pela recorrente no curso do procedimento fiscal com documentação hábil, mas que, com a apresentação da contabilidade completa e Notas Fiscais junto à impugnação, restou reduzida a valores de supostas transferências entre contas bancárias de titularidade da recorrente, entre outras alegações. Para ser mais preciso, restaram injustificados os seguintes itens (considerados no Anexo ao Termo de Intimação Fiscal e referenciados no Acórdão recorrido): ITEM DATA VALOR 01 02/01/04 3.966,66 02 12/01/04 5.500,00 04 04/02/04 1.600,00 06 09/03/04 1.000,00 07 09/03/04 580,00 08 22/03/04 5.000,00 Fl. 1025DF CARF MF Impresso em 07/11/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 30/10/2014 por ANA DE BARROS FERNANDES, Assinado digitalmente em 30/10/2 014 por ANA DE BARROS FERNANDES 6 16 11/11/04 853,22 17 16/11/04 271,70 21 13/01/04 503,00 37 19/05/04 326,70 45 04/08/04 3.000,00 46 10/08/04 1.000,00 47 10/08/04 2.584,93 48 11/08/04 1.000,00 49 12/08/04 600,00 50 23/08/04 1.400,00 51 23/08/04 1.200,00 52 01/09/04 4.000,00 53 01/09/04 12.235,63 55 04/10/04 7.000,00 56 06/10/04 5.582,95 57 06/10/04 13.000,00 58 11/10/04 1.000,00 59 15/10/04 2.584,93 60 27/10/04 12.500,00 61 06/12/04 10.000,00 62 17/12/04 5.000,00 Não merece acolhida o requerimento da recorrente em cancelar os Autos de Infração lavrados contra si porque a autoridade fiscal não considerou a existência de conta bancária que, no seu entender, justificaria os créditos bancários acima discriminados. Deve ser ressaltado que a recorrente, por sua própria culpa ou por culpa do profissional eleito, sendo irrelevante esta escusa para efeito de tributação, durante o procedimento fiscal não apresentou os livros contábeis e fiscais à fiscalização, nem o referido extrato bancário da conta mantida no Banco Santander, aliás fato que a instituição financeira afirmou à fiscalização que tal conta corrente não teve qualquer movimentação para o ano calendário de 2004. A autuada veio a apresentar a contabilidade, Notas Fiscais em sede de impugnação e o extrato bancário em apreço somente nesta fase recursal, não deixando alternativa à fiscalização a não ser considerar como matéria tributável os 62 itens não Fl. 1026DF CARF MF Impresso em 07/11/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 30/10/2014 por ANA DE BARROS FERNANDES, Assinado digitalmente em 30/10/2 014 por ANA DE BARROS FERNANDES Processo nº 17883.000415/200934 Acórdão n.º 1801002.146 S1TE01 Fl. 5 7 justificados, na ocasião, com a prova documental hábil, além do agravante de a recorrente não haver informado em DIPJ quaisquer valores, ou em DCTF os valores devidos de IRPJ, CSLL, mormente relativos ao 4º trimestre de 2004. Na presunção legal estabelecida no artigo 42 da Lei nº 9.430;96, que trata de omissão de receitas evidenciada pela existência de depósitos bancários cujas origens não são justificadas pelo contribuinte, regularmente intimado a fazêlo, o ônus da prova compete ao fiscalizado, nos termos dos artigos 924 e 925 do Regulamento do Imposto de Renda vigente (Decreto nº 3.000/99 RIR/99): Ônus da Prova Art.924. Cabe à autoridade administrativa a prova da inveracidade dos fatos registrados com observância do disposto no artigo anterior (DecretoLei nº 1.598, de 1977, art. 9º, §2º). Inversão do Ônus da Prova Art.925.O disposto no artigo anterior não se aplica aos casos em que a lei, por disposição especial, atribua ao contribuinte o ônus da prova de fatos registrados na sua escrituração (DecretoLei nº 1.598, de 1977, art. 9º, §3º). Os lançamentos tributários no caso em concreto, por conseguinte, foram realizados em estrita observância às normas tributárias vigentes e não padecem de quaisquer vícios que ensejem as suas insubsistências. No entanto, assim como foram analisadas as justificativas de origens que a recorrente veiculou na defesa inicial, devem ser analisadas as demais justificativas que estão respaldadas no extrato bancário de conta bancária comprovadamente mantida no Banco Santander, à época dos fatos geradores, e apresentada junto ao Recurso Voluntário. Observo, primeiramente, que de todas as Notas Fiscais registradas na contabilidade da recorrente e consideradas na Demonstração de Resultados dos trimestres do anocalendário de 2004, apenas duas Notas Fiscais não encontraram relação com os depósitos bancários relacionados como injustificados pela fiscalização são as Notas Fiscais nºs 386 e 395, destacadas no Acórdão recorrido consoante registrado no Livro Diário (fls. 117 e 119): NF Data emissão Vlr. Bruto ISS Vlr Líquido Vlr Depositado Data Dep 386 25/08/2004 13.372,28 401,17 12.971,11 12.235,63 01/09/2004 395 29/09/2004 6.101,59 183,05 5.918,54 5.582,95 06/10/2004 Da análise dos extratos bancários trazidos pela recorrente e juntados às efls. 1013 a 1019, verifico que, primeiramente, os valores relativos às Notas Fiscais nºs 386 e 395, contabilizados como depositados efetivamente, são coincidentes em datas e valores, devendo ser excluídos da base de cálculo remanescente. Da mesma forma, verifico que procedem as alegações da recorrente de que valores incluídos nas bases de cálculo consistem em meras transferências bancárias de um banco para outro, todavia, somente em relação aos itens 60, 61 e 62, devendo ser estes valores excluídos das bases de cálculo para as exigências de IRPJ e CSLL. Fl. 1027DF CARF MF Impresso em 07/11/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 30/10/2014 por ANA DE BARROS FERNANDES, Assinado digitalmente em 30/10/2 014 por ANA DE BARROS FERNANDES 8 Por conseguinte, devem ser excluídos das bases de cálculos do IRPJ e CSLL (destaquei) os seguintes valores: ITEM TRIMESTRE DATA ORIGEM VALOR 53 3º 01/09/04 NF 386 12.235,63 56 4º 06/10/04 NF 395 5.582,95 60 4º 27/10/04 Transf. bancária 12.500,00 61 4º 06/12/04 Transf. bancária 10.000,00 62 4º 17/12/04 Transf. bancária 5.000,00 Por todo o exposto, devem ser mantidas as bases de cálculo conforme ajustadas na decisão proferida em Primeiro Grau, relativas aos 1º e 2º trimestres, nos valores de R$ 18.149,66 e R$ 326,70, respectivamente, e reduzidas as bases de cálculo para os 3º e 4º trimestres nos valores acima mencionados, remanescendo devidos os valores de R$ 14.784,93 (27.020,56 12.235,63) e R$ 29.251,83 (62.334,78 33.082,95), respectivamente. Voto em dar provimento em parte ao Recurso Voluntário. (assinado digitalmente) Ana de Barros Fernandes Wipprich Fl. 1028DF CARF MF Impresso em 07/11/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 30/10/2014 por ANA DE BARROS FERNANDES, Assinado digitalmente em 30/10/2 014 por ANA DE BARROS FERNANDES
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Numero do processo: 10665.003100/2008-93
Turma: Primeira Turma Ordinária da Segunda Câmara da Terceira Seção
Câmara: Segunda Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Tue Jul 22 00:00:00 UTC 2014
Data da publicação: Mon Nov 10 00:00:00 UTC 2014
Ementa: Assunto: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins
Período de apuração: 28/02/2004 a 30/06/2008
EXCLUSÃO DE BASE DE CÁLCULO. IMPOSSIBILIDADE.
Os valores correspondentes ao ICMS e ao ISS, por expressa falta de previsão legal, não podem ser excluídos da base de cálculo da contribuição.
ARGÜIÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE. VIA IMPRÓPRIA.
A argüição de inconstitucionalidade não pode ser oponível na esfera administrativa, exceto nos casos previstos em lei. Não havendo a subsunção dos fatos concretos aos casos excepcionais previstos em lei, aplica-se a regra geral já sumulada no âmbito do CARF.
Numero da decisão: 3201-001.661
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por maioria de votos, em negar provimento ao recurso, nos termos do relatório e votos que integram o presente julgado. Vencido o Conselheiro Luciano Lopes de Almeira Moraes.
(ASSINADO DIGITALMENTE)
JOEL MIYAZAKI - Presidente.
(ASSINADO DIGITALMENTE)
DANIEL MARIZ GUDIÑO - Relator.
EDITADO EM: 05/11/2014
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Joel Miyazaki, Luciano Lopes de Almeida Moraes, Daniel Mariz Gudiño, Winderley Morais Pereira e Carlos Alberto Nascimento e Silva. Ausente temporariamente a Conselheira Ana Clarissa Masuko Araújo.
Nome do relator: Daniel Mariz Gudiño
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ementa_s : Assunto: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins Período de apuração: 28/02/2004 a 30/06/2008 EXCLUSÃO DE BASE DE CÁLCULO. IMPOSSIBILIDADE. Os valores correspondentes ao ICMS e ao ISS, por expressa falta de previsão legal, não podem ser excluídos da base de cálculo da contribuição. ARGÜIÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE. VIA IMPRÓPRIA. A argüição de inconstitucionalidade não pode ser oponível na esfera administrativa, exceto nos casos previstos em lei. Não havendo a subsunção dos fatos concretos aos casos excepcionais previstos em lei, aplica-se a regra geral já sumulada no âmbito do CARF.
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conteudo_txt : Metadados => pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.4; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 5; dc:format: application/pdf; version=1.4; pdf:charsPerPage: 1767; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; access_permission:fill_in_form: true; pdf:encrypted: true; producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; access_permission:can_modify: true; pdf:docinfo:producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; Content-Type: application/pdf | Conteúdo => S3C2T1 Fl. 248 1 247 S3C2T1 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS TERCEIRA SEÇÃO DE JULGAMENTO Processo nº 10665.003100/200893 Recurso nº Voluntário Acórdão nº 3201001.661 – 2ª Câmara / 1ª Turma Ordinária Sessão de 22 de julho de 2014 Matéria COFINS Recorrente SANTOS & DIAS CARVOEJAMENTO LTDA Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL COFINS Período de apuração: 28/02/2004 a 30/06/2008 EXCLUSÃO DE BASE DE CÁLCULO. IMPOSSIBILIDADE. Os valores correspondentes ao ICMS e ao ISS, por expressa falta de previsão legal, não podem ser excluídos da base de cálculo da contribuição. ARGÜIÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE. VIA IMPRÓPRIA. A argüição de inconstitucionalidade não pode ser oponível na esfera administrativa, exceto nos casos previstos em lei. Não havendo a subsunção dos fatos concretos aos casos excepcionais previstos em lei, aplicase a regra geral já sumulada no âmbito do CARF. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por maioria de votos, em negar provimento ao recurso, nos termos do relatório e votos que integram o presente julgado. Vencido o Conselheiro Luciano Lopes de Almeira Moraes. (ASSINADO DIGITALMENTE) JOEL MIYAZAKI Presidente. (ASSINADO DIGITALMENTE) DANIEL MARIZ GUDIÑO Relator. EDITADO EM: 05/11/2014 AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 66 5. 00 31 00 /2 00 8- 93 Fl. 104DF CARF MF Impresso em 10/11/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 05/11/2014 por DANIEL MARIZ GUDINO, Assinado digitalmente em 07/11/2014 por JOEL MIYAZAKI, Assinado digitalmente em 05/11/2014 por DANIEL MARIZ GUDINO 2 Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Joel Miyazaki, Luciano Lopes de Almeida Moraes, Daniel Mariz Gudiño, Winderley Morais Pereira e Carlos Alberto Nascimento e Silva. Ausente temporariamente a Conselheira Ana Clarissa Masuko Araújo. Relatório Por bem descrever os fatos ocorridos até a data da prolação do acórdão recorrido, transcrevo abaixo o relatório do órgão julgador de 1ª instância, incluindo, em seguida, as razões dos recurso voluntário apresentado pela Recorrente: O contribuinte acima identificado apresenta manifestação de inconformidade (11s. 32/44) contra o despacho decisório de fls.29/30, que indeferiu seus pedidos de restituição de fls. 01, 08 e 14 relativos à Cofins, não homologando a compensação vinculada, nos termos resumidos a seguir. Narrando os fatos considerados pela repartição na formalização do presente processo, propugna pela exclusão tanto do ISSQN (tributo municipal) quanto do ICMS da base de cálculo da contribuição, por juridicamente não poderem ser incluídos em nenhum dos conceitos correspondentes ao faturamento ou à receita, a exemplo do entendimento exarado pelo STF, em face de sua indevida e inconstitucional inclusão, uma vez que não guardam relação com o faturamento, tratandose de receita pertencente ao erário, com afronta ao art. 110 do CTN. Em relação ao pedido de fl. 14, defende o reconhecimento de seu direito restituição uma vez que as leis editadas feriram o preceito contido no art. 150, § 7º da Constituição Federal, e o disposto no art. 110 do CTN, porquanto a extinção do regime de substituição tributária pelas distribuidoras e refinarias de petróleo e a criação do regime monofásico com a manutenção da mesma carga tributária prejudicaram o contribuinte, porque no preço dos combustíveis adquiridos diretamente das distribuidoras encontrase embutido o mesmo encargo tributário, sem que haja a possibilidade de devolução ao contribuinte do dinheiro arrecadado mediante operação de venda inexistente. Requerendo a atualização do credito tributário pela Selic, propugna pela procedência da manifestação de inconformidade. Eis o essencial. Na decisão de primeira instância, proferida na Sessão de Julgamento de 04/10/2010, a 1ª Turma da Delegacia da Receita Federal do Brasil de Julgamento em Belo Horizonte (MG) julgou improcedente a manifestação de inconformidade da Recorrente, conforme Acórdão n° 0228.851 (fls. 64/68): ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL COFINS Período de apuração: 28/02/2004 a 30/06/2008 Fl. 105DF CARF MF Impresso em 10/11/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 05/11/2014 por DANIEL MARIZ GUDINO, Assinado digitalmente em 07/11/2014 por JOEL MIYAZAKI, Assinado digitalmente em 05/11/2014 por DANIEL MARIZ GUDINO Processo nº 10665.003100/200893 Acórdão n.º 3201001.661 S3C2T1 Fl. 249 3 Os valores correspondentes ao ICMS e ao ISSQN, por expressa falta de previsão legal, não podem ser excluídos da base de cálculo da contribuição. A argüição de inconstitucionalidade não pode ser oponível na esfera administrativa, por transbordar os limites de sua competência o julgamento da matéria, do ponto de vista constitucional. Manifestação de Inconformidade Improcedente Direito Creditório Não Reconhecido A Recorrente foi cientificada do teor do acórdão por intimação postal em 08/11/2010 (fl. 69v), tendo protocolado seu recurso voluntário em 30/11/2010 (fls. 72/84), o qual, em síntese, reitera os argumentos já defendidos em sua manifestação de inconformidade apenas no tocante à inclusão do Imposto Sobre Serviços – ISS e do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS da base de cálculo da Cofins, bem como ao direito de o seu crédito ser atualizado com base na Taxa Selic. O recurso voluntário foi expedido para este Conselho Administrativo de Recursos Fiscais – CARF e posteriormente distribuído ao presente colegiado, que, em atenção ao art. 62A do Anexo II do seu Regimento Interno, houve por bem sobrestar o presente processo até que fosse proferido julgamento de mérito nos Recursos Extraordinários nº 592.616 e nº 574.706, nos quais o Supremo Tribunal Federal reconheceu a repercussão geral dos temas da inclusão do ISS e do ICMS na base de cálculo do PIS e da Cofins. Esse sobrestamento foi objeto da Resolução nº 3201000.335, de 17/07/2012. Contudo, com o advento da Portaria MF nº 545, de 2013, o art. 62A do Anexo I do RICARF foi revogado, e, portanto, os julgamentos sobrestados devem ser concluídos. É o relatório. Voto Conselheiro Daniel Mariz Gudiño O recurso voluntário atende os pressupostos de admissibilidade previstos no Decreto nº 70.235, de 1972, e alterações posteriores, razão pela qual deve ser conhecido. O cerne da discussão consiste em saber se devem ser excluídos da base de cálculo da Cofins os valores relativos a ISS e ICMS. Além disso, há o pleito de atualização dos créditos restituíveis com base na Taxa Selic. Sobre a exclusão do ISS e do ICMS da base de cálculo da Cofins, como já relatado, o tema é objeto de repercussão geral já reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal, tendo como casosparadigma os Recursos Extraordinários nº 592.616 (ISS) e nº 574.706 (ICMS). Confiramse as ementas: Fl. 106DF CARF MF Impresso em 10/11/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 05/11/2014 por DANIEL MARIZ GUDINO, Assinado digitalmente em 07/11/2014 por JOEL MIYAZAKI, Assinado digitalmente em 05/11/2014 por DANIEL MARIZ GUDINO 4 Ementa: Direito Tributário. ISS. Inclusão na base de cálculo da contribuição ao PIS e da COFINS. Conceito de faturamento. Existência de repercussão geral. (RE 592616 RG, Relator(a): Min. MENEZES DIREITO, julgado em 09/10/2008, DJe202 DIVULG 23102008 PUBLIC 2410 2008 EMENT VOL0233811 PP02120 ) ......................................................................................................... Ementa: Reconhecida a repercussão geral da questão constitucional relativa à inclusão do ICMS na base de cálculo da COFINS e da contribuição ao PIS. Pendência de julgamento no Plenário do Supremo Tribunal Federal do Recurso Extraordinário n. 240.785. (RE 574706 RG, Relator(a): Min. CÁRMEN LÚCIA, julgado em 24/04/2008, DJe088 DIVULG 15052008 PUBLIC 16052008 EMENT VOL0231910 PP02174 ) A despeito disso, ainda não há uma decisão definitiva proferida pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal que permita excluir o ISS e o ICMS da base de cálculo do PIS e da Cofins a teor do que dispõe o art. 26A, § 6º, do Decreto nº 70.235, de 1972, e alterações posteriores, a saber: Art. 26A. No âmbito do processo administrativo fiscal, fica vedado aos órgãos de julgamento afastar a aplicação ou deixar de observar tratado, acordo internacional, lei ou decreto, sob fundamento de inconstitucionalidade. [...] § 6º O disposto no caput deste artigo não se aplica aos casos de tratado, acordo internacional, lei ou ato normativo: (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009) I – que já tenha sido declarado inconstitucional por decisão definitiva plenária do Supremo Tribunal Federal; (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009) II – que fundamente crédito tributário objeto de: (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009) a) dispensa legal de constituição ou de ato declaratório do ProcuradorGeral da Fazenda Nacional, na forma dos arts. 18 e 19 da Lei no 10.522, de 19 de julho de 2002; (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009) b) súmula da AdvocaciaGeral da União, na forma do art. 43 da Lei Complementar no 73, de 10 de fevereiro de 1993; ou (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009) c) pareceres do AdvogadoGeral da União aprovados pelo Presidente da República, na forma do art. 40 da Lei Complementar nº 73, de 10 de fevereiro de 1993. É importante ressaltar que esse dispositivo legal foi reproduzido no art. 62 do Anexo II do RICARF, reforçando a vinculação dos seus conselheiros. Fl. 107DF CARF MF Impresso em 10/11/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 05/11/2014 por DANIEL MARIZ GUDINO, Assinado digitalmente em 07/11/2014 por JOEL MIYAZAKI, Assinado digitalmente em 05/11/2014 por DANIEL MARIZ GUDINO Processo nº 10665.003100/200893 Acórdão n.º 3201001.661 S3C2T1 Fl. 250 5 Com efeito, por mais que possa parecer incoerente a interpretação segundo a qual o valor do ISS e do ICMS repassado ao consumidor final compõe o faturamento da Recorrente, não é possível criar exclusões de base de cálculo à margem da legislação. Se tais valores compõem o preço do serviço e/ou da mercadoria, é inegável que há uma relação direta com o faturamento do prestador de serviço e/ou do comerciante. Cumpre esclarecer que, no âmbito do CARF, há ainda uma súmula sobre o assunto, a saber: Súmula CARF nº 2: O CARF não é competente para se pronunciar sobre a inconstitucionalidade de lei tributária. Por todos esses fundamentos, vêse que a decisão recorrida deve ser mantida neste particular. Quanto ao pedido de aplicação da Taxa Selic para atualização do crédito da Recorrente, tratase de um consectário da própria existência do crédito, que, como visto, não há. Diante do exposto, NEGO PROVIMENTO ao recurso voluntário, mantendo integralmente a decisão recorrida. (ASSINADO DIGITALMENTE) Daniel Mariz Gudiño Relator Fl. 108DF CARF MF Impresso em 10/11/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 05/11/2014 por DANIEL MARIZ GUDINO, Assinado digitalmente em 07/11/2014 por JOEL MIYAZAKI, Assinado digitalmente em 05/11/2014 por DANIEL MARIZ GUDINO
score : 1.0
Numero do processo: 13811.000690/00-22
Turma: Segunda Turma Ordinária da Primeira Câmara da Primeira Seção
Câmara: Primeira Câmara
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Thu Sep 25 00:00:00 UTC 2014
Data da publicação: Fri Nov 07 00:00:00 UTC 2014
Ementa: Assunto: Normas Gerais de Direito Tributário
Ano-calendário: 1998
COMPENSAÇÃO JUDICIAL. TRÂNSITO EM JULGADO.
Possui amparo legal a limitação, veiculada pela IN/SRF nº 21/97, de compensar créditos decorrentes de sentença judicial àqueles cuja decisão tenha transitado em julgado.
COMPENSAÇÃO DE ESTIMATIVAS NÃO AUTORIZADAS JUDICIALMENTE. SALDO NEGATIVO DECORRENTE.
Constatado que o direito creditório que foi utilizado na compensação de estimativas mensais não foi reconhecido no âmbito judicial, não se pode reconhecer também o direito creditório correspondente à saldo negativo do qual é mera consequência.
Recurso Voluntário Negado
Numero da decisão: 1102-001.211
Decisão:
Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, negar provimento ao recurso voluntário. Acompanharam o relator pelas conclusões os conselheiros Francisco Alexandre dos Santos Linhares, João Carlos de Figueiredo Neto, e Antonio Carlos Guidoni Filho.
Documento assinado digitalmente.
João Otávio Oppermann Thomé - Presidente.
Documento assinado digitalmente.
Ricardo Marozzi Gregorio - Relator.
Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros: João Otávio Oppermann Thomé, Antonio Carlos Guidoni Filho, José Evande Carvalho Araujo, Francisco Alexandre dos Santos Linhares, Ricardo Marozzi Gregorio e João Carlos de Figueiredo Neto.
Nome do relator: RICARDO MAROZZI GREGORIO
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ementa_s : Assunto: Normas Gerais de Direito Tributário Ano-calendário: 1998 COMPENSAÇÃO JUDICIAL. TRÂNSITO EM JULGADO. Possui amparo legal a limitação, veiculada pela IN/SRF nº 21/97, de compensar créditos decorrentes de sentença judicial àqueles cuja decisão tenha transitado em julgado. COMPENSAÇÃO DE ESTIMATIVAS NÃO AUTORIZADAS JUDICIALMENTE. SALDO NEGATIVO DECORRENTE. Constatado que o direito creditório que foi utilizado na compensação de estimativas mensais não foi reconhecido no âmbito judicial, não se pode reconhecer também o direito creditório correspondente à saldo negativo do qual é mera consequência. Recurso Voluntário Negado
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decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, negar provimento ao recurso voluntário. Acompanharam o relator pelas conclusões os conselheiros Francisco Alexandre dos Santos Linhares, João Carlos de Figueiredo Neto, e Antonio Carlos Guidoni Filho. Documento assinado digitalmente. João Otávio Oppermann Thomé - Presidente. Documento assinado digitalmente. Ricardo Marozzi Gregorio - Relator. Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros: João Otávio Oppermann Thomé, Antonio Carlos Guidoni Filho, José Evande Carvalho Araujo, Francisco Alexandre dos Santos Linhares, Ricardo Marozzi Gregorio e João Carlos de Figueiredo Neto.
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Compensação. Recorrente BEKUM DO BRASIL IND. E COMÉRCIO LTDA. Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO Anocalendário: 1998 COMPENSAÇÃO JUDICIAL. TRÂNSITO EM JULGADO. Possui amparo legal a limitação, veiculada pela IN/SRF nº 21/97, de compensar créditos decorrentes de sentença judicial àqueles cuja decisão tenha transitado em julgado. COMPENSAÇÃO DE ESTIMATIVAS NÃO AUTORIZADAS JUDICIALMENTE. SALDO NEGATIVO DECORRENTE. Constatado que o direito creditório que foi utilizado na compensação de estimativas mensais não foi reconhecido no âmbito judicial, não se pode reconhecer também o direito creditório correspondente à saldo negativo do qual é mera consequência. Recurso Voluntário Negado Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, negar provimento ao recurso voluntário. Acompanharam o relator pelas conclusões os conselheiros Francisco Alexandre dos Santos Linhares, João Carlos de Figueiredo Neto, e Antonio Carlos Guidoni Filho. Documento assinado digitalmente. João Otávio Oppermann Thomé Presidente. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 13 81 1. 00 06 90 /0 0- 22 Fl. 455DF CARF MF Impresso em 07/11/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 29/09/2014 por RICARDO MAROZZI GREGORIO, Assinado digitalmente em 29/09/ 2014 por RICARDO MAROZZI GREGORIO, Assinado digitalmente em 28/10/2014 por JOAO OTAVIO OPPERMANN THO ME Processo nº 13811.000690/0022 Acórdão n.º 1102001.211 S1C1T2 Fl. 456 2 Documento assinado digitalmente. Ricardo Marozzi Gregorio Relator. Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros: João Otávio Oppermann Thomé, Antonio Carlos Guidoni Filho, José Evande Carvalho Araujo, Francisco Alexandre dos Santos Linhares, Ricardo Marozzi Gregorio e João Carlos de Figueiredo Neto. Relatório Inicialmente, esclareço que todas as indicações de folhas inseridas neste relatório e no subsequente voto dizem respeito à numeração digital do sistema eProcesso, ressalvo, entretanto, as eventuais indicações contidas nos trechos transcritos. Tratase de recurso voluntário interposto por BEKUM DO BRASIL IND. E COMÉRCIO LTDA. contra acórdão preferido pela DRJ/São Paulo I que concluiu pela improcedência de manifestação de inconformidade acerca da compensação de crédito de saldo negativo (no valor de R$ 720.905,26), correspondente ao anocalendário de 1998, com débitos de sua responsabilidade. A instância a quo assim relatou o caso: O pleito já havia sido objeto de apreciação pela DIORT da DERAT/SPO, que o indeferiu ao analisar os documentos colacionados pelo contribuinte, ao verificar que o saldo negativo de IRPJ solicitado em restituição, advinha de pagamentos de estimativas mensais do IRPJ, que por sua vez correspondiam a direitos creditórios pleiteados judicialmente, nos autos do MS 97.00492710. O pedido administrativo foi negado com fulcro no art. 170A, que veda a compensação mediante o aproveitamento de tributo, objeto de contestação judicial, antes do trânsito em julgado da respectiva decisão judicial. O contribuinte foi cientificado, em 05/05/2005 (fls. 286), e apresentou a impugnação de fls. 304/312, em 08/06/2005, alegando que: a) A compensação prevista no art. 66 da lei n° 8.8383/91 não é a mesma prenunciada pelo art. 170 e artigo 170A do Código Tributário Nacional. Cada uma incide em situação fática distinta; b) O art. 170A do CTN não revoga o art. 66 da lei 8.383/91, e c) Os processos em curso na data da promulgação do art. 170A não terão seus atos pendentes alcançados pela nova norma. Fl. 456DF CARF MF Impresso em 07/11/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 29/09/2014 por RICARDO MAROZZI GREGORIO, Assinado digitalmente em 29/09/ 2014 por RICARDO MAROZZI GREGORIO, Assinado digitalmente em 28/10/2014 por JOAO OTAVIO OPPERMANN THO ME Processo nº 13811.000690/0022 Acórdão n.º 1102001.211 S1C1T2 Fl. 457 3 A DERAT/DIORT/ECRER/SP emitiu a carta de cobrança de fls. 375/379, juntamente com a Comunicação no 1511/2007 (fls. 374), datada de 29/03/2007, no seguinte teor: Em face do Despacho Decisório D1ORT/SR relativo ao Pedido de Restituição contido neste processo e proferido em 18/11/2004 do qual o contribuinte foi regularmente cientificado em 05/05/2005 e tendo em vista a apresentação intempestiva de Manifestação de Inconformidade (documento protocolado em 08/06/2005), fica o mesmo ciente de que a referida manifestação não instaura fase litigiosa do procedimento, não suspende a exigibilidade dos respectivos débitos nem comporta julgamento de primeira instância, salvo se caracterizada ou suscitada na mesma, a tempestividade como preliminar, conforme disposto no art. 5° do Decreto 70.235/72 e no ADN COSIT n° 15 12.07.96. Fica o contribuinte cientificado, portanto, de que não há mais recurso na esfera administrativa para o presente processo. Desta forma, enviamos DARFS para recolhimento dos saldos devedores remanescentes, acompanhados da respectiva carta de cobrança com as orientações necessárias ao atendimento da presente. O não atendimento da solicitação acima implicará em adoção das medidas legais cabíveis. O contribuinte impetrou o MS 2007.61.00.0098081, obtendo liminar nos seguintes termos: DEFIRO A LIMINAR requerida, a fim de afastar a intempestividade do recurso administrativo interposto no Processo n° 13811.000690/0022, determinando, em conseqüência, que a autoridade fazendária competente o receba e o aprecie como entender de direito. A 5ª Turma da já mencionada DRJ/São Paulo I proferiu, então, o Acórdão nº 1617.673 (fls. 403 a 406), de 1 de julho de 2008, por meio do qual considerou improcedente a manifestação de inconformidade. Assim figurou a ementa daquele julgado: ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA JURÍDICA IRPJ Anocalendário: 1998 COMPENSAÇÃO. AÇÃO JUDICIAL. A existência de ação judicial, por si só, não caracteriza a liquidez e certeza da existência de crédito tributário pago a maior que seja compensável. Tal decisão foi fundamentada na constatação de que as decisões proferidas nos autos do MS 97.00492710 continuavam pendentes de apreciação. Por isso, tendo em vista que os artigos 12, § 7º, e 17 da IN/SRF nº 21/97 determinavam que o beneficiário de direito creditório reconhecido pelo Poder Judiciário só poderia efetuar compensações quando a Fl. 457DF CARF MF Impresso em 07/11/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 29/09/2014 por RICARDO MAROZZI GREGORIO, Assinado digitalmente em 29/09/ 2014 por RICARDO MAROZZI GREGORIO, Assinado digitalmente em 28/10/2014 por JOAO OTAVIO OPPERMANN THO ME Processo nº 13811.000690/0022 Acórdão n.º 1102001.211 S1C1T2 Fl. 458 4 decisão judicial transitasse em julgado, a autoridade julgadora considerou não provada a existência de direito líquido e certo a favor da requerente. Inconformada, a empresa apresentou recurso voluntário (fls. 419 a 433) no qual repete as alegações produzidas na manifestação de inconformidade. Requer, por fim, a homologação das compensações pleiteadas e que a intimação de todos os atos do processo seja feita na pessoa dos seus advogados. É o relatório. Voto Conselheiro Ricardo Marozzi Gregorio, Relator O recurso voluntário é tempestivo e preenche os requisitos de admissibilidade, portanto, dele tomo conhecimento. Quanto ao pedido de intimação dos atos do processo na pessoa dos advogados da recorrente, cumpre observar que não há previsão legal para esse tipo de providência no âmbito do Processo Administrativo Fiscal – PAF (Decreto nº 70.235/72). Além disso, o julgamento no CARF segue o rito do seu Regimento Interno, aprovado pela Portaria MF nº 256/2009. Pois bem, o artigo 55 do seu Anexo II prevê que a pauta contendo a indicação dos processos será publicada no Diário Oficial da União com 10 (dez) dias de antecedência e que será também divulgada no sítio do CARF na internet. De modo que são esses os meios de divulgação utilizados para dar conhecimento da realização do julgamento na fase recursal. No mérito, não assiste razão à recorrente. Já na redação original do CTN, o artigo 170 continha a previsão de que a lei poderia autorizar a compensação de créditos tributários com créditos líquidos e certos do sujeito passivo, verbis: Art. 170. A lei pode, nas condições e sob as garantias que estipular, ou cuja estipulação em cada caso atribuir à autoridade administrativa, autorizar a compensação de créditos tributários com créditos líquidos e certos, vencidos ou vincendos, do sujeito passivo contra a Fazenda pública. Fl. 458DF CARF MF Impresso em 07/11/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 29/09/2014 por RICARDO MAROZZI GREGORIO, Assinado digitalmente em 29/09/ 2014 por RICARDO MAROZZI GREGORIO, Assinado digitalmente em 28/10/2014 por JOAO OTAVIO OPPERMANN THO ME Processo nº 13811.000690/0022 Acórdão n.º 1102001.211 S1C1T2 Fl. 459 5 O dispositivo de lei que tratava do instituto da compensação no âmbito dos tributos federais à época do pedido contido no presente processo era o artigo 66 da Lei nº 8.383/91, com a redação dada pela Lei nº 9.069/95, verbis: Art. 66. Nos casos de pagamento indevido ou a maior de tributos, contribuições federais, inclusive previdenciárias, e receitas patrimoniais, mesmo quando resultante de reforma, anulação, revogação ou rescisão de decisão condenatória, o contribuinte poderá efetuar a compensação desse valor no recolhimento de importância correspondente a período subseqüente.) § 1º A compensação só poderá ser efetuada entre tributos, contribuições e receitas da mesma espécie. § 2º É facultado ao contribuinte optar pelo pedido de restituição. § 3º A compensação ou restituição será efetuada pelo valor do tributo ou contribuição ou receita corrigido monetariamente com base na variação da UFIR.) § 4º As Secretarias da Receita Federal e do Patrimônio da União e o Instituto Nacional do Seguro Social INSS expedirão as instruções necessárias ao cumprimento do disposto neste artigo. (grifei) Portanto, a própria lei determinou que a Receita Federal expedisse as instruções necessárias para que se viabilizassem os procedimentos da compensação. Foi neste sentido, então, que aquele órgão publicou a Instrução Normativa nº 21/97, vigente à época da elaboração do pedido, onde, nos seus artigos 12, § 7º, e 17, veiculou as seguintes normas: Art. 12. Os créditos de que tratam os arts. 2º e 3º, inclusive quando decorrentes de sentença judicial transitada em julgado, serão utilizados para compensação com débitos do contribuinte, em procedimento de ofício ou a requerimento do interessado. (...) § 7º A utilização de crédito decorrente de sentença judicial, transitada em julgado, para compensação, somente poderá ser efetuada após atendido o disposto no art.17. (...) Art. 17. Para efeito de restituição, ressarcimento ou compensação de crédito decorrente de sentença judicial transitada em julgado, o contribuinte deverá anexar ao pedido Fl. 459DF CARF MF Impresso em 07/11/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 29/09/2014 por RICARDO MAROZZI GREGORIO, Assinado digitalmente em 29/09/ 2014 por RICARDO MAROZZI GREGORIO, Assinado digitalmente em 28/10/2014 por JOAO OTAVIO OPPERMANN THO ME Processo nº 13811.000690/0022 Acórdão n.º 1102001.211 S1C1T2 Fl. 460 6 de restituição ou de ressarcimento uma cópia do inteiro teor do processo judicial a que se referir o crédito e da respectiva sentença, determinando a restituição, o ressarcimento ou a compensação. (Redação dada pela IN SRF nº73/97, de 15/09/1997) Assim, foi com a autorização da própria lei que a referida instrução normativa limitou a compensação de créditos decorrentes de sentença judicial àqueles cuja decisão reconhecedora do crédito havia transitado em julgado. Não se pode, por isso, concordar com a reclamação da recorrente no que diz respeito ao fato de que a vedação contida no artigo 170A do CTN só teria sido incluída após ao protocolo do pedido contido no presente processo. A limitação veiculada no ato administrativo tinha amparo legal. Nada obstante isso, por meio de consulta efetuada nesta data no sítio da internet do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, é possível constatar que o acórdão proferido no Mandado de Segurança nº 97.00492710 transitou em julgado em 17/09/2008. A referida decisão foi no sentido de dar provimento ao apelo da União Federal para reformar o conteúdo decisório da sentença proferida na primeira instância. Portanto, o direito creditório que foi utilizado na compensação de estimativas mensais não foi reconhecido no âmbito judicial. Por este motivo, também não se pode reconhecer o direito creditório correspondente à saldo negativo do qual é mera consequência. Pelo exposto, oriento meu voto no sentido de negar provimento ao recurso voluntário. É como voto. Documento assinado digitalmente. Ricardo Marozzi Gregorio Relator Fl. 460DF CARF MF Impresso em 07/11/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 29/09/2014 por RICARDO MAROZZI GREGORIO, Assinado digitalmente em 29/09/ 2014 por RICARDO MAROZZI GREGORIO, Assinado digitalmente em 28/10/2014 por JOAO OTAVIO OPPERMANN THO ME Processo nº 13811.000690/0022 Acórdão n.º 1102001.211 S1C1T2 Fl. 461 7 Fl. 461DF CARF MF Impresso em 07/11/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 29/09/2014 por RICARDO MAROZZI GREGORIO, Assinado digitalmente em 29/09/ 2014 por RICARDO MAROZZI GREGORIO, Assinado digitalmente em 28/10/2014 por JOAO OTAVIO OPPERMANN THO ME
score : 1.0
Numero do processo: 10830.005134/2003-59
Turma: Segunda Turma Ordinária da Primeira Câmara da Terceira Seção
Câmara: Primeira Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Thu Aug 26 00:00:00 UTC 2010
Ementa: Processo Administrativo Fiscal
Ano-calendário: 1998
Ementa:
Importa renúncia As instâncias administrativas a propositura, pelo sujeito passivo, de ação judicial, sob qualquer modalidade processual, com o mesmo objeto do processo administrativo . Aplicação da Súmula CARF n° 1.
RECURSO VOLUNTÁRIO NÃO CONHECIDO
Numero da decisão: 3102-00.729
Decisão: ACORDAM os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em no tomar conhecimento do recurso voluntário. Ausente, justificadamente, a Conselheira Nanci Gama, que foi substituida pelo Conselheiro Helder Massaaki Kanamaru Luis Marcelo Guerra de Castro Presidente e Relator Participaram do presente julgamento os Conselheiros José Fernandes do Nascimento, Ricardo Paulo Rosa, Beatriz Veríssimo de Sena, Luciano Pontes de Maya Gomes, Nanci Gama, Helder Massaaki Kanamaru e Luis Marcelo Guerra de Castro
Matéria: DCTF_COFINS - Auto eletronico (AE) lancamento de tributos e multa isolada (COFINS)
Nome do relator: Luis Marcelo Guerra de Castro
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Aplicação da Súmula CARF no 1. RECURSO VOLUNTÁRIO NÃO CONHECIDO Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. ACORDAM os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em no tomar conhecimento do recurso voluntário. Ausente, justificadamente, a Conselheira Nanci Gama, que foi substituida pelo Conselheiro Helder Massaaki Kanamaru Luis Marcelo Guerra de Castro Presidente e Relator Participaram do presente julgamento os Conselheiros José Fernandes do Nascimento, Ricardo Paulo Rosa, Beatriz Veríssimo de Sena, Luciano Pontes de Maya Gomes, Nanci Gama, Helder Massaaki Kanamaru e Luis Marcelo Guerra de Castro. Relatório Asoinado Jiaitalincole ern 07/10/2010 por LUIS MARCELO GUERRA DE CASTRO Auk-trait:a° diuilalnierlo 011106110/2 (1 10 por t MS MARCELO GUERRA DE CAS) NO Eiciilklo on 30112/20'10 polo Mini:AC:6o da Fazonda CARE • Fl 139 Por bem descrever a matéria litigiosa, adoto relatório que embasou o acórdão recorrido, que passo a transcrever: Trata o presente processo do Auto de Infraçdo relativo a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), lavrado em 13/06/2003 (fls. 30) e cientificado ao contribuinte, por via postal, em 08/07/2003 67s, 70), formalizando crédito tributário no valor total de R$ 312.881,30, com os acréscimos legais cabíveis aid a data da ktvratura, em virtude da não localização de pagamento vinculado aos débitos declarados para os períodos de fevereiro a dezembro de 1998 Impugnando a exigência, foi protocolizada, em 25/07/2003, a peça de defesa de fls. 01/10, acompanhada dos documentos de fls. 11/66, com as razões a seguir sintetizadas Alega o interessado que a matéria debatida se funda especificamente na compensação de Finsocial, pela qual optou em virtude do reconhecimento da inconstitucionalidade das majorações de alíquota acima de 0,5% (RE no 150 764-PE). Defende seu direito à compensação, invoca o art. 66 da Lei n° 8 383/91 e assevera ter utilizado, na amortização da Cofins, as parcelas pagas indevidamente ao Finsocial de competência setembro/89 a março/92, considerando, para correção monetária, os preceitos das Leis 8.383/91 combinado com a Lei 9.430/96 e os expurgos inflacionários garantidos pelo Provimento n° 24/97 do TRF da 3 0 Região Entende que a laVratura do Auto de Infração, desconsiderando as Decisões do STF, as Resoluções do Senado e a IN SRF 31/97, afastou-se da legalidade, da moralidade e da verdade material e representa ofensa ao parágrafo único do art. 142 do CTN, e ao art. 150, inciso IV, que veda o Confisco . Defende a aplicação do Provimento 24/97 do TRF da 3 0 Região para fins de correção monetária e requer o cancelamento do Auto de Infração. Para justificar a existência do alegado crédito, a defesa está instruída com planilha de fls. 40 e cópias de DARF 07s. 41/66) indicando vencimentos entre 16/10/89 e 07/11/91, As fls. 67 consta oficio da Procuradoria Secional da Fazenda Nacional em Campinas, solicitando a remessa deste e de dois outros processos administrativos (10830.000501/2002-47 e 10830 005892/2002-96, relativos, respectivamente a Autos de infração de Cofins de março a junho/97 e de julho a dezembro/97), para fins de possibilitar a defesa judicial da Unido nos autos da ação declaratória 2004.61.05.013025-6 As fls.. 75, a autoridade preparadora informa que o crédito tributário lançado foi transferido para o PAES e encaminha os autos para julgamento. Ponderando as razões aduzidas pela autuada, juntamente com o consignado no vot condutor, decidiu o órgão de piso pela manutenção parcial da exigência, conforme se observa na ementa abaixo transcrita: Assinado digitalmente ern 07/1012010 pa/ LU1S MARCELO GUERRA DE CASTRO Autenticado digilalmente em 00110/2010 par LUIS MARCELO GUERRA DE (As- TR° 2 Er/IWO° em 30/1212010 palo Ministe:da da Eazenda DF CA !ZY.' MI= FI 140 Processo IV 101330.005134/2003-59 S3-C1T2 Acórao n'3102-O0.729 Fl. 2 Assunto • Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins Ano-calendário, 1998 DCTF. REVISÃO INTERNA PAGAMENTOS NÃO LOCALIZADOS. ALEGAÇÃO DE COMPENSAÇÃO COM RECOLHIMENTOS DE FiNSOCIAL. Extingue-se em cinco anos, contados da data do recolhimento, o direito de o contribuinte pleitear a restituição, ou efetivar a correspondente compensação, de tributo pago indevidamente ou em valor rnaior que o devido. MULTA DE OFICIO. DÉBITOS DECLARADOS Em face do principio da retroatividade benigna, exonera-se a multa de oficio no lançamento decorrente de pagamentos não comprovados, apurados em declaração prestada pelo sujeito passivo, por se configurar hipótese diversa daquelas versadas no art. 18 da Medida Provisória n° 135/2003, convertida na Lei n° 10.833/2003, com a nova redação dada pelas Leis n° 11.051/2004 e n°11,196/2005. Atendendo orientação do órgão julgador de piso, a autoridade preparadora fez juntar ao processo consulta acerca do andamento e do objeto da Ação Declaratória n° 2004.61.05.013025-6, ajuizada perante a Justiça Federal do Estado de Sao Paulo, assim como as considerações da equipe responsável pelo acompanhamento de demandas judiciais acerca do objeto daquela ação e das decisões proferidas nas duas instâncias que, até aquela data, tinham se manifestado acerca do feito'. Após tomar ciência da decisão recorrida, comparece a recorrente mais uma vez aos autos para, em sede de recurso voluntário, essencialmente, sustentar o direito de realizar a compensação nos moldes em que alega ter realizado e pleitear que se compute o prazo prescricional do direito de pleitear a compensação/restituição segundo a tese dos "cinco mais cinco", consagrada no Poder Judiciário. Dado que o montante exonerado é inferior ao limite fixado na Portaria MF n° 03, de 03 de janeiro de 2008, não pende recurso de oficio da fração da decisão de primeira instância que afastou parcialmente a exigência. o Relatório. Voto Conselheiro Luis Marcelo Guerra de Castro, Relator 1 Documentos As fls. 98 a 107 Assinado digitalmenta oro 07/10/2010 por LUIS MARCELO GUERRA DE CASTRO Auk:Micado dirditalmc.mte em OW 10120 JO por LUIS MARCFL GUERRA DE cAsTRo Emilido ron 301121;1010 pTo Minislório da F azencla 3 DP CARF rvlF FL 141 O recurso foi tempestivamente apresentado e trata de matéria afeta a esta Terceira Seção. Entretanto, antes de adentrar na análise dos seus fundamentos, hit que se decidir se resta configurada concomitância entre o presente litígio e a Ação Declaratória n° 2004.61.05.013025-6. pelo e Para tanto, transcrevo excerto do relatório que embasou o acórdão proferido Tribunal Regional Federal: Trata-se de apelação em ação de rito ordinário, objetivando a convalidação da compensação já realizada dos valores indevidamente recolhidos a titulo de F'INSOCIAL, naquilo que excedeu à aliquota de 0,5% (meio por cento), com parcelas do PIS e da Cojins, corrigidos monetariamente nos termos do Provimento n°24/97, da Corregedoria-Geral da Justiça Federal da 3" Região e, a partir de janeiro/96, pela taxa Selic. Requer, por Jim, a anulação dos autos de infra cães e das intimações relativos as parcelas das contribuições compensadas Comparando o objeto acima descrito com a impugnação formulada nos presente processo administrativo 2 conclui-se que a recorrente pleiteia judicialmente exatamente o mesmo provimento intentado na esfera administrativa. De se aplicar, portanto, o disposto no parágrafo -único do art. 38 da Lei 6.830, de 1980: Parágrafo Único - A propositura, pelo contribuinte, da ação prevista neste artigo importa em renúncia ao poder de recorrer na esfera administrativa e desistência do recurso acaso interposto. (grifei) Ern razão da felicidade com que interpretou o conteúdo desse dispositivo, transcr vo parte da ementa do acórdão proferido pelo Superior Tribunal de Justiça nos autos do REsp no 840.556 - AM, da redação do Min. Luiz Fux (DJ de 20/11/2006): TRIBUTÁRIO PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL MANDADO DE SEGURANÇA. AÇA -0 JUDICIAL RENUNCIA DE RECORRER NA ESFERA ADMINISTRATIVA IDENTIDADE DO OBJETO ART 38, PARÁGRAFO ÚNICO DA LEI N° 6 830/80 1. Incide o parágrafo único do art. 38, da Lei n° 6 830/80, quando a demanda administrativa versar sabre objeto menor ou identico ao da aglià 2. A exegese dada ao dispositivo revela que. - "0 parágrafo em questão tem como pressuposto o princípio da jurisdição una, ou seja, que o ato administrativo pode ser controlado pelo Judiciário e que apenas a decisão deste é que se torna definitiva, com o transito em julgado, prevalecendo sobre eventual decisão administrativa que tenha sido tomada ou pudesse vir a ser tomada. ..) Entretanto, tal pressupõe a identidade de objeto nas discussões administrativa e judicial". (Leandro Paulsen e René Bergmann A vila. Direito Processual 2 Doc. As f1s. 01 a 10 Assinado digilai lrnen1e em 0711012010 por LUIS MARCELO GUERRA DE CASTRO Aufnaticada diitalineu1c em por OS MARCE1 O GUERRA OE GAS 100 Emitido em 301 1212010 pelo Minititério do Fozcoda 4 D1, CARE ME H. 142 Processo n° 10830.05134/2003-59 S3-C1T2 Acerda-o n ° 3102-00.729 F1.3 Tributdrio, Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2003, p. 349) (os grifos não constam do original) Peço vênia, ainda, para recorrer à lição de Humberto Theodoro Júnior 3 : 0 pedido, como objeto da ação, equivale e2 lide, isto 6, à matéria sobre a qual a sentença de mérito tem de atuar. E o bem jurídico pretendido pelo autor perante o réu E também pedido, no aspecto processual, o tipo de prestação jurisdicional invocada (condenação, execução, declaração, cautelar, etc). A causa petendi, por sua vez, não é a norma legal invocada pela parte, mas o fato jurídico que ampara a pretensão deduzida cm juirzo. Todo direito nasce do fato, ou seja, do fato a que a ordem jurídica atribui um determinado efeito. A causa de pedir, que identifica uma causa, situa-se no elemento fálico e em sua qualificaçãojuridica Ao fato em si mesmo &I-se a denominação de "causa remota" do pedido; e à sua repercussão jurídica, a de "causa próxima" do pedido. (os grifos não constam do original) Resta registrar, ademais, que, para efeito da caracterização da pré-falada renúncia à via administrativa, pouco importa se o processo foi extinto com ou sem julgamento do mérito, Nesse aspecto, sabia é a Súmula 1 do CARF: SÚMULA N° 1 do CARE . Importa rentincia as instâncias administrativas a propositura pelo sujeito passivo de ação judicial por qualquer modalidade processual, antes ou depois do lançamento de oficio, com o mesmo objeto do processo administrativo, sendo cabível apenas a apreciação, pelo órgão de julgamento administrativo, de matéria distinta da constante do processo judicial Assim sendo, voto no sentido de não tomar conhecimento do recurso voluntdrio . Sala das Sessões, em 26 de agosto de 2010 Conselheiro Luis Marcelo Guerra de Castro, Relator 3 Curso de Direito Processual Civil, Vol. I. Rio de Janeiro. Forense. 1992, 9° ed. p. 64 Assinado digitalmente em 07110 1 2010 pm LUIS MARCELO GUERRA DE CASTRO Auteritica Jo digilatmente em 00110120 I 0 poi LUIS MARCELO GUERRA DE CAM RC End ido em 30112/2010 pie Mininterio dci Fazenda 5 DF CAR FL 1 ,t3 Assinado dic talmente ea; 07110/2010 por LUIS MARCELO GUERRA DE CASTRO Autenticado ligitalmente em 06/10/2010 NA LUIS mARCELO GUERRA DE CASTRO Emitiria ern 30t12120 It) polo Ministerio da Fazenda 6
score : 1.0
Numero do processo: 10920.003054/2002-79
Turma: Primeira Turma Especial da Terceira Seção
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Tue Oct 14 00:00:00 UTC 2014
Data da publicação: Fri Nov 07 00:00:00 UTC 2014
Ementa: Assunto: Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI
Período de apuração: 01/07/2002 a 30/09/2002
CRÉDITO PRESUMIDO DE IPI. INSUMOS ADQUIRIDOS DE NÃO CONTRIBUINTES. POSSIBILIDADE.
Reconhecido pelo Superior Tribunal de Justiça no REsp 993.164/MG,em sede de recurso repetitivo,o crédito presumido de IPI decorrente de aquisição de insumos de pessoas físicas utilizados na produção, devem os Tribunais Administrativos reproduzirem o entendimento, conforme art. 62A do Regimento Interno.
ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA SELIC.
Havendo ato administrativo que impossibilita o creditamento pelo contribuinte, deve ser reconhecido o direito a atualização do crédito pleiteado pela Selic, desde o protocolo do pedido até o efetivo ressarcimento/compensação do crédito.
OUTROS INSUMOS NÃO ACEITOS. COMPROVAÇÃO.
Cabe ao contribuinte a comprovação de que o crédito que os insumos dos quais pretende creditamento foram utilizado, em sua totalidade, no processo produtivo que foi exportado.
Recurso Voluntário Parcialmente Provido
Numero da decisão: 3801-004.370
Decisão:
Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordaram os membros do colegiado, por maioria de votos, em dar parcial provimento ao recurso voluntário, para reconhecer o crédito sobre aquisição de insumos de pessoas físicas, bem como a atualização deste crédito pela Selic desde o protocolo do pedido de ressarcimento. Vencidos o Conselheiro Marcos Antônio Borges que não reconhecia a atualização do crédito pela Selic e o Conselheiro Paulo Sérgio Celani que reconhecia a atualização pela Selic a partir da ciência do Despacho Decisório proferido pela Delegacia de origem. Ausente momentaneamente o Conselheiro Jacques Maurício Ferreira Veloso de Melo.
(assinatura digital)
Flávio de Castro Pontes - Presidente.
(assinatura digital)
Paulo Antônio Caliendo Velloso da Silveira - Redator designado.
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Paulo Sérgio Celani, Maria Inês Caldeira Pereira da Silva Murgel, Marcos Antônio Borges, Paulo Antônio Caliendo Velloso da Silveira, Jacques Maurício Ferreira Veloso de Melo e Flavio de Castro Pontes
Nome do relator: PAULO ANTONIO CALIENDO VELLOSO DA SILVEIRA
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Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS IPI Período de apuração: 01/07/2002 a 30/09/2002 CRÉDITO PRESUMIDO DE IPI. INSUMOS ADQUIRIDOS DE NÃO CONTRIBUINTES. POSSIBILIDADE. Reconhecido pelo Superior Tribunal de Justiça no REsp 993.164/MG,em sede de recurso repetitivo,o crédito presumido de IPI decorrente de aquisição de insumos de pessoas físicas utilizados na produção, devem os Tribunais Administrativos reproduzirem o entendimento, conforme art. 62A do Regimento Interno. ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA SELIC. Havendo ato administrativo que impossibilita o creditamento pelo contribuinte, deve ser reconhecido o direito a atualização do crédito pleiteado pela Selic, desde o protocolo do pedido até o efetivo ressarcimento/compensação do crédito. OUTROS INSUMOS NÃO ACEITOS. COMPROVAÇÃO. Cabe ao contribuinte a comprovação de que o crédito que os insumos dos quais pretende creditamento foram utilizado, em sua totalidade, no processo produtivo que foi exportado. Recurso Voluntário Parcialmente Provido Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordaram os membros do colegiado, por maioria de votos, em dar parcial provimento ao recurso voluntário, para reconhecer o crédito sobre aquisição de insumos de AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 92 0. 00 30 54 /2 00 2- 79 Fl. 401DF CARF MF Impresso em 07/11/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 29/10/2014 por PAULO ANTONIO CALIENDO VELLOSO DA SILVEIRA, Assinado digi talmente em 06/11/2014 por FLAVIO DE CASTRO PONTES, Assinado digitalmente em 29/10/2014 por PAULO AN TONIO CALIENDO VELLOSO DA SILVEIRA 2 pessoas físicas, bem como a atualização deste crédito pela Selic desde o protocolo do pedido de ressarcimento. Vencidos o Conselheiro Marcos Antônio Borges que não reconhecia a atualização do crédito pela Selic e o Conselheiro Paulo Sérgio Celani que reconhecia a atualização pela Selic a partir da ciência do Despacho Decisório proferido pela Delegacia de origem. Ausente momentaneamente o Conselheiro Jacques Maurício Ferreira Veloso de Melo. (assinatura digital) Flávio de Castro Pontes Presidente. (assinatura digital) Paulo Antônio Caliendo Velloso da Silveira Redator designado. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Paulo Sérgio Celani, Maria Inês Caldeira Pereira da Silva Murgel, Marcos Antônio Borges, Paulo Antônio Caliendo Velloso da Silveira, Jacques Maurício Ferreira Veloso de Melo e Flavio de Castro Pontes Fl. 402DF CARF MF Impresso em 07/11/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 29/10/2014 por PAULO ANTONIO CALIENDO VELLOSO DA SILVEIRA, Assinado digi talmente em 06/11/2014 por FLAVIO DE CASTRO PONTES, Assinado digitalmente em 29/10/2014 por PAULO AN TONIO CALIENDO VELLOSO DA SILVEIRA Processo nº 10920.003054/200279 Acórdão n.º 3801004.370 S3TE01 Fl. 3 3 Relatório Tratase de Recurso Voluntário interposto nos autos do processo nº 1092.003054/200279, contra o acórdão nº 1424.374, julgado pela 2ª. Turma da Delegacia Regional de Julgamento de Ribeirão Preto (DRJ/RPO), na sessão de julgamento de 3 de junho de 2009, que indeferiu a solicitação do contribuinte. Por bem descrever os fatos, adoto o relatório da Delegacia Regional de Julgamento de origem, que assim relatou: “O interessado em epígrafe apresentou a Declaração de Compensação de fl.01, no valor de R$ 528.312,88, com utilização de crédito decorrente de ressarcimento do crédito presumido do IPI, apurado no 3° trimestre de 2002. A Autoridade Fiscal da Delegacia da Receita Federal do Brasil em Joinville/SC, através do despacho decisório de fls. 339/342, concluiu pelo homologação da Declaração de Compensação. Apesar do deferimento do pleito, o despacho decisório recalculou o crédito presumido do IPI a que a contribuinte teria direito no 3° trimestre de 2002, com as seguintes constatações: 1. Houve saídas de insumos não aplicados no processo de produção da empresa, nos meses de julho, agosto e setembro, conforme demonstrativo de fl. 342; 2. A empresa utilizou insumos de pessoa física no seu processo industrial, no valor de R$ 2.560.162,20 em julho de 2002, R$ 7.031.839,38 em agosto de 2002 e R$1.162.192,96 em setembro de 2002, sendo estes valores excluídos da base de cálculo do crédito presumido; 3. A empresa utilizou, na compensação de tributo à fl. 01, valor abaixo do que o valor apresentado no DCP de fl. 97, linha 51. Regularmente cientificada, a postulante apresentou manifestação de inconformidade de fls. 349/358, alegando, em síntese, que: l. É ilegal restringir, mediante atos administrativos, o que a Lei não restringiu, como é o caso das aquisições de insumos de pessoas físicas e cooperativas, bem como de mercadorias efetivamente empregadas no processo produtivo. Observa, ainda, que todos os insumos computados foram integralmente utilizados em seu processo produtivo, devendo a fiscalização rever as glosas efetuadas; 2. Manifesta seu entendimento sobre o cabimento da atualização dos créditos pela taxa SELIC, dizendo que, se o fisco cobra os seus créditos com SELIC, da mesma forma deve proceder Fl. 403DF CARF MF Impresso em 07/11/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 29/10/2014 por PAULO ANTONIO CALIENDO VELLOSO DA SILVEIRA, Assinado digi talmente em 06/11/2014 por FLAVIO DE CASTRO PONTES, Assinado digitalmente em 29/10/2014 por PAULO AN TONIO CALIENDO VELLOSO DA SILVEIRA 4 quando a situação é inversa, transcrevendo acórdãos do Conselho de Contribuintes, que vão no mesmo sentido do seu entendimento” A DRJ de Ribeirão Preto (DRJ/RPO) decidiu pela improcedência da manifestação de inconformidade apresentada pela contribuinte. Colaciono a ementa do referido julgado: Assunto: Imposto sobre Produto Industrializado. Período de apuração: 01/07/2002 a 30/09/2002 CRÉDITO PRESUMIDO DE IPI. Os valores referentes às aquisições de insumos de pessoas físicas, não contribuintes do PIS/Pasep e da Cofins, não integram o cálculo do crédito presumido por falta de previsão legal. INCONSTITUCIONALIDADE. A autoridade administrativa é incompetente para declarar a inconstitucionalidade da lei e dos atos infralegais. CRÉDITO PRESUMIDO. JUROS PELA TAXA SELIC. POSSIBILIDADE. Inexiste previsão legal para abonar atualização monetária ou acréscimo de juros equivalentes à taxa SELIC a valores objeto de ressarcimento de crédito de IPI. Solicitação Indeferida Inconformada com improcedência de sua manifestação de inconformidade, a contribuinte interpôs Recurso Voluntário a fl. 386/399, no qual expõe: 1. A Lei nº 9.363/96 não excluiu da recuperação do crédito a aquisição de insumos de pessoas físicas, não devendo a IN SRF23/97 e 103/97 inovar no texto legal, colacionando o entendimento da 2ª Turma do CARF, bem como do STJ; 2. O crédito que deve ser reconhecido seja atualizado por correção monetária pela SELIC, conforme a Norma de Execução SRF/COSIT/COSAR 80/97, colacionando o entendimento do STJ pela utilização de correção monetária pela Selic, quando o ente tributante opõe resistência ao direito a crédito; 3. Genericamente, que todos os insumos foram utilizados na produção devendo ser reconhecidas as aquisições supostamente não utilizadas. É o sucinto relatório. Fl. 404DF CARF MF Impresso em 07/11/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 29/10/2014 por PAULO ANTONIO CALIENDO VELLOSO DA SILVEIRA, Assinado digi talmente em 06/11/2014 por FLAVIO DE CASTRO PONTES, Assinado digitalmente em 29/10/2014 por PAULO AN TONIO CALIENDO VELLOSO DA SILVEIRA Processo nº 10920.003054/200279 Acórdão n.º 3801004.370 S3TE01 Fl. 4 5 Voto Conselheiro Paulo Antônio Caliendo Velloso da Silveira Relator. O recurso voluntário foi apresentado dentro do prazo legal, reunindo, ainda, os demais requisitos de admissibilidade. Portanto, dele conheço. Aquisições de Insumos de Pessoas Físicas Entendo que à recorrente deve ser reconhecido o crédito sobre as aquisições de pessoa física. Isto porque, conforme entendimento firmado pelo Superior Tribunal de Justiça, no REsp 993.164/MG, em sede de recursos repetitivos previsto no artigo 543Cdo CPC, os valores oriundos das aquisições de insumos de pessoas físicas ou cooperativas, os quais irão ser utilizados no processo produtivo de mercadorias a serem exportadas, devem ser incluídos na base de cálculo do crédito presumido do IPI. Determinou o julgado que: 1. (...). 2. A Primeira Seção do STJ, ao julgar o Recurso Especial n.º 993.164/MG, submetido à sistemática do art. 543C do CPC e da Resolução STJ n.º 08/2008, decidiu que o crédito presumido de IPI, criado pela Lei 9.363/96, abrange as aquisições de insumos realizadas a pessoas físicas, não contribuintes do PIS/PASEP e da COFINS. Agregado a isto, conforme o disposto no art. 62A do RICARF, introduzido pela Portaria MF586/2010, as sessões de julgamento devem reproduzir o entendimento dos Tribunais Superiores: Art. 62A. As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal e pelo Superior Tribunal de Justiça em matéria infraconstitucional, na sistemática prevista pelos artigos 543B e 543C da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973, Código de Processo Civil, deverão ser reproduzidas pelos conselheiros no julgamento dos recursos no âmbito do CARF. Deste modo, devese reconhecer o direito do contribuinte ao crédito presumido de IPI no que se refere às aquisições de insumos de pessoas físicas e cooperativas. Atualização Monetária pela Taxa Selic Fl. 405DF CARF MF Impresso em 07/11/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 29/10/2014 por PAULO ANTONIO CALIENDO VELLOSO DA SILVEIRA, Assinado digi talmente em 06/11/2014 por FLAVIO DE CASTRO PONTES, Assinado digitalmente em 29/10/2014 por PAULO AN TONIO CALIENDO VELLOSO DA SILVEIRA 6 A Recorrente alega seu direito ao ressarcimento dos valores com a incidência da taxa Selic desde a data do pedido até o início da fruição do crédito. Como regra geral, a correção monetária não incide sobre os créditos de IPI decorrentes do princípio constitucional da nãocumulatividade (créditos escriturais), por ausência de previsão legal. Todavia, esta inteligência é relativizada tanto pelo STJ quanto pelo STF, quando o aproveitamento pelo contribuinte sofre demora em virtude resistência oposta por ilegítimo ato administrativo ou normativo do Fisco. Admitese a correção no intuito de evitar o enriquecimento sem causa e de dar integral cumprimento ao princípio da não cumulatividade. Como seria este o caso dos autos, tendo em vista que houve oposição indevida do fisco ao negar o crédito do contribuinte sobre a aquisição de insumos de pessoas físicas, entendo ser devida a atualização monetária, com base na Selic, calculada desde o protocolo do pedido de ressarcimento, referente aos créditos indevidamente glosados relativos às aquisições de insumos de pessoas físicas e cooperativas utilizados no processo produtivo. Insumos não utilizados na Produção O recorrente pleiteia o reconhecimento de crédito sobre os insumos supostamente não utilizados na produção, todavia, não apresenta qualquer fundamento e corolário probatório para alegar o seu direito e contrapor a afirmação fiscal de que houve a aquisição de produtos que não foram utilizados. Assim, temos que no processo administrativo fiscal, tal qual no processo civil, o ônus de provar a veracidade do que afirma é do interessado, in casu, da contribuinte. Neste sentido, prevê a Lei n° 9.784/99 em seu art. 36: “Art. 36. Cabe ao interessado a prova dos fatos que tenha alegado, sem prejuízo do dever atribuído ao órgão competente para a instrução e do disposto no artigo 37 desta Lei.” Em igual sentido, temos o art. 333 do CPC: “Art. 333 O ônus da prova incumbe: I – ao autor, quanto ao fato constitutivo do seu direito. II – ao réu, quanto à existência de fato impeditiva, modificativa ou extintiva do direito do autor.” Nestes termos, dou parcial provimento ao recurso para reconhecer o crédito sobre aquisição de insumos de pessoas físicas, bem como a atualização deste crédito pela Selic calculada desde o protocolo do pedido de ressarcimento, não reconheço, todavia o direito a crédito dos valores referente às aquisições de insumos não utilizados na produção, diante da carência de prova da utilização destes, ônus que incumbia ao contribuinte. Ausência momentânea do Conselheiro Jacques Maurício Ferreira Veloso de Melo. É assim que voto. Fl. 406DF CARF MF Impresso em 07/11/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 29/10/2014 por PAULO ANTONIO CALIENDO VELLOSO DA SILVEIRA, Assinado digi talmente em 06/11/2014 por FLAVIO DE CASTRO PONTES, Assinado digitalmente em 29/10/2014 por PAULO AN TONIO CALIENDO VELLOSO DA SILVEIRA Processo nº 10920.003054/200279 Acórdão n.º 3801004.370 S3TE01 Fl. 5 7 Paulo Antônio Caliendo Velloso da Silveira Relator Fl. 407DF CARF MF Impresso em 07/11/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 29/10/2014 por PAULO ANTONIO CALIENDO VELLOSO DA SILVEIRA, Assinado digi talmente em 06/11/2014 por FLAVIO DE CASTRO PONTES, Assinado digitalmente em 29/10/2014 por PAULO AN TONIO CALIENDO VELLOSO DA SILVEIRA
score : 1.0
Numero do processo: 13971.000660/2010-35
Turma: Segunda Turma Ordinária da Terceira Câmara da Segunda Seção
Câmara: Terceira Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Wed Nov 05 00:00:00 UTC 2014
Data da publicação: Mon Nov 24 00:00:00 UTC 2014
Numero da decisão: 2302-000.353
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
RESOLVEM os membros da 2ª TO/3ª CÂMARA/2ª SEJUL/CARF/MF/DF, por unanimidade de votos, em converter o julgamento em diligência, até que se conclua, no âmbito administrativo, o julgamento da demanda objeto do PAF nº 13971.001651/2005-02, referente à exclusão da recorrente do SIMPLES.
Liége Lacroix Thomasi Presidente de Turma.
Arlindo da Costa e Silva - Relator.
Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros: Liége Lacroix Thomasi (Presidente de Turma), Leonardo Henrique Pires Lopes (Vice-presidente de turma), André Luís Mársico Lombardi, Juliana Campos de Carvalho Cruz, Leo Meirelles do Amaral e Arlindo da Costa e Silva.
Nome do relator: Não se aplica
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decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. RESOLVEM os membros da 2ª TO/3ª CÂMARA/2ª SEJUL/CARF/MF/DF, por unanimidade de votos, em converter o julgamento em diligência, até que se conclua, no âmbito administrativo, o julgamento da demanda objeto do PAF nº 13971.001651/2005-02, referente à exclusão da recorrente do SIMPLES. Liége Lacroix Thomasi Presidente de Turma. Arlindo da Costa e Silva - Relator. Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros: Liége Lacroix Thomasi (Presidente de Turma), Leonardo Henrique Pires Lopes (Vice-presidente de turma), André Luís Mársico Lombardi, Juliana Campos de Carvalho Cruz, Leo Meirelles do Amaral e Arlindo da Costa e Silva.
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RESOLVEM os membros da 2ª TO/3ª CÂMARA/2ª SEJUL/CARF/MF/DF, por unanimidade de votos, em converter o julgamento em diligência, até que se conclua, no âmbito administrativo, o julgamento da demanda objeto do PAF nº 13971.001651/200502, referente à exclusão da recorrente do SIMPLES. Liége Lacroix Thomasi – Presidente de Turma. Arlindo da Costa e Silva Relator. Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros: Liége Lacroix Thomasi (Presidente de Turma), Leonardo Henrique Pires Lopes (Vicepresidente de turma), André Luís Mársico Lombardi, Juliana Campos de Carvalho Cruz, Leo Meirelles do Amaral e Arlindo da Costa e Silva. RE SO LU ÇÃ O G ER A D A N O P G D -C A RF P RO CE SS O 1 39 71 .0 00 66 0/ 20 10 -3 5 Fl. 175DF CARF MF Impresso em 24/11/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 12/11/2014 por ARLINDO DA COSTA E SILVA, Assinado digitalmente em 12/11/ 2014 por ARLINDO DA COSTA E SILVA, Assinado digitalmente em 13/11/2014 por LIEGE LACROIX THOMASI Processo nº 13971.000660/201035 Resolução nº 2302000.353 S2C3T2 Fl. 176 2 1. RELATÓRIO Período de apuração: 01/04/2005 a 30/06/2007 Data da lavratura do Auto de Infração: 11/02/2010. Data da Ciência do Auto de Infração: 19/02/2010. Tratase de Recurso Voluntário interposto em face de Decisão Administrativa de 1ª Instância proferida pela DRJ em Brasília/DF que julgou improcedente a impugnação oferecida pelo sujeito passivo do crédito tributário lançado por intermédio do Auto de Infração nº 37.246.4726, consistente em contribuições sociais a cargo da empresa, destinadas a Outras Entidades e Fundos, incidentes sobre as remunerações pagas, devidas ou creditadas a segurados empregados, conforme descrito no Relatório Fiscal a fls. 21/25. Informa a fiscalização que a empresa declarava ser optante pelo Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte SIMPLES Federal, apesar de já haver sido excluída de tal Sistema Simplificado, desde 01/01/2002, mediante o Ato Declaratório Executivo nº 046, de 23/04/2009, a fl. 27, oriundo da Delegacia da Receita Federal do Brasil em Blumenau, em virtude de infração ao art. 15, inciso II, da Lei nº 9.317/96 e art. 24, §1º, II, da IN SRF nº 608/2006. A omissão de forma sistemática pela empresa da contribuição patronal a Outras Entidades e Fundos, em consequência da informação incorreta do código de opção pelo SIMPLES na GFIP, cujo programa gerador deixa de calcular as referidas contribuições, constituise, em tese, crime contra a ordem tributária, de acordo com o artigo 1º, alínea ‘a’ da Lei nº 8.137/90, uma vez que não foi informado o valor correto na GFIP, razão pela qual se houve por formalizada a competente Representação Fiscal para Fins Penais. Irresignado com o supracitado lançamento tributário, o sujeito passivo apresentou impugnação a fls. 37/59. A Delegacia da Receita Federal do Brasil de Julgamento em Brasília/DF lavrou decisão administrativa aviada no Acórdão nº 0339.075 – 5ª Turma da DRJ/BSB, a fls. 115/135, julgando procedente o lançamento, e mantendo o crédito tributário em sua integralidade. O Sujeito Passivo foi cientificado da decisão de 1ª Instância no dia 20/12/2010, conforme Aviso de Recebimento a fl. 137. Inconformado com a decisão exarada pelo órgão administrativo julgador a quo, o ora Recorrente interpôs recurso voluntário a fls. 138/159, requerendo preliminarmente a suspensão do presente Processo Administrativo Fiscal até o julgamento definitivo do processo administrativo n° 13971.001651/200502, no qual se discute a exclusão, ou não, do contribuinte do Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte. Relatados sumariamente os fatos relevantes. 2. DOS PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE Fl. 176DF CARF MF Impresso em 24/11/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 12/11/2014 por ARLINDO DA COSTA E SILVA, Assinado digitalmente em 12/11/ 2014 por ARLINDO DA COSTA E SILVA, Assinado digitalmente em 13/11/2014 por LIEGE LACROIX THOMASI Processo nº 13971.000660/201035 Resolução nº 2302000.353 S2C3T2 Fl. 177 3 2.1. DA TEMPESTIVIDADE O sujeito passivo foi válida e eficazmente cientificado da decisão recorrida no dia 20/12/2010. Havendo sido o recurso voluntário protocolado no dia 18/01/2011, há que se reconhecer a tempestividade do recurso interposto. 3. DAS PRELIMINARES 3.1. DEPENDÊNCIA DE JULGAMENTO DE AUTO DE INFRAÇÃO CONEXO O Recorrente argumenta que o presente Auto de Infração houvese por lavrado em razão da emissão do Ato Declaratório Executivo nº 045, de 23/04/2009, a fl. 27, oriundo da Delegacia da Receita Federal do Brasil em Blumenau, o qual foi tempestivamente impugnado e se encontra pendente de decisão administrativa nos autos do Processo Administrativo Fiscal nº 13971.001651/200502. A vexata quaestio sobre a qual se funda a lide em debate reside na confirmação ou não da efetiva exclusão da empresa autuada do Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte. O Ato Declaratório Executivo nº 046/2009 acima referido foi impugnado pela entidade interessada, constituindo os autos do Processo Administrativo Fiscal nº 13971.001651/200502, no qual se analisa a manutenção da empresa em tela ao albergue do mencionado sistema simplificado. Avulta das circunstâncias do presente caso que o veredictum a ser proferido no vertente Processo Administrativo Fiscal depende visceralmente do desfecho definitivo a que alcançar o julgamento PAF nº 13971.001651/200502, no qual se debate a manutenção da empresa em tela no SIMPLES Federal. Por tais razões, como medida de reconhecida prudência, pautamos pela conversão do julgamento em Diligência Fiscal, para que se aguarde o Trânsito em Julgado do Processo Administrativo Fiscal nº 13971.001651/200502suso citado, devendo a diligência ser concluída com a juntada aos presentes autos de cópia da decisão definitiva proferida no PAF acima mencionado. Na sequência, antes de os autos retornarem a esta Corte Administrativa, deve ser promovida a ciência do resultado da Diligência Fiscal ao Sujeito Passivo, para que, desejando, possa se manifestar nos autos do processo, no prazo normativo. 4. CONCLUSÃO: Pelos motivos expendidos, voto pela CONVERSÃO do julgamento em DILIGÊNCIA, até que se conclua, no âmbito administrativo, o julgamento da demanda objeto do PAF nº 13971.001651/200502, devendo ser acostada aos presentes autos cópia da decisão definitiva em apreço. Fl. 177DF CARF MF Impresso em 24/11/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 12/11/2014 por ARLINDO DA COSTA E SILVA, Assinado digitalmente em 12/11/ 2014 por ARLINDO DA COSTA E SILVA, Assinado digitalmente em 13/11/2014 por LIEGE LACROIX THOMASI Processo nº 13971.000660/201035 Resolução nº 2302000.353 S2C3T2 Fl. 178 4 É como voto. Arlindo da Costa e Silva, Relator. Fl. 178DF CARF MF Impresso em 24/11/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 12/11/2014 por ARLINDO DA COSTA E SILVA, Assinado digitalmente em 12/11/ 2014 por ARLINDO DA COSTA E SILVA, Assinado digitalmente em 13/11/2014 por LIEGE LACROIX THOMASI
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