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Numero do processo: 10680.015794/2004-90
Turma: Sétima Turma Especial
Câmara: Sétima Câmara
Seção: Primeiro Conselho de Contribuintes
Data da sessão: Wed Dec 04 00:00:00 UTC 2013
Data da publicação: Fri Dec 20 00:00:00 UTC 2013
Ementa: Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Jurídica - IRPJ
Ano-calendário: 1999
NULIDADE. CERCEAMENTO DO DIREITO DE DEFESA. INOCORRÊNCIA.
A nulidade do lançamento somente se dá nos casos previstos no Decreto nº 70.235, de 1972, quando houver prejuízo à defesa ou ocorrer intervenção de servidor ou autoridade sem competência legal para praticar ato ou proferir decisão. Não configurada qualquer dessas hipóteses, em especial a preterição do direito de defesa, rechaçam-se as alegações do sujeito passivo.
GLOSA DE CUSTOS. OPERAÇÕES NÃO COMPROVADAS.
São indedutíveis os custos de mercadorias escriturados e não lastreados em documentação hábil e idônea que comprove a operação realizada.
LANÇAMENTO DECORRENTE. CSLL.
A solução dada ao litígio principal, relativo ao IRPJ, aplica-se, no que couber, aos lançamentos decorrentes, quando não houver fatos ou argumentos a ensejar decisão diversa.
Numero da decisão: 1402-001.527
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, rejeitar a arguição de nulidade e no mérito, negar provimento ao recurso, nos termos do relatório e voto que passam a integrar o presente julgado.
(assinado digitalmente)
LEONARDO DE ANDRADE COUTO Presidente
(assinado digitalmente)
FERNANDO BRASIL DE OLIVEIRA PINTO Relator
Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros: Carlos Pelá, Frederico Augusto Gomes de Alencar, Fernando Brasil de Oliveira Pinto, Moisés Giacomelli Nunes da Silva, Leonardo de Andrade Couto e Paulo Roberto Cortez.
Nome do relator: FERNANDO BRASIL DE OLIVEIRA PINTO
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CERCEAMENTO DO DIREITO DE DEFESA. INOCORRÊNCIA. A nulidade do lançamento somente se dá nos casos previstos no Decreto nº 70.235, de 1972, quando houver prejuízo à defesa ou ocorrer intervenção de servidor ou autoridade sem competência legal para praticar ato ou proferir decisão. Não configurada qualquer dessas hipóteses, em especial a preterição do direito de defesa, rechaçamse as alegações do sujeito passivo. GLOSA DE CUSTOS. OPERAÇÕES NÃO COMPROVADAS. São indedutíveis os custos de mercadorias escriturados e não lastreados em documentação hábil e idônea que comprove a operação realizada. LANÇAMENTO DECORRENTE. CSLL. A solução dada ao litígio principal, relativo ao IRPJ, aplicase, no que couber, aos lançamentos decorrentes, quando não houver fatos ou argumentos a ensejar decisão diversa. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, rejeitar a arguição de nulidade e no mérito, negar provimento ao recurso, nos termos do relatório e voto que passam a integrar o presente julgado. (assinado digitalmente) LEONARDO DE ANDRADE COUTO – Presidente AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 68 0. 01 57 94 /2 00 4- 90 Fl. 713DF CARF MF Impresso em 20/12/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 16/12/2013 por FERNANDO BRASIL DE OLIVEIRA PINTO, Assinado digitalmente em 16/12/2013 por FERNANDO BRASIL DE OLIVEIRA PINTO, Assinado digitalmente em 19/12/2013 por LEONARD O DE ANDRADE COUTO Processo nº 10680.015794/200490 Acórdão n.º 1402001.527 S1C4T2 Fl. 714 2 (assinado digitalmente) FERNANDO BRASIL DE OLIVEIRA PINTO – Relator Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros: Carlos Pelá, Frederico Augusto Gomes de Alencar, Fernando Brasil de Oliveira Pinto, Moisés Giacomelli Nunes da Silva, Leonardo de Andrade Couto e Paulo Roberto Cortez. Fl. 714DF CARF MF Impresso em 20/12/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 16/12/2013 por FERNANDO BRASIL DE OLIVEIRA PINTO, Assinado digitalmente em 16/12/2013 por FERNANDO BRASIL DE OLIVEIRA PINTO, Assinado digitalmente em 19/12/2013 por LEONARD O DE ANDRADE COUTO Processo nº 10680.015794/200490 Acórdão n.º 1402001.527 S1C4T2 Fl. 715 3 Relatório Tratase de autos de infração de Imposto de Renda Pessoa Jurídica – IRPJ e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido – CSLL referente à glosa de custos relativos à aquisição de mercadoria para revenda sem a devida comprovação da sua existência. Segundo o Termo de Verificação Fiscal restaram infrutíferas as diligências realizadas junto aos supostos fornecedores e junto à própria empresa autuada a fim de constatar a veracidade das operações registradas nas notas fiscais glosadas. Consigna, também, que os emitentes das referidas notas fiscais encontramse em situação irregular perante a Secretaria Estadual da Fazenda, tendo sido inclusive, todas as notas fiscais glosadas consideradas por ela (fiscalização estadual) inaptas para efeito fiscal e objeto de lançamento de ofício. Em diligências, constatouse pelo lado dos fornecedores o que se segue: DOMINAR COMERCIO E REP. LTDA (fls.24/25, 32/33 e 40). CNPJ 01.385.010/000155 Endereço: Av. José Faria da Rocha 1390, loja 01, Bairro Eldorado, Contagem/Mg Inscrição Estadual n° 186 980817 00 75, bloqueada desde 28/04/1999, em decorrência do desaparecimento do Contribuinte Ato Declaratório de Falsidade/Inidoneidade n° 13 186110 03311, pela SEF/MG e publicado em 13/12/1999, declarando inidôneos todos os documentos fiscais emitidos por esta empresa a partir de 28/04/1999 (autorizados ou não). DIPJ/2000 apresentada, indicando valor de receita de venda Zero. Encaminhado termo de intimação que foi devolvido, sem ciência. Em diligência no local indicado no cadastro fiscal, verificouse que a empresa ali não funciona, não tendo, os vizinhos, qualquer informação quanto ao paradeiro e existência da referida empresa. KENNU COMÉRCIO E REP. LTDA (fls.23/27, 34/35 e 41). CNPJ n 02.387.142 00089 Endereço a rua Tiziu, Bairro Goiânia, Belo Horizonte MG. Atos dec1atórios de Falsidade/Inidoneidade n° 13 062 26000654 e 13 062 26000635, emitidos pela SEF/MG e publicados em 23/02/2000, declarando inidôneos todos os documentos fiscais emitidos por esta empresa, de número 0001 a 000400, em razão dos mesmos terem sido impressos sem a devida autorização. Fl. 715DF CARF MF Impresso em 20/12/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 16/12/2013 por FERNANDO BRASIL DE OLIVEIRA PINTO, Assinado digitalmente em 16/12/2013 por FERNANDO BRASIL DE OLIVEIRA PINTO, Assinado digitalmente em 19/12/2013 por LEONARD O DE ANDRADE COUTO Processo nº 10680.015794/200490 Acórdão n.º 1402001.527 S1C4T2 Fl. 716 4 DIPJ/2000 apresentada, indicando valor de receita de venda Zero. Encaminhado termo de intimação que foi devolvido, sem ciência. Em diligência no local indicado no cadastro fiscal verificouse que a empresa ali não funciona, não tendo, os vizinhos, qualquer informação a cerca da empresa. PE ELE COMERCIO E DISTRIBUIDORA. LTDA (fls. 28/29, 36/37 e 42) CNPJ 03.298.255/000170 Endereço a Rua Matipó, 220, loja 01, Bairro Industrial São Luiz, ContagemIMG. Inscrição Estadual n° 186 036899 00 98, bloqueada desde 31/10/2000, em decorrência de Inexistência de Estabelecimento no endereço inscrito. Atos dec1atórios de Falsidade/Inidoneidade n° 13 186 11 003561 e 13 186 11003576, emitidos pela SEF/MG e publicados em 23/02/2000, declarando inidôneos documentos fiscais emitidos. por esta empresa, em razão de Encerramento irregular de atividade e pela impressão de documentos sem a devida autorização. As notas fiscais objeto da presente autuação pertencem ao talonário declarado inidôneo. DIPJ/2000 apresentada, indicando valor de receita de venda Zero. Encaminhado termo de intimação que foi devolvido, sem ciência. Em diligência no local indicado no cadastro fiscal, verificouse que a empresa ali não funciona, não tendo, os vizinhos, qualquer informação quanto ao paradeiro e existência da referida empresa. GRANACAFITA COMERCIO LIDA (fls.30/31, 38/39 e 43). CNPJ 02.510.573/000190 Endereço a Rua Davi Fonseca 330, Bairro Milionários, Belo Horizonte/MG: Inscrição Estadual n° 062743554 00 39, bloqueada desde 26/03/1999, em decorrência do Desaparecimento do Contribuinte. Ato Declaratório de Falsidade/Inidoneidade n° 13 062 260 00711, emitido pela SEF/MG e publicado em 01/03/2000, declarando inidôneos documentos fiscais emitidos por esta empresa, em razão de Encerramento irregular de atividade. DIPJ/2000 apresentada, indicando valor de receita de venda Zero. Fl. 716DF CARF MF Impresso em 20/12/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 16/12/2013 por FERNANDO BRASIL DE OLIVEIRA PINTO, Assinado digitalmente em 16/12/2013 por FERNANDO BRASIL DE OLIVEIRA PINTO, Assinado digitalmente em 19/12/2013 por LEONARD O DE ANDRADE COUTO Processo nº 10680.015794/200490 Acórdão n.º 1402001.527 S1C4T2 Fl. 717 5 Encaminhado termo de intimação que foi devolvido, sem ciência. Em diligência no local indicado no cadastro fiscal, verificouse que a empresa ali não funciona, não tendo, os vizinhos, qualquer informação quanto ao paradeiro e existência da referida empresa. Relata ainda a autoridade fiscal que em relação à exigência fiscal levada a efeito pelo Fisco Estadual, o contribuinte ingressou com Ação Anulatória perante o Poder Judiciário, a qual foi julgada parcialmente procedente. E, ao final, aponta: Concluiu esta fiscalização, pela tributação, como custo/despesa não comprovada, as notas fiscais que, não tendo respaldo de comprovação, pelo lado dos respectivos emitentes, também não o tiveram, de forma satisfatória, pelo lado da fiscalizada, carecendo de comprovação do efetivo transporte, ingresso, e do efetivo pagamento das mesmas. Cumpre ressaltar que a presente glosa se dá, não apenas pelo fato da inexistência da comprovação do pagamento, em virtude das alegações de "trata se de pagamento em dinheiro", e sim pela somatória de indícios descritos no presente, acrescidos da fragilidade na comprovação da operação, por parte da fiscalizada.(destaque não é do original). Salienta ainda a Fiscalização que a auditoria fiscal empreendida não se limitou a utilizarse das conclusões do Fisco Estadual, tampouco ao limite das decisões do Poder Judiciário, que manteve a tributação apenas em relação aos documentos fiscais emitidos em datas posteriores à publicação dos atos declaratórios emitidos pela Fazenda Estadual. Procurouse a comprovação da efetiva ocorrência da operação. Como exemplo de diligência adicional, consta que a Fiscalização procedeu diligência junto à indústria Primo Schincariol S/A, fabricante das mercadorias revendidas à fiscalizada pelos supostos “fornecedores inidôneos”. Buscando identificar se houve a aquisição da mercadoria pelos fornecedores da Fiscalizada, intimouse o fabricante das mercadorias a informar se havia realizado vendas a tais empresas, tendo sido informado que não houve operações de vendas a quaisquer das empresas indicadas. Os autos de infração foram cientificados à Interessada em 22/12/2004 (fls. 06 e 10). A Interessada apresentou impugnação de fls. 298312 em 19/01/2005. A decisão recorrida bem resume os argumentos entabulados pela empresa: Relata o procedimento fiscal, que examinando os Livros Diário, Razão e La1ur, Registros de Entradas e de Apuração de ICMS, as Declarações de Imposto de Renda e DCTF's além de verificações nos procedimentos de escrituração fiscal e comercial lavrou os autos de infração constantes deste processo, glosando "custo/despesa não comprovada" com relação apenas ao exercício de 1999. Afirma que atendeu todas as exigências da fiscalização, apresentou todos os documentos requeridos com os respectivos comprovantes de pagamento, por meio de duplicatas quitadas por cheques nominais ou em espécie, assim como comprovou a escrituração das notas fiscais nos livros apropriados e que não Fl. 717DF CARF MF Impresso em 20/12/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 16/12/2013 por FERNANDO BRASIL DE OLIVEIRA PINTO, Assinado digitalmente em 16/12/2013 por FERNANDO BRASIL DE OLIVEIRA PINTO, Assinado digitalmente em 19/12/2013 por LEONARD O DE ANDRADE COUTO Processo nº 10680.015794/200490 Acórdão n.º 1402001.527 S1C4T2 Fl. 718 6 pode ser responsabilizada por atos de terceiros, no caso, fornecedores com pendências fiscais. Informa que as mesmas notas fiscais indicadas nos autos foram objeto de fiscalização estadual, eis que por meio de Atos Declaratórios o Estado as declarou inidôneas e/ou falsas por ausência de declarações de seus emitentes ao Estado, ou pelo fato deles não haverem sido localizados (fl. 298), e, que instaurado Procedimento Tributário Administrativo (PTA) foi lavrado um Auto de Infração, no qual era exigido da fiscalizada o tributo (ICMS) devido por aqueles fornecedores supostamente "desaparecidos". Informa ainda que em Ação Anulatória de Débito Fiscal em face da Fazenda Estadual, a fiscalizada comprovou através de vasta documentação e, sobretudo, através de perícia técnica que os negócios jurídicos foram efetivamente realizados e que os Atos Declaratórios da Fazenda Pública Estadual não poderiam alcançálos e, tampouco, anulálos, tendo sido o recurso provido e excluído do PTA as notas fiscais em questão. E, que mesmo assim, algumas destas notas fiscais agora constituem fato gerador do IRPJ e CSLL exigidos pela União, apresentando inclusive cópia do laudo referido que corroborou com a decisão judicial a seu favor. Assegura que o fisco só entendeu por corretas as operações cujas notas fiscais foram pagas por duplicatas mediante cheques, desclassificando aquelas pagas em espécie, o que entende ser absurdo, mormente no caso em que 99% de seus recebimento são nesta modalidade. Afirma que além das notas fiscais que foram excluídas por meio da ação anulatória já referida, foram glosadas outras onde as operações e pagamentos ocorreram por via de duplicatas e quitadas em espécie. Descrevendo o feito fiscal assegura que a glosa dos custos foi motivada pelas pendências fiscais dos fornecedores que à época se encontravam em situação regular perante a Receita Federal, eis que apresentadas as DIPJ, cabendo tão somente ao fisco certificarse da regularidade fiscal e, se necessário, exigir o tributo devido. Discorda do procedimento fiscal que responsabiliza a impugnante por omissões constatadas nas operações realizadas pelos fornecedores, e, que ao atribuir à fiscalizada responsabilidade por atos de terceiros fica patente a arbitrariedade cometida, mesmo porque os documentos emitidos pelos fornecedores apresentam aparência de regularidade, caracterizando sua boa fé. Aduz que todos os comprovantes, hábeis e idôneos, da real entrada das mercadorias e dos respectivos pagamentos foram apresentados ao fisco, não se justificando a alegada inexistência de comprovação de pagamento e que o fisco ao sustentar os lançamentos por “uma somatória de indícios” e fragilidade da escrituração, sem especificálas, impede o direito ao contraditório. E, por fim, questiona: “como iria o juízo estadual julgar procedente uma Ação Anulatória se não lhe fossem apresentados os comprovantes idôneos das operações?” E, conclui que o Auto de Infração carece de fundamentação jurídica sólida eis que lavrado com base em mera suspeita uma presunção amparada em indícios com total desrespeito ao ordenamento jurídico e ignorando a credibilidade dos documentos apresentados. E, mais, que o auto de infração foi Fl. 718DF CARF MF Impresso em 20/12/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 16/12/2013 por FERNANDO BRASIL DE OLIVEIRA PINTO, Assinado digitalmente em 16/12/2013 por FERNANDO BRASIL DE OLIVEIRA PINTO, Assinado digitalmente em 19/12/2013 por LEONARD O DE ANDRADE COUTO Processo nº 10680.015794/200490 Acórdão n.º 1402001.527 S1C4T2 Fl. 719 7 lavrado apenas para evitar a decadência, eis que foi efetuada uma única autuação no ano calendário de 1999, não obstante o período fiscalizado ter abrangido até o exercício de 2003. Do Pedido Requer que sejam julgadas hábeis e idôneas as cópias dos documentos juntados aos autos eis que os originais encontramse nos processos em fase de recurso junto ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais e que sejam consideradas representativas de documentos hábeis e idôneos (notas fiscais, duplicatas de quitação e respectivas cópias de cheques já apresentadas à fiscalização e ora anexadas) para sustentar as operações mercantis e, conseqüentemente, a anulação dos Autos de Infração IRPJ e CSLL. Na hipótese de serem impugnadas as cópias dos documentos anexadas, que seja realizada nova diligência nos livros fiscais e comerciais assim como nas declarações já fornecidas à SRF, bem como abertura de prazo para apresentação das vias originais, porventura necessárias. A impugnação foi julgada improcedente, tendo ementa da decisão recebido a seguinte redação: ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA JURÍDICA IRPJ Anocalendário: 1999 GLOSA DE CUSTOS. São indedutíveis os custos de mercadorias escriturados e não apoiados em documentação hábil e idônea que comprove sua efetividade e necessidade. ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO LÍQUIDO CSLL ANOCALENDÁRIO: 1999 Observada a legislação de regência da CSLL, aplicase ao lançamento reflexo o mesmo procedimento adotado para o IRPJ, em virtude da relação de causa e efeito que os vincula. O contribuinte foi cientificado da decisão de primeira instância em 22 de março de 2007 (fl. 438) e apresentou recurso voluntário em 19 de abril de 2004 (fls. 444454), revolvendo seus argumentos da impugnação e arguindo nulidade da decisão recorrida por suposto cerceamento do direito de defesa no indeferimento de pedido de diligência para nova verificação de seus livros e declarações ante a juntada de provas realizadas na impugnação. O processo foi distribuído para a então 4ª Turma Especial sob a relatoria da Conselheira Lavínia Moraes de Almeida Nogueira Junqueira. Pautado para a sessão de 26 de maio de 2009, o Colegiado resolveu converter o julgamento em diligência, solicitando inúmeras confirmações de ordem formal sobre a escrituração das indigitadas notas fiscais em livros contábeis e fiscais (fls. 460465). Do resultado da diligência, a autoridade fiscal elaborou o relatório de fls. 702710. Em resumo, a empresa não mais se encontrava em atividade. Intimados os sócios da Recorrente, respondeuse que não mais dispunham das notas fiscais. Em relação à escrituração das referidas notas, concluiu o Auditor Fiscal que todas as notas fiscais estavam devidamente registradas nos livros contábeis e fiscais examinados. Os sócios da empresa foram intimados a se manifestar sobre o teor do relatório que lhes foi dado ciência. Não consta dos autos qualquer expediente adicional. Fl. 719DF CARF MF Impresso em 20/12/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 16/12/2013 por FERNANDO BRASIL DE OLIVEIRA PINTO, Assinado digitalmente em 16/12/2013 por FERNANDO BRASIL DE OLIVEIRA PINTO, Assinado digitalmente em 19/12/2013 por LEONARD O DE ANDRADE COUTO Processo nº 10680.015794/200490 Acórdão n.º 1402001.527 S1C4T2 Fl. 720 8 É o relatório. Fl. 720DF CARF MF Impresso em 20/12/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 16/12/2013 por FERNANDO BRASIL DE OLIVEIRA PINTO, Assinado digitalmente em 16/12/2013 por FERNANDO BRASIL DE OLIVEIRA PINTO, Assinado digitalmente em 19/12/2013 por LEONARD O DE ANDRADE COUTO Processo nº 10680.015794/200490 Acórdão n.º 1402001.527 S1C4T2 Fl. 721 9 Voto Conselheiro FERNANDO BRASIL DE OLIVEIRA PINTO, Relator. O recurso voluntário já foi alvo de conhecimento quando da resolução do julgamento em diligência. 1 ARGUIÇÃO DE NULIDADE A Recorrente argui nulidade da decisão recorrida em razão do não enfrentamento do seguinte pedido: Requer ainda, na miserável hipótese de serem impugnadas as cópias dos documentos anexadas, ao teor do que dispõe o artigo 16, IV, do Decreto 70.235/72, seja realizada nova diligencia nos Livros Fiscais e Comerciais, assim como nas declarações já fornecidas à SRF, bem como seja fornecido prazo para juntada das vias originais, porventura necessárias. Para tanto, informa que referidos livros encontramse à disposição no endereço da fiscalizada, na Rua Jacuí, 8000, bairro São Gabriel, neste município. Não assiste razão à Recorrente. Vejase excerto inicial do voto da decisão recorrida: De início, acatase a solicitação da impugnante para que as cópias xerografadas apresentadas na peça de defesa sejam aceitas como originais eis que estas se encontram juntadas a processo em fase de recurso no TJMG. Conseqüentemente, fica sem objeto a realização de diligência nos livros fiscais e comerciais assim como nas declarações já fornecidas à SRF, e abertura de prazo para apresentação das vias originais. Ora, se foram aceitas as cópias anexadas, não há que se falar em cerceamento do direito de defesa da Recorrente. A nulidade no processo administrativo fiscal é regulada pelos arts. 59 a 61 do Decreto 70.235, de 06 de março de 1972, e alterações posteriores, abaixo transcritos: Art. 59. São nulos: I os atos e termos lavrados por pessoa incompetente; II os despachos e decisões proferidos por autoridade incompetente ou com preterição do direito de defesa. § 1.º. A nulidade de qualquer ato só prejudica os posteriores que dele diretamente dependam ou sejam conseqüência. § 2.º. Na declaração de nulidade, a autoridade dirá os atos alcançados e determinará as providências necessárias ao prosseguimento ou solução do processo. Fl. 721DF CARF MF Impresso em 20/12/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 16/12/2013 por FERNANDO BRASIL DE OLIVEIRA PINTO, Assinado digitalmente em 16/12/2013 por FERNANDO BRASIL DE OLIVEIRA PINTO, Assinado digitalmente em 19/12/2013 por LEONARD O DE ANDRADE COUTO Processo nº 10680.015794/200490 Acórdão n.º 1402001.527 S1C4T2 Fl. 722 10 § 3.º. Quando puder decidir o mérito a favor do sujeito passivo a quem aproveitaria a declaração de nulidade, a autoridade julgadora não a pronunciará nem mandará repetir o ato ou suprirlhe a falta. (Acrescido pelo art. 1.º da Lei n.º 8.748/1993) Art. 60. As irregularidades, incorreções e omissões diferentes das referidas no artigo anterior não importarão em nulidade e serão sanadas quando resultarem em prejuízo para o sujeito passivo, salvo se este lhes houver dado causa, ou quando não influírem na solução do litígio. Art. 61. A nulidade será declarada pela autoridade competente para praticar o ato ou julgar a sua legitimidade. O procedimento fiscal é a atividade investigatória desenvolvida pelo Estado visando à identificação da ocorrência do fato gerador da obrigação tributária, determinação da matéria tributável, cálculo do montante do tributo devido, identificação do sujeito passivo e aplicação da penalidade cabível (artigo 142 do Código Tributário Nacional). Nessa fase, a autoridade fiscal tem ampla liberdade investigatória e probatória, inerente à função estatal, fundamentalmente no poder de polícia que ao Estado compete exercer com discricionariedade, autoexecutoriedade e coercibilidade. Ao identificar a desobediência a alguma norma da legislação tributária, a autoridade fiscal fica obrigada a lavrar o correspondente auto de infração, sob pena de ser responsabilizado pessoalmente. Para a lavratura de um auto de infração, o Código Tributário Nacional (art. 142) e o Decreto nº 70.235/1972, (art. 10), exigem certas formalidades: autoridade administrativa competente (AuditorFiscal); a verificação da ocorrência do fato gerador; identificação do sujeito passivo; determinação da matéria tributável; o calculo do montante do tributo e das penalidades devidas; a indicação das disposições legais infringidas; a cientificação; a intimação para pagamento ou impugnação da exigência no prazo de 30 (trinta) dias e a identificação ao auditor autuante. Sobre esses aspectos os lançamentos estão perfeitos, todas as formalidades foram cumpridas. Portanto, no caso em concreto, não há que se falar em cerceamento de defesa, logo, a decisão recorrida não padece de nulidade. 2 MÉRITO À época dos fatos geradores, a Recorrente era tributada com base no lucro real. A controvérsia diz respeito a glosa de custos referentes a notas fiscais cujas operações não restariam comprovadas, uma vez que realizadas junto a empresas inexistentes ou sem operação. As notas glosadas se resumiram àquelas em que a Recorrente sequer conseguiu comprovar o efetivo pagamento pelas aquisições, alegando ter realizado a quitação em espécie. A Recorrente alega que ter apresentado à fiscalização toda a documentação, inclusive Laudo Pericial, para comprovar as efetivas entradas das mercadorias e os efetivos pagamentos das notas fiscais solicitadas, por meio de duplicatas quitadas por cheques nominais ou em espécie, assim como comprovou que todas as operações foram escrituradas em livros apropriados; que foi autuada por pendências fiscais dos fornecedores pelas quais ela não pode Fl. 722DF CARF MF Impresso em 20/12/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 16/12/2013 por FERNANDO BRASIL DE OLIVEIRA PINTO, Assinado digitalmente em 16/12/2013 por FERNANDO BRASIL DE OLIVEIRA PINTO, Assinado digitalmente em 19/12/2013 por LEONARD O DE ANDRADE COUTO Processo nº 10680.015794/200490 Acórdão n.º 1402001.527 S1C4T2 Fl. 723 11 ser responsabilizada e pelo fato de a fiscalização não aceitar como comprovante de pagamento as duplicatas quitadas em dinheiro. Amparada em laudo pericial elaborado no bojo de Ação Anulatória em face de autos de infração lavrados pelo Fisco Estadual, a então Relatora dos presentes autos, com a concordância dos demais conselheiros da então 4ª Turma Especial, resolveu converter o julgamento em diligência para averiguação da correição da contabilização e registros fiscais das aquisições a que se refere o litígio. Na diligência realizada, não se constatou irregularidade formal quanto ao registro de tais notas fiscais. Pois bem, em primeiro lugar, cumpre ressaltar que a Recorrente não obteve sucesso em seu pleito judicial. No julgamento do reexame necessário, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais reformou a sentença, restabelecendo a integralidade da autuação fiscal. Eis a ementa do julgado: Número 1.0024.01.5503030/001 Numeração – 5503030 Relator: Des.(a) Nilson Reis Relator do Acórdão: Des.(a) Nilson Reis Data do Julgamento: 03/05/2005 Data da Publicação: 25/05/2005 EMENTA: Ação anulatória. Débito fiscal. Autuação Fiscal. Irregularidade. 1 Verificada a regularidade apontada pelo fisco, em sua autuação procedida junto a devedora, tornase patente a prevalência do respectivo auto de infração. 2 Sentença reformada, em reexame necessário. Prejudicados os recursos voluntários, principal e adesivo. APELAÇÃO CÍVEL/REEXAME NECESSÁRIO Nº 1.0024.01.550303 0/001 COMARCA DE BELO HORIZONTE REMETENTE: JD DA 2ª VARA DE FEITOS TRIBUTÁRIOS DO ESTADO COMARCA DE BELO HORIZONTE, APELANTE(S): FAZENDA PÚBLICA DO ESTADO DE MINAS GERAIS, ADESIVO: BIG STOK LTDA. APELADO(A)(S): OS MESMOS RELATOR:EXMO. SR. DES. NILSON REIS ACÓRDÃO Vistos etc., acorda, em Turma, a SEGUNDA CÂMARA CÍVEL do Tribunal deJustiça do Estado de Minas Gerais, incorporando neste o relatório de fls., na conformidade da ata dos julgamentos e das notas taquigráficas, à unanimidade de votos, EM REEXAME NECESSÁRIO, REFORMAR A SENTENÇA, PREJUDICADOS OS RECURSOS VOLUNTÁRIOS. Belo Horizonte, 03 de maio de 2005. DES. NILSON REIS Relator Fl. 723DF CARF MF Impresso em 20/12/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 16/12/2013 por FERNANDO BRASIL DE OLIVEIRA PINTO, Assinado digitalmente em 16/12/2013 por FERNANDO BRASIL DE OLIVEIRA PINTO, Assinado digitalmente em 19/12/2013 por LEONARD O DE ANDRADE COUTO Processo nº 10680.015794/200490 Acórdão n.º 1402001.527 S1C4T2 Fl. 724 12 Salientese excerto do voto condutor do aresto em questão: Ora, ficou caracterizada a irregularidade apontada pelo fisco, uma vez que as mercadorias supostamente adquiridas pela apelante se deram através de empresas que tiveram seus documentos fiscais declarados inidôneos, de forma a tornar inconteste o respectivo auto de infração. E, em decorrência deste procedimento pretendeu a autora ter aproveitamento de créditos de ICMS, que resultou no pagamento a menor do imposto que era devido até então. E, o simples fato da autora ter registrado em seus livros a entrada das mercadorias representadas pelas notas fiscais inidôneas, por si só, não caracteriza a sua boafé, já que já se encontrava a operação, no seu nascedouro, irregular.[grifo nosso] Portanto, as questões levantadas no laudo pericial não foram suficientes para o cancelamento da exigência do Fisco Estadual, realizada, inclusive, em maior extensão que a empreendida pela Receita Federal. E nem poderiam ser diferentes as conclusões do Tribunal de Justiça, pois as questões tratadas nos laudos, e retratadas na diligência fiscal em razão da aludida Resolução, abarcam somente questões formais atinentes aos registros das notas fiscais, não possuindo o condão de comprovar as operações realizadas. No mais, transcrevo os fundamentos da decisão recorrida, os quais adoto como razão de decidir: A motivação do auto de infração consignada no TVF, fls. 12/16, já transcrita no Relatório, tem como fundamento fático a não comprovação da efetiva operação indicada nas notas fiscais escrituradas, pois sua dedutibilidade, para fins de imposto de renda e contribuição social sobre o lucro líquido, está intrinsecamente ligada a sua comprovação e sua necessidade. O Autor do feito, em busca da verdade material, efetuou diversos procedimentos para que ficasse evidenciada nos autos, inequivocamente, a existência das operações de compra de mercadorias constante da escrituração contábil e fiscal, intimando tanto a fiscalizada quanto as empresas fornecedoras (DOMINAR COMERCIO E REP. LTDA, KENNU COMÉRCIO E REP. LTDA, PE ELE COMERCIO E DISTRIBUIDORA. LTDA e GRANACAFITA COMERCIO LTDA) a prestar informações a respeito das referidas operações. A impugnante foi intimada a apresentar, fls. 17 e 44: a relação, original e cópia das notas fiscais, identificando data de emissão, número do documento, valor, data e forma do pagamento; o efetivo pagamento das mesmas, apresentando cópias dos cheques, recibos, extratos e outros documentos que demonstrem a efetiva movimentação dos recursos da fiscalizada para os fornecedores; o efetivo ingresso das mercadorias descritas nas notas fiscais relacionadas, nas dependências da empresa, apresentando conhecimento de transporte, recibo de fretes, requisições internas, controles de estoque e outros documentos. Ao mesmo tempo a empresa Primo Schincariol Ind de Cervejas e Ref S A, fl. 19/20, foi intimada a apresentar informações sobre as mesmas empresas, ora clientes, quanto às notas fiscais emitidas, valores Fl. 724DF CARF MF Impresso em 20/12/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 16/12/2013 por FERNANDO BRASIL DE OLIVEIRA PINTO, Assinado digitalmente em 16/12/2013 por FERNANDO BRASIL DE OLIVEIRA PINTO, Assinado digitalmente em 19/12/2013 por LEONARD O DE ANDRADE COUTO Processo nº 10680.015794/200490 Acórdão n.º 1402001.527 S1C4T2 Fl. 725 13 recebidos, cópias de cheques, recibos, extratos e outros documentos, que comprovasse a saída das mercadorias de suas dependências, apresentando conhecimento de transporte, recibo de fretes, requisições internas, controles de estoque e outros documentos. Em resposta, fl 23, informa que não efetuou operações com as empresas relacionadas, pois, suas vendas foram iniciadas em maio/2000. Também, as empresas emitentes das notas fiscais glosadas foram intimadas a apresentar as mesmas informações, tendo sido os respectivos termos de intimação devolvidos com indicação “mudouse” ou “desconhecido”, fls. 24/39. Em diligência no local indicado no cadastro fiscal, foram lavrados termos de constatação fiscal apontando que as empresas não funcionam no local indicado no cadastro fiscal e que, questionada, a vizinhança nada informou quanto ao paradeiro e existência das referidas empresas, fls. 40/43. Durante o procedimento fiscal, a impugnante apenas comprovou o efetivo pagamento de parte das notas fiscais relacionadas, com a apresentação das respectivas cópias de cheques nominais (valores estes que não compõem o auto de infração), deixando de fazêlo para as demais notas fiscais (que compõem o valor tributado no auto de infração). Apresentou ainda cópia da decisão exarada no processo 024.01.550.3030 que trata da autuação do fisco estadual, onde na sentença, a autoridade julgadora cancela parte do lançamento efetuado, prevalecendo apenas aquela que se refere às notas fiscais emitidas posteriormente a data de publicação dos respectivos atos declaratórios e cópia do Laudo Pericial relativo ao processo acima referido, onde em resposta aos quesitos da autora e da ré a Perita Dra. Ângela Maria de Almeida, Contadora, CRCMG /69.408, apresenta seu relatório. Observase, que não foi possível comprovar, pelo lado dos respectivos emitentes, o fornecimento da mercadoria, tampouco pelo lado da fiscalizada, carecendo de comprovação o efetivo ingresso da mercadoria no estabelecimento. Diante de todo o procedimento fiscal, está claro que o motivo do auto de infração foi a não comprovação inequívoca, por parte da impugnante, da existência real das operações descritas nas notas fiscais glosadas e registradas em sua contabilidade. De acordo com o artigo 251, do RIR/94, a escrituração mantida com observância das disposições legais faz prova a favor do contribuinte dos fatos nela registrados, desde que comprovados por documentos hábeis e idôneos. As alegações da impugnante em sua peça de defesa e nos documentos acostados aos autos, fls. 366/400, em nada modificam as conclusões do Autor do feito. A apresentação de algumas cópias de cheques contábeis, ditos utilizados para pagamento de mercadoria e simples alegações de que a fiscalização não acata como pagamentos comprovados aqueles realizados em dinheiro e contabilizados, não são suficientes para comprovar a entrada da mercadoria no estabelecimento. Não foram apresentados documentos, emitidos por terceiros, que poderiam indicar a entrada no estabelecimento das mercadorias constante das notas fiscais ora em exame. Por exemplo, as notas fiscais Fl. 725DF CARF MF Impresso em 20/12/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 16/12/2013 por FERNANDO BRASIL DE OLIVEIRA PINTO, Assinado digitalmente em 16/12/2013 por FERNANDO BRASIL DE OLIVEIRA PINTO, Assinado digitalmente em 19/12/2013 por LEONARD O DE ANDRADE COUTO Processo nº 10680.015794/200490 Acórdão n.º 1402001.527 S1C4T2 Fl. 726 14 indicam o transportador da mercadoria, porém, a impugnante não juntou ao processo o “conhecimento de transporte”, valor do frete, ou qualquer documento que indicasse a entrada no estabelecimento da mercadoria (assim como sua escrituração), como intimado pelo Autor do feito. Considerandose a impossibilidade de comprovação, pelo lado dos fornecedores e da impugnante, da efetiva existência das operações descritas nas notas fiscais; que todos os emitentes das notas fiscais glosadas encontramse em endereço desconhecido e todas as notas fiscais emitidas por eles, a partir de 2000 foram consideradas inidôneas, com a publicação dos correspondentes atos declaratórios; que a decisão proferida pelo TJMG assim como o relatório do Laudo Pericial não contradiz o presente auto de infração, eis que não enfrentaram a questão de dedutibilidade de custos para apuração do lucro real; que a escrituração do pagamento da mercadoria em dinheiro, sem qualquer outro comprovante, não vincula inequivocamente a operação realizada eis que a escrituração somente faz prova a favor do contribuinte se lastreada em documentos hábeis e idôneos, concluise que as argumentações e os documentos acostados aos autos pela impugnante não foram suficientes para invalidar o procedimento fiscal. Não restando comprovadas inequivocamente as operações descritas nas notas fiscais, os seus valores devem ser adicionados ao lucro líquido para a apuração do lucro real. 3 LANÇAMENTO DECORRENTE – CSLL O lançamento de Contribuição Social sobre o Lucro Líquido CSLL foi lavrado em decorrência da mesma infração que ensejou a exigência de IRPJ. Assim, considerandose que o lançamento de IRPJ foi mantido, e não tendo fatos ou argumentos novos a ensejar conclusão diversa, há de se manter também a exigência correspondente de CSLL, ante a íntima relação e causa e efeito. Diante do exposto, o lançamento reflexo deve ser mantido. 4 CONCLUSÃO Isso posto, voto por rejeitar a arguição de nulidade, e, no mérito, por negar provimento ao recurso. (assinado digitalmente) FERNANDO BRASIL DE OLIVEIRA PINTO Relator Fl. 726DF CARF MF Impresso em 20/12/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 16/12/2013 por FERNANDO BRASIL DE OLIVEIRA PINTO, Assinado digitalmente em 16/12/2013 por FERNANDO BRASIL DE OLIVEIRA PINTO, Assinado digitalmente em 19/12/2013 por LEONARD O DE ANDRADE COUTO Processo nº 10680.015794/200490 Acórdão n.º 1402001.527 S1C4T2 Fl. 727 15 Fl. 727DF CARF MF Impresso em 20/12/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 16/12/2013 por FERNANDO BRASIL DE OLIVEIRA PINTO, Assinado digitalmente em 16/12/2013 por FERNANDO BRASIL DE OLIVEIRA PINTO, Assinado digitalmente em 19/12/2013 por LEONARD O DE ANDRADE COUTO
score : 1.0
Numero do processo: 11060.000841/2007-11
Turma: Sétima Turma Especial
Câmara: Sétima Câmara
Seção: Primeiro Conselho de Contribuintes
Data da sessão: Mon Dec 08 00:00:00 UTC 2008
Data da publicação: Mon Dec 08 00:00:00 UTC 2008
Numero da decisão: 197-00.009
Decisão: RESOLVEM os Membros da Sétima Turma Especial do Primeiro Conselho de Contribuintes, por unanimidade de voto CONVERTER o julgamento do recurso em diligência, nos termos do voto do relator.
Matéria: DCTF_IRPJ - Auto eletronico (AE) lancamento de tributos e multa isolada (IRPJ)
Nome do relator: LEONARDO LOBO DE ALMEIDA
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I MINISTÉRIO DA FAZENDA ki 'WP •4" PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES SÉTIMA CÂMARA Processo u° 11060.000841/2007-11 Recurso n° 160.435 Matéria IRPJ - Ex.: 2003 Resolução n° 197-00009 Sessão de 8 de dezembro de 2008 Recorrente COOPERATIVA DE CRÉDITO DE LIVRE ADMISSÃO DE ASSOCIADOS DA QUARTA COLONIA DO RIO GRANDE DO SUL Recorrida P TURMA/DRJ-SANTA MARIA/RS Vistos, relatados e discutidos os presentes autos de recurso interposto por, COOPERATIVA DE CRÉDITO DE LIVRE ADMISSÃO DE ASSOCIADOS DA QUARTA COLONIA DO RIO GRANDE DO SUL. RESOLVEM os Membros da Sétima Turma Especial do Primeiro Conselho de Contribuintes, por unanimidade de vot • - CONVERTER o julgamento do recurso em diligência, nos termos do voto do r . lat. 407 MAR io ICIUS NEDER DE LIMA P ente ‘e{ LEONARDO LOBO DE AL cEd-Á Relator Formalizado em: 2 0 MAR 2009 Participou, ainda do presente julgamento a Conselheira Selene Ferreira de Moraes. Ausente, momentaneamente a Conselheira Lavinia Moraes de Almeida Nogueira Junqueira. • Processo n.° 11060.000841/2007-11 CCOI/C07 Resolução n.° 197-00009 Fls. 2 RELATÓRIO Foi verificado, em procedimento de auditoria interna na Declaração de Contribuições e Tributos Federais - DCTF do primeiro] ° ao 3° trimestres de 2002, que o ora recorrente não teria pago multa e juros que seriam devidos. Pela suposta falta de pagamento desses acréscimos legais, foi emitido auto de infração (fls. 13/14), tendo sido lançado o crédito tributário no valor total de R$ 793,64 (setecentos e noventa e três reais e sessenta e quatro centavos). Intimado da exigência em 15/03/2007 (fls.50), o recorrente apresentou impugnação (fis.1/9), alegando denúncia espontânea da infração, nos termos do art. 138 do CTN, haja vista a retificação das informações prestadas nas declarações fiscais, bem como o recolhimento dos tributos declarados na DCTF, inclusive do acréscimo de juros de mora, antes do início do procedimento fiscal Em seu entender, isso eliminaria a aplicação de qualquer penalidade. Sendo assim, pede seja reconhecida a procedência de defesa e a conseqüente desconstituição do credito tributário lançado. A ia Turma de Julgamento da DRJ/STM julgou procedente o lançamento efetuado (fls. 104/110), considerando que: - não houve contestação expressa a respeito da incidência de juros de mora, mas, ao contrário, a recorrente tacitamente pareceu concordar com a exigência de tal cobrança, na medida que, conforme expressamente declara (fls. 02), recolheu os débitos de n°. 257586707, 257586837, 257586897 (cód. 1599— IRPJ — PJ OBRIGADAS AO LUCRO REAL — ENTIDADES FINANCEIRAS — BALANÇO TRIMESTRAL) fora do prazo legal, sem o acréscimo legalmente devido, afirmando ter recolhido os juros devidos apenas durante o prazo para impugnação do presente; - no mérito da parcela controversa da autuação, referente à multa não paga. Esta multa moratória não possuiria caráter punitivo, mas meramente compensatório, já que teria por objetivo ressarcir o sujeito ativo do prejuízo decorrente do cumprimento intempestivo da obrigação tributária. Daí, o motivo de ela ser cabível em todos os casos em que o débito fiscal não tenha sido pago na data do respectivo vencimento. Sendo assim, mesmo que o contribuinte tivesse feito denuncia espontânea, não prevalece a interpretação de que é indevido o pagamento da multa moratória exigida pela Lei, pois esta multa não se constitui em penalidade por infração à legislação tributária, não se confundindo com a multa de oficio, esta sim revestida de caráter punitivo. Por tais motivos, concluiu a Turma de Julgamento manter o lançamento em sua totalidade. Em recurso voluntário, o contribuinte repete quase que ipsis litteris o teor de sua impugnação, reiterando que (i) a vedação quanto à cobrança de sanções contida no art. 138 do CTN engloba os valores cobrados a titulo de multa de mora; (ii) a multa é inaplicável em face da denúncia espontânea com base no principio da legalidade e hierarquia das normas. É o relatório. 2\c 2 Processo n.° 11060.000841/2007-11 CCM /CO7 Resolução n.• 197-00009 Fls. 3 VOTO Conselheiro —LEONARDO LOBO DE ALMEIDA, Relator. O Recurso é tempestivo e preenche todos os requisitos de admissibilidade, razão pela qual dele tomo conhecimento. Importante observar que não foi objeto do apelo interposto a manutenção da autuação quanto à diferença de juros apurada, no valor de R$ 29,71, tendo assim, aparentemente, se conformado o contribuinte com tal parte da decisão. Como o efeito devolutivo a esta Corte Administrativa não é total, restringindo-se às matérias constantes no recurso, não será analisado tal ponto. Da leitura dos autos compreende-se claramente que a discussão restringe-se ao entendimento a ser dado quanto à aplicação do art. 138 do CTN, nos casos em que o contribuinte faz espontaneamente o recolhimento de tributos, após a data de vencimento, mas antes do início de qualquer procedimento fiscalizatório. Para o perfeito deslinde da controvérsia, entretanto, faz-se necessário saber em que data o contribuinte apresentou a sua declaração retificadora. Assim sendo, determino a realização de Diligência para que o recorrente forneça cópia da(s) DCTF(s) retificadoras(s) do ano-calendário 2002, exercício 2003. Sala das Sessões - DF, em 8 de dezembro de 2008 4NARDted13-0 DE ALMÁC 3
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Numero do processo: 13971.003326/2002-23
Turma: Sétima Turma Especial
Câmara: Sétima Câmara
Seção: Primeiro Conselho de Contribuintes
Data da sessão: Mon Dec 08 00:00:00 UTC 2008
Data da publicação: Mon Dec 08 00:00:00 UTC 2008
Ementa: PAF — LANÇAMENTO - ÔNUS DA PROVA — realizado o lançamento com a observância de todas as normas legais, é incumbência do contribuinte provar o seu direito, devendo suas alegações ser acompanhadas de documentos hábeis e idôneos a demonstrar a verdade dos fatos.
Numero da decisão: 197-00.067
Decisão: ACORDAM os Membros da Sétima Turma Especial do Primeiro Conselho de
Contribuintes, por unanimidade de votos, NEGAR provimento ao recurso, nos termos do relatório e voto que passam a integrar o presente julgado.
Matéria: IRPJ - AF - lucro real (exceto.omissão receitas pres.legal)
Nome do relator: LEONARDO LOBO DE ALMEIDA
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MINISTÉRIO DA FAZENDA 'ten.t PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES 4:Mtrz SÉTIMA CÂMARA Processo e 13971.003326/2002-23 Recurso n° 157.997 Voluntário Matéria IRPJ - Ex.: 1998 Acórdão e 197-00067 Sessão de 8 de dezembro de 2008 Recorrente CIRCULO COMERCIAL E INDUSTRIAL S.A Recorrida e TURMA/DRJ-FORTALEZAJCE PAF — LANÇAMENTO - ÓNUS DA PROVA — realizado o lançamento com a observância de todas as normas legais, é incumbência do contribuinte provar o seu direito, devendo suas alegações ser acompanhadas de documentos hábeis e idôneos a demonstrar a verdade dos fatos. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos de recurso interposto por CÍRCULO COMERCIAL E INDUSTRIAL S.A. ACORDAM os Membros da Sétima Turma Especial do Primeiro Conselho de Contribuintes, por unanimidade de votos, NEGAR provimento ao recurso, nos termos do relatório e voto que passam a integrar o presente julgado. _1 /1 MA ',pie ICIUS NEDER DE LIMA Pr -nte "HnNARD/C20B0-- DEWL Relator Formalizado em: 20 MAR 2009 Participou, ainda, do presente julgamento, a Conselheira Selene Ferreira de Moraes. Ausente, justificadamente a Conselheira Lavinia Moraes de Almeida Nogueira Junqueira. Processo n° 13971.003326/2002-23 CCOI/C07 Acórdão n.° 197-00067 Fls. 2 Relatório O presente processo origina-se de procedimento de verificação de DIPJ, ano- calendário 1997, exercício 1998, apresentada pelo ora recorrente, na qual foram detectadas inconsistências referentes ao lucro inflacionário acumulado, devido à não realização do limite mínimo exigido por lei. Desse modo, foi lavrado Auto de Infração (fls. 160/164) para a formalização da exigência do Imposto sobre a Renda Pessoa Jurídica - IRPJ, relativo ao ano-calendário de 1997, no valor de R$ 59.718,96. Conforme o "Termo de Verificação Fiscal" (fls. 157/159), o lucro inflacionário agora exigido seria decorrente do fato de o contribuinte ter deixado de realizar, a partir de fevereiro de 1993,o saldo de lucro inflacionário diferido. Segundo os registros no Livro de Apuração do Lucro Real — LALUR, em janeiro de 1993, em razão de pretensos erros cometidos na apuração do saldo credor da diferença de correção monetária IPC/BTNF do ano de 1990, o saldo de lucro inflacionário diferido teria sido realizado integralmente, após a baixa, por ajuste, da parcela de CR$ 15.076.518.836,00. Devidamente cientificado, o contribuinte apresentou impugnação (fls. 168/229), instruída com diversos documentos, dentre eles cópias do LALUR e das declarações, bem como planilhas demonstrando os ajustes que teria feito anteriormente para consertar os problemas, e que teriam sido desconsiderados pela Fiscalização. Em sua defesa, portanto, o recorrente afirma (i) em 01/01/1993, após reexame dos cálculos, teria promovido o ajuste necessário na parte B do LALUR, mediante lançamento a crédito, conforme cópia do LALUR e demonstrativo individualizado da apuração da diferença (ANEXO B); e (ii) em 03/04/1995 teria promovido a entrega da Declaração de Imposto de Renda - Retificadora, relativa ao ano calendário de 1993, contemplando o ajuste do valor da conta em referência, objeto desta autuação fiscal. Destarte, entendendo estar regular, requereu fosse declarada a nulidade da autuação. A 4' Turma de Julgamento da DRJ — Fortaleza decidiu, por unanimidade de votos, julgar procedente o lançamento, pelos seguintes fundamentos: - apesar de os ajustes poderem ser plenamente justificáveis, em virtude até dos pretensos erros, eles não são factíveis de serem comprovados, pois a prova apresentada se limita apenas a planilhas produzidas pelo contribuinte e de cópias do LALUR. Logo, não teria sido exibido qualquer documento que demonstrasse a efetiva ocorrência dos alegados erros e a contemplação dos ajustes na escrituração comercial da companhia. - só em 1995 foi providenciada a retificação da declaração de rendimentos relativa ao ano-calendário de 1993, em que os erros teriam sido constatados, efetuados os ajustes no LALUR e sido oferecido integralmente à tributação o saldo remanescente do lucro inflacionário; 2 Processo n°13971.003326/2002-23 CCOI/C07 Acórdão n.° 197-00067 Fis. 3 - por fim, por envolverem contas patrimoniais, as alterações procedidas teriam profundos reflexos nas demonstrações financeiras do contribuinte nos exercícios seguintes, bem como refletiriam na apuração dos resultados da conta de correção monetária nos períodos • posteriores a 1990 (até a sua extinção, em 1995). Desse modo, haveria uma série de procedimentos a serem executados, tanto na escrituração comercial da empresa, quanto os relacionado à necessária retificação de todas as declarações de rendimentos dos períodos de apuração afetados pelos ajustes de que se cuida. • Por meio de Recurso Voluntário (fls. 244/253), o contribuinte, ora Recorrente apresenta novamente toda a sustentação realizada na impugnação e, quanto à decisão de primeira instância, alega que ela não pode prosperar pelos seguintes motivos: - os documentos apresentados teriam força probante, pois (i) seriam autênticos; (ii) não há legislação que obrigue a autenticação por qualquer público; e (iii) em nenhum momento foram objeto de contestação por parte do Fisco; - não deveria sofrer qualquer ônus em decorrência do erro no LALUR, já que, tempestivamente, teria retificado tal equívoco. Sendo assim, pede novamente que seja anulado o auto de infração lavrado. É o relatório. Voto Conselheiro — LEONARDO LOBO DE ALMEIDA, Relator O recurso é tempestivo e preenche todos os demais requisitos de admissibilidade, motivo pelo qual dele tomo conhecimento. Como descrito no relatório, a matéria litigiosa tratada nos autos se refere à tributação do lucro inflacionário acumulado, no valor correspondente à realização mínima, cujo montante deveria constar na demonstração do lucro real do período de apuração relativo ao exercício financeiro de 1998 (ano-calendário de 1997), em razão de o recorrente não haver efetuado qualquer adição àquele título, na respectiva DIRPJ por ele apresentada. Em sua defesa, o recorrente procura demonstrar os ajustes que determinaram a baixa da parcela do saldo do lucro inflacionário levada a efeito em janeiro de 1993 com a juntada de documentos que, a seu ver, comprovariam o procedimento realizado. Contudo, em que pese sua veemente argumentação, o contribuinte não apresentou, ao longo de todo o trâmite do presente processo administrativo, qualquer elemento que justificasse contabilmente o ajuste realizado no LALUR. 3 . • . Processo n° 13971.003326/2002-23 CCO I /C07 Acórdão n.° 197-00087 Fls. 4 Observe-se que não se trata de servir ou não o citado livro como prova, mas sim apontar quais as causas que teriam levado às alterações feitos, uma vez que o registro no LALUR é apenas o reflexo de fatos ocorridos anteriormente. Na esteira desse entendimento, vale ressaltar que já se encontra pacifico nos Conselhos de Contribuintes o modo de regulação do ônus da prova em processo administrativo-fiscal, aplicando-se de forma subsidiária as regras do Código de Processo Civil. Confira-se: PAF - ÔNUS DA PROVA — cabe à autoridade lançadora provar a ocorrência do fato constitutivo do direito de lançar do fisco. Comprovado o do direito de lançar cabe ao sujeito passivo alegar fatos impeditivos, modificativos ou extintivos e além de alegá-los comprová- los efetivamente nos termos do Código de Processo Civil, que estabelece as regras de distribuição do ónus da prova aplicáveis ao PAF, subsidiariamente. (I° CC — 8° Cámara — Recurso n° 156782 — Relatora Conselheira 'vete Mala quias Pessoa Monteiro — julgado em 13/06/2007) PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL. ÓNUS DA PROVA. No direito processual, administrativo e judicial, o ônus da prova é de quem alega quanto aos fatos constitutivos de seu direito. (2° CC — .2° Câmara — Recurso n° 139147— Relator Conselheira Gustavo Kelly Alencar — julgado em 03/07/2008) PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL - ÔNUS DA PROVA - Cabe ao contribuinte fazer a prova dos fatos que modificam ou extinguem o crédito tributário. Não se desincumbindo desse ônus, mantém-se a autuação. (1° CC — 5° Câmara — Recurso n° 127012 — Relator Conselheiro Eduardo da Rocha Schmidt —julgado em 15/06/2005) Destarte, estando a decisão atacada bem fundamentada e, não tendo o recorrente logrado provar sua razão, nego provimento ao recurso. Sala das Sessões - DF, em 8 de dezembro de 2008 eON:RDO LOBO D ALMEIKC 4 Page 1 _0050500.PDF Page 1 _0050600.PDF Page 1 _0050700.PDF Page 1
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Numero do processo: 10880.032479/92-11
Turma: Sétima Turma Especial
Câmara: Sétima Câmara
Seção: Primeiro Conselho de Contribuintes
Data da sessão: Tue Dec 09 00:00:00 UTC 2008
Data da publicação: Tue Dec 09 00:00:00 UTC 2008
Ementa: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA FÍSICA — IRPF
ANO-CALENDÁRIO: 1989, 1990
PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL. PAF. LANÇAMENTO REFLEXO.
Tratando-se de lançamento reflexo, a decisão proferida no processo matriz é aplicável ao processo decorrente, em razão da íntima relação de causa e efeito que os vincula.
Numero da decisão: 197-00.097
Decisão: ACORDAM os Membros da Sétima Turma Especial do Primeiro Conselho de
Contribuintes, por unanimidade de votos, DAR provimento ao recurso, nos termos do relatório e voto que passam a integrar o presente julgado.
Nome do relator: SELENE FERREIRA DE MORAES
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MINISTÉRIO DA FAZENDA w;ik . fit' PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES ..v..Ç.A.-:-..5 ""-3f=2"."0n SÉTIMA TURMA ESPECIAL Processo n0 10880.032479/92-11 Recurso Ir 157.410 Voluntário Matéria IRPF - Exs.: 1990 e 1991 Acórdão n" 197-00097 Sessão de 9 de dezembro de 2008 Recorrente ELISA MARA VIEIRA PONCIANO Recorrida DRJ-SÃO PAULO/SP ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA FÍSICA — IRPF ANO-CALENDÁRIO: 1989, 1990 PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL. PAF. LANÇAMENTO REFLEXO. Tratando-se de lançamento reflexo, a decisão proferida no processo matriz é aplicável ao processo decorrente, em razão da íntima relação de causa e efeito que os vincula. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos de recurso interposto por ELISA MARA VIEIRA PONCIANO. , ACORDAM os Membrt : 'a Sétima Turma Especial do Primeiro Conselho de Contribuintes, por unanimidade 'e Nn o , DAR provimento ao recurso, nos termos do relatório e voto que passam a integrar e are- - e - julgado. A, Mioffs ' • I, CIUS. NEDER DE LIMA 1 • , ente a- nE-MORAES Relatora Formalizado em 2 0 mAR 2009 Participaram, ainda, do presente julgamento, os Conselheiros Lavinia Moraes de Almeida Nogueira Junqueira e Leonardo Lobo de Almeida. 1 Processo n°10880.032479/92-li CCOI/T97 Acórdão n.°197-00097 Fls. 2 Relatório Trata-se de lançamento de IRPF lavrado em decorrência de autuação de IRPJ, formalizada no processo administrativo n° 10880.032526/92-08. A contribuinte interpôs impugnação aduzindo as mesmas razões apresentadas contra o lançamento de IRPJ. A Delegacia de Julgamento proferiu decisão, assim ementada: "EMENTA: A procedência parcial do lançamento efetuado no processo matriz implica manutenção integral da exigência fiscal dele decorrente, nos exercícios de 1990 e 1991. JUROS DE MORA. Excluem-se os juros moratórios calculados com base na TRD, no período de 04/02/91 a 29/07/91 (IN SRF 32/97), remanescendo nesse período juros de mora à razão de 1% ao mês- calendário ou fração." Contra a decisão, interpôs a contribuinte o presente Recurso Voluntário, no qual alega em síntese que: a) As preliminares levantadas na impugnação não foram enfrentadas pela autoridade julgadora. b) O julgador não se manifestou sobre nenhum dos argumentos apresentados na peça impugnatória. c) Os autos de infração foram lavrados por agentes que não fiscalizaram, nem averiguaram os livros fiscais e os documentos apresentados. d) Louvou-se a fiscalização não em documentos da empresa, mas em depósitos bancários efetuados na conta corrente bancária de um dos sócios como se fossem distribuição de lucros da empresa autuada. e) Os extratos bancários não se prestam como fimdamento para arbitramento de lucro. O sigilo bancário é garantia constitucional. 1) Não foi levada em consideração a informação de que os depósitos efetuados na conta corrente bancária do sócio serviram para pagamento de despesas diversas da empresa. g) Para a emissão dos autos de infração a fiscalização se baseou em declarações (alguns adquirentes de veículos) que não ofertam nenhuma certeza. É o relatório. 42 • Processo n° 10880.032479/92-11 CCOI/T97 Acórdão n.° 197-00097 Fls. 3 Voto Conselheira SELENE FERREIRA DE MORAES, Relatora O recurso é tempestivo e preenche os demais requisitos de admissibilidade, devendo ser conhecido. Como salientado na decisão de primeira instância, o presente lançamento é decorrente do lançamento de IRPJ formalizado nos autos do processo n° 10880.032526/92-08. O recurso n° 121.908, interposto contra a decisão de primeira instância no lançamento de IRPJ, foi apreciado e provido pela 73 Câmara deste Egrégio Conselho de Contribuintes nos seguintes termos: "IRPJ - Exs. 1.988 a 1991 - LANÇAMENTO LASTREADO EM DEPÓSITOS BANCÁRIOS - PRESUNÇÃO COMUM - Incabível lançamento efetuado tendo como suporte valores em depósitos bancários que por si só não caracterizarem disponibilidade econômica de renda e proventos, e, portanto não são fatos geradores do imposto de renda. Tal presunção somente é admissivel quando devidamente comprovado o vinculo do valor depositado com a omissão da receita que o originou. ARBITRAMENTO - Afastada a presunção de omissão de receitas, não que falar-se que foi ultrapassado o limite legal para opção pela tributação com base no lucro presumido, em dois exercícios consecutivos. Recurso provido "(Acórdão n° 107-05.969, 1° CC, sessão de 11/05/2000) A jurisprudência deste Conselho é farta no sentido de que a sorte colhida pelo principal comunica-se ao decorrente, conforme ementas a seguir reproduzidas: "COFINS - PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL - PAF - LANÇAMENTO REFLEXO - Tratando-se de lançamento reflexo, a decisão proferida no processo matriz é aplicável ao processo decorrente, em razão da intima relação de causa e efeito que os vincula. (Acórdão n°105-16458, 1° CC, sessão de 23/05/2007) RECURSO DE OFÍCIO — COFINS — LANCAMENTO REFLEXO — Negado provimento ao recurso de oficio do lançamento matriz de IRPJ, igual decisão deve se dar neste feito decorrente. (Acórdão n" 107- 08960, 1° CC, sessão de 29/03/2007)" Cri Processo n° 10880.032479/92-11 ccoln.97 Acórdão n.° 197-00097 Fls. 4 Ante o exposto, voto por dar provimento ao recurso, aplicando ao presente caso a mesma solução dada na decisão proferida no processo matriz. Sala das Sessões - DF, em 9 de dezembro de 2008. ictAWEr 4 Page 1 _0065300.PDF Page 1 _0065400.PDF Page 1 _0065500.PDF Page 1
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Numero do processo: 18471.000201/2003-87
Turma: Sétima Turma Especial
Câmara: Sétima Câmara
Seção: Primeiro Conselho de Contribuintes
Data da sessão: Mon Dec 08 00:00:00 UTC 2008
Data da publicação: Mon Dec 08 00:00:00 UTC 2008
Ementa: Imposto sobre a Renda de Pessoa Jurídica - IRPJ
Exercício: 2000
Ementa: PROVA — MOMENTO DE PRODUÇÃO — DOCUMENTAÇÃO JUNTADA COM O RECURSO — ADMISSIBILIDADE A SER EXAMINADA NO CASO CONCRETO - não obstante o fato de o momento processualmente correto para apresentação das provas ser junto com a impugnação, razoável, dependendo da situação concreta sob análise, aceitar a juntada de documentos de forma extemporânea, por ocasião da interposição do recurso, com o objetivo de se ter uma melhor cognição da causa. Observância aos princípios da eficiência, da economia processual e da busca da verdade material.
IRPJ — FALÊNCIA DO DEVEDOR — DEDUTIBILIDADE DA DESPESA — Nos termos do art. 90, § 4°, da Lei 9.430/96, são dedutíveis as perdas no recebimento de créditos decorrentes das atividades da pessoa jurídica em caso de falência decretada do devedor, desde que existentes procedimentos judiciais visando o recebimento do crédito.
IRPJ — PERDÃO DE DIVIDA — INDEDUTIBILIDADE COMO DESPESA — PROVA —Cabe ao contribuinte produzir prova de suas alegações. Não estando demonstrada qualquer tentativa de cobrança da dívida existente, caracteriza-se o abatimento concedido ao devedor como perdão, não autorização a sua dedução como despesa na apuração do lucro real.
CSLL — TRIBUTAÇÃO REFLEXA — Tendo em vista a íntima relação de causa e efeito que possuem com o lançamento principal, a decisão proferida em relação ao IRPJ deve ser estendida à CSLL.
Numero da decisão: 197-00.082
Decisão: ACORDAM os Membros da Sétima Turma Especial do Primeiro Conselho de Contribuintes, por unanimidade de votos, DAR provimento PARCIAL ao recurso, para excluir da exigência o valor de R$ 90.372,91, objeto do item I do termo de verificação fiscal, nos termos do relatório e voto que passam a integrar o presente julgado.
Matéria: IRPJ - AF - lucro real (exceto.omissão receitas pres.legal)
Nome do relator: LEONARDO LOBO DE ALMEIDA
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ementa_s : Imposto sobre a Renda de Pessoa Jurídica - IRPJ Exercício: 2000 Ementa: PROVA — MOMENTO DE PRODUÇÃO — DOCUMENTAÇÃO JUNTADA COM O RECURSO — ADMISSIBILIDADE A SER EXAMINADA NO CASO CONCRETO - não obstante o fato de o momento processualmente correto para apresentação das provas ser junto com a impugnação, razoável, dependendo da situação concreta sob análise, aceitar a juntada de documentos de forma extemporânea, por ocasião da interposição do recurso, com o objetivo de se ter uma melhor cognição da causa. Observância aos princípios da eficiência, da economia processual e da busca da verdade material. IRPJ — FALÊNCIA DO DEVEDOR — DEDUTIBILIDADE DA DESPESA — Nos termos do art. 90, § 4°, da Lei 9.430/96, são dedutíveis as perdas no recebimento de créditos decorrentes das atividades da pessoa jurídica em caso de falência decretada do devedor, desde que existentes procedimentos judiciais visando o recebimento do crédito. IRPJ — PERDÃO DE DIVIDA — INDEDUTIBILIDADE COMO DESPESA — PROVA —Cabe ao contribuinte produzir prova de suas alegações. Não estando demonstrada qualquer tentativa de cobrança da dívida existente, caracteriza-se o abatimento concedido ao devedor como perdão, não autorização a sua dedução como despesa na apuração do lucro real. CSLL — TRIBUTAÇÃO REFLEXA — Tendo em vista a íntima relação de causa e efeito que possuem com o lançamento principal, a decisão proferida em relação ao IRPJ deve ser estendida à CSLL.
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Observância aos princípios da eficiência, da economia processual e da busca da verdade material. IRPJ — FALÊNCIA DO DEVEDOR — DEDUTIBILIDADE DA DESPESA — Nos termos do art. 90, § 4°, da Lei 9.430/96, são dedutíveis as perdas no recebimento de créditos decorrentes das atividades da pessoa jurídica em caso de falência decretada do devedor, desde que existentes procedimentos judiciais visando o recebimento do crédito. FRPJ — PERDÃO DE DIVIDA — INDEDUTIBILIDADE COMO DESPESA — PROVA — Cabe ao contribuinte produzir prova de suas alegações. Não estando demonstrada qualquer tentativa de cobrança da dívida existente, caracteriza-se o abatimento concedido ao devedor como perdão, não autorização a sua dedução como despesa na apuração do lucro real. CSLL — TRIBUTAÇÃO REFLEXA — Tendo em vista a íntima relação de causa e efeito que possuem com o lançamento principal, a decisão proferida em relação ao IRPJ deve ser estendida à CSLL. I Processo e 18471.000201/2003-87 CC01/C07 Acórdão Il.' 197-00082 Fls. 2 Vistos, relatados e discutidos os presentes autos recurso interposto por, DESTAK PARTICIPAÇÕES E SERVIÇOS LTDA. ACORDAM os Membros da Sétima Turma Especial do Primeiro Conselho de Contribuintes, por unanimidade de votos, DAR provimento PARCIAL ao recurso, para excluir da exigência o valor de R$ 90.372,'1, objeto do item I do termo de verificação fiscal, nos termos do relatório e voto que . ast a integrar o presente julgado. À! t MAR f O V ICIUS NEDER DE LIMA Presi , te e (&ONACRDO LOBO DE A MEI& Relator Formalizado em: 2(3 MAR 2009 Participou, ainda, do presente julgamento, a Conselheira Selene Ferreira de Moraes. Ausente, justificadamente a Conselheira Lavinia Moraes de Almeida Nogueira Junqueira. • Relatório Originou-se o presente processo da lavratura de autos de infração de IRPJ (fls. 89/92) e de CSSL (fls. 93/96) contra o contribuinte, sendo exigidos, respectivamente, os valores de R$ 28.042,67 e R$ 13.460,00, acrescidos de multa de oficio no percentual de 75% e juros de mora. Segundo consta na descrição dos fatos às fls. 88, o contribuinte teria lançado como crédito incobrável a quantia de R$ 90.372,91, em dezembro de 1999, sem a devida comprovação de sua dedutibilidade, tendo seu enquadramento legal nos arts. 340, 342 e 249, I do RIR/99 e na IN SRF 93/1997, arts. 24 a 26. Ademais, teria lançado como despesa de crédito a quantia de R$ 21.797,78, também sem a devida comprovação de sua dedutibilidade, tendo, por conseguinte o mesmo enquadramento legal. Devidamente cientificado da autuação, o contribuinte impugnou tempestivamente o lançamento, em 25/01/2003, apresentando, em suma, as seguintes razões no que diz respeito à dedução indevida do crédito cobrado da empresa W. Shock Som Ltda: 2 Processo n° 18471.000201/2003-87 CCO I /CO7 Acórdão n.° 197-00002 Fls. 3 - segundo o art. 90, inciso II alínea B da Lei do Ajuste Tributário n° 9.430 de 27 de setembro de 1996, as perdas de crédito com valor superior a R$ 5.000,00 (cinco mil reais) até R$ 30.000,00 (trinta mil reais), vencidos há mais de um ano, independentemente de iniciados os procedimentos judiciais para seu recebimento, porém, mantida a cobrança adminitrativa, poderão ser deduzidos como despesa, para a determinação do lucro real. O contribuinte teria seguido exatamente os ditames legais. - o Auditor Fiscal da Receita Federal não teria constatado a comprovação da dedutibilidade do crédito em razão de os procedimentos judiciais estarem sendo executados contra o sr. Jorge Walter de Paula Barros, sócio gerente da W. SHOCK Som Ltda, interveniente e fiador da operação. Já no que tange à segunda cobrança, relativa às perdas no recebimento de créditos referentes à empresa Geltec Comércio e indústria Ltda, afirmou o contribuinte que: - já poderia ter excluído de seu do lucro real os valores em atraso devidos pela Geltec (fl. 156), somente não o tendo feito em razão da possibilidade de acordo entre as empresas, o que somente teria ocorrido em 09/11/1999 (fls. 157/160) ; - para concretizar o referido acordo o contribuinte teria dado um desconto significativo à Geltec, nos valores a serem liquidados. Referido desconto seria na quantia de R$ 21.797,78, equivalentes ao estorno dos encargos debitados desde o vencimento original dos títulos até a data do acordo, e finalmente; - o contribuinte poderia ter excluído do seu lucro real a quantia de R$ 43.315,83, considerando o que dispõe o artigo 9°., parágrafo primeiro, inciso II, alínea b , tendo em vista que a Geltec não cumpriu a confissão de divida firmada. (fls. 157/160) Às fls. 173 consta intimação ao contribuinte para que este apresentasse, no prazo de cinco dias, procuração para o sr. Jorge Gomes da Costa, com firma reconhecida, sob pena de não seguimento da impugnação. No prazo previsto foi anexada a procuração e atendida a solicitação (fl. 175) A 7' Turma da DRJ/RJOI, ao examinar a impugnação, decidiu, por maioria de votos, pela procedência do lançamento do crédito tributário, entendendo devido o IRPJ, no valor de 28.042,67, e a CSSL no valor de R$ 13.460,48, acrescidos de multa de oficio de 75% e os juros de mora. No que diz respeito à primeira infração, relativa ao crédito de R$ 90.372,91, contra a empresa W. Shock Som, assim foi motivada a decisão do órgão julgador: - a interessada não teria trazido aos autos os documentos comprobatórios dos créditos. Acrescenta que consta apenas uma planilha elaborada pelo próprio contribuinte com valores já consolidados e data de vencimento. Afirma, ainda, que não de saberia qual o valor original e nem como foi acordada a questão dos encargos no caso de inadimplemento. Assim, 3 Processo n°18471.000201/200347 CC0I/C07 Acórdão n.° 197-00082 J;' seria impossível à julgadora saber se os valores contabilizados estariam corretos. Destacou que as planilhas elaboradas pela própria empresa, sem a devida comprovação com documentos hábeis e idôneos, tais como notas fiscais ou contratos de prestação de serviços não fariam prova a favor do contribuinte; - o documento de confissão de dívida, este teria sido assinado em 25 de novembro de 1997, sendo que seu item 2 faria menção a uma dívida líquida e certa de R$ 77.000,00. Não haveria nos autos qualquer comprovação de que este valor decorre dos valores listados na planilha que consolida a dívida em R$ 90.372,91. Além disso na planilha contariam créditos incobráveis cujos vencimentos ocorreriam após a data da assinatura do contrato. Desta forma deve-se concluir que não consta nos autos a comprovação de que este Instrumento de confissão de Dívida tem por objeto a cobrança dos mesmos valores discriminados na planilha Relação de Créditos Incobráveis. - não constaria nos autos a comprovação de que a interessada teria mantido a cobrança administrativa da dívida, condição necessária para a dedutibilidade segundo o art. 90, § 1°, II, "b", da Lei 9.430/96 Em relação à segunda infração, a mesma também foi considerada procedente, considerando a Turma Julgadora que os valores relativos aos créditos que o contribuinte renunciou ao direito de executar ou receber (perdoou), não são dedutiveis, mas sim mera liberalidade deste, não tendo a característica de despesa operacional, ou seja, necessária para a atividade ou manutenção de sua operação; Neste julgamento restaram vencidos os julgadores Ney Câmara de Castro, que considerava improcedentes os dois lançamentos e, ainda, o julgador Guilherme Henrique da Silva Ribeiro, que considerava improcedente apenas a segunda infração. Inconformado, em 20/04/2007 o contribuinte interpôs recurso voluntário (191/197), pedindo o cancelamento dos lançamentos e dos valores cobrados no presente processo, argumentando, em apertada síntese: - o entendimento da DRJ estaria equivocado no que diz respeito à não comprovação dos valores inadimplidos pela W. Shock. Esta teria se tomado devedora da Rubi, sucedida pela Destak, pela quantia de R$ 65.113,15, valor este equivalente aos créditos inaditnplidos, devidamente comprovados pelos títulos por cópia anexados (docs 1 a 96). Estes créditos acrescidos dos encargos financeiros contratados (cláusula tr•, parágrafo segundo) somariam a quantia de R$ 90.372,91, exatamente a quantia deduzida, objeto do lançamento; r - em razão da decretação da falência da W. Shock não puderam ser utilizados os meios usuais de cobrança, assim, somente restou ao contribuinte tentar receber o crédito do garantidor da operação e sócio da empresa, Sr. Jorge Walter de Paula Barros; - os documentos acostados ao processo demonstrariam a origem e a evolução do débito. O fato de o instrumento de confissão de dívida ter retratado valor a menor do que fora 4 Processo n° 18471.000201/2003-87 CCOI/C07 Acórdão n. 197-00082 Fls. 5 efetivamente deduzido como despesa não autorizaria a conclusão de que o crédito não existe ou não foi comprovado. Ademais, a diferença entre os valores seria perfeitamente explicável, refletindo os encargos financeiros que se acrescentaram à dívida até o momento da sua efetiva dedução como despesa. - quanto ao argumento de que não estaria comprovada a manutenção da cobrança administrativa do crédito, condição estabelecida para a dedutibilidade, argumenta o contribuinte que o próprio documento de confissão de dívida demonstra o oposto. Referido documento comprovaria que se vinha tentando a solução do problema, inclusive renegociação da dívida. Ademais, os documentos de n° 02 a 09, verso, também comprovariam a tentativa de cobrança junto às respectivas instituições financeiras, atendendo assim aos requisitos da legislação. - em relação ao crédito da Geltec, a dedução, compreendendo o valor principal, os juros e os encargos moratórios, iria ao encontro dos termos da IN n° 93/97; - a maior parte da dívida glosada pela i. autoridade fiscal compreenderia receitas, em sua maior parte de juros de mora (R$19.046,69) que o contribuinte, ora recorrente não recebeu, mas que não obstante foram oferecidas à tributação nos exercícios de 1998 e 1999. Nada mais natural do que a dedução do mesmo valor como despesa no exercício de 1999. - negar ao contribuinte a possibilidade de lançar como despesa receitas de fato não havidas importaria em desequilíbrio da relação jurídico-tributária, em flagrante violação às leis e princípios que regem a cobrança do Importo de Renda da Pessoa Jurídica. - a regularidade da escrituração objeto do lançamento principal afastaria a exigência fiscal do lançamento decorrente. Assim, não se justificaria a reflexa cobrança da CSSL, no valor de R$ 30.345,28. Instrui o seu recurso com alguns documentos que não haviam sido anexados à impugnação, destacando-se cópias de cheques recebidos de terceiro. É o relatório. Voto Conselheiro —LEONARDO LOBO DE ALMEIDA, Relator O recurso é tempestivo e atende aos demais requisitos de admissibilidade, devendo, pois, ser conhecido. Processo n° 18471.000201/2003-87 CCOI/C07 Acórdão n.°197-00082 Fls. 6 Tenho para mim que, não obstante o fato de o momento certo para apresentação das provas ser junto com a impugnação, em homenagem aos princípios da busca da verdade material, da eficiência e da economia processual, parece mais razoável, dependendo da situação concreta sob análise, aceitar a juntada de documentos de forma extemporânea, por ocasião da interposição do recurso, com o objetivo de se ter uma melhor cognição da causa. Este entendimento é historicamente utilizado no Conselho de Contribuintes: PROVAS ACOSTADAS AOS AUTOS APÓS O PRAZO DE INTERPOSIÇÃO DO RECURSO VOLUNTÁRIO IMPRESCINDIBILIDADE DA ANÁLISE PARA O DESLINDE DA CONTROVÉRSIA - VERDADE MATERIAL - A prova documental será apresentada na impugnação, prechando o direito de o impugnante fazê-lo em outro momento processual, exceto se comprovado a ocorrência de uma das hipóteses do art. 16, § 4°, do Decreto n° 70.235/72. Essa é a regra geral insculpida no Processo Administrativo Fiscal Federal. Entretanto, os Regimentos dos Conselhos de Contribuinte e da Câmara Superior de Recursos Fiscais sempre permitiram que as partes pudessem acostar memoriais e documentos que reputassem imprescindíveis à escorreita solução da lide. Em homenagem ao princípio da verdade material, pode o relator, após análise perfunctória da documentação extemporaneamente juntada, e considerando a relevância da matéria, integrá-la aos autos, analisando-a, ou convertendo o feito em diligência. (1° CC — 3° Câmara — Recurso n° 148651 — Relator Conselheiro Giovanni Christian Nunes Campos —julgado em 22/01/2008) No presente caso, portanto, cabível o exame dos documentos acostados aos autos, para deles se extrair prova do quanto alegado pelo interessado. Com isso, em análise de mérito, há de ser reformada a decisão da DRJ em relação ao primeiro item da autuação: dedução indevida do crédito existente contra a empresa W. Shock Som Ltda.. De fato, encontra-se perfeitamente demonstrado que (i) a referida empresa devedora teve sua falência decretada em 6 de agosto de 1997, por decisão da 5' Vara de Falências e Concordatas da Comarca do Rio de Janeiro; e (ii) que a ora Recorrente adotou uma série de medidas, inclusive com o ajuizamento de ações judiciais contra o fiador/garantidor do contrato, Sr. Jorge Walter de Paula Barros, visando o recebimento de seu crédito. Não logrando êxito, considerou-o perda e deduziu tal montante de seu resultado. Agiu com o devido zelo o Recorrente na condução de seus negócios, não havendo qualquer providência adicional que, a meu ver, poderia ter sido tomada na tentativa de recuperar os valores integrantes da dívida feita pela empresa W. Shock Som Ltda., razão pela qual considero atendidos os requisitos do art. 9° da Lei 9.430/96. 6 . . Processo n° 18471.00020112003-87 CCOI/C07 Acórdão n.° 197-00082 Fls. 7 Note-se que, com a falência da indigitada devedora, a hipótese é de aplicação do parágrafo 4° do art. 9°, da Lei 9.430/96, e não de seu parágrafo 1°, inciso II, alínea "b". Veja-se o teor de tais dispositivos: "Art.9° As perdas no recebimento de créditos decorrentes das atividades da pessoa jurídica poderão ser deduzidas como despesas, para determinação do lucro real, observado o disposto neste artigo. §I° Poderão ser registrados como perda os créditos: I -omissis; II -sem garantia, de valor: 0(4; b)acima de R$ 5.000,00 (cinco mil reais)até R$ 30.000,00 (trinta mil reais), por operação, vencidos há mais de um ano, independentemente de iniciados os procedimentos judiciais para o seu recebimento, porém, mantida a cobrança administrativa; §4 0 No caso de crédito com empresa em processo falimentar ou de concordata, a dedução da perda será admitida a partir da data da decretação da falência ou da concessão da concordata, desde que a credora tenha adotado os procedimentos judiciais necessários para o recebimento do crédito." Exatamente o que ocorreu neste processo. Definido tal ponto, passa-se ao exame do segundo item da autuação: a dedutibilidade da divida da empresa Geltec Comércio e Indústria Ltda.. Neste aspecto, acertada está a decisão recorrida, pois, ao contrário do que quer fazer crer o contribuinte em seu apelo, não está sob discussão a existência do crédito ou a sua natureza — se juros ou não —, mas sim, se o não recebimento do montante devido caracteriza- se como "perdão de dívida" ou permite a sua dedutibilidade. Não há nos autos qualquer evidência de que o interessado tentou cobrar o que lhe era de direito durante o período entre o vencimento dos títulos e a data da assinatura do "contrato com consolidação e confissão de divida" (fls. 170/172) — tomando-se como verdadeiras as informações constantes nas planilhas apresentadas pelo próprio Recorrente. Veja-se, a respeito, a jurisprudência deste Colegiado: ç( 7 . - . • Processo n° 18471.000201/2003-87 CCO I /CO7 Acórdão n.° 197-00082 Fls. 8 DESPESAS OPERACIONAIS E ENCARGOS - CHEQUES INCOBRÁ VEIS - A ausência de comprovação da impossibilidade do recebimento, por si só, prejudica a dedutibilidade. (1° CC - I° Câmara - Recurso n° 129239 - Relator Conselheiro Francisco de Assis Miranda -julgado em 22/08/2002) Além disso, também não constam do processo elementos que permitam verificar se o valor discutido — R$ 21.797,78 — havia sido efetivamente oferecido à tributação nos exercícios de 1998 e 1999, como afirma o contribuinte. Assim, não comprovando o Recorrente as suas alegações, efetivamente tem-se como injustificado o abatimento no valor a ele devido, reputando-se correto o lançamento realizado em relação ao crédito contra a empresa Geltec Comércio e Indústria Ltda.. O mesmo raciocínio acima vale para a CSLL, por ser esta exação tributo reflexo do IRPJ e se fundar a autuação nos mesmos fatos. À vista de todo o exposto, dou provimento parcial ao recurso para excluir da base de cálculo o valor de R$ 90.372,91, objeto do item (1) do Termo de Verificação Fiscal. Sala das Sessões - DF, em 8 de dezembro de 2008 LEONARDO LO O DE ALME Page 1 _0057500.PDF Page 1 _0057600.PDF Page 1 _0057700.PDF Page 1 _0057800.PDF Page 1 _0057900.PDF Page 1 _0058000.PDF Page 1 _0058100.PDF Page 1
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Numero do processo: 13956.000340/2004-25
Turma: Sétima Turma Especial
Câmara: Sétima Câmara
Seção: Primeiro Conselho de Contribuintes
Data da sessão: Mon Dec 08 00:00:00 UTC 2008
Data da publicação: Mon Dec 08 00:00:00 UTC 2008
Ementa: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA JURÍDICA - IRPJ
EXERCÍCIO: 1999, 2000, 2001, 2002, 2003.
PENALIDADE. MULTA POR ATRASO NA ENTREGA DA DIPJ.
Confirmado que a DIPJ foi entregue fora do prazo legal, cabível o
lançamento da multa por atraso na entrega da declaração, ainda
que de entidade enquadrada como isenta pela finalidade ou
objeto.
Numero da decisão: 197-00.062
Decisão: ACORDAM os Membros da Sétima Turma Especial do Primeiro Conselho de
Contribuintes por unanimidade de votos, NEGAR provimento ao recurso, nos termos do relatório e voto que passam a integrar o presente julgado.
Matéria: IRPJ - multa por atraso na entrega da DIPJ
Nome do relator: SELENE FERREIRA DE MORAES
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conteudo_txt : Metadados => date: 2009-09-10T17:33:54Z; pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.6; pdf:docinfo:title: ; xmp:CreatorTool: CNC PRODUÇÃO; Keywords: ; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; subject: ; dc:creator: CNC Solutions; dcterms:created: 2009-09-10T17:33:54Z; Last-Modified: 2009-09-10T17:33:54Z; dcterms:modified: 2009-09-10T17:33:54Z; dc:format: application/pdf; version=1.6; Last-Save-Date: 2009-09-10T17:33:54Z; pdf:docinfo:creator_tool: CNC PRODUÇÃO; access_permission:fill_in_form: true; pdf:docinfo:keywords: ; pdf:docinfo:modified: 2009-09-10T17:33:54Z; meta:save-date: 2009-09-10T17:33:54Z; pdf:encrypted: false; modified: 2009-09-10T17:33:54Z; cp:subject: ; pdf:docinfo:subject: ; Content-Type: application/pdf; pdf:docinfo:creator: CNC Solutions; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; creator: CNC Solutions; meta:author: CNC Solutions; dc:subject: ; meta:creation-date: 2009-09-10T17:33:54Z; created: 2009-09-10T17:33:54Z; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 4; Creation-Date: 2009-09-10T17:33:54Z; pdf:charsPerPage: 1131; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; meta:keyword: ; Author: CNC Solutions; producer: CNC Solutions; access_permission:can_modify: true; pdf:docinfo:producer: CNC Solutions; pdf:docinfo:created: 2009-09-10T17:33:54Z | Conteúdo => * CCO1a97 •N.! As,. 9-0. MINISTÉRIO DA FAZENDA .:LePht:, .' k- PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES SÉTIMA TURMA ESPECIAL Processo n° 13956.000340/2004-25 Recurso e 152.860 Voluntário Matéria IRPJ - Exs.: 1999 a 2003 Acórdão a° 197-00062 Sessão de 8 de dezembro de 2008 Recorrente CENTRO DE ESTUDOS DO MENOR E INTEGRAÇÃO NA COMUNIDADE Recorrida r TURMA/DRJ-CURITIBA/PR ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA JURiDICA - IRPJ EXERCÍCIO: 1999, 2000, 2001, 2002, 2003 . PENALIDADE. MULTA POR ATRASO NA ENTREGA DA DIPJ. Confirmado que a DIPJ foi entregue fora do prazo legal, cabível o lançamento da multa por atraso na entrega da declaração, ainda que de entidade enquadrada como isenta pela finalidade ou objeto. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos de recurso interposto por CENTRO DE ESTUDOS DO MENOR E INTEGRAÇÃO NA COMUNIDADE. ACORDAM os Membros da Sétima Turma Especial do Primeiro Conselho de Contribuintes por unanimidade • e votos, NEGAR provimento ao recurso, nos termos do relatório e voto que passam a • à/ , o presente julgado.frif hisr • • MAR ir I ICIUS NEDER DE LIMA Presid - - e NE FERREIRA DE MORAES Relatora Formalizado em: 03 MAR 2009 1 Processo n° 13956.000340/2004-25 CC01/197 Acórdão n.°197-00062 Fls. 2 Participou, ainda, do presente julgamento, o Conselheiro Leonardo Lobo de Almeida. Ausente, justificadamente a Conselheira Lavinia Moraes de Almeida Nogueira Junqueira. Relatório Por bem descrever os fatos relativos ao contencioso, adoto o relato do órgão julgador de primeira instância até aquela fase: "Trata o presente processo de auto(s) de infração que exige(m) da interessada o recolhimento de R$ 1.828,70 de multa por atraso na entrega de DIPJ do(s) exercício(s) 1999, 2000, 2001, 2002, 2003. Constam como fundamentação legal os arts. 88 da Lei n" 8.981, de 1995, 27 da Lei n°9.532, de 1997, 7"da Lei n°10.426, de 2002, 106, II, "c" do CM e Instrução Normativa SRF n°166, de 1999. Contra o lançamento, a interessada intetpós tempestiva impugnação, em que pede o cancelamento da multa aplicada, por ser entidades sem fins lucrativos e reconhecida de utilidade pública." A Delegacia de Julgamento considerou o lançamento procedente, em decisão assim ementada: "ENTIDADES IMUNES OU ISENTAS. OBRIGATORIEDADE DE APRESENTAÇÃO DA DIPJ. MULTA POR ATRASO. As entidades imunes ou isentas estão obrigadas à entrega da DIPJ e, assim, se sujeitam à multa por atraso na sua apresentação." Contra a decisão, interpôs a contribuinte o presente Recurso Voluntário, no qual alega em síntese que: a) A entidade é reconhecida de utilidade pública e mantém centenas de crianças e adolescentes carentes de diversas faixas etárias. b) Se mantém com doações da comunidade e recursos públicos, que quando vêm são insuficientes para a manutenção de seu objetivo. c) A diretoria da entidade é formada por pessoas voluntárias, e que não recebe nem um tipo de remuneração. d) Requer o cancelamento dos autos de infração, bem como o perdão da multa, tendo em vista que tal decisão estará contribuindo para que possamos ter uma sociedade mais justa, e que realmente impere a justiça social. É o relatório. • • Processo n° 13956.00034012004-25 CC01/797 Acórdão n.° 197-00062 Fls. 3 ds. Voto Conselheira SELENE FERREIRA DE MORAES, Relatora O recurso é tempestivo e preenche os demais requisitos de admissibilidade, devendo ser conhecido. Como muito bem salientado na decisão de primeira instância a recorrente não contesta o atraso na entrega das declarações. Não há reparos a fazer na decisão recorrida, que deve ser mantida pelos seus próprios fundamentos. A obrigatoriedade da entrega da DEPJ tem por fundamento legal os seguintes dispositivos: "Decreto-lei n°2.124/1984 Art. 5° O Ministro da Fazenda poderá eliminar ou instituir obrigações acessórias relativas a tributos federais administrados pela Secretaria da Receita Federal 5 1° O documento que formalizar o cumprimento de obrigação acessória, comunicando a existência de crédito tributário, constituirá confissão de dívida e instrumento hábil e suficiente para a exigência do referido crédito. § 2° Não pago no prazo estabelecido pela legislação o crédito, corrigido monetariamente e acrescido da multa de vinte por cento e dos juros de mora devidos, poderá ser imediatamente inscrito em dívida ativa, para efeito de cobrança executiva, observado o disposto no 2° do artigo 7° do Decreto-lei n°2.065, de 26 de outubro de 1983. § 3° Sem prejuízo das penalidades aplicáveis pela inobservância da obrigação principal, o não cumprimento da obrigação acessória na forma da legislação sujeitará o infrator à multa de que tratam os §§ 2°, 3° e 4° do artigo 11 do Decreto-lei n° 1.968, de 23 de novembro de 1982, com a redação que lhe foi dada pelo Decreto-lei n°2.065, de 26 de outubro de 1983. IN SRF n°127/1998 Art. 12 Fica instituída a Declaração de Informações Econômico-Fiscais da Pessoa Jurídica - DIPJ. Art. 22 A partir do ano-calendário de 1999, todas as pessoas jurídicas, inclusive as equiparadas, deverão apresentar, anualmente, até o último dia útil do mês de setembro, a DIPJ, centralizada pela matriz. Parágrafo único. A obrigatoriedade a que se refere este artigo não se aplica: (5" • Processo n 0 13956.000340/2004-25 CCO1a97 Acórdão n.• 197-00062 ns. 4 I - ás microempresas e empresas de pequeno porte, optantes pelo regime do Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte - SIMPLES; - aos órgãos públicos, às autarquias e fundações públicas." A legislação é clara ao determinar a obrigatoriedade de entrega da declaração para todas as pessoas jurídicas, com exceção daquelas mencionadas no parágrafo único do art. 2° da IN 127/1998. Em caso de atraso na entrega não há como deixar de aplicar a penalidade prevista na legislação. Este também é o entendimento deste Egrégio Conselho de Contribuintes, conforme demonstram as ementas a seguir reproduzidas: "PENALIDADE — MULTA POR ATRASO NA ENTREGA DA DIPJ. Confirmado que a DIPJ foi entregue fora do prazo legal, cabível o lançamento da multa por atraso na entrega da declaração, ainda que de entidade enquadrada como isenta pela finalidade ou objeto. (Acórdão n°107-08996, 1° CC, sessão de 25/04/2007) MULTA POR ATRASO NA ENTREGA DE DIPJ. Previsão legal. ENTIDADES IMUNES/ISENTAS DE TRIBUTAÇÃO. Apesar de desobrigadas ao pagamento dos tributos, as entidades imunes/isentas de tributação não estão eximidas do cumprimento de entregar a D1PJ anualmente. (Acórdão n°107-09193, 1° CC, sessão de I7110/2007)" Ante todo o exposto, nego provimento ao recurso. Sala das Sessões - DF, em 8 de dezembro de 2008. REIRA DE MORAES 4 Page 1 _0046400.PDF Page 1 _0046500.PDF Page 1 _0046600.PDF Page 1
score : 1.0
Numero do processo: 11030.000520/2004-13
Turma: Sétima Turma Especial
Câmara: Sétima Câmara
Seção: Primeiro Conselho de Contribuintes
Data da sessão: Mon Dec 08 00:00:00 UTC 2008
Data da publicação: Mon Dec 08 00:00:00 UTC 2008
Ementa: Imposto sobre a Renda de Pessoa Jurídica - IRPJ
Exercício: 2000
Ementa: DILIGÊNCIA — NOVO CRITÉRIO JURÍDICO — INOCORRÊNCIA - Não tendo, a realização da diligência, implicado alteração da acusação fiscal ou agravamento da exigência, não se caracteriza como novo lançamento ou enseja qualquer nulidade.
MULTA ISOLADA - MULTA DE OFÍCIO - CUMULATIVIDADE — IMPOSSIBILIDADE - A aplicação da multa de oficio cumulativamente com a multa isolada implica em dupla penalização do contribuinte pelo mesmo fato.
Numero da decisão: 197-00.083
Decisão: ACORDAM os Membros da Sétima Turma Especial do Primeiro Conselho de Contribuintes, por unanimidade de votos, REJEITAR as preliminares de nulidade e, no mérito, DAR provimento PARCIAL ao recurso para excluir a multa isolada, nos termos do relatório e voto que passam a integrar o irejp4e julgado.
Matéria: IRPJ - AF - lucro real (exceto.omissão receitas pres.legal)
Nome do relator: LEONARDO LOBO DE ALMEIDA
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I MINISTÉRIO DA FAZENDA L3T.,,,,t PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES SÉTIMA CÂMARA Processo e 11030.000520/2004-13 Recurso n° 160.382 Voluntário Matéria IRPJ e OUTRO - Ex.:2000 Acórdão n° 197-00083 - Sessão de 9 de dezembro de 2008 Recorrente TERRES CONSTRUÇÕES E INCORPORAÇÃO LTDA Recorrida r TURMA/DRJ-SANT,A MARIA/RS k' Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Jurídica - IRPJ Exercício: 2000 Ementa: DILIGÊNCIA — NOVO CRITÉRIO JURÍDICO — INOCORRÊNCIA - Não tendo, a realização da diligência, implicado alteração da acusação fiscal ou agravamento da exigência, não se caracteriza-como 'novo lançamento ou enseja qualquer nulidade. . MULTA ISOLADA - MULTA DE OFÍCIO - CUMULATIVIDADE — IMPOSSIBILIDADE - A aplicação da multa de oficio cumulá :tivamente com a multa isolada implica em dupla penalização do contribuinte pelo mesmo fato. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos de recurso interposto por, TERRES CONSTRUÇÕES E INCORPORAÇÃO LTDA. ACORDAM os Membros da Sétima Turma Especial do Primeiro Conselho de Contribuintes, por unanimidade de votos, REJEITAR as preliminares de nulidade e, no mérito, DAR provimento PARCIAL ao rec mo para excluir a multa isolada, nos termos do relatório e voto que passam a integrar o irejp4e julgado. J.., .‘e,s Vre7INICIUS NEDER DE LIMA Presidente ONARDO LOBO DE ALMEIDA Relator Processo n°11030.000520/2004-13 CCOI/C07 Acórdão n.° 197-00083 Els 2 Formalizado em: C O MAR 2009 Participou, ainda, do presente julgamento, a Conselheira Selene Ferreira de Moraes. Ausente momentaneamente a Conselheira Lavínia Moraes de Almeida Nogueira Junqueira. Relatório Trata o presente processo de autos de infração de IRPJ, CSLL, PIS e Cofins, referentes aos meses de janeiro, março, maio, agosto e dezembro do ano-calendário de 1999, no valor total de R$ 145.015,81 (fls.05), incluídos multa e juros, lavrados por arbitramento com base na presunção de omissão de receita caracterizada pela falta ou insuficiência de contabilização (fls.06/14). Devidamente intimado do lançamento em 30/06/2004, o contribuinte apresentou impugnação (fls.193/200), alegando, em síntese: - haveria divergência entre as receitas auferidas e declaradas porque o agente fiscal teria deixado de verificar que, nos demais meses do ano de 1999 (fevereiro, abril, junho, setembro, outubro e novembro), a empresa tributou receitas a maior no valor total de R$ 234.845,35. Dessa forma, teria ocorrido um cômputo a maior de receitas no montante de R$ 43.838,56. a Fiscalização não teria observado o regime de competência na escrituração de receitas, devendo ser aplicado ao caso o Parecer Normativo CST n° 02/96, referente à postergação do pagamento do imposto. O processo foi baixado em diligência (fls. 226/227) para comprovar a receita efetiva auferida pela empresa nos meses de fevereiro, abril, junho, julho, setembro, outubro e novembro de 1999, bem como informar a existência ou não de outras operações de venda de unidades imobiliárias com recebimento no ano de 1999, além das citadas nas planilhas de fls. 17 e 204. Como resultado de tal diligência, a DRF Passo Fundo concluiu que o contribuinte teria deixado de tributar, no mínimo, R$ 121.752,66 no ano de 1999, conforme demonstram a documentação juntada e a planilha de fls. 275. Ciente do encerramento da diligência (fls.277), o contribuinte assim se manifesta: - o novo resultado apurado pela Fiscalização caracterizaria alteração do critério jurídico do lançamento; - o instrumento adequado para o aperfeiçoamento do lançamento seria o auto de infração, não podendo aquele ser realizado através de "termos" lavrados pela autoridade fiscal, com a inclusão de valores novos; 2 Processo n°11030.000520/2004-13 CCO I /C07 Acórdão n.° 197-00083 Fls. 3 A 1* Turma da DRJ-Santa Maria/RS, por unanimidade, manteve em parte o lançamento, pelas seguintes razões: - como o contribuinte teria oferecido receita a maior em fevereiro, abril, junho, julho, setembro, outubro e novembro de 1999, em razão da postergação do pagamento do tributo, deveriam ser cancelados os valores lançados de R$ 8.459,61, R$ 12.427,04, R$ 48.278,88 e R$ 88,60, referentes aos fatos geradores de 01/1999,03/1999; 05/1999 e 08/1999, respectivamente; - o valor lançado de R$ 21.049,51, referente ao fato gerador 08/1999, deveria ser reduzido para R$ 20.960,91, enquanto o valor lançado de R$ 100.791,7, referente ao fato gerador 12/1999, mantido integralmente. Dessa forma, o valor total omitido seria de R$ 121.752,66; - improcede a alegação do interessado, no sentido de ter havido mudança do critério jurídico do lançamento em função da inovação trazida pela diligência, pois esta soemnte ocorre quando "o Fisco tributa determinado fato de uma forma e, depois, altera esse lançamento, tributando-o sob outra fundamentação". - o percentual da multa deve ser reduzido de 75% para 50%, com fulcro no art. 106, II, "c", do CTN c/c artigo 44 da Lei n° 9.430/96. Inconformado, o contribuinte interpôs Recurso Voluntário, insistindo, em resumo, que em decorrência da diligência realizada teria havido alteração do critério jurídico do lançamento, o que acarretaria a sua nulidade e a necessidade de ser lavrado novo auto de infração, específico. Para corroborar seu pensamento cita doutrina e jurisprudência deste Conselho a respeito do assunto. Sobre a multa isolada aplicada, que já havia sido objeto de redução pela DRJ, apenas menciona que "sua manutenção, ou não, depende essencialmente da decisão a ser proferida no recurso interposto contra o lançamento do IR?)". É o relatório. Voto Conselheiro —LEONARDO LOBO DE ALMEIDA, Relator O recurso é tempestivo e reúne os demais requisitos de admissibilidade, portanto, dele conheço. Quanto à alegação da preliminar de nulidade de lançamento, em razão de supostos vícios formais que maculariam a validade da diligência realizada, tenho que não 3 Processo n°11030.000520/2004-13 CCO I /CO7 Acórdão n.° 197-00083 Fls. 4 assiste razão ao contribuinte, pois todas as exigências legais e regulamentares pertinentes foram devidamente observados. Melhor sorte não merece o argumento de que teria havido mudança de critério do lançamento pelo fato de ter sido apurado, na diligência realizada, valor a pagar diferente — a menor — daquele originalmente encontrado ao fim do processo de fiscalização. Isto porque, o que houve na diligência foi tão somente uma análise mais detalhada dos livros contábeis, abrangendo todo o ano de 1999. Pode-se dizer inclusive que essa análise beneficiou o contribuinte (fls. 276/277), vez que a DRJ minorou os valores devidos pelo contribuinte (fls. 289/294). Além disso, o contribuinte foi devidamente notificado para apresentar nova impugnação (fls. 283/284), tendo ampla defesa para justificar o que foi apurado Nesse sentido, o Conselho de Contribuintes já demonstrou diversas vezes os limites dessa norma: PRELIMINAR DE NULIDADE POR MODIFICAÇÃO NO CRITÉRIO JURÍDICO DO LANÇAMENTO. As divergências na interpretação da legislação suscitadas ao longo da tramitação do processo não representam alteração no critério jurídico adotado no lançamento se este estiver fundamentado desde o principio em idêntica motivação. (1° CC. 2° Câmara. Recurso n° 137822. Relator Ricardo Paulo Rosa. 11/09/2008) NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO – MODIFICAÇÃO DE CRITÉRIO JURIDICO. A mudança de critério jurídico, relativamente à interpretação de dispositivo legal, de que trata o art. 146 do CTIV, somente ocorre em se tratando de lançamento tributário, quando a autoridade administrativa substitui uma interpretação por outra sem que se possa afirmar que uma ou outra esteja incorreta, bem como, quando dentre as várias alternativas oferecidas pelo dispositivo de lei, a mesma autoridade opta por substituir a que adotou inicialmente, para alterar o lançamento. Simples constatação de procedimento, através de Termo de Verificação Fiscal, e do qual não decorreu qualquer exigência ou manifestação da autoridade, não se presta como parâmetro de interpretação de lei para se alegar que, em face de lançamento superveniente, houve modcação de critério jurídico. (1° CC. 2" Câmara. Recurso n° 129254. Relator Roberto Luis Ribeiro Haddad. 21/10/2004) DECADÊNCIA. Não tendo, a realização da diligência, implicado alteração da acusação fiscal nem agravamento da exigência, não se caracteriza como novo lançamento. Conseqüentemente, é de se rejeitar a argüição de decadência fundada na alegação de que houve novo 4 . , . Processo n° 11030.000520/2004-13 CC01/C07 Acórdão n.° 197-00083 Fls. 5 lançamento. (1° CC — I° Câmara — Recurso n° 148879 — Relatora Conselheira Sandra Maria Faroni —julgado em 08/12/2006) REDUÇÃO DO VALOR DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO LANÇADO: Verificado através de diligência o erro no montante do crédito •tributário lançado correta a decisão que ajusta para menos a exigência ao novo valor relatado pela fiscalização. (1° CC — 5° Câmara — Recurso n" 157038 — Relator Conselheiro José Clóvis Alves —julgado em 04/07/2007) DECADÊNCIA INOCORRÊNCIA: As modificações no valor da exigência, com redução da matéria tributável, ocorrida no curso da lide, fruto de diligências para esclarecimento de questões trazidas pelo próprio sujeito passivo, quando não se altera a hipótese de incidência e nem aumentam a base de cálculo, não se constitui em novo lançamento, devendo ser considerada para efeito decadência a data da ciência do auto de infração e não do término da diligência. (1° CC — 7° Câmara — Recurso n° 129408 — Relator Conselheiro José Clóvis Alves —julgado em 18/04/2002) Em relação à aplicação de multa de oficio isolada em razão do não-recolhimento ou o recolhimento a menor de parcelas de antecipações do IRPJ, decorrentes de receitas omitidas de tributação, ouso em discordar da posição adotada pela P Turma da DRJ-Santa Maria/RS. Em que pese o entendimento de que haveria incidência multa isolada por falta de recolhimento de estimativa sobre os valores da receita omitida, isso se caracteriza em bis in idem. Isso ocorre porque a multa isolada possui a mesma base de cálculo da multa de oficio. Deve-se, portanto, exonerar a autuada da multa isolada, já que a base de cálculo dele não pode ser o que se pagou como multa de oficio. Veja-se, a respeito, a jurisprudência deste Colegiado: PENALIDADE - MULTA ISOLADA - FALTA DE RECOLHIMENTO DO IRPJ - BASE ESTIMADA. Não cabe a aplicação concomitante da . multa de oficio incidente sobre o tributo apurado, e da multa isolada por falta de recolhimento de estimativas, prevista no art. 44 da Lei n" 9.430/96, § I°, inciso IV, quando calculadas sobre os mesmos valores, apurados em procedimento fiscal. Incabível a exigência da multa isolada. (1° CC — 7° Câmara — Recurso n° 148967 — Relator Conselheiro Jayme Juarez Grotto —julgado em 28/05/2008) MULTA ISOLADA - MULTA DE OFÍCIO - CUMULATIVIDADE - A aplicação da multa de oficio, cumulativamente com a multa isolada, 5 Processo n's 11030.000520/2004-13 CCO l/C07 Acórdão o.' 197-00083 Fls. 6 implica em dupla penaliza* do mesmo fito e, por isso mesmo, esta deve ser afastada. (1° CC — 5° Câmara — Recurso n° 162680 — Relator Conselheiro Paulo Jacinto do Nascimento —julgado em 13/08/2008) PENAIJDADE - MULTA ISOLADA — FALTA DE RECOLHIMENTO DE IRPJ POR ESTIMATIVA — CONCOMITÂNCIA COM MULTA DE OFICIO EXIGIDA PELA CONSTATAÇÃO DE OMISSÃO DE RECEITAS. Incabível a aplicação concomitante da multa por falta de recolhimento de tributo com base em estimativa e da multa de oficio exigida pela constatação de omissão de receitas, que tiveram como base o mesmo valor apurado em procedimento fiscal. (I° CC — 8° Câmara — Recurso n° 133053 — Relator Conselheiro Nelson Lásso Filho —julgado em 14/08/2003) Por tudo exposto, rejeito a preliminar de nulidade e dou provimento parcial ao recurso para exonerar a multa isolada. Sala das Sessões - DF, em 9 de dezembro de 2008 /9 o Á-- LEONARDO 6DE ALMEIDA 6 Page 1 _0058300.PDF Page 1 _0058400.PDF Page 1 _0058500.PDF Page 1 _0058600.PDF Page 1 _0058700.PDF Page 1
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Numero do processo: 10140.003082/2003-54
Turma: Sétima Turma Especial
Câmara: Sétima Câmara
Seção: Primeiro Conselho de Contribuintes
Data da sessão: Mon Dec 08 00:00:00 UTC 2008
Data da publicação: Mon Dec 08 00:00:00 UTC 2008
Ementa: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA JURÍDICA - IRPJ
EXERCÍCIO: 2000
ERRO NO PREENCHIMENTO DA DECLARAÇÃO.
Comprovado o erro no preenchimento da declaração com base na
escrituração contábil e fiscal, deve ser cancelado o lançamento.
Numero da decisão: 197-00.075
Decisão: ACORDAM os Membros da Sétima Turma Especial do Primeiro Conselho de
Contribuintes, por unanimidade de votos, DAR provimento ao recurso, nos termos do relatório e voto que passam a integrar o presente julgado.
Matéria: IRPJ - glosa de compensação de prejuízos fiscais
Nome do relator: SELENE FERREIRA DE MORAES
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I tft,.À tre y.--;[7.1, MINISTÉRIO DA FAZENDA v4" k tt L.Itt PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES 't SÉTIMA TURMA ESPECIAL Processo e 10140.003082/2003-54 Recurso n° 160.047 Voluntário Matéria IRPJ - Ex.: 2000 Acórdão n° 197-00075 Sessão de 8 de dezembro de 2008 Recorrente H.G. ALMEIDA & CIA. LTDA Recorrida r TURMA/DRJ-CAMPO GRANDE/MS ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA JURIDICA - IRPJ EXERCÍCIO: 2000 ERRO NO PREENCHIMENTO DA DECLARAÇÃO. Comprovado o erro no preenchimento da declaração com base na escrituração contábil e fiscal, deve ser cancelado o lançamento. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos de recurso interposto por H.G. ALMEIDA & CIA. LTDA. ACORDAM os /%/1 w bros e. Sétima Turma Especial do Primeiro Conselho de Contribuintes, por unanimidade v. • • AR provimento ao recurso, nos termos do relatório e voto que passam a integrar o • - Igado. / MAR ! 44P I ICIUS NEDER DE LIMA Pr sid , te rad. °H: )nn"-- MORAES Relatora Formalizado em: 2 O MAR 2009 Participou, ainda, do presente julgamento, o Conselheiro Leonardo Lobo de Almeida. Ausente, justificadamente a Conselheira Lavíaia Moraes de Almeida Nogueira Junqueira. Processo n° 10140.00308212003-54 CCOVT97 Acórdão n.° 197-00075 Eis. 2 Relatório Trata-se de autos de infração de IRPJ e CSLL lavrados em decorrência da glosa de prejuízos fiscais e bases de cálculo negativas compensadas indevidamente, nos montantes de R$ 6.412,08 e 6.322,86. Irresignada com a exigência, a contribuinte apresentou impugnação, onde apresentou as seguintes razões: (i) o prejuízo fiscal de períodos anteriores utilizados na compensação na DIPJ/2000 refere-se a saldo corrigido vindo do ano calendário de 1995, tendo errado no preenchimento da DIPJ/1996, deixando de preencher a ficha 29 que era devida, pois a declaração foi mensal e efetuando o preenchimento apenas da ficha 7 que é anual; (ii) a base de cálculo negativa de períodos anteriores utilizados na compensação na DIPJ/2000 refere-se a saldo corrigido vindo do ano calendário de 1995, tendo errado no preenchimento da DIPJ/1996, deixando de preencher a ficha 30 que era devida, pois a declaração foi mensal e efetuando o preenchimento apenas da ficha 11 que é anual. A Delegacia de Julgamento considerou o lançamento procedente com base nos seguintes fundamentos: "Quanto ao mérito, a admissibilidade da compensação de prejuízos fiscais condiciona-se ao implemento das seguintes condições: a) ter efetivamente ocorrido o prejuízo fiscal; b) ter sido devidamente escriturado na contabilidade do contribuinte o apurado prejuízo fiscal; c) ter este prejuízo sido ele controlado no LALUR (Parte B); d) ter este prejuízo sido declarado ao Fisco. Como se observa do exposto, a contribuinte não logrou comprovar que todas estas condições foram implementadas. Ressalte-se que a DIRPJ/1996 registra prejuízo e a base de cálculo negativa da CSLL, mas as fichas que alimentam o controle da Receita não foram preenchidas. As folhas do Livro Diário juntadas apresentam balanceies que não comprovam o prejuízo nem a base de cálculo negativa, pois nelas não consta o Demonstrativo dos Resultados Mensais e não foi juntado o Livro Razão, desta forma mantém-se o lançamento por falta de prova." Contra a decisão, interpôs a contribuinte o presente Recurso Voluntário, no qual alega em síntese que: a) O cumprimento incorreto da obrigação acessória relativa ao preenchimento da declaração não pode, em hipótese alguma, limitar ou impedir o direito do contribuinte de compensar os prejuízos fiscais oriundos de exercícios anteriores. b) A ocorrência do prejuízo e da base de cálculo negativa está devidamente registrada no Livro de Apuração do Lucro Real — LALUR, na parte "B", no Livro Diário e no Livro Razão. c) A recorrente comprovou, por intermédio da DIPJ/1995, do Livro Diário e do LALUR, a ocorrência de prejuízo suficiente para compensação, o que impõe a sua aceitação como meio de prova hábil a comprovar os fatos constitutivos do direito da recorrente. *P17 Processo n° 10140.003082/2003-54 CCOI/T97 Acórdão n.° 197-00075 Fls. 3 d) A recorrente, a despeito de entender que as provas produzidas com a impugnação sejam suficientes para comprovar a ocorrência do prejuízo fiscal e da base de cálculo negativa, pede vênia para juntar, cópia autêntica do livro razão e a integral do Livro Diário, com todos os balancetes mensais, a fim de afastar definitivamente a glosa operada pela fiscalização. e) Está demonstrada a ocorrência de erro de fato no preenchimento da declaração de rendimentos do exercício 1996, por não terem sido informadas as apurações mensais nas fichas correspondentes, o que ocasionou que os dados relativos aos prejuízos fiscais e às bases de cálculo negativas da CSLL não fossem considerados no SAPLI. f) Por outro vértice, a efetiva ocorrência de prejuízo fiscal e de base de cálculo negativa de CSLL está demonstrada por meio dos rigorosos lançamentos contábeis e fiscais apresentados. É o relatório. Voto Conselheira - SELENE FERREIRA DE MORAES, Relatora O recurso é tempestivo e preenche os demais requisitos de admissibilidade, devendo ser conhecido. Preliminarmente cumpre observar que as razões trazidas na decisão de primeira instância constituem fatos novos, nos termos da alínea "c", § 4°, do art. 16 do Decreto tf 70.235/1972, in verbis: "Art. 16. A impugnação mencionará: (.) § 4° A prova documental será apresentada na impugnação, precluindo o direito de o impugnante fazê-lo em outro momento processual, a menos que: (Incluído pela Lei n° 9.532, de 1997) a) fique demonstrada a impossibilidade de sua apresentação oportuna, por motivo de força maior; (Incluído pela Lei n° 9.532, de 1997) b) refira-se a fato ou a direito superveniente;(1ncluído pela Lei n° 9.532, de 1997) c) destine-se a contrapor fatos ou razões posteriormente trazidas aos autos. (Incluído pela Lei n°9.532, de 1997)" Por conseguinte, deve ser acatado o pedido de juntada de provas após a fase da impugnação, nos termos do dispositivo legal supra citado A presente autuação foi motivada pela insuficiência de saldos apurados e informados nas declarações relativas a períodos anteriores. Processo o° 10140.003082/2003-54 COM /197 Acórdão n." 197-00075 Fls. 4 A recorrente alegou a ocorrência de erro de fato no preenchimento da declaração de rendimentos do exercício 1996, por não terem sido informadas as apurações mensais nas fichas correspondentes, o que ocasionou que os dados relativos aos prejuízos fiscais e às bases de cálculo negativas da CSLL não fossem considerados no SAPLI, anexando aos autos os seguintes documentos: • Cópia da D1PJ/1996, onde consta a existência de prejuízo fiscal e saldo negativo de CSLL (148/152). • Cópia dos balanços gerais relativos aos meses de agosto a dezembro de 1995 (153/167). • Cópia do LALUR relativa ao ano de 1995(fls. 168/171). • Cópia do Livro Razão relativo aos meses de agosto a dezembro de 1995 (206/257). •• Cópia do Livro Diário, com todos os balancetes mensais (fls. 96/227). A recorrente anexou aos autos a escrituração mercantil que comprova a contabilização dos prejuízos fiscais e do saldo negativo de CSLL, suprindo as lacunas apontadas na decisão de primeira instância. Assim, a documentação acostada pela recorrente é suficiente para comprovar a sua alegação de que houve um erro no preenchimento da declaração, uma vez que os dados constantes do SAPLI não podem prevalecer sobre a escrituração contábil e fiscal da contribuinte. Ante todo o exposto, conheço do recurso para dar-lhe provimento. Sala das Sessões - DF, 8 de dezembro de 2008. er 1 E FERREIRA DE MORAES 4 Page 1 _0054300.PDF Page 1 _0054400.PDF Page 1 _0054500.PDF Page 1
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Numero do processo: 10435.000497/2003-61
Turma: Sétima Turma Especial
Câmara: Sétima Câmara
Seção: Primeiro Conselho de Contribuintes
Data da sessão: Tue Dec 09 00:00:00 UTC 2008
Data da publicação: Tue Dec 09 00:00:00 UTC 2008
Ementa: CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO LIQUIDO - CSLL
ANO-CALENDÁRIO: 2000
PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL. MPF. NULIDADE. INOCORRÊNCIA.
Descabe a argüição de nulidade quando se verifica que foram
observados todos os procedimentos determinados na norma que
regula a emissão do Mandado de Procedimento Fiscal.
NULIDADE DA DECISÃO RECORRIDA. INDEFERIMENTO DE PEDIDO DE DILIGÊNCIA. CERCEAMENTO DE DIREITO DE DEFESA. INOCORRÊNCIA.
A autoridade julgadora de primeira instância indeferirá pedidos
de diligência ou perícia que entender impraticáveis ou
prescindíveis para a formação de sua convicção sem que isto se
constitua cerceamento de direito de defesa.
PEDIDO DE PERÍCIA. INDEFERIMENTO.
Estando presentes nos autos todos os elementos de convicção
necessários à adequada solução da lide, indefere-se, por
prescindível, o pedido de realização de diligência, mormente
quando ele não satisfaz os requisitos previstos na legislação de
regência.
INCONSTITUCIONALIDADE. SÚMULA 1°CC N° 2. TAXA SELIC E MULTA DE 75%.
O Primeiro Conselho de Contribuintes não é competente para se
pronunciar sobre a inconstitucionalidade de lei tributária.
BASE DE CÁLCULO NEGATIVA. LIMITE DE COMPENSAÇÃO - SÚMULA 1° CC N° 3.
Para a determinação da base de cálculo do Imposto de Renda das
Pessoas Jurídicas e da Contribuição Social sobre o Lucro, a partir do ano-calendário de 1995, o lucro líquido ajustado poderá ser reduzido em, no máximo, trinta por cento, tanto em razão da
compensação de prejuízo, como em razão da compensação da base de cálculo negativa.
TAXA SELIC. SÚMULA 1° CC
A partir de 1° de abril de 1995, os juros moratórios incidentes
sobre débitos tributários administrados pela Secretaria da Receita Federal são devidos, no período de inadimplência, à taxa
referencial do Sistema Especial de Liquidação e Custódia - SELIC para títulos federais.
Numero da decisão: 197-00.098
Decisão: ACORDAM os Membros da Sétima Turma Especial do Primeiro Conselho de
Contribuintes, por unanimidade de votos, NEGAR provimento ao recurso, nos termos do relatório e voto que passam a integrar o presente julgado.
Matéria: CSL- glosa compens. bases negativas de períodos anteriores
Nome do relator: SELENE FERREIRA DE MORAES
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materia_s : CSL- glosa compens. bases negativas de períodos anteriores
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ementa_s : CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO LIQUIDO - CSLL ANO-CALENDÁRIO: 2000 PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL. MPF. NULIDADE. INOCORRÊNCIA. Descabe a argüição de nulidade quando se verifica que foram observados todos os procedimentos determinados na norma que regula a emissão do Mandado de Procedimento Fiscal. NULIDADE DA DECISÃO RECORRIDA. INDEFERIMENTO DE PEDIDO DE DILIGÊNCIA. CERCEAMENTO DE DIREITO DE DEFESA. INOCORRÊNCIA. A autoridade julgadora de primeira instância indeferirá pedidos de diligência ou perícia que entender impraticáveis ou prescindíveis para a formação de sua convicção sem que isto se constitua cerceamento de direito de defesa. PEDIDO DE PERÍCIA. INDEFERIMENTO. Estando presentes nos autos todos os elementos de convicção necessários à adequada solução da lide, indefere-se, por prescindível, o pedido de realização de diligência, mormente quando ele não satisfaz os requisitos previstos na legislação de regência. INCONSTITUCIONALIDADE. SÚMULA 1°CC N° 2. TAXA SELIC E MULTA DE 75%. O Primeiro Conselho de Contribuintes não é competente para se pronunciar sobre a inconstitucionalidade de lei tributária. BASE DE CÁLCULO NEGATIVA. LIMITE DE COMPENSAÇÃO - SÚMULA 1° CC N° 3. Para a determinação da base de cálculo do Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas e da Contribuição Social sobre o Lucro, a partir do ano-calendário de 1995, o lucro líquido ajustado poderá ser reduzido em, no máximo, trinta por cento, tanto em razão da compensação de prejuízo, como em razão da compensação da base de cálculo negativa. TAXA SELIC. SÚMULA 1° CC A partir de 1° de abril de 1995, os juros moratórios incidentes sobre débitos tributários administrados pela Secretaria da Receita Federal são devidos, no período de inadimplência, à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e Custódia - SELIC para títulos federais.
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I -44 , MINISTÉRIO DA FAZENDA PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES et.rtaj, - j: SÉTIMA TURMA ESPECIAL Processo u° 10435.000497/2003-61 Recurso n° 159.338 Voluntário Matéria CSLL - Ex.:2001 Acórdão na 197-00098 Sessão de 9 de dezembro de 2008 Recorrente COMÉRCIO REPRESENTAÇÕES LACERDA LTDA Recorrida 5a TURMA/DRJ-RECIFE/PE Assurrro: CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO LIQUIDO - CSLL ANO-CALENDÁRIO: 2000 PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL. MPF. NULIDADE. INOCORRÊNCIA. Descabe a argüição de nulidade quando se verifica que foram observados todos os procedimentos determinados na norma que regula a emissão do Mandado de Procedimento Fiscal. NULIDADE DA DECISÃO RECORRIDA. INDEFERIMENTO DE PEDIDO DE DILIGÊNCIA. CERCEAMENTO DE DIREITO DE DEFESA. INOCORRÊNCIA. A autoridade julgadora de primeira instância indeferirá pedidos de diligência ou perícia que entender impraticáveis ou prescindíveis para a formação de sua convicção sem que isto se constitua cerceamento de direito de defesa. PEDIDO DE PERÍCIA. INDEFERIMENTO. Estando presentes nos autos todos os elementos de convicção necessários à adequada solução da lide, indefere-se, por prescindível, o pedido de realização de diligência, mormente quando ele não satisfaz os requisitos previstos na legislação de regência. INCONSTITUCIONALIDADE. SÚMULA 1°CC N° 2. TAXA SELIC E MULTA DE 75%. O Primeiro Conselho de Contribuintes não é competente para se pronunciar sobre a inconstitucionalidade de lei tributária. BASE DE CÁLCULO NEGATIVA. LIMITE DE COMPENSAÇÃO - SÚMULA 1° CC N° 3. Para a determinação da base de cálculo do Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas e da Contribuição Social sobre o Lucro, a partir Processo n°10435.000497/2003-61 CCOUT17 Acórdão n.° 197-00098 Fls. 2 do ano-calendário de 1995, o lucro líquido ajustado poderá ser reduzido em, no máximo, trinta por cento, tanto em razão da compensação de prejuízo, como em razão da compensação da base de cálculo negativa. TAXA SELIC. SÚMULA 1° CC A partir de 1° de abril de 1995, os juros moratórios incidentes sobre débitos tributários administrados pela Secretaria da Receita Federal são devidos, no período de inadimplência, à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e Custódia - SELIC para títulos federais. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos de recurso interposto por COMÉRCIO E REPRESENTAÇÕES LACERDA LTDA. ACORDAM os Membros da Sétima Turma Especial do Primeiro Conselho de Contribuintes, por unanimidade de votos, NEGAR provimento ao recurso, nos termos do relatório e voto que passam a i 'te!». o presente julgado. MARC n INICIUS NEDER DE LIMA Presid - te RA DE MORAES Relatora Formalizado em: 2-0 MAR 2009 Participaram, ainda, do presente julgamento, os Conselheiros Lavínia Moraes de Almeida Nogueira Junqueira e Leonardo Lobo de Almeida. Relatório Trata-se de auto de infração de CSLL, lavrado em virtude da compensação indevida de base de cálculo negativa de períodos anteriores, por inobservância do limite de 30% sobre o lucro líquido, ajustado pelas adições e exclusões previstas em lei. 1rresignada com a exigência, a contribuinte apresentou impugnação, em que argumentou o seguinte: (i) o auto de infração é nulo por ter sido lavrado com base em MPF extinto; (ii) a inconstitucionalidade e ilegalidade da legislação que estabelece o limite de 30%; 2eri Processo n° 10435.000497/2003-61 CCOUT97 Acórdão n.° 197-00098 Fá. 3 A Delegacia de Julgamento considerou o lançamento procedente, proferindo decisão assim ementada: •"COMPENSAÇÃO DA BASE DE CÁLCULO NEGATIVA. LIMITAÇÃO. Para a determinação da base de cálculo do Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas e da Contribuição Social sobre o Lucro, a partir do ano calendário de 1995, o lucro Líquido ajustado poderá ser reduzido em,no máximo, trinta por cento, tanto em razão da compensação de prejuízo, como em razão da compensação da base de cálculo negativa. (Súmula n°3 do Primeiro Conselho de Contribuintes). ARGÜIÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE E/OU ILEGALIDADE - Não compete á autoridade administrativa, com fundamento em juízo sobre constitucionalidade de norma tributária, negar aplicação da lei ao caso concreto. Prerrogativa exclusiva do Poder Judiciário, por força de dispositivo constitucional. PERÍCIA E DILIGÊNCIA. SOLICITAÇÕES INDEFERIDAS. Os documentos integrantes do Auto de Infração revelam-se suficientes para formar a convicção e julgamento do feito. São considerados não formulados os pedidos de diligência e perícia sem os requisitos do art. 16 do PAF-Dec. 70.235/72." Contra a decisão, interpôs a contribuinte o presente Recurso Voluntário, no qual alega em síntese que: a) O auto de infração é nulo por ter sido lavrado com base em um MPF extinto, no qual foi indicado o mesmo AFRF responsável pela execução do Mandado extinto, que foi incluído no MPF cancelado, o que é vedado pelo parágrafo único do art. 16 da Portaria SRF n°3007/2001. b) Os prejuízos acumulados de exercícios anteriores devem ser abatidos em sua totalidade, sendo que o limite de compensação resulta no pagamento do imposto mesmo inexistindo lucros ou rendas, que é o suporte fático das exações. c) Os dispositivos que limitam a compensação devem ser declarados inconstitucionais por violarem o princípio da isonomia, da capacidade contributiva, da progressividade, e por incidir sobre o patrimônio configurar confisco. d) Os dispositivos que limitam a compensação ferem o conceito de renda e lucro. e) O auto é improcedente por exigir multa de 75% como se fosse imposto, com efeito de confisco. O A fiscalização, ilegalmente, corrigiu os débitos atuais, com a taxa Selic. Processo n°10435.000497/2003-61 CCOI/T97 Acórdão n.° 197-00098 Fls. 4 g) A recorrente tem o direito a diligência ou perícia para comprovação do seu direito à compensação de prejuízo. É o relatório. Voto Conselheira - SELENE FERREIRA DE MORAES, Relatora O recurso é tempestivo e preenche os demais requisitos de admissibilidade, devendo ser conhecido. Primeiramente cumpre analisarmos a alegação de nulidade do auto de infração por ter sido lavrado com base em um MPF extinto, no qual foi indicado o mesmo AFRF responsável pela execução do Mandado extinto, que foi incluído no MPF cancelado, o que é vedado pelo parágrafo único do art. 16 da Portaria SRF n°3007/2001. O art. 16 da Portaria SRF n°3007/2001 assim dispõe: "Art. 16. A hipótese de que trata o inciso II do artigo anterior não implica nulidade dos atos praticados, podendo a autoridade responsável pela emissão do Mandado extinto determinar a emissão de novo MPF para a conclusão do procedimento fiscal. Parágrafo único. Na emissão do novo MPF de que trata este artigo, não poderá ser indicado o mesmo AFRF responsável pela execução do Mandado extinto." Ocorre porém que o art. 16 da Portaria n° 3007/2001 não foi descumprido. No novo MPF o AFRF anteriormente indicado como responsável pela execução apenas figurou como supervisor do procedimento, tendo sido indicado um novo AFRF para cumprir o mandado. No tocante ao pedido de perícia da contribuinte, não há reparos a fazer na decisão recorrida que o indeferiu. De fato, estão presentes nos autos todos os elementos de convicção necessários à adequada solução da lide, devendo ser indeferido, por prescindível, o pedido de realização de diligência. Por conseguinte, não é nula a decisão de primeira instância, por não ter ocorrido cerceamento do direito de defesa da contribuinte. Ademais, o pedido de diligência não obedeceu os requisitos previstos no inciso IV do art. 16, do Decreto n°70.235/1972: "Art. 16. A impugnação mencionará: . • Processo n° 10435.000497/2003-61 0201/197 Acórdão n.° 197-00098 Fls. 5 IV - as diligências, ou perícias que o impugnante pretenda sejam efetuadas, expostos os motivos que as justifiquem, com a formulação dos quesitos referentes aos exames desejados, assim como, no caso de perícia, o nome, o endereço e a qualificação profissional do seu perito. No tocante à possibilidade de compensação total das bases de cálculo negativas de CSLL, deve ser aplicada a Súmula n° 3, do 1°CC: "Súmula 1°CC n° 3: Para a determinação da base de cálculo do Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas e da Contribuição Social sobre o Lucro, a partir do ano-calendário de 1995, o lucro líquido ajustado poderá ser reduzido em, no máximo, trinta por cento, tanto em razão da compensação de prejuízo, como em razão da compensação da base de cálculo negativa." Quanto às alegações de inconstitucionalidade dos dispositivos legais que determinam o limite de compensação e o percentual de 75% da multa de oficio, trazemos à colação a Súmula n° 1 do 1°CC: "Súmula PCC n° 2: O Primeiro Conselho de Contribuintes não é competente para se pronunciar sobre a inconstitucionalidade de lei tributária." Por fim, aplicamos mais uma súmula para decidir a questão relativa ao dos juros moratórios com base na taxa Selic: "Súmula CC n° 4: A partir de I° de abril de 1995, os juros morató rios incidentes sobre débitos tributários administrados pela Secretaria da Receita Federal são devidos, no período de inadimplência, à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e Custódia - SELJC para títulos federais." Ante todo o exposto, voto por negar provimento ao recurso. Sala das Sessões - DF, em 9 de dezembro de 2008 -- ENE FERREIRA DE MORAES 5 Page 1 _0065700.PDF Page 1 _0065800.PDF Page 1 _0065900.PDF Page 1 _0066000.PDF Page 1
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Numero do processo: 13118.000216/2006-01
Turma: Sétima Turma Especial
Câmara: Sétima Câmara
Seção: Primeiro Conselho de Contribuintes
Data da sessão: Mon Dec 08 00:00:00 UTC 2008
Data da publicação: Mon Dec 08 00:00:00 UTC 2008
Ementa: SISTEMA INTEGRADO DE PAGAMENTO DE IMPOSTOS E CONTRIBUIÇÕES DAS MICROEMPRESAS E DAS EMPRESAS DE PEQUENO PORTE — SIMPLES
PERÍODO DE APURAÇÃO: 30/09/2001 a 31/12/2005
COMPENSAÇÃO. CONTRIBUIÇÕES ARRECADADAS PELO INSS. DÉBITOS ADMINISTRADOS PELA SRF. IMPOSSIBILIDADE.
Os créditos do sujeito passivo junto ao INSS não podem ser
compensados com débitos administrados pela Secretaria da Receita Federal, por falta de previsão legal.
Numero da decisão: 197-00.077
Decisão: ACORDAM os Membros da Sétima Turma Especial do Primeiro Conselho de
Contribuintes, por unanimidade de votos, NEGAR provimento ao recurso, nos termos do relatório e voto que passam a integrar o presente julgado.
Matéria: Simples- proc. que não versem s/exigências cred.tributario
Nome do relator: SELENE FERREIRA DE MORAES
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CONTRIBUIÇÕES ARRECADADAS PELO INSS. DÉBITOS ADMINISTRADOS PELA SRF. IMPOSSIBILIDADE. Os créditos do sujeito passivo junto ao INSS não podem ser compensados com débitos administrados pela Secretaria da Receita Federal, por falta de previsão legal. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos de recurso interposto por KEILA BORGES DE SOUZA MARTINS DA COSTA - ME. ACORDAM os Membros da Sétima Turma Especial do Primeiro Conselho de Contribuintes, por unanimidade de votos, NEGAR provimento ao recurso, nos termos do relatório e voto que passam a "I o presente julgado. MAMO' ICIUS NEDER DE LIMA - Presa nte - - RREIRA DE MORAES Relatora Formalizado em: 20 MAR 2009 Pmcesso n° 13118.000216/2006-01 CCO I/T97 Acórdão n.° 197-00077 Fls. 2 Participou, ainda, do presente julgamento, o Conselheiro Leonardo Lobo de Almeida. Ausente, justificadamente a Conselheira Lavínia Moraes de Almeida Nogueira Junqueira. Relatório Trata-se de compensações de créditos decorrentes de contribuições arrecadadas pelo Instituto Nacional de Seguridade Social com parcelas de débitos pagos em conformidade com o Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte — Simples. A autoridade administrativa não homologou as compensações efetuadas pela contribuinte com base nos seguintes fundamentos (fls. 60): "Desta feita, não tendo sido formulado nenhum pedido de compensação ou apresentada Declaração de Compensação, aliado ao fato de que o crédito utilizado para compensar os débitos de SIMPLES setembro a dezembro (calendário 2001); janeiro a dezembro (calendário 2002); janeiro a dezembro (calendário 2003); janeiro a dezembro (calendário 2004) e janeiro a dezembro (calendário 2005) não é originado de tributos ou contribuições administrados pela Secretaria da Receita Federal, tais compensações não devem ser homologadas". Foi interposta manifestação de inconformidade contra o despacho decisório, a qual foi indeferida pela Delegacia da Receita Federal de Julgamento, cuja decisão foi assim ementada: "Compensação - Contribuições da Seguridade Social (INSS) — Impossibilidade. O sujeito passivo que apurar crédito, inclusive os judiciais com trânsito em julgado, relativo a tributo ou contribuição administrado pela Secretaria da Receita Federal, poderá utilizá-lo na compensação de débitos próprios relativos a quaisquer tributos e contribuições administrados por aquele Órgão." Contra a decisão, interpôs a contribuinte o presente Recurso Voluntário, no qual alega em síntese que: a) Os créditos efetivamente utilizados respeitaram o previsto na Lei n° 9.317/96, onde se lê, claramente em seu artigo 23, a alíquota do valor destinado ao INSS. b) Não há nenhuma norma que determine a forma de realizar tal compensação. Há sim, normas que determinam a forma de compensar os créditos administrados pela Receita Federal, não de créditos administrados pelo INSS. c) O caso é de aplicação da Lei n° 8.383/91, e não da Lei n°9.430/93, um vez, que não se trata de crédito administrado pela Receita Federal. 11( Processo n° 13118.000216/2006-01 CCOM97 Acórdão n.° 197-00077 Fls. 3 d) As empresas optantes pelo sistema SIMPLES recolhem suas contribuições previdenciárias única e exclusivamente por ocasião do pagamento do DARF mensal. Não têm elas nenhuma outra oportunidade de realizar a compensação judicialmente reconhecida. e) A mera arrecadação das contribuições previdenciárias através do sistema SIMPLES não importa em dizer que sejam administrados pela Receita Federal. A arrecadação realizada pelo SIMPLES não altera a administração dos tributos nele incluídos. Apenas se referem a uma técnica de arrecadação. t) O art. 15 da IN n° 600/2005 não é aplicável ao caso, por tratar exclusivamente de restituição e não de compensação e, ainda, por ela não existir ao tempo da realização das compensações. É o relatório.. Voto Conselheira - SELENE FERREIRA DE MORAES, Relatora O recurso é tempestivo e preenche os demais requisitos de admissibilidade, devendo ser conhecido. A questão controversa nos presentes autos gira em torno da possibilidade de compensação de créditos arrecadados pelo INSS com débitos administrados pela SRF. Contrariamente ao que alega a recorrente a Lei n° 9.317/1996 atribui expressamente à Secretaria da Receita Federal a competência para administrar os impostos e contribuições pagos de conformidade com o SIMPLES: "Art. 17. Competem à Secretaria da Receita Federal as atividades de arrecadação, cobrança, fiscalização e tributação dos impostos e contribuições pagos de conformidade com o SIMPLES." Por conseguinte, em face de expressa disposição legal, não há como se sustentar a afirmação da recorrente de que as contribuições previdenciárias pagas em conformidade com o SIMPLES não são administradas pela SRF. Nos termos do art. 170 do Código Tributário Nacional, a compensação de créditos tributários somente será possível nas condições que a lei estipular, in verbis: "Art. 170- A lei pode, nas condições e sob as garantias que estipular, ou cuja estipulação em cada caso atribuir à autoridade administrativa, autorizar a compensação de créditos tributários com créditos líquidos e certos, vencidos ou vincendos, do sujeito passivo contra a Fazenda Pública". (negritamos) O art. 66 da Lei no 8.383/1991 assim dispõe: Art. 66. Nos casos de pagamento indevido ou a maior de tributos, contribuições federais, inclusive previdenciárias, e receitas er Processo n° 13118.000216/2006-01 CCOI/T97 Acórdão 197-00077 F1s. 4 patrimoniais, mesmo quando resultante de reforma, anulação, revogação ou rescisão de decisão condenató ria, o contribuinte poderá efetuar a compensação desse valor no recolhimento de imporkincia correspondente a período subseqüente. (Redação dada pela Lei n° 9.069, de 29.6.199) § 1° A compensação só poderá ser efetuada entre tributos, contribuições e receitas da mesma espécie. (Redação dada pela Lei n° 9.069, de 29.6.199) § 2° É facultado ao contribuinte optar pelo pedido de restituição. (Redação dada pela Lei n°9.069, de 29.6.199) § 3° A compensação ou restituição será efetuada pelo valor do tributo ou contribuição ou receita corrigido monetariamente com base na variação da UFIR. (Redação dada pela Lei n°9.069, de 29.6.199) § 4° As Secretarias da Receita Federal e do Património da União e o Instituto Nacional do Seguro Social - INSS expedirão as instruções necessárias ao cumprimento do disposto neste artigo. (Redação dada pela Lei n°9.069, de 29.6.199) Contrariamente ao alegado pela recorrente, decorre do próprio art. 66 o entendimento de que apenas há previsão legal para compensação entre créditos e débitos administrados pelo mesmo órgão, havendo menção expressa à necessidade de cada órgão expedir as instruções necessárias à realização da compensação. Por fim, também não merece prosperar a alegação de impossibilidade de compensação do crédito obtido judicialmente com débitos administrados pelo INSS, uma vez que não foi excluída a incidência da contribuição para a seguridade social relativa ao empregado: "Art. 3° A pessoa jurídica enquadrada na condição de microempresa e de empresa de pequeno porte, na forma do art. 2°, poderá optar pela inscrição no Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte - SIMPLES. § 2° O pagamento na forma do parágrafo anterior não exclui a incidência dos seguintes impostos ou contribuições, devidos na qualidade de contribuinte ou responsável, em relação aos quais será observada a legislação aplicável às demais pessoas jurídicas: C.) h) Contribuição para a Seguridade Social, relativa ao empregado." Ante o exposto, conheço do recurso para negar-lhe provimento. Sala das Sessões - DF, em 8 de dezembro de 2008. tilárrillsETLRA DE MORAES 4 Page 1 _0055100.PDF Page 1 _0055200.PDF Page 1 _0055300.PDF Page 1
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